jornal locomotiva 59

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Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 24 de março - sábado - nº59 - Distribuição Gratuita Demorou, prefeito! Governo apoiou fim da maternidade do Juquery em 2008 e agora reconhece sua necessidade | Pág 3 Crianças e adultos carecem de áreas de lazer em Franco |Pág 7 Cratera avança sobre casa no bairro Monte Verde|Pág 5 Moradores pedem proteção para muro de arrimo|Pág. 4 Uma vida de carinho e amor à cidade| Pág . 8 Forró no Coliseu completa 10 anos |Pág. 6

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24 de Março de 2012

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Page 1: Jornal Locomotiva 59

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva24 de março - sábado - nº59 - Distribuição Gratuita

Demorou, prefeito!Governo apoiou fim da maternidade do Juquery em 2008 e agora reconhece sua necessidade | Pág 3

Crianças e adultos carecem de áreas de lazer em Franco | Pág 7

Cratera avança sobre casa no bairro Monte Verde| Pág 5

Moradores pedem proteção para muro de arrimo| Pág. 4

Uma vida de carinho e amor à cidade| Pág . 8

Forró no Coliseu completa 10 anos| Pág . 6

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Vinicius de Morais, em Poema En-joadinho, publicado em 1960, disse “Filhos... Filhos?/ Melhor não tê-los!

Mas se não os temos/ Como sabê-lo?/ Se não os temos/ Que de consulta/ Quanto silêncio/ Como os queremos!”.

Pois é, o poeta, que nunca esteve em Fran-co da Rocha e provavelmente nunca ouviu falar do lugar, teria sido profético se falasse desta cidade.

Desde 2008, quase não se têm filhos aqui mesmo querendo. Novos habitantes só são possíveis se forem nascidos em outra cidade. Se o seu filho não nascer em casa, pelas mãos de uma parteira ou num hospital privado, ele não será francorrochense.

Ocorre que, mesmo quem não liga para

esse detalhe tem sérios problemas. Desde que a nossa maternidade foi desativada, sem um único “ai” do poder aqui estabelecido, a qualidade do atendimento foi se deterio-rando. Caieiras, que atende as mulheres prestes a dar a luz, de lá e de cá, não tem conseguido suprir a crescente demanda por leitos, berços e médicos.

Agora, depois de quatro anos da decisão tomada de não se ter mais gente nascida aqui, dizem que “entregaram um ofício ao Secretário de Saúde” pedindo a instalação da maternidade. Demoraram tanto assim para perceber a bobagem consumada? Um ofício vai resolver? Quando será? Onde será? Em ano eleitoral, esta atitude é, no mínimo, suspeita.

A ópera-bufa do PSDBA inauguração da nova estação da CPTM de Franco da Rocha ficou para 2014. Em ano eleitoral (2010), Serra prometeu o que não podia e fez de conta que iniciou obras. Agora veio a dura realidade: Alckmin vai paralisar tudo para investir em manutenção por toda a rede. Só neste ano, 19 panes foram registradas.

Vendo pra crerCésar Tralli, âncora do SPTV, foi conferir pessoalmente o drama. Na segunda, dia 19, pegou o trem às 5h20 na estação de Francisco Morato e foi até a Luz, passando pelo mesmo sufoco diário de milhões de trabalhadores que usam a ferrovia. Confira no link http://glo.bo/GB8eEL

Só agora?Jurandir Fernandes, secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, justificou o sufoco com alta da demanda e afirmou que estão sendo feitos investimentos maciços em segurança e sinalização. Mas admite que levará tempo para estabilizar.

CPTM faz pegadinhaEm Franco da Rocha, o PSDB acreditou que a nova estação seria a

EDITORIAL

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato e Mairiporã.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e Editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Reportagens: Valéria Fonseca

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

salvação da lavoura. Não percebeu que a CPTM iniciou a obra sem se preocupar em saber quem estava ocupando as terras do entorno nem quem era dono. Isso porque previa construir nos terrenos!

Briga na justiçaOs comércios da popular Rua do Táxi estavam lá há 20 anos, em terras da CPTM. Com direitos estabelecidos em contratos. Para reintegrar os imóveis são 17 ações na Justiça. Duas liminares foram derrubadas, reintegrando duas lojas. Restam poucos, que seguirão brigando na justiça.

Resumo da ópera tucanaQuando se aprova a construção de um patrimônio público é preciso ter responsabilidade, planejamento e executá-la de acordo com as normas jurídicas e os recursos orçamentários.

E a Prefeitura não aprendeNão contente com esses desdobramentos, a prefeitura de Franco da Rocha lança uma maquete eletrônica e trata-a como se fosse um projeto sério e tivesse algum contato com a realidade.

Fechamento anunciadoComo a CPTM pensa no próprio interesse, está perto o momento em que fechará a passagem de nível, inaugurando ou não a nova escada prometida neste ano.

NOS TRILHOS

O trecho da Rua Madagascar, na divisa do Jardim Progresso com o bairro Monte Verde, está desmoronando. A erosão criou uma enorme cratera, que lá permanece des-truindo o asfalto e ameaçando o trânsito no

local. O Jornal Locomotiva flagrou a cena de descaso ao retornar de reportagem sobre....crateras (confira na página 5). Aguardamos que as autoridades possam resolver a situação antes da próxima saída da reportagem.

Uma cratera depois da outra. Até quando?

CorreçõesDiferentemente do publicado na página 4 da edição 58, a Casa Rosa realiza de 1.000 a 1.100 mamografias por mês.O nome do Hospital Estadual Prof. Carlos da Silva Lacaz foi grafado incorretamente.

2 24 de março - sábado - nº59 - Distribuição Gratuita Locomotiva

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Se era necessária, por que desfez?

Quatro anos depois, crianças poderão nascer em Franco da Rocha em um hos-pital especializado. Na última sessão ordinária na Câmara Municipal, o vereador José Aparecido Panta, o Zé Panta (PSDB) disse na tribuna que a maternidade está voltando. O vereador não foi encontrado para comentar sua declaração.

A afirmação de Panta pode estar ligada a uma nota do Cantareira News. A edição 545 do jornal publicou que o

prefeito Marcio Cecchettini e o vice Pinduca visitaram o gabinete do secretário de Estado da Saúde, dr. Giovani Guido Cerri, e entregaram, em mãos, uma solicitação para que seja instalada uma maternidade nas dependên-cias do Hospital Estadual de Franco da Rocha.

A maternidade de Franco da Rocha, que funcionava no Complexo do Juquery, encerrou atividades em 2008, juntamente com os

demais serviços hospitalares que operavam na cidade. Na ocasião, o governo do Estado transferiu todo ao atendimento público de saúde de Franco da Rocha para a vizinha Caieiras. Na época, o prefeito Márcio Cecchettini minimizou o fechamento da maternidade, garantindo que os serviços seriam mantidos e que a praça da saúde – que estava em construção à época – poderia atender a demanda.

A matéria do Cantareira News afirma que o secre-tário Guido Cerri teria determinado estudos para implantação da maternida-de na cidade. “O prédio que abrigava a maternidade já não reunia condições, ofere-cendo risco às parturientes. Na época (provisoriamen-te) foi levado para Caieiras, onde são atendidas as mora-doras de Franco da Rocha”, disse o prefeito no jornal. Mas a opção de utilizar a

maternidade na cidade vizi-nha não tem agradado nem gestantes nem especialistas (leia mais nesta página).

Quatro anos depois, a praça da saúde funciona precariamente, conforme o Locomotiva vem mostran-do em diversas edições, e o Hospital Estadual está com apenas 10% de sua capaci-dade. Finalmente o prefeito compreendeu que a cidade precisa de uma maternidade aberta e em funcionamento.

Com fechamento da maternidade não nascem franco-rochenses há quatro anos; agora, Prefeitura decide reabrir

Deslocamento é risco para trabalho de parto

Governo estadual transferiu para hospital de Caieiras em 2008 todo o atendimento hospitalar do Complexo do Juquery

A maternidade encerrou atividades no Juquery em 2008. A então diretora do Complexo Hospitalar, Maria Tereza Gianerini Freire, par-ticipou de audiência pública convocada pela Comissão de Saúde da Câmara, com-posta pelos vereadores Mar-celo Zampolli, Zé Carlos e Francisco Celeguim, o Kiko.

Ela declarou que os ser-viços seriam transferidos, sem prejuízo à população. O prefeito Márcio Cecchettini seguiu a posição oficial da direção. Indagada sobre o o novo hospital estadual, à época em obras, Maria Tere-za negou que seria de “por-ta fechada”, e que atenderia a demanda do antigo DIR-IV.

Obstetra há 20 anos e há 15 trabalhando em Franco da Rocha, o dr. Kyung Koo Hang, do Centro Médico CEAM, afir-ma que um dos problemas de não se ter maternidade na ci-dade é a distância. “O parto pode ocorrer a qualquer hora e o deslocamento para outro município pode comprometer o trabalho de parto e pré-par-to. Alguns dizem ‘é pertinho’, mas esse ‘pertinho’ pode ser

arriscado, e alguns minutos fa-zem a diferença. Outro aspecto é o fato de não nascerem mais pessoas na cidade”, disse.

Gildevana Lima mudou-se para Franco da Rocha há quase um ano e está na 16ª semana de gestação de seu primeiro filho. Já se prepara para esco-lher uma maternidade. “Tenho feito o acompanhamento aqui, mas não sei onde farei o par-to. Já ouvi histórias sobre a

maternidade de Caieiras, mas ainda não fui lá. Eu e meu ma-rido temos interesse em ter o bebê em Jundiaí. É triste ele não nascer aqui”, afirma.

A direção do Complexo do Juquery declarou que os serviços de maternidade são prestados “no Hospital Estadual de Caieiras, que possui 56 lei-tos, sendo 27 de ginecologia e obstetrícia. Em 2011, foram re-alizados mais de 2.000 partos.”

Prefeito muda de opinião

324 de março - sábado - nº59 - Distribuição GratuitaLocomotiva

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Mais risco do que benefício

Moradores da Avenida Washington Luiz, no Jar-dim Progresso, mais uma vez reclamam do muro de arrimo construído no lo-cal em meados de 1993, há quase 20 anos. Segundo os munícipes, o maior risco é a queda de veículos e até de pedestres – já que muitos trafegam beirando o muro e, com a falta de proteção, po-dem cair barranco abaixo.

“Foi feito o muro de ar-rimo, tudo bem. Mas e a segurança? E o perigo de um acidente com um veículo grande de novo?”, indaga Edmilson Batista Doval,

morador do bairro desde 1980. Edmilson conta que a situação era bem pior, mas o perigo da falta de proteção ainda traz problemas não só para os moradores – já que o risco de acidentes existe. “Esse muro é urgente, pelas nossas crianças”, ressalta.

Um dos trechos do muro, com aproximadamente 30 metros de extensão, pas-sa pela casa de Clodoaldo Aparecido da Silva. Segundo ele, um acidente que ocor-reu na rua poderia ter tido graves conseqüências. “A roda de um carro esca-pou e caiu morro abaixo.

Improvisamos uma proteção de madeira, mas não segu-rou. Minha preocupação são seis anjinhos lá embaixo e não podemos deixar a vida deles em tamanho risco”, conta. Os anjinhos são os sobrinhos de Clodoaldo, que vivem diariamente o risco de alguma coisa cair em sua casa.

Moradores comentam que as quedas de caminhões, carros e pessoas assustaram tanto que diversos pedidos foram feitos às autoridades para fazerem algo de efetivo na proteção. “Fizemos de tudo, mas nada é feito. Não

Moradores do Jardim Progresso reclamam de falta de proteção em muro de arrimo construído há quase 20 anos

MINISTÉRIO FRANCO DA ROCHA

A Igreja Apostólica A.D. Shekinah convida todo povo de fé para participar do seu 5º ano de ministério nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril de 2012. Todos os cultos

terão início às 19h e contarão com a presença do pastor Oseas do Renascer Praise, apóstolo M. Marcio, Ministério de Louvor Shekinah e muito mais

Local: Rua Luiz Coutinho de Abreu nº 910, Parque Vitória

Referência: ponto final do ônibus

IGREJA APOSTÓLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS

SHEKINAH

Uma das vítimas de aci-dente no local falou ao Locomotiva, mas não quis se identificar. Morador de uma rua vizinha, ele lembra que perdeu o controle da Kombi que dirigia, por con-ta de a avenida ser estreita e de mão dupla, e o veículo ficou dependurado no alto

do muro de arrimo.O fato tem mais de 10 anos e na época chegou a ser motivo de reportagem de televisão. “A Band fez reportagem na época e as pessoas ficaram impres-sionadas por eu não ter sofrido nenhum ferimento grave”, comenta.

Acidente virou notícia de TV

Pedimos muito, apenas que as autoridades respeitem o povo que vive aqui. São várias famílias sem segu-rança, sem calçadas, sem

tranquilidade em suas ca-sas”, afirma Edmilson.

Procurada pelo Jornal Lo-comotiva, a Prefeitura não fez nenhum pronunciamento

4 24 de março - sábado - nº59 - Distribuição Gratuita Locomotiva

Page 5: Jornal Locomotiva 59

Cratera ‘engole’ casa e moradora se desespera

Desesperada e presa na própria casa. Assim tem sido a vida de Juelita Mace-do Gasparotto, moradora da rua Gracinda Cardoso, no bairro Monte Verde, e impedida de entrar e sair da residência por conta de uma cratera, que au-menta dia a dia desde 19 de janeiro. Com cerca de dois metros de profundi-dade e seis de largura, o buraco fica diante de seu portão e a erosão já atingiu a casa da moradora, que fica abaixo do nível da rua. O problema é alarmante e a rua está interditada há mais de 60 dias. Mas as autoridades não resolvem.

A família sofre o cons-trangimento de usar a casa vizinha como acesso. “A escada de entrada e saí-da de casa simplesmente

desabou. Eu e meus fami-liares improvisamos uma de madeira, por onde con-seguimos passar para a casa da minha sogra, que fica ao lado, e assim sairmos de casa. Um sofrimento”. Juelita e diversos vizinhos comentaram que até equi-pe de TV esteve no local, mas a reportagem – que eles estavam esperançosos para ver não saiu.

A dona de casa tem uma filha de 7 anos e um filho de 24 que estuda à noi-te. O filho usa a escada improvisada no escuro ao chegar da faculdade; a fi-lha, Juelita põe no colo, desce a escada para levá--la até a escola e sobe com a criança na volta do co-légio. “Estou a ponto de largar tudo e alugar um quartinho em outra cidade.

Rua do bairro Monte Verde está interditada, família não consegue entrar e sair de casa e autoridades não se pronunciam

Franco da Rocha parece terra sem lei.” A desculpa que ouvem ao reclamarem na Prefeitura é que não existe verba para uma obra daquele porte.

A fúria de Juelita tem explicação na realidade que a dona de casa tem vivido nesses meses e no descaso com sua situação. Diversas autoridades esti-veram fazendo “vistorias” no local, mas não apre-sentam nenhuma solução. “Engenheiros da Prefeitu-ra prometeram que uma empresa cuidaria da obra, mas até agora nada. Na última segunda-feira (dia 19), quando mais um pe-daço da escada caiu, fiquei apavorada e liguei pra um deles, que prometeu voltar ainda essa semana. Hoje é quarta-feira e nada. Um

Buraco era pequeno, mas vem crescendo desde janeiro e ocupa a frente da casa, destruindo a escada de acesso (foto no alto à dir.)

Histórico do buracoNo dia 19 de janeiro, a cratera era apenas um pequeno buraco causado pela água das chuvas. Na época Defesa Civil e Corpo de Bombeiros foram cha-mados pela dona de casa.“As madeiras que ‘prote-gem’ o buraco foram co-locadas pelos Bombeiros e até elas estão sendo ‘engolidas’ pela cratera”, disse Juelita.

A Sabesp também foi cha-mada. “Olharam e ainda largaram um cano atra-vessado na cratera”A situação foi piorando. O que era um simples buraco foi aumentando.Com as chuvas, a água con-centrada no local infiltrou na garagem da moradora, comprometeu toda a cons-trução e derrubou a escada que dá acesso a casa.

verdadeiro descaso”.Juelita teme a chegada das

fortes chuvas e faz um ape-lo: “Quando chover forte a cratera vai encher de água e vai formar uma cachoeira dentro da minha casa. Peço que as autoridades façam o

possível para uma solução urgente. Nós não aguenta-mos mais!”.

O Jornal Locomotiva en-viou solicitação à Sabesp e à Prefeitura, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi dada.

“Nós não aguentamos mais!”, diz Juelita, que precisa improvisar na casa vizinha o acesso para sua residência

524 de março - sábado - nº59 - Distribuição GratuitaLocomotiva

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A casa de forró Coliseu é palco há mais de uma dé-cada de noites de balada em Franco da Rocha. É coman-dada pelo paulistano Fábio Prado Vieira, o Fabinho, que elegeu a cidade para morar há sete anos. “Aqui é muito bom de viver. Adoro cantar, já tive banda e sou compositor. Já cantei com grandes nomes do forró, Francis Lopes é um deles”, conta o empresário, que não esconde a paixão pela mú-sica. Além disso, também faz publicidade, gravando anúncios veiculados em seu carro de som.

Jovens na faixa etária de 25 anos tomam a pista de dança do Coliseu, bastante espaçosa para casais dan-çarem coladinho. “A banda toca do forró universitário ao pé de serra e até românti-co”, explica Fabinho. A casa recebe shows de bandas nacionais e a Rasta Chine-la é a próxima, quando o

empresário dividirá o palco com o grupo.

O empresário Fábio tam-bém dá seu show nas pistas como DJ Fabinho – “nos intervalos eu toco tudo que a galera gosta de ouvir, de pagode a axé e funk”.

O Coliseu conta com am-plo bar, área para fumantes, equipe de segurança e esta-cionamento. Fabinho, que administra o espaço há três anos, garante manter preços populares. “Não dá para co-brar valor elevado senão o pessoal não pode sair pra se divertir”.

A casa funciona duas vezes por semana, mas o empresário planeja abrir também às sextas-feiras.

Dez anos de balada no Coliseu

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.AQUI TEM

Coliseu - Rodovia Presidente Tancredo de Almeida Neves, altura do km 39. Quinta e sábado, das 22h às 4h

Soldado de Franco ganha homenagem

O policial militar Daniel Azevedo, do 26º Batalhão de Polícia Militar Metropolitana, foi homena-geado no dia 14 de março como o soldado que mais se destacou na região em janeiro. O evento no Quar-tel do Comando Geral da Polícia Militar na Luz, em São Paulo, contou com o co-mandante da Polícia Militar,

entre outros oficiais.Para Daniel, é um reco-

nhecimento do trabalho que faz com muito amor e dedicação. “Atribuo a um socorro feito com o solda-do Alex a um bebê de um ano e meio, garantindo a chegada da vítima com vida ao hospital. Como franco--rochense fico muito feliz pela homenagem”.

6 24 de março - sábado - nº59 - Distribuição Gratuita Locomotiva

Page 7: Jornal Locomotiva 59

Lazer onde? Faltam opções em Franco da Rocha

Franco da Rocha não tem parques aonde levar crianças para o lazer, na opi-nião das mães entrevistadas pelo Locomotiva. Carolina Miranda morava em São Paulo antes de se mudar para o Centro de Franco da Rocha. Quando leva a filha Ana Luiza para passear, ela ainda opta pela Capital. “Va-mos ao Parque do Ibirapuera ou Villa-Lobos, ao shopping, cinema ou teatro”, conta.

Maria Aparecida Gomes dos Santos também vai a São Paulo com o filho Brian, de 5 anos. “Vamos ao Parque da Água Branca. Aqui não há lugar para levar as crianças”, afirma a moradora do Jardim Alice. “É uma falta de respeito. Pagamos imposto caro para não ter aonde ir”. “Lazer em Franco só quando há parques itinerantes ou circos”, diz Lu-cineide Cardoso de Santana,

mãe de Mylla, de 11 anos. So-bre a Vila Elisa, onde mora: “Lá não há nada, mesmo”.

O Centro Social Urbano (CSU) ou o ginásio Paulo Rogério, voltados para cur-sos e jogos, não são parques. Eliana Rodrigues, que tem uma filha no balé do CSU,

Mães reclamam da carência de áreas públicas para os filhos; adultos têm poucos espaços para cuidar do bem-estar

Para o engenheiro civil José Luiz Portella, ex-secretá-rio estadual dos Transportes Metropolitanos e especialista em projetos públicos, espaços de lazer são fundamentais para a saúde dos morado-res. “Ninguém vive sem lazer, porque a falta pode provocar doenças nervosas”, afirma.

Portella acha fundamental uma cidade ter “parques-clu-bes”, com parquinho infantil, quadras, pista de cooper e es-paços para os mais velhos. “São equipamentos baratos”, diz.

Parques com ampla área verde e ocupação das ruas também são importantes. “Sem vida na rua, não há na cidade. Na maioria das vezes, as pessoas ficam confinadas em casa. O fundamental é trazê-las ao ar livre e evitar concentração em locais como shopping centers. Não ocupar a rua é um grave sintoma de doença da cidade”, explica.

Convívio ao ar livre é essencial para a saúde

citou a Praça da Cidadania (onde são feitos eventos), mas ressalva que “só dá para ficar lá no fim da tarde por causa do sol”.

Único parque – O Parque Estadual do Juquery – que não foi lembrado pelas en-trevistadas – é o único de

Franco da Rocha com boa es-trutura para visitantes, trilhas na mata nativa e playground. O único ginásio poliespor-tivo, Paulo Rogério, está em reforma. As atividades são realizadas no CSU, que tem quadras, salões e a única piscina pública da cidade,

aberta no fim de semana. O espaço oferece aulas de diversas modalidades.

A Diretoria de Esportes afirma que todas as ativida-des esportivas do município atendem cerca de 5.000 pes-soas (ante os cerca de 130 mil franco-rochenses).

Para passear com sua filha, Carolina escolhe um parque ou shopping da Capital

Praça da Cidadania “só no fim da tarde, por causa do sol”, conta a moradora Eliana

724 de março - sábado - nº59 - Distribuição GratuitaLocomotiva

Page 8: Jornal Locomotiva 59

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

Aniversariantes

Bento Barbosa, 21 de março

Fabiana Ramos, 20 de março

Noemia Moraes, 16 de março

Seraphim Moreno é cer-tamente um dos moradores mais antigos de Franco da Rocha. Nasceu em outubro de 1933 e foi registrado em Jundiaí – Franco não pos-suía cartório na época. Esse senhor hoje aposentado, pai de quatro filhos, nove ne-tos e quatro bisnetos, é um exemplo de dedicação ao município, e se orgulha de ser reconhecido na cidade pelos serviços prestados à sociedade. “Mantenho ami-zade até hoje com todos os funcionários da prefeitura.”

Dono de vários apelidos, o mais marcante é “Maestro”. Sua história no funcio-nalismo público é longa. Ingressou na prefeitura em 1966, trabalhando na coleta de lixo, um de vários papéis

Um ‘Maestro’ de dedicação à cidade

NOSSA GENTEnEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

Rodolfo Pimenta, 24 de março

desempenhados ao longo dos anos. Entre 1967 e 1969 foi motorista de ambulân-cia – “não era fácil, naquele havia garagem, e o carro fi-cava na frente da minha casa noite e dia”, conta.

Outros cargos que assu-miu em 30 anos no serviço público foram motorista de almoxarifado e motorista de gabinete, no qual passou 11 anos. Mas não foi só, pois exerceu outras funções. “To-mava conta da via pública, fazia limpeza de tubulação e abertura de rios”, diz

Nesse período, Seraphim disputou quatro vezes o cargo de vereador com a intenção de ajudar ainda mais a população. Foi su-plente em todas e em uma ocasião assumiu o posto por

sete meses. “Naquela fase as pessoas votavam por confiar e acreditar em mim, não era preciso muito dinheiro”.

Entre passado e presente, as comparações são inevi-táveis. “Franco era só mato, nada parecido com o que é hoje em dia. Mas, a cidade tem muitos problemas, pre-cisa ser mais bem cuidada”. Ele vê o passeio público abandonado e outros ser-viços essenciais esquecidos.

O único momento ruim em sua vida dedicada à cidade foi quando se apo-sentou. “Franco da Rocha é onde eu nasci e cresci. Aqui criei meus filhos e netos, e é onde eu quero morrer”, finaliza Seraphim, exemplo de amor, carinho e respeito pelo município.

Comunidades da Vila Bela e Jardim dos Reis festejaram no último dia 19 os 50 anos do padre Cido, com amigos e fa-miliares. Paranaense de Ribeirão do Pinhal, veio com a família para Franco da Rocha em 1978 e há 12 anos está na Paróquia Bom Jesus da Paradinha.

Aniversário do padre Cido

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