locomotiva — jornal

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#1 22-12-2014 LOCOMOTIVA É O NOME DO PROJETO QUE A CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO, ATRAVÉS DA PORTOLAZER, SE PROPÕE DESENVOLVER NA ZONA DE SÃOBENTOAOLONGODOS PRÓXIMOS SEIS MESES. Cofinanciado por Fundos Europeus, ao abrigo de uma can- didatura ao ON.2 – O Novo Norte, o projeto tem como pon- to de partida, e principal base, os armazéns da REFER e o atual parque de estacionamento na Rua da Madeira, entre outros espaços na sua envolvente. Revitalizar este va- lioso património, potenciando novas dinâmicas e negócios, é o objetivo deste ambicioso projeto, que tem na REFER o seu primeiro e fundamental parceiro. Mas outros se junta- rão nesta viagem, apresentando ideias, integrando ações e desenvolvendo os mais variados projetos, sempre com o pro- pósito comum de promover a atratividade deste espaço e do seu potencial de atração económica e turística. Quere- mos envolver todo o tipo de públicos neste projeto. A todos eles vamos propor novas formas de vivenciar este espaço. De uma forma inovadora, criativa e dinâmica. Mas sempre em linha com as tradições enraizadas da cidade e com os fluxos que diariamente aqui convergem, se detêm e se desviam. A cada partida e a cada chegada. No fundo, é também esse o mote desta intervenção: dar vida a novos espaços da cidade, dando a conhecer novos Portos ao Porto. É essa a oportunidade que a PortoLazer viu nesta candidatura. É essa a estratégia que queremos colocar em marcha com esta LOCOMOTIVA. Hoje, no dia em que oficialmente lançamos este projeto, partimos sem pressas, mas avançaremos sem pausas. Porque no fim, é o Porto que nos espera. Hugo Neto Administrador Executivo da PortoLazer O PORTO ESPERA-NOS

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Page 1: Locomotiva — Jornal

#122-12-2014

LOCOMOTIVA É O NOME DO PROJETO QUE A CÂMARA MUNICIPAL DO PORTO, ATRAVÉS DA PORTOLAZER, SE PROPÕE DESENVOLVER NA ZONA DE SÃO BENTO AO LONGO DOS PRÓXIMOS SEIS MESES.

Cofinanciado por Fundos Europeus, ao abrigo de uma can-didatura ao ON.2 – O Novo Norte, o projeto tem como pon-to de partida, e principal base, os armazéns da REFER e o atual parque de estacionamento na Rua da Madeira, entre outros espaços na sua envolvente. Revitalizar este va-lioso património, potenciando novas dinâmicas e negócios, é o objetivo deste ambicioso projeto, que tem na REFER o seu primeiro e fundamental parceiro. Mas outros se junta-rão nesta viagem, apresentando ideias, integrando ações e desenvolvendo os mais variados projetos, sempre com o pro-pósito comum de promover a atratividade deste espaço e do seu potencial de atração económica e turística. Quere-mos envolver todo o tipo de públicos neste projeto. A todos eles vamos propor novas formas de vivenciar este espaço. De uma forma inovadora, criativa e dinâmica. Mas sempre em linha com as tradições enraizadas da cidade e com os fluxos que diariamente aqui convergem, se detêm e se desviam. A

cada partida e a cada chegada. No fundo, é também esse o mote desta intervenção: dar vida a novos espaços da cidade, dando a conhecer novos Portos ao Porto. É essa a oportunidade que a PortoLazer viu nesta candidatura. É essa a estratégia que queremos colocar em marcha com esta LOCOMOTIVA.

Hoje, no dia em que oficialmente lançamos este projeto, partimos sem pressas, mas avançaremos sem pausas. Porque no fim, é o Porto que nos espera. — Hugo Neto Administrador Executivo da PortoLazer

O P O R T O E S P E R A - N O S

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A VIAGEMC O M E Ç A A G O R A

IPORTO SÃO BENTOIIP O R T O B A I X AIIIP O R T O R I B E I R AIIP O R T O M A D E I R AI IP O R T O A L T AI

Locomotiva é a máquina que tudo puxa. A máquina que, bem consciente dos trilhos que pisa, vence inclinações, conquista dis-tâncias, atravessa etapas e chega a desti-nos, levando atrás de si todas as carruagens necessárias a que aqueles que embarcam num mesmo cais de partida possam che-gar a muitos diferentes cais de chegada. Locomotiva é quem nos leva numa viagem com gente que no início nos aparenta ser estranha e cujas vozes e rostos, ao longo deste percurso comum, vamos aprendendo a gostar de reconhecer. Depois do com-boio vieram os carros, os autocarros, aviões e, até, uns parentes dos primeiros, especia-listas em incursões fugazes debaixo de ter-ra. A todos os sucessores o comboio viu e vê passar, conservando intacta a sua aura de grande viajante. De grande conversador. De grande contemplador. De grande mo-tor. De enorme continente que cruza coisas, pessoas e ideias em viagens de ida e volta, só de ida, só de volta e, certamente de várias voltas com muitas idas dentro. A Loco-motiva é o que faz mexer qualquer comboio em direção a um sentido preciso. Esta loco-motiva é o que nos fará mexer a todos em direção a um sentido comum. Que o seja, também, de cada um.

QUE LOCOMOTIVA É ESTA?Locomotiva é um projeto promovido pela PortoLazer que compreende um vasto conjunto de ações, eventos e intervenções em São Bento, entre dezembro de 2014 e junho de 2015.A cidade só existe enquanto se transforma, enquanto se sabe reinventar. Enquanto reivindica todos os seus es-paços. Importa mapear e reivindicar este espaço para a cidade, para os seus cidadãos e para quem a visita e é seu cidadão temporário. Integrá-la nas suas dinâmicas novas, velhas e renovadas, reconhecendo a sua identi-dade e valorizando as suas potencialidades distintivas de todas as outras zonas. Revelar a sua face, dando-lhe um rosto. Mostrar o seu carácter, contando a sua histó-ria e juntando-lhe todas as histórias que nela e para ela façam sentido.Por acreditarmos nisto, pensamos uma intervenção para este lugar chamado São Bento. Estruturamos um projeto para nele acontecer agora, dando sentido e con-tinuidade à presença crescente das pessoas no centro da cidade e à feliz contaminação que desse centro irradia. Candidatamos e vimos aprovada esta ideia pelo progra-ma “ON2 – O Novo Norte” para deste dezembro a junho próximo se alicerçar as bases para a criação e consoli-dação de oportunidades contínuas e consequentes de ligação entre animação, turismo, criatividade e econo-mia, trazendo cultura e cidadania a mais espaços que dela se alheavam, mobilizando parceiros artísticos, em-presariais e institucionais para esta viagem coletiva. Deste encontro que agora aqui iniciamos nascem dinâ-micas que se autonomizarão gradualmente através do encontro transdisciplinar entre criatividade, reabilita-ção, turismo, emprego e economia, ou seja e numa pala-vra, do encontro das cidades com ela mesma.

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2 - 3PÁGINAS

O Centro Histórico do Porto é o cais onde esta viagem co-meça. É nele que se geram e é ele que acolhe o nervo dos referentes, das ações e das pessoas que trabalham as ar-tes e todas as dimensões do imaterial tão indispensável a qualquer comunidade. O mesmo Centro Histórico do Porto é o território onde todos nós nos cruzamos. É o lugar onde todos encontram todos. Onde as pessoas con-templam o seu similar e o seu diferente. Onde se traba-lha a sério e à séria e onde todas as coisas têm autor, pois são criadas por alguém. Sejam elas paladares de sempre e paladares do amanhã que já é hoje, sejam elas trazer a hospitalidade que sempre foi nossa para o acordar de al-guém que só amanhã a nós chega. O Centro Histó-rico do Porto é o lugar onde todas as ideias se cruzam, o largo onde todas as mercadorias – materiais ou mais eté-reas; tradicionais e inovadoras; ativas, reativas e criativas – se trocam. Porto São Bento é o cais de embarque e estação terminal desta conversa, conforme a partir dela partamos ou a ela cheguemos. Olhos nos olhos. À moda do Porto.

CAIS DE EMBARQUE

PORTOS Ã O B E N T O

UM NOVO DESAFIO, UMA NOVA INSPIRAÇÃOCada dinâmica detetada no território é uma inspiração para novos desafios. Este projeto nasce precisamente dessa aborda-gem, identificando São Bento como inspiração, terreno fértil e ponto de partida deste projeto. Na verdade, território de ação não podia ser mais ambivalente e fraturante, já que con-densa duas realidades que, embora próximas e até fisicamen-te comunicantes, são paradoxalmente opostas. Por um lado, a Estação de São Bento, um dos edifícios mais visitados da cidade e um dos epicentros patrimoniais do Porto. Por outro, a sua área envolvente, distante de qualquer circuito turístico cir-cunstancial, quase marginal, mas autêntica de experiências, percursos e valores. Duas realidades que se tocam fisica-mente, mas que permanecem formalmente delimitadas, quase incomunicáveis. É justamente partindo deste paradoxo que surge a oportunidade desta candidatura e a urgência deste projeto. O sentido de aqui ligar uma nova LOCOMOTIVA.

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A Locomotiva viaja a partir de uma estação que é de nós todos. Que é para todos nós certamente a mais bela Estação das nossas vidas. Viajamos a partir dela, mas não vamos para longe dela. Olhamos à sua direita e vemos as Flores e o Mouzinho que sabemos que, esses sim, só podem ter um de dois des-tinos: Porto São Bento ou Porto Ribeira. Olhamos à esquerda e vemos o que sempre lá esteve mas até agora não víamos. Vemos uma Rua que é uma praça. Uma rua com nome Madeira e que tem pedra por todo o lado. Pedra no chão, pois claro, à moda do Porto. Pedra à esquerda, pois claro, servindo de muro a outra rua que nela encavalita e que dela faz parte, como se gémeas siamesas fossem. Pedra à direita a ancorar armazéns que já foram de merca-dorias e agora sê-lo-ão de ideias. Pedra no início e pedra no seu fim, que parece ser já ali, e no entanto não o é, pois da pedra e com mais pedra, nascem escadas que unem as gémeas num destino que de siamês passa a singular. E alto. Muito alto. Com tempo e espaço para respirar e olhar para trás, contem-plando-se. Uma rua múltipla. Como o Porto. Uma rua vertical. Como o Porto. Uma rua tão discreta quanto surpreendente. Como o Porto.

VIAJAMOS E CHEGAMOS A UM DESTINOViajamos para a Rua da Madeira e chegamos a um destino. E, ainda assim, teimamos em via-jar, bifurcando-o. Viajamos para o início desta rua, subindo aos Aliados, passando a Liberdade e chegando a uma Baixa que, afinal é Alta. Aí, viramos à esquerda ou à direita? Viramos em ambas, subindo ainda mais até um elétrico cha-mado Clérigos e descendo depois numa estação que sendo do povo, se conhece como Poveiros. Descobrimos, num instante que podem ser dois, que da Batalha se avista qualquer destino a par-tir dos carris de Porto São Bento. Basta apenas descer umas escadas que também são rua na-quela que pode bem ser, afinal, uma praça.

P O R Q U EV I A J A M O S ?

VIAJAMOS A PARTIR DE AGORA E DAQUI.

VIAJAMOS PORQUE PRECISAMOS DE ANDAR.

PRECISAMOS DE SAIR E REGRESSAR.

SOBRETUDO DE REGRESSAR E SABER QUE CHEGAMOS

AO NOSSO DESTINO.

Viajamos agora para novos e velhos destinos. Não viajamos para paraísos nem escapamos de infernos. Viajamos para ver. Para ser vis-tos. Para ouvir como para falar. Viajamos para estarmos juntos e fazermos (mais) cidade. Via-jamos porque queremos estar juntos e sermos mais cidadãos.Viajamos agora porque somos criativos. Ainda que seja apenas a ver como também os outros o são. O que já é tanto. Viajamos agora para cons-truirmos momentos em que possamos parar. Para continuar de seguida. Ainda mais fortes. Viajamos - ainda que não saiamos do sítio onde já chegamos - para chegar mais longe. Para po-dermos estar ainda melhor sempre que regres-sarmos. Ainda que cá sempre tenhamos estado.

POR ONDE JÁ VIAJAMOS?No Porto, já andámos em Manobras no Centro Histórico, já rasgámos Avenidas e até já resga-támos para todas as artes e todos os artistas, e em plenos Aliados, antigos e gigantes edifícios âncoras de escritórios de outro tempo. Interviemos em espaços desabitados, valori-zando-os e tornando-os mais atrativos. Mudan-do-lhes o seu rumo e a sua história. Dando-lhes nova vida, alcançando-lhes novas potenciali-dades, inscrevendo-lhes novas dinâmicas. Tal como fizemos com o AXA, queremos voltar a contaminar toda a Baixa a partir de uma nova centralidade em São Bento, como complemen-to a uma Estação que não é só um ponto de partida e chegada, mas também um espaço de vivência comum que convide a receber, per-manecer, conviver e também celebrar. Um lu-gar aberto à criatividade e à intervenção, onde coexistam instituições e artistas, viajantes ha-bituais ou visitantes ocasionais, comércio e ne-gócios. E tudo que a cidade sempre foi e será, na sua mais ampla diversidade. Na sua mais ampla condição: a de cidade.

P O R O N D E V I A J A M O S ?

PA R A O N D E V I A J A M O S ?

QUE É DE TODOS. A UM DESTINO QUE É NOSSO.

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A então denominada “Gare Central do Porto” foi erguida sobre os terrenos ocupados pelo Convento das Freiras Beneditinas de São Bento da Avé-Ma-ria (1518), adossado à Muralha Fernan-dina e vizinho da Porta de Carros (de-molida em 1827). Apesar da resistência manifestada à demolição do convento, quer pelas eli-tes culturais e sociais quer pela popu-lação portuense em geral (Ramalho Ortigão chegou a escrever à Rainha D. Maria II pedindo que intercedesse pela sua preservação), a Câmara aprovou o projeto e assim se procedeu à abertu-ra dos túneis da Quinta da China, do Monte do Seminário e das Fontainhas. Foi exatamente a construção destes tú-neis que ditou a demolição do mosteiro.

COMO O PORTO VIU NASCER UMA ESTAÇÃO

AZULEJOS DE JORGE COLAÇO CUSTARAM...

22MILREISO projeto de decoração da gare em azulejos de Jorge Colaço foi adjudicado em 1905 pela quantia de 22 mil réis, considerada muito elevada para a altura. Os painéis, assentados em 1915, num total de 551m2 de superfície, representam cenas da história de Portugal, como Egas Moniz perante o rei de Leão, a entrada triunfal de D. João I e o seu casamento com Dona Filipa de Lencastre no Porto, a conquista de Ceuta ou o transporte do vinho num barco rabelo, no Douro. No friso superior é retratada a evolução dos transportes, desde os primórdios até á chegada do primeiro comboio a Braga.

A 7 de novembro de 1896 chega o pri-meiro comboio a São Bento, ainda sem estação (foto acima).A construção da estação, tal como a co-nhecemos, só teve início a 22 de outubro de 1900, nos últimos anos do Reinado de D. Carlos e de Dona Amélia, que pre-sidiram ao assentamento da primeira pedra da nova estação, que seria inau-gurada apenas a 5 de outubro de 1916, durante as comemorações do 6º aniver-sário da implantação da República.Concebido em forma de U, com dois pavimentos que dão para as ruas da Madeira e do Loureiro, o edifício tem a sua fachada principal voltada para a Praça Almeida Garrett. Integra no seu interior uma gare com oito linhas terminais e cinco cais.

Classificada como Património da Humanidade e refe-renciada na atualidade como uma das mais belas do Mundo, a Estação de São Bento, da autoria do Arquiteto José Marques da Silva (1869-1947), foi planeada com o objetivo de dotar o centro da cidade de um acesso rápi-do, que complementasse o ramal ferroviário de merca-dorias (aberto em 1888) entre a Estação de Campanhã (1875) e a Alfândega Nova do Porto (concluída em 1879).

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ARTE URBANAPÉ DE CABRA

FAHAR 021.3LIKE ARCHITECTS

E S T A Ç Õ E SACE - TEATRO DO BOLHÃO

BALLETEATROMUSEU DE MARIONETAS DO PORTOCOMPANHIA ERVA DANINHA

ASSOCIAÇÃO PORTA-JAZZPELE - ESPAÇO DE CONTACTO SOCIAL E CULTURAL

CIRCOLANDOFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES JUVENIS DO DISTRITO DO PORTO

FITEIESE-IPP

PROGRAMA DE VOLUNTAR IADO

FUNDAÇÃO DA JUVENTUDE

CONVOCATÓRIAS A B E R T A S

OPIUM/CONTEÚDOS MÁGICOS

QUEM NOS ACOMPANHA

NESTA VIAGEM?

U M A L O C O M O T I VA Q U E T U D O F A R Á

M E X E RNão partimos sozinhos nesta viagem. Puxados por esta Locomo-tiva seguem os vários parceiros – agentes criativos e culturais da cidade e região – que vão conceber, produzir e implementar as múltiplas ações e iniciativas que serão desenvolvidas ao longo deste projeto que tudo fará mexer. Divididos em quatro li-nhas principais –, Arte Urbana, Estações, Programa de Volunta-riado e Gestão de Convocatórias Abertas – e para já ainda numa lógica work in progress, estes são alguns dos principais momentos da programação do LOCOMOTIVA para os próximos seis meses.

A estação de S. Bento será a zona chave de mate-rialização desta ação integrada no LOCOMOTI-VA, e que tem como objetivo colocar o Porto na rota das Cidades da Arte Urbana, incentivando e promovendo a visita turística das intervenções que irão decorrer durante o período de execução, e, simultaneamente, promovendo o intercâmbio artístico nacional e internacional.

GALERIA - EXPOSIÇÕESOs armazéns de São Bento, junto à Rua da Ma-deira, serão palco das duas grandes exposições integradas no Locomotiva. A primeira exposi-ção inaugurará a 28 de março, como resultado da residência artística com curadoria de Jesse James. A segunda exposição inaugura em maio, mantendo-se patente até 30 de junho.

RESIDÊNCIAS ARTÍSTICASPrograma de Residências Artísticas a realizar no corpo norte dos Armazéns da REFER, em São Bento, orientado por Jesse James. Preten-de-se nesta residência a colaboração de artistas nacionais e internacionais.

OPEN CALL DE INTERVENÇÃO URBANAIntervenção artística com utilização da matéria

“azulejos”. Convite prévio a artista ou curador para trabalhar com outros artistas e população em geral.

ESTRUTURAS ARTÍSTICAS TEMPORÁRIASIntervenções em locais estratégicos do Centro Histórico da Cidade do Porto de modo a dinami-zá-los de modo cultural e turístico. As interven-ções terão como principal foco locais devolutos, ruas, vielas, praças ou largos e edifícios na área de São Bento e envolvente.

FAHRProjeto a desenvolver: Metamorfose (1ª interven- ção) — Intervenção artística na ruína situada na Avenida Dom Afonso Henriques, em frente à Es-tação de S. Bento. Com esta intervenção os FAHR propõem desenvolver uma peça que valorize este espaço “esquecido”. — Datas 27 de dezembro 2014: Momento 0; 17 de janeiro 2015: Inauguração.

LIKE ARCHITECTSProjeto a desenvolver: Intervenções artísticas efémeras no Centro Histórico. A proposta utili-zará a subversão e a utilização de objetos do quo-tidiano, pedindo a todos para refletirmos a forma como nos relacionamos com a cidade do Porto.

— Datas Março e junho 2015

PROGRAMA DE ARTE URBANA

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ACE ESCOLA DE ARTESProjeto a desenvolver: “PORTO – Granito e sonho” Espetáculo multidisciplinar de larga escala que tem o Porto como protagonista e que propõe uma travessia para a vivência, o espirito e a memória da cidade. Com uma dimensão fortemente comunitá-ria, enraizada nas estruturas e associações sedea-das no Centro Histórico, o evento envolverá cerca de 1.000 participantes, convidando o público para uma celebração festiva da arte enquanto ato cole-tivo. — Datas 28 de março 2015: Pré-apresentação do evento; 27 de junho 2015: Apresentação final.

ASSOCIAÇÃO PORTA-JAZZ Projeto a desenvolver: Conceção e produção de cerca de 20 espetáculos e concertos de música jazz a realizar em vários espaços do Centro Histórico do Porto. — Datas Março a junho de 2015

BALLETEATROProjeto a desenvolver: “Filtros” Produção de um filme sobre as gentes da zona da Sé do Porto e a sua interação com atores e performers vindos de outros lugares. Os dois mundos observam-se mutuamente e misturam-se. Os filtros são os obstáculos de acesso à intimidade e às histórias pessoais, materializando-se aqui sobretudo atra-vés dos atores e das suas coreografias. — Datas Dezembro 2014 a marco 2015: Trabalho de investigação, recolha de materiais e criação da versão final do guião; 16 a 21 de março: Filmagens de interiores; 30 de março a 4 de abril: Rodagem em espaços exteriores; 15 de abril a 15 de junho: Edição e pós-produção; 22 a 25 de junho: Apresentação do resultado final em junho e projeção do filme em associação com momentos perfomativos.

CIRCOLANDOProjeto a desenvolver: “Estufas” (título provisório) Um projeto no cruzamento da instalação, arte pública e performance que contará com a partici-pação da comunidade local no processo de criação.

Micro-histórias contadas num encontro muito íntimo entre o intérprete e o público. O desafio é abordar grandes temas universais de forma única e surpreendente. — Datas Abril de 2015.

ERVA DANINHAProjeto a desenvolver: “Open Labs” Treinos e aulas abertas dirigidas ao público em geral e tu-ristas. Um espaço descontraído onde quem passa pode participar saboreando os materiais e técni-cas de circo ou apenas observar os artistas e os seus truques. — Datas 30 de março a 3 de abril de 2015: Malabarismo e aéreos; Junho de 2015: Malabarismo e aéreos.

“Fio de Prumo” Composição de diferentes momen-tos do espetáculo de circo contemporâneo “Fio de Prumo” adaptada a espaços não convencionais. Embora com menos disciplinas, conserva o seu tom experimental de cruzamento entre a coreo-grafia, a música, o malabarismo e a manipulação de tijolos. — Data 27 de dezembro 2014.

Perto do Chão Estreia de espetáculo de circo con-temporâneo com técnicas ligadas à verticalidade e exploração de altura. Tecido, trapézio, mastro-chi-nês numa abordagem poética em intervenção com o espaço público. — Data 28 de março de 2015.

“(de) ambulantes” (título provisório) Três ven-dedores ambulantes anunciam a sua chegada, instalam a sua banca e estão prontos a atuar. O encontro do projeto artístico com a comunidade, depois da estreia do espetáculo, pretende assumir uma fase de ensaios com a comunidade estudantil, Erasmus, e outros estrangeiros e turistas. — Datas Abril e maio 2015: Ensaios e construções; Junho 2015: Espetáculos.

FITEIProjeto a desenvolver: Realização de espetáculo junto à Estação de S. Bento e zona circulante com

ESTAÇÕES - PROGRAMA DE GRANDES CRIAÇÕESforte interatividade entre as performances e o público em geral. Os edifícios e os monumentos da cidade estarão na base desta apresentação. De forma inovadora e diferenciada, pretende dar-se a conhecer o Centro Histórico do Porto a quem o visita. — Data A anunciar.

PELEProjeto a desenvolver: “Passeios ao Pôr-do-Sol”

“Passeios ao Pôr-do-Sol”, pelo Grupo de Teatro Comunitário da Vitória, pretende potenciar o tra-balho desenvolvido com este grupo revelando as atrativas características do património material e imaterial do Centro Histórico junto dos turis-tas nacionais e internacionais. — Datas Janeiro 2015: Ensaios semanais; 28 de março 2015: Ensaio Aberto; Junho 2015: Apresentações finais.

MUSEU DE MARIONETAS DO PORTOProjeto a desenvolver: “Museu em Movimen-to” A partir da adaptação de uma carrinha de 7 lugares mais carga, é “construído” um pequeno Museu de Marionetas do Porto. CINDERELA é a exposição que estará no Museu em Movimento. Marionetas, objetos e partes cenográficas da peça, estreada em 2009 e que integra o Repertório da Companhia vão habitar diversos pontos do Cen-tro Histórico Do Porto, através deste formato de Museu. — Datas 27 de dezembro de 2014: Apre-sentação; março de 2015: 7 sessões; junho de 2015: 12 sessões.

ESE-IPPProjeto a desenvolver: “Viagens” Lançamento de um conjunto de Roteiros por lugares públi-cos e privados do território de intervenção do Locomotiva. Estes Roteiros terão como ponto de partida a Estação de São Bento e os espaços devolutos adjacentes entretanto criativamente intervencionados ao longo de toda a operação. — Datas Junho.

OPIUMProjeto a desenvolver: Convite público à apre-sentação de projetos de valorização artística, so-cial, turística e económica do património cultu-ral do Centro Histórico do Porto. Pretende-se a criação de um movimento de sen-sibilização para as oportunidades e potencialida-des deste território através do estímulo a entida-des individuais e coletivas (de forma autónoma ou em colaboração) a promover pequenas inicia-tivas que valorizem e promovam o património do Centro Histórico, designadamente as suas expressões simbólicas e imateriais.

PROJETOS BASE Espigar no Muro (parede entre parque de esta-cionamento e rua da madeira) Espigar no Chão (parque de estacionamento)Espigar nas Gentes (azulejos São Bento)

Datas:Fevereiro 2015: Trabalho de campo e projetoMarço 2015: Implementação28 de março 2015: Inauguração

CONVOCATÓRIAS ABERTAS

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C R O N O G R A M ADEZEMBROSegunda 22 Apresentação do projeto Locomotiva PortoLazer — Segunda 22 Lançamento Convocatória Aberta “Espigar” Opium — Sábado 27 “Fio de Prumo” Erva Daninha — Sábado 27 Lançamento “Metamor-fose” FAHR — Sábado 27 Museu em Movimento Mu-seu de Marionetas do Porto

JANEIROSábado 17 Inauguração “Metamorfose” FAHR

FEVEREIROInício da Residência Artística Jesse James e artistas convidados — Intervenção artística nas escadas e edi-fícios da Rua da Madeira — Open call Intervenção Urbana (dirigida à população em geral)

28 MARÇO A 5 ABRILMuseu em Movimento Museu de Marionetas do Porto

— Granito e Sonho - Pré-apresentação ACE — Pas-seios ao Pôr-do-Sol - 1º percurso e ensaio aberto Pele

— Instalação Artística Like Architects — A Cidade e as suas Coreografias Balleteatro — Open Labs Erva Da-

ninha — Espetáculo Perto do Chão Erva Daninha — 1ª Exposição da Residência Artística Jesse James e artis-tas convidados — Filtros (A cidade e as suas coreogra-fias) Balletreatro — Ciclo de Concertos Associação Por-ta-Jazz — Estufas Circolando — Projetos base Espigar

ABRIL/MAIO(De)Ambulantes (ensaios e estreia) Erva Daninha — 2º momento expositivo nos Armazéns de S. Bento (patente até 30 de junho) — Programação decorrente da Convocatória Espigar (4 semanas) — Fórum Inter-nacional Cidades/Economias criativas

JUNHORoteiros (ESE IPP) — Granito e Sonho - Apresenta-ção final ACE — Ciclo de Concertos AssociaçãoPor-ta-Jazz — Open Labs Erva Daninha — (De)Ambulan-tes Erva Daninha — Museu em Movimento Museu de Marionetas do Porto — Filtros (A cidade e as suas coreografias) - apresentação final Balletreatro — Pas-seios ao Pôr-do-Sol Pele — Instalação Artística Like

Architects — Instalação Artística FAHR

Page 8: Locomotiva — Jornal

i C A L E N D Á R I OIILANÇAMENTO DA CONVOCATÓRIAI I22 DE DEZEMBRO DE 2014IID AT A L I M I T E D E E N T R E G AI I2 DE MARÇO DE 2015IIANÚNCIO PÚBLICO DE RESULTADOSI I16 DE MARÇO DE 2015IIP E R Í O D O D E E X I B I Ç Ã OIIDE 13 DE ABRIL A 10 DE MAIOI

Ú L T I M A

CHAMADA

A L O C O M O T I VA C H A M A P O R T IEspigar é o nome da primeira Convoca-tória Aberta lançada pelo projeto LOCO-MOTIVA para programação cultural na Rua da Madeira. Sintam-se convocados!

Espigar resultará no encadeamento de quatro propostas de programação semanal, congrega-doras de eventos culturais originais, que nego-ceiem modos de vivenciar este espaço, a partir da interpretação dos fluxos que o habitam, o invadem ou dele se desviam.

O LUGAR DE INTERVENÇÃOA Rua da Madeira e o seu largo serão alvo de uma remodelação que os libertará da atual ocupação como estacionamento. Esta rua e largo, assim reordenados e expostos, acendem o debate sobre as suas possibilidades de vivência. O repto à inter-venção é dirigido a este pedaço de cidade vago, e até agora discreto, interpretando-o a partir da sua envolvente próxima: tecido fragmentado do cen-tro histórico e Estação de S. Bento, porta da cidade.

AS PISTAS QUE O TERRENO DÁÉ na combinação de trânsitos e fossos, que a en-volvente de São Bento é lida como um local pri-vilegiado de oportunidades, onde cada um faz por fazer-se à vida. A par dos ritmos cadencia-dos da Estação e da cidade planeada, emergem uma multiplicidade de táticas empreendedoras de pequena escala. Gestos que irrompem abruptamente como a natureza irredutível da cidade e das pessoas do

Porto, como o afloramento de pedra que asso-ma sob o casario ou como a palmeira solitária que resiste no logradouro.Uma vez que a Rua da Madeira e o seu largo se integrem na cidade que se desenvolve, como se desenharão modos de estar a partir dos sinais de vida aqui hoje latentes e resistentes?

O QUE JÁ ESTÁ A ACONTECEROs eventos selecionados nesta convocatória se-rão acolhidos por três intervenções artísticas prévias, que serão responsáveis por um reco-nhecimento prolongado do lugar resultante em estruturas físicas de suporte a ocupações e ilus-trações de narrativas do lugar.

JUNTEM FORÇAS E PROPONHAM!Procuram-se programações culturais estrutu-radas entre 2 a 7 dias de uma semana, dialogan-tes com os ritmos diários e semanais do lugar. Espera-se interesse em estabelecer pontes com os três projetos prévios. As propostas poderão oscilar entre a ficção, interpretação, documen-tação e ação direta. Quer-se intersectar dife-rentes domínios culturais como património, gastronomia, urbanismo e arquitetura, design, teatro, dança, música, fotografia, cinema (…), traduzidos nos mais variados formatos como

conversas, concertos, performances, projeções, exposições, oficinas, refeições (…).Os eventos e o seu processo de criação deverão proporcionar oportunidades para acolher a presença dos diversos transeuntes deste espaço, devendo sempre ser desenhado um mecanis-mo de mediação de públicos alargados aquan-do da realização dos eventos – visitas guiadas, mesas redondas, oficinas, materiais de apoio à interpretação, etc.

SELEÇÃOO desafio é aberto a criativos, associações e en-tidades culturais que assumam uma curadoria que congregue projetos de vários parceiros dis-ciplinares. Valorizar-se-á a sensibilidade em dialogar com o lugar, a originalidade da mul-tidisciplinaridade, a atratividade das propostas de mediação de públicos e a razoabilidade da produção e orçamento.

ENTREGAEntrega de propostas via email, para [email protected].

Regulamento completo em www.portolazer.pt

Uma iniciativa do projeto Porto Destino Criativo

Cofinanciamento: Promotor:

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