jornal locomotiva 35

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva1 de outubro - sábado - nº 35 - Distribuição Gratuita

Praça . Da saúde?Falta de água, péssimo atendimento e cobertores rasgados mostram o descaso com a saúde em Franco da Rocha | Pág 3

Comentarista Oscar Roberto de Godoy atropela jovem no centro da cidade | Pág 7

Secretário Edson Aparecido fala com exclusividade ao Locomotiva | Pág 5

Passagem de ônibus pode chegar a R$ 2,95 | Pág. 7

Rov Telhas reinaugura sede na cidade | Pág . 6

Onça é encontrada em árvore do Lago Azul | Pág . 4

A palavra ‘tratativas’ foi a mais usada pelas autoridades franco-rochenses na última semana. Porque, para alguns, o fato do Ministro da Educa-

ção ter tido o trabalho de visitar um Secretário de Estado para, juntos, definirem que estão abertos e empenhados a trazer a tão sonhada univer-sidade para o Juquery, não teve valor nenhum. Desmerecer as pessoas que encontraram uma saída para que uma ideia tentada há déca-das saia das ‘tratativas’ é, no mínimo, triste. Quando explicamos a maneira como a par-ceria entre Estado e União finalmente tornou possível a realização desse sonho, que não é só franco-rochense, mas regional, quería-mos enfim dar credibilidade ao fato. Porque muito se foi falado e pouco, ou quase nada,

tinha avançado até então. Agora, a universi-dade toma forma. Franco da Rocha receberá a visita do ministro que já ficou maravilha-do como o nosso Juquery só de ouvir falar. E quem falou, senhores, não foram aqueles que se intitulam donos do poder na cidade. De qualquer maneira, sabemos que houve, ao menos agora, o interesse e o bom senso de conversar com uma das vertentes do projeto, o secretário Edson Aparecido. E a promessa é de que, senão conseguiram tornar real, tentarão ao menos ajudar na realização. Esperamos que sim. Foi o próprio governador quem deu a dica quando disse não levar em consideração se a instalação da universidade irá ajudar politica-mente o PT nas próximas eleições municipais, “O que importa é a população”.

Universidade na regiãoEm conversa do ministro da educação, Fernando Haddad PT), com Miguel Haddad (PSDB), prefeito de Jundiaí, o mesmo solicitou universidade para o município. Mas o próprio ministro disse que a instalação em Franco da Rocha, no Juquery, é mais viável.

Prá sair na fotoQuinta-feira (29), o prefeito tentou montar uma cena pra mostrar domínio do jogo. Trouxe a filha do Sergio Motta, do PSDB, arquiteta, funcionária da Secretaria da Cultura do Estado, para falar da transformação da casa do Dr. Franco da Rocha em museu. Até o deputado estadual Celino percebeu a gelada e saiu fora.

Juquery na crista da ondaCom a proposta de implantação da Universidade Federal no Juquery, todos perceberam que a área está pronta, ao contrário de várias outras demandas que não tem uma área definida, como é o caso de Perus, na antiga fábrica de cimento, que ainda é privada.

Câmara pé de

EDITORIAL

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato, Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Reportagem: Luciene Machado e Fernanda

de Sá

Colaboradora: Adriana Mendes

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

brequeMuitos na cidade reclamam que a Câmara Municipal faz sessão ordinária de 15 em 15 dias. Mas a situação é ainda pior: são duas sessões por mês. Quando temos cinco semanas, caso de setembro, ficamos 15 dias sem sessão

Sessão à noiteO vereador George propôs, como o KIKO já havia feito em legislatura anterior, a volta da sessão para as 20h00, para o trabalhador poder acompanhar. Não encontrou, novamente, respaldo dos demais.

Mostrando serviçoPor falar em George, o vereador tem trabalhado em cima das reivindicações que a população apresenta em seu gabinete e mesmo ao próprio vereador durante as visitas que faz aos bairros da periferia.

Ubs 24 horasNa última semana, ele foi questionado sobre a possibilidade da UBS do Parque Vitória funcionar 24h. De pronto, o vereador procurou pela direção da unidade para certificar-se, além de encaminhar a indicação ao prefeito.

NOS TRILHOS

“Quero aqui deixar re-gistrada a importância da conquista da sede para ins-talação de uma agência do INSS em Franco da Rocha. Tudo começou, no ano 2004 com a entregar do proje-to “Francotur”, protocolo: 35406.000244/2004-46, para o então D.D Superin-tendente do INNS – SP, Sr. Carlos Gabas e consonân-cia com gerência executiva, Sr. Eudes Urbano Santos, e com os créditos na época do ex- Deputado Federal Dur-val Orlato (PT), de Jundiaí.

Considerando a rele-vância do contexto, os camaradas abraçaram o projeto e se empenharam para consolidar parte do Projeto, então desde aque-la ocasião, começaram visitas ao município de Franco da Rocha para re-conhecer a área ideal para implantação da Agência Prev-Cidade avançada.

Como um dos autores do pedido, acredito no desenvolvimento do nosso município e região. Entendo que é nosso dever ajudar os

cidadãos carentes, indepen-dente de posse de mandato, em especial aqueles que não tem dinheiro disponí-vel para o pagamento das passagens de ônibus para outros municípios. Agra-deço por esta proposta ter tido a adesão do executivo municipal e do vereador Bebé.”

João Pedro Rosa, é o autor do projeto Francotur “Es-pírito Turístico de Franco da Rocha e o presidente do Partido Pátria Livre- PPL na cidade.

Agência INSS já

Carta do Leitor

Apesar de ter defendido, durante sua campanha, a passagem de ônibus a R$ 1, ao que tudo indica o prefeito Márcio Cecchettini autoriza-rá o aumento do valor pago por este serviço.

Na verdade, existe um projeto de lei, aprovado pela Câmara Municipal,

que dá plenos poderes ao executivo para aumentar a tarifa do ônibus sem que haja necessidade da apro-vação dos vereadores.

A população questiona tanto o possível aumento da tarifa quanto a qualida-de do serviço oferecido na cidade: pontos de ônibus

sem cobertura, ônibus que não oferecem acessibilidade a deficientes em número su-ficiente e superlotação. Sem contar que esses aumentos e a má qualidade incentivam as pessoas a utilizarem seus próprios veículos, pioran-do o já caótico trânsito na cidade.

Passagem de ônibus deve subir em Franco da RochaBoato é de que a passagem chegará a R$ 2,95

2 1 de outubro - sábado - nº35 Distribuição gratuita Locomotiva

Inaugurada a pouco mais de um ano, a Praça da Saúde de Franco da Rocha foi cons-truída em terreno doado pelo Governo do Estado. Mas, de acordo com funcionários e pacientes, essa foi uma par-ceria que não deu certo. O Estado cedeu área nobre do Complexo Juquery, mas ape-sar de promessas, a Prefeitura não consegue fazer com que o atendimento funcione no local.

Munícipes e funcionários, indignados, confirmam a situação.

Com a afilhada internada por mais de quatro dias no pronto atendimento infantil da Praça da Saúde, a muníci-pe Keite Carcelen revoltou-se com o tratamento recebido. “Minha afilhada de 2 anos ficou quatro dias internada e em todo esse tempo não tinha água no PA. Eu tive que, por várias vezes, sair e descer até o Russi para comprar galões pelo menos para que ela e a mãe não ficassem com sede. E, com dó, dividia com as mais pobrezinhas que não tinham condições de comprar. Che-guei a entrar em contato com o vereador Pablo Cunha e com o prefeito, mas mandaram um caminhão pipa no dia seguinte e a água não durou nem seis horas. No dia seguinte nem para lavar a mão tinha água,” reclama Keite.

A jovem ainda conta que os próprios estagiários de enfer-magem disseram a ela que o problema da falta de água é crônico no local e que já é há-bito levarem suas garrafinhas para não passarem sede. “Fora a água ainda tem os médicos

que atendem duas vezes por semana e apenas uma hora cada dia. Devem ganhar por duas horas semanais, né?, questiona.

O tão alardeado conforto que seria oferecido aos do-entes também é motivo de piada entre as mães dos pe-quenos pacientes do hospital que chegaram a tirar fotos de cobertores completamente rasgados. “É humilhante ver seu filho coberto com um tra-po pior que pano de chão”, diz uma mãe que não quis se identificar.

Até nas redes sociais a in-dignação foi comentada. A internauta Suelen Niccioli, em um depoimento emo-cionado, conta sobre a sua experiência na Praça da

Caos na Praça da Saúde

Saúde. “Tive uma péssima experiência relacionada ao descaso com as pessoas que buscam ajuda na área da saúde. Meu avô de 92 anos passou mal, chamamos a am-bulância, que chegou 1 hora depois, e fomos para a Praça da Saúde. Lá encontramos um médico grosso e com má vontade de atender e enfer-meiros que ao invés de ajudar estavam discutindo folga. Pedi ajuda e eles ficaram in-comodados por eu pedir que trabalhassem. Enquanto es-perávamos os exames vimos cenas horríveis, como uma senhora sozinha agachada chorando e outra na sala do médico que gritava com ela. Um verdadeiro e triste absurdo”, completou.

Crianças são cobertas com trapos no PA Infantil

31 de outubro - sábado - nº35 Distribuição gratuitaLocomotiva

Onça é encontrada em árvore do Lago Azul

Policiais militares am-bientais foram acionados, nesta terça-feira (27), para resgatar uma onça que foi vista em cima de uma árvore

na Avenida Tonico Lenci, no bairro Lago Azul.

A hipótese que a polícia levanta para o surgimento do animal em área urbana

é que o felino tenha fugido de queimadas na região. Entretanto, a TV Globo in-formou em seu SPTV que o loteamento que vem sendo construído nas imediações do Lago Azul e que ocasio-nou grande desmatamento na região pode ter sido o

Policiais militares ambientais foram acionados para o resgate.

Espécies de aves e mamíferos habitam o Juquery Em meio as queima-

das que estão acontecendo frequentemente, destruin-do matas e exterminando animais, existe um lugar que está longe de passar por essa situação: o Com-plexo do Juquery. Rodeado por uma imensa floresta e inúmeros animais, o Complexo acaba sendo um refúgio para algumas espécies de aves e mamí-feros que vêem no local um ambiente perfeito para sobreviver. São papagaios, tucanos, sabiás e esquilos

que habitam o Juquery há alguns anos.

Para o engenheiro agrônomo, Marce-lo Torelli Reis, que trabalha no Com-plexo há 18 anos, o número de tucanos está aumentando

“Há épocas do ano em que eles procuram frutas e outras em que caçam aves para se alimentar. Temos uma horta desativada, e lá há caquizeiros. Como sabemos que os tucanos adoram caqui, acredito que esse possa ser um dos mo-tivos para sua presença no

Complexo. Esse ano já vi uns seis por ali”, diz Marcelo, que começou a notá-los a cinco anos.

Já os papagaios já são ob-servados dentro do Juquery desde a criação do Parque Estadual. O que não se sabe é se eles foram soltos no Parque ou se vieram por instinto, mas pode-se afir-mar que, como as frutas e as sementes encontradas por toda a extensão do Comple-xo formam basicamente a alimentação dos papagaios, existe uma tendência para que sua migração aconteça. “A ameaça faz com que os animais deixem o lugar onde vivem e procurem outro, mas aqui, como não existe a caça, eles se sentem mais seguros, inclusive para se reproduzi-rem”, comenta o engenheiro.

Outra espécie comum é o esquilo que, atraído pelas pal-meiras e abacateiros, pode ser visto nitidamente durante o dia. “Para comer a polpa do coquinho, eles roem a casca e deixam sua marca, que é um triângulo, em cada um. Acho que é por causa do for-mato dos seus dentes”, explica Marcelo.

culpado pela perda do ha-bitat da sussuarana macho.

Após uma verdadeira ba-talha de quase seis horas, a Polícia Ambiental con-seguiu resgatar o animal. Foram usados três dardos tranquilizantes para imo-bilizar o felino.

Inicialmente, a PM in-formou que a onça seria encaminha a ONG Mata Ci-liar em Jundiaí, mas como não tinha ferimentos, ela foi levada para o Zoológico de Guarulhos. No loval recebeu o nome de “Franco”, em ho-menagem á cidade.


Secretário Edson Aparecido fala sobre projeto da Universidade no Juquery

Espécies de aves e mamíferos habitam o Juquery

Em entrevista exclusi-va ao Jornal Locomotiva, o secretário do Desenvol-vimento Metropolitano, Edson Aparecido, disse on-tem que, juntamente com o governador Geraldo Alck-min, vai defender projetos que tragam o desenvol-vimento para a região de Franco da Rocha.

De acordo com Edson Aparecido, a ideia é “mu-dar a história da região”. O secretário entende que ações

conjuntas, a introdução de cursos de qualificação e a ins-talação de empresas são pontos chave para que, a médio e longo prazo, a região evolua. A curto prazo são citadas ações como as estações de tratamento de esgoto, novos trens e a con-clusão do terminal ferroviário que começou a ser construído no centro de Franco da Rocha.

Entretanto, o projeto que, segundo o secretário, deve mudar realmente a região, será a instalação do campus de

Universidade Federal nas ter-ras do Hospital do Juquery. “Quando fui procurado pelo Ministro da Educação Fer-nando Haddad percebi que uma intervenção como essa só seria possível se houvesse parceria. Aproveitamos esse ambiente novo de colabora-ção firmado entre Estado e União e não pensamos duas vezes em apoiar a propos-ta que nos foi apresentada”, explica.

Para Aparecido, a região

ainda pode vir a receber uma FATEC “ainda não está descartado”, mas o campus da Ufscar trará um desen-volvimento sem limite. “A região como um todo será beneficiada e se tornará um pólo de cultura e educação”, comemora.

Apesar do projeto ter sido levado ao secretário pelo PT de Franco da Rocha e pelo Ministro Haddad, o secretário afirma que, na úl-tima quarta-feira (28), já foi

procurado pelo prefeito. “Ele esteve em meu gabinete para saber maiores detalhes sobre o projeto, sobre a parceria e prometeu que a Prefeitura também quer ajudar no que for necessário”, explicou.

“O governador também está empolgado com a par-ceria. A universidade é uma coisa que todo mundo quer para a cidade, para a região. Tenho certeza que vai dar certo. Está tudo bem enca-minhado até agora. Espero que ninguém meça esforços para que isso aconteça”.

O secretário aproveitou para falar que, embora seja construído pela iniciativa privada, o aeroporto de Caieiras é outra bandeira que o Estado acredita que possa contribuir para o desenvolvimento da nossa região, também chamada de região metropolitana norte.

Exclusivo


Banda Batom Vermelho é a nova sensação da cidade

Franco da Rocha e região “ganham” uma nova banda. Ba-tom Vermelho surge de uma parceria entre o grupo Verônica Lira e o músico Josias Pereira Costa. Apesar do nome lembrar uma banda de forró, o estilo é pop nacional e internacional.

O motivo para a escolha da marca é Verônica Lira, a única mulher da banda. “Pensamos em vários nomes e ai surgiu Batom Vermelho. Apesar de todos canta-rem, eu sou a vocalista principal. Nas apresentações até uso batom desta cor para enfatizar o nome”, revela a própria Verônica.

O trabalho do grupo é recente.Toda semana, os sete músicos, todos franco-rochenses, se re-únem para ensaiar e compor músicas. “Apesar de no repertório ter músicas já consagradas de grupos famosos, vamos inserir algumas de nossa autoria”, ex-plica Josias.

O público alvo do Batom Vermelho é a família, já que as músicas agradam desde as

crianças até os avós. “Fazemos tudo com amor e tentamos passar isso para as pessoas. Os músicos da banda são os melhores da região, não tenho dúvidas”, diz Josias.

Os planos para o futuro in-cluem reconhecimento e o lançamento do CD. “Todos que começam nesse ramo tem so-nhos. Os nossos são esses. Claro que vai demorar um tempo, pois um trabalho com qualidade não é feito do dia para a noite”, escla-rece Verônica que já participou de programas televisivos como Raul Gil e Ídolos.

Rov Telhas reinaugura a unidade de Franco

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.

Há mais de 15 anos atrás, surgia em Pirituba a primeira loja da Rov Te-lhas. Pouco tempo depois, com o sucesso de vendas, a Rov Telhas abriu novas

AQUI TEM

unidades em Franco da Ro-cha, Francisco Morato e em Guarulhos, se tornando hoje uma das grandes redes de ma-teriais de construção de São Paulo, com nove unidades

AGENDA- Embora o grupo já tenha shows agendados para 2012, a ênfase, por enquanto, são para os 3 primeiros que serão: 08/ 10 – Lançamento no X-Picanha, Caieiras, a partir das 21h00; 09/10 – Comunidade Nossa Senhora Aparecida, Caieiras, às 19h00 e 21/10- Aniversário do Portal Franco, a partir das 21h00.

espalhadas pela cidade. A unidade de Franco da

Rocha, muito prestigiada pelos franco-rochenses, foi reinaugurada em outro lo-cal no último dia 24. Para

o proprietário André Viei-ra da Rocha, a mudança de endereço faz parte de uma inovação proposta por ele. “No local antigo não havia estacionamento adequado para os clientes e agora eles podem realizar as compras de forma tranquila. O espaço interno da nova loja também é maior.

Contamos com um sho-wroom amplo para atender todas as necessidades dos clientes. O pátio para a re-tirada das mercadorias está mais próximo, diminuindo assim o tempo de espera para retirar a compra”, enu-mera André que começou a investir muito no ramo de esquadrias que, segundo ele, é uma área promissora, apesar de ser a telha o ponto

forte da loja.O empresário, que tem

dois irmãos e o pai traba-lhando no mesmo ramo, pretende em, no máximo um ano, ampliar o número de ítens disponíveis na loja de Franco da Rocha, pas-sando de 5.500 para 10.000. “A minha expectativa é a melhor possível, pois acre-dito que alcançaremos ainda mais clientes por oferecer-mos produtos e serviços de qualidade”, diz André.

Rov TelhasRua Dr. Hamilton Prado, 856Telefone: 4444- 6403


Repórter da Record é expulsa da delegacia

O Sindicato dos Jorna-listas de São Paulo (SJSP) publicou uma nota de re-púdio à atitude do delegado titular de Franco da Rocha, Luís Roberto Faria Hell-meister que teria insultado a repórter da Record, Fátima Souza, após ela ter insistido em questionamentos sobre a detenção de Godoy e pediu “imediata retratação”.

A jornalista questionou o delegado se ele havia con-sultado fontes para saber

ao certo se Godoy dirigia em alta velocidade, ao que Hellmeister respondeu que não, mas “deduzia que es-tava em baixa”, senão a mulher atropelada teria sofrido ferimentos mais graves. Ele afirmou que ela havia sofrido “ferimentos leves” e que Godoy estava muito “abalado”.

Quando Fátima ques-tionou o delegado se ele estaria na delegacia fora do horário do expediente caso

Oscar Roberto de Godoy atropela jovem em Franco da Rocha

No último domingo (25), o ex-árbitro e jor-nalista esportivo Oscar Roberto Godoy se en-volveu em acidente de carro, em Franco da Ro-cha, na rua Dr. Hamilton Prado, próximo às Lojas Pernambucanas.

Visivelmente embriaga-do, Godoy não respeitou a faixa de pedestres e atropelou e feriu a jovem

Carolina Bezerra da Silva, de 18 anos, que atraves-sava a rua acompanhada do marido Rogério Santos de Oliveira, da filha de apenas sete meses e de sua mãe Beth Rodrigues.

“Quando íamos atraves-sar, um motoqueiro deu passagem para a gente. Neste momento, peguei minha filha que estava no colo da Carolina e

atravessei na frente. Quan-do escutei um barulho forte de freiada olhei para trás e minha mulher estava caída no chão”, conta Ro-gério que teve que voltar para tentar impedir a fuga de Godoy.

“Tentei pegar a chave do carro, mas ele se negou a me entregar, dizendo que não tinha atropelado nin-guém e que iria embora”, diz Rogério. Tanto o marido da vítima, quanto testemunhas afirmaram que Godoy esta-va totalmente embriagado.

Neste momento, um fato

curioso chamou a atenção de Rogério e de sua sogra. O vereador Tenório chegou ao local, tentando defender Go-doy. “Ele quis passar panos quentes na situação, dizendo que era para darmos atenção somente à vítima, que não era para envolver a polícia no caso”, conta Rogério. “O Tenório quis amenizar a si-tuação”, completa Beth.

Godoy, conduzido a de-legacia, foi levado à Praça da Saúde para fazer exame de sangue e depois pres-tou depoimento dizendo não ter visto Carolina

atravessando a rua. O delegado Luis Roberto

Faria Hellmeister, respon-sável pelo caso, disse não ter elementos para autu-ar Godoy em flagrante e que iria aguardar o resul-tado do laudo do exame para determinar o seu indiciamento.

Carolina, apesar do impac-to, sofreu lesões leves. Para a família, o caso não vai ficar impune. “Se ele acha que só porque é uma figura pública não vamos fazer nada, está muito enganado. Queremos justiça”, diz Beth.

o acidente envolvesse um “zé ninguém”, Hellmeis-ter exaltou-se e ordenou para que ela saísse do local, ameaçando prendê-la por desacato. “A senhora é uma repórter espúria; se retire da minha delegacia.”, teria dito o delegado, aos berros, à profissional.

A assessoria de comu-nicação da Secretaria de Segurança Pública in-formou “desconhecer o ocorrido”.


Paulo Mendes. Cidadão do mundo que pousou em Franco

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

Paulo Mendes é uma daquelas figuras que a gente nunca esquece. Hoje proprie-tário do restaurante Marrocos, único na região especializa-do na culinária daquele país, Paulo acabou pousando em Franco da Rocha por amor, mas não sem antes rodar o Brasil e o mundo.

Gaúcho de Santa Maria e apaixonado por futebol desde pequeno, começou sua carreira no juniores do Grêmio porto--alegrense. Mas passou pelo Botafogo e pelo São Paulo, onde chegou a atuar no time titular. Depois de uma quase aventura no Ucranian Na-tionals, dos Estados Unidos, conheceu sua hoje esposa, a

franco-rochense Sônia, e resol-veu ficar um tempo por perto.

Entretanto, seu espírito aven-tureiro e o amor pelo esporte falaram mais alto. Já casado e pai de Paulo Rogério, recebeu um cartão postal de amigos que atuavam na Bélgica e voou para o país para tentar uma vaga no time. E conseguiu. Trinta dias depois já estava em seu novo país, onde nasceu a sua segunda filha, Claudia. Depois de uma temporada de quatro anos, voltou ao Brasil para atuar como treinador e trabalhou em quase todos os grandes clubes das regiões norte e nordeste. E teve seu primeiro ano de contato com o Marrocos. Voltou para o Brasil

e, em 1986, já em Belém do Pará, nasceu seu terceiro filho, Paulo Eduardo.

Entre 1987 e 2003 esteve em um vai-e-vem entre Marrocos e Brasil. Em 1992, inclusive, foi naquele país que nasceu seu neto, criado como o quarto filho, Sami.

Em 2006, já se considerando franco-rochense, Seu Paulo de-cidiu abrir o restaurante para aproveitar a vasta experiência adquirida no país africano. Com o sucesso do “Marrocos” na cidade, não pensa em viver em outro lugar que não seja Franco. “A cidade me adotou e eu acabei adotando a cidade como minha também”, com-pleta Seu Paulo.

Aniversariantes

Paulo Carvalho (Bian), 28 de setembro

Rafaela Anastácio, 27 de setembro

Jaqueline Sanches, 28 de setembro

Raquel Massinelli, 20 de setembro

Carlos Alberto (Blaublau), 29 de setembro

Renata Celegim, 30 de setembro


jornal locomotiva 35

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