jornal fraterno 35

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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 35 | Ano VII | Maio/Junho de 2009 Rua Virgínia Aurora Rodrigues, 230 Centro Osasco/SP e-mail: www.haya.com.br - Fone: 3682-3190 30 ANOS COLÉGIO HAYA A garra do ensino Esse você conhece! LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$15,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 6 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita “As pessoas ‘boas’ merecem nosso Amor, as pessoas ‘ruins’ precisam dele” Madre Tereza de Calcutá OS ENIGMAS DO OS ENIGMAS DO EDIFÍCIO JOELMA EDIFÍCIO JOELMA Páginas 6, 7 e 8 EDITORIAL A primitiva necessidade humana das crenças..................................... 2 MORAL CRISTÃ A Caridade .......................................................... 3 UM MÉDICO NO ALÉM Breve análise sobre o livro “Nosso Lar”............................................ 4 BIOGRAFIA Jerônimo Mendonça .................................... 5 DOUTRINA Quem são os espíritas? ............................... 9 ARTIGO Visão espírita sobre a Páscoa ................ 10 EXEMPLO DE VIDA O silêncio dos inocentes ......................... 11 MENSAGEM DO SEARA Homenagem às mulheres .....................12 Também nesta edição Entre as crenças e a realidade dessa tragédia que comoveu a cidade, 13 corpos desconhecidos deram origem ao mistério das “Treze Almas”

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Page 1: Jornal Fraterno 35

Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

FRATERNOFRATERNOJornal Bimestral | Edição 35 | Ano VII | Maio/Junho de 2009

Rua Virgínia Aurora Rodrigues, 230 Centro Osasco/SPe-mail: www.haya.com.br - Fone: 3682-3190

30 ANOSCOLÉGIO HAYA

A garra do ensinoEsse você conhece!

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E-mail: [email protected](atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal)

Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386

“Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$15,00”

HORÁRIO DE ATENDIMENTOSegunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José

Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040

6 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita

“As pessoas ‘boas’ merecem nosso Amor, as pessoas ‘ruins’ precisam dele”

Madre Tereza de Calcutá

OS ENIGMAS DOOS ENIGMAS DOEDIFÍCIO JOELMAEDIFÍCIO JOELMA

Páginas 6, 7 e 8

EDITORIALA primitiva necessidade

humana das crenças .....................................2

MORAL CRISTÃA Caridade ..........................................................3

UM MÉDICO NO ALÉMBreve análise sobre o

livro “Nosso Lar” ............................................4

BIOGRAFIAJerônimo Mendonça ....................................5

DOUTRINAQuem são os espíritas? ...............................9

ARTIGOVisão espírita sobre a Páscoa ................10

EXEMPLO DE VIDAO silêncio dos inocentes .........................11

MENSAGEM DO SEARAHomenagem às mulheres .....................12

Também nesta edição

Entre as crenças e a realidade dessa tragédia que comoveu a cidade, 13 corpos desconhecidos deram origem ao mistério das “Treze Almas”

Page 2: Jornal Fraterno 35

[email protected] | FRATERNO | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | Edição 35 | Maio/Junho 2009

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEP 06070-240, Osasco, SP. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Lúcia Sokolowski de Camargo, Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves Pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfi ca Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Dis-tribuição: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

Shopping Center PrimitivaRua Dona Primitiva vianco, 244 - 3 andar - Centro

Osasco - SP - e - mail www.fschool.com.br

Telefone 8342-2505

Nesta primeira edição do ano

VII de nossas publicações,

permita-nos, caros leitores, o

vislumbre de um pequeno agrade-

cimento aos benfeitores espirituais

pela etapa que encerramos e por esta

nova fase na qual está adentrando

nosso Fraterno.

É com profundo respeito que,

nestes completos seis anos de exis-

tência, louvamos, primeiramente,

ao “Divino Mestre”, pelo Instituto

Incansável da “Semeadura” de conhe-

cimento e divulgação da Verdade, na

qual se justifi ca como “O Consolador

Prometido”. Urge, disseminarmos, à

maneira deste bimestral, os grãos de

Sua verdade como sementeira divina

à regeneração da humanidade, na

bendita “seara” de Seu Evangelho.

Assim sendo, nossos dignos e

A primitiva necessidade humana das crençassinceros agradecimentos aos idealiza-

dores espirituais, os quais colaboram

desde o princípio com este jornal e

àqueles outros ainda encarnados,

que passam fazendo o melhor de si

na elaboração desta caridade com

ética e desprendimento. O “SEARA

DE JESUS” é o nosso Centro, regido

pelo móvel da fraternidade, por seus

servidores encarnados e seus mento-

res desencarnados, todos dedicados

amigos e cooperadores, aqueles que

tanto nos têm emprestado paciência

e tolerância aos nossos argumentos.

Agradecimentos aos iniciantes da

última hora e aos veteranos das horas

de sempre, bem como a diretoria

executiva e seus associados, entre

os idôneos colaboradores e patro-

cinadores que tanto nos auxiliam a

cada tiragem dessas edições. Estejam

certos, irmãos amigos, que cada um

de vós receberá seu quinhão pelas

amostras de boa vontade, donde

Jesus promoverá paz em seus cora-

ções... O nosso muito obrigado!

Nesta edição, falamos sobre as

crenças, que é tema do mito das “13

almas do Joelma” e, assim, louvemos

os sofrimentos, bem como rogamos

as luzes esclarecedoras na forma de

benesses divinas para aqueles irmãos

em espírito. E agora, pelo estudo

metódico da amada Doutrina envi-

daremos salientar e compreender

a destinação de nossas almas aos

planos “extrafísicos” de nossas con-

seqüências morais.

E como é da natureza humana

apegar-se a eventos exteriores, per-

guntaríamos: por que precisamos

tanto do místico para dar prossegui-

mento à nossa jornada espiritual?

Quando haveremos de andar pelas

luzes e não pela escuridão? Quando

deixaremos de cultivar simbolismos

externos, nos voltando para as verda-

des simples e profundas da natureza

da alma? Por que não robustecemos

nossa fé na verdade consoladora do

amor, pela simplicidade das Leis da

Vida, no Bem aos semelhantes, tendo

a religião como verdadeira harmoni-

zadora de sentimentos, consoante ao

favorecimento da união por através

da coerência e do entendimento?

Estas são perguntas que sugerem

avanço às nossas consciências, em

sabermos qual o objetivo e a prati-

cidade de vivermos neste mundo

entre tantas crenças que encabeçam

a natureza das “facilidades inconsolá-

veis” desse contraste humano.

É por isso que, ao falarmos em

crenças, estamos lidando num ter-

reno subjetivo, emocional, atávico,

onde as necessidades e desejos

profundamente arraigados em nosso

psiquismo nos conduzirão pelos

mundos afora, quais autômatos a

despeito dos planejamentos e ideais

religiosos para o futuro.

Manter a ilusão nas crenças e nos

favores fáceis, em uma alucinação de

viver sem o árduo trabalho interno,

sob quais nos compete investir, bus-

cando facilidades prodigiosas pelos

arranjos provisórios da ritualidade

materialista, é o que requer as falácias

milagreiras daqueles que excluem o

esforço da consciência íntima.

Ao longo do tempo, diversos

objetos, pessoas e criações mentais

receberam a projeção de nossas

necessidades e desejos, desde o

bezerro de ouro condenado por

Moisés até os santos recém reco-

nhecidos pelos poderes temporais

dominantes. Porém são verdadeira-

mente os ensinamentos de Cristo por

sua fonte cristalina de sabedoria que

disponibilizam, a quem quer que seja

e que se dê ao trabalho de re-orientar

suas atitudes à verdade pela decodi-

fi cação dessas crenças, de falsos pro-

fetas, em contornos esclarecedores

da conduta e sensatez proclamada

pela doutrina dos espíritos, sob os

quais avançaremos nessa marcha de

grandioso progresso íntimo.

Prender-se às paixões ilusórias

é condenar essas almas ao suplício

da eternidade no vivenciar o dramá-

tico momento do desencarne pela

insistência que nossa crença plasma

a tortura daqueles espíritos, nos últi-

mos instantes do drama no elevador.

E assim retardaremos ainda mais

o reconhecimento de seus cursos

regeneradores às necessidades mais

progressivas. Essa nossa insistência

nas ilusões de milagres, ainda são

jeitinhos isolados pelos quais nos

opomos à verdadeira atitude cristã

que nos pede caridade.

Deixemos que os mortos enter-

rem seus mortos, dizia o Mestre, bem

como devemos fazê-lo ao próprio

Cristo, avançando por seus ensina-

mentos e deixando os ritos da sua

paixão. Não fosse por Sua elevação

moral, quantos sofrimentos Lhe cau-

saríamos todas as “semanas santas”,

pela tortura de Suas lembranças na

Cruz...

Sejamos cada qual em nossa vida,

confiando que do Alto nos vêem

tudo aquilo que necessitamos em

nossa caminhada terrestre e que as

demais coisas nos serão acrescenta-

das. Nem sempre o que desejamos

para nós é o mais justo e adequado,

no entanto, queiramos ou não, os

espíritos nos ensinam que é por

esta ordem que seguiremos para os

estágios mais produtivos de nossa

natureza espiritual.

Boa leitura, o Editor.

“A crença improfícua impede o Homem de enxergar a realidade, qual véu de ilusão a nos manter na ignorância”.

É da natureza humana desde os princípio apegar-se a eventos exteriores

Page 3: Jornal Fraterno 35

Maio/Junho 2009 | Edição 35 | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]

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PREVIDENCIÁRIAAposentadoria, Auxilio-doença, Pensão por

morte, Revisão, Correção da Poupança (1989, 1990, 1991), Fundo de garantia (plano Collor).

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Alan Della Bella dos Santos Renata do Amaral Oliveira [email protected] [email protected] CRP 06/ 92469 CRP 06/ 88117

PSICOLOGIA

9260-5767 | 3768-5674 | 9245-5859

E ainda todos reunidos, Simão

o sacerdote perguntou: “Que

pensais da caridade?”

Então Jesus respondeu: ”que vos

tenho feito até agora? Que tendes

feito escutando minha voz? Em ver-

dade vos digo: quando a caridade

bater à vossa porta, abri-a e deixai

que ela habite vossa casa, porque

ela vos ajudará a suportar vossos dias

de inconstância, vossas lamúrias e

desassossegos.

E na tempestade, ela será vosso

refúgio; na solidão, vossa montanha;

nos confl itos, vossa afi rmação; e na

prisão da indiferença, também será

vossa dor. Pois vos digo: quando o

vosso irmão tiver fome, daí de comer;

quando tiver sede, oferecei-lhe de

beber; quando em sua nudez, tremer

de frio, veste-o; quando estiver na

prisão, visita-o; e no leito da agonia,

consolai-o; porque o Pai não fez

corpos diferentes para vos vangloriar-

des. As funções de todos os corpos

não são semelhantes?

No entanto, quanta mazela ocul-

tais com vossos fi nos trajes!...

Afi rmo-vos ainda: Vossas virtu-

des somente serão valorizadas pelo

que fi zerdes em nome da caridade.

Compreendei vosso irmão e sereis

caridosos. Sede fi éis na amizade e

sereis amigos da caridade.

Aprendei o sentido da genero-

sidade para convosco. Daí de vós

mesmos, o vosso tempo e percebe-

reis que a mendicância começa com

a falta de um sorriso. Não penseis

entretanto, que é apenas na doação

que podereis ser caridosos.

Digo-vos ainda: sabei receber as

dádivas da vida e ai também sereis

caridosos.

Não vos esqueçais dos benefí-

cios que o vosso inimigo um dia vos

prestou; ainda que vejais interesse

em seu serviço, lembrai que o vosso

amor é capaz de dobrar os interesses

mesquinhos de sua ambição.

Em verdade vos digo: quem

vive em caridade não têm inimigos,

porque não o é de ninguém. Possuirá

“Trabalhei muitos anos com

os espíritos sofredores... Eles

me ensinaram muito. O que

sei não aprendi apenas com

os nossos Benfeitores... A

mediunidade também não

pode ser elitista... Médium

elitizado é como um anel de

brilhante, que, de tão caro,

não pode sair do cofre...”.

“O Evangelho de Chico Xavier”,

Carlos Bacelli, Editora Didier

| moral cristã |

A Caridade

alguém, o que não é em si? Não vos

preocupeis em ter amigos mas em

serdes amigos; sede vós aquele que

vai ao encontro do infortúnio; felizes

os que trabalham para educar, ao

invés de condenar; quantos crimes

deixariam de existir, quanta fome

sanada, quantas dores e enfermida-

des seriam evitadas, se a caridade

calasse profundamente no coração

dos homens?...

Educai-vos e sede compreensivo

com todos, nisto reside à verdadeira

caridade. O maior pecado do homem

é quando ele engana a si próprio.

Uma árvore é plantada para dar

muitos frutos, porque então vos apro-

priais dela, impedindo que tantos

saciem a fome? Podeis fazer brotar

uma fl or? No entanto vendeis os seus

frutos. Ficais bêbados com as uvas e

comeis até doer o vosso estômago,

esquecendo-vos que outros estôma-

gos doem pela falta de alimento, que

provoca vossas dores.

O abuso é a causa de vossas

tristezas...

Ainda vos digo que: de nada

valerá minhas palavras, se não eco-

arem em vossa caridade, pois o que

o ouvido escutar poderá o coração

repelir”.

Um Dia em Jerusalém, Emídio Silva Falcão

Brasileiro, Edições Universo

Quem vive em caridade não têm inimigos, porque não o é de ninguém

LAÇOS ETERNOSPeça teatral espírita, baseada no

romance do espírito Lucius e psi-

cografado pela médium Zibia Gas-

paretto. Dia 16 de maio, sábado, às

18 no Teatro Municipal de Osasco

Memórias de Chico XavierMemórias de Chico Xavier

| eventos |

RODÍZIOSDE PIZZANo “Seara de Jesus”6 DE JUNHO DE 2.009.

HORÁRIO: A PARTIR

18HS:00

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Ingresso antecipado e meia entrada: R$ 15,00Aquisição: Livraria Espírita Mensageiros de Luz - Rua José Cianciarulo, 89

- Centro - Osasco. Tel. 3682 6767 / 3448 7386

Nota - Para cada ingresso adquirido junto a Livraria Espírita, R$ 2,00 serão

destinados entidades assistenciais de Osasco

OS MENSAGEIROSPeça teatral espírita, baseada no livro

‘Os Mensageiros”, do espírito André Luiz

e psicografado pelo médium Chico

Xavier. Dia 12 de junho, sexta feira, às

20h no Teatro Municipal de Osasco

| teatro |

Page 4: Jornal Fraterno 35

[email protected] | FRATERNO | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | Edição 35 | Maio/Junho 2009

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Fone: 3681-6590 Fax.: 3681-1263

Por Dr. Luiz Paiva

Em 1943, aos 33 anos de idade, o

matuto Chico Xavier, da obscura

cidadezinha de Pedro Leopoldo

/ MG, e tido como Intermediário dos

Espíritos, começa a escrever “Nosso

Lar”, o primeiro de uma Série de

Livros narrando as experiências

post-mortem de um médico que

usa o pseudônimo de André Luiz,

segundo o próprio para não ferir as

suscetibilidades dos familiares que

deixara por aqui.

Nos 16 Livros que se seguiriam,

temas complexos de Anatomia,

Fisiologia, Fisiopatologia e outros

relativos à diversas especialidades

médicas são abordados sob a Ótica

do Médico Desencarnado, que não

se contenta em antecipar novos

avanços nas mais diversas áreas da

Medicina, mas também inaugura um

novo paradigma dentro das Ciências

Médicas, onde a Mente, ou Psique, ou

Espírito tem lugar diferenciado.

O mais espantoso é que tudo

que disse há mais de 60 anos, hoje

se cumpre ou caminha para ser

realidade.

As novas descobertas na Psi-

coneuroimunoendocrinologia, nos

conhecimentos sobre a Neuroplasti-

cidade, nos Intrincados Mecanismos

Moduladores dos Neurotransmissores,

da própria Neuropsicologia e até da

Psicoterapia Cognitiva não vêm confi r-

mar a primazia desta Entidade Virtual

chamada Psique ou Alma sobre as

estruturas cerebrais normais?

O Dr. André Luiz, no prefácio

desta sua primeira obra, “Nosso Lar”,

teceu considerações sobre a sua pos-

tura de Homem do Mundo, segundo

consta, Médico e Cientista de renome,

mas que, como nós outros, pouco se

abalava diante das grandes questões

da vida e da morte.

Pelas suas palavras

“A Filosofia do Imediatismo,

porém, absorvera-me”.

“A existência terrestre que a

morte transformara, não fora assina-

lada de lances diferentes da craveira

comum”.

Empedernidos materialistas ou

indefi nidos agnósticos, têm rejeitado

tais revelações, tidas à conta de aluci-

nações ou delírios do Médium.

Ora, o simples fato deste abordar

proficientemente temas médicos

intrincados, inobstante a sua edu-

cação de curso primário, já é por si

um fenômeno que mereceria, no

mínimo, ser estudado.

Se tivesse nascido na Índia, o

Chico seria considerado um Mestre,

e teria sido objeto de consideração e

estudo por Filósofos e Cientistas do

mundo inteiro.

Ora, muito mais fantásticas e

maravilhosas, além das provas de

sobrevivência da alma, cujo estudo

científi co criterioso já se faz há mais

de 150 anos, são as novas descober-

tas trazidas pela Física Quântica ou

pela Astrofísica.

Estas, então, beiram o delírio, e

seriam anatematizadas pelos dogmas

científi cos dos séculos XIX e XX.

Sim, permitindo-nos uma pequena

digressão, vem a Física Quântica nos

dizer que o que vemos e pegamos são

apenas ilusões criadas pelos campos

de força das micropartículas e que

estas também podem se comportar

como ondas; que os elétrons têm a

probabilidade de estar em dois lugares

ao mesmo tempo e que o Modelo Pla-

netário do Átomo já estaria superado;

que o que vemos como real e material

é tudo na verdade espaço vazio, e caso

o tirássemos dentre as Moléculas do

Maior Edifício do Mundo, este fi caria

do tamanho de um Alfi nete, mas com

o mesmo peso; que a matéria não

passa de uma forma de organização

de energia, intercambiável com esta.

Conquanto às vezes desconcer-

tante para os nossos paradigmas, a

Mecânica Quântica é considerada

a teoria científi ca mais abrangente,

precisa e útil de todos os tempos.

Quem ousaria, hoje, defi nir o que

seja a Matéria?

Os astrofísicos nos dizem agora

que a matéria que vemos no Universo

sob a forma de estrelas, galáxias, bura-

alma à morte do corpo e no mundo

espiritual.

A matéria mais sutil é a mais real e

vivemos num Universo de insuspeitá-

veis forças e energias, que escapam à

extrema pobreza dos nossos sentidos

e por que não, também do nosso

apoucado entendimento.

E ainda nos arrogamos doutos

e sábios.

Alguns até olham os “crédulos”

com indisfarçável desprezo, tratando-

os com condescendência e ironia.

Faz parte da pose de douto e

sábio ser incrédulo. Combina e faz

charme.

| um médico no além |

Breve análise sobre o livro “Nosso Lar”

O que julgamos ser tudo, é apenas uma parte infi ma da matéria existente

cos negros etc..., e que julgávamos

ser tudo, corresponde a apenas uma

parte ínfi ma da matéria existente (0,4%

de estrelas e 3,6% de gás intergalác-

tico), contra 23% de matéria escura e

73% de energia escura, sobre as quais

nada se sabe, exceto a imensa força

gravitacional que exercem, estrutu-

rando as galáxias e as afastando entre

si, expandindo o Universo.

Isso não corresponde a afi rma-

ções ou teorias abstrusas (confusa,

difícil de compreender), mas a dedu-

ções matemáticas de fenômenos

observáveis.

Depois disso tudo, é moleza acre-

ditar em Deus, na sobrevivência da

A propósito, para André Luiz o

choque da passagem para outra

realidade, tal como pode acontecer

a qualquer momento, a qualquer um,

abriu-lhe os olhos para realidades que

não cogitara ou preferira ignorar.

E não foi sem sofrimento que a

consciência lhe cobrou uma reavalia-

ção de valores e atitudes assumidas

no Mundo:

“Em momento algum o problema

religioso surgiu tão profundo aos

meus olhos”.

Os princípios puramente fi losófi -

cos, políticos e científi cos, fi guravam-

me agora extremamente secundários

para a vida humana. (...) verificava

Em toda a sua obra, André Luiz mostra-nos, a realidade transcendental de que somos espíritos imortais envergando corpos físicos

Page 5: Jornal Fraterno 35

Maio/Junho 2009 | Edição 35 | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]

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que alguma coisa permanece acima

de toda cogitação meramente inte-

lectual.

“Esse algo é a fé, manifestação

divina ao homem”.

Há que se concluir que por fé

não queria exprimir a simples adesão

a um segmento religioso, mas a

consideração da transcendência de

nossas vidas, com objetivos mais

elevados que a simples luta pela

sobrevivência.

Nesta equação, a fé na existência

de Deus e de um fi o condutor em

nossos destinos que nos aponta

claramente para a evolução e o aper-

feiçoamento constante do espírito,

faz toda a diferença.

Muda-se o referencial dos valores

e a ordem das prioridades.

Em toda a sua obra, André Luiz

mostra-nos, sobretudo, a realidade

transcendental de que somos espíritos

imortais envergando corpos físicos,

com estes interagindo, infl uenciando-

os e por eles sendo influenciados;

para que com esta consciência não

passemos para o outro lado assim

como ele, que desabafa:

“Enfi m, como fl or de estufa, não

suportava agora o clima das realida-

des eternas”.

Tal como o nosso escritor, vive-

mos o dia-a-dia na terra, cercados de

facilidades ou de dores, preocupados

com o amanhã de nossas mesquinhas

necessidades, mas como se fôssemos

assim viver pela eternidade.

A brevidade da vida não nos

toca.

Se nós somos apenas um sub-

produto da matéria que milagro-

samente pensa ou se somos algo

transcendente e consciente que,

pelo contrário, anima a matéria, são

conjecturas que não costumam tirar-

nos o sono.

No entanto, a cada minuto, a

cada dia, mais nos aproximamos do

confronto com a verdade fi nal.

Francisco Candido Xavier, pelo Espírito

André Luiz, médico espiritual

Por Orson Peter Carrara

Em novembro próximo pode-

mos recordar o extraordinário

vulto de Jerônimo Mendonça,

exemplo de paciência e amor ao

próximo, de coragem e determina-

ção no bem. É que exatamente em

novembro de 2009 comemora-se

70 anos de seu nascimento, ocorrido

no dia 1 de novembro de 1939 e 20

anos de sua desencarnação que

ocorreu no dia 26 de novembro

de 1989.

Paralisado numa cama ortopé-

dica por 30 anos, movendo apenas

a boca e os olhos – embora também

cego – tornou-se conhecido como o

Gigante Deitado, face à extensão de

suas obras em torno do ideal espí-

rita e do amor ao próximo. Afi nal,

embora sua extrema limitação

física publicou vários livros, fundou

instituições e percorreu o Brasil

proferindo palestras, consolando

almas e fornecendo na própria

condição exemplos de coragem e

determinação no bem.

Sua voz forte, seu ânimo inque-

brantável, apesar das dores que

sentia em função de problemas

cardíacos e da própria paralisia total

dos membros, fi zeram-no conhe-

cido, respeitado, querido e sempre

requisitado para palestras e diálogos

com grandes ensinamentos, incen-

tivando obras de causas sociais

e de divulgação do Espiritismo.

Para qualquer pessoa que o tenha

conhecido, tornou-se impossível

esquecê-lo, especialmente porque

a bondade de suas palavras, a

confi ança em Deus que transmitia,

os exemplos de fé sempre foram

contagiantes.

Escreveu os livros: Crepúsculo

de um Coração, Cadeira de Rodas,

Nas pegadas de um Anjo, Escada

de Luz, De mãos dadas com Jesus e

Quatorze anos depois (em co-auto-

ria). Por sua vez, Jane Martins Vilela

publicou a importante obra biográ-

fi ca O Gigante Deitado (ed. O Clarim)

| biografi a |

Jerônimo Mendonça

e Maria Gertrudes assinou Jerônimo

Mendonça – Sua Vida e sua Obra,

tendo organizado também Flores

do Coração, de autoria de Jerônimo.

Infelizmente, a maioria das obras

desse autor encontram-se presen-

temente esgotadas. Recentemente,

todavia, a Petit lançou o excelente

Asas da Liberdade, na psicografi a

de Célia Xavier Camargo e assinado

pelo mesmo e querido Jerônimo.

Agora, no ano em que se alcança,

coincidentemente, números inteiros

comemorativos ao nascimento e

desencarnação, conforme acima

apontado, o escritor e palestrante

Jamiro dos Santos Filho, de Ara-

guari-MG, lança mais uma obra

alusiva a esse expressivo vulto do

movimento espírita: Chico Xavier e

Jerônimo Mendonça – a Fórmula da

Felicidade, pela Mythos Books. Para

aquele em que a felicidade seria

virar de lado (em resposta à per-

gunta sobre o que seria a felicidade

para ele), a obra apresenta a fórmula

da felicidade, revelada por Chico

Xavier a Jerônimo, quando ambos

ainda se encontravam encarnados,

e que este último citou numa pales-

tra. Agora o escritor Jamiro publica

a fórmula no referido livro.

O ano de 2009 sugere, pois,

relembrar esse querido autor e

incomparável gigante. Sua voz

ainda ecoa nos ouvidos daqueles

que o conheceram. Um gigante

mesmo na coragem, na determi-

nação, no exemplo, na fé, no amor

ao próximo, na perseverança. Será

de muita utilidade relembrar sua

biografi a, sua história, seus exem-

plos e seus livros para que o público

mais jovem e mais recente no

movimento espírita tenha conhe-

cimento desse vulto extraordinário

que esteve conosco e que há tão

pouco tempo retornou, agora

livre das amarras de um corpo em

difi culdades.

Muitas instituições o homena-

geiam com seu nome, em justa

homenagem. Eis o momento de

novamente divulgar e relembrar os

feitos e exemplos de um homem

incomparável.

Jerônimo, em novembro comemora-se 90 anos de seu nascimento

Page 6: Jornal Fraterno 35

[email protected] | FRATERNO | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | Edição 35 | Maio/Junho 2009

Por Eduardo Mendes

O PASSADO DE CHAMAS

Relembrando o pretérito de

tragédia nacional, o edifí-

cio “Andraus”, localizado na

esquina da Avenida São João

com a Rua Pedro Américo, centro de

São Paulo, foi palco, em 24 de feve-

reiro de 1972, de uma das maiores

tragédias com incêndio, resultando

em 16 mortos e 330 feridos. Logo

após, dois anos mais tarde, outra

coincidente tragédia, e no mesmo

mês, em 1º de fevereiro de 1974, os

25 andares do edifício “Joelma” tor-

naram-se miniaturas de um inferno,

tal como visto às altas labaredas

tentavam refugiar-se no telhado do

prédio, onde a temperatura chegou

a 100 graus rapidamente. Disse o

administrador sobrevivente, Mauro

Cordeiro:“ A sola do meu sapato

derretia. Quando levantava a cabeça

via horrores. Vi uma menina de 15

anos que, ao pular, usava um guarda-

chuva como pára-quedas”. No fi m do

dia, 18 pessoas haviam se atirado do

prédio. O Edifício Joelma, não tinha

escadas de emergência e, sem lugar

para fugir, só havia duas opções,

ou a escada “Magirus” do corpo de

Bombeiros ou o difi cultoso resgate

pelo helicóptero.

A tragédia suscitou o debate

sobre a segurança dos edifícios que

um telefonema e foi para o local. O

trânsito estava caótico, chegando lá,

se prontifi cou a ajudar. Vendo que as

mangueiras dos caminhões de bom-

beiros estavam com defeito, ajudou

os manobristas com a retirada dos

veículos e consertou as mangueiras do

prédio, que estavam na garagem.

Após este incêndio o prédio fi cou

interditado por quatro anos para as

devidas obras e, quando terminou, o

prédio foi rebatizado como Edifício

“Praça da Bandeira”, porém, carre-

gado de mistérios e com a fama de

mal-assombrado.

BIOGRAFIA DO LOCAL

No passado, até o ano de 1850,

cia começou a escavar, Paulo pediu

para ir ao banheiro, onde se trancou e

suicidou-se com um tiro no coração.

Na época, surgiram duas versões

para o crime. A primeira era de que

a família do professor se opunha ao

relacionamento dele com a namo-

rada. A outra é que ele assassinou a

mãe e as irmãs porque elas estavam

gravemente doentes e ele não tinha

como cuidar delas.

Um dos bombeiros que participou

do resgate dos corpos, morreu de

infecção cadavérica e o crime abalou

a população de São Paulo, fi cando

conhecido como “O Crime do Poço”.

O lugar ganhou fama e vinte seis anos

mais tarde, deu lugar à construção do

conhecido Edifício “Joelma”.

DO DRAMA À FAMA

O Edifício localizado na esquina

da rua Sto. Antonio com Av. Nove

de Julho, centro da Capital Paulista,

em 1979, tornou-se roteiro do fi lme:

“JOELMA 23º ANDAR”, baseado no

livro “SOMOS SEIS”, na psicografia

do médium Chico Xavier, pelo qual

se conta a história de uma garota

que previu o incêndio. O papel da

protagonista foi interpretado pela

atriz Beth Goulart e o fi lme teve uma

boa divulgação para o Espiritismo

em todo o país, bem como tiveram

os dois “Pinga-Fogos”, apresentados

pela extinta TV TUPI em 1971.

A película narra a história de uma

jovem chamada Volquimar, que viven-

ciou o drama como uma das vítimas

e, momentos após seu desencarne,

apareceu ao lado da mãe que estava

desesperada por notícias. Então,

explica para mãe que não estava

mais entre nós, os encarnados, que

estava bem e pedia para mãe acatar os

desígnios da Providência Divina sobre

sua morte. No fi lme usaram trechos

reais sobre as vítimas que pulavam das

janelas como bonecos a cair e outras

que se abrigavam no último andar, na

expectativa de serem resgatadas pelo

helicóptero.

A cena da morte dos persona-

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| cultura espírita |

As treze almas do Joelma – fi cção de crenças

em chamas. A causa veio de uma

sobrecarga elétrica, que gerou um

curto-circuito no sistema de ar-con-

dicionado, dando início ao fogo. O

pânico tomou conta dos funcionários

do Banco “Crefi sul” que, até então,

desesperados, ocupavam a maior

parte dos andares daquele prédio. O

resultado da tragédia foi assombroso:

188 mortos e 345 feridos. Pessoas

veio à tona, dois anos antes, com o

incêndio do “Andraus”, onde muito se

falava numa provável “ponte” de um

prédio ao outro, para meio de fuga,

além de maior vazão sobre as escadas

de emergência externas.

O drama poderia ter sido maior se

não fosse a atuação de José Roberto

Viestel, um colaborador que estava

em sua residência quando recebeu

o local do Edifício

J o e l m a e r a u m

pelourinho. Funcio-

nava ali perto o mer-

cado de escravos,

mas os desobedien-

tes eram levados ali

para o castigo. Já no

começo do século

XX, construiu-se ali

um palacete que, no

ano de 1948, virou

um casarão. Porém,

havia um professor

de química orgâ-

nica, chamado Paulo

Camargo, 26 anos,

que morou naquele

local com a mãe,

Dona Benedita, e

as irmãs, Cordélia e

Maria Antonieta. Ele

acabou por assassi-

nar a tiros a mãe e as

duas irmãs e enter-

rou seus corpos no quintal, no fundo

de um poço.

O sumiço misterioso das três

mulheres e uma série de coinci-

dências e contradições levou Paulo

a ser o principal suspeito dos desa-

parecimentos. Houve um vizinho

bisbilhoteiro que do alto de uma

árvore viu tudo e contou para os

policiais. No momento em que a polí-

A tragédia suscitou o debate sobre a segurança dos edifícios que veio à tona com o Andraus

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Page 7: Jornal Fraterno 35

Maio/Junho 2009 | Edição 35 | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]

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gens foi registrada por um fotógrafo.

Quando reveladas, estranhamente

mostravam rostos de pessoas que

não estavam nas fi lmagens. Segundo

testemunhas, os espíritos dos mortos

vagueiam ainda hoje nas dependên-

cias do edifício.

O MISTÉRIO DAS TREZE ALMAS

Este foi o maior desastre paulistano

da segunda metade do século pas-

almas dos que morreram carboniza-

dos, gritam de agonia e só se acalmam

com “água” para matar a sede e “leite”

para desintoxicar-se. Com o tempo,

formou-se uma reunião de devotos, os

quais ganharam um terreno defi nitivo,

doado pela prefeitura, nos anos 80,

com capela própria para venerarem

as vítimas como “santas”.

Para os fi éis, a crença surgiu em

torno dos “13 desconhecidos” donde

e pedindo que os usuários só colo-

quem água sobre as campas e com

muita moderação. Neste local, há um

monitoramento constante para evitar

focos do mosquito da dengue.

Hoje, o remodelado Edifício das

Bandeiras está funcional e das 30

salas comerciais, só 11 estão ocupa-

das. Há anos no prédio no 21º andar,

diz Eduardo Strabelli, de 49 anos, da

Fundação Mário Covas, que existe

é real. Mas o que seria exatamente

real na forma mais expressa a todos

estes enigmas? O assombro dos

escravos, do professor, da mãe e das

irmãs enterradas no poço, das 188

vítimas carbonizadas ou os milagres

e as crendices atribuídas às 13 almas

mortas no elevador?

Muitas vezes se busca com-

preender os mistérios por várias

nuançias, atribuindo-se às crendices

Foto “misteriosa” tirada durante as fi lmagens de “Joelma 23º Andar”, onde aparecem vultos

se materializou oração “Às 13 Almas”.

Dentro da capela do Cemitério São

Pedro encontra-se milhares de san-

tinhos informando como conseguir

uma graça. Há também, ao redor dos

jazigos, dezenas de pedras com dize-

res de agradecimentos junto às tigelas

e copos que contém água e leite para

acalmarem os espíritos. Diz o coveiro

Ronilton dos Santos, com um galho de

arruda na orelha: “O povo diz isso, mas

nunca ouvi nada!”.

Não é difícil encontrar quem seja

testemunha da proteção dessas 13

Almas.

A devoção é tamanha que, para

organizar as visitas aos jazigos, o Cemi-

tério teve que colocar uma placa de

orientação, proibindo copos de leite

sado, matando 188 pessoas, a

maioria carbonizada e deixou

mais de 300 feridos, sobrando

apenas 13 vítimas sem iden-

tificação, as quais morreram

presas num dos elevadores

e foram chamadas de “Às 13

almas do Joelma”.

Entre as crenças impro-

fícuas e a realidade, essa

tragédia comoveu a cidade

e os legistas tiveram muita

difi culdade para identifi car os

13 desconhecidos. Segundo

informações do serviço fune-

rário, estes foram enterrados

como indigentes, todos adul-

tos, cinco deu-se a saber que

eram mulheres, dois homens

e não foi possível determinar

o sexo dos seis restantes,

em razão do estado que se

encontravam seus corpos.

Em seguida, foram sepultadas

entre 6 de fevereiro e 1º de março do

ano da tragédia.Seus corpos nunca

foram reclamados pelos familiares.

Nos anos seguintes, às vezes, apare-

ciam alguns prováveis parentes. Mas

não houve exumação. Os desconhe-

cidos foram sepultados no Cemitério

São Pedro, na Vila Alpina, Zona Leste

da Capital. Enterrados lado a lado, os

corpos deram origem ao mistério das

“Treze Almas” e a elas foram atribuí-

dos milagres.

O SURGIMENTO

DE UMA CRENÇA

Após essa tragédia, histórias e mis-

térios fazem parte do antigo “Joelma”.

Reza a lenda que, à noite, as treze

o que não se compreende

por certos enigmas espiri-

tuais. De outras vezes, faz-se

um caminho mais tortuoso,

criando-se sustentação aos

costumes e aos ditos particu-

lares, sobre os acréscimos de

certas questões no sentido

religioso. É certo, porém, que

não se pode ignorar que boa

parte das antigas religiões,

mistifi caram, amaldiçoaram,

excomungaram e mitifica-

ram em torno das lendas,

criando os mitos com o

prático objetivo de dominar

pelo medo, promovendo as

muitas formas cabalísticas

e ritualísticas de seus cultos

incultos. Foram em torno

dessas lendas que as crenças

improfícuas se formaram e

delas surgiram às religiões do

louvor ao sagrado, o maravilhoso, o

divino, o místico e ao “espírito santo”

na forma de uma pomba pelo mito

cristão.

Assim nos adverte a Doutrina

dos Espíritos que têm seu conceito

fi losófi co-religioso legado pela moral

evangélica, a qual nos diz que religião

não é algo que devemos assimilar ou

adorar cegamente, assim como fazem

o domínio dos cultos ao fanatismo, das

orações insanas, quais se diversifi cam

nos altares das vaidades humanas ou

entre aqueles que se elevam acima

do discernimento do Cristo. Foi assim

que criaram às intervenções milenares

das quimeras apostólicas, dogmáti-

cas, sentenciando a ignorância pelo

domínio da aversão em repúdio da

um enigma à parte nos elevadores,

local onde morreram aquelas treze

pessoas: “Às vezes pára no andar

sem ninguém chamar e outras,

fi ca parando em andares ímpares”.

Em apenas dois pisos abaixo, diz a

secretária Léa Asakawa, de 39 anos,

admitindo ter medo: “Procuro não

pensar nisso. Da janela, vejo a Cate-

dral da Sé e me sinto protegida”. Nas

dezenas de salas vazias a tentativa

de libertar o local dos espíritos que

vagueiam por ali é grande.

PRELÚDIO PARA O ESPIRITISMO

As histórias em torno deste

assunto geraram um grande misté-

rio. Uns acreditam, outros duvidam

e alguns têm certeza de que tudo

“Colagem de envelopes em geral. Pastas com uma e duas bolsas, caixas, wire, espiral, e entercalação em geral.

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Page 8: Jornal Fraterno 35

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igualdade, castrando-se a liberdade

da alma as sujeições dos anátemas.

Sabemos que os fenômenos mais

insólitos não pertencem à classe das

coisas “inexplicáveis”, por sentença

da maldição ou dos milagres divinos,

mas, sobretudo, à razão específi ca de

ser e acontecer, conforme a quântica

vontade de Deus, expressa nas Leis

da Natureza.

Portanto, os denominados “espí-

ritos”, não pertencem exclusivamente

à classe da organização elaborada

por Allan Kardec, o Espiritismo, exis-

da própria alma, pelo imperativo da

mediunidade corregedora. Inclua-se

aí as formas aparentes daquilo que

captamos (pelo chamado sexto

sentido) do que vemos e ouvimos

sob nossas intuições, favoráveis ou

não à qualificação fluídica que dê

abrigo aos espíritos manifestantes, as

quais são necessárias ao aprendizado

regenerador, por ambos os lados

da vida e da morte. É assim que são

atribuídos esses desfavorecimentos

à mediunidade inconsciente, pelos

quais se dão independentemente da

nossa consciência e que provocam

acentuado medo à sensibilidade

desses manifestos em ocorrências

fantasmagóricas, nos lugares chama-

dos “mal-assombrados”. É isso que se

dá o desconhecimento desta mediu-

arsenais dos mitos e dos místicos, das

manias contraproducentes as quais

estão em desacordo com a caridade

sem fronteiras, despertando adian-

tamento para unifi cação pelo amor,

por razões que são cabedal para

aqueles que vibram, ignorantes, como

mortos do lado de lá e para os inábeis

materialistas que urgem, sentenciosos,

chorosos e afl itos, do lado de cá.

FINAL

É possível ainda nutrir um senti-

mento de confi ança em relação a um

grupo de pessoas, como a um objeto

inanimado, uma ideologia, um pensa-

mento fi losófi co, um sistema qualquer

ou até mesmo um conjunto de regras

e ditos populares, que estejam eivados

de crenças pelo velho sobejo milenar.

que restou da velha Roma dos Césa-

res, pela formação de Constantino ao

“cristianismo burguês” que ele mesmo

declarou por sua particularidade e

resistência à reencarnação, dentre

outros artigos que sobreveio aos

Concílios, da primazia dos “credos”

apostólicos: pela criação do medo

e a calcificação da ignorância, nos

fanatismos corporativistas os quais

são chamadas de obscuridades que

se contrapõem a física de Deus.

Chico Xavier, no momento do

incêndio, participava de uma reunião

num centro espírita em Uberaba, MG.

E assim que ouviu a notícia do incêndio

pelo rádio, ele e seu grupo fi zeram uma

prece a todas às vítimas. Chico recebeu

uma mensagem de seu mentor espiri-

tual, Emmanuel, na qual dissera que o

tem desde sempre e são inteligências

independentemente da nomencla-

tura que queiram lhes atribuir, antes

ou depois da Codifi cação. É a isso que

o Espiritismo decodifi ca como séries

demoníacas das idéias místicas, sobre

as crendices que, independente-

mente de seu fanatismo, se afi guram

pelas necessidades em trâmite do

conhecimento e desenvolvimento

Mas aqui nos referimos ao mistério

que ronda a maldição que criaram em

torno daquelas pobres almas, sobre

a forma da oração que as prende

continuamente ao rito dos últimos

instantes, sofridos naquele elevador.

Contudo, quem poderia categorizá-

las como santas, se sabemos que

os “santos” são ordenados pela voz

da Igreja? Coisa que, até então, não

sabemos se ela mesma, a Igreja, reco-

nhece. Portanto, independentemente

deste poder, quem teria dado a Igreja

tal poder de canonizar pessoas como

santas, senão, a sua própria interpre-

tação particular, pelas tendências

dogmáticas de seus mandatários?

Velhas heranças de um passado de

trevas e de vergonhas humanas é o

nidade, pavor e medo.

Portanto, não existem

trevas onde há luz, não existe

ignorância onde há conhe-

cimento, não existe mentira

onde há verdade, não exis-

tem conflitos onde há paz.

Contudo, existe temor onde

há mistérios por desconhe-

cimento. É o que acontece

àquele lugarejo do Joelma,

arena dos tormentos escra-

vagistas, das mortes pelo

professor Paulo Camargo,

sendo por último o palco das chamas,

fi nalizado pelos 13 desconhecidos e

santifi cados por seus corpos carbo-

nizados. Compreendamos, portanto

que, sobretudo, entre os sofrimentos

e beatifi cação das almas, existe a moral

evangélica que é dignamente repre-

sentada pelo Espírito “O Consolador

da Verdade” – que esclarece as Leis

de Ação e Reação pelos ensinamentos

do Espiritismo. Assim sendo, não há

mistérios e nem rituais que resistam

a uma análise profunda e séria, dada

pelo crivo da lógica e da razão, por

mais que se considere indecifrável.

E a esse paradoxo acrescentamos a

fórmula sem rituais: “Não basta crer, é

preciso compreender”! O Espiritismo

é a luz que chegou para derrocar os

incêndio era conseqüência de

uma desencarnação coletiva

violenta, por força das provas

redentoras.

Portanto, saibamos que,

independentemente de

crenças ou religião que por

hora professamos, caberá

sempre aos benfeitores do

Plano Maior, bem como aos

esclarecidos do plano físico,

remanejar nossas idéias à

divina luz da eternidade pelo

absolutismo do que somos

como consciências universais, “almas

santas”, autoras das próprias conseqü-

ências pelas leis benfeitoras da Terra

– amostras redentoras no palco da

vida. E, antes que ocorra aquilo que

nos leve à desencarnação, seja por

doenças, acidentes ou até mesmo

a morte natural, saibamos que o

particularismo dentre as devoções

é o mal que ainda segue os trâmites

das necessidades improfícuas, bem

como os dogmas. Contudo, sere-

mos assim, assistentes portadores

e co-autores diretos das moléstias

alheias, responsáveis tanto pelo mal

que criamos no esboço das ilusões,

quanto ao corporativismo dos quais

participamos, retardando o progresso

da humanidade.

“Com Jesus, o Libertador, deixa

à margem do caminho

crendices, superstições, ilusões,

e cresce para o serviço da tua

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As chamas tomaram conta do prédio

Page 9: Jornal Fraterno 35

Maio/Junho 2009 | Edição 35 | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]

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Que é o espiritismo, quem são

os espíritas, o que fazem e

com que fi nalidade?

É curioso observar, numa época

onde a informação entra em nossa

casa através da Internet, já não se

justifica tanto desconhecimento

assim. Mas, também temos de avaliar

que afi nal nem todas as pessoas se

sentem seduzidas por esta matéria

a ponto de buscarem a vastíssima

informação que existe.

Daí a pergunta: Mas, afi nal, quem

são os espíritas?

A Doutrina Espírita é o pensa-

mento debruçado em si mesmo a

fi m de ajustar-se a realidade.

O espiritismo está ligado à cultura,

ao desenvolvimento de pensamento

dialético, e nada tem a ver com

charlatanice, superstição, crendices,

bruxarias, magias.

Dialética é a Arte de raciocinar;

lógica; arte de argumentar ou dis-

cutir; modo de fi losofar que busca

a verdade por meio de oposição e

reconciliação de contradições (lógi-

cas ou históricas).

Os espíritas são pessoas perfeita-

mente normais, com os seus empre-

gos, famílias, e que, nas suas horas

livres, se dedicam, GRATUITAMENTE,

ao estudo, prática e divulgação do

espiritismo.

Nesse contexto, não são espíritas

aqueles que lucram, exploram ou

enganam em nome do Espiritismo, os

que se ocupam de cartomancia, sorti-

légios ou adivinhações, para iludir os

seus semelhantes, os que mistifi cam

ou se atribuem falsas faculdades em

cujo fundo está o absurdo, fanatismo

ou interesse, os que recebem, direta

ou indiretamente qualquer remune-

ração pela assistência que prestam

ao seu semelhante, os que colocam

anúncios em jornais divulgando os

seus dotes e prometendo curas e

resolução de problemas.

No Livro dos Médiuns, Kardec

assevera que a mediunidade séria

não pode ser e não será nunca uma

profi ssão.

O espiritismo surgiu em meados

do século XIX, através da pesquisa, da

experiência, da observação, compa-

ração e repetição dos fatos, utilizando

o método experimental e método

indutivo.

Dessa componente científica,

aparece toda uma filosofia nova,

revolucionária, que veio abalar o

mundo mergulhado no preconceito

e no fanatismo religioso.

Essa fi losofi a vem dizer-nos, muito

sucintamente, que existe um Criador

do universo, a quem chamamos Deus,

Essa fi losofi a vem dizer-nos que

a reencarnação é uma realidade, que

já vivemos antes desta existência

terrestre e que cá voltaremos mais

vezes dentro das nossas necessidades

evolutivas, vem dizer-nos que de um

modo geral todos os planetas são

habitados pelos Espíritos, com corpos

diferentes, de acordo com a organiza-

a melhorar o mundo, tornando-o

mais fraterno, mais pacífico, mais

tolerante, explicando às pessoas

do porquê da vida, de onde vêm e

para onde vão, das causas dos seus

sofrimentos e alegrias, mostrando o

sentido que a vida tem dentro destes

conceitos que estão bem expostos

em cinco livros, que são obrigatórios

para quem quiser conhecer o espi-

ritismo: «O Livro dos Espíritos», «O

Evangelho segundo o Espiritismo»,

«O Livro dos Médiuns», «A Gênese»

e «O Céu e o Inferno», todos eles de

Allan Kardec.

De tal modo os seus conceitos

são universais que qualquer pessoa,

seja católica, budista ou ateu, em

qualquer parte do mundo, pode

estudar espiritismo e pode chegar

às mesmas conclusões se puser em

prática os ensinamentos práticos con-

tidos em «O Livro dos Médiuns».

Portanto tudo o que contraria a

lógica e o bom senso não é espiri-

tismo e locais que cobram consultas,

fazem rituais e acendem velas, não

é espiritismo. A Doutrina Espírita é

a libertação de toda a superstição,

crendice e sobrenatural.

Tudo o que contraria a lógica e o bom senso não é espiritismo e locais que cobram consultas, fazem rituais e acendem velas, não é espiritismo

Os espíritas são pessoas

perfeitamente normais, com

os seus empregos, famílias,

e que, nas suas horas livres,

se dedicam, gratuitamente,

ao estudo, prática e

divulgação do espiritismo

vem dizer-nos

que ninguém

m o r r e , q u e

somos Espí-

ritos imortais

temporar ia -

mente num

c o r p o d e

carne e que

a vida desdo-

bra-se em dois

planos, ora no

mundo terreno ora no mundo espi-

ritual; vem provar-nos a imortalidade

da alma, através da mediunidade,

onde através dos médiuns, aqueles

que nos precederam na grande

viagem vêm dizer que estão tão

vivos como nós, vêm contar as suas

alegrias ou tristezas, vêm dar provas

irrefutáveis da imortalidade da alma.

ção física de

cada planeta.

Dessa filoso-

fi a que emana

da experiên-

cia, da ciência,

a d v é m u m

componente

mor a l , que

nos deixa os

ensinamen-

tos de Jesus

de Nazaré como um trajeto garantido

a seguir, explicando os Espíritos que

Jesus foi o ser mais perfeito que já

esteve à face da Terra.

O espiritismo, não é mais uma

religião, não é mais uma seita, mas

sim uma doutrina universalista que

procura através da prática dos ensi-

namentos morais de Jesus, auxiliar

Quem são os espíritasQuem são os espíritas

Essa fi losofi a vem dizer-nos que a reencarnação é uma realidade

| doutrina |

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Por Marcelo Henrique Pereira

Nosso pensamento e nossa

emoção, ambos cristãos,

manifestam nossa sensibili-

dade psíquica. Deixando de lado o

apelo comercial da data, e o caráter

de festividade familiar, a exemplo do

Natal, nossa atenção e consciência

espíritas requerem uma explicação

plausível do signifi cado da data e de

sua representação perante o con-

texto fi losófi co-científi co-moral da

Doutrina Espírita.

Deve-se comemorar a Páscoa?

Que tipo de celebração, evento ou

homenagem é permitido nas insti-

tuições espíritas? Como o Espiritismo

visualiza o acontecimento da paixão,

crucificação, morte e ressurreição

de Jesus?

Em linhas gerais, as instituições

espíritas não celebram a Páscoa, nem

programam situações específicas

para “marcar” a data, como fazem

as demais religiões ou filosofias

“cristãs”. Todavia, o sentimento de

religiosidade que é particular de cada

ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita,

respeitado, de modo que qualquer

manifestação pessoal ou, mesmo,

coletiva, acerca da Páscoa não é proi-

bida, nem desaconselhada.

O certo é que a fi gura de Jesus

assume posição privilegiada no con-

texto espírita, dizendo-se, inclusive,

que a moral de Jesus serve de base

para a moral do Espiritismo. Assim,

como as pessoas, via de regra, são

lembradas, em nossa cultura, pelo que

fi zeram e reverenciadas nas datas prin-

cipais de sua existência corpórea (nas-

cimento e morte), é absolutamente

comum e verdadeiro lembrarmo-nos

das pessoas que nos são caras ou

importantes nestas datas. Não há,

francamente, nenhum mal nisso.

Mas, como o Espiritismo não

tem dogmas, sacramentos, rituais

ou liturgias, a forma de encarar a

Páscoa (ou a Natividade) de Jesus,

assume uma conotação bastante

peculiar. Antes de mencionarmos a

signifi cação espírita da Páscoa, faz-se

necessário buscar, no tempo, na His-

tória da Humanidade, as referências

ao acontecimento.

A Páscoa, primeiramente, não

é, de maneira inicial, relacionada ao

martírio e sacrifício de Jesus. Veja-se,

por exemplo, no Evangelho de Lucas

(cap. 22, versículos 15 e 16), a menção,

do próprio Cristo, ao evento: “Tenho

desejado ansiosamente comer con-

vosco esta Páscoa, antes da minha

paixão. Porque vos declaro que

não tornarei a comer, até que ela se

cumpra no Reino de Deus.” Evidente,

aí, a referência de que a Páscoa já era

uma “comemoração”, na época de

Jesus, uma festa cultural e, portanto,

o que fez a Igreja foi “aproveitar-se”

do sentido da festa, para adaptá-la,

dando-lhe um novo significado,

associando-o à “imolação” de Jesus,

no pós-julgamento, na execução da

sentença de Pilatos.

Historicamente, a Páscoa é a junção

de duas festividades muito antigas,

comuns entre os povos primitivos, e

alimentados pelos judeus, à época de

Jesus. Fala-se do “pesah”, uma dança

cultural, representando a vida dos

povos nômades, numa fase em que

a vinculação a terra (com a noção de

propriedade) ainda não era fl agrante.

Também estava associada à “festa

dos ázimos”, uma homenagem que

os agricultores sedentários faziam

às divindades, em razão do início

da época da colheita do trigo, agra-

decendo aos Céus, pela fartura da

produção agrícola, da qual saciavam a

fome de suas famílias, e propiciavam as

trocas nos mercados da época. Ambas

eram comemoradas no mês de abril

(nisan) e, a partir do evento bíblico

denominado “êxodo” (fuga do povo

hebreu do Egito), em torno de 1441 a.C.,

passaram a ser reverenciadas juntas.

É esta a Páscoa que o Cristo desejou

comemorar junto dos seus mais caros,

por ocasião da última ceia.

Logo após a celebração, foram

todos para o Getsêmani, onde os

discípulos invigilantes adormeceram,

tendo sido o palco do beijo da traição

e da prisão do Nazareno.

Mas há outros elementos “evan-

gélicos” que marcam a Páscoa. Isto

porque as vinculações religiosas

apontam para a quinta e a sexta-

feira santa, o sábado de aleluia e o

domingo de páscoa. Os primeiros

relacionam-se ao “martírio”, ao sofri-

mento de Jesus – tão bem retratado

na película hollyodiana “A Paixão de

Cristo” (de Mel Gibson) –, e os últimos,

à ressurreição e a ascensão de Jesus.

No que concerne à ressurreição,

podemos dizer que a interpretação

tradicional aponta para a possibi-

lidade da mantença da estrutura

corporal do Cristo, no post-mortem,

situação totalmente rechaçada pela

ciência, em virtude do apodreci-

mento e deterioração do envoltório

físico. As Igrejas cristãs insistem na

hipótese do Cristo ter “subido aos

Céus” em corpo e alma, e fará o

mesmo em relação a todos os “elei-

tos”, o chamado “juízo fi nal”. Isto é,

pessoas que morreram, pelos séculos

afora, cujos corpos já foram decom-

postos e reaproveitados pela terra,

ressurgirão, perfeitos, reconstituindo

as estruturas orgânicas, do dia do

julgamento, onde o Cristo, separará

justos e ímpios.

A lógica e o bom-senso espíritas

abominam tal teoria, pela impossi-

bilidade física e pela injustiça moral.

Afi nal, com a lei dos renascimentos,

estabelece-se um critério mais justo

para aferir a “competência” ou a “qua-

lifi cação” de todos os Espíritos. Com

| artigo |

Visão espírita sobre a Páscoa

A Páscoa, em verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se envolta num preocupante e negativo contexto de culpa

Page 11: Jornal Fraterno 35

Maio/Junho 2009 | Edição 35 | Ciência, Filosofi a e Conseqüências Morais | FRATERNO | [email protected]

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Hamilton Naki, um negro de 78

anos, morreu em maio de 2005.

A notícia não apareceu nos

periódicos, porém sua história é uma

das mais extraordinárias do século XX.

Naki era um grande cirurgião.

Foi ele quem retirou do corpo da

doadora o coração que foi trans-

plantado em Louis Washkanki em

1967, na Cidade do Cabo, na primeira

operação de transplante cardíaco

realizada com êxito.

Era um trabalho muito delicado. O

coração doado teria que ser retirado e

preservado com o máximo cuidado.

Naki era o segundo homem mais

importante na equipe que fez o pri-

meiro transplante cardíaco da história.

Porém, não podia aparecer porque

era um negro no país do “APARTHEID”

(regime racial entre brancos e negros).

O cirurgião chefe do grupo, o branco

Cristian Barnard, se transformou em

uma celebridade instantânea. Porém,

Hamilton Naki não podia sair nas foto-

grafi as da equipe. Quando apareceu

em uma, por descuido, o Hospital

informou que era um empregado do

serviço de limpeza.

Naki usava bata e máscara, porém

jamais estudou medicina ou cirurgia.

Havia abandonado a escola aos 14

anos. Era jardineiro na escola de

medicina da Cidade do Cabo e come-

çou limpando as jaulas, entretanto,

era curioso e aprendia depressa.

Aprendeu a técnica cirúrgica

vendo médicos brancos que prati-

cavam transplantes em cachorros e

porcos. Transformou-se em um cirur-

gião tão excepcional que o Dr. Barnard

o requisitou para sua equipe.

Era um problema para as leis

Sul-Africanas. Naki, negro, não podia

operar pacientes ou tocar em sangue

de brancos. Entretanto, o hospital o

considerava tão valioso que fez uma

exceção e o transformou em um

cirurgião... “clandestino”.

Contudo, isso não importava para

Naki, seguiu estudando e dando o

melhor de si que, apesar da discri-

minação, era o melhor. Dava aulas a

estudantes brancos e ganhava salário

de técnico de Laboratório, o máximo

que hospital podia pagar a um negro.

Morava numa barraca sem luz elétrica

e nem água corrente, em um gueto da

periferia, bem como correspondia a

um negro naquele regime político.

Hamilton Naki ensinou cirurgia

durante 40 anos e se retirou do plano

físico, com uma pensão de jardineiro,

de 275 dólares por mês. Não levou

nada com ele, a não ser a grandiosi-

dade de seus préstimos. Quando o

“Apartheid” terminou, concederam-

lhe uma condecoração e o título de

médico “honoris causa”.

Nunca reclamou das injustiças que

sofreu ao longo de toda sua vida e era

bem humorado, apesar da clandestini-

dade e da discriminação. Jamais deixou

de dar o melhor de si, em sua paixão

por ajudar as pessoas viverem.

E nós, da equipe do Fraterno,

adaptamos esse pequenino trecho

para homenageá-lo. Obrigado Dr. Naki,

por tudo que fi zeste para humanidade

em detrimento de seus próprios valo-

res pessoais. Fica aqui uma grande

refl exão: qual de nós se submeteria a

tão largo exemplo? Eis o silêncio dos

inocentes! Para os homens ele passou

desapercebido, ignorado, mas, para

Deus, ele chegou todo iluminado,

cheio de possibilidades...

| exemplo de vida |

O silêncio dos inocentes

Dr. Hamilto Naki, um exemplo de vida

“tantas oportunidades quanto sejam

necessárias”, no “nascer de novo”, é

possível a todos progredirem.

Mas, como explicar, então as

“aparições” de Jesus, nos quarenta

dias póstumos, mencionadas pelos

religiosos na alusão à Páscoa?

A fenomenologia espírita

(mediúnica) aponta para as mani-

festações psíquicas descritas como

mediunidades. Em algumas ocasi-

ões, como a conversa com Maria de

Magdala, que havia ido até o sepul-

cro para depositar algumas fl ores e

orar, perguntando a Jesus – como

se fosse o jardineiro – após ver a

lápide removida, “para onde leva-

ram o corpo do Raboni”, podemos

estar diante da “materialização”, isto

é, a utilização de fl uido ectoplás-

mico – de seres encarnados – para

possibilitar que o Espírito seja visto

(por todos). Igual circunstância

se dá, também, no colóquio de

Tomé com os demais discípulos,

que já haviam “visto” Jesus, de que

ele só acreditaria, se “colocasse as

mãos nas chagas do Cristo”. E isto,

em verdade, pelos relatos bíblicos,

acontece. Noutras situações, esta-

mos diante de outra manifestação

psíquica conhecida, a mediunidade

de vidência, quando, pelo uso de

faculdades mediúnicas, alguém

pode ver os Espíritos.

A Páscoa, em verdade, pela

interpretação das religiões e seitas

tradicionais, acha-se envolta num

preocupante e negativo contexto

de culpa. Afi nal, acredita-se que

Jesus teria padecido em razão dos

“nossos” pecados, numa alusão

descabida de que todo o sofri-

mento de Jesus teria sido realizado

para “nos salvar”, dos nossos pró-

prios erros, ou dos erros cometidos

por nossos ancestrais, em especial,

os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso.

A presença do “cordeiro imolado”,

que cumpre as profecias do Antigo

Testamento, quanto à perseguição

e violência contra o “fi lho de Deus”,

está flagrantemente aposta em

todas as igrejas, nos crucifi xos e nos

quadros que relatam – em cores

vivas – as fases da via sacra.

Esta tradição judaico-cristã da

“culpa” é a grande diferença entre

a Páscoa tradicional e a Páscoa

espírita, se é que esta última existe.

Em verdade, nós espíritas devemos

reconhecer a data da Páscoa como

a grande – e última lição – de Jesus,

que vence as iniqüidades, que

retorna triunfante, que prossegue

sua cátedra pedagógica, para asse-

verar que “permaneceria eterna-

mente conosco”, na direção bussolar

de nossos passos, doravante.

Nestes dias de festas materiais

e/ou lembranças dos sofrimentos

do Rabi, possamos nós encarar

a Páscoa como o momento de

transformação, a vera evocação de

liberdade, pois, uma vez despojado

do envoltório corporal, pôde Jesus

retornar ao Plano Espiritual para,

de lá, continuar “coordenando”

o processo depurativo de nosso

orbe. Longe da remissão da cele-

bração de uma festa pastoral ou

agrícola, ou da libertação de um

povo oprimido, ou da ressurreição

de Jesus, possa ela ser encarada

por nós, espíritas, como a vitó-

ria real da vida sobre a morte,

pela certeza da imortalidade e da

reencarnação, porque a vida, em

essência, só pode ser conceituada

como o amor, calcado nos grandes

exemplos da própria existência de

Jesus, de amor ao próximo e de

valorização da própria vida.

Nesta Páscoa, assim, quando

estiveres junto aos teus mais caros,

lembra-te de reverenciar os belos

exemplos de Jesus, que o imorta-

lizam e que nos guiam para, um

dia, também estarmos na condição

experimentada por ele, qual seja

a de “sermos deuses”, “fazendo

brilhar a nossa luz”.

Comemore, então, meu amigo,

uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a

da sua transformação, rumo a uma

vida plena.

Page 12: Jornal Fraterno 35

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TEREZA NESTOR DOS SANTOSAdvogada Trabalhista

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Por Jussara Ferreira da Silva

Neste mês dedicado a elas, faço um

convite para, juntos, adentrarmos o

coração de uma MÃE...

Uma mulher que carrega uma vida em seu

ventre durante nove meses, que, aos poucos,

toma contornos e formas delineadas, possíveis

de serem vistas através de um equipamento de

ultra-sonografi a, sentindo o seu corpo se trans-

formar para melhor acomodar esta vida...

Uma mulher que aceita e acolhe todos os

procedimentos, cirúrgicos ou não, para trazer

esta vida ao mundo, provida de coragem e

determinação para sentir dores, voltar para casa

com esta vida nos braços e, ainda sentindo dores,

acordar durante a noite quantas vezes forem

necessárias para sentir o pulsar desta vida...

Uma mulher que acolhe esta vida em seu

peito, como reverência à força e amor do Pai

Celestial, dando-lhe o alimento que aquecerá

as suas necessidades enquanto a contempla

com a energia necessária para o seu desen-

volvimento...

Uma mulher que aceita os desafios

impostos por um dia repleto de trabalho,

para manter esta vida suprida de suas neces-

sidades, acolhendo-a nos braços em todos

os momentos frágeis, orientando-a sobre

as graças de se viver e sobre os perigos que

poderá encontrar...

Uma mulher que pede aos anjos do céu

por proteção a esta vida entregando as suas

preocupações e afl ições de um novo dia que

surgirá para contemplar esta vida com as

experiências necessárias ao seu desenvolvi-

mento pessoal e espiritual...

Uma mulher que acolhe as defi ciências

desta vida, que a ampara com cuidados que

o momento requer e a coloca nos seus braços

para, juntas, superarem os momentos de preo-

cupação até que estes sejam substituídos por

outros de saúde e de tranqüilidade...

Uma mulher que vibra por esta vida diante

de qualquer sinal de superação e a convida a rir

e a chorar marcando o momento com preciosos

sinais de amor e vitória, reconhecimento e agra-

decimento e, também, de dever cumprido...

Uma mulher que é capaz de dividir com

esta vida a experiência adquirida em tantos

anos de observação, aprendizado, trabalho

e dedicação para que ela pudesse crescer, se

desenvolver e se destacar como ser humano

voltado para o bem...

Uma mulher que é capaz de dividir, em

partes iguais, o seu amor, dedicação e cuida-

dos a todas as vidas lhe forem entregues...

Uma mulher que acolhe as decisões do

Pai Maior quando uma vida lhe é retirada dos

braços após tanta dedicação, reconhecendo

que é chegada a hora da despedida...

Uma mulher que continua a sua caminhada

sentindo o coração transbordar de felicidade

pela doação incondicional às vidas colocadas

em seu caminho...e que agradece ao Pai Celes-

tial, amigo desta caminhada, por ter cumprido o

seu dever de MÃE junto a elas, fi lhos amados!

É assim é o coração de uma MÃE, mas não

é preciso entendê-lo...basta aconchegá-lo

junto ao seu!

Um abraço!

| mensagem do seara | Mãe querida Torno a ver, nos meus dias de criança,

O teu regaço, a lamparina acesa,

O pequeno lençol que trago na lembrança,

A oração da manhã e o pão à mesa...

Varro o chão, a fi tar-te as mãos escravas,

Afagando o fogão, de momento a momento...

A roupa e o batedouro em que cantavas

Para esquecer o próprio sofrimento...

Depois, era o tinir da caçarola,

Aumentando a despesa no armazém...

Vestias-me de renda para a escola

E nunca me lembrei de ofertar-te um vintém.

Cresci... A mocidade me requesta,

Ante a cidade de qualquer maneira...

Parti... – eu era a rosa para a festa,

Ficaste... – eras a rústica roseira.

De tudo vi na estrada grande e nova,

As fl ores do prazer, o brilho, a fama,

A malícia dourada e os suplícios da prova

Marcando a pranto e fel os passos

de quem ama...

Hoje, volto a buscar-te, mãe querida,

Dá-me de tua paz sem ilusão,

Guarda-me em ti, amor de minha vida,

Alma querida de meu coração. Chico Xavier, pelo espírito Maria Dolores

Amigos leitores...Mulher, capaz de dividir em partes iguais o seu amor, dedicação e cuidados a todas as vidas que lhe forem entregues...