jornal fraterno 41

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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 41 | Ano VII | Maio/Junho de 2010 7 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$18,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 CRIME E CASTIGO “O mundo é um lugar perigoso para se viver, não exatamente por causa das pessoas que são más, mas por causa das pessoas que não fazem nada quanto a isso” Albert Einsten “O conceito de crime não é só representado pelo óbvio do “roubar”, “traficar” ou “matar” e sabemos quantos criminosos escapam das malhas do código penal. Crime ou delito é qualquer falta, qualquer causa que traga um efeito de dano material ou moral para si ou para outrem”. NO CONCEITO DE CRIMINOLOGIA ESPÍRITA Também nesta edição EDITORIAL A antropologia criminal ..................... 2 e 3 MORAL CRISTÃ A ciência ............................................................... 4 O ESPÍRITO NA ESCOLA Renascer e ressurgir na escola... 10 e 11 CULTURA ESPÍRITA Crime e Castigo ................................. 6, 7 e 8 MENSAGEM Psicofonia de Chico Xavier ............................ 9 O SEXO DOS ESPÍRITOS A atividade esportiva............................................... 9 MOMENTO FRATERNO Mês das mães ...................................................... 4 DOUTRINA A nova literatura mediûnica ...................... 12

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Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 41 | Ano VII | Maio/Junho de 20107 anos Divulgando a Doutrina Espírita

LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ

E-mail: [email protected](atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal)

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Crime e Castigo

“O mundo é um lugar perigoso para se viver, não exatamente por

causa das pessoas que são más, mas por causa das pessoas que não fazem nada quanto a isso”

Albert Einsten

“O conceito de crime não é só representado pelo óbvio do “roubar”, “traficar” ou “matar” e sabemos quantos criminosos escapam das malhas do código penal. Crime ou delito é qualquer falta, qualquer causa que traga um efeito de dano material ou moral para si ou para outrem”.

no ConCeito deCriminologia espírita

Também nesta ediçãoEdiTorialA antropologia criminal ..................... 2 e 3moral CrisTãA ciência ...............................................................4o EspíriTo na EsColaRenascer e ressurgir na escola ...10 e 11CulTura EspíriTaCrime e Castigo .................................6, 7 e 8mEnsagEmPsicofonia de Chico Xavier ............................9o sExo dos EspíriTosA atividade esportiva ...............................................9momEnTo fraTErnoMês das mães ......................................................4douTrinaA nova literatura mediûnica ......................12

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[email protected] | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 41 | Maio/Junho 2010

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Dire-ção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

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A antropologia criminal

no final do século XIX. Esta havia se apoiado inicialmente em um Direito Penal Liberal que lhe havia permitido neutralizar a nobreza, limitando, através de um órgão legítimo, seu poder arbitrário. Assim sucedeu que, a burguesia se sentia ameaçada, não mais pela nobreza e seu poder arbitrário, senão pelas “classes perigosas”, ou seja, pelas classes menos favorecidas que levavam dentro de si o germe da degeneração e o crime.

Partindo dessa premissa, as idéias penais e criminológicas dos positivistas coincidem com esta preocupação central das novas classes privilegiadas e lhes propor-cionaram um instrumento prático e teórico para afugentar o perigo que para a estabilidade social

representavam os despojados. Fato que determinou de forma significativa uma nova orientação nos estudos criminológicos. O ponto de partida da teoria provi-nha de pesquisas craniométricas de criminosos, abrangendo fatores anatômicos, fisiológicos e mentais. A base da teoria, primeiramente foi o atavismo: o retrocesso atávico ao homem primitivo. Depois, a parada do desenvolvimento psíquico: comportamento do delinqüente semelhante ao da criança. Por fim, a agressividade explosiva do epilép-tico. O que não fosse demonstrável materialmente, por via de experi-mentação reprodutível, não podia ser científico.

O positivismo está estreita-mente ligado à busca metódica

A Antropologia Criminal trata-se de termo científico e filosófico que trouxe uma ampla complexidade sobre os estudos e teorias criminais de antanho

Nesta edição, prestamos título a Cultura Espírita de “Crime e Castigo ou Delito e Pena segundo

o Espiritismo”, tema que comporta farto material que desdobramos em dois capítulos, por permear trilha as delinqüências humanas e sua correlação como resultante ao progresso dos espíritos.

Agora, filosoficamente falando, em todas as partes do mundo, com raras exceções, a conquista de objetivos sempre esbarrou nas vantagens de uns sobre outros e, a partir disso, desde que o mundo é mundo existem diversas modali-dades e complexidades criminais. O homem em sua individualidade é a causa de si mesmo para efeito de desenvolvimento, mais das vezes resultante e conseqüência das incú-rias, ganâncias, excessos, desejos e caprichos.

A violência não ocorre por acaso, ela é fruto da vontade de alguém e também é reflexo de todo contexto social. Por mais iso-ladas entre si que tenham vivido as diferentes sociedades humanas, sempre souberam, salvo raríssi-

causas da criminalidade, a perso-nalidade do criminoso, sua conduta delituosa e o modo de ressocializá-lo. Diferentemente do direito penal, a criminologia volta-se não para o enquadramento do crime, mas para sua explicação. O direito penal contemporâneo e a criminologia mantêm estreitas relações, obser-vando-se a influência cada vez maior desta, na medida em que as legislações penais aprofundam seu interesse pelo infrator.

Aos inominados ardis da delin-qüência, desde sempre, como já o dissemos, houve inquietações de justiça aos ditames da coletivi-dade. De fato, o modelo proposto pelos juristas que se aliaram ao movimento positivista respondia às necessidades da burguesia

mas exceções, que além de suas fron-teiras haviam “outros homens”: homens que viviam de forma diversa, cuja pele era talvez de outra cor, que não adoravam os mesmos deuses, q u e p e n s a v a m de outra maneira. A curiosidade de c o n h e c e r e s s e s homens e povos “diferentes” moti-vou o nascimento da antropologia , que atualmente não estuda apenas “os outros”, mas todos os seres humanos.

A criminologia é a ciência que estuda os fenômenos e as

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Maio/Junho | Edição 41 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

| eventos |

sustentada no experimental, recha-çando noções religiosas, morais, apriorísticas ou conceitos abstratos, universais ou absolutos. Ao abstrato individualismo da Escola Clássica, a Escola Positiva opôs a necessidade de defender mais enfaticamente o corpo social contra a ação do delinqüente, priorizando os inte-resses sociais em relação aos indi-víduos. Os positivistas rechaçaram totalmente a noção clássica de um homem racional capaz de exercer seu livre arbítrio, sustentavam que o delinqüente se revelava automa-ticamente em suas ações e que estava impulsionado por forças que ele mesmo não tinha consciência.

Finalizando essa primeira parte também de nosso editorial, diremos que essa corrente de pensamento generalizou-se, em um primeiro momento, industrialista e, logo a seguir, capitalista, do progresso linear do saber humano, capazes de explicar, prever e manipular todos os fenômenos da vida.

Assim sendo, Antropologia Cri-minal trata-se de termo científico e filosófico que trouxe uma ampla complexidade sobre os estudos e teorias criminais de antanho, des-tacando-se o criminologista: Cesare Lombroso, médico estudioso e de largo conhecimento; ocupou um papel central na criminologia. Nesta publicação, veremos que suas idéias sustentaram um momento de rompimento de paradigmas no Direito Penal e o surgimento da fase científica da Criminologia, bem como o entrelaçamento dos conceitos espíritas sobre delito e pena.

Boa leitura, o Editor

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TardEs dE auTÓgrafosA escritora de divulgadora da Doutrina Espírita Elisa Masselli, estará autografando o seu lançamento (romance mediúnico) “Em Busca do Amanhã”. Todos os livros da autora também poderão ser autografados no dia do Evento.Dia 22 de Maio, sábado, das 14h às 17h30.

pEÇas TEaTrais EspírTasSerá apresentada em Osasco, a Peça Teatral Espírita “laços Eternos”, baseada no livro de mesmo nome do espírito Lúcius e psicografado pela médium Zibia Gasparetto. Esta peça está em cartaz no país há mais de 12 anos e com sucesso absoluto.Dia 15 de maio, sábado, às 18h30, no Teatro Municipal de Osasco, Avenida dos Autonomistas, 1.533, Osasco. Ingressos a R$ 40,00 na bilheteria e R$ 20,00 antecipado e meia entrada. Aquisição: Livraria

Espírita Mensageiros de Luz, Rua José Cianciarulo, 89, Centro, Osasco, telefones: 3682 6767 - 3448 7386.Nota - Cada Ingresso adquirido junto a Livraria Espírita, terá R$ 3,00 destinado a Entidades Assistenciais de Osasco.

O Grupo de Risoterapia, Arte e Fantasia, apresenta a peça teatral Espírita “ La Vai Ele “, abordando os temas: família, vícios, obsessão, ajuda espiritual e reencarnação.Dia 15 de maio, sábado às 19h. e dia 16 de maio, sábado às 18h. no Espaço Cultural Grande Otelo à Rua Dimitri Sansaud de Lavaud, 100, Campesina, Osasco, ao lado do Paço Municipal de OsascoIngresso - R$ 10,00 - podendo ser adquirido na Livraria Espírita Mensageiros de Luz

passagEns do “EVangElHo dE TomÉ”Eis as palavras secretas que JESUS, disse e que Dídimo Judas Tomé escreveu...

“Seus discípulo interrogaram-no dizendo: - Queres que jejuemos? Como devemos orar? Devemos dar esmolas?

E que normas observamos ao comer? JESUS disse: - Não mintam e não façam aquilo que é odioso, tudo

será desvelado perante o Céu. Nada há, com efeito, oculto que não venha a tornar-se manifesto e nada

encoberto que permaneça sem ser descoberto”.EVANGELHO DE TOMÉ

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Amigos leitores,

Antigamente, quando se falava no mês de maio logo se pensava no mês das noivas! Hoje, maio é o mês

das mães. É isso mesmo, não é um dia, agora é MÊS DAS MÃES!

É merecida esta homenagem! Eu mesma, ao iniciar esta mensagem, pensei: não dá pra não falar das mães! Foi quando o meu pensa-mento começou a voltar no tempo e surpreendi-me quando a imagem dela tomou conta de todas as minhas recordações.

Havia muita ligação entre eu e minha mãe. Alguns diziam que eu era a caçulinha da mamãe. Quando o assunto era o pai, mudava a expres-são: era a caçulinha do papai. Mas isso não importa. O que realmente tem valor é a lembrança dos momentos que passei com ela. E estes eram com-pletos. Assim como qualquer relação entre mãe e filho (a) deve ser.

Mas havia uma diferença no convívio com a minha mãe. Ela era uma mulher muito ocupada e muitas vezes essa condição fazia com que eu me sentisse só. Mesmo acompanha-dos por alguma empregada ou pelos irmãos mais velhos, eu sentia a falta dela e ela sempre estava ocupada.

As suas ocupações variavam muito. Da máquina de tricô na sala, na qual ela tecia as mais diversas peças para venda, até o amparo às meninas do Lar Jesus entre as Crianças, onde ela exerceu as atividades de tesou-reira. E eu a acompanhava.

Na máquina de tricô, ela me ensinou a tecer meias com os restos de lã. Eram movimentos contínuos com os meus braços e como a peça era pequena, esta atividade eu conseguia desempenhar bem. Ensaiei algumas peças maiores, mas acabávamos rindo juntas, porque eu não tinha força.

Em outros momentos variávamos as atividades artesanais, com a con-fecção de en feites de roupas para as festas juninas, bordados, costuras, pintura em tecidos, dentre outras. De tudo eu aprendi um pouco com a melhor professora que a vida poderia

me dar: a minha MÃE!Em raros momentos de descanso,

naqueles dias de chuva ou frio, eu e meu irmãos ficávamos, um de cada lado, deitados e encostados nela, a busca de palavras escondidas naque-las revistas de cruzadas. Nesta simples atividade matinal muito aprendíamos, pois para todas as palavras encontra-das, ela nos ensinava o significado e dava alguns exemplos do seu uso.

Sempre alegre e comunicativa, conhecia toda a vizinhança reali-zando, inclusive, as atividades de anfitriã para aqueles que, com a mudança, chegavam ao bairro. E eu, sempre envergonhada e tímida,

silencioso, inseguro, de repente se vê num descompasso tão forte que é quase impossível controlar. Este passou a bater por ela e por muitos mais. Soli-dão nunca mais, silêncio é uma palavra que este órgão vital deixou de lado e insegurança também. Enquanto bate, o coração de mãe movimenta tudo a sua volta sendo quase impos-sível detê-lo. A insegurança passa a ser uma palavra desconhecida que, substituída, devolve a sua energia num colo tão aconchegante que faria o mais frio dos mortais encontrar a tão almejada paz.

Solidão, silêncio e insegurança, assim como o passado, são sen-

dos céus, esses pequeninos chegam à terra com uma espécie de embrulho nas suas mãozinhas. Neste embrulho está outra avalanche de sentimentos que complementam as mães, ou melhor, as avós ao se instalarem nos seus corações em doses superiores às já conhecidas, e passam a ocupá-los e sacudi-los novamente.

Chega, então, o momento em que a mãe, que agora é avó, pen-sando que nada mais poderia ofere-cer, se entrega ao contato daquelas mãozinhas suaves e o brilho de uma lágrima aparece no seu rosto. Com o passar do tempo, intrusas ou não, as lágrimas sempre acompanharão

| momento fraterno |

estava do seu lado admirando a sua desenvoltura e habilidade no trato com as pessoas. Essa simpatia abria-lhe as portas e ela, sem dúvida, sabia aproveitar cada oportunidade, participando de quantas atividades lhe eram oferecidas. No Seara de Jesus, na escola do bairro, no Lar Jesus entre as Crianças e naqueles lares que a acolhiam, lá estava a minha mãe, trabalhando ou ajudando alguém.

Mas o tempo passou. De filha passei para MÃE. E então pude enten-der os sentimentos dessas mulheres e a transformação que acontece em suas vidas, que é mais ou menos assim:

Um coração que batia sozinho,

timentos que ficaram para trás e deram espaço para a mais virtuosa característica da mulher: O AMOR INCONDICIONAL! E este passa a cegar-lhe a visão, tomando conta dos seus pensamentos. Durante anos a mulher experimenta essa avalanche de emoções e sensações para que os seus queridos e amados filhos tenham a mais completa felicidade enquanto estiverem sob o brilho dos seus cuidados.

E, quando a mãe menos espera, quando “acha” que os seus cuidados e dedicação não são mais tão neces-sários, aparecem os filhos dos filhos e, numa analogia aos anjos que descem

essas mulheres. Estarão presentes para lembrá-las que as emoções de uma vida repleta de amor também doem.

Em mim, as lágrimas insistiram em aparecer mesmo antes de ser avó! Foi há 20 anos atrás e repetiu-se dois anos depois. Foram marcas tão profundas que me transformaram completamente. Passei a ver a vida de uma forma mais completa e sig-nificativa, na qual todos as ações e palavras têm algo de especial. A vida é especial e os filhos são presentes de Deus!

Feliz dia das mães! Um grande abraço!

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| moral cristã |

Então Davi o sacerdote, ques-tionou: “que dizeis da Ciên-cia?”

Ele respondeu:“Muito enganado está o homem

que se distancia das Ciências que meu Pai vos fez conhecer.

É a Ciência que despertará os homens às coisas de meu Pai.

Estudai vossas ciências e des-cobrireis coisas jamais sonhadas. Contudo, não vos vanglorieis com as vossas descobertas, porquanto o des-cobristes já existia bem antes de vós. O Pai, reconhecendo vossos esforços, vos fez ver coisas de Seu amor.

Há porém, várias manifestações da Ciência. Escolhei uma delas e nunca cessará vosso deslumbra-mento.

Não busqueis apenas a obser-vação dos fenômenos.

Procurai senti-los e percebereis o fluxo de todas as leis.

Encontrei um homem de Ciên-cia discutindo com um sacerdote. Ambos defendiam as mesmas verdades com palavras diferentes. Observai o radicalismo de um e o cepticismo do outro. Orei e pacifi-quei aqueles dois sábios.

Sacerdotes, crede-me, nada do que está escrito em vossos perga-minhos deixará de ser examinado pelas Ciências.

Podereis, vós, crer por muito tempo naquilo que um dia a Ciência desmentiu?

O coroamento do vosso minis-tério está na própria natureza das investigações da Ciência e da razão.

Pudesse ser a ciência a pacifica-dora de vossa fé cega...

Bem aventurados sejam todos os sacerdotes da Ciência porque deles são as felizes moradas da casa de Meu Pai!”

A ciência

“Quem combate a caridade, rotulando-a de alienante, ignora que está cooperando para que o mal amplie o seu espaço. A prática do bem aos necessitados nunca deve ser interpretada como um fator de alienação social... Este é um dos piores sofismas que tenho visto ser empregado por aqueles que se opõem ao trabalho de assistência do Espiritismo. Em defesa de seus interesses religiosos e políticos, lançam-se contra os alicerces que sustentaram o cristianismo nos primeiros tempos – o socorro incondicional aos filhos do Calvário...”.

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| cultura espírita |

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TITULO DE ESPECIALISTA PELA ESCOLA DE MEDICINA DE SÃO PAULO - UNIFESP

AV. DIONISIA ALVES BARRETO, 678 CEP: 06086-045BELA VISTA - OSASCO - FONE:3681-9093/3654-3326

Crime e Castigo: delito e pena segundo o Espiritismo (parte I)

Luciana Cristillo

inTroduÇão

Desde tempos imemoriais, o criminoso tem sido um elemento indesejado na sociedade e as tentativas

para entender seu pensamento a fim de descobrir se ele é tão diferente do cidadão honesto é um assunto que tem preocupado o mundo há séculos.

O conceito de crime não é só representado pelo óbvio do “roubar”, “traficar” ou “matar” e sabemos quantos criminosos escapam das malhas do código penal. Crime ou delito é qual-quer falta, qualquer causa que traga um efeito de dano material ou moral para si ou para outrem. Do dicionário - Crime: transgressão de um preceito legal; infração da lei ou da moral; ato que merece repreensão ou castigo.

Quando nos deparamos com crimes, principalmente seguidos de morte, que de alguma maneira escan-caram nossa vulnerabilidade física no mundo, é natural que busquemos explicações cientificas, filosóficas ou morais, na ânsia de ao menos ordenar e padronizar os motivos de tais atos. A história da humanidade está repleta de crimes hediondos e seus estudos de causa são tão antigos quanto a própria civilização. No entanto, o ser interior e seus motivos individuais,

a personalidade dos criminosos passou a ser estudada de maneira mais aprofundada a partir de 1930 na Alemanha. Na ocasião, o psiquiatra Karl Berg empreendeu aquela que é considerada a primeira entrevista com um serial killer, no caso Peter Kürten, descrito como uma pessoa moderada, conservadora, religiosa e muito amável com crianças que, entretanto, ficou conhecido como o Vampiro de Düsseldorf por crimes de mutilação e assassinato.

Hoje, a não ser quanto à técnica do direito penal que exige cultura especializada, o problema criminal interessa tanto ao penalista quanto a nós, cidadãos comuns. Não há quem não deseje, em sã consciência, uma sociedade melhor, haja vista que o índice de criminalidade é um reflexo das condições sociais. Condições sociais não englobam somente o padrão de pobreza ou riqueza de uma região e o quanto de investi-mento governamental recebe, mas em um tom mais amplo, englobam também a qualidade da inteligência

e da moral dos indivíduos de um grupo, a qualidade de seus relaciona-mentos pessoais e coletivos.

Assim sendo, a criminologia tende a deixar de ser um campo restrito e indevassável para o proveito dos estudos dos demais técnicos sociais. A ciência, em qualquer de seus ramos, não pode rejeitar con-tribuições honestas, seja qual for a crença ou a orientação filosófica

vivemos. Do ponto de vista científico e filosófico da criminologia, inúmeros pesquisadores envidaram teorias, tais como Beccaria, Lombroso, Ferri entre outros.

A doutrina espírita, descortinando um mundo regido por leis espirituais, traz o conceito de progresso como lei referindo-se à evolução infalível de cada indivíduo enquanto ser espiri-tual, implicando esclarecimentos que

que nem sempre acatadas pelos estudiosos da matéria.

Lombroso alinhava-se com o pensamento positivista (materialista) e suas observações voltaram-se logo para a antropologia. Após sua formação em psiquiatria, passou a analisar as possíveis influências do meio sobre a mente, idéias que num primeiro momento alcançam sucesso e, depois, desconfiança.

e anomalias anatômicas, fisiológicas e psíquicas. Desse modo, por causa do atavismo, que é a presença here-ditária de certos caracteres físicos ou psíquicos de ascendentes remotos em descendentes atuais, esse tipo de pessoa já nasce delinquente, fato que implica na aceitação do determi-nismo penal, verdadeiro dogma para a escola positivista, com exclusão do conceito de livre-arbítrio, que é sus-

O psiquiatra Karl Berg fez aquela que é considerada a primeira entrevista com um serial killer

podem responder a essa questão.Dentre os diversos pesquisado-

res em criminologia, destaca-se o médico cirurgião e cientista italiano Cesare Lombroso. Nascido em 1835 e desencarnado em 1909, lecionou psi-quiatria, medicina forense e antropo-logia criminal, além de dirigir um asilo mental. Escreveu várias obras, dentre as quais “O homem delinqüente”, “A mulher delinqüente” e “O crime, suas causas e soluções”, notabilizando-se por suas teorias criminológicas, ainda

Com efeito, inspirado pelo evo-lucionismo darwiniano do final do Século XIX e depois de examinar exaustivamente inúmeros crânios de infratores vivos e mortos, Lombroso busca alguma relação entre a forma-ção craniana e a conformação facial dessas pessoas e seus crimes (ciência conhecida como frenologia). Em sua classificação de criminoso nato, bas-tante polêmica, Lombroso diz que o criminoso seria um indivíduo atávico por degeneração, com deformações

tentado pela escola clássica.Se, naturalmente, com o desen-

volvimento da ciência, estas idéias revelaram-se passíveis de comple-mentação - especialmente pela ciência sociológica de Ferri, então em franca ascensão - Lombroso exerceu ainda por muito tempo, após as críti-cas que lhe foram feitas, importante influência no Direito Penal do mundo, numa época em que este fatigava muito a desvencilhar-se da teologia e da superstição. Lombroso foi dos

Não há quem não deseje, em sã consciência, uma sociedade melhor, haja vista que o índice de criminalidade é um reflexo das condições sociais daquele que, inspirado na

busca da verdade, se propõe a aumentar o patrimônio científico da humanidade com alguma observação ou experiência pessoal.

Enquanto a concepção que fazemos da religião nos prende ao passado nas pesa-das e antigas noções de crime e castigo, inferno e penas eternas, a ciência traz a luz da razão para o presente e o futuro, que é onde estamos e para onde vamos, com a noção de delito e pena, ou seja, de causa e efeito.

Que relação o direito penal tem com o Espiri-tismo?

Neste texto, partindo dos escritos do Dr. Fernando Ortiz, professor da Universidade de Havana, antropólogo e pena-lista cubano, pretendemos trazer alguns esclarecimentos sobre o desenvolvimento da criminologia e, acima de tudo, seu entrelaçamento com a doutrina espírita, reconhecendo DEUS como o grande legislador.

a Criminologia e o Espiritismo

Por que o Homem comete um crime?

Muitos tentaram responder a essa questão complexa, multifacetada e ainda carente de respostas conclu-sivas à luz da materialidade em que

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Crime e Castigo: delito e pena segundo o Espiritismo (parte I)vivemos. Do ponto de vista científico e filosófico da criminologia, inúmeros pesquisadores envidaram teorias, tais como Beccaria, Lombroso, Ferri entre outros.

A doutrina espírita, descortinando um mundo regido por leis espirituais, traz o conceito de progresso como lei referindo-se à evolução infalível de cada indivíduo enquanto ser espiri-tual, implicando esclarecimentos que

que nem sempre acatadas pelos estudiosos da matéria.

Lombroso alinhava-se com o pensamento positivista (materialista) e suas observações voltaram-se logo para a antropologia. Após sua formação em psiquiatria, passou a analisar as possíveis influências do meio sobre a mente, idéias que num primeiro momento alcançam sucesso e, depois, desconfiança.

e anomalias anatômicas, fisiológicas e psíquicas. Desse modo, por causa do atavismo, que é a presença here-ditária de certos caracteres físicos ou psíquicos de ascendentes remotos em descendentes atuais, esse tipo de pessoa já nasce delinquente, fato que implica na aceitação do determi-nismo penal, verdadeiro dogma para a escola positivista, com exclusão do conceito de livre-arbítrio, que é sus-

primeiros a defender a implantação de medidas preventivas ao crime, tais como a educação, a iluminação pública, o policiamento ostensivo - além de outras tantas idéias inovado-ras referentes à aplicação das penas. Dentre aqueles que foram influencia-dos por suas idéias, temos Émile Zola, Anatole France, Kraepelin. No Brasil, o jusfilósofo Tobias Barreto, fundador da Escola do Recife e, o médico Rai-

durante muitos anos negou os fenô-menos psíquicos e espirituais como charlatanice e credulidade simplória. Entretanto, a convite do conde Ercole Chiaia para que estudasse melhor o assunto, participou de sessões com a médium italiana Eusápia Palladino, convencendo-se da veracidade dos fenômenos e da autenticidade das manifestações espirituais quando assistiu estupefato à materialização do espírito da sua própria mãe.

As pesquisas que realizou com essa médium encontram-se publi-cadas na obra “Hipnotismo e Mediu-nidade”.

Em meio a suas pesquisas sobre a mediunidade, estuda o fenômeno sob o aspecto positivista de com-provação factual - tal como noutras partes fizeram outros cientistas da época (inclusive Kardec ante-riormente) - e ao final conclui pela comprovação científica da doutrina e fenômenos estudados. Torna-se então um defensor do Espiritismo na Itália de seu tempo, como o fizeram várias correntes do movimento posi-tivista da época.

Em 15 de julho de 1891 foi publi-cada uma carta onde Lombroso declarou sua rendição aos fatos espi-rituais: “Estou muito envergonhado e desgostoso por haver combatido com tanta persistência a possibilidade dos fatos chamados espiríticos; digo fatos, porque continuo ainda contrário à teoria. Mas os fatos existem e deles me orgulho de ser escravo”.

Antes de Lombroso haver revolu-cionado a criminologia, assentando teorias e princípios hoje vulgarizados ainda que parcialmente acolhidos pelas legislações, boa parte de tais princípios e teorias haviam sido divulgadas por uma filosofia que se aproxima muito do idealismo de uma criminologia de leis eternas, que abrangem todo o Universo, sendo constituído de leis absolutas e imutáveis.

podem responder a essa questão.Dentre os diversos pesquisado-

res em criminologia, destaca-se o médico cirurgião e cientista italiano Cesare Lombroso. Nascido em 1835 e desencarnado em 1909, lecionou psi-quiatria, medicina forense e antropo-logia criminal, além de dirigir um asilo mental. Escreveu várias obras, dentre as quais “O homem delinqüente”, “A mulher delinqüente” e “O crime, suas causas e soluções”, notabilizando-se por suas teorias criminológicas, ainda

Com efeito, inspirado pelo evo-lucionismo darwiniano do final do Século XIX e depois de examinar exaustivamente inúmeros crânios de infratores vivos e mortos, Lombroso busca alguma relação entre a forma-ção craniana e a conformação facial dessas pessoas e seus crimes (ciência conhecida como frenologia). Em sua classificação de criminoso nato, bas-tante polêmica, Lombroso diz que o criminoso seria um indivíduo atávico por degeneração, com deformações

tentado pela escola clássica.Se, naturalmente, com o desen-

volvimento da ciência, estas idéias revelaram-se passíveis de comple-mentação - especialmente pela ciência sociológica de Ferri, então em franca ascensão - Lombroso exerceu ainda por muito tempo, após as críti-cas que lhe foram feitas, importante influência no Direito Penal do mundo, numa época em que este fatigava muito a desvencilhar-se da teologia e da superstição. Lombroso foi dos

mundo Nina Rodrigues, na Bahia, foram seguido-res de Lombroso por um certo período, inclusive com a criação no Brasil de uma Escola Intelectual de Antropologia Crimi-nal, sediada na Bahia. A antropologia criminal lombrosiana foi pioneira nos estudos científicos sobre o crime; na conti-nuidade, os estudos de Ferri denominaram-na de sociologia criminal consi-derando que o criminoso não seria predestinado ao delito, preso a um deter-minismo que fatalmente o conduziria ao crime, mas predisposto à prática de fatos criminosos ainda que no exercício de seu livre-arbítrio. Posterior-mente, a criminologia de César Beccaria e Fran-cesco Carrara trazem um

elemento de ecletismo, a exemplo do nosso código penal que aceita ambas escolas (livre arbítrio com responsa-bilidade penal/imputabilidade para os homens normais e determinismo com irresponsabilidade penal/inim-putabilidade para os doentes men-tais, anormais).

Lombroso também notabili-zou-se pelo estudo dos fenômenos espíritas. Inicialmente os ridiculari-zou com a publicação do opúsculo “Studi sull’ipnotismo” (Turim, 1882) e

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As teorias de Lombroso são afins à doutrina Espírita, pois ambas estão calcadas no evolucionismo. Em sua marcha evolutiva, o espírito causará transformações na matéria que, por sua vez, se aperfeiçoará. Então, o evolucionismo de ambas as teorias implica em idéias de adiantamento e atraso, material ou espiritual a um estado que sirva de termo de compa-ração. E nessa idéia de atraso poderão fundamentar, uns e outros, o conceito de delito e penas.

“Apesar de haver travado conhe-cimento com os fenômenos mediú-nicos, faltou-lhe um conhecimento profundo de reencarnação como das leis de causa e efeito, para enten-der que todo Espírito é o autor do seu destino, insculpindo em cada experiência carnal as conquistas e prejuízos que decorrem da sua conduta. Desse modo, o atavismo que o leva a uma aparente queda da escala inferior da evolução, trata-se apenas do distúrbio que o Espírito se impõe para aprender a valorizar a vida, mediante expiações engrande-cedoras e provações regenerativas. No caso dos criminosos natos, que tanto o preocupava, identifica-se o espirito primário, em processo de ajustamento às leis da ordem e da disciplina, desarmonizado no grupo social. Identificados, devem merecer tratamento especializado, afim de evitar que derrapem nos

crimes hediondos ou sejam vitimas da própria impulsividade sendo cru-ciados por outros mais perturbados. A reencarnação é, portanto a chave para equacionar o enigma que o notável antropólogo criminalista não conseguiu, detendo-se apenas nos efeitos, na constituição do crânio e noutras características mentais e nervosas” (Franco, Divaldo – Manoel Philomeno de Miranda (Espírito), in: “Tormentos da Obsessão”, ed. Livraria Espírita Alvorada, Salvador, 2001, pg. 124/127).

Allan Kardec, ao construir a moral evolucionista e Lombroso ao explicar a delinqüência por um retardamento do indivíduo, chegarão sempre a pensar que há homens moralmente não evoluídos, precipitados por isso no crime e que a reação social contra esses atos, há de consistir em defender a sociedade contra esses ataques e em ajudar a evolução ética do delinqüente, fazendo-o avançar até a linha dos demais homens que formam a massa social.

Decerto que o Espiritismo, assim como a antropologia criminal, não pode garantir que todo homem que tenha tal ou qual caráter fisionômico seja um criminoso. E isto porque se vêem muitas vezes pessoas com físico repulsivo, que não são crimino-sos e vice-versa. E se é certo dizer-se que não só os declarados pela lei são criminosos, senão que há muitos que escapam ao império da mesma e cuja criminalidade está em estado latente,

não é menos certo que o delito seja resultado de uma infinidade de fato-res (espirituais, sociais, ambientais, educacionais); a presença de um fator não basta para caracterizar um criminoso mas sim a concomitância de vários destes.

O Espiritismo ensina que é o espírito quem modela, via de regra, o corpo adequado a seu estado de progresso e que isso pode lhe servir de expiação. O organismo defeituoso, que teria uma classificação antropoló-gica criminal, mostrando um estado selvagem ou primitivo em relação ao estado do progresso físico da raça, pode ser próprio para um espírito atrasado em sua evolução.

E, se em um corpo de caracteres quase simiescos se observa uma per-sonalidade honrada, será provavel-mente por uma criminalidade latente ou trata-se de um espírito encarnado para expiar faltas do passado e resistir, triunfante, ao constante perigo dos fatores de predisposição ao crime.

Assim, um homem pode ser pre-disposto ao delito por seus caracteres pessoais mas não cometer crime algum graças a uma ação favorá-vel do ambiente que neutraliza e amortece a espontaneidade de seus impulsos anti-sociais, eis que seja um ambiente ativo de moral. E quantos há que são bem adaptados intelectu-almente ao meio ambiente de nossa sociedade e estão um tanto atrasados moralmente; essa criminalidade, entretanto, pode ser mascarada por

a educação dos costumes, porque educação é o conjunto de hábitos adquiridos. Quando se pensa na massa de indivíduos lançados diariamente no torrente da popu-lação, sem freios, sem princípios e entregues aos seus próprios ins-tintos, não há que se admirar suas desastrosas conseqüências.

Destarte, para a doutrina espírita, além dos fatores de predisposição, é necessário para que uma pessoa torne-se criminosa que seu espírito, que não retrocede jamais em sua evolução, traga à sua encarnação um morbo delituoso, uma mancha moral em estado latente para cujo tratamento lhe foi imposta precisa-mente a nova vida terrena, onde o seu livre-arbítrio permite a escolha do gênero de provas, sendo as particularidades conseqüências de suas próprias ações. O espírito sabe que escolhendo um determi-nado caminho terá que sustentar determinado gênero de luta conhe-cendo tão somente a natureza das vicissitudes que há de enfrentar, porém não sabe a sucessão dos acontecimentos. Normalmente um espírito criminoso, verdadeiramente arrependido, solicita uma existência onde se ombreará com criminosos, num meio predisponente de forma a que, exercitando sua força de vontade, possa superar esse con-dicionamento e vencer a prova na qual se colocou.

Segue na próxima edição...

Ilustração “O homem Deliquente” de Lambroso. Alguns dos “defeitos físicos”, o autor acredita ser sinais de criminosos.O grande feito de Lom-

broso consistiu em haver posto no centro das aten-ções dos estudiosos não o delito em si, senão seu pro-tagonista, o homem delin-qüente, com suas caracte-rísticas “somatopsíquicas” e os aspectos ambientais que determinam a sua ação. Demonstrou ser o crimi-noso mais doente do que culpado, abrindo novas perspectivas para trata-mento dos mesmos. Assim, desde que o criminoso é um doente, absurdo será puni-lo; deve receber adequado

preconceitos sociais e até merecer honras e aplausos. É sua característica preci-samente a adaptação e a normalidade subjetiva de suas ações delituosas em relação ao meio.

Há um elemento com o qual não se tem contado bastante e sem o qual a ciência não passa de mera teoria. Este elemento é a educação, não a intelec-tual, mas a moral; não, porém, a educação moral que os l ivros ensinam, mas a que consiste na arte de formar o caráter,

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Mensagem do espír i to Chico Xavier recebida pela mediunidade de Ariston

Teles, em reunião pública no dia 27 de março de 2010, no Monte Alverne, em Brasília.

- Graças a Deus e ao nosso Senhor Jesus!

- Reconhecendo o significado desta data – 2 de abril – queremos em nome de todos aqueles que participaram de nossos trabalhos, agradecer. Eu faço parte de uma família grande, imensa. Todos vocês igualmente são membros desta família, diríamos da família de Deus.

- Estaria completando 100 anos se continuasse respirando no corpo físico. Eu sei que poucas pessoas, talvez, estejam esperando esse contato. Existe nos países democráticos uma lei chamada “direito de ir e vir”. Posso dizer que esse direito é inerente a todas as criaturas de Deus, em especial aquelas que já despertaram a

consciência para prática do bem. Portanto, eu me sinto nessa hora usando desse direito.

- Deixei o plano material, retor-nando ao mundo invisível, e agora retorno. Esta não é a única comu-nicação que me foi permitido apresentar durante os anos que sinalizam minha presença humilde na espiritualidade. Já pude em diversas ocasiões, visitar compa-nheiros reunidos em muitas casas de oração e, através de alguns médiuns, pude manifestar-me anonimamente.

- Aqui, através deste médium amigo encontro as portas de seu coração abertas. Aqui, graças a Deus, encontro ambiente acolhe-dor que me envolve em vibrações de paz e de amor. Desta forma dirijo minhas singelas palavras a todos os corações sensíveis, para dizer que meu verdadeiro código é o amor e minha escola é o Evangelho de nosso Senhor Jesus.

- Agradeço de todo o meu cora-

A prática de esportes deve visar a socialização das pessoas além de melhorar

a saúde.Existe um número muito

grande de modalidades esporti-vas para os mais diversos gostos e aptidões.

EMMANUEL adverte os adep-tos dos esportes para não des-cambarem para o narcisismo e a supervalorização do corpo em detrimento do espírito.

Apesar de não praticarem a caminhada com finalidade

| sexo nos espíritos (5) |

A atividade esportivaesportiva, acreditamos que JESUS, GANDHI e SUNDAR SINGH viam na caminhada uma fonte de prazer.

Os esportes devem ser saudá-veis e nunca ter como pretexto a violência. Devem visar a alegre convivência das pessoas, interes-sadas na confraternização e na amizade.

O desgaste nos esportes deve visar também a diminui-ção da libido, canalisando-se energia mais para outras áreas mais nobres.

| mensagem |

Psicofonia de Chico Xavier sobre seu centenárioção, a todas as pessoas, de todas as procedências sociais e religiosas que, durante estes dias relembram nossa recente passagem pela Terra. As homenagens; faço absoluta questão de distribuir com todos aqueles que estiveram lado a lado comigo, desde os primeiro labores em Pedro Leopoldo, até meus últi-mos instantes de experiência física em Uberaba.

- Que todos recebam fatias desse pão de luz que recebo dos corações generosos. Agradeço uma vez mais, de todo o meu coração, dizendo que o trabalho prossegue. Ninguém absolutamente na Terra detém poderes para impedir o intercâmbio mediúnico. Por isso aqui estou presente, livre e feliz.

- Recebam todos o meu abraço, sob as claridades do coração aman-tíssimo de Jesus. Que haja paz em todos os lares, que o Brasil e o mundo continuem sob a bênção resplandecente de Jesus e de Deus. - Assim seja!

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E por falar em ação dos Espíritos, em reencarnação e mudança de atitudes nas escolas, é notória e intensa a ação dos

Espíritos no campo da sexualidade, tanto no que diz respeito a satisfação de desejos carnais, por parte daque-les em situação de dependência, como daqueles outros que buscam influenciar os encarnados para gerar a situação-oportunidade de reencar-nação, estimulando nos adolescentes a relação sexual e a gravidez precoce. As oportunidades de retorno ao campo físico são atualmente muito escassas, por uma simples questão de oferta e procura. Pode parecer engraçado e até absurdo aos leitores mais críticos e racionalistas, mas no mundo espiritual planetário está acontecendo, há algumas décadas , uma espécie de “globalização e competição cármica”.

A enorme quantidade de Espí-ritos ainda mentalmente atrasados em nosso planeta faz com que as experiências na carne sejam mais necessárias do que a vida nos planos etéreos. Segundo alguns autores, ocorre também fator agravante, que é a própria condição psíquica do planeta, de provas e expiações,

tornando-se alvo de Espíritos de outros mundos em busca desse tipo de oportunidade. Nesse campo, não sabemos em detalhes como funciona o regulamento e o controle das reencarnações por parte dos Espíri-tos Superiores, mas sabemos que o fator predominante desse processo psíquico-social é a afinidade mental. É o tal do “parentesco” espiritual. A gra-videz humana é sempre um evento especial, presidido pela espirituali-dade, ou seja, pelos Espíritos bastante interessados nessa situação, desde o estabelecimento de compromissos pré-encarnatórios até a aproximação dos pólos sexuais que vai gerar um novo corpo. É um evento especial, mas é também uma situação psíquica e biológica muito perturbadora, na qual as intenções e desejos se misturam com a manipulação de energias genésicas poderosas e de difícil controle pelas mentes imaturas e ainda submissas à lei da gravidade planetária. Portanto , é possível e real que os Espíritos, sejam superiores ou inferiores, interfiram nas relações afetivas e sexuais daqueles que lhe são afins ou que precisam reajustar-se perante a Lei Maior.

E as escolas e seus arredores são cenários importantes dessas tramas do destino. Tanto é que, nas situações opostas, muitos Espíritos inferiores, encarnados e desencarnados, tra-balham para impedir que ocorra a reencarnação de inimigos ou futuros credores, estimulando mentalmente ou realizando a prática do aborto, mesmo que o crime lhes reserve severas heranças como a impotência e a esterilidade. Os desejos e emo-ções equilibradas ou perturbadas durante a gravidez quase sempre são manifestações da nova formação psíquica do Espírito reencarnante, na qual expressa seus antigos gostos e tendências. Mães que abandonam os filhos logo após o parto não fazem somente por causa da chamada depressão pós-parto, que é uma

conseqüência, mas também porque já estão tendo lembranças incons-cientes do passado e prevendo os problemas que essas crianças lhes causarão futuramente, já que são Espíritos que foram prejudicados por essas mães em existências anteriores. As agressões e assassinatos de bebês, por conta da explosão emocional de pais jovens, atormentados pelo des-conforto da paternidade e materni-dade precoce, têm se destacado nas estatísticas da violência doméstica e que acaba chegando nas escolas. Espiritualmente falando, sabemos que não existe acaso, planos estri-tamente biológicos, muito menos barriga de aluguel. Tudo acontece por força das combinações de leis naturais e morais.

Muitos videntes confirmam, ao ver cenas de namoro entre ado-lescentes, sobretudo nos casais de idade precoce, um forte assédio mental-sexual para que se consuma o ato desprotegido de medidas preventivas e preservativas e a con-seqüente gravidez. Para os Espíritos

sedentos de experiências na carne, não importa, naquele momento, as conseqüências nem as futuras condi-ções da sua futura existência carnal. Eles querem renascer a qualquer custo. Bom seria se quisessem, como exige a Lei da Evolução, renascer e ressurgir e não somente retornar para o corpo para aproveitar os prazeres da carne e dos instintos. Mas isso a Vida ensina, pelo amor ou pela dor. No mundo social dos adolescentes estudantes esse comportamento já virou rotina e alvo da admiração e imitação por parte das meninas. Já ouvimos pessoalmente um diálogo entre duas alunas de 13 anos que confirma essa realidade. Uma delas argumentava para a colega que iria ficar grávida, pois, pelo fato de ser filha adotiva, esperava premiar a mãe com um neto. Também esperava do pai do futuro pai da criança apenas a “pensão” mensal, pois iriam morar, ela e o filho, num espaço próprio, na casa dos pais. Enquanto isso uma terceira colega, um pouco distante, observava e manifestava grave

| o espírito na escola (6) |

Renascer e ressurgir na escolaOs desejos e emoções equilibradas ou perturbadas durante a gravidez quase sempre são manifestações da nova formação psíquica do Espírito reencarnante, na qual expressa seus antigos gostos e tendências

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discordância, olhando para nós com expressões de desaprovação, a que ouvia a colega estava com os olhos brilhando, sonhando e imaginando-se na mesma situação. Pensamen-tos e sonhos como esse têm uma repercussão muito forte e diferente no mundo espiritual, onde se diz: “Diga-me o que sentes e pensas e eu te direi com quem andas”.

As escolas e os educadores têm em mãos conhecimentos importan-tes sobre sexualidade na adolescên-cia e na escola, amparados por lei, porém, diante de condições inibi-doras, como o tabu, os preconceitos e os riscos de reações imprevisíveis por parte dos educandos e seus familiares, quase sempre se retraem para evitar maiores problemas. O saudável hábito de aprender aber-tamente a sexualidade responsável nas salas de aula continua sendo massacrado pelo hábito errôneo de aprender sexo prático e fácil nos banheiros coletivos e nos trajetos obscuros entre o lar e a escola. Muitos professores sofrem agressões físicas de pais e namorados violentos, em perigosas cenas de ciúme por conta de envolvimentos emocionais mal interpretados com jovens carentes e sem nenhuma formação moral e científica sobre sexualidade. Outra constatação é que professores e alunos realmente correm o risco de sucumbir a situações tentadoras, não suportando as pressões sexuais e acabam se envolvendo em situações perigosas e injustificáveis. Mas, como ensinam os Espíritos, sexo é compro-misso com o destino, não havendo tolerância das leis universais com a banalização de forças criadoras e sagradas. Para os Espíritos Superiores, sexo é recurso genésico procriador e veículo de harmonização afetiva, vetor evolutivo, educador dos sen-tidos e neutralizador dos instintos destruidores da brutalidade e da opressão, seja qual for o gênero de sua manifestação. Seu uso correto, pela honestidade mútua, promove e ilumina os Espíritos encarnados. O abuso de sua força e traição das intenções gera graves danos nas mentes e nos corpos. Toda

relação sexual, até mesmo as mais fúteis, deixa marcas profundas no psiquismo dos pólos envolvidos, mesmo que não haja sentimentos afetivos. A troca de energias sexuais parte não somente de impulsos ins-tintivos, mas também de afinidades que estabelece ligações entre os perispíritos e também entre aqueles que podem ser atraídos numa possí-vel concepção e reencarnação.

Cumplicidade de sensações resultam primeiro na cumplicidade de emoções e depois dos sentimen-tos. Eis aí o compromisso. Filhos não são apenas fatos e fetos biológicos, mas individualidades, histórias de vida, que possuem ligações mentais antigas com seus futuros pais. Nós já passamos por uma situação em que um colega nos pediu ajuda, mais um desabafo, porque havia engravidado uma aluna e depois decidido conven-cer a menina a fazer o aborto. Não o condenamos e somente lembramos a ele que a sua própria consciência

e o seu conhecimento revelavam a delicadeza da situação e as conse-qüências do seu ato. Conhecemos também um casal que lutava há anos para criar um filho em condição de autismo. É uma preciosa lição de vida para quem acha que tem dificuldades insolúveis. Depois de lermos um texto sobre esse problema mental sob a ótica espírita, sugerimos a ele que conversasse com o filho durante o sono físico, para tentar uma aproximação, já que o mesmo não demonstrava sinais de progresso na sua longa auto-reclusão. Numa das nossas conversas, por sinal sempre amistosas e sinceras, pois tinha for-mação protestante, o pai nos relatou, em lágrimas, que esse filho foi pro-duto de uma gravidez inesperada e que ele e a mãe da criança, na época ainda muito jovens, tentaram abortar. É claro que a auto-reclusão do filho significava que ele ainda não havia decidido consumar o seu nascimento físico, já que os pais demonstraram

na época uma forte rejeição pelo acontecimento.

O filho, na condição de autismo, estava aguardando dos pais a expli-cação e um esclarecimento do que aconteceu, um pedido de desculpas e um “sim” definitivo para ingressar na família e buscar com eles um ressurgimento espiritual. Por sua vez, a causa do autismo não foi somente a agressão e rejeição por parte dos pais, mas a gota d’água para o início de uma prova, pois tais Espíritos já são severos credores de si mesmos, corroídos pelo sentimento de culpa por terem cometidos falhas graves, receando novas quedas e pavor de voltar à carne. Aliás, nesse momento de luta entre o Espírito e matéria, ocorre uma reação contraditória no ser humano: o mesmo medo que temos de morrer acontece quando estamos prestes a reencarnar; se estamos aqui, não queremos ir para lá; e se estamos lá, não queremos vir para cá.

Continua na próxima edição...

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Por José Passini

As palavras de Paulo – inega-velmente a maior autoridade em assuntos mediúnicos dos tempos apostólicos – deveriam servir de alerta àqueles que têm a responsa-bilidade da publicação de obras de origem mediúnica.

A literatura mediúnica tem aumentado de maneira assusta-dora. Diariamente, aparecem novos médiuns, novos livros, alguns bem redigidos, se observados quanto ao aspecto gramatical, mas de conteúdo duvidoso se analisadas as revelações

fantasiosas, que iludem muitos nova-tos, ainda sem conhecimento doutri-nário que lhes possibilite um exame criterioso daquilo que lêem.

Muitos desses livros se originam de Espíritos ardilosos que, de maneira sutil, se lançam no meio espírita como arautos de novas revelações capazes de encantarem leitores menos preparados, aqueles sem um lastro de conhecimento doutrinário que lhes possibilite um exame lúcido, capaz de os levar a conclusões escla-recedoras.

Muitas pessoas que conheceram recentemente a Doutrina, antes de estudarem Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne e outros autores conceituados; antes de lerem as obras de médiuns como Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira, Divaldo Franco, José Raul Teixeira, estão se deparando com obras fantasiosas,

escritas em linguagem vulgar, con-tendo o que pretendem seus auto-res – encarnados e desencarnados – sejam novas revelações.

Bezerra de Menezes, Emma-nuel, André Luiz, Meimei, Manoel Philomeno de Miranda, Joanna de Ângelis e tantos outros Espíritos se tornaram conhecidos e respeita-dos pelo conteúdo sério, objetivo, seguro, esclarecedor de suas obras, sempre redigidas em linguagem nobre. Esses Espíritos conquistaram, pouco a pouco, o respeito, a credi-bilidade e a admiração do público espírita pelo conteúdo de seus escritos, na forma de mensagens ou de livros, publicados espaça-damente, como que dando tempo a um estudo sereno e criterioso do seu conteúdo.

Nos dias que correm, infeliz-mente, o quadro se modificou. Muitos médiuns, valendo-se de nomes já conhecidos pelo valor de suas obras, tentam impor-se aos leitores espíri-tas, não pelo valor das mensagens em si, mas escorados em nomes respeitáveis.

Sabendo-se que nomes pouco importam aos Espíritos esclarecidos, é de se perguntar por que os benfei-tores que se notabilizaram através de Francisco Cândido Xavier haveriam de continuar usando seus nomes em mensagens transmitidas através de outros médiuns? Se o importante é servir à causa do Bem, por que essa continuidade na identificação, tão pessoal, tão terrena? Não seria mais consentâneo com a impessoalidade do trabalho dos Servidores do Bem deixar que o valor intrínseco da men-sagem se revele, sem estar escorado num nome conhecido? Por que não deixar que a mensagem se imponha pelo valor de seu conteúdo? Por que escudar-se em nomes respeitáveis, quando o texto não resiste a uma comparação, até mesmo superficial, de conteúdo e, às vezes, até mesmo de forma?

Por que essa ânsia insofreável de publicar tudo o que se recebe – ou que se imagina ter recebido – dos Espíritos? Onde o critério, a sobrie-dade tantas vezes recomendada na obra de Kardec? Será que o público espírita já leu, estudou, analisou, entendeu toda a produção mediú-nica produzida até agora?

Ao dizer isso não se está afir-mando que a fase de produção mediúnica está encerrada. Sabe-se que a Doutrina é dinâmica, que a revelação é progressiva. Progressiva e não regressiva, pois há obras que estão muito abaixo daquilo que se publicou até hoje, para não dizer que há aquelas que nunca deveriam estar sendo publicadas.

Infelizmente, os periódicos espí-ritas, de modo geral, não publicam análises dessas obras que estão sendo comercializadas, ostentando indevidamente o nome da Dou-trina.

Impera, no meio espírita, um sentimento de falsa caridade, um pieguismo mesmo, que impede se analise uma obra diante do público. Essas atitudes é que encorajam médiuns ávidos de notoriedade à publicação dessa verdadeira avalan-che de obras, que vão desde aquelas discutíveis a outras verdadeiramente reprováveis.

Nesse particular, é justo se chame a atenção dos dirigentes de núcleos espíritas, sejam centros, sejam livra-rias, a fim de que avaliem a respon-sabilidade que lhes cabe quanto ao que é dado a público em nome do Espiritismo. O dirigente – ou o grupo responsável pela direção de uma casa espírita – responderá perante o Alto, sem a menor dúvida, pela fidelidade aos princípios doutrinários de tudo o que se divulga em nome do Espi-ritismo, seja na exposição oral, num livro ou simplesmente num folheto. O mesmo se diga relativamente àqueles responsáveis pelas associações intitu-ladas “clube do livro”.

A nova literatura mediúnica“E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.”

Paulo (I Co, 14: 29)

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