jornal fraterno 56

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“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO | Edição 56 | Ano IX | Novembro/Dezembro de 2012/Janeiro de 2013 9 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita Distribuição gratuita | [email protected] Opiniões sobre Umbral “Jamais prive uma pessoa de esperança: pode ser que ela só tenha isso...” (Autor desonhecido) “Muito se tem falado de Umbral desde o seu surgimento a partir dos relatos de André Luis. Embora esteja repleto de conceitos figurativos, é sempre bom ponderar sobre a miscelânea de opiniões de vários autores espiritualistas”. Veja nesta edição EDITORIAL Opiniões sobre umbral ........................................ 2 MOMENTO FRATERNO A Árvore de Natal .................................................. 3 EVENTOS .................................................. 3 MEMóRIAS DE CHICO XAVIER.............. 3 DISCUTINDO A BíBLIA Pós graduação em teses espíritas ................. 4 DOUTRINA Confiança na vida...................................................................4 O ESPíRITO NA ESCOLA O professor lucificador .......................................................5 CULTURA ESPíRITA Significação de umbral............................................ 6 e 7 COTIDIANO Injustiças, Ingratidões ... ......................................................8 DECISãO Espiritismo por ideal ................................................ 9 MENSAGEM Angústia .......................................................................... 9 MENSAGEM Visão muito limitada ............................................. 10 CRôNICA Uma jornada de cura............................................ 10 LEITURA O espírita e a leitura ............................................ 11 MORAL CRISTã O grande ceifador ................................................ 12

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Page 1: Jornal Fraterno 56

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraterno | Edição 56 | Ano IX | Novembro/Dezembro de 2012/Janeiro de 20139 anos Divulgando a Doutrina Espírita

o s a s c o

Distribuição gratuita | [email protected]

Opiniõessobre

Umbral

“Jamais prive uma pessoa de esperança: pode ser que ela só tenha isso...”

(Autor desonhecido)

“Muito se tem falado de Umbral desde o seu surgimento a partir dos

relatos de André Luis. Embora esteja repleto de conceitos figurativos, é sempre bom ponderar sobre a

miscelânea de opiniões de vários autores espiritualistas”.

Veja nesta ediçãoEditoriALOpiniões sobre umbral ........................................ 2 MoMEnto frAtErnoA Árvore de Natal .................................................. 3EVEntos .................................................. 3MEMóriAs dE chico xAViEr .............. 3discUtindo A bíbLiAPós graduação em teses espíritas ................. 4doUtrinAConfiança na vida ...................................................................4o Espírito nA EscoLAO professor lucificador .......................................................5cULtUrA EspíritASignificação de umbral ............................................6 e 7cotidiAnoInjustiças, Ingratidões... ......................................................8dEcisãoEspiritismo por ideal ................................................ 9MEnsAgEMAngústia .......................................................................... 9MEnsAgEMVisão muito limitada .............................................10crônicAUma jornada de cura ............................................10LEitUrAO espírita e a leitura ............................................11MorAL cristãO grande ceifador ................................................12

Page 2: Jornal Fraterno 56

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 56 | Novembro/Dezembro/Janeiro

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo Mendes, Jussara Ferreira da Silva e Giovanna Camila Ramalho; Financeiro: Alexandre Silva Melo; Diagramação: Jovenal Alves pereira ([email protected]); Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribui-ção: Osasco e Grande São Paulo; e-mail: [email protected]; Telefones: (011) 3447-2006/7165-6437 ou (011) 3688-2440

| editorial

Muito se tem falado de Umbral desde o seu surgimento a partir dos relatos de André Luis. Embora esteja

repleto de conceitos figurativos, é sempre bom ponderar sobre a mis-celânea de opiniões de vários autores espiritualistas. Uma das apreciações mais comuns de Umbral é aquela descrita como localidade de vales onde os raios solares não penetram plenamente, ficando em parte num vazio de escuridão... Lugar de pertur-bações com admoestações espiritu-ais de vozes reclamantes; sensação de falta de ar e profunda angústia por dores morais. Esse, dentre outros sofrimentos, é padrão.

Foram essas opiniões que eleva-ram o Umbral ao terrível paradigma das coisas bárbaras; ficar enterrado até o pescoço na lama dos pantanais mais insólitos que possamos imagi-nar... Isso levou, em tempos passados, alguns dirigentes espíritas a relutarem em indicar livros que opinem sobre o Umbral. Compreendem estes que a leitura, sem qualquer conhecimento prévio, por aqueles menos preveni-dos do conhecimento Doutrinário Espírita, pode causar consternação, medo e até abandono de um futuro aprendizado.

Isto é correto do ponto de vista comparativo de que não se deve indicar para uma mãe aflita de filho suicida obras que descrevam sofri-mentos atrozes nos vales de per-turbação. Ao menos enquanto não estiver preparada. Essa sempre foi a mais relevante preocupação na casa espírita: a importância do cui-dado ao indicar leituras, conforme o necessitado. Deve-se aconselhar algo consolador e simplificado, modesto aos que adentram pela primeira vez na casa espírita.

Foi pensando nisso e nas dema-siadas preocupações de além--túmulo, que trouxemos o signifi-cativo texto de nossa Cultura Espí-rita: SIGNIFICAÇÃO DO UMBRAL,

Opiniões sobre umbralreportando-nos sobre o surgimento e suas consequências, de forma sim-ples e explicativa, tanto para os leigos como para os intelectuais, sobre as opiniões do Umbral num panorama bem acautelado, enfatizando o aspecto consolador e da caridade que todos podemos praticar a esses infortunados irmãos que vivem em tal ambiente, de estender-lhes bons pensamentos, preces e energias salutares, pois Umbral é criação energética e depende tão-somente da qualidade vibratória daqueles que lá se projetam.

Estamos na edição 56 de nosso bimestral e, neste final de ano, fecha-mos mais um capítulo do Fraterno sem deixar de agradecer aos amigos leitores, desejando àqueles que nossas páginas alcançam as bên-çãos espirituais aos trabalhadores da última hora. Que a assistência dos bons espíritos nunca falte para aqueles de boa vontade e nunca desampare os mais duvidosos tanto quanto os mais aflitos.

Antecipando uma feliz data comemorativa, no próximo ano adentraremos o ano X de nossas edições ininterruptas. Queremos agradecer a todos aqueles que ajudaram a existência do Fraterno, desde os primeiros fundadores como o Sr. José de Abreu, a quem devemos tanto carinho e atenção; os nossos colaboradores atuais, até nossos patrocinadores, que nos acataram com tanto respeito e contentamento. Ao amigo e irmão, porque não dizer, pai cuidadoso e adorado em seu apoio, na pessoa digníssima do Sr. Manoel Rodilha, bem como seus irmãos e familiares que sempre pro-jetaram em nosso informativo um grande jornal comunitário. Que as bênçãos de nosso Mestre alcancem seu coração, já cansado sob o peso da idade.

Sem esquecermos também dos diretores e colaboradores de nossa casa “Seara de Jesus”, os quais nos ampararam em tantos comentários de incentivo e continuidade. Nosso

especial agradecimento ao Sr. Pre-sidente João Ramos Portilho, o qual nos deu muitas oportunidades de trabalho e crescimento íntimo na direção deste pequeno opúsculo. Pois dedicação, paciência e sublima-ção foram tarefas sublimes de nosso aprendizado. E, para finalizar, o maior e mais emocionado agradecimento: ao Nosso Pai Maior e ao Mestre dos Mestres, Jesus. Extensivo aos obreiros da espiritualidade que, com tanta paciência, dispõem-se sobre nossas imperfeições, considerando quão longe ainda estamos de merecer qualquer referência pessoal.

E o aniversariante em seu decênio vai ganhar roupa nova: a partir da próxima edição, o Fraterno terá novo design, com maior aproveitamento de espaço e facilidade de leitura, tudo isso para estimular nossos lei-tores e facilitar a divulgação do mais precioso tesouro: o conhecimento.

Meu muito obrigado por tudo e Feliz Natal a todos!

O Editor.

Page 3: Jornal Fraterno 56

[email protected] 3FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 56 | Novembro/Dezembro/Janeiro

Jussara Ferreira da Silva

Ma is u m a ve z , estamos nós no centro da nossa sala rodeados

por caixas e embrulhos. As emoções nos dominam e nos perguntam como será a Árvore de Natal deste ano?

As caixas e os embru-lhos começam a ser abertos, trazendo as recordações do último Natal. Os pequenos enfeites coloridos começam a despertar a nossa satisfação pelos muitos desafios supera-dos, pelo trabalho realizado, pelos risos, sorrisos e lágrimas que ficaram no caminho.

| momento fraterno

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E, no centro da sala, abrindo os galhos da nossa Árvore de Natal, a cria-tividade nos desperta para os presentes que serão colocados à sua volta para a grande ceia, para a lista de convidados e tantas outras atividades que possibili-tarão o encontro da família e a confra-ternização de todos.

A árvore toma forma e é ela que nos sugere os enfeites que serão pen-durados em seus galhos. O brilho das pequenas luzes e o colorido dos enfeites começam a pulsar em nossos corações e rapidamente somos preenchidos pelo sentimento de amor universal.

Enquanto isso, com um olhar aqui e outro ali observamos cada detalhe e cuidadosamente vamos completando os seus galhos. Como nos superamos a cada ano, rapidamente a nossa Árvore de Natal se forma à nossa frente. Linda e perfeita, passa a ocupar todo o espaço disponível da sala e do nosso coração.

Passamos a imaginar os presentes de Natal que serão colocados à sua volta e, rapidamente, somos surpreendidos com uma disposição sem fim para aco-modarmos os pequenos e os grandes embrulhos que chegam a cada dia.

Com tantos presentes de formas, tamanhos e coloridos diferentes, a curiosidade se instala em cada um de nós numa proporção crescente e na

Memórias de Chico Xavier

“Creio que, quando cada um de nós estiver cumprindo os deveres que nos competem, perante Deus e diante da vida à frente dos outros e ante a nossa própria consciência, alcançaremos a paz duradoura”.

A Árvore de Natal

mesma velocidade do tempo que nos aproxima do grande dia.

Os corações se abrem e os sen-timentos se afloram com a chegada do Natal. Com o olhar renovado e as emoções transformadas pela delicadeza dessa data, os galhos da nossa árvore parecem se estender nos recebendo para um grande abraço. O brilho das suas bolas coloridas transmite o olhar de gratidão e amor ao próximo. Os seus pequenos enfeites delicadamente dispostos nos oferecem a alegria de uma noite de confraternização, enquanto as suas luzes nos oferecem a esperança de novos tempos que se aproximam.

Tudo isso já bastaria. E a noite estaria completa com a chegada dos familiares e amigos. Mas e aqueles pacotes que dominam o espaço da sala e insistem em chamar a nossa atenção?

São os sentimentos mais puros de amor a todos que ali estão, embalados em pacotes especiais e protegidos por laços de extremo carinho, dispostos ao alcance de nossas mãos.

Na grande ceia de Natal, nos coloca-mos junto a todos os convidados e, com um abraço apertado, oferecemos a cada um esse pequeno embrulho, na esperança de que este encontro seja recordado e revivido por muitos e muitos anos.

Feliz Natal a todos!

Page 4: Jornal Fraterno 56

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 56 | Novembro/Dezembro/Janeiro

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| discutindo a bíblia | doutrina

José rei Chaves

A mediunidade, que pode ser para alguns um dom ostensivo ou muito especial, é universal e própria do ser

humano, como o é a sua inteligência. Não se trata, pois, de uma questão só religiosa, mas de uma realidade estudada, hoje, em grandes univer-sidades do mundo. Mas há religiosos fanáticos e mal informados que ainda dizem que isso é superstição, quando não afirmam que é coisa do diabo! Os fenômenos mediúnicos, chamados por São Paulo de dons espirituais, sempre incomodaram os padres e pas-tores que não os possuem, pelo que foram ocultados e combatidos durante séculos por esses líderes religiosos, pois esses dons colocam os médiuns em posição superior à deles perante as comunidades a que pertencem.

Foram fundadas duas universi-dades espíritas, em Paris (França), e em Guarulhos (SP), e uma faculdade umbandista em SP. E há cursos supe-riores, de Mestrado e Pós-Graduação de teses espíritas, de Terapia de Vivências Passadas (TVP) e de Transco-municação Instrumental (TCI) – con-tato com os espíritos por aparelhos eletrônicos –, de que Sônia Rinaldi é uma autoridade mundial e vai fazer Mestrado de TCI na PUC-SP. Muitos padres e pastores dedicam-se a essa pesquisa.

Vejamos alguns desses cursos nas cidades de São Paulo (SP), Rio (RJ), Campinas (SP) e Curitiba (PR): Facul-dade de Teologia Espírita em Curitiba (PR), e de Pós-Graduação de Pedago-gia Espírita na Universidade de Santa Cecília, em São Paulo (SP) e Santos (SP). E eis alguns componentes do corpo docente desses cursos: Dora Incontri, Doutora e Pós-Doutoranda em Educa-ção pela USP, Alexandro César Bigheto, Doutor em Educação pela UNICAMP, Alexander Moreira Almeida, Doutor em Medicina pela USP e Pós-Doutor

pela Duke University, USA, Franklin Santana Santos, Doutor em Medicina pela USP e Pós-Doutor pelo Instituto Karolinska, Suécia, Alysson Leandro Mascaio, Doutor em Filosofia do Direito pela USP, Luiz Augusto Beraldi Colombo, Mestre em Arte e Educa-ção pela Universidade Mackenzie de São Paulo, Régis Morais, Doutor em Educação, professor da UNICAMP, da PUC-Chile e Universidade Nacional de Lisboa-Portugal, José Pacheco, da Escola de Ponte, de Portugal, José Mafra, Doutor em Educação pela USP e Instituto Paulo Freire, Júlio Peres, Doutor em Psicologia e Neurociências pela USP, e Pós-Doutorado pelo Center for Mind and Spirituality da Universi-dade da Pensilvânia, USA, Leonildo Sil-veira Campos, Doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista, São Paulo (SP), Sheikh Muhammad Ragib al-Jerrahi, sheik muçulmano da linha sufi, Maria das Graças Mota Cruz de Assis Figueiredo, médica, budista e professora da UNIFESP, José J. Queiroz, com Mestrado em Teologia e Direito Canônico pela Universidade Santo Tomás de Aquino, de Roma, Alexander de Almeida, psiquiatra, com Pós-Graduação de Fenomenologia das Experiências Mediúnicas, defendida na USP, e é coordenador do Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e Religiosos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Sérgio Felipe, catedrático de medicina da USP etc.

Outro dom mediúnico bíblico é o da Projeciologia, bilocação ou desdobramento (saída do corpo ou viagem astral), o qual pesou na cano-nização de santos da Igreja. A NASA, a Agência Espacial norte-americana, está avançada nas pesquisas desse fenômeno denominado por Kardec de desdobramento.

Um dos postulados espíritas é o da evolução, que é comprovada pelo próprio avanço científico da doutrina codificada por Kardec.

Já se fazem cursos de pós--graduação de teses espíritas

Emmanuel

Temos hoje, em toda parte da Terra, um problema essencial a resolver: a aquisição da paz de espí-

rito, em que se desenvolvem todas as raízes da solução aos demais problemas que sitiam a alma.

Que diretrizes, porém, adotar na obtenção de semelhante conquista?

Usar a força, impor condições, armar circunstâncias?

Não desconhecemos, no entanto, que a tensão apenas consegue impedir o fluxo das energias criadoras que dimanam das áreas ocultas do espírito, agravando conflitos e masca-rando as realidades profundas de nossa vida íntima, habitualmente imanifestas.

A paz de espírito, ao con-trário, exclui a precipitação e a inquietude, para deter-se e consolidar-se na serenidade e no entendimento. Para adquiri-la, por isso mesmo, urge entregar nossas síndromes de ansiedade e de angústia à providência invisível que nos apoia.

As ciências psicológicas da atualidade nomeiam esse recurso como sendo “o poder criativo e atuante do inconsciente”, mas,

simplificando conceitos a fim de adaptá-los ao clima de nossa fé, chamemos-lhe “o poder onis-ciente de Deus em nós”. Render--nos aos desígnios de Deus e con-fiar a Deus as questões que nos surjam intrincadas no cotidiano, é a norma exata da tranquilidade suscetível de garantir-nos equi-líbrio no mundo interno para o rendimento ideal da vida.

Colocar à conta de Deus a parte obscura de nossa cami-nhada evolutiva, mas sem des-prezar a parte do dever que nos compete.

Trabalhar e esperar, reali-zando o melhor que pudermos. Fé e serviço, calma sem ócio.

Pensemos nisso e alijemos o fardo dos agentes destrutivos de ódio, ressentimento, culpa, con-denação, crítica ou amargura que costumamos arrastar no barro da hostilidade com que tratamos a vida, tanta vez arruinando tempo e saúde, oportunidade e interesses.

Fundamentemos a nossa paz de espírito num conclusão clara e simples: Deus que nos tem sus-tentado, até agora, nos sustentará também de agora para diante.

Em suma, recordemos o texto evangélico que nos adverte sen-satamente: “Se Deus é por nós, quem poderia se contra?”

Fernanda Gallafrio GruborPSICóLOGA CLíNICA

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Confiança na vida

Page 5: Jornal Fraterno 56

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O ofício da docência é uma profissão em que temos o privilégio de iluminar Espíritos, os nossos alunos e

nós próprios. Toda atividade que pro-move as criaturas trabalha em sintonia com as forças Divinas e naturalmente tem a marca da luz e da claridade. Na Epístola de Paulo aos Romanos (12 e 13), que fala sobre os dons espirituais, as virtudes dos cristãos e a obediência às autoridades, o grande idealizador da Igreja – como Escola de Vida e Convivência, e não como aparelho de Estado – preocupa-se, como judeu culto e cidadão romano experiente, exatamente em informar aos neófitos cristãos, incluindo os educadores, que essa tarefa é crucial e perigosa onde já existe estabelecido um sistema antagônico e oficial.

Paulo recomenda atrevimento espiritual e ao mesmo tempo prudên-cia civil. Mas o que nos chama a aten-ção são as categorias de dons espiri-tuais ali apontadas e como elas devem ser vivenciadas. Todos esses dons são características típicas dos educadores: Profecia, Ministério, Ensino, Exortação, Contribuição, Presidência e Misericór-dia. São palavras místicas e simbólicas, naturalmente traduzidas e alteradas com o passar dos séculos, para dar autenticidade particular às teologias católicas e protestantes, mas que, se interpretadas segundo “o espírito” e não “a letra”, como recomenda o céle-bre doutor, teremos uma ótima visão daquilo que Paulo tinha sobre a tarefa de educar. Em primeiro lugar, está a Profecia, segundo a proporção da fé, o que para nós significa claramente a mediunidade responsável e suas múl-tiplas variedades e funções. Profetizar é sintonizar, estabelecer contato e comunicação com o mais Além, com o mundo espiritual, sendo que a habi-lidade do médium e característica do fenômeno depende da natureza da missão e da responsabilidade ou man-dato mediúnico do portador do dom;

depois vem o Ministério, que deve ser ministerial, específico, profissional, de conhecimento, domínio e competên-cia da função e do cargo; em seguida, o Ensino e Exortação, que “esmere-se ao fazê-lo”, de forma consciente, com dedicação plena, incondicional e ética; Contribuição, com liberalidade, ou seja, com desprendimento, sem visar vantagens pessoais, principalmente a auto-ego-salvação; Presidência, com a força da diligência, ou seja, da super-visão orientadora (e não fiscalista), do olhar coletivo do líder preocupado e centrado nos interesses do ideal e do crescimento do grupo, do bem comum; e finalmente a Misericórdia, que é a alegria de fazer esponta-neamente sem esperar recom-pensa; enfim, a caridade, que é o valor máximo da educação cristã. Essas sete características estão embuti-das no ofício diário do educa-dor, sendo todas elas ações luci-ficadoras, que muitas vezes e n t r a m e m conflito com as trevas dos inte-resses opostos, causando danos físicos e morais aos seus defensores e praticantes, porém de altos dividen-dos espirituais e evolutivos.

Esse trabalho, de aspecto sacer-dotal e sagrado, no sentido espiritual, tem realmente um significado espe-cial nos processos evolutivos, pois dele dependem vários fatores que podem transformar as pessoas e suas realidades. Quanto mais atrasado é o Espírito e mais obscuro o ambiente, maior é a importância do ensino e da educação, sendo os seus agentes dotados de responsabilidades à altura dessa missão.

Como no exercício da mediuni-dade, os professores não são símbolos da perfeição, mas são representantes da Verdade e exercem verdadeiro mandato moral em suas atividades profissionais. Nossa função também se assemelha à dos profetas e sobre nossas cabeças, quando no exercício de lucificação, formam-se verdadeiras línguas de fogo. Os bons videntes podem confirmar essa característica no trabalho do educador. Isso nos torna especiais e também vulneráveis aos olhos dos lucifugos, seres reacio-nários e invejosos, que têm afinidade com as trevas. Isto porque, durante as aulas, semeamos luzes em forma de frases e ideias marcantes que

vão repercutir durante longos anos na existên-cia dos alunos, e isso atrapalha muito os planos maléficos de vin-gança, obsessão, vampirismo e desvio de tarefas e responsabili-dades.

Essas luzes que plantamos neles também acendem simul-taneamente em nossas auras , mesmo que seja-mos imperfeitos

e frágeis. É uma conexão quântica, cósmica, a mesma que altera simul-taneamente as menores partículas do átomo quando este sofre alguma modificação . Na memória dos alunos, essas informações lucificadas perma-necem guardadas no inconsciente e sempre vêm à tona quando surgem as situações conflitantes da vida.

Nós também fomos lucificados pelos nossos mestres antigos, que eram pessoas humildes, porém bri-lhantes, tanto que fomos atraídos naturalmente para a mesma pro-fissão. Deles jamais esquecemos as

expressões em forma de advertências e observações. Não é exagero dizer que professores são médicos da alma e nenhuma ironia sobre a nossa con-dição social operária e humilde pode ofuscar essa realidade espiritual, nem mesmo a inveja e prepotência dos insensatos que desafiam esse aspecto do nosso ofício. Aliás, em outras exis-tências nós também éramos muito prepotentes e insensatos... Somos o que somos e não devemos nos render às coisas ruins e humilhantes que dizem de nós. Podemos acreditar, sim, em nossa vocação de formadores de caráter e coautores de destinos. E isso nenhuma remuneração financeira pode pagar, porque não possui valor monetário, de mercado.

Educação não é e nunca foi mer-cadoria. O Ensino tornou-se uma mercadoria, podendo ser embalada num livro de teorias e ser vendida em qualquer esquina. A educação não pode ser comercializada porque não é compatível com o comércio. Educa-ção não tem embalagem, nem rótulo; só tem conteúdo espiritual e este é imponderável para finalidades mate-riais. Existem, sim, falsos educadores, falsa educação, assim como existe o falso amor com a aparência e a sensa-ção do sexo. Nossa função intelectual e técnica tem preço e deve ser bem remunerada. Isso é uma possibilidade política e social. Nossa postura, nossas atitudes e nossos exemplos, não. Estes não devem e não podem ser men-surados pelas aferições qualitativas, de peso, volume, cheiro, aparência, etc. Isso realmente não tem preço e somente a luz, como na experiência de realização artística, serve de recom-pensa pelo esforço despendido nessa função, ou melhor, nessa condição.

Socialmente somos professores, porém espiritualmente estamos pro-fessores, portadores da candeia e difu-sores da luz. Como o Filho do Homem, estamos no mundo muitas vezes sem ter nem mesmo onde recostar as nossas cabeças, mas sempre prontos para o sagrado ofício de educar.

| o espírito na escola (final)

O professor lucificador

A educação não pode ser comercializada

porque não é compatível com

o comércio; educação não tem embalagem,

nem rótulo; só tem conteúdo espiritual

e este é imponderável para finalidades

materiais

Page 6: Jornal Fraterno 56

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Por Maísa Intelisano

Em 1943, André Luiz, o médico que se tornou conhecido psi-cografando livros pela mediu-nidade de Francisco Cândido Xavier, trouxe a público o signi-

ficado dado à palavra na colônia espi-ritual Nosso Lar, onde passou a viver alguns anos depois de seu desencarne.

Em seu livro também chamado Nosso Lar, ele conta como ouviu falar do Umbral pela primeira vez, quando o enfermeiro Lísias lhe dava as primeiras informações sobre a colônia e descre-veu-o como região onde existe grande perturbação e sofrimento e para a qual a colônia dedicava atenção especial.

Desde então, a palavra Umbral, escrita com inicial maiúscula, como o fez André Luiz no livro Nosso Lar, tomou significado especial, principal-mente entre os espíritas, designando a região espiritual imediata ao plano dos encarnados, para onde iriam e onde estariam todos os espíritos endivida-dos, perturbados e desequilibrados depois da vida.

Com esta conotação, a palavra difundiu-se muito e transformou--se num quase sinônimo do Inferno e do Purgatório dos católicos, com localização geográfica, tamanho, etc., conceito este que o próprio Allan Kardec, codificador do Espiritismo, já havia desmistificado em suas obras, mais de 80 anos antes, especialmente em O Livro dos Espíritos.

Como vemos pelas respostas dos espíritos a Kardec, o inferno e o paraíso não passam de estados de espírito, condição moral de sofrimento ou felicidade a que estão sujeitos os espíritos por suas próprias atitudes, pensamentos e sentimentos durante a vida encarnada e depois dela. E é bom lembrar que espíritos somos todos, encarnados e desencarnados, vivendo cada um o seu inferno e o seu paraíso particulares. O que nos diferencia dos espíritos desencarnados é apenas o fato de estarmos temporariamente

presos a um corpo denso de carne. De resto, somos absolutamente iguais a eles, com desejos, opiniões, frustrações, alegrias, defeitos e qualidades.

Na verdade, a figura geográfica e espacial do inferno dos católicos serviu de molde aos espíritas para que melhor visualizassem o que seria o Umbral, assim como o inferno da Igreja Católica foi tomado emprestado e adaptado do inferno dos povos pagãos para compor os mitos de inferno e paraíso.

Se não existe inferno ou purgatório porque haveria de existir o Umbral com localização, medidas, coordenadas, etc.?

Tudo o que existe no plano espi-ritual é criado pela mente dos espí-ritos encarnados e desencarnados. Sempre que pensamos, nossa mente dispara um processo pelo qual somos capazes de moldar as energias mais sutis do universo, criando formas que correspondem exatamente àquilo que somos intimamente.

Extremamente apegados ao mundo material, nada mais natural que, mesmo estando fora dele, queiramos tê-lo novamente quando desencarna-dos. É aí que a nossa mente entra em ação, criando tudo o que desejamos ardentemente. E várias mentes dese-jando a mesma coisa juntas têm muito mais força para criar.

A grande diferença é que, no mundo físico, podemos embelezar artificialmente o nosso ambiente e a nossa aparência, enquanto que no plano astral isso não é possível, pois lá todos os nossos defeitos, mazelas, falhas, paixões, manias e vícios ficam expostos em nossa aura, exibindo claramente quem somos como cons-ciências e não como personalidades encarnadas.

No Umbral, tudo o que está fora de nós é consequência do que está dentro. Tudo o que existe em nosso mundo pessoal e nos acontece é reflexo do que trazemos na consciên-cia. Assim, o Umbral nada mais é que uma faixa de frequência vibratória a

Significação de umbralque se ligam os espíritos desequilibra-dos, cujos interesses, desejos, pensa-mentos e sentimentos têm afinidade.

É uma “região” energética onde os afins se encontram e vivem, onde podem dar vazão aos seus instintos, onde convivem com o que lhes é característico, para que um dia, cansa-dos de tanto insistirem contra o fluxo de amor e luz do universo, entreguem--se aos espíritos em missão de resgate, que estão sempre por lá em trabalhos de assistência.

Alguns autores descrevem o Umbral como uma sequência de anéis que envolvem e interpenetram o

planeta Terra, indo desde o seu núcleo de magma até várias camadas para fora de seus limites físicos.

O que acontece é que os espíritos se reúnem obedecendo, apenas e uni-camente, à sintonia entre si, e acabam formando anéis energéticos em torno do planeta, ou melhor, em torno da humanidade terrena, pois ela é parte da humanidade espiritual que o habita e é também o foco de atenção de todos os desencarnados ligados a ele.

As camadas descritas em alguns livros são mais um recurso didático para

facilitar o entendimento e o estudo do mundo espiritual, pois não há limites precisos entre elas, assim como não há divisas exatas entre um bairro e outro de uma mesma cidade, ainda que eles sejam de classes sociais bem diferentes.

Esse mesmo mecanismo de sin-tonia é o que cria regiões “especiali-zadas” no Umbral, como o Vale dos Suicidas, descrito por Camilo Castelo Branco, pela psicografia de Yvonne A. Pereira, em seu livro Memórias de um Suicida. Espíritos com experiências de suicídio, vivendo os mesmos dramas, sofrimentos, dificuldades, agrupam-se por pura afinidade e formam regiões

vibratórias específicas. Assim também acontece com faixas energéticas liga-das às drogas, ao aborto, aos distúrbios psíquicos, às guerras, aos desequilíbrios sexuais, etc.

Apesar de toda perturbação e desequilíbrio dos espíritos que vivem no Umbral, não devemos nos iludir. Existe muita disciplina, organização e hierarquia nos ambientes umbralinos.

É o que nos mostra, por exemplo, pela psicografia de Emanuel Cristiano, em seu livro Aconteceu na Casa Espí-rita. Vemos ali o quanto esses espíritos

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a interferir em sua vida física, criando problemas familiares, doenças, per-turbações psicológicas, dificuldades profissionais e financeiras, etc.

Vemos, assim, que o Umbral, de que falam André Luiz e tantos outros autores encarnados e desencarnados, está mais próximo de nós, encarnados, do que muitos de nós imaginamos. E, o que é mais importante, somos nós mesmos que ajudamos a manter esse mundo denso com nossos pensamentos e sen-timentos menos elevados. Somos nós que damos aos espíritos perturbados, que se encontram ligados a essa faixa vibratória, grande parte da matéria--prima de que se valem para sustentar seu mundo de trevas e sofrimento.

O Umbral está em todo lugar e em lugar nenhum, pois está dentro de quem o cria para si mesmo e acompanha o seu criador para onde quer que ele vá.

Toda vez que nos deixamos levar por impulsos de raiva, agressividade, ganância, inveja, ciúmes, egoísmo, orgulho, arrogância, preguiça, estamos acessando uma faixa mais densa desse Umbral. Toda vez que julgamos, critica-mos ou condenamos os outros, esta-mos nos revestindo energeticamente de emanações típicas do Umbral.

Toda vez que desejamos o mal de alguém, que nos deprimimos, que nos revoltamos ou entristecemos, criamos um portal automático de comunica-ção com o Umbral. Toda vez que nos entregamos aos vícios, à exploração dos outros, aos desejos de vingança, aos preconceitos, criamos ligações com mentes que vibram na mesma faixa doentia e estão sintonizadas com o Umbral.

O Umbral só existe porque nós mesmos o criamos, e só continuará existindo enquanto nós mesmos insistirmos em mantê-lo com nossos desequilíbrios.

O Umbral é nosso também, faz parte do nosso mundo e não podemos renegá-lo ou simplesmente ignorá-lo. Assim como não podemos também

fingir que não temos nada a ver com ele. Lá estão também algumas de nossas próprias criações mentais, de nossos sentimentos inferiores, de nossos pensamentos mais densos. E lá vivem espíritos divinos como nós, tempora-riamente desviados do caminho de luz em que foram colocados por Deus.

Por isso, é importante que não vejamos o Umbral como um lugar a ser evitado ou uma ideia a não ser comentada, mas como desequilíbrio espiritual temporário de espíritos como nós que, muitas vezes, só precisam de um pouco de atenção e orientação para se recuperarem e voltarem ao curso sadio de suas vidas.

É comum encontrarmos médiuns e doutrinadores que têm medo ou aversão ao trabalho com espíritos do Umbral, evitando atendê-los, igno-rando-os friamente ou tratando-os como criminosos sem salvação que não merecem qualquer compaixão ou respeito. Estas pessoas esquecem--se de um dos preceitos básicos da espiritualidade: a caridade.

Os habitantes do Umbral não são nossos inimigos, mas espíritos que precisam de compreensão e ajuda. Não são irrecuperáveis, mas perderam o rumo do crescimento espiritual. Não estão abandonados por Deus, mas não sabem disso e desistem de pro-curar orientação. Não são diferentes de nós, mas tão semelhantes que vivem lado a lado conosco, todos os dias, observando nossos atos, analisando nossos pensamentos, vigiando nossos sentimentos, prestando atenção às nossas atitudes.

E, se não queremos ir ao Umbral por afinidade, que nos ocupemos em nos tornarmos seres humanos melho-res, mais dignos, mais éticos, 24 horas por dia. Desse modo, nossa passagem pelo Umbral será sempre na condição de quem leva ajuda sem medo, sem preconceito e sem sofrimento, e não de quem precisa de ajuda para superar seus próprios medos, preconceitos e dores.

podem ser inteligentes, organizados, determinados e disciplinados em suas práticas negativas, criando instituições, métodos, exércitos e até cidades intei-ras para servir aos seus propósitos.

É preciso que compreendamos que todos nós já estamos vivendo numa dessas “camadas” de Umbral que envolvem a Terra e que todos nós criamos o nosso próprio Umbral particular sempre que contrariamos as leis divinas universais, as quais podem ser resumidas numa única expressão: amor incondicional.

Mas o Umbral não é um mundo só de desencarnados. Muitos proje-

tores conscientes (encarnados que fazem projeções astrais conscientes) narram passagens por regiões escuras e densas, semelhantes às descrições de André Luiz em Nosso Lar.

Todos os encarnados desprendem--se do corpo físico durante o sono e circulam pelo mundo espiritual. Esse é um fenômeno absolutamente natural e inerente a todo espírito encarnado. Uma grande parte continua a dormir em espírito, logo acima de onde está descansando o corpo físico. Outros se limitam a passear inconscientes pelo

próprio quarto ou casa, repetindo, mecanicamente, o que fazem todos os dias durante a vigília. E há os que saem de casa e vão além.

Dentre estes, uma pequena parte procura manter uma conduta ética elevada, 24 horas por dia, tentando sempre melhorar-se como pessoa, buscando sempre ajudar e crescer e, muitas vezes, é levada ao Umbral em missão de resgate ou assistência, traba-lhando com espíritos mais preparados, doando suas energias pelo bem de outros espíritos.

Mas há um grande número dos que conseguem sair de seu próprio lar

durante o sono e vão para o Umbral por afinidade, em busca daquilo que tinham em mente no momento em que adormeceram ou obedecendo a instintos e desejos inferiores que, embora muitas vezes não estejam explícitos na vigília, estão bem vivos em sua mente e surgem com toda força quando projetados.

Essas pessoas, muitas vezes, acabam sendo vítimas de espíritos profundamente perturbados ligados ao Umbral que as vampirizam e mani-pulam, em alguns casos chegando até

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Benjamin Teixeirapelo espírito Eugênia

Disseram de você o que você nunca supôs que sequer pensariam sobre sua pessoa?

Viram intenções malévolas e mesquinhas, onde havia, de sua parte, sincera disposição de serviço?

Olharam de través para você, como se fosse um farsante ou um crápula?

Apunhalaram-no pelas costas, aqueles mesmos que mais lhe deviam favores e serviços prestados?

Ignore tais expressões de pri-mitivismo, meu caro, e siga adiante, porque quase nunca a mente humana reflete adequadamente sobre o que acontece em torno. Quase sempre, em matéria de ciência, as condutas são explicáveis e aceitas. Mas, quando se parte para a esfera do comportamento e do pensamento humanos mais sutis, o mau juízo se faz, amiúde escandaloso.

O cirurgião faz incisões violentas no organismo, cortando os tecidos do paciente, extraindo pedaços do corpo, costurando as fendas abertas em meio a sangue copioso. Alguém, todavia, diria que é um homicida esquartejador, ainda que uma cirurgia não salve o paciente da moléstia que se intentava extirpar de seu organismo?

O anestesista, para propiciar o trabalho do cirurgião, ministra-lhe dose precisa de drogas que, pouco mais do que o estritamente neces-sário, pode conduzir facilmente o paciente a óbito. Alguém aventaria a hipótese de que esse profissional tencione envenenar seus pacientes até a morte?

O ginecologista criterioso faz toques científicos nos órgãos geni-tais de suas pacientes, para a justa anamnese. Seriam todos os médicos da área assediadores e abusadores de mulheres?

O pai ou a mãe conscienciosos podem ser duros na punição de seus filhos, quando a disciplina se

faz imprescindível e se encontra de frente a um caráter refratário à boa educação. Alguém seria justo se alcu-nhasse esses homens e mulheres de bem de personalidades psicopatas e diabólicas, por serem enérgicos em certas ocasiões?

Entretanto, as injustiças, calúnias e incompreensões seguem horren-das, ferindo os corações mais sensí-veis, em inomináveis torturas psicoló-gicas. Amadurecimento moral (para não se incomodar com o que se diz ao próprio respeito, ou não se inco-modar tanto) e distanciamento dos atacantes é o que se pede de cada um que se sinta alvo da sanha venal dos maliciosos de plantão.

Se você é negro e o veem como marginal ou quase isso, um cidadão de segunda classe, apenas por ter mais melanina na pele;

Se você é homosse xual e o têm como u m d e g e n e -rado promíscuo, apenas por não par t i lhar das preferências da maioria heteros-sexual;

S e v o c ê é m u l h e r e tomam-na por menos inteligente ou decidida, apenas por portar organismo feminil;

Se você é religioso e é tido à conta de fanático, apenas por não se entre-gar à insensatez do materialismo, que enlouquece a massa hipnotizada, pelo sistema consumista-materialista de organização socioeconômica;

Se você é rico e o veem como sovina e insensível, apenas porque foi competente e previdente o bas-tante para economizar e constituir patrimônio;

Se é pobre e observam-no como preguiçoso e incapaz, apenas porque pôs o foco de sua vida em outros valores e funções, a que dedica o melhor de seus esforços;

Se é simpática e extrovertida e interpretam-na como mulher volúvel e infiel;

Se é introvertido e melancólico e leem seu estilo de ser como arrogân-cia e presunção;

Se você é generoso e bom, e crivam-no de acusações de vaidade e interesse pessoal dissimulados, em suas atitudes beneméritas;

Se você é educado e sensível, psicológico e político, e têm-no

como bem-aca-bado hipócrita e demagogo;

Se você se dá a uma causa h u m a n i t á r i a , p o r e s f o r ç o e idealismo, e enxergam, em suas intenções, morbidezes e monstruosida-des indizíveis;

Seja bem--vindo à Terra.

Por muito tempo, ainda, no planeta, a coroa d e e s p i n h o s será o prêmio para quem age em padrão um pouco acima da média, jus-

tamente por a mole humana não admitir algo superior às suas próprias premissas de verdade e experiência.

Proteja-se, defenda-se e demons-tre, psicológica e politicamente, suas reais intenções, mas até a medida do socialmente obrigatório. E, depois disso, não se preocupe em seu des-culpar e se explicar, confiando a Deus a experiência da incompreensão, certo de que, cedo ou tarde, será compen-sado pelos ataques injustos – alguns abomináveis – que sofre. Por mais

dolorosa a situação que atravesse, ganhará infinitamente mais com o amadurecimento que lhe advirá da vivência amarga, a segurança, a paz, o sentimento inapreciável de dever cumprido, a sensação de realizar o propósito da própria estada no mundo físico, o sentido da própria existência.

Releve os desatinos de quem não o ama, e foque sua atenção no que fazem-lhe os que realmente lhe querem bem. Ignore a gritaria ensandecida dos inimigos da causa do bem, e se concentre na sua felici-dade, na sua espiritualidade, nos seus valores, e no bem que possa fazer por outras pessoas.

Plante hoje a semente do bem. Faça o bem a quem lhe quer ou parece lhe querer mal. Faça o bem, ainda mais, por quem precisa de seu apoio e assistência, ou por quem ama e é amado. Onde encontrar desdém, distribua sorrisos genuínos de fraternidade. Em quem perce-ber suspeita, dê um pouco mais de sua sinceridade. Pelo terreno minado pela força do mal, plante, a mancheias, os germens invencíveis das potências divinas do bem... E, lenta, mas progressivamente, todo mal-estar, todo perigo e toda adver-sidade serão arrefecidos até o total banimento, em diversos aspectos, de muitos deles.

No mais, confie na Divina Pro-vidência, porque sofrerá na exata medida, tão-somente, do que precisar para aprender e crescer. E, assim, em vez de se colocar como vítima impo-tente de contingências adversas (o que lhe rouba forças para reagir de modo prático e resolutivo ao pro-blema), pergunte-se, após as tomadas as providências de defesa cabíveis, o que Deus lhe quer ensinar com tal ou qual experiência de injustiça e ingratidão, e encontrará, às vezes de imediato, outras não tanto, o motivo exato do dissabor, cujo conteúdo deve assimilar, assim desfazendo o propó-sito da existência desta ou daquela provação em seus caminhos, que, por si mesmas, dissipar-se-ão.

| cotidiano

Injustiças, Ingratidões, Incompreensões e Calúnias

Releve os desatinos de quem não o ama, e foque sua atenção no que fazem-lhe os

que realmente lhe querem bem. Ignore a

gritaria ensandecida dos inimigos da causa do bem, e se concentre na sua felicidade, na

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Vencido pela profunda angústia da minha mágoa, despertei quando o jovem rosto da manhã adornado de luz e o mar de nuvens viajeiras me convidaram para o banquete do dia.

Levantei e percebi que não fora um pesadelo... A presença da sua ausência era a mais pura e triste realidade...

Não sei dizer ao certo se é a presença da ausência ou a ausência da presença ou, talvez seja, simplesmente, saudade...

Lá fora tudo respirava perfume e os braços do vento, carre-gando o pólen da vida, cantavam nos ramos do arvoredo delicada canção...

Saí a correr, tentando fugir da furna escura dos meus pade-cimentos.

A presença invisível do bem-amado fazia-me arder em febre de ansiedade, enquanto os pés ligeiros das horas corriam à frente, impondo-me fadiga e desconforto...

Embriagado pela saudade, meu ser ansiava pela paz...Em vão tentei exaurir as forças para livrar-me da dor, mas não

lograva libertar-me do punhal da melancolia cravado no coração, e da lembrança da sua ausência...

Quando, enfim, a tarde se escondeu no longe das montanhas altaneiras, outra vez tombei em mim mesmo, extenuado e só...

Naquele momento, desejei que o Todo-Poderoso me domi-nasse com os fortes recursos da Soberana Misericórdia, livrando-me de mim mesmo...

Parecia que não mais suportaria o espinho da saudade cravado em meu peito, já dorido e exausto...

A ausência da sua presença queimava as fibras mais sutis da minha alma.

E a presença da sua ausência feria-me o coração dilacerado e só...

A noite devorou o dia e, ao escancarar a sua boca negra, mos-trou a primeira estrela engastada no manto escuro, vencendo as sombras...

Minutos depois, miríades de astros brilhantes compuseram o diadema da vitória total da luz...

Só então, solitário e meditativo, compreendi como a minha canção de dor chegara ao ouvidos do Criador, que me respondeu em vibrações fulgurantes de esperanças à distância...

Só então compreendi que não há escuridão que resista a um simples raio de luz, e decidi acender a chama da esperança em minha alma.

E, só então, pude ouvir o Sublime Cancioneiro do silêncio e Suas melodias repletas de sons e paz, convidando-me a confiar em Seu infinito poder e entregar-me aos braços suaves da esperança...

Se o manto escuro da saudade pesa sobre os seus ombros, ilumine-se com as pérolas da oração sincera em favor do bem--amado que partiu.

Preencha a ausência da presença com a lembrança dos momentos compartilhados nas horas alegres, e confie no reen-contro feliz.

Redação do Momento Espírita

Por Jorge Hessen

Se abraçamos o Espiritismo por ideal, não podemos negar-lhe lealdade. Se abraçamos o Espi-ritismo por ideal, não podemos

negar-lhe lealdade.A fidelidade doutrinária ressoa

como algo vazio para os que não têm compromisso alinhado com Jesus e Kardec. A lealdade a Kardec incide na observância da singeleza dos pre-ceitos anotados, atidos e alicerçados na Codificação, cujos preceitos fun-damentais foram sustentados pelos Espíritos Superiores. Uma Instituição Espírita tem que laborar como legítimo pronto-socorro espiritual, tal qual refri-gério em favor das almas em desalinho, e não qual recinto de miragens e deva-neios. O adequado reduto kardeciano tem que estar preparado para abrigar um contingente cada vez maior de pessoas submersas no atoleiro de suas próprias crises morais, e que jazem nos vales nebulosos da ignorância.

Os núcleos espíritas ref letem a índole e consciência doutrinária dos seus dirigentes. Instituições que adotam práticas “doutrinárias” que chocam com os postulados kardecia-nos não constituem casas genuina-mente espíritas.

O Espiritismo apresenta-nos uma nova ordem religiosa que necessita ser resguardada. A Codificação é a resposta ajuizada dos Espíritos supe-riores às questões do homem aflito na Terra, conduzindo-o ao encontro do Criador. Entendemos que protegê-la da arrogância dos novidadeiros e das propostas vaporosas dos que a des-conhecem é obrigação de todos nós.

Se adotamos o Espiritismo por ideal cristão, não podemos negar-lhe fidelidade. O espólio da tolerância não pode tanger pela omissão diante das enxertias anormais e métodos irre-gulares que seres incautos planejam infligir, sobretudo nas sinuosidades do

Movimento Espírita.Não estamos discorrendo sobre

defesa intransigente dos postulados espíritas, nem propondo rígida igual-dade de metodologias sem a devida consideração aos graus distintos de evolução em que estagiam as pessoas.

Seria contraproducente enredar-mos pelos atalhos dos extremismos injustificáveis. É óbvio que não pode-mos transformar defesa da fidelidade doutrinária em uniformização estan-que de exercícios que podem blo-quear a criatividade natural diante do livre-arbítrio de cada um. Conquanto rebatamos atitudes extremadas, não podemos abrir mão da prudência pre-ceituada pela pureza dos postulados espíritas. Não hesitemos, pois, quando a situação se impõe, e estejamos aler-tas sobre a fidelidade que devemos a Jesus e a Kardec. É importante não olvidarmos de que nos sutis consen-timentos vamos descaracterizando a programação do Consolador Pro-metido.

É imprescindível conservar o Espi-ritismo segundo herdamos do Codi-ficador, conservando-lhe o fulgor dos conceitos, a clareza dos seus conteúdos, não consentindo que se lhe alojem ideias nocivas, que somente irão embaraçar os ingênuos e os pouco informados das suas lições.

No Espiritismo, o Cristo desponta como sublime e magnânimo condu-tor de corações, e o Evangelho brilha como o Sol para iluminar todas as consciências. Lembremos que Kardec transmitiu à humanidade a melhor de todas as embalagens (fidelidade dou-trinária) ao grandioso presente que é a Doutrina dos Espíritos, e todos aqueles que têm como base o alicerce do amor podem até coexistir com qualquer obra ou filosofia, que permanecerão blindados contra os agentes das influenciações obsedantes.

http://jorgehessen.net

| decisão | mensagem

Se abraçamos o espiritismo por ideal...

Angústia

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O suceder constante de crimes bárbaros, atrocidades e cruel-dades por toda parte, acompanhados de quadros tristes de desonestidades e corrupção, desequilibram a harmonia que se espera para a vida humana.

Espanta-se, pois, em se encontrar sobre a Terra tantas maldades e tantas paixões inferiores, tantas misérias e enfermidades de toda sorte, concluindo-se que miserável coisa é a espécie humana. Esse julgamento provém do ponto de vista limitado em que se está colocado, e que dá uma ideia falsa do conjunto. É preciso considerar, todavia, que a humanidade não se encontra toda na Terra, mas apenas uma pequena fração dela. Porque a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão, que povoam os inumeráveis mundos do Universo. Ora, o que seria a população da Terra, diante da população total desses mundos? Bem menos que a de um lugarejo em relação a de um grande império. A condição material e moral da humanidade terrena nada tem, pois, de estranho, se levarmos em conta o destino da Terra e a natureza de sua população.

Faríamos uma idéia muito falsa da população de uma grande cidade, se a julgássemos pelos moradores dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados; numa prisão vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Pois bem: consideremos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal, porque ela é tudo isso a um só tempo, e compreenderemos porque as suas aflições sobrepujam os prazeres. Porque não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção os que não praticam crimes, e nem os hospitais, nem as casas de correção, são lugares de delícias.

Ora, da mesma maneira que , numa cidade, toda a população não se encontra nos hospitais ou nas prisões, assim a humanidade inteira não se encontra na Terra. E como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem sai da Terra para mundos mais felizes, quando se acha curado de suas enfermidades morais.

Não se espante, pois, o leitor. Será que ainda somos tão ingênuos de acreditar que a criação máxima de Deus está neste diminuto e inex-pressivo planeta? Não é mais lógico que aqui nos reunimos, habitantes dessa morada repleta de problemas e desafios, os enfermos do egoísmo, os detentores da vaidade e do orgulho ou disputadores de poderes transitórios, ainda marcados pela violência? E que em mundos melho-res se encontram aqueles que já se despojaram de suas imperfeições morais, numa escala que vai melhorando gradativamente conforme se aprimoram seus habitantes?

O infinito do Universo já indica isso pela lógica do raciocínio. A gran-deza de Deus reserva belezas que deveremos conquistar pelos méritos do esforço próprio na melhora moral. Para isso é preciso trabalhar em prol da melhora deste planeta, estendendo as mãos aos que se batem na miséria ou na ignorância. Não há outra alternativa: ou nos tornamos solidários uns com os outros, aprendendo a viver e conquistando méritos de ascensão a planos melhores, ou continuaremos por aqui, batendo a cabeça. O presente artigo adapta trecho de Kardec, constante de O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo III.

Debbie tinha apenas 16 anos quando seu professor de inglês a sequestrou e lhe tirou a vida.

Sua mãe, Betty, ficou tão deprimida com o acontecido, que todas as noites bebia até dormir. Passou a negligenciar seus outros quatro filhos.

Dia após dia, ela amaldiçoava o assassino. Ele lhe retirou o motivo de viver. Destroçou a vida de uma ado-lescente risonha que tecia planos para o futuro.

Nada diminuía a dor de Betty, nem a ausência de qualquer motivo evi-dente para aquele crime terrível. Nem a condenação do professor Ray Payne à prisão perpétua.

O ódio a consumia. Começou a ter dores de cabeça constantes, dor nas costas. Depois de algum tempo, mal conseguia ficar de pé.

Seis anos se passaram assim, lentos, doloridos, sofridos. Até que, certo dia, sua irmã morreu. Durante o funeral, alguma coisa a impressionou.

Foi um trecho do Pai Nosso, a respeito do qual nunca, até então, ela meditara: “assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido.”

Ela procurou literatura a respeito do perdão. Talvez encontrasse uma resposta para sua vida.

Foi visitar o túmulo de Debbie. Pela primeira vez leu com atenção o que estava gravado na lápide: “o mundo precisa agora é de amor”.

Logo, Betty estava repetindo em voz alta, como se fosse um mantra, as palavras: “quero perdoar Ray”.

Meses depois, resolveu escrever ao assassino: “Cansei de sentir raiva de você. Posso visitá-lo?”

Onze anos depois da morte de sua adorada filha, Debbie visitou Payne na prisão. Ela disse a ele o que Debbie significava para ela. O quanto sofria. Ambos acabaram chorando.

Quando ela saiu da prisão, naquele dia, sentia-se uma pessoa diferente. Seu coração estava leve.

Ela havia lançado algo fora: a mágoa, a raiva que tanto a haviam consumido naqueles longos e arrastados onze anos

de ausência de sua Debbie. Os amigos, espantados, não con-

seguiam entender a sua atitude. A sua resposta era: “o perdão foi o maior presente que dei a mim e aos meus filhos”. Atualmente, Betty trabalha como mediadora num programa para vítimas de crimes violentos.

Em paz consigo mesma, ela afirma que foi uma incrível jornada de cura que salvou a sua vida. E a jornada se chama perdão.

O perdão substitui sentimentos hostis que destroem a organização física, a paz, por sentimentos positivos que fazem o corpo se acalmar, relaxar, melhorando a saúde.

Agarrar-se a um ressentimento por meses ou anos significa assumir um compromisso com a raiva. O perdão pode ser um poderoso antídoto contra a raiva. Quem se permite consumir pela raiva, faz ligações perigosas com a hipertensão crônica, o que tem aumentado o risco de doenças car-díacas.

Além de acarretar benefícios emocionais, purgar a raiva pode ajudar a curar parte do que nos aflige fisicamente. O simples fato de pensar em solucionar uma mágoa já pode ajudar.

Na Irlanda do Norte foi realizado interessante estudo com 17 adultos que haviam perdido parentes por causa da violência terrorista. Com uma semana de treinamento para o perdão, seu sofrimento mental caiu cerca de 40%. Foi constatada 35% de redução das dores de cabeça, dor nas costas e insônia.

Vale a pena perdoar! É uma questão de desejar o bem para si mesmo.

Não existe uma solução única para os males do coração. Se você não con-seguir perdoar totalmente, só o fato de não estar fervendo de raiva, nem pla-nejando vingança, é um bom começo.

De toda forma, o perdão é pode-roso. Embora não possa mudar o pas-sado, pode conduzir a um futuro mais saudável e feliz.

Equipe de Redação do Momento Espírita

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[email protected] 11FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 56 | Novembro/Dezembro/Janeiro

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Cláudio Bueno da Silva

Mais que um lazer, a leitura é fundamental. Através dela buscamos o conhe-cimento, e assim como a

verdade da sentença evangélica, o conhecimento liberta o homem. A relação do homem com o mundo, desde cedo, se dá através da leitura. As pessoas que leem habitualmente (não as que apenas sabem ler, o que é dife-rente) darão maior consistência àquilo que se propuserem fazer na vida.

Muitos associam a leitura tão somente às questões práticas da vida, à escola, à profissão, etc. Contudo, ela pode ser muito prazerosa e sem o peso da obrigação, trazendo ao espírito conforto, bem-estar e conhe-cimento. Para o espírita, cuja base principal de aprendizado doutrinário está no livro, a leitura é indispensável.

O gosto pela leitura, dizem os especialistas, vem da criação de um hábito, que pode começar na infância ou mesmo na idade adulta. Muitos não leem por falta de estímulo, ou por preferirem outros afazeres.

Uma boa leitura deve ser feita com calma, atenção, se possível num clima de silêncio, para que se possa compreender o que se lê. Não basta “engolir” palavras apressadamente, desprezando o que o texto possa oferecer nas entrelinhas.

É grande a sensação de prazer quando interagimos com um bom texto, degustando ideias e estilo, trabalhando os sentimentos e a inteli-gência, a ponto de termos a sensação de estarmos melhores, um pouco mais completos após a leitura bem feita.

O brasileiro lê poucoOs educadores consideram a

leitura essencial, inclusive para se falar e escrever bem. Mas, as estatísticas mostram que o brasileiro lê pouco, apesar das iniciativas constantes dos setores público e privado de se criar sempre novos leitores. A compara-ção com os números de países da

Europa – 6 a 7 livros/ano por habi-tante – deixa o Brasil muito atrás: 4 livros por ano, sendo 2,1 inteiros e 2 em partes, segundo dados recentes da Câmara Brasileira do Livro. Se não considerarmos na pesquisa os livros didáticos, que geralmente se leem por obrigação escolar, esses números caem ainda mais (1).

Os especialistas apontam inúme-ras razões para esses baixos índices, relacionando-os com as questões econômicas e as diretamente ligadas à área da educação deficiente e às vezes ineficiente. Fala-se da falta de tradição de leitura e também das raízes cul-turais do nosso povo como fatores desencadeantes do desinteresse pelo livro. São algumas faces do problema.

A concorrência da mídia eletrônica

Todavia, de uns anos para cá, os instrumentos tecnológicos de comu-nicação têm exercido verdadeiro fascí-nio sobre as pessoas e a concorrência da multimídia pode estar agravando esse quadro no Brasil. Esse raciocínio parece ir ao encontro de recente pesquisa do Instituto Pró-Livro, que mostra que o “brasileiro reconhece importância da leitura, mas prefere outras atividades”.

Claro que se pode levar a vida cercado de fios, telas e teclas e não se abrir mão do contato íntimo com um bom livro. Uma coisa não precisa necessariamente anular a outra. Mas, se depender da opção da média dos brasileiros, talvez esta prefira continuar dando mais atenção às novidades eletrônicas. Para muitos, o lado bom disto é que a tecnologia trouxe novas formas de absorver cultura e informa-ção, e sobre esta questão já há quem tema pelo futuro do livro impresso.

E o segmento espírita?Embora não haja estatística oficial,

diz-se que o espírita lê muito. Não se sabe, porém, como lê e se lê o que pre-cisa. Afinal, ler muito e mal talvez não seja um bem. No caso específico do

O espírita e a leitura

(1) Leia Retratos da Leitura no Brasil em: cbl.org.br/telas/noticias/noticias .Saiba mais em:

http://tudosobreleitura.blogspot.com.br

segmento espírita, presume-se que os números sejam um pouco melhores. Tem crescido muito o interesse geral pela temática espiritualista, o que justifica a espécie de “revolução” nos meios editoriais verificada nos últimos anos. Nunca se editou tanto quanto agora. O livro espírita pode ser encon-trado facilmente em muitos lugares, além das livrarias. As feiras e clubes do livro, espalhados pelo país, cumprem importante papel na divulgação da doutrina. Cresce o número de novos autores e editoras. Embora a grande força de comunicação espírita ainda seja o livro, os espíritas têm também usado satisfatoriamente os recursos das novas mídias, criando sites, blogs, canais de rádio e TV pela Internet, além do cinema.

Porém, nem tudo são flores. Com relação ao livro, há empresas oportu-nistas que faturam “indevidamente” com a chancela espírita, e com isso

lotam o mercado livreiro espírita com obras de qualidade questionável. Esse é, sem dúvida, um problema sério que precisa ser avaliado.

Por outro lado, numa espécie de contraponto natural a essa tendência, pessoas efetivamente compromis-sadas com o pensamento espírita cumprem corretamente o seu dever de disseminar o Espiritismo conforme suas formulações originais. E isso ajuda muito a garantir a fidelidade doutriná-ria e a qualidade cultural condizentes com as altas aspirações do espiritismo.

O lançamento o livro Lavoura Agreste ocorrerá em janeiro de 2013 na Livraria Espírita mensageiros de Luz, à rua José Cianciarulo, 89 - centro de Osasco. Mais informações pelos fones: 3682-6767 ou 3448-7386

L A N Ç A M E N T O

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Comentando certas dificulda-des da genuína propaganda espírita, o velho Jonathan, antigo seguidor do Evange-

lho em nosso campo de ação espiri-tual, tomou a palavra e falou sorrindo:

“No tempo do Mestre, semelhan-tes entraves não eram menores. A gloriosa missão do Senhor ia a meio, quando surgiram várias legiões de supostos discípulos da Boa Nova, à margem das atividades evangélicas. Multidões desarvoradas, ao contrário de chefes que se diziam continuado-res de João Batista, enxameavam nas bordas do Jordão, a se dispersarem na Palestina e na Síria. Capitães da revolta popular contra o domínio romano, após ouvirem as lições do Senhor, usavam-lhe a doutrina, criando dis-córdia sistematizada, em nome da solidariedade humana, nos diversos vilarejos que circulavam o Tiberíades.

Todos erguiam flamejante verbo, asseverando falar em nome do Divino Renovador.

Jesus, o Messias Nazareno, achava-se entre os homens, inves-tido da autoridade indispensável à formação de um Novo Reino.

Destruiria os potentados estran-geiros e aniquilaria os ditadores do poder.

Discursos preciosos faziam-se ouvir nos cenáculos do povo e nos quadros rústicos da Natureza, exal-tando a boa vontade e a comunhão das almas, o devotamento e a tole-rância entre as criaturas.

Milhares de ouvidos escutavam, enlevados, as pregações, extáticos e felizes, qual se já respirassem num mundo novo.

Contudo, no turbilhão dos con-ceitos vibrantes e nobres, adivinha-vam-se aqueles que, arrecadando dinheiro para socorro às viúvas e aos órfãos, olvidavam-nos deliberada-mente para enriquecerem a própria bolsa, e apareciam os oportunistas que, em se incumbindo da dou-trinação referente à fraternidade, utilizavam-se da frase primorosa e

bem feita, para realização das mais baixas manobras políticas.

Foi por isso que, em certo cre-púsculo, quando a multidão se con-gregava em torno do Mestre junto às águas para Dele recolher a palavra consoladora e o ensino salutar, Simão Pedro, homem afeiçoado à rude fra-queza, valendo-se da grande pausa que o Eterno Benfeitor imprimira à própria narrativa quando expunha a parábola do semeador, interpelou-o, diretamente, indagando:

- Mestre, e o que faremos dos que exploram a ideia do Reino de Deus? Em muitos lugares encontra-mos aqueles que formam grupos de serviço em nome da Boa Nova nascente, tumultuando corações em proveito próprio. Agitam a mente popular e formulam promessas que não podem cumprir... Em Betsaida, temos a falange de Berequias Bem Zenon que a dirige com entusiasmo dominante, apropriando-se da men-sagem sublime para solicitar as dracmas de pobres pescadores, alegando destiná-las aos doentes e às viúvas, mas, embora preste auxílio a reduzido número de infortunados, guarda para si mesmo a maior parte das ofertas amealhadas e, ainda hoje, em Cafanaum, ouvia a prédica bri-lhante de Aminadab Bem Azor, que se prevalece de vossas lições divinas para induzir o povo à indisciplina e à perturbação, não obstante prenuncie afirmativas e preces que reconfor-tam o espírito dos que sofrem nos caminhos árduos da Terra... Como agir Senhor? Será justo nos subordi-nemos à astúcia dos ambiciosos e à manha dos velhacos? Como relegar o Evangelho à dominação de quantos se rendem à vaidade e à avidez da posse, ao egocentrismo e à loucura?

Jesus meditou alguns instantes e disse:

- Simão, antes de tudo, é preciso que o crime confesso encontre na lei a corrigenda estabelecida. Quem rouba é furtado, quem ilude os outros engana a si próprio, e quem fere será ferido...

- Mas, Senhor – tornou o Após-tolo, – no processo em exame, creio seja necessário ponderar que os males decorrentes da falsa propa-ganda são incomensuráveis... Não haverá recurso para sustentá-lo de imediato?

O Excelso Amigo considerou paciente:

- Se há juízes no mundo que nasceram para o duro mister de retificar, aqui nos achamos para obra do auxílio. Não podemos olvidar que os discípulos da Boa Nova, atentos à missão de amor que lhes cabe, não dispõem de tempo e disposição para partilhar as atividades dos irmãos menos responsáveis... Além disso, baseando-me em sua própria palavra, não estamos diante de companheiros totalmente esquecidos de caridade. Disseste que Berequias Bem Zenon, pelo menos, amparava alguns infeli-zes que lhe cercam a estrada e que Aminadab Bem Azor, no seio das palavras insensatas que pronuncia, encaixa ensinamentos e orações de valia para os necessitados de luz... E se formos sopesar as esperanças e pos-sibilidades, os anseios e as virtudes dos milhares de amigos provisórios que os acompanham, como justificar qualquer sentença condenatória de nossa parte?

O apontamento judicioso ficou no ar e, como ninguém respondesse, Jesus espraiou o olhar no horizonte longínquo, como quem apelava para o futuro, e ditou a parábola do joio e do trigo, que consta no capítulo treze das anotações de Mateus:

- O Reino dos Céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente em seu campo; mas, ao dormir, eis que veio o inimigo e semeou o joio no meio do trigo, retirando-se após. Quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos desse pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: ‘Senhor, não semeaste no campo a boa semente? Por que a intromissão do joio?’ E ele lhes disse: ‘Um adversário é quem fez isso’. E

os servos acentuaram: ‘Queres, pois, que o arranquemos?’ Respondeu--lhes, porém o Senhor: ‘Isso não, para que não aconteça, extirpemos o joio, sacrificando o trigo. Deixemo--los crescer juntos até a ceifa. Nessa ocasião, direi aos trabalhadores: Colhei primeiro o joio para que seja queimado e ajuntai o trigo no meu celeiro’.

Calou-se o Cristo pensativo...Todavia, Simão, insatisfeito,

volveu a perguntar:- Mas... Senhor, Senhor!... Em

nosso caso, quem colherá a verdade, separando-a da mentira?

O Mestre sorriu de novo e res-pondeu:

- Pedro, o tempo é o grande cei-fador... Esperemos por ele, cumprindo o dever que nos compete... A vida e a justiça pertencem ao Pai, e o Pai decidirá quanto aos assuntos da vida e da justiça...”

Silenciou o velho Jonathan e, a nosso turno, com material suficiente para estudo, separamo-nos todos para concluir e meditar.

| moral cristã

O grande ceifador

Mensagem extraída do livro Cartas e Crônicas, cap. 34.