jornal fraterno 53

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“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 53 | Ano IV | Maio/Junho de 2012 9 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita Distribuição gratuita | [email protected] O TESTEMUNHO DE PATRÍCIA “Um grama de exemplos vale mais que uma tonelada de conselhos” Adágio popular... “Quando fui ao apartamento quase ‘vomitei as tripas’, mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte, aquela dor de cabeça horrível, um mal- estar daqueles como da tensão pré- menstrual. No sábado, conhecemos uma galera de São Paulo, que alugou um ‘apê’ no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino.” Também nesta edição EDITORIAL Os falsos profetas ..................................................... 2 DISCUTINDO A BÍBLIA A ressurreição de Jesus no além .................. 3 EVENTOS .................................................. 3 MÚSICA Rádio Alô....................................................................... 4 SEXO NOS ESPÍRITOS Sadomasoquismo ..................................................... 4 DOUTRINA Entendendo as Obsessões.............................................5 CULTURA ESPÍRITA O testemunho de Patrícia ..................................... 6 e 7 MEMÓRIAS DE CHICO XAVIER.............. 7 REFLEXÃO A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico ..................................... 8 e 9 ESPÍRITO NA ESCOLA Fazer o mesmo com os mentores dos alunos ...................................................................... 9 MOMENTO FRATERNO O Adolescente e o Problema das Drogas.. 10 O ESPIRITISMO DE CADA DIA Homicídios espirituais ....................................... 11 MORAL CRISTÃ A revolução cristã ................................................. 12

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“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 53 | Ano IV | Maio/Junho de 20129 anos Divulgando a Doutrina Espírita

o s a s c o

Distribuição gratuita | [email protected]

O TESTEMUNHODE PATRÍCIA

“Um grama de exemplos vale mais

que uma tonelada de conselhos”

Adágio popular...

“Quando fui ao apartamento quase ‘vomitei as tripas’, mas o meu grito de

liberdade estava dado. No dia seguinte, aquela dor de cabeça horrível, um mal-

estar daqueles como da tensão pré-menstrual. No sábado, conhecemos uma

galera de São Paulo, que alugou um ‘apê’ no mesmo prédio. Nem imaginava

que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino.”

Também nesta ediçãoEdiTorialOs falsos profetas ..................................................... 2 diScuTiNdo a bíbliaA ressurreição de Jesus no além .................. 3EvENToS .................................................. 3MúSicaRádio Alô ....................................................................... 4 SExo NoS ESPíriToSSadomasoquismo ..................................................... 4douTriNaEntendendo as Obsessões .............................................5culTura ESPíriTaO testemunho de Patrícia .....................................6 e 7MEMóriaS dE chico xaviEr .............. 7rEflExãoA dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico .....................................8 e 9ESPíriTo Na EScolaFazer o mesmo com os mentores dos alunos ...................................................................... 9MoMENTo fraTErNoO Adolescente e o Problema das Drogas ..10o ESPiriTiSMo dE cada diaHomicídios espirituais .......................................11Moral criSTãA revolução cristã .................................................12

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 53 | Maio/Junho

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo Mendes, Jussara Ferreira da Silva e Giovanna Camila Ramalho; Financeiro: Alexandre Silva Melo; Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distribuição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefones: (011) 3447-2006/7165-6437 ou (011) 3688-2440

| editorial

esforço que esse espírito empreen-deu para que corajosamente levasse esse testemunho como uma tentativa para reeducação dos jovens e adul-tos, procurando evitar que tomem o mesmo caminho que tomou e que seu último desejo foi essa valiosa lição de vida que, norteará seus caminhos futuros na espiritualidade.

Esses falsos profetas, referindo-

Os falsos profetas

Atingimos grande evolução social e tecnológica nos tempos correntes, mas o homem, enquanto ser

espiritual encontra-se ainda num estágio imaturo, onde as ilusões do mundo exercem grande fascínio e conseqüentes desenganos.

As drogas representam uma dessas ilusões nefastas que esta-

as drogas, para que nos sintamos pertencentes a um determinado grupo.

A sensação de pertencimento, de que existe um grupo pelo qual nos identificamos, é uma das neces-sidades mais legitimas do homem, no engajar-se socialmente. Infeliz-mente, o modelo atual da educação de procuramos dar aos filhos, sem

tempo, sem afeto, sem olho no olho, priorizando as realizações materiais, tira de nós e deles, dos filhos, essa proximidade, esse engajamento tão necessário ao sadio desenvolvimento emocional, mental e social.

Então, cada vez mais cedo, pro-curam nos grupos sociais tudo aquilo que não encontram na família, geralmente o apoio, a compreensão e porque não dizer, a necessidade de se sentir enturmado, incluso, aceito. Mas,

se em outras vezes encontram apoio, mostram-se insatisfeitos devido à imaturidade espiritual com relação às tendências no aprimoramento necessário. É certo que existem famí-lias deficientes em muitos aspectos, porém existem também muitas pessoas que não valorizam a família e nem o lar que têm.

Não existe um único culpado

e aqui vale ressaltar que a história de Patrícia também deixa claro seu amadurecimento. Amadurecimento através da dor e, ainda que tardio capaz de perceber que no caminho sem volta que tomou, a respon-sabilidade foi toda dela, pois que conseguiu compreender, valorizar e agradecer à sua família, apesar do amparo recebido sob as condições a que ela mesma se submeteu.

Com isso, valorizamos todo o

mos enfrentando qual grande epidemia que assola lares, escolas, empresas e socieda-des, não poupando ninguém, indepen-dente de sexo, cor, idade, condição finan-ceira ou mesmo reli-gião.

Perigo que ameaça a família, base da socie-dade, e nosso futuro enquanto seres sociais.

Nesta edição, em nossa Cultura Espírita, ilustrando esta ameaça em todos os seus matizes, está Patrícia a contar sua triste histó-ria horas antes de seu desencarne. Tão jovem e, ao mesmo tempo, tão madura.

A doutrina espí-rita pode nos amparar com seu manancial de conhecimento e amor na forma de consolo espiritual apontando--nos, mais uma vez para o Evangelho de Jesus como o único caminho, roteiro de luz que orienta nossas escolhas ainda tão inseguras.

Jesus, o Mestre Excelso, nos diz que ele é o caminho, a verdade e a vida, chamando-nos docemente à sua vivência onde encontraremos tudo aquilo que nos orienta, con-sola, satisfaz e nos faz plenos de vida sem que precisemos recorrer à qualquer ilusão, muito menos

-nos aqui prestação das drogas, prometem um mundo de inclu-são, prazer, esqueci-m ento das d o re s , decepções e falsas ale-grias vão arrebatando pessoas por dentro e por fora, para que elas se acabem como Patrí-cia: doentes, solitárias e com uma tristeza espi-ritual profunda por ter desperdiçado muitas chances de progresso e realização.

É nosso papel de espírita-cristão divul-gar a rica mensagem educacional que o Espiritismo traz; ense-jamos que mais uma vez o Fraterno esteja colaborando nesse nobre papel, ainda que sendo uma ínfima parcela no amparo que a Espiritualidade maior nos traz dia após dia, de mil maneiras, para que possamos abrir

nossos olhos e dissipar essa névoa que as ilusões materiais ainda repre-sentam na deficiente sociedade na qual vivemos.

Que possamos amar verdadeira-mente a nós mesmos, a nossos filhos, a nossos semelhantes e agradecer ao Pai o maravilhoso dom da vida que Dele recebemos de graça, o nosso patrimônio físico.

Boa leitura,O Editor

[email protected] 3FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 52 | Maio/Junho

José Rei Chaves

Ressurreição é o ato de ressurgir ou de surgir de novo. Assim, o que ressurge já surgiu antes. A ressurreição é, pois, do espírito

imortal. Há uma doutrina materialista

desacreditada de que a ressurreição é do corpo, que, na verdade, volta para o pó para sempre. (Eclesiastes 12,7; e Gênesis 3,19). Esse equívoco já vem desde os apóstolos, pois eles não sabiam bem o que era o espírito e o que ressuscitava. Os saduceus nem acreditavam nessas coisas.Os apóstolos, realmente, não sabiam tudo. Aliás, nem Jesus o sabia. No desdobramento (saída do corpo) de são Paulo até o terceiro céu, ele ignorava se foi no corpo ou fora dele. E os apóstolos achavam que Jesus voltaria com eles ainda vivos.Daí que quando Jesus apareceu materializado para os apóstolos, eles achavam erroneamente que o corpo com que Ele apareceu fosse o mesmo que morreu na cruz. Os espíritos, nas suas materializações, usam o seu perispí-rito, palavra cunhada por Kardec e que tem termos correspondentes em todas as culturas. Cito aqui o ka dos egípcios, a aura de Orígenes, o corpo espiritual de são Paulo e, atu-almente, o corpo glorioso da Igreja. Entre as ressurreições ou aparições materializadas de Jesus para os seus apóstolos, destacam-se a do episódio de são Tomé e a da pesca no Mar de Tiberíades, em que Jesus até comeu com os apóstolos! Esses fenômenos de materializações de espíritos têm o aval de renomados cientistas de até com Prêmio Nobel, que pesquisaram esses fenômenos, entre eles William Crokes e Charles Richet.

O que ressuscita ou ressurge é mesmo o espírito (1 Coríntios 15,44; e 15,50). Também a ressurreição de Jesus foi do espírito. “Morto na carne, mas ressuscitado em espírito”.

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A ressurreição de Jesus no além e as outras para os apóstolos

(1 Pedro 3,18). As traduções dessa passagem são muito variadas, pois os tradutores, querendo ser fiéis aos originais gregos, mas também querendo ocultar a verdade de que a ressurreição de Jesus é do seu próprio Espírito, truncam o texto. Recomendo, pois, a você que me lê estudar isso.E no versículo seguinte (19), Jesus foi também em Espírito (não em corpo) aos infernos (o além ou a mansão dos mortos) pregar aos espíritos em pecados. E é oportuno que nos relembre-mos aqui de que para o maior teólogo católico da atualidade, o espanhol Andrés Torres Queiruga, “Repensar a Ressurreição”, Ed. Pau-linas, todos nós ressuscitamos em espírito, e na hora da morte, inclu-sive Jesus. “Pai, em vossas mãos entrego meu Espírito”. Se, pois, seu líder religioso ainda prega a ressurreição do corpo, ele está mentindo ou está desatualizado.

Demonstramos que Jesus ressuscitou no além, na hora de sua morte. Assim, pois, as profe-cias bíblicas da sua ressurreição no terceiro dia, após sua morte, referem-se, na verdade, ao res-surgimento Dele já ressuscitado e procedente do mundo espiritual para seus apóstolos. De fato, só a partir do domingo, depois de sua morte, Ele ressuscitou para eles. Em algumas dessas aparições, Jesus se materializou e, como já dissemos, até comeu com os apóstolos.

A vivência do amor e a nossa imortalidade em espírito consti-tuem o cerne da mensagem de Jesus para nós. A vivência do amor Ele exemplificou com sua vida. A prova da nossa imortalidade Ele no-la deu com sua morte seguida das suas ressurreições, demons-trando-nos que, realmente, “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos”!

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 53 | Maio/Junho

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Guilherme Marques

A E N C I C LO P É D I A J U R Í D I C A L E I B S O I B E L M A N c o m e n t a s o b r e sadomasoquismo:Conjugação de

sadismo e masoquismo.Sadismo: Anomalia sexual, também chamada algolagnia ativa (algo, dor e lainos, excitação), que consiste em ter gozo através do sofrimento alheio ou do parceiro. A palavra vem do Marquês de Sade. O sadista atinge o auge sexual através de violências que comete contra outrem.Maso-quismo ou algolagnia passiva, por oposição à algolagnia ativa ou sadismo: Perversão sexual que consiste em sofrer humilhações e violên-cias para atingir o auge sexual. A palavra vem do escritor austríaco Sacher-Masoch.

Infelizmente, há casos em que o indivíduo chega a esse ponto de desajuste, devido, na certa, à prática de violência contra terceiros no passado, agora pesando contra o infrator, agravada a situação pelos obsessores que procuram vingar-se dele.

Todavia, tudo é possível àqueles que se mostram dispostos a recomeçar, como os três luminares cuja história mencionamos anteriormente.

Orson Peter Carrara

Quer ouvir boa música? Acesse o portal www.radioalo.com.br. Com especialíssima progra-

mação musical, a caçulinha da internet está à disposição de quem gosta de boa música.

Mas não é só! Vejam o obje-tivo da emissora virtual, con-forme constante do próprio site:

“Com o objetivo de colaborar no resgate e memória da cultura e da boa música, a Rádio Alô transmite 24 horas de música de altíssima qualidade. A emissora inicia suas operações na internet, com uma proposta inovadora em sua programação. Tal inicia-tiva conta com a experiência de comunicadores e pesquisadores no sentido de reunir acervos culturais de qualidade do Brasil e do exterior.

Esse projeto visa a tornar-se uma referência dentro e fora do país, difundindo valores artísticos, promovendo atividades culturais e formando musicalmente os ouvintes internautas, resgatar a boa musica os valores éticos e sociais da pessoa e da famí-lia, favorecer a integração dos

membros da comunidade, não discriminar, raça, sexo, preferên-cias sexuais, convicções político--ideológico-partidárias, condição social, religião (é vedado o pro-selitismo de qualquer natureza), assegurar espaço para divulga-ção de planos e realizações de entidades assistenciais, divulgar campanhas educativas.

Através da internet, preten-demos estender a interatividade e o conhecimento aos quatro cantos do planeta. Assim, a Rádio Alô está aberta a sugestões e análises de seus leitores, ouvintes, de qualquer parte do mundo, que podem entrar em contato com a produção e também com os outros ouvintes pelo site. Vale a pena ouvir e prestigiar esse novo conceito de emissora de rádio, totalmente identificado com o povo brasileiro.”

O portal de notícias, atuali-zado diariamente, dá uma visão geral, otimista e educativa, do panorama mundial, das conquis-tas da medicina e da tecnologia, da educação ou dos avanços nas diferentes áreas da comunicação e do progresso humano.

É mesmo rádio para se ouvir enquanto se trabalho e para

espalhar para os amigos, nas redes de comunicação. A tecno-logia atual permite esses avanços e essas facilidades. Que bom! Nada mais que resultados da Lei de Progresso que a todos nos dirige.

E essa iniciativa espalha-se com uma velocidade impres-sionante. Passeie pelo site. Você fará descobertas. Também estou lá. Com imensa alegria e honra, fui convidado a participar do site com artigos. Com sede em Araraquara e boa audiência, a emissora tem tudo para firmar--se, especialmente com a breve chegada de sua programação completa.

E como pôde perceber o leitor no texto que extraímos do site da emissora, todos podemos enviar notícias ou usar o precioso canal para iniciativas construtivas. É uma bela oportunidade, sem dúvida, para todos.

Não deixe de acessar! Tudo que é bom deve ser valorizado e divulgado. Quando aprendermos a construir e divulgar o que é bom e belo, que faz bem a todos, estaremos no caminho certo de uma sociedade mais equilibrada e feliz!

| música | sexo nos espíritos

Sadomasoquismo

Rádio Alô

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Marcos Paterra

Obsessão é conceituada no livro dos Médiuns como: “[. . .] trata-se do domí-nio que alguns espíritos

podem adquirir sobre certas pessoas. São sempre espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. A obsessão apresenta caracteres diversos que é necessário distinguir, e que resultam do grau do constran-gimento e da natureza dos efeitos que produzem”.

O processo de desenvolvimento espiritual do ser humano é repleto de desatinos sistemáticos os quais são consequências diretas de sua ignorância, desses desalinhos surgem as patologias da alma com suas reve-lações no corpo físico. Elas se mani-festam de várias formas e traduzem sempre um desequilíbrio no campo do Espírito.

As energias psíquicas que acom-panham as emoções e sentimentos são poderosas e, quando não se voltam para os valores humanos, elas trarão consideráveis malefícios para as estruturas que sustentam a harmonia do ser.

Sob essa ótica as inf luências negativas de entidades desencar-nadas poderão distorcer a clareza da mente pela superposição de imagens e pensamentos contradi-tórios, ocasionando as conhecidas alucinações, síndromes do pânico, enfraquecimento orgânico e psíquico e tantos outros sintomas produzidos pelas obsessões.

“Todos os processos obsessivos podem ser ativados e alimentados pelas ações desequilibrantes de con-duta e descontrole emocional-afetivo propiciadores de aflitivas interações, cujos mecanismos aceleram as con-dições de fixação mental. [...] Nessa posição incrementa-se o fenômeno ideoplástico nas fixações de imagens, a propiciar o aparecimento das alu-cinações de toda ordem, principal-

mente as visuais e as auditivas. Nessa fase serão atingidos, não só os com-ponentes físicos do psiquismo, mas, também, as regiões energéticas que os envolvem representados pelos campos perispirituais [...].”

Kardec completa: “A dependên-cia em que o homem se acha, algu-mas vezes, em relação aos Espíritos inferiores, provém de sua entrega aos maus pensamentos que estes lhe sugerem, e não de quaisquer acordos feitos entre eles. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria que simboliza uma natureza má simpati-zando com Espíritos malfazejos.”

O espírito, além das vivências de outras encarnações, que traz expe-riências dinâmicas no inconsciente, possui desajustes provocados em seu novo encarne. Entre proble-mas sociais, culturais e/ou familia-res geram-se problemas psíquicos como: remorso, medo, ira, maldade desenfreada, egoísmo e orgulho... condutas e sentimentos que atraem obsessores.

Às vezes perguntamo-nos por que as obsessões agem com tanta eficiência sobre nós? Herculano Pires nos responde: “Se voltassem os olhos para o passado, veriam que a História da Humanidade é suficiente para justificar todas as formas de obsessão e vampirismo que campeiam no pla-neta, desde as nações mais bárbaras às mais civilizadas.”

Kardec novamente comple-menta:

“Os Espíritos, encarnando-se, trazem com eles o que adquiriram em suas existências precedentes; é a razão por que os homens mostram instintivamente aptidões especiais; inclinações boas ou más que lhes parecem inatas. As más inclinações naturais são os vestígios das imperfei-ções do Espírito, dos quais ele não se despojou inteiramente; são também os indícios das faltas que ele cometeu, e o verdadeiro pecado original. A cada existência ele deve lavar-se de algumas impurezas.”

A própria faculdade mediúnica, quando não educada, poderá expor o indivíduo a essa gama de forças intrusas que afetarão a sua consci-ência acarretando confusão na área psicológica, por isso quando ciente de possuidor da mediunidade, deve--se analisar com outros olhos os fatos do cotidiano.

Léon Denis sabiamente nos diz:“O Espiritismo é uma arma de

dois gumes: arma poderosa – com o apoio dos espíritos elevados – para combater os erros, a mentira e todas as misérias morais da humanidade; mas também uma arma perigosa pela ação dos espíritos inferiores e maus. Nesse caso, pode voltar-se contra os médiuns e os experimen-tadores e ferir-lhes a saúde e a digni-dade, causando desordens graves.” . Herculano Pires Conclui:

“Cabe aos espíritas, que conhe-cem a outra face da existência, medir a distância qualitativa entre o entregar-se às forças negativas do passado, como escravos de uma situação miserável entre os homens, e o ato de empossar-se nos seus direitos de criatura humana em evolução, avançando na direção dos anseios superiores da sua consciência humana”

Os obsessores agem amplifi-cando nossos pensamentos e/ou os influenciando-os, a persistência nesses pensamentos causa-nos as chamadas doenças psicossociais.

“Chico Xavier através da psico-grafia ditada por André Luiz no livro Ação e Reação nos revela : “De um modo geral, porém, a etiologia das moléstias perduráveis, que afligem o corpo físico e o dilaceram, guardam no corpo espiritual as suas causas profundas. [...] Os nódulos de forças mentais desequilibradas” (idem, pág. 213). Acrescenta: “Essas enquistações de energia profunda, no imo da alma, expressando as chamadas dividas cármicas [...] são perfeitamente trans-feríveis de uma existência para outra” (idem, pág. 214).

| doutrina

Entendendo as Obsessões

Sobre esse prisma podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições, quais sejam: vícios, paixões exacer-badas, perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos a pes-soas e objetos, que nos colocam em estado de sintonia vibratória com os espíritos desencarnados.

Para evitar e/ou afastar os obses-sores é necessário conhecimento da doutrina, reforma íntima e acima de tudo compreensão tanto do que é seu obsessor quanto os motivos que ele o vampiriza.

O tratamento espiritual em uma instituição idônea por médiuns com-petentes se faz necessário para ajudar nesse intento.

“As sessões espíritas de desobses-são podem cansar e aborrecer os que só pensam em si mesmos, alegando dificuldades como as do vampirismo e do animismo, para justificarem sua preferência pelas sessões de elevada instrução espiritual. Essa é ainda uma prova do nosso egoísmo, da nossa inferioridade e falta de compreensão da realidade terrena. Não temos o direito de suspirar por sessões angéli-cas, pois estamos muito distantes dos planos da Angelitude, característicos dos planos superiores, dos mundos felizes.”

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 53 | Maio/Junho

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Aquela movimentação de gente era trimaneira’’. Eu já tinha experi-mentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia de OKTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP.

Que sensação legal curti a noite inteira ‘doidona’, beijei uns 10 cari-nhas, inclusive minhas amigas coloca-vam o CHOPP numa mamadeira mis-turado com guaraná para enganar os ‘meganha’, porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os otários’ não percebiam.

Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombei-ros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase ‘vomitei as tripas’, mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daque-les como tensão pré-menstrual. No

sábado conhecemos uma galera de São Paulo, que alugaram um ‘ap’ no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5h30 da manhã fomos ao ‘ap’ dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado ‘Cigarro de Maconha’, que me ofereceram.

No começo resisti, mas chama-ram a gente de ‘Catarina careta’, mexeram com nossos brios e aca-bamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.

O garoto mais velho da turma o ‘Marcos’, fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem naquele dia.

Retornamos a ‘Floripa’ mas per-cebi que alguma coisa tinha mudado,

eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar--me com meu assassino ‘DRUGS’.

Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína mis-turada com um monte de porcaria.

Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.

No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a ‘branca’ a R$ 10,00 o grama, mas não

O testemunho de PatríciaDanelise

Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a

enfermeira Dane minha amiga escre-ver esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:

Eu era uma jovem ‘sarada’, criada em uma excelente família de classe média alta em Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e mane-quim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.

Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de ‘Floripa’, Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.

Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.

Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino come-çou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.

Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no ‘Bude’, famoso bar-zinho na Rua XV.

À noite fomos ao ‘PROEB’ e no ‘Pavilhão Galego’ tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco.

Fotos de uma dependente de drogas em suas várias passagens pela polícia, dos 29 aos 39 anos

[email protected] 7FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 52 | Maio/Junho

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Memórias de Chico Xavier

“Quem não tem razão no que me critica, não merece resposta; quem tem está falando a verdade e contra a verdade ninguém nada pode. É o que Emmanuel tem me ensinado. Por este motivo, a vida inteira procurei ouvir em silêncio as verdades e as mentiras que tem sido ditas ao meu respeito”

(Mensagem extraída do livro “O Evangelho de Chico Xavier”)

O testemunho de Patríciademorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a boa, e eu precisava no mínimo 5 doses diárias.

Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus ‘novos amigos’. Às vezes a gente conseguia o ‘extasy’, dançávamos nos ‘Points’ a noite inteira e depois... farra!

O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perce-beram, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas.... Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conse-guir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem.

Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para con-seguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando.

Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação. Meus pais, sempre com muito amor, gas-

tavam fortunas para tentar reverter o quadro.

Quando eu saía da Clínica aguentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.

Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha.

Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.

Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.

Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.

Eles me deram o bem mais

precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...

Você com certeza vai se arre-pender assim como eu, mas per-cebo que é tarde demais pra mim.

OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrí-cia, veio a comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram essa carta, de parada cardíaca respiratória em consequência da AIDS.

Este foi o último desejo de Patrícia.

Danelise, a enfermeira que atendeu Patrícia quando resolveu escrever essa

carta no seu leito de morte

Fotos de uma dependente de drogas em suas várias passagens pela polícia, dos 29 aos 39 anos

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Eliane Brum

O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do

Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista empare-lhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melho-rar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.

- Você é evangélico? – ela per-guntou.

- Sou! – ele respondeu, animado. - De que igreja? - Tenho ido na Novidade de Vida.

Mas já fui na Bola de Neve.

- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?

- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.

- Legal.- De que religião você é?- Eu não tenho religião. Sou ateia.- Deus me livre! Vai lá na Bola

de Neve.- Não, eu não sou religiosa. Sou

ateia.- Deus me livre!- Engraçado isso. Eu respeito a

sua escolha, mas você não respeita a minha.

- (riso nervoso).- Eu sou uma pessoa decente,

honesta, trato as pessoas com res-peito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?

- Por que as boas ações não salvam.

- Não?- Só Jesus salva. Se você não

aceitar Jesus, não será salva.- Mas eu não quero ser salva.- Deus me livre!- Eu não acredito em salvação.

Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.

- Acho que você é espírita.- Não, já disse a você. Sou ateia.- É que Jesus não te pegou ainda.

Mas ele vai pegar.- Olha, sinceramente, acho difícil

que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pre-gava a tolerância?

- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...

O taxista estava confuso. A passa-geira era ateia, mas parecia do bem.

Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Sata-nás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se conven-cer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)

Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a cor-rida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:

- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.

- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.

Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.

A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem con-dena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizi-nhos. Ou entre taxistas e passageiros.

Já com os evangélicos neopen-tecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada

vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazô-nica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreen-der como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.

Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mer-cado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igre-jas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.

É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser amea-çada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois

| reflexão

A parábola do taxista e a intolerância. Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando “o homem cordial”?

A dura vida dos ateus em um Brasil cada

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É muito útil e importante soli-citar esse tipo de ajuda para os alunos mais problemáti-cos e também para aqueles

que são, por afinidade de senti-mentos, nossos aliados naturais. Essas solicitações de contato dão resultados excelentes e podem ser feitos durante as nossas preces e meditações e também no próprio ambiente escolar, nas situações exigidas. Nelas podemos solicitar ajuda e providências para solu-cionar determinados problemas, mesmo aqueles que são causados pelas nossas próprias falhas.

Recebemos nessas ocasiões, além do socorro habitual, preciosas instruções para lidar com as pessoas e com os problemas que nos inco-modam. Uma conversa espiritual com os mentores e seus tutelados traz resultados impressionantes na melhoria das relações afetivas e na aceitação de limites entre professo-res e alunos.

São momentos importantes em que perdoamos e pedimos perdão, fazemos promessas de auxílio e

recebemos votos de confiança e respeito de pessoas que jamais adotariam tais gestos nas situações comuns. Nesses encontros ocorrem as retomadas de consciência, auxi-liadas por mentores maiores, cuja presença luminosa e superior faz os tutelados recordarem seus compro-missos do Programa Encarnatório, bem como os graves riscos de falência e agravamento de débitos.

Nós mesmos já passamos por uma situação dessas – durante um curso iniciático espírita - na qual o nosso mentor maior, só pela sua presença, nos causou uma como-ção irreprimível, nos lembrando em poucas palavras tudo que havia sido combinado entre nós, aquilo que foi cumprido da parte dele e não cumprido por nós.

No final desse balanço, sempre muito humilde e amoroso, ele nos exortou a pensar que rumo realmente queríamos dar para a nossa atual existência. Foi um acontecimento impressionante e inesquecível, permitido pela via mediúnica direta, mas que acontece freqüentemente pelas vias da prece e do sono físico.

mil anos, mas ao mesmo tempo esti-mular sua versão de mercado, encar-nada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integri-dade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.

Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais fre-quente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de reli-gião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.

Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apre-sentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.

Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os ínti-mos”, como diz o seu site), mas nunca

tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha von-tade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.

Ainda que o crescimento evan-gélico no Brasil venha sendo inves-tigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.

Me arriscaria a dizer que a liber-dade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revo-lucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.

Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele.

| espírito na escola

vez mais evangélico

ElIANE BrUM, Jornalista, escritora e documentarista.

Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem.Texto extraído da revista Época.

Fazer o mesmo com os mentores dos alunos

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 53 | Maio/Junho

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Divaldo Pereira Franco

Entre os impedimentos para a auto-identificação, no período da adolescência, destaca-se a rejeição.

Caracterizado pelo abandono a que se sente relegado o jovem no lar, esse estigma o acompanha na escola, no grupo social, em toda parte, tornando-o tão amargurado quão infeliz.

Sentindo-se impossibilitado de auto-realizar-se, o adolescente, que vem de uma infância de desprezo, foge para dentro de si, rebelando--se contra a vida, que é a projeção inconsciente da família desestrutu-rada, contra todos, o que é uma ver-dadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psicológica em que se encontra, é um passo.

Os exemplos domésticos, decor-rentes de pais que se habituaram a usar medicamentos sob qualquer pretexto, especialmente Valium e Librium, como buscas de equilíbrio, de repouso, oferecem aos filhos estímulos negativos de resistência para enfrentar desafios e dificuldades de toda a natureza. Demonstrando incapacidade para suportar esses problemas sem a ajuda de químicos ingeridos os, abrem espaço na mente da prole, para que, ante dificuldades, fuja para os recantos da cultura das drogas que permanece em voga.

Por outro lado, a exuberante propaganda, a respeito dos indiví-duos que vivem buscando remédios para quaisquer pequenos achaques, sem o menor esforço para vencê--los através dos recursos mentais e atividades diferenciadas, produz estímulos nas mentes jovens para que façam o mesmo, e se utilizem de outro tipo de drogas, aquelas que se transformaram em epidemia que avassala a sociedade e a ameaça de violência e loucura.

O alcoolismo desenfreado, sob disfarce de bebidas sociais, levando os indivíduos a estados degenerati-vos, a perturbações de vária ordem,

torna-se fator predisponente para as famílias seguirem o mesmo exemplo, particularmente os filhos, sem estru-tura de comportamento saudável.

O tabagismo destruidor, invete-rado, responde pelas enfermidades graves do aparelho respiratório, criando dependência irrefreável, transformando-se em estímulo nas mentes juvenis para a usança de tais bengalas psicológicas, que são porta de acesso a outras substâncias químicas mais perturbadoras.

A utilização da maconha, sob a justificativa de não ser aditiva, apresen-tada como de conseqüências suaves e sem perigo de maiores prejuízos, com muita proprie-dade também denominada erva do diabo, cria, no organismo, esta-dos de depen-d ê n c i a , q u e facultarão a utili-zação de outras substâncias mais pesadas, que dão acesso à loucura, ao crime, em desesperadas deserções da realidade, na busca de alívio para a pressão angustiante e devoradora da paz.

Todas essas drogas tornam-se convites-soluções para os jovens desequipados de discernimento, que se lhes entregam inermes, tombando, quase irremissivelmente, nos seus vapores venenosos e destruidores, que só a muito custo conseguem superar, após exaustivos tratamentos e esforço hercúleo.

Os conflitos, de qualquer natu-reza, constituem os motivos de apre-sentação falsa para que o indivíduo se atire ao uso e abuso de substâncias perturbadoras, hoje ampliadas com os barbitúricos, a heroína, a cocaína, o crack e outros opiáceos.

E não faltam conflitos na criatura humana, principalmente no jovem que, além dos fatores de perturba-ção referidos, sofre a pressão dos companheiros e dos traficantes

-que se encontram nos seus grupos sociais com o fim de os aliciar; a rebelião contra os pais, como forma de vingança e de liberdade; a fuga das pressões da vida, que lhe parece insuportável; o distúrbio emocional, entre os quais se destacam os de natureza sexual...

A educação no lar e na escola constitui o valioso recurso psicote-rapêutico preventivo em relação a todos os tipos de drogas e substân-cias aditivas, desvios comportamen-tais e sociais, bengalas psicológicas e outros derivativos.

A estruturação psicológica do ser é-lhe o recurso de segurança

para o enfrenta-mento de todos os problemas que constituem a e x i s t ê n c i a terrena, reali -z ando -se em plenitude, na busca dos obje-tivos essenciais da vida e aque-loutros que são

conseqüências dos primeiros.Quando se está desperto para

as finalidades existenciais que con-duzem à auto-realização, à auto--identificação, todos os problemas são enfrentados com naturalidade e paz, porquanto ninguém amadu-rece psicologicamente sem as lutas que fortalecem os valores aceitos e propõem novas metas a conquistar.

Os mecanismos de fuga pelas drogas, normalmente produzem esquecimento, fugas temporárias ou sentimento de maior apreciação da simples beleza do mundo, o que é de duração efêmera, deixando pesadas marcas na emoção e na conduta, no psiquismo e no soma, fazendo desmoronar todas as construções da fantasia e do desequilíbrio.

É indispensável oferecer ao jovem valores que resistam aos desafios do cotidiano, preparando-o para os saudáveis relacionamentos sociais, evitando que permaneça em isola-

mento que o empurrará para as fugas, quase sem volta, do uso das drogas de todo tipo, pois que essas fugas são viagens para lugar nenhum.

Sempre se desperta desse pesa-delo com mais cansaço, mais tédio, mais amargura e saudade do que se haja experimentado, buscando-se retomar a qualquer preço, destruindo a vida sob os aspectos mais variados

Por fim, deve-se considerar que a facilidade com que o jovem adquire a droga que lhe aprouver, tal a abundância que se lhe encontra ao alcance, constitui-lhe provocação e estímulo, com o objetivo de fazer a própria avaliação de resultados pela experiência pessoal. Como se, para conhecer-se a gravidade, o perigo de qualquer enfermidade, fosse necessário sofrê-la, buscando-lhe a contaminação e deixando-se infectar.

A curiosidade que elege deter-minados comportamentos desequi-libradores já é sintoma de surgimento da distonia psicológica, que deve ser corrigida no começo, a fim de que se seja poupado de maiores conflitos ou de viagens assinaladas por perturba-ções de vária ordem.

Em todo esse conflito e fuga pelas drogas, o amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na escola, no grupo social, no trabalho, em toda parte, para evitar ou corrigir o seu uso e o comprometimento negativo.

O amor possui o miraculoso condão de dar segurança e resis-tência a todos os indivíduos, par-ticularmente os jovens, que mais necessitam de atenção, de orientação e de assistência emocional com natu-ralidade e ternura.

Diante, portanto, do desafio das drogas, a terapia do amor, ao lado das demais especializadas, constitui recurso de urgência, que não deve ser postergado a pretexto algum, sob pena de agravar-se o problema, tornando-se irreversível e de efeitos destruidores.

| momento fraterno

O Adolescente e o Problema das Drogas

FRANCO, Divaldo Pereira. Adolescência e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

Em todo esse conflito e fuga pelas drogas, o

amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na escola, no grupo social, no

trabalho, em toda parte, para evitar ou corrigir o seu uso e o comprometimento negativo

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tão das influências recíprocas precisa ser conhecida e estudada atenta-mente por todas as pessoas. Porque, segundo os espíritos, essa permuta é muito intensa e está presente em quase todas as circunstâncias da vida, ajudando a desencadear o bem ou o mal, dependendo das motivações que nutrem as relações entre os seres.

Pensando neste assunto, relacio-nei-o com o noticiário policial das tevês e jornais da atualidade. Pratica-mente todos os dias são divulgados dramas horrendos de variada espécie, mas com preponderância dos crimes de morte, que causam comoção e choque na sociedade de bem, pelas suas características de barbárie.

Há casos tão escabrosos que

nos custa acreditar tenham sido provocados por pessoas normais, que circulam nas ruas, compram em shoppings, andam de metrô, levam e buscam os filhos na escola, enfim...

Em muitos episódios desse tipo, o nível de brutalidade, cálculo e frieza é tanto, que é difícil associar a façanha criminosa a pessoas com diploma universitário, bem apessoadas, sem antecedentes e até com bom histó-rico de rotina familiar. Mas, não são apenas estas que promovem bar-baridades, pois não é o nível social, econômico e cultural que impede as pessoas de cometerem desatinos graves. O motivo fundamental é moral e tem a ver com a evolução espiritual do indivíduo.

Claro que não se pode avaliar o caráter de uma pessoa por coisas que ela nunca fez e muito menos pelos seus atributos exteriores, que podem muito bem ser ditados apenas pelo verniz social.

Mas, o intrigante é constatar que esses protagonistas delinquem, na maioria das vezes, por causas e moti-vos absolutamente fúteis. Parece não fazer sentido algum!

Será que agem sozinhos, por conta própria? O que haverá por trás desses crimes chocantes praticados por pessoas que demonstram insen-sibilidade para com a vida do outro, aparentando não se importar com consequências?

O espírito Manoel Philomeno

| o espiritismo de cada dia

Homicídios espirituais

Saiba mais em: “Tormentos da Obsessão”, de Manoel P. de Miranda, psicografia de

Divaldo Franco, LEAL Editora, 2001. “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec,

“Intervenção dos Espíritos no mundo corpóreo”, LAKE Editora, 1978.

Cláudio Bueno da Silva

Uma revelação impor-tante que os espíri-tos trouxeram aos homens é a que diz

respeito à inf luência que aqueles exercem sobre estes.

A uma pergunta que lhes foi feita, os habitantes do mundo invisível disseram que influem nos atos humanos muito mais do que se possa pensar por aqui, na Terra.

Essa revelação espan-tosa, da qual boa parte dos homens sequer suspeita, está contida em “O Livro dos Espíritos”, obra produzida pelos próprios espíritos e coordenada por Allan Kardec, depois de muita observação e estudos criteriosos.

Estes seres do outro mundo chegaram a afirmar que essa influência é tal, que “muito frequentemente são eles que nos dirigem”.

Embora Deus nos garanta a liberdade de pensar e agir, de fazer as nossas escolhas, nos dois lados da vida, essa informação não deixa de ser contundente. Por isso a ques-

de Miranda, através da psicografia de Divaldo Franco, fornece curiosas informações sobre o assunto no seu livro “Tormentos da Obsessão”.

Baseadas na lei de afinidade e semelhança, que aproxima as pes-soas encarnadas e desencarnadas, dão-se as influências recíprocas, que podem variar de um extremo a outro: da benéfica intuição de um bom espírito, à perseguição premeditada de um espírito mau.

Conforme orienta Manoel Philo-meno, o intercâmbio espiritual está na raiz de inumeráveis males que afetam a coletividade humana. Na forma da obsessão, onde um ser influencia maléfica e continuadamente a outro, ocorrem muitos desses crimes, cujas causas espirituais não são sequer suspeitadas pela maioria.

Espíritos vingativos, obsediando pessoas, jogam-nas contra seus desa-fetos e inimigos. E, nas tramas, onde muitas vezes uns devem aos outros, enredados entre si, os maus espíritos se utilizam das fragilidades morais das suas vítimas, para dar cabo da vida de outros, naquilo que Philomeno de Miranda chamou de “assassinato de cunho espiritual”, no capítulo “Remi-niscências”, do citado livro.

Assim, através de interferências na conduta mental e moral de quem obsediam, essas entidades a serviço do mal, seguem “armando-lhes as mãos para a consumação dos nefas-tos crimes”.

Na verdade, em muitas situa-ções, os crimes têm dois autores, um encarnado (teleguiado) e outro desencarnado. O que, somente aqueles que já tomaram conheci-mento das profundas relações entre os dois mundos, sabem, e por isso se cuidam.

[email protected] FRaTERno osasco | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 53 | Maio/Junho

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Conta-se que André, o discí-pulo prestimoso, tão logo observou o Senhor à pro-cura de cooperadores para o

ministério da salvação, compareceu, certo dia, à residência de Pedro, com três companheiros que se candidata-vam à divina companhia.

Recebeu-os Jesus, com sereni-dade e brandura, enquanto o Após-tolo apresentava os novatos com entusiasmo ingênuo.

– Este, Mestre – disse, tocando o braço do mais velho – é Jacob, filho de Eliakim, o condutor de cabras que tem maravilhosas visões do oculto. Já viu os próprios demônios flagelando homens imundos e, quando visitou Jerusalém, na última peregrinação ao templo, viu flamas de fogo celeste sobre os pães da proposição. Enxer-gou também os espíritos de gloriosos antepassados entre os sacerdotes, surpreendendo sublimes revelações do invisível.

Ante a expectação do Divino Amigo, o aprendiz acentuou:

– Parece-me excelente compa-nheiro para os nossos trabalhos.

Jesus, contudo, pousando no candidato os olhos firmes, fez inter-rogativo gesto para Jacob, que, doce-mente, constrangido pela silenciosa atitude dele, informou:

– Sim... é verdade... Sou vidente do que está em secreto e pretendo receber lições da nova escola. No entanto, receio a opinião pública. Trabalho em casa de Prisco Bitínio, o chefe romano, e recebo salário compensador. Se souberem por lá que frequento essas fileiras, prova-velmente me expulsarão... Perderei meus proventos e minha família talvez sofra fome...

Fez-se grande quietude. Em torno, Jesus manteve-se quase impassível. Seus lábios mostravam ligeiro sorriso que não chegava evidenciar-se de todo.

André, todavia, interessado em colocar os amigos no quadro apos-tólico, indicou o segundo, judeu de

meia-idade, que revelava no olhar arguciosa inteligência:

– Este, Senhor, é Menahem, filho de Adod, o ourives. Possui ouvidos diferentes dos nossos e costuma ser contemplado por sonhos milagrosos. Escuta vozes do Céu, anunciando o futuro com exatidão e no sono recebe avisos espantosos. Já des-cobriu, por esse meio, as joias de Pompeia Fabrina, quando romanos ilustres visitaram Cesareia. Incontá-veis são os casos em que funcionou na qualidade de adivinho vitorioso. Passando por Jerusalém, foi pro-curado por sacerdotes ilustres que, com êxito, lhe puseram à prova as estranhas faculdades. Leu papiros que se achavam à distância e trans-mitiu recados autênticos de grandes mortos da raça.

Após ligeiro intervalo, acentuou:– Não seria ele valioso colabora-

dor para nós?O Cristo fixou o olhar lúcido

no apresentado, e Menahem se explicou:

– Sim, realmente ouço vozes do Céu e resolvo em sonho diversos problemas, acerca dos quais sou consultado. Desejaria participar da nova fé, mas estou preso a muitos compromissos. Não poderia vir assiduamentHomens prodígiom, o mercador de perfumes, é riquíssimo e está prestes a descansar com os nossos que já desceram ao repouso. Sou herdeiro de sua grande fortuna e sei que se escandalizará com a minha adesão à crença renovadora... Assim considerando, preciso ser cauteloso... Não posso perder o enorme legado...

Identificando a estranheza que provocava, apressou-se a reforçar:

– Ainda que eu me pudesse des-prender de bens tão preciosos, pre-cisaria atender à mulher e aos filhos...

Novo silêncio pesou na paisagem doméstica.

Na frente do Messias, que não se manifestava em sentido direto, o pescador diligente apresentou o terceiro amigo:

– Aqui, Mestre, temos Moab, filho de Josué, o cultivador. É um prodígio nas escrituras. Todos os escribas o olham invejosos e despeitados, porquanto é conhecido pelo dom de escrever com incrível desenvol-tura, a respeito de todos os assuntos que interessam o povo escolhido. Homens importantes de Israel for-mulam para ele vários enigmas, referentes à Lei e aos profetas, e ele os resolve com triunfo absoluto... Por vezes, chega a escrever em línguas estrangeiras e há quem diga que, sobre ele, paira o espírito do próprio Jeová...

Calou-se o Apóstolo e, no ambiente pesado que se abateu na sala, o escriba milagroso esclareceu:

– Efetivamente, escrevo em misteriosas circunstâncias. Uma luz semelhante a fogo desce do firmamento sobre as minhas mãos e encho rolos enorme com instruções e descrições que nem eu mesmo sei entender... Proponho-me a seguir os princípios do Reino Celeste, aqui na Galileia. Não posso, entretanto, comprometer-me muito. Na Cidade Santa, estou ligado a um grande revolucionário que me prometeu alto cargo político, logo depois de assassinarmos o procurador e eliminarmos alguns patrícios inf luentes. Quero aproveitar as minhas faculdades na restauração

de nossos direitos... Conquistarei posição, ouro, fama, evidência... Por isso, não posso aceitar deveres muito extensos...

A quietude voltou mais envol-vente.

André, todavia, ansioso por situar os novos elementos no colégio Gali-leu, perguntou ao Cristo:

– Mestre, não estás procurando associados para o serviço redentor? Admitirás os nossos amigos?

Jesus, porém, com serenidade complacente, esclareceu:

– Não André! Sigam nossos irmãos em paz. Por enquanto, o roteiro deles é diferente do nosso. O primeiro estacionou na situação lucrativa; o segundo aguarda uma herança em ouro, prata e pedras; e o terceiro permanece caçando a glória efêmera do poder humano!

– Senhor, – ponderou o irmão de Pedro – mas é preciso lembrar que um deles “vê”, outro “ouve” e o último “escreve”, milagrosamente...

– Sim – considerou Jesus, ter-minando a entrevista – No mundo sempre existirão homens-prodígio, portadores de maravilhosos dons que estragam inadvertidamente, mas, acima deles, estou procurando quem deseje trabalhar na execução da vontade de nosso Pai.

| moral cristã

Homens prodígio

(Mensagem extraída do livro Luz Acima)