jornal fraterno 67

10
ANO XII • Nº 067 • JANEIRO/FEVEREIRO DE 2015 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 12 ANOS DIVULGANDO A DOUTRINA ESPÍRITA! "FÉ INABALÁVEL É SOMENTE AQUELA QUE PODE ENCARAR A RAZÃO, FACE A FACE, EM QUALQUER ÉPOCA DA HUMANIDADE" ALLAN KARDEC ALLAN KARDEC ALLAN KARDEC ALLAN KARDEC ALLAN KARDEC [email protected] | http://searadejesusosasco.org.br Jornal 75 anos

Upload: centro-espirita-seara-de-jesus

Post on 07-Apr-2016

248 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Fraterno 67

ANO XII • Nº 067 • JANEIRO/FEVEREIRO DE 2015 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

HÁ 12 ANOS DIVULGANDO A DOUTRINA ESPÍRITA!

"FÉ INABALÁVEL É SOMENTE AQUELA QUE PODE ENCARAR A RAZÃO, FACE A FACE, EM QUALQUER ÉPOCA DA HUMANIDADE" ALLAN KARDECALLAN KARDECALLAN KARDECALLAN KARDECALLAN KARDEC

[email protected] | http://searadejesusosasco.org.br

Jornal75 anos

Page 2: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA 0

2

FRATERNO: jornal bimestral que divulga Ciência, Filosofia e Religião, com sede na Associação Centro Espírita Seara de Jesus, localizada na Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEP 06070-240,Osasco/SP. E-mail: [email protected] - Jornalista responsável: Rafael Caetano MTB 43242/SP. Coordenação/Direção/Redação/Revisão: João Ramos Portilho, Rafael Caetano, HipólitoCândido, Wilson Roberto da Silva, Sérgio de Aro Poço, Platão Bencks De Souza. Anúncios e Montagens: Fernanda Vendramini. Financeiro: João Ramos Portilho e Alexandre Silva Mello. Diagramação: LuzoFrança Neto. Captação: Eurípedes Brandão. Apoio: José Bezerra. Impressão: Gráfica LTJ. Tiragem: 5 mil exemplares. Distribuição: Osasco e Grande São Paulo - Telefone: (11) 3688.2440

E X P E D I E N T E

Atual DiretoriaPresidente: João Ramos Portilho; Vice-Presidente: Josefa de Lima Nascimento; 1º Secretária: Rosana da ConceiçãoMartins; 2º Secretário: Márcio Augusto Campos Ribeiro; 1º Tesoureiro: Alexandre da Silva Mello; 2º Tesoureiro:Almir Alves; Diretor de Patrimônio: José Bezerra; Bibliotecária: Vilma Lourdes Polido; Conselho Fiscal: Francisco Limade Freitas, José de Abreu, Sebastião André e Wilson Roberto da Silva.

Diretoria quando da aprovação do Jornal Fraterno (Junho/2003) - Diretoria ExecutivaPresidente: José de Abreu; Vice Presidente: Maria Helena Neves; 1º Secretario: Airton Fernandes da Silva;2º Secretario: Gilberto Marques da Rocha; 1º Tesoureiro: João Ramos Portilho; 2º Tesoureiro: Pedro PauloPiragibe Carneiro; Biblioteca: Elza Pavan de Abreu; Patrimônio: José Bezerra; Conselho Fiscal:Francisco deLima Freitas, João Jorqueira Sanches, Sebastião Aparecido André.

O Seara chega luminosoao seu Jubileu de Diamante!

Nesta edição de aniversáriodo Seara de Jesus, o leitor encon-trará na matéria central um poucoda história da casa em seus pri-meiros 25 anos de existência, de1940 a 1965. A redação resgatouos livros de atas e documentosantigos, na intenção era confir-mar algumas informações queforam coletadas há três anos arespeito do Seara em dois históri-cos resumidos. Ainda assim, foipossível coletar alguns detalhessobre a formação do Seara e trazê-los à luz, e também corrigir algunsdados que são repetidos há mui-tos anos e que saíram no número61 do Jornal Fraterno.

Por exemplo, o Seara surgiu àRua André Rovai e não à RuaEng. Maylasky. O número doimóvel era 26 e não 25, como seafirmou no aniversário do Searaem 1997. Os pertences desta casanunca ficaram guardados noObreiros do Bem, e nem esta ins-tituição as ofereceu ao Seara na-quele tempo. Foi o Centro Espíri-ta Irmã Maria que fez tal oferta anós. Que se registre a gratidão doSeara para com o Irmã Maria emum momento tão incerto. Estasduas sociedades, no final dos anos40, estavam à mesma Rua Enge-nheiro Maylasky: o Irmã Mariano nº 301 e o Seara de Jesus no nº733 (e não 773 como foi divulga-do anteriormente).

Ainda que João Herrerias seja

Editorial

1954 a 1960, lançou a base doSeara de hoje, que se desdobra ematividades benéficas em diversasáreas.

Em particular nos anos anteri-ores à ida do Seara de Jesus àantiga Rua Caldas Telo, nenhumdos confrades de então permane-

tido como o fundador do Seara deJesus, ele de fato não o foi. Mas,certamente, a tarefa de estabele-cer o Seara de Jesus foi confiadaa ele pelo Plano Maior e isso ficabastante evidente no desenrolardos acontecimentos. O períodode Herrerias na presidência, de

ceu na casa e nem seus descen-dentes. Porém, seus nomes e fei-tos foram registrados. Cada umcontribuiu para que o Seara não seperdesse ainda na semente e, ondequer que estejam, que Deus osabençoe por sua boa-vontade edestemor: João De Salvi, CarlosSerazzi, Olavo Medeiros De Mo-raes, Julieta Tonato, Dalva DeMello Silva, José Hemetério deMedeiros, Lusia Pedroso Salvi,Angelo Broski Siqueira, NicolauAntonio Franceschi, AntonioLuciano, João Penteado, IdalinaFranceschi, Assumpção Gimenes,João Benedito Martins, MariaSiqueira, Cinira Luciano, Mag-dalena Gimenes.

Também são dignos de grati-dão: Conceição Herrerias, Firmi-no Isalino, José Alves Da Silva,Antonio Jorge, Benedito Guima-rães, Nivaldo Guimarães Barro-so, José De Almeida, Jaime Câ-mara, Pompeu Augusto Coelho,Júlio Smarra, Josué Dos SantosAgostinho, José Benedito Menal-do, José Joaquim Dos Santos, Fir-mino Luiz Filho, Alcino Niero,José Berti, Roque Dos SantosLima, Antonio Cruz Sanches. Euma menção especial a AntonioGimenes Silva, que durante osprimeiros tempos foi o membromais assíduo da diretoria, e sem-pre disposto a ajudar, tanto emtarefas pequenas, quanto em tare-fas grandes. Boa leitura!

NEGÓCIOS IMOBLIÁRIOS

Errata nº 66Pág. 6: A legenda cor-reta da imagem é:“Detalhe do Ícone daNatividade, localiza-do na Gruta da Nativi-dade, em Belém”.

Logotipo original do Seara de Jesus, desenvolvido no tempo emque Joaquim Baptista De Moraes presidia a casa. Algumasindicações de confrades sugerem que o autor do logotipo era LucasCardoso, o mesmo que pintou o quadro “O Semeador”. Note-seque o livro no logotipo tem cinco páginas, de ambos os lados,simbolizando as cinco obras básicas codificadas por Allan Kardec.

Page 3: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA 0

3

Coisas ingênuas e terríveisaparecem na Bíblia

A palavra de Deus não estána Bíblia, mas na natureza, tra-duzida em suas leis. A Bíblia ésimplesmente uma coletânea de

livros hebraicos, que nos dãoum panorama histórico do juda-ísmo primitivo. Os cinco livrosiniciais da Bíblia, que constitu-

em o Pentateuco mo-saico, referem-se àformação e organi-zação do povo judeu,após a libertação doEgito e a conquistade Canaã. Atribuídosa Moisés, esses li-vros não foram es-

critos por ele, pois relatam, in-clusive, a sua própria morte.

As pesquisas históricas re-velam que os livros da Bíbliatêm origem na literatura oral dopovo judeu. Só depois do exíliona Babilônia foi que Esdras con-seguiu reunir e compilar os li-

vros orais (guardadosna memória) e pro-clamá-los em praçapública como a lei dojudaísmo, ditada porDeus.

Os relatos históri-cos da Bíblia são aomesmo tempo ingênuos e terrí-veis. Leia o estudante, por exem-plo, o Deuteronômio, especial-mente os capítulos 23 e 28 desselivro, e veja se Deus podia ditaraquelas regras de higiene sim-plória, aquelas impi-edosas leis de guerratotal, aquelas maldi-ções horríveis contraos que não creem na"Sua palavra". Essasmaldições, até hoje,apavoram as criatu-ras simples que têmmedo de duvidar da Bíblia.

Muitos espertalhões se ser-vem disso e do prestígio da Bí-blia como "palavra de Deus",para arregimentar e tosquiar gos-tosamente vastos rebanhos.

As leis morais da Bíblia po-dem ser resumidas nos Dez Man-damentos. Mas esses manda-mentos nada têm de transcen-dentes. São regras normais devida para um povo de pastores eagricultores, com pormenoresque fazem rir o homem de hoje.Por isso, os mandamentos sãohoje apresentados em resumo.O Espírito que ditou essas leis aMoisés, no Sinai, era o guia es-piritual da família de Abraão,Isaac e Jacob, mais tarde trans-formado no Deus de Israel. De-sempenhando uma elevada mis-são, esse Espírito preparava opovo judeu para o monoteísmo,a crença num só Deus, pois osdeuses da antiguidade eram mui-tos.

O Espiritismo reconhece aação de Deus na Bíblia, mas nãopode admiti-la como a "palavrade Deus". Na verdade, comoensinou o apóstolo Paulo, foramos mensageiros de Deus, os Es-

píritos, que guiaram o povo deIsrael, através dos médiuns, en-tão chamados profetas. O pró-prio Moisés era um médium, emconstante ligação com Yahwehou Jeová, o Deus bíblico, vio-

lento e irascível, tão diferentedo Deus-Pai do Evangelho. De-vemos respeitar a Bíblia no seuexato valor, mas nunca fazerdela um mito, um novo bezerrode ouro. Deus não ditou nemdita livros aos homens.

Respeitando o livro sagrado sem fazer dele um novo bezerro de ouro

PARA SABER MAIS:

PIRES, J. Herculano. Visãoespírita da bíblia. São Pau-lo: Correio Fraterno, 2009.

Haroldo Dutra Dias é autorde uma tradução do NovoTestamento para o portu-guês, editada originalmentepelo Conselho Espírita In-ternacional (CEI) em2010.A tradução tambémé editada pela FederaçãoEspírita Brasileira (FEB),instituição à qual Dias ce-deu os direitos autorais epatrimoniais da obra.

“Moisés e a Sarça de Fogo”, pintura de William Blake realizadaentre 1800 e 1803.

Page 4: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA 0

4

IMPÉRIO DA COSTELA

Roselle salvou seu donoCachorra-guia se destacou na tragédia das Torres Gêmeas

Para saber mais:HINGSON, Michael; FLORY, Susy.

Adorável heroína. 1ª ed. São Paulo:Universo dos Livros, 2012. 231p.

BREHSAN, Vitor Rebelo. Conheça ahistória da cão-guia que salvou a vida

de seu dono dos ataques das torres gê-meas. Blog “Cão Feliz”, set. 2011. Disponí-

vel em <http://www.cao-feliz.com/2011/09/conheca-historia-da-cao-guia-que-

salvou.html>. Acesso em 20 nov. 2014.

tragédia aconteceu hámais de 13 anos. Os ata-A

ques do Islã às torres gêmeasde Nova York marcaram pro-fundamente os EUA, com umsaldo de quase três mil mor-tos, cidadãos de mais de 70países. Porém, naquele 11 desetembro, o mundo tambémconheceu uma heroína ines-perada, que salvou seu donodo atentado. Seu nome eraRoselle.

Michael Hingson estava no78º andar do World TradeCenter, em Nova York, na-quela manhã de terça-feira,quando o edifício foi atingi-do por um avião sob o contro-le dos terroristas islâmicos daAl-Qaeda. Seu cão-guia la-brador, Roselle, estava dor-mindo sob sua mesa. Michaelera o gerente de vendas daempresa de informática Quan-tum ATL e estava em reuniãocom vendedores externos.

"O prédio começou a ba-lançar, e o ar se encheu defumaça, fogo, papel e do chei-ro de querosene", disse ele. Oavião havia atingido 15 anda-res acima. Michael sabia quealgo grave havia acontecido,

e seu primeiro pensamento foipor chamar sua esposa e cer-tificar-se de que todos no es-critório fossem evacuadoscom segurança.

Sua esposa não atendia asligações, e eles só se reen-contraram horas mais tardefora dos prédios. "Sabíamosos procedimentos de emer-gência e as pessoas forammuito boas em segui-los",disse ele. Roselle levou-o doescritório em ruínas para asescadas numa longa descida.

Embora não tivesse muitacerteza, Michael estima queo segundo avião atingiu a tor-

re quando eles estavam no50º andar. "Nesse momento,tornou-se muito difícil para

respirar", disse ele."Nós dois estáva-mos com febre ecansados. Minhacachorrinha estavaofegante e tentavabeber a água que seacumulou pelochão".

Eles saíram a pé do edifí-cio. Quando alcançaram doisquarteirões de distância dolocal, a segunda torre come-çou a desmoronar. "Pareciauma cachoeira de metal e con-creto", disse o gerente cego."Nós corremos para o me-trô." Roselle manteve-se fo-

cada em seu trabalho e eleusava os comandos simplescom ela em meio às cinzas e àhorr ível movi-mentação em tor-no.

Roselle guiouseu dono para acasa de um amigodele no centro deManhattan, ondepermaneceram atéque os trens voltassem a fun-cionar. Eles finalmente vol-taram para casa às 19 horas.No dia seguinte, Michael e acachorra Roselle estavamcom o corpo rígido e dolori-do, mas tirando isso estavambem e, no mais, vivos.

Após os atentados, Micha-el passou a minis-trar palestras sobreconfiança e traba-lho em equipe, emdiversos lugares, esempre acompa-nhado por Roselle.

Além disso, elaapareceu em cam-

panhas publicitárias e suahistória foi contada em umlivro sobre o atentado terro-

rista, o que a tornou bastanteconhecida do público. Em2010, Roselle, com 13 anos,passou a ter sérios problemasde saúde devido à sua idadeavançada. A heroína caninadas Torres Gêmeas faleceuem 27 de junho de 2011 devi-do a uma úlcera.

O americano Michael Hingson, um dos sobreviventes do ataque islâmico às Torres do World TradeCenter, em Nova York, sendo guiado por Roselle, sua cachorra-guia.

MOCIDADE DO SEARA DE JESUS

SÁBADO ÀS 16 HORAS

Page 5: Jornal Fraterno 67

>>31 de janeiro – UNIÃO E HARMONIA – Sábado – 19hTema: Evangelho Musical

>>2 de fevereiro – VANSAN – Segunda -Feira – 20hTema: Evangelho Musical

>>4 de fevereiro – ANTONIO LLEDÓ – Quarta-Feira – 20hTema: História do Espiritismo na Espanha

>>5 de fevereiro – TÂNIA QUEIROZ – Quinta-Feira – 20hTema: Tudo tem um motivo

>>7 de fevereiro – JANTAR – Sábado – 19hPrato principal: PanquecaArroz, Salada, Refrigerante, SobremesaR$ 20,00 (pode repetir)

>>9 de fevereiro – FÁBIO FADEL – Segunda-Feira – 20hTema: Não vim destruir a lei

>>11 de fevereiro – ALLAN VILCHES – Quarta-Feira – 20hTema: Evangelho Musical

>>12 de fevereiro – MANOLO QUESADA – Quinta-Feira – 20hTema: Fora da caridade não há salvação

>>16 de fevereiro – TELÃO: HAROLDO DUTRA DIAS – Segunda-Feira – 20h

>>18 de fevereiro– JOSÉ SAMUEL BARROS – Quarta-Feira – 20hTema: Reencarnação

>>19 de fevereiro – ANTONIO TAVARES (Toninho) – Quinta-Feira – 20hTema: Criação

>>21 de fevereiro – COMEMORAÇÃO DO ANIVERSÁRIO – Sábado – 18h30PAULA ZAMP (Evangelho Musical)HISTÓRICO DO SEARA NO TELÃOSALGADOS – REFRIGERANTES - BOLO

>>23 de fevereiro – ASTRID SAYEG – Segunda-Feira – 20hTema: Filosofia de Emmanuel e as Parábolas de Jesus

>>25 de fevereiro – WANYR CACCIA – Quarta-Feira – 20hTema: Evangelho Musical.

>>26 de fevereiro – PLINIO PENTEADO – Quinta-Feira – 20hTema: Autoamor ou egoísmo?

PÁGI

NA 0

5

Datas & EventosAGENDA DE

EVENTOSDOS 75 ANOS

• 1/1/1858 – Lançamento do 1º número da Revista Espírita por Allan Kardec

• 1/1/1846 – Nasceu Léon Denis, filósofo do Espiritismo

• 3/1/1412 – Nasceu Joana D’Arc, na França

• 15/1/1861 – Lançada a primeira edição de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec

• 23/1/1908 – Nasceu Deolindo Amorim em Baixada Grande, BA

• 30/1/1907 – Fundado o Colégio Allan Kardec, por Eurípedes Barsanulfo,

em Sacramento/MG

• 31/1/1911 – Nasceu Rodolpho Dos Santos Ferreira, em Ipameri/GO

• 7/2/1901 – Desencarne da poetisa Auta De Souza, em Natal/RN

• 15/2/1926 – Desencarne do estudioso e escritor espírita Gabriel Delanne

• 26/2/1802 – Nasceu o escritor e entusiasta da mediunidade Victor Hugo

• 26/2/1842 – Nasceu o astrônomo e escritor francês Camille Flammarion

Datas Históricas

ENTREGA DAS SACOLI-NHAS DE NATAL NO SEA-RA DE JESUS – A festa para asfamílias atendidas pelo Seara foicoroada de sucesso. Cerca de170 pessoas, entre inscritos econvidados, compareceram àocasião. O ponto alto do evento

ficou por contado Grupo Riso-terapia Arte eF a n t a s i a(GRAF), do Nú-cleo de EstudosEspíritas AllanKardec (NEE-AK), do Jagua-ré, na capital. A

rua do Seara foi fechada espe-cialmente para a montagem docirco do GRAF, e nele os pa-lhaços e personagens famososmexeram com a fantasia de to-dos, arrancaram risos e propor-cionaram uma tarde muito gos-tosa para adultos e crianças.

NOTAS DE DESENCARNE

Desencarnouem 5 de janei-ro a Dra. Mar-lene Nobre,viúva do polí-tico e espíritaJosé De Frei-tas Nobre e

presidenta a Associação Médico-Espíri-ta (AME), nacional e internacional, desde1995. Dra. Marlene era formada em Me-dicina e sob sua orientação a AME bus-cava levar a todos os pontos a exposiçãodos fatos científicos e extrair deles asconsequências espirituais. O sepultamen-to ocorreu no Cemitério do Araçá, nacapital São Paulo. Que os Emissários daLuz brindem a confreira espírita comamor e gratidão por tão valioso trabalho!

Em 28 de de-zembro últi-mo, desen-carnou Mano-el Rodilha, no-tório trabalha-dor do Searade Jesus, do

Recanto da Vovó e do Lar Jesus entreas Crianças. Manoel tinha 88 anos e erairmão de Martim e Ramón Rodilha, dile-tos participantes do Seara, e uma desuas filhas é Neide Tymus, regente docoral Amornizando, do Obreiros do Bem.O velório e o sepultamento ocorreramem Osasco, no cemitério Bela Vista.Muito obrigado, Manoel, por toda sualuta e dedicação, e que os emissários doMestre o recebam na pátria verdadeira!

PALESTRA DO MÉDIUMJOSÉ TADEU SILVA EMOSASCO – O evento ocorreu em9/11/2014, no Clube dos Subtenen-tes e Sargentos, às 15h, e foi organi-zado pela União das SociedadesEspíritas (USE) da cidade, repre-sentada por sua atual presidenta,Maria Helena Rodrigues p> da sil-va. O convidado falou sobre o apro-veitamento do tempo, tema de seumais recente livro, “Tempo – ODespertador de Almas”, ditado peloEspírito Lázaro. As palavras de José

Tadeu emociona-ram muito o audi-tório, e contaramcom a parceriamusical de Ale-xandre FranciscoDa Silva, que écantor, violonistae regente do Coraldo Hospital Casa

do Caminho. No local, houve cole-ta de donativos para o hospital,venda de livros, DVDs e outrosprodutos, e também a USE estavacom um stand de livros lá. Cerca de700 espíritas e simpatizantes, vin-dos de diversas localidades, lota-ram o auditório, que possui 650lugares. Numerosos trabalhadoresdo Seara de Jesus colaboraram narecepção do evento e no stand daUSE. José Tadeu e Alexandre DaSilva ficaram muito contentes coma visita e esperam voltar em breve.

Page 6: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA 0

8

Relembrando João HerreriasEle foi a peça-chave no estabelecimento do Seara de JesusEle foi a peça-chave no estabelecimento do Seara de JesusEle foi a peça-chave no estabelecimento do Seara de JesusEle foi a peça-chave no estabelecimento do Seara de JesusEle foi a peça-chave no estabelecimento do Seara de Jesus

João Herreriasnasceu na provín-cia de Almería,na Espanha, em27 de outubro de1904. “Ele veiopara o Brasil en-tre seus 20 ou 21anos”, relembra suagrande amiga Gertru-des Serrao Bahlsy, maisconhecida como Dona Thudi.“Ele veio sozinho para o Brasil,sem os pais e sem a noiva, poiso Brasil era a terra das oportu-nidades. E nunca mais voltou àEspanha”, conta ela.

João Herrerias conheceu a obrade Allan Kardec em sua terra na-tal e não veio direto para Osasco.“João contava que morou na re-gião de Bauru, no interior de SãoPaulo”, afirma Thudi. Segundoseu registro de casamento, de1927, o emigrante morava no dis-trito de Mineiros (hoje Mineirosdo Tietê), era lavrador e lá secasou. Teve sete filhos naturais.

João Herrerias apareceu na his-tória do Seara de Jesus em no-vembro de 1945, cinco anos apóssua fundação. Sem demora, Her-rerias foi reconhecido por sua ca-

talisação de esforços em prol doEspiritismo e como elemento con-ciliador junto às pessoas. Essasqualidades faziam com que suapresença fosse solicitada em to-das as reuniões, estivesse eleocupando algum cargo ou não.

“Ele ia com frequência naEstação Ferroviária de Osasco,observava o movimento, e seaproximava de quem estivessetriste ou nervoso e oferecia umapalavra de amizade, de estímu-lo. A estranho se sentia bem e

acabava visitando o Seara deJesus, na Rua Caldas Telo, nº5”, relembra Thudi.

João Herrerias tornou-sepresidente do Searaem 1948, mas per-maneceu no cargopor menos de cincomeses. Na retoma-da definitiva da en-tidade, em 1954,Herrerias foi eleitode novo presidentee exerceu o cargo

por seis anos, até 1960. Suamaior preocupação eram as cri-anças. No Seara de Jesus, sejapela proximidade do invernoou do Natal, o foco da caridade

do espanhol incidia nos peque-nos, como atestam os livros deatas antigos.

Esse traço o levou a aproxi-mar-se de João Kau-fmann, filantropode origem alemãque estava forman-do um trabalho depromoção das cri-anças pobres emOsasco. Kaufmanne Herrerias traba-lharam juntos des-de o princípio no Lar Jesus Entreas Crianças. “Na época do de-sencarne de João Kaufmann,em 1967, ele era o vice-presi-dente do Lar, e assumiu a presi-

dência. Ficou no car-go até 1975”, relataOdette Gasparini Ca-brera, longeva traba-lhadora do Lar Je-sus.

Nos anos 80, jáidoso, João frequen-tava as palestras do

Seara de Jesus sempre que suasforças permitiam. Era admira-dor do Concerto de Varsóvia(Richard Addinsell) e fã do re-

frigerante “Cerejinha”. Seu li-vro preferido era “A Gênese”,de Allan Kardec, do qual sabiamuitas passagens de cor.

João Herrerias desencarnouem 10 de dezembro de 1991,aos 87 anos. Seus restos mor-tais se encontram no CemitérioBela Vista. “João Herrerias eraum homem magnânimo”, sin-tetizou Adelaide Rodilha Lou-reiro, amiga dele e viúva deAntonio Coelho Loureiro, ex-presidente do Seara de Jesus.

Biografia

Festa de aniversário de 50 anos do Seara de Jesus. Em sentido horário: José De Abreu, Orandir Alves,Carlos Eduardo Da Silva, João Herrerias (chapéu), Ramón Rodilha e Benedito Jonas Ferraz (de costas).

João Herrerias por volta de 1945, quando o Seara foi reaberto pela primeira vez

MOCIDADE DO SEARA DE JESUS

SÁBADO ÀS 16 HORAS

Page 7: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA09

O que dizer sobreos 75 anos do Seara?

Conheça a visão de líderes do Seara de hoje e de ontemConheça a visão de líderes do Seara de hoje e de ontemConheça a visão de líderes do Seara de hoje e de ontemConheça a visão de líderes do Seara de hoje e de ontemConheça a visão de líderes do Seara de hoje e de ontem

JOÃO RAMOS PORTILHO, natural de Palimital/SP, é presidente desde 2005 (cinco biênios)

Era começo da década de noventa quando entrei pela primeira vez em um centro espírita, e paraminha felicidade, era o Seara de Jesus.Sem conhecer nenhuma das pessoas, fui recebido combeijos e abraços por todos, o que me deu uma sensação de paz e leveza de Espírito. Mediante aluta de irmãos abnegados, como João Herrerias, Clóvis Ferreira Da Silva, José De Abreu e muitosoutros, o Seara tem atividades todos os dias da semana, como entrevistas, passes e cursos. Aossábados, temos o Projeto Consciência, com alfabetização, reforço escolar e capacitação, e tambémo amparo aos moradores de rua. Assim, o Seara é uma entidade religiosa moderna, praticando oensinamento do Mestre Jesus: amar ao próximo como a si mesmo, ao qual o codificador dadoutrina espírita, Allan Kardec, acrescentou o valor da instrução a todos os nossos irmãos.

JOSÉ DE ABREU, natural de Pompéia/SP, foi presidente de 1989 a 2004 (oito biênios).

“Como ex-presidente do Centro Espírita Seara de Jesus, agradecemos a participação de todos:Obrigado, por assistirem o Evangelho de Jesus conosco; Obrigado, pela presença sempre bem-vinda em nossos eventos; Obrigado, pelas doações ao Bazar Beneficente; Obrigado, pelo respeitoe confiança nos trabalhos do Seara de uma forma geral; Obrigado a todos os que passaram peloSeara em seus 75 anos desde a fundação: dirigentes, trabalhadores e frequentadores de nossa Casa;Obrigado, também, a todas as casas espíritas pelo carinho e deferência desde o princípio. Pedimosao Plano Maior que todos os nossos irmãos em Espírito sejam abençoados com muita energia depaz e de amor fraternal. Com os Bons Espíritos, seguiremos juntos na caminhada pelo tempo queDeus permitir, pois, só mesmo o amor constrói e mantém em pé uma casa espírita!

PLATÃO BENCKS DE SOUZA, natural de Apucarana/PR, foi presidente de 1977 a 1984 (quatro biênios).

Adentrei ao Seara de Jesus exatamente em 15 de fevereiro de 1969 para conhecer as reuniõesda mocidade, a convite do confrade Roberto Cesário De Oliveira. Na desincumbência dastarefas desfrutei do convívio de espíritas de escol, a exemplo dos irmãos Capitão RodolphoDos Santos Ferreira, Joaquim Baptista De Moraes e de João Herrerias, este último uma dasvigas mestras desta casa. Nessas labutas verifiquei que o Seara de Jesus se inclinava para duasdireções, a saber: Educação e Caridade, para as quais os integrantes da casa denodadamentese atiravam e que sempre mereceram as melhores atenções das diretorias, incluindo as queestiveram sob a regência do irmão João Ramos Portilho. Sinto-me deveras regozijado porainda servir à sacrossanta Doutrina, como o mais pequenino e desinteressado trabalhador.No Seara, jamais houve alguém que lhe batesse à porta e deixasse de ser atendido.

Page 8: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA 1

0

Você conhece a arte espírita?Os fenômenos são de todos os tempos, mas o campo espírita está abertoOs fenômenos são de todos os tempos, mas o campo espírita está abertoOs fenômenos são de todos os tempos, mas o campo espírita está abertoOs fenômenos são de todos os tempos, mas o campo espírita está abertoOs fenômenos são de todos os tempos, mas o campo espírita está aberto

a sessão de 23/11/1860 da Sociedade Pari-siense de Estudos Espíritas, o Espírito Al-fred Musset foi perguntado se depois da

arte pagã e da arte cristã haveria uma arte espírita. Ovisitante desencarnado respondeu:

“- Fazeis uma pergunta respondida por si mesma.O verme é verme; torna-se bicho da seda, depoisborboleta. Que há de mais aéreo, de mais gracioso doque uma borboleta? Então! A arte pagã é o verme; aarte cristã é o casulo; a arte espírita será a borboleta.”

Os fenômenos mediúnicos fazem parte da teogo-nia pagã, e a mitologia não passa de um quadro davida espiritual poetizada pela alegoria. O mundo deJúpiter nos Campos Elísios é o plano espiritualelevado; os mundos inferiores do Tártaro seriam oconjunto dos Espíritos sem arrependimento e igno-rantes. Os “manes”, “lares” e “penates” dos romanossão as “almas dos mortos”, “Espíritos domésticos” e“Espíritos dos antepassados”, respectivamente, quese ligam a cada família em razão da simpatia decostumes e pensamentos; as pitonisas da Antiguida-de são os médiuns videntes e falantes de hoje, e assimpor diante.

A arte, necessariamente, teve de inspirar-se nessafonte tão fecunda para a imaginação, mas para elevar-se até o sublime do sentimento, faltava-lhe o senti-mento por excelência: a caridade cristã. A belezacorporal era, então, a primeira de todas as qualidades.A arte apegou-se a reproduzi-la, a idealizá-la, mas sóao Cristianismo estava destinado ressaltar a beleza daalma sobre a beleza da forma.

O Espiritismo mostra que a morada dos eleitosnão é isolada: há solidariedade incessante entre o Céue a Terra; a beatitude já não é uma contemplaçãoperpétua: está numa constante atividade no bem, sobo próprio olhar de Deus; não está no contentamentoegoísta, mas no amor recíproco de todas as criaturasque almejam a harmonia que a carne desconhece.

O mau não é lançado em fornalhas ardentes, poiso Inferno se acha no próprio coração do culpado, queem si mesmo encontra o seu próprio castigo, masDeus, em sua bondade infinita, deixando-lhe o cami-nho do arrependimento, dá-lhe, ao mesmo tempo, aesperança, essa sublime consolação do infeliz.

Quer o artista elevar-se acima da esferaterrestre? Ele encontrará temas não menosatraentes nesses mundos felizes que os Espí-ritos gostam de descrever, verdadeiros Édens de onde o mal foibanido. Quando se diz que a arte espírita será um dia uma artenova, quer dizer que a crença espírita dará às produções do gêniouma marca inconfundível, como ocorreu com a arte sacra.

Mas, quando um campo está ceifado, o lavrador vai colher

N

“Composição Simbólica do Mundo Espiritual”, painel realizado em 1923 pelopintor espírita Augustin Lesage

alhures, e colherá abundantemente no campo do Espiritismo. Apintura mais de uma vez inspirou-se em ideias deste gênero.Tempo virá em que elas farão surgir obras magistrais, e a arteespírita terá seus Rafael e seus Michelângelos, como a arte pagãteve os seus Apeles e os seus Fídias.

*Colaboração de Neide Tymus, regente do CoralAmornizando, do Instituto Espírita Obreiros do Bem (IEOB).

Para saber mais:KARDEC, Allan. Revista espírita – jornal de estu-

dos psicológicos. Brasília: FEB, 2004. Volume 3, dezem-bro de 1860.

KARDEC, Allan. Instruções práticas sobre asmanifestações espíritas. São Paulo: Pensamento,

1995. Vocabulário espírita.

Page 9: Jornal Fraterno 67

PÁGI

NA11

Como o Espiritismovê o Carnaval?

O perigo é ainda maior nos dias enlouquecidos de hojeO perigo é ainda maior nos dias enlouquecidos de hojeO perigo é ainda maior nos dias enlouquecidos de hojeO perigo é ainda maior nos dias enlouquecidos de hojeO perigo é ainda maior nos dias enlouquecidos de hojepalavra Carnaval é, naverdade, uma abrevia-tura da frase: “a carne

nada vale”. Em contrapartida,grande parte dos brasileiros acre-dita que participar do Carnavalem nada atrapalha sua integrida-de. Mudar totalmente o padrãovibracional, fixando-se por qua-tro dias e cinco noites em faixaenergética de baixo teor, seriaum remédio para aplacar o es-tresse, uma válvula de escapedas tensões acumuladas. Será?

Estudiosos da psicologia rea-lizaram uma pesquisa sobre otema, que reuniu dados interes-santes e saíram no jornal CorreioBrasiliense: “De cada dez casaisque caem juntos na folia, seteterminam a noite brigados (ce-nas de ciúme, intrigas etc.); des-ses dez casais, posteriormente,três se transformam em adulté-rio; de cada dez pessoas (ho-mens e mulheres) no carnaval,pelo menos sete se submetem acoisas que abominam no seu dia-a-dia, como o álcool e outrasdrogas”.

A maioria dos foliões da atu-alidade segue os carros alegóri-cos sem nenhuma noção do quelhes envolve naqueles momen-tos. Sequer suspeitam onde ouporque surgiu tal ‘festividade’ -estão ali simplesmente para per-mitirem o enlouquecimento mo-mentâneo, sem pensar em maisnada a não ser no prazer dossentidos.

Quanto às suas origens, pode-se dizer que a tataravó do carna-val é a bacanália, da Grécia -quando era homenageado o deusDionísio. Claro que muitos dan-çam e se sacodem entre sorrisos

A

largos, sem nenhuma intençãomenos digna: desejam somente aalegria e espontaneidade.

Tudo seria tranquilo, se juntode tais pessoas não estivessemtantas outras em sintonia luxuri-osa, enredadas nos baixos instin-

tos e propensas aos mais feiosabusos e à violência. Na visãoespiritual, sabe-se que falangesde Espíritos enlouquecidos e in-felizesse concentram junto aosfoliões, dando início a sérias ob-sessões que por vezes se prolon-

gam muito tempo depois de ter-minada a festa do Rei Momo.

No livro “Nas Fronteiras daLoucura”, do Espírito ManoelPhilomeno De Miranda, psico-grafia de Divaldo Pereira Fran-co, conclui que isso acontece tan-to com aqueles que se afinizamcom os seres perturbadores, unse outros possuidores de vícios, etambém com aquelas pessoasdistraídas e tendentes a desen-volverem vícios.

O processo obsessivo ocorreainda durante o sono do corpo,quando o Espírito se desprende ecircula por aí. Então, o vicioso outendente ao vício se encontra comdesencarnados de mesmo perfil,ainda presos aos gostos munda-nos. As associações que nascemdaí podem se fortalecer e deter-minar psicopatologias gravesque, com o tempo, se refletemnos hábitos e na perda da saúdeda pessoa na vida corporal.

Vale recordar o que disse oEspírito Emmanuel, através dapsicografia de Chico Xavier: “Hánesses momentos de indisciplinasentimental o largo acesso dasforças da treva nos corações e, àsvezes, toda uma existência nãobasta para realizar os reparos pre-cisos de uma hora de insânia e deesquecimento do dever”.

*Colaboração de Elenice Mendes,frequentadora do Seara de Jesus

Para saber mais:GELERNTER, Claudia. Obsessões

carnavalescas. Blog “Trilhas – Filosofia,Ciência e Religião”, 2011. Disponível em

<http://valintim.blogspot.com.br/2011/02/visao-espirita-do-carnaval-atras-do.html>.

Acesso em 15 nov. 2014.

XAVIER, F. C.(médium); EMMANUEL(Espírito). Sobre o carnaval. Reformador,

Brasília, ano 105, nº 1.895, pág. 9, fev. 1987.

Óleo sobre tela “Enterro da Sardinha”, pintado no final da décadade 1810 por Francisco Goya. “Enterro da Sardinha” é o nomeque se dá ao Carnaval na Espanha. O quadro pertence ao acervoda Academia Real de Belas Artes de São Fernando, em Madri.

Artigo

Page 10: Jornal Fraterno 67

Quais são asescalas dosEspíritos?

PÁGI

NA 1

2

[email protected]

Sua personalidadevaria segundo o grau deignorância ou inteligência

m ponto capital, naDoutrina Espírita, é odas diferenças que

existem, entre os Espíritos,de acordo com dois aspectos:intelectual e moral. É certoque não pertencem, perpetua-mente, à mesma ordem, e que,por consequência, essas or-dens não se constituem emespécies distintas: são dife-rentes graus de desenvolvi-mento.

Os Espíritos seguem a mar-cha progressiva da Natureza;os das ordens inferiores sãoainda imperfeitos; alcançamos graus superiores depois deestarem depurados; avançamna hierarquia à medida queadquirem as qualidades, as ex-periências que lhes faltam. Acriança, no berço, não se pa-rece ao que será na idade ma-dura, e, todavia, é sempre omesmo ser.

A classificação dos Espí-ritos está baseada no grau doseu adiantamento, nas quali-dades que adquiriram, e nasimperfeições das quais, ain-

U da, não se despojaram. Essaclassificação, de resto, nadatem de absoluta; cada catego-ria não apresenta um caráterdistinto senão no seu conjun-to; mas, de um grau ao outro atransição é imperceptível, e,sobre os limites, a nuança seapaga como nos reinos daNatureza, como nas cores doarco-íris, ou, ainda, como nosdiferentes períodos da vida dohomem.

Os Espíritos, interrogadossobre esse ponto, puderam,pois, variar no número das ca-tegorias, sem que isso tivesseconsequências sérias. Serviu-se dessa aparente contradição,sem refletir que eles não li-gam nenhuma importância aoque é puramente convencio-nal; para eles, o pensamento étudo; nos deixam a forma, aescolha das palavras, as clas-sificações, em uma palavra,os sistemas.

Linnée, Jussieu, Tourneforttêm, cada um, o seu método, e aBotânica não mudou por isso; éque não inventaram nem as plan-

t a senem osseus ca-rac te res ;observaramas analogias se-gundo as quais forma-ram os grupos ou classes. Foiassim que procedemos; não in-ventamos nem os Espíritos e nemos seus caracteres; vimos e ob-servamos, julgamo-los porsuas palavras e atos, depoisforam classificados por seme-lhanças.

Os Espíritos admitem, ge-ralmente, três categorias prin-cipais ou três grandes divi-sões. Na última, a que está nabase da escala, estão os Espí-ritos imperfeitos, que têm, ain-da, todos ou quase todos os de-graus a percorrer; caracterizam-se pela predominância da maté-ria sobre o Espírito e pela pro-pensão ao mal. Os da segundaescala caracterizam-se pela predominân-cia do Espírito sobrea matéria e pelo de-sejo do bem: são osbons Espíritos. En-fim, a primeira esca-la compreende os Pu-

ros Espíri-tos, aqueles

que alcançaramo supremo grau de

perfeição.Essa divisão nos parece per-

feitamente racional e nos apre-senta caracteres bem defini-dos; não nos restou mais doque fazer ressaltar, por umnúmero suficiente de subdivi-sões, as nuanças principais doconjunto; foi isso o que fize-mos com o concurso dos Espí-ritos, cujas instruções bene-volentes jamais nos faltaram.

Para saber mais:KARDEC, Allan. Revista

espírita – jornal de estudospsicológicos. 2ª edição. São

Paulo: IDE, 1993. Fevereiro de1858.

Allan Kardec