jornal locomotiva 39

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Página virada? Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 29 de outubro - sábado - nº 39 - Distribuição Gratuita Construção de piscinões, ações preventivas da Sabesp e obras de desassoreamento prometem acabar com o problema das enchentes na cidade | Pág s. 3 e 4 Alunos da ETEC realizam mais uma edição da Jornada do Empreendedor |Pág 6 OAB pode perder sua sede|Pág 5 Mamógrafo comprado há mais de três anos ainda não pode ser usado pela população |Pág. 5 Crianças de escola municipal perdem passeio por desorganização da Secretaria Municipal de Educação | Pág . 7 Avenida Israel termina e os buracos já começam a aparecer |Pág. 7

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29 de Outubro de 2011

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Page 1: Jornal Locomotiva 39

Página virada?Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva29 de outubro - sábado - nº 39 - Distribuição Gratuita

Construção de piscinões, ações preventivas da Sabesp e obras de desassoreamento prometem acabar com o problema das enchentes na cidade | Pág s. 3 e 4

Alunos da ETEC realizam mais uma edição da Jornada do Empreendedor | Pág 6

OAB pode perder sua sede| Pág 5

Mamógrafo comprado há mais de três anos ainda não pode ser usado pela população | Pág. 5

Crianças de escola municipal perdem passeio por desorganização da Secretaria Municipal de Educação | Pág . 7

Avenida Israel termina e os buracos já começam a aparecer | Pág . 7

Page 2: Jornal Locomotiva 39

Morar em um país tropical tem lá suas vantagens. A gente sem-pre sabe que o sol um dia vai aparecer e o céu vai voltar a

ficar azul. Mas, no meio desses dias de verão, existem aqueles períodos cinza e chuvosos que nós, franco-rochenses, conhecemos muito bem.

Dezembro e janeiro, em especial, preocupam toda uma geração que cresceu habituada a olhar pela janela para ver em que altura a água estava batendo na parede da igreja matriz. Muitas soluções definitivas foram apresentadas, mas, até hoje, franco-rochense que é franco-rochense, ouve barulho de chuva forte e já pensa se vai dar para passar para o outro lado da estação. Ou se vai ter que levantar os móveis e correr

para a casa de parentes.De fato, o maior sonho da cidade, além

de ver seu Juquery ocupado por algo que dê orgulho, é não ter mais medo de água. Água de chuva que já matou e destruiu a vida de muita gente. Piscinões, treinamentos, controle climático, desassoreamento podem impedir que Franco apareça nas reuniões de pauta do Jornal Nacional. Mas não é só isso.

Assim como a vinda da Universidade, o fim das enchentes não depende só de vontade polí-tica dos governos federal e estadual. Depende de amor a terra onde se vive, de respeito ao meio ambiente e de educação. Depende de quem administra e de quem escolhe quem vai administrar a cidade.

Ataque aos liberaisDepois de aumentar imposto dos Contadores, a Prefeitura Municipal vai para cima dos advogados: quer a reintegração do prédio da OAB, ao lado do Fórum. Quem será a próxima vítima?

Obra inacabada?A prefeitura tem dificuldades em admitir a semi-paralisação das obras da nova estação ferroviária. Nos poucos momentos que admitem, atribuem a culpa ao governo Federal, que não estaria permitindo a desocupação dos imóveis que lhes pertencem. Parece que não estão vendo que até as demolições dos imóveis reintegrados pararam.

E a passarelaTambém se esquecem de citar as obras da passarela. Que também está a passos de tartaruga manca. Nem só de críticasNem só de multas vivem os amarelinhos. Na faixa da Rua Cavalheiro Angelo Sestini têm feito um bom trabalho de organizar a passagem de pedestres, já

EDITORIAL

Locomotiva é uma publicação semanal da

Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha, Caieiras, Francis-

co Morato, Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 50 mil exemplares

Editor: Ricardo Barreto Ferreira Filho

Reportagem: Fernanda de Sá e Valéria Fonseca

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Vinícius Poço de Toledo

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

que é um trecho muito movimentado. AceleradoPor ocasião da comemoração do dia do professor, em solenidade oficial e na presença do vice-prefeito, o secretário da educação, Márcio Anzellotti, tomado de fervor tucano, se referiu ao vice como o próximo prefeito. HaddadO movimento pró Universidade Federal no Juquery já colheu cerca de 10.000 assinaturas na cidade em apoio. Já os políticos, em grande parte, só sabem dizer que foram eles próprios os autores da ideia.

Desenvolvimento x sucessãoFontes ligadas ao Palácio dos Bandeirantes dizem que o prefeito Márcio não está muito satisfeito com a vinda da Universidade para o Juquery. O motivo seria o medo de que o sucesso do projeto frustre seus planos de fazer seu sucessor.

Chapa puraOs tucanos excluíram Toninho Lopes, PV e PTB e anunciaram que farão uma chapa exclusivamente PSDBista. Zé Panta foi anunciado como candidato a vice de Pinduca.

NOS TRILHOS

“Depois de 20 anos, achei que o grande desafio em voltar a estudar fosse en-frentar novamente a sala de aula, os professores e os alu-nos mais novos, mas estava completamente enganada.

Meu maior problema hoje é voltar da faculdade. O melhor caminho para minha casa é atravessar o escadão que liga a rua Azevedo Soares com a Dr. Franco da Rocha e além de pouca iluminação, a noite

vira ponto de usuários de drogas aumentando ainda mais a insegurança.

Praticamente não vejo policiamento em nenhum momento, durante meu trajeto no escadão. A im-pressão que dá é que aquele lugar não é para passagem de pedestres é exatamen-te um ponto escuro e com local pra sentar para os usuários de drogas.

Sinceramente subo com medo. Na minha época, se

drogar na rua era coisa pra quem morava na rua, mas o que vejo ali são pessoas até bem arrumadas, se ajei-tando para encontrar um lugar confortável para usar sua droga sem o incomodo de ninguém.

Espero sinceramente que meu problema comova alguém”.

Judity Gomes, 54 anos, moradora em Franco da Rocha há 23 anos.

Carta do Leitor

Escadão escuro e inseguro

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Governos Federal e Estadual assinam convênio para construção de piscinões na cidade

O ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho e o governador Geral-do Alckmin assinaram nesta quinta-feira, 27, convênio para a construção de quatro piscinões em Franco da Ro-cha. Os quatro reservatórios para contenção de cheias - dois no Ribeirão Euzébio, um no Ribeirão Água Vermelha e um no Córrego Tapera Gran-de - serão construídos pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e terão capacidade de acumular 723 mil m³ de litros de água, beneficiando diretamente 120 mil habitantes.

O contrato firmado prevê investimentos de R$ 28,5 mi-lhões do Orçamento da União e R$ 22,7 milhões do governo de São Paulo.

Durante coletiva de impren-sa, o governador relembrou o problema vivido por Franco da Rocha no último verão e disse que a cidade foi uma das que mais sofreu com as enchentes

em todo o Estado. “Os estudos de macrodre-

nagem em Franco da Rocha indicaram a construção de quatro piscinões para arma-zenamento, reserva de água no pico da chuva e a construção de polders (contenções) para proteger a cidade. Essa parceria vai evitar tragédia, perdas de vi-das, prejuízos para a região. Os processos de licitação já estão em andamento e a previsão é de que as obras se iniciem em 18 meses. A prefeitura também precisa nos passar a prova de dominação das quatro áreas a receberem as obras”, afirmou o governador.

A assessoria de imprensa do DAEE esclareceu que as áreas cedidas são da prefeitura e, através de mapas, mostra a localização exata dos piscinões.

Manutenção e fiscalização

O DAEE também informa que a limpeza e seguran-ça dos piscinões são de

responsabilidade do muni-cípio e a atenção com tais ações deve ser máxima - já que tanto as águas a serem retidas, quanto o material de assoreamento que se de-positará nos reservatórios,

causam a ação direta e mais prolongada do mau cheiro e sua perigosa carga químico--biológica poluente podem ser riscos eminentes de con-taminações e acidentes caso a manutenção e a segurança

não ocorram.Outro ponto importante e

que deve contar com toda aten-ção da prefeitura é a fiscalização para que os piscinões não sejam usados como área de lazer. O DAEE alerta que os piscinões são locais de escoamento, que assim como a várzea de um rio, acomoda as águas das chuvas para que se evitem enchentes. A água armazenada não pode ter utilização humana.

O evento aconteceu no Palácio dos Bandeirantes, na capital, e contou ainda com a participação do secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni, do superintendente do DAEE, Al-ceu Segamarchi Jr, da diretora presidente da Sabesp Dilma Seli Pena, do Secretário do Minis-tério da Integração Nacional Coronel Humberto Viana e de autoridades da cidade.

Investimento de R$ 51,2 milhões beneficiará diretamente 120 mil habitantes

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Sabesp trabalha para evitar nova tragédia

Franco da Rocha sem-pre sofreu com enchentes e alagamentos. Depois da grande tragédia de 1987, en-tretanto, a população viu, por diversas vezes, a cidade alagada e poucas soluções para que o problema pudesse ser resolvido.

Em janeiro do ano passado, as fortes chuvas fizeram com que a Sabesp voltasse a apa-recer como vilã do problema. Entretanto, nem sempre a história pode ser vista apenas por um lado.

Utilizando alta tecnolo-gia de monitoramento do nível da água da barragem

de Mairiporã, a empresa trabalha justamente para evi-tar aquele tipo de tragédia, baseando-se em previsões climáticas e com a manu-tenção de grupos técnicos que, em trabalho conjunto com a Defesa Civil Estadu-al, orientam as defesas civis municipais.

De acordo com Carlos Dardis, franco-rochense e gerente de divisão de opera-ções do Sistema Cantareira da Sabesp, a empresa orienta as defesas civis municipais a identificar e capacitar lide-ranças das áreas de risco que possam, nas emergências, e

sempre com antecedência de 6 a 7 horas, fazer a comu-nicação da possibilidade de cheias e posterior retirada de moradores.

Na enchente de janeiro, por exemplo, o gabinete do prefeito e a Defesa Civil Municipal foram avisados pela Sabesp de que a água ultrapassara o nível de aler-ta da represa e de que não haveria outra solução a não ser abrir, gradativamente, as comportas. Não se sabe o porquê dessa informação não ter chegado a OAB, ao Fórum e aos moradores da Vilinha, por exemplo, que

sofreram grandes prejuízos materiais.

Algumas ações do Governo do Estado, entretanto, como a limpeza da calha do Rio Juquery, causaram, de acor-do com Dardis, expectativas positivas na empresa que, em exercícios de simulação de abertura de comportas, ob-servou a possibilidade de se abrir as mesmas sem causar inundações. “Conseguimos uma melhora, a água vai esco-ar mais fácil, torce o gerente. A Sabesp é apresentada sem-pre como vilã, mas em mais de 20 anos tomou a atitude de abertura duas vezes, mas

avisou antes e fez a abertura gradativamente”, explica. “As mudanças climáticas, o asso-reamento de rios e a ocupação desordenada da cidade são pontos fundamentais para a ocorrência de cheias”, explica.

Como os piscinões devem ficar prontos somente daqui a 18 meses, a expectativa de Dardis é que a previsão do tempo esteja correta. “Neste ano as previsões são bem melhores do que nos últimos dois anos, não deve chover tanto, mas não podemos descartar a ocor-rência de alguma alteração climática”, alerta.

A lombada da discórdia A Prefeitura de Franco da

Rocha, depois de uma en-xurrada de críticas ao seu Departamento de Trânsito, resolveu buscar uma solução imediata para tentar resolver o problema do aumento no número de atropelamentos no centro. E, antes de ten-tar oferecer orientação aos pedestres e motoristas, com seus guardas de trânsitos, resolveu instalar uma lom-bada no meio da rotatória em frente à Casa do Pintor, na saída do viaduto central.

A ideia, segundo os pró-prios funcionários, partiu do coronel Márcio da Silva,

comandante da Guarda Mu-nicipal, que também tem entre suas atribuições orien-tar, controlar e fiscalizar o trânsito. Mas, entretanto, provou a ira da população que entende que, além de ser muito alta para o local, só piorou o fluxo de veículos, diminuindo a velocidade da via justamente para os veícu-los que estão na preferencial.

O Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que disciplina este assunto no CBT (Código Brasileiro de Trânsito, lei federal nº 9.503/97), restrin-ge a colocação de lombadas. A resolução 39/98 afirma,

entretanto, que as lombadas podem ser instaladas após es-tudo de outras alternativas de engenharia de tráfego, quando estas possibilidades se mostra-rem ineficazes para a redução de velocidade e acidentes.

Além disso, o órgão res-ponsável por sua instalação deve apontar a sinalização adequada para que o redutor não vire um obstáculo infeliz para motoristas.

Questionada a respeito do assunto, a Prefeitura - que acabou de ver o projeto de criação do cargo de engenhei-ro de trânsito aprovado pela Câmara – não se manifestou.

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Novela do mamógrafo continua

O Outubro Rosa – mo-vimento que tem o objetivo de chamar a atenção das mulheres para a importân-cia da prevenção ao câncer de mama – chega ao fim e o mamógrafo de quase R$150 mil, adquirido por meio de emenda parlamen-tar do deputado estadual Enio Tatto (PT), que ficou encaixotado por mais de três anos, ainda não está sendo utilizado pelas mulheres franco-rochenses. aguarda definição de técnicos para operação do aparelho. A “novela do mamógra-fo” começou no primeiro mandato do prefeito Marcio Cecchettini. Informações divulgadas na edição 31 do Jornal Locomotiva davam conta de que o mamógrafo havia sido transferido da UBS Central para a Praça da Saúde depois de pegar enchente e ficar três anos na caixa. Na época, a Pre-feitura não soube explicar o porquê da não utilização

OAB de Franco pode perder sua sede Como se não bastassem os

seguidos prejuízos materiais enfrentados nos últimos anos por causa das enchen-tes que atingiam a sua ‘Casa do Advogado’, localizada ao lado do Fórum, a OAB de Franco da Rocha sofre agora, a ameaça de perder sua sede.

Conforme assertivas fei-tas por meio do facebook, pela irmã do prefeito Már-cio Cecchettini, Giuliana,

também advogada, a sede – que foi provisoriamente transferida para a Rua Dr. Franco da Rocha para rece-ber reformas que impeçam que as enchentes atinjam, novamente, seu patrimônio – pode perder a concessão de seu terreno conseguida a duras penas e assinada em 2002.

A alegação de Giuliana em diversos comentários na rede social, é que a Ordem

dos Advogados de São Pau-lo, responsável pelo projeto e construção da casa, sabia que o local era propício a enchentes e mesmo assim construiu uma edificação térrea. Na lógica da irmã do prefeito, como a Prefeitura, a Câmara e o Fórum, vizi-nhos a casa, também sofrem enchentes e permanecem ali, os advogados também deveriam ficar. Classifica, ainda, a transferência da

Mesmo com a sala pronta, mamógrafo encaixotado há mais de três anos ainda aguarda definição de técnicos para operação do aparelho

do aparelho.Depois de quase dois meses e sob a alegação de que o aparelho entraria em ple-no funcionamento assim que fosse providenciada uma sala adequada para sua montagem e opera-ção, a Prefeitura ainda não conseguiu disponibilizar o mamógrafo para a realiza-ção de exames.Em visita à Praça da Saú-de na manhã da última sexta-feira (21), a equipe do Jornal Locomotiva jun-tamente com o vereador George e sua comitiva se deparou com uma equipe de montagem da sala em pleno processo de finaliza-ção para deixar a sala apta para o funcionamento do mamógrafo.“A sala fica pronta hoje. As pa-redes já estão revestidas de um material protetor, apesar do equipamento não emitir ra-diação - já que o laser é focado na pele da paciente”, afirma o engenheiro responsável pela

montagem da sala, José Tadeu Nunes Guerreiro.Segundo a administração da Praça da Saúde na oca-sião da visita, a sala seria entregue na segunda-feira (24), o que ocorreu somen-te nesta quarta-feira (26). Mas, como ainda faltam ser

definidos os funcionários que irão operar o equipa-mento, o mamógrafo ainda está indisponível .“A secretaria da Saúde deve definir os técnicos e o serviço poderá ser imediatamente disponibilizado à população”, explica Sebastião Franco da

Rocha, da equipe administra-tiva da Praça da Saúde.O vereador George prome-te acompanhar de perto o inicio das operações com o mamógrafo, ação essa que também será acompanhada pela reportagem do Jornal Locomotiva.

sede para reforma e prote-ção de equipamentos, como abandono.

Fontes informam que a real intenção da Prefeitura seria a de se apropriar do prédio, construído com o dinheiro arrecadado das anuidades dos advogados.

Na contramão do Poder Executivo, os vereadores da cidade acabaram de aprovar, por unanimidade, uma mo-ção de apoio à OAB local

visando que o convênio de assistência judiciária seja feito diretamente com a Secretaria de Justiça, para a manutenção do atendi-mento da população carente do município.

Vele lembrar que quase mil pessoas são atendidas na “Casa do Advogado” de Franco da Rocha men-salmente. Mais de 500 advogados estão inscritos na subseção.

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Music Sport Bar. Aposta no mercado de bar temático

ETEC de Franco ensina como ser empreendedor

Esta nova sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.

Em mais uma edição da Jornada do Empreen-dendor, alunos da ETEC de Franco da Rocha, dos cursos de Administração, Logística e Informática, apresentaram à cidade, nos últimos dias 26 e 27, ideias avançadas na área de empreendedorismo. Para os alunos do curso de Logística, por exemplo, o tema “Circus” demonstrou, com apresentações, como funciona toda a logística das pessoas que vivem a vida circense, com suas mudanças e adaptações à cada lugar onde o picadeiro é instalado. Para entrar no clima, algumas alunas fize-ram questão de usar trajes que lembravam os artistas de circo. Além disso, em

AQUI TEM

Não foi à toa que Marcelo Cy-priano escolheu o nome Music Sport Bar para sua empresa. O empreendedor, que abriu o bar em 2009, deixa claro na deco-ração sua paixão por música e

uma barraca, vendiam todas as guloseimas que costuma-mos encontrar nos circos: cachorro quente, algodão doce e maçã do amor. Já os alunos do terceiro ano de Administração apresentaram iniciativas na área de alimentação, de-monstrando como vencer comercializando os mais diversos gêneros alimen-tícios. Enquanto isso os segundo anistas tomaram conta do caixa e os calou-ros funcionaram como estagiários dos mais velhos, numa espécie de “faz tudo”.Também bastante impres-sionante a participação das turmas de informática que focadas no tema ‘jogos ele-trônicos’, desenvolveram softwares diversificados

a partir de novas ideias de entretenimento. A tur-ma do primeiro ano, por exemplo, usou teclados de computadores que estavam sucateados e reutilizaram peças para desenvolver

um simulador de dança. Nas salas montadas para apresentação dos trabalhos, os visitantes puderam par-ticipar dos jogos e ainda ganharam brindes. A lunos e v i s i t ant e s

puderam, ainda, assistir à palestra “Marca Pesso-al – Uma marca chamada você”, com o educador Jairo de Paula. Mais de cinco mil pessoas prestigiaram o evento.

esporte. O “Bar do Cypriano”, como também é conhecido, fica no centro de Franco da Rocha e começa a figurar como refe-rência na cidade, pois recebe um público que procura bom

ambiente e boa música. “A von-tade de abrir um bar veio da insistência de amigos, pois a decoração do que era meu an-tigo escritório inspirava ‘papos e copos’”, conta Cypriano.

O empresário divide o comando do bar com outro empreendi-mento no setor de cooperativas, mas o investimento em entre-tenimento é nitidamente uma paixão. “Quem tem um bar é escravo e por esse motivo que eu mantive o bar fechado por um tempo. Mas a ideia de ofe-recer algo diferente, se manteve viva”, explica.. “É no bar que se constrói a cultura de uma cidade”, diz.Na programação, que vai do Sertanejo ao Jazz passando pela MPB, Pop Rock e ou-tros gêneros atrai todo o tipo de público. A capacida-de do bar é de 300 pessoas confortavelmente instaladas. O atendimento e as cores encantam os frequentadores O bar abre de quinta a sábado, sendo o sábado um dia para uma programação mais alter-nativa. O local já recebeu neste

dia, por exemplo, o Clube do Jazz e os 50 anos da bossa nova – ambos com sucesso de público.Hoje, Cypriano pretende im-plantar um projeto que inclui atrações como stand up comedy, pocket shows de grandes artistas, saraus e até steck teatrais – será a grande aposta do empreendedor. “A ideia é oferecer no mesmo espaço vários bares diferentes, pois a decoração acompanhará a programação”. Explica.

Music Sport BarRua Azevedo Soares, 228 – 2° andar (em frente ao Santander) Centro – Franco da Rocha(11)[email protected]

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Cento e quarenta e cinco alunos da Emeb José Seixas, no bairro Santa Rosa viveram, na última quinta-feira (27), uma das maiores decepções de suas vidas. O ônibus que os levaria ao Bosque dos Jequitibás, em Campinas, não apareceu e a viagem foi cancelada.

Em meio ao pranto das crianças, dos professores, das mães e até da direção da escola a Secretaria Municipal de Educação, responsável pelo serviço, confirmou a suspen-são do passeio e pediu que as crianças voltassem para a

sala de aula.Procurada pela reportagem do

Jornal Locomotiva, a professora da 4ª Série B disse que a viagem estava prevista para 8 horas e que somente as 9h30 foi comunicada do cancelamento do passeio.

“Estávamos prontos para sair. As crianças, reunidas na porta da escola desde as 8h, estavam super animadas e simplesmen-te o ônibus não apareceu. As 9h30 fomos comunicados de que o ônibus não mais viria e que deveríamos voltar para sala de aula”, explica.

A professora disse ter

procurado a Secretaria de Edu-cação, mas que eles disseram que a falha estava na empresa que prestaria o serviço.

“Para mim, eles colocaram a culpa na empresa, mas não dá para acreditar que a empresa simplesmente não preste o ser-viço e eles não tenham nenhuma outra forma de resolver o caso”, desabafa.

IndignaçãoA suspensão do passeio fez

crescer um sentimento de revolta nos pais e responsáveis pelos alunos. Dona Ivanilde Domin-gues, que foi buscar os netos na

porta da escola, chegou a chorar enquanto nos falava sobre a tris-teza das crianças.

“É uma tristeza geral. Eles estavam todos empolgados. Não dormiam direito há dias, ansiosos pela viagem. Fiquei indignada com o descaso, pois quando precisam de vo-tos eles vem bater aqui em casa”, lamenta.

Dona Ivaneide é avó de Gus-tavo Domingues França, de 7 anos e dos gêmeos Guilherme e Gabriel Domingues Barbosa, de 10 anos.

Daniele Silva Rodrigues, mãe

de Thais Rodrigues da Cruz, de 9 anos, também estava revoltada.

“Se eu não tivesse mais o que fazer, iria imediatamente na Pre-feitura. O que fizeram com os alunos é um absurdo”, esbraveja.

O Bosque dos Jequitibás é um espaço de lazer centenário, em Campinas. Uma das principais e mais antigas áreas de lazer da cidade. Os alunos iriam conhe-cer o mini zoológico, as fontes de água potável, os dois alqueires de reserva florestal, o parque infantil, o Museu de História Natural, o Aquário Municipal e o Teatro infantil Carlos Maia.

De ‘cortar o coração’

Prefeitura falha e alunos da Emeb José Seixas Viera não viajam por falta de transporte

Pronta para ser inaugu-rada com todas as pompas pelo prefeito Márcio Cec-chettini - mesmo depois de ter ficado anos em obras - a Avenida Israel, na Vila Bela, voltou a dar dor de cabeça para as autoridades. Na última quarta-feira, funcionários da empresa responsável deixavam o

local quando, com o peso de um dos caminhões, o asfalto novamente afundou. Como a inauguração estava marca-da para à tarde do mesmo dia, funcionários estavam tentando recuperar os danos para dar tempo de o evento ser realizado.Mais uma vez, os morado-res, indignados, questionam

a qualidade do asfalto utili-zado. “Imagine a hora que o trânsito estiver liberado? Aguentará quantos dias até que a avenida seja interdi-tada novamente?”, pergunta Edileusa Nunes.A assessoria de imprensa da Prefeitura não retornou os questionamentos do Jornal Locomotiva.

Avenida Israel, sempre na mídia

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Tate Alfaiate - Mais de 50 anos costurando sua história na cidade

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

nEsta sEção, trarEmos sEmprE as pEssoas, LugarEs E EvEntos quE briLham na vida sociaL dE nossa cidadE E rEgião. SOCIAIS

Raimundo Nonato Simões, o Tate Alfaiate, artista do corte e da costura é um dos mais antigos alfaiates de Franco da Rocha e vai sobrevivendo ao crescimento desenfreado das confecções e dos grandes magazines.Começou cedo a aprender a arte da alfaiataria, por imposição de sua mãe. Aos nove anos já dava os primeiros passos na alfaiata-ria do já falecido ‘Seu’ Faustino, seu grande mestre. “Trabalháva-mos na época, final dos anos 60, para muita gente famosa aqui em Franco. Todas as pessoas impor-tantes como prefeitos, delegados, faziam roupas com o finado Faus-tino”, conta.Começou a trabalhar por conta própria e ganhou a confiança dos seus clientes que reconheceram o seu trabalho. “Ao longo dos anos,

muitos profissionais de renome da cidade foram sendo vestidos pelas minhas mãos. Cada um com os seus gostos e com as suas medidas”, explica. Ele conta, no melhor estilo mineiro de Itabira (interior de Minas Gerais, apro-ximadamente 2 horas de Belo Horizonte), que até o radialista Eli Correia fez parte da sua longa cartela de clientes.Hoje, Tate apenas lamenta a falta de jovens interessados em apren-der a profissão. “Não se vê mais jovens rapazes interessados em ser alfaiates. Sei que existe uma escola em São Paulo, mas não sei que público ela atende. Acho que a tendência é a profissão de-saparecer, Até lá, sigo fazendo aquilo que aprendi desde criança”, desabafa.As encomendas vão surgindo,

agora, a conta-gotas. É com seu trabalho de buteiro (aquele que conserta e ajusta roupas) que Tate consegue manter a alfaia-taria de portas abertas. “Há 20 anos quem queria uma roupa bem cortada e alinhada procu-rava o alfaiate. Hoje a realidade é diferente. As grandes confecções tomaram conta do mercado. É a elas que a maioria dos homens recorre para adquirir um terno, por exemplo. Uma solução que embora se apresente facilitada pode não ser a melhor”, alerta.No inicio do mês de novembro, Tate completará 60 anos de vida e 51 anos entre suas máquinas de costura, suas linhas, sua fita métrica e, claro, seu ferro de pas-sar. Afinal, segundo ele, “a roupa só está pronta depois de bem passada e alinhada”.

Aniversariantes

Julio Campanholi, 24 de outubro

Carioca, 24 de outubroLuciana Fonseca, 11 de outubro

Maria Eduarda, 28 de outubro

Antonio Miguel, 05 de outubro

Alexsandra Miranda, 28 de outubro

Almara Checoni, 28 de outubro

8 29 de outubro - sábado - nº39 Distribuição gratuita Locomotiva