jornal locomotiva 78

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Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação Locomotiva 4 de agosto de 2012 - sábado - nº 78 - Distribuição gratuita Conheça as propostas dos candidatos a prefeito Rap, grafite (foto) e muita atitude. É a cultura hip hop que marca presença também em Franco da Rocha Pág. 7 Primeiro era o mato que incomodava. Depois de muita reclamação, foi cortado. Agora os moradores da Viela 27 reivindicam a limpeza do local Pág. 3 É hora de analisar os programas de governo e escolher entre a renovação na gestão da cidade, com Kiko ou a continuidade, com Pinduca. Veja o plano de cada um nas págs. 4 e 5 Conheça as propostas dos candidatos a prefeito É hora de analisar os programas de governo e escolher entre a renovação na gestão da cidade, com Kiko ou a continuidade, com Pinduca. Veja o plano de cada um nas págs. 4 e 5

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04 de Agosto de 2012

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Page 1: Jornal Locomotiva 78

Puxando o assunto, trazendo o debate, levando informação

Locomotiva4 de agosto de 2012 - sábado - nº 78 - Distribuição gratuita

Conheça as propostas dos candidatos a prefeito

Rap, grafite (foto) e muita atitude. É a cultura hip hop que marca presença também em Franco da Rocha Pág. 7

Primeiro era o mato que incomodava. Depois de muita reclamação, foi cortado. Agora os moradores da Viela 27 reivindicam a limpeza do localPág. 3

É hora de analisar os programas de governo e escolher entre a renovação na gestão da cidade, com Kiko ou a continuidade, com Pinduca. Veja o plano de cada um nas págs. 4 e 5

Conheça as propostas dos candidatos a prefeito

É hora de analisar os programas de governo e escolher entre a renovação na gestão da cidade, com Kiko ou a continuidade, com Pinduca. Veja o plano de cada um nas págs. 4 e 5

Page 2: Jornal Locomotiva 78

A batalha continuaFaltando 64 dias para as eleições, a temperatura, aos poucos, começa a subir. Mas em Franco da Rocha ainda não temos notícia da marcação de debates entre os candidatos a prefeito do município.

Vizinho agitadoEm Francisco Morato foram impugnadas, em primeira instância, as candidaturas de Zezinho Bressane (PT) e Dra. Andréa (PSDB). Mas já entraram com recurso para a segunda instância, podendo continuar fazendo campanha normalmente até haver uma decisção final da Justiça.

IndefinidoEm Caieiras, apesar da existência de pedidos de impugnação de candidaturas, ainda não há registro de decisões judiciais a respeito. No entanto, o prazo da Justiça

Locomotiva é uma publicação

semanal da Editora Havana Ltda. ME.

Circula em Franco da Rocha,

Caieiras, Francisco Morato,

Mairiporã e região.

E-mail: [email protected]

Endereço: Rua Bazilio Fazzi, 44

2o andar, sala 8

Impressão: LWC Gráfica e editora

Tiragem: 10 mil exemplares

Redação: Pedro Mikhailov e Thiago Lins

Projeto gráfico: Feberti

Diagramação: Luiz Dimm

Todos os artigos assinados são de responsa-

bilidade de seus autores e não representam,

necessariamente, a opinião do jornal.

eleitoral é rápido e teremos novidades em breve.

Rede GloboA participação dos parceiros de Franco da Rocha no SPTV, da Rede Globo, terminou, com o encerramento do projeto este ano. Em 2013 ele volta com a participação de jovens de outras regiões da Grande São Paulo.

Jovens da cidadeLeonardo, de 21 anos, morador do Pretória, e Mariana, moradora da Vila Santista, colocaram a cidade na Rede Globo, tendo inclusive o reconhecimento, por parte das autoridades, das reclamações contidas nas matérias.

Democratização da informaçãoIsso representa mais uma inequívoca prova da importância da atuação da imprensa em uma democracia moderna. Sem medo de cara feia, fazendo questionamentos e tentando ir fundo na busca pela verdade.

NOS TRILHOS

EDITORIAL

Falta de cuidado

Expediente

Nesta edição, o Jornal Locomotiva publica os planos de governo dos dois candidatos a prefeito em

Franco da Rocha. Pinduca e Kiko expõem seus programas para o caso de vitória nas eleições próximas.

Os dois postulantes ao cargo colocam no papel aquilo que acham ser o melhor para a cidade, de duas formas bastante distintas. Enquanto um propõe a continuidade da forma de governar de Marcio Cecchettini, o outro acredita na mudança. Claro que é interessante registrar por escrito o que se pretende fazer, mas é pouco.

Diferente do que ocorre nas grandes

cidades, em Franco da Rocha não temos TVs locais ou rádios com grande pe�netração e por isso não veremos nessas mídias os embates que são realizados nas capitais, por exemplo. O Jornal Locomotiva defende que aconteçam debates. Se possível, um ciclo deles. Que Pinduca e Kiko respondam perguntas um do outro e do público que certamente compareceria. Seria uma forma de se aproximarem das pessoas comuns e dizerem a que vieram.

Alguma instituição isenta de paixões partidárias se habilita a organizar? Es�peramos que sim!

O monumento do cal-çadão da cidade anda sujo e mal cuidado, e constantemente é alvo de vândalos, que picham e colam adesivos na pla-ca. Isso se estende a

todo o centro de Franco da Rocha. Nas ruas, as pessoas reclamam que a cidade é cinza demais e acabam por elas mesmas intervindo em busca de um colorido. Mas o re-

sultado disso não é de aceitação unânime pe-los franco-rochenses. A quem caberia isso? A maior fiscalização ou maior educação do povo?

2 4 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 3: Jornal Locomotiva 78

Falta de cuidado

O asfalto chegou, mas agora faltam lombadas

Problema parecido no ParqueVitória

Na Viela 27, mato cortado. E a limpeza?

Após a Rua Terra Nova, no Jar-dim Montreal, receber asfalto, seus moradores agora esperam mais uma benfeitoria: lombadas. Segundo eles, com a pavimentação, o tráfego aumen-tou no local e os automóveis passam em alta velocidade pela via. O temor é que aconteçam acidentes.

“Há uns três meses a rua foi asfal-tada, mas não colocaram nenhuma sinalização de trânsito e nem lom-bada. Agora, os motoristas preferem usar nossa rua à Avenida Canadá”, diz Djalma Rodrigues Nascimentos. “Se colocassem umas duas lombadas já ficaria bem melhor”, completa. A via tem aproximadamente 300 metros e faz ligação com a Rua Toronto.

O tráfego começa a se intensificar por volta do meio-dia e a movimen-tação mais intensa continua nas horas seguintes. “Depois do meio-dia passam muitos carros, sempre correndo bas-tante. Até agora não tivemos acidente, mas não queremos que aconteça algo mais grave para que as lombadas sejam colocadas”, afirma Crispim Santana.

Outra preocupação dos moradores da são as crianças. “Aqui tem muita criança, elas brincam na rua, andam de bicicleta e há sempre o perigo de um carro atro-pelar alguém. É um medo constante que temos de um acidente feio acontecer”, diz Genilson Barreto. “Aqui é longe do centro, não tem fiscalização para coibir os motoristas que passam correndo.”Moradores da Rua Terra Nova temem que aconteçam atropelamentos

Após muita insistência e a ame-aça de levar o caso à imprensa, os moradores da Viela 27, no centro de Franco da Rocha, conseguiram que o mato no local fosse cortado pela Prefeitura. Mas o serviço não agradou completamente a quem mora e passa pelo local para ir do Jardim Cruzeiro ao centro mais rapidamente.

A Viela 27 serve como passagem diária para as mais de 30 famílias e para os demais moradores do Jardim Cruzeiro. Porém, o mato que tomava conta do caminho dificultava o trân-sito. “Tiramos fotos e ameaçamos ligar para o SPTV (jornalístico da Rede Globo), pois nossos pedidos nunca eram atendidos. O mato estava muito alto e, além de dificultar a cami-nhada, atraía usuários de drogas. Era um perigo”, afirma Lucileia Salgado. Porém, o trabalho deixou a desejar.

A viela entre as ruas José Maria Lira e Belgrado, no Parque Vitória, é mais uma entre tantas em Franco da Rocha que se tornaram uma dor de cabeça para os moradores.

Canalizada até a metade, além do mau cheiro, em dias de chuva o lixo acumulado é carregado pela água o que afeta até as residências.

“Minha casa foi condenada pela defesa civil, mas ninguém faz nada. Já movemos um pro-cesso contra a prefeitura que foi arquivado”, diz Ronaldo Pereira, que vive na encosta da viela com seis familiares. “Desde 2008 corro atrás de uma solução. O máximo que me ofereceram foi um cami-nhão para retirar meus móveis,

“Eles fizeram a limpeza mas largaram o mato cortado na lateral do caminho. Limpar assim não adianta”, completa.

LuzAs queixas não param na limpeza

incompleta: falta iluminação e asfalto no escadão existente no local. “Quando chove não posso sair para levar minha filha à escola. É escorregadio demais, tenho medo de cair com ela no colo”, diz Karina Alves de Deus. “Não temos um poste de iluminação, muita gente usa esse caminho bem cedo para ir trabalhar e, sem luz, o risco de alguém cair e se machucar é grande”, afirma Paulo Celso.

Outro problema são os animais atraídos para o local. “É normal encontrarmos cobras, escorpiões e aranhas; outro dia matei uma cobra enorme na frente da minha casa”, conta Ariosvaldo da Silva.

mas não temos para aonde ir”, lamenta. “Sou obrigado a deixar o mato perto do barranco para evitar que a erosão aumente e leve minha casa.”

Outro problema são os ani-mais. “Tem muito rato, aranha e até lacraia. É sempre perigoso”, diz Cristiane Alves. Para José Vitório, que há 29 anos mora na Rua Belgrado, a solução pa-rece distante. “Já cansei ver gente aqui dizendo que ia resolver o problema.” Segundo ele, já faz quatro anos que representantes da prefeitura estiveram no local pela última vez prometendo uma solução. “Mas depois das eleições não vieram mais.”

Moradores conseguiram que parte do serviço fosse feito, porém reclamam da sujeira no local

Passagem obrigatória para muitas famílias, o serviço feito na Viela 27 desagradou aos moradores

34 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuitaLocomotiva

Page 4: Jornal Locomotiva 78

Veja as propostas de cada candidato a prefeito

Saneamento básicoUm dos maiores problemas de Franco da Ro-cha é a infraestrutura, mais especificamente o que diz respeito a saneamento básico. Ruas sem asfalto e rede de esgoto são uma parte nada agradável da paisagem da cidade. O candidato tucano Pinduca afirma em seu programa de governo que, se eleito, asfal-tará 100% da malha viária urbana. Porém, não há nada em sua proposta que se refira claramente à ampliação da rede de esgoto do município.

SaúdeA saúde é outro ponto crítico da cidade. Pin-duca se compromete a estender os horários de atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ampliá-las e reformá-las. O tucano fala ainda em aumentar o programa de distribuição de remédios. Mas seu plano não deixa claro se as franco-rochenses poderão dar à luz na cidade, uma vez que há anos não existe uma maternidade em funcionamento no município.

Meio ambienteQuanto ao meio ambiente, Pinduca promete implantar um sistema seletivo de resíduos re-cicláveis. Nos últimos anos, um plano eficiente para essa questão não registrou avanços.

CulturaPara a cultura, o candidato do PSDB fala em colocar um veículo para rodar a cidade e realizar eventos culturais, além de valorizar os já existentes no município.

SegurançaCom relação à segurança, a ideia é fazer o monitoramento com câmeras de pontos estratégicos e ampliar o efetivo da guarda municipal. Pinduca propõe ainda implementar um programa de capacitação do efetivo.

EducaçãoNa educação, o programa do candidato tucano contempla uma gestão com os governos estadual ou federal para montar uma universidade em Franco da Rocha. Ele também se compromete a construir creches para acabar com o déficit de va-gas. Além disso, Pinduca promete fornecer uniforme e material escolar aos alunos da rede pública e ampliar a distribuição de merenda.

Esporte e lazerPara o esporte, área cujos projetos an-teriores não primam por sair do papel, o vice-prefeito afirma que vai construir ginásios de esportes e academias de ginástica ao ar livre.

JuventudePara os jovens de Franco da Rocha, Pindu-ca fala em criar uma diretoria da juventude, que seria responsável por políticas vol-tadas a capacitar esse público visando o mercado de trabalho.

Desenvolvimento econômico

Pinduca pretende desenvolver um pro-grama de incentivos fiscais para atrair investimentos em áreas que criem empre-gos e renda. Também sugere incentivar o turismo local.

HabitaçãoO candidato diz que fará par-cerias com outras esferas governamentais para construir casas dentro do programa “Mi-nha Casa, Minha Vida” e CDHU

Transporte

A proposta do candidato re-sume-se a fazer a integração de ônibus municipal e trem e ampliar as linhas do transporte público

FuncionalismoO programa do candidato fala em plano de carreira e valori-zação dos funcionários

Campanhas em andamento, a eleição para prefeito se aproxima. No período que antecede a votação, a pergunta que não sai da cabeça do franco-rochense é: o que cada candidato pode

fazer pela minha cidade? A resposta começa nos programas de governo. O atual vice-prefeito, José Antonio Pariz Junior, o Pinduca (PSDB), tem como lema “experiência, desenvolvimento, progresso e continuidade”, ou seja, ele deve dar seguimento ao que a gestão atual tem feito. O candidato Francisco Daniel Celeguim de Morais, o Kiko (PT), da coligação Novo Tempo,

pretende trazer novas ideias para Franco da Rocha e renovar a administração. Cabe ao eleitor, que enfrenta tantos problemas - muitos há anos sem solução - escolher quem ele acredita que

melhor pode representá-lo. Abaixo, as principais propostas dos candidatos.

Confira os programas de governo na íntegra em http://bit.ly/LSDuzw.

Na página, busque pelo nome do município e selecione o candidato

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4 4 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 5: Jornal Locomotiva 78

Veja as propostas de cada candidato a prefeito

Saneamento básicoO candidato petista Kiko propõe atacar direta-mente o problema do saneamento básico de Franco da Rocha. Seu programa contempla a ampliação do tratamento do esgoto da cidade, junto com a prevenção de enchentes e limpeza de córregos e rios.

Saúde Para a saúde, a ideia é promover ações de prevenção para toda a família. Em um eventual governo do petista, a saúde da mulher tem espaço reservado, o que inclui a instalação de uma maternidade na Praça da Saúde, evitando assim o transtorno de as franco-rochenses serem obrigadas a dar à luz em outra cidade.

Meio ambienteCom relação ao meio ambiente, será posto em prática um programa de coleta seletiva de lixo e reciclagem e a inserção do tema na grade curricular das escolas.

CulturaOficinas culturais nos bairros e criação de escolas multidisciplinares que, ao lado do ensino tradicional, ofereçam aos alunos aulas de teatro, dança e música. Esse é o plano de Kiko para a área de cultura.

SegurançaA proposta para a segurança parte de uma articulação entre as polícias civil, militar e guarda municipal. A iluminação pública passará por melhorias e as ruas terão monitoramento. Paralelamente, programas educativos e pre-ventivos serão implementados.

EducaçãoAmpliação das vagas em creches, acesso e permanência na escola garantidos. A educa-ção em uma eventual gestão de Kiko será voltada para a inclusão social de jovens e adultos. Nesse contexto, o ensino é direcio-nado também para a formação profissional dos franco-rochenses.

Esporte e lazerO esporte será contemplado com um calendário de eventos com passeios ciclísticos e caminhadas. O objetivo é implantar “Academias de saúde” e o programa “Esporte é saúde”, além de fechar parcerias com escolas e clubes.

JuventudeInserir e ampliar a presenca dos jovens com todos os setores da sociedade com oportunidades de lazer, trabalho, esporte, cultura, e participacao na vida politica de Franco da Rocha

Desenvolvimento econômico

A qualidade de vida de qualquer co-munidade está diretamente ligada à situação econômica. Kiko pretende atrair empresas e financiamentos e fazer do Parque Turístico do Juquery como uma opção para criar empregos e renda para a população da cidade. O Juquery será usado de forma racional com instituições educacionais e de cultura.

HabitaçãoPara o setor, o petista propõe fazer parcerias com o governo federal dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Outra ideia é cadastrar, regularizar e urbanizar áreas públicas ocupadas.

TransporteKiko planeja adequar a oferta de ônibus à demanda da cida-de, principalmente nos horários de pico. Ou seja, mais trans-porte público quando mais é necessário. O petista tam-bém se compromete a rever os itinerários, fazer obras que permitam uma maior fluidez no trânsito e integrar os sistemas de transporte e das tarifas

Funcionalismo Para os servidores municipais, o candidato do PT fala em valo-rizar a categoria com um plano de carreira e salários e com a oferta de condições adequadas de trabalho e qualificação dos profissionais.

Campanhas em andamento, a eleição para prefeito se aproxima. No período que antecede a votação, a pergunta que não sai da cabeça do franco-rochense é: o que cada candidato pode

fazer pela minha cidade? A resposta começa nos programas de governo. O atual vice-prefeito, José Antonio Pariz Junior, o Pinduca (PSDB), tem como lema “experiência, desenvolvimento, progresso e continuidade”, ou seja, ele deve dar seguimento ao que a gestão atual tem feito. O candidato Francisco Daniel Celeguim de Morais, o Kiko (PT), da coligação Novo Tempo,

pretende trazer novas ideias para Franco da Rocha e renovar a administração. Cabe ao eleitor, que enfrenta tantos problemas - muitos há anos sem solução - escolher quem ele acredita que

melhor pode representá-lo. Abaixo, as principais propostas dos candidatos.

Confira os programas de governo na íntegra em http://bit.ly/LSDuzw.

Na página, busque pelo nome do município e selecione o candidato

Reprodução da internet

54 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuitaLocomotiva

Page 6: Jornal Locomotiva 78

Facilidade para viajar

Esta sEção do Locomotiva é dEdicada ao comércio dE Franco da rocha, o mais FortE da rEgião. Em cada Edição, vamos mostrar um produto ou sErviço quE é prEstado aqui, do Lado dE casa.AQUI TEM

Após trabalhar por três anos em agências de turismo de São Paulo e Caieiras, João Paulo do Prado, de 27 anos, incentivado pelo seu amigo (e posteriormente sócio) Antônio Carlos Ribeiro, resolveu montar sua própria agência em Franco da Rocha no final de 2011. Surgia assim a Agile Viagens e Turismo, localizada no centro da cidade.

São muitos os clientes que já viajaram usan-do os serviços da Agile, que procura sempre oferecer um bom atendimento e facilidade na forma de pagamento. “Antigamente viajar era um pouco mais complicado, mas hoje em dia você pode parcelar sua viagem em várias vezes e se divertir ou visitar parentes com mais tranqüilidade e sem pesar tanto no bolso”, afirma Prado. A Agile parcela os pacotes em até dez vezes no cartão de crédito, sem juros.

A agência trabalha com diversas operadoras de viagens, entretanto, CVC, Visual Turismo e

Valetur são as com mais procura para viagens. “Os nossos clientes, em sua grande maioria, preferem comprar pacotes para o Nordeste, mas também há uma boa saída de passagens aéreas e cruzeiros”, diz Prado. Na parte de cruzeiros, a agência trabalha com as operadoras MSC, Royal Caribbean e Costa Cruzeiros. Apesar da maior procura pelo Nordeste, a agência cobre os mais variados destinos. “Já fizemos pacotes para muitos lugares; lua de mel em Cancún também tem bastante pedi-da. Mas o lugar mais distante que já fiz uma venda, foi para o Vietnã”, explica Prado.

Agile Viagens e TurismoR. Dr. Hamilton Prado, 336 - Tels.: 4819-0950/6591-0811Aberta de 2a à 6a feira, das 9h às 18h, aos sábados das 9h ao meio-dia. - [email protected]

www.agileturismo.com.brwww.facebook.com/agile.turismo.7

69ª Romaria deve reunir 1,2 mil pessoas Saída para evento ocorre no Paço Municipal, às 7 horas. Queima do alho começa ao meio-dia

Amanhã parte de Fran-co da Rocha a 69ª Romaria para Pirapora do Bom Jesus. A expectativa da Associação dos Romeiros do município é de que o evento reúna cerca de 1,2 mil pessoas, que per-correrão o trajeto de 59 km entre as duas cidades.

Os participantes saem do Paço Municipal às 7 horas em direção a Jordanésia, passan-do pelos bairros Vila Santista e Jardim Luciana. Depois, se-guem rumo a Cajamar e de lá para Pirapora.

Do meio-dia às 15 horas, ocorre a queima do alho no Ginásio de Esportes de Pi-rapora, na qual os romeiros preparam uma refeição cole-tiva, prática que foi tomando corpo junto à tradição ao longo dos anos. “Antes cada um fazia um churrasco, ago-ra todo mundo come esse almoção”, diz José Ribeiro, presidente da Associação dos Romeiros. No cardápio, co-midas típicas dos tropeiros (nome dado aos puxadores de comitivas de animais): arroz

carreteiro, feijão tropeiro, fa-rofa e carnes assadas na brasa.

Na volta a Franco da Ro-cha, terça-feira, o almoço será dentro do Boiódromo de Caja-mar, no mesmo horário. Quem comprar a camiseta da romaria por R$ 15 no dia do evento tem direito a almoço à vontade.

O fato de o evento ocorrer em dia de semana não afeta a dedicação dos fiéis. “Tem gente que falta no trabalho, outros já pedem folga ou mar-cam férias nesse período. Tudo para não ficar de fora da festa”,

diz Ribeiro. Este ano, entre as atrações haverá show com a dupla Bruno e Marrone.

Tradicionalmente, o percur-so era feito a pé e com cavalos e charretes. Hoje, carros e motos também são usados. “Apenas 20% dos romeiros de hoje vão por causa da fé em Bom Jesus. A maioria vai pelo evento, que virou uma festa bonita. Mas muita gente ainda vai pagar promessa”, diz o presidente da Associação, que zela para man-ter a devoção em Bom Jesus.

“A missão da Associação é

manter a tradição da roma-ria. Antigamente ela saia de frente da igreja matriz, um dia antes do dia do Bom Jesus. Começou com Tino Palma e alguns amigos, como Rubens Marques, Caveira e Major Ga-lego”, diz Ribeiro.

Será feita uma homena-gem a Rodrigo Federzoni, que morreu na última ro-maria. Considerado “eterno romeiro”, Rodrigo partici-pava da festa desde criança, dormindo no cesto do balaio da charrete de seu pai.

Pirapora do Bom JesusPirapora do Bom Jesus

Franco da RochaFranco da Rocha

Em vermelho, o trajeto que os romeiros farão a partir de Franco da Rocha

Prado trouxe a experiência adquirida em SP

6 4 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuita Locomotiva

Page 7: Jornal Locomotiva 78

69ª Romaria deve reunir 1,2 mil pessoas

Pirapora do Bom JesusPirapora do Bom Jesus

Franco da RochaFranco da Rocha

Dos guetos de Franco da Rocha, ecoa uma música que retrata a realidade de quem mora na periferia,

por meio da música rap. “O rap é uma alternativa para quem não tem acesso a muita coisa de se man-

ter no bom caminho”, diz Douglas Santiago, o Preto Korreria. Aos 27 anos, o morador da Vila Ramos en-

controu nesse estilo cultural um caminho para superar as dificuldades que enfrenta na vida.

“A vida é difícil para quem mora nas periferias. O descaso do poder público e a falta de infraestrutura, a violência policial, a oferta de drogas. Muita gente com talento e sem oportunidade. Queria expressar isso de uma forma que não fosse violenta e encontrei uma ma-neira artística de expressar essa revolta”, afirma Korreria. Em suas letras, ele procura conscientizar os jovens de que o caminho certo é a busca pelo conhecimento. “O rap é

para informar e conscientizar, fazer com que as pessoas pensem e reflitam sobre suas vidas e seus problemas.”

Inserido na cultura hip hop, o rap é um dos qua-tro pilares do movimento. “Outro dia, vi uma entrevista com o Gog (um dos pioneiros do rap de Brasília) na qual ele colocava o conhecimen-to com o quinto elemento do hip hop. Se não estudar e pegar firme para passar por cima das pedras que tem no caminho, não vai para frente”, diz Korreria, fã dos grupos Racionais Mc’s, Cirurgia Urbana, Consciência Humana e Câmbio Negro.

Em Franco da Rocha, a cena hip hop se forta-leceu há mais de 15 anos. “Temos grupos muito importantes na cidade. FDN (filhos da noite),

Mente Ativa e Atrito Moral influenciaram muitos jo-vens a seguir e manter a cultura hip hop na região”, completa. Quanto ao preconceito ao estilo, Preto Korreria, que já participou de grupos como Duplo Manifesto e União de Raciocínio, dá o recado. “O preconceito vem de pessoas que não estão ligadas diretamente às periferias, e nem sabem o que acontece por lá. As letras são um retrato

real da vida e não fantasia. Quem não vive essa realidade, vê com maus olhos uma música que fala de maneira tão direta sobre a vida do povão.”

A voz da periferia

Nos muros, a visão do mundoOriginalmente inserido no hip hop, o grafite

seguiu seu caminho próprio como intervenção urbana. Essa é a opinião do grafiteiro Diego Henrique Romajo, 24 anos, que pinta desde os 12 anos. Romajo começou a pintar influenciado pelos grafiteiros que via desenhando nos muros quando era criança. De lá para cá não parou mais. “Foi um processo natural. Hoje, tiro dinheiro do

Os pilares do hip hop

Trecho da música

No sertão ou na cidadeAutor: Preto Korreria

[...]Continue na lutaquem corre atrás alcaça só pra finalizar nunca perca a esperança

na vida nem tudo é festanem tudo são florestem que ter o pé no chão mediante as dores

os problemas fazem partedo nosso dia a dia a cruz é pesada a jornada é sofrida

não viva na ilusão nem tente poupar as lágrimaso mundo é feroz não é um conto de fadas[...]

Break (dança) Derivados do funk dos anos 60 e 70, muitos passos do break são inspirados na dança do cantor James Brown

Grafite É a linguagem do desenho do hip hop. São intervenções gráficas encontradas em muros e paredes pelas cidades

DJ

A arte da música em aparelhos de toca discos e mixers, com os famosos scratchs

MC

Mestre de cerimônias do hip hop, que desenvolve o canto falado da música rap (do inglês “rhyme and poetry”, rima e poesia)

bolso para pintar os muros, pelo gosto de estar na rua desenhando e transmitindo ideias.” Sua arte é abstrata, como ele mes-mo define (foto). “Não tenho um conceito definido, gosto de colocar para fora o que sinto em forma de cores e formatos. É uma forma de intervir na cidade e deixá--la mais colorida. É cinza para todo lado”.

Originalmente inserido no hip hop, o grafite seguiu seu caminho próprio como intervenção urbana. Essa é a opinião do grafiteiro Diego Henrique Romajo, 24 anos, que pinta desde os 12 anos. Romajo começou a pintar influenciado pelos grafiteiros que via desenhando nos muros quando era criança. De lá para cá não parou mais. “Foi um processo natural. Hoje, tiro dinheiro do

bolso para pintar os muros, pelo gosto de estar na rua desenhando e transmitindo ideias.” Sua arte é abstrata, como ele mes-mo define (foto). “Não tenho um conceito definido, gosto de colocar para fora o que sinto em forma de cores e formatos. É uma forma de intervir na cidade e deixá--la mais colorida. É cinza para todo lado”.

74 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuitaLocomotiva 4 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuitaLocomotiva

Page 8: Jornal Locomotiva 78

NOSSA GENTE nEsta sEção vamos rEgistrar as histórias, os “causos”, a vida dos homEns E muLhErEs quE FizEram E FazEm, a cada dia, a nossa cidadE.

César Maciel chegou em Franco da Rocha em 1958, com 22 anos. Nascido em Apulha, cidade a beira-mar no norte de Portugal, próximo à divisa com a Espanha, saiu do país natal pelo pouco ho-rizonte que a ditadura portuguesa dava a jovens ambiciosos.

Veio de navio para São Paulo, em uma viagem que durou18 dias, em 1954, para trabalhar no comércio no centro da capital paulista, onde morou na Rua Conselheiro Nébias, na época áurea da boca do lixo.

Quando ele pisou em Franco pela primeira vez, a cidade mal tinha asfalto. Casado há 53 anos, foi no município que comemorou bodas de prata, de ouro e pretende comemorar as de diamante “se assim Deus permitir”, afirma. Já foi dono de comércio atacadista, lanchonetes e de um motel duran-te exatos 30 anos e um dia, sempre com pulso firme e acompanhando de perto o trabalho dos funcioná-rios. “Um dos meus filhos dizia que eu nem parecia dono.”

Foi representante da fabricante de cigarros Souza Cruz na cidade por anos e conheceu toda uma geração de comerciantes e polí-ticos, que até hoje se lembram

dele com carinho. O cigarro não era apenas parte fundamental do seu trabalho, mas era tam-bém um hábito. Porém, após fumar durante 47 anos, largou o vício há 20 anos quando teve um problema nas cordas vocais. Desde então, decidiu guardar o dinheiro equivalente aos três maços que consumia por dia. Com essa economia, comprou um carro importado zero km recentemente, conta Maciel.

Também esteve à frente do Bar do Bocha, que organizava campe-onatos do esporte. Mas apesar da proximidade, nunca foi jogador. “Era muito ruim”, diverte-se ao falar sobre o assunto. Mas sua pai-xão por esporte foi base para que se tornasse presidente do extinto time de futebol Ponto 4, campeão intermunicipal em 1971. Ficou no cargo de 1968 até 1982.

Sua relação com a cidade é de muito carinho. “Muita gente fez a vida em Franco da Rocha e hoje mora em Caieiras, Jundiaí. Daqui não saio. A cidade me acolheu e aqui fiz minha família”, diz ele, que é pai de três filhos, avô de cinco netos e bisavô de uma menina de um ano e cinco meses.

De Portugal para Franco da Rocha

Eu, Antônio Franco da Rocha (Toninho do Posto), candidato a vereador de Fran-co da Rocha, declaro que as fotos utilizadas em material de campanha são de arquivo pessoal, entre elas a foto com o Sr. Paulo (Util Arte) não se trata de apoio político à minha candidatura.

Compro, troco e vendo livros

usados

Rua Cavalheiro Angelo Sestine, 11 - Centro Franco da Rocha

Bar Deprec (Bar do Zé)

Nota de esclarecimento

Maciel: “A cidade me acolheu e aqui fiz minha família”

8 4 de agosto de 2012 - sábado - nº78 Distribuição gratuita Locomotiva