jornal batista - 34

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 34 Domingo, 25.08.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Entre os dias 7 e 8 de agosto aconteceu a reunião do Conselho da CBB, um encontro de liderança para traçar as estratégias da denominação batista, bem como cuidar da parte administrativa. Nesta reunião foi apresentada a nova instalação de Missões Mun- diais no Centro Batista (pág. 10). Reunião do Conselho da CBB traça estratégias e realiza planejamentos Sucesso absoluto, com a Capela do Seminário do Sul lotada desde o primeiro dia e diversos visitan- tes ilustres. Assim foi o I Simpósio Internacional de Manuscritos Antigos e Teologia, promovido pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro em parceria com a Convenção Batista Brasileira, o Museu dos Manus- critos do Mar Morto e a Universidade Hebraica de Jerusalém (pág. 13). Seminário do Sul realiza I Simpósio Internacional de Manuscritos Antigos e Teologia Comemorando 65 anos, os Embaixadores do Rei tem muita história para contar. Para saber sobre a trajetória desse edificante ministério veja nas páginas 8 e 9 quando tudo começou, bem como o que tem acontecido hoje e o que já está marcado para o futuro. Embaixadores do Rei completam 65 anos de trabalho

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Leia o Jornal Batista desta Semana e fique por dentro de tudo que está acontecendo no meio Batista.

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Page 1: Jornal Batista - 34

1o jornal batista – domingo, 25/08/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 34 Domingo, 25.08.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Entre os dias 7 e 8 de agosto aconteceu a reunião do Conselho da CBB, um encontro de liderança para traçar as estratégias da denominação batista, bem como cuidar da parte administrativa. Nesta reunião foi apresentada a nova instalação de Missões Mun-diais no Centro Batista (pág. 10).

Reunião do Conselho da CBB traça estratégias e realiza

planejamentos

Sucesso absoluto, com a Capela do Seminário do Sul lotada desde o primeiro dia e diversos visitan-tes ilustres. Assim foi o I Simpósio Internacional de Manuscritos Antigos e Teologia, promovido pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro em parceria com a Convenção Batista Brasileira, o Museu dos Manus-critos do Mar Morto e a Universidade Hebraica de Jerusalém (pág. 13).

Seminário do Sul realiza I Simpósio Internacional de

Manuscritos Antigos e Teologia

Comemorando 65 anos, os Embaixadores do Rei tem muita história para contar. Para saber sobre a trajetória desse edificante ministério veja nas páginas 8 e 9 quando tudo começou, bem como o que tem acontecido hoje e o que já está marcado para o futuro.

Embaixadores do Rei completam 65 anos de trabalho

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2 o jornal batista – domingo, 25/08/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Sou feliz, muito feliz

• Há muitos anos atrás, quando eu era jovem, passei muitos anos no Rio de Janei-ro estudando. As igrejas ba-tistas naquele tempo tinham o costume de aproveitar os feriados da Semana Santa para fazer conferências es-peciais. Certa quinta-feira da Paixão fui numa igreja que estava lotada de gente, com programa excelente.

Em certa altura um senhor se levantou para dar seu tes-temunho. Disse ele: “Anos atrás eu havia determinado dar fim a minha vida. O local escolhido foi um edifício alto, da Política Militar. Era quinta--feira da Semana Santa. Eu subi a escadaria alta do lado de fora, até chegar a um pátio pequeno, de onde me joga-

ria para baixo para morrer. Quando cheguei ao local, eu ouvi pessoas cantando ma-ravilhosamente numa igreja próximo. Eu parei para ouvir hinos maravilhosos e pensei,

‘já que vou morrer dentro de pouco tempo, gostaria de conhecer pessoalmente as pessoas cantando’. Dentro de poucos minutos estava eu na igreja, participando do culto.

Mas... eu não voltei mais ao prédio, porque Jesus já tinha me transformado. Hoje sou feliz, muito feliz porque Jesus me salvou”.

Meu caro amigo, você já passou por problemas seme-lhantes, ou está passando? Procure uma igreja cristã mais próxima, onde você certamente será feliz, muito feliz. Quem sabe você cristão conhece alguém que precisa de sua ajuda. Não deixe de fazer a sua parte para alguém ser feliz, muito feliz.

A igreja que participou na conversão daquele senhor foi a PIB do Rio de Janeiro. Parabéns!

Gerda MittMembro da PIB de Curitiba

Com o objetivo de contribuir com o Jornal Batista, um novo Conse lho

Editorial já assumiu suas funções. Faz parte da ideia central do Jornal, de tem-po em tempo, modificar os membros do Conselho Editorial, isso para que as ideias e o preparo do jornal possam estar de acordo com a realidade do povo batista brasileiro como um todo. Por isso o Conselho Edito-rial é composto por cinco conselheiros voluntários de regiões diferentes do país.

Sendo todos membros de uma igreja batista filiada à Convenção Batista Brasilei-ra, este grupo tem membros com especialidades e co-

nhecimentos em diferentes áreas do estudo do evangelho e denominacional. A ideia central não é concentrar no Conselho apenas pastores, mas pessoas ativas na deno-minação, tendo ao menos um membro conhecedor da área de jornalismo e um de teologia. Hoje o Conselho Editorial do Jornal Batista é o órgão interno de natureza consultiva responsável por assessorar o diretor e editora nas definições de natureza editorial, quanto a linha edi-torial nos aspectos de conte-údo e forma.

E foi com este propósito que cinco irmãos de diferen-tes lugares do país assumi-ram a missão de fazer parte do Conselho. Irmão Celso

Aloisio Barbosa, engenheiro, da cidade do Rio de Janeiro, envolvido na denomina-ção, com diversos textos publicados. Pastor Francisco Bonato, de Recife, grande divulgador da história dos batistas em Recife, já contri-buía com diversas notícias da sua região. Pastor e pro-fessor Guilherme Gimenez, da cidade de São Paulo, e pastor titular da Igreja Batista Betel em São Paulo, Doutor em Teologia, ativo na deno-minação. Othon Avila, da região Fluminense do Estado do Rio de Janeiro, já fazia parte do Conselho Editorial, historiador, conhecedor de grandes histórias da Con-venção Batista Brasileira. Sandra Natividade, jornalista

de Aracaju, conhecida por contar com textos a histó-ria dos batistas em Sergipe, escritora do livro “A luz bri-lhou na terra dos cajueiros”, que retrata o centenário dos batistas em Sergipe.

É o momento também de agradecer a todos aqueles que fizeram parte deste Con-selho neste último período, Macéias Nunes, David Malta e Sandra Regina Bellonce. Pessoas dispostas a contribuir em tempo e fora de tempo, que mesmo saindo do Con-selho se colocaram à dispo-sição para colaborar com o Jornal no que for necessário. Parabéns pela contribuição na divulgação das notícias batistas, bem como na divul-gação do evangelho. (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio BarbosaFrancisco BonatoGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 25/08/13reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

Era uma bateria usada, sofrida pelo tempo, cansada de apanhar. Todos que se apro-

ximavam davam-lhe pan-cadas. Até as crianças de tenra idade adoravam bater na pobrezinha. Um peque-no descuido dos pais, e, lá estavam os pequenos im-pondo-lhe sofrimentos. Em algumas igrejas, cercaram--na com redoma de acrílico para que seu barulho não se propagasse. Mas as pan-cadas continuavam as mes-mas. Fortes, sem ritmos, sem pauta musical, sem piedade. Mudavam-se as músicas, os ritmos dos que cantavam, mas, o baterista continuava do mesmo jeito, sufocando-a impiedosamente.

Cansada de levar pancadas e verificar que ninguém, dava importância ao seu labor so-frido, resolveu reagir. Um dia ouviu que uma mula falou com um sujeito rebelde. O tal de Balaão, que nome! Era intragável e teimoso. Mesmo contestando a burra, con-tinuou seu caminho de de-

sobediência. Pelo menos a mula transmitiu a sua mensa-gem de repúdio ao teimoso e renitente Balaão. Quem sabe o baterista não seja tão teimo-so, pensou. Após analisar os prós e contras, resolveu falar. Afinal suas irmãs, nas gran-des e sofisticadas orquestras eram tratadas com carinho especial. Os bateristas usa-vam partituras, algumas de difíceis execuções. O mais importante, ao serem toca-das não cobriam os sons dos violinos e oboés. A harmonia era perfeita e gerava nos ou-vintes sentimentos de alegria e gratidão.

Assim um dia, numa Con-venção religiosa, reuniu as forças que lhe restavam e confrontou o seu agressor.

Mandou-lhe a primeira per-gunta. Como não recebeu resposta, acrescentou-lhe outras. Em suma: desabafou.

Por que você me bate com tanta força? Por que não me toca, apenas? Por que você não usa partitura? Toda can-ção tem uma partitura, que estabelece o ritmo, o tempo

e a intensidade das notas. Ah! Você não sabe o que significam notas musicais, mas quer tocar bateria? En-tendi! Não sabe ler as notas musicais? Nesse caso seria interessante um curso de formação musical. Uma ini-ciação musical que o leve a saber porque existo. Enquan-to me bate com tanta força, alguma vez já levantou os olhos para ver as expressões faciais das pessoas? Veja aquela anciã. Veja o seu ce-nho carregado. Os sons que chegam aos seus ouvidos são insuportáveis. É claro que você nunca leu, jamais estudou, tampouco se inte-ressou em saber o que ocor-re nos tímpanos humanos. Deus criou o ser humano e estabeleceu limites de acui-dade. O máximo que uma pessoa normal pode suportar são setenta decibéis. Ah! Você é ignorante mesmo. Não sabe o que significa decibéis. DECIBEL: Unida-de que serve para avaliar a intensidade do som; um décimo do Bel, 1Bel=1dB,

referência de dimensão apli-cada aos sons. Claro você não entendeu nada!

Na sua fúria de aparecer, você me leva a produzir mais de cem decibéis, em cada pancada. Algo insuportável ao ouvido humano. Você nunca notou que emprega-dos de grandes fábricas usam protetor auricular? Mesmo assim são levados a aposenta-doria antes do tempo, vítimas que são da surdez. O ser humano não foi criado para o barulho. Observe a natu-reza. Seus sons são suaves. Ah! Você está se espelhando naquelas duplas e solistas que vivem em disputa para ver quem grita mais alto? Tenho certeza, que se fossem mais melodiosos e suáveis, venderiam mais. Há muitos que abandonam o auditório quando eles “cantam”, ou melhor, gritam. Mas, querido algoz, não basta olhar apenas o semblante da anciã. Veja as crianças que colocam as mãos nas orelhas, tentando abafar o som. Significa que você ultrapassou os limites

determinados pelo Criador do ouvido. Veja como as pes-soas enrugam as testas. Sig-nifica mecanismo de defesa. Tudo isso poderia ser evitado se você, baterista, me tocasse usando uma pauta musical, uma partitura e conhecesse os mistérios da boa música.

Desculpe o meu monó-logo, continuou a bateria. Afinal, você não respondeu. Você me ouviu, ou está sur-do? Sim, eu sei que você e sua geração estão perdendo a capacidade de ouvir. É triste!

Caso todas essas questões não sirvam de despertamento para uma produção musical melhor, faço-lhe um último apelo: Diga aos organiza-dores de Convenções, Con-gressos, dirigentes de louvor, líderes de igrejas, que provi-denciem protetores auricula-res para os ouvintes.

Por favor, toque-me, não me bata com tanta força. Sou frágil. Estude música. Faça um curso e aprenda a tocar bateria. Eu agradeço e os ouvintes também agradecem.www.pastorjuliosanches.org

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4 o jornal batista – domingo, 25/08/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Ajuda minha incredulidade

reflexão

Quando Jesus en-controu um meni-no controlado por um mau espírito,

o pai da criança pediu a cura do seu filho e pediu ajuda es-piritual para si mesmo. “Então o pai (do menino) gritou – Eu tenho fé! Ajuda-me a ter mais fé ainda!” (Marcos 9.24).

Anos depois, a apóstolo Paulo nos ensinou que, no nosso dia a dia, “temos que lutar contra espíritos e potes-tades”. E, no grande contexto de nossas batalhas espiri-tuais, Paulo nos conforta, dizendo: “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nos-so Senhor Jesus Cristo”. A fé,

“que vence o mundo”, é uma dádiva de Cristo, “o Autor e aperfeiçoador de nossa fé”.

É nesse sentido que orar para aumentar a fé se encai-xa no ensino bíblico. “Ter mais fé” ainda significa au-mentar nossa dependência de Cristo. Significa nos ali-mentarmos dos Seus ensinos. Significa exercitar nossa atitu-de de obediência ao Senhor. E qual de nós ousa dizer que obedece inteiramente a Je-sus? Nosso aprendizado nos capacita a crescer de “fé em fé, até a estatura do Varão perfeito”, de “nosso Senhor Jesus Cristo”. Senhor: ajuda--nos a ter mais fé!

João Martins FerreiraPastor da IB Vila Salete, SPPresidente da Ordem dos Pastores em São Paulo

Quando menino eu cos tumava brincar de igre-ja com meus ir-

mãos e a meninada da vi-zinhança. Quase sempre eu fazia questão de ser o pastor da brincadeira; cantar para os amigos, os cânticos aprendidos na classe da es-cola dominical, reproduzir as histórias das professo-ras e às vezes aquelas fra-ses marcantes da pregação do pastor, eram momentos inesquecíveis na ordem dos “cultinhos” de brincadeira. Sem dúvida uma diversão benfazeja. Aquelas brinca-deiras de criança ensejou um interesse especial, por parte de uma das minhas “ovelhas” mirins, ele quis conhecer a minha igreja de verdade. Formulei o convite, ele consultou os pais que se sentiram sensibilizados pelo convite e motivados acom-panharam o filho a um dos cultos vespertinos da nossa igreja. Naquela noite seus pais se converteram.

Foi maravilhoso porque eu e este meu amigo, cres-cemos juntos aprendendo a Bíblia na escola dominical daquela igreja. Anos mais tarde, já adolescentes, es-távamos juntos num acam-pamento de jovens quando atendemos a chamada para o ministério. Voltamos em-polgados daquele encontro e anos depois eu e ele nos tornamos pastores de ver-dade. Recebemos o preparo no Seminário do Sul, no Rio de Janeiro, e há mais de 40 anos exercemos o ministério pastoral, eu em São Paulo e ele na cidade maravilhosa. “Quando eu era menino agia como menino discorria como menino, mas quando

me tornei homem, acabei com as coisas de menino” (I Coríntios 13.11).

Nós éramos duas crianças quando brincávamos de igre-ja, e adultos levamos a igreja a sério. Percebo que hoje há muito adulto brincando de igreja. Em nossos dias, abrir uma igreja é mesmo muito fácil, se tornou uma ativi-dade lúdica, artesanal e téc-nica. Uma prática estranha, que foge completamente dos padrões neotestamentá-rio, aqueles que aprendi no seminário e que foram defi-nidos por Jesus para seus dis-cípulos. Estes padrões estão claros na Bíblia, a Palavra de Deus. A imagem da Igreja de Jesus está sendo arranhada, por estes alquimistas da ecle-siologia, estes aventureiros da fé. Dias atrás recebi um recorte de propaganda de uma famosa revista brasi-leira, que trazia instruções do SEBRAE com este título, Como abrir uma igreja. Eram instruções técnicas de orien-tação úteis para estes visio-nários, que nestes tempos abundam nossa terra. Não era uma chamada para cren-tes fiéis a Palavra de Deus, mas era algo direcionado a empreendedores, homens de “visão” comercial, que não conhecendo a Palavra, veem neste empreendimento um esforço compensador, uma espécie de “negócio” lucrativo. De início achei que o anuncio era uma ir-reverente brincadeira, mas não era, pois a revista que estampava a propaganda é importante veículo da co-municação nacional. Por este e outros motivos, fico um tanto intrigado com esta exagerada multiplicação de igrejas e a criação das novas denominações.

Embora pareça contradi-tório eu não sou contra a prática de abertura de portas para proclamação do evan-

gelho de Jesus. Entendo ser um requerimento bíblico a organização das igrejas lo-cais. Mas a forma, os nomes, e os propósitos desenvolvi-dos por indivíduos ou por grupos isolados, distantes da Palavra de Deus, que se auto revestem de autoridade ecle-siástica, se transformam em pastores, bispos e apóstolos a toque de caixa, é que se constitui a raiz da questão. Alguns se firmam na Bíblia, outros usam o nome de Je-sus, mas o que produzem não tem fundamento bíblico e diferem dos ensinos do evangelho de Jesus. A forma de organização destas igrejas e os produtos que oferecem, revelam que o Espírito Santo de Deus não faz parte deste negócio. Tudo isto me faz lembrar a advertência do apóstolo, “se alguém pregar outro evangelho, seja anáte-ma!” (Gálatas 1.8).

No propósito de contextu-alizar a igreja, e em nome da modernidade estão abrindo portas para propagação de heresias, ignorando, adulte-rando os ensinos do evan-gelho redentor do Senhor da Igreja. “Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou” (I João 2.6). Não abro mão dos padrões e princípios bíblicos que devem reger a vida do verdadeiro cristão evangé-lico. Creio que são muitas as propostas e projetos para plantação e crescimento de igrejas, e Deus levanta líde-res para ampliar sua obra. É maravilhoso constatar que milhares de pessoas estão aceitando Cristo e profes-sando a fé em Jesus e se integrando a uma comunida-de evangélica. Entretanto, é preciso ter cuidado na esco-lha destas comunidades que chamamos de igreja e onde se vai congregar. É preciso discernir comportamentos éticos dos pastores e líderes,

discernir se há heresias e desvios bíblicos. Havendo constatação, caia fora, pro-cure uma igreja de verdade e da verdade.

Há muita heresia sendo propagada pelos meios de comunicação. Entendo que o povo brasileiro é um povo crédulo, ou seja, acredita em tudo e em todos! Influências filosóficas, ciências moder-nas, inovações, superstições, espiritismo, rituais pagãos e a diversidade do pensamen-to teológico, trazem con-sigo ensinos devastadores,

responsáveis pela confusão, pela babel eclesiológica. A decência e ordem requerida pelo apóstolo Paulo aos co-rintos precisam ecoar na ba-bilônia da eclesiologia evan-gélica dos nossos dias. “Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Corintios 14.40). Vamos sim organizar uma agência do reino, uma igreja genuinamente cristã que seja mais um braço da Igreja universal de Jesus, uma igreja de verdade e não uma simples brincadeira de igreja.

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Alonso GonçalvesPastor da IB Central em Pariquera-Açu, SP

“Gastamos todo o tempo em que estamos juntos pas-sando a ferro as inúmeras e pequenas questões que di-zem respeito à perpetuação da instituição (igreja)” – Pau-lo Brabo.

Quando l i e s sa frase de Brabo pensei: e se fosse diferente?

Hoje as pessoas na igreja (como instituição), gastam um tempo enorme discu-tindo questões triviais e su-pérfluas em torno de temas que, na sua grande maioria, não tem nada a ver com o Reino de Deus, com o fazer

discípulas e discípulos de Jesus. É gente que adora ficar em reuniões intermi-náveis querendo saber se a cor do templo será azul ou amarelo; é gente que gosta de discutir se o programa X irá mesmo ocorrer e se ele não acontece alguém é o culpado, geralmente o pas-tor, para não fugir a regra; é gente que se preocupa muito mais com o horário do culto do que propriamente com o culto; é gente que gosta de cobrar a presença de pessoas nos encontros de estudos bíblicos, nossa famosa EBD, mas não consegue vivenciar no dia a dia a tolerância, o amor fraternal e o perdão.

É por essas e outras razões que levou Paulo Brabo a dizer: “o lugar (templo) em

que o cristão está servindo passa a significar mais do que o modo (a exemplo de Jesus) como ele está ser-vindo”. O templo, o ajun-tamento, não é visto como um lugar de festa, mas sim de obrigações. Quando se entende que igreja é mais um lugar de obrigações do que de ajuntamento, o le-galismo e o tradicionalismo tem assento permanente.

E se fosse assim...- Um lugar onde as pes-

soas ficassem chateadas, aborrecidas e, até mesmo magoadas, se não ocorresse aquele abraço no momento do culto;

- Um lugar onde todos reclamassem em alto e bom som se a reflexão bíblica não tentasse imprimir na

vida o agir de Jesus e sua maneira de enxergar o Reino de Deus;

- Um lugar onde as pes-soas observassem bem os participantes da celebração e quando notassem que aque-le irmão ou irmã não estava presente, quando em casa a primeira coisa que fariam era pegar o telefone e ligar para saber se estava tudo bem e se precisa de algo;

- Um lugar onde as pessoas pudessem se amar ao ponto de se importar menos com as regras e mais com o ser humano.

Esse lugar existe e o Novo Testamento chama de IGRE-JA.

Igreja existe para adorar a Deus e procurar vivenciar o mais próximo possível a

caminhada de Jesus. Ele, Je-sus, mantinha a agenda livre porque estava disponível às pessoas. A igreja de hoje mantém-se ocupada, mas tão ocupada com os seus progra-mas e reuniões importantes que não pode estar dispo-nível nem mesmo para os próprios irmãos. Essa, com certeza, não é a igreja que Jesus pretendia ter.

O livro do teólogo alemão Gerhard Lohfink tem um títu-lo interessante: Como Jesus queria as comunidades? Ele diz que as comunidades de Jesus, por terem o seu Espí-rito, seriam comunidades de seguidoras e seguidores de Jesus. Comunidades em que o principal objetivo é amar, incondicionalmente, amar.

Ah se fosse assim...

Caminhos da Mulher de Deus

Zenilda Reggiani CintraPastora e jornalista, Taguatinga, DF

Uma pesquisa em livros e na inter-net a respeito de famílias me fez

constatar algo surpreendente, pelo menos para mim. Fiquei impressionada como grande parte das soluções apontadas em livros e sites cristãos são humanistas. Pouca coisa li que indicava o poder de ora-ção e da aplicação dos ensi-nos da Palavra para a solução de problemas familiares.

À medida que o tempo passa, que a escolaridade

aumenta, há uma tendên-cia de encararmos como se tudo pudesse ser resolvido por meios humanos. Diá-logo, terapia, compreen-são e outros são alguns dos caminhos indicados para solução de problemas fami-liares, mas todos nós temos experiência de ver famílias ou viver nossas próprias situações em que, mesmo fazendo tudo isso, não há mudança.

Se por um lado acusamos outros segmentos evangéli-cos de só esperar que algu-ma solução venha do céu, por outro lado muitas vezes caímos no extremo de con-

fiar somente em soluções humanas. Não que as fer-ramentas já apontadas não sejam importantes, são sim, e muito, mas elas são ape-nas uma parte da solução.

Creio f i rmemente que nossas batalhas são venci-das primeiro no céu porque tudo o que nos diz respeito é espiritual: “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, con-tra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6.12).

Acima de qualquer outra providência, precisamos esperar em Deus todos os dias. Que expressão signi-ficativa esta: “Guia-me na tua verdade, e ensina-me, pois tu és o Deus da minha salvação; por ti estou espe-rando todo o dia” (Salmos 25.5). Havia um anseio no coração do salmista para encontrar-se com o Senhor, estar na sua presença e des-frutar da sua companhia. Mas nesse encontro havia um propósito: que Deus o dirigisse, que lhe indicasse o caminho e que ele fosse ensinado cada dia a andar na verdade. Como preci-

samos em nossas lutas ter um encontro com o Senhor todos os dias!

Muitos caminhos são pro-postos para a solução de problemas, para atendermos as carências emocionais, para trabalharmos com as dificuldades dos relaciona-mentos e para os diversos desafios familiares. No en-tanto, nosso coração deve estar firme no propósito de, em primeiro lugar, buscar ao Senhor em oração para que ele faça o milagre de transformação nos corações e mentes, de dentro para fora, aquele que só o Espíri-to Santo pode fazer.

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7o jornal batista – domingo, 25/08/13missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Em Alagoas, a Cruza-da Jesus Transforma a Minha Família foi realizada durante cin-

co dias, em várias cidades como Santana do Ipanema, Junqueiro, Murici, São Luiz do Quitunde e Maceió, al-cançando um grande número de pessoas com a Palavra de Deus. O preletor do evento foi o pastor norte-americano, Sammy Tippit, que esteve pela segunda vez no estado. Pr. Sammy é um dos grandes líderes desta geração e, nos últimos 40 anos de seu mi-nistério, pregou em mais de 80 países. Durante a cruzada, ele deixou uma palavra aben-çoada sobre oração interces-sória, que foi uma ferramenta de valor para as famílias. “Vi-mos muitas pessoas trazendo seus familiares e amigos e Deus mudou suas vidas. Ele fez uma grande obra”, ava-liou Pr. Sammy Tippit.

O objetivo da Convenção Batista Alagoana (CBA) e da Junta de Missões Nacionais foi reunir igrejas e também pessoas não crentes a fim de

que todos os participantes tivessem suas vidas trans-formadas pelo Evangelho de Cristo. “Deus usou o Pr. Sammy Tippit de maneira muito especial. Em todos os lugares houve conversões e muitas famílias foram aben-çoadas. Pastores e igrejas foram despertados pelo po-der do Espírito Santo sobre a necessidade de orar pelos familiares não crentes e tam-bém evangelizar, tornar o nome de Jesus conhecido para seus familiares, vizi-nhos e amigos”, declarou o Pr. Fabrício Freitas, gerente executivo de evangelismo de Missões Nacionais.

Segundo os missionários Almir e Ormir Gonçalves, coordenadores de missões em Alagoas, a realização da Cruzada no estado foi um sucesso devido ao controle de Deus, aos 100 Dias de oração, apoio dos líderes lo-cais e também pela presença do Pr. Sammy Tippit junto com o Pr. Tércio Ribeiro, da PIB de Maceió, que foi o tra-dutor das mensagens. Ainda de acordo com eles, a média de presença do evento nas cidades do interior foi em torno de 400 pessoas e na

capital foi de cerca de 2.500 a 3.000, entretanto o mais relevante foi o resultado, pois um grande número de pessoas aceitou a Cristo, se reconciliou e aceitou receber estudos bíblicos.

“Acompanhei o Pr. Sammy Tippit nas cinco reuniões que realizamos nas Associações do nosso estado. O que lhes digo é que a nossa Conven-ção foi agraciada por Deus. Presenciei muitas vidas se rendendo aos pés de Jesus através de um pastor simples, gentil, animado, dinâmico e usado pelo Senhor. Mui-tas famílias do nosso Estado podem dizer hoje: ‘Eu e a minha casa servimos ao Se-nhor!’. A importância desta cruzada reside nisto. Verda-deiramente, Jesus transfor-mou muitas famílias neste tempo tão oportuno”, disse o Pr. Alberto Calado, presi-dente da Convenção Batista Alagoana.

O Pr. Erinaldo Alves, presi-dente da Associação Batista Sul Agreste, afirmou que, além das vidas alcançadas, a Cruzada gerou um grande despertamento nas igrejas que pertencem a sua asso-ciação. “O Pr. Sammy Tip-

pit é um homem de Deus, um instrumento do Senhor para ganhar almas. Com seu jeito simples e autoridade da Palavra de Deus, nos impactou e, como canal do Espírito Santo, trouxe a nós um profundo avivamento”, afirmou. Ele destacou ainda a conversão do esposo de uma irmã que é membro de sua igreja, pois o homem não tinha nenhuma simpatia por crentes, porém se ren-deu a Cristo durante o apelo do Pr. Sammy. “Hoje, ele está se firmando mais e mais em sua decisão, portanto digo sem sombra de dúvidas que valeu a pena o esforço realizado para podermos ter essa cruzada maravilhosa em nossa associação”, comple-tou Pr. Erinaldo.

Nas redes sociais, as pesso-as que participaram da Cru-zada também expressaram o impacto do evento em suas vidas. A irmã Andrea Mar-cia escreveu: “Vai ser para sempre inesquecível, pois meu lindo ‘painho’ aceitou a Jesus. Eu e minha família ganhamos o presente mais precioso, que é saber que o meu pai fez a mais linda e certa decisão na vida dele.

Obrigada a Jesus e a todos que, de alguma forma, foram usados para que esta cruzada acontecesse!”.

“A Cruzada Jesus Transfor-ma Minha Família em Ala-goas aconteceu de forma maravilhosa. Vimos Deus agindo nitidamente. Das cin-co cruzadas, duas aconte-ceram com fortes chuvas e uma com chuva mais branda, mas essas foram em ginásio coberto. Deus é tremendo! As caravanas iam chegando e quando menos esperávamos o local estava cheio. Quem semeou, colheu. Deus levan-tou muitos voluntários para ajudar e houve muita alegria porque houve festa no céu”, concluiu Pr. Almir, que junto com sua esposa, Ormir, ficou responsável pela organização da cruzada.

Pr. Sammy também foi usa-do por Deus para ministrar sobre a vida do governador do estado de Alagoas, Teo-tônio Vilela. Acompanhado de líderes batistas locais, ele entregou uma Bíblia para o governador, compartilhou a mensagem do evangelho e também orou por sua vida, abençoando definitivamente o estado.

Multidões ouviram a mensagem transformadora de Cristo Pr. Tércio traduzindo a pregação do Pr. Sammy

Pr. Fabrício e Pr. Sammy Tippit Muitas vidas se renderam a Cristo durante apelo

Sammy Tippit em AlagoasFamílias inteiras foram abençoadas durante a Cruzada

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8 o jornal batista – domingo, 25/08/13 notícias do brasil batista

Samuel J. Gonçalves(Coordenador Nacional dos Embaixadores do Rei) e Lucas Tavares (Coordenador do DAER Gonçalense, RJ)

Tudo começou em 1883. Um grupo de rapazes de 12 a 14 anos, da cidade de

Owesboro, Kentucky, nos EUA, costumava se reunir para estudar missões e orar pelos missionários. Pensando assim em missões, o grupo resolveu custear as despesas de uma estudante na escola dirigida pela grande missio-nária Lottie Moon, em Teng-chow, na China. Em outubro de 1907 a União Feminina Missionária da Convenção Batista do Sul dos EUA orga-nizou a primeira embaixada: Embaixada Carey Newton da PIB Goldsboro, Carolina do Norte.

“Alvin, não deve existir um campo missionário no mundo maior e mais maduro do que o Brasil. E meninos… tem milhares. Os batistas brasi-leiros estão precisando de Embaixadores do Rei, e pelo menos alguns missionários e pastores mostraram bastante interesse nesse tipo de traba-lho”. Com essas palavras pro-feridas por J. Ivyloy Bishop, líder nacional dos E.R. dos EUA, o pastor Willian Alvin Hatton e o próprio Bishop pensaram, sonharam juntos… nova vida num país de outra língua, outros costumes… Oito meses depois dessa con-versa, precisamente em 4 de março de 1948, Pr. Alvin Hatton e sua esposa D. Katie viajaram da cidade Van Buren em Arkansas para Nova York e de lá embarcaram para o

Brasil. Após dezesseis dias de viagem, finalmente chegaram ao Rio de Janeiro. Dedicaram 40 anos de suas vidas a obra de Deus no Brasil.

Em agosto do ano de 1948 houve a primeira reunião com os E.R. da Igreja Batista da Tijuca e a organização foi apresentada para os adoles-centes do Colégio Batista de Itacuruçá. Pela graça de Deus em 4 de setembro do mesmo ano houve a primeira reunião da Embaixada de Itacuruçá. Duas semanas depois os E.R. desta embaixada e os E.R. da Embaixada da I.B. da Tijuca foram passear em um lugar chamado Alto da Boa Vista.

Em agosto de 1950 foi com-prado o Sítio do Sossego e no período de 26 de fevereiro à 1º de março de 1951 foi rea-lizado o 1º Acampamento dos Embaixadores do Rei, no Sítio do Sossego, com 18 acampan-

tes e 3 igrejas representadas.A revista “O Embaixador”

– teve seu primeiro exemplar no primeiro trimestre de 1951.

O 2º Acampamento dos Embaixadores do Rei no Sítio do Sossego foi realizado em julho do mesmo ano com 35 acampantes e 8 igrejas de três estados representadas.

A partir de janeiro de 1978, com a criação da União Mas-culina Missionária, o depar-tamento de Embaixadores do Rei foi transferido para esta organização. O Primeiro se-cretário-geral, eleito em 1979, foi o irmão Dirceu Amaro.

Embaixadores do Rei é uma Organização das Igrejas Batis-tas da CBB que visa ajudar me-ninos de 09 a 17 anos em seu desenvolvimento como ho-mem, no crescimento cristão e desenvolvimento de seus dons a serviço de Deus, ajudando--os a formar sua consciência

missionária e a envolver-se com a obra de missões. E Em-baixador do Rei é aquele que representa Jesus aqui terra.

Com o tema Somos Embai-xadores por Cristo e a divisa “De sorte que somos Embai-xadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cris-to que vos reconcilieis com Deus” (II Coríntios 5.20). O E.R. é um representante do Rei Jesus aqui na terra, mostrando ao mundo como é a vida de um cristão. Ele deve viver e agir do modo como Jesus ensinou, seja na escola, ao praticar esportes, em casa, entre seus vizinhos, na igreja, e em qualquer lu-gar. Meninos entre as idades de 09 e 17 anos podem se tornar um E.R. fazendo parte da melhor organização para sua idade nas igrejas batistas, para isso ele precisa satis-

fazer os requisitos a seguir: Saber o significado do nome Embaixador e Embaixador do Rei, o tema, a divisa, o compromisso e o hino oficial da Organização E.R.

A Insígnia da Organiza-ção simboliza: Escudo – Fé, quem o possui é um E.R. por Cristo. Faixa com as letras E.R. – prova que o E.R. é tra-balhador falando de Cristo. Coroa – 5 pontas, 5 ideais: Estudo da Bíblia, Missões, Oração e Serviço Real. Ramo de louro – a vitória que deve ser ganha por Cristo e para Cristo. As cores: Azul: Leal-dade, a Cristo, a Igreja e seus programas, a Organização e seu ideais; Branca: Pure-za de corpo, de mente da alma, na adoração a Deus e somente a Ele; Amarela: Pre-ciosidade é necessário para o E.R. quando este o aceita como Salvador, Conselheiro e Guia, o E.R. é precioso para Cristo quando emprega no trabalho de Deus o melhor de sua capacidade. O hino oficial da Organização fala desses ideais e do significado das cores.

Deus continua chamando homens para trabalhar na seara que é muito grande, homens obedientes e cora-josos têm respondido SIM ao chamado do Rei. Se hoje ouvir o chamado do mestre não endureça o seu coração. Informe-se sobre capacita-ção para trabalhar com E.R. através do site www.em-baixadoresdoreimg.com.br conheça o CICER (Curso In-tensivo para Conselheiro de Embaixadores do Rei) e saiba quando haverá um CICER no DAER (Departamento Asso-ciacional dos Embaixadores do Rei) da sua região.

Proclamar Seu NomeNa América do Norte há muito tempo atrás,uma semente missionária foi plantada,Deus chamou meninos para serem embaixadores.O grupo foi crescendo logo se espalhou,e esta semente veio para o meu Brasil, Chegou onde eu estava,e eu ouvi o chamado do Rei.Ele disse “filho vem, pois eu mesmo te escolhi, para me representar ai na terra”,Farei lembrado o seu nome a cada geração e para sempre os povos O louvarão.Eu louvo o meu Rei por tudo o que Ele fezporque morreu por mim e me deu a vida eternaEu louvo o meu Rei, pois me fez um embaixador,Vou proclamar seu Nome, onde eu estiver.

Música: “Proclamar seu Nome”, letra e música de Clériston Nascimento da Silva

Embaixadores do Rei completam 65 anos de trabalho

65 anos de Embaixadores do Rei, mas como tudo começou?

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9o jornal batista – domingo, 25/08/13notícias do brasil batista

Pr. Edemilson Benedito de OliveiraMissionário dos ERCoordenador Estadual dos ER MG

Dias 21 a 23 de junho realizamos um CICER na Igreja Batista Cen-tral de Três Corações. Homens obedientes e corajosos têm res-

pondido SIM ao chamado o nosso Mestre. Dias 28 a 30, também de junho, realizamos um CICER na Igreja Batista de Vila Isa, em Governador Valadares. Dia 30 de junho par-ticipamos do Culto Solene de Promoção de Postos da Embaixada Franklin Billy Graham da IB Filadélfia em Coronel Fabriciano, apesar de ser o dia da decisão final da Copa das Confederações da Copa FIFA de 2013, tivemos uma excelente participação de ERs e suas famílias.

Agora no mês de julho, dias 05 a 07, rea-lizamos mais um Acampamento Regional da Associação Sudeste. Este aconteceu na fazen-da da PIB Juiz de Fora. Com 59 participantes representando 7 igrejas tivemos a alegria de ver 6 embaixadores fazendo um compromisso com Deus. No dia 13 realizamos uma Mini Olimpíada na ABAME no Jardim Teresópolis em Betim com a participação de 60 meninos representando 4 igrejas. Dias 27 a 28 realiza-mos a Olimpíada Estadual. Nas dependências do Colégio Batista Mineiro unidade BH Maior realizamos parte das modalidades e outras na Academia da Polícia Militar de BH. Contamos com 146 participantes representando 07 as-sociações e 15 igrejas.

No mês de agosto, dias 2,3 e 4, realizamos mais um CICER na PIB de Coronel Fabricia-no, na ABAVAÇO, com a participação de 12 alunos representando 08 igrejas.

Embaixadores em Ação

Fique Por deNtro doS PróximoS eveNtoS:

AgoSto:

24 Culto de Celebração de Aniversário – iB itacuruçá – rJ

24 a 25 Congresso umHBm – PiB Santa Luzia

30 a 31 CiCer – PiB de Juiz Fora

SetemBro:

6 a 8 Acampamento regional Sul de minas

13 a15 CiCer – Convenção Batista mineira - BH

20 a 22 CiCer – uberlândia

outuBro:

1 a 12 muNAmi26 mini-olimpíada em itabirito

NovemBro:

15 a 18 Acampamento regional er – vale do Aço

JANeiro/2014:

11 a 14 Acampamento estadual – CBtL16 a 19 acampamento estadual – CBtL

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10 o jornal batista – domingo, 25/08/13 notícias do brasil batista

Arina PaivaEditora de O Jornal Batista

Entre os dias 7 e 8 de agosto aconteceu a reunião do Conselho da CBB, um encontro

de liderança para traçar as estratégias da denominação batista, bem como cuidar da parte administrativa. Como sempre o presidente abriu a reunião do Conselho da Convenção Batista Brasi-leira com uma mensagem, dessa vez alertando para o relacionamento devocional, a necessidade de se fazer discipulado, não só na con-versão, mas durante toda a vida. Luiz Roberto Silva-do, pastor da Igreja Batista do Bacacheri e presidente da CBB, compartilhou um guia de encontro discipular que contem três pergun-tas: Como está meu relacio-namento com Deus, meu tempo devocional, leitura da Palavra e oração? Com-partilhei do amor de Jesus e da mensagem do Evangelho com um não crente? Tenho me preocupado demais com as opiniões dos outros?

Com esta ideia de compar-tilhar, discipular e colaborar, na Assembleia da Conven-ção em Foz do Iguaçu foi feito o Macro diretrizes e planejamento da CBB, e este ano na Assembleia em Aracaju foi aprovado. Um grande plano estratégico em prol do crescimento do Reino de Deus. Para tanto, todos que estavam presentes na reunião do Conselho fo-ram divididos em 5 grupos: Grande comissão, com o objetivo da expansão mis-sionária, evangelização, ora-ção, formação missionária e relevância social. Formação de Liderança, com o obje-tivo de criar diretrizes para

o pensamento teológico, vocação, visão e paixão mis-sionárias, capacitação conti-nuada, qualidade de ensino, espiritualidade, excelência na gestão. Discipulado, tra-çando o crescimento e de-senvolvimento, conteúdo de qualidade, consultoria edu-cacional, rede de atendimen-to e programa de educação. Nova Geração, pensando no engajamento, capacitação, respostas contextualizadas, comunicação, evangelismo e missões. Gestão Coorpo-rativa, Network e Conectivi-dade, planejando diretrizes em sinergia, aprendizado e desenvolvimento, transpa-rência, processos (eficiência e eficácia), visão estratégi-ca, rede de comunicação, integração denominacional, registro histórico, cenários e tendências e suporte às igre-jas. Com um integrante da diretoria em cada um desses grupos foi discutido e assi-milado sugestões e opiniões para levar para aprovação na próxima Assembleia da CBB.

Durante a reunião de pla-nejamento e coordenação a UFMBB apresentou antes do seu relatório uma palavra de disposição para todos e entendimento de que é necessário “nos valorizar apoiando um ao outro”. Nes-se intuito a União Feminina Missionária Batista do Brasil tem trabalhado com discipu-lado através de revistas de estudo envolvendo crianças e o elemento feminino das igrejas locais. Hoje a UFM-BB tem como meta a forma-ção de liderança, além de envolver pelo menos 80% de voluntárias na campanha da JMN – Mega Trans no país, bem como nos projetos sociais das igrejas locais.

Teve grande destaque na reunião o trabalho realizado

pela Juventude Batista Bra-sileira através do congresso nacional Despertar, este ano feito em Belém. O mover de Deus foi grande diante da presença de jovens de todo o país, contando com pre-sença maciça da juventude batista do norte do Brasil. O Congresso teve ênfase na Palavra de Deus, com duas pregações em cada culto.

O relatório de Missões Na-cionais destacou o trabalho da Trans Piauí, em parceria com a Convenção Batista do Piauí e igrejas de todo o país. Pela primeira vez foi realizada a Trans Crian-ças. A JMN acredita que a evangelização da criança é importante porque crianças são importantes para Deus, e dessa forma os missionários trabalham para abençoar a nova geração para que vivam uma vida toda com Cristo. A evangelização dis-cipuladora também é outro foco e por isso a JMN tem trabalhado para o treinamen-to de evangelistas. A Trans Copa das Confederações foi outra estratégia para a evan-gelização durante os jogos de futebol que aconteceram em todo o país.

Missões Mundiais apre-sentou seu relatório sobre o alcance de povos por todo o mundo. Regiões onde o evangelho não pode ser pre-gado, em público, tem sido o alvo dos missionários, com estratégias que tem alcançado os países mais fechados. O poder de Deus tem agido de maneira significativa. Na Chi-na, o alvo de 500mil Bíblias distribuídas foi alcançado, e um novo alvo já foi idea-lizado, 1milhão de Bíblias. Ore por isso. Foi apresentada também a nova instalação da JMM no Centro Batista, na rua José Higino, 416, Tijuca, RJ.

Com uma estrutura de excelência a nova sede de Mis-sões Mundiais no Centro Batista está dando os últimos retoques para atender todos os batistas e fazer o trabalho da JMM com total qualidade. Foi neste novo prédio que a diretoria da Convenção Batista Brasileira se encontrou antes da reunião do Conselho. Com primazia um novo momento está acontecendo.

Reunião do Conselho da CBB traça estratégias e realiza planejamentos

Reunião na nova instalação

Nova instalação da JMM Representantes da CBB em frente ao prédio da JMM

Reunião do Conselho da CBB

Conselho da CBB visita a nova instalação da JMM

Conselho da CBB se reúne em grupos para definir Macro diretrizes e planejamento

Diretoria da CBB se reúne na nova instalação da JMM

Fotos: Sélio Morais

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11o jornal batista – domingo, 25/08/13missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

O discipu lado é uma das muitas ações que têm motivado o casal

missionário Claudinei e Pris-cila Godoi a anunciar Cristo na região de Arica, próximo ao deserto do Atacama, no Chile. Desde 2010 a família Yampara é acompanhada pelos missionários em sua caminhada com Cristo.

“Eles têm sido de grande encorajamento e ânimo para nós. O pai, Miguel, entregou sua vida a Cristo recentemen-te e tem recebido especial atenção por parte de nossa família”, diz o missionário.

O Pr. Claudinei conta que Miguel trabalha seis dias du-rante a semana, e partici-pa todos os domingos, bem cedo, de um projeto missio-nário.

“E durante a semana, à noi-te, estudamos juntos a Bíblia, preparando as atividades ministeriais do final de sema-na e fazendo discipulado”, explica o Pr. Claudinei.

O casal missionário acredi-ta que Miguel e sua esposa, Lucia, têm vocação especial para um ministério específico e que pretendem encami-nhá-los para uma instituição teológica para receberem melhor preparo.

“Contudo, a vocação pas-toral e missionária não é va-lorizada no Chile e, diante dessa insegurança, alguns resistem ao chamado”, conta o missionário.

O discipulado da família Yampara é apenas um exem-

plo do que o Pr. Claudinei e a missionária Priscila têm feito em termos de discipula-do. Eles entendem que disci-pular é mais do que fornecer uma série de informações teológicas. É também prestar assistência às pessoas em suas necessidades e dilemas, com o objetivo de levá-las a ter uma vida com muitos frutos.

Jovens universitários tam-bém têm sido discipulados pelo casal missionário. Os encontros acontecem sema-

nalmente. No mais recente encontro, num feriado em um camping fora da cidade, o grupo conversou, jogou fu-tebol, desenvolveu atividades lúdicas, e no final todos es-tudaram as três parábolas de Lucas 15. O pastor conta que os jovens sempre apresentam muitas perguntas e que se alegra em vê-los crescendo em maturidade e conheci-mento do Senhor.

Pr. Claudinei e Priscila pe-dem oração por disciplina na exposição das Escrituras

durante os discipulados, pela igreja local e sabedoria na condução das atividades no Valle de Lluta, onde será a sede de um trabalho com crianças e adolescentes da comunidade.

“Agradecemos a todos que entendem que o Reino de Deus tem precedência sobre suas próprias necessidades. Continuemos juntos orando e servindo ao Senhor, pois a Seu tempo receberemos a eterna recompensa”, conclui o missionário.

Famílias e jovens chilenos aprendem a andar com Cristo

Muçulmanos se convertem durante o Ramadã

Claudinei e Priscila Godoi Miguel e Lucia Yampara

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

No mês em que muçulmanos do mundo in te i ro ma i s uma vez

praticavam o jejum do Ra-madã, o casal missionário Dawei e Mali realizou um encontro do Projeto ELA, que a partir dos princípios bíblicos busca elevar a auto-estima de jovens do Sudeste da Ásia. O resultado honrou a dedicação dos missioná-rios: três moças abriram mão de todo o tradicionalismo da fé islâmica e decidiram se-guir a Jesus, mesmo sabendo que enfrentarão retaliações de suas famílias.

Em meio a louvores, aulas de estética e beleza, lágri-mas e abraços, a missionária relata que enquanto a alma destas jovens gritava por socorro, o Deus verdadeiro estendia sua poderosa mão para socorrê-las.

O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico e, este ano, foi celebrado en-tre os dias 9 de julho e 7 de

agosto por mais de 1 bilhão de muçulmanos em todo o mundo. Os praticantes do islamismo consideram este um período sagrado porque creem ter sido nele que o profeta Maomé recebeu de Alá a revelação dos primei-ros versos do Alcorão, o livro do islamismo.

Neste período, Missões Mundiais promoveu uma grande mobilização de ora-ção a fim de que muçulma-nos também fossem alcan-çados pelo amor e graça de Jesus. A conversão dessas moças foi um dos resultados imediatos. Outros missio-nários da JMM levaram a mensagem do Evangelho a pessoas de outras nações. Os resultados talvez sejam conhecidos apenas pelo Pai. Cabe a nós, filhos já alcança-dos por Deus e conhecedo-res de sua Palavra, interce-der, orar, ofertar e seguir aos povos para que o Evangelho seja pregado em todo o tem-po a toda a criatura.

O projeto ELA – Especiais, Lindas e Amadas – é uma das muitas ferramentas de-senvolvidas pelos missio-

nários de Missões Mundiais para promover o amor de Cristo entre povos de mais de 70 países. Por meio dele, a missionária Mali trabalha a autoestima de jovens que, em quase sua maioria, é oprimida pelos padrões de beleza da sociedade e que têm uma jornada de trabalho quase escrava, com 14 horas por dia.

O projeto agora tem seu próprio espaço. Um lugar especial para cuidar das asi-áticas e ministrar a Palavra de Deus ao coração delas. A inauguração do Espaço Ela contou com a partici-pação do Pr. João Marcos B. Soares, diretor executivo da JMM, e do Pr. Guy Key, coach da International Mis-sion Board no Brasil – IMB. Foi a primeira vez que os dois estiveram naquela ci-dade, a qual não podemos citar o nome para não pôr em risco este trabalho mis-sionário. Em quase toda a Ásia, falar de Jesus Cristo é praticamente proibido pelas autoridades.

Mali, que é bióloga e mas-soterapeuta, percebeu as

principais carências dessas meninas do seu campo trans-cultural e hoje alcança vidas para Cristo por meio da ofer-ta de serviços estéticos e de beleza gratuitos.

Recentemente , a mis -sionária passou a realizar também um trabalho com crianças de um orfanato local. Em uma programação especial com música, espor-tes e contação de histórias, ela pode ver crianças seden-tas de amor e de cuidados básicos. Em seu coração,

ficou o compromisso de prosseguir com esse tra-balho entre os órfãos. Ela espera, em breve, oferecer a esses pequeninos o “Spa Day”, um dia especial com brincadeiras, histórias, co-midas, banho de banheira, massagem, roupas novas e fotos. Tudo para eles se sentirem especiais.

A missionária só precisa da autorização do diretor do orfanato para que a progra-mação seja feita. Ela pede orações por isso.

Jovem asiática atendida pelo Projeto ELA

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12 o jornal batista – domingo, 25/08/13

Pr. Cleber Souza

O dia 03 de agos-to foi marcante para o grupo de 32 irmãos da SIB

Manaus que, após 40 minu-tos de voadeira, chegou à Comunidade Ribeirinha do Tupé, no Amazonas para o culto de abertura de uma nova Congregação, em uma celebração repleta de alegria.

Antes de chegar na comu-nidade, visitamos a base do Radical Amazônia, que fica próximo, o que nos emocio-nou muito em ver a serieda-de dos projetos e como Pr. Donaldo tem se desdobrado para que o nome de Jesus seja glorificado.

Pr. Donaldo e irmã Mari-nalva, missionários da Junta de Missões Nacionais e líde-res do projeto Radical Ama-zônia, conseguiram alcançar

Dailson Oliveira dos SantosPresidente da UMHBB

Nos dias 28 a 30 de julho de 2013 a liderança dos Ho-mens Batistas do

Brasil visitaram a cidade do Jacinto, no Vale do Jequiti-nhonha em Minas Gerais. Fizeram parte da comitiva os seguintes irmãos: Dailson Oliveira dos Santos (presi-dente da UMHBB), Marinho Zimer (diretor executivo dos Homens Batistas Mineiros), pastor Getúlio Alves Neves (coordenador de Ação Social do MUNAMI da UMHBB), Niraldo Bastos (relator da co-missão do Sítio do Sossego da UMHBB), Joab Seabra da Silva

com este projeto, doze novas comunidades onde não havia a presença evangélica.

A missionária Kátia Nayara Vieira de Lima tem o seu sus-tento da Igreja Batista Sião, Salvador, Bahia (Pr. Valter Batista) e há ainda, a parceria da SIB Manaus, como Igreja Mãe, no apoio logístico e alu-guel da missionária naquela comunidade ribeirinha, onde vivem também tribos indí-genas.

A Amazônia legal é com-posta de aproximadamente 80 mil comunidades ribeiri-nhas, entre os nove estados da região Norte. Em 35 mil comunidades destes Estados, não há presença evangélica. No Estado do Amazonas há 4 mil comunidades sem a presença evangélica.

O culto na casa da mis-sionária Kátia foi marcado por alegria e pela emoção

(diretor executivo dos Homens Batistas do Nordeste) e Ademir Clemente Bezerra (coorde-nador do DENASMHOB da UMHBB). Vale ressaltar que o presidente da UMHBB, Dail-son Oliveira visitou pela ter-ceira vez a cidade de Jacinto.

Fizemos várias reuniões de planejamento com a igreja local, com a presença do pas-tor da congregação, Dilenil-son Reis dos Santos, acerca do trabalho a ser realizado em Jacinto, onde além da grande obra de evangeliza-ção que realizaremos em toda a cidade e adjacências, faremos também um grande trabalho social, e um trabalho voltados para crianças com o projeto Kids Games, bem

da realização de um sonho. Orações, louvores e pregação da Palavra ficaram registrados nos corações dos moradores presentes.

O irmão Márcio Pontes, membro da SIB Manaus relata: “Sou amazonense, nascido e criado no município de Pa-rintins, terra dos Tupinambás, mas foi hoje a primeira vez que entrei em uma maloca onde os índios estavam reunidos!”

O projeto tem por objetivo alcançar os ribeirinhos e a tribo indígena da região com o evangelho.

No domingo à noite, 04 de agosto, na SIB Manaus, a mis-sionária Kátia estava presente para agradecer o apoio e teste-munhou o seguinte: “Na noite daquele sábado, me prepa-rando para dormir, escutei al-guém batendo em minha porta e quando fui atender eram dois indígenas pedindo desculpas

como a construção de uma igreja batista naquela cidade.

Foram visitados os seguin-tes locais: • Terreno, local onde será

edificado a igreja;• Prefeitura Municipal de

Jacinto;• Comando da polícia mi-

litar;• Delegacia do município;• Pousadas;• Colégios

Tivemos uma abençoada reu-nião com o prefeito da cidade, o senhor Carlos Dantez Ferraz de Melo, que nos recebeu em sua residência. Também con-versamos com as autoridades, polícia militar e polícia civil, onde consideramos muito pro-dutivo esses encontros.

por não estarem presentes ao culto. Após uma conversa com eles, entrei e quando estava, novamente, me preparando para dormir, alguém bateu a porta outra vez, e desta vez, eram representantes da comu-nidade, que também vieram me pedir desculpas por não

Igrejas batistas do Brasil, contamos com o seu apoio, em orações e ofertas para esse projeto missionário, que ocorrerá nos dias 7 a 12 de outubro, sendo o culto da vitória inauguran-

estarem presentes, declararam apoio ao projeto”.

Glorificamos o nome de Deus e pedimos para que o povo batista interceda pela missionária Kátia Nayara, essa guerreira de Deus que vai cumprir seu chamado naquela comunidade.

do a igreja no dia 12 às 19h30.Banco Bradesco:Agência 3463 - 0Conta Poupança 1004448 - 0Favorecido: União de Ho-mens Batistas do Brasil.

notícias do brasil batista

Liderança Nacional dos Homens Batistas do Brasil visita pela terceira

vez Jacinto em MG

SIB Manaus inicia Congregação na Comunidade Ribeirinha de

São João do Tupé – Amazonas

Saída de Manaus Visita a tribo indígena

Momento de oração de comissionamento da missionária Kátia

Saída para visitação e Evangelismo na comunidade

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13o jornal batista – domingo, 25/08/13notícias do brasil batista

Teresa AkilCoordenação Geral Acadêmica do Seminário do Sul

Sucesso absoluto, com a Capela do Seminá-rio do Sul lotada des-de o primeiro dia e

diversos visitantes ilustres. Assim foi o I Simpósio Inter-nacional de Manuscritos An-tigos e Teologia, promovido pela Faculdade Batista do Rio de Janeiro em parceria com a Convenção Batista Brasileira, o Museu dos Manuscritos do Mar Morto e a Universida-de Hebraica de Jerusalém, durante os dias 5, 6 e 7 de agosto. Primeiro simpósio totalmente organizado pelo curso de Teologia da FABAT, sob a supervisão do Diretor Geral, Pr. Luiz Sayão, o even-to possibilitou aos participan-tes conhecer e aprofundar alguns conhecimentos sobre os manuscritos antigos da Bíblia, além de proporcionar uma visão sobre a sociedade judaica da Terra de Israel durante o período do Segun-do Templo, época do nasci-mento do cristianismo e do judaísmo rabínico.

Além de equipar a mente com conhecimento bíblico e teológico super atualizado, o Simpósio abriu o campus do STBSB para as outras ins-tituições de ensino superior cujos reitores e professores marcaram presença na Co-lina e estreitou ainda mais a comunhão entre alunos e professores da Casa, que fica-ram envolvidos na recepção dos congressistas (agrade-cimentos à Lúcia, aluna de Teologia, a Lais, assessora da CGA, e ao prof. Delam-bre), em lindos momentos de inspiração musical (com Clarindo, aluno de Teologia,

Sayão sobre “O Contraste entre a cosmovisão hebraica e grega”. Na terça-feira, dia 6, a conferência foi com o Prof. Yehuda Hochmann, rabino messiânico, jornalis-ta, PhD em Estudos Bíblicos pelo Trinity College e Prof. da Universidade Hebraica de Jerusalém, que versou sobre a “Situação Social e Política em Israel na Época do Segundo Templo”. No último dia 7, quarta-feira, a terceira conferência foi com o Dr. Adolfo Roitman, que há dez anos é curador dos Manuscritos do Mar Morto e Diretor do Santuário do Livro, no Museu de Israel, em Jerusalém. Doutor em Literatura Judaica Antiga e Pensamento Judaico, Mestre em Religião Comparativa e Graduado em Antropologia, Dr Roitman discorreu bri-lhantemente sobre o tema “A importância dos Manus-critos do Mar Morto”. Com uma predica empolgante, Dr. Roitman contou em de-talhes como foi a história da descoberta dos manus-critos e mostrou diversos manuscritos antigos, expli-cando a sua importância para a compreensão tanto no Antigo quanto do Novo Testamento.

Este primeiro simpósio in-ternacional da Fabat ainda foi marcado por um evento paralelo na Biblioteca Davi Malta do Nascimento que reuniu estande de vendas de livros aos participantes do evento com descontos espe-ciais e uma exposição sobre a história do STBSB através das obras literárias dos seus reito-res e das revistas teológicas publicadas pela Casa desde 1950, quando o Dr. Crabtree publicou o primeiro número da Revista Teológica.

Seminário do Sul realiza I Simpósio Internacional de

Manuscritos Antigos e Teologia

Professores com Dr. Roitmann (de amarelo)

Adolfo Roitmann Alunos do Seminário do Sul dirigiram o louvor

Dr. Adolfo Roitmann apresenta seu estudo Capela completamente cheia de alunos, professores e estudiosos sobre o tema central

e Damires, de Música), na or-ganização das comunicações discentes (agradecimentos ao prof. Fábio) e na recepção

e translado do Prof. Adolfo Roitmann (agradecimentos à profª. Westh Ney e ao Pr. Emersen Evandro de Oliviera).

A segunda-feira, dia 5 de agosto, primeiro dia de simpósio, foi aberto pela conferência do Prof. Luiz

Fotos: Sélio Morais

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14 o jornal batista – domingo, 25/08/13 ponto de vista

No texto anterior abordei este as-sunto nas pers-pectivas social e

de gestão governamental. Sabemos, todavia, que elas não são as mais importantes. Penso que o essencial neste processo de mudança é o espiritual ou a revolução no coração. Tudo começa aqui, pois é dele que procedem as saídas da vida. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida” (Pv 4.23). Podemos fazer uma conexão bem su-cedida entre a mudança do coração, ou seja, uma expe-riência profunda com Cristo (II Co 5.17), e um movimento social maduro, consciente, somado a gestão compe-tente, movida pela paixão em servir. O Brasil precisa de pessoas transformadas por Cristo, especialmente na gestão pública, nos tribunais, nas casas legislativas, forças armadas, escolas e universi-dades. Pessoas que tenham a ética do Reino de Deus a partir de uma experiência com o Senhor Jesus como fundamental no seu viver. Não podemos prescindir de uma moralidade cristã genu-

Há 15 dias publi-quei nesta coluna um levantamento comparativo de

dados que tenho feito em duas ocasiões (2000 e 2011) em que foi possível obter, ainda que provisoriamente, alguns importantes indicado-res sobre a situação de vida pastoral batista no Brasil. Recebi diversas manifesta-ções de preocupação por causa dos dados que foram apurados.

Em primeiro lugar temos de nos ocupar com os des-gastes que o ministério tem provocado nas famílias dos pastores. Considerando 2011 foi possível detectar que para 13% dos que responderam o questionário, o exercício do ministério empobreceu a sua vida familiar e para 23% (em 2000 eram 10%) a igreja foi responsável por desastres na vida familiar do pastor.

ína e amadurecida. Precisa-se de líderes-servos comprome-tidos com a excelência cristã genuína.

Deus usou homens ínte-gros, espiritual e eticamente, para mudanças profundas nas sociedades francesa, suíça, alemã, americana e inglesa. Especialmente na sociedade inglesa, o Senhor usou o jovem piedoso William Wil-berforce (1759-1833). “Ele entrou no Parlamento Bri-tânico aos vinte e um anos, e se tornou amigo próximo de William Pitt, o jovem Pri-meiro Ministro. Teria sido seu sucessor natural em sua liderança política se tivesse ‘preferido festejar para a hu-manidade’. Mas aos vinte e cinco anos de idade tornou--se um cristão comprometido e, desde então, confessou: ‘Deus Todo-Poderoso colo-cou diante de mim dois as-suntos: a abolição do comér-cio de escravos e a reforma dos costumes da Inglaterra’. Diz um autor acerca de Wil-berforce: ‘Ao final da vida não havia ninguém mais uni-versalmente honrado como cidadão inglês do que ele, a quem pertence o crédito principal pela abolição do comércio escravo no Reino

Tem sido observável que as exigências do ministério acabam absorvendo tanto do tempo, das energias e da vida pastoral que a família pode acabar ficando para segundo plano. Ao longo da história são conhecidos os dilemas da família pastoral: filhos desanimados, muitas vezes afastados do convívio eclesiástico ou com mágoas; filhos “órfãos” com pai-pastor vivo. Mas também esposas de pastores amarguradas, entristecidas e machucadas, também “viúvas” de marido--pastor vivo, que acaba ten-do de dar mais atenção às senhoras da igreja e abrindo uma avenida de riscos para a sua vida matrimonial e para sua esposa.

Uma vez ouvi uma ilus-tração que um pastor dizia que ele tinha a missão de pastorear as ovelhas da igreja enquanto Deus pastorearia a

Unido’”. Foi uma revolução social sem precedentes ini-ciada por um jovem cristão autêntico, comprometido com a ética de Yahweh, com o evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Os irmãos John e Charles Wesley, fundadores da Igreja Metodista, contemporâneos de Wilberforce na Inglaterra, foram usados por Deus para grandes reformas sociais no seu país. O nosso Pai usou poderosamente o Monge--Doutor Martinho Lutero (Martin Luther) na Reforma Protestante de 31 de outubro de 1517, em Wittenberg, Alemanha. Esta revolução da fé cristã genuína produ-ziu grandes reformas sociais naquele país que duram até hoje. Neste mesmo país, Au-gusto Framke foi usado pelo Senhor para uma revolução educacional muito eficiente com repercussões no mundo inteiro. Deus usou o trabalho de Framke para influenciar o conde Nicolau Zizendorf, um dos homens responsá-veis por Missões Modernas, líder dos Morávios – um em-preendimento missionário revolucionário e movimento de oração que durou cerca de 100 anos. As grandes uni-

sua família!?!? Mas também já ouvi muitos colegas “batendo no peito” afirmando que nun-ca tiraram férias, como se isto fosse um grande triunfo.

A Tito e a Timóteo Paulo ad-moesta que um dos critérios essenciais para o presbítero/bispo (pastor) é cuidar bem da sua própria casa, porque se não sabe cuidar de sua própria casa não está em con-dições de cuidar da igreja de Deus (Timóteo 3.4,5; Tito1.6).

Além disso, se você consi-derar as prioridades de Deus que estão expressas em Efé-sios 5.15-6.20, verá que o matrimônio e a família ante-cedem o trabalho e o ministé-rio: 1) eu e Deus (5.17-20); 2) eu e o matrimônio (5.20-33); 3) eu e a família (6.1-4); 4) eu e meu trabalho (ministé-rio também) (6.5-9); 6) eu e a guerra espiritual (6.10-20).

Então, temos estas duas linhas paralelas de princípios

versidades inglesas (Oxford e Cambridge) e as americanas (Yale e Harvard), foram ini-ciadas por homens cristãos genuínos que souberam unir cultura e piedade, erudição e fé prática. Homens a frente de seu tempo, que amavam seus países e estavam com-prometidos com a excelência e com a paixão em servir, utilizando o seu intelecto e o seu coração centrados em Cristo Jesus. Mentes brilhan-tes e corações ardentes. Eram pessoas que não pensavam em si mesmas, mas no seu povo. Semearam as sementes da fé, da integridade, do tra-balho sério e da criatividade. Na verdade, eram criativos, proativos e zelosos em seus empreendimentos. Estavam dispostos a pagar um alto preço pela construção de um país com uma sociedade dinâmica e exigente com os padrões de qualidade de suas instituições.

Esses modelos cristãos do passado devem servir de inspiração para nós, hoje, especialmente no Brasil. A convicção, a ética, o trabalho sério, o padrão de qualidade, o espírito de serviço, a rejei-ção visceral da corrupção, o amor pela pátria, e, acima

bíblicos sobre a prioridade do matrimônio e da família em relação ao ministério. O que passa disso é pecado e germina consequências des-trutivas como tem ocorrido na vida de muitos matrimô-nios e famílias pastorais.

Por outro lado, temos co-nhecimento de igrejas que absorvem tudo o que podem dos pastores (e de suas es-posas também) de modo a minar sua vida matrimonial e doméstica. Tratam pastores como escravos e máquinas de produção. Soube de uma igreja que estabeleceu que o salário do pastor seria cal-culado por produtividade. Soube de outra igreja que, alguns dias após a morte de seu pastor, foi na casa da vi-úva exigindo que desocupas-se de imediato a casa pasto-ral. Em outra igreja o pastor quando comunicava a sua saída, ouviu de uma pessoa

de tudo, pelo Senhor, devem ser fatores de alta motivação para os nossos líderes cristãos dentro e fora do governo ou da gestão pública, nas escolas, universidades, cen-tros de tecnologia e demais instituições. Os ideais destes homens do passado, que revolucionaram positivamen-te seus contextos, devem encher o nosso coração de inspiração para que haja uma transpiração contagiante. As gerações mais antigas, com-prometidas com o desenvol-vimento sustentável, devem influenciar as novas gerações nesta visão.

O nosso compromisso deve ser o de formar crianças, ado-lescentes e jovens para que estejam absolutamente com-prometidos com a construção de famílias saudáveis para produzirem uma sociedade saudável, voltada para a ex-celência de uma vida útil, que tenha propósitos nobres definidos. Façamos, então, a verdadeira revolução com os padrões do Senhor Je-sus Cristo expostos na Sua Palavra revelada. Sejamos, pois, revolucionários com o objetivo de abençoar nosso amado Brasil e, acima de tudo, glorificar o nosso Deus.

da liderança que aquela igre-ja não precisava de pastor. Praticamente todos os pasto-res que saíram ultimamente daquela igreja acabaram se estabilizando em outra igreja ou ministério. Claro que há pastores que não dignificam nem levam a sério o minis-tério, há também pastores autoritários, mas há igrejas que são cruéis com seus pastores e famílias.

Precisamos sempre de dignidade e eficiência no exercício do ministério, no cuidado com o matrimônio com as famílias, mas também mais tratamento digno aos pastores. Precisamos de uma trégua e de atenção à vida pessoal e familiar do pastor para que suas famílias sobre-vivam e possam ser saudáveis exemplos de fé e harmonia. Colegas pastores, queridas igrejas vamos aceitar este desafio?

A verdadeira revolução (II)

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15o jornal batista – domingo, 25/08/13ponto de vista

Nilson DimarzioPastor, colaborador de OJB

Desde sua chegada ao Rio de Janeiro, o ilustre visitante captou a simpatia

popular, por sua simplicida-de e humildade, ao ponto de ser cognominado “O Papa dos pobres”. Milhares de pessoas se acotovelavam ante sua passagem no “Papa-móvel”, no desejo de vê-lo e reverenciá-lo. Entretanto, a visita do Papa ao Brasil nos traz à lembrança alguns equívocos da doutrina cató-lica que, a bem da verdade, devemos mencionar.

O primeiro se refere ao pró-prio papado, uma instituição baseada em exegese falsa do

texto de Mateus 16.13-18, em que Jesus conversa com os apóstolos a respeito da Igreja que estava para ser instituída. Mas, antes dessa comunicação importante, o divino Mestre quer saber dos discípulos, o que o povo pensava a seu respeito. Vá-rias opiniões surgiram: “Uns dizem que tu és João, o ba-tista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profe-tas. Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão: Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. E, no versículo 18 Jesus diz a Pedro: “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edi-ficarei a minha igreja”. Note--se, porém, que no original

o nome Pedro é Petrus, que significa um fragmento de pe-dra. E pedra é Petra, Rocha. O que Jesus está dizendo, nesse jogo de palavras, é que Ele é o alicerce da igreja, e não Pedro ou outro homem qualquer. Aliás, o apóstolo Pedro concorda com esta afirmação, vez que em seu discurso perante o Sinédrio, em Jerusalém, assim se re-fere a Cristo: “Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular”. E, em sua primeira epístola, reitera a mesma verdade: “(...) e chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade pelos homens, mas, para com Deus, eleita e preciosa” (I Pedro 2.4).

Portanto, com base numa interpretação errada do texto de Mateus é que os católicos são levados a pensar que Pedro tenha sido o primeiro Papa e que, através da su-posta “Sucessão Apostólica”, surgiram os demais chefes da igreja de Roma, até os nossos dias. A verdade, porém, é que Pedro nunca foi Papa e nem sequer esteve em Roma. Como afirma Alcides Cone-jeiro Peres, em seu livro “O Catolicismo Romano Através dos Tempos”, JUERP, p. 35: “Até o ano de 451 (até Leão I) não havia um bispo romano chefe do catolicismo. Podia ser até que eles fossem chefes de igrejas locais, o que em si seria um erro; porém, só 300 anos mais tarde é que ficaram

conhecidos como chefes ca-tólicos no sentido em que os conhecemos hoje em dia”.

Na verdade, nos primeiros séculos do cristianismo não havia hierarquia como a da igreja católica. Os apóstolos, pastores, bispos e presbí-teros tinham todos a mes-ma função de liderança nas igrejas, sem que houvesse um chefe supremo do ponto de vista humano. O Pastor Supremo era Jesus Cristo. E o será para sempre. Portan-to, com todo o respeito que nos merecem os católicos, a verdade cristalina é que o papado não tem base nas Escrituras. Afinal, “nada po-demos contra a verdade, a não ser a favor da verdade” (II Coríntios 13.8).

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