jornal batista - 44

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 44 Domingo, 03.11.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A Primeira Igreja Batista em Capitão Enéas (MG) foi construída pela prática de plantação de igrejas, adotadas pelos batistas no mundo, e depois de 50 anos continua o seu avanço. E pretende terminar só com a volta do Senhor e Salvador Jesus Cristo. Como fruto desse esforço, a Igreja organizou con- gregações e mantém os trabalhos nas localidades de Peri-Peri, Santana da Serra, Orion e na cidade de São João da Ponte (pág. 08). PIB de Capitão Enéas comemora 50 anos O Congresso de Executivos Batistas do Brasil aconteceu na Praia da Costa, Vila Velha, ES, no hotel Quality. Cerca de 50 executivos de vários estados se fizeram presentes nesse encontro e ressaltaram a importância deste encontro. Em solo capixaba o Espírito Santo de Deus tem atuado de forma efetiva e abençoadora através das mais de 700 igrejas e congregações e dos mais de 80 mil batistas no estado do Espírito Santo (pág. 08). Batistas capixabas recebem os executivos do país e avançam A terceira onda missionária entre os indígenas Missões Nacionais realizou o Congresso Desperta pelo Brasil, no Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu na Igreja Batista Central da Barra da Tijuca, teve foco no trabalho indígena e levou a centenas de pessoas informações importantes sobre a evangelização deste povo. Mais que dados atualizados, a presença de índios durante a programação (Ticuna, Xerente e Maioruna) trouxe novamente um senso de responsabilidade para com os silvícolas que, por vezes, ficam esquecidos (pág. 07).

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Veja nessa edição de O Jornal Batista que Missões Nacionais realizou o Congresso Desperta pelo Brasil, no Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu na Igreja Batista Central da Barra da Tijuca, teve foco no trabalho indígena e levou a centenas de pessoas informações importantes sobre a evangelização deste povo. Veja também: PIB de Capitão Enéas comemora 50 anos. E batistas capixabas recebem os executivos do país e avançam.

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Page 1: Jornal Batista - 44

1o jornal batista – domingo, 03/11/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 44 Domingo, 03.11.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A Primeira Igreja Batista em Capitão Enéas (MG) foi construída pela prática de plantação de igrejas, adotadas pelos batistas no mundo, e depois de 50 anos continua o seu avanço. E pretende terminar só com a volta do Senhor e Salvador Jesus Cristo. Como fruto desse esforço, a Igreja organizou con-gregações e mantém os trabalhos nas localidades de Peri-Peri, Santana da Serra, Orion e na cidade de São João da Ponte (pág. 08).

PIB de Capitão Enéas comemora 50 anos

O Congresso de Executivos Batistas do Brasil aconteceu na Praia da Costa, Vila Velha, ES, no hotel Quality. Cerca de 50 executivos de vários estados se fizeram presentes nesse encontro e ressaltaram a importância deste encontro. Em solo capixaba o Espírito Santo de Deus tem atuado de forma efetiva e abençoadora através das mais de 700 igrejas e congregações e dos mais de 80 mil batistas no estado do Espírito Santo (pág. 08).

Batistas capixabas recebem os executivos do país e avançam

A terceira onda missionária entre os indígenas

Missões Nacionais realizou o Congresso Desperta pelo Brasil, no Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu na Igreja Batista Central da Barra da Tijuca, teve foco no trabalho indígena e levou a centenas de pessoas informações importantes

sobre a evangelização deste povo. Mais que dados atualizados, a presença de índios durante a programação (Ticuna, Xerente e Maioruna) trouxe novamente um senso de responsabilidade para com os silvícolas que, por vezes, ficam esquecidos (pág. 07).

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2 o jornal batista – domingo, 03/11/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Homenagem significativa• Muito significativo a ho-

menagem ao meu querido amigo e irmão Isaltino, dá qual tive o privilégio não só de conhecê-lo, mas também de conviver no campo ama-zonense. Ele pastor da PIB de Manaus e eu pastor da IB Monte Horebe, também tive o privilégio de sucedê-lo na Presidência da Conven-ção Batista do Amazonas em 1977. Agora a maior home-nagem ele recebe do Senhor pela sua firmeza e envolvi-mento na obra missionária. Valeu OJB pela lembrança do servo Isaltino.

Pr. Levir Perea Merlo

Homem lúcido, coerente e bíblico

• Sou pastor batista há 25 anos aqui em São Paulo, Vila Brasilândia. Na época

da Faculdade Teológica via o apreço dos alunos pelo então professor Isaltino. Não tive o privilégio de ser um de seus alunos. Sofri grande impacto pelos seus textos e mensagens. Nos útimos tempos adorava ler os seus artigos no Jornal Ba-tista. Eram tão fortes e inteli-gentes que muitos deles ex-pressavam o que eu mesmo sentia e pensava, mas não expressava na profundidade e beleza do Isaltino. Muitos deles recortei e fiz cópias para os meus líderes, cren-do que também os abenço-aria. Que perda sentimos de um homem lúcido, coerente e bíblico, algo tão escasso nos dias de hoje.

Pr. Paulo Roberto D. da Silva

IB V. Brasilândia, São Paulo, SP

Na primei ra se -gunda- feira de novembro, a mu-lher batista brasi-

leira tem um compromisso de oração e ofertas para com os povos do mundo. Nesta data celebra-se o Dia Batista de Oração Mundial - um dia no qual mulheres do mundo inteiro, em um mesmo horário (respeitando os fusos), e em torno de um mesmo tema, reúnem-se para ouvir experiências, participar de estudos bíbli-cos e interceder pelos povos do mundo. O Dia Batista de Oração Mundial do De-partamento Feminino da Aliança Batista Mundial foi instituído em 1948, pelas

senhoras da Europa, logo após o término da II Guerra Mundial.

Hoje, se a oração fosse ver-dadeiramente constante, tal-vez o Dia Batista de Oração Mundial existisse apenas para ter um momento de oração em conjunto, mas a oração tem sido esquecida, e por isso o Dia Batista de Oração Mundial também é para aler-tar sobre esta necessidade. Buscar a Deus em oração é reconhecer a grandeza do Pai, é querer se aproximar do Criador, é buscar viver uma vida dentro da vontade de Deus. Orar é conversar com Aquele que tem as res-postas. Orar é querer sentir a presença de Deus. Orar é ter

fé no Pai Celestial. Viver sem oração é negar a existência de Deus; ir na igreja cantar, ouvir as pregações, e não orar, é abrir uma grande la-cuna entre você e Deus; viver sem oração é demonstrar que não tem fé em Deus.

Certa vez uma pequena adolescente entendeu a im-portância da oração quando começou a ter dificuldades de relacionamento com seus colegas de classe. Ela sempre os via conversando sobre o que eles acreditavam ou não, e quando foi falar da sua crença em Cristo Jesus, foi hostilizada por palavras grosseiras. Depois dessa si-tuação percebeu um certo afastamento por parte de

alguns colegas, foi se sentin-do tão incomodada por tal situação que um dia foi para a escola orando. Nesse dia percebeu que as coisas ha-viam melhorado um pouco, passou a ir orando todos os dias. A situação foi melho-rando cada dia mais, então passou a orar para ter uma oportunidade de falar sobre Jesus. E aconteceu! E no dia seguinte também!Como a sua casa era distante da escola e ela ia sempre andando, tinha bastante tempo para orar. A pequena adolescente apren-deu duas coisas: uma que orar faz toda a diferença, e aprendeu também a orar de olhos aberto e andando!

Viva em oração! (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 03/11/13reflexão

(Dedicado ao leitor Carlos Elias de Souza Santos, do Rio de Janeiro, RJ)

Meus ouvidos, do-minicalmente, estão sujeitos às frivolidades

oferecidas pelas frases esta-pafúrdias de alguns cânticos contemporâneos, que anun-ciam ações extravagantes: “posso pisar uma tropa”, “deixa a chama arder”, “so-bre a tempestade voarei”, “pintou com perfeição”, “as feras do campo revelam o Teu poder”, “onde flui o amor”, e quejandos. Ficam estropiados pela bateria e guitarras comparsas.

Melhor do que a minha, o pastor Isaltino tinha con-dições de fazer a crítica gra-matical e teológica das letras desses cânticos.

Lamentavelmente, são pre-teridos hinos tradicionais que usam uma linguagem positiva e propiciam meu relacionamento com Deus: “Conta-me a história de Cris-to, grava-a no meu coração”, “Ó meu Jesus, comigo vem estar agora, até que no céu contigo eu vá morar”, “Em Je-sus amigo temos, mais chega-do que um irmão”, “A vinda eu anseio do meu Salvador; em breve virá me levar”, “Que consolação tem meu coração, descansando no poder de Deus”, “Prefiro ter Jesus do que qualquer coisa que o mundo de hoje possa oferecer”.

Portanto, minha predileção vai para os hinos e vozes que se tornaram inesquecíveis, não somente pelo conteúdo de suas letras, mas também por causa da unção com que ainda são cantados, depois de tantos anos.

Dentre as centenas de hi-nos do “Cantor Cristão”, se-lecionei seis entoados na língua inglesa, gravados em 2007 em Nashville, Tennes-see (USA), por ocasião de um encontro de cantores, amigos do casal Bill e Gloria Gaither. Cantores profissionais, o que neles mais deve impressionar não é a técnica vocal, perfei-ta, mas a expressão musical, convincente (OJB, 03 abr 2011). Fiquei maravilhado com o fato de cantores profis-sionais terem escolhido para cantar nessa reunião - hinos tradicionais!

Meu hino favorito, “What a Friend We Have in Jesus” (“The Baptist Hymnal”, TBH-182), “O Grande Amigo” (“Cantor Cristão”, CC-155), contém uma frase lapidar: “Can we find a friend so fai-thful, who will all our sorro-ws share?” (Podemos achar um amigo tão fiel, que com-partilhará nossas aflições?). O tenor Larry Ford possui uma voz clara e sincera, que transmite ao ouvinte sua con-vicção.

“Tell Me the Story of Jesus” (TBH-122), “Conta-me” (CC-196) é um hino cristológico: trata do nascimento, ten-tação, ministério, rejeição, crucificação, sepultamento e ressurreição de Jesus. Foi cantado, num dueto lento e carinhoso, por Charlotte Ri-tchie e Ivan Parker. No Brasil, as congregações apressam o andamento na execução deste hino; parecem estar an-siosas para ouvir a história...

“I Need Thee Every Hour” (TBH-450), “Necessitado” (CC-294) é um hino que in-sistentemente pede a voz e a presença de Deus. Randy Owen, acompanhado pelo quarteto “The Isaacs”, cantou com muita sensibilidade.

“Leaning on the Ever -lasting Arms” (TBH-333), “Estou seguro” (CC-314) fala da suave e protetora companhia de Jesus. A so-prano Solveig Henderson,

acompanhando-se com um instrumento popular, deu a nota da simplicidade e ter-nura ao seu canto. Também esse hino era cantado com ritmo agitado, apesar de ter sido classificado como can-ção de repouso...

Na potente voz de Wintley Phipps, o hino “It Is Well With My Soul” (TBH-410), “Sou Feliz” (CC-398) torna-se uma vigorosa afirmação de fé e esperança em Deus.

Divulgado desde a década de 60 pelo cantor canaden-se George Beverly Shea, o hino “I’d Rather Have Jesus” (TBH-550), “Jesus é melhor”, ainda não incluido em nosso hinário, no encontro com os Gaithers foi executado pela Crabb Family. Numa arrebatadora participação, Jason Crabb, uma verdadeira usina de energia vocal, ficou conhecido por sua interpreta-ção profundamente espiritual e apaixonadamente vincula-da ao relacionamento com Deus. Se o leitor quiser co-nhecer um cantor que emo-ciona e entusiasma, procure as gravações de Jason Crabb, nem que seja pelo site You Tube.

Outros hinos do “Cantor Cristão”, cantados no verná-culo, para mim tornaram-se inesquecíveis.

Na década de 40, ouvi o jovem cantor Feliciano Ama-ral (1920- ) cantando “Sou

forasteiro aqui” (“Mensagem real”, CC-207). Em 1957 des-tacava “a sua linha melódica, o agradável timbre e a perfei-ta dicção” de Feliciano. Po-de-se esquecer algum cantor com essas qualidades? (OJB, 11 abr 1957).

No final da década de 50, propugnei pela revisão do nosso hinário para incluir novas produções da hinodia batista.

Eu e Nieda, no primeiro domingo (06 de agosto de 1961) em que assistimos um culto matutino na Memorial, tivemos o privilégio de ou-vir um solo vocal do pastor da Igreja, o missionário Ja-mes Everett Musgrave Junior (1922-2010), cantando, em português, o hino “O amor de Deus”, talvez uma tradu-ção feita pelo próprio execu-tante, que não foi aproveita-da no “Hinário para o Culto Cristão” (HCC).

Ele cantava esse hino no barraco (o Templo Memo-rial estava em construção), nas concentrações evan-gelísticas realizadas nos canteiros das construções de Brasília, nos estúdios de rádio e televisão, em todos os lugares. Pode-se esque-cer um homem que canta e prega o Evangelho?

Na manhã de 05 de junho de 2011, na Memorial, Shir-ley Márcia dos Santos inter-pretou “Preciosa a Graça

de Jesus” (HCC-314), “Ama-zing Grace! How Sweet the Sound” (TBH-330), do in-glês John Newton; figurava num hinário americano des-de 1911, mas só teve acesso no HCC em 1990. A carac-terística de Shirley é a ver-satilidade; deu à emoliente letra inglesa uma tonalidade cinzenta. Em contraste, em 27 de novembro, deixou-se levar pela ebuliente música do americano Robert Ray, “He Never Failed Me Yet” (Não falhará jamais) cantan-do com autenticidade. Fo-ram audições inesquecíveis!

Fiquei decepcionado ao verificar que é pequeno o número dos cantores mais preparados de nossas igrejas que escolhem hinos tradicio-nais para cantar nos cultos dominicais. Alguns preferem trechos sinfônicos (Beetho-ven, Tchaikovski, Sibelius, Grieg, Gounod) ou operís-ticos (Wagner, Verdi, Bizet, Offenbach, Meyerbeer, Ha-endel) como fundo musical para seus solos vocais! Além do efeito educativo musical (a congregação ouve como deve ser cantado o hino), há o de natureza teológica e doutrinária (os ouvintes rece-bem mensagens que apóiam a pregação feita pelo sermão pastoral).

Senhores solistas, presti-giem os hinos do “Cantor Cristão”!

MÚSICARolando de nassau

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4 o jornal batista – domingo, 03/11/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Oração constante

reflexão

Tudo depende da forma como defini-mos orações. Se, por exemplo, descreve-

mos oração como processo bíblico de nos alimentarmos regularmente do pão espiri-tual que é Jesus Cristo, então “Orar sem cessar” (I Tessa-lonicenses 5.17) faz todo o sentido. Porque, afinal de contas, para ter saúde, cada um de nós ingere alimento constantemente, todos os dias. E ninguém considera isto esquisito.

Nossos relacionamentos humanos também precisam constantemente de ser ali-mentados. A dieta alimentar dos relacionamentos é gran-de e variada. É sob o título “alimentos essenciais” que vamos encontrar “oração”.

Viver bem com as pesso-as que amamos exige ora-ção. E oração constante. Conviver com os outros requer sempre uma atitude de compreensão e adapta-ção. Uma simples palavra mal compreendida pode estragar um dia inteiro que começou harmoniosamen-te. A oração constante nos ajuda a aceitar os outros e a buscar compreendê-los. Conviver com os outros, além disso, pode causar cansaço emocional. Com a oração, ligamos no Senhor nossa tomada espiritual e recarregamos nossa bateria.

Orar sem cessar não é fa-natismo. Não é pietismo exa-gerado. É uma postura de boa alimentação dos nossos relacionamentos.Pastor Manoel de Jesus The

Colaborador de OJB

Pastor Braulino levou susto tão grande que nem percebeu que um peixe havia dado

um puxão no anzol. Olhou para o rosto do jovem Getú-lio, e contemplou um largo sorriso em sua face. “Getúlio! O irmão me fala isso e ainda sorri do que falou?” “Não!”, respondeu Getúlio. “Eu sorri da surpresa estampada em seu rosto”.

Getúlio havia terminado a Faculdade de Farmácia e trabalhava das 8 às 16 ho-ras, e aos domingos até ao meio dia. Isso fazia com que perdesse a EBD, e pastor Braulino andava preocupado com sua ovelha, e, conforme seu costume, marcava uma pescaria, para através de uma conversa amistosa, chegar ao coração de suas ovelhas. Num dos dias da semana Getúlio desfrutava um dia de folga. Pastor Braulino apro-veitou uma dessas folgas.

Getúlio reiniciou a con-versa tão logo o susto de seu pastor foi controlado. “Pastor, o que eu quero dizer é que não oro mais como eu orava. Agora oro diferente”.

“Como assim?”“Pastor, eu sempre orava

pedindo isto e aquilo para Deus. Quando ia para as reu-niões de oração, era a mesma prática. Era um rol enorme

de lamentações e pedidos de oração. Algumas vezes, abria-se até uma sessão de maledicências. Vamos orar pelo irmão fulano que já está um mês sem vir na igreja. Tal casal está vivendo problemas conjugais... e começava o desfile de informações sobre a vida alheia, sem nenhum conhecimento de causa. As-sim sendo, resolvi fazer um estudo de como Jesus ensi-nou seus discípulos a orar. E sabe o que descobri pastor?”

Pastor Braulino já havia até recolhido seu anzol. A conversa era mais importante que a pescaria. “Vamos a des-coberta”, respondeu o pastor.

“O senhor já percebeu que Jesus começa a oração com uma invocação? Percebeu também que o lugar em que o Pai está é um lugar distintís-simo! Veja! O céu é um lugar distante e inatingível, somen-te atingível pelo humano com ajuda divina. Isso lem-bra-nos a total dependência que temos de Deus, para nos dirigir a Deus e aproximar--se Dele. Que companhias Deus tem no céu? É um lugar habitado pelos santos anjos. Lugar ausente de todo peca-do, maldade, tentações, logo, indigno da nossa presença. Os três primeiros pedidos visam à realização plena da Glória de Deus. Petições voltadas a Glória de Deus, e, lembremos, Jesus viveu esse objetivo plenamente. Pastor

Braulino, é interessante que nenhuma delas se refere a ne-cessidades humanas, embora seja expectativa de Deus que seus filhos tenham como ob-jetivo realizá-las”.

Pastor Braulino estava vi-drado, como dizem os ado-lescentes. Getúlio continuou: “Pastor, isso me sugere que jamais devemos começar a orar pedindo coisas que nos dizem respeito. Nosso interesse deve estar centrado no Reino, e na Glória de Deus. Na vida cristã, nada deve exceder em importância esse objetivo. Já imaginou a conduta de alguém, cuja única preocupação seja a honra de Deus? Pastor Brau-lino, esse alvo foi alvo de todos os maiores santos que já viveram na Terra! Isso me ensina que essa oração é uma oração missionária! ‘Venha o teu reino’, não se refere a missões? Quanto mais o Rei-no de Deus estiver presente a sua Glória não adquire um movimento crescente? Pastor: A vontade de Deus, deve ser feita na terra, assim como no céu, e isso não nos impõe uma conduta cristã em todas as situações? Isso não transforma nossas vidas em culto e adoração contínuos? Isso é difícil, pois nascemos com o pecado reinando so-bre nós. O reino que nos rodeia é o reino de Satanás, e por isso, Jesus nos ensinou que nossa libertação começa

quando, através de Cristo, o interesse na Glória de Deus, é reconhecido como a maior de nossas necessidades. Pas-tor: a partir dessa descoberta, minha vida mudou! Toda vez que vou ao culto, vou explodindo de alegria, por Deus ter respondido a mi-nha oração, e eu ter visto, em cada lugar, ação, ou re-lacionamento com outros, a Glória de Deus”.

Getúlio falou tudo isso, de olho nos movimentos da

isca de seu anzol, e quando olhou para o pastor Braulino, estava de pé, com os olhos cheios de lágrimas, e pergun-tou: “Posso pregar essa men-sagem domingo?” Getúlio explodiu numa gargalhada! E pastor Braulio completou: “Irmão Getúlio, não pesquei nada, mas essa foi a maior de todas as minhas pescarias!” Ergueram acampamento, e no domingo seguinte, os crentes saíram comentando do culto: “Foi uma benção!”

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5o jornal batista – domingo, 03/11/13reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Quando o casal Exequias e Maria Helena eram mis-sionários no Rio

Grande do Norte, viveram muitas experiências que pro-varam o poder de Deus na restauração de vidas, como acontece frequentemente onde quer que obreiros de Jesus se dediquem à tarefa de buscar almas para Deus. Visitando os moradores da pequena cidade de casa em casa, foram advertidos de que não deveriam entrar em determinada residência, pois ali morava uma prostituta, famosa pela vida pecadora que vivia. “Pois é aqui que nós vamos entrar”, disse o missionário. Jesus não veio buscar os sãos, mas os enfer-mos da alma para curá-los. Entraram na casa de péssima fama e falaram de Jesus àque-la pecadora. Ela abriu seu coração para Deus e aceitou Jesus Cristo como Salvador.

Imediatamente, sua mãe a expulsou de casa, pois pre-feria que a filha fosse uma prostituta, nunca uma crente em Jesus. A jovem foi recebi-da pelos missionários em seu próprio lar. Ali ela foi disci-pulada e tratada como uma nova criatura, com o carinho fraterno que até então desco-nhecia. Deus passou a borra-cha da sua graça naquela vida e apagou os seus pecados. Ela sentiu o chamado de Deus para ser sua serva, estudou na escola da cidade, preparou-se e foi encaminhada ao Semi-nário de Educadoras Cristãs, o SEC, no Recife. Terminou o seu curso, fez estágio em uma igreja e então foi nome-ada como missionária, traba-lhando até hoje em regiões carentes do sertão nordestino, levando as boas novas do evangelho para a libertação de muitas vidas algemadas ao pecado. Ao acolhê-la em sua casa, a missionária lhe disse: “Não importa o que você foi até aqui, hoje você é uma nova criatura e uma serva de Cristo”.

Ninguém pode medir ou sequer imaginar o que Deus está fazendo através dos nos-sos missionários. Há histó-rias realmente fascinantes de como a borracha de Deus apaga por completo vícios e pecados para escrever uma

nova história em muitas vi-das. Eu mesmo teria muitas histórias da borracha da graça divina para narrar, desde a conversão do meu pai aos 38 anos de idade, em 1936. Ele era um alcoólatra que gastava o seu salário de carpinteiro na bebida, no baralho e no desregramento moral até o dia em que entrou na então congregação batista da Pa-rada Inglesa, em São Paulo, aceitou a Cristo e sua vida foi totalmente transformada. Chegou a ser diácono da Igreja Batista do Braz sob liderança do pastor Raphael Gióia Martins, serviu nessa função em várias igrejas e partiu aos 92 anos de idade, ainda diácono.

O tema da Junta de Missões Nacionais - “Jesus transfor-ma”, tem sido a experiência de milhões de brasileiros, vi-das realmente transformadas pelo poder de Deus. Todos os crentes devemos ser ins-trumentos ungidos nas mãos de Deus para que Deus possa passar a borracha do seu amor em muitas vidas domi-nadas por vícios e pecados, transformando-as em novas criaturas para nelas ser glo-rificado. Dou graças a Deus pela existência do SEC no Recife, que acolheu com ca-rinho aquela jovem, mesmo conhecendo sua história e a capacitou, como tem feito o CIEM aqui no Rio, para ser, ela mesma, uma borracha da graça de Jesus para apagar a sujeira de muitas vidas, a fim de que nelas Deus possa escrever a mensagem do seu amor. Os políticos corruptos, as autoridades ímprobas, os jovens viciados nas drogas, as prostitutas das grandes ci-dades e da beira das estradas em todo o Brasil, os deprava-dos que praticam a pedofilia e a violência contra mulheres e crianças, os viciados em jogos de azar... sobre quantas vidas arruinadas pelo pecado Deus realmente precisa pas-sar a borracha da sua graça que apaga todos os pecados e escrever uma nova men-sagem, para a salvação do Brasil. Seja essa a nossa ora-ção: “Usa-me, Senhor, como instrumento da tua graça para transformar vidas neste país, para que o Brasil se torne, de fato, uma nação cristã”.

Este exultante hino de adoração nos relembra do poder sem limites de Deus, revelado na criação e na redenção. Ao cantá-lo devemos me-

ditar na sua imensurável grandeza, no seu amor “tão grande” que fê-lo oferecer seu Filho sobre o altar! Gloriemo-nos na firme promessa de, um dia, estar na presença de Cristo, nosso Salvador. Prostremo-nos, diante dele sinceramente, em nossos cora-ções. Ao cantar “Grandioso és Tu”, rego-zijemos que um dia nós o veremos e para sempre cantaremos em adoração e gratidão àquele que se ofereceu como sacrifício em nosso lugar.

Este hino, originalmente uma melodia sueca de 1886, foi mundialmente traduzi-do, e muito amado. Seu autor, Carl Gustaf Boberg, pastor, poeta e hinista, que serviu muitos anos como senador no parlamento sueco, lhe deu o nome de “Ó Grande Deus”. Esse autor nasceu na Suécia, em 1859. Publicou vários volumes de poesia, além de escrever muitos livros.

Este hino maravilhoo cercou o globo e foi traduzido para diversos idiomas, entre eles, o inglês, alemão e o russo. Cliff Bar-rows, o regente da Cruzada Billy Graham, apresentou-o numa cruzada. Daí para frete tornou-se o hino-chave de louvor de todas as cruzadas e do programa de rádio mun-dialmente transmitido “Hora de Decisão”.

No Brasil ele foi traduzido por Paulo de Tarso Prado da Cunha, que tem servido ao Senhor através do ministério da Palavra e da música, desde Teresina, no Piauí, até o Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro atuou ao lado do missionário Bill Ichter, no Departamento de Música da Juerp.

O arranjo do Hinário para o Culto Cristão foi feito pelo compositor Ralph Manuel, em 1990. Ele nasceu nos Estados Unidos em 1951, mas serviu a Deus no Brasil desde 1980, como missionário da Junta de Richmond.

(Texto extraído do boletim dominical da PIB do Rio de Janeiro)

Conheça um hino que você canta na sua igreja

“Grandioso és Tu”(nº 52 do Hinário para o Culto Cristão)

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 03/11/13 reflexão

Nos dois últimos artigos abordamos a importância dos pais em não irrita-

rem seus filhos e sobre o va-lor da disciplina. Neste artigo vamos pensar no conselho de Paulo aos pais registrado em sua carta aos Efésios 6.4.

Antes de estudar o que vem a ser “conselho do Senhor”, devemos parar por um ins-tante e pensar no significado da expressão “criem-nos”. A ideia de Paulo ao usar esta expressão é que os pais de-veriam nutrir, não apenas colocá-los no mundo e dar alimentos para o crescimen-to físico. Nutrir tem a ideia de proporcionar um cresci-mento saudável integral, bio--psico, sócio-espiritual. Não é como criar uma tartaruga ou uma iguana.

A terceira coluna na edu-cação de filhos é criá-los no “conselho do Senhor”. A palavra “conselho” denota palavras de encorajamento, mas também reprovação, correção, instrução e repre-ensão.

Filhos, para serem criados no modelo bíblico precisam de disciplina (artigo anterior) mas também de instrução verbal.

Pais que desejam criar, nutrir de forma saudável, precisam lembrar que eles carecem de palavras de en-corajamento. Gary Chap-man, no seu livro “As cinco linguagens do amor” afirma que “palavras de afirmação” é uma das formas de demons-trar amor.

Quantas vezes os pais só lembram de proferir pala-vras de crítica, reprovação? Crianças, adolescentes e até filhos adultos querem ouvir dos seus pais palavras que levantem a autoestima, de incentivo, de apoio. Estas pa-lavras poderão ser proferidas desde quando despertam os filhos pela manhã para irem à escola. Como você, pai e

mãe, desperta seu filho logo de manhã? Quando estão para fazer uma prova ou um concurso, que palavras diri-gem a eles? Somente gritando para estudarem?

Quantas vezes, pai e mãe, elogia seu filho? O escri-tor americano Mark Twain (1835-1910) escreveu com muita propriedade quando afirmou: “Posso sobreviver dois meses com um elogio”. Crianças criadas ouvindo elogios (sinceros, é claro) crescem com a autoestima elevada, seguras de si mes-mas.

A expressão “conselho do Senhor” também tem a ideia de instrução verbal. Isto quer dizer que os pais precisam conversar com seus filhos, instruírem nos caminhos da vida. Fico a pensar que os pais são parecidos como a do técnico de futebol quando chama um atleta para entrar no transcorrer da partida. Conversa com ele ao pé do ouvido dando instruções. Ou também, no vestiário, onde pode conversar com todos os seus jogadores mostrando--lhes os caminhos para ven-cer a partida.

Criar filhos requer dos pais tempo para conversar com seus filhos ensinando-lhes o que é certo e o que é errado. Conversar sobre questões éticas, sobre sexualidade e tantos outros assuntos à luz dos princípios bíblicos.

Por último, todo “conse-lho” inclui a admoestação. Muitas vezes os filhos preci-sam de admoestação verbal, exortação firme, especial-mente quando fazem algo errado. Isto quer dizer que, muitas vezes, pais precisam usar de palavras firmes. Não é gritar, mas falar com fir-meza.

Todos estes processos na educação dos filhos devem ser feitos “no Senhor”, isto é, debaixo da autoridade de Cristo e para sua glória.

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

De acordo com a Bíblia (a Palavra de Deus) o ho-mem foi criado

para ter um relacionamento com Deus, ele nos criou para o louvor da sua glória. O que deveria estar aconte-cendo é uma busca intensa por Deus, pelo simples fato de que somos criados por Ele. Quando o homem busca a Deus sabendo quem é ele, a vida passa a ser diferente. Quando descobrimos que o Deus que servimos é onis-ciênte, isto é, ele conhece todas as coisas; onipresente (não há lugar na face da terra em que posso fugir Dele); onipotente (o Deus todo po-deroso), justiça, amor, entre

outros atributos, faz toda a diferença em nossas vidas.

Somos desafiados a bus-car a Deus sempre, no livro do profeta Isaías 55.6 diz: “Buscai ao Senhor enquan-to se pode achar, invocai--o enquanto está perto”. É necessário buscar o Deus da benção e não ir atrás da benção de Deus. Infeliz-mente é o que temos visto, multidões estão correndo atrás das bençãos de Deus e não estão buscando o Deus das bençãos. Esta atitude é errada e condenada, não podemos buscar a Deus por interesse, não podemos fazer barganha com Deus. Muitos querem trocar favores com Deus e até estipulam o que querem receber, fazem pro-messas com base em troca, “se o Senhor me der isto, farei isso”. Atitudes total-

mente equivocadas, fugindo do verdadeiro propósito de Deus para as nossas vidas.

O que Deus quer de mim e de você é uma adoração sin-cera, verdadeira, sem interes-se pessoal, devemos buscá-lo porque ele já fez tudo por nós, não buscá-lo por que te-mos alguma necessidade. O que já recebemos basta, falo daqueles que já são salvos através de Cristo, confessa-ram os seus pecados a ele e receberam a salvação. Sen-do salvo o que vier é lucro, por isso devemos buscar o Deus da bênção e não ir atrás da bênção de Deus. Viva-mos uma vida de adoração a Deus, sem interesse pessoal, mas única e exclusivamente com o desejo de estar cada vez mais perto dele, pois Ele merece toda a honra, toda a glória para sempre amém.

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7o jornal batista – domingo, 03/11/13missões nacionais

Tiago MonteiroRedação de Missões Nacionais

No final de outubro, Missões Nacionais realizou o Con-gresso Desperta

pelo Brasil, no Rio de Janeiro. O evento, que aconteceu na Igreja Batista Central da Barra da Tijuca, teve foco no traba-lho indígena e levou a cente-nas de pessoas informações importantes sobre a evange-lização deste povo. Mais que dados atualizados, a presença de índios durante a progra-mação (Ticuna, Xerente e Maioruna) trouxe novamente um senso de responsabilidade para com os silvícolas que, por vezes, ficam esquecidos.

Ouvir o testemunho de Mar-cos Maioruna, índio alcança-do por outros índios, foi notar o quanto houve progresso, especialmente nos últimos dez anos de história da evan-gelização desse povo. A ter-ceira onda de missionários (formada pelos autóctones) está chegando a lugares que sequer tínhamos notícias e o faz de maneira estratégica. Graças à preocupação com a evangelização discipuladora - um dos pilares da visão Igreja Multiplicadora – é possível formar vocacionados e enviá--los para o alcance de sua própria etnia ou de outras.

No caso de Marcos, o evan-gelho chegou através de um ticuna. Se assim não fosse,

ainda estaria sob o comando de traficantes colombianos, atravessando drogas para o território brasileiro em meio à selva. “Eles davam tudo: armas, equipamentos, rádio, caixas de munição.... Mas não sabíamos que estávamos passando perigo. Depois que fui descobrir que aquilo não era bom”, lembrou o índio. Em 1999 chegaram os missio-nários. Segundo Marcos, assim que ouviu o evangelho, sentiu que foi tocado pelo “Deus dos Ticunas”, mas ainda precisava de mais entendimento e de uma confirmação especial. Foi quando, durante uma tra-vessia de drogas, ouviu um canto diferente na mata. Era um pássaro que, na língua Maioruna, cantava: “Só Jesus é o caminho!”. Neste momento, entendeu que precisava entre-gar sua vida a Cristo e deixar que Ele o conduzisse. Sentiu que Deus também falava a língua Maioruna. “Eu sentia a presença de Deus. Não tem como explicar...”, afirmou.

Atualmente, Marcos, ao lado do pastor Eli Ticuna - missionário da JMN - é res-ponsável pela multiplicação do evangelho na região do Vale do Javari, que abriga mais de 3 mil indígenas no norte do país. Muito dos na-tivos que vivem nessa região sofrem com o vício do álco-ol, além de outras drogas. O alcance dessa área está estrategicamente marcada no planejamento de Missões

Nacionais. “É uma das fren-tes missionárias que estamos desenvolvendo. Lá tem sete grupos étnicos conhecidos e recentemente soubemos pela própria Funai que há cerca de 20 grupos étnicos considera-dos isolados. Estão no mato e não há contato com eles. Então, o objetivo dessa frente é concentrar forças para aten-der essa população”, explicou o pastor Eli.

Outras tribos estão sendo mapeadas sob a coordena-ção do pastor Eli. Juntamente a este trabalho, líderes in-dígenas vocacionados são desafiados a assumirem estes desafios após devido preparo. O treinamento inicial é feito no Centro de Capacitação In-dígena na tribo Ticuna. Além do ensino teológico básico, há períodos de treinamento avançado, focado em mis-sionários que já enfrentam as dificuldades do campo. “Duas vezes ao ano eles são convocados para participarem dessa capacitação em teologia e missiologia.”

Quando o evangelho chega em determinada tribo, o pro-cesso de mudança de mente é natural, mas não impositi-vo como muitos alegam. Os próprios índios selecionam os elementos culturais de seu povo e o julgam sob uma nova ótica, à luz das Sagradas Escrituras. Aquilo que é puro, se mantém. O que é espiritu-almente ruim, é rejeitado. Ar-mando Somprê Xerente, fruto

do trabalho desenvolvido pelos missionários Guenther Krieger e Rinaldo de Mattos, explica a seu modo a afir-mação acima: “Como índio, antes de conhecer a Jesus, vivia crendo naquilo que foi me passado pelos antepassa-dos. Via os espíritos tomando conta dos meus avós. Mas, quando ouvi a Palavra de Deus, decidi que não dava mais para mim. Não dava para servir a dois senhores. Vi que havia um Senhor maior e melhor que os espíritos”.

Esse relacionamento com Deus foi crescendo na medida do conhecimento das Sagra-das Escrituras. E a chegada do Novo Testamento na língua Xerente foi um divisor de águas. “Eu tenho dificuldade de ler em português, mas quando leio na minha língua, sinto que Deus está mais per-to. Isso ajudou muito e nossos irmãos que estão trabalhando na parte de evangelização também estão tendo mais re-sultado em seus ministérios”, comentou Armando.

Tiago Xerente, da Aldeia Porteira, TO, faz parte de uma geração abençoada. Ele praticamente nasceu no evan-gelho. Seus pais se converte-ram quando ele tinha apenas 3 anos. Desde pequeno já cantava no coral das crianças e com oito anos aceitou a Cristo. Em sua ótica, a chega-da de missionários foi “tudo de bom”, porque “ajudaram também na questão social

da tribo”. Hoje, Tiago cursa o sétimo período de Serviço Social pela Universidade Fe-deral do Tocantins e agradece a Deus porque Guenther e Wanda Krieger foram grandes incentivadores do desenvolvi-mento educacional na tribo. “Eles sempre davam suporte aos alunos xerentes. Incenti-vavam os jovens e substituíam professores na escola”.

Tiago também é líder de jovens em sua comunidade. Com seu violão, talento de-senvolvido pelo missionário Rinaldo de Mattos, tem le-vado a luz de Cristo a outros indígenas. Um dos grandes desafios em sua aldeia é a ido-latria e, para combatê-la, tem incentivado a igreja a realizar vigílias de oração. “A tendên-cia está aumentando há dias que passamos a noite inteira adorando a Deus”, explica.

Marcos, Armando, Eli e Tia-go são a terceira onda missio-nária que tem levado a Água da Vida ao interior do país. E esta onda tem crescido cada vez mais, até porque, apenas índios tem acesso a determi-nadas tribos. Mas os irmãos não-indígenas ainda podem contribuir e muito. As cordas precisam ser sustentadas e a demanda por capacitação é muito grande. Se sua igreja é apaixonada pela causa indíge-na, entre em contato através do e-mail [email protected] e faça uma parceria com Missões Nacionais.

A terceira onda missionária entre os indígenas

Tiago, Armando, Marcos e Pr. Eli – índios que cumprem a missão

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8 o jornal batista – domingo, 03/11/13 notícias do brasil batista

Comissão do Cinquentenário

No ano de 1952, como é a prática de plantação de igrejas, adotadas

pelos batistas no mundo, deu-se inicio aos trabalhos da Igreja Batista em Bura-rama de Minas, com cultos nos lares e estudo da pa-lavra de Deus. De forma poderosa Deus usava os irmãos de tal maneira que a obra crescia dia a dia, exa-tamente como diz a Bíblia em Atos 3.47: “Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E a cada dia acrescentava-lhes os que iam sendo salvos”.

Com o avanço do traba-lho nos lares, em 1956 foi organizada a Congregação Batista em Burarama de Mi-nas que proporcionou um maior crescimento. Daí veio à necessidade de construir um pequeno templo, que foi inaugurado em 1963. Neste ano a então Congre-gação Batista de Burarama de Minas, composta por 84 membros, pastoreados pelo saudoso Pastor Jacinto Pe-reira Faustino, exímio pre-gador da Palavra de Deus, sobretudo fiel às doutrinas

bíblicas defendidas pelos batistas, passou pelo con-cilio e foi organizada como Igreja Batista em Burarama de Minas.

A Primeira Igreja Batista em Capitão Enéas continua o seu avanço até os dias de hoje e só terminará com a volta do Senhor e Salvador Jesus Cristo. O pastor Jacin-to juntamente com a sua esposa a irmã Eugênia Ale-xandrina Pereira contribuiu 12 anos significativamente para que fosse desenvolvi-do o trabalho batista nesta cidade.

Ao longo dos seus 50 anos vários outros pastores con-tribuíram para que o evan-gelho continuasse avançan-do em nosso município, sendo eles, Pr. Isaias José da Silva, Pr. Cosme Oliveira de Souza, Pr. Nicodemos Célio da Silva, Pr. João Gabriel Vieira Borges, Pr. Arildo Dias, Pr. José Pereira da Ro-cha Filho, Pr. Adilson Neres de Queiroz, Pr. Manoel Ju-nior Gonçalves da Fonseca e atualmente o Pr. Joaquim Moura Matos Junior. Apesar das lutas, das provações, a Primeira Igreja Batista con-tinua firme nas doutrinas bíblicas das quais não ne-gociamos por nada. Apesar

das provações e dificulda-des, o Supremo Deus, tem honrado a sua palavra e até os dias de hoje tem usado o seu povo para a salvação de almas nessa cidade e região. Como fruto desse esforço, a Igreja organizou congrega-ções e mantém os trabalhos nas localidades de Peri-Peri, Santana da Serra, Orion e na cidade de São João da Ponte. A Primeira Igreja Ba-tista já teve o privilégio de organizar as Igrejas Batistas Centenário de Marcela e a Primeira Igreja Batista em Francisco Sá.

No que se refere ao seu patrimônio, com muita ora-ção, perseverança e união dos irmãos, em 1995 foi lançada a pedra fundamen-tal para a construção do novo templo, para honra e glória do nosso Deus. Desde a sua história o que se vê é a mão de Deus ope-rando através da vida de cada membro, e por isso podemos afirmar: “(...) Até aqui nos ajudou o Senhor” (I Samuel 7.12).

Em 11 de julho de 2011 o Senhor trouxe para Capi-tão Enéas o pastor Joaquim Moura Matos Junior, jun-tamente com sua esposa Renata Cardoso Silva Moura

e o seu filho Felipe Silva Matos. E é essa família que pela graça de Deus tem tra-balhado para a salvação do povo Eneapolitano. As lutas não acabaram, as dificulda-des são muitas, mas o nosso Deus tem suprido todas as nossas necessidades e em Deus temos feito grandes coisas.

Pela graça de Deus con-tinuamos avançando. Nes-ses 50 anos, novos irmãos chegaram e muitos outros partiram. Alguns foram para outras cidades e outros para a eternidade deixando em nossos corações uma grande saudade, mas sabemos que em breve nos encontrare-mos na eternidade. Louva-mos a Deus pela vida de to-dos os irmãos que militaram conosco e que hoje gozam do privilégio dos santos no céu.

Hoje podemos afirmar que a Primeira Igreja Ba-tista em Capitão Enéas é uma entidade que a 50 anos compartilha a palavra que é “Poder de Deus para salva-ção de todos aqueles que creem.” Mesmo com nossas imperfeições, lutamos para que um dia “cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de

Deus, ao estado de homem feito, a medida da estatura da plenitude de Cristo, a estatura de varões perfeitos” (Efesios 4.13).

Pela graça de Deus temos hoje uma estrutura organi-zacional e estrutural capaz de atender a todas as faixas etárias para o estudo da Bíblia e adoração a Deus, através da Escola Bíblica Dominical.

A Igreja Batista mantém o programa “Jesus Cristo é a única esperança” que vai ao ar sábado às 17h, pela Rádio Clube de Capitão Enéas, 87,9 FM.

Completamos 50 anos, certos de que o Senhor sem-pre esteve conosco e em to-das as coisas nos faz “Mais que vencedores em Cris-to Jesus o nosso Senhor”. Cheios de alegria e grati-dão, continuamos pregando o evangelho, pregando a verdade de que só Jesus “é o caminho, a verdade e a vida...” Sempre firmes e prosseguindo para o alvo que é Cristo Jesus o nosso Senhor.

Parabéns a todos da PIB em Capitão Enéas. “Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Salmos 126.3).

PIB de Capitão Enéas comemora 50 anos

Pr. Donizetti Dominiquini

Mulher Cristã em Ação da Primei-ra Igreja Batista em Mongaguá

celebrou no dia 10 de agosto o 31º aniversário em grande estilo. A Coordenadora Ge-

ral, Amélia Lopes de Aqui-no, enfatizou a presença de diversas igrejas do Litoral Paulista. A noite foi inspira-tiva e enaltecida com a par-ticipação musical da Igreja Batista Cidade Ocian (Praia Grande), IB Humaitá (S. Vi-cente), PIB Solemar (Praia

Grande), Congregação do Jd. Cabuçu (IB de Itanhaém), PIB de S. Vicente (S. Vicente) e PIBMongaguá (Mongaguá).

Em seguida foi ouvida uma mensagem desafiadora pela preletora Eliana Edington San-tos Dias (PIB de S. Vicente) com o tema proposto, “Es-

colhidos por Cristo Frutifi-quemos”, e texto bíblico de João 15.16. Após, o pastor Geraldo Santos Dias (PIB São Vicente) foi convidado para orar pelo trabalho feminino no Litoral Paulista. No final da celebração, o pastor Donizetti Dominiquini (PIBMongaguá)

fez algumas considerações importantes à participação da MCA como braço forte da Igreja no trabalho e, dedica-ção no Reino de Deus.

Agradeceu a todos, pedin-do a bênção de Deus para o crescimento do trabalho da MCA no Litoral Paulista.

MCA da PIB em Mongaguá celebra 31 anos

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9o jornal batista – domingo, 03/11/13notícias do brasil batista

Gabriel Girotto LauterCoordenador de Projetos da Faculdade Batista Pioneira

A Faculdade Batista Pioneira é uma ins-tituição de ensino teológico com mais

de 45 anos de existência que tem trabalhado para auxiliar aqueles que desejam se pre-parar com excelência para o exercício do ministério cris-tão. Fundada em 1967, na época como Instituto Bíblico de Ijuí, a Faculdade viveu neste ano de 2013 momentos muitos especiais: a conquista do reconhecimento do seu curso de Bacharelado em Teologia junto ao Ministé-rio da Educação (MEC) e a “passagem do bastão” do até então diretor, Pr. Dr. Antônio Renato Gusso, para o novo diretor, Pr. Dr. Claiton An-dré Kunz. Para marcar este momento, realizou-se no dia 17 de agosto, no templo da Primeira Igreja Batista de Ijuí, um culto de gratidão a Deus. Na ocasião, estiveram presentes funcionários e alu-nos da instituição, bem como irmãos de diversas igrejas da região.

O pastor Gusso serviu como diretor da Faculdade Batista Pioneira ao longo dos últimos 10 anos. Foi sob sua direção que a instituição conquistou, para a glória do Senhor, o reconhecimento do curso de Bacharelado em Teologia junto ao MEC. Em recente visita da comissão de avaliação, o curso foi ava-liado com o conceito “muito bom”, o que indica, con-forme a avaliação do MEC, que o mesmo encontra-se entre os melhores cursos de teologia batistas do Brasil. Como batistas brasileiros, tal reconhecimento é motivo de grande alegria e gratidão a Deus. Mesmo buscando a excelência no ensino acadê-mico, o pastor Gusso sempre conduziu a instituição com a visão da Bíblia como Palavra de Deus. Esse compromisso com a Palavra do Senhor tem sido compartilhado por to-dos os professores e também transmitido para os alunos através das aulas e da convi-vência no campus.

O texto de I Timóteo 3.1 expressa a importância que a Palavra do Senhor confere ao trabalho ministerial. Sa-bemos que o ministério traz consigo lutas e desafios, mas cremos que o Senhor Jesus

é quem chama e capacita seus obreiros. A sequência do texto também nos mostra claramente que o exercício do ministério requer mais do que conhecimento intelec-tual ou habilidades técnicas, mas um caráter em confor-midade com os princípios do Evangelho. Por este motivo, a Faculdade Batista Pioneira tem buscado contribuir para uma formação integral de seus alunos, trabalhando com eles aspectos de sua vida pes-soal e de caráter.

Um dos projetos da Fa-culdade que permite a for-mação integral de maneira mais efetiva chama-se Wake Up. Trata-se de projeto com duração de seis meses em tempo integral voltado espe-cialmente para adolescentes e jovens. O propósito do projeto é contribuir para o amadurecimento espiritual dos participantes através do estudo da Bíblia, oração e discipulado. Nesse período, os jovens tornam-se mais preparados para enfrentar os desafios da vida universitária e são despertados para um maior envolvimento com missões. O projeto busca também despertá-los para sua vocação, através de oficinas com profissionais cristãos de diversas áreas, incluindo áreas ministeriais.

Historicamente nós batistas fomos reconhecidos como

“os Bíblias” pelo grande va-lor dado em nossas igrejas ao estudo da Palavra do Se-nhor. Esse legado não pode se perder! Para isso, nossos seminários precisam continu-ar comprometidos com uma teologia centrada na Palavra, sem esquecer que a formação de um ministro não deve ser apenas acadêmica. Assim, nossas igrejas continuarão sendo servidas por pastores que conhecem a Palavra e que expressam em suas vi-das o verdadeiro caráter de Cristo.

Fiél é a Palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente

obra almeja

1967 – 1967 Pr. Otto Grellert1968 – 1968 Dra. Dorothea Nowak1969 – 1971 Pr. Joel Leite Lopes1972 – 1975 Pr. Renato Salles1976 – 1979 Pr. Erich Tausenfreund1979 – 1979 Ira. Ruth Gress Waldow1980 – 1982 Pr. Renato Salles1983 – 1984 Pr. Heiz Adolf1985 – 1992 Pr. Bruno Teoldoro Seitz1993 – 1998 Pr. Erich Tausenfreund1999 – 2002 Pr. Martin G. Landenberger2002 – 2004 Pr. Carlos Günter Waldow2004 – 2013 Pr. Dr. Antônio Renato Gusso2013 – Pr. Dr. Claiton André Kunz

Quadro de diretores da instituição:

Dr. Claiton Kunz, novo diretor da Faculdade, e Dr. Antonio Renato Gusso homenageado pelo longos anos na direção da instituição

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10 o jornal batista – domingo, 03/11/13 notícias do brasil batista

Pastor Salovi Bernardo Junior1º Vice Presidente da CBA

A Casa Ba t i s ta da Amizade Pr. Alci-des Franco foi fun-dada em 19 de ju-

nho de 1994, por membros da Igreja Batista Nova Jeru-salém, desejosos de desen-volver atividades sociais de benemerência, para ajudar pessoas necessitas nos bair-ros Tatuapé e Vila Carrão em São Paulo. A Organiza-ção ocorreu atendendo os anseios da própria natureza da Igreja. Ao longo destes anos temos distribuído ces-tas básicas, feito campanhas de doação de roupas e aga-salhos por ocasião da che-gada do inverno, oferecido cursos de bordado, corte costura, patchwork, artesa-nato, culinária, panificação, soja, atendimento psicoló-gico e palestras sobre saúde e família. Atendimentos e consultas particulares tem sido oferecidos com des-contos através de parcerias

com organizações, labora-tórios e clínicas médicas, com aproximadamente 33 especialidades e atendimen-to de odontologia. Um dos mantenedores também é a Igreja Batista Nova Jerusa-lém, onde oferece variadas atividades de apoio através de atendimento na área da saúde tanto na sede – Rua José Tabacow 250 - como atendimentos por médicos e psicólogos, acupuntura, estética, como ainda, por

uma ampla rede de médicos, dentistas e clínicas.

Tudo isto tem possibilitado a CBA oferecer um tratamen-to preventivo de alta qualida-de possibilitando as pessoas que não tem convênio ter seu tratamento e exames com um desconto que chega a 70% em alguns exames.

Outra estratégia de ajuda foi a realização de Congres-sos de Ação Social e que atualmente está em sua 6ª edição falando sobre os se-

guintes temas: “Que posso fazer?”, “Respeitar as pessoas é valorizar a vida”, “Que liberte os oprimidos”, “Meio Ambiente e a Ação Social”, “Ações da sociedade para valorização da vida”, “Ação social mais que compaixão, acolhimento”, “Visando pro-mover a responsabilidade social para a comunidade”.

A CBA também tem rea-lizado almoços, jantares e festas com parceria de vá-rios empresários: padarias,

açougues, supermercados, sindicatos, Faculdade Hotec e pessoas da igreja e da so-ciedade.

Nestes 19 anos de ativida-des, muitas pessoas têm sido abençoadas com tudo que Deus tem possibilitado reali-zar. Hoje compartilho nossa história com vocês, pois que-ro estimular sua igreja a fazer o mesmo, pois o investimen-to é muito pequeno para a quantidade de benefícios que alcançamos.

Departamento de Ação Social da CBB

História para nos animar e encorajarHistória da Casa Batista da

Amizade Pastor Alcides Franco

Trânsito sem celular. Atenda a esse chamado. Seja você a mudança no trânsito.

SE VOCÊ NÃO PERCEBEU A CRIANÇA AQUI, IMAGINE NO TRÂNSITO.

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Trânsito sem Celular, Atenda esse Chamado

Desde outubro de 2010, o Brasil tem mais ce-lulares do que pesso-as. Hoje em dia, para

cada 100 habitantes no país, há aproximadamente 135 celulares, e esses números se refletem em várias áreas, mas mais especifica-mente no trânsito.

Pensando nesse e em outros problemas, a ONU proclamou em 2011 a Década de Ação pela Segurança no Trânsito e lançou um desafio para os países: re-duzir em até 50% o número de mortes no trânsito em um prazo de 10 anos.

O Governo Brasileiro respon-deu esse desafio com o lan-çamento do PARADA – Pac-to Nacional pela Redução de Acidentes. O pacto é uma sé-rie de ações para educação, capacitação, conscientização, sensibilização e promoção de mudanças de atitude no trânsito. A campanha de Celular é um desdobramento do PARADA, e tem como objetivo diminuir o perigoso hábito de utilizar o celular no trânsito.

A campanha “Parada Celular 2013” se uti l iza de algumas situações de risco para retra-tar o quão absurdo é o hábito de usar o celular no trânsito:

um açougueiro cortando car-ne enquanto fala ao celular; um marceneiro utilizando uma motoserra também falando ao celular; e uma médica operan-do um paciente atendendo ao telefone. Todas essas situações remetem ao risco de se realizar algo potencialmente perigoso prestando atenção em outra coisa. Na sequência vemos que a distração causada pelo celular no trânsito pode causar aciden-tes perigosíssimos, que podem ter como resultado o óbito de quem usa o celular ou de outras pessoas no trânsito. Ao final, a campanha assina com o concei-to da campanha e do PARADA: “Trânsito sem celular. Atenda a esse chamado. Seja você a mu-dança no trânsito”.

As peças serão veiculadas em TV aberta e fechada, rádio, revis-tas, jornais, peças de mídia exte-rior, portais de internet e redes sociais. Faça a sua parte nesse pacto. Atenda você também a esse chamado.

Siga nosso perfil no Twitter e Instagram @paradapelavida

Curta nossa página no Face-book facebook.com/paradape-lavida

Acesse a página do Rotas das Cidades rotasdascidades.com.br

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11o jornal batista – domingo, 03/11/13missões mundiais

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Ne s t a p r i m e i r a segunda-feira de novembro, Dia Batista de Oração

Mundial, una-se a milhões de crentes em todo o planeta e ore por aquelas pessoas que ainda não foram alcançadas pelo Evangelho. Neste dia, interceda também por nossos missionários, que dedicam suas vidas para levar a men-sagem de Cristo.

O Dia Batista de Oração Mundial é uma data com total afinidade com a obra missionária mundial, pois

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

A primeira turma do Radical Ásia já está em campo. O culto de comissionamen-

to dos dez jovens deste pro-jeto aconteceu em um clima de muita alegria e gratidão a Deus por esse momento histórico para Missões Mun-diais.

Parentes e amigos dos in-tegrantes do Radical Ásia vindos de todas as regiões do país lotaram a capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, no dia 19 de outu-bro, para prestigiar e dar um “até breve” aos jovens, que permanecerão no campo até o final de 2016.

O culto foi aberto com uma palavra do coordenador do Programa Radical, Pr. Fabiano Pereira, que agra-deceu a presença de todos e destacou que o envio do Ra-dical Ásia é o cumprimento da missão da igreja de Cristo na Terra: ir e fazer discípulos de todas as nações.

“Estamos felizes por essa caminhada de sete meses (do início do treinamento até aqui), uma caminhada que está apenas começando. Ela é longa, mas com passos firmes vocês chegarão até a Ásia”, disse o Pr. Fabiano aos jovens do Radical Ásia.

Segundo o Pr. Fabiano, o envio do Radical Ásia é

o alvo da nossa oração são os povos não alcançados e os missionários, que tanto carecem de nossas súplicas a Deus.

Nas igrejas brasileiras, a programação para esta data é organizada pela União Fe-minina Missionária Batista do Brasil (UFMBB).

“Orando pelos campos, pe los miss ionár ios que estão atuando em vários países e pelos povos não alcançados, estamos aten-dendo ao anseio do nosso querido Pai”, diz a diretora executiva da UFMBB, Lu-cia Margarita P. Brito, ao se referir à fala de Jesus em Mateus 9.38: “Rogai,

“resultado de um sonho, de oração e de pesquisa”.

“Mesmo sendo o Radical Ásia um sonho há muito tempo dentro da JMM, ele só tomou forma em 2012. Como coordenador, me sin-to muito feliz vendo que Deus abriu as portas para tudo o que sonhamos e pla-nejamos”, disse o coorde-nador.

Os integrantes do Radi-cal Ásia compartilham da opinião do Pr. Fabiano. A jovem Melissa Azevedo, de 22 anos é formada na área de recursos humanos, pretende sinalizar o Reino de Deus no campo através de sua vida.

pois ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara”.

“Além do infinito privilégio de falar diretamente com o Deus criador e soberano, temos a oportunidade de participar da obra missioná-ria, que é a missão para a qual o Senhor nos designou”, acrescenta.

ore pelos missionários da JMM

A missionária Cristiane Oli-veira está em Burkina Fasso, na África, onde testemunha o Evangelho. É do campo que ela compartilha uma experi-ência de oração e se como-ve como Deus responde as

“Meu desejo é realmente ser uma bênção lá e brilhar a luz de Cristo, a luz que esses povos precisam”, afirma.

A mensagem foi trazida pelo gerente de Missões da JMM, Pr. Alexandre Peixoto, que ressaltou a importância de anunciar a palavra de Deus pelo mundo. O Pr. Alexandre destacou também a importância de projetos como o Radical Ásia em pa-íses considerados fechados ao Evangelho.

“Esses dez jovens estão indo a um lugar onde eu, com currículo de pastor, não posso entrar”, disse o geren-te de Missões. “Jovens estão abrindo mão de várias coisas

orações principalmente em tempos atribulados.

“Algo que me impressiona é que sempre nos períodos de dificuldades, sempre rece-bo mensagens de irmãos que me dizem: ‘Orei por você tal dia’, e quando vou ver o dia, era realmente o momento em que estava precisando muito. Você ora daí, e Deus respon-de aqui em forma de milagre, livramento e renovação de forças, para que a cada dia a obra do Senhor avance e o nome dele seja glorificado”, conta Cristiane.

Portanto, informe-se com a liderança da União Feminina da sua igreja sobre a progra-mação do Dia Batista de Ora-

para seguirem ao campo ao invés de serem profissionais de destaque em seu próprio país”, acrescentou o Pr. Ale-xandre, que apresentou os desafios e as ações da JMM na Ásia com o objetivo de testemunhar de Cristo aos povos não alcançados da-quele continente.

Os integrantes de todas as turmas do Programa Radical que atualmente estão no campo também participaram do culto. Os jovens do Ra-dical África 9 (Burkina Fas-so), Radical Luso-Africano 4 (Guiné-Bissau) e Radical Haiti 1 enviaram mensagens de vídeo. A décima turma do Radical África, que está

ção Mundial. Participe, ajude a divulgar e ore conosco. Acesse www.missoesmun-diais.com.br e conheça nos-sos materiais com motivos de oração enviados diretamente dos campos. Seja através do Diário de Oração e dos livretos 10 Dias de Compro-misso, encartados em A Co-lheitA, ou sendo cadastrado no Programa de Intercessão Missionária (PIM), você se une a milhares de pessoas em um único propósito: orar por nossos missionários e pelos povos não alcançados.

Vale a pena participarmos e sentir que fazemos parte desse movimento para a sal-vação dos povos.

em treinamento no Brasil, também participou, além dos próprios jovens do Ra-dical Ásia.

Para o coordenador de Missões Mundiais para a Ásia, Pr. Renato Reis, o pro-jeto Radical Ásia é um “so-nho de muitos anos”.

“Desde que o Programa Radical começou, tenho falado que há espaço para eles na Ásia. Ver esta turma partindo agora, realizando esse sonho, me sinto como se eu mesmo estivesse indo para lá”, disse o Pr. Renato, que fez a oração de comis-sionamento e entregou os certificados a cada um dos jovens do Radical Ásia.

O Pr. Celso Fortunato, da Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí, RJ, fez a ora-ção final.

Também estiveram presen-tes ao culto Daniele Valério, Adriana Brito e Tatiana Ma-cedo, da Coordenação do Programa Radical; Pr. Girlan e Denise Silva, coordenado-res do curso de Capacitação Missionária da JMM; Pr. Da-vidson Freitas, novo gerente de Comunicação e Marke-ting; além de missionários e convidados especiais.

Agradeça pelas vidas e ore pelos integrantes da primeira turma do Radical Ásia: An-dré Santiago, Daniel Olivei-ra, Israel Soares, Liah Matos, Mariana Lima, Melissa Aze-vedo, Raquel Lopes, Rebeca Rocha, Samuel Pimentel e Vanessa Calixto.

Um dia para orar por Missões Mundiais

Programa Radical entra em campo na Ásia

Page 12: Jornal Batista - 44

12 o jornal batista – domingo, 03/11/13

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É desobri-gada da

lei conjugal(Rm 7:2)

Relativoao dia da

EBD

Benefícioda fé em

Jesus (Gl 2:16)

Leporídeode regiõesneárticas

Relativoa asa

Passar alínguasobre

Foi alimen-tado porcorvos (I

Rs 17:1-6)

(?) Boesel,piloto

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MatoGrosso(sigla)

Letra queprecede ocifrão no

real

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(Pv 14:30)

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Terceirofilho de

Jacó e Lia (Gn 35:23)

(?) Cala-bresa: atuano “CQC”

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Sobrinhada Mar-garida(HQ)

Letra queidentificao HD domicro

Fêmea docavalo

(?) por: conside-rou como

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Rei de Israel quereinou na cidade deTirza durante seisanos (I Rs 16:23)

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Espanha

Saudação de Judas aJesus, no momento

da traição (Mt 26:49)

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Disse: “Naverdade,

estehomem

era justo”(Lc 23:47)

Instituição queorganiza o

campeonato europeu(fut.)

Um dos frutos doespírito (Gl 5:22)Último livro do

pentateuco

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(Gn 25:20)

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notícias do brasil batista

Departamento de Comunicação da Convenção Batista do Estado do Espírito Santo

O congr e s so de executivos ba-tistas do Brasil aconteceu dos

dias 24 a 27 de setembro na Praia da Costa, Vila Velha, ES, no hotel Quality. Os executivos do Brasil foram desafiados a uma reflexão sobre o tema: “A relevân-cia das convenções” que teve como orador o pastor Alexandre Nasser. Além do pastor Nasser os executivos participaram de uma mesa redonda, explosão de ideias e painel. “Foi um tempo muito precioso onde apren-demos, comparti lhamos e fomos tratados”, disse o pastor Diego Bravim diretor geral interino da Conven-ção Batista do Estado do Espírito Santo. Cerca de 50 executivos de vários estados se fizeram presentes nesse encontro e ressaltaram a importância do mesmo, pa-rabenizando assim a CBB pela iniciativa e a organiza-ção do pastor Izaias Quirino diretor geral da Convenção Batista do Paraná e orga-nizador do 31º congresso de executivos batistas do Brasil.

Em solo capixaba o Espíri-to Santo de Deus tem atua-do de forma efetiva e aben-çoadora através das mais de 700 igrejas e congregações e dos mais de 80 mil batistas no estado do Espírito Santo. A convenção capixaba tem avançada na educação teo-lógica através do CETEBEES (Centro Teológico Batista do Estado do Espírito Santo) na formação de pastores, mi-nistros e líderes para igreja local e agora lança novos cursos e pós graduação. Os capixabas também avançam através da evangelização junto das organizações mis-sionárias da convenção com jovens, homens e mulheres que se uniram para realizar caravanas missionária, rally missionário, treinamentos e capacitação através do ministério de educação cris-tã. O MEVAM (ministério de evangelismo e missões) sustenta mais de 30 missio-

nários dentro do estado que tem 78 municípios e chega ao último município, Mu-curici, que recebe um casal de missionários para atuar no campo.

Através da cooperação das igrejas o estado avança na evangelização e no cresci-mento de igrejas. No mês de outubro a Convenção tem a alegria de emancipar a Igreja Batista em Ibitirama, que foi fruto do trabalho de plantação de igreja. Nos próximos meses estaremos desafiando a cada batista capixaba a contribuir men-salmente com ofertas es-pecíficas aos missionários. Estaremos criando a rede de intercessores que tem por alvo envolver 7 mil batis-tas orando incessantemen-te por missões estaduais, ofereceremos treinamen-to para evangelização de crianças e de universitários. Os batistas no Espírito Santo avançam na evangelização dentro dos presídios do es-tado através das capelanias e ainda avançaram mais ampliando capacitação e treinamento para mais mis-sionários através de capela-nias prisionais, hospitalares e militares.

A capelania portuária tem alcançado marinheiros es-trangeiros através do CAM (Centro de Apoio aos Ma-rinheiros). “Vamos desa-fiar os batistas capixabas a dobrarem o número de membros em suas igrejas nos próximos cinco anos e motivar nossas igrejas a ganhar o estado para Jesus, queremos aumentar o nú-mero de missionários e no-vas frentes missionárias em regiões estratégicas”, disse o diretor interino pastor Die-go Bravim. A Convenção Batista do Estado do Espírito Santo é uma Convenção que a mais de 100 anos professa Jesus e tem sido canal de bênção na vida do povo capixaba, os batista no ES também são uns dos que mais enviam ofertas a mis-sões nacionais e mundiais.

Nos últimos meses a Con-venção passou por uma transição e tem nova dire-ção composta pelo pastor Washington Pereira Viana como presidente. Washing-

Batistas capixabas recebem os

executivos do país e avançam

ton é pastor há 20 anos na Primeira Igreja Batista em Bento Ferreira e hoje tem a missão de conduzir os

batistas no Espírito Santo aos novos desafios. Além do pastor Washington a Convenção tem a direção

geral interina o pastor Die-go Bravim, ex-presidente da Juventude Batista Bra-sileira.

Page 13: Jornal Batista - 44

OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 03/11/13notícias do brasil batista

Os filhos,Ana, Carlos, Ausma, João, Wilma e Valda

“Louvada seja a mulher que teme ao Senhor”

Sete dias antes de com-pletar 100 anos de idade, e quatro dias antes do culto a Deus

em homenagem a vida de nossa mamãe Hilda Augstro-ze, ela foi chamada por Deus para a eternidade.

Nossa mamãe continuava forte mas não tão ativa quan-to antes. Ao invés de visitar os velhinhos da Igreja, ela agora recebia visitas em seu aparta-mento na Colonia Palma. Ela sempre tinha uns docinhos, um chocolatezinho ou um biscoitinho para oferecer aos visitantes e principalmente às crianças que iam vê-la. Mem-bro da Igreja Batista de Varpa no Município de Tupã era uma das remanescentes mais antigas dos letos (letonianos) que vieram para o Brasil em torno de 1922, fundando a Colonia Varpa, que em leto significa “espiga”, localizada às margens do Rio do Peixe no Estado de São Paulo. Este nome foi escolhido porque significa que estavam todos unidos em torno de um mes-mo objetivo.

Dona Hilda nasceu em Riga, capital da Letônia em

Pr. Almyr Ricardo Chaffin Martins

“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (II Timóteo 4.7).

Este era o versículo pre fer ido de meu irmão nos seus últi-mos dias, segundo

nos disse nossa cunhada, Margareth Vieira Martins. Parecia que ele já estaria prenunciando a sua ida para os braços do Pai.

Roberto, como todos o cha-mavam, foi um crente fiel

23 de julho de 1913. Veio para o Brasil, com a mãe, a avó e uma irmã. Estava com 10 anos e a irmã Erna com 8. Em razão das condições extremamente precárias da-quele início de vida em Varpa, muitos dos imigran-tes, por falta de recursos médicos e hospitalares na redondeza, faleceram víti-mas de uma epidemia de desinteria. Entre elas, a sua mãe, Alma.

Esta, estando muito mal e vendo as meninas chorarem, chamou-as e lhes disse: “não chorem meninas, pois eu já as entreguei nas mãos de Deus e Ele vai cuidar de vo-cês!” A avó passou a cuidar das netas. Moravam na Cor-poração Evangélica Palma, numa fazenda corporativa.

Com 17 anos, em 8 de novembro de 1930, casou--se com um jovem pastor e cirurgião dentista per-tencente ao grupo dos imi-grantes de Palma, chamado João (Janis) Augstroze. O novo marido já era pastor auxiliar da Igreja Batista em Presidente Prudente, onde foram morar. Mais tarde o pastor João Augstroze assu-miu o pastorado da Igreja e ao todo residiram em Presi-dente Prudente por 12 anos. Durante o seu pastorado a Igreja construiu o novo templo e chegou a ter dez

desde sua conversão ao Se-nhor, em fevereiro de 1977, na Igreja Batista no Jardim Santo Antônio (atualmente, PIB de Guadalupe, RJ), per-manecendo fiel ao Senhor por todas as igrejas em que passou, tornando-se membro ativo, apoiando seus pasto-res, contribuindo no que fora necessário para que o reino de Deus fosse anunciado. Desempenhou a função de tesoureiro por muitos anos, sendo consagrado ao Mi-nistério Diaconal na PIB de Ricardo de Albuquerque, exercendo-o com afinco até o

Congregações. Nasceram ali, seis dos sete filhos que tiveram: Ana, Carlos, João, Walter, Ausma e Wilma. Em São Paulo nasceu a última filha, Valda.

Pastor João, trabalhava como dentista durante a se-mana e nos fins de semana dirigia a Igreja. Depois de seis anos, sentindo-se mais cansado, decidiu voltar para a Palma com a família onde moraram nove meses, aju-dando em todos os trabalhos da Colonia.

Depois destes nove meses na Palma a vida mudou no-vamente. Pastor João aceitou o pastorado da Igreja Batista de Lucélia, e mudou-se com a familia para a vizinha cida-de de Adamantina, e vários filhos foram morar e estudar no Rio de Janeiro. Depois de um breve tempo em Sumaré, também ajudando as igrejas nas cidades de Limeira e Ara-ras, a familia mudou-se para Campinas ajudando a Igreja do Cambuí. Mais adiante voltaram a Varpa e o pastor João voltou para pastorear a Igreja Leta local. Com filhos casados e outros estudando, aceitaram o convite de pas-torear a Igreja Leta de São Paulo.

Já avançado em idade, o pastor João ficou enfermo, o que o impediu de continuar no ministério. Mudaram-se

dia em que o Senhor o levou para Si. Mesmo com sérios problemas de saúde, com dores na coluna, não deixou de exercer as suas funções e participar das atividades de sua Igreja.

Chaffin, como fora conhe-cido nos seus dois empregos, no Exército Brasileiro, onde foi oficial por sete anos, e na Marinha Brasileira, após sua baixa no exército, na qual exerceu a função de contador por mais de vinte anos, era reconhecido por seus companheiros de tra-balho como um evangelista,

para Campinas, onde no mês de janeiro de 1989 ele veio a falecer, com a idade de 93 anos. Para estar próxima da irmã Erna e filha Ausma, mamãe mudou-se para São Paulo, e agora já há muitos anos morava na Palma.

Paralelamente ao ministé-rio no Brasil, o pastor João ajudou e contribuiu para a fundação e desenvolvimento da fazenda missionária dos batistas letos do Brasil, em Rincón del Tigre, na Bolívia. Dona Hilda visitou essa Mis-são por várias vezes, passan-do ali períodos que chegaram a se estender por meses aju-dando os missionários letos nos afazeres diários.

Durante sua vida, Dona Hilda, além de mãe extremo-sa, sempre trabalhou muito nas igrejas onde o marido era pastor. Foi professora de Escola Bíblica Dominical, tra-balhou com as senhoras, com a sociedade de moças, com música, tocava “harmônio” e regeu coros. A sua linda voz encantou a muitos com os seus belos solos. Sempre esteve intensamente envolvi-da em ação social nas igrejas. Ainda que não fisicamente, a D. Hilda continuou teste-munhando e aconselhando àqueles que a visitavam no seu apartamento na Colonia Palma. Estas atividades con-tinuavam a ser pontos fortes

pois onde estava buscava um lugar para reunir-se e pregar a palavra.

Homem de Deus, casa-do com Margareth, deixou a viúva com um filho, sua mãe e seis irmãos, os quais aguardam o chamado do Senhor para um dia estarem juntos na mansão celestial, na presença daquele que nos salvou, o Senhor e Salvador Jesus.

Roberto deixou-nos muito cedo, apenas com 55 anos. Mas, recordaremos sua fé e seu amor pela causa do Mes-tre, que o levou para Si.

mesmo em tão avançada idade.

A família da D. Hilda está espalhada entre Brasil, Esta-dos Unidos e África do Sul, onde a sua filha, Ana e seu esposo, Ronald Rutter foram missionários por 20 anos. D. Hilda teve setes filhos (1 já falecido), 15 netos (mas 2 já falecidos), 33 bisnetos e quatro trinetos.

A sua vida ministerial, en-compassa 59 anos de casa-da e 83 anos servindo ao Senhor. Assim, seus filhos, netos, bisnetos e agora qua-tro trinetos prestam a ela nesta necrologia, uma justa homenagem, pelo exemplo de dedicação incansável ao Senhor. Que este exemplo possa também despertar e incentivar muitos outros à mesma dedicação.

Carlos Roberto Chaffin Martins(26/08/1956 - 15/10/2012)

Hilda Augstroze100 anos de vida marcante (1913-2013)

Page 14: Jornal Batista - 44

14 o jornal batista – domingo, 03/11/13 notícias do brasil batista

Page 15: Jornal Batista - 44

15o jornal batista – domingo, 03/11/13ponto de vista

Dr. Josué Mello SalgadoPastor batista e doutor em teologia

O texto bíblico que se encontra em Atos dos Apósto-los 6.1 a 7 vem

recebendo dos especialistas duas interpretações distintas. Por um lado temos aqueles que não veem nele a institui-ção do diaconato, enquanto outros encontram no uso por três vezes do termo grego diakonia uma evidência da origem, naquele contexto, da instituição do diaconato. Es-tou absolutamente convenci-do da primeira hipótese. Cito aqui dois comentaristas dos mais conhecidos em língua portuguesa: “É digno de nota que Lucas não se refira aos sete como sendo diáconos; a tarefa deles não tinha nome formal. A escolha de sete ho-mens estava em consonância com a praxe judaica de no-mear juntas de sete homens para deveres específicos” (I. Howard Marshall. Atos. Introdução e Comentário. (Série Cultura Bíblica) – São Paulo: Vida Nova & Mundo Cristão, 1982, pg.123).

“Embora as opiniões dos líderes cristãos e estudiosos a respeito da origem do ofício de diácono variem, este autor não vê razão para crer que os sete se tornaram um protóti-po do ofício mencionado em Filipenses 1.1 e nas epístolas pastorais (I Timóteo 3.8-12). Aqueles que argumentam que este ofício começou com Estevão e os outros, fazem-no porque diáconos (diácono) é relacionado, no capítulo 6, de maneira apropriada, a diakonein trapezais (servir às mesas). Todavia, pelo mesmo uso de palavras, podemos argumentar que os apóstolos eram diáconos, pois deseja-vam continuar na diakonia (ministério) da palavra. É verdade que, tradicionalmen-te, desde o terceiro século até o presente, os sete têm sido associados com o ofí-cio administrativo atual de diácono” (T. C. Smith. Atos in Comentário Bíblico Bro-adman: Novo Testamento. Clifton J. Allen (ed.), Volume 10. – Rio de Janeiro: JUERP, 1984, pg. 65).

Algumas razões levam à adoção da primeira tese, i.e., a de que não há aqui a insti-tuição ou a origem de uma função oficial ou de um ofí-cio de diaconato na igreja:

a) O substantivo gr. diako-nian aparece 34 vezes em 5 formas e 32 versos no NT. Já o verbo gr. diakoneo ocorre 37 vezes em 19 formas e em 32 versos no NT. As traduções mais comuns são serviço/ser-

vir e ministério/ministrar. O mero uso de um ou outro em um texto bíblico não indica, necessariamente, referên-cia ao ofício diaconal. Por exemplo em Mateus 4.11 no episódio da tentação de Jesus se diz que “o Diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos e o serviam” (deinkonoun, verbo indicativo imperfeito ativo 3ª pessoa do plural de diakoneo). Um exemplo do uso do substantivo está em Atos 1.17 referindo-se a Judas, o apóstolo traidor: “Porque foi contado conosco e alcançou sorte neste ministério” (diako-nias, substantivo genitivo fe-minino singular). No próprio texto de Atos 6.4 encontra-mos o substantivo diakonian aplicado aos apóstolos, os quais continuariam exercendo a “diaconia da Palavra”, i.e. o serviço ou o ministério da Palavra.

b) Dos três usos da palavra diakonia (vs. 1, 2 e 4) em Atos 6 apenas dois referem-se a filantropia ou distribuição de auxílios, i.e., a “diaconia da mesa”. O termo diaconia se referindo claramente a um ofício ou função na igreja é encontrado apenas em dois textos no NT, em I Timóteo 3.8-13 e Filipenses 1.1;

c) A possibilidade mais pro-vável é que Atos 6.1-7 trata de uma demanda pontual, um problema específico e momentâneo, uma chreia (gr.), uma necessidade, caso, demanda ou problema qual seja: a desigualdade na dis-tribuição da “diaconia da mesa”;

d) Dos sete homens gregos escolhidos para resolver aque-le problema, dois, Estêvão e Filipe, são encontrados poste-riormente no NT não cuidan-do da demanda temporária da desigualdade da diaconia da mesa, mas exatamente da outra demanda permanente, a diaconia da Palavra. O “gap” de tempo entre o versículo 6 de Atos 6, e o versículo 8 e seguintes, onde é contada a história posterior de Estêvão (Atos 6.8 – 8.2) e Filipe (Atos 8.5-40), não é definido, mas indicado pelo versículo 7: “Assim se espalhava cada vez mais a palavra de Deus e o número de crentes aumentava em Jerusalém. Também um grande número de sacerdotes aceitava a fé cristã”. É presu-mível pelo menos uns 2 ou 3 anos entre a eleição da comis-são e o martírio de Estevão (c. de 33 d.C.). Atos 8.5 diz que Filipe pregava, i.e., atendia à demanda permanente da “dia-conia da Palavra”, não mais à demanda pontual da desigual-dade na “diaconia da mesa”. Verdade é que Filipe não con-tava entre os 12 Apóstolos, mas era evangelista: “No dia

seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, en-trando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele” (Atos 21.8. Atos foi escrito ca. de 80-90 d.C.). Em Efésios 4.11 lemos “Foi ele que constituiu uns como apóstolos, outros como profetas, outros como evangelistas, outros como pastores e mestres”.

Enfim, Filipe não era di-ácono, não era apóstolo e não era também pastor; ele era um evangelista, inclusive com autorização para batizar. O Pós-Doutor e professor em História da Igreja Hermann Wolfgang Beyer conclui: “Com maior frequência do que todas essas outras (in-terpretações do vocábulo diakon) Atos 6 é empregado muitas vezes como escla-recimento da instituição e da tarefa do ofício diaco-nal, embora nesse texto o conceito de ofício Diakonos não ocorra. Depois disso (os acontecimentos de Atos 6) caberia aos diáconos a atividade de beneficência separada do ofício da pro-clamação da Palavra. Porém “os Sete” ao lado “dos Doze” aparentemente surgem como representantes dos helenistas, como também Evangelistas que faziam apologética, pre-gavam e batizavam ao lado dos Apóstolos.

Esse fato mostra que a ori-gem do ofício diaconal não se encontra em Atos 6. (...) Atos 6 serve tão somente como uma fonte indireta para o ofício diaconal (Verbete “diakoneo, diakonia, diako-nos” in Gerhard Kittel (hg.) Theologisches Wörterbuch zum Neuen Testament, Zwei-ter Band (Dicionário Teoló-gico para o Novo Testamen-to, Volume Dois).- Stuttgart: Verlag von W. Kohlhammer, 1935, pg. 90:958). Beyer no-meia Atos 6 como fonte indi-reta e não direta para o ofício diaconal, por que, embora falte o ofício, não falta a ação da “diaconia da mesa”, enfim o serviço de amor de suprir as necessidades materiais dos necessitados da comunidade, antes realizada pelos pró-prios apóstolos (Atos 4.35). Em outras palavras, Atos 6 é tão somente uma inspiração para a função diaconal, não uma fundamentação históri-co/filológica.

Parto da tese de que en-quanto a diaconia da Palavra era uma demanda permanen-te (conf. vs. 4 - nós persevera-remos na oração e na diaco-nia da Palavra) o problema da desigualdade na distribuição da diaconia da mesa era uma demanda pontual e momen-tânea (vs.3 - aos quais consti-

tuamos sobre esse importante negócio, sobre esse problema, essa demanda). Para resolver o problema da desigualdade na distribuição da diaconia da mesa a igreja escolheu e nomeou uma “comissão tem-porária” de sete homens que, supõe-se, se debruçaram so-bre o problema, encontraram uma solução e concluíram sua tarefa.

Evidência de que essa foi uma solução temporária para um problema pontual é que mais tarde dois des-ses sete homens, Estêvão e Felipe, vão ser encontrados exercendo outras funções, provavelmente a de evange-listas, atendendo a demanda permanente da diaconia da Palavra. Pelo menos Estêvão e Felipe não mantiveram o exercício daquela função de diaconia da mesa definitiva-mente, de forma permanente e/ou vitalícia. Sobre os outros cinco há silêncio no NT. O trabalho dessa “comissão temporária” teve começo, meio e fim, e inspirou na-turalmente o surgimento de uma função, um ofício, um “cargo” fixo na comunidade cristã do primeiro século, o diaconato. Os sete não exer-ciam o ofício de diáconos, mas os sete foram protótipo dos diáconos. É preciso per-ceber que o fato da existência de um cargo fixo na comuni-dade, necessariamente não implica em que as pessoas ao ocuparem aquele car-go fixo o fizessem também de forma permanente. Um exemplo disso é o cargo fixo de tesoureiro na Diretoria da Igreja, para o qual elegemos uma pessoa por um ano, com possibilidade de duas reelei-ções, i.e., para até três anos. O cargo é fixo e permanente, mas os ocupantes não.

O que aconteceu em Atos 6: a) houve uma proposta de criação de grupo para solu-cionar um problema; b) todos concordaram com a propos-ta; c) houve uma eleição (gr. eklegomai = seleção) de sete homens; d) houve uma apre-sentação perante os apóstolos dos eleitos; e) houve uma oração pelos apóstolos; f) houve imposição de mãos. Desse resumo é possível con-cluir que não houve, em ter-mos técnicos, um ato formal de consagração.

A consagração, no sentido de investidura ministerial, como descrita por Paulo so-bre Timóteo (I Timóteo 4.14; II Timóteo 1.6) não se en-contra no N.T. referindo-se à função ou ao ministério diaconal. O ato de orar ou impor as mãos “dedicando” alguém para uma função ou tarefa na Igreja se dá no espírito daquela descrita em

Atos 14.23, de “encomen-dar” alguém ao Senhor em quem creram. Nesse sentido é que pode-se orar, e impor as mãos sobre alguém como ato simbólico de dedicação para uma tarefa, para uma missão, para um serviço etc...

A unção com óleo, a oração e a imposição de mãos como “dedicação” de uma pessoa para uma tarefa ou função têm um significado de altíssima importância, seja por longo tempo, seja por tempo curto e limitado. Aliás os termos cur-to, médio e longo prazo têm um conteúdo absolutamente subjetivo, de modo que não há que se menosprezar uma tarefa ou uma função “enco-mendadas ao Senhor”, por unção, oração ou imposição de mãos, só porque ela seja por um pouco de tempo. A Bí-blia, mensagem, traduz assim o texto de Atos 6.6: “Feita a escolha, a comunidade apre-sentou-os aos apóstolos, que, orando, impuseram as mãos sobre eles e os comissionaram para aquela tarefa”. Notem que “tarefa” pode muito bem ser por tempo determinado, e normalmente o é.

Uma dedicação a Deus de uma “comissão temporária” (como me parece foi o caso em Atos 6) não deve ser inter-pretada como uma dedicação inferior ou que não deva ser levada a sério, por se referir a um pouco de tempo apenas. É ainda nossa prática orar quando da instalação de uma comissão temporária ou mes-mo de uma diretoria eleita anualmente. Na minha ex-periência pessoal de 30 anos de ministério é que quem leva a sério uma oração de dedicação para um trabalho temporário cumprindo com dedicação e esforço tal fun-ção para a qual foi escolhido, também levará a sério uma oração de dedicação para um trabalho permanente: quem é fiel no pouco é fiel também no muito (Mateus 25.21). O contrário também acontece: quem é infiel num trabalho temporário e de pouca du-ração, geralmente também é infiel num trabalho de longa duração ou permanente.

Concluo, portanto que Atos 6 não trata da instituição do diaconato, não servindo portanto como normativo para o ofício diaconal hoje. A evidência mais clara é a indicação de Filipe como Evangelista, e não Diácono, em Atos 21.8. Não se pode dizer que Filipe fosse diáco-no e evangelista ao mesmo tempo, eis que Efésios 4.11 cita a função de evangelista, mas não a de diácono. Além disso, em Atos 6 não há uso do termo diáconos, como um título ou uma função.

Protótipo de Diácono: Ensaio Exegético

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