jornal batista nº 44-2014

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 44 Domingo, 02.11.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Nesta edição de O Jornal Batista nº 44, você vai encontrar diversos textos que abordam a temática da "ORAÇÃO", em lembrete ao Dia Batista de Oração Mundial. Na página 13, a Ficha de Pedidos para as encomendas da Literatura Batista para EBD.

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Page 1: Jornal Batista nº 44-2014

1o jornal batista – domingo, 02/11/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 44 Domingo, 02.11.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 02/11/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Palmas no culto

• Envio este texto como resposta ao artigo “Palmas ritmadas no culto”, de Rolan-do de Nassau, publicado em OJB de 05/10/14. Cumpri-mento o articulista pelo seu notório saber musical, mas desejo expor opinião contrá-ria às suas ideias, acreditando contribuir ao entendimento do tema. Por isso, pergunto:

1. O texto de Salmos 98.8 é um cântico em si, que exorta todos a cantar ao Senhor Deus. Até a natureza deve aplaudi-lo. Não é uma sugestão, é uma ordem. Por que os seres supe-riores – racionalmente - não podem fazê-lo também?

2. O texto de Salmos 47.1 é uma manifestação eloquente de “admiração” e “honra” ao Deus Todo Poderoso. São aspectos do culto cristão expressos com palmas. Mais uma vez, “Aplaudi com as

mãos” – “Batei palmas” – é imperativo.

3. A Bíblia também não au-toriza práticas dos batistas como: “concílios de organiza-ção de igrejas”, “profissão de

fé para batismo”, ainda mais daquelas que perguntam te-mas difíceis ao novo crente; é pura tradição denominacional.

4. Qual é o valor de citar o “rito romano”, que não usa

bateria ou palmas na missa? Desde quando prática católi-ca é padrão para nós?

5. “Palmas tornam mais coesa o canto das multidões”. Mas isso é ruim para o nosso povo, louvar a Jesus, o Salva-dor bendito, que merece de nós muito mais?

6. “Sacro ou profano”. Quem decide isso à luz da Bíblia? Alguém sabe a melo-dia dos salmos e dos cânticos da Igreja do Novo Testamen-to para dizer se um ritmo é ou não sacro?

7. Qual é o problema de popularizar a música para os cultos? Lutero, Wesley, e Moody não tiveram como auxílio às pregações, músicas de alcance popular?

Para a reflexão geral. Obri-gado.

André Senna, pastor da Segunda Igreja Batista em Areia Branca -

Belford Roxo - RJ

Dentre as diver -sas maneiras nas quais o Espírito Santo tem se uti-

lizado para ministrar ao meu coração, uma delas tem me tocado bastante: o “não”. Essa palavra tão pequena, composta por apenas três letras, quando ouvida ou dita, pode causar certos des-confortos em muita gente. Lembro-me de quando eu era criança e pedia algo aos meus pais ou quando ado-lescente e desejava sair com os amigos e ouvia um “não” deles. Nossa, como doía. Essa palavra soava como a maior e mais tenebrosa que pudesse existir. Pior ainda era o que eu ouvia deles como justificativa: “Filha, é para o seu bem. Um dia você vai olhar para trás e vai ver

que estávamos certos. Não queremos o seu mal, apenas o melhor para a sua vida”.

Na época, eu não conse-guia entender e ver coerência naquela resposta. Não acredi-tava que aquela atitude seria verdadeiramente o melhor para mim. Parecia ser tão bom o que eu queria. Porém, hoje, em outra fase da vida, real-mente olho para trás e agrade-ço a Deus e aos meus pais por não permitirem que eu fizesse aquilo que aos meus olhos parecia ideal no momento. Hoje, posso enxergar que eu realmente não sabia o que estava pedindo e pedia com as motivações erradas. Cer-tamente, meus pais podem ter cometido injustiças em al-guns desses “nãos”. Contudo, acredito que a maioria deles me fez crescer, amadurecer

e ter o caráter que tenho atu-almente.

“Quando estamos na presen-ça de Deus, temos coragem por causa do seguinte: se pe-dimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, temos a certeza de que ele nos ouve” (I Jo 5.14). Às vezes Deus tam-bém age dessa maneira conos-co. Atualmente, os “nãos” da minha mãe até diminuíram, mas os do Senhor continuam constantes aos meus ouvidos. No início dessa “chuva de nãos” eu até murmurei, mas, agora, tenho entendido que são simplesmente respostas às minhas orações, quando peço “Senhor, faça em mim a tua vontade, sonda-me e vê se há em mim algum caminho mal e direcione a minha vida. Cuida, Pai, do meu coração e da minha mente”.

Deus não faz nada pela me-tade. Ele tem a resposta certa, no tempo certo, e da melhor maneira possível, seja ela um “sim”, um “não” ou um “espere”. Se você necessita de mudança e está colocan-do isso diante do Senhor, prepare-se para ouvir e dizer alguns ou muitos “nãos”. Não basta sermos “freados” pelo Senhor, precisamos ter postura e decisão firme frente aos nossos desejos carnais e as indecentes propostas que o mundo tem nos apresenta-do. Nunca se esqueça, andar na contramão do mundo requer decisões e escolhas contrárias às nossas vontades. Dizer e ouvir “nãos” na maio-ria das vezes dói, porém, se torna necessário para que haja transformação de caráter e convicção de discurso. (PF)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 02/11/14reflexão

Geraldo Terto, pastor, colaborador com OJB.

“Desigrejado” é o nome que se dá ao c r en te

que, por algum tempo, foi membro de uma igreja evan-gélica e por qualquer motivo se afastou e nunca mais vol-tou a congregar em nenhuma outra. Eles têm entre 15 e 35 anos de idade e são vindos principalmente das Igrejas históricas tradicionais como Batistas, Presbiterianas, Me-todistas e outras. O fenôme-no cresce dia a dia.

Muitas igrejas e obreiros fazem vista grossa ao fenô-meno como se ele não exis-tisse ou acham que é uma onda temporária. Não é. Os Estados Unidos se dizem um país cristão, mas há muito deixou de ser. A Europa hoje também é um grande campo missionário.

Quando se pergunta a um “desigrejado” qual é a Igreja dele, ele responde que é evangélico, mas não con-grega em nenhuma igreja. É muito comum entre os cató-licos dizerem que são católi-cos, mas não são praticantes. O reverendo Augustus Ni-codemos Lopes já há alguns anos vem alertando para o

Moisés Selva Santiago, jornalista, pastor da Igreja Batista Olaria - Porto Velho - RO

Quando Noé saiu da arca, havia uma esperança de que os seres

humanos se tornassem mais, simplesmente, “humanos”. Como não aconteceu, dizem que Deus tirou longas férias longe desse planetinha belo e frágil. A partir daí, tudo se desembestou. Descontrolou--se. Desequilibrou-se. Al-guns apostam que um novo dilúvio serviria para uma lavagem planetária definitiva.

Enquanto o fim do mundo não chega, uma coisa é certa: o Criador não está de férias. Pela ótica da cruz, observa o ser humano que continua se

problema através de prega-ção, debates; apresentando as causas e soluções.

Pois bem, quem são os nossos “des ig re jados”? Quantos conhecemos que eram bons crentes, integra-dos na igreja e sofreram al-guma decepção e deixaram de frequentar, ninguém os procurou e eles nunca mais voltaram? Há aqueles que abandonam somente a igre-ja, mas outros que abando-nam a igreja e a fé.

Conheço uma família que ia muito bem em sua igre-ja, quando ela criou - além dos dízimos - um sistema de carnê para aumentar a arreca-dação. O apelo foi tão forte que a família não podendo entrar no sistema resolveu se afastar; como ninguém mais os procurou, eles saíram em definitivo.

comportando como dono da situação. Corrompe e se dei-xa corromper; jura e mente; promete e falha; ama e mata; protege e destrói; derruba árvores e coloca veneno no chão; dá fim a outras espé-cies viventes; polui o ar e a água; tem sede de ouro e poder; fabrica lixo; inver-te valores éticos e esquece conceitos essenciais para a própria existência.

Na lista desses conceitos esquecidos, a verdade enca-beça. Sem verdade, é impos-sível haver fraternidade, soli-dariedade, justiça, desenvol-vimento, fé, esperança, paz. Por isso, apareceu a palavra “tequel”, escrita na parede de um palácio. “Tequel” signifi-ca “pesado fostes na balança e achado em falta”. Diante desse aviso, o rei Belsazar se espantou. Estava no auge do

Dani Marques, colunista do Genizah, conta que du-rante toda sua vida fez parte de uma igreja tradicional. Anos atrás, ela e sua família passaram por uma situação constrangedora que se viram encurralados e perderam a fé na instituição. O dilema se agravou tanto, que resolve-ram sair oficialmente porque já estavam emocionalmente desvinculados. Dani Mar-ques “diz que nunca esteve mais firme na fé do que ago-ra. Congrega com um grupo mais do que especial, são amigos queridos mais chega-dos que irmãos”.

São vários os motivos que levam bons membros de igre-ja a se afastarem. Uns por terem vivido terríveis experi-ências de julgamento, outros que depositaram confiança em líderes que só buscavam

seu poder, porém, em falta com a verdade. Será que o terrível “tequel” é útil em nossos dias?

Imagino as situações de medo se “tequel” aparecesse repentinamente no horário eleitoral, na impressão de documentos falsos, no e-mail mentiroso, na tela do celular do bandido, no monitor de quem arquiteta a morte, na capa das revistas semanais que enaltecem a futilidade, na manchete dos jornais que semeiam injustiças, na inter-net que elogia o terror, até em todos os post-it e nos re-cados pregados nas portas de geladeiras. “Tequel” repetida instantaneamente e bilhões de seres humanos achados em falta.

Que tolice, dirá alguém. A realidade é que Belsazar, como qualquer político e

sucesso, influência na socie-dade e relevância na mídia.

Eu não considero “desigre-jados” aqueles membros que, por não serem discipulados, desconhecem completamen-te o valor da igreja, não se identificam com ela, não con-tribuem em nada, e quando deixam de ir aos cultos não fazem falta.

Desde que as igrejas abo-liram o programa de visi-tação aos seus membros, principalmente aos idosos, que a comunhão entre os irmãos desapareceu. Vai--se ao templo no dia de domingo, senta-se em uma cadeira, assiste ao culto e volta para casa como se estivesse ido a um teatro ou cinema. O púlpito foi tro-cado por plataforma onde o destaque é multimídia, instrumentos musicais etc.

poderoso hoje, estava alicer-çado na mentira, conchavos, acordos, “toma-lá-dá-cá”, permissividade, alianças, acomodações, jogo de cin-tura, negociatas, o famoso jeitinho brasileiro, a perda de identidade, a aniquilação da lei, destruição da justiça, fragilização do amor, com-prometimento do futuro da família, da natureza e do mundo.

A mensagem completa que apareceu naquele palácio dizia: “Mene, tequel, peres”. Traduzindo: “Deus contou o teu Reino; pesado foste na balança e achado em falta; e teu Reino será dividido”. Sem a verdade, toda edificação um dia cai. Cai a pessoa, a casa, o palácio, a sociedade, o planeta. Cai o poderoso e o pobre; o forte e o faminto; o imperador e o vereador; o

Falta comunhão na igreja. Koinonia, “onde as pessoas se conhecem, compartilham suas alegrias e tristezas e permanecem unidas porque têm objetivo comum” (Enci-clopédia Wikipédia).

Autores conhecidos já fa-lam em “pós denominacio-nalismo”, isto é, o ciclo das denominações está chegando ao fim. O que vai restar são igrejas institucionalizadas, que funcionarão como as-sociações evangélicas, ad-ministradas por homens de negócios, que não são cheios do Espirito Santo (Atos 6.3); tendo pastores como presta-dores de serviço, que poderão ser substituídos quando deixa-rem de agradar. Isso já é uma realidade aqui no sudeste do Brasil. A igreja além de evan-gelizar os descrentes vai preci-sar resgatar os “desigrejados”.

general e o soldado; o patrão e o empregado; o eleito e o candidato; o líder religioso e o beato; o manipulador e o manipulado; o juiz e o réu. Cai o carrasco e a vítima.

O poeta nordestino can-tou que a arca não pode mais flutuar. Quem sabe, por causa do mar de lama em que estamos. Vida de gado, acomodados com a falta da verdade, acostuma-dos a respirar corrupção. Culpando Deus e o diabo. Achando que a vida é assim mesmo. Votando em quem rouba, mas faz. Desistindo do futuro, fugindo da bata-lha, abandonando nossos filhos e netos à loucura dos poderosos, participando do banquete de Belsazar. Mas, ainda podemos reverter a situação, se não fecharmos os olhos diante de “Tequel”.

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4 o jornal batista – domingo, 02/11/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Quando chegou o tempo certo

reflexão

“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4).

Uma das nossas grandes dúvidas tem a ver com a hora certa. Quan-

do devemos fazer? Quando devemos esperar? Eis a re-velação de Deus, através de Paulo: “Mas quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio filho, que veio como filho de mãe humana e viveu debaixo da lei” (Gl 4.4).

A vinda de Jesus ao nosso mundo foi programada por Deus antes até da criação da Terra (Efésios 1.4). Calcular o tempo transcorrido entre o

plano divino e o cumprimen-to da promessa é simples-mente impossível. A Bíblia, todavia, afirma que o cum-primento da promessa foi no “tempo certo”.

“Certo”, de acordo com qual critério? O próprio tex-to de Gálatas responde – o critério de Deus. Esta res-posta da Bíblia foi escrita para nos instruir e para nos confortar. Poucos aspectos do tempo nos irritam tanto quanto o “esperar”. Nossa experiência nos demonstra que, quando “esperamos no Senhor” (Salmo 40.1), Deus não demora em nos socorrer (Salmo 40.17). Nós vivemos na dimensão do tempo: mas quem manda no nosso tempo é o Deus eterno.

Cleverson Pereira do Valle, pastor da Primeira Igreja Batista em Artur Nogueira – RJ

Não podemos nos esquecer dos ido-sos, pessoas que deram a vida por

nós. Devemos ser gratos o resto das nossas vidas por eles. Nossos avós, nossos pais que já passam de 65 anos têm uma história, uma vida de serviço prestado à sociedade.

Em muitas nações, os ido-sos são valorizados, respei-tados e admirados pela sua sabedoria. Infelizmente, em nossa Nação, os idosos são descartados, ignorados, des-respeitados por muitos e, al-guns, os consideram estorvo.

Quantos jovens têm des-respeitado os mais idosos,

não levantando do lugar para que eles possam sentar, não querendo ouví-los? Muitos dizem que eles já são cadu-cos, ultrapassados.

Precisamos amar os ido-sos, precisamos dar atenção a eles. É necessário criar um ambiente acolhedor em nossas ruas onde moramos, para ouvir aqueles que tanto fizeram por nós e por nos-sa Nação. A Bíblia diz em Salmos: “Mesmo na velhice darão fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é justo. Ele é a minha Rocha; nele não há injustiça” (Sl 92.14-15).

Deus valoriza o idoso. Al-guns exemplos na Bíblia ser-vem para ilustrar o que acabo de dizer: Abraão foi pai com 100 anos, Moisés foi chama-do para liderar o povo aos 40

anos e aos 80 ele dirigiu, na prática, o povo rumo à terra de Canaã.

Vamos amar os idosos, res-peitá-los, aprender com eles e explorar o vasto cabedal de conhecimento que eles têm. Não podemos, como cristãos, fazer o mesmo que os não cristãos têm feito em relação aos idosos.

Pelo terceiro ano conse-cutivo, tenho participado da homenagem aos idosos em minha cidade. Lá tenho oportunidade de orar por eles e ler um versículo da Palavra de Deus. Procuro enfatizar sempre nas minhas visitas o amor de Deus por cada vida.

Valorize o idoso, visite-os em abrigos. Ame o idoso que está dentro da sua casa, e aquele que está distante. Faça algo prático por eles.

Eusvaldo G. dos Santos, membro da Igreja Batista Ebenézer de Americana - SP

Hoje temos má -quinas para qua-se todas as coisas e quase todos os

serviços. Com a chegada da era industrial tinha-se a espe-rança de que o tempo fosse tomar o lugar do ser humano e ele teria mais tempo, mas não é o que presenciamos. Em geral, ouvimos as quei-xas de falta de tempo.

Aquelas pessoas que são abastadas, não encontram tempo para ler a Bíblia, um jornal, bons livros. Os me-nos abastados, também não encontram tempo, pois vi-vem em uma correria tra-balhando bastante para es-tabelecer uma vida melhor. Poucos são os que podem assinar um jornal de boa qualidade, remindo o tempo para uma leitura da Palavra de Deus, e meditar.

Parece-me que estamos vivendo tempos trabalho-

sos. Muitos correrão de um lado para outro e a ciência se multiplicará (Daniel 12. 4). Se o homem dividir o seu tempo, alivia o seu tra-balho, facilita o estudo da Palavra de Deus e aumenta o seu rendimento e conhe-cimento. Não podemos é viver sem conhecer o tempo da visitação. Devemos apro-veitar as horas do tempo em que fomos salvos (Amós 4.12). Se não conhecermos o nosso tempo, corremos o risco de não entrarmos para as bodas do Cordeiro. Poderemos ficar de fora como aquelas virgens que não se proveram de azeite para suas lâmpadas.

Paulo nos chama a aten-ção, “Desperta tu que dor-mes e Cristo te esclarecerá” (Ef 5.14). O salvo deve utili-zar o seu tempo, cumprindo os seus deveres de cristão. “Passou a sega, findou o verão e o seu fim chegará” (Jr 8. 20).

Precisamos estar prepa-rados para responder com mansidão a respeito da espe-

rança que há em nós (I Pedro 3.15). “Feliz é aquele que lê, os que ouvem as palavras es-critas na profecia e guardam o que nela está escrito, por-que o tempo está próximo” (Ap 1.3). A Palavra de Deus revela o amor dele e, no tempo certo, aponta o cami-nho da salvação (João 5.39). Salvação significa felicidade ou bem- aventurança, que significa a nossa comunhão com o Pai Celeste. Felicida-de é um estado de quem é ou está feliz. Significa vida eterna.

Feliz é o homem que sabe valorizar o seu tempo e as oportunidades que o tempo lhe oferece. Adão teve essa oportunidade, ele não dis-cerniu o tempo que lhe foi oferecido no Éden. Abraão obedeceu a voz de Deus e lhe foi confiado ser o pai da fé, pois ele soube aproveitar o tempo e as oportunidades que Deus ofereceu.

Certas oportunidades vem ao nosso encontro apenas uma só vez na vida. Jesus usou todas elas. Algumas

foram decisivas, como o seu encontro com a mulher sa-maritana. Ela agarrou a única oportunidade oferecida.

Paulo também aprovei-tou todas as oportunidades. Falando com um grupo de senhoras as margens do rio, resultou na conversão de Lídia. Se Paulo e Silas não estivessem cantando por volta da meia-noite na pri-são, nada saberíamos sobre a conversão do carcereiro. Se José não aproveitasse com humildade a interpretação dos sonhos do faraó, o povo do Egito teria morrido de fome, assim como sua pró-pria família. Temos inúme-ros casos de oportunidades únicas para falar da salvação em Cristo.

O l íder de uma igreja pode perder a oportunidade de a igreja que lidera levar muitas pessoas a Cristo, na esperança de que ela chegue ao tempo de uma mega igreja, para reprodu-zir. Aquele que despreza os pequenos momentos, não falando do Evangelho,

pode estar deixando passar aquele tempo que talvez a segunda oportunidade não volte (Zacarias 4.6). Temos no Evangelho a história do rico e Lázaro. O rico não soube aproveitar o tempo em que Lázaro esteve em sua porta e foi para o tor-mento eterno.

Como aproveitar o tem-po da nossa oportunidade? Procurando a iluminação do Espírito Santo na oração, na leitura da Palavra, no estudo, na comunhão a sós com Deus, remindo o nosso tempo. Sobre ter coragem de perder as coisas materiais em função da riqueza espiritual que as oportunidades nos oferece, Jesus disse: “Preci-samos aprender com ele a humildade de coração para ser manso, para descansar a alma”. Paulo disse: “Não me envergonho do Evangelho, pois é o poder de Deus, eu sei em quem tenho crido e estou certo que ele é po-deroso para guardar o meu tesouro até o meu dia final ou aquele dia”.

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5o jornal batista – domingo, 02/11/14reflexão

No dia 25 de janeiro de 2012 houve, no centro do Rio de Janeiro, o desa-

bamento de um prédio de 20 andares, que derrubou ou-tros dois edifícios menores e causou 17 mortes. Já tinham acontecido outros acidentes como queda de revestimento da fachada sobre pedestres, queda de marquises, incên-dios devido a vazamento de gás, etc. Por causa desses acidentes, a Prefeitura do Rio baixou o decreto 37.423 de 2013, obrigando todos os edifícios da cidade a fazerem uma autovistoria de cinco em cinco anos por meio de engenheiros e empresas re-gistrados, sob pena de multa, verificando a estrutura dos prédios, tubulações de água e gás, instalações elétricas, conformidade com as plan-tas registradas na prefeitura, acessos conforme a lei, etc. Ao ver em todos os prédios do meu bairro placas indi-cando a realização da auto-vistoria, veio-me a ideia de sugerir, já que não posso decretar, que todas as igre-jas façam, anualmente, uma rigorosa autovistoria em seu próprio benefício. Essa ecle-sioautovistoria deve incluir:

Documentação legal: a) Os estatutos estão atualizados? Estão registrados em cartó-rio? Temos igrejas no Rio de Janeiro de cujos estatutos consta que estão sediadas no Estado da Guanabara. Outros estão em discrepância com o Código Civil Brasileiro. A igreja não é obrigada a re-produzir em seus estatutos os artigos do Código Civil, mas é aconselhável que façam a adaptação a fim de evitar problemas futuros. No caso de uma demanda judicial, o que prevalece na justiça é o Código Civil, não o estatuto da Igreja. Há igrejas que têm mais membros da diretoria es-tatutária do que o que consta dos estatutos. Urge atualizar os estatutos e regimentos in-ternos, especialmente sob dois aspectos: assuntos que só podem ser tratados em Assembleia Geral com o qu-orum previsto no Código Civil como eleição da diretoria, especialmente do presidente e procedimentos para exclusão de membros, além de outros assuntos. Várias igrejas já tive-ram que reconsiderar exclu-

sões por exigência judiciária porque os membros excluídos entraram na justiça, uma vez que foram eliminados sem a observância dos direitos do cidadão previstos no Código Civil.

b) Escrituras. Os documen-tos de posse de propriedades estão dentro da lei? Estão devidamente registrados no RGI? Há igrejas que não são proprietárias legítimas dos seus imóveis porque nun-ca os registraram no RGI. Esse descaso pode custar muito caro à igreja, especial-mente no caso de demandas judiciárias. Preste atenção. c) Declaração anual de Im-posto de Renda. As igrejas são isentas do tributo, mas como pessoas jurídicas não estão isentas da declaração anual devido ao pagamento que efetuam a profissionais que não são isentos (advoga-dos, contadores, engenhei-ros, etc). A DIR está em dia? A igreja deve dar exemplo e a autovistoria deve verifi-car atentamente este item. d) Obrigações trabalhistas. Os funcionários remunerados estão registrados? Cumprem as leis referentes às horas extras? Há um quadro visível com os nomes e horários de trabalho dos funcionários?

e) Os tributos referentes ao salário pastoral estão em ordem? Mesmo que o salário pastoral não alcance o teto do IR, o que é uma pena, a declaração anual deve ser feita. Caso a igreja pague o aluguel e despesas condomi-niais para residência pastoral, esses valores devem ser acres-centados ao salário pastoral para efeito dos recolhimentos legais. Caso o pastor resida em imóvel de propriedade da igreja, deve ser atribuído um valor razoável, que será acres-cido ao salário para efeito de recolhimentos. Uma igreja do Rio que não observou esse item foi multada em mais de 60.000 reais e pode receber ainda outras multas porque só foi investigado o período até o ano 2000 e a investigação prossegue. Outra igreja não recolheu o INSS e o FGTS dos operários da construção e teve de pagar todos os atra-sados mais uma pesada multa. Faça autovistoria anualmente em sua igreja e evite que ela venha a ter prejuízos. (Conti-nua no próximo número)

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Toda Congregação Batista, com vistas à sua organização, no momento de ser

organizada por outra igreja batista é submetida a um exa-me doutrinário. A honra que os batistas têm recebido por parte da sociedade, ou das autoridades, é sustentada por esse princípio, muito esque-cido, de que uma Igreja Ba-tista só pode vir à existência através de outra Igreja Batis-ta. Tirando os presbiterianos e os metodistas, as demais denominações ditas evangé-licas surgem por iniciativas de indivíduos, e passam a ser bem particular dos mesmos.

Os batistas são lembrados por serem defensores his-tóricos de cinco princípios: Bíblia como única regra de fé e prática, separação entre Igreja e Estado, batismo só de convertidos, autonomia das igrejas e sacerdócio dos crentes. Esse último é, às vezes, sequer mencionado.

É um grande prejuízo ele ser esquecido. Várias ver-tentes dão origem a esse princípio. Lembremos, em primeiro lugar, o livre arbítrio do ser humano. Mesmo que seja um escolhido de Deus, ele respeita a decisão do ser humano. Em segundo lugar, lembremos de que a salvação é uma decisão pessoal. “Filho de peixe, peixinho é” não funciona com filho de batista. Seus pais lhes transmitem as verdades bíblicas, o plano de salvação, e ele decide aceitar a dura verdade de que nasceu pecador, e que por isso peca, e que deve se arrepender dos seus pecados, e crer que a morte de Cristo, se por ele for aceita, o livrará da condenação eterna, reser-

vada àqueles que rejeitam re-conhecer que são pecadores, e Cristo como Salvador.

A esse princípio, damos o nome de sacerdócio dos crentes. Por que sacerdócio? Porque é responsabilidade pessoal escolher ser salvo ou condenado. Ninguém mais pode fazê-lo por mim. Em-bora caiba aos pais transmi-tirem aos filhos as verdades bíblicas, através do ensino e do testemunho pessoal, cabe a cada um deles a decisão.

Esse princípio, pregado e defendido pelos batistas, ao longo da história deu origem ao individualismo liberalista apregoado em nossos dias. Dizem os existencialistas: o homem é livre para escolher ser o que ele quer ser. Como ele nasce pecador, ele só es-colhe o mal e o pecado. No princípio batista, a pergunta é: ser livre para quê? Para ser responsável pelas suas escolhas. Já dizia Orígenes, no III século: “Pecado é usar de forma errada a liberdade de escolha”. Grande verdade. O homem é alguém que tem determinação. Ele tem op-ções e escolhe uma delas. Os animais agem por memória genética. São programados, saem muito pouco daquilo para o qual foram progra-mados.

O sacerdócio dos crentes veio não só indicar a respon-sabilidade pessoal pela espi-ritualidade, como também para intermediar a comunhão entre Deus e os homens. O montante de ensino e regras sobre o sacerdócio é o maior de todos nos escritos de Moi-sés. O custo do ministério sacerdotal de Cristo, por nós, foi sua morte. Ao mesmo tempo, Cristo foi oferta e o ofertador. O ponto mais alto do ministério sacerdotal do crente é a oração. Na oração

ele oferece o pedido a Deus, e oferece a si mesmo. O cus-to do ministério da oração do crente é a morte do seu eu.

As ordens de Cristo no to-cante à oração eram de que ela deveria ser, em primeiro lugar, vista por Deus. Ne-nhuma falta faz a oração ser vista ou não pelos homens. Mas, ser vista exclusivamen-te por Deus, é fundamental. Na oração, ao fechar a porta para os homens, eu as abro exclusivamente para Deus. É por isso que é fácil eu fechar a porta para os homens, mas difícil é eu fechá-la para mim mesmo. Facilmente saio da presença de Deus cheio de orgulho por ter estado em oração. Aí o diabo conseguiu transformar a bênção em des-graça. A oração é tão exclu-siva de Deus que na oração do Pai Nosso não há nenhum pedido material. Deus e o seu Reino são os únicos de-sejos e pedidos daquele que ora. Nela, o Pai é tudo; o pró-ximo é semelhança de Deus, e aquele que ora, é nada. Quanto menos sou, mais portador da paz que vem de Deus eu sou, e os homens me chamarão filho de Deus. Eis aí a bem- aventurança do pacificador.

O colocar o princípio bíbli-co do sacerdócio dos crentes como princípio batista, não nos tem levado a ver a im-portância do ministério da oração. Dependemos muito de campanhas de oração, de sermos lembrados, transfor-mando esse sacerdócio em obrigação e não em um privi-légio. Tudo nesta vida é feito, ou para nós mesmos ou para os outros. Só a oração, no meu secreto, é que pertence exclusivamente a Deus. Que grande prejuízo para nós, ba-tistas, esquecermo-nos desse glorioso privilégio.

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 02/11/14 reflexão

“Pois todos pecaram e es-tão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23).

Gosto mui to de colecionar ilus-trações, charges e mensagens que

chegam através da internet. Exercendo um ministério voltado para famílias, preci-so delas para enriquecer as palestras e seminários.

Gosto de uma especial-mente. É o desenho de uma mulher sentada em um banco de praça. Ao seu lado, havia uma tabuinha com os dize-res: “Esperando o marido perfeito”. Só que um detalhe precisa ser acrescentado: aquela mulher esperou tanto pelo marido perfeito, que virou uma caveira.

Por que muitos homens e mulheres estão frustrados no casamento? Porque estão es-perando uma esposa perfeita ou um marido perfeito.

Em um estudo realizado, Christiane E. Blank, no livro “Construir o matrimônio na pós-modernidade”, afirma que algumas dificuldades surgem no casamento devido as idealizações iniciais ante o parceiro, de expectativas irre-ais sobre um relacionamento interpessoal e da ilusão de que um relacionamento entre

duas pessoas “cai do céu” e não precisa da participa-ção ativa dos parceiros para construí-lo.

Não há marido perfeito e nem esposa perfeita, porque todos nós somos pecado-res. E, quando dois peca-dores convivem no mesmo espaço, não há nenhuma possibilidade de haver um relacionamento perfeito. Re-lacionamentos precisam ser construídos no dia a dia da convivência. Em vez de ficar cultivando expectativas irre-ais, tipo dos contos de fadas, devemos praticar a tolerân-cia, a paciência e aceitar o outro como ele é, e “arrega-çar as mangas”.

É se esforçar para construir, através de atitudes e palavras, um casamento feliz e agra-dável. Se fizermos isso com diligência, Deus estará nos abençoando e fazendo aquilo nós não podemos fazer: mu-dar o coração do outro para tornar a convivência melhor.

Oração do dia:“Amado Deus, ajuda-me

a conviver em família acei-tando cada pessoa com suas limitações e dificuldades”.

Motivo de oração:Ore para que Deus trabalhe

no coração de cada membro da sua família, a começar por você.

Caminhos da Mulher de DeusZENILDA REGGIANI CINTRA,

pastora e jornalista, Taguatinga, DF.

“Dou graças a Deus ao lembrar-me constantemente de você noite e dia em mi-nhas orações. Lembro-me das suas lágrimas. Recordo-me da sua fé não fingida, que primeiro habitou em sua avó Lóide e em sua mãe Eunice” (II Tm 1.3-5).

O rapaz foi assas-sinado ao lado da sua casa, com sua própria famí-

lia como testemunha. Apenas 24 anos. Como amenizar a dor dessa mãe? Outra mãe chora a morte do seu filho, de 40 anos, morto quando abria as portas da sua empre-sa em um dia pela manhã. E nós não choramos mais.

Cristãos são mortos nos paí-ses árabes, pessoas morrem vítimas de bactérias e vírus novos e outros antigos que ressurgem, mulheres são víti-mas de estupros usados como estratégias de conflitos, crian-ças lutam e morrem nas guer-ras ensandecidas dos adultos. E nós não choramos mais.

Não sentimos a dor do ou-tro e a levamos a Deus em oração. Nossos olhos se se-caram por causa das nossas próprias lutas, porque nos acostumamos com a violên-cia, porque notícias e filmes que mostram as mazelas do mundo confundem nossas mentes e já não distinguimos o que é ficção e o que é rea-lidade. Nós não choramos mais.

Nossos corações estão en-durecidos porque somos já a terceira ou quarta gerações de crentes na família e talvez a fé não fingida de nossos antepassados já se esfriou em nós. O mundo é tão fácil, a vida é tão boa, as bênçãos são tão grandes. E nós não choramos mais.

Pessoas de nossos rela-cionamentos e familiares enfrentam problemas de saúde, dificuldades com f i lhos dependentes quí -micos, depressão, falta de perspectiva e esperança, solidão e desamparo e fi-camos indiferentes como

se aquilo não tivesse nada a ver conosco. E nós não choramos mais.

Ao redor das nossas casas e templos das nossas igrejas, em nossas cidades, pessoas em desespero e solidão se suicidam, jovens vagam pela noite em busca de sentido para a vida, mulheres e ho-mens se entregam à prostitui-ção e lares são destruídos. E nós não choramos mais.

Muitas vezes o choro é necessário e é um clamor da alma por uma determinada situação. Na cultura judaica era comum o povo expres-sar suas emoções através do choro, lamentos, orações e jejum.

Jesus nos dá exemplo de compaixão: “E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela” (Lc 19.41). É hora de chorar e clamar até aquele dia na eternidade quando: “Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor” (Ap 21.4).

D’Israel, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de OJB

A mão do Senhor é sobre todos que o buscamO Senhor é bom e conhece aqueles que nele confiamOrai sem cessar, buscai ao Senhor en-quanto se pode achar, invocai-o enquanto está pertoOrar é conversar com DeusOrai e vigiai, no teu desertoJesus orou e Lázaro foi ressuscitado;Josué orou e o sol parou;Paulo e Silas oraram; as celas abriramDaniel orava três vezes ao diaOrar é precisoPeça para entrar no teu paraíso,Não deixe de orar, de falar com Deus,quem não ora, não é resistente às tenta-ções, que aparecem sempre de repente,que vêm por trás, pelas costas, que vêm pela frenteOrar é preciso,A oração é fonte de vidao que não ora não fica forte, não se defen-de dos laços da morte espiritual;

fica vulnerável, enfraquecido e sempre fica correndo perigoA oração do justo sei que muito pode;Fique orando pelos necessitados e peça perdão pelos teus deslizes;Ore pedindo muita proteção,por nosso País, por nossa Nação;Ore pelos crentes da tua igreja, também pelo povo de Deus;Ore separado ou conjuntamente; não ore somente por ti, meu irmão,te preocupe com teu semelhante;de graça recebes; divida com os outros todas as bençãos que vens recebendo por tua oraçãoA oração é o nosso elo com Deus,nosso Religare através de Cristo, nosso advogado que está conosco em qualquer hora e situaçãoFique orando e noite e de dia; faça da ora-ção a tua mania de se comunicar com Deus;Joelhos no chão, total atenção,olhando pra Deus, numa oração que ve-nha alcançar o seu santo trono;Enalteça sempre seu nome e diga pro mundo que fora dele não há salvaçãoCreia em Deus e ponha muita fé na tua oração!

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7o jornal batista – domingo, 02/11/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Foi realizada a cele-bração de inaugura-ção da Cidade Batista Cristolândia, no Rio

de Janeiro. Cedido à Missões Nacionais (JMN) em como-dato pela Convenção Batista Carioca (CBC), o local, que abrigava a antiga Cidade Batista da Criança, agora será utilizado no processo de tratamento das pessoas envolvidas com drogas. Se-rão equipadas seis casas com capacidade para 240 pesso-

Redação de Missões Nacionais

Desde o último dia 13 de outubro, missionários que atuam entre indí-

genas de diversos estados brasileiros estão na sede de Missões Nacionais para um encontro de alinhamento e capacitação. Segundo o pastor Valdir Soares, coorde-nador nacional para evange-lização dos povos indígenas, o objetivo principal é com-binar a visão de Igreja Multi-plicadora com o contexto do trabalho indígena.

Atualmente, Missões Na-cionais conta com 34 missio-nários atuando em 14 proje-tos missionários com indíge-nas, em todas as regiões do país. Ainda de acordo com o pastor Valdir, é importante destacar que participaram da reunião os três missionários indígenas que têm desenvol-vido o trabalho de plantação de igreja e capacitação de líderes, assimilando os mes-mos ensinamentos e colocan-do também em prática.

Diversas palestras e grupos de estudo fortaleceram a pro-posta de promover análises relevantes para o melhor desenvolvimento do trabalho de todos. O pastor Guenther Krieger, missionário que atua há mais de 50 anos entre os indígenas da tribo Xerente, em Tocantins, foi respon-sável pelas palestras sobre cultura e contextualização missionária, tradução e uso das Escrituras.

as, além de um refeitório e um centro de atendimento de saúde, social e jurídico. “Vamos fazer deste lugar um centro de referência para o Brasil”, declarou Anair Bra-gança, gerente executiva de Ação Social da JMN.

Representantes da CBC falaram sobre a importância desta parceria e da certeza de que o Senhor direcionará este Projeto. “Hoje nós estamos aqui no resgate de um sonho que ficou no passado. Sabe-mos que aqui será o ponto de resgate de vidas para honra e glória do Pai”, afirmou o pas-

Também representando Missões Nacionais, o pas-tor Samuel Moutta, gerente executivo de Missões, falou sobre a visão geral de Igre-ja Multiplicadora. O pas-tor Fabrício Freitas, gerente executivo de Evangelismo, palestrou sobre oração. O pastor Jeremias Nunes, ge-rente executivo de Comuni-cação e Mobilização, falou sobre mobilização missioná-ria. Muitas outras palestras e testemunhos missionários enriqueceram a programa-ção, possibilitando troca de informações e aprendizado.

“Para nós, missionários, essa capacitação veio como ajuda para que possamos avançar. Ao nos reunirmos, cada um apresentando o seu próprio contexto, consegui-mos entrar em um consen-so para trabalhar de forma conjunta e contextualizada”, avalia a missionária Lucia-na da Conceição, que junto com seu esposo, pastor Ray Miller, trabalha com os indí-

tor Nilton Antônio de Souza, diretor geral da CBC.

Formando um grande co-ral, alunos de outras unida-des da Cristolândia do Rio de Janeiro entoaram louvores ao Senhor Jesus. Foi uma linda celebração a quem é dada toda a nossa gratidão pelas conquistas deste Projeto.

“Esta obra não avança se não estivermos de joelhos. Queremos agradecer aos batistas que têm nos ajudado com a Cristolândia de uma forma especial”, agradeceu o pastor Fernando Brandão, diretor executivo da JMN.

genas da tribo Kaingang, no Rio Grande do Sul.

Diante de todos os assuntos abordados nas palestras, a oportunidade de poderem debater durante os grupos de estudo ofereceu aos mis-sionários a possibilidade de avaliar se é possível, ou não, a aplicação da contextualiza-ção de Igreja Multiplicadora no trabalho entre os indíge-nas.

“No meu grupo, todos nós concordamos que, como princípio, é aplicável em qualquer contexto. Nossa função ali era justamente ver, dentro dos contextos, como poderíamos encon-trar pessoas-chave ou alvos prioritários para que isso pudesse ter maior efetivi-dade no conceito de Igre-ja Multiplicadora. Então, nós que trabalhamos com indígenas aldeados e não aldeados chegamos a con-clusões que mostram que é possível viabilizar a implan-tação de relacionamento

discipulador entre os indí-genas, estabelecendo uma visão missionária. Com essa reunião, pudemos contribuir para um bem comum e na mesma direção”, avalia o pastor Marcelo Okasawara, que atua, com sua família, entre os indígenas da tribo Macuxi, em Roraima.

Também como parte da programação, os missionários participaram da gravação do programa Seja Luz, na TV. Também houve um culto especial, com foco na oração

e testemunhos sobre o traba-lho indígena, realizado na sede de Missões Nacionais, e outro culto na capela do Se-minário Teológico Batista do Sul do Brasil, no penúltimo dia do encontro, que durou uma semana.

“Tivemos uma construção desse princípio de Igreja Mul-tiplicadora. O nosso alvo, para o futuro, é escrever um livro baseado nos cinco prin-cípios de Igreja Multiplicado-ra no contexto transcultural”, finaliza o pastor Valdir.

Cidade Batista Cristolândia é inaugurada no Rio de Janeiro

Representantes da JMN e CBC durante o momento de inauguração

Missionários de trabalhos com indígenas se reúnem para

alinhamento e capacitação

Missionários durante a gravação do programa Seja Luz

Momento de oração no culto realizado na sede de Missões NacionaisDurante uma das palestras do pastor Guenther

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8 o jornal batista – domingo, 02/11/14 notícias do brasil batista

Lourdes Brazil, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ, coordenadora do Centro Gênesis

“Deus criou a terra e a edi-ficou, não para ser um caos, mas para ser habitada” (Is 45.18).

Temos o prazer de apresentar a publi-cação “Aprendendo a cuidar do nosso

planeta na igreja”. Contém estudos sobre os principais problemas socioambientais, direcionados às crianças e aos juniores, que podem ser desenvolvidos na Escola Bíblica Dominical, Escolas Bíblicas de Férias e em ou-tras programações. A obra foi produzida no Centro de Educação Ambiental Gêne-sis, instituição localizada no município de São Gonçalo - RJ, cuja missão é educar para a sustentabilidade.

Em 2011, o tema dos Ba-tistas Brasileiros foi “Vida Plena e Meio Ambiente”. Por ocasião da Assembleia, realizada na cidade de Ni-terói – RJ, refletimos sobre a necessidade de nos engajar-mos de forma mais efetiva na resolução dos proble-mas socioambientais que assolam o país e provocam danos físicos e psicossociais à população, principalmente a mais empobrecida. Ela-boramos até uma carta, “A Carta de Niterói”, da qual destacamos dois parágrafos:

“Os cristãos de toda a ter-ra busquem compreender que o Evangelho todo é para todo o ser humano e para o ser humano todo, incluindo a sustentabilidade da vida humana e da natureza”.

“Que a educação ambien-tal e para a vida seja incluída na formação do sujeito histó-rico desde a sua infância em nossa Nação”.

O esforço proporcionou resultados significativos em termos de mobilização das igrejas, pois no ano seguinte, muitas delas participaram da RIO + 20. Também pas-saram a realizar atividades incluindo as questões socio-ambientais. No entanto, ain-da há muitos cristãos que não estão “Cuidando da Obra de forma a satisfazer ao Senhor”. É preciso cuidar da água, pois ela está se tornando cada vez mais escassa, tendo em vista a poluição dos mananciais. Cerca de dois bilhões são afetadas pela escassez.

É preciso utilizar a energia de forma sustentável. Cerca de 15% da energia produzi-da no Brasil é desperdiçada. Com isso, novas hidrelétricas precisam ser construídas, o que provoca sérios impactos ambientais, ecológicos, so-ciais, culturais e outros mais.

É preciso cuidar da biodi-versidade. Dados de institu-

tos de pesquisas mostram o nível alarmante de destruição de espécies animais e vege-tais em virtude da destruição dos seus habitats.

É preciso diminuir a po-luição. É preciso pensar nas alterações climáticas. É pre-ciso pensar em tantas coisas. Pensar não apenas em datas especiais, mas incluir o en-frentamento dos problemas socioambientais nas ações desenvolvidas pelas igrejas.

A publicação do Centro Gênesis é uma ferramenta valiosa nesse sentido, através do exercício da “Mordomia da Terra”, cujos princípios são: pedir perdão a Deus por nossa negligência; agra-decer a Deus por ter sido colocado em tão alto posto; reconhecer a grandiosidade das obras divinas e cuidar da Obra de forma a satisfazer o Senhor.

Escolhemos começar o trabalho com as crianças,

pois elas estão mais abertas e atentas e desejam mudar de comportamento e ado-tar novos valores e atitudes. Durante a realização de ati-vidade com crianças da ci-dade de Resende - RJ, ao serem perguntados sobre a razão do nosso trabalho de Educação Ambiental com elas e não com os adultos, um menino de cinco anos respondeu: “Gente grande escuta, mas não aprende. E, criança, quando crescer vai fazer diferente”. Que os princípios da “Mordomia da Terra” sejam praticados por todos e todas.

As igrejas interessadas em desenvolver os estudos com suas crianças, realizar pales-tras ou capacitação podem entrar em contato conos-co através do site: www.centrogenesis.net ou pelos telefones: (021) 3715-1034 / (021) 99939-7902.

Cuidando da Obra de forma a satisfazer ao Senhor

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9o jornal batista – domingo, 02/11/14notícias do brasil batista

Congresso Missionário e Intercâmbio Jovem da IB Israel e

PIB em Jardim Brasília – GO

I Congresso Conexão Jovem da IB em Campo Grande - PE

Marcos José Rodrigues, seminarista e diretor de Evangelismo da Igreja Batista Israel – GO

O Congresso Mis-s ionár io e In -t e r c â m b i o d e Jovens ocorrido

entre os dias 29 a 31 de agosto deste ano foi uma programação realizada pe-las Igrejas Batista Israel em Anápolis - GO e Primeira Igreja Batista em Jardim Bra-sília - Águas Lindas – GO. Com o tema “Ele me ama”, baseado na passagem bíblica de João, onde diz: “Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor” (Jo 15.9), o evento alegrou o coração de muitos irmãos. Crianças, adolescentes e jovens des-frutaram de belos momentos de comunhão e puderam dar boas gargalhadas nas brincadeiras, gincana, jogos e competições. O Congresso

Adriana Dutra, núcleo de Comunicação Audiovisual da Igreja Batista em Campo Grande - PE

No último dia 20 de setembro, às 14h, no Teatro Tabocas do Centro de Con-

venções de Pernambuco, o Ministério Conexão Jovem, da Igreja Batista em Campo Grande - PE, mais conhecida como IBCG, realizou seu primeiro congresso de jovens com o tema “Conectados pela cruz e relacionados com Deus”, que reuniu cerca de 400 pessoas de diversas de-nominações.

Com a participação dos jovens da IBCG louvando e dançando a música “Diante da Cruz”, da cantora Aline Barros, os que estavam pre-

também serviu para profun-das reflexões sobre a prática do amor e da comunhão. E, sobretudo, para exercício da evangelização e do en-grandecimento do nome de Deus.

O Congresso nasceu no coração dos irmãos através da graça de Deus e da mi-nistrarão do seu Espírito, que os compeliu a fazer a obra de evangelização e a prática da comunhão. A

sentes foram impactados logo no momento inicial do Con-gresso e puderam sentir o que seria o evento ao longo de sua programação. O grupo de teatro “ResgArte”, do Minis-tério Conexão Jovem IBCG, fez a abertura de cada pales-tra com esquetes inerentes à mensagem que era abordada e, nos louvores, o grupo de dança “Meninas dos Olhos de Deus”, coreografou as mú-sicas em forma de adoração.

O evento contou com a presença dos palestrantes: Jonatas Gomes, presidente da JUBAPE, com a palestra intitulada “Conectando à vocação pela cruz”, estimu-lando os congressistas ao “ide” do Senhor Jesus; pastor Carlos Alberto e doutor Jael Henrique, abordando um tema muito requerido no

parceria também objetivou comemorar o “Mês da Ju-ventude Batista Brasileira”. A programação contou com a colaboração e o apoio de várias coirmãs e insti-tuições da cidade, dentre outras: a Igreja Assembleia de Deus em Jardim Alexan-drina e Ministério Madurei-ra; Primeira Igreja Batista em Anápolis; Igreja Batista Nova Canaã; Congregação Batista Betel no Vívian Par-

meio evangélico, “Conec-tando o namoro com Deus”, que de uma forma bastante descontraída levou os jovens presentes a pensarem sobre a santidade em seus relacio-namentos afetivos; e Amara Barros, ex solista de algumas bandas musicais e conhecida anterior como a “Princesinha do Forró” que, através de canções e testemunho, pôde compartilhar toda a mudança que Deus realizou em sua vida, gerando um grande mover do Espírito em meio aos presentes.

Ao longo do evento, houve a participação das bandas IDE03 (PIB de Vila Rica – Jaboatão), do grupo de lou-vor jovem e do Ministério de Celebração IBCG (Igreja Batista em Campo Grande), louvando a Deus de forma empolgante e descontraída, evidenciando que são a ge-ração eleita, preparados para servir a Deus enquanto ainda jovens.

Muitos ali presentes nunca estiveram em um congresso evangélico, mas se sentiram impactados, como Alexandre Costa, estudante de 18 anos, que afirmou: “Não sou evan-gélico, sou católico, mas, independente de doutrina,

que; secretaria Municipal de Educação de Anápolis e UniEvangélica. Deus, com sua infinita generosidade, abençoou ricamente toda a programação.

Alguns resultados espe-rados: adoração e louvor a Deus; crescimento e desper-tamento espiritual; santifica-ção; comunhão e união entre os irmãos e igrejas; salvação de almas; conhecimento e mais experiências com Deus;

me senti bem, pois senti que o evento não foi feito só para pessoas evangélicas mas, sim, para jovens de várias faixas etárias que têm sede de Deus, assim como eu”, declarou o jovem.

“Todos os integrantes do Ministério Conexão Jovem IBCG puderam estar presentes no evento, haja vista as cam-panhas internas que foram promovidas para levantar re-cursos em favor dos mais ca-rentes”, disse Tardelli Fernan-des, seminarista do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB) e uma das organizadoras do evento.

O Congresso teve apoio de todos os Ministérios da IBCG, que se envolveram para presentear os jovens da igreja com 100 camisas per-sonalizadas do evento, além da ajuda através de recursos financeiros e trabalhos pres-tados antes, durante e no pós congresso. Cada inscrito no evento recebeu kit congres-

prática dos dons espirituais e desenvolvimento do fruto do Espírito Santo.

Aproveitamos para agrade-cer primeiramente ao Senhor, que nos salvou e nos fez participantes de sua graça e Obra. À Igreja Batista Israel na pessoa do pastor Saulo Batista do Nascimento e à Primeira Igreja Batista em Jardim Brasília na pessoa do pastor Jaime França Queiroz. Deus seja Louvado.

sista, com diversos materiais cedidos pelo pastor Neilton Ramos, da Convenção Batis-ta de Pernambuco (CBPE) e desfrutou de um coffee break oferecido pela organização do evento.

O encerramento do “Co-nexão 2014” foi ministrado pelo pastor Alexandre Duar-te, líder do Ministério Cone-xão Jovem IBCG e o pastor Francisco Dias, presidente da IBCG e vice-presidente da Convenção Batista em Per-nambuco, que em seu apelo à conversão e o retorno ao primeiro amor, moveu mais de 30 jovens a se prostrarem diante do altar e aceitarem a Jesus como Senhor e Sal-vador.

Os jovens ali presentes, organizadores e participantes já se mostraram comprome-tidos para o próximo grande encontro, o “Conexão 2015”. “Jovens, eu vos escolhi por-que sois fortes e guardai a fé” ( I Jo 2.14).

Fotos: Pastor Francisco Dias

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10 o jornal batista – domingo, 02/11/14 notícias do brasil batista

Raimundo Gomes, jornalista

O pastor Jonas Bis-po Pereira, um baiano de Jequié, que chegou a

Maceió há 52 anos para im-primir sua marca de servo de Deus no trabalho que nessas cinco décadas realiza como mensageiro das Boas Novas do Evangelho do Senhor Je-sus, é o mais novo cidadão de Alagoas. O título, de au-toria do deputado Gilvan Barros, foi entregue no dia 25 de agosto, em sessão solene na Assembleia Legislativa Estadual.

Gerente Executivo da Con-venção Batista Alagoana, pastor Jonas é um dos líderes da denominação Batista com passagem no pastoreio de di-versas igrejas no estado. Entre elas a IB do Pinheiro, IB de Palmeira dos Índios e outras 20 Igrejas que pastoreou ou ajudou. Pastoreou também as IB da Concórdia e IB de Afo-gados, em Recife - PE. Atu-almente, exerce o pastorado auxiliar da IB da Comunhão (IBC), em Jatiúca - AL.

Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (STBNB), em Recife, e bacharel em Direito pelo Centro de Estudos Supe-riores de Maceió (Cesmac), o homenageado já havia recebi-do a comenda Escritor Gracilia-no Ramos e o título de Cidadão Honorário de Maceió - AL.

“Sou grato a Deus, as auto-ridades e ao povo alagoano por tudo que tem acontecido. Nesses 52 anos me dediquei às Igrejas Batistas, ao querido e saudoso Colégio Batista e à secretaria Estadual de Edu-cação. Minha oração é que o Espírito de Deus continue guiando os meus passos, os

passos da minha família”, disse o pastor Jonas, citando nominalmente o nome de várias pessoas a quem ele expressa sua eterna gratidão por tudo, algumas delas já falecidas.

A solenidade, presidida pelo deputado Gilvan Barros e com a presença de vários

outros parlamentares, foi pres-tigiada pelo reitor e vice-reitor do Cesmac, João Sampaio e Douglas Apratto; o industrial Carlos Antonio; o pastor da Igreja Batista Farol, Roberto Amorim; os pastores Givago Souza e Jorge Sucareli, presi-dentes da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil em Alagoas (OPBB-AL) e Ordem dos Pas-tores de Alagoas (OPEAL); os pastores Paulo Marinho e Marivaldo Queiroz, presiden-te e executivo da Convenção Batista Sergipana, respectiva-mente. Outros pastores e líde-res do campo batista alagoano e membros da IBC também prestigiaram a solenidade, entre eles os irmãos Jalon Almeida e Marcos Augusto de Souza.

Em sua justificativa para concessão do título, o autor da homenagem destaca o pastor Jonas Bispo “como um homem de grande cará-ter, respeito e retidão ética”, razão pelas quais, segundo o parlamentar, “a homenagem faz jus à sua brilhante trajetó-ria na vida religiosa do povo alagoano”.

Pastor Jonas com o reitor João Sampaio, o vice-reitor Douglas Apratto e o deputado Gilvan Barros

Pastor Jonas Bispo recebe título de Cidadão Honorário de Alagoas

Uma Palavra para a InfantariaPaulo Francis Jr., vice-presidente da Primeira Igreja Batista de Presidente Venceslau - SP

Por ocasião do Dia do Soldado, come-morado no dia 25 de agosto, a Primeira

Igreja Batista de Presidente Venceslau - SP esteve mi-nistrando culto na sede do quartel no Tiro de Guerra 02-064 naquela cidade a convite do tenente Jander Eulálio da Silva. Em razão do dia 25 se tratar de uma segunda-feira, dia que não há instrução aos militares da infantaria em Venceslau, o encontro foi adiado para o dia 29 de agosto, sexta-feira. O ser-mão aos 50 jovens soldados e para toda a equipe que trabalha no local começou na alvorada, pontualmente às 7h. Meia hora depois, a Primeira Igreja Batista tam-bém preparou e ofereceu um café da manhã reforçado aos

soldados com salgados, pães, bolos e sucos, já que muitos saem dali diretamente para o trabalho. O louvor esteve na responsabilidade do pastor Jaime Deocleciano dos Reis, da sua esposa Maria Lojan e da irmã Regina.

A prédica foi trazida pelo vice-presidente da Primeira Igreja Batista de Presidente Venceslau, Paulo Francis Jr. Antes de iniciar o sermão, Francis retirou do bolso uma pequena colher e ergueu com a mão direita para que todos os soldados pudessem ver. Alertou que aquele de-talhe, aquela simples colher, faria com que todas as vezes que manipulassem tal ob-jeto no cotidiano da vida, lembrassem da mensagem das Escrituras Sagradas que pronunciaria naquela manhã.

A Palavra de Deus foi ba-seada em II Timóteo, que diz assim: “Combati o bom com-bate, acabei a carreira, guar-dei a fé. Desde agora, a coroa

da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (II Tm 4. 7-8).

Após uma breve oração para que houvesse entendi-mento e aceitação da men-sagem, o pregador da manhã pediu a todos que imagi-nassem acordar no meio de campo de batalha, ouvindo disparos e gritos de feridos. Certamente, cada um procu-raria a sua sobrevivência e de toda a família. Paulo Francis esclareceu que “essa não era uma guerra material e, sim, espiritual. E ela acontece to-dos os dias atualmente”. Para vencer as batalhas diárias, Francis orientou que “todos deveriam ser fortalecidos no Senhor e na força do seu po-der. Antes de se levantar, an-tes de ver o rosto de qualquer homem, todos deveriam, através das orações, olharem o rosto espiritual de Deus”.

Exortou aos soldados a que usassem as suas armaduras. Na área material: a couraça, os calçados, o escudo, a es-pada e o capacete. No campo espiritual seria “a couraça da Justiça, os calçados para preparação do Evangelho, o escudo da Fé, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, e o capacete da Salvação”. Francis alertou que a vida cristã é um com-bate. Disse a todos: “Então combata o bom combate da fé”. Acrescentou que “a vida de um soldado não é uma vida delicada e preguiçosa”. Disse que “muitos querem uma vida espiritual, mas têm preguiça”. Enfatizou que “nós somos chamados para ser um soldado de Cristo; que no Exército, os comandantes pa-recem que não tem pena da nossa dor, do nosso sofrimen-to. Porém, não há momento de recreio em uma guerra. Na vida, o soldado aprende a sofrer”. Francis relembrou as

palavras do apóstolo Paulo: “Sofre, pois comigo como um soldado de Cristo”. E perse-verou: “Quem é de seda não é um bom soldado.

Imaginem se o tenente Jan-der tratasse vocês, soldados, como crianças frágeis. Não existem pessoas frágeis no Exército. Costa muito delica-da não pode carregar a cruz. É preciso ombros calejados, postura e mãos firmes para carregar a cruz”. Francis des-tacou a que “nos combates, devemos estar com Jesus”. E indagou: “Quem vencerá? No campo de batalha da vida, Je-sus Cristo e seus seguidores”.

Para que ninguém esque-cesse o que foi pregado, Francis retirou novamente a colher do bolso, ergueu com mão direita novamente e reforçou: “A vida não dá nenhuma colher de chá para ninguém. A vida é luta, é ba-talha constante, uma atrás da outra. A vitória vem somente por Jesus Cristo”.

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Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Pastor presidente da Igreja Batista Cidade Viva e procurador da Fazenda em João

Pessoa -PB, Sérgio Queiroz, é um dos palestrantes já con-firmados para a quarta edição do “SIM, Todos Somos Vo-cacionados”. O evento desta vez acontecerá em Manaus - AM, nos dias 21 e 22 de novembro. O local escolhido para receber o maior con-gresso sobre vocação já rea-lizado no Brasil é a Primeira Igreja Batista de Manaus.

Formado em Engenharia Civil pela Universidade Fede-ral da Paraíba, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, bacharel em Direito, mestre em Teologia pelo Instituto Bíblico Betel do Brasil e em Filosofia na área de Ética e Filosofia Política, Sérgio separou um tempo para falar com a gente um pouco sobre muito do que tem para dizer a todos que estarão no SIM Manaus.

O que representa para o senhor discutir sobre voca-ção?

Sérgio Queiroz: Discutir sobre vocação é algo que tenho feito intensamente nos últimos dez anos da minha vida, e entendo que a boa compreensão sobre essa te-mática ajudará a Igreja de Jesus a alcançar alvos cada vez mais grandiosos. Por ou-tro lado, uma compreensão incompleta ou equivocada dessa temática produzirá igrejas locais inertes, que esperam vir dos seus pastores a transformação do mundo.

Fale um pouco sobre sua

própria vocação.Sérgio Queiroz: Nunca fre-

quentei igrejas até os meus 22 anos de idade, exceto em celebrações da Páscoa. Aos 16 anos, ingressei no curso de Engenharia Civil da Uni-versidade Federal da Paraíba, vindo a tornar-me engenheiro aos 21 anos. Logo depois, fui aprovado para auditor-fiscal do Trabalho. Naquele mes-mo ano, 1995, eu conheci o Senhor face a face.

Na verdade, após a apro-vação, eu senti uma grande inclinação para o Direito e resolvi cursar Ciências Jurídi-cas também na Universidade Federal. Quando eu estava no meio do curso, senti um desejo de aprender Teologia.

Desse modo, fiz uma das maiores loucuras da minha vida, que foi cursar Teologia e Direito ao mesmo tempo, além de ser auditor, marido, pai e extremamente envolvi-do com a minha igreja local.

Percebi, desde o início, que poderia ser útil nas mãos de Deus como jurista e como pastor. Assim, em 2000, eu tomei posse como procu-rador da Fazenda Nacional e, em 2002, fui nomeado pastor de jovens da PIB de João Pessoa. Desse modo, comecei a exercer o meu chamado de maneira plena. Também fiz mestrado em Te-ologia no ITEBES e mestrado em Filosofia na UFPB. Estou terminando o meu doutora-do na Trinity International University.

Como as igrejas podem

incentivar seus membros a descobrirem seus dons e talentos, a fim de usá-los a serviço do Reino?

Sérgio Queiroz: Testes de dons existem aos montes, alguns melhores do que os outros, mas, na minha opi-nião, esse não é o proble-ma. O que tenho dito aos pastores é que eles precisam dar oportunidades aos es-tudantes e profissionais da igreja para que se envolvam com as questões do Reino de Deus não apenas nos cultos, mas também na cidade, nas universidades, escolas, etc. Ministérios que servem a própria igreja geralmente são fortes, mas os que servem aos do “lado de fora” são escas-sos e pouco prestigiados.

Chamado de Deus e voca-

ção caminham lado a lado?Sérgio Queiroz: Sincera-

mente, não vejo diferença entre os dois. Quando nos convertemos a Jesus, a nossa vida passa a ser totalmente dele, para glória e honra de Deus Pai. Assim, a totalidade do meu ser deve estar à dispo-sição de Jesus, quer eu esteja pregando no domingo à noite, quer eu esteja exercendo com dignidade a minha profissão a serviço dos outros. Cida-dãos do Reino de Deus são ativos em todas as esferas da existência humana, trazendo glória a Deus e alegria para a humanidade que ele criou.

Quais as vantagens de uma

visão integrada do ministério cristão?

Sérgio Queiroz: A vanta-gem de uma visão integrada

de ministério é estar obede-cendo aos comandos do Se-nhor. Abraham Kuyper, ex--primeiro-ministro holandês e fundador da Universidade Livre de Amsterdã, disse o seguinte: “Não há nenhum centímetro quadrado dos domínios da existência hu-mana sobre o qual Jesus não diga ‘É meu’”. Ora, tudo é de Jesus, não apenas as nos-sas igrejas. Do Senhor é a Terra e tudo o que nela há. Assim, como cidadãos do Reino, precisamos restaurar todas as esferas da existên-cia humana: arte, cultura, política, educação. Se tudo é de Jesus, e ele se interessa por tudo, devemos seguir os passos do nosso Mestre. Ter uma visão integrada do mi-nistério cristão é uma ques-tão de obediência e não de escolha pessoal.

O que ainda impede as pessoas de entenderem que elas podem servir a Deus não somente na igreja, mas também com sua profissão, no seu local de trabalho?

Sérgio Queiroz: Uma visão equivocada de que apenas os clérigos são os ungidos do Senhor. Na Nova Alian-ça, cumprindo-se a profe-cia de Joel, o Espírito Santo vem sendo derramado so-bre todos os filhos e filhas de Deus, que entregaram as suas vidas a Jesus. Se os profissionais começarem a entender que são tão ungi-dos quanto os pastores, uma grande revolução aconte-cerá no mundo. Com isso, não digo que o papel dos pastores não é importante, apenas reafirmo que a unção do Espírito Santo não é prer-rogativa de algumas “castas eclesiásticas”.

Por que o senhor defende que não há divisão entre “trabalho secular” e “traba-lho sagrado”?

Sérgio Queiroz: Todo tra-balho lícito é fruto da graça e da bondade de Deus. Tra-balhar é ter a oportunidade de glorificar a Deus com os talentos que ele deu a toda a humanidade em razão de

a mesma carregar a imagem e semelhança do Senhor. O mundo não é um lugar, mas são valores hostis ao Senhor, que podem estar presentes inclusive nas igrejas. Quan-do eu santifico o meu traba-lho, entendendo que o que faço, antes de mais nada, faço para o Senhor. Assim, torno-me um mensageiro das Boas Novas em qualquer lugar. Essa divisão para mim foi uma das maiores artima-nhas do diabo para paralisar o corpo de Cristo. Aliás, di-vidir o trabalho em sagrado e secular é mais uma invenção gnóstica e iluminista do que bíblica. Somos ensinados pelas Escrituras que, “quer comamos, quer bebamos, quer façamos qualquer ou-tra coisa, que façamos para a glória do Senhor” (I Co 10.31).

Quais as principais razões pelas quais o senhor defende a valorização do ministério de profissionais cristãos que entendam a integralidade do seu papel no mundo e na igreja?

Sérgio Queiroz: Porque é bíblico e porque eu sou uma prova viva de que isso deve ser o futuro do ministé-rio cristão. Veja só, fizemos uma pesquisa com 2.500 das 4.500 pessoas da igreja

e descobrimos que dentre os entrevistados, mais de 500 são da área jurídica. Deus me fez concluir que atraio mais gente para ele como procu-rador do que como pastor. Essa foi uma das maiores surpresas da minha vida e só veio reforçar o meu discurso a favor do ministério cristão integral.

Resume pra gente o que é o Projeto Cidade Viva.

Sérgio Queiroz: O Projeto Cidade Viva é um projeto de missão integral, que envol-ve várias ações da Igreja na cidade. Prefiro dar detalhes pessoalmente durante o SIM Manaus.

Qual a sua expectativa para o Congresso SIM em Manaus?

Sérgio Queiroz: Estou mui-to feliz em poder falar desse tema para os irmãos, ajudan-do-os a serem mais efetivos no cumprimento da Missão dada pelo Senhor. Sei que meu discurso é minoritário, ainda, mas quero deixar claro que respeito e amo profun-damente os pastores que pensam diferente.

As vagas para o SIM Ma-naus são limitadas.

Faça a sua inscrição em www.vocacao4d.com.br.

Pastor e procurador da Fazenda, Sérgio Queiroz, é presença

confirmada no SIM Manaus

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12 o jornal batista – domingo, 02/11/14

Anderson Solano, Comunicação Social da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense

A Primeira Igreja Ba-tista em Panambi - MS comemorou no dia 9 de agosto

60 anos de história, de traba-lho e dedicação ao Reino de Deus como Igreja de Cristo. Foram anos de muita luta, porém, de grandes bençãos e uma história enriqueci-da pela unção e direção de Deus em todas as suas ações.

Pastor Ronel Dias Pereira, titular da Igreja, fala com entusiasmo do trabalho e re-lata a história da Igreja. “Não devemos esquecer que a caminhada precisa continuar porque ‘até aqui nos ajudou o Senhor’. Que a dedicação do nosso melhor enquanto Igreja seja a nossa verdadeira forma de agradecer a Deus pelas bênçãos alcançadas. Não há dúvidas de que po-demos dizer como disse o salmista: ‘Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres’”.

História ricaCumprindo com o “Ide”

de Jesus, a Igreja Batista no Barreirão olhou para o Novo Panambi e viu homens, mu-lheres e crianças que também precisavam conhecer o amor de Deus. Motivados pelo amor às almas deste local começaram um ponto de

pregação e logo uma Congre-gação no sítio do irmão Ermi-nio Marques, hoje chamado Travessão. Esse lugar era um ponto estratégico, pois o sítio fazia divisa entre os nordes-tinos, os mato-grossenses e os italianos, dando acesso à Congregação Novo Panambi, dirigida pelo irmão Antônio Lima.

O trabalho da IB no Bar-reirão, dirigida pelo pastor Benedito Francisco Manhães, gerou a IB na Colônia Fe-deral Distrito de Panambi, em Dourados. Organizada com 67 membros no dia 9 de agosto de 1954, a Igreja era dirigida pelo evangelista Alberto Merlo e o missioná-rio Charles Conptom, que também dava assistência à região.

A Igreja crescia e tinha vi-são de expansão do Reino de Deus, iniciou um ponto de pregação em Douradina,

depois uma Congregação. O trabalho estruturou e, no dia 24 de março de 1963, foi or-ganizada a Igreja Batista em Douradina. O pastor Oldemi-ro Arduim, que desde 1961 dirigia os trabalhos da IB no Novo Panambi, assumiu os trabalhos da IB em Doura-dina e dava assistência na igreja mãe até 1964, quando aceitou o convite de pastore-ar a IB em Fátima do Sul.

Iniciou-se na casa do ir-mão Zezé, juntamente com o irmão Manuel Ferreira de Carvalho, a Congregação dos nordestinos e, logo, mais uma Congregação na Vila Cruz, sob a liderança do irmão Ma-nuel Ferreira de Carvalho. Com o êxodo rural e o de-senvolvimento da Vila Cruz, foi doado um terreno pelo irmão José Antônio Neto para a construção de um templo na Vila Cruz. Em 1968 foi inau-gurado o templo da Congre-

gação Batista em Vila Cruz. Decidiu-se que a IB na Colô-nia Federal no sítio do irmão Erminio Marques (Travessão) fosse transferido para Vila Cruz (hoje PIB em Panambi).

Em 1970 foi convidado o pastor Miguel Pereira para pastorear a Igreja e, a partir de 1971, auxiliado pelo semi-narista Nivaldo de Souza. Em 1978 foi convidado o pastor Temístocles Antônio, que permaneceu por seis meses. Em 1979 a Igreja convidou o irmão Manuel Ferreira de Carvalho, residente em Dou-rados, para dirigir os trabalhos da Igreja Batista em Panambi. Seu trabalho como evange-lista durou 17 anos e dava assistência junto com a Igreja aos trabalhos da Congregação em Vila Vargas e outros pon-tos de pregação na região. Em outubro de 1995 a Igreja con-vidou o pastor Daniel Pedro-so, o qual em 1997 aceitou

o convite para pastorear a IB em Douradina. Em fevereiro de 1997 a Igreja convidou o pastor Jeremias Vicente, que pastoreou até agosto de 2000.

Em outubro de 2000 a Igre-ja decidiu manter o traba-lho dos seminaristas Marcos Antônio Fagundes e Márcia Fagundes e, em novembro do mesmo ano, convidou o pastor Moisés Moraes - secre-tário executivo da ASSIBAS--MS -, para pastorear interi-namente essa Igreja, a qual o recomendou ao seminário. Em dezembro de 2003 o seminarista Elias Gonçalves assumiu o trabalho da Igreja até o ano de 2005. De 2006 a 2008 a mesma foi liderada pelo seminarista Eliel Fonse-ca. E, em 2009, pelo semina-rista Heber dos Santos. De 2010 até a presente data pelo pastor Ronel Dias, auxiliado pela educadora Bianca Facco e o filho Raul.

Conheça a história da PIB em Panambi - MS

“Modismos Eclesiológicos” é assunto na subseção Campinas e Adj.

notícias do brasil batista

Cleverson Pereira do Valle, presidente da OPBB-SP Campinas e Adj.

No dia 24 de se-tembro de 2014 pastores batistas de Campinas e Adja-

cências participaram de uma palestra na Igreja Batista Carlos Lourenço, em Campinas - SP (pastor Mario Cagnoni), após

um delicioso café da manhã.O palestrante foi o pastor

Manoel de Jesus The, que fa-lou sobre o existencialismo in-fluenciando as nossas igrejas. Ele ressaltou o perigo de irmos à igreja para recebermos a glória que só pertence a Deus.

O pastor The enfatizou a importância de buscar o Evangelho puro, sem mistu-ras, e fechou citando Atos:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comu-nhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2:42). Con-tamos com a presença neste encontro do representante da JMM, William (Curumim), e

o executivo da Associação Batista de Campinas e Ad-jacências, pastor Marcílio Gomes Teixeira.

Louvamos a Deus pela vida de cada pastor que se fez presente e agradecemos

ao preletor pastor Manoel de Jesus The pela excelente palavra.

Desejamos que cada pas-tor batista de nossa região permaneça firme na Palavra de Deus.

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13o jornal batista – domingo, 02/11/14notícias do brasil batista

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14 o jornal batista – domingo, 02/11/14 ponto de vista

Joel Pereira dos Santos, juiz de Direito aposentado, diácono da Primeira Igreja Batista do Rocha - RJ

Nos dias presentes, a tatuagem e o piercing estão em plena moda, prin-

cipalmente entre os jovens. Há uma tendência natural do ser humano à imitação. Se aquele que aparece com algo novo, diferente, é im-portante ou tenha visibili-dade no mundo artístico, então, a influência exercida é bem maior. Os exemplos estão por aí, como se exem-plificam: o corte de cabelo de Léo Moura (Flamengo), a roupa, os brincos, os colares de artistas e apresentadoras de programas da TV, e assim por diante. As celebridades aparecem com uma moda, e logo todo o mundo começa a segui-las.

Sobre as tatuagens, há jo-gadores de futebol e atletas de outras práticas esportivas, em sua maioria, que entra-ram fundo na moda. Alguns marcam tanto os seus braços que até parecem que estão com cicatrizes, deformados.

Os piercings, por sua vez, em geral são fixados nas mais inadequadas partes do corpo, como nariz, sobrancelhas, umbigo, órgãos genitais e até na língua. Recentemente, tomava um cafezinho em uma lanchonete no centro de Niterói e a jovem do caixa, com um piercing no nariz, mostrava outro fixado na língua. De arrepiar.

Não é de agora que as tatu-agens surgiram. A literatura mostra que já se encontra-vam tatuagens em múmias egípcias, e seu uso já era mencionado por autores clás-sicos em relação aos gregos, gauleses e antigos alemães e bretões. Os romanos tatua-vam criminosos e escravos. Após o surgimento do cristia-nismo, a tatuagem foi proibi-da na Europa, mas continuou existindo no Oriente Próximo e outras partes (Enciclopédia BARSA, vol. 14, pág. 479)

Sabe-se que as causas da tatuagem são as mais diver-sificantes. A religião, a imi-tação, as paixões nobres ou eróticas, a ociosidade e tantas outras levam o indivíduo a inserir em seu corpo uma imagem ou desenho que permanece pela vida toda. Como já dizia o doutor Hé-lio Gomes, festejado mestre, “Muitas vezes, o indivíduo simples, não tendo o que fazer, encontra na tatuagem

lenitivo para a solidão da alma sofredora. Enquanto se tatua, o tempo passa. É o que se dá com os marinheiros, nas longas viagens; com o detento, no isolamento da prisão” (Medicina Legal, 10ª ed., pág. 69).

Se a tatuagem em tempos mais remotos tinha uma co-notação peculiar, hoje em dia, no entanto, adquiriu uma outra feição e simpa-tia por parte de pessoas de bem, e aí está a juventude. É a imitação exercendo forte influência, conforme já frisei anteriormente. Há 27 anos, ao tempo em que era juiz na cidade de Niterói, julguei um famoso tatuador, por haver produzido uma figura no corpo de uma menor. Ele foi processado pelo crime de lesão corporal, com deformi-dade física permanente.

Toda tatuagem provoca uma lesão corporal, tornan-do-se permanente. Daí, a qualificação dada ao crime com pena maior. O caso foi bem interessante, com amplo noticiário. Por fim, decidi pela absolvição por questões jurídicas, levando--se em conta a natureza da lesão e as circunstâncias que envolveram o fato. O Minis-tério Público conformou-se com a solução dada ao caso. Não recorreu, portanto, para a instância superior.

Há um questionamento so-bre se a prática da tatuagem e do piercing tem incompati-bilidade com princípios bíbli-cos. Há aqueles que afirmam positivamente, entendendo que não se deve fazer marcas na carne pelos mortos, nem no corpo estigma qualquer, como está registrado em Le-vítico 19.28.

Fomenta, igualmente, o convencimento esposado do princípio, preconizado em I Coríntios: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o tem-plo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos” (I Co 6.19-20).

Particularmente, tanto a ta-tuagem como o piercing não fazem o meu gosto. Ambos representam uma violên-cia ao próprio corpo. É uma questão pessoal, tanto assim que sempre procurei passar para os meus filhos e netos o que penso a respeito, certa-mente com o propósito direto de influenciá-los a não seguir ao modismo, que considero exótico e extravagante.

Recentemente, fiquei cho-cado com a informação de que a esposa do pastor de

determinada igreja apareceu com uma tatuagem bem os-tensiva em seu corpo. Certa-mente, tal fato vai influenciar ainda mais os jovens daquela igreja a seguir a mesma prá-tica.

Uma outra razão importan-te também e que me leva a rejeitar a tatuagem é o fato de ser um estigma perma-

nente, para sempre. Se, no futuro, o portador da marca dela se desinteressar, o tra-tamento para retirá-la é bem complicado, caro e doloro-so. Ao que sei, a parte do corpo atingida jamais voltará ao normal.

Se, por um lado, expus o meu pensamento acerca do controvertido assunto, de

outro lado, respeito inteira-mente a posição daqueles que têm ideia contrária, se-guindo a esteira da civili-dade, delicadeza de trato e da boa e sadia convivência, tendo-se sempre em mente que vivemos em um país em que é livre a manifestação do pensamento; assim está expresso na Lei Maior.

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do Sul(Nm 13:29)

Exigênciado rei aos

súditosNúmero(abrev.)

Maria (?),mulher

liberta porJesus

Proteção deDeus natravessia do deserto

Ao (?): àvontade

Ele, emfrancês

Filha deLia deJacó

(Gn 34:1)

Mulher deEsaú (Gn36:10)

André (?),cantor de"Abraça-

me"

A dinastiacomo a de

Asa ouJeroboão

No oitavoé feita a

circuncisão(Lv 12:3)

Cadaartigo docontrato

Celine (?),cantora

de "Alone"

Tanque on-de Jesuscurou um

cego

Mãe deTimóteo(II Tm1:2-5)

Fatormarcanteno jasmim

Eraofertado aDeus no

altar

OsmanLins, dra-maturgo eescritor

MelBrooks,ator dos

EUA

Letra-símbolo

do itálico(Tipog.)

Polícia Mi-litar (sigla)Cada item

escritopor Deus

naspedras

(Êx 24:12)

Atilho;liame

Naquelelugar

Pediu para serchamada de Mara,devido à sua dor

(Rt 1:20)

Barrobranco

Divisão depastos

Filho, eminglês

Abacaxi

Dança predileta doscangaceiros

Rede de televisãodos EUA

Vazio; ocoRecebeu

Pedro (At 12:13)

Preço do campo deHamor comprado por

Jacó (Gn 33:19)Ácido acetilsalicílico

A cidade "toda cheiade mentiras e deroubo" (Na 3:1, 7)

Impostode Renda

(sigla)

Letra coma formade uma

ferradura

2/il. 3/ada — son. 4/coco — diná — rode. 5/noemi. 6/caulim — eunice. 10/amalequita.

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15o jornal batista – domingo, 02/11/14ponto de vista

Gilberto Garcia, especialista em Direito Religioso, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros

O Judiciário Bra -sileiro tem sido instado a decidir questões religio-

sas às quais têm afetado os cidadãos, como no caso em que o CNJ decidiu que a utilização de símbolos reli-giosos em prédios públicos são a expressão histórica da cultura católica, não poden-do ser entendidos como des-respeito aos demais cidadãos que professam uma fé diversa ou que não professam fé alguma, e, mais, no que está na pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal relativo à constitucionalida-de do ensino religioso em escolas públicas, inserido na Concordata entre a Igreja Ca-tólica e Governo Brasileiro, o Acordo Brasil-Santa Sé.

É na Esfera Trabalhista, no denominado de assédio mo-ral religioso no ambiente de trabalho, que temos tido deci-sões deveras importantes, tais como a que determinou aos Correios que readmitisse uma funcionária que se recusou a trabalhar aos sábados por sua opção de fé, sendo que a mesma, não só cientificou a empresa das implicações de sua crença em seu horário de

trabalho, como compensava sua jornada de trabalho em outros dias, comprovando sua ligação com os religiosos que guardam o sábado.

Já temos várias condena-ções trabalhistas de empresas que obrigam empregados a participarem de cultos, e, mesmo, da candidata que comprovou judicialmente que foi preterida em uma seleção de emprego por ser uma ex-Testemunha de Jeo-vá, sendo comprovado nos autos que a proprietária da empregadora não admitia que desviados de sua verten-te religiosa trabalhassem em seu negócio, como a con-denação desta empresa por danos morais, alusivos à dis-criminação religiosa pratica-da em um processo seletivo admissional.

Citamos, ainda, alguns ca-sos concretos que a Justiça Pátria tem decidido, como, de uma empregada domésti-ca que comprovou intolerân-cia religiosa, pois havia sido demitida por justa causa por acusação de prática de bru-xaria, sendo indenizada por danos morais, ou mesmo, a condenação da empresa que deduzia dízimos dos funcio-nários na folha de pagamen-to, e, especialmente, a proi-bição judicial de pregação religiosa nos trens cariocas motivados por Ação Judicial

promovida pelo Ministério Público Estadual - RJ alegan-do a desrespeito a liberdade de crença dos passageiros nos trens da Supervia.

Em uma outra vertente ju-rídica, alguns fanáticos evan-gélicos têm sido acusados pelos Líderes de Tradições de Matriz Afro de desrespeitar as oferendas e locais de cultos da umbanda e do candom-blé, entre outros, já existindo no estado do Rio de Janeiro uma Delegacia de Polícia Especializada em Delitos Praticados sob Motivação Religiosa, e os que, compro-vadamente, têm infringido as normas de respeito à boa convivência, têm sido en-quadrados como praticantes de crimes de intolerância religiosa com condenações judiciais.

Outrossim, chamou a aten-ção um fato ocorrido em Brasília - DF, quando uma Auditora do Ministério do Trabalho tentou impedir que crianças e adolescentes dis-tribuíssem folhetos alusivos à fé evangélica durante a realização da Copa das Con-federações, sob a falaciosa alegação de exploração de mão de obra infantil, o que casou espécie, pois o ECA é nítido ao preservar o direito a opção de fé das crianças e adolescentes, em um verda-deiro caso afronta a liberdade

religiosa e abuso de autori-dade, e o agente público na Delegacia de Polícia recusou--se a registrar o Boletim de Ocorrência para instauração do Inquérito.

Destaque-se que o Minis-tério Público Estadual - RJ apresentou denúncia em face do casal de manifestantes que durante a “Marcha das Vadias” cometeram o crime de vilipendio a objeto religio-so previsto no Código Penal, pois segundo investigações promovidas pela Polícia Civil, durante Jornada Mundial da Juventude, em um dos cul-tos religiosos liderados pelo Papa Francisco, que ocorreu na Praia de Copacabana - RJ, os mesmos teriam tirado as roupas, quebrado imagens e ainda sentado na cabeça de uma delas, o que caracteriza objetivamente a prática de ato ilícito, além do crime de into-lerância religiosa a fé católica.

Por isso, é vital a promo-ção de encontros e debates de conscientização, espe-cialmente contando com as lideranças religiosas de todas as confissões de fé, em uma proposição de respeito recíproco, eis que o exercí-cio da fé é atinente a todos os grupos religiosos, sejam: budistas, candomblecistas, católicos, espíritas, evangé-licos, judeus, muçulmanos, orientais, umbandistas etc,

inclusive, de ateus e agnósti-cos, pois o povo é religioso, mas o Estado é Laico, tendo que ter o “Equilíbrio da Laici-dade Constitucional”.

O Ordenamento Jurídico Nacional assegura e protege o Livre Exercício da Espiritua-lidade do Cidadão Brasileiro, mas necessita nas Questões de Ordem Pública, espe-cialmente através dos pode-res constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário, em todos os seus níveis e esferas, resguardar a Vigência Legal da Separação Igreja-Estado, contido no artigo 19, inciso: I, da Constituição Federal, um dos fundamentos do Es-tado Democrático de Direito, que requer exista mais que tolerância, haja respeito à fé.

Tendo a premissa de que temos um povo religioso, que tem o direito natural e legal de professar sua fé nas mais diferentes vertentes de cren-ça, eis que, nosso país, desde a Constituição Republicana de 1891 - há 120 anos - é um Estado que é Laico, ou seja, sem religião oficial, que as-segura a expressão de crença das pessoas, como inserido no artigo 5º, incisos: VI, VII e VIII, do Estatuto da Nação, direito humano fundamental a expressão de religiosidade, reconhecido internacional-mente por todas as nações civilizadas.

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