jornal batista - 47

16
1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 47 Domingo, 24.11.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 A Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo, RJ, completou 90 anos. Durante as comemorações aconteceu a realização de batismos de dez novos irmãos que se juntaram aos quase 700 membros formando a família da PIB em Arraial do Cabo, que também se estende em mais duas congregações (pág. 10). PIB em Arraial do Cabo completa 90 anos como igreja relevante O pastor Adão José Pereira e esposa, Léia Cordeiro, ministraram o II Seminário de Capelania Hospitalar na Igreja Batista Nacional em Foz do Iguaçu/PR. “A princípio eram esperados 50 participantes, mas com o passar dos dias a procura foi aumentando e a igreja encerrou as inscrições com 75 pessoas e firmando compromisso de no próximo ano realizar o III Seminário”, relatou pastor Adão (pág. 12). Expertise de Capelania Hospitalar de MS é apresentada em seminário no Paraná Projeto “Grande Jogada” beneficia adolescente de Limeira A ABRA – Associação Beneficente de Recuperação e Auxílio, órgão da Primeira Igreja Batista de Freitas, na Bahia, dentre suas muitas ações, a ABRA apresentou no dia 2 de novembro, às 9h, no distrito de Limeira – Prado, o projeto “Grande Jogada”. O projeto é uma escolinha de futebol que atende mais de 40 adolescentes entre 12 e 16 anos de idade (pág. 13).

Upload: associacao-dos-diaconos-batistas-do-rj

Post on 13-Mar-2016

244 views

Category:

Documents


19 download

DESCRIPTION

A Associação Beneficente de Recuperação e Auxílio, órgão da PIB de Freitas, na Bahia, apresentou o projeto "Grande Jogada". O projeto é uma escolinha de futebol que atende mais de 40 adolescentes. A PIB em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, comemora 90 anos.

TRANSCRIPT

Page 1: Jornal Batista - 47

1o jornal batista – domingo, 24/11/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 47 Domingo, 24.11.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

A Primeira Igreja Batista em Arraial do Cabo, RJ, completou 90 anos. Durante as comemorações aconteceu a realização de batismos de dez novos irmãos que se juntaram aos quase 700 membros formando a família da PIB em Arraial do Cabo, que também se estende em mais duas congregações (pág. 10).

PIB em Arraial do Cabo completa 90 anos como

igreja relevante

O pastor Adão José Pereira e esposa, Léia Cordeiro, ministraram o II Seminário de Capelania Hospitalar na Igreja Batista Nacional em Foz do Iguaçu/PR. “A princípio eram esperados 50 participantes, mas com o passar dos dias a procura foi aumentando e a igreja encerrou as inscrições com 75 pessoas e firmando compromisso de no próximo ano realizar o III Seminário”, relatou pastor Adão (pág. 12).

Expertise de Capelania Hospitalar de MS é apresentada

em seminário no Paraná

Projeto “Grande Jogada” beneficia adolescente de Limeira

A ABRA – Associação Beneficente de Recuperação e Auxílio, órgão da Primeira Igreja Batista de Freitas, na Bahia, dentre suas muitas ações, a ABRA apresentou no dia 2 de novembro, às 9h, no distrito de Limeira – Prado, o projeto “Grande Jogada”. O projeto é uma escolinha de futebol que atende mais de 40 adolescentes entre 12 e 16 anos de idade (pág. 13).

Page 2: Jornal Batista - 47

2 o jornal batista – domingo, 24/11/13 reflexão

E D I T O R I A L

Muitos cresceram ouvindo música, foram criados por uma família

de músicos, outros se des-cobriram ainda na adoles-cência, ainda tem aqueles que se dedicam totalmente à arte da música e por isso estudaram esta modalidade, outros veem como um dos seus ministérios. Cada um floresceu na música de uma forma diferente, mas todos são ministros de música ba-tista.

Apesar de tantas críticas que os músicos sofrem hoje, ainda existe uma parcela bem superior daqueles que

se esforçam para oferecer ao Senhor um louvor bom musicalmente, e verdadeiro espiritualmente. São estes que tem feito a diferença nas igrejas, que tem aben-çoado vidas com sua musi-calidade, que tem investido no seu ministério. São mi-nistros batistas espalhados por igrejas de todo o país, das menores as maiores, estão aperfeiçoando seu ministério. Ministros de mú-sica que transmitem seus conhecimentos para crian-ças, adolescentes, jovens, adultos, cristãos de todas as idades, marcando assim sua geração.

É claro que há muito o que ser acertado, corrigido, orientado, e até modifica-do, mas se fossem perfeitos, certamente os músicos não estariam na Terra, e sim can-tando no céu com os anjos. Todo ministério precisa de aperfeiçoamento, e os músi-cos não ficam de foram, por isso existe uma busca cons-tante de muitos ministros pela verdadeira adoração. Quando se fala em busca pela verdadeira adoração, não quer dizer que esteja em adoração de mentira, e sim que é necessário uma evolução na adoração. Quer dizer que o homem pecador

busca constantemente se esvaziar dos seus pecados e viver uma vida de adoração sincera a Deus.

Conclusão, se espera muito dos ministros de música, afi-nal de contas, são eles que dirigem a adoração na frente da igreja. E está ai um motivo de oração para as igrejas: orar pelos músicos. Que as igre-jas, junto com seus líderes, não apenas critiquem seus músicos, mas abençoem em oração a vida deles também. Estes precisam de braços que o sustentem também.

Dia 24 de novembro, dia do Ministro de Música Batis-ta. (AP)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Page 3: Jornal Batista - 47

3o jornal batista – domingo, 24/11/13reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIvEIRA SANCHES

A nossa tendência é cairmos no campo do reativismo, que é uma deformação da

nossa capacidade de reagir de forma positiva. Somos muito propensos a, na maioria das vezes, reagir simplesmente às pessoas e às circunstâncias de forma consolidada. Tenden-ciosos a criar uma cultura da reatividade em detrimento da cultura da proatividade. Jesus nos ensina a ser proativos como estilo de vida e não simplesmente reativos. O Senhor via as oportunidades e sempre as aproveitava para revolucionar a vida das pes-soas. O Seu ser era revolucio-nário por natureza. Proativo por excelência. Ele criava as oportunidades. Percebia nitidamente onde poderia

agir com eficácia em favor das pessoas e para a Glória do Pai. Ele estava compro-metido com a missão de ga-nhar pessoas para o Reino e ensiná-las a viver de acordo com o Seu padrão definido no Sermão do Monte (Mateus 5, 6 e 7).

Por outro lado, na contra-mão do Mestre, os escribas e fariseus, religiosos judeus, eram reativos de carteiri-nha. Legalistas de plantão, eles reagiam negativamente às palavras sábias de Jesus, aos fundamentos do evan-gelho e a todos que eram beneficiados pelo Salvador. Prendiam-se à letra e não ao Espírito. Julgavam as pessoas implacavelmente e não as perdoavam. Eles estavam mais preocupados com as

coisas do que com as pesso-as. Mais comprometidos com o sistema religioso implacá-vel do que com uma religio-sidade saudável. Muito mais ligados a aparência do que ao coração. Esta triste reali-dade dos religiosos judeus é a dos reativos consolidados. As nossas reações devem ser sempre em conformidade com o padrão estabelecido pela Palavra de Deus. Ser reativo é comum, mas ser proativo é incomum. Geral-mente as pessoas proativas são criativas.

Na história do povo judeu, quando os doze espias foram observar a Terra Prometida, dois deles – Josué e Calebe -, revelaram proatividade. Os outros dez, mostraram reatividade. Josué e Calebe

tiveram uma visão macro da terra, na perspectiva do Se-nhor. Os outros dez tiveram uma visão micro, a partir de uma percepção meramente humana. Os dois foram co-rajosos. Os dez, medrosos, acovardados, voltados para si mesmos na sua auto pre-servação. Aqui está a grande diferença entre ser proativo (viver incomumente, fazendo toda a diferença, causan-do impacto positivo) e ser reativo (comumente, não causando impacto positivo). Os grandes cientistas, na-vegadores, desbravadores, artistas e pensadores que influenciaram a humanidade, eram proativos.

O que o Pai requer de nós, Seus filhos amados, é que sejamos criativos, ousados,

intrépidos e eletrizantes ou entusiasmados. Ele não nos chamou para vivermos a re-atividade de um sistema reli-gioso e de relacionamentos mecânicos e interesseiros, mas para a proatividade do evangelho de Cristo (Rm 1.16), para relacionamentos sinceros e, portanto, sau-dáveis. As pessoas reativas geralmente têm dificuldade nos relacionamentos, produ-zindo adoecimento, mas as proativas têm mais facilidade.

A grande tacada e o grande desafio é sermos proativos, trabalharmos dura e criativa-mente, na dependência de Deus, para a formação de comunidades e trabalhos sau-dáveis, para a expansão do Seu Reino e, acima de tudo, para a Sua Grande Glória!

Page 4: Jornal Batista - 47

4 o jornal batista – domingo, 24/11/13

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Harpas Silenciadas

reflexão

Os hebreus exi-lados na Babi-lônia perderam a capac idade

de fazer música. Ao ponto de, em desespero, depen-duraram suas harpas nos galhos das árvores, à beira--rio. “Nos salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas...” (Salmo 137.2).

O mais trágico da história, talvez, seja o fato de que os próprios inimigos, que uma vez ouviram os salmos e cânticos de Israel, amaram o que ouviram. E queriam mais. E queriam sempre. Constrangidos, os hebreus se desculpavam a si mesmos! “Como havemos de cantar a canção de Jeová, em terra de estrangeiros?”.

As harpas penduradas nos salgueiros constituem o sím-bolo do anti-testemunho. E da ignorância não arrependida. Pois não fora o desrespeito à “canção de Jeová”, enquanto viviam em Israel, mas canta-vam as cantilenas dos ídolos dos cananeus, apesar de saber que Jeová era o único Deus, a causa primeira do cativeiro? Nós, os cristãos, somos os dig-nos seguidores das incoerên-cias espirituais dos israelitas e judeus. Conhecemos a Cristo. Sabemos do atoleiro de que fomos libertados. Vivemos as bênçãos da graça do Senhor. Mas não nos constrangemos, quando ascendemos velas ao Diabo. Harpas penduradas re-fletem mero remorso. Nunca chegam à música amadureci-da do “cântico novo”.

Jabes Nogueira FilhoPastor e colaborador de OJB

Não faz muito tem-po, agendei num domingo à tarde para ir dar assis-

tência a uma pequena con-gregação que nossa igreja mantém aqui perto de Araca-ju. Lá não tinha pastor e apro-veitaria para celebrar a Ceia do Senhor com os irmãos. A reunião estava marcada para as 15h. Cheguei um pouco antes. Saudei a irmã que estava na entrada do salão de culto. Fui até os primeiros bancos. Sentei e aguardei o início dos trabalhos.

Dali a pouco chegou o evangelista. Cumprimentou--me com alegria pela pre-sença do pastor e pediu que aguardasse que logo o culto começaria. Ele foi à frente e começou a ajustar o equi-pamento de som que seria usado naquela tarde. Sem ver o que acontecia atrás de mim – continuei sentado bem na frente – aguardei. Tentando chegar a um mínimo aceitá-vel de qualidade, o evangelis-ta continuou pelejando com a caixa de som. E o início de culto teve que esperar.

Até que, já beirando à meia hora de atraso, finalmente o culto começou – e eu senta-do no mesmo lugar. Depois de alguns cânticos não muito afinados, mas cantados com empolgação, e uma oração, a palavra me foi entregue. Eu me levantei, dei não mais que dois ou três passos, olhei o salão de frente, e só então me dei conta do que estivera acontecendo naquela tarde: O culto atrasou meia hora a fim de que o microfone fosse ligado para um auditório de oito pessoas: eu, um diáco-no que me acompanhava, o evangelista, sua esposa e mais quatro irmãos – dois adolescentes e duas senho-ras.

Entendi que ali eles que-riam oferecer o melhor para Deus. Mas o inusitado da situação trouxe-me à men-te algumas questões: o que

a igreja tem feito consigo mesma e com o seu louvor? Qual o nosso paradigma? E o nosso diferencial? Por que hoje celebramos culto deste jeito? Por que chamamos isso de adoração e louvor? Temas como estes têm ocu-pado minha agenda pastoral e teológica e entendo que não há respostas definitivas para todas as questões. Mas tenho sugestões. E é isso que eu quero fazer aqui: tentar apontar algumas tendências que me parecem claras no louvor e na adoração da igre-ja no Brasil hoje.

Antes de continuar, deixe--me fazer duas colocações como quem quer marcar posi-ção. Primeiro: adoração e lou-vor não são necessariamente sinônimos de música – é bem mais que isso – mas a asso-ciação é quase inevitável. En-tão quando aponto para um, respingo no outro. Segundo: citar tendência atual não equi-vale a fazer juízo de valor. Não é por ser moderno que é bom ou ruim. Bem, vamos às tendências. Vou sugerir aqui sete delas que me parecem suficientemente abrangentes, três sobre postura e quatro sobre conteúdo. Cada uma delas mereceria aprofunda-mentos melhores, mas vou por hora apenas propor um início de conversa.

A chegada do século XXI popularizou os chamados shows gospel (eita expressão esquisita!). E esta me parece uma tendência inevitável. A adoração pública deixou o ambiente eclesiástico e ga-nhou às praças. Virou show e teatro, apresentação e en-tretenimento. Como tudo na vida, tem seu lado bom e ruim. Se por um lado, tanto livrou as igrejas dos marque-teiros (será?) como contribuiu para divulgar a fé, o que não deixa de ser positivo (con-sidero Fp 1.18); por outro transformou os fiéis em pla-teia e dissociou adoração e louvor da piedade pessoal.

Outra tendência, quase como extensão desta pri-meira, é a profissionalização

dos adoradores e louvadores (existe esta palavra?). Para se fazer eventos de qualidade é necessário que pessoas se ocupem e esmerem em fazê-los. E isto exige tempo, habilidade e dedicação – daí a presença de profissionais. Lembro que Davi profissio-nalizou o culto em Jerusalém mil anos antes de Cristo, o que deu um fantástico ganho de qualidade à adoração em Israel, daí que ter profissio-nais no louvor não é necessa-riamente ruim. Mas também é verdade que quem trabalha para Deus apenas por dinhei-ro, logo se venderá ao Diabo se ele pagar melhor!

E como estes profissionais da fé precisam ser sustenta-dos (está na Bíblia em I Tm 5.18), passou-se a criar uma rede de sustentação para tais: gravações, shows, cachês, clips, contratos, e por aí vai... E isso, sem falar nas rádios e TVs evangélicas que divul-gam estes trabalhos, mas que têm também que se virar com a concorrência. Ou seja, hoje temos a tendência da adoração de apelo midiático (palavra bem pós-moderna!). É bom ter emissoras cristãs, mas ouvir gospel music (que mania de inglês!) dedicada à “prima da sogra do meu irmão que está ouvindo e gosta deste cantor” é o fim...

E quanto ao conteúdo da adoração e do louvor, que tendências posso detectar? Até que ponto a forma in-fluencia o conteúdo? Acom-panhe mais um pouco comi-go. Quanto ao conteúdo, o que mais tem me chamado à atenção é a tendência mar-cante de canções, mensagens e orações centralizados na primeira pessoa: eu. Não é de hoje que se canta as-sim, minha avó já louvava declarando: vivo feliz, pois sou de Jesus (notadamente em primeira pessoa), mas a ênfase estava no rende-lhe sempre ardente louvor (o mais importante deveria ser ele – o Senhor).

Hoje eu canto, eu adoro, eu declaro, eu louvo, eu me

prostro, eu sei, eu levanto minhas mãos, eu me alegro, eu tomo posse, eu... eu... eu... E até parece que Cristo é apenas um apêndice nisto tudo. Mas, além desta ado-ração autocentralizada, três outros temas parecem domi-nar as canções de louvor e adoração, e elas completam as tendências que cito aqui.

Já perceberam quanto se faz citação do AT? E em lín-gua hebraica? Também não estou dizendo que é um erro, é uma tendência. Cla-ro que os textos antigos são de maneira igual parte de nossa herança de fé e não posso esquecê-los. Mas até parece que se tem saudade da antiga aliança e já nem lembramos que ela foi supe-rada em Cristo (o texto aos Hebreus no NT é exuberante em expor isto).

Também uma tendência bem marcante hoje é centrali-zar nossa fé, nossa esperança, e por isso nosso louvor, nas bênçãos temporais de Deus – afinal nos está prometido o melhor desta terra! Concordo que nenhum cristão sincero nega a esperança no porvir, mas já não se repete com tanto entusiasmo: com Cristo vou morar no lindo céu!

E como última tendência que pretendo apontar, está a de se reportar às nossas bata-lhas diárias com os mesmos elementos citados acima – uma coisa leva a outra. Se minha teologia ainda está no Antigo Testamento, eu me vingo do meu inimigo e não o amo, nem oro por ele, muito menos lhe ofereço água. Se minha conquista já deve se revelar por agora, o vinde bendito do meu Pai passa a ser apenas discurso, e não esperança que move a vida.

Bem, como disse lá em cima, são apenas alguns apontes sobre o louvor e a adoração na igreja brasilei-ra hoje e suas tendências – sugestões para início de conversa. Espero em Cristo que outros possam topar o bate-papo e prosseguir no diálogo. Creio que será pro-dutivo para o Reino de Deus.

Sim, quanto ao culto na congregação: aproveitei a oportunidade para, dispen-sando o microfone, celebrar a Ceia do Senhor lembrando os primeiros cristãos que o faziam adicionando à me-mória a comunhão. Foi uma tarde abençoada para a glória de Deus.

Page 5: Jornal Batista - 47

5o jornal batista – domingo, 24/11/13reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

Há cerca de um ano e meio, nossa mis-sionária Dalva de Oliveira começou

a padecer de dores pelo cor-po. Feitos todos os exames em várias especialidades mé-dicas, nada foi descoberto, ou nada lhe foi dito. O médico chefe da equipe dizia ape-nas: “Estamos estudando o seu caso”. No final de 2012, fomos visitá-la no Hospital Cardoso Fontes e ela nos dis-se: “Esta semana o médico me falou: Estamos vendo uma luz no fim do túnel”. Ela se mos-trava feliz porque, finalmente, pensava, os médicos viam a possibilidade de um diagnós-tico. Obviamente, os médicos já sabiam que ela sofria de um tipo de leucemia, mas sempre lhe davam alguma esperança. Foi um tempo de muitas dores, muito sofrimen-to para Dalva, para sua irmã Lídia, que dela cuidava e para todos nós que aprendemos a amar e admirar aquela que foi uma das nossas grandes missionárias.

Seu mais longo ministério foi no Paraguai, onde ela le-vou muitas pessoas a Cristo, organizou igrejas e foi usada pelo Espírito para reanimar igrejas que já estavam quase extintas. Mulher de uma co-ragem admirável, enfrentou situações que só uma pessoa vocacionada, ungida e forta-lecida pelo Senhor poderia suportar. Certa vez, as senho-ras da igreja onde eu servia convidaram uma missionária que atuava no Paraguai para falar no “chá missionário”. Esta obreira desfilou um ro-sário de críticas e queixas e deixou nas mulheres da igreja a impressão de que o missionário é um mártir. Entre outras coisas, disse que a casa em que morava era infestada de ratos e baratas, que ela não tinha sequer um armário para proteger suas roupas da poei-ra. No ano seguinte, o evento de promoção missionária se deu no sítio da igreja.

Dalva de Oliveira foi a con-vidada para falar. Ela deu um relatório animador, falou das pessoas salvas por Cristo, da assistência social que realiza-va como missionária, contou até de um parto em que usou uma tesoura comum para aju-dar uma parturiente que teria morrido junto com a criança, se Deus não a tivesse orien-

tado para prestar ajuda. No momento das perguntas, uma irmã indagou de Dalva se na casa dela no Paraguai havia ratos baratas e se ela possuía um guarda roupa. Dalva sor-riu e respondeu com tranqui-lidade: “Quando fui morar na casa onde estou, todos os cô-modos estavam infestados de baratas e havia alguns ratos. Fui ao comércio, comprei os produtos indicados e acabei com as cucarachas e com os ratones. Coloquei uma arma-ção de cabos de vassoura no canto do quarto e ali pendurei minhas roupas, cobrindo tudo com um pano de chita. Hoje moro numa casa simples mas limpa, onde posso receber as pessoas para fazer disci-pulado. Em poucas semanas, já temos vários candidatos preparados para o batismo”.

Dalva não se queixava dos problemas. Resolvia-os! “O povo paraguaio”, disse ela, “está sequioso pelo evange-lho, é muito acolhedor e se torna amigo dos missioná-rios. Todas as vezes que tive de deixar um local, sempre houve muitas lágrimas. Das almas salvas, das igrejas que ajudei, eu quero falar, não de baratas, ratos e poeira”, concluiu com seu amável e significativo sorriso. Assim era Dalva de Oliveira, Ela respirava missões, tinha mis-sões nas veias. Quando de férias, percorria as igrejas do Brasil fazendo promoção de missões mundiais, missões nacionais e do trabalho fe-minino.

No dia 9 de novembro, Dal-va viu uma luz fulgurante no fim do túnel, ela que foi uma vida iluminada pela graça de Jesus. Era a luz do seu Senhor, de quem ela ouviu: “Bem está, serva boa e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor”. Se é fato que “to-dos os remidos se conhecerão no céu um dia”, fico imagi-nando a galeria de heroínas que formou a sua comissão de bienvenidos: Noemi Cam-pelo, Lígia de Castro Câmara, Marcolina Magalhães, Bea-triz Silva, Zênia Biersenick, Margarida Gonçalves e tantas outras missionárias que deram suas vidas, suas forças e seus inúmeros talentos para que milhares e milhares de peca-dores pudessem ver uma luz no fim do túnel desta vida.

Francisco Mancebo ReisColaborador de OJB

“Eu plantei e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer” (I Co 3.6).

A autoest ima exa-c e r b a d a r e a l ç a entre os defeitos de nossa postu-

ra. Uma fraqueza que tem afetado líderes e lidera-dos. O mesmo Paulo que, na 2ª Carta aos Coríntios (10.12,18), reprova a quem a si mesmo enaltece, na 1ª Carta registra preferências por obreiros na igreja moti-vando partidos (1.12 e 3.6). E os instrui.

O versículo em apreço nesta re f lexão l iga-se a

uma ênfase desmedida na função humana. Visão an-tropocêntrica que inverte posições, f icando o ho-mem no centro e Deus na periferia. São marcantes as diferenças entre guias ecle-siásticos e denominacio-nais sugerindo avaliações variáveis. Paulo detinha o valor de excelente doutri-nador e mestre. Em Apolo sobressaía a comunicação fácil e cativante. Ambos mereciam admiradores. Fal tava, porém, a esses apreciadores o discerni-mento maior. Assim como na agricultura quem planta e quem rega não dispõem do mistério que garante o crescimento da lavoura, na seara do Mestre os traba-

lhadores não detêm o po-der de fazer germinar a boa semente. Não é o Espírito que convence do pecado? (João 16.8). Paulo e Apolo atuaram em Corinto, um plantando e outro regando (Atos 18), mas a nenhum deles se deve o que só Deus é capaz de operar na obra missionária.

Aparentemente, Paulo anula o papel dos evange-listas, ao afirmar que não importa nem o que plan-ta nem o que rega (3.7). Convém entender que seu objetivo é centrar em Deus a grandeza da nobre mis-são, razão para o verso 5: “Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes”. Pode haver menosprezo a batalhadores incansáveis, inclusive hon-rados plantadores de igrejas vinculados às nossas Juntas; e líderes que se destaquem mais pelos títulos acadêmi-cos do que pela produtivi-dade na Causa. Cabe acres-centar que plantar e regar são tarefas de importância igual, pois “o que planta e o que rega são um”(3.8), sem espaço para vanglória, ciú-mes, discórdias e facções. A todos o Senhor conhece. De todos cobra labor sem ostentação. A cada um re-tribuirá com justiça. Vale recordar Romanos 12.3: “...digo a cada um de vós que não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém...”.

Afinal, somos apenas ins-trumentos, e nem sempre bem afinados.

Page 6: Jornal Batista - 47

6 o jornal batista – domingo, 24/11/13 reflexão

João Pedro Gonçalves Araújo

“Rogai ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Lc 10.2).

Os evangelhos si-nóticos parecem ser unânimes em mostrar que a vo-

cação ministerial precede o próprio exercício do ministé-rio. Antes de qualquer mila-gre, pregação ou ensino pú-blico, Jesus chamou homens para ajudá-lo. As vocações, outrossim, continuaram ao longo da vida de Cristo. Uma certa feita ele enviou setenta desses discípulos para uma missão de pregação, curas e libertação.

Não é sempre que aten-tamos para esses contínuos chamados. Parece, no en-tanto, que eles continuaram até perto da morte de Jesus. Nos últimos meses entre os homens, Jesus travou diálo-gos com alguns que alega-

Nu m a p e q u e n a igreja batista no interior do Mara-nhão, em 1964,

com o hinário Cristo a Úni-ca Esperança em mãos, a congregação cantava “Que a Pátria Inteira Cante em Teu Louvor” com muito en-tusiasmo. Uma equipe do Seminário do Nordeste di-rigia a Campanha Nacional de Evangelização. Todos se empenhavam em alcançar vi-zinhos e amigos para Cristo. Cedo de manhã havia culto

ram algumas dificuldades em segui-lo. No entanto, ele os desafiou a segui-lo, e, mais que isso, pregar o evange-lho. Quantos, então, Jesus chamou? Não sabemos. Mais de cem, certamente. Depois da sua morte, a comunidade dos discípulos já chegava a cento e vinte. Cleopas, José Barsabás e Matias são alguns dessa comunidade ampliada dos vocacionados. Mesmo depois de morto, continuou a chamar e vocacionar pessoas. Como não lembrar de Saulo?

Mas Jesus não apenas cha-mou. Ele mandou que os discípulos chamassem ou-tros; mandou que orassem pedindo que Deus mandasse mais e mais obreiros. O que ele fez, queria que seus discí-pulos fizessem. Os discípulos levaram a sério o exemplo e o mandado. Naturalmente o leitor lembrou das duplas Moisés e Josué, Elias e Eliseu, numa referência ao AT. No NT, Pedro e André, Felipe e Natanael são exemplos de

de oração pela campanha. Uma equipe dirigia a Escola Bíblica Dominical. Outros faziam visitas. Os resultados foram maravilhosos. O salão estava cheio a cada noite. Pessoas aceitavam a Cristo. A igreja crescia em número e em determinação para que a nova soassem, a graça de Cristo chamasse, e o mundo ao seu redor confiasse em Cristo, abandonando o mal e cantando o louvor do Senhor! O mesmo aconteceu em igre-jas batistas por todo o Brasil.

discípulos que chamam ou-tros. Já bem cedo na história da Igreja, Marcos, Barnabé, Estêvão, Filipe, Tiago, Judas e Silas são citados como prega-dores e auxiliares, exercendo diferentes dons e até mesmo realizando milagres.

De todos os seguidores, parece, ninguém foi mais pródigo a vocacionar tantas pessoas quanto Paulo. Mais de sessenta obreiros e co-operadores são citados nas suas cartas. Sabe-se que ele pessoalmente consagrava obreiros nas igrejas que fun-dava, além de enviar seus cooperadores mais próximos a que fizessem o mesmo nas novas igrejas, quer as tenha fundado ou não. Paulo era um vocacionado. Ele voca-cionava outras pessoas. Ele encarregava a que seus vo-cacionados vocacionassem novos obreiros.

A partir do ministério e mandato de Jesus e o que foi praticado no ministério dos seus seguidores, pode-se pen-

Desde aquele memorável ano, o povo batista canta este hino, lembrando especial-mente as grandes coisas que o Senhor fez em 1965.

Podemos chamar de autor, o Pr. Dr. João Filson Soren, pois praticamente escreveu a letra a partir do original em inglês. E viveu esta oração. Deu a sua vida para a expan-são mundial do evangelho e também para o pastoreio da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, durante quase 51 anos. Músico e hinista de

sar no seguinte princípio: tão prioritário quanto o exercício ministerial é a vocação e a in-vocação por novos obreiros. Outro princípio igualmente importante: a vocação e in-vocação por novos obreiros é melhormente feito por quem está envolvido diretamente no ministério. O exercício do ministério pessoal, a oração e a invocação a que Deus vocacione novos obreiros são parte de uma mesma tarefa. Só quem realmente está en-gajado na obra do ministério sabe o privilégio de tal tarefa e sente a necessidade de que muito mais pessoas se engajem profundamente na mesma tarefa.

A tarefa de missões, tão cara aos batistas, só pode ser completamente cumprida se, ao mesmo tempo em que se cumpre o ide, a invocação da vocação seja igual e si-multaneamente cumpridas. A invocação pela vocação e o exercício da vocação são igualmente mandatos

grande capacidade, o Pr. So-ren escreveu esta mensagem contagiante em 1964 para a Campanha Nacional de Evangelização. Inspirou-se num hino americano cuja letra original foi escrita por George Herbert, extraída da famosa obra popética “O Templo”, de 1633.

O compositor foi Robert Guy McCutchan, um dos mais importantes hinólogos e educadores musicais da sua geração. Nasceu no Esta-do de Missouri, nos Estados

de Jesus, dois lados de uma mesma moeda, duas pernas de um mesmo corpo, duas ações de uma mesma tarefa. Missão sem vocação cria um déficit de obreiros. Vocação sem missão cria um inchaço de obreiros.

Tão importante quanto in-vocar por novos obreiros é vocacionar ou ajudar a des-pertar novas vocações. Além dessas duas tarefas, há uma outra associada: a preparação para o ministério dos voca-cionados. É contraditório que vocacionados orem e chamem novos vocacionados e estes sejam preparados por quem não está, de alguma forma, engajado em tais ta-refas, ou no mesmo “clima”. Tão importante quanto invo-car e ajudar a despertar novas vocações é a tarefa de prepa-rar os vocacionados. Invocar e despertar novas vocações são tarefas de vocacionados e engajados no ministério da Palavra. Porquê, então, espe-raríamos que fosse diferente?

Unidos, e foi um homem de igreja, servindo a sua de-nominação com distinção como educador, músico e hinólogo. Dedicou-se a fazer com que os hinos se tornas-sem uma parte significativa da vida das pessoas. Além do seu ministério no meio metodista, foi muito ativo na música de diversas outras denominações.

(Texto extraído do boletim dominical da PIB do Rio de Janeiro)

Page 7: Jornal Batista - 47

7o jornal batista – domingo, 24/11/13missões nacionais

Os missionários Lu-zinaldo e Graça Tomaz têm atua-do na cidade de

Patu (RN), e multiplicado o evangelho, plantando igrejas em outras cidades como Al-mino Afonso e Olho D’Água dos Borges. Recentemente, mais 13 pessoas dessas cida-des foram batizadas demons-trando convicção da salvação em Cristo e compromisso com ele.

Segundo os obreiros, os re-sultados são fruto de oração e também da implantação da visão de igreja multiplicadora no trabalho que realizam. Todos os projetos que eles plantaram nessas cidades experimentam crescimento e possuem líderes locais que trabalham com a comunida-de não apenas evangelizan-do, mas também realizando atividades nas áreas de saú-de, educação e esporte.

“E temos visto a impor-tância de trabalharmos em parceria com o poder público ao observarmos a dimensão

do alcance de nossas ações, que são bem maiores do que imaginamos”, afirmou a mis-sionária Graça.

Mostrando a um número cada vez maior de pessoas que a igreja tem um papel fundamental no contexto social, Pr. Luzinaldo e Gra-ça têm visto o agir de Deus e também as respostas de suas orações. Os exemplos de vidas transformadas a re-levância da presença dos missionários.

Irmão Guido, de 35 anos, é um ex-alcoólatra, que foi ajudado pelos missionários que conseguiram, em parce-ria com a Prefeitura de Olho D’Água dos Borges, enviá-lo para um centro de recupe-ração de uma igreja batista na cidade de Pau dos Ferros (RN). “Hoje, ele está firme na Igreja Batista em Olho D’Água dos Borges e tem o propósito de pregar o evangelho aos alcoólatras da cidade”, contou Graça. Guido estava entre as 13 pessoas que foram batiza-das recentemente.

Glorifique ao Senhor pe-las bênçãos já alcançadas e interceda pelos missioná-rios, para que continuem sendo fortalecidos e orien-tados pelo Senhor para que

mais vidas sejam salvas. Para contribuir com este projeto, faça contato com o PAM Brasil:

Do Rio de Janeiro - (21) 2107-1818

Outras capitais e regiões metropolitanas - 4007-1075

Demais localidades - 0800-707-1818

[email protected]

Mais vidas batizadas em campo potiguar

Momento de gratidão após os batismos

Pr. Poçam usa o Hip Hop para evangelizarBeatriz foi abençoada por meio das aulas de balé do projeto Novos Sonhos

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

Diversos projetos missionários têm utilizado músi-ca, arte e outras

atividades de cunho social como ferramentas para com-partilhar o amor de Cristo, revelando a utilidade social e espiritual das igrejas. As-sim, muitas vidas têm tido um encontro com Deus e reconhecido o valor da igreja na sociedade. Baseada na Bíblia, a visão Igreja Multipli-cadora defende a plantação de igrejas relevantes.

Oferecer atividades espor-tivas e socioeducativas para crianças em vulnerabilidade social é um dos objetivos do projeto Novos Sonhos, iniciado com parceria entre a Cristolândia SP e a Primeira Igreja Batista de São Pau-lo. Ballet, violão, violino, bateria, futebol e jiu-jitsu são ensinados para crianças da Comunidade do Moinho e da região da cracolândia paulista.

Os frutos do projeto têm se evidenciado em vidas salvas, famílias restauradas e tam-bém nas oportunidades que

as crianças e suas famílias têm conseguido. Vitória Be-atriz de Oliveira, começou a estudar balé em 2010 e não demorou muito até que se destacasse entre as meninas. “Com o apoio das professoras Karen Ribeiro e Ana Esme-ralda, que disponibilizaram seu estúdio de dança e uma professora para as meninas do projeto, Beatriz teve a oportunidade de ter sua ap-tidão desenvolvida”, disse a missionária Joana Machado, coordenadora do projeto Novos Sonhos.

O bom desempenho de Beatriz, que está com 8 anos de idade, chamou atenção da bailarina Priscila Yokoi. Ela organiza o evento Gala

Clássica Internacional e con-vidou Beatriz e outra menina do balé do projeto Novos Sonhos para participarem de workshops e uma audição para a escola de balé Bolshoi, conhecida como uma das melhores do mundo.

“Após ter apresentado o ‘Grand Finale’, na última noi-te do evento, e com sua famí-lia presente, Beatriz se emo-cionou ao receber a notícia de que foi pré-selecionada. Por só receberem meninas a partir dos 10 anos, em ou-tubro de 2014 ela fará outra prova para ser oficialmente admitida e, assim, em 2015, dar um grande passo em sua carreira de bailarina”, relatou a missionária Joana.

Ainda em São Paulo, os missionários Leandro e Vâ-nia Poçam trabalham utili-zando a música Hip Hop para alcançar vidas para Cristo na comunidade de Pa-raisópolis. “Em uma comu-nidade como a nossa, onde há muitos artistas, a música torna-se uma importante ferramenta evangelística. Essa não é a única ferramen-ta, mas com certeza ajuda. Me senti realizado quando um jovem disse que ouviu verdades na minha música e que minhas músicas edi-ficaram a vida dele porque canto o que está escrito na Palavra de Deus”, contou Pr. Poçam, que também é rapper e professor de DJ. Ele

já formou três alunos que já tocam em programações, e já está formando mais um grupo. Recentemente, tam-bém formou um coral que possibilitou um maior en-volvimento de pessoas com a música e também com Cristo. Na igreja que eles lideram, existem membros que conheceram o evange-lho atraídos pela música.

Nesta data quando come-moramos o Dia do Ministro de Música Batista, Missões Nacionais deseja a todos que receberam o dom de traba-lhar com música, que con-tinuem sendo capacitados e usados pelo Senhor em suas igrejas e também nos campos missionários.

Atividades culturais como estratégias de evangelização

Page 8: Jornal Batista - 47

8 o jornal batista – domingo, 24/11/13 notícias do brasil batista

Page 9: Jornal Batista - 47

9o jornal batista – domingo, 24/11/13notícias do brasil batista

DIRETORA EXECUTIVA: Lucia Margarida Pereira de Brito - SECRETÁRIA DE PROMOÇÃO: Aildes Soares Pereira - EDITOR DE ARTE: Rogério de OliveiraRua Uruguai, 514 - Tijuca - CEP: 20510-060 - Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2570-2848 - FAX: (21) 2278-0561 - Ligado 24 h

Site: www.ufmbb.org.br - E-mail: [email protected] - E-mail: [email protected] - E-mail: [email protected]

Cursos do sEC para 2014

Pós-Graduação Lato sensu:

Especialização em Educação Religiosa, Missiologia e Ministério Social Cristão (Duração 2 anos).

Pós-Graduação stricto sensu:

Mestrado em Educação Religiosa, Missiologia e Ministério Social Cristão (2 a 3 anos).

Curso Superior Livre – Educação Religiosa com habilitação em Missiologia; Educação Religiosa com habilitação em Ministério Social Cristão (Duração 3 anos).

curso Médio:

Educação Religiosa e Missiologia (2 anos).

Seminário Aberto à Terceira Idade (Duração 1 ano).

Curso de Libras – Língua Brasileira de Sinais (2 anos).

Curso de Inglês – Duração 2 anos.

Curso de Capelania Hospitalar (2 anos).

Curso de Capelania Familiar (2 anos).

Cursos do CIEM para 2014

Curso Livre de Mestrado em Missiologia (Strictu Sensu).

Curso Livre de Mestrado em Educação Cristã (Strictu Sensu).

Pós-Graduação em Formação Missionária (Lato Sensu).

Pós-Graduação em Educação Cristã (Lato Sensu).

Curso de Graduação em Missões e Educação Cristã.

Formação de Líderes para o Ensino de Missões.

Curso de Capacitação Missionária.

Page 10: Jornal Batista - 47

10 o jornal batista – domingo, 24/11/13 notícias do brasil batista

Cleriston Pereira do ValleSecretário da PIB Mairiporã, SP

Como uma das pro-postas da Primeira Igreja Batista em Mairiporã, SP, que

em 2014 estará comemo-rando 40 anos de atividades na cidade, contando com eventos que terão início no mês de julho e previ-são de encerramento em setembro, a Igreja proto-colou na Assembleia da Associação Batista Norte da Capital o interesse em receber a Assembleia em 2014. Na última reunião da Associação a proposta foi devidamente aprovada e Mairiporã irá receber as lideranças e membros das igrejas batistas da região norte da Capital durante os dois dias de eventos no mês de setembro de 2014.

Paloma FurtadoComunicação da PIB em Arraial do Cabo, RJ

A Primeira Igreja Ba-tista em Arraial do Cabo (PIBAC), na Região dos Lagos

do Rio de Janeiro, tendo como presidente o pastor José Guilherme de Souza Silva e como vice-presidentes o pastor José das Neves Oli-veira e o diácono Antonio Pessanha de Souza, com-pletou 90 anos no dia 17 de outubro de 2013. Nas co-memorações de aniversário estiveram presentes líderes denominacionais, pastores e grupos representativos de outras denominações, além da presença de autoridades do município.

A comemoração dos 90 anos da PIBAC foi uma data significativa para a igreja e cidade que se desenvolve-ram de forma mútua durante esse período. Para celebrar, foram realizados cinco cul-tos em louvor, adoração e agradecimento a Deus sob

A Primeira Igreja Batista em Mairiporã teve seu início como missão em 1974, quan-do começou seus trabalhos na antiga rua da Raia, com as pessoas Raimunda dos Santos Pedroso, Lídio Rodrigues Ferreira e família e, Salatiel Pereira do Valle e família, que contaram com o apoio da Igreja Batista Betel em São Paulo através do saudoso pastor Silas Melo. Em 1981, foi construído e inaugurado o templo em 4 de julho, na Rua Celso Epaminondas nº 248 Jardim Esther.

Com muita disposição estas pessoas trabalharam bastante e em nenhum momento o trabalho batista parou em Mairiporã. E hoje contamos com mais de 100 membros, contamos também com mais dois outros trabalhos batistas independentes na cidade fru-tos desta Igreja, que são a Pri-meira Igreja Batista em Terra

o tema: “Uma Igreja Rele-vante: no Ensino da Palavra, na Comunidade, na Família, na Comunhão, na Procla-mação e na Adoração”. Os pastores que ministraram a Palavra foram: José das Ne-ves, Nilson Godoy, Geraldo Geremias, Rafael Antunes e José Guilherme. Já na mú-sica, a adoração a Deus foi oferecida através dos grupos musicais e coreografias da Igreja, da cantora Rutemberg e do Ministério Sarando a Terra Ferida. Estiveram pre-sentes também louvando ao Senhor os irmãos Flávio Cândido e Flávio, que não se conheciam até o batismo de Flávio Cândido. Ao som das canções “Vai Valer a Pena” e “Uma Nova História” canta-

Preta e a Igreja Batista do Mato Dentro, duas missões, uma na Vila Davi e outra no bairro Pirucaia.

ram a realidade do encontro que ocorreu na PIBAC e emo-cionaram a todos.

Durante os dias do evento houve fatos que deixaram a festa ainda mais marcante. Na abertura o Pr. José das Ne-ves completou sete anos de ministério auxiliar na PIBAC e foi homenageado pela Igre-ja através do Ministério Dia-conal. No dia 17, o Pr. José Guilherme, após um café da tarde denominado “Cafezão dos 90”, inaugurou a galeria de fotos de todos os pastores titulares que passaram pela PIBAC. E o encerramento das celebrações no domingo (20) aconteceu com a realização de batismos de dez novos irmãos que se juntaram aos quase 700 membros forman-

A história do povo batista em Mairiporã é uma histó-ria de fé, trabalho e amor, que com certeza marcou

do a família da PIB em Arraial do Cabo, que também se estende em mais duas con-gregações.

Como tudo começouA PIBAC, como carinhosa-

mente é chamada pelos mem-bros e visitantes, tem uma relação bem próxima com a cidade, pois cresceram juntas desde 1923, quando Arraial do Cabo ainda pertencia a Cabo Frio. Tudo começou quando o Sr. Alfredo Almeida, morador de Macaé, no Norte Fluminense, passou a traba-lhar no antigo farol. Quando descia para Arraial, que ainda era conhecida como Vila dos Pescadores, começou a se reunir com um grupo de pes-soas para evangelizar.

a história de nossa cidade nestes 40 anos e estaremos contando esta história em 2014.

Denominados “batistas”, fundaram a Igreja e continu-aram a pregar a Palavra de Deus mediante a simplicida-de dos moradores, que em sua maioria eram pescadores. As pessoas aderiram ao Evan-gelho e os batismos seguiam se realizando nas águas da Praia dos Anjos, ponto histó-rico da cidade.

Em 1927, a Igreja recebeu como primeiro pastor José Silveira e, logo após, no iní-cio da década de 30, o Pr. Honório de Souza inaugurou a primeira sede. Os anos se passaram, aquele pequeno número de irmãos cresceu e diversos pastores passa-ram pela Igreja. Muita coisa mudou, hoje a Igreja possui um templo moderno e loca-lizado no Centro da cidade, contudo, o que permanece é o desejo que a PIBAC tem de continuar sendo relevante para a comunidade cabista, sendo referencial do amor de Deus em palavras e ações. Para honra e glória de Deus, a PIBAC será sempre “Uma Igreja que Ama”.

Evento será parte integrante das comemorações dos 40 anos de presença batista em Mairiporã

PIB em Mairiporã receberá Assembleia da Associação Norte em 2014

PIB em Arraial do Cabo completa 90 anos como igreja relevante

Page 11: Jornal Batista - 47

11o jornal batista – domingo, 24/11/13missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

A sétima caravana do Tour of Hope, pro-jeto do Setor de Vo-luntários da JMM,

teve um número recorde de participantes: 148. São mis-sionários voluntários que se dispuseram diante do Senhor para servir com amor e alegria no país mais pobre das Amé-ricas levando seu melhor: Jesus. A próxima caravana que seguirá ao país no início de 2014 já tem mais de 100 inscritos. No entanto, há uma grande necessidade por pro-fissionais da área de saúde.

Essa mais recente caravana foi dividida em três equipes, que viajaram em datas dife-rentes. A equipe Amor viajou no dia 15 de outubro, a Fé nos dias 18 e 20 de outubro, e a Esperança nos dias 28 e 29 do mesmo mês.

Apesar da longa viagem, os voluntários são gratos a Deus por terem sido levados ao lugar de sua vontade. Todos são unânimes em querer fazer o melhor para o Senhor por meio de seus dons e talen-tos, usados para alcançar os

Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Portugal é um dos cam-pos com maior inves-timento de Missões Mundiais na Europa.

São 18 missionários brasilei-ros que estão em campo na-quele país para testemunhar o evangelho de Jesus Cristo.

O Pr. César e Eliane Corsete são missionários da JMM em Portimão, no sul de Portu-gal. Ali, o casal está à frente da igreja batista da cidade desde 2011, mesmo ano em que chegaram ao campo. Uma das principais ativida-des desenvolvidas pelo casal é o ministério com jovens e adolescentes, que mostram cada vez mais interesse pela palavra de Deus.

“Esse tem sido um ministé-rio que tem nos alegrado, pois mais dois jovens portugueses se aproximaram e já estão frenquentando as reuniões, sempre com muito interesse. Até já começamos a discipu-lar um deles, e o outro deverá começar em breve o discipu-lado”, conta o Pr. Corsete.

Nos encontros, os missioná-

haitianos. Boa parte do grupo atuou na área de construção, apoiando aqueles que tentam reerguer o país, devastado por um grande terremoto em 2010.

O Haiti tem 80% de sua população vivendo em situa-ção de extrema pobreza, com menos de US$ 2 por dia. Por lá, 75% do que é consumido é importado. Apenas 9% das escolas são públicas, o que deixa a nação com 80% de analfabetos.

Ore pelo Haiti, um país com 10 milhões de haitia-nos, cuja maioria aguarda a manifestação dos filhos de Deus. Hoje o país tem 69% de católicos e/ou pra-

rios compartilham a palavra de Deus com os jovens, sem-pre com o objetivo de instruí--los e evangelizá-los.

“Pedimos que você ore por esse ministério, pois temos o desejo de alcançar muitos jo-vens e adolescentes para o Se-nhor Jesus. Eles precisam ser li-bertos dos vícios e da indiferen-ça espiritual que os leva a viver vidas vazias e sem signficado”, pede o Pr. Corsete, explicando o contexto espiritual em que vive atualmente a maioria dos jovens portugueses.

Uma força extra no ministé-rio do Pr. Corsete e de Eliane é dada pelos filhos do casal, Ma-theus e Laísa, que se mostram

ticantes de vodu; 30% de protestantes e 1% de mu-çulmanos ou seguidores de outras práticas religiosas.“A experiência de participar dessa viagem missionária ao Haiti foi muito gratificante, pois desde o primeiro dia percebi que servir é a prin-cipal função do cristão. O povo haitiano foi muito gentil conosco, nos recebeu com muita alegria e nos serviu como quem serve ao próprio Deus. O exemplo desse povo nos remete ao exemplo dado por Jesus Cristo que, sendo Deus, não usurpou ser igual a Deus, mas, antes se fez ser-vo. Não me esquecerei dessa viagem”, disse o voluntário

bastante comprometidos com o testemunho do evangelho.

“Ambos são convictos da fé em Jesus e da necessidade de darem bom testemunho na escola”, conta o Pr. Corsete. “Eles participam de pratica-mente todos os trabalhos que realizamos”, acrescenta a missionária Eliane.

Matheus, que é estudante de Psicologia, toca bateria e é o líder do ministério de jovens e adolescentes da igreja em Portimão. Laísa canta, ajuda no ministério com jovens e colabora nas programações especiais.

“Eu também considero mi-nha a missão dos meus pais,

Marcos Vinícius Leite Dias, membro da Igreja Batista Central de Diamantina/MG.

Para o coordenador do Tour of Hope, Pr. Marcos Grava, não apenas o povo do Haiti foi abençoado durante estes dias, mas também os voluntários que seguiram ao campo, além de cada inter-cessor que se dispôs a orar por esse trabalho e todos da coordenação.

“Esta caravana concluiu a sua missão, porém os de-safios ainda estão longe de serem vencidos”, comentou o Pr. Grava.

No início de 2014, mais uma caravana do Tour of Hope seguirá para o Haiti.

pois estou junto com eles em tudo. Meus pais investem em vidas, ajudando as pessoas no que for preciso”, diz Laísa.

O jovem Matheus tem bus-cado compartilhar o evange-lho na universidade onde es-tuda aproveitando as chances que aparecem. Pouco tempo atrás, ele se reuniu com ami-gos da faculdade para orar, o que despertou a curiosidade das outras pessoas.

Quando perguntados sobre se desejam ser missionários no futuro, Matheus e Laísa dizem que esta possibilidade está nas mãos de Deus.

“Quanto a isso, que o Se-nhor cumpra em nossas vidas

Apesar de já ter mais de 130 inscritos, o grupo ainda pre-cisa de médicos. A área de saúde é uma das mais caren-tes naquele país. Ore para que Deus levante médicos para integrar essa caravana. Os interessados podem se inscrever através do e-mail [email protected].

“Nosso desejo é poder abraçar cada um que, de alguma forma, tem partici-pado das caravanas do Tour of Hope. Seja mobilizando, indo, orando ou ofertando, você tem entrado em campo com Cristo para anunciar a sua mensagem e transforma-do vidas através de ações de amor”, concluiu o pastor.

a vontade dele”, afirma Laísa“Tenho colocado essa possi-

bilidade em oração diante de Deus, e estou disponível para fazer a vontade do Senhor”, diz Matheus.

O casal Corsete se mostra feliz em fazer parte da missão de testemunhar o evangelho e anunciar a mensagem da cruz de Cristo.

“O nosso olhar está sempre voltado para todas as nações. E esse olhar nos faz ver que Portugal também está incluí-do e que foi para esse povo que Deus nos chamou para trabalhar e compartilhar seu grande amor”, conclui o Pr. Corsete.

Caravana ao Haiti bate recorde de voluntários

Tour of Hope visitou o Haiti em outubro Parte dos voluntários atuou na área de construção

Portugal: missionários em campo para anunciar o evangelho

Família Corsete Jovens da igreja batista em Portimão

Page 12: Jornal Batista - 47

12 o jornal batista – domingo, 24/11/13 notícias do brasil batista

Comunicação da Convenção Batista Sul-Mato-Grossense

Eram esperados cerca de 50 participantes, mas com o passar dos dias a procura foi au-

mentando e a igreja encerrou as inscrições com 75 pessoas

Está cientificamente com-provada a eficiência da as-sistência espiritual aos pa-

cientes internados nas uni-dades hospitalares. Segundo estudos realizados, a média de internação dos pacientes assistidos espiritualmente é de quatro dias, contra sete dos que não recebem esse tipo de assistência.

Como base nessa premissa e com objetivo de estender os magníficos resultados de sua experiência bem sucedi-da de Capelania Hospitalar no âmbito da Santa Casa de

Campo Grande, um referen-cial nessa modalidade de atendimento, o pastor Adão José Pereira e esposa, Léia Cordeiro – servos do Senhor a serviço da vida, como gos-tam de ser chamados – minis-traram no período de 27 a 29 de setembro o II Seminário de Capelania Hospitalar na Igreja Batista Nacional em Foz do Iguaçu/PR.

“Foram três dias de ativi-dades abençoadas”, relata

pastor Adão. “A princípio eram esperados cerca de 50 participantes, mas com o pas-sar dos dias a procura foi au-mentando e a igreja encerrou as inscrições com 75 pessoas e firmando compromisso de no próximo ano realizar o III Seminário”.

O evento de Foz do Iguaçu contou com participantes de São Paulo, Curitiba e Media-neira, “de onde recebemos o pároco da cidade, padre Val-

dir Antonio Riboldi que, além de participar do Seminário, adquiriu dez exemplares de nosso livro para presentear alguns padres amigos seus e adotá-los no Seminário”, conta pastor Adão José.

O servo do Senhor a servi-ço da vida conclui afirmando que “por todas essas vitórias, hipotecamos a Deus nossa gratidão bem como a todos quantos oraram por nós para a realização desse evento”.

Divulgação CBSM

Expertise de Capelania Hospitalar de MS é apresentada em

seminário no Paraná

Pastor Adão José Pereira e esposa, Léia Cordeiro, posaram ao final do evento com os participantes do seminário

Page 13: Jornal Batista - 47

13o jornal batista – domingo, 24/11/13

Oseias SantosPastor da PIB de Teixeira de Freitas, BA

A ABRA – Associa-ção Beneficente de Recuperação e Auxílio, órgão

da PIBATEF (Primeira Igre-ja Batista de Freitas-BA), dentre suas muitas ações como: Trabalhos terapêuti-cos através de psicanalistas e psicólogos, orientações espirituais através da Pala-vra de Deus (quase dois mil atendimentos até o mês de outubro), distribuição de cestas básicas, roupas e o funcionamento do Centro de Recuperação Evangélico ABRA. Além dessas inicia-tivas, a ABRA apresentou no dia 02 de novembro, às 9h, no distrito de Limeira – Prado, o projeto “Grande Jogada”. O evento contou com a presença do pastor Oseias Santos (Pastor titular

da PIBATEF) e do pastor Jesaias Gouveia (Pastor do propósito de missões e coor-denador da ABRA), além de outros membros da Igreja.

O projeto “Grande Joga-da” é uma escolinha de fu-tebol que atende mais de 40 adolescentes entre 12 e 16 anos de idade. Os quais, há

um mês, se reúnem todos os sábados às 9h no campo local para os treinos físicos, técnicos, táticos e coletivos, ministrados pelo seminarista

e ex-jogador de futebol Wes-lei Pinha.

Em apenas um mês de fun-cionamento o projeto já ofe-receu por meio de doações da PIABTEF e empresários da cidade de Teixeira de Freitas, BA, bolas, meiões, shorts, coletes e chuteiras. Material esse entregue aos alunos do projeto de forma gratuita, bem como as aulas ministradas.

Além da prática esportiva, que gera melhor qualidade de vida, o projeto tem como objetivo oferecer acompa-nhamento escolar, familiar e valiosas orientações que vi-sem que cada aluno do proje-to “Grande Jogada”, se torne ainda melhor e cidadão.

Caso tenha interesse em se tornar um parceiro do pro-jeto “Grande Jogada”, entre em contato com a direção através dos telefones: (73) 9943-2239 / 9998-9957 / 3291-2151.

Projeto “Grande Jogada” beneficia adolescente de Limeira

notícias do brasil batista

Page 14: Jornal Batista - 47

14 o jornal batista – domingo, 24/11/13 notícias do brasil batista

Page 15: Jornal Batista - 47

15o jornal batista – domingo, 24/11/13ponto de vista

Até que ponto a edu-cação teológica e ministerial pode contribuir para o

futuro das igrejas e da de-nominação? Até que ponto podemos considerá-la um dos principais eixos para o crescimento saudável das igrejas e da denominação?

Quando se fala em cresci-mento de igreja, logo vem à mente a área de evangeli-zação e missões, plantação de igrejas (para sermos mais atualizados no vocabulário igrejeiro).

Mas como tem s ido o alcance do Evangelho no mundo, não estou falando alcance apenas em termos da pregação do plano da salvação, da plantação de novas igrejas. Desejo ir mais longe, como está a influência das igrejas, dos crentes em seu meio ambiente? Afinal Jesus disse que somos sal da Terra, luz do mundo (Mateus 5). Como o Cristianismo tem trazido sua influência nas grandes decisões da vida e da sociedade? Como cada crente tem espaço de influên-cia saudável no ambiente em que vive? O quanto o púlpito tem sido efetivo para cumprir seu papel profético? Qual tem sido em geral a profun-didade das mensagens que ouvimos e pregamos em nos-sos púlpitos? Como tem sido o envolvimento dos crentes com o estudo, a meditação na Palavra de Deus? Como tem sido o desenvolvimento do ensino em nossas igrejas? O quão profundo tem sido o estudo da Palavra de Deus nos lares das famílias de nos-sas igrejas? O quanto dos di-lemas do mundo contempo-

râneo tem ocupado os temas prioritários dos púlpitos, dos estudos bíblicos semanais nas igrejas?

Tenho buscado respostas a perguntas como estas, e são desanimadoras as que tenho visto na prática visitando os vários rincões de nossa pátria. Em recente inventá-rio que publiquei neste “O Jornal Batista” com comen-tários que tenho escrito, é assustador ver colegas desa-nimados com o ministério pastoral e até com a vida de devoção pessoal e familiar. Preocupa-me onde tudo isto vai chegar!

Uma das mais importantes causas que imagino por trás destes dilemas está na ausên-cia de priorização da educa-ção teológica perceptível nas últimas décadas. Penso que os eixos geratrizes disto se localizam pontualmente em dois focos – (1) salvacionis-mo; e, (2) pragmatismo – que acabam sendo forças orienta-doras de nossas agendas, de nosso discurso e do encami-nhamento das prioridades de recursos.

O salvacionismo coloca a salvação como a principal mensagem do Cristianismo e da Bíblia, como se a salvação fosse um fim em si mesma. Tudo se centraliza e parte da preocupação com a salvação das almas das pessoas e com seu preparo para a eternida-de. O importante aqui é o aspecto jurídico (Jesus mor-reu pelos nossos pecados) e o escatológico (para nos dar uma nova morada no futuro). Depois de salva a pessoa deve se concentrar em pregar aos outros que Cristo salva. Aqui consideramos a vida

a partir da queda e não a partir de antes da fundação do mundo, quando Deus sonhou com a nossa criação. Quando fomos criados, não foi para sermos salvos (isso faria Deus culpado e seria contrário à mensagem geral das Escrituras), mas para vi-vermos para sua glória. Viver para a glória de Deus seria viver em harmonia com ele, comigo mesmo, com o pró-ximo e com o mundo criado. Veja que isso coincide com os dois mandamentos que Jesus ensinou (mas três níveis de relacionamento) e mais a conclusão lógica de que Deus nos deu a criação para ser cuidada. Com a entrada do pecado no mundo, nos afastamos destes propósitos da criação (há falta da glória de Deus – Romanos 3.23) e a salvação por meio da morte e ressurreição de Jesus nos traz de volta. É um repo-sicionamento na ordem do mundo criado. Implicação cosmológica que perdemos com o salvacionismo. Neste caso, a salvação se torna o meio de recuperarmos nossa posição na criação e desen-volvermos a vida dentro da busca daqueles quatro ideais que acabei de mencionar. Afinal somos sal da terra e luz do mundo, e não sal e luz da Nova Jerusalém! Jesus veio para nos dar vida abundante, somos embaixadores de Cris-to aqui neste mundo e não na Nova Jerusalém. Devemos viver, não apenas pregar que Cristo salva, mas também para viver o evangelho.

Para atender as demandas do salvacionismo basta for-mar “obreiros” que saibam pregar que Cristo salva, que

saibam plantar igrejas, sai-bam evangelização e incenti-var o trabalho missionário de modo que as almas possam ser salvas e preparadas para a eternidade. O restante não importa.

Outro eixo é o pragma-tismo que foi se instalando em nossa cultura denomina-cional de modo a priorizar a ação e a funcionalidade a ponto de reduzir o Cristianis-mo em trabalho, programas e eventos. Ser pastor é ser hábil em liderar programas e atividades. Ser pastor é saber-fazer (visita hospitalar, visitas domésticas, dirigir assembleia, redigir atas, dar conselhos, dirigir reuniões, colocar as pessoas em mo-vimento, etc). Tanto que na década de 70 e 80, mas tam-bém recentemente, surgiu a frase “o seminário precisa formar pastores e não teólo-gos”, como se fosse possível formar médicos sem Medici-na, engenheiros sem Mate-mática. Os resultados desta ênfase já se fazem presentes com as dificuldades ministe-riais que citamos há pouco, inclusive com a ausência de engajamento da igreja e dos crentes como embaixadores do reino de Deus partici-pando ativamente na vida e a pobreza generalizada que muitos crentes reclamam do púlpito. Para formar pastores para atender esta demanda basta ter um curso prático e sem profundidade em outras áreas da formação teológica e ministerial.

Por outro lado, para aten-der as demandas de uma vida comprometida com o evangelho integral de Je-sus Cristo, há necessidade

de discutirmos nosso papel neste mundo, não apenas na eternidade. Como podemos participar na vida cotidia-na encarnando o evangelho de Jesus Cristo? Como cada cristão pode ser embaixador do reino aqui no dia a dia? Isso tudo requer educação teológica e ministerial mais cuidadosa, mais aprofunda-da. Requer que formemos não apenas obreiros, mas líderes que saibam interpre-tar o mundo de modo a dar segurança para suas igrejas a sobreviver neste mundo secularizado e sem Deus. Líderes que possam pregar o evangelho profundamente, que possam ser missionários anunciadores do Evangelho integral plantando igrejas sadias e comprometidas com vida efetiva neste mundo.

Você já imaginou como será nossa denominação, nossas igrejas e a vida de cada crente se ultrapassarmos as mínimas exigências des-tes dois eixos e formarmos líderes que conheçam pro-fundamente a Bíblia, a Teo-logia e áreas auxiliares para compreender os cenários em formação (Sociologia, Psico-logia, Filosofia, etc), de modo a preparar-nos para viver intensamente o Evangelho no mundo sendo mensagem viva e verbal da recuperação que Cristo nos dá?

Sendo assim, não há como realizar um trabalho precário e amadorístico no campo da educação teológica e ministe-rial. Da qualidade desta for-mação depende a qualidade de nosso futuro.

Page 16: Jornal Batista - 47