jornal batista -11-2015

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 11 Domingo, 15.03.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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A edição deste domingo (15/03) dá ênfase ao tema da Campanha de Missões Mundiais de 2015, e traz em suas páginas alguns textos que abordam a Temática do Evangelismo. Leiam Também: - Evangelismo: repensando o seu papel social (pág. 04) - É hora de Refletir: “Passaram-se a Copa, o Natal e o Carnaval. E agora?” (pág. 05); - PIB em Jardim Mariléa - Rio das Ostras/RJ - retoma atividades dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs) – pág. 10; - O CNJ e o casamento homoafetivo: avanço ou retrocesso? (pág.14);

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Page 1: Jornal Batista -11-2015

1o jornal batista – domingo, 15/03/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 11 Domingo, 15.03.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 15/03/15 reflexão

E D I T O R I A L

Meu chamado, Voz de Deus

às Nações

“Meus irmãos, quanto a mim, es -tou con -

vencido de que já estais cheios de bondade e ple-namente supridos de todo conhecimento, sendo, vós mesmos, capazes de instruir--vos uns aos outros. Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada; que seja ministro de Jesus Cristo, ministrando o Evangelho de Deus, para que os gentios se tornem uma oferta aceitável a Deus, santificados pelo Es-pírito Santo” (Rm 15.14-16).

“Meu chamado, Voz de Deus às Nações”. Com base no texto bíblico acima, essa é a expressão temática que norteia este ano o nosso esforço para chegar a todas as nações e povos não al-cançados, através de nosso programa de Missões Mun-diais. A obra de missões se faz com a participação de todos que amam cumprir o chamado de Deus e enten-dem que, juntos, formamos uma forte voz, uníssona, que chegará até aos lugares mais remotos do planeta com a

mensagem da salvação em Cristo. No texto bíblico que nos serve como base para o desafio deste ano - “Meu chamado, voz de Deus às Nações” - podemos observar que o apóstolo Paulo define claramente sua chamada, mas, também demonstra, que cada um de nós tem tarefas específicas:

“...Quanto a mim, estou convencido” - o convenci-mento pessoal da sua cha-mada, o que significa saber e dizer que cada crente tem um chamado específico e precisa ter consciência e convenci-mento do mesmo. Paulo esta-va convencido do seu chama-do, mas também convencido de que aqueles irmãos de Roma também já estavam preparados: “...Sendo, vós mesmos, capazes de instruir--vos uns aos outros” – Para que a obra de evangelização do mundo aconteça, precisa-mos de crentes preparados, capazes de instruir outros. Precisamos reconhecer que a obra de missões é a demons-tração do amor de Deus. A obra de missões é resultado do amor que os discípulo s de Jesus têm por todas as criatu-ras, assim como Deus amou a todo o mundo.

Quando amamos, nos de-dicamos, colocamos nossas vidas ao dispor para: orar - em primeiro lugar, pois a obra de Missões depende primordialmente da oração. Obedecer - certos de que a obediência é o pronto aten-dimento à ordem da determi-nação de Deus de interceder, de ir aos campos e de contri-buir. Ofertar - a oferta é uma consequência da confiança no Pai a quem nos dirigimos em oração e, obedientes, atendemos, ofertando nossas vidas e contribuindo com os recursos materiais necessá-rios para que a obra possa ser realizada. Precisamos reconhecer que fazer missões é fazer a vontade de Deus. Como discípulos de Jesus, so-mos desafiados a fazer a Sua vontade; somos desafiados a atender os seus ensinos. Essa é uma tarefa que Deus con-fiou a nós, ninguém poderá fazer o que nos foi confiado, e se não o fizermos, seremos responsabilizados por negli-gência.

A coisa mais importante da sua vida é servir a Deus através do cumprimento da missão. Esta é a melhor ma-neira de investir a sua vida. Você conhece algo mais sig-

nificativo a fazer com sua vida? Algo que seja mais importante? Envolva-se com Deus e com o ministério que Ele tem para você.

Nosso foco na Campanha 2015 de Missões Mundiais – “Meu Chamado, Voz de deus às Nações” - é despertar os vocacionados a fazerem parte dos planos de Deus com tudo o que são, sabem e têm. Seus dons e talentos podem levar a voz de Deus até aonde? Talvez não seja possível mensurar o alcance da mensagem do Evangelho a partir do uso da sua vocação. O importante é saber que a partir do momento em que você decide dedicar a sua vida para o Reino, o Senhor a usará. Como informado em nosso material da Campanha: existem 3.800 povos nessa situação no mundo inteiro. Independentemente de fa-tores sociais, econômicos e políticos, nossa missão é transformar esse cenário, por amor e obediência a Jesus. Reconhecendo a importân-cia das igrejas na responsa-bilidade de fazer o nome de Cristo conhecido até os con-fins da terra. Eles dependem do “Meu chamado, Voz de Deus às Nações”. (SOS)

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

O Jornal Batista é uma grande bênção!

A graça e a paz de Cristo Jesus!

Amados, sou promotora de Missões na Primeira Igreja Batista Filadélfia, no distrito de Mucuri – MG. Recebo com muita alegria O Jornal Batista e agradeço a Deus por tamanha dedicação e autenticidade por parte dos editores do mesmo. Fico grata pela divulgação sobre o “Dia da Esposa de Pastor”,

bem como a divulgação dos trabalhos realizados com missões em Gramado -RS, e o Projeto realizado em 2014 sobre a saúde do homem na Campanha “Novembro Azul”, dentre outros. Este Jornal é uma grande benção! Que Deus continue ilumi-nando suas vidas, em nome de Jesus.

Sandra Pereira de Oliveira,membro da Primeira Igreja

Batista Filadélfia - Mucuri – MG

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

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3o jornal batista – domingo, 15/03/15reflexão

Levir Perea Merlo, pastor, colaborador de OJB

“... Por causa da graça que por Deus me foi dada, para ser ministro de Cristo Jesus entre os gentios, ministran-do o Evangelho de Deus, para que sejam aceitáveis os gentios como oferta, santificada pelo Espírito Santo” (Rm 15.15b-16).

O m ê s d e m a r -ço sempre nos causa grandes s u r p r e s a s . O

t ema da Campanha de Missões Mundiais é extre-mamente relevante para todos nós: “Meu Chama-do, Voz de Deus às na-ções”. Vale lembrar que a obra de Missões Mun-diais, da Convenção Ba-tista Brasileira, está pre-sente em mais de 80 pa-íses, sendo voz de Deus às nações. Durante o mês de março, as Igrejas Ba-tistas e Congregações são desafiadas a levantarem uma grande ofer ta mis -s ionár ia , inc lus ive que

ultrapassem as expectati-vas. Como será possível levantar uma oferta que represente os anseios de um povo miss ionár io e envo l v ido na Obra do Reino de Deus?

A resposta vem do texto bíblico acima. É possível l evan ta r o fe r t a s pa ra a Obra de Deus , não so -mente monetár ias , mas de v idas consagradas e c o m p r o m e t i d a s c o m o Reino, e isso por causa da graça que o Senhor nos deu. Ele nos fez servos e

ministros de Cristo Jesus para proclamar a todos os povos que o Senhor é bom. Quando estamos conscientes de que não somos de nós mesmos , mas de Deus , compre -endemos o nosso dever sacerdotal de proclamar o Evangelho da graça do Senhor . I s so , pa ra que todos os povos se tornem uma oferta acei tável ao Senhor Jesus Cristo.

Como é gratificante ver e ouvir i rmãos egípcios d a n d o t e s t e m u n h o d a

g raça de Deus , mesmo diante das barbaridades cometidas pelo “Estado Islâmico”. Como é grati-ficante saber que a Igreja Perseguida da Ásia e da África está se espalhando po r todos o s luga re s e divulgando a fé salvado-ra dAquele que nos cha-mou para sermos por ta vozes às nações e cada dia santificados pelo Espí-rito Santo. Que o Senhor nos ajude a proclamarmos o Evangelho em tempo e fora de tempo.

Integralmente submissos a Cristo e chamados para ser

a voz de Deus ao mundo

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4 o jornal batista – domingo, 15/03/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Vocação pré-natal

reflexão

“Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O Se-nhor me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome” (Is 49.1).

O profeta Isaías, juntamente com outros escritores bíblicos, afirma

que Deus atua em nossa vida já desde o tempo em que éramos apenas feto: “Eu ainda estava na barriga da minha mãe quando o Se-nhor Deus me escolheu. Eu nem havia nascido, quando Ele me chamou pelo nome” (Is 49.1).

O poder de intervenção de Deus não tem limites – nem de espaço, nem de tempo. À semelhança de Isaías, Jeremias 1.5 e Paulo (Gálatas 1.15) nos revelam que o planejamento do Se-nhor para conosco começa desde a nossa vida intraute-

rina, quando nossa dimen-são é diminuta como a do óvulo materno. Lá, naquela realidade aparentemente sem significado, o poder consciente do Criador já caracteriza nosso lugar no Seu universo.

Os desígnios de Deus são infinitamente incom-preensíveis para nós. São, entretanto, reais e concre-tizados desde a eternidade do Senhor. O fato de não entendermos, não muda nada nos onipotentes pro-jetos de Deus. A mensagem da Bíblia, então, é de tran-quilidade, fé e obediência. Se somos obedientes ao convite do Senhor, nossa vida confirma a soberania de Deus – neste mundo e no mundo por vir. Não im-porta nossa idade e nosso tamanho: somos membros integrados da estratégia uni-versal do Senhor. Nossa vocação é pré-natal.

Elias Gomes de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Missionária Parque das Missões - Duque de Caxias - RJ

“E disse-lhes: ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15).

Em uma época em que se têm pensado sobre a perseguição aos cris-tãos em comunidades

islâmicas, torna-se de funda-mental importância pensar sobre o papel desempenhado pela igrejas, principalmente em relação ao evangelismo.

Quando os trabalhos ecle-siásticos se restringem so-mente dentro da igreja, pos-suímos um grande número de pessoas. Porém, quando as atividades são voltadas para fora dos templos suntuo-sos, existe uma dificuldade muito grande dos irmãos em aderirem ao evento.

É comum medir o sucesso d e u m p r o j e t o s o c i a l evangélico, por exemplo, pelo número de pessoas que se converteram como resultado dessa ação social. Membros de igrejas até reclamam do desperdício de recursos quando a ação social não resulta nessas con-versões.

Sem dúvida nenhuma, como observamos no minis-tério de Jesus, boas obras em favor dos outros podem esti-mular as pessoas a louvarem a Deus e, às vezes, como no caso do leproso samaritano, isso é evidenciado por um “voltar para Jesus”, “uma conversão”. Cristo nos chama para sermos o sal da terra e a luz do mundo; não somente para isso, mas também para que “As pessoas vejam as boas obras e glorifiquem ao Pai que está nos céus” (Mt 5.16).

Quando estudamos a Bíblia percebemos que Jesus cuida-va das pessoas até sabendo, na sua sabedoria divina, que nem todos os auxiliados, curados ou libertados O se-guiriam. Na nossa leitura

bíblica, só um dos leprosos teve a decência de agradecer, sem nem pensar em conver-sões. Jesus alimentou e curou milhares de pessoas, mas ao longo do seu ministério agre-gou apenas setenta e tantos seguidores fiéis.

O apóstolo Paulo exorta os crentes em Gálatas: “Enquan-to temos oportunidade, faça-mos bem a todos, mas prin-cipalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.10). Observem que Paulo não escreveu, “So-mente aos domésticos da fé”, então este versículo não pode ser utilizado para justificar uma ação social apenas para cuidar dos ‘fiéis’. Ao mesmo tempo, esse versículo torna impossível onde o evangelis-mo é a meta principal.

O pastor Dutra (2004) afir-ma que os missiólogos afir-mam que não pode haver nenhum esquema uniforme de evangelização. O que está dando certo em uma determinada igreja, não quer dizer que dará certo em ou-tra. Assim, pode-se dizer que o trabalho de evangeliza-ção urbana executado pela igreja nunca será ou estará completo. Nesse sentido, haverá sempre necessidade de descobrir as realidades desconhecidas e repensar os métodos, técnicas e es-tratégias utilizadas nesse processo.

O amor pelos perdidos deve e precisa ser no sentido de prover suas necessidades e mostrar o Plano de Salva-ção. A aplicação de tempo de estudo na Palavra de Deus e o preparo de novos obreiros para o campo vêm de uma visão global do evangelis-mo inovador, para auxiliar a sociedade no sentido de melhorar o comportamento humano e deixar as pessoas mais sensíveis aos manda-mentos de Deus.

A oração é importante, mas, a ação de sair de dentro da igreja e ir para fora, é de suma importância para a sal-vação de pessoas que ainda encontram-se sem Jesus. É este o nosso papel na socie-

dade e não somente pregar uma boa teologia dentro das nossas igrejas.

Através desta reflexão po-demos chegar à conclusão de que não existe no evangelis-mo uma questão de relativa importância no trabalho da igreja ou na vida humana. Ele responde ao mandamento de amar e procurar o bem do outro. Evangelismo diz respeito ao resgate do indi-víduo do pecado e da sua transformação.

Nisso, o discipulado (minis-tério que segue naturalmente um evangelismo bem-suce-dido) deve incluir prepara-ção dos seguidores de Jesus para se engajarem nestes resgates e transformações so-ciais. Cada um de nós precisa aprender a perguntar-se: “Eu estou refletindo as caracte-rísticas de Deus, de justiça e amor, nas minas atitudes e ações?”.

Evangelismo: repensando o seu papel social

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5o jornal batista – domingo, 15/03/15reflexão

viverá por fé” (Rm 1.16–17). “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5.17).

Não coloque suas espe-ranças ou se distraia com as falsas e, aliás, compro-metedoras, alegrias desses eventos, todos criados pelos homens com objetivos uni-camente financeiros. Somos os seus alvos. Certamente, muitos estão arrependidos do que tenham praticado no embalo desses eventos.

sua terra. Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar” (II Cr 7.14-15).

Seja um crente que ora, tanto no seu quarto, quanto em sua igreja. Esteja pre-sente no próximo culto de oração da sua igreja. Junta-mente com os seus irmãos, clame por arrependimento, perdão e sua misericórdia para com o seu povo. Que Deus tenha misericórdia

Não serão cinzas na testa, jejuns de carne ou comida (isso a maioria já faz por falta de recursos), confissões de pecados a homens e outros vãos sacrifícios, que farão com que sejam perdoados por Deus. O único meio para isso é que você vá a Jesus e cumpra o que Ele te orienta para ser perdoado, salvo e liberto: “Arrependei--vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (At 3.19). Que o Senhor para isso nos abençoe.

da sua Igreja, e que não sejamos crentes apáticos e indiferentes à prática da oração.

Se você não gostou do que leu, te pergunto: qual foi a última vez que você participou de uma vigília de oração? Qual foi a últi-ma vez que você participou da oração semanal e domi-nical da sua igreja? Qual foi a última vez que você par-ticipou do culto de oração com os seus irmãos?

Celson Vargas, pastor da Igreja Batista Monte Moriá – Volta Redonda - RJ

Muito se fala que em nosso país aproveita-se os êxtases desses

eventos para introduzir me-didas dolorosas – financeira-mente falando – sobre os om-bros já decaídos do povão, ou população que já vive sob grandes dificuldades sociais.

Não tenho por objetivo me ater nessa vertente, até por-que entendo que esse assun-

Rodrigo Odney, pastor da Primeira Igreja Batista em Pompéia – SP

Sabe por que não ora-mos? Porque somos orgulhosos. Pensa-mos que podemos

resolver tudo por nossa pró-pria capacidade. Quando não oramos, dizemos com as atitudes que não precisamos de Deus para nos capacitar e fortalecer nos combates da vida e da igreja.

Sabe por que não oramos? Porque somos negligentes. Acomodados, não fazemos a obra que Deus nos orde-nou. Não nos compromete-mos com Deus e nem com a sua Obra. Basta realizarmos nossas ambições.

Sabe por que não ora-mos? Porque somos in-crédulos. Não confiamos que Deus pode impactar a nossa cidade por meio do seu povo. Não cremos que Deus ouve e atende as nos-sas orações e súplicas. Não cremos no poder da oração.

Sabe por que não oramos? Porque amamos o mundo. Damos mais importância ao trabalho, ao descanso, aos estudos e nem nos im-portamos em estar em co-munhão com Deus e com o seu povo. Basta a obrigação de domingo à noite. Não va-lorizamos a vida da Igreja. Não valorizamos a oração coletiva. Não valorizamos

to não é da alçada da Igreja de Jesus, constituída por Ele para estar no mundo, e por Ele caminhar anunciando o Seu Evangelho, que é a for-ma plenamente eficiente de levar os homens, principal-mente os responsáveis pelo grande caos político-admi-nistrativo em todo o mundo, ao arrependimento e à ren-dição a Cristo Jesus. Dessa forma, justificando-os dos seus pecados e transforman-do-os em homens tementes a Deus, que amam ao seu semelhante e, certamente, a

os cultos de oração. Não nos importamos.

Sabe por que não ora-mos? Porque somos deso-bedientes. A igreja é con-vocada à oração, mas a minoria atende ao chamado da oração. Só busca a Deus quando está em apuros. Se tudo “vai bem”, para que me unir em oração com meus irmãos?

Sabe por que não oramos? Porque somos preguiçosos. Depois de 08 a 10 horas de trabalho, não queremos nos dar o trabalho de ir à igreja para orar com os irmãos em Cristo. Dizemos que oramos em casa, mas será verdade? Quem ora em casa valoriza a oração conjunta ao povo de Deus.

Sabe por que não ora-mos? Porque desprezamos a Deus. Queremos as bên-çãos de Deus, mas sem nenhum comprometimento com Deus e sua Igreja. So-mos piores do que os que ainda não foram alcança-dos. Estes desconhecem o Evangelho da graça, nós o conhecemos e não nos importamos. Sabemos que Deus nos capacita a obe-decê-lO, mas não nos esfor-çamos como é devido. Não mortificamos a nós mesmo.

Sabe por que não oramos? Porque não queremos. Ar-rumamos desculpas desca-bidas. Quando reconhece-mos que algo é importante

partir disso, cumprirão sua missão executiva com justiça e dignidade. Não são protes-tos ou críticas que tocarão os corações insensíveis desses homens ainda dominados pelo pecado e, consequente-mente, voltados unicamente para os seus interesses pes-soais, egoístas e perversos. “Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, visto que a justiça de Deus se re-vela no Evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo

para nós, nos esforçamos por tê-la. Quanto tempo você dedica para comprar um bem de consumo que lhe agrada? Quantos sacri-fícios você faz para ter o que quer?

O que fazer?“Se o meu povo, que se

chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me bus-car, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a

Passaram-se a Copa, o Natal e o

Carnaval. E agora?

Sabe por que não oramos?

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

6 o jornal batista – domingo, 15/03/15

Caminhos da Mulher de DeusZENILDA REGGIANI CINTRA,

pastora e jornalista, Taguatinga, DF.

reflexão

Certa vez, em um congresso sobre família, ouvi uma história muito triste,

mas que serve de alerta para todos nós.

Um homem, sensível às necessidades das crianças abandonadas, sentiu no co-ração o desejo de organizar uma instituição para abrigar e cuidar dessas crianças. A referida instituição começou a crescer no seu país. Este homem então sentiu que a organização poderia ajudar crianças de todo o mundo. Sabendo dos desafios que es-tavam à sua frente, em suas conversas com Deus, dis-se: “Deus, eu vou começar a ajudar as criancinhas de todo o mundo. Vou sair do meu país, viajar bastante e implantar a organização para ajudar as crianças abando-nadas de muitos países. Eu vou cuidar delas e o Senhor vai cuidar das minhas aqui em casa”.

Começou então a viajar de um lado para o outro. A ins-tituição cresceu. Empresas, governos e pessoas come-çaram a apoiar financeira-mente. Hoje esta instituição – que prefiro não mencionar o nome – é conhecida em todo o mundo. Mas onde está o lado triste da história? O lado triste da história é que as criancinhas da sua casa, seus próprios filhos, todos se envolveram com drogas.

Mas, Deus então não cui-dou dos seus filhos? Teria Deus falhado no trato? Deus foi injusto? Muitos estão cor-rendo o sério risco de repetir a história deste líder da orga-nização filantrópica. Cuidam dos outros, mas não cuidam de si mesmo e dos seus que-ridos.

Muitas vezes no afã de fazer coisas boas para os outros, negligenciamos nos-sos queridos que precisam também receber diariamente a porção do alimento emo-

cional que necessitam. Líde-res, empresários, pastores e muitos outros tipos de profis-sionais podem incorrer nesta falha.

Deus realmente cuida da nossa família enquanto es-tamos envolvidos em nosso trabalho e ministério, mas a cota de atenção, demons-trações de amor e cuidado emocional, se dá quando estamos presentes física e emocionalmente.

Na história da Igreja exis-tem muitos exemplos de ho-mens e mulheres que foram bênçãos para milhares de pessoas ao redor do mundo, mas perderam suas próprias famílias e casamentos.

É conhecida a história da-quele menininho que ao dormir ouviu do seu pai a afirmação de que Deus cui-daria dele durante a noite. Ao que o menininho disse para o seu pai: “Eu sei que Deus vai cuidar de mim enquanto dur-mo, mas antes de dormir, eu quero que fique ao meu lado um Deus de pele e osso”.

Cuidado com a ideia de que Deus vai cuidar dos fi-lhos e da família enquanto você faz algo nobre e apro-vado pelo próprio Deus. Ele não vai fazer o que podemos e devemos fazer pelos filhos, cônjuges e familiares. Os abraços, beijos, o brincar, passear, caminhar na pra-cinha do bairro, segurar as mãos, levar os filhos para a escola, participar da reunião de pais e mestres, ir ao con-sultório, dar o beijo de boa noite, cobrir com o cobertor são tarefas que Deus não vai fazer em nosso lugar. Esta tarefa é de gente de carne e osso. É dos pais e mães, ma-ridos e esposas.

Por isso, é preciso sabedo-ria para equilibrar respon-sabilidades profissionais e familiares. No final da vida, creio eu, Deus vai nos pedir contas, em primeiro lugar, dos nossos filhos e família.

Há um clamor em nossos corações. Há um clamor no coração do povo

salvo por Cristo Jesus por intermédio da cruz. Há um clamor nas igrejas espalhadas pela face da terra. Há um cla-mor que sobe aos céus.

Essas últimas semanas te-mos sido impactados pelas notícias de cristãos martiri-zados por amor a Jesus. A Missão Portas Abertas, que trabalha com cristãos perse-guidos no mundo, classificou os dez países, no ano de 2014, onde seguir a Cristo pode custar a vida: Coreia do Norte, Somália, Iraque, Síria, Afeganistão, Sudão, Irã, Paquistão, Eritreia e Nigéria. Desde 2002, e também para a Classificação dos Países Perseguidos 2015, a Coreia do Norte continua a ser o lugar mais difícil do mundo para praticar o cristianismo.

Entre os perseguidores atu-

ais dos cristãos, um dos gru-pos de terror mais conhecidos é o Estado Islâmico (EI), que quer dominar a Jordânia, Isra-el, Palestina, Líbano, Chipre e o sul da Turquia. Ele obriga as pessoas que vivem nas áreas que controla a se converte-rem ao islamismo, além de viverem de acordo com a in-terpretação sunita da religião e sob a lei charia, o código de leis islâmico. Aqueles que se recusam podem sofrer tor-turas e mutilações ou serem condenados à pena de morte. O grupo é particularmente violento contra muçulmanos xiitas, assírios, cristãos armê-nios e yazidis.

Estarrecidos, temos visto imagens de martírio e violên-cia contra nossos irmãos que muitas vezes desafiam nossa compreensão da realidade. De forma pejorativa, o EI chama os cristãos de “o povo da cruz”. Muitas pessoas colocaram nas redes sociais

a frase em hashtag: #somoso-povodacruz ou #eutambém-souopovodacruz a fim de expressar solidariedade aos heróis da fé do nosso tempo.

Nas casas, nos templos, nas ruas e nas escolas os cristãos estão sendo perseguidos. Me-ninas cristãs são sequestradas e vendidas como escravas sexuais. Homens, mulheres e crianças fogem para as mon-tanhas, para outras cidades ou países, mas muitos deles não têm condições ou tempo para isso e morrem ou sofrem violência por causa da sua fé em Cristo Jesus.

“Alguns foram torturados até a morte, outros acorren-tados e jogados na cadeia, outros foram mortos a pedra-das, outros serrados ao meio e outros mortos à espada. An-davam como refugiados pelos desertos e montes, vivendo em cavernas e em buracos na terra. E o mundo não era digno deles” (Hb 11.36-38).

Deus cuidará, mas... #Somospovodacruz

Page 7: Jornal Batista -11-2015

7o jornal batista – domingo, 15/03/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Foi realizada na PUC-RJ uma palestra sobre as ações da Cristolândia. O convite foi feito por

um grupo de alunos do curso de psicologia, que fez um tra-balho sobre o serviço da Mis-são Batista, e sua professora doutora em psicologia social.

Participaram da apresenta-ção, a missionária Alessandra Amorim, coordenadora da Cristolândia da Central do Brasil; Camila Miguel, psicó-loga da Missão; e o ex-aluno da Cristolândia, Jonas.

Ao longo da palestra, to-dos na sala foram levados às lágrimas, ao conhecerem a fundo o trabalho social de-

senvolvido pelo Projeto de Missões Nacionais. “É pos-sível mudar o nosso Brasil, vocês estão vendo?”, disse a professora que afirmou que eles não seriam mais os mesmos diante de tudo

aquilo que lhes foi apresen-tado, e agradecendo a Deus pela existência da JMN e da Cristolândia.

Louvado seja o nosso Se-nhor por essa oportunidade de testemunhar o Seu poder!

Redação de Missões Nacionais

Foi finalizada mais uma temporada de aulas do Curso de Capaci-tação de Líderes Indí-

genas. As aulas foram minis-tradas pelos missionários que atuam entre os indígenas da etnia Xerente, em Tocantins - TO, entre eles, os pastores Guenter Carlos Krieger e Rinaldo de Mattos. O pastor Valdir Soares, gerente nacio-nal para evangelização dos povos indígenas, também re-presentou Missões Nacionais e foi um dos professores do curso. Ao todo, 11 pessoas participaram do curso, que durou duas semanas.

“Dei a disciplina ‘Igreja

Indígena’ e falei em algumas devocionais. Foi muito bom! No meio do curso, tive a oportunidade de visitar a al-deia do Funil, a 12 Km de To-cantínia - TO, em companhia do pastor Cláudio, a primeira aldeia onde trabalhei entre os Xerente, em 1959”, relatou o pastor Rinaldo.

Ações da Cristolândia emocionam alunos de psicologia da PUC-RJ

Alunos da Cristolândia palestraram a convite dos universitários que desenvolveram o trabalho sobre o Projeto

Líderes Indígenas participam de curso de capacitação em Tocantins – TO

Missionários junto com a turma no encerramento do Curso de Capacitação de Líderes Indígenas deste mês de janeiro de 2015

Vencedores da Vida: Projeto esportivo

evangeliza adolescentes em Passo Fundo – RS

Redação de Missões Nacionais

Os missionários Pedro e Linear Neves atuam em Passo Fundo - RS,

e têm investido em relacio-namentos evangelísticos no bairro Vera Cruz. Eles rea-lizaram a primeira clínica de futebol, chamada “Ven-cedores no Jogo da Vida”. Por meio deste Projeto, eles passaram três dias investin-do na evangelização de 30 meninos, de idades variadas.

“Falamos abertamente do amor e justiça de Cristo. Per-cebemos a necessidade de investirmos nessa nova ge-ração, em uma tentativa de ganharmos eles antes que o mundo faça isso”, declaram os missionários.

O objetivo deste projeto esportivo é possibilitar que os adolescentes conheçam o amor de Cristo e passem a servi-lo. Ao alcançar estes

meninos, Pedro e Linear con-seguirão chegar até seus ami-gos e familiares. Como fruto deste Projeto, eles também sonham em ver o surgimento de líderes jovens para a igreja local e para a plantação de novas igrejas.

“Vamos prosseguir utilizan-do a ferramenta de ministério esportivo com o Projeto Jo-gada Certa, que funcionará semanalmente com ativida-des esportivas e discipulado para adolescentes. Nossa expectativa é aprofundar o relacionamento com eles e seus familiares, tendo assim, oportunidades naturais de evangelização e discipula-do”, explicam.

Além dos esportes, os mis-sionários estão trabalhando para avançar nos Relacio-namentos Discipuladores e Pequenos Grupos Multiplica-dores (PGMs). Interceda por este ministério, a fim de que continue alcançando vidas para Cristo.

Missões Nacionais louva ao Senhor por esta oportunidade que os obreiros tiveram de capacitar os indígenas que já são líderes em suas aldeias. Interceda pelos missionários, a fim de que continuem com saúde e capacitados por Deus para a proclamação do Evan-gelho entre os indígenas.

Durante as aulas de futsal, nossos missionários falam de Jesus aos adolescentes

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8 o jornal batista – domingo, 15/03/15 notícias do brasil batista

Aildes PereiraSecretária de Promoção

Mais de quatro mil mu-lheres cristãs, vindas

de todas as regiões do Brasil se encontraram no dia 05 de Fevereiro, na região das hor-tênsias, Gramado, RS, para juntas celebrar e adorar o Deus Eterno!

A União Feminina Mis-sionária Batista do Rio Gran-

de do Sul, representada pela irmã Marilda Maurer de Oliveira, presidente, e sua equipe de trabalho, vestidas de prendas, receberam todas de braços abertos e com um sorriso cheio de amor nos lá-bios, para a realização da 92ª Assembleia Anual da UFMBB que teve cerca de 1.300 mu-lheres cristãs inscritas como mensageiras, representando a UFMB de suas igrejas.

INTEGRALMENTE SUBMISSAS A

CRISTO

Diretoria da UFMBB na abertura da 92ª Assembleia.

Mônica Coropos coordenou a música.

Lucia Margarida, recebendo homenagem pelos 30 anos de trabalho na UFMBB.

Alunos e ex-alunos participando do reltório do CIEM.

Pr. João Marcos, JMM, entrega placa para Lucia Margarida, pelos 30 anos de trabalho na UFMBB.

Conjunto Geração Fiel, participou do louvor da Assembleia.

Boas-vindas da UFMB do Rio Grande do Sul para as mulheres cristãs do Brasil.

Relatório do SEC com a participação de ex-alunos, alunos e professores.

Campos que ultrapassaram o alvo de Educação Cristã Missionária em 2014

Dulce Consuelo recebendo uma lembrança pelos 30 anos como redatora do MANANCIAL.

FOTOS: SÉLIO MORAES

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9o jornal batista – domingo, 15/03/15notícias do brasil batista

DIRETORA EXECUTIVA: Lucia Margarida Pereira de Brito - SECRETÁRIA DE PROMOÇÃO: Aildes Soares Pereira - EDITOR DE ARTE: Rogério de OliveiraRua Uruguai, 514 - Tijuca - CEP: 20510-060 - Rio de Janeiro - Telefone: (21) 2570-2848 - FAX: (21) 2278-0561 - Ligado 24 h

Site: www.ufmbb.org.br - E-mail: [email protected] - E-mail: [email protected] - E-mail: [email protected]

Conjunto Feminino da UFMB do Distrito Federal.

Oração em favor do Staff da UFMBB após apresentação do relatório.

Soraia Machado, JMN, participando do culto da noite.

Eliane Melo Salgado de Moraes, presidente da UFMBB entregando a mensagem oficial.

Pr. Fabricío e Pr. Fernando Brandão na reunião da UFMBB.

Esmeralda Augusto, presidente da UFMBF participando do culto da noite.

Presença de mais de 4 mil mulheres cristã em Gramado, RS.

Momento de oração pelos líderes.

Conjunto Juvenil - Arautos do Rei, PIB Imperatriz, MA.

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10 o jornal batista – domingo, 15/03/15 notícias do brasil batista

Marcos Azevedo, pastor de Pequenos Grupos, Evangelismo e Missões da Primeira Igreja Batista em Jardim Mariléa - Rio das Ostras – RJ

A Primeira Igreja Ba-tista em Jardim Ma-riléa, localizada no município de Rio

Na minha busca pelos artistas das nossas Igrejas, me deparei com mais

um jovem super talentoso. Trata-se de André Milano, de 32 anos, paulista de São Caetano do Sul, formado em publicidade e propaganda, produtor de vídeo, diretor, produtor de teatro, ator e bo-nequeiro profissional. André é casado com Aline Milano. Ambos são membros da Pri-meira Igreja Batista de Baeta Neves, em São Bernardo do Campo – SP.

André, nos fale sobre o seu amor pela arte e as oportuni-dades dentro da sua carreira:

Desde criança gostava da arte, não apenas de assistir ou saber sobre arte. Eu sabia que, apesar de ser muito tími-do, era isso que me apaixo-nava quando eu pensava no que iria fazer. Fui começar profissionalmente em 2005, quando pedi a Deus para dar

das Ostras – RJ, retomou as atividades dos Pequenos Grupos Multiplicadores no mês de fevereiro, com iní-cio no dia 26. No primeiro encontro do ano, todos os PGMs se reuniram no templo e depois se multiplicaram pelas salas de estudo. A par-tir deste mês de março, eles passarão a se reunir nos lares.

um jeito de me colocar no que eu mais amava, mas que não via como chegar lá. Uma semana depois me ligaram para fazer uma peça, sem eu ter praticamente nenhuma experiência. A peça se tornou em um programa de TV, e daí aproveitei e fui aprendendo e estudando, por perceber que era isso mesmo que eu queria fazer.

Desde muito pequeno eu brincava com os bonecos do meu tio em apresentações que ele fazia em igrejas e comuni-dades. Já era apaixonado! Um dia, com 15 anos, resolvi fazer uns bonecos; meu tio viu, e me obrigou a fazer alguns para ele, por mais que eu dissesse que ainda não sabia direito. Eu acabei fazendo e, assim, em-polgado pelos meus bonecos, começei a fazer cada vez mais apresentações na minha igreja e nas igrejas de amigos. Desde essa época até agora, fico feliz em ter a arte como minha pro-fissão, de nunca ter deixado de

Tanto adultos como crian-ças aprenderam sobre o de-ver missionário do PGM e sobre sua estratégia de evan-gelização. Todos foram re-cebidos com um delicioso lanche preparado carinhosa-mente pelas irmãs. Os líderes de todos os grupos foram apresentados e foi ressaltado sobre as diversas localidades

trabalhar com as crianças da igreja, e de ter tido a chance de ensinar alguns deles um pouco de teatro e da arte dos bonecos. Coloque Deus em primeiro lugar e Ele vai con-duzir você pelo caminho bom. Trabalhei em uma peça infantil com bonecos em 2005, depois em um canal UHF chamado NGT aqui em São Paulo, onde trabalhei em três programas infantis durante três anos, e es-tive em uma montagem teatral de Pedro e o Lobo, no Auditó-rio do Ibirapuera e no Tuca, trabalhei em programas da TV Cultura, como “Os Cupins”, “TV Cocoricó”, “Que monstro te mordeu?” e “ Vila Sésamo”, e fiz alguns comerciais de TV com bonecos. Fora isso, dirijo uma cia de manipuladores e estamos desenvolvendo al-guns projetos para teatro e vídeo.

Qual o projeto em que você mais gostou de traba-lhar?

que estão sendo abrangidas pelo PGM na cidade.

“Estamos com 19 PGMs em 10 bairros do muni-cípio, com o objetivo de compart i lhar o amor de Deus através dos relacio-namentos”, afirma Marcos Azevedo, pastor de Peque-nos Grupos, Evangelismo e Missões da Igreja.

Acho que o que eu mais gostei é um que estou produ-zindo agora, um projeto de vídeo, onde contamos as his-tórias da Biblia com bonecos de uma forma bem divertida. Espero que em breve esteja pronto e todos possam ver.

Quem é Jesus para você e quando decidiu viver para a glória dEle?

Eu nasci em uma família cristã, portanto, fui ensinado no Evangelho desde peque-no. Mesmo assim, chegando à adolescência percebi que tinha que tomar uma decisão própria a respeito de tudo o que eu tinha ouvido a vida toda. Decidi que queria Jesus e, apesar de ter demorado al-gum tempo ainda para sanar algumas daquelas dúvidas importantes que a maioria de nós temos nessa idade, nunca me arrependi por nenhum momento de ter escolhido Jesus e não ter me desviado dEle.

O pastor Fábio Marinho, titular da Igreja, enfatizou a importância de avançarmos na proclamação do Evangelho através dos PGMs. “Eu não tenho dúvidas de que, através dos relacionamentos e teste-munho pessoal, poderemos avançar estrategicamente a fim de ganharmos mais e mais pessoas para Cristo.

Hoje, Jesus para mim é não apenas o Salvador, mas o Autor da vida e do Uni-verso, o motivo e razão da minha existência, e procuro fazer dEle o meu Senhor a cada dia. Busco aprender o tempo todo o que significa, na minha trajetória, viver para a glória dEle, e confio que, enquanto for esse o meu desejo, o Espírito Santo sempre vai me puxar para Ele.

Contatos do meu amigo André Milano - E-mail:

[email protected] / Tel: 11- 98790 -6175 / Face-

book: https://www.face-book.com/andre.milano.16

Para compartilhar da sua arte, favor escrever para

mim e, dentro do possível, publicaremos sua história. Roberto Maranhao, Arte e

Cultura CBB – E-mail: [email protected]

André Milano, um artista completo

PIB em Jardim Mariléa - Rio das Ostras - RJ - retoma atividades dos PGMs

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11o jornal batista – domingo, 15/03/15missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

O dia 22 de feverei-ro marcou o iní-cio de uma nova caminhada para

o pastor Adilson Santos. Após 12 anos à frente da mobiliza-ção de Missões Mundiais, ele assumiu a Igreja Batista Cons-tantinópolis em Educandos - Manaus - AM. Vários líderes cristãos e amigos de Adilson estiveram presentes ao culto de posse entre eles os pas-tores João Marcos Barreto Soares e Davidson Freitas, diretor-executivo e gerente de Comunicação e Marketing da JMM, respectivamente. O mensageiro da noite foi o pastor Eli Fernandes de Oli-veira, 1º vice-presidente da Convenção Batista Brasileira e pastor da Igreja Batista da Liberdade, em São Paulo - SP.

Antes da cerimônia de pos-se, ele falou um pouco sobre esse novo desafio.

Pastor, fale um pouco so-bre o seu relacionamento com Missões Mundiais ao longo desses 12 anos:

Adilson Santos: Nós, eu e minha esposa, Silvia, sempre incentivamos a obra missio-nária. E no contexto da igreja local, o pastor Waldemiro Tymchak (ex-diretor execu-tivo da JMM) conheceu um pouco do nosso trabalho. Foi ele que nos convidou para trabalhar na JMM, deixando a igreja local para trabalhar com a mobilização no estado de São Paulo. Então, nosso primeiro contato com a JMM foi esse envolvimento natu-ral de incentivar missões na igreja local e no ambiente da Convenção Batista Brasileira também quando eu presidia alguma associação regional. Buscamos essa aproximação, e o pastor Waldemiro nos convidou. Isso aconteceu a partir do ano de 2002. Eu cheguei à JMM em janeiro de 2003 oficialmente, e co-mecei trabalhando com a mobilização em São Paulo.

E como foi depois passar à mobilização nacional?

Trabalhei oito anos com a mobilização em São Paulo. E por atuar também com o pastoreio de missionários, caravanas no campo, o pas-tor Waldemiro sempre pedia isso, que eu liderasse a mo-bilização nacional. Então, passei a mobilizar igrejas em outros estados que requisita-vam a minha presença. Nos últimos quatro anos, passei a

liderar a mobilização da JMM em todo o Brasil.

Como surgiu o convite para assumir a Igreja Batista de Constantinópolis?

Por três vezes estive na Igreja para fazer conferência missio-nária. E o pastor Jorge Max tomou a decisão, direcionado por Deus, de deixar a Igreja e vir para missões. Hoje ele é nosso missionário em Por-tugal. E ele, nesse processo, começou a orar a respeito da sucessão pastoral e sentiu também essa possibilidade pedindo para eu orar. Orei, e a primeira resposta foi negativa. A Igreja insistiu e, por algumas questões, inclusive de sentir falta desse dia a dia na Igreja, passei a considerar essa possi-bilidade de fazer um projeto com a igreja local. Ajudou bastante na decisão também a questão de a Igreja ter uma boa visão missionária, de a gente ter várias oportunidades na região da Amazônia com a Igreja, de continuar fazendo missões no Brasil e no mundo.

O senhor é um líder mui-to querido. Como vê esse

carinho e respeito que a denominação tem para com o senhor?

Eu acho que Deus é mui-to bom comigo. Na minha jornada, sempre procuro de-senvolver amizades e traba-lhar realmente em favor da denominação e da obra mis-sionária. Acho que isso acaba ficando. A gente está aí para servir em qualquer posição, e sempre com prioridade à obra missionária.

Como será agora o rela-cionamento com Missões Mundiais?

Essa transição foi uma sur-presa para mim, e entendo que até para o pastor João Marcos. Eu estava indo para o pastoreio dos missionários no Oriente Médio e Norte da África, e isso ficou inviabiliza-do porque teve o ebola de um lado, e eu brinco que de outro lado teve o “ebala”, as guerras lá no Oriente Médio. E como a gente não ia conseguir fazer esse trabalho de pastoreio, o pastor João Marcos me convi-dou para mobilizar a JMM em todo o território americano. Eu iria para os Estados Unidos

e também apoiaria uma igreja lá. Mas quando entendi de Deus o momento de deixar a JMM e assumir a igreja, o próprio pastor João Marcos disse que Missões Mundiais não sairia de mim e eu não sairia da JMM. E eu me colo-quei à disposição para o que precisar. E ele falou: “Você sabe que eu vou convocar mesmo”. Estou mantendo alguns eventos agendados e outros que surgirem também. Em algumas necessidades que aparecerem, desde que não prejudiquem a igreja local, eu ajudarei e apoiarei para o avanço da obra missionária. Levarei comigo lições precio-sas desse período com a JMM, principalmente o convívio com os missionários. A gente pôde também contribuir com o cuidado para com esses obreiros. Essa experiência de cuidar dos missionários em vários contextos nos ajuda agora a cuidar dos irmãos nas suas necessidades, procuran-do incentivá-los para que eles possam servir ao nosso Mestre cada vez melhor. Também trabalhei com gestão de pes-soas na mobilização. E o dia a

dia de igreja é fazer com que pessoas sirvam e se dediquem ao Senhor da melhor maneira possível.

Qual o envolvimento da Igreja Batista de Constanti-nópolis com missões?

A Igreja está prontinha para dar um salto ainda maior por causa daquilo que ela repre-senta na região e daquilo que ela já faz. Ela sedia uma con-ferência que é a abertura de Missões Mundiais para todo o Amazonas, e nas conferências eu pude participar, o pastor Antônio Galvão esteve lá, entre outros missionários. A Igreja tem uma visão bastante ampla sobre missões. Ela tem um barco que vai ser inaugu-rado agora, e eu estou tendo o privilégio de alugar um barco com 30 lugares, dois andares, para trabalhar na calha do Rio Madeira, apoiando os projetos de Missões Nacionais. A Igre-ja tem ao lado do seu templo uma quadra de esportes, com aulas de jiu-jítsu e futebol ofertadas à comunidade. Eles também prometeram que vão instalar uma tabela de bas-quete e eu vou montar uma escolinha, relembrando meu passado como atleta. A Igreja sedia uma conferência para pastores de lugares carentes que vêm de toda a Amazônia para uma atualização, levan-do preletores como Russell Shedd, Luiz Sayão e Augustus Nicodemus. Eu vejo que são várias as possibilidades que a Igreja tem, e ela quer conti-nuar apoiando a obra Batista na Amazônia, no Brasil e no mundo.

Algo mais que o senhor gostaria de destacar sobre esse tempo em Missões Mun-diais?

Eu destaco as experiências das viagens missionárias, e aproveito para incentivar aque-les que podem ir ao campo. É muito importante o missionário receber a visita de pastores, de voluntários. Isso dá fôlego, renova o ânimo para eles conti-nuarem. A Igreja está me dando todo o suporte para eu continu-ar a fazer isso. Pelo menos uma vez por ano, a gente irá a algum campo de Missões Mundiais. Tenho muito a agradecer. Agradecer aos diretores que eu pude servir. Primeiro, ao pastor Waldemiro; depois ao pastor Sócrates Oliveira, que assumiu interinamente após o falecimento do pastor Walde-miro e, agora, ao pastor João Marcos. No que ele precisar, estarei aqui na Região Norte para servir, tanto eu quanto a minha esposa.

Adilson Santos: um novo desafio. O mesmo amor por missões

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12 o jornal batista – domingo, 15/03/15 notícias do brasil batista

Dorgival Lima Pereira, pastor, coordenador executivo da BGC e assessor da Coordenação Geral do Seminário

No último dia 20 de fevereiro, o Grupo Evangélico de Ação Social e

Política - GEASP -, em par-ceria com o Serviço Social da Indústria - SESI -, uma Organização pertencente ao Sistema FIEP, promoveram o “I Seminário de Política Pú-blicas e as Organizações do 3º setor com ênfase nas Co-munidades Cristãs-Evangéli-cas”. O evento contou com a participação de 230 pessoas, dentre elas, autoridades do governo Federal, Estadual e Municipal, líderes religiosos do Paraná e da Grande Curi-tiba, responsáveis por Áreas do 1º setor que coordenam

Políticas Públicas; líderes das Organizações do 3º setor de outras áreas e também da área de Comunidades Tera-pêuticas. O Seminário teve um caráter suprapartidário e de grande importância para as Comunidades Terapêuti-cas, Instituições de Combate às Drogas, Igrejas e demais entidades do 3º setor.

Foi uma grande oportuni-dade para interação do 3º setor com as autoridades governamentais, como o mi-nistro interino do Desenvol-vimento Social e de Combate à Fome, doutor Marcelo Car-doni da Rocha, que também é o secretário-executivo da Pasta. Participaram também o secretário Nacional de Polí-ticas Sobre as Drogas, doutor Vitore André Zílio Maximia-no; a senadora do Paraná, doutora Gleisi Hoffmann; a deputada Federal mais vota-da do estado, doutora Cris-

tiane Yared; o presidente da FIEP e parceiro na promoção do evento, doutor Edson Luiz Campagnolo, bem como a assessora direta do ministro da secretaria-geral da Presi-dência da República, doutora Lais Vanessa Lopes, e coorde-nador geral do Departamento de Transferências Voluntárias do Ministério do Planeja-mento, doutor José Antonio de Aguiar Neto. As palestras foram muito esclarecedoras e todos saíram bastante sa-tisfeitos.

Representando a Junta de Missões Nacionais da CBB, esteve presente ao evento o pastor Celso Godoy, coorde-nador dos Batistas brasileiros na Área de Projetos Sociais e Prevenção às Drogas, o qual apresentou com clareza as mudanças experimentadas em sua vida pessoal e fa-miliar, a partir do encontro pessoal com Jesus. Uma pa-

lestra realmente esclarecedo-ra e emocionante, que serviu para reafirmar às autoridades e aos mais de 200 líderes religiosos de Instituições e Comunidades Terapêuticas e de outros setores que par-ticiparam deste importante Seminário, que vale a pena investir nos equipamentos que servem as pessoas em condições de vulnerabili-dade, e que os evangélicos fazem e continuarão fazendo com ou sem o financiamento do poder publico, pois nossa motivação é a consciência da missão. Foi realmente um dos pontos altos do evento. Foi um importante case do Seminário.

Além dele, o pastor José Francisco Veloso, conheci-do e experiente terapeuta, palestrante e responsável pelo atendimento a depen-dentes químicos em recu-peração na cidade de Vila

Velha - ES e outras partes do país.

A coordenação geral do Seminário foi do pastor Hil-quias Paim, que contou com o apoio e auxílio de equipe composta pelo pastor Dorgi-val Lima Pereira (coordena-dor da BGC); da assessora da senadora Gleisi Hoffmann; senhora Antonia Martins; da diretora de Educação Cris-tã da CBP, senhora Rosane Torquatto; e do assessor da Gerência de Projetos Estra-tégicos do SESI e coordena-dor do Programa “Cuide-se Mais”, senhor Fábio Bighetti Fontoura, dentre outros co-laboradores e voluntários. O evento contou com o apoio de várias Instituições como o Reage, REPAS, COMPED, BGC, CBP, Núcleo de Comu-nhão Pastoral, Cruz Azul Bra-sil, Igreja Batista de Lindóia, dentre outras, e realmente foi uma bênção.

Curitiba - PR sedia o “I Seminário de Políticas Públicas e as Organizações do 3o setor com

ênfase nas Comunidades Cristãs-Evangélicas”

Page 13: Jornal Batista -11-2015

OBITUÁRIO

Pastor Daniel Idelfonso

13o jornal batista – domingo, 15/03/15notícias do brasil batista

Fabiano do Carmo, pastor interino da Igreja Batista Ebenézer – Mesquita - RJ

No dia 10 de ja-nei ro de 2015 p e r d e m o s u m grande amigo,

um grande pai, um marido excelente, um verdadei-ro ombro amigo, um bom pastor, daqueles que Deus coloca para ser bênção em nossas vidas, pastor Da-niel Idelfonso. Não venho aqui para falar de tristeza, e sim de coisas boas desse grande homem de Deus, um homem de sorriso fácil, trabalhador, um ajudador da Obra de Deus, um aco-

lhedor, um servo de oração, que tantas vezes, daquele púlpito de madeira, procla-mou mensagens divinais de pura exaltação a Deus e de crescimento à Igreja.

O pastor Daniel trouxe um novo tempo para as nossas vidas como Igreja, ele foi um vaso nas mãos do oleiro moldado cada dia para a missão do Reino de Deus aqui na terra, um embaixa-dor de Cristo extraordinário. Falar do pastor Daniel em palavras é até covardia por tantas e tantas experiências boas que compartilhamos por longos anos. Mas, o Se-nhor dos pastores, que um dia o chamou para o minis-

tério pastoral, quis chamá-lo para a glória.

À família do pastor deixa-mos o consolo real e que a memória do pastor viva em nós. E, eu, pastor Fabiano, que vos escrevo este artigo, deixo aqui o meu agradeci-mento a Deus por ter coloca-do este grande ministro em nossas vidas e deixo um re-gistro: esse homem de Deus me colocou no mesmo nível e postura pastoral como ele, sem nem mesmo questionar a minha idade para isso. Que nós, amigos, igreja e família, possamos lembrar sempre deste grande pastor. Até um dia meu, e nosso, pastor Daniel Ildefonso.

Arnon Henrique Tavares, membro da Primeira Igreja Batista em Dracena - SP

Foi esta a triste notí-cia que recebemos na manhã do dia 18 de fevereiro, quando nos-

so filho João Henrique nos passou naquele momento.

Pastor João, descendente de ucranianos que vieram como imigrantes, ainda jo-vem aceitou o convite para assistir a um trabalho, em uma reunião da sua grei Ba-tista e, logo, aceitou a Cristo. Em continuação de suas lidas religiosas, sentiu o desejo e chamado para ser pastor. Casou-se com a jovem, tam-bém descendente de ucrania-nos, Ana Paulichenco. Desse casamento nasceram três lindas filhas, Ruth, Noemi e Miriam, que é casada com

o nosso filho João Henrique P. Tavares, ambos, marido e mulher, empregaram-se no ramo do comércio: ela como secretária e ele como agente do comércio exterior.

Com muita dificuldade, formou-se na faculdade de teologia em Perdizes - SP, a uma distancia de 30 Km de sua cidade, Osasco; depois se formou em direito e exer-ceu o ministério, sendo, a princípio, em São Caetano e depois em Osasco. Advogava nas horas vagas, às vezes, aos mais chegados às Igrejas da sua grei.

Quanto à convivência com familiares, eu nunca vi um casal de avós tão chegado aos filhos e netos. Estes o chamavam de “Deid” e a avó de “Baba”.

Há questão de três meses, já morando em Perdizes, saiu de

casa e, andando pela calçada, um carro ao sair da garagem o atropelou, jogando-o ao chão. Nesse acidente fraturou os os-sos de um lado da bacia, sen-do operado duas vezes com colocação de hastes dentro do osso do fêmur. Depois foi reoperado para trocar a haste por placas, ficando imobiliza-do. Tal procedimento acarreta muitas complicações, como pneumonia (o paciente não pode expelir secreções pul-monares) e também infecção generalizada, o que ocasiona a terrível “Sepse”.

O pastor João Paulichenco nos deixou uma experiência de vida salutar. Foi arrebata-do ao paraíso e ouviu pala-vras inefáveis. Que façamos os mesmos ensinamentos para que também tenhamos um encontro salutar com Cristo.

Pastor João Paulichenco foi estar com Jesus

Page 14: Jornal Batista -11-2015

14 o jornal batista – domingo, 15/03/15 ponto de vista

Remy Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da CBB

No 8° Encontro Na-cional Batista de Ação Social, ocor-rido em fevereiro

em Gramado - RS, tratou-se sobre violência doméstica, em especial a praticada con-tra a mulher. Entre relatos de casos e dados estatísticos, ficou evidenciado que este problema também ocorre, para nossa tristeza, em nos-sas igrejas.

Gilberto Garcia, mestre em Direito, colaborador de OJB

A Escola de Magis-tratura do Tribu-nal de Justiça do estado do Rio de

Janeiro – EMERJ - através do Fórum Permanente de So-ciologia Jurídica realizou um excepcional encontro, com o ousado tema acima expli-citado, para o debate entre a sociedade e juristas a respei-to da Resolução 175/13 do CNJ, que obriga os cartórios do país a atender requeri-mentos de casais gays para a conversão de uniões estáveis em casamentos, e efetivar casamentos homoafetivos, onde participaram estudan-tes de direito, servidores do judiciário, ativistas do movimento gay, advogados, juízes, desembargadores, professores de direito etc.

Após as ricas exposições foi aberto o debate aos partici-pantes, quando fizemos dois questionamentos aos com-ponentes da mesa: Primeiro : não é competência do Poder Legislativo a promulgação de lei que normatize o casamen-to homoafetivo no sistema legal brasileiro? Segundo :

A tendência que muitos de nós têm de negar que deter-minados males acontecem no ambiente cristão não se mostra razoável, ao menos por três motivos. O primei-ro, é evidente e prático: os males simplesmente acon-tecem. Não há como negar a presença de atos ilegais e moralmente condenáveis em nossas igrejas, os exemplos são diversos. Mas, não era para nos surpreender, afinal, Jesus informou que haveria lobos em pele de ovelha em nossas igrejas, como diz Ma-teus 7.15. Pessoas que sabem

teria o CNJ competência para emanar decisões com força de lei e, dessa forma, a todos obrigando, assim, usufruir uma prerrogativa que é do Legislativo Pátrio?

É de se registrar o noticia-do pela mídia internacional o que vem acontecendo na Inglaterra: “(...) Casal gay vai processar Igreja sobre o casamento gay. O casal homossexual promovido pelo governo britânico para ajudar a vender a nova le-gislação do casamento gay do estado para o público já afirmou que a política não vai longe o suficiente, e está pensando em processar a Igreja em um outro impulso para redefinir a instituição do casamento (...)”, em que pese a lei do casamento gay aprovada pelos ingleses dis-por de regulamentos que desobrigariam as igrejas a realizarem casamentos ho-moafetivos.

Nos EUA noticiou-se: “(...) Pastores não querem ser processados por não reali-zarem casamentos gays. É difícil nadar contra a maré de mudanças. Os religiosos de algumas congregações conservadoras dizem temer

desempenhar o papel de reli-gioso, mas que se encontram distantes do Evangelho de Cristo. Além desse segundo motivo, há ainda a descon-fortável constatação de que todos nós somos capazes de praticar o mal.

Paulo afirmou que ele vivia o dilema de querer fazer o bem e não conseguir e, talvez o pior, de não querer fazer o mal e fazer, como descreve Romanos 7.19-20. Realidade decorrente da existência do pecado em nós. Reconhecen-do essa realidade, sabemos que há em nós a inclinação

ser alvo de ações judiciais de crimes de ódio, seguindo de-cisões judiciais que apoiam a legalidade do casamen-to homossexual (...)”, “(...) Igrejas (Norte-Americanas) têm alterado seus Estatutos para se proteger contra ações judiciais relativas ao Casa-mento Gay. As igrejas es-tão começando a adicionar cláusulas em seus estatutos para que seus ministros só realizem casamentos tradi-cionais em suas instalações, em resposta às decisões do casamento homossexual da Suprema Corte (...), relativa a inconstitucionalidade da Lei Federal que definia casa-mento como união entre um homem e uma mulher (...)”, deixando a definição para os estados.

Algumas Igrejas nos EUA, “(...) estão reescrevendo seus estatutos, especificamente para proibir celebrantes do casamento homossexual do uso de suas instalações (...)”, em uma espécie de Blinda-gem Jurídica Estatutária que também já é utilizada no Brasil, como recomendado pela Convenção Geral das Assembleias de Deus no Bra-sil – CGADB.

para atos reprováveis, inclusi-ve a violência. Alguns acabam progredindo ao ato em si.

Se não há motivos para negar sua realidade, faz-se necessário enfrentá-la. Visan-do auxiliar as igrejas nesse enfrentamento, o Departa-mento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira (DAS) e os líderes de ação so-cial que algumas Convenções regionais possuem (há líderes em 12 Convenções), realiza-rão uma pesquisa visando compreender melhor essa realidade e sua incidência entre as Igrejas Batistas.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advo-cacia Geral da União (AGU) sustentam que o casamento homoafetivo é direito cons-titucional, pois enviaram pa-recer ao Supremo Tribunal Federal opinando pela impro-cedência da ADIN, proposta pelo Partido Social Cristão - PSC -, em uma perspectiva de extensão da interpretação da Constituição Federal.

A ação impetrada pelo PSC questiona a Resolução 175/13 do Conselho Na-cional de Justiça - CNJ, ór-gão do Poder Judiciário que tem precipuamente função administrativa relativa ao controle externo da atuação disciplinar dos magistrados brasileiros, atualmente pre-sidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, à quem tivemos a satisfação de presentear pessoalmente no Salão Nobre do STF, com uma de nossas obras, o Livro: “Novo Direito Associativo”, Editora Método/Grupo GEN.

“(...) O PSC alega que o CNJ extrapolou sua com-petência administrativa e invadiu a prerrogativa legis-lativa do Congresso Nacio-

Após sua realização, o DAS publicará no próprio O Jornal Batista, bem como no Portal Batista, a análise das informações obtidas. Após essa etapa, publicaremos artigos no site oferecendo informações e reflexões para melhor compreensão so-bre a violência e modos de enfrentá-la.

Algumas realidades nós gostaríamos de ignorar, mas, fazê-lo, é lançar alguns em um sofrimento sem esperan-ça. E nós somos o povo que proclama e vive a verdadeira esperança: Jesus Cristo.

nal, razão pela qual haveria violação ao princípio da se-paração dos poderes. Para a PGR, o STF já decidiu pela interpretação ampla e inclu-siva ao conceito de família ditado pela Constituição Fe-deral (...)”.

Por isso, relevantíssimo o enfrentamento da temática pela EMERJ, eis que esta não é pacifica na comunidade ju-rídica nacional, havendo po-sicionamentos diametralmen-te opostos, com argumentos fundamentados, inclusive como considerado pelos pa-lestrantes do Encontro no TJ/RJ que compartilharam posicionamentos favoráveis e contrários.

Na Europa temos o exem-plo francês. Eis que, quando o Judiciário foi provocado, deliberou que a legitimidade é do Legislativo; destacando que o Brasil é um dos poucos países onde o Poder Judici-ário tem se posicionado em temas que grupos da socie-dade civil têm pleiteado sob a alegação de que o Poder Legislativo estaria se omitin-do, entre os quais a questão do casamento homoafetivo, o que é preocupante para a sociedade civil.

O CNJ e o casamento homoafetivo: avanço ou retrocesso?

Departamento de Ação Social da CBB

Realidade que não podemos ignorar

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15o jornal batista – domingo, 15/03/15ponto de vista

Samuel Amaro dos Santos, pastor da Igreja Batista em Laje do Muriaé - RJ

Precisamos pensar e produzir teologia. É isso mesmo que leu. Parto do princípio

que podemos pensar, estudar e produzir teologia. Pensar e produzir teologia não é algo restrito a uma pequena elite intelectual que do alto de suas cátedras fazem jorrar um conhecimento e saber te-ológico que devem ser acei-tos por nós, meros mortais, como a totalidade da verda-de. Não. Também podemos pensar e produzir teologia. Destaco que há um grupo seleto de teólogos que pen-saram e pensam, produziram e produzem boa teologia, o que para nós é importante, pois nos serve como fonte de pesquisa, e precisamos deles. Somos gratos. A todos, o nosso reconhecimento. Mas, isso não significa que na teologia exista o clero e o laicado, os senhores absolu-tos e os vassalos. Não. Creio que existem classes distin-tas com propósitos comuns, classes que divido com muita simplicidade em duas: a pri-meira, a teologia produzida na/e para a academia e, a segunda, a teologia recebida na academia, mas, pensada, aperfeiçoada, praticada nas igrejas, nas comunidades. Por quem? Por nós, pastores, líderes, igrejas locais.

Precisamos pensar e pro-duzir teologia, mas pelas razões certas. Então, surge a pergunta: por que e para que pensar e produzir teolo-gia? Para ostentar o título de teólogo ou de bacharel em teologia? Apenas para enri-quecimento do conhecimen-to? Para ser pastor ou liderar algum ministério? Essas e outras razões agem como fatores reducionistas dos ver-

dadeiros motivos pelos quais precisamos pensar e produ-zir teologia e, entre muitos motivos que poderia falar, quero destacar apenas um como razão principal para pensarmos e produzirmos teologia, a nossa profunda necessidade de conhecer Deus e Sua vontade. “Sobre Deus, só Deus pode falar. Logo, a teologia somente pode ser o serviço à vonta-de de Deus, o serviço à sua Palavra”. (Roldán, cintando Karl Barth no Livro “Para que serve a Teologia”, pg. 33). Precisamos conhecer mais a Deus, e podemos, pois Ele se revelou e nos permite conhecê-lO. Façamos isso através da teologia. Deus é o maior teólogo que exis-te, escreveu o melhor livro de teologia, enviou Jesus para nos ensinar a teologia prática, aulas de campo, aplicação de Sua teologia de uma forma que pudesse ser ouvida, sentida, experi-mentada. Enviou o Espírito Santo para ser o nosso guia, para que fosse um luzeiro que nos permitisse estudar, aprender e praticar a teolo-gia de Deus, conhecendo o próprio Deus. Precisamos usar a teologia para conhe-cer mais a Deus e não mais sobre Deus, precisamos tirá--lo dos tubos de ensaios, do microscópio, das páginas dos livros, e colocá-lo como Senhor absoluto em nossos corações. Precisamos pensar e fazer teologia, pois temos uma profunda necessidade de conhecer Deus.

Também precisamos pen-sar e produzir teologia, mas com liberdade para pensar. Liberdade teológica para pen-sar, não liberalismo teológi-co, mas liberdade para cons-truir uma teologia que nasce da pesquisa, observação, reflexão, da ação da Igreja no mundo, uma teologia que as

pessoas entendam que seja relevante, que nós entenda-mos. Precisamos de liberda-de para pensar e construir uma teologia mais Crística e menos farisaica. Liberdade te-ológica que é gerada, cresce e se fortalece, pois tem seu nascedouro em Deus; liber-dade que nasce da escravi-dão, nossa escravidão a Deus e Sua vontade, pois quanto mais o conheço, mais livre sou. Precisamos de liberdade para questionar, reconsiderar alguns temas, alguns posi-cionamentos; precisamos ser alforriados e alforriar pessoas para o debate, não apenas como simples ouvintes, mas como vozes que podem e de-vem ser ouvidas. Precisamos de liberdade para dizer que decidimos pensar e produzir teologia. Precisamos de uma liberdade que surge não das amarras que violentamente retiramos, mas a liberdade que surge da maturidade te-ológica, que não aceita mais nenhum tipo de amarra, pois é livre, biblicamente livre. Só alcançaremos a liberdade teológica se nos tornarmos cada vez mais escravos de Deus, da Sua Palavra e da Sua vontade.

Precisamos pensar e produ-zir teologia, mas sem medo. O medo de refletir e fazer teologia paralisa a produção teológica local e nos leva a uma mesmice que nos faz apenas reproduzir, não nos dando ao trabalho de, pelo menos, refletir no que já foi produzido, mas apenas re-produzir, repetir pobreza teológica, preguiça teológi-ca. Precisamos lançar fora o medo que nos torna covar-des, tímidos, que nos para-lisa. Temos muito medo de errar, medo de admitir que erramos, medo das críticas, medo de nos comprometer, medo de falar, medo de pen-sar, medo de nos posicionar-

mos, medo de pessoas e de instituições que, infelizmen-te, geram o medo, pois algu-mas vezes somos oprimidos, ameaçados, perseguidos por aqueles que fazem parte de uma “elite clerical teológica” muitas vezes denominacio-nal, que querem não só calar a nossa boca, mas trancafiar a nossa liberdade de pensar e refletir. Pensar, refletir, ques-tionar não significa apostasia denominacional, não signifi-ca renovação e abandono de doutrinas, mas a segurança de que podemos pensar sem o risco de uma debandada doutrinária, pois pensaremos biblicamente, refletiremos, avaliaremos e reavaliaremos nossa doutrina sempre fun-damentados nas Escrituras; somos o povo da Bíblia, ain-da somos.

A teologia é libertadora e não opressora. Há que bela teologia ensinou Jesus quando fez o doce convite, “Venham a mim todos os que estais cansados e sobre-carregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30). Todos que aceitaram o con-vite de Jesus, encontraram uma doce liberdade, Jesus os convidou para a liberdade espiritual, e não para a alie-nação, não para um campo de concentração teológico doutrinário opressor. Não podemos ter medo de pensar e produzir teologia, sei que é arriscado, pois muitas vezes ela é a voz que denuncia, toca na ferida e incomoda, revela as nossas mazelas, arranca as nossas másca-ras, mas, liberta, e como é bom ser livre, não pode-mos fazer do medo uma tábua de salvação que nos

mantém submersos no mar da mediocridade. Abaixo a alienação teológica, a eliti-zação do saber teológico, a decapitação do pensar, ao emburrecimento teológico, ao empobrecimento espiri-tual, ao encarceramento da reflexão, abaixo a produção de reprodutores e não de pensadores, produtores.

Encerro minha palavra, nem esgotando, nem imagi-nando que essas são as únicas lições que possamos apren-der, mas, propondo e desa-fiando a todos a rompermos com a preguiça, com o medo, com a acomodação, com o acanhamento, com os mitos sobre a teologia, e pensarmos e produzirmos uma teologia que nasça do nosso profundo desejo e da nossa necessida-de de conhecer mais a Deus e Sua vontade, que nasça da pesquisa incessante e incan-sável das obras teológicas que temos, não como o destino final do saber teológico, mas como um mapa que mostra muitos outros destinos. Que nasça de debates inteligentes e construtivos, não como uma queda de braços ou um UFC teológico e, sim, da união daqueles que querem pensar e produzir teologia re-levante. Que nos impulsione a pensarmos e produzirmos uma teologia local relevante, não criadora de abismos, mas construtora de pontes, que pode ser sentida, experimen-tada, ouvida e entendida, mas a pensarmos e produzirmos uma teologia relevante para a Igreja, nossa comunidade, e que nasça da observação de necessidades, observação que gera reflexão, que gera compaixão, que nos move para a ação, a pensarmos e produzirmos uma teologia para/e do século XXI, para que respondamos teologica-mente as demandas e interro-gações do nosso tempo.

Pense e produza teologia

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