jornal batista nº036-2014

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 36 Domingo, 07.09.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Setembro é o mês da Pátria e neste mês também iniciamos a campanha e celebração da obra de Missões Nacionais, leia nesta edição de nº36 várias matérias sobre a obra de evangelização em nosso Brasil.

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Page 1: Jornal Batista nº036-2014

1o jornal batista – domingo, 07/09/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 36 Domingo, 07.09.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 07/09/14 reflexão

E D I T O R I A L

Declaração da Convenção Batista Brasileira a respeito do Decreto no 8.243, de 23 de maio de 2014

1. A Denominação Batista recebeu com preocupação o Decreto nº 8.243/2014. Cuida-se de uma legislação car-regada de ideologia contrária aos valores democráticos, à divisão dos poderes e aos pilares de um Estado voltado à consecução do bem comum e comprometido com os valores da cidadania.

2. A consideração da “sociedade civil” esmaece a pessoa humana uti singoli e o cidadão em sua ingente dignidade. Compreendida não apenas como o conjunto dos “cida-dãos”, mas também e principalmente como conjunto dos entes “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organiza-ções”, a definição legal permite a inclusão no conceito de entidades e movimentos sociais oportunistas, deslegi-timados, adredemente criados para encaminhamento de demandas episódicas, particulares e contrárias aos valores sociais médios, comuns e majoritários. Tais movimentos, com ligação direta com o Governo e com a realização da Administração Pública, condicionarão e validarão as ações governamentais.Com a dinâmica estabelecida pelo Decreto, a legitimidade das decisões de gerenciamento da coisa pública pelos órgãos e entidades federais estará dire-tamente ligada à consulta prévia a tais entes coletivos, com a vigilância permanente da Secretaria-Geral da Presidência da República (art.5º, pars. 1º e 2º, do Decreto). É extrema-mente preocupante permitir “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações” interfiram na própria Administração Pública.

3. A Denominação Batista não admite e abjura que uma Política Nacional de Participação Social tenha como diretriz geral e objetivo a “ampliação dos mecanismos de controle social” (art. 3º, V, do Decreto).

4. Entende a Denominação Batista que a administração pública deve ser voltada ao interesse comum, com foco fechado na eficiência e qualidade do serviço público, como modo de concretização de um regime democrá-tico e, justamente por isso, com reduzida intervenção de cunho político-ideológico. Compreende, assim, que nenhum governo pode, a pretexto de realização da ges-

tão pública, criar instrumentos de controle e mecanismos de aparelhamento ideológico do Estado no objetivo de implementar ações voltadas aos interesses coletivos e comuns.

5. Por compreender que o Poder Legislativo compõe o tripé democrático e legitimador do funcionamento do Estado, espelhando o consenso social porque aglutina-dor dos plúrimos e multifacetados interesses individuais e sociais, a Denominação Batista repele a pretensão do Decreto de esvaziar o Legislativo de sua função demo-crática para instituir um meio direto de gestão pública subordinada à “Mesa de Monitoramento das Demandas Sociais, instância colegiada interministerial responsável pela coordenação e encaminhamento de pautas dos mo-vimentos sociais e pelo monitoramento de suas respostas (art. 19 do Decreto)”. Trata-se de uma espécie de parla-mento ou bancada pública para audição e acatamento das “pautas dos movimentos sociais”, o que indica muito bem o auditório com que se pretende interlocução: não é a sociedade civil ainda que complexamente compreen-dida, mas sim os “movimentos sociais”, não raras vezes comprometidos e subsidiados pelo próprio Estado. Não é próprio de um regime democrático de direito a criação, por governante de qualquer sorte de ideologia, de legisla-ção que enfraqueça o Poder Legislativo e crie um poder paralelo com funções legislativas, com ingerência direta na máquina pública federal em total arrepio dos princípios constitucionais vigentes. O aludido Decreto compromete, portanto, a lisura de todo o processo de gestão, pois se es-vazia o Poder Legislativo ao tempo em que se transferem e subordinam as decisões da administração pública órgãos paralelos com grande carga ideológica em conexão direta e privilegiada com uma suposta sociedade civil, integrada privilegiadamente pelos “coletivos, movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados, suas redes e suas organizações”.

A Denominação Batista, assim, opõe-se ao Decreto nº 8.243, de 23 de maio de 2014, manifestando-se publica-mente por sua rejeição pelas Casas Legislativas.

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIO DE REDAÇÃOOthon Oswaldo Avila Amaral(Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Pastor Luiz Roberto Soares Silvado Pastor Sócrates Oliveira de Souza Presidente Diretor Executivo

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3o jornal batista – domingo, 07/09/14reflexão

(Dedicado ao leitor Délcio Ferreira Manrique, de Campinas - SP)

Encontramos na hinó-dia evangélica nor-te-americana quatro formas de composi-

ção e expressão: 1) “Spiritual song” (canção

espiritual) – forma tradicio-nal do canto religioso dos negros africanos, praticado principalmente no Sul dos EUA; baseada no “blues”.

No século XVIII, as Igre-jas Batistas e Metodistas es-peravam dos escravos ne-gros trazidos da África que aprendessem a falar inglês, adotassem a religião cristã e cantassem os hinos de John Wesley (1703-1791). No fim do século XIX, a “spiritual song” entrou nas univer-sidades (Presbiteriana da Pensilvânia, Metodista do Ohio e a Fisk do Tennes-see), nas igrejas e nas sala de concerto, e influenciou compositores eruditos (por exemplo: Antonín Dvorak, 1841-1904; Virgil Thomson, 1896-1989).

As primitivas “spiritual songs” eram construídas na forma tão comum às canções africanas, tinham afirmação e resposta (ver “Swing Low, Sweet Chariot”). Mas os ne-gros desenvolveram a melo-dia e a harmonia, dando à

Matheus Machado, seminarista da Primeira Igreja Batista de Cosmos - RJ

Aqui estou, correndo para cumprir mais um prazo. Tive uma reunião à tarde que

atrasou todo o meu trabalho. Trabalhei até a hora de ir para faculdade e, quando a aula acabou, eu ainda ti-nha tantas coisas para fazer que precisei parcelar: fazer algumas dessas coisas até tarde e terminar outras logo cedo – isso quer dizer dormir menos, é claro. Você tem a

resposta a forma coral (ver “Steal Away to Jesus”).

“The Baptist Hymnal”, hi-nário publicado em 1991 pela Southern Baptist Con-vention, contém duas “spi-ritual songs”: “Go, Tell It on the Mountain”, letra de John W. Work Jr. (TBH-95), e “In Christ There Is No East or West”, adaptação de Harry Thacker Burleigh (TBH-385) para a canção “I Know the Angel’s Done Changed My Name” (ver John W. Work III, American Negro Songs and Spirituals).

2) “Gospel hymn” (hino evangelístico) – forma ade-quada ao culto de adoração e evangelização; desde 1860 usado pelas igrejas evan-gélicas no Brasil. Durante muito tempo (1890-1990) o “Cantor Cristão” foi o grande repertório de hinos evange-lísticos para os batistas no Brasil.

“The Bapt is t Hymnal” (TBH-334) e “Cantor Cris-tão” (CC-375) têm um belo exemplar de hino evan-gelístico, o hino “Blessed Assurance” (“Segurança”). Paralelamente, enquanto era muito cantado entre os brancos, decaiu a popula-ridade da “spiritual song” entre os negros, por causa de sua antiga associação com a escravidão, e a ocasional se-gregação racial, que foi mais

impressão de que estamos no mesmo barco? Você já deve ter escutado outras pessoas dizendo a mesma coisa, e talvez se enxergue nessa situ-ação. Um dos presentes mais preciosos de Deus para nós escorrem pelas nossas mãos. O tempo é um bem não re-novável do qual não temos desfrutado. É isso mesmo, nós estamos sempre atarefa-dos, mas não desfrutamos do tempo. Consegue lembrar-se quando foi a última vez que acordou sem pensar no que tinha de fazer, ou que tirou o dia para apenas descansar?

intensa entre 1865 e 1880 (ver Niebuhr, The Social Sources of Denominationa-lism, New York: Living Age, 1957).

3) “Gospel song” (canção evangelística) – no início do século XX, forma mo-derna do canto dos afro--americanos; baseada no “blues”, com ênfase ainda no texto religioso, mas ado-tando ritmos e instrumentos da música popular, atraindo assim a atenção do público negro. Até então, os brancos não faziam ideia do que acontecia aos domingos nas igrejas dos negros. Poetas negros eram, em geral, os autores dos textos das “gos-pel songs” (por exemplo: James Langston Hughes, 1902-1967). Cantoras negras foram as principais intérpre-tes dessa espécie de hinodia (por exemplo: Mahalia Ja-ckson, 1911-1972; Marion Williams, 1927-1994). De-vemos ressaltar o fato de que Mahalia Jackson “se recusava terminantemen-te a cantar qualquer coisa que não fosse para a glória do Senhor, ou cantar onde também fosse executada música reprovável” (ver Eric Hobsbawn, História social do jazz. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990).

4) “Gospel music” (mú-sica evangélica) – a partir

No dia do descanso não vale estudar, preparar um sermão, participar de um congresso. Estamos falando de descan-so físico e mental. Vamos facilitar. Você se lembra da última vez em que teve a oportunidade de sentar-se perto da janela para admirar a chuva cair ou que fez uma refeição com toda a sua famí-lia à mesa? É, é pouco tempo, e muito tédio; muito traba-lho, e pouco prazo; tempo suficiente, e atividades além das que podemos dar conta.

Ao criar todas as coisas, Deus teve tempo de fazer

da década de 30, foi dada maior ênfase ao ritmo, espe-cialmente ao jazz. Na déca-da de 50, a “gospel music” influenciou a “Soul music” (por exemplo: Ray Char-les, 1930-2004 misturou o “blues” com o “gospel”; Aretha Franklin, 1942. Era acompanhada de guitarras “en staccato”, órgãos arpe-jantes, baterias barulhentas, contrabaixos rumorejantes e metais estridentes). En-tre1972 e 1987 a “gospel music” personificada em Aretha Franklin gozou de muito prestígio popular, a tal ponto de ser chamada de “Aretha Gospel”.

A maioria das grandes can-toras do “jazz” iniciou suas carreiras em igrejas batistas como cantoras de “gospel” (por exemplo: Sarah Vau-ghan, 1924-1990; Dinah Washington, 1924-1963) - (ver Noël Balen, Histoire du negro spiritual et du gospel. Paris: Fayard, 2001). Fize-mos a indagação: “É possível a um único compositor em pouco tempo mudar o gosto musical de uma comunidade religiosa?” Nossa resposta foi: “parece que um com-positor, no período de uma década, conseguiu mudar o gosto musical da comu-nidade batista negra” (OJB 14 - abr 85). Antes de 1940, a “gospel music” tinha subs-

tudo – estamos falando de todo o universo - e ainda descansar. A maioria de nós gostaria de mais uma hora no dia, ou mais um dia na semana. Eu me pergunto, para quê? Seria mais um dia para nos atarefarmos, trabalharmos, estudarmos e incluirmos em nossa agenda mais tantas outras coisas das quais não damos conta em 24h e em sete dias. Uma coisa é certa, não utilizaría-mos esse dia ou essa hora a mais para fazer coisas dife-rentes das que temos feito. Pare um minuto – caso seja

tituído a “spiritual song”, o “gospel hymn” e a “gospel song”.

A proeza foi conseguida por Thomas Andrew Dorsey (1899-1993). Entre 1921 e 1931, Dorsey trabalhou como pianista de música popular. Então imaginou fundir a tradi-ção do canto congregacional com o “blues”; à fusão deu o nome de “gospel music” (música evangélica). Além de enfatizar o ritmo, destacava o estilo do intérprete.

Em 1932 ocorreu uma tra-gédia: morreram sua mulher e seu primeiro filho. Muito abatido, compôs a canção “Precious Lord, Take My Hand” (Precioso Senhor, to-ma-me pela mão), que servi-ria de modelo à composição e expressão da nova hinódia.

A maioria dos pastores negros rejeitou a “gospel music” de Dorsey, por con-siderá-la incompatível com o culto divino. Mas a nova forma de “gospel” tem pre-dominado no canto congre-gacional e coral das igrejas evangélicas norte-america-nas.

No final do século XX, os mais importantes hinógrafos americanos eram Milton Biggham, Kirk Franklin, An-drae Crouch, Willetta Green-Johnson, DeAndre Patterson, Norman Hutchins, Randy Phillips e Percy Gray Jr.

capaz – e reflita. O tempo é um presente precioso que nos é dado, e nada pode ser mais precioso do que o pre-sente. Reduza a velocidade e experimente olhar a paisa-gem pela janela, desligue o celular e experimente mais “papos olhos nos olhos”, reduza sua agenda e expe-rimente dar “nãos” ao que não tem tanta importância. Acredite: nós precisamos de muito menos tarefas para sermos felizes. Não tere-mos mais tempo. O ideal é aprender a conviver com o que temos.

MÚSICARolando de nassau

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4 o jornal batista – domingo, 07/09/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Antes de comer, minha missão

reflexão

“Para que eu te faça jurar pelo Senhor Deus dos céus e Deus da terra, que não to-marás para meu filho mulher das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito” (Gn 24.3).

Abraão mandou seu mordomo, homem religioso e de con-fiança, até a casa

dos seus parentes, para es-colher uma esposa digna do filho Isaque. E lá chegando foi bem recebido por Betuel, o patriarca, e por Labão, o filho mais velho. Ao saber da missão do mordomo, revelou o caráter do servo de Abraão: “Não posso comer, enquan-to não disser porque estou aqui”. “Está certo”, respon-deu Labão, “conte o motivo da sua viagem” (Gn 24.3).

As prioridades pessoais re-velam muito sobre o caráter

de alguém. Porque saibamos ou não, naturalmente colo-camos no primeiro lugar da nossa lista das coisas impor-tantes aqueles assuntos que, para nós, têm mais peso, maiores consequências, exi-jam mais esforço e cuidado. Para o mordomo de Abraão, cumprir sua missão estava absolutamente no alto de suas prioridades: descan-sar após uma longa viagem e comer uma boa refeição eram importantes, mas não eram essenciais. Primeiro, as primeiras coisas.

A Bíblia nos conta esse epi-sódio porque, até nos dias de hoje, nosso caráter cristão é revelado pela lista das nossas prioridades. Pessoas espiri-tualmente saudáveis dão a maior importância às coisas espiritualmente saudáveis. E, não ao contrário. Antes de comer, nossa missão!

Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho, in memorian

Lia o livro de Salmos, e cheguei ao 42. O autor do salmo estava cativo. Talvez tivesse

sido levado escravo em al-guma invasão dos Arameus. Sente saudades da sua terra. Fala do Jordão, o Hermon e o Mizar, talvez um pico do Hermon; lembra-se do tem-plo; canta sua dor.

Mas tem saudades de Deus, do templo, do culto. De ir com a multidão à casa de Deus (v.4). A saudade é tão grande que ele chora tanto que as lágrimas são o seu alimento (v.3). Para nós, cris-tãos, essa figura perdeu sua força. Deus não está confi-nado a um templo ou a um lugar. Mas naquele contexto da revelação, estava. Ele está longe do solo sagrado. No cristianismo não há terra san-ta, pois Deus não habita em uma terra, mas nas pessoas. Para o salmista havia a Terra de Deus. Tinha saudades dela.

Diz-se que a palavra “sau-dade” só existe na língua portuguesa. Grande coisa. “Borogodó” também. Ter

saudades não é privilégio de falantes da língua de Camões. Em outras línguas, o conceito é expresso por outras pala-vras. Não há a palavra, mas há o sentimento.

Temos saudades do que nos é valioso. Não temos sau-dades de uma doença. Nem de uma provação esmagado-ra. Mas, o que nos é valioso? Do que temos saudades? Os Hebreus, no deserto, tinham saudades do Egito: “Nós nos lembramos dos peixes que comíamos de graça no Egito, e também dos pepinos, das melancias, dos alhos-porós, das cebolas e dos alhos”. (Nm 11.5). Não era de graça. Pagavam caro pelas cebolas e alhos: chicotadas nas costas. Mas seu coração estava no Egito, então romantizavam o passado, esquecendo-se de como fora ruim. Há cristão com saudades do mundo. Queixa-se das provações que enfrenta na peregrinação por esta vida, esquecido de que antes era pior. Ou se não era, o destino seria pior. Escravo não tem futuro.

Saudades de Deus. Que bo-nito! Para quem ama a Deus, o melhor lugar do mundo é a igreja. O melhor momento

da vida é o culto. Não ir à igreja ou perder um culto traz um vazio. Garret chamou a saudade de “gosto amargo de infelizes”. É frustrante: podemos estar em qualquer lugar, mas se nosso coração é do Senhor, ficar longe da sua igreja, do seu povo, do culto, é gosto amargo e infeliz.

Saudades de Deus. Diz o hino 484, do Cantor Cristão: “Da linda pátria estou mui longe. Triste eu estou. Eu tenho de Jesus saudades. Quando será que vou?”. Mui-tos cristãos se apaixonaram pelo mundo e não têm sauda-des de Jesus e da linda pátria. Não são mais peregrinos. Naturalizaram-se cidadãos do mundo. Não cantam mais o céu. O coração não está lá. Não se tem saudade do que não se ama.

Você tem saudades de Deus? Lembra-se dos bons momentos do passado e sen-te falta deles? Estando longe, tem saudades da igreja? Ou tem saudades do mundo, quando está na igreja? Sau-dades da casa de Deus ou do Egito? Tenha saudades das boas experiências com Deus. Queira-as de volta. Busque-as.

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5o jornal batista – domingo, 07/09/14reflexão

O nome “Plano Co-operativo” não consta na Bíblia, como não consta

no texto bíblico o nome Es-cola Bíblica Dominical. Nem por isso, porém, algum batista deixa de dar apoio à EBD porque, embora esse nome não conste na Bíblia, o prin-cípio que rege a EBD, que é o valor do estudo sistemático da Palavra de Deus, pode ser en-contrado em inúmeros passos do Velho e do Novo Testa-mento. O Plano Cooperativo é bíblico porque planejar é bíblico e porque cooperar é bíblico. Jesus contou duas parábolas para ensinar sobre a necessidade de planeja-mento nas lides do Reino: a do homem que não planejou a construção de uma torre e do rei que não planejou para entrar em uma guerra. Ambos foram envergonhados porque não alcançaram os seus obje-tivos (Lc 14.25-32). Moisés, na condução de Israel, Davi e Salomão na construção do templo, Neemias, na recons-trução de Jerusalém, Paulo, na campanha para levantar socorro para os cristãos da Judeia, todos se preocuparam em planejar e incentivar a cooperação para poderem alcançar os seus objetivos espirituais.

O Plano Cooperativo é um projeto de Deus por ser um plano missionário. Se tirarmos missões da Bíblia, a Igreja fica sem objetivo, sem um princípio norteador da sua existência na terra. Portanto, sendo um meio de promover missões, o Plano Cooperati-vo tem fundamento bíblico. Aquele irmão que propôs que sua Igreja deixasse de contri-buir para o Plano Cooperativo sob a alegação de que não encontrou a expressão Plano Cooperativo na Bíblia, precisa procurar um oftalmologista de almas para curar a sua miopia espiritual. Sua visão do Reino está muito curta.

Assim como o dízimo é uma bênção para o crente individualmente, o Plano Co-operativo é bênção para a igreja. Pela sua fidelidade na entrega dos seus dízimos, o crente sente que não está so-zinho, mas é parte da igreja, alegra-se com as vitórias da igreja, colabora para que a sua igreja alcance seus ob-jetivos na evangelização do

mundo. O sentimento de per-tencer a uma comunidade de amor, de fé e esperança é consolidado na fidelidade dos dízimos. Assim também, a igreja que participa do Plano Cooperativo percebe que não está sozinha, mas compõe uma comunidade de igrejas que têm a mesma responsabi-lidade: implantar o Reino de Deus no mundo e se alegrar com as vitórias da sua Deno-minação no seu avanço mis-sionário. Como no caso do crente em relação à sua igreja, o isolamento representado pela omissão da participação da igreja no Plano Coopera-tivo resulta no esfriamento do amor entre as igrejas, na morte da esperança da vitória do Evangelho e no naufrágio da fé nas promessas de Deus.

O dízimo é uma forma eficaz para a integração do crente na igreja. O Plano Co-operativo é um meio eficaz para integrar a igreja na De-nominação. Pastor e líder, a escolha é sua: isolamento que gera morte ou participa-ção que traz vida e alegria? Assim como os dízimos são entregues voluntariamente pelo crente em sua igreja, contribuindo para a maturida-de espiritual dos fiéis, também a participação voluntária da igreja no Plano Cooperativo promove a maturidade da mesma.

O dízimo é uma contribui-ção equitativa. O que ganha mais, oferece mais, e o que recebe menos, entrega menos em valores, mas ambos estão dando o mesmo: dez por cento. O Plano Cooperativo também é justo e equitati-vo: as igrejas que possuem uma entrada maior, enviam mais. As pequenas igrejas que se sustentam com uma renda menor, enviam menos. No final, porém, todas dão o mesmo: dez por cento. Foge, porém, a essa salutar equitabi-lidade a igreja que fixa um va-lor mensal para contribuir de janeiro a dezembro, só para não ficar de fora. A bênção do Plano Cooperativo para o crescimento da igreja na graça de dar é a oferta percentual às suas entradas. Que a sua igre-ja seja tão abençoada e fiel na cooperação denominacional como você deseja que sejam fieis e abençoados os seus membros na fidelidade da sua mordomia pessoal.

Eusvaldo G Santos, membro da Igreja Batista Ebenézer de Americana - SP

Oração comunhão é uma intimida-de, uma conversa com um amigo,

não é uma técnica de mani-pulação de uma divindade. A Bíblia refere-se a oração como uma conversa entre amigos, uma pessoa que nos ouve e nos entende a todo momento em circunstâncias difíceis ou alegres. Essa in-timidade, propiciada pela oração comunhão, é o resul-tado de um relacionamento entre pai e filho, entre Deus e o salvo. Buscar com maior intensidade essa comunhão, para que tenhamos a liberda-de de pedir, confessar, inter-ceder e agradecer é a nossa responsabilidade.

Não é uma meditação que usamos para sermos atendi-dos, não é algo limitado por uma posição, nem um méto-do repetitivo. Não exige que a pessoa fique fora de si en-trando em um transe, mas que a pessoa esteja consciente, sabendo o que está buscando dentro da vontade de Deus, como o filho fala com o pai.

Quando Moisés estava em comunhão com Deus, o povo se corrompia atraindo a in-dignação de Deus, cuja pre-sença se daria através de um anjo, como descreve Êxodo 33. Moisés percebeu que houve uma quebra no padrão espiritual do povo. Ele havia deixado tudo em ordem, e subiu ao monte para receber a Lei, mas ele não se deixou levar por esta falha, ele co-nhecia a dureza do coração do povo, que havia cometido um grande pecado. Ele não parou para lastimar o pecado,

mas olhou para Deus e, em face das promessas, buscou a presença de Deus em ora-ção. Enquanto mantinha o padrão do líder autêntico, ele buscava e falava com Deus face a face.

Moisés experimentou o que outros servos experi-mentaram, achar graça aos olhos de Deus, em busca de Deus, é encontrar o favor imerecido, pois embora o povo tivesse pecado, ainda era o povo de Deus. A oração comunhão nos faz reconhe-cer que carecemos do favor e da soberania de Deus so-bre nossas vidas. Paulo, na condição de servo de Cristo, pode experimentar essa graça na comunhão com o pai. E, assim como ele dependia, nós também dependemos de Deus.

É de se estranhar quando pessoas ficam na oração dando ordens a Deus, e até mesmo cobrando, o que não é do agrado de Deus, nem da sua vontade, nem do seu propósito. Moisés, apesar do pecado do povo, mantinha uma intima co-munhão com Deus, ele era conhecido de Deus. Pediu a ele segurança para conduzir o povo além do Sinai. Só a presença de Deus lhe daria segurança na sua missão de líder. Para seguir por um caminho que ele conhecia, dependia da presença de Deus, quanto mais por ca-minhos desconhecidos. Ele pede então que Deus lhe mostre a sua glória, não por curiosidade, mas desejava aprender a plena natureza de Deus.

Ver a glória desse Deus ma-ravilhoso equivale a conhe-cê-lo de forma total. Nessa oração, Deus não deu uma

resposta com um simples não, mas ofereceu elemen-tos para que ele compreen-desse a sua própria pessoa, revelando-se pelos seus atos, mostrando ser um Deus pes-soal e eterno. A bondade mostra a natureza da sua soberania. Ver a face de Deus significa um conhecimento absoluto de Deus. Paulo diz que “agora vemos com que por um espelho, mas então o veremos face a face, porque agora conhecemos em parte, mas então conheceremos como somos conhecidos” (I Co 13.12).

A glória de Deus, Moisés viu pelas costas, o que signi-fica que nossa busca é inter-minável enquanto estivermos neste corpo. A oração comu-nhão nos leva ao desejo de um conhecimento mais sig-nificativo, que não acontece de forma automática, é um processo contínuo e progres-sivo. Davi pediu que Deus lhe fosse compassivo, que o sarasse e o livrasse, pois estava sentindo-se fraco, per-turbado e cansado de chorar. Ele havia pecado e buscava a misericórdia de Deus.

Em primeiro lugar, deve-mos acertar as contas com Deus, confessando o peca-do, para que a comunhão não fique prejudicada. Em segundo lugar, é lembrar que o chorar não salva. Davi de-pendia de Deus para solução do seu problema, somente Deus era capaz de sarar suas feridas. Para isso, a melhor coisa foi confessar, que é o melhor caminho para o rees-tabelecimento das relações interrompidas por causa do pecado. Toda vitória dos antigos líderes foram ganhas de joelhos, em oração comu-nhão com Deus.

Page 6: Jornal Batista nº036-2014

vida em famíliaGilson Bifano

6 o jornal batista – domingo, 07/09/14 reflexão

Estamos diante de mais uma oportunidade de escolher o próximo presidente do Brasil.

Esse é o privilégio dos países democráticos. É preciso que a escolha seja bem feita. Orar a Deus pedindo a direção ao votar e conhecer as propos-tas dos candidatos são duas atitudes importantes.

É interessante observar como o tema “família” faz parte de muitas promessas dos candidatos. Existem par-tidos que a única bandeira é a defesa da família. Um dia desses, a presidente Dilma foi até uma igreja da Assem-bleia de Deus e afirmou que nunca antes neste Brasil a fa-mília foi tão fortalecida. Para provar, citou vários progra-mas de apoio assistencial à família. Pena que muitas ve-zes programas de assistência à família sejam confundidos com programas de fortaleci-mento das famílias.

Não se fortalece a família, quando por exemplo, se aprova leis como a da pal-mada, que tira o poder dos pais em educar seus filhos. Não se fortalece a família quando grupos e partidos políticos lutam para descri-minalizar a maconha. Não se fortalece a família quando há tentativas de legalizar a prostituição. Não se for-talece a família quando o Supremo Tribunal Federal não reconhece como estupro uma relação sexual de um homem com três meninas com menos de 14 anos.

Não se fortalece a família quando crianças são ensina-das que o homossexualismo é apenas uma questão de op-ção sexual. Não se fortalece a família quando tentativas de aprovação do aborto ganha força e tem apoio importante em todos os poderes. Não se fortalece a família quando se

tenta, de quando em quando, mudar a definição tradicional da família.

Tramita no Congresso Na-cional, por exemplo, o Es-tatuto da Família. Nele, há inúmeros artigos que con-trariam a visão judaico-cristã da família. Devemos estar atentos. Segundo políticos comprometidos verdadeira-mente com os princípios ju-daico-cristãos do casamento, da família e da sexualidade, existem hoje, no Congresso Nacional, mais de 800 proje-tos de leis que ferem profun-damente as bases da família segundo a visão cristã.

Não se fortalece a família quando os próprios gover-nantes não são exemplos de integridade nas questões familiares e conjugais. Falar em defender a família é uma bandeira que dá voto e con-quista a simpatia de todos, mas não podemos deixar nos enganar. Devemos, com certeza, apoiar candidatos que levantam esta bandeira, mas, em sendo eleitos, os mesmos deputados devem ser cobrados, pois defender a visão segundo o conceito judaico-cristão é uma causa, para a mídia, ingrata, indiges-ta, antipática e politicamente errada.

No cenário político temos muitos exemplos de parla-mentares que são taxados de retrógrados, intolerantes e fundamentalistas porque de-fendem estas e tantas outras questões importantes para o fortalecimento da instituição do casamento e da família. Que Deus nos abençoe en-quanto nação brasileira e que os eleitores, especialmente os cristãos, sejam sábios e estejam atentos para que seus candidatos não apenas levan-tem a bandeira, mas paguem, se preciso, um preço alto junto à mídia.

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim - PE

“E todos os dias, no tem-plo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo” (At 5.42).

Nã o ! N ã o e s t a -mos pensando no famoso texto de Gênesis 1.28

“Crescei e Multiplicai”. Ain-da que alguns pensem que seja necessário cumprir a risca àquele mandamento veterotestamentário, hoje em um planeta com mais de sete bilhões de vidas, onde as multidões sofrem por di-versas razões, e os organis-mos internacionais tornam-se obsoletos, estou pensando no tema da Campanha de Missões Nacionais: “Multi-plique fazendo discípulos e plantando igrejas”.

Considerando que há bem pouco tempo éramos um pouco mais de 190 milhões

de vidas, no período da Copa do Mundo como que em um passe de mágica, chegamos aos 200 milhões de brasileiros. Em relação a países como a China e a Índia, que passam de 1 bi-lhão e 300 milhões de vidas, ainda somos “poucos”, mas mesmo assim é muita gente. São duzentos milhões de almas, que na sua maioria, “não sabem discernir entre sua mão direita e a sua mão esquerda”. Em uma panorâ-mica do livro de Atos, vemos não apenas indivíduos, mas também famílias inteiras envolvidas no processo de multiplicação de discípulos, porque esse é o mandamen-to supremo e sublime do Mestre (Mt 28.19-20); famí-lias do primeiro século en-tenderam e levaram a sério essa ordem.

Quanto mais aumenta a população do nosso país, maior a nossa responsabili-dade. Sabemos, pela Palavra de Deus, que o Brasil jamais será um país cristão, isso é

utopia, como também é uto-pia dizer que “O Brasil é do Senhor Jesus”. Mas, que mui-tos brasileiros se entregaram e estão se entregando verda-deiramente ao Senhor, isso é verdade, porque a vontade do Senhor é que ninguém se perca (I Pd 3.9), ainda que a maioria não se deixará envolver pela ação poderosa do Espírito Santo, e aqui vale lembrar a máxima do Senhor Jesus: “O caminho que con-duz à perdição é espaçoso, e a porta apertada, estreita leva à vida, e poucos que entram por ela” (Mt 7.13-14).

Como não sabemos e ja-mais saberemos quem vai ser salvo, a nossa missão como famílias cristãs é profetizar. Sim, profetizar, que significa proclamar com alegria, ou-sadia e gratidão o Evangelho do Reino e da Graça do Se-nhor Jesus Cristo. Portanto, cresçamos e multipliquemos através do envolvimento, sem cessar na oração e ação evangelizadora através de to-dos os meios lícitos possíveis.

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7o jornal batista – domingo, 07/09/14missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Momentos de pre-paro e capacita-ção marcaram o encontro de

promotores do estado de São Paulo, realizado no Acam-pamento Batista em Sumaré

Redação de Missões Nacionais

Uma caravana da Igreja Batista Boas Novas, de Soro-caba -SP, esteve

em Prata - MG para ajudar a fortalecer o trabalho dos missionários Anderson e Jane Dantas. Segundo os obreiros, a ação de Deus foi nítida do início ao fim do trabalho, uma vez que até a diretora da Esco-la Municipal da cidade cedeu as instalações para hospedar os voluntários de São Paulo.

Médicos realizaram con-sultas em bairros carentes

Redação de Missões Nacionais

Os batistas bra-s i l e i r o s c o m -preenderam a necessidade de

investir no avanço do Evan-gelho no Piauí e, como re-sultado, obreiros têm sido enviados pelo Programa de Formação Missionária (PFM) no estado. Após o período de preparo, eles são enviados para anunciar as Boas Novas em diversas cidades do Piauí.

Os missionários em forma-ção Francisco Wanderson e Monalisa da Silva estão em Boa Hora do Piauí - PI, onde pessoas de todas as idades têm se rendido a Cristo. Re-

- SP. Com uma programação inspirativa, os 300 inscritos conheceram todo o mate-rial produzido pela Junta de Missões Nacionais para a divulgação da Campanha Na-cional de Missões, e também foram motivados a fazerem a melhor campanha de todos os tempos.

da cidade, uma enfermeira obstetra atendeu gestantes, e também foram oferecidos outros serviços, como corte de cabelo, teste de glicemia e aferição de pressão arterial. O grupo também confeccio-nou 300 pulseiras, com as cores do Plano de Salvação, e distribuiu pela cidade.

Para as crianças, foram rea-lizadas atividades evangelís-ticas e recreativas do “Kids games”. Segundo os missio-nários, todas as ações da cara-vana foram impactantes para a cidade. Com o fim do período de permanência do grupo em Prata, os obreiros têm

centemente, eles tiveram a fe-licidade de ver uma criança, de 9 anos, entregar a vida a Jesus. Apesar da pouca idade, ela tem vencido as adversi-

No culto de abertura, o pas-tor Gilnei da Silva, que é mis-sionário de Alianças Estraté-gicas da JMN em São Paulo, ministrou sobre personagens bíblicos que marcaram seus nomes por transmitirem uma mensagem positiva: Josué e Calebe. Esse também foi um momento em que os projetos

agora a tarefa de acompanhar as pessoas alcançadas pelo Evangelho, a fim de consoli-dar os resultados do trabalho realizado pela caravana.

Interceda pela obra missio-nária realizada em Prata, e organize uma caravana para apoiar um de nossos Projetos. Para ter informações sobre os Projetos Missionários, escreva para [email protected] ou faça contato com a Central de Atendimen-to: Do Rio de Janeiro - (21) 2107-1818 / Outras capitais e regiões metropolitanas - 4007-1075 / Demais localidades - 0800-707-1818.

dades que o catolicismo tem imposto em sua casa e tem se mantido fiel e firme no propósito de seguir a Cristo, sendo a única evangélica de

do estado do Rio Grande do Sul foram apresentados aos promotores como desafios missionários.

No fim do acampamento foram realizados batismos de alunos da Cristolândia, um momento de muita emoção e reconhecimento pelo que Deus tem realizado. O pastor

sua casa. “Tão pequena, mas já compreende a vontade de Deus para sua vida», afirmam os missionários.

Uma adolescente também compreendeu o Plano de Sal-vação e recebeu Jesus em seu coração. Segundo Wander-son e Monalisa, ela se mostra muito contente e empolgada com a nova vida, pela deci-são de seguir a Cristo.

“Também tivemos a alegria de ajudar famílias carentes com a distribuição de cestas básicas. Como é bom ver a felicidade nos olhos de quem recebe uma bênção”, relatam os obreiros.

Dentro do objetivo de ser um projeto de relevância espiritual e social na cidade,

Humberto e Soraia Machado, coordenadores da Cristolân-dia SP, prestaram uma ho-menagem aos missionários da unidade pelo esforço e dedicação nesta obra. Os missionários também home-nagearam o pastor Humberto pelos cinco anos de atuação no Projeto.

os missionários planejam fazer mais pela população. “Estamos com o desejo de iniciar aulas de reforço es-colar na cidade e, com isso, proclamarmos a Palavra de Cristo para as crianças e suas famílias. Temos visto a ca-rência, tanto espiritual como financeira, das famílias que aqui residem, e queremos mostrar o amor do nosso Senhor a elas. Acreditamos que Deus tem muito mais a fazer”, acrescentam.

Wanderson e Monalisa agradecem a cada parceiro deste Projeto e pedem ora-ções para que mais pessoas sejam libertas da idolatria, em prol da expansão missio-nária no Piauí.

Saiba como foi o acampamento de promotores do estado de São Paulo

Caravana promove ação social em Prata - MG

Direto do CampoMissionários compartilham vitórias e

desafios do projeto no interior do Piauí

Momentos de comunhão e louvor marcaram o evento Participaram 300 promotores do acampamento Alunos da Cristolândia foram batizados

Adultos, adolescentes e crianças têm sido alcançados pelo Evangelho

Vários serviços gratuitos foram oferecidos

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8 o jornal batista – domingo, 07/09/14 notícias do brasil batista

É tempo de multiplicarRedação de Missões Nacionais

Para a Junta de Missões Nacionais, multiplicar não é uma fórmula matemática, mas sim uma visão, um estilo de vida que uma igreja

comprometida com a Grande Comissão deve seguir. Por isso, nossa campanha de mobilização começa desafiando cada cristão a se envolver com este conceito baseado nas ações da Igreja Primitiva. Multiplique é o nosso desafio para 2014, mas certamente este conceito precisará refletir nos projetos realizados nos próxi-mos anos para que o Evangelho avance no Brasil.

Nosso objetivo é disseminar a visão de multiplicação, de modo que os princípios por ela defendidos se tornem uma prática constante nas igrejas. E estes princípios consistem na oração, evangelização discipuladora, plantação de igrejas, formação de líderes, com-paixão e graça. Andar conforme estas diretrizes, baseadas no exemplo de Cristo, permitirá que as igrejas agradem a Deus e abençoem vidas por meio de ações relevantes. Essa atitude da igreja também resultará no avanço do Evange-lho em nossa Pátria.

Um povo comprometido com oração será direcionado pelo Senhor e, assim, saberá como alcançar vidas, mesmo aquelas que estão nos lugares mais di-fíceis e considerados esquecidos. Para multiplicar também é preciso relacionar, agregar, interceder, zelar pelas pessoas, ensinar o Evangelho com fé. Igrejas saudáveis estão centradas em Deus e revelam o poder transformador de Cristo durante o convívio com seus discípulos. Para multiplicar não basta proporcionar a divulgação do amor de Deus, mas também vivê-lo.

Acreditamos que os princípios de Igre-ja Multiplicadora podem mudar a histó-ria da igreja. Queremos ver cristãos mais comprometidos com esta meta que visa fazer a diferença na vida de pessoas que precisam conhecer a verdadeira esperan-ça, Cristo. Precisamos de braços fortes que se unam a nós. Seja você também um exemplo de cristão multiplicador, que intercede e trabalha para que vidas sejam impactadas pela mensagem liber-tadora do Evangelho.

Multiplique esta visão. Envolva-se com a campanha e invista em missões. Envie as fotos da mobilização de sua Igreja para o e-mail [email protected]. Nosso desejo é ver cada cristão impactado e disposto a fazer a diferença em nossa nação.

Tenha acesso a todo o material da Campanha de Missões Nacionais, também disponível para download em www.campanhamultiplique.com

Tema da Campanha 2014MULTIPLIQUE – Fazendo discípulos e plantando

igrejas.

Divisa da Campanha 2014 “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não

cessavam de ensinar de anunciar Jesus, o Cristo” (Atos 5. 42).

Entenda o tema da CampanhaA Grande Comissão de Jesus a sua Igreja é muito clara:

fazei discípulos (Mateus 28.19,20). Os crentes da Igreja Primitiva entenderam tão claramente esta ordem que não se distraíram dela por coisa alguma. Viviam em função de se multiplicar, fazendo novos discípulos, e com isso a igreja crescia e se fortalecia à medida que o Evangelho chegava a todos os lugares do mundo.

Mas se a ênfase da Grande Comissão é fazer discípulos, por que plantar igrejas?

A resposta é bastante simples: porque é preciso agregá-los à Igreja, que é a comunidade dos discípulos instituída pelo próprio Jesus, que disse: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).

Deste texto depreendemos que:1) Jesus é quem instituiu e edifica a igreja enquanto

comunidade de discípulos;2) a obra de edificação ainda continua tanto por

meio do agregar mais discípulos a ela, quanto pelo aperfeiçoamento destes discípulos;

3) a Igreja é de Jesus e portanto legítima agência e expressão de seu Reino.

A medida que os primeiros cristãos dedicaram-se in-tensamente à tarefa de fazer discípulos, a consequência natural (mas também intencional) foi o agrupamento destes crentes, formando igrejas locais. Por isso, antes de plantar igrejas é preciso fazer discípulos, ensinando e anunciando Jesus, o Cristo.

Portanto, como divisa da campanha deste ano nos inspiramos na Igreja de Atos, que era incansável no evangelismo discipulador, no ensino da Palavra e na propagação do Evangelho de Cristo.

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9o jornal batista – domingo, 07/09/14

Entenda os ícones da CampanhaOs ícones da Campanha Nacional de Mobilização Multiplique

foram criados como uma estratégia de evangelização. Saiba o sig-nificado de cada um e como utilizá-los ao abordar as pessoas que precisam entender o Plano de Salvação.

SOU PECADOR – “Pois todos pecaram e estão destitu-ídos da glória de Deus” (Romanos 3.23).

DEUS ME AMA – “Porque Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

JESUS MORREU POR NOSSOS PECADOS – “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5.8).

E AGORA? QUAL SERÁ A SUA RESPOSTA AO PLANO DE DEUS? – “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo e tome a sua cruz e siga-me” (Marcos 8.34).

notícias do brasil batista

É tempo de multiplicar

Tenha acesso a todo o material da Campanha de Missões Nacionais, também disponível para download em www.campanhamultiplique.com

É tempo de Multiplicar nossos esforços!

A Campanha Multiplique não poderia chegar em melhor hora. Temos muitos desafios missionários por todo o Brasil e precisávamos de uma campanha que prestasse contas do que temos feito, mas que ao mesmo tempo conseguisse mostrar também estes nossos desafios.

Objetivos e metas para 2014/2015Estes são os 20 motivos para sua igreja levantar a maior oferta mis-

sionária de todos os tempos.

1. Adquirir casa missionária de apoio em Manaus.2. Alcançar tribos ainda não evangelizadas.3. Ampliar a estrutura operacional do Projeto Amazônia.4. Ampliar o trabalho com grupos étnicos.5. Aumentar o número de comunidades ribeirinhas alcançadas na

Amazônia.6. Capacitar e treinar líderes na visão de Igreja Multiplicadora.7. Dobrar o número de plantadores de igrejas nas comunidades

ribeirinhas.8. Enviar mais missionários para o sul do Brasil.9. Enviar mais missionários para os Projetos Indígenas.10. Implantar programa de prevenção ao uso de drogas.11. Implantar Projeto de Evangelização de Universitários.12. Iniciar a plantação de novas igrejas em polos de desenvolvimento.13. Iniciar milhares de pequenos grupos multiplicadores em todo o

Brasil.14. Investir na capacitação e formação de novos missionários.15. Manter o foco na evangelização de crianças.16. Nomear mais missionários para a zona rural do semiárido nordes-

tino.17. Nomear mais missionários para o trabalho com presidiários e

menores infratores.18. Realizar Trans em janeiro no Rio Grande do Sul.19. Realizar Trans entre os ribeirinhos da Amazônia.20. Retirar e libertar mais pessoas das cracolândias.

Para que esses objetivos sejam alcançados dependemos da orientação de Deus, das orações e participação efetiva de todos os irmãos para que o Evangelho chegue a cada pessoa em solo brasileiro.

Page 10: Jornal Batista nº036-2014

10 o jornal batista – domingo, 07/09/14 notícias do brasil batista

Umaracy Costa,diácono da Segunda Igreja Batista em Areias - PE

A Segunda Igreja Ba-tista em Areias – PE, através do Minis-tério de Integração

e Ação Social, realizou nos dias 15,16 e 17 de agosto o primeiro Retiro Espiritu-al para Surdos. Mais de 30 jovens totalmente surdos participaram do encontro. Muitos deles com problemas familiares e que encontram na igreja apoio, amor e o ca-rinho que necessitam. Nosso convidado especial para este

O trabalho Batista em Baixo Guan-du - ES se iniciou no ano de 1943,

com um ponto de prega-ção. E no dia 22 de agosto de 1948 nascia a Primeira Igreja Batista em Baixo Guan-du - ES, sendo organizada pela Primeira Igreja Batista de Aimorés - MG, com 66 membros fundadores, que marcaram a história da Igreja com sua dedicação e amor pela Obra.

Estiveram representadas na organização da PIB em Baixo Guandu as seguintes igrejas, organizações e re-

evento foi o pastor Nilton Damasceno, vindo direta-mente de Salvador – BA.

Para nós, como Ministé-rio e Igreja, foi um desafio, enfrentamos muitas dificul-dades. O inimigo tentou de todas as formas atrapalhar, mas quando temos Deus no coração, ele nos proporciona forças para realizar sua Obra aqui na terra, onde nada e ninguém impedirá.

Foram três dias de muito aprendizado para cada surdo ali presente onde, através da Palavra de Deus, apren-deram sobre relacionamen-to familiar, independência

presentantes: PIB de Vitória – ES (pastor Walter Kas-chel); PIB de Colatina – ES (pastor Acel Ribeiro Soares); PIB em Itaoca – ES ( pastor Anadir Rodrigues de Sou-za); PIB em Boa Esperança – MG; PIB em Resplendor – MG (pastor Paulo Mai-nhard); PIB em Itueta – MG (diácono Eusébio Joaquim Cerqueira); PIB em Aimo-rés – MG (pastor Antônio Ambrósio de Oliveira); Con-venção Batista do Estado Espírito Santo (pastor Walter Kaschel) e Associação Batis-ta do Leste Mineiro (pastor Paulo Mainhard).

pessoal, confissão e perdão. Eles puderam sentir o desejo de perdoar e saber que eles não são apenas um a mais aqui na terra, eles são filhos de Deus Pai e amados por todos nós. Foram momentos maravilhosos, onde também como ouvintes que somos, aprendemos a conviver com um mundo onde mesmo não podendo sentir o prazer de ouvir, nós podemos também transmitir este amor que tan-to Deus nos dar e podemos assim amá-los também assim como Deus nos ama.

Aproveitamos cada momen-to daquele Retiro e, para com-

Ao longo dos seus 66 anos, a Primeira Igreja Ba-tista em Baixo Guandu teve a frente do seu rebanho 12 pastores que contribu-íram e contribuem para o avanço do Evangelho e o crescimento do Reino de Deus no local, sendo eles: pastor Antônio Ambrósio de Oliveira (interino no período de 22/08/1948 a 06/03/1949); pastor Mano-el Leal (de 06/03/1949 a 02/12/1951; 01/06/1957 a 10/04/1958); pastor Walvi-que Soares Henriques (de 06/01/1952 a 04/05/1957); pastor Gabriel Walter da

pletar, realizamos uma sessão de cinema para todos os par-ticipantes e voluntários, onde pudemos aprender através do roteiro do filme como pode-mos superar nossas dificulda-des. O filme que passamos foi “Black”, que conta a história de uma garota que nasceu surda e cega e sua força de vontade, apoiada a determina-ção de um professor, fez com que seus sonhos pudessem se concretizar independente de tempo, pois foram 40 anos de persistência para, finalmente, sendo ela surda e cega, rece-ber um diploma de um curso superior.

S i lva (de 27/04/1958 a 02/01/1960); pastor Leopol-do Barros (de 07/02/1960 a 09/09/1967); pastor El-ton R ibe i ro Agu ia r (de 01/11/1967 a 01/03/1971; 19/02/1972 a 10/04/1980); pastor João Inácio Caitano (31/08/1980 a 08/01/1984); pastor Ameliano de Malta Júnior (de 15/12/1984 a 30/06/1988); pastor Nilson Liberato (de 08/11/1990 a 14/03/1999); pastor Samuel Mirandola (de 19/06/1999 a 10/03/2002); pastor Il-ton Pereira ( interino no período de 10/03/2002 a 29/09/2002). E, atualmente,

Esse foi o auge de nosso evento juntamente com a palestra de perdão realizada em seguida pelo nosso pas-tor oficial Paulo Cavalcanti. Foram muitas lágrimas nos olhos, choros estridentes, liberação de perdão de to-das as partes, momentos emocionantes que ficarão no coração de cada partici-pante e, principalmente, em nossos corações. Conforme Paulo em sua carta no livro de II Timóteo “Combati o bom combate...” e por isso tenho certeza que Deus quer muito mais de cada um de nós.

o pastor Juliano Bahien-se de Oliveira encontra--se pastoreando a Primeira Igreja Batista desde 02 de novembro de 2002.

A Primeira Igreja Batista em Baixo Guandu hoje conta em seu rol com 425 membros. E com a bênção de Deus pretendemos a cada ano au-mentar não apenas o número de membros, mas de pessoas salvas, regeneradas e com-prometidas com Deus e a sua Palavra. A Deus toda honra e toda glória!

“Até aqui nos ajudou o

Senhor” (I Sm 7.12b).

PIB em Baixo Guandu - ES celebra 66 anos de história e vitórias

Mais de 30 jovens participaram do Retiro Espiritual para Surdos realizado pela SIB em Areias – PE

Page 11: Jornal Batista nº036-2014

11o jornal batista – domingo, 07/09/14missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

A epidemia de ebola na África Ocidental felizmente não che-gou até os campos

onde Missões Mundiais man-tém missionários. A agência missionária da Convenção Batista Brasileira para o exte-rior tem acompanhado a situ-ação através de seus obreiros naquele continente, de auto-ridades de saúde locais e de representações diplomáticas brasileiras.

A JMM reitera sua posi-ção de monitoramento da situação e declara não ser necessária, até o momento, a adoção do plano de retirada de seus missionários do con-tinente. Esse plano já foi ela-borado e será colocado em prática, caso seja necessário.

O foco da epidemia se concentra na Libéria e Serra Leoa. Nesses países a JMM apoia o trabalho de obreiros da terra pelos quais também zela. Há registro da epide-mia em Guiné. No entanto, nossa missionária neste país afirma que não há por que se impressionar com os noti-ciários. Ela garante que está bem, assim como os jovens

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

Há quatro anos na Argentina, o PEPE levou mudança de vida há muitas

crianças e suas respectivas famílias. Para Graciela Alen-castro de Zabel, uma das mis-sionárias educadoras da uni-dade de Leandro Alén, graças ao PEPE hoje sua Igreja tem uma comunidade transforma-da pelo Evangelho.

do Radical África que con-cluem o projeto este mês, retornando ao Brasil.

“Neste momento o que mais precisamos é de ora-ções. Aproveito para pedir aos nossos familiares que não se deixem impressionar pelos noticiários. Nós estamos numa cidade bem distante da fronteira com a Libéria e Serra Leoa, onde a epidemia se concentra”, comenta a mis-sionária que não pode ter seu nome divulgado por questões de segurança. Ela atua em uma aldeia muçulmana.

Foi em 2010, com a visita da missionária Lidia Kla-va, coordenadora do PEPE na América Latina, que a Igreja conheceu a proposta do PEPE e passou a investir nele.

“Começamos a nos capa-citar. Todos os professores da Igreja participaram do treinamento oferecido pela missionária Lidia. Foi naque-le momento que o Senhor tocou nossos corações e nos-sas mãos”, conta Graciela,

A missionária segue os cuida-dos de higiene conforme orien-tação do Ministério da Saúde local e se mantém atualizada sobre o avanço da epidemia.

“Na aldeia onde estamos tudo continua normal. A úni-ca diferença é que as pessoas que ingressam nos setores públicos têm as mãos higie-nizadas com água sanitária”, garante ela que segue fazen-do planejamentos, aconse-lhamentos e coordenando o trabalho dos Radicais.

O único trabalho missio-nário prejudicado até o mo-

membro da Igreja Zion de Leandro Alén.

Os professores oraram e se apresentaram à missão. Eles aprenderam que o PEPE tem como objetivo resgatar crianças em situação de risco e vulnerabilidade, carentes de tudo, especialmente do amor de Deus.

Segundo a missionária edu-cadora, a comunidade foi transformada pelo amor de-monstrado através de ações. Ela conta que as crianças não

mento em Guiné por conta do ebola foi um de saúde, que era desenvolvido em aldeias na fronteira com Serra Leoa. Nossa missionária con-ta que o médico responsável por ele decidiu interromper as atividades como medida preventiva. As unidades do PEPE (programa socioeduca-tivo) estão fechadas, mas por conta do período de férias.

A epidemiaA Organização Mundial

de Saúde (OMS) contabili-zou, até 20 de agosto, 1.427

perdem uma aula. Além de atender aos pequeninos, os educadores também visitam as famílias dessas crianças e fazem reuniões para aulas de alfabetização, artesanato e discipulado. Muitas famílias já entregaram suas vidas ao Senhor.

“Aos domingos, as crianças e suas famílias vão à igre-ja onde se sentem parte e louvam a Deus. Ao Senhor sejam dadas toda a honra e glória”, diz Graciela.

mortos em 2.615 casos iden-tificados em quatro países da África Ocidental.

A Libéria é o país mais afe-tado, com 624 mortos em 1.082 casos, seguindo-se a Guiné, onde foram registados casos a cerca de 150 quilô-metros da fronteira com a Costa do Marfim, com 407 vítimas fatais. Serra Leoa (392 mortes) e Nigéria (cinco mor-tes) são os outros países afe-tados pela epidemia.

O principal responsável médico da cidade de Kene-ma, no leste de Serra Leoa, epicentro da epidemia de ebola, afirmou que o vírus se espalhou com mais in-tensidade na região desde que uma curandeira local se prontificou a tratar a febre hemorrágica, atraindo assim os doentes da vizinha Guiné.

Descoberto em 1976 a partir de diagnósticos simultâneos na República Democrática do Congo e no Sudão, na África, o vírus ebola provoca a doença conhecida como febre hemor-rágica ebola, que pode afetar seres humanos e primatas. O surto de ebola pode chegar a provocar a morte de 90% das pessoas infectadas. Atualmen-te, não existe vacina e nem cura para a doença.

Levando esperança ao coração da criança

O PEPE é o programa socioe-ducativo promovido pela JMM em 23 países para levar educa-ção de qualidade a crianças de 4 a 6 anos de idade, morado-ras de áreas carentes. A rede do PEPE está comprometida com a defesa de direitos das crianças em todos os seus cam-pos de atuação. A proteção a crianças contra qualquer tipo de violência e exploração é um valor do PEPE.

Missionários da JMM estão longe de regiões afetadas pelo ebola

Trabalho do Radical África em Guiné antes da epidemia

PEPE completa quatro anos na Argentina

Page 12: Jornal Batista nº036-2014

12 o jornal batista – domingo, 07/09/14 notícias do brasil batista

Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel de Italva - RJ

Nos dias 8, 9 e 10 de agosto a Igreja Batista Betel de Italva – RJ com-

pletou mais um aniversário. Foram dias especiais, nos quais agradecemos a Deus por 25 anos de organização e trabalho como Igreja.

No dia 8 de agosto, rece-bemos a Igreja Batista de Surubi, que é a mãe da nossa Igreja e tem como titular o pastor Pedro José da Costa. O orador da noite foi o pastor Jocys Godói, que pertencia a Igreja Batista de Surubi na ocasião da organização da nossa Igreja.

No dia 9 de agosto, rece-bemos a Igreja Batista em Posse - Araruama - RJ. Veio um ônibus dessa amada igre-ja e também o seu pastor Sebastião Pereira Vilanova, que foi o orador da noite. No domingo pela manhã, os irmãos de Araruama ain-da estavam conosco. Jun-tos, louvamos e adoramos a Deus e ouvimos mais um sermão inspirador com o pastor Sebastião.

Comunicação da CBP

A história dos Batistas no Paraná come-ça com a primeira pregação do Evan-

gelho feita por Samuel Pires de Melo, no dia 07/09/1902, uma história que iniciou sua escrita há mais de cem anos. Na entrevista abaixo, com o pastor Izaias Querino, você poderá conhecer mais sobre a Convenção Batista Parana-ense (CBP) e o pastor.

Como surgiu a Convenção das Igrejas Batistas?

A Convenção das Igrejas Batistas surgiu da visão e da necessidade de estarem juntos como povo de Deus. No dia 10 de julho de 1919, quatro igrejas do Paraná e três de Santa Catarina se reuniram para organizar a Convenção Batista Paraná / Santa Catarina.

Para que serve e como fun-ciona a Convenção?

A Convenção serve para unir as igrejas no esforço cooperativo com o propósito de realizar mais do que uma igreja possa fazer sozinha. Serve também para nortear

No domingo à noite, dia 10, recebemos o Grupo Acaz, formado por irmãos de igrejas da nossa região. Foi um culto muito inspirativo, no qual Deus falou através daqueles irmãos. O orador da noite foi o pastor Josimaldo, de Natividade – RJ, que foi usado por Deus para trazer uma mensagem no livro de

as igrejas na fidelidade aos princípios doutrinários e vi-são de trabalho conjunto. Ela funciona com uma estrutura ágil no que diz respeito aos seus serviços e, administrati-vamente, ela é regida por sua Assembleia, poder soberano nas suas decisões.

O que a CBP realiza hoje em projetos missionários, atividades para homens, mu-lheres, juventude, crianças, ação social, educação cristã e teológica atende as ne-cessidades das igrejas para ajudar no crescimento e ca-pacitação?

A preocupação da Con-venção é servir as igrejas oferecendo-lhes ajuda para seu desenvolvimento e sua relevância como tal. Por isso temos projetos para ofe-recer suporte às igrejas. É bem verdade que ainda não conseguimos atender toda demanda das igrejas, mas buscamos melhorar nossos serviços cada dia.

Quais os sonhos e metas da Convenção para os próximos anos?

Em 2019 a CBP, que é re-sultado de cooperação es-

Daniel, que muito nos edi-ficou.

Louvamos a Deus por esses dias de comemorações, por mais um ano de organização da nossa Igreja, e que possa-mos trabalhar cada dia mais para resgatar vidas da mão do inimigo, trazendo para os braços do Pai. Que Deus nos abençoe.

pontânea e voluntária das igrejas, completa 100 anos e estamos sonhando com um crescimento mais acelerado dos batistas no Paraná, com o envolvimento e compro-metimento de cada crente na obra missionária, com a participação de mais igrejas no trabalho cooperativo, com o fortalecimento dos vínculos que nos unem, tanto doutrinário como na missão e na visão. Posso dizer que chegar a 50 mil batistas em 2019, será uma vitória.

O Pastor deixou o esta-do do Espírito Santo e veio pastorear no Paraná e desde 1994 está como diretor geral da CBP. Conte-nos um pouco sobre essa trajetória.

Eu nasci no estado do Espí-rito Santo, fui para o estado do Rio de Janeiro com 15 anos de idade. Comecei a estudar no Seminário do Sul aos 21 anos e de lá saí em 1976, vindo pastorear a PIB de Apucarana, onde fiquei até o final de 1982. Passei dois anos em Paranaguá e retornei para o Rio de Janeiro onde fui pastorear a I.B.Cen-tral de Teresópolis durante sete anos. Retornei ao Paraná

em 1992 para pastorear a PIB de Paranaguá, e desde agosto de 1994 estou como diretor geral da Convenção Batista.

Quais os desafios encon-trados ao entrar na Conven-ção há 20 anos?

Era um momento difícil na história da Convenção, dívidas deixadas pelo extinto Colégio Batista de Curitiba, várias pendências judiciais e descrédito por parte das igre-jas na instituição. Vim com muito tremor e temor, pois o desafio era muito maior que minha capacidade adminis-trativa, mas Deus orientou tudo e saímos da crise.

Quais foram os momentos mais marcantes dessa traje-tória?

Quando pagamos as últi-mas dívidas; quando perce-bia centenas de pastores e evangelistas sendo treinados em congressos inspirativos; quando ouvia os testemu-nhos dos obreiros sobre o novo tempo da Convenção, dando palavras de crédito e elogios ao trabalho; quando recebemos os batistas do Brasil na Assembleia da CBB em Foz; quando iniciamos

missões entre os encarcera-dos e com crianças. Esses são alguns destes momentos que marcam essa trajetória.

Quando o desânimo alcan-çava seu coração, o que fazia para permanecer na visão?

Duas coisas: Primeiro, lem-brava que a obra é de Deus e não minha. Segundo: De que ele estava lá e está comigo.

O que você ainda sonha para o futuro da CBP?

Servir até a hora que meu Deus disser para sair. Falo isso racionalmente, porque ele sempre foi muito claro comigo.

Igreja Batista Betel de Italva - RJ completa 25 anos

Convenção Batista Paranaense completa 95 anos de história e homenageia o pastor Izaias

Querino pelos 20 anos como diretor geral

Da direita para a esquerda - pastor Antônio Amaral (Igreja Batista de Penedo - RJ), Ilva (esposa do pastor Manoel Messias), pastor Manoel Messias, pastor Sebastião Vilanova (Igreja Batista da Posse - Araruama - RJ) e sua esposa

Da direita para a esquerda - pastor Manoel Messias, sua esposa Ilva, pastor Josimaldo, sua esposa e sua filha

Igreja Batista Betel de Italva - RJ

Pastor Izaias Querino

Page 13: Jornal Batista nº036-2014

OBITUÁRIO

Histórico do pastor José Benício da Silva

13o jornal batista – domingo, 07/09/14notícias do brasil batista

Adevaldo Alves Nunes, pastor da Igreja Batista Central em Lagoinha – RJ

José Benício da Silva nas-ceu em 22/02/1944. Filho único do casal Joaquim Benício e Quitéria Fran-

cisca da Conceição. Foi bati-zado em 1967 em São Paulo. Em 11 de abril 1970 casou-se com Geni Santana da Silva e no ano seguinte mudou-se para o Rio de Janeiro. Foi membro da Primeira Igreja Batista em Realengo - RJ em 1972. Transferiu-se para a Primeira Igreja Batista em Magalhães Bastos, onde foi consagrado ao Ministério Diaconal em 12/12/1975. Ocupou os cargos de profes-sor da EBD, conselheiro dos ER e vice-presidente da Igreja, assumindo a liderança da mesma em função da morte do pastor Paulo Machado, até a posse do novo pastor. Iniciou o curso de Teologia no Seminário Betel, concluin-do posteriormente no IBETE. Trabalhou como seminarista na Congregação Batista em Jardim Paraíso – Queimados - RJ, onde organizou a mesma

em Igreja, sendo convidado pela Igreja Batista Primeiro de Janeiro. Atuou como semina-rista durante um ano, sendo consagrado ao Ministério no dia 25 de abril de 1980. Exer-ceu duplo ministério durante quatro anos, pastoreando tam-bém a Primeira Igreja Batista Bandeirante.

Por motivo de enfermidade deixou a Igreja Batista Primei-ro de Janeiro em março de 1995, passando o cargo ao novo pastor Adevaldo Alves Nunes, sendo eleito pastor emérito. Foi pastor auxiliar da Igreja Batista no conjunto São Fernando de 1996 a 1998 e, em 1999, retornou a Igreja Batista Primeiro de Janeiro, onde congregou com sua es-posa, filha, genro e neta até o fim da sua vida.

Seus filhos são: Eld Benício da Silva, Quezia da Silva Ig-nácio e Ione Benício da Silva. Genros: Paulo Sergio Ignácio dos Santos e Wellington Pa-trício da Silva. Nora: Vanessa Morani. Netas (os): Camila, Kelly, Karen, Yasmin e Gui-lherme.

Muitas foram as marcas dei-xadas pela vida e ministério

do querido amigo pastor José Benício da Silva. Momentos felizes, momentos difíceis, mas em todos “O Senhor es-teve à frente”.

O seu texto predileto está registrado em Isaías 1.18-20, onde se destaca “se estiver-mos prontos a ouvir, come-

reis o melhor desta terra”. O pastor Benício com certeza comeu o melhor desta terra. Hoje quando chega ao final aqui, podemos fazer coro com ele: “Quando Cristo sua trombe-ta lá no céu mandar tocar, quando o dia mui glorioso lá

romper, e os remidos desta terra meu Jesus se incorporar, e fizer-se então chamada, lá estarei. Quando se fizer cha-mada lá estarei”.

Pastor José Benício já re-cebeu a chamada do Se-nhor.

Page 14: Jornal Batista nº036-2014

14 o jornal batista – domingo, 07/09/14

Aunir Carneiro e José Carlos, Igreja Batista Memorial de Macaé

No dia 16 de agos-to, a Igreja Batis-ta Memorial de Macaé, liderada

pelo Pastor Aunir Carneiro há 17 anos, enviou através do Ministério de Missões Evangelismo e o Ministério Jovem, 14 voluntários para a Missão Batista Cristolândia – RJ (Central do Brasil), para explanar a Palavra de Deus.

O louvor e a exposição da Palavra tocaram profunda-mente o coração dos neces-sitados. Foi oferecido a eles um atendimento na área so-cial, como: corte de cabelo, banhos aos moradores de rua etc. Feito com amor e regado com muita oração, para a

honra e glória do Senhor, neste dia converteram-se 15 pessoas, acolhendo ao con-vite da Palavra de Salvação.

Nesta viagem missionária, estiveram presentes aben-çoando esse trabalho, os seguintes voluntários: Ana

Lídia, Anne Karolline, Catha-rina Coelho, David Medeiros, Gabrielle Luparele, Itala Ca-vour, José Carlos, Leonardo Florêncio, Marianna Rangel, Patrícia Moura, Priscila Jus-ten, Renan Paganotti, Rodri-go Cavour, Thalys Neves.

Gabriel Lauter, coordenador de extensão

Em julho deste ano a Faculdade Batista Pioneira concluiu mais uma edição do

Projeto Wake Up. Com uma proposta diferenciada, o Wake Up destina-se a jo-vens que já concluíram o ensino médio e que desejam dedicar seis meses de suas vidas para aprender mais da Palavra e servir ao Se-nhor mais intensamente. O Projeto tem como objetivo despertar os jovens para um maior compromisso com o Reino e auxiliá-los para que façam escolhas para o futuro que estejam de acordo com a vontade de Deus.

A rotina dos participantes inclui momentos de devocio-nal, oração, aulas de teologia, cuidado com a saúde, serviço e oficinas de capacitação nas áreas de evangelismo e missões. Durante o período do Projeto são realizadas diversas viagens missionárias e, no final do semestre, é feita uma viagem transcultural. Na edição de 2013 os alunos foram para o Chile. Nesse ano, os alunos visitaram as cidades de Itauguá e Luque no Paraguai, onde puderam cooperar com o trabalho dos missionários da Junta de Mis-sões Mundiais e dos Radicais Latino Americanos.

A turma de 2014 contou com 14 alunos e teve parti-cipantes dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Des-ses, 10 decidiram continuar os estudos no seminário após

o projeto. Os demais retor-nam para suas igrejas com uma nova visão de Reino, dispostos a participarem mais ativamente no trabalho de suas igrejas locais e a colocar o Senhor em primeiro lugar em suas vidas.

Os alunos que se formaram na turma de 2014 foram: Ab-ner Lara de Souza (Eldorado – SP); Acsa Christina Borges Menezes (Santa Maria – RS); Ana Karenina Maia Barbosa (Niterói – RJ); Bruna Hepf-ner (Panambi – RS); Cristian Alexandre Isbrecht (Nova Santa Rosa – PR); Emanuel-le Bulati Conde (Curitiba – PR); Estevan Thober (Por-to Alegre – RS); Jacqueline Stephanini (Ajuricaba – RS); Lucas Augusto Herter (Giruá – RS); Lucas Regeta de Paulo (Curitiba – PR); Paula Stefa-nia Dos Santos (Santa Cruz do Sul – RS); Rodrigo Possa (Três Palmeiras – RS); Stéfani Reimann Patz (Santo Ânge-lo – RS) e Willian Franklin Morell (Nova Santa Rosa – PR). Louvamos ao Senhor pela vida de cada um deles e por tudo que o Senhor fez durante esse tempo em que estiveram juntos.

Já estão abertas as inscri-ções para a turma de 2015. A próxima edição do Projeto será de fevereiro a julho do próximo ano. Para participar, é necessário que o jovem seja convertido e batizado, participe ativamente de sua igreja local, tenha recomen-dação do seu pastor, esteja disposto a submeter-se às normas do projeto e a viver em comunidade, tenha con-vicção de que é da vontade

do Senhor que ele participe do projeto.

Mais informações estão dis-poníveis no endereço http://fb.com/projeto.wakeup ou

pelo e-mail [email protected]. Pedimos que os irmãos de todo o Bra-sil apoiem esse projeto em oração para que possamos

cada vez mais despertar nos-sa juventude batista para nossa missão como Igreja: Fazer discípulos de todas as nações!

Faculdade Batista Pioneira encerra mais uma edição do Projeto Wake Up

Alunos em Itaugua Paraguay

Participantes da Edicao 2014 do Projeto

notícias do brasil batista

#Multiplique

Page 15: Jornal Batista nº036-2014

15o jornal batista – domingo, 07/09/14ponto de vista

Dalton de Souza Lima, pastor da Igreja Batista em Icaraí - RJ

Frequentemente me deparo com textos que en fa t izam os defeitos da Igreja de

Cristo: aquelas fotos com fra-ses de efeito que circulam na internet, artigos de revistas, etc. Até livros foram escritos ressaltando decepções com a Igreja como motivo legíti-mo para execrá-la e levar a vida com frieza espiritual e sem compromisso verdadei-ro com Cristo e sua Igreja. É totalmente relevante lem-brarmos que quando Cristo

Paulo Francis Jr.,vice-presidente da PIB de Presidente Venceslau - SP

A apostasia já é um dos grandes males destes chamados “últimos tempos”.

Há uma espécie de desilusão com a espiritualidade em paradoxo com as riquezas materiais do mundo. Desta maneira, na Europa, os po-vos que vão cada vez menos às igrejas são os franceses e os ingleses. Estes derradei-ros com esta surpreendente constatação: uma das maio-res catedrais do Reino Uni-do, a de Canterburry, tem a presença de apenas 13 fiéis anglicanos na missa matinal aos domingos. Na França, cerca de 10% das pessoas afirmam que vão às igrejas com certa regularidade. Na Escandinávia apenas 3%. Em contrapartida, no continente americano registraram-se mais de 75 milhões de con-versões nos últimos três anos. As informações foram divul-gadas pelo jornal Washing-ton Post, dos Estados Unidos.

Decidir por esta ou aquela religião determina o enca-minhamento para a remição da alma. É notório que nem todas as congregações estão

amou a sua Igreja e entre-gou-se por ela, ele já sabia muito bem como somos e, mesmo assim, decidiu reali-zar sua Obra transformadora em nossas vidas para que a Igreja se torne perfeita e lin-da, tal qual uma virgem noi-va no dia do seu casamento (Ef 5.25-27). Se Cristo assim amou a Igreja, também devo amá-la, e cooperar com sua Obra redentora e aperfei-çoadora na Igreja. Em vez de “caçar” defeitos, devo concentrar-me em ajudar mi-nha igreja a ser o que Cristo planejou.

Não podemos esquecer que a Igreja é formada por

defendendo com pureza a Palavra de Deus. Frise-se que não só o abandono da crença é extremamente prejudicial. Uma má escolha, idem! Os mais exaltados, sem o exímio conhecimento das Escritu-ras Sagradas, argumentam que frequentar a igreja não é suficiente. Não salva! O que conta é a retidão e o caráter das pessoas! Porém, como conseguir isso sem uma boa orientação, sem a prática, sem o ouvir da Pala-vra correta? Como um atleta vence uma competição sem treinar? Sem estudar, como é que se passa de ano? Res-pondendo a essas perguntas com franqueza chegaremos à conclusão de que é impos-sível caminhar sem ouvir as orientações de Cristo.

Dentro desta questão, a teologia da prosperidade ensina que a fé é um negó-cio lucrativo. As palavras de ordem do cristão que segue seus ensinamentos são: “eu ordeno. Eu determino. Eu declaro...”. Sugere-se que o Criador tem que obedecer! Nos estacionamentos dos mega templos destas insti-tuições são vistos, em sua grande maioria, caríssimos automóveis de luxo, do ano. Os testemunhos são somente

nós, seus membros “Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo” (I Co 12.27). Ela é o que eu e você somos. Seus defeitos são os meus e os seus. Portanto, devo ocupar-me em, pela graça de Deus, corrigir os meus próprios defeitos, e depois então ajudar meus irmãos, e não acusá-los (Mt 7.1-5). Devemos estar dispostos a sermos “podados”, limpos pelo Senhor da videira, que assim o faz por meio de sua Palavra. Quem não produz frutos e não quer ser limpo pelo Senhor, na realidade não está ligado a Cristo e

de vitoriosos materialmente. Ricos. Vemos isso pela TV como um espetáculo. Há até os que pedem aos céus belíssimas casas de praia, viagens, fama. Dificilmente alguém quer ser transforma-do no coração. Ser uma nova criatura, ser misericordioso, bondoso, agir com justiça e amar ao próximo. Poucos solicitam obediência a Pala-vra de Deus. Possuir valores materiais não é pecado. Deus abençoa o crente fiel e, por sua permissão, o infiel. Con-cede até que o ateu viva. E bem. O erro é colocar o coração nestas coisas.

Embora muitos possam dis-cordar com veemência deste posicionamento, é nítido que pelos motivos expostos até aqui e por certa dose de hipocrisia, muitas pessoas têm abandonado ou inventa-do mil e uma desculpas para não ir aos templos e às igrejas para ouvir as orientações de Jesus. O primeiro item desta constatação: a sociedade mo-derna é comodista e está fas-cinada pela efêmera felicida-de destes tempos. Felicidade sem santidade é uma mentira que o mundo inventou. As-sim, se há os que matam por motivo fútil, banal, também existem os que não querem

não pertence à Igreja. É en-tão retirado por Deus para que não atrapalhe os demais (Jo 15.1-6). Jesus chamou de hipócritas a estes que querem aparentar serem de Deus e não o são. Não se ar-rependem de seus pecados, mas ocupam-se em desco-brir e acusar os dos outros. Entretanto, seus maus frutos revelam sua condição (Mt 7.15-20). Portanto, com os hipócritas não preciso des-perdiçar tempo. Devo sim, concentrar-me em cooperar com a Obra que o Espírito Santo de Deus deseja reali-zar em mim e em sua Igreja. Devo confiar que Cristo al-

tomar conhecimento das Es-crituras Sagradas pelo mesmo “problema”.

Quantas vezes ouvimos ou proferimos frases assim: “Hoje não dá, mas, no pró-ximo domingo eu vou à igre-ja”. Ou “na semana que vem eu vou ao culto”. Um triste blefe. Outras vezes somos seduzidos pela televisão ou pelo computador; um filme, o “Fantástico”, um jogo de futebol qualquer ou a deci-são do campeonato, a turma do “Pânico”, o bate-papo pelo “face” e, finalmente, a preguiça. Na relação de desvarios ainda temos: “Che-gou uns parentes de fora em casa. Não dá para ir hoje à igreja!”. Será? Que tal falar de Deus para essa gente toda, também? Outro dia ouvi o depoimento de uma jovem em um português bem pecu-liar: “Não vou à igreja hoje porque minha mãe vai me ligar pra mim lá de Porto Alegre”. O objetivo aqui não é fazer juízo de ninguém. A meta é uma autoavaliação. Na essência, nestas ocasiões, mentimos para nós mesmos. Um descaramento de nossa parte.

Para justificar ausências, nossa humanidade cria des-culpas esfarrapadas, sejamos

cançará bom êxito em sua Obra, pois ela é fruto de seu eficaz sacrifício na cruz, e a sua Igreja está firmada em base sólida. Sua promessa é que ela será vitoriosa (Mt 16.16-18).

Pessoas que acusam seus irmãos e suas igrejas “ca-çando” seus defeitos têm atitudes bem diferentes das de Cristo: falta-lhes amor e fé. Mais uma coisa impor-tante para lembrar: a Bíblia afirma que satanás, esse sim, é o acusador. Vigiemos para não cairmos na tentação de servirmos ao seu propósito, mas amemos a Igreja como o Senhor Jesus amou.

honestos – e cristãos. “Estou muito cansado!”; “Os bancos da igreja são duros demais”; “Não vou porque a pregação é demorada”. E as festas, não são? Ninguém diz não a um churrasco. Existem pessoas que não vão porque traba-lham no domingo. E há tam-bém as que não comparecem porque têm que trabalhar na segunda-feira (risos). No bojo desta situação está a falta de interesse e objeções vãs. Não poderia deixar de relacionar aqui uma das mais tradicio-nais desculpas: “Não vou à igreja porque está frio!”. As condições do tempo são outras evasivas. Basta uma trovoada no início da tarde e pronto: é estorvo para a presença aos templos à noite. Se o arrebatamento ocorrer em dias de chuva e atingir so-mente os que se encontrarem orando pelas igrejas, quase ninguém será levado para o céu. Já pensou nisso?

Existem valores que não podemos descartar de nossas vidas. O Criador, a família e a igreja compõem as coisas mais importantes pelas quais devemos prezar. É vaidade pensar que sozinhos contro-lamos nosso caminhar. Não podemos continuar sendo tolos, é hora de decisão.

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