jornal batista - 04-14

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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 04 Domingo, 26.01.2014 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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Na edição 4 de O Jornal Batista você vai encontrar: A família é o foco este ano no Brasil batista e os colunistas prepararam reflexões para você encarar a vida familiar de uma outra forma (págs. 2, 3, 4) Arte e Cultura é a mais nova coluna. Conheça esta criação de Deus e apoie este ministério (pág. 06) Missionários levam o amor de Cristo à região de extrema violência na Guatemala (pág. 11) Plano Diretor de Educação Religiosa - O que minha igreja ganha com isso? (pág. 15)

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1o jornal batista – domingo, 26/01/14?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 04 Domingo, 26.01.2014R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

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2 o jornal batista – domingo, 26/01/14 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Opinião

• Prezado editor: Gostaria de chamar a atenção para as notícias sobre as igrejas (efemérides, eventos, etc) enviados pela própria igreja ao Jornal Batista. Os reme-tentes mencionam o nome da igreja, mas não citam a cidade nem o estado onde ficam localizadas. Na edição que acabo de ler (29/12/13) fiquei sem saber onde fica a Igreja Batista da Mata da Praia. Seria RJ? ES? A cidade

seria Vitória? Rio de Janeiro? Lembro que OJB não é escri-to apenas para pastores.

Grato,Carlos A. PurimCuritiba - PR

Resposta de OJB:Prezado leitor Carlos, o

senhor tem plena razão. Con-cordo e ficarei mais atenta a tal situação.

Em Cristo,Arina Paiva.Editora de O Jornal Batista.

“Pela fé Noé, di-vinamente avi-sado das coisas que ainda não

se viam, temeu e, para salva-ção da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé” (Hebreus 11.7).

Ter a fé de Noé é bênção para a família. Noé conse-

guiu ver, através da fé, o que estava por vir. E com fé se preparou e cuidou da sua família. Se há uma regra para o bom convívio em família, esta regra é a fé. É através dela que o bom marido crê e confia em Deus, e assim busca o Pai no cuidado com sua família, e aprende com o próprio Deus a amar sua esposa. Esta, por sua vez,

entende, através do Senhor, o verdadeiro significado da submissão ao seu marido. Os filhos, ao olharem para Cristo, entendem como devem viver de maneira sábia, e aprendem a respeitar seus pais.

Colocar Deus no centro da família é uma questão de fé. É acreditar que Deus pode dar o emprego certo para o sus-tento, é acreditar que Deus

pode restaurar o convívio, é crer que Deus abençoará os sonhos, acreditar que Deus restaurará a saúde, é confiar nas promessas do Senhor.

Em certos momentos basta olhar a vida com os olhos de Deus para ver as circunstân-cias mudando no lar. Tenha fé e buque abençoar a sua família desta maneira.

(AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

EMAILsAnúncios:[email protected]ções:[email protected]:[email protected]

REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 26/01/14reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

A cerimônia de ca-samento continua a exercer fascínio sobre as pessoas, se-

jam elas casadas ou não. As já casadas guardam recordações preciosas que são relembra-das com alegria mediante álbum de fotos, filmes, pre-sentes que ganharam e nunca foram usados, e até mesmo as recordações tristes das dividas que perturbaram o casal no primeiro ano de casados.

Os que ainda não se casa-ram alimentam as fantasias que envolvem o casar em si. O vestido de noiva que retrata a todos o desejo de ser feliz. O entrar no templo tendo to-dos os olhares voltados para os detalhes que antecedem a cerimônia. A noiva, sempre linda. O noivo, que ninguém vê. As madames curiosas, e às vezes fofoqueiras, que não perdem nenhum detalhe. “O penteado não combinou com as flores que a noiva levava ao encontro do amado”. “A ma-quiagem estava carregada, a pele da noiva pedia algo mais suave para o momento”. Cla-ro que a maquiadora não le-vou em conta o calor do verão ou o frio do rigoroso inverno. O decote picante destoava do manequim da noiva.

Os detalhes são muitos. Há uma indústria florescente que arrecada milhões de reais a

cada ano com o encanto do casamento. Lojas especiali-zadas em aluguel de roupas exóticas. É hilário ver pessoas trajando indumentárias que as deixam desengonçadas. Ficam inibidas, pois não sa-bem como proceder com tais vestimentas. É a velha história, embora não seja de casamento, de Davi vestin-do as armas de guerras de Saul. Davi, baixinho, com o escudo do grandalhão Saul. As daminhas parecem bone-quinhas de louça. Alguém dá corda na entrada do templo e lá vão as pobrezinhas a jogar mecanicamente pétalas de flores no tapete vermelho. O terno do noivo não tem descrição. Coitado, não sabe onde colocar as mãos. Grava-ta com nó postiço a apertar--lhe o pescoço. Realizei uma cerimônia em que o nó da gravata estava tão aperta-do, que o noivo desmaiou. Foi algo de rir e chorar. E o vestido da noiva? Após comprar dezenas de “revistas especializadas” que sugerem modelos, os mais variados, a escolha nem sempre condiz com o manequim.

Algumas aproveitam para se apresentar seminuas. Fi-cam desconfortáveis com os sapatos novos a apertar os pés. Quando o joanete não suporta mais a dor, surge uma

guerra sob o vestido. A noiva tentando tirar os sapatos no altar, durante a mensagem. Depois para reencontrá-los e calçá-los novamente é um verdadeiro programa humo-rístico de mau gosto. Já pre-senciei o desespero de uma noiva à procura dos sapatos perdidos sob o vestido engo-mado. A maquiagem é outro ingrediente de filme de terror. A noiva passa o dia no salão de beleza, com direito a tudo, claro tudo pago. Ao sair do salão permanecem o descon-forto e a insegurança. Não pode chorar. Não pode rir. Não pode deixar o suor escor-rer. Algumas ficam totalmente irreconhecíveis. Eis a razão de não se permitir ao noivo ver a noiva antes de chegar ao altar. Alguns desistiriam. Tudo snobe, fora do contexto, sob o peso de elevadas dívidas e muitas frustrações no futuro.

Os fotógrafos e cinegrafistas são capítulos à parte. Pos-suem o poder de banalizar as partes mais importantes da cerimônia. É necessário esta-belecer, antes da cerimônia, regras e limites prévios, caso não se queira ao lembrar--se da cerimônia vir à mente as vestes transparentes da fotógrafa. É preciso para o bem de todos dizer-lhes até onde podem se movimentar e em que momento fotografar.

Outro ingrediente que traz dificuldades é o grupo pago para cantar e tocar. Músicas de novelas, filmes do mo-mento, canções que estão em primeiro lugar no rádio e outras idiossincrasias apare-cem. Caso o celebrante não tome cuidado em exigir dos noivos quais as músicas serão apresentadas, é possível ouvir “baião de dois” na cerimônia de casamento. A recepção fica para outra oportunidade. Bem assim a lista de presen-tes, na loja mais chique da cidade, testemunhas e convi-dados, todos são assuntos que merecem análises.

Com os momentos que nos fazem sorrir ou chorar, o casa-mento traz em si um encanto indecifrável. Não poderia ser diferente. Já que a primeira cerimônia de casamento foi realizada por Deus em um jardim e o primeiro milagre realizado por Jesus ocorreu numa festa de casamento. Deus aprova, Jesus estimula a realização do casamento e o Espirito Santo o santifica. Eis a razão porque o inimigo da família ainda não conseguiu destruir o encanto do casa-mento. Até mesmo pessoas que denigrem e profanam o casamento lutam para que seus “casamentos” sejam re-conhecidos e aceitos pela sociedade. Querem “casar”.

Pesquisa realizada pelo IBGE, Estatísticas do Registro Civil, 2012, detectou dados importantes sobre a taxa de nupcialidade. Em 2002 a taxa de casamento era de 5,6 para cada grupo de mil pessoas. Em 2012 subiu para 6,9. Em-bora o número de divórcio tenha aumentado de 1,2 em 2002 para 2,5 em 2012, as pessoas continuam dese-jando o casamento. Apesar da mudança de política no país com Leis que facilitam, promovem e estimulam o divórcio; o casamento tem suportado todos os ataques. Hoje é possível se divorciar no cartório, sem precisar acionar a Justiça. Ainda assim a festa do casamento, seu en-canto, o anseio por construir uma família feliz, encontrar a pessoa certa para usufruir a vida conjugal, continua desafiando as Leis humanas e aqueles que tudo fazem para denegrir a família.

É tempo de as igrejas e seus pastores investirem mais na preparação dos jovens para o casamento. Maior programa-ção tendo como alvo a famí-lia. Mais mensagens sobre o encanto do casamento. Caso isso ocorresse, a pesquisa apresentaria números mais alvissareiros. Deus ainda não desistiu da família.www.pastorjuliosanches.org

O encanto do casamento

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4 o jornal batista – domingo, 26/01/14

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A igreja em sua casa

reflexão

O último capítulo da Carta aos Ro-manos contém uma lista enorme

de saudações, tanto da parte do Apóstolo Paulo, quanto da de seus colaboradores. Uma das saudações se so-bressai: “Saudai também a igreja que está em sua casa” (Romanos 16.5).

Enquanto durou a influên-cia dos primeiros apóstolos, a Igreja de Cristo funcio-nou nos lares dos cristãos. Daí o espírito comunitário e amorável que os primei-ros cristãos desenvolviam e experimentavam. Daí, tam-bém, a ausência de ensinos ou recomendações, no que concerne a templos, eclesio-logias, liturgias. As reuniões se concentravam no estudo das Escrituras, nas orações,

nos cânticos espirituais, aju-da mútua. Com o passar dos primeiros séculos e com o distanciamento das primeiras coisas, a igreja começou a institucionalizar-se.

É preciso reviver a experi-ência novotestamentária da “igreja que está em sua casa”. Primeiro por causa da saúde de nossas igrejas, cujas forças se esvaem na construção e na manutenção dos mega tem-plos. Segundo, por causa da saúde de nossas casas, que não sabem mais como hos-pedar o “corpo de Cristo”. As famílias gastam suas energias na construção e na manu-tenção das casas concretas, perdendo de vista o espírito dos lares. A necessidade é mútua: as famílias precisam voltar a ser igrejas; as igrejas precisam voltar para as casas.

Daniel MouliéMembro da PIB de Campo Grande, RJEx-Radical Luso África 3Consultor de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas da Ernst & Young

O desenvolvimento é o tema central das grandes dis-cussões globais.

Segundo Leonardo Boff, esse termo que é tirado da eco-nomia, e possui uma lógica interna fundada para atingir três objetivos fundamentais: aumentar a produção, po-tencializar o consumo e ge-rar riquezas. Esses objetivos estão inseridos nas políticas governamentais de todos os países, e que podem apresen-tar anualmente bons índices de crescimento em seu PIB – Produto Interno Bruto. Mas como conciliar o desenvolvi-mento sem prejudicar o Meio Ambiente?

Com a Rio+20 muito tem se discutido sobre a susten-tabilidade do planeta, in-cluindo todas as esferas da sociedade, o setor público, privado e os consumidores em geral.

A ONU, através da PNU-MA – Programa das Nações Unidas para o Meio Am-biente – desenvolveu um novo indicador chamado IRI – Índice de Riqueza Inclusiva – que mostra a performance de crescimento sustentável dos governos e que comple-menta o cálculo do PIB. Esse indicador é mais amplo que o PIB, que tem apenas o viés econômico.

Os Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, foi con-siderado como modelo na área de sustentabilidade, visto sua vasta preocupação

com os resíduos gerados, bem como a procedência desses materiais, por exem-plo. Da mesma forma, o Comitê Olímpico Brasileiro, através do Comitê Organiza-dor dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o Rio 2016, tem trabalhado com “crité-rios de sustentabilidade em todo o ciclo de gestão dos jogos, desde a concepção e planejamento até as ativida-des de implementação, re-visão e pós-evento, notada-mente através do Programa da Cadeia de Suprimentos Sustentável” (Guia da Cadeia de Suprimentos Sustentá-vel do Rio 2016, página 3), sendo complementado por guias para os fornecedores sobre critérios e requeri-mentos específicos. Até o momento, foram publicados o Guia de Embalagens e o Guia sobre Substâncias e Materiais Nocivos. Isso se deve a sua principal ferra-menta de gestão em susten-tabilidade, que é o Plano de Gestão da Sustentabilidade – PGS, cujo escopo é definido por nove eixos temáticos, a saber, transporte e logística, desenho e construção sus-tentável, conservação e re-cuperação ambiental, gestão de resíduos, engajamento e conscientização, acessibili-dade universal, diversidade e inclusão, cadeia de supri-mentos sustentável, que foi destacado anteriormente, e gestão e reporte.

No Brasil, por exemplo, foi sancionada a Lei 12.305/10, na qual institui a Política Nacional de Resíduos Só-lidos. Essa Lei traz consigo um ponto fundamental para a melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente, que é a logística reversa. A definição que está na Lei é

a seguinte: “instrumento de desenvolvimento econômi-co e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios des-tinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra desti-nação final ambientalmente adequada”.

A preocupação mundial a respeito da manutenção e preservação do meio am-biente é notória e crescente a cada ano. Em cinco décadas, as conferências ambientais passaram de eventos peque-nos, frequentados apenas por especialistas, a grandes fóruns envolvendo líderes mundiais, bem como defini-ções de acordos mútuos de redução dos gases do efeito estufa, entre outras questões de tamanha importância.

E a Igreja de Cristo, o que tem feito com o que Deus lhe confiou como respon-sabilidade? Será que a res-ponsabilidade de cuidar do planeta é somente do setor público ou, então, somente do setor privado? De quem é a responsabilidade?

Em Gênesis 1.26 diz que Deus confiou ao ser humano que governe o planeta Terra juntamente com as aves do céu, com os peixes do mar, com tudo que se mova sobre a terra, e com a própria terra.

Alguns textos da teologia ambiental, ou eco-teologia, citam o mandato cultural. Mas será que a Igreja de Cris-to sabe o que é o mandato cultural e suas implicações?

A resposta para esse ques-tionamento encontra-se em Gênesis 2.15, que diz: “O Se-nhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar

dele e cultivá-lo”. Ou seja, a função do homem é cuidar do que Deus o confiou.

Quando a Igreja de Cris-to entender realmente sua função e responsabilidade perante o mundo e tudo o que nele há, haverá uma nova compreensão no mun-do. Sendo assim, deixará de ser uma abordagem teórica de como cuidar, e passará a

ser uma abordagem prática, gerando frutos efetivos para além do simbólico.

É de extrema urgência que a Igreja de Cristo entenda sua função e responsabilidade. É urgente olhar para fora do seu arraial, e enxergar que o planeta Terra grita por nossa ajuda e ação. Que para tanto, Deus nos conceda sabedoria e discernimento.

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5o jornal batista – domingo, 26/01/14reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

O dízimo do cristão - Uma questão de fé

O dízimo do crente é uma questão de fé. Primeiro, ele demonstra fé na

providência de Deus para o suprimento de todas as suas necessidades (Filipenses 4.19). Fé também em Jesus como Salvador de todos os seres humanos que nele ve-nham a crer ao receberem a mensagem do evangelho por meio dos obreiros sustenta-dos pelos seus dízimos (I Co-ríntios 9.14). É também uma questão de fé no senhorio de Jesus sobre a Igreja, que é a agência visível, imanen-te, do Reino de Deus, que é espiritual, transcendente (Efésios 3.10-12). É ainda uma questão de fé na priori-dade do Reino de Deus sobre todos os valores materiais (Mateus 6.33). Finalmente, o dízimo cristão demonstra que a fé não é uma teoria, uma abstração, mas envolve a vida do crente em todos os seus aspectos e significados, inclusive a sua esperança da vida futura com Cristo.

O dízimo do cristão – Uma questão de amor

O dízimo do cristão é uma prova do seu amor a Jesus, que ele demonstra ao ofere-cer recursos para que a Igreja possa socorrer, através da ação social, aquelas pessoas carentes a quem Cristo ama. É muito difícil acreditar que o crente não dizimista tenha realmente amor a Jesus e ao seu próximo em seu coração. Que amor é esse que não se identifica com aqueles a quem Cristo ama? Uma parte do seu dízimo é direcionada para socorrer os pobres e os viciados em drogas que “moram” nas sarjetas da ci-dade. No dia do juízo final, você não vai ser julgado pela ortodoxia da sua fé, mas pela extensão do seu amor aos que carecem da sua ajuda. Jesus lhe dirá naquele dia: “Sempre que o fizestes a um

destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mateus 25.40).

O dízimo do cristão – Uma questão de espiritualidadeAo entregar fielmente os

seus dízimos na “Casa do Tesouro” (Malaquias 3.10), o crente está se desfazendo de uma parte dos seus bens materiais e demonstrando que os bens espirituais têm prioridade em sua vida, o que é essencial ao seu cres-cimento espiritual. Não pode crescer no Espírito quem não se desapega dos seus valores carnais. Nem todo o dizimis-ta é um crente espiritual, é verdade (O dízimo pode ser entregue até por emulação), mas nenhum crente realmen-te espiritual pode deixar de ser fiel na entrega sistemática dos dízimos, na compreen-são de que eles pertencem ao Senhor. Em Malaquias 3.11 vemos que o crente não será abençoado por ter entregado os seus dízimos, mas pelo amor do seu Deus.

O dízimo do cristão – Uma questão da graça

Por sua graça, Deus me dá a vida, a saúde, o ar que respiro, os dons e vocações, as oportunidades para que eu possa trabalhar para prover o sustento da minha família. Tudo é pela graça. Pela bon-dade de Deus para comigo. Os meus dízimos demons-tram a minha consciência de que tudo o que sou e que possuo é fruto da graça de Deus. Ser fiel na entrega dos dízimos, portanto, é uma graça excedente de Deus sobre mim. Ou seja, além de me conceder tudo de que eu preciso, Deus me dá a alegria de poder entregar os meus dízimos para a sua glória. Dízimo é graça. Mais uma! Graça de Deus sobre mim. Não é uma questão da lei, da cultura ou de superstições (Se eu não entregar os meus dízimos, algo ruim vai me acontecer...), mas é graça que traz paz e alegria ao coração.

Jonatas de Souza NascimentoContabilista, diácono, membro da PIB em Centenário, Duque de Caxias-RJ e autor da obra “A Cartilha da Igreja Legal”

Não. Se não tiver conhecimento de que desde 1º de janeiro de 2014

tornou-se obrigatória a Escri-turação Fiscal Digital (EFD), o que significa dizer que a contabilidade precisa ser processada com extrema re-gularidade dentro de um determinado prazo.

Não. Se não tiver conhe-cimento de que no decorrer deste ano, ou mais tarde no início de 2015, as igrejas serão submetidas ao eSocial (ou Folha de Pagamento Di-gital), enterrando de vez o velho modelo de gestão de pessoas e rotina de pessoal dentro de toda e qualquer organização jurídica, seja in-dústria, comércio, prestado-ras de serviços, organizações do terceiro setor e organiza-ções religiosas em geral.

Não. Se não estiver legali-zada juridicamente, isto é, se não possuir ata de fundação e estatuto devidamente regis-trados em cartório.

Não. Se não possuir inscri-ção no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Não. Se não possuir título de propriedade do seu imó-

vel (ou contrato de locação, se for o caso).

Não. Se não possuir o habi-te-se da sua edificação.

Não. Se não estiver cadas-trada no INSS, no Ministério do Trabalho e na Prefeitura local e, por conseguinte não possuir o IPTU, embora goze de imunidade tributária.

Não. Se não possuir auto-rização para funcionamento expedido do Corpo de Bom-beiros.

Não. Se possuir funcionário sem registro ou embora regis-trado, ganhe salário abaixo do piso da categoria, cumpra jornada de trabalho acima da previsão legal, além de deixar de observar preceitos contidos em dissídios, con-venções ou acordos coletivos de trabalho e ou normas do Ministério do Trabalho.

Não. Se não remunera seus prestadores de serviços autônomos mediante RPA (Recibo de Pagamento de Autônomo).

(Pontuei apenas alguns dentre outras dezenas)

Sim. Se possuir uma as-sessoria profissional es -pecializada em contabi -l idade eclesiástica. Pois não basta ser profissional das ciências contábeis, é preciso dominar esta área, conhecer seus meandros, suas particularidades, deter conhecimento específico e ser sim habilitado junto ao órgão da classe, no caso, o Conselho Regional de Contabilidade. Ademais, precisa ser acessível e ter condições de trabalho, for-necendo-lhe documentos e informações necessárias a uma contabilidade regular.

Sim. Se possuir um bom te-soureiro e um bom conselho fiscal (ou comissão de exame de contas ou outro grupo de trabalho que atue na área financeira e administrativa da igreja local). Que esse tesou-reiro tenha certo domínio na área de informática.

Sim. Se possuir ferramentas humanas e tecnológicas para bem gerir suas finanças e documentos gerais.

Sim. Se todas as obrigações (principal e acessórias) foram cumpridas nos respectivos prazos.

Sim. Se, ao receber a visita de um agente fiscal, você puder dizer: “Os documentos exigidos aqui estão, senhor. Fique à vontade!”.

O ano de 2014 chega trazendo

grandes novidades

fiscais para as igrejas em geral.

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6 o jornal batista – domingo, 26/01/14 reflexão

Depois de muito orar, estou moti-vado pelo Senhor Jesus a continuar

com a missão de promover Arte e Cultura no meio do seu povo. Por 35 anos tenho vivido arte e cultura, como base do meu ministério. A arte, tem sido o Teatro de Bonecos, a cultura tem sido o comunicar princípios do Reino de Deus, levando a alegria e dramatizações, que alcançam todas as idades.

Cheguei em uma fase onde depois de adquirir experi-ências variadas e de nivel internacional, retorno ao Brasil para promover ações práticas: como a realização de simpósios de arte e cul-tura, onde teremos a oportu-nidade de sonharmos juntos na criação de novos projetos como por exemplo, o de motivarmos os nossos ato-res e atrizes profissionais e amadores, a tomarem pos-se dos espaços cênicos em nossa comunidade através de produções teatrais, que possam ficar em cartaz por no mínimo quatro semanas; e também as exposições de arte em vários níveis e cate-gorias, encontros com artis-tas e a formação de clínicas de artes em geral.

Queremos criar o depar-tamento de Arte, Cultura e Lazer, para as nossas Asso-ciações Batistas em todo o Brasil, onde trabalharemos na formação de novos líde-res para servirem juntos às igrejas locais, em projetos

estaduais, nacionais e inter-nacionais. Queremos capa-citá-los a se tornarem líderes multiplicadores.

Venho propor também, a criação do Departamento de Arte, Cultura e Lazer para a CBB (Conveção Batista Brasileira), onde trabalha-remos em parceria com os departamentos de Ação So-cial, Educação Religiosa e Comunicação onde juntos trabalharemos as questões dos artistas das nossas igrejas, no incentivo ao melhor uso da sua arte em ministério e campo de trabalho.

Mais informações: Roberto Maranhão

E-mail: [email protected]

Cel: (11) 9498-07808 – Tim

Consultor de Arte Cultura e Lazer

Diretor de Arte e Cultura da Associação Centro da Ca-pital, SP

Arte e Cultura: a criação de Deus

Ficamos felizes ao con-templar as maravilhas cria-das por Deus, relatadas em Gênesis 1e 2, e mais ainda por sermos beneficiados por tudo o que Ele criou. DEUS é soberano sobre to-das as coisas. Sendo criados à imagem e semelhança de Deus, O Artista supremo, herdamos o poder de ser-mos criativos. Chamamos de artistas, pessoas com talentos nos setores mais variados; sendo no mundo

das artes plásticas, música, esportes, ciência e etc...

Artistas capazes de tocar no mais profundo no nosso ser, nos tirando lágrimas, sorrisos, nos fazendo me-ditar e nos encorajando a tomar um rumo com base na mensagem entregue através da sua arte. Depois de cada obra criada por Eles (Pai, Fi-lho e Espirito Santo), temos a opinião do própio Deus, de que era muito bom!

Quem somos nós para descordar. Certamente, tudo o que Deus criou, traz a sua assinatura de grande excelência. Podemos de-senhar uma rosa, mais não podemos criar uma rosa. Somos convidados a as -sistir o espetáculo do seu nascimento a partir de uma

pequena semente. A arte é linda de se ver, a cultura, uma vez disconectada dos valores do Reino de Deus, é capaz de corromper o mais excelente dos artistas, como no caso do artista que fez o bezerro de ouro, no livro de Êxodo; uma obra de arte, que não deveria ter tomado o lugar de Deus e receber adoração. Não foi à toa que Deus nos deu como manda-mento, o não fazer imagens com o objetivo de se tornar ídolo ou instrumento de adoração.

Não é novidade para nós, que todos temos os nossos artistas favoritos; por isso devemos tomar cuidado para não correr o risco de tranformá-los em ídolos e até os adorar.

Promovendo Arte e Cultura no meio do povo de Deus

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7o jornal batista – domingo, 26/01/14missões nacionais

Ana Luiza MenezesRedação de Missões Nacionais

A presença de igrejas parceiras nos cam-pos é de grande im-portância para os

obreiros. Estas ações ajudam a renovar as forças dos mis-sionários e também causam forte impacto nas cidades que as recebem.

A Igreja Batista em Par-que Guarus, de Campo dos Goytacazes (RJ), realizou mais uma viagem missioná-ria para o estado de Minas Gerais. Desta vez reuniu uma equipe formada por 45 pessoas. Membros da igreja e também de outras da re-gião, como a IB Jardim Santa Rosa, IB Jardim Aeroporto, IB Jardim Ceasa, IB Parque São Mateus, IB de Ibitioca e SIB de Gargaú visitaram a cidade mineira de Teixeiras, onde atuam os missionários Cecílio e Fabiane Abreu.

Durante três dias, os volun-tários evangelizaram em ruas e lares, realizaram programação especial para crianças e duas concentrações evangelísticas, sendo uma delas na praça principal da cidade. Ações que podem ser apontadas como o ponto alto da viagem, segundo o Pr. Alceir Faria Pereira, da IB em Parque Guarus. Como resultado, várias decisões por Cristo foram tomadas nos lares e nas duas concentrações re-alizadas ao ar livre. Também durante as visitas, foram pedi-dos estudos bíblicos e visitas foram agendadas para que os missionários possam dar con-tinuidade.

“Foi um trabalho organi-zado com muita dedicação, amor e oração. O Pr. Nee-mias Alves Machado, diretor de evangelismo da IB em Parque Guarus, esteve co-ordenando as atividades. E nós, eu os demais pastores, Jocimar Rangel de Oliveira, José Antonio Cabral de Souza e Wilton Miranda cooperáva-mos participando nas prega-ções. Tudo foi grandemente abençoado pelo Senhor”, relatou Pr. Alceir.

Os missionários relataram que a presença da equipe foi gratificante porque impactou também os membros da igreja, em especial os novos converti-dos que se sentiram motivados a fazerem o mesmo. “Foi uma

experiência muito valiosa para mim, pois aumentou o meu interesse, e de outras pessoas, em participar dos eventos da igreja, pois para Cristo temos sempre que procurar dar o melhor de nós”, disse Adão Clemente da Silva, membro da Congregação Batista em Teixeiras.

A cidade é um campo vasto e promissor porque as pessoas se mostram carentes de salva-ção ao revelarem interesse por conhecer mais a respeito de Je-sus. “Intercedamos ao Senhor pela família dos missionários naquela cidade. O carinho da família missionária, a dedica-ção ao trabalho, é algo espe-cial. Teixeiras é uma grande cidade que precisa conhecer a verdade. A Seara é realmente grande, poucos são os ceifei-ros, roguemos pois ao Senhor que envie obreiros para a sua Seara. Voltamos na certeza de que era a vontade e propósito do Senhor que realizássemos essa viagem”, disse Pr. Alceir.

“O que seria dos campos missionários sem irmãos que entendem a necessidade de ajudar, de ir até o campo para divulgarmos o Reino de Deus? Por isso, pedimos a Deus que continue tocando nos cora-ções para que possamos ter cada vez mais irmãos em Cris-to indo ao campo, cumprindo o Ide de Jesus”, concluiu Pr. Cecílio.

Equipe de Campos dos Goytacazes

Pr. Alceir, à esquerda, com a família missionária

Decisões também nos cultos ao ar livre

Programação evangelística para crianças

Oração pelos convertidos durante culto na praça

Caravana missionária abençoa obra em Teixeiras

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8 o jornal batista – domingo, 26/01/14 notícias do brasil batista

Comunicação da Convenção Batista Fluminense

Na noite de segun-da feira, dia 16 de dezembro de 2013, no templo

da Igreja Batista Central do Redentor, o Pr. Dr. Amilton Ribeiro Vargas tomou posse como Diretor Executivo da Convenção Batista Flumi-nense após os três anos da

Pr. Naércio Batista AlvesSecretário OPBB - Sul de Minas

A Primei ra Ig re ja Batista em Pouso Alegre , o rgani -zada em 27 de

maio de 1972, tem uma l inda h i s tó r i a no me io batista, sendo hoje uma referência na região Sul de Minas Gerais. Na sua história podemos destacar alguns pastores que estive-ram a frente do ministério, entre eles Pr. João Eduar-do da Silva (fundador), Pr. Jair da Costa Xavier, Pr. Waldemiro de Carvalho e Pr. Genevaldo Edino de Souza Bertune, que esteve a frente da Igreja no perío-

gestão do Pr. José Maria de Souza.

Foi uma linda celebração ao Senhor, quando familia-res, amigos, líderes deno-minacionais e cerca de 100 pastores de todo o Estado do Rio de Janeiro estiveram presentes. Vale destacar a presença ilustre dos pastores Nilton Antônio de Souza, Diretor Executivo da CB Carioca; João Fraga, Pre-sidente da OPBB Carioca;

do de 14 de novembro de 1980 até 31 de dezembro de 2012, quando sentiu o chamado de Deus para en-cerrar seu tempo à frente da PIBPA.

Após o afastamento do Pr. Genevaldo, começou o processo de sucessão que foi sabiamente conduzido pelo irmão Fausto Leme Fi lho, acompanhado de uma comissão eleita pela Igreja para essa missão es-pecial. Após muita oração, depois da visita de alguns pas to re s cand ida tos , o processo culminou com o convite, por unanimidade, para o Pr. Paulo Marcos da Silva.

O pastor Paulo Marcos da Silva é formado em Teologia

Joel Nogueira, Presidente da Convenção Batista Gaúcha; e das irmãs Lucia Marga-rida (UFMBB), Dra. Maria Bernadete (CIEM) e Nancy Dusilek. A solenidade foi conduzida pelo Presidente da Convenção, Pr. Dr. Van-derlei Batista Marins, e pelos demais membros da direto-ria da CBF presentes. Houve várias participações musicais com o Coral e o ministério de louvor da igreja, condu-

pelo Seminário Teológico Batista de Niterói e também graduado em Psicologia, é casado com Marina Pereira da Silva, advogada, com a qual tem dois filhos sendo Paula Pereira da Silva (12 anos) e Davi Pereira da Sil-va (7anos). Esteve á frente da Igreja Batista em Mira-douro, zona da Mata, MG, por oito anos e meio, onde desenvolveu um ministério abençoado e próspero, para glória de Deus.

A posse aconteceu na noite do dia 21 de dezem-bro de 2013, com um culto abençoado, que marcou profundamente a bela his-tória da Primeira Igreja Ba-tista em Pouso Alegre, pois, após 32 anos de abençoado

zidos pelo MM Gilmar Pi-nheiro dos Santos. A mensa-gem foi trazida pelo Pr. Eber Silva, 3º Vice-presidente da CBB, 2º Vice-presidente da CBF e Pastor da Segunda Igreja Batista de Campos.

O Pr. Amilton Ribeiro Var-gas recebeu diversas home-nagens e trouxe uma palavra de ousadia, demonstrando grande determinação para o exercício da nova função. Capixaba, natural da cidade

ministério do pastor Gene-valdo Edino Bertume, Deus enviou o novo obreiro, pas-tor Paulo Marcos da Silva para continuar a conduzir a Igreja.

de Nova Venécia, Espírito Santo, o Pr. Amilton é casa-do há 24 anos com Venância Vargas, tendo duas filhas: Rayanne e Lorraine. For-mado em Teologia (STBSB) e Direito (UNIGRANRIO), possui diversos cursos de pós-graduação e especiali-zações. É Diretor Geral da Junta de Educação e Ação Social da CBF e Pastor da Igreja Batista Central do Re-dentor há 14 anos.

A mensagem foi proferi-da pelo pastor Soliel Ber-nardino da Silva, que de forma inteligente, sábia, bíblica, prática e espiritual abordou questões que en-volvem o pastor e a igreja. T ivemos a presença de vários pastores da região, o templo estava totalmente lotado, muitos irmãos vie-ram prestigiar e abençoar o novo pastor.

Deus seja louvado pela preciosa vida, família e mi-nistério do pastor Geneval-do. E, nesse novo tempo, o desejo da Igreja, que está muito feliz com a chegada do novo obreiro e família, é que o ministério do pastor Paulo Marcos seja frutífero e abençoado.

Pastor Amilton Vargas assume a direção executiva da Convenção

Batista FluminenseFotos: Selio Morais

Primeira Igreja Batista em Pouso Alegre tem novo pastor

Culto visão da igreja Benção dos pastores

Pastor Paulo Marcos e família Termo de posse

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9o jornal batista – domingo, 26/01/14notícias do brasil batista

Pr. Avelar Vaz da Costa SoaresIgreja Batista Manancial

A Igreja Batista Ma-nancial em Teresi-na, Piauí, em par-ceria com a Funda-

ção Jeovah Jireh, desenvolve desde 2008 o projeto Jesus Água Viva para o Sertão, que consiste em Impactos de Ação Social tais como: corte de cabelo, atendimento médico, odontológico, orien-tação jurídica, atividades de esporte e recreação, aulas bíblicas, expedição de car-teiras de identidade e CPF e impactos evangelísticos tais como: distribuição de livros da vida nas escolas públi-cas, evangelismo de casa em casa, distribuição de folhetos em feiras, hospitais, delega-cias encerrando com culto ao ar livre com apresentação de filme evangelístico em telão, em cidades do Piauí sem a presença de uma igreja batista.

Como fruto deste Projeto já estamos presentes em 11 cidades com 12 congrega-ções, onde em sete já temos família missionária residindo na cidade e desenvolvendo o ministério e já construímos em regime de mutirão com a construção de três templos: um na cidade de Elesbão Veloso em julho de 2012, um na cidade de N. S. dos Remédios em julho de 2013

Pr. Marcos e Berenice MoraesCoordenadores da viagem

A Igreja Batista El Shaddai, SP, or -ganizou a 2º via-gem missionária à

Bolívia nos dias 15 a 23 de novembro, com 23 pessoas

e um na cidade de Passagem Franca do Piauí em dezem-bro de 2013.

Outra grande vitória foi a aquisição de um ônibus equi-pado com gabinetes médicos para a nossa Fundação, o que muito tem contribuído para

(IB El Shaddai, IB Central de Paulínia, IB Nova Es-perança/Paulínia, IB Par-que Universitário), onde tivemos evangelizando nas ruas, atividades no mer-cadão, hospitais, escolas, passando filme ao ar livre nas praças, culto com 6 comunidades.

um melhor atendimento ao nosso povo tão carente.

Em 2013 foram grandes vi-tórias concedidas pelo nosso grande Deus:

1. Alcançamos mais duas cidades, Aroazes e Franci-nopólis;

Assim foram alcançadas 600 crianças em três tardes, jantar com pastores e espo-sas das igrejas evangélicas de Montero e a presença do Governador, o Sr. Ma-rio F. Baptista Conde, que foi presenteado com uma camiseta de Missões Na-cionais e entrevista em três

2. Adquirimos o nosso ôni-bus com gabinetes médicos;

3. Construímos mais 02 templos.

Venha fazer parte deste Pro-jeto que está transformando a terra seca do sertão em Ma-nanciais (Isaías 41.18): seja

canais de TV divulgando as atividades da semana em Rede Nacional.

Contamos com o apoio do Pr. Ariel Salazar e sua esposa Dorca Montero que atuam na 2º IB de Montero e mais seis comunidades na região. Toda a equipe foi presenteada com a camiseta

um intercessor, orando pelo Projeto Jesus Água Viva para o Sertão e pelo Piauí; seja um voluntário em nossas viagens missionárias em 2014; seja um colaborador, contribuindo com o sustento de missioná-rios e construção de Templos.

da Campanha de Missões Nacionais e por onde pas-samos fizemos a diferença com a frase “Vivo para a glória de Deus”.

Venha fazer parte desta equipe missionária em 2014. Ligue (19) 3245-7321 (Aline) ou e-mail: [email protected].

Igreja Batista El Shaddai realiza viagem missionária à Bolívia

Entrega da camisa ao Governador Mário Conde Entrega de brindes Crianças alcançadas durante o projeto

Projeto Jesus Água Viva para o Sertão já construiu três templos

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10 o jornal batista – domingo, 26/01/14 notícias do brasil batista

Lidiane FerreiraComunicação da Convenção Batista Baiana

O dia 29 de novem-bro de 2013 foi de alegria para os batistas baianos.

Na data, tomou posse como novo Secretário Geral da Convenção Batista Baiana, o Pr. Erivaldo Barros de Olivei-ra, em culto solene na Igreja Batista Sinai, em Salvador.

A cerimônia, dirigida pelo Pr. Edvar Gimenes, presiden-te da CBBA, contou com a presença de pastores e mem-bros de várias igrejas batistas da Bahia, inclusive Pr. Paulo Lino, anfitrião, além de lide-ranças de várias associações regionais de igrejas batistas, presidentes e dirigentes de órgãos e entidades vincula-dos à CBBA. Contou também com a participação do Dc. Lyncoln Pereira Araújo, 1º Vice-Presidente da Conven-ção Batista Brasileira, do Pr. Samuel Moutta e do Pr. Eber Mesquita, ambos da Junta de Missões Nacionais e do Pr. João Marcos Florentino, Se-cretário Geral da Convenção Batista de Pernambuco.

O termo de posse foi as-sinado pelo novo secretário geral e pelos membros da diretoria da CBBA presentes na ocasião: Pr. Edvar Gime-nes (Presidente), Pr. Genilson Souto (1º Vice-Presidente), Pr. Edson Silveira (2º Vice--Presidente), Margareth Gra-macho (1ª Secretária) e Pr. César Brito (2º Secretário).

A noite foi de celebração, com hinos entoados pelos corais Vozes da Graça (Igreja Batista da Graça, em Salva-dor) e Filhos de Jerusalém

(Igreja Batista Jerusalém, em Salvador). Os missionários da CBBA, que estiveram reuni-dos em Conferência entre os dias 25 e 29 de novembro, uniram-se em um coro duran-te o evento e também foram entoados inspiradíssimos hinos congregacionais que edificaram os presentes.

LIDERANÇA – O orador do culto solene foi o Pr. Ney da Silva Ladeia, baiano de Itapetinga e Presidente da Convenção Batista de Per-nambuco. Ele falou sobre três lições encontradas num dos textos bíblicos mais buscados quando se fala em liderança, Neemias 4.16-20: Prioridade, Unidade e Dependência de Deus.

O Pr. Ney elogiou os batis-tas baianos, afirmando que é “um povo apaixonado, envolvido, comprometido e receptivo”. Ele destacou que é preciso ter foco na missão de expandir o reino de Deus, sem dar espaço a distrações. Também disse que a proposta é caminhar juntos, nutrindo e estimulando o modelo de cooperação. Ressaltou ainda que é preciso perceber nossa limitação humana e recorrer ao Senhor para vencer os desafios.

“Como é bom saber que nós podemos trilhar o ca-minho que Deus nos tem proposto, fitando os olhos em Cristo, Autor e Consumador da fé. A obra é grande, mas Deus pelejará por nós. Que essa seja uma verdade na história da Convenção Batis-ta Baiana, no ministério do Pr. Erivaldo. Que Deus nos conceda a bênção de con-quistarmos mais vitórias para

a glória do Senhor”, finaliza o Pr. Ney Ladeia.

O Pr. Erivaldo Barros re-cebeu muitas mensagens de apoio a essa nova etapa de seu ministério. Durante a posse, foram lidas as mensa-gens do Pr. Irland Pereira de Azevedo (SP), do Senador Walter Pinheiro, membro de igreja batista, entre outras lideranças. Também foi exi-bido um vídeo com a palavra do Pr. Fernando Brandão, Diretor Executivo da Junta de Missões Nacionais. Na sole-nidade estavam presentes, além de familiares do novo secretário geral, membros da Primeira Igreja Batista do Ibura, em Recife (PE), a qual ele pastoreou por 13 anos.

BIOGRAFIA – O Pr. Eri-valdo Barros de Oliveira é natural de Nazaré da Mata (PE). Viveu com seus pais Bri-valdo Justino de Oliveira (In Memorian) e Elenilza Barros de Oliveira e irmãos, Everal-do (pastor) e Ericka, até os 16 anos em Itaquitinga (PE), tendo em seguida ido para o Recife, para aos 17 anos in-gressar no curso de Teologia no Seminário Teológico Ba-tista do Norte do Brasil. É ca-sado com Ana Lúcia Estevão Barros de Oliveira e pai de três filhos: Lucas Henrique, Marcos Henrique e Anna Hadassa.

Pastoreou a Igreja Evangé-lica Batista em Ferreiros/PE e em seguida a Primeira Igreja Batista do Ibura, Recife/PE, a qual serviu por treze profícu-os e auspiciosos anos. Serviu também por quase dez anos a Convenção Batista de PE, onde adquiriu profunda ex-periência denominacional,

tanto administrativa quanto relacionalmente. Tem for-mação nas áreas de teologia, ciências da religião, capela-nia, história, contabilidade e direito.

Foi desafiado por Deus, de modo muito claro e concre-to, para servir a Convenção Batista Baiana, tendo neste ínterim entre o convite, acei-tação e posse, visitado as instituições da CBBA, boa parte das suas Associações Regionais, participado de alguns eventos com pastores e diáconos, tendo como obje-tivo desenvolver um vínculo de conhecimento e relacio-namento com a liderança baiana e tendo o coração plenamente voltado para este chamado ministerial, citando sempre a expressão de Jesus: “Onde estiver o vosso tesou-ro, aí estará o vosso coração”. Sendo assim, tem-se compre-endido Pernambaiano: Um pernambucano a serviço dos batistas baianos!

Nas suas palavras de gra-tidão pontuou o reconheci-mento por tudo o que tem ocorrido na sua vida, pessoal, familiar e ministerial com as seguintes expressões: “Louvo e glorifico ao meu Deus e Pai por Seu amor e graça a mim dispensados, por ter-me es-colhido para, enquanto vaso de barro, servi-lo através do ministério pastoral. Por Seu Filho Jesus Cristo, que me amou primeiro, e entregou Sua vida por mim, pelo que o amo com todas as forças e vigor que há em mim e o honrarei sempre. Pelo Espí-rito Santo que me selou para salvação e me capacita para o serviço ministerial.

Por minha família ascen-

dente, pais e irmãos, e tudo que foram, são e significam para mim. Por meu lar: mi-nha graciosa e maravilhosa esposa, Ana, por seu compa-nheirismo, fidelidade, amor e motivação permanentes, fundamental para o que Deus tem feito e fará, através de nós. Meus queridos e pre-ciosíssimos filhos: Lucas, Marcos e Anna Hadassa, três presentes de Deus para mim, os quais abrilhantam e com-plementam a felicidade do nosso lar.

Minha amada igreja: PIB do Ibura, pelos treze anos de ser-viço ministerial nesta abenço-ada igreja que o Senhor me deu a honra de pastoreá-la. A instituição CBPE, onde ad-quiri aprendizagem técnica e ministerial para melhor servir denominacionalmente.

Pela Convenção Batista Baiana, sua liderança, todas as igrejas, pelo potencial fantástico que nosso Deus tem concedido a este amá-vel povo. Desejo servi-los com toda dedicação e zelo, honrando a confiança a mim dispensada, no reconheci-mento claro de que Deus nos escolheu e reservou este tempo para que possamos juntos, com a graça de Cristo e poder do Seu Espírito, se-guir na direção de integração e avanço denominacional, edificando e ganhando vidas para o Reino de Cristo, num trabalho de parceria com as instituições, associações, igrejas e pastores para revita-lização e plantação de novos trabalhos neste tão imenso, diversificado e belíssimo es-tado, tendo em vista alcançar a Bahia para nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.

Novo Secretário Geral da Convenção Batista Baiana toma posse

Dc. Lyncoln Araújo, Pr. Erivaldo Barros, Pr. João Marcos (CBPE) e Pr. Ney Ladeia

Pr. Samuel Moutta (JMN), Pr. Erivaldo Barros e Pr. Eber Mesquita (representante da JMN na Bahia)

Dc. Lyncoln Araújo (CBB), Pr. Edvar Gimenes (CBBA), Pr. Ney Ladeia (CBPE) e Pr. Erivaldo Barros

Oração durante a posse Coro Filhos de Sião Coro dos Missionários da CBBA Assinatura do Termo de Posse

Família do Pr. Erivaldo Barros

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11o jornal batista – domingo, 26/01/14missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Rodrigo e Viviane Pinheiro estão em campo há menos de um ano na Guate-

mala. Eles desenvolvem seu ministério em uma igreja da chamada Zona Três da Cidade da Guatemala, uma das regiões mais violentas por ocasião da guerra civil, encerrada em 1996. O cená-rio não mudou muito. Hoje

a área é dominada por várias facções do tráfico de drogas. Os missionários se empe-nham para que o trabalho não se limite só a esta igreja. Eles querem ir além.

Para avançar na missão, Pr. Rodrigo e Viviane têm se reunido com pastores, líderes e visitado várias igrejas, cida-des e comunidades.

“É necessário sentir o cam-po para saber o que fazer e por onde começar. No nosso caso, são muitos desafios”, diz o Pr. Rodrigo.

Vanete TeixeiraMissionária da JMM em Díli, Timor-Leste

Estamos felizes por rea-lizar o ministério que Deus colocou em nos-sas mãos no Timor-

-Leste. Somos instrumentos do Senhor para propagar o seu evangelho. Isso é uma grande responsabilidade! Sabemos que Deus ama este país e por isso entramos nes-te campo. Queremos que este povo experimente desse grande amor e tenha suas vi-das transformadas pelo poder do Espírito.

Deus nos deu a oportuni-dade de ensinar a Bíblia para uma funcionária, chamada Ana, do Centro de Formação Vida Mais. Foi muito grati-ficante ver os olhinhos dela brilhando quando começou a ler e a entender o amor de Jesus. No terceiro estudo, ela fez a oração para receber Jesus em seu coração.

Recentemente, o missioná-rio se reuniu com um pastor da Zona 21, uma área que não é dominada pelo tráfico, mas por muitas gangues violentas que assaltam e extorquem dinheiro do comércio e da comunidade. Além disso, são conhecidas por sua extrema violência.

Foi nesse local que o Pr. Ro-drigo conheceu um menino de cerca de 12 anos que perdeu seu pai, morto por uma dessas gangues por não ter dinheiro para cobrir a extorsão. Apesar

Quando terminamos de orar, Ana falou: “Sinto uma alegria tão grande que parece que meu coração vai explo-dir”. Então eu disse a ela que essa é a alegria que vem do Espírito Santo, pois Jesus agora mora em seu coração.

Nas duas semanas seguin-tes, ela vinha radiante para o serviço e sempre querendo estudar mais. No entanto, Ana está enfrentando dificul-dades, tais como discrimina-ção por parte da comunidade

de muito jovem, o garoto bebe todos os dias e não frequenta escola; a mãe trabalha fora para sustentar a casa, e ele passa o dia inteiro sozinho.

Segundo o missionário, as igrejas da região têm desejo de trabalhar com pessoas como esse menino. Mas para ele é necessário implantar projetos que ofereçam assistência a essas comunidades.

“Nosso desejo é implantar uma unidade do PEPE (pro-grama socioeducativo) e um programa de reabilitação para dependentes químicos em cada igreja dessas regiões. Por meio deles essas pessoas poderão ser abençoadas pela pregação do evangelho e pela ação da igreja em meio a tanta maldade”, afirma o missio-nário.

AgradecimentoOs missionários agradecem

o apoio financeiro da PIB de Campo Grande, no Rio de Janeiro/RJ, que viabilizou a celebração de Natal organi-zada para crianças carentes da Igreja Bethel, na Zona Três.

Durante o evento, as crian-ças receberam kits de higiene bucal doados por uma mul-tinacional, revistas infantis

e da família. Não está sendo fácil, e temos continuado o discipulado: toda semana me reúno com ela e estudamos a Bíblia. Por favor, ore por ela.

Nós estamos realizando uma campanha de oração em favor da compra do terreno para melhor desenvolver o projeto Vida Mais. Estamos em uma corrente de oração todos os dias às 8h da manhã (20h em Brasília, por causa do fuso horário). Junte-se a nós nessa batalha.

ofertados por uma livraria batista, além de presentes comprados com as ofertas da PIB de Campo Grande. Além de demonstrar amor por essas crianças vítimas da miséria e da violência, a festa para lembrar o nascimento de Jesus serviu para aproximar nossos missionários das famílias des-ses pequeninos.

“Creio que o mal seja so-mente a ausência do bem, assim como as trevas são so-mente ausência de luz e que o reino das trevas seja somente a ausência do Reino de Deus. Mas Jesus ordenou que seus discípulos fossem por todo o mundo, até os confins da Ter-ra, pregando essa mensagem de graça e reconciliação”, diz Rodrigo.

Por crerem na Palavra de Deus é que nossos missioná-rios vão em busca daqueles que ainda não encontraram a verdadeira paz.

“Enquanto trabalhamos, Deus vai transformando alco-ólatras, prostitutas e membros de gangues em pessoas recon-ciliadas, novas criaturas. Nosso trabalho é um só: mostrar a luz com a mensagem de reconci-liação. Essa semente cresce e transforma vidas”, afirma.

Ajude o projeto Vida MaisDesenvolvido em Díli, o projeto Vida Mais oferece à

comunidade aulas de inglês e português, música, além de cursos profissionalizantes. Nossos missionários no Timor--Leste, país onde o português é uma das línguas oficiais, têm aproveitado todas as oportunidades criadas para compartilhar o evangelho com os alunos e funcionários, como a Ana.

Invista você também neste projeto de Missões Mundiais e dê aos timorenses a chance de ter uma Vida Mais perto de Cristo. Ligue agora: 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900.

Vanete Teixeira, missionária no Timor-Leste

Instrumentos de Deus para evangelizar no Timor-Leste

Missionários levam o amor de Cristo à região de extrema violência na

Guatemala

Glória a Deus porque nos tem agraciado com toda sorte de bênçãos, e você faz parte dessa bênção. Somos gratos

ao Senhor por sua vida aí no Brasil, segurando as cordas para que nós possamos estar aqui.

Crianças recebem lanche na igreja

Page 12: Jornal Batista - 04-14

12 o jornal batista – domingo, 26/01/14 notícias do brasil batista

Othon Ávila AmaralMembro do Conselho Editoral de OJB

A história dos batistas no Brasil é marca-da pela participa-ção de mulheres

que vindas de outros países ou aqui nascidas, inscre-veram seus nomes na ga-leria de senhoras notáveis: quer como educadoras, quer como escritoras, quer como poetisas, quer como admi-nistradoras, quer como ora-doras, quer como esposas e mães, quer como médicas, quer como missionárias!

A galeria é enorme e ao citá-la posso cometer o pe-cado da omissão: Ana Ba-gby, Katherine Taylor, Emma Guinsburg, Graça Entzmin-ger, Jane Filson Soren, Ida Nelson, Alice Reno, Efigênia Maddox, Ana Christie, Aly-ne Muirhead, Ana Thomas, Ruth Randall, Edna Harring-ton, Blanche Simpson, Ka-therine Cozzens, Minnie Landrum, Dorine Hawkins, Anna Wollerman, Sophia Nichols e outras entre a pri-meira e a última das men-cionadas.

Comecemos agora lem-brando algumas brasileiras que foram notáveis: Archi-mínia Barreto, Marcolina Magalhães, Beatriz Silva, Esther Silva Dias, Amazonila Munguba, Onésima Pereira de Barros, Waldemira Al-meida, Glaucia Curvacho Peticov, Zita Paulina Ferreira Botelho, Darcilia Morei-ra Pereira, Myrtes Mathias, Ida de Freitas, Ruth Ferreira Matews, Margarida Lemos Gonçalves, enfim, uma in-finidade de mulheres que marcaram a vida batista no Brasil.

Na relação de brasileiras mencionadas acrescentamos a partir de agora o nome de Olinda Silveira Lopes. Foi uma mulher notável! Tão notável quanto as notáveis acima mencionadas. Com excesão de algumas, conhe-ceu a quase todas, conviveu com quase todas, foi influen-ciada e influenciou a quase todas. Quando se escrever a história da União Feminina Missionária Batista do Brasil seu nome será reconhecido como um dos que mais tra-balharam pela causa batista no Brasil.

O nascimento de Olinda Silveira Lopes

Ela nasceu na bela cidade de Santos, SP, no dia 16 de fevereiro de 1917. O ano an-terior, 1916, marcou muito

a história de sua família na área espiritual. A primeira pessoa que se converteu e foi batizada foi sua avó Maria Gonçalves Fírbida no dia 26 de março. Algumas semanas depois aconteceu o batismo de sua mãe, D. Maria Consuelo Peres Gon-çalves da Silveira, no dia 7 de maio. E para concluir os batismos veio o de seu pai, Basílio Evangelista da Silvei-ra no dia 11 de junho.

O casal Basílio Evangelista e Maria Consuelo foi aben-çoado pelo nascimento de seis filhas e um filho: Tere-za (1911), Lourdes (1913), Domingos (1915, faleceu prematuramente), Olinda (1917), Noêmia (1918), Zil-da (1920) e Yvonne (1922). Tereza é nome de uma es-cola primária em Vila Júlia, Guarujá, SP, iniciativa do então deputado estadual Ivan Espíndola de Ávila. To-das foram casadas com ho-mens crentes e tiveram filhos crentes. Como se vê foi a ascendência de D. Olinda Silveira Lopes grandemente abençoada. Acalentou ela, pelos anos a fora, saudades de seus queridos pais.

A história do piano preto alemão

Ela confessa: “Eu era apai-xonada por piano”. Narra em seu livro “Memórias de uma vida feliz” que nas vi-sitas que fazia à casa de um primo de seu pai o que mais a encantava era o piano. Seu sonho era ter um piano e ela o viu ser realizado. Dizia ela que “já pertencia a um Deus que tudo vê”. Dona Aurora dos Santos era uma parteira, portuguesa, e grande amiga da família Silveira. Tinha um filho, de 5 anos, Otávio, que iniciara o estudo de piano.

D. Aurora sempre que le-vava o filho para as aulas de piano com o Maestro Orestes Conti passava para a jovem Olinda os ensinamen-tos que o filho recebia. Essa prática alimentada pela ânsia de aprender levaram Olinda a desenvolver seus conheci-mentos e apurar sua própria técnica. “Ah! Dona Aurora! Como Deus a usou para o meu futuro. Não tardou e comecei a tocar na minha igreja. Toquei em todas as igrejas a que pertencia (...) Tudo porque alguém me preparou com amor”.

Existia numa esquina da cidade entre as ruas Amador Bueno e Brás Cubas o Teatro Coliseu. A seu lado estava o Cine Coliseu. Havia neste cinema um piano preto ale-

mão, que era usado no tem-po do cinema mudo. Por in-termédio de Dona Aurora o gerente do cinema permitiu que Olinda nele estudasse e praticasse seus exercícios. A empresa colocou o piano à venda e D. Aurora persuadiu o senhor Basílio Evangelista a comprá-lo para a filha. Fi-nalmente o sonho do piano estava concretizado: “Um velho piano preto alemão chegou em nossa casa”. Daí em diante valsas vienenses, valsas românticas, marchi-nhas, tangos, maxixes, cho-rinhos eram ouvidas.

Veio então a surpresa. O piano preto alemão, um dia saiu de sua casa e foi para a casa do vizinho, o Maestro Pirro, que não sossegou en-quanto não o adquiriu. “Ou-tros pianos ali chegaram, comprados, em nossa casa. Mas nenhum tão valioso, tão precioso como o meu primeiro e saudoso piano preto alemão!”

“Mendonça, come gato esfola a onça”

De algumas das travessu-ras de Olinda transcrevo a que tem por título “O ami-go Mendonça”. Ele era um senhor de 70 anos, muito surdo. Para lhe falar era ne-cessário fazê-lo bem alto de forma que ele pudesse entender. O septuagenário era espírita kardecista que tudo fazia para converter D. Maria Consuelo, mãe de Olinda, que com convicção e segurança combatia o ve-lho amigo da família. Um dia seu Basílio disse perto das filhas: “Lá vem o Men-donça, come gato e esfola a onça”. As meninas pron-tamente decoraram o dito e toda vez que viam o senhor Mendonça se aproximar en-travam em casa cantando: “Mendonça, come gato e esfola a onça”, para anunciar sua presença.

Lembranças da Adolescência

A família mudou-se para a Rua Borges. Era um sobrado, amplo e confortável, cujo proprietário era também dono do armazem. Aquele trecho da rua transformou-se com a presença daquela fa-mília alegre e feliz. “Quatro adolescentes e duas jovens faziam do doce solar o ponto de encontro dos jovens da Igreja Batista do Calvário”, a que pertenciam.

O grupo organizou uma mini-orquestra com piano, dois violinos, uma flauta e um violão tocados res-

pectivamente pela jovem Olinda, pelo primo José, pelo Luís, que mais tarde casaria com uma de suas irmãs, pelo Lopes, futuro esposo de Olinda, e seu pai, Basílio Evangelista. O jovem Benedito Moraes, da mesma Igreja, também foi membro da mini-orquestra, marcando o ritmo com apenas duas colheres, abrilhantando mais ainda os recitais, que eram frequentes. Quando a fa-mília mudou de bairro e de casa a vizinhança chorando dizia: “Foi-se a alegria da rua”.

Foi nessa fase que um dia, após o recreio de uma Escola Bíblica de Férias, o jovem Antônio Lopes disse-lhe: “Olinda, vou me casar com você”. Diante do pasmo daquela que ouviu sua confi-dência ele completou: “Não é pra já. Você vai continuar seus estudos e eu também continuarei os meus”. Ela ti-nha 12 anos. Foi um namoro de sete anos que sedimentou o caminho que a levou ao casamento.

Noivado e CasamentoMuitas e muitas dúvidas

aninharam-se no coração da jovem pretendida pelo apai-xonado Antônio Lopes. Dú-vidas que persistiram e não foram suficientes para impe-dir o casamento de Olinda Silveira e Antônio Lopes, no dia12 de novembro de 1936, no templo da Primeira Igreja Batista de Santos, SP, minis-trado pelo Pastor José Nigro e pelo Pastor Alberto Augus-to. Foi um duplo casamento de vez que naquele mesmo dia e horário aconteceu o ca-samento de sua irmã Tereza com José Fernandes.

A chegada dos filhosA primeira filha foi Dulce

Consuelo nascida no dia 11 de dezembro de 1937. Hoje notável figura na vida denominacional, esposa do Pastor João Reinaldo Purim, mãe do Pastor João Reinaldo Purim Jr. Redatora há muitos anos do livro de meditações diárias intitula-do Manancial.

A segunda foi Lucília nas-cida no dia 30 de outubro de 1940 e que o Senhor levou no dia 4 de abril de 1941.

A terceira foi Noemi Lu-cília nascida no dia 6 de novembro de 1943. Casou--se com Jader Malafaia, e foi mãe de Aline. Perdeu o esposo num acidente auto-mobilístico. Casou-se tem-pos depois com o Pastor Ebenézer Soares Ferreira,

na época Reitor do Semi-nário Teológico Batista do Sul do Brasil. Jader e Noemi foram missionários especiais da Junta de Missões Mun-diais, na Bolívia, entre 1979 e 1981.

O primeiro filho homem, Antônio Lopes Filho, nasceu no dia 20 de março de 1948. Leigo que durante longos anos foi Diretor Contábil da Junta de Missões Nacinais e assessorou alguns Executivos daquela Instituição.

O Senhor concedeu ao ca-sal Antônio Lopes e Olinda Sillveira Lopes o privilégio de conceber o casal Maria Stela e Olney Basílio. Ele nasceu oito minutos depois dela. Ela casou-se com o Pas-tor Osvaldo Ferreira Bonfim e ele casou-se com Carmen Lúcia, filha do Pastor João Batista Martins de Sá. Osval-do foi Pastor em Madureira, Rio, depois missionários em Portugal e quando voltou o casal foi pastorear em Cam-po Grande, Mato Grosso; Olney pastoreou no Campo Carioca e depois sucedeu ao tio, Pastor Rubens Lopes, na Igreja Batista de Vila Maria-na, na cidade de São Paulo e outras no próprio Estado.

Netos e BisnetosNa ordem de nascimento

vamos relacionar os catorze netos do casal: Beatriz He-lena, 1966; Vanelli Cristina, 1968; João Reinaldo Júnior, 1971; Márcia Cristina, 1973; Ana Consuelo, 1973; Pris-cila, 1974; Olney Basílio Júnior, 1975; Guilherme Otávio, 1975; André, 1978; Aline, 1978; Maria Augusta, 1979; Suzana, 1980; e Es-têvão, 1981. O sexto teria sido um natimorto nascido em Portugal.

O número de bisnetos foi também motivo de grande alegria nos corações dos bi-savós: Raquel, 1995; Alana, 1997; Rafael, 1998; Juliane, 1996; Anna Lissa, 2000; Giovana, 2000; Davi, 2002; Leticia, 2003; Ana Ruth, 2004; Olney Neto, 2005; Hadassa, 2005; Daniel , 2005; Bianca, 2008; Isadora, 2008; Júlia, 2011; e Pedro Henrique 2013.

Vida EclesiásticaD. Olinda foi batizada na

Primeira Igreja Batista de Santos onde também foram batizados outros membros da família, sua avó, seus pais. Depois foram para a Igreja Batista do Calvário. Daí para a Igreja Batista da Liberdade, em São Paulo. Passaram outra vez pelas

D. Olinda, uma not ável entre notáveis

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duas igrejas mencionadas inicialmente. Foram para o Rio de Janeiro onde o Pastor Antônio Lopes formou-se pelo Seminário Betel. Re-tornou a São Paulo onde o Pastor Lopes pastoreou por 12 anos a Igreja Batista de Mogi das Cruzes. Retor-naram ao Rio e o casal foi recebido na Igreja Batista do Méier, pastoreada pelo Pastor José de Miranda Pin-to. Pastoreou a Igreja Batista de Cachambi e daí foi para a Segunda Igreja Batista de Inhaúma onde permaneceu 20 anos e ao sair foi home-nageado com o título de Pastor Emérito. Pastoreou ainda a Igreja Batista da Fundação da Casa Popular; a Igreja Batista de Moça Bo-nita; a Igreja Batista de Rio da Prata. Colaborou com o genro Pastor João Reynaldo na Igreja Batista de Senador Camará, no Rio. E findou seus dias como membro da Igreja Batista de Jardim Atu-ba, em Pinhais, PR, ainda com seu genro.

Em todas as igrejas D. Olinda deu sua parcela de cooperação como pianista organista e regente de coros e congregações. Foi Supe-rintendente e Professora da Escola Bíblica. Organizou coros de jovens e crianças que se apresentaram por ocasião de comemorações natalinas. Seu último Pastor foi o Rodney Nelson Barto-lozzo, que sucedeu a seu genro, depois de onze anos. Da Igreja Batista de Jardim Atuba foi para a “Igreja dos Remidos no Céu”, com Jesus o “Sumo Pastor”, recebida no dia 14 de dezembro de 2013.

Na “torre” d’O Jornal Batista

Entre maio de 1964 e ju-nho de 1977, “O Jornal Ba-tista” publicou, na primeira página, a “Torre”, coluna que destacava o tema pal-pitante da semana, a data histórica, o Presidente da Convenção, a visita ilustre que do exterior vinha ao Brasil, o trabalho feminino e masculino, as conquistas missionárias. Semanalmente um vulto batista encabeçava a “torre”. D. Olinda, salvo engano, desfilou por ela em três oportunidades. A primeira em 25 de junho de 1967 ressaltando o “Dia de Educação Feminina”. A segunda, coincidentemen-te, no mesmo dia, no ano de 1972 ao lado de duas notáveis mulheres: Darcília Moreira Pereira e Sophia Ni-

chols, também no contexto do “Dia de Educação Femi-nina”. O Diretor d’O Jornal Batista, Pastor José dos Reis Pereira, indagou delas sobre a fusão das organizações de adolescentes, a fusão das organizações de jovens, a preparação de revistas iguais para elas e a fusão das organizações superiores, SEC com o Seminário do Norte e IBER com o Semi-nário do Sul. E a última no dia 9 de maio de 1976, por ocasião do “Dia das Mães”, ressaltando a importância dela como “Mãe de Pastor, Esposa de Pastor e Sogra de Pastor”.

Na União Feminina Missionária Batista

do BrasilD. Olinda ocupou vários

cargos na Diretoria da União Feminina. Sua presença foi tão notória nas assembleias da or-ganização que ela, eleita pela primeira vez, em 1967, foi reeleita em 1968, novamente em 1969; depois em 1971, 1972, 1973 e 1974; voltou em 1980. Em 1968 ela escreveu pequenas i n fo rmações biográficas das Presidentes que passaram pela organização. Era o ano do Jubileu de Diamantes, 1908/1968. Ela só não conseguiu superar na presidência a irmã Esther Silva

Dias, absoluta nas décadas de 1930 a 1950.

Na Convenção Batista Brasileira

A presença de D. Olinda durante a década de 1970 foi constante na Diretoria da Convenção Batista Brasileira. Cinco vezes, alternou a 2ª e a 3ª Secretaria. Foi eleita pela primeira vez em 1971, em Campos, RJ; depois em 1973, em Recife, PE; depois em 1974, em Brasília, DF; depois em 1978, em Recife, PE; depois em 1979, em São Paulo, SP. Como membro da Diretoria era também participante das reuniões

d a J u n t a E x e c u t i v a d a Convenção Batista Brasileira.

ConclusãoSomos gratos a Deus pela

vida de D. Olinda e pela vida do Pastor Antônio Lopes. Ele foi chamado por Deus no dia 4 de dezembro de 2002. Ela no dia 14 de dezembro de 2013. O título de nosso trabalho foi “D. Olinda, uma notável entre notáveis”. Paulo menciona Andrônico e Júnias, seus parentes e companheiros de prisão, os quais foram no-táveis entre os apóstolos e que encontraram a Cristo antes dele. Creio que não exagerei no título da homenagem.

D. Olinda, uma not ável entre notáveis

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OBITUÁRIO

14 o jornal batista – domingo, 26/01/14 notícias do brasil batista

Eunice Lourenço Silva Jardim – irmãMembro da Congregação Batista Memorial de Arcoverde, PE

Partiu, no dia 30 de janei ro de 2013, para estar com o Se-nhor, a minha que-

rida irmã Noemi Lourenço Barros. Das mensagens que recebemos por ocasião da sua morte, uma de sua so-brinha Paula foi a que mais me tocou, quando ela disse: “Deus levou um anjo”. Noe-mi foi um anjo que viveu en-tre nós. Espalhou bondade, amizade, carinho, atenção

Joel Pereira dos SantosDiácono da PIB do Rocha, São Gonçalo, RJ

O pastor José Abí-lio Dantas, bem conhecido na co-munidade batista

de São Gonçalo, RJ, partiu para a eternidade. O sepul-tamento ocorreu no dia 13 de dezembro do ano findo, no Cemitério Parque da Paz. Vários pastores estiveram presentes na cerimônia fúne-bre, levando o seu carinhoso abraço de condolência à viú-va Felma e demais familiares.

O saudoso pastor conhe-ceu a Cristo quando tinha apenas 14 anos de idade, em pequeno lugarejo do sertão da Paraíba, onde residia com sua família. Seu pai, homem bem austero e incrédulo, não aceitou a decisão que o filho havia feito.

Logo em seguida, Abílio, menino pobre, desprovido de dinheiro, documento e sem instrução, resolveu deixar a sua casa, a sua terra, e vir para o Rio de Janeiro. A longa viagem foi num caminhão “pau de arara”. Aqui chegan-do, foi trabalhar como aju-dante de pedreiro, morando no próprio canteiro da obra.

Ainda bem jovem, com apenas 19 anos, chegou à Pri-meira Igreja Batista do Rocha, em São Gonçalo, RJ, onde deu a sua pública profissão de fé no dia 19 de setembro de 1954. Coincidentemente, na mesma data, a jovem Fel-ma Moreira decidia seguir a Cristo, procedendo da mes-ma maneira. Não se imagi-nava que seria ela o futuro amor de Abílio, que deu em casamento.

por onde passou. E passou por muitos lugares, porque, nascida em Arcoverde, Per-nambuco, no dia 28 de julho de 1945, logo cedo, quase uma adolescente, mudou--se para o Recife, PE, para estudar no SEC. Depois de formada no SEC, seguiu para o campo missionário na ci-dade de Piaçabuçu – Alago-as. Retornou ao Recife para estudar Música Sacra no Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. Foi para Brasília, onde ingressou no Ministério das Relações Ex-teriores, como Assistente de Chancelaria. Nessa função passou por vários países dei-

Abílio, de imediato, pas-sou a revelar a sua vontade de servir à igreja. Não tardou muito e foi nomeado para exercer o cargo de Diretor do Departamento de Jovens da EBD. Foi também um dos membros indicados para representarem a igreja na Convenção Batista Flumi-nense, realizada nos dias 26 a 31 de julho de 1959, na IB do Fonseca. Dois anos após, veio a ser o primeiro tesoureiro de construção do novo templo da Igreja a que vinha servindo.

Dois acontecimentos im-portantes marcaram bastante a vida de Abílio em 1962. Foi eleito dirigente da então Congregação que a Igreja mantinha no bairro de En-genho Pequeno. Também, contraiu núpcias com a jo-vem Felma Moreira. O ma-trimônio verificou-se no dia 08 de setembro, celebrado pelo pastor Jairo Pessanha Malafaia.

Foi indicado para servir ao ministério diaconal no dia 12 de novembro de 1964. A consagração se deu na noite de vigília de 31 de dezem-bro do mesmo ano.

A partir de 1965, passa a ser o dirigente da Congrega-ção no bairro da Estrela do Norte. Nesse mesmo ano, no dia 23 de dezembro, a igreja delibera, unanime-mente, recomendá-lo ao Seminário Teológico Ba-tista do Sul do Brasil. Na ocasião, o pastor Jairo se expressara com estas pa-lavras: “Manifesto minha gratidão por esta ovelha que foi imersa nas águas do batismo por minhas mãos, consagrado ao diaconato e

xando seu testemunho cris-tão e sua marca de alegria, amizade, companheirismo... um anjo.

Em 1995, quando estava em uma missão do seu traba-lho na Embaixada Brasileira em Tóquio, no Japão, sofreu um infarto cerebral que a deixou tetraplégica. Retor-nou, então, depois de quase trinta anos para Arcoverde, para receber os cuidados da nossa família. Mesmo depois de acamada continuou sendo uma benção, pois nesses 17 anos de lutas pudemos ver claramente a mão de Deus agindo sobre ela e sobre nós, revigorando nossas forças,

agora parte para, num futuro bem próximo, servir à Causa como Pastor”.

José Abílio, como semi-narista, exercia também a profissão de comerciante. O seu comércio, “Alfaiataria Rei da Elegância”, situada no centro de Niterói, na rua da Conceição, já era suces-so. Prosperava bastante. O terno de casamento do autor desta nota foi confeccionado nessa casa e entregue por Abílio poucos dias antes das núpcias.

No dia 13 de janeiro de 1968 se dá a organização em igreja da congregação na Estrela do Norte. Poucos dias depois, verifica-se a consagração ao Ministério Pastoral do seminarista José Abílio Dantas. Com isso, resolve deixar a atividade de

paciência e disposição a cada dia. Uma vez por mês o culto noturno da nossa pequenina Congregação Batista Memo-rial de Arcoverde, com Ceia do Senhor, era realizado ao redor do seu leito, sob a di-reção do nosso Pastor Josué José de Souza. Foram 17 anos de lutas, mas também de aprendizado, crescimento na fé e como seres humanos.

Era viúva do Sr. Jovaldo Barros e deixou dois filhos Adriano e Murilo e um ente-ado Homero Jefferson (maio-res). Quando adoeceu, em 1995 era membro e organista da Segunda Igreja Batista do Plano Piloto em Brasília (DF),

comerciante para se dedicar integralmente ao Ministério da Palavra.

O pastor José Abílio pas-toreou as seguintes igrejas: Estrela do Norte, Porto da Pedra e Tribobó (São Gon-çalo), Japuíba (Cachoeiras de Macacu), Venda das Pedras e Porto das Caixas (Itaboraí), no Estado do Rio, e Cruzeiro do Oeste, no Paraná. Nos últimos tempos, servia à igreja na Estrela do Norte, prestando valioso auxilio ao pastor titular.

Abílio fez a sua decisão de seguir a Cristo na PIB do Rocha, em São Gonçalo. Ali deu a sua pública profissão de fé e também se batizou. Contraiu matrimônio, foi recomendado ao seminário, onde realizou os seus estu-dos visando ao Ministério da

pastoreada na época pelo Pr. Victor Hugo Mendes de Sá. Deus seja louvado por ter--nos dado a alegria de con-viver com Noemi, um anjo.

Palavra. Dali saiu para pas-torear a sua primeira igreja.

Faleceu aos 78 anos de idade, em razão de uma cruel enfermidade. Findou--se a trajetória de um meni-no simples, analfabeto, do sertão da Paraíba, que veio para o Rio tentar melhores condições de vida. Lutou bastante, conheceu a Cristo, construiu uma excelente família, tornando-se um de-dicado e amoroso esposo e pai exemplar.

Deixa, bem saudosos, a esposa Felma e os quatro filhos Janderson, Janilma, Joselma e Joselmo, assim como as demais pessoas que com ele conviviam e muito o prezavam. Foi um gran-de vencedor. A Deus toda honra e louvor pela vida do pastor José Abílio Dantas.

Noemi Lourenço Barros

Pastor José Abilio Dantas

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15o jornal batista – domingo, 26/01/14ponto de vista

O Plano Diretor de Educação Religio-sa da Convenção Batista Brasileira,

PDER como é chamado, foi resultado de um longo perío-do de trabalho de campo em igrejas em diversas regiões. Neste empreendimento atua-ram diversos especialistas no campo da educação e educa-ção religiosa.

O PDER teve seu início quando, em janeiro de 2005, a Assembleia da CBB no Rio de Janeiro decidiu a extinção da JUERP, a Comissão de Educa-ção Religiosa do Conselho Ge-ral da CBB ficou encarregada em estudar um novo plano de educação religiosa visando dar às igrejas um novo momento para esta tão importante área da vida denominacional. A Comissão logo percebeu o ta-manho da responsabilidade e comunicou ao Conselho Geral a necessidade em se manter o funcionamento normal da oferta do currículo e da litera-tura às igrejas, pois, entendia a Comissão, que era neces-sário um trabalho profundo de estudos e descobertas que demandaria tempo maior do que o esperado.

A grande pergunta na épo-ca foi: “Como desenvolver um novo plano de educação religiosa para cerca de 10 mil comunidades (entre igrejas, congregações e frentes missio-nárias)?” Antes de tudo a Co-

missão entendeu que deveria fazer um levantamento entre igrejas e líderes para conhecer o perfil do que existia em ter-mos do trabalho na educação religiosa, além de levantar as necessidades das igrejas. Apurados os resultados a Co-missão tomou conhecimento que de fato era necessário um “repensar” completamente da educação religiosa batista no Brasil e assim surgiu a ideia de se criar um plano de educação religiosa que pudesse con-templar as necessidades das igrejas em seus mais variados contextos. Neste mesmo tem-po a estrutura da CBB foi alte-rada e o Comitê de Educação Religiosa assumiu o trabalho envolvendo outros educadores e especialistas em educação e, então, surgiu o Plano Diretor de Educação Religiosa (PDER) que foi aprovado pelo Con-selho Geral da CBB em sua assembleia de agosto/2011.

Sem dúvida, ao longo do tempo, muito foi feito e muita dedicação foi empreendida no campo da educação reli-giosa por nossa denominação, mas descobriu-se que muitas necessidades locais não esta-vam sendo atendidas com o sistema atual. Como alcançar cada igreja batista deste país--continente? Esta foi uma das principais preocupações ao se elaborar o PDER.

Um dos pontos que ficou claro desde o início foi que

a produção da literatura, do currículo e programa geral e das organizações deveriam continuar normalmente, pois estavam e estão atendendo as igrejas de modo geral, possuindo papel importante como transmissão dos funda-mentos e ideais batistas para nossas igrejas.

Como, então, alcançar cada igreja local e suas necessida-des específicas dentro de seu perfil, do perfil de seus mem-bros, seus alvos próprios?

Partimos para estudar no campo como algumas igrejas estavam dando conta des-tes alvos e, depois de um levantamento destes dados, conseguimos elaborar um plano que viria trazer nova luz para que as igrejas locais pudessem ser alcançadas, mas mantendo o sistema atual para poder também atender de modo geral as próprias igrejas.

Então, quais vantagens o PDER traz para cada igreja local?

• Ser atendida a partir das necessidades locais, do perfil de seus membros;

• Ter um projeto pedagó-gico a partir de suas caracte-rísticas e objetivos que deseja alcançar;

• Literatura, currículo a par-tir da necessidade local;

• Ter uma área de educa-ção que seja integradora e

apoiadora das demais áreas da igreja numa visão de pla-nejamento estratégico, global e integrado para toda igreja;

• Ter estrutura educacional ajustada dentro das caracterís-ticas próprias da igreja local;

• Promover capacitação continuada de líderes.

Em vez de ser um programa fechado de educação religiosa em que a igreja local tem de se adaptar, o PDER tem o que podemos chamar de “arquite-tura aberta”, isto é, tem a igre-ja local como seu ponto de partida e de chegada: o que a igreja e o crente necessitam do ponto de vista bíblico; e, a igreja local em sua situação e contexto, necessidades, perfil, público alvo, etc.

Sem dúvida essa mudan-ça radical no modo de fazer educação exige um longo processo para poder alcançar todo este país continental. Já estamos atuando no proces-so de conscientização em diversos Estados por meio do envolvimento de diversas convenções estaduais. Dos três manuais básicos, já pos-suímos o manual explicativo do PDER e o Manual para o Planejamento Educacional para sua igreja. Estamos agora trabalhando no manual para a construção do projeto pe-dagógico para sua igreja, que vai lhe ensinar a construir a educação a partir de suas ne-

cessidades e perfil local. Este manual vai ensinar-lhe a le-vantar o perfil de sua igreja e seu entorno, o que vai ajudar muito até no planejamento da igreja e mesmo do púlpito.

Alguns líderes também tem mostrado preocupação sobre o uso de literatura que não seja vinda da CBB ou suas orga-nizações, para poder atender algumas necessidades. Neste sentido o Comitê de Educação Religiosa da CBB já entregou à presidência da CBB os critérios para a certificação de materiais e editoras para poder dar às igrejas, pastores e líderes a segurança em obter materiais compatíveis com nossos ideais denominacionais.

O Departamento de Edu-cação Religiosa da CBB está trabalhando para operacio-nalizar os procedimentos de apoio às igrejas locais, que poderá ser contatado por meio do escritório da CBB, além disso, você também poderá entrar em contato comigo pelo e-mail [email protected]. No momento estamos na coordenação do Comitê de Educação Religio-sa, até janeiro próximo.

Visualizamos um futuro muito promissor e de fortale-cimento bíblico, doutrinário, espiritual e participativo para nossas igrejas com a implanta-ção do PDER. Sigamos juntos nesse novo ideal e conquiste-mos estes desafios.

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