gestao da qualidade
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GESTÃO DA QUALIDADE
ELTON ANTÔNIO ALVES PEREIRA
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
DO TRIÂNGULO MINEIRO EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
GESTÃO ORGANIZACIONAL – GESTÃ DA QUALIDADE
ELTON ANTÔNIO ALVES PEREIRA
UBERABA – MG 2010
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO - CAMPUS UBERABA
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Luiz Inácio Lula da Silva
MINISTRO DA EDUCAÇÃO Fernando Haddad
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
Eliezer Moreira Pacheco
REITOR Eurípedes Ronaldo Ananias Ferreira
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
Roberto Gil Rodrigues Almeida
DIRETOR GERAL Paulo Vitório Biulchi
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO
Abadio dos Reis Silva Leite
DIRETOR DE ENSINO Luiz Alberto Rezende
COORDENADORA GERAL DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Frederico Renato Gomes
SUPERVISÃO PEDAGÓGICA Letícia Palhares Ferreira
PEREIRA, Elton Antonio Alves. Gestão da Qualidade.
Curso Técnico em Edificações – Disciplina: Gestão
Organizacional. Uberaba, MG: Instituto Federal Triângulo
Mineiro, Pró-Reitoria de Ensino, 2010.
Revisão de Tamara Aparecida Lourenço
Sobre o autor
Elton Antônio Alves Pereira
É especialista em Controladoria e Finanças pela FUNDACE
(FEARP/USP), graduado em Administração pela Universidade de
Uberaba (UNIUBE). Atuou como Professor substituto do IFTM - campus
Uberaba, ministrando aulas nos diversos cursos de nível técnico,
graduação e especialização em disciplinas correlatas à área de gestão,
também foi professor na Universidade de Uberaba ministrando aulas
pela modalidade EaD, nos cursos de Administração e Ciências
Contábeis. Atualmente é Professor efetivo do IFTM - Campus Uberaba.
Sumário
Noções de Gestão da Qualidade
Ao terminar o estudo deste roteiro de estudos, você deverá estar
preparado para:
� conhecer o conceito e importância da prática de qualidade nas
organizações;
� identificar e aplicar as ferramentas da qualidade;
� distinguir qualidade em seus diversos âmbitos dentro da
instituição;
� indentificar inadequações no contexto empresarial.
“A qualidade nunca se obtém por acaso; ela é sempre o resultado do
esforço inteligente.” (John Ruskin)
Olá, seja bem-vindo(a) a mais um roteiro de estudos do nosso
curso. Você está recebendo um material que se destina a auxiliá-lo em
seus estudos sobre noções de gestão da qualidade.
Juntos, estaremos discutindo e aprendendo, teorias e ferramentas
utilizadas no dia a dia das empresas com o intuito de promover a gestão
da qualidade, porém não é possível estudar o tema sem conhecer o
significado da palavra.
ROTEIRO DE ESTUDOS
OBJETIVOS
Você já se perguntou o que é qualidade? Já teve a
curiosidade de fazer esta pergunta a seus amigos e
familiares? Será que as respostas obtidas serão as
mesmas?
Todavia, sabemos que existem diversas definições para qualidade
e que apresentar qualidade nos produtos, serviços e processos
organizacionais não é mais uma estratégia de diferenciação no
mercado, mas uma condição fundamental para a sobrevivência das
organizações em um mercado cada vez mais competitivo.
Qualidade está presente em nossas vidas, seja no profissional ou
pessoal, por isso apresento a você, as mais importantes definições de
qualidade, representada de diversas formas na figura abaixo:
Excelência
� O melhor que se pode fazer. O padrão mais
elevado de desempenho em qualquer campo de
atuação.
Valor
� Qualidade como luxo. Maior número de atributos.
Utilização de materiais ou serviços raros, que
custam mais caro.
� Valor é relativo e depende da percepção do
cliente, seu poder aquisitivo e sua disposição para
gastar.
Especificações
� Qualidade planejada. Projeto do produto ou
serviço. Definição de como o produto ou serviço
deve ser.
Conformidade � Grau de identidade entre o produto ou serviço e
suas especificações.
Regularidade � Uniformidade. Produtos ou serviços idênticos.
Adequação ao uso � Qualidade de projeto e ausência de deficiências.
Fonte: Maximiano (2008, p. 115)
Figura 1 - Definições da ideia da qualidade.
Agora que entendeu o que é qualidade, podemos caminhar rumo
ao sucesso de nosso aprendizado, para isso, se faz necessário neste
momento recorrer à disciplina de História, para que juntos, possamos
traçar a evolução da qualidade, em diversas culturas, povos, países e
organizações. Boa leitura!
Evolução da Qualidade
Com o advindo da globalização e a competição acirrada das
organizações, os consumidores conscientes do poder que exercem no
universo corporativo, exigem produtos e/ou serviços de qualidade que
atendam de maneira satisfatória as suas expectativas.
Nota-se que um número crescente de empresas, por intermédio de
seus principais gestores, passou a enfatizar a importância da qualidade
nos produtos, serviços e processos produtivos e que a dedicação ao
processo de qualidade deve ser constante uma vez que a necessidade
dos consumidores são mutáveis.
Enganam-se quem pensa que a preocupação com a qualidade dos
produtos oferecidos aos clientes é coisa recente. Estima-se que por
volta do século XVIII a.C, tenha sido elaborado o Código de Hamurabi,
pelo rei Hamurabi da primeira dinastia babilônica. O código é baseado
na lei de talião, “olho por olho, dente por dente”.
Foram talhadas 281 leis em uma rocha de cor escura e uma das
leis demonstrava a preocupação com a qualidade das moradias
produzidas uma vez que a mesma relatava que se uma casa mal
construída causasse a morte de uma pessoa, o construtor seria
condenado à morte.
Percebe-se então que desde o reinado de Humurabi foi trilhado,
em diferentes culturas, momentos e países, um árduo caminho para que
as teorias e práticas da qualidade atingissem a sua culminância.
Porém, é bem sabido que a qualidade que é apreciada hoje teve
sua origem um pouco antes da Revolução Industrial, nesta época era
perceptível a preocupação com a qualidade dos produtos.
Essa fase foi classificada como Era da Inspeção uma vez que
deveria ser garantido que todos os produtos fabricados teriam as
mesmas características e não apresentariam defeitos, para tanto era
necessário a inspeção produto por produto.
Todavia na era seguinte, Controle Estatístico, obtivemos o
aperfeiçoamento da inspeção por meio da utilização de técnicas
estatísticas, em função da ascensão da empresa industrial e da
produção massificada, inviabilizando a inspeção produto por produto.
Neste controle selecionava-se uma amostragem, aleatoriamente,
uma certa quantidade de produtos para ser inspecionado, de maneira
que representasse todo o grupo e, a partir deles, verificava-se a
qualidade de todo o lote.
Já na Era da Qualidade Total, vivenciada neste momento por
todos nós a ênfase passa a ser no cliente e no atendimento de todas as
suas necessidades e expectativas, logo passamos a defender que a
qualidade dos produtos e/ou serviços prestados e de responsabilidade
de toda a empresa – colaboradores, diretores, gerentes e setores.
Na figura 2 foi representado de forma resumida as questões
discutidas acima, para facilitar o seu entendimento e compreensão do
conteúdo.
Era da Inspeção Era do Controle
Estatístico Era da Qualidade Total
� Observação direta
do produto ou
serviço pelo
fornecedor ou
consumidor
� Produtos e serviços
inspecionados um a
um ou
aleatoriamente
� Observação direta
do produto ou
serviço pelo
fornecedor, ao final
do processo
produtivo
� Produtos e serviços
inspecionados com
base em amostras
� Produtos e serviços
definidos com base
nos interesses do
consumidor
� Observação de
produtos e serviços
durante o processo
produtivo
� Qualidade garantida
do fornecedor ao
cliente
Fonte: Maximiano (2008, p. 119)
Figura 2 - Três eras ou estágios do movimento da administração da
qualidade.
Mesmo sendo uma evolução notam-se hoje no mercado,
empresas vivenciando a era da inspeção outras do
controle estatístico e por fim algumas delas na era da
qualidade total. Você já se perguntou por que este fato
acontece?
Este fato ocorre, pois cada organização é única e difere das outras
em seu processo de evolução. Cada empresa encontra-se em momento
e situação diferenciada umas das outras.
Por isso, se vislumbrar empresas vivenciando, neste momento, a
era da inspeção, isso não significa que a instituição é menos ou mais
produtiva e rentável que as que praticam a era da qualidade total. Cada
uma possui sua própria evolução e objetivos. O mais importante é a
prática da qualidade!
É através do exercício da qualidade que iremos distinguir
organizações de sucesso, que perduram por muitos anos no mercado,
daquelas fardadas ao fracasso e desprestígio dos clientes, por não
apresentarem qualidade nos produtos e/ou serviços prestados ao
mercado.
Ter qualidade não representa, nos dias atuais, diferencial de
competitividade para qualquer organização e sim uma obrigação, caso o
mesmo deslumbre sua sobrevivência e permanência no mercado.
Agora que você já entendeu a evolução da qualidade e sua
importância para o contexto empresarial, poderá iniciar os estudos que
irão aprofundar seus conhecimentos com relação às ferramentas que
auxiliam no processo de prática da qualidade. Vamos lá!
Ferramentas da Qualidade
Você irá se fascinar com este universo. Tenho certeza que as
ferramentas que iremos apresentar e estudar em nosso material
proporcionará a você uma fantástica jornada de aprendizado e práticas
organizacionais, capazes de alterar e beneficiar suas rotinas de trabalho
e a excelência dos produtos e/ou serviços prestados aos seus clientes.
Você deve estar se perguntando neste momento: O que
são as ferramentas da qualidade? O uso das ferramentas
é difícil? Devo dominar o uso da matemática?
Pois bem, as ferramentas da qualidade são técnicas que
empregamos com o intuito de definir, mensurar, analisar e propor saídas
para os problemas que interferem no bom desempenho dos processos
de trabalho.
Decididamente não é difícil utilizá-las, porém devemos tomar
cuidado na hora de escolher a ferramenta adequada para estudar um
determinado problema. O uso da matemática se faz necessário em
termos de conhecimento básico. Também podemos utilizar programas
de computador, como o Excel, para processar dados. Mergulharemos
juntos neste universo de conhecimentos que nos é apresentado. Ótimos
estudos!
Brainstorming
O Brainstorming é de autoria de Alex Osborn e consiste em uma
técnica de ideias em grupo que envolve a contribuição espontânea de
todos os participantes, ou seja, é uma metodologia de exploração de
ideias, visando à obtenção das melhores soluções de um grupo de
pessoas.
Na sessão de Brainstorming, conhecido também como
“tempestade de ideias”, através da participação do grupo obtemos
soluções criativas e inovadoras para os problemas organizacionais.
O clima de envolvimento e motivação gerado pela ferramenta
assegura melhor qualidade nas decisões tomadas pelo grupo, maior
comprometimento com a ação e um sentimento de responsabilidade
compartilhado por todos.
O Brainstorming pode ser aplicado na busca de solução para
qualquer problema empresarial e mostra-se útil quando se deseja a
participação de todos os colaboradores da organização.
Todas as pessoas, independente do cargo que ocupa dentro da
organização, podem utilizar o Brainstorming, pois representa uma
ferramenta de uso simples. Porém, você deve estar atento às regras de
condução do processo que necessariamente é executada por uma única
pessoa.
Existem dois tipos de Brainstorming, o estruturado e o não
estruturado, cada um com especificações simples que relataremos a
seguir:
Estruturado – Consiste na participação do grupo todo, cada um
participando uma única vez a cada nova rodada, expondo uma ideia
acerca do problema em discussão. Isso normalmente obriga até mesmo
aos colaboradores tímidos participarem, porém também pode criar certa
pressão sobre esta pessoa.
Não Estruturado – Os membros do grupo participam na medida
em que as ideias irão surgindo, isso proporciona um ambiente mais
relaxado entre os participantes, porém pode existir o domínio por parte
daqueles colaboradores mais extrovertidos.
Para que você possa realizar e obter êxito na sessão de
Brainstorming é necessário expor para o grupo que durante a reunião
para a realização da “tempestade de ideias” algumas regras são
estabelecidas, tais como:
• Enfatizar quantidade e não qualidade das ideias;
• evitar críticas, avaliações e julgamentos sobre as ideias;
• apresentar as ideias tais como elas surgem na cabeça, sem medo
de dizer bobagem;
• estimular todas as ideias por mais malucas que possam parecer;
• pegar carona nas ideias dos outros, criando a partir delas;
• escrever as palavras do participante, não interpretá-las.
Além das regras, para utilizar o Brainstorming existem algumas
etapas básicas, necessárias para a constituição de uma sessão, que
são descritas no quadro a seguir:
Etapa Método Dicas para a condução
1) Introdução
- Inicie a sessão
esclarecendo os seus
objetivos, a questão ou o
problema a ser discutido.
- Crie um clima
descontraído e agradável.
- Esteja certo de que todos
entenderam a questão a
ser tratada.
- Redefina o problema, se
necessário.
2) Geração de ideias
- Dê um tempo para que
pensem no problema.
- Solicite, em sequência,
uma ideia a cada
participante, registrando-a
no flip chart.
- Caso um participante não
tenha nada a contribuir,
deverá dizer simplesmente
"passo".
- Não se esqueça de que
todas as ideias são
importantes, evite
avaliações.
- Incentive o grupo a dar o
maior número de ideias.
- Mantenha um ritmo
rápido na coleta e no
registro das ideias.
- Na próxima rodada, essa
pessoa poderá dar uma
ideia.
- São feitas rodadas
consecutivas até que
ninguém tenha mais nada
a acrescentar.
- Registre as ideias da
forma como forem ditas.
3) Revisão da lista
- Pergunte se alguém tem
alguma dúvida e, se for o
caso, peça à pessoa que a
gerou para esclarecê-la.
- O objetivo dessa etapa é
esclarecer e não julgar.
4) Análise e seleção
- Leve o grupo a discutir as
ideias e a escolher aquelas
que valem a pena
considerar.
- Utilize o consenso nessa
seleção preliminar do
problema ou da solução.
- Ideias semelhantes
devem ser agrupadas;
ideias sem importância ou
impossíveis devem ser
descartadas.
- Cuide para que não haja
monopolização ou
imposição de algum
participante.
5) Ordenação das ideias
- Solicite que sejam
analisadas as ideias que
permaneceram na lista.
- Promova a priorização
das ideias, solicitando, a
cada participante, que
escolha as três mais
importantes.
- A votação deve ser
usada apenas quando o
consenso não for possível.
Fonte: Programa SEBRAE de Qualidade Total
Figura 3 - Etapas básicas de uma sessão de Brainstorming
Proponho a você um desafio, que prepare uma sessão de
Brainstorming em seu local de trabalho a fim de solucionar problemas
que considera pertinentes a área. Vamos praticar?
Tenho certeza que você está apto a desenvolver este desafio em
seu ambiente de trabalho. O aprendizado acontece quando você
confronta as teorias apresentadas no módulo com as suas vivências e
experiências profissionais e pessoais.
PDCA
O ciclo PDCA, foi introduzido no Japão após a II Guerra Mundial,
idealizado por Walter Shewhart e divulgado por Deming, quem
efetivamente o aplicou. O mesmo pode ser aplicado a qualquer tipo de
empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios,
independentemente da área de atuação da empresa.
Mas o que é o ciclo PDCA pra você? Quais os benefícios
da utilização desta ferramenta para a gestão da
qualidade?
O PDCA é um ciclo de análise e melhoria. O Ciclo PDCA (em
inglês Plan, Do, Check e Action) é uma ferramenta gerencial de tomada
de decisões para garantir o alcance das metas necessárias à
sobrevivência de uma organização, sendo composto das seguintes
etapas:
Fonte: http://rapidoerasteiro.wordpress.com/2010/01/25/planejar-
executar-verificar-agir/
Figura 4 - Ciclo PDCA
Planejar (PLAN)
• Definir as metas a serem alcançadas;
• Definir o método para alcançar as metas propostas.
Executar (DO)
• Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa
de planejamento;
• Coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de
verificação do processo;
• Nesta etapa são essenciais a educação e o treinamento no
trabalho.
Verificar, checar (CHECK)
• Verificar se o executado está conforme o planejado, ou seja,
se a meta foi alcançada, dentro do método definido;
• Identificar os desvios na meta ou no método.
Agir corretivamente (ACTION)
• Caso sejam identificados desvios, é necessário definir e
implementar soluções que eliminem as suas causas;
• Caso não sejam identificados desvios, é possível realizar um
trabalho preventivo, identificando quais os desvios são
passíveis de ocorrer no futuro, suas causas, soluções etc.
O PDCA pode ser utilizado na realização de toda e qualquer
atividade da organização. Sendo ideal que todos da organização
utilizem esta ferramenta de gestão no dia a dia de suas atividades.
Desta forma, elimina-se que muitas organizações insistem em
perpetuar e que incentiva a se realizar o trabalho sem antes planejar,
desprezando o autocontrole, o uso de dados gerados pelas medições
por indicadores e a atitude preventiva, para que os problemas dos
processos nunca ocorram.
Além dos conceitos para utilizar o ciclo PDCA existem algumas
etapas básicas, necessárias para a constituição no mesmo, que são
descritas no quadro a seguir:
PDCA
FLUXO ETAPA OBJETIVO
P
1 Identificação do
problema
Definir claramente o problema/processo e
reconhecer sua importância.
2 Observação
Investigar as características específicas do
problema/processo com uma visão ampla e
sob vários pontos de vista.
3 Análise Descobrir a causa fundamental.
4 Plano de ação Conceber um plano para bloquear a causa
fundamental.
D 5 Execução Bloquear a causa fundamental.
C 6 Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo.
A
7 Padronização Prevenir contra o reaparecimento do
problema.
8 Conclusão Recapitular todo o método de solução do
problema para trabalhos futuros.
Fonte: www.sspj.go.gov.br/policia.../material-de-apoio.doc
Figura 5 – Etapas ciclo PDCA
De posse das informações pertinentes ao ciclo PDCA, você poderá
aplicar mais uma das ferramentas utilizadas na gestão da qualidade com
o intuito de desenvolver e melhorar os processos existentes da
organização.
Diagrama de Causa e Efeito
O Diagrama de Causa Efeito foi desenvolvido em 1943, quando
Kaoru Ishikawa explicava a um grupo de engenheiros de uma
organização japonesa a maneira como diversas causas podiam ser
ordenadas de uma forma lógica.
Este diagrama também é conhecido por "Diagrama de Ishikawa"
ou "Diagrama de Espinha de Peixe", devido a sua forma. O diagrama
permite de maneira simples, agrupar e visualizar as várias causas que
estão na origem de qualquer problema e/ou resultado que se pretenda
melhorar.
A composição destes diagramas é feita rotineiramente por equipes
de trabalho envolvendo todos os atuantes do processo em questão. No
primeiro momento, identifica-se o problema e/ou efeito a estudar, logo
após, lista-se as possíveis causas desse problema. Não tem mistério o
Diagrama de Causa e efeito é bem simples e de fácil utilização. Veja no
exemplo:
Fonte: Ferramentas da Qualidade - SEBRAE
Figura 6 – Diagrama de Causa e Efeito
Sistema “5S”
O programa "5S" foi implantado do Brasil em 1991, pela Fundação
Cristiano Ottoni e surgiu no Japão, quando vivia a chamada crise de
competitividade, nas décadas de 50 e 60, após a Segunda Guerra
Mundial.
Naquela época percebeu-se que nas fábricas japonesas havia
muita sujeira sendo, portanto necessária uma reestruturação e limpeza.
O país precisava reestruturar-se, organizar as indústrias e melhorar a
produção para ser compatível com o mercado mundial.
O método tem este nome por tratar-se de um sistema de cinco
conceitos básicos e simples, porém essenciais e que fazem a diferença
na gestão da qualidade.
É possível eliminar o desperdício através da implantação dos 05
conceitos representados em cinco fases distintas, a saber:
• SEIRI – Senso de Utilização
Separar o útil do inútil, eliminando o desnecessário.
• SEITON – Senso de Arrumação
Identificar e arrumar tudo, para que qualquer pessoa possa
localizar facilmente.
• SEISO – Senso de Limpeza
Manter um ambiente sempre limpo, eliminando as causas da
sujeira e aprendendo a não sujar.
• SEIKETSU – Senso de Saúde e Higiene
Manter um ambiente de trabalho sempre favorável à saúde e
higiene.
• SHITSUKE – Senso de Auto-disciplina
Fazer dessas atitudes, ou seja, da metodologia, um hábito,
transformando os programa “5S” num modo de vida.
Para o sucesso da aplicação dessa ferramenta na organização é
importante a alteração no comportamento e atitudes do grupo. A
conscientização dos integrantes da importância dos conceitos e de
como eles devem ser usados facilita a sua implantação. O programa
deve ser aplicado como hábito e filosofia, não apenas no sentido de
cuidar da casa.
Quero propor um desafio a você! Após o estudo do tema
e de posse do conhecimento necessário insira a
ferramenta em seu local de trabalho e veja quantas
mudanças positivas, bem como redução de custos e
despesas você conseguira.
4Q1POC (Plano de Ação)
Após a identificação dos pontos de melhoria ou diagnóstico de
falhas, obtidos através das ferramentas anteriormente estudadas, é hora
de propor melhorias. Para isso, apresentaremos a você o plano de ação
(Action Plain), que é uma ferramenta baseada no conceito dos
programas de qualidade japoneses, também difundido como 5W1H que,
adaptando ao cenário nacional, temos 4Q1POC (Sebrae).
• O QUE: Qual ação vai ser desenvolvida?
• QUANDO: Quando a ação será realizada?
• POR QUE: Por que foi definida esta solução (resultado esperado)?
• ONDE: Onde a ação será desenvolvida (abrangência)?
• COMO: Como a ação vai ser implementada (passos da ação)?
• QUEM: Quem será o responsável pela sua implantação?
• QUANTO: Quanto será gasto para essa implantação?
Esta ferramenta se baseia na resposta de 7 perguntas para cada
item necessário. Ela se apresenta em forma de uma planilha, conforme
demonstrado em exemplo abaixo:
Fonte: www.portoseguro.cefetba.br
Figura 7 – Tabela 4Q1POC
Para cada ponto de melhoria deverão ser identificadas todas as
variáveis que devem ser alteradas e realizar todas as perguntas para
cada variável.
Não esgotamos neste caderno de estudos todas as possibilidades
bem como ferramentas para a gestão da qualidade, mas buscamos
despertar em você o desejo de envolver-se em um método de melhoria
contínua e fomentar seu processo de aprendizagem. Vamos praticar e
bons estudos!
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração –
1ª ed. - 5. reimpr. - São Paulo: Atlas, 2008.
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: Controle de Qualidade Total. BM:
Fund. Cristiano Ottoni. Escola de Engenharia da UFMG, 1997.
MEIRA, Rogério Campos. As Ferramentas para a melhoria da
qualidade. 2. ed. Série Entendendo a Qualidade, 4. Porto alegre:
SEBRAE, RS, 2003. 80p.
COLENGHI, Vitor Mature. O & M e qualidade total: uma interpretação
perfeita. 2. Ed. – Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS