revisoes gestao da qualidade (1)

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Gestão da Qualidade 2013/2014 1 Stephanie Moreira GESTAO DA QUALIDADE Índice 1 A perceção da qualidade pelo cliente e pelo produtor ........................................................3 2 Qualidade- Conceitos e definições .......................................................................................3 1.1 As 5 abordagens da qualidade ......................................................................................4 2.1 Integração das abordagens ..........................................................................................4 3 Evolução do conceito ...........................................................................................................5 3.1 A evolução ....................................................................................................................5 4 O caso do Japão ....................................................................................................................6 4.1 Diferença entre o Japão e o Ocidente. .........................................................................8 5 OS GURUS DA QUALIDADE ...................................................................................................8 5.1 Walter SHEWHART .......................................................................................................8 6.1 Edwards Deming...........................................................................................................9 7.1 Joseph Juran ...............................................................................................................10 8.1 Armand Feigenbaum ..................................................................................................12 9.1 Philip Crosby ...............................................................................................................12 10.1 Kaoru Ishikawa ...........................................................................................................13 11.1 Genichi Taguchi ..........................................................................................................13 6 Gestão da qualidade e competitividade .............................................................................14 12.1 COMPETITIVIDADE: ....................................................................................................14 7 Implementação ..................................................................................................................15 8 As pessoas e a qualidade ....................................................................................................16 9 Inovação .............................................................................................................................17 13.1 CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO........................................................................................18 10 A gestão da qualidade ....................................................................................................19 10.1 Sistema Português da Qualidade ................................................................................19 10.1.1 Princípios do SPG ................................................................................................20 10.2 Os subsistemas do SPG ...............................................................................................20 10.2.1 Metrologia ..........................................................................................................20 10.2.2 Normalização ......................................................................................................21 10.2.3 Qualificação ........................................................................................................22 11 Princípios da Gestão da qualidade .................................................................................23 11.1 Objetivos da qualidade ...............................................................................................23 11.2 O Sistema de Gestão da Qualidade ............................................................................23 11.3 Princípios da gestão da qualidade ..............................................................................24 11.3.1 Foco no cliente ...................................................................................................24

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é um resumo de cenas da qualidade

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  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    1 Stephanie Moreira

    GESTAO DA QUALIDADE

    ndice 1 A perceo da qualidade pelo cliente e pelo produtor ........................................................3

    2 Qualidade- Conceitos e definies .......................................................................................3

    1.1 As 5 abordagens da qualidade ......................................................................................4

    2.1 Integrao das abordagens ..........................................................................................4

    3 Evoluo do conceito ...........................................................................................................5

    3.1 A evoluo ....................................................................................................................5

    4 O caso do Japo ....................................................................................................................6

    4.1 Diferena entre o Japo e o Ocidente. .........................................................................8

    5 OS GURUS DA QUALIDADE ...................................................................................................8

    5.1 Walter SHEWHART .......................................................................................................8

    6.1 Edwards Deming ...........................................................................................................9

    7.1 Joseph Juran ...............................................................................................................10

    8.1 Armand Feigenbaum ..................................................................................................12

    9.1 Philip Crosby ...............................................................................................................12

    10.1 Kaoru Ishikawa ...........................................................................................................13

    11.1 Genichi Taguchi ..........................................................................................................13

    6 Gesto da qualidade e competitividade .............................................................................14

    12.1 COMPETITIVIDADE: ....................................................................................................14

    7 Implementao ..................................................................................................................15

    8 As pessoas e a qualidade ....................................................................................................16

    9 Inovao .............................................................................................................................17

    13.1 CRIATIVIDADE E INOVAO........................................................................................18

    10 A gesto da qualidade ....................................................................................................19

    10.1 Sistema Portugus da Qualidade ................................................................................19

    10.1.1 Princpios do SPG ................................................................................................20

    10.2 Os subsistemas do SPG ...............................................................................................20

    10.2.1 Metrologia ..........................................................................................................20

    10.2.2 Normalizao ......................................................................................................21

    10.2.3 Qualificao ........................................................................................................22

    11 Princpios da Gesto da qualidade .................................................................................23

    11.1 Objetivos da qualidade ...............................................................................................23

    11.2 O Sistema de Gesto da Qualidade ............................................................................23

    11.3 Princpios da gesto da qualidade ..............................................................................24

    11.3.1 Foco no cliente ...................................................................................................24

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    2 Stephanie Moreira

    11.3.2 Liderana ............................................................................................................25

    11.3.3 Envolvimento das pessoas ..................................................................................26

    11.3.4 Gesto por processos .........................................................................................27

    11.3.5 Relaes Mutuamente Benficas com Fornecedores .........................................31

    11.3.6 Implicaes Prticas ...........................................................................................32

    11.3.7 Abordagem da Gesto como um Sistema ...........................................................32

    11.3.8 Tomada de deciso baseada em factos ..............................................................32

    12 Norma 9001....................................................................................................................33

    13 Auditoria.........................................................................................................................35

    13.1 Evidncias e critrios de Auditoria .............................................................................35

    13.2 Objetivos ....................................................................................................................35

    13.3 Tipos de auditoria .......................................................................................................36

    13.4 Princpios de auditoria ................................................................................................36

    13.5 Equipa auditoria .........................................................................................................36

    13.6 Requisitos de um auditor ...........................................................................................36

    13.7 Tarefas ........................................................................................................................37

    13.8 Responsabilidade do coordenador .............................................................................37

    13.9 Cliente de auditoria ....................................................................................................38

    13.10 Plano de Auditoria ..................................................................................................38

    13.11 No conformidades ................................................................................................38

    14 Ferramentas da Qualidade .............................................................................................39

    14.1 As 7 Ferramentas Clssicas .........................................................................................39

    14.1.1 Fluxograma .........................................................................................................39

    14.1.2 Folhas registos de dados.....................................................................................40

    14.1.3 Diagrama de barras ou histograma ....................................................................40

    14.1.4 Grafico de Pareto ................................................................................................41

    14.1.5 Diagrama de Causa-Efeito, de Ishikawa ou de Espinha de Peixe ......................41

    14.1.6 Cartas de controlo ..............................................................................................41

    14.1.7 Diagrama de Disperso / Correlao ..................................................................42

    14.2 Outras Ferramentas....................................................................................................42

    14.2.1 Os cinco ss ..........................................................................................................42

    14.2.2 Poka Yoke ...........................................................................................................42

    14.2.3 5W2H (5 porqus, como e quanto) ....................................................................43

    14.2.4 AMFE Anlise dos modos e efeitos de falha ....................................................43

    14.2.5 Desdobramento da funo qualidade ................................................................43

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    3 Stephanie Moreira

    1 A perceo da qualidade pelo cliente e pelo produtor

    2 Qualidade- Conceitos e definies

    QUALIDADE composta por:

    Conceo: incorporao das necessidades e expectativas do cliente

    Produo: grau de cumprimento das especificaes

    Utilizao: cumprimento satisfaa as necessidades do cliente

    Relacional: eficcia das relaes com os clientes

    Qualidade do PRODUTO

    Caractersticas funcionais: permitem ao produto responder s necessidades do cliente

    (velocidade, comodidade, cor, )

    Caractersticas tcnicas: resultam da tecnologia encontrada para o produzir

    (material, peso, dimenses, )

    O produto/servio tem de ser concebido para um determinado segmento de mercado. A melhor

    soluo sempre a que oferece o mximo valor para o cliente e corresponde ao custo mnimo.

    PRODUTOR CLIENTE

    Caractersticas Tcnicas Caractersticas Funcionais

    Garantia da Qualidade Aspeto/Esttica

    Gesto da Qualidade Preo

    Assistncia Tcnica Custo do Ciclo de Vida do Produto

    Custos Segurana

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    4 Stephanie Moreira

    1.1 As 5 abordagens da qualidade

    Abordagem transcendental - Corresponde noo comum que as pessoas tm sobre a

    qualidade, e que sinnimo de superioridade e de excelncia. A noo de excelncia abstrata

    e subjetiva, variam entre as diferentes pessoas.

    Do ponto de vista da gesto esta uma perspetiva aparentemente menos til, por no permitir

    medir e avaliar a qualidade, de forma a ser possvel obter uma base para a tomada de decises.

    Contudo, muito importante no momento da compra.

    Abordagem baseada no produto - A qualidade considerada como funo de variveis

    especficas e mensurveis. Diferenas na qualidade refletem diferenas na quantidade de

    atributos nos produtos. Sob esta perspetiva, quanto mais elevada for a qualidade, maior o

    nmero de atributos tem o produto e portanto mais caro .

    Abordagem baseada no cliente- Baseia-se na presuno de que a qualidade determinada por

    aquilo que o cliente quer. A qualidade ento a adequao ao uso ou o quanto o produto

    funciona de acordo com o que esperado pelo cliente.

    Abordagem baseada no valor- Baseia-se na relao entre a utilidade e a satisfao que o

    produto produz e o seu preo. Quanto maior for a satisfao e a utilidade do produto e menor

    o seu preo, maior a sua qualidade.

    Abordagem baseada na produo- Neste caso, a qualidade a conformidade com as

    especificaes definidas aquando da conceo e o desenvolvimento do produto. a

    conformidade com as especificaes que d consistncia aos produtos permitindo que sejam

    todos idnticos entre si e que correspondam ao que se pretendeu produzir. Se forem conformes

    os produtos tm qualidade.

    2.1 Integrao das abordagens

    O cliente olha para a qualidade segundo as perspetivas transcendental e baseada no

    produto, pois o que ele quer gostar do produto e que o mesmo desempenhe as

    funes que lhe permitiro satisfazer as suas necessidades.

    O marketing determina essas necessidades e expectativas e, portanto, sob o seu ponto

    de vista, um produto que satisfaa essas necessidades tem qualidade. A perspetiva

    segundo a qual olha a qualidade a baseada no cliente.

    As necessidades e expectativas dos clientes tm de ser traduzidas em especificaes,

    sendo a conceo e o desenvolvimento os responsveis por essa traduo, devendo ser

    o mais precisos possvel. Tm de balancear as caractersticas do produto com o seu

    custo, pelo que vm a qualidade pela perspetiva do valor.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    5 Stephanie Moreira

    A produo, ao ter de cumprir as especificaes definidas pela conceo, Olha a

    qualidade segundo a perspetiva baseada na produo.

    3 Evoluo do conceito O valor que as pessoas atribuem a um dado produto funo do grau com que percecionam a

    satisfao das suas necessidades e expectativas no momento da compra a qualidade uma

    preocupao de quem produz.

    Produo Artesanal- O arteso, em relao direta com o cliente, identificava as suas

    necessidades, concebia o produto, o produzia, lhe introduzia eventuais alteraes, o

    inspecionava, o corrigia, o vendia e o reparava, se necessrio- qualidade satisfao do cliente.

    Produo Industrial

    Produo em srie

    Diviso do trabalho

    Afastamento entre o produtor e o consumidor

    Normalizao dos produtos

    Intermutabilidade das peas

    Qualidade Conformidade com especificaes

    Frederic Taylor desenvolve a organizao cientfica do trabalho, em que as tarefas de execuo

    foram separadas das do planeamento e do controlo, conseguindo excelentes resultados em

    termos de produtividade.

    3.1 A evoluo

    1) 1914/18 - I Guerra Mundial

    INSPECTOR- cuja funo era assegurar o cumprimento das especificaes, e que deixou de estar

    sob a alada do Chefe de Produo, criando-se um novo departamento: a Inspeo, cujo

    responsvel era o Chefe de Inspeo.

    Desvantagens da inspeco

    Onde uma inspeo no detetasse um defeituoso, este passava para o

    cliente/consumidor;

    Os sistemas de inspeo eram caros porque se baseavam na retificao de erros;

    Retiravam aos trabalhadores a responsabilidade da qualidade, que passavam para os

    inspetores;

    Este sistema no dava informao nenhuma sobre a causa dos defeitos e falhas.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    6 Stephanie Moreira

    2) Aps a I Guerra

    Tcnicas Estatsticas (Shewhart) - Todo o processo tem uma variabilidade associada, segue as

    leis estatsticas, o que permitiu desenvolver o Controlo Estatstico do Processo e a Amostragem

    Estatstica.

    Vantagens

    Previso da falta de controlo dos processos

    Reduo de manutenes do produto

    Reduo de custos

    3) 1939/45 Na A II Guerra Mundial

    Continuaram as fragilidades em termos da qualidade, agora relacionadas com defeitos de

    conceo que originavam especificaes incompletas, a utilizao de materiais e de

    equipamentos no testados, etc.

    Verifica-se um grande crescimento econmico e desenvolvimento tecnolgico no aumento da

    concorrncia e no aumento da exigncia por parte dos consumidores (adequao ao uso).O foco

    passou para a satisfao do cliente

    Conhecimento das suas necessidades

    Expectativas relativamente ao produto/servio

    Eficincia dos processos de produo e entrega de produtos e servios,

    Para as organizaes manterem nveis adequados de competitividade nos mercados, a

    qualidade volta a contribuir para a sustentabilidade do negcio.

    As organizaes tinham conseguido meios e conhecimentos para produzir produtos fiveis,

    concebidos com base nas necessidades dos clientes e a baixo custo.

    Mas, economias emergentes como a Coreia do Sul, Hong-Kong e Singapura, copiando a

    tecnologia ocidental e utilizando mo-de-obra muito mais barata, colocaram nos mercados

    produtos a preos mais baixos e com idnticos nveis de qualidade.

    Verifica-se um aumento da oferta no compensado pela procura.

    Anos 90 - Desenvolveram-se nos EUA e na Europa os modelos de excelncia (Malcolm Baldridge

    Award e EFQM Excellence Award), referenciais para a atribuio de prmios de excelncia,

    converteram em ferramentas de autoavaliao e melhoria da gesto global das organizaes.

    Sec. XXI - Novas tecnologias do acesso a um mercado virtual enorme que exige muito mais das

    empresas.

    4 O caso do Japo

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    7 Stephanie Moreira

    EUA terminam a II Guerra: com

    Grande capacidade cientifica e tecnolgica

    Grande desenvolvimento da Qualidade, que gerou um grupo de tcnicos especializados

    no controlo da qualidade e que em 1946 criam a ASQ.

    O seu territrio intacto

    Um grande mercado interno com elevado poder de compra

    A reconstruo europeia e japonesa a necessitar de apoio

    Grande influncia internacional com o inicio da guerra fria e o desmoronar dos imprios

    coloniais europeus

    Durante a guerra fria houve grandes investimentos em tecnologias militares e espaciais, o que

    resultava em industrias correntes,

    No Japo acontecia o contrrio:

    O pas destrudo

    Grande escassez de matria-prima

    Atraso cientifico e tecnolgico

    Falta de solo agrcola

    Dificuldades de comunicao caractersticas do relevo

    Fraca qualidade dos produtos

    Poucos recursos financeiros

    Desmantelamento dos Zaibatsu* que enfraqueceu a estrutura financeira

    Principais vantagens

    Nvel educacional elevado

    Sociedade fechada e simultaneamente suficientemente flexvel para absorver o que de

    bom podia ir buscar fora, sem perder identidade

    Principais contributos

    Deming e Juran

    Criao da JUSE

    Padronizao dos produtos

    Liderana e direo forte e centralizada

    Compromisso da liderana de topo

    Importncia dada Qualidade a nvel nacional

    Criao do Crculos de Controlo da Qualidade (CCQ)

    Difuso pela rdio e depois pela TV dos conceitos de qualidade

    ABORDAGENS DESENVOLVIDAS

    >> Participao de todos os funcionrios, de todos os nveis nos assuntos relativos Qualidade

    >> Foco no cliente e consequente cuidado na definio de QUALIDADE caso a caso

    >> Melhoria contnua (KAISEN) como parte do trabalho dirio de todos os funcionrios.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    8 Stephanie Moreira

    CWQC Company Wide Quality Control

    CARACTERSTICAS DO CWQC, IMPLEMENTADO PELA MAIORIA DAS EMPRESAS JAPONESAS

    NOS ANOS 60:

    >> Controlo da Q por toda a empresas por todos os colaboradores

    >> Enfase no ensino e no treino

    >> Atividade dos CCQ

    >> Realizao de auditorias da qualidade

    >> Utilizao alargada das tcnicas estatsticas

    >> Promoo da filosofia da qualidade por todo o pas

    >> Participao da gesto de topo, com forte liderana de proximidade

    >> Melhoria contnua

    >> Adoo do sistema just-in-time (reduo de stocks e correta alocao de recursos)

    >> Garantia da qualidade centrada na inovao (produtos, processos novos)

    4.1 Diferena entre o Japo e o Ocidente.

    O conceito de qualidade japons baseia-se no foco no cliente

    O conceito ocidental de qualidade baseia-se na demonstrao, oferecendo ao cliente a garantia

    de que pode adquirir, utilizar e manter a satisfao com o produto por um longo perodo.

    5 OS GURUS DA QUALIDADE

    5.1 Walter SHEWHART

    Nasceu em 1891 e faleceu em 1967

    Licenciou-se em engenharia e doutorou-se em fsica

    Contributos para a qualidade:

    Variabilidade dos processos

    Controlo Estatstico do Processo

    Ciclo de melhoria contnua

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    9 Stephanie Moreira

    Vantagens do CEP ( Controlo estatstico do processo)

    >> Utilizado pelos operadores

    >> Determina a variao inerente a cada processo

    >> Evita o erro em vez de o identificar para posterior correo ou rejeio

    >> Reduo dos custos

    >> Melhoria dos processos

    Melhoria da qualidade atravs da no produo de erros, o que reduz custos e produo

    de manuteno

    Controlo do processo

    Manter estvel e previsvel o processo (as causas de variao e os resultados) para

    estabelecer e melhorar os padres.

    Melhorar o processo (eliminao das causas que afetam as caractersticas de controlo

    do processo) para priorizar os problemas e planear a sua resoluo; implementar o

    plano, verificar a execuo e atuar nos desvios encontrados para garantir que se

    atingem os objetivos.

    A Melhoria visa aumentar continuamente a competitividade dos processos,

    melhorando o seu desempenho.

    Shewhart criou tambm o chamado ciclo de melhoria, que ao ser repetido ao longo do

    tempo leva melhoria contnua do desempenho da organizao

    6.1 Edwards Deming

    Nasceu em 1900 e faleceu em 1993

    Licenciou-se em engenharia e matemtica e doutorou-se em matemtica e fsica

    Contributos para a Qualidade

    >>No United States Census Bureau trabalhou em estatstica e deu formao a um grande

    nmero de profissionais, tendo sido muito bem recebidos pelas chefias intermdias mas no

    tendo chegado alta administrao americana.

    >>Esteve vrias vezes no Japo onde influenciou muito o desenvolvimento da qualidade, tendo

    dado formao em mtodos estatsticos e apoiado a implementao de sistemas da qualidade.

    >>A sua filosofia foi resumida em 14 pontos por ele apresentados no seu livro Out of crisis

    de 1989:

    1 Princpio: Criar constncia de propsito

    2 Princpio: Adotar a nova filosofia

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    10 Stephanie Moreira

    3 Princpio: Acabar com a dependncia em relao inspeo

    4 Princpio: Acabar com a prtica de comprar com base apenas no preo

    5 Princpio: Melhorar continuamente

    6 Princpio: Instituir a formao

    7 Princpio: Adotar e instituir uma liderana forte

    8 Princpio: Acabar com o medo

    9 Princpio: Eliminar as barreiras entre departamentos

    10 Princpio: Eliminar slogans, exortaes e metas

    11 Princpio: Eliminar as quotas de trabalho (gesto por objetivos)

    12 Princpio: Promover o orgulho no trabalho

    13 Princpio: Auto melhoria

    14 Princpio: A transformao tarefa de todos

    Deming considerava que 85% dos problemas da qualidade das organizaoes se deviam gesto

    de topo e apenas 15% se deviam aos trabalhadores, da a importncia de fazer chegar a sua

    mensagem alta administrao.

    7.1 Joseph Juran

    Nasceu em 1904 e faleceu em 2008

    Licenciou-se em engenharia e direito e doutorou-se em matemtica e fsica

    Contributos para a Qualidade

    Considerava que a qualidade uma ferramenta estratgica de gesto, e que como tal

    deveria fazer parte da estratgia empresarial.

    Definiu-a como a adequao ao uso, focalizando-a na satisfao das necessidades do

    cliente

    Como Deming, tambm pensava que os problemas da qualidade no so puramente

    tcnicos mas que se devem estratgia da empresa pelo que, s a nvel da gesto de

    topo se podem resolver;

    Reala a importncia dos custos da qualidade

    A qualidade obtida atravs daquilo a que se chama Trilogia de Juran:

    1. Planeamento

    - Identificao dos clientes internos e externos

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    11 Stephanie Moreira

    - Determinar as suas necessidades

    - Desenvolver produtos que as satisfaam

    - Definir os objetivos da qualidade para satisfazer os clientes ao menor custo

    - Desenvolver um processo que consiga produzir o produto

    . Provar a capabilidade do processo (capacidade de produzir dentro das

    especificaes)

    2. Controlo

    - Definir:

    - o que vai ser medido

    - as unidades de medida

    - os mtodos para medir

    - os padres de desempenho

    - Medir

    - Interpretar as diferenas entre o medido e o padro

    - Implementar as aes necessrias

    3. Melhoria

    - Definir as necessidades de melhoria

    - Identificar os projetos especficos de melhoria

    - Identificar as causas

    - Fazer o diagnstico

    - Melhorar

    - Provar a eficcia da melhoria

    - Contabilizar os ganhos

    Juran utilizou o Princpio de Pareto (80% das ocorrncias advm de 20% de causas) como

    ferramenta para priorizar problemas a resolver de forma a comear por aqueles que mais

    impacto tero.

    Ex.:

    1) Uma livraria num hipermercado no pode ter todos os ttulos do mercado pelo que

    opta pelos 20% de ttulos que geram 80% das receitas.

    2) Estudos mostram que 20% dos clientes so responsveis por 80% dos lucros de

    qualquer negcio

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    12 Stephanie Moreira

    8.1 Armand Feigenbaum

    Nasceu em 1922

    Doutorou-se em Cincias (MIT)

    Contributos para a Qualidade

    Introduz a noo de Gesto da Qualidade Total (no seu livro Total Quality

    Management).

    Considera relevante o clculo dos custos da qualidade (custos da qualidade preveno

    e avaliao, e custos da no qualidade custos das falhas, internas e externas).

    A qualidade deve ser incorporada nos produtos, no se podendo obter apenas por

    inspeo.

    Conceito de fbrica escondida - muito do trabalho extra realizado a corrigir erros

    equivalendo a uma fbrica

    Considera que o Sistema de Qualidade Total deveria ser estruturado e planeado e no

    desenvolvido de forma casual.

    Os seus princpios base so:

    Foco no cliente

    Integrao em toda a empresa

    Funes claramente definidas

    Controlo dos fornecedores

    Identificao de todos os equipamentos da qualidade

    9.1 Philip Crosby

    Nasceu em 1926 e morreu em 2001

    Estudou medicina entre a II guerra e a guerra da Coreia

    Contributos para a Qualidade

    >> Conceito dos Zero defeitos

    >> Qualidade um imperativo estratgico

    >> Enfase na preveno (e no na inspeo)

    O objetivo das empresas deve ser proporcionar solues para as necessidades dos

    clientes, dos fornecedores, dos funcionrios e dos acionistas, fazendo sempre bem primeira

    vez e sempre.

    Definio: Qualidade conformidade com requisitos

    Sistema de trabalho: Preveno de no conformidades

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    13 Stephanie Moreira

    Padro de desempenho: Zero Defeitos

    Medida: Preo da no-conformidade

    Crosby desenvolveu uma tabela Grelha de maturidade, que permite avaliar o grau de

    maturidade das organizaes na implementao da gesto da qualidade.

    Crosby identifica seis aspetos a ter em conta para se produzir com qualidade:

    1- Qualidade = conformidade

    2- No existem problemas da qualidade (mas da no qualidade)

    3- sempre mais barato fazer bem primeira vez

    4- A nica medida de desempenho o custo da qualidade

    5- O nico padro de desempenho zero defeitos

    6- A qualidade no tem custos

    10.1 Kaoru Ishikawa

    Nasceu em 1915 e morreu em 1989

    Licenciou-se em Qumica Aplicada

    Envolveu-se na JUSE depois da Guerra

    Contributospara a Qualidade

    Criou o Diagrama de Ishikawa

    Compilou as 7 ferramentas clssicas da qualidade fluxogra-mas, folhas de

    verificao, histogramas, diagrama de Pareto, diagrama de Ishikawa, grficos de

    disperso e CEP.

    Criou os Crculos de Controlo da Qualidade

    Desenvolveu a ideia de Controlo da Qualidade por toda a Empresa (WCQC wide

    company quality control)

    A sua filosofia baseia-se na obteno da qualidade a partir de:

    - Qualidade- Custo- Entrega/Atendimento- Moral- Segurana

    11.1 Genichi Taguchi

    Nasceu em 1924 e morreu em 2012

    Licenciou-se em engenharia txtil e estatstica, e doutorou-se em engenharia

    Foi consultor, tendo trabalhado para a Toyota

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    14 Stephanie Moreira

    Contributos para a Qualidade:

    Quality Function Deployment (QFD) ou Desdobramento da Funo Qualidade, no qual se

    desdobram as caractersticas de qualidade de um produto nas funes que contribuem para

    a qualidade da empresa, com o objetivo de garantir a qualidade do produto j na fase

    de projeto.

    Conceito da Funo Perda, que assenta na ideia de que a variao das caractersticas de um

    produto em relao ao valor nominal esperado acarreta perdas para a sociedade, e que quanto

    maior for essa diferena, maior ser o custo para a sociedade e menor a qualidade.

    Para Taguchi a chave para reduzir as perdas no est na conformidade com as especificaes,

    mas na reduo da varincia estatstica em relao aos objetivos fixados.

    Considera que a qualidade e o custo de um produto so determinados essencialmente

    pelo seu design e pelo seu processo de fabrico.

    Segundo a filosofia de Taguchi, qualidade produzir um produto robusto em relao a todos os

    fatores perturbadores.

    Robustez significa que caractersticas funcionais do produto no so sensveis s

    variaes sofridas por esses mesmos fatores. Para obter essa robustez, os esforos de

    controlo da qualidade devem comear na fase de projeto do produto e continuar

    durante as fases de engenharia da produo e fabrico.

    diferena entre o valor nominal e o real Taguchi chama RUDO, que divide em 3 tipos:

    1- Rudo externo: Variveis ambientais ou condies de utilizao que, perturbam as

    funes do produto (temperatura, humidade, poeira, etc.).

    2- Rudo interno: mudanas que acontecem como resultado de um desgaste

    3- Rudo pea a pea: Diferenas entre produtos que so fabricados de acordo com

    as mesmas especificaes.

    6 Gesto da qualidade e competitividade

    12.1 COMPETITIVIDADE:

    Fatores Externos

    Fatores Internos Adequao do produto

    Custos de produo

    Divulgao/distribuio

    Adequao tecnolgica

    Adequao dos equipamentos

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    15 Stephanie Moreira

    Competncia dos colaboradores

    Inovao e desenvolvimento

    As empresas para serem competitivas precisam de:

    - um produto que satisfaa o cliente (qualidade),

    - a um preo que o cliente considere justo,

    - e que os prazos acordados sejam cumpridos.

    Para tal a Gestao da qualidade:

    Utiliza

    - ciclo PDCA

    - tcnicas de identificao de problemas

    - tcnicas de resoluo de problemas

    E d uma viso global da organizao

    PDCA

    Planeamento:

    - Definio das necessidades do mercado especificaes

    - Posicionamento do produto anlise de custos

    - Processos definio de atividades, verificaes, critrios

    - Equipamentos/infra-estruturas/manuteno

    - Informao necessria, incluindo legal e regulamentar

    - Condicionalismos que afetem a qualidade

    - Indicadores de gesto e para avaliao dos processos

    - Anlise da concorrncia

    7 Implementao Controlo

    - Anlise de dados (tendncias, perceo dos mercados, )

    - Anlise financeira (para trabalhar a competitividade)

    Melhoria

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    16 Stephanie Moreira

    - Aes de melhoria

    - Auditorias

    A GQ exige determinado tipo de comportamentos e de cultura nas

    Organizaes que se baseia em:

    Trabalho de equipa (cliente/fornecedor internos)

    Orientao para o cliente

    Melhoria contnua

    8 As pessoas e a qualidade

    Em GQ as pessoas so fundamentais porque so elas que podem fazer acontecer.

    As pessoas precisam de ser tratadas com respeito e de ver satisfeitas as suas necessidades para

    que possam dar o mximo s empresas em que trabalham.

    Quando isto no acontece:

    - Desmotivam

    - faltam

    - erram

    - tm acidentes

    O que resulta de um competividade baixa:

    Baixa de produtividade

    Baixa de qualidade

    Ms relaes interpessoais

    Ms decises

    Quando as empresas apostam na qualidade, baseiam as suas prticas nas seguintes dimenses:

    Emprego justo

    Salrio justo

    Descentralizao da gesto/grupos de melhoria/empowerment

    Elevadas performances exigem elevadas compensaes

    Formao intensa e permanente

    Reduo de barreiras comunicao e de nveis hierrquicos

    Partilha de informao financeira em toda a organizao

    As empresas que escolhem esta via conseguem pessoas:

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    17 Stephanie Moreira

    emprenhadas,

    motivadas e

    felizes

    e, como consequncia,

    apresentam uma produtividade elevada,

    so bastante flexveis adaptando-se rapidamente s mudanas no ambiente em que

    operam, e

    conseguem satisfazer os seus clientes atravs da qualidade dos seus

    produtos/servios.

    9 Inovao

    Inovao a todos os nveis a nica forma de melhorar a qualidade e a competitividade. Grande

    e permanente desafio das empresas.

    INOVAO Aumenta a produtividade, que a base da

    competitividade

    Ciclos de vida mais curtos

    Maior complexidade dos processos, incluindo o de inovao

    Deciso estratgica

    um meio e no um fim

    INOVAR pressupe:

    Capacidade de interpretar o mercado,

    Capacidade de compreender os desejos e necessidades dos clientes atuais e potenciais

    A inovao traduz o relacionamento da empresa com o exterior

    Fatores facilitadores:

    Presena de organismos de ensino superior e outros de pesquisa

    Acesso a redes de informao, comunicao e transporte

    Existncia de RH qualificados e motivados

    Existncia de condies atrativas, ambientais e culturais

    Existncia de um quadro legal favorvel

    Existncia de capital de risco disponvel

    Cooperao entre diferentes agentes e sistemas de inovao

    A inovao deve desempenhar um papel importante a diversos nveis:

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    18 Stephanie Moreira

    Na introduo de mudanas a nvel da estratgia das organizaes e dos meios utilizados

    para concretizar tal estratgia;

    Na renovao e/ou alargamento da gama de produtos, servios e mercados;

    No desenvolvimento de novos processos produtivos, na distribuio e em todos os

    processos operacionais que sejam crticos para a organizao.

    Verifica-se que as organizaes que tm obtido maiores vantagens competitivas tm apostado

    bastante em atividades inovadoras, designadamente na introduo de novos produtos em

    novos segmentos de mercado e na modificao de produtos existentes.

    Closed Innovation refere-se ao processo de limitar o conhecimento ao uso interno de uma

    organizao e no fazer uso ou fazer um uso restrito do conhecimento exterior

    Open Innovation refere-se ao processo de usar tambm fontes e informaes externas (como

    licenas, patentes, etc.), melhorando a gesto do conhecimento e, entre outros, o conhecimento

    tcito da empresa, com o objetivo de acelerar o processo de inovao.

    13.1 CRIATIVIDADE E INOVAO

    Os seus modelos de gesto levam em considerao trs fatores que assentam na

    CRIATIVIDADE:

    1- Utilizao criativa do conhecimento gerado pelos avanos na tecnologia da informao

    2- Investimento no capital humano, procurando o ponto de equilbrio entre a capacidade de

    produo, a gerao de resultados e as necessidades individuais.

    3- Procura de oportunidades para expanso e crescimento

    Para conseguir um ambiente criativo na empresa necessrio:

    PESSOAS: oferecer oportunidades que as estimulem a pensar, inovar e inventar, seguir em

    frente, superar obstculos sem desanimar, ser original, antecipar o futuro, prevenir-se ser pr-

    ativo no lugar de reativo.

    EQUIPAS: formar equipas criativas que investiguem e inovem, apoiadas por lderes criativos

    que agreguem pessoas pelas suas ideias fortes e motivadoras.

    EMPRESA COMO UM TODO: preparar lderes empreendedores que saibam gerir a rotina e sair

    da passividade, promover a educao para a mudana de paradigmas (saber fazer), treinar e

    desenvolver as pessoas para usar o pensamento inventivo e divergente e adotar modelos de

    gesto abertos e flexveis.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    19 Stephanie Moreira

    TECNOLOGIAS DA INFORMAO: promover a extenso da aprendizagem a toda a organizao,

    usando os recursos tecnolgicos disponveis, de forma a eliminar as falhas intelectuais.

    Transformar a criatividade numa filosofia de vida.

    Desde que introduzido e ao longo das fases de crescimento e maturidade, at ao seu

    declnio, existem vrias alteraes na procura de um produto.

    Quando introduzido, ainda no foi largamente aceite e tem, por isso, uma procura

    mnima.

    Ao longo da fase de crescimento, passa a ser procurado por um nmero cada vez maior

    de consumidores que o adquirem pela primeira vez.

    Perante o lanamento de um produto, verifica-se um comportamento diferenciado das

    populaes.

    Distinguem-se cinco grupos:

    Os inovadores (adquirem o produto na sua fase introdutria),

    Os adotantes iniciais (adquirem o produto na fase de crescimento),

    A maioria inicial (adquiriram o produto anteriormente e continuam a adquiri-lo na

    sua fase de maturidade),

    A maioria tardia (comearam a adquirir o produto numa fase final de crescimento

    ou s mesmo na fase de maturidade), e

    Os retardatrios (adquirem o produto apenas na sua fase de declnio).

    10 A gesto da qualidade

    10.1 Sistema Portugus da Qualidade

    Conjunto integrado de entidades e

    organizaes inter-relacionadas e

    interagem entre si, seguindo princpios,

    regras e procedimentos aceites

    internacionalmente, congrega esforos

    para a dinamizao da Qualidade em

    Portugal e assegura a coordenao dos 3

    subsistemas, com vista ao

    desenvolvimento sustentado do pas e ao

    aumento da qualidade de vida da

    sociedade em geral.

    Subsistema da Metrologia - O subsistema do SPQ que garante o rigor e a exatido das medies

    realizadas, assegurando a sua comparabilidade e rastreabilidade, a nvel nacional e

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    20 Stephanie Moreira

    internacional, e a realizao, manuteno e desenvolvimento dos padres das unidades de

    medida.

    Subsistema da Normalizao - O subsistema do SPQ que enquadra as atividades de elaborao

    de normas e outros documentos de carter normativo de mbito nacional, europeu e

    internacional.

    Subsistema da Qualificao - O subsistema do SPQ que enquadra as atividades da acreditao,

    da certificao e outras de reconhecimento de competncias e de avaliao da conformidade,

    no mbito do SPQ.

    10.1.1 Princpios do SPG

    1. Credibilidade e transparncia - o funcionamento do SPQ baseia-se em regras e mtodos

    conhecidos e aceites a nvel nacional ou estabelecidos por consenso internacional, e

    supervisionado por entidades representativas.

    2. Horizontalidade - o SPQ pode abranger todos os setores de atividade da sociedade.

    3. Universalidade - o SPQ pode abranger todo o tipo de atividade, seus agentes e resultados

    em qualquer setor.

    4. Transversalidade da dimenso de gnero - o funcionamento do SPQ visa contribuir para a

    igualdade entre mulheres e homens.

    5. Coexistncia - podem aderir ao SPQ todos os sistemas sectoriais ou entidades que

    demonstrem cumprir as exigncias e regras estabelecidas.

    6. Descentralizao - o SPQ assenta na autonomia de atuao das entidades que o compem

    e no respeito pela unidade de doutrina e ao do Sistema no seu conjunto.

    7. Adeso livre e voluntria - cada entidade decide sobre a sua adeso ao SPQ.

    10.2 Os subsistemas do SPG

    10.2.1 Metrologia A metrologia, enquanto cincia da medio, fornece o suporte material fivel ao sistema de

    medies, essencial nos setores da economia, da sade, da segurana e do ambiente,

    constituindo uma infraestrutura tecnolgica essencial nas sociedades modernas.

    Neste contexto, a misso do Departamento de Metrologia a de assegurar o rigor e a

    rastreabilidade das medies no territrio nacional, atravs dos padres de medida necessrios

    indstria e sociedade portuguesa em geral e contribuir para a construo de uma liderana

    metrolgica europeia no quadro da economia mundial.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    21 Stephanie Moreira

    Medir e contar so as operaes cuja realizao a vida de todos os dias exige com maior

    frequncia. Inclui as unidades de medida, os seus padres e os instrumentos de medio, bem

    como todas as questes tericas e prticas relacionadas com as medies.

    A Metrologia divide-se em 3 ramos:

    1) A Metrologia Cientfica ocupa-se das unidades de medida e da realizao dos padres

    de mais elevado nvel metrolgico.

    2) A Metrologia Legal abrange as aplicaes comerciais, fiscais, de proteo do ambiente,

    da conservao da energia, da sade, da segurana, etc., que cada Estado entende

    regulamentar no seu territrio.

    3) A Metrologia Aplicada respeita s aplicaes na produo e no seu controlo, bem como

    instrumentao nele utilizada.

    10.2.2 Normalizao

    As normas do um enorme contributo em muitos aspetos das nossas vidas, embora muitas

    vezes, seja um contributo impercetvel para o cidado.

    A vida seria muito difcil sem normas. O que aconteceria se, por exemplo, no existissem

    normas sobre produtos de construo, material eltrico ou sobre segurana de

    equipamentos? A ttulo de exemplo sem dimenses normalizadas de contentores de carga,

    o comrcio internacional seria mais lento e caro.

    Habitualmente desconhecemos o papel desempenhado pelas normas no aumento dos

    nveis de qualidade, segurana, eficincia, interoperabilidade, bem como no fornecimento

    de todos estes benefcios, com um custo mais econmico.

    A IMPORTNCIA DA NORMALIZAO

    Cada um de ns no desempenho da sua atividade particular ou profissional rege-se, consciente

    ou inconscientemente, por normas. A Normalizao a atividade que, de forma organizada,

    viabiliza a elaborao das normas.

    BENEFCIOS DA NORMALIZAO

    Aumento da competitividade;

    Compatibilidade e interoperabilidade;

    Controlo sobre a variedade e a utilizao eficiente dos materiais, energia e recursos

    humanos;

    Economia de matrias-primas e dos tempos de produo, reduzindo

    os desperdcios;

    Eliminao das barreiras ao comrcio;

    Facilidade de entrada em novos mercados;

    Proteo dos consumidores e dos interesses da comunidade;

    Reduo do grau de incerteza do mercado;

    Razoes para o uso das normas:

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    22 Stephanie Moreira

    Melhora os produtos e servios;

    Atrai novos clientes;

    Aumenta a competividade;

    Sgere mais confiana ao negocio;

    Diminui erros;

    Reduz custos;

    10.2.3 Qualificao

    Este subsistema abrange duas funes:

    1. Acreditao - Reconhecimento formal, por um organismo autorizado, da competncia de

    uma entidade para efetuar uma determinada atividade.

    2. Certificao - Consiste em avalizar com credibilidade a conformidade de um produto,

    processo ou servio, com os requisitos especificados em documentos de referncia.

    1. Acreditao

    Essencialmente serve para ganhar e transmitir confiana na execuo de determinadas

    atividades tcnicas, ao confirmar a existncia de um nvel de competncia tcnica mnimo,

    reconhecido internacionalmente.

    1. REGULAO - Dado que os organismos de avaliao da conformidade atuam em competio

    entre si, no s a nvel nacional mas tambm cada vez mais internacional, tendem a

    continuamente a racionalizar custos e aumentar os lucros, o que pode comprometer a correta

    execuo dessas atividades.

    2. GLOBALIZAO -Dado a acreditao ser feita segundo metodologias harmonizadas em todo

    o Mundo, existem Acordos de Reconhecimento Mtuo (EA & IAF & ILAC) entre os organismos

    de acreditao, facilitando a livre circulao de bens e servios abrangidos pelas acreditaes.

    A acreditao pois uma ferramenta de globalizao e internacionalizao da economia,

    promovendo as exportaes nacionais.

    3. COMPETITIVIDADE

    A acreditao usada por reguladores e proprietrios de marcas de prestgio como condio de

    acesso a essas marcas. Neste sentido, a acreditao por um signatrio dos Acordos Mtuos da

    EA / IAF / ILAC um fator de competitividade das entidades acreditadas e das empresas que

    com elas trabalham.

    A existncia no Pas de uma infraestrutura de entidades acreditadas, reconhecida

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    23 Stephanie Moreira

    internacionalmente, permite ainda ajudar na captao de investimento de alto valor

    acrescentado ao garantir que existe em Portugal tecnologia credvel e qualificada.

    11 Princpios da Gesto da qualidade

    11.1 Objetivos da qualidade Os objetivos da qualidade devem ser orientados para diminuir problemas e melhorar o SGQ.

    Devem ser estabelecidos em todas as atividades, funes ou nveis relevantes para a

    organizao na implementao do SGQ;

    So resultados que a empresa

    Devem ser mensurveis o que implica conseguir obter uma mtrica adequada a cada

    objetivo, que pode ser de vrios tipos: numrica, atributos (sim, no, bom, mau, pior

    que, melhore que, etc.).

    Devem ser medidos em funo do custo, tempo, qualidade, quantidade e mais-valia.

    Tm ainda de ser coerentes com a poltica da qualidade, para que funcionem em

    conjunto, consistentemente com todo o sistema de gesto da qualidade.

    Exemplo: reduzir o nmero de reclamaes

    11.2 O Sistema de Gesto da Qualidade

    a estrutura organizacional de responsabilidades, de

    procedimentos, de processos e de recursos que

    permitem organizao dar cumprimento ao que foi

    estabelecido pela poltica da qualidade e pelos objetivos

    da qualidade que pretende atingir.

    Razoes para implementao:

    1. Opo estratgica da prpria organizao: melhorar o desempenho, reduzir o nmero de

    falhas, aumentar o prestgio e a imagem no mercado;

    2. So os clientes ou outras partes interessadas que exigem que a organizao implemente e

    certifique o seu SGQ.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    24 Stephanie Moreira

    11.3 Princpios da gesto da qualidade

    11.3.1 Foco no cliente

    As organizaes dependem dos seus clientes e

    portanto tm a obrigao de compreender as suas

    necessidades atuais e futuras, fazendo tudo o que

    for possvel para exceder as suas

    expectativas.Todas as organizaes existem para

    fornecer um produto ou um servio a um cliente.

    O cliente proporciona empresa uma receita, com a qual ela vai remunerar funcionrios (pelo

    trabalho), fornecedores (pelas compras) e proprietrios (pelo capital investido). Sendo assim, a

    satisfao do cliente fundamental para a sobrevivncia do negcio.

    Consequncias para a empresa

    Compreender as reais necessidades dos clientes e as suas expectativas quanto a

    produtos, entrega, preo, confiabilidade, etc.

    Comunicar as expectativas do cliente- Assegurar que os objetivos se relacionem com

    estas necessidades e expectativas

    Garantir um enfoque equilibrado entre as necessidades e expectativas dos clientes e

    dos demais interessados

    Medir a satisfao dos clientes e atuar sobre os resultados

    Gerir o relacionamento com os clientes, de forma sistemtica que tenha em

    considerao todas as partes interessadas.

    Vantagens

    Garantir que as necessidades dos clientes e as dos interessados na empresa sejam

    compreendidas em toda a organizao

    Melhorar o desempenho da organizao para atender s necessidades dos clientes e

    aumentar a sua satisfao

    Aumentar a receita e a fatia do mercado, atravs de respostas flexveis e rpidas s

    oportunidades do mercado

    Garantir a lealdade e fidelidade dos clientes, o que leva repetio de negcios

    Modelo relacionamento com os clientes

    1. Modelo de Recompensas: tem por objetivo recompensar o relacionamento do cliente

    e a repetio da compra com prmios, bnus ou incentivos. (ex: cartes continente com

    descontos ou acumulao em carto). A empresa fica a conhecer bem o seu cliente.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    25 Stephanie Moreira

    2. Modelo Educacional: o objetivo educar o cliente para o uso do produto ou servio.

    Atravs de um programa de comunicao interativo, um conjunto de materiais

    informativos colocado disposio dos clientes, podendo ser enviados

    periodicamente ou mediante solicitao. um modelo menos passivo de ser usado e

    mais utilizado em empresas com produtos de alta tecnologia.

    3. Modelo Contratual: funciona como um clube de clientes, onde o cliente paga uma taxa

    para se tornar membro e usufruir de uma srie de benefcios exclusivos aos scios.

    Semelhante ao modelo de recompensas mas implica um pagamento. (Implica o

    conhecimento do cliente).

    4. Modelo do Servio de Valor Agregado: o cliente recompensado pelo seu

    relacionamento com a empresa atravs de algum servio agregado compra do produto

    ou ao uso do servio. (exemplo: pague um e leve dois). um servio agregado a compra.

    5. Modelo de Aliana: utilizado por empresas no concorrentes que fazem uma parceria,

    ou aliana, para prestar um servio diferenciado aos clientes que so comuns. o cas

    de duas empresas no concorrentes que se aliam para aumentar a fidelidade dos

    clientes e assim diminuir os custos.

    Em todos os relacionamentos, pessoais ou entre empresas e clientes, lida-se com emoes e

    valores, e a confiana e a lealdade a essas emoes e valores que determina a durao e o fim

    desses relacionamentos. Se somos tratados com carinho, respeito e dedicao, tambm

    dedicamos os mesmos sentimentos ao relacionamento. So fatores que aumentam a perceo

    de valor dos clientes em relao s empresas, marcas ou produtos. Quanto maior o valor

    percebido e atribudo, mais fiel o cliente se torna.

    O que diferencia os relacionamentos pessoais dos corporativos o conhecimento sobre os

    clientes. Se voc no os conhece, no pode trat-los de forma diferenciada. O verdadeiro valor

    est no conhecimento sobre os clientes e no uso desses conhecimentos para aprofundar e

    manter os relacionamentos.

    11.3.2 Liderana

    Os lderes criam a unidade de propsito e direo de uma organizao. Estabelece a finalidade

    e orientao, devendo de criar e manter um ambiente interno no qual as pessoas possam tornar-

    se plenamente envolvidas na realizao dos objetivos da organizao.

    Liderana - capacidade de influenciar o comportamento das pessoas sem fazer uso do poder.

    preciso que as pessoas partilhem a viso e os objetivos.

    Viso - imagem do futuro desejado por cuja realizao as pessoas esto dispostas a esforar-se

    e at mesmo a sacrificar-se.

    O lder precisa de ser sensvel s necessidades e limitaes dos liderados e comprometer-se com

    os ideais de todos. Para liderar preciso aumentar a motivao.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    26 Stephanie Moreira

    da responsabilidade do lder:

    Estabelecer desafios,

    Fazer com que as pessoas se transcendam em termos de criatividade e de entusiasmo.

    Os melhores lderes so catalisadores.

    Os lderes estabelecem a finalidade e a orientao, devendo criar e manter um ambiente no qual

    todos os colaboradores se sintam envolvidos nos objetivos da empresa.

    A liderana permite que os colaboradores se sintam motivados perante os objetivos da

    organizao, e os compreendam.

    11.3.3 Envolvimento das pessoas Deming afirma que as pessoas so a essncia das organizaes e o seu pleno envolvimento para

    que sejam utilizadas em benefcio da empresa.

    A aplicao deste princpio leva a que:

    Os colaboradores se apercebam da importncia do seu contributo para a organizao;

    As pessoas identifiquem constrangimentos ao seu bom desempenho;

    As pessoas no avaliem apenas o seu desempenho, mas sim a eficcia do grupo;

    As pessoas se abram discusso dos problemas;

    As pessoas passem a partilhar a sua experincia e os seus conhecimentos.

    Aplicaes Prticas

    Compreenso, por parte de cada colaborador, da importncia da sua contribuio e do seu

    papel na organizao;

    Discusso aberta de problemas e demais questes relevantes.

    Consequncias dos colaboradores - Os colaboradores demonstram nveis mais elevados de

    comprometimento se concordarem com as ideias apresentadas pelo lder.

    Compreender a importncia da sua contribuio;

    Identificar obstculos;

    Aceitar as responsabilidades atribudas;

    Avaliar o seu desempenho;

    Procurar ovas oportunidades para reforar as suas competemcias;

    Partilhar conhecimento;

    Discutir problemas e dificuldades

    Um resultado desejado consegue obter-se com maior facilidade quando as atividades e os

    recursos so geridos como um processo.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    27 Stephanie Moreira

    Vantagens - Ver norma 9001/9004

    A humildade e o respeito so aspetos fundamentais na atuao dos lderes.

    Colaboradores motivados;

    Inovao e criatividade da execuo dos objetivos;

    Responsabilizao no desempenho

    Motivao para o desempenho e contribuio para a melhoria continua.

    11.3.4 Gesto por processos

    Um resultado desejado consegue obter-se com maior facilidade quando as atividades e os

    recursos so geridos por um processo. S por meio da gesto dos processos possvel dominar

    plenamente o negcio e procurar o melhor desempenho.

    Um processo uma sequncia de atividades interligadas, caracterizadas por terem entradas

    (inputs) mensurveis, atividades que agregam valor e sadas (outputs) de atividades destinadas

    a produzir um bem, ou um servio intermedirio ou final (Cadeia de agregao de valor = todo

    processo deve contribuir para a satisfao do cliente e cada etapa do processo deve agregar

    valor etapa anterior).

    Tipos de processos:

    1. Processos Funcionais -Os Processos Funcionais tm o seu incio e o seu trmino no

    contexto de uma mesma funo. So exemplos de funes a funo Compras, a funo

    Contabilidade, a funo Finanas, etc..

    Os objetivos dos Processos Funcionais coincidem com os objetivos da prpria funo que

    viabilizam. Esses processos so estabelecidos para otimizar o desempenho da funo em que se

    inserem.

    2. Processos de Negcio - Chama-se Processos de Negcio queles que se servem das

    diversas funes organizacionais para gerar produtos mais diretamente relacionados

    com a razo de existir da organizao.

    Estes Processos de Negcio apresentam as seguintes caractersticas:

    a) So Processos multifuncionais no sentido da otimizao, ou seja, no contribuem para a

    otimizao de apenas uma funo mas sim das diversas funes que os permeiam.

    b) So multifuncionais no sentido da dependncia, ou seja, dependem do bom desempenho de

    todas as funes de que se servem.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    28 Stephanie Moreira

    c) Os seus objetivos e clientes, como j foi referido, no coincidem com os objetivos e clientes

    de uma funo especfica. Pelo contrrio, identificam-se de forma mais direta com a misso da

    Organizao.

    d) Tendem a ser considerados processos crticos, ou seja, processos cujo insucesso tem um

    impacto grande sobre o ambiente organizacional, na medida em que comprometem de maneira

    mais imediata os resultados operacionais da organizao.

    A forma de gesto mais frequente nas organizaes a Gesto por Funes, em que os

    processos so onsiderados e tratados dentro das suas especialidades, so entendidos e

    delimitados dentro de suas GESTO DA QUALIDADE reas.

    Consequncias

    Maior ligao entre a realizao e a definio e o cumprimento de objetivos

    Melhor definio das responsabilidades pela realizao dos processos

    Melhor avaliao dos riscos e impactos das atividades sobre todas as partes

    interessadas.

    No perder tempo com aquilo a que os interessados no do importncia.

    O que acontece dentro de uma organizao pode ser descrito pelo organigrama que promove

    uma viso vertical das organizaes que facilmente desemboca na cultura dos silos

    organizacionais.

    A viso vertical, a gesto funcional, funciona

    bem num mundo estvel, calmo, mas no num

    mundo cada vez mais instvel, quando as

    organizaes precisam de se flexibilizar para

    responder mais rapidamente ao mercado.

    Isto apenas funcionava quando tudo era mais

    simples gerido por regras rgidas.

    Apos a mudana o organigrama muda de aspeto por forma a permitir uma maior flexibilidade

    das atividades, isto , os colaboradores responsabilizam-se por varias tarefas sem estarem a

    espera do outro. Assim funcionar por processo torna-se mais prtico. Quando as organizaes

    se organizam em torno das atividades necessrias transformao das entradas em sadas,

    ento tudo corre melhor!

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    29 Stephanie Moreira

    Norma 9001: diz: Na abordagem por processos, modela-se o funcionamento de uma

    organizao como um sistema, composto por um conjunto de processos inter-relacionados e

    inter-actuantes:

    1. todos os processos so planificado: Partir da organizao como

    um conjunto de processos inter-relacionados e interactuantes

    2. E isolar um qualquer processo, identificando as suas interfaces e

    fazer um zoom;

    3. Caracterizar o interior do processo, e identificar o que se

    faz, quem faz e o grau de interveno: atribuies,

    responsabilidades e autoridades. as atividades so

    definidas com exatido, entradas a sadas:

    4. A partir do somatrio das atividades desempenhadas por uma funo nos

    vrios processos em que participa, construir o perfil de competncias

    adequadas ao desempenho dessa funo- Os processos que a constituem, e

    que tratam as entradas e as transformam em sadas. E as funes, as pessoas

    que executam as tarefas nos processos Podem identificar-se e sistematizar-se para cada

    processo da organizao qual a sua razo de ser, por que que existem e que

    indicadores podemos usar para medir o seu desempenho e avaliar o seu grau de eficcia

    no cumprimento da finalidade

    Os resultados de uma organizao no a soma direta dos resultados individuais de cada um

    dos processos que a constituem. Uma organizao um sistema, e um sistema no linear.

    O mais importante so os resultados do todo, da organizao, que no podem ser obtidos

    olhando unicamente para os processos, embora seja neles que se tenha de trabalhar.

    Se se procura otimizar o desempenho de todos os processos no se consegue otimizar o

    desempenho do todo.

    Fatores crticos de sucesso

    Para se escolher quais so os processos mais importantes necessrio definir os fatores crticos

    de sucesso FCS - (conjunto de condicionantes do sucesso necessrios e suficientes para

    permitirem organizao perseguir os objetivos estratgicos de referncia).

    Selecionam-se os processos necessrios relacionados com os fatores-chave: para cada fator-

    chave necessrio identificar quais os processos de negcio necessrios para a sua realizao.

    E constri-se a matriz FCS-P : exemplo: venda sapatos

    1. Definir quais os Fatores crticos e quais os processos:

    FCS Processo

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    30 Stephanie Moreira

    Qualidade Marketing

    Localizao Compra

    Atendimento Venda

    Exclusividade Recursos

    Garantia no ps venda

    2. Contruir a matriz FCS-P

    Qualidade 3

    Localizao 2

    Atendimento- 3

    Exclusividade 2 Garantia ps-vendas 2

    Marketing 3 2 3 3 2 32

    Compra (fornecedores)

    3 - - 3 3 21

    Venda 3 2 3 2 3 32

    Recursos 2 - 2 - 2 16

    3. Multiplicar o valoe do FCP (3*3+2*2+3*3+3*2+2*2= 32)

    4. Concluso: O processo marketing e venda so fundamentais para organizao pois

    apresentam os valores de maior valor, sendo que a outra compra e recursos so de

    razovel importncia.

    Gesto do processo implica:

    Definir o dono do processo

    Medir o desempenho

    Medir os resultados

    Compar-los.

    Identificar os processos crticos, que so aqueles que providenciam maior valor para o

    cliente, acionistas e colaboradores. Implementar um sistema de Gesto da Qualidade

    implica repensar todos os processos.

    Vantagens

    o Aumento da confiabilidade dos processos;

    o Reduo do tempo de resposta;

    o Reduo dos custos;

    o Reduo dos stocks;

    o Melhoria da capacidade de fabrico

    o Aumento da quota de mercado;

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    31 Stephanie Moreira

    o Aumento da satisfao dos clientes;

    o Melhoria no ambiente de trabalho e da moral dos colaboradores;

    o Aumento dos lucros;

    Abordagem do processo: reumindo

    Definir as entradas de cada processo: informao, materiais processados, conhecimento

    adquirido, servios prestados,

    As sadas de cada processo: informao, materiais processados, conhecimento

    adquirido,

    Os objetivos do processo: o que se pretende obter com esse processo;

    O dono do processo: o responsvel;

    Os recursos (meios) necessrios para realizar o processo e poder atingir os objetivos;

    A metodologia a aplicar: o procedimento a seguir;

    Os indicadores de desempenho do processo que permitiro, por tratamento e anlise

    da informao obtida, implementar aes corretivas ou preventivas: mtricas, sistemas

    de alarme, mtodos de monitorizao continuada,

    Os processos de que depende para o seu sucesso;

    Os processos dependentes, e para os quais a qualidade das suas sadas influenciam o

    seu sucesso.

    Cada processo tem um cliente e um fornecedor - clientes e fornecedores internos.

    O objetivo que todos percebam que pertencem relao cliente - fornecedor.

    O cliente que tem de ser satisfeito o cliente do cada processo.

    Se a cadeia permanecer intacta o cliente final fica certamente satisfeito

    Processos clientes e fornecedores ( juran)

    Cada processo tem um cliente e um fornecedor - clientes e fornecedores internos.

    O objectivo que todos percebam que pertencem relao cliente - fornecedor.

    O cliente que tem de ser satisfeito o cliente do cada processo.

    Se a cadeia permanecer intacta o cliente final fica certamente satisfeito.

    As empresas servem para acrescentar Valor para os seus clientes. Uma organizao s

    existe de uma maneira auto-sustentada se criar riqueza, se tornar mais ricos os seus

    clientes.

    11.3.5 Relaes Mutuamente Benficas com Fornecedores

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    32 Stephanie Moreira

    A aplicao deste princpio pressupe boas relaes entre fornecedores e empresas,

    pressupondo seriedade e confiana. Este princpio fomenta:

    O estabelecimento de atividades de melhoria conjuntas

    Desenvolvimento de atividades que criam valor para ambas as partes

    Otimizao dos custos e recursos para ambas as partes

    A flexibilidade e a rapidez na resposta, de forma conjunta, permitindo responder ao

    mercado

    11.3.6 Implicaes Prticas ( a prof no deu relevncia)

    Estabelecimento de relaes de parceria com fornecedores equilibrando os ganhos de

    curto e longo prazo;

    Intercmbio de recursos, de competncias, de experincia e de recursos com os

    parceiros;

    (requesito da norma) Identificao e seleco, avaliao e reavaliao dos fornecedores

    chave, com base na sua aptido para fornecer produtos/servios de acordo com os

    requisitos da organizao;

    Comunicao fcil, clara e aberta;

    Partilha de informao e de planos de futuro;

    Definio conjunta de estratgias de melhoria;

    Motivao, encorajamento e reconhecimento dos progressos e esforos obtidos pelos

    fornecedores.

    11.3.7 Abordagem da Gesto como um Sistema

    Identificar, compreender e gerir processos inter-relacionados como um sistema, contribui para

    que a organizao atinja os seus objectivos com eficcia e eficincia.

    Na prtica, a organizao tem de:

    Integrar e alinhar os processos para melhor atingir os resultados desejados;

    Focalizar o esforo nos processos chave;

    Proporcionar confiana s partes interessadas relativamente consistncia, eficincia e

    eficcia da organizao.

    11.3.8 Tomada de deciso baseada em factos Este princpio significa:

    Assegurar que a informao suficientemente exata para a tomada de decises;

    Tornar os dados acessveis a quem deles necessita, o que implica a garantia de que os

    dados so fidedignos, precisos e fiveis;

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    33 Stephanie Moreira

    Tomar de decises baseadas em dados e factos e no na intuio. Transformar dados

    em informao ( necessrio o conhecimento ex: analises clinicas)

    Vantagens - Com conhecimento dos fatos:

    Aumentar a probabilidade de tomar as decises mais adequadas, as melhores decises;

    Promover o envolvimento na tomada de decises e a aceitao das decises tomadas;

    Permite a mudana de opinies quando se confrontam as pessoas com factos

    concretos.

    Melhoria Contnua -Constitui uma vantagem competitiva. Para ela ocorrer imprescindvel:

    Dar aos colaboradores formao e ferramentas orientadas para a melhoria

    Existir comunicao interna das actividades associadas gesto da qualidade

    Reconhecer as melhorias

    Na prtica, as implicaes para a organizao so:

    Utilizao de uma abordagem consistente, desdobrada a todos os nveis da organizao,

    que assegura a melhoria contnua do seu desempenho;

    Dar formao a todos os colaboradores sobre mtodos e ferramentas da melhoria

    contnua;

    Tornar a melhoria contnua dos produtos, processos e sistemas um objetivo para cada

    colaborador da organizao;

    Definio de metas de orientao e de mecanismos de deteo e avaliao da melhoria

    contnua;

    Reconhecimento dos progressos realizados.

    12 Norma 9001

    Existem dois tipos de normas de Gesto da Qualidade (GQ):

    1) As normas de requisitos, usadas como referenciais para averiguar a conformidade de

    um Sistema de Gesto da Qualidade, como a NP EN ISO 9001:2008;

    2) As normas que definem linhas orientadoras para o desenvolvimento de um sistema de

    gesto da qualidade total, como a NP EN ISO 9004:2011.

    3) Existe ainda a NP EN ISO 9000 que uma norma que apresenta fundamentos tericos e

    vocabulrio

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    34 Stephanie Moreira

    Os requisitos para implementao de um sistema de gesto da qualidade esto definidos nesta

    norma. Uma organizao cujo SGQ cumpra os requisitos desta norma est em condies de

    chegar certificao em gesto da qualidade.

    A administrao tem como objetivos a rentabilidade, o crescimento e a segurana da empresa.

    Para avaliar a sua performance so necessrios indicadores de gesto, como por exemplo:

    Quantidade de matrias-primas entradas na empresa;

    Custos de transformao;

    Quantidade de produtos/servios fornecidos;

    Qualidade de produtos/servios fornecidos.

    A qualidade considerada uma ferramenta de gesto por:

    Razes Financeiras porque os defeitos representam custos demasiado elevados. Dados

    relativos a pases europeus industrializados referem apontam para valores da ordem dos 10%

    do Produto Industrial Bruto, relativos a desperdcios por qualidade insuficiente de

    produtos/servios.

    Razes Comerciais atualmente a indstria atravessa uma fase complicada caracterizada por

    custos elevados de energia e matrias-primas, concorrncia de produtos estrangeiros e maiores

    exigncias dos mercados internacionais.

    Compreende-se que a sobrevivncia das empresas dependa muito da sua competitividade e da

    sua capacidade de a melhorar continuamente. Do ponto de vista do cliente isto traduz-se na

    otimizao da relao qualidade/preo. Assim, se o preo de venda for o mesmo, h que

    oferecer melhor qualidade; para nveis de qualidade idnticos tem de se apresentar um preo

    mais competitivo, sendo esta a origem da necessidade de:

    Reduzir o nmero e o custo dos defeituosos, das recuperaes, dos controlos de

    produo, etc.;

    Otimizar os mtodos de trabalho e os processos de fabrico;

    Simplificar a conceo de produtos e servios. GESTO DA QUALIDADE

    ainda importante manter, promover e melhorar a imagem da marca da organizao para

    fidelizar os clientes e penetrar em novos mercados, o que pode ser realizado por:

    Razes Tcnicas o desenvolvimento e a melhoria de tcnicas e processos permitem melhorar

    as caractersticas dos produtos, dando-lhes uma utilizao mais econmica e tornando-os mais

    adequados s necessidades dos clientes, e com os custos controlados. A qualidade contribui

    para um melhor controlo tcnico, atravs da melhoria e normalizao dos processos de fabrico

    e dos meios de controlo.

    Imposies do Exterior so restries que podem provir de clientes, associaes de

    consumidores, organismos pblicos, entidades certificadoras ou associaes ecologistas, etc.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    35 Stephanie Moreira

    Ambiente da Empresa um sistema de qualidade permite melhorar as sinergias da empresa,

    desenvolvendo um forte esprito de equipa, aumentando o gosto dos colaboradores pelo

    trabalho, o que permite tambm melhorar as relaes com clientes e fornecedores.

    A implementao de sistemas da qualidade nas organizaes tem como consequncia, (desde

    que bem implementado):

    1. Satisfao dos clientes

    2. Aumento da produtividade

    3. Diminuio dos custos

    4. Vantagem competitiva no mercado

    5. Melhoria do desempenho

    6. Satisfao dos stakeholders

    13 Auditoria

    Processo sistemtico, independente e documentado, para obter evidncias de auditoria e a

    respetiva avaliao objetiva com vista a determinar em que medida os critrios de auditoria so

    satisfeitos.

    13.1 Evidncias e critrios de Auditoria

    Evidencias: Registos, afirmaes factuais ou outra informao, que sejam verificveis e

    relevantes para os critrios de auditoria.

    Critrios de Auditoria: Conjunto de polticas, procedimentos ou requisitos utilizados como

    referncia (em relao aos quais as evidncias so comparadas).

    13.2 Objetivos

    Determinar a conformidade ou no conformidade dos elementos do sistema de gesto

    com os requisitos especificados.

    Permitir o reconhecimento do sistema auditado Certificao.

    Avaliar o cumprimento de exigncias regulamentares ou contratuais.

    Avaliar a eficcia do sistema de gesto implementado, para cumprir os objetivos

    especificados.

    Identificar reas de potencial melhoria.

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    36 Stephanie Moreira

    13.3 Tipos de auditoria

    1. Auditorias internas - 1 Parte - Organizao

    Realizadas pela organizao aos seus prprios processos Os auditores podem ser da prpria organizao ou contratados (internos ou

    externos) 2. Auditorias externas realizadas por um cliente Auditorias de 2 parte

    3. Auditorias externas realizadas por uma terceira parte independente Auditorias de 3

    Parte

    A 3 audita a 1 para dar garantias a 2 que a 1 .

    13.4 Princpios de auditoria

    A auditoria uma ferramenta de apoio a gesto, e que proporciona informao que proporciona

    a melhoria da gesto.

    importante que os auditores concluem da mesma concluso para que sejam coerentes com os

    princpios da norma 9001, tornando mais objetivo possvel, eliminando assim a subjetividade.

    Conduta tica - confiana, integridade, confidencialidade e descrio

    Imparcialidade - obrigao de relatar com verdade e rigor.

    Cuidado profissional - aplicao de diligncia e discernimento na auditoria

    Independente- com base na imparcialidade e ser objetivo;

    Abordagem baseada em evidncias- por forma a constatar a veracidade das suas

    concluses;

    13.5 Equipa auditoria Auditor coordenador Quem realiza as auditorias e as lidera;

    Auditor pessoa com competncia para realizar auditorias;

    Perito tcnico possui conhecimento especifico e/ou experiencia para integrar a

    equipa;

    Auditado quem pediu para ser auditado

    13.6 Requisitos de um auditor

    Esprito aberto: disponveis para considerar ideias e pontos de vista diferentes;

    tico: justo, verdadeiro, sincero, honesto, discreto;

    Diplomata: saber relacionar-se com as pessoas

    Observador: consciente do meio e das atividades envolventes;

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    37 Stephanie Moreira

    Tenaz: persistente, focalizado nos objetivos;

    Percetivo: instintivamente atento e capaz de perceber as situaes;

    Verstil: ajusta-se facilmente a diferentes situaes;

    Auto-confiana age de forma independente quando interage com os outros ;

    Decidido: conclui com base em raciocnio lgico e anlise.

    O Auditor no deve:

    Discutir as estratgias da empresa Discutir personalidades Ser negativo Criticar Discutir Comparar auditados

    13.7 Tarefas

    Planear e realizar a auditoria

    Documentar as constataes

    Conservar e salvaguardar os documentos relativos auditoria (CONFIDENCIALIDADE)

    Relatar as concluses

    Permanecer no mbito da auditoria

    Cooperar com o A. Coordenador para alcanar os objetivos da auditoria

    Agir com objetividade e independncia

    13.8 Responsabilidade do coordenador

    o ultimo a relatar a concluso da auditoria junto com a equipa auditoria.

    Deve ser experiente e ter capacidade de liderana.

    Selecionar os outros membros da equipa Representar a equipa auditora junto da direo da organizao auditada Cumprir e fazer cumprir as exigncias aplicveis auditoria

    Relatar ao auditado qualquer obstculo relevante surgido durante a auditoria

    Comunicar e esclarecer as exigncias da auditoria

    Planear a auditoria, preparar os documentos de trabalho e reunir com a equipa auditora

    Rever a documentao e determinar a sua adequao

    Nomear, de entre a equipa auditora, qual o processo ou processos que cada auditor vai

    auditar

    Relatar de imediato ao auditado as no conformidades

    Relatar as concluses da auditoria clara e conclusivamente

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    38 Stephanie Moreira

    13.9 Cliente de auditoria

    Quem requer auditoria determina a necessidade de auditoria.

    Determina as aes de seguimento a serem tomadas.

    O auditado informa as pessoas sobre o processo e previdncia todos meios necessrios

    para que seja auditada.

    Determina a organizao da audotoria.

    O Auditado

    Informa as pessoas envolvidas quanto ao mbito e finalidade da auditoria

    Designa quem acompanha a equipa auditora

    Providencia todos os meios necessrios para assegurar a eficcia da auditoria

    Providencia o acesso s instalaes e aos elementos de prova, conforme solicitado pelos

    auditores

    Coopera com os auditores

    Determina e implementa as A.C. a partir do relatrio da auditoria

    13.10 Plano de Auditoria

    Descrio das atividades e dos preparativos de uma auditoria

    Deve ser aprovado pelo cliente e comunicado aos auditores e auditado

    Deve ser flexvel, permitindo ajustes

    Contedo do plano

    Objetivos e mbito da auditoria Documentos de referncia Data, hora e local de realizao da Auditoria Identificao da Equipa Auditora Durao da Auditoria Identificao das reas funcionais e processos a auditar Alocao de recursos necessrios

    13.11 No conformidades Podem ser falhas devidas a:

    No cumprimento dos requisitos da norma Deficiente implementao do SGQ Deficiente implementao de um requisito contratual, legal ou regulamentar

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    39 Stephanie Moreira

    No fim da auditoria e antes da apresentao do relatrio a equipa Auditora deve reunir com a

    Direo do auditado e com os responsveis pelas reas auditadas.

    O objetivo apresentar as concluses da auditoria, assegurando que so claramente

    compreendidas e interpretadas.

    Posteriormente procede-se leitura do Relatrio da Auditoria.

    14 Ferramentas da Qualidade

    14.1 As 7 Ferramentas Clssicas

    14.1.1 Fluxograma O fluxograma (ou flowsheet) permite estudar um

    processo.

    um diagrama sistemtico que representa

    de uma forma bastante simples, ordenada

    e facilmente compreensvel as vrias fases

    de qualquer procedimento, processo de

    fabrico, funcionamento de sistemas ou equipamentos, etc., bem como as relaes de

    dependncia entre elas.

    So constitudos por passos sequenciais de ao e deciso, representados por

    simbologia prpria que ajuda a compreender a sua natureza: incio, ao, deciso, etc.

    A sua utilizao permite a identificao de possveis causas e origens para problemas da

    linha de fabrico, assim como contribu para, ao detetar passos desnecessrios no

    processo, efetuar simplificaes significativas.

    Nos fluxogramas dos processos, o controlo da qualidade encontra-se associado aos

    pontos de deciso.

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    40 Stephanie Moreira

    Vantagens:

    Identificar claramente quais so os limites do processo;

    til na formao de novos colaboradores;

    D-nos uma viso global do processo;

    Possibilita anlise de valor ao processo;

    Permite-nos evidenciar entradas e sadas do processo;

    Evidenciar atividades normalmente escondidas.

    14.1.2 Folhas registos de dados

    As Folhas de Registo de Dados, tambm conhecidas por folhas de verificao, so tabelas usadas

    para facilitar a recolha e anlise de dados para obter um quadro claro dos factos.

    Promovem a recolha de dados de maneira consistente, facilitando a sua anlise.

    Permitem:

    Garantir bastante objetividade na recolha de dados

    Definir com preciso quais os dados que necessrio recolher.

    Vantagens:

    > Facilitam a recolha de dados

    > e tambm a sua organizao.

    > Facilita, posteriormente, encontrar dados que sejam necessrios e fazer estudos

    retrospetivos. No existe uma folha de verificao standard uma vez que devem ser elaboradas

    em funo do fim a que se destinam.

    14.1.3 Diagrama de barras ou histograma Representao grfica de uma distribuio de frequncia ou sries de distribuies quantitativas

    por meio de retngulos justapostos, onde a largura da barra representa o intervalo de classe da

    varivel e a altura corresponde frequncia de ocorrncia daquele valor.

    Os histogramas apresentam-se como um mtodo de simples elaborao que, atravs da

    representao grfica do nmero de vezes que determinada caracterstica ou fenmeno ocorre

    (distribuio de frequncia), permitem obter uma impresso visual objetiva sobre a disperso e

    localizao dos valores recolhidos e, caso a amostra seja representativa, da totalidade da

    populao.

    Podem assim ser utilizados para o controlo e melhoria do processo.

    Vantagens:

    Permite trabalhar com amostras;

  • Gesto da Qualidade 2013/2014

    41 Stephanie Moreira

    Possibilita a visualizao/entendimento rpido do comportamento da populao;

    Permite entender a populao de um modo objetivo.

    14.1.4 Grafico de Pareto

    Ao analisar a sociedade, o economista italiano Alfredo Pareto concluiu que grande parte da

    riqueza se encontrava nas mos de um nmero reduzido de pessoas.

    A partir desta observao, e por esta concluso poder ser generalizada a muitas reas da vida

    quotidiana, foi estabelecido o mtodo de anlise de Pareto, tambm chamado mtodo ABC ou

    dos 20-80%.

    De uma forma sucinta, este mtodo diz-nos que a grande maioria dos efeitos devida a um

    nmero reduzido de causas.

    Vantagens:

    Separa o importante do trivial;

    Classifica oportunidades para a melhoria;

    Mostra por ordem de importncia a contribuio de cada item para o efeito total;

    Fcil visualizao e identificao das causas ou problemas mais importantes;

    Permite uma atuao diretamente no problema mais frequente.

    14.1.5 Diagrama de Causa-Efeito, de Ishikawa ou de Espinha de Peixe

    Objetivo

    Determinar todas as causas possveis de um problema para obter as causas mais provveis do

    mesmo.

    Este diagrama representado por uma figura formada por diferentes linhas e retngulos que

    servem para representar, de uma forma organizada, as relaes entre um efeito observado e as

    suas possveis causas.

    14.1.6 Cartas de controlo

    Instrumento que permite identificar as causas de variao no natural do processo;

    Utiliza limites de controlo, superior, inferior e, por vezes, auxiliares.

    Se numa distribuio normal o processo estiver sob controlo, isto normalmente entre (X + 3

    ) e (X - 3 ), a probabilidade de uma pea estar fora dos limites de controlo de 0,27% -

    aproximadamente 0,3%. Quer isto dizer que a quantidade de peas defeituosas que ser gerada

    pelo processo ser 0,3%, isto , apenas trs peas em mil.

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    Tipos de Cartas de Controlo:

    > Controlo por variveis - Quando a caracterstica da qualidade pode ser medida e

    expressa como um nmero numa escala contnua de medies.

    > Controlo por atributos - Quando o produto avaliado em termos de conforme ou no

    conforme em relao a determinados atributos ou em termos do nmero de defeitos que

    aparecem numa unidade de produto.

    Vantagens

    1. So instrumentos fceis e simples de aplicar pelos executantes, no sentido de se obter o

    controlo contnuo do processo.

    (podem ser traadas no local de trabalho, dando informaes preciosas sobre os momentos

    em que so necessrias aes corretivas)

    2. Desde que o processo esteja sob controlo estatstico permitem:

    - Prever de forma adequada o comportamento do processo, ajudando a garantir que o

    processo tenha consistncia em termos de custo e qualidade;

    - Melhorar, com base na informao disponvel nas cartas, os processos no sentido de reduzir

    a variabilidade, fornecendo um instrumento para verificao da eficcia das aes de melhoria.

    14.1.7 Diagrama de Disperso / Correlao O Diagrama de Disperso um grfico entre duas variveis que serve para verificar se existe

    alguma relao entre elas. Usualmente a relao a estudar do tipo causa-efeito, embora o

    diagrama no permita identificar qual das variveis a causa e qual o efeito.

    Observando o padro de disposio dos pontos, possvel concluir sobre a eventual relao

    entre as duas variveis.

    14.2 Outras Ferramentas

    14.2.1 Os cinco ss

    O principal objetivo dos 5S consiste na:

    - simplificao do ambiente de trabalho,

    - na reduo de desperdcios,

    - na eliminao das atividades que no acrescentam valor,

    - no aumento da segurana e na melhoria dos nveis de qualidade.

    14.2.2 Poka Yoke

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    O Poka-Yoke,

    um mecanismo prova de erro.

    Ataca a causa ou a raiz do problema;

    Sob o Poka-Yoke est a convico de que no aceitvel produzir nem mesmo um

    pequeno nmero de produtos defeituosos.

    :

    Um meio efetivo de regular as variaes na qualidade.

    Uma funo de manuteno da qualidade.

    Um mtodo de aperfeioamento da qualidade.

    Uma tcnica e no um objetivo

    14.2.3 5W2H (5 porqus, como e quanto)

    O 5W1H um tipo de lista de verificao utilizada para:

    > informar e

    > assegurar

    o cumprimento de um conjunto de planos de ao, diagnosticar um problema e planear

    solues.

    Esta tcnica consiste em equacionar o problema, descrevendo-o por escrito, da forma como

    sentido naquele momento particular: como afeta o processo e as pessoas, qual a situao

    desagradvel que o problema provoca.

    14.2.4 AMFE Anlise dos modos e efeitos de falha

    O seu objetivo prevenir as falhas potenciais de um produto, de um processo de fabrico

    ou de uma organizao.

    Baseia-se numa anlise metdica dos riscos potenciais, permitindo a sua hierarquizao

    para tratar os mais importantes de uma forma preventiva.

    A sua utilizao cmoda, tem uma implementao relativamente rpida e possui uma

    eficcia invejvel quando aplicada corretamente.

    14.2.5 Desdobramento da funo qualidade

    uma ferramenta que:

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    Permite entender as necessidades e requisitos do consumidores e fornecer uma

    disciplina para garantir que essas necessidades e requisitos so transpostos para a

    especificao do produto.

    A voz do cliente ouvida e compreendida por todos os elementos da empresa e

    incorporada no produto.

    No QFD:

    existe uma relao direta com a voz do cliente, ou seja, identifica o que o cliente quer e

    a forma como as suas necessidades vo ser realizadas.

    os objetivos genricos so transformados em aes que envolvem o comprometimento

    de toda a equipa.

    identificam-se os problemas e diminui-se a probabilidade de passarem da primeira fase,

    o que acarretar menos alteraes ao projeto e consequentemente a reduo do tempo

    gasto no desenvolvimento do produto, assim como dos custos.