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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO CURSO FISIOTERAPIA FRANCINE JESUS DE OLIVEIRA MOTTA OS EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA CRIANÇA COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA ITAPETININGA-SP 2018

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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA

INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO

CURSO FISIOTERAPIA

FRANCINE JESUS DE OLIVEIRA MOTTA

OS EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA CRIANÇA COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA

NÃO PROGRESSIVA

ITAPETININGA-SP

2018

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FRANCINE JESUS DE OLIVEIRA MOTTA

OS EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA CRIANÇA COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA

NÃO PROGRESSIVA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado a faculdade Sudoeste

Paulista de Itapetininga – FSP ao curso de

graduação em Fisioterapia, como requisito

parcial para obtenção do título de bacharel

em Fisioterapia

Orientador(a): Profª Ms. Maria Eliege de

Souza

ITAPETININGA-SP

2018

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MOTTA, Francine Jesus de Oliveira

OS EFEITOS DA HIDROTERAPIA NA CRIANÇA COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA

NÃO PROGRESSIVA / Francine Jesus de Oliveira Motta – Itapetininga, 2018, 36p.

Monografia (Graduação) – FSP – Faculdade Sudoeste Paulista – Fisioterapia

Orientador(a): Profa Ms. Maria Eliege de Souza

1.Hidroterapia 2.Paralisia Cerebral 3.Encefalopatia Crônica não Progressiva

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Aos meus pais pelo

carinho e incentivo e a Deus por realizar meu sonho.

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AGRADECIMENTO

Sem as pessoas que me deram apoio, sugestões pontuais, leram e releram,

com certeza esse trabalho não teria esse toque especial.

Particularmente agradeço a minha orientadora, professora Maria Eliege, que

leu e releu várias e várias vezes com toda a paciência e atenção esse trabalho.

Obrigada professora pela orientação diligente, pelas decisões tomadas e

principalmente pela sua amizade.

Aos demais professores quero mostrar a minha gratidão, pois contribuíram

muito em meu aprendizado e para a realização desse trabalho.

E aos meus colegas e amigos da sala, que passaram cinco anos, chorando e

sorrindo junto, tivemos dias de lutas, mas chegamos a vitória dessa grande batalha.

Gostaria de agradecer a Instituição de ensino FSP (Faculdade Sudoeste

Paulista), que trouxe os melhores professores que poderiam nos ensinar, a melhor

coordenação que poderia para nos dar auxílio, o melhor diretor que poderia nos

mostrar qual caminho percorrer.

Também ao meu namorado, Wellington Silva de Medeiros, meu futuro esposo

e meu companheiro pra vida toda, assim se Deus quiser, queria dizer muito obrigada

por todo apoio, por todo suporte que me deu nos momentos de angústia de desespero,

por me mostrar que eu era capaz, por me dar forças e não me deixar desistir dos meus

sonhos muito obrigada por estar ao meu lado sempre.

Aos meus familiares, não tenho nem palavras de gratidão para dizer o quanto sou

feliz de ter vocês em minha vida, desde pequeno acreditaram em mim, nunca me

deixaram ficar sozinha, sempre mostraram o quanto me amavam e se preocupavam

comigo, se eu precisasse fariam qualquer coisa para que meu sonho fosse realizado.

Aos meus irmãos Alex de Oliveira Motta e Luiz Ricardo de Oliveira Motta, queria

dizer a vocês muito obrigada por serem esses irmãos que mesmo longe, torceram por

mim, sempre me apoiaram sempre me incentivaram sempre me mostraram que eu

era capaz e que eu chegaria lá.

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Agradeço imensamente a minha irmã Natalia de Oliveira Motta, tudo começou

por ela, pois ela foi e é a minha inspiração, foi por ela que eu escolhi seguir esse

caminho, que eu escolhi ser fisioterapeuta, foi por ela que eu me encontrei que eu

descobri essa profissão maravilhosa, que me motivou, que nos meus momentos de

desanimo, só com o olhar ela me fortalecia, muito obrigada por fazer a diferença em

minha vida, por mostrar pra mim mesma que eu conseguiria, que tudo isso valeria

muito a pena.

Agradeço a mulher que me encorajou, minha Mãe e ao homem da minha vida,

meu Pai, que me mostraram com garra o que era lutar que nos momentos difíceis da

vida me ensinaram a ter Fé, passaram tudo na vida e sempre me ensinaram a nunca

desistir dos meus sonhos, mostraram que sim, independente da sua escolaridade

podem ter muito mais conhecimento do que mestres que passam a vida estudando,

me ensinaram a ser grata em tudo, mas principalmente nas pessoas, e me mostraram

o verdadeiro significado da palavra amor.

Em especial agradeço a Deus, que me deu muita saúde, paz, alegria,

discernimento, paciência e muita força para chegar na realização desse sonho, segurou

em minhas mãos quando eu mais precisava e me mostrou que não estou só.

Finalmente, agradeço a todos que acreditaram que esse sonho poderia se

tornar realidade, gostaria de dizer, Deus abençoe a cada um de vocês.

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A força não provém de uma capacidade física e sim

de uma vontade indomável.

Gandhi M. (1948, p.1)

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MOTTA, Francine Jesus de Oliveira. Os efeitos da hidroterapia na criança

com encefalopatia crônica não progressiva. 2018. 36f. Monografia

(Graduação) – Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2018.

RESUMO

Introdução: A Encefalopatia Crônica Não Progressiva (ECNP) também é nomeada como

paralisia cerebral, que designa por uma disfunção do movimento e da postura em razão

de uma lesão no cérebro imaturo da criança. A hidroterapia traz a essas crianças liberdade

e transformação de movimentos, pois com as propriedades da água aquecida a

hidroterapia promove nesses indivíduos: diminuição de tônus, melhora da marcha,

melhora na postura, coordenação motora entre outros benefícios. Objetivo: Esse trabalho

tem por objetivo avaliar e apresentar o resultado terapêutico relacionado às propriedades

físicas da água na criança com ENCP. Métodos: Analisar por meio de uma revisão

bibliográfica, através de artigos online e livros os efeitos da hidroterapia em indivíduos

com encefalopatia crônica não progressiva, de preferência artigos publicados entre 2000

à 2016. Resultados: Foram encontrados 60 artigos, porém somente 12 artigos

preencheram os critérios de inclusão, informando o benefício da hidroterapia para

crianças com ECNP. Conclusão: Com as informações colhidas observa-se que a

hidroterapia, promove melhora significativa na capacidade funcional de pacientes com

PC, na coordenação motora, flexibilidade, marcha, orientação temporal e espacial e na

função social dessas crianças.

Palavras-chave: Encefalopatia Crônica não Progressiva. Hidroterapia. Paralisia

cerebral

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MOTTA, Francine Jesus de Oliveira. The effects of hydrotherapy in children with

chronic non-progressive encephalopathy. 2018. 36f. Monography (Undergraduate) - Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2018.

ABSTRACT

Introduction: Chronic non-progressive encephalopathy (ECNP) is also referred to as

cerebral palsy, which designates a dysfunction of movement and posture due to injury to

the child's immature brain. The hydrotherapy brings to these children freedom and

transformation of movements, since with the properties of the heated water the

hydrotherapy promotes in these individuals: diminution of tonus, improvement of the

march, improvement in the posture, motor coordination among other benefits. Objective:

This study aims to evaluate and present the therapeutic result related to the physical

properties of water in the child with ENCP. Methods: To analyze, through online articles

and books, the effects of hydrotherapy in individuals with chronic non-progressive

encephalopathy, preferably articles published between 2000 and 2016. Results: We found

60 articles, but only 12 articles filled out the articles. inclusion criteria, informing the benefit

of hydrotherapy for children with NEC. Conclusion: With the information collected,

hydrotherapy promotes a significant improvement in the functional capacity of patients with

CP, in the motor coordination, flexibility, gait, temporal and spatial orientation and in the

social function of these children.

Key-Words: Cerebral palsy. Chronic Non Progressive Encephalopathy.

Hydrotherapy.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Resultados ...................................................................................................................... 23

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 12

2. OBJETIVO GERAL .............................................................................................................................. 13

3. MÉTODOS ............................................................................................................................................... 14

4. HIDROTERAPIA E A AÇÃO DA ÁGUA ..................................................................................... 15

5. A CRIANÇA COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA.................. 18

6. RESULTADOS ....................................................................................................................................... 23

7. DISCUSSÃO ........................................................................................................................................... 26

CONCLUSÃO ............................................................................................................................................... 29

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................... 30

ANEXO I ......................................................................................................................................................... 34

ANEXO II ........................................................................................................................................................ 35

ANEXO III ........................................................................................................................................................36

ANEXO IV ...................................................................................................................................................... 37

ANEXO IV ...................................................................................................................................................... 38

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1. INTRODUÇÃO

A hidroterapia possui efeitos fisiológicos, cinesiológicos e físicos, por imersão

do corpo na água aquecida, auxilia na reabilitação e prevenção de alterações

funcionais e contraturas. Isso não só ajuda nos movimentos da criança com

encefalopatia crônica não progressiva (ECNP) como também envolve a adaptação

mental, ou seja, o reconhecimento do corpo sobre a água. As propriedades físicas

da água, com os princípios da termodinâmica e hidrodinâmica, descritos pelos

princípios de Pascal e Arquimedes e suas características biomecânicas são positivas

para a reabilitação cinética-funcional, especialmente as crianças com ECNP que por

sua falha cerebral podem trazer como resultados desordenados a hipertonia, rigidez,

flacidez, ataxia e atetose (DUARTE, 2004; SILVA et al., 2009; BIASOLI et al., 2006).

A palavra hidroterapia vem das palavras gregas hydor (água) e therapeia

(cura). A água nos possibilita realizar qualquer movimento que em solo, talvez

houvesse uma limitação dessa ação (ROUTI, 2000).

O conteúdo deste trabalho abordará os efeitos da hidroterapia na criança que

apresenta ECNP, demonstrado através de uma revisão bibliográfica.

Será descrito as técnicas utilizadas dentro da água, a hidroterapia associada

a cinesioterapia e o quanto a criança com ECNP, pode se beneficiar com este

tratamento.

Através deste estudo também pretende-se apresentar o quanto essa técnica

evoluiu com o passar do tempo, pois era uma técnica não muito vista e nem muito

valorizada antigamente, mas que foi progredindo com novas técnicas associadas e

apresentando resultados excepcionais.

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2. OBJETIVO GERAL

Avaliar e apresentar o resultado terapêutico relacionado às propriedades físicas da

água na criança com ENCP. Para alcance do objetivo proposto faz-se necessário

desenvolver os seguintes objetivos específicos: Abordar as propriedades da água e

seus efeitos fisiológicos; abordar as limitações da criança com ECNP e ter

embasamento científico que possa relacionar esses dois itens.

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3. MÉTODOS

A revisão bibliográfica foi a estratégia metodológica escolhida, optou-se por

ela, em razão do acesso à experiências de outros autores sobre o tema.

Na elaboração deste trabalho foi executado uma revisão de literatura nacional

e internacional sobre o tema proposto. Foi realizado o levantamento de dados pelas

bases de dados online: LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em

Ciências Sociais e da Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online), BIREME

(Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde),

Pubmed (US National Library of Medicine National Institutes of Health) que serviram

de instrumentos para a coleta de dados no período de 2000 à 2016.

Foram encontrados ao todo 60 artigos, apenas 21 foram selecionados, pois

estes empregaram o recurso de hidroterapia para tratamento inicial, sendo que os

demais usaram o termo fisioterapia aquática como forma de intervenção, ou seja, um

complemento para outros tratamentos. Desses 21 artigos somente 12 preencheram

os critérios de inclusão, pois referiam-se a artigos que abordassem temas sobre a

hidroterapia na criança com paralisia cerebral e entraram para os critérios de

exclusão artigos que não fossem do ano proposto ou que só utilizassem a

hidroterapia como complemento.

O registro e as características dos 12 artigos inclusos neste trabalho, estão

representados no quadro 1.

Foram utilizados os seguintes descritores: Hidroterapia. Paralisia Cerebral.

Encefalopatia crônica não progressiva.

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4. HIDROTERAPIA E A AÇÃO DA ÁGUA

A hidroterapia é conhecida como uma categoria de reabilitação, já existe em

longo tempo e é muito importante tanto atualmente quanto foi no passado. Nos dias

de hoje a hidroterapia cresceu tanto que os fisioterapeutas são incentivados a utilizar

a água usufruindo de suas qualidades. É fundamental aprender e aprimorar as

técnicas, descobrir e elaborar ideias novas (SILVA, 2009).

A palavra hidroterapia vem das palavras gregas hydor (água) e therapeia

(cura), A água é aquecida entre 32 a 33ºC, pois a temperatura tem que ser agradável

ao paciente e possibilitará a realização de qualquer movimento que em solo, talvez

houvesse uma limitação dessa ação, pois o calor da água reduz o tônus muscular

da criança (RUOTI, 2000).

A técnica de hidroterapia teve início antes de tantas outras técnicas utilizadas

pelos fisioterapeutas. Muitas maneiras de intervenção usadas antigamente foram

esquecidas, porém a hidroterapia permaneceu, mesmo com o critério sendo em grande

parte experimental. Mas este cenário está mudando, a hidroterapia tem crescido no

quesito fisiologia e exercícios aquáticos mais específicos, tornando um modo de

reabilitação por sua própria capacidade (CAMPION, 2000).

Existe a ação de duas forças ao entrar na água, a primeira: gravidade (ou impulso

para baixo) e a segunda: empuxo (impulso para cima), além de turbulência, pressão

hidrostática e a densidade totalmente diferente da densidade do ar que oferece maior

capacidade de ser realizado na água do que em solo (DUARTE, 2004).

A principal função da água está no empuxo, pois alivia o estresse sobre as

articulações que sustenta todo o peso sobre o corpo e permite que se realize

movimentos em forças gravitacionais diminuídas, fazendo com que as atividades que

não sustentam peso sejam iniciadas antes mesmo de serem praticadas em solo

(SILVA et al., 2009).

As propriedades físicas da água, com os princípios da termodinâmica e

hidrodinâmica, descritos pelos princípios de Pascal e Arquimedes e suas

características biomecânicas são positivas para a reabilitação cinética-funcional

(BIASOLI et al., 2006).

A ação terapêutica, feita na água aquecida, possibilita ações que em solo não

seriam realizáveis. Pois como se refere a ação mínima da gravidade, possibilita a

funcionalidade da musculatura espástica, melhora o equilíbrio, a percepção corporal,

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diminui os movimentos involuntários, a coordenação motora e desperta alguns

aspectos do controle motor (BIASOLI, 2006; ISRAEL, 2000, CANDELORO, 2006;

GEYTENBECK, 2002).

Os exercícios combinados com a ação térmica da água são os resultados

fisiológicos mais vantajosos. O efeito da imersão na água é igual para adultos e

crianças e está associado a temperatura do corpo e à intensidade dos exercícios,

pois dependendo de como cada indivíduo se comporta no meio aquático há uma

melhora da flexibilidade, da amplitude de movimento, aumento da força muscular, da

capacidade motora básica e dos padrões de movimentos (GONZÁLES, 2002;

PATIKAS, 2006).

No momento da imersão da criança na água, os impulsos aferentes (táteis e

proprioceptivos), são reduzidos, e com isso atinge a redução da emissão de

estímulos facilitadores aos músculos extensores e dessensibilização do fuso

músculo esquelético, reduzindo momentaneamente a atividade das fibras gama. Por

esse motivo ocorre a redução do tônus muscular no meio aquático, pois os estímulos

aferentes diminuídos reagem mais organizadamente ao estímulo gravitacional em

crianças espásticas, permitindo assim que estes controlem de maneira mais natural

seus movimentos (BONOMO, 2007; GEYTENBECK, 2002; CAMPION, 2000).

Um método muito utilizado para fins de reabilitação é o Watsu. Essa técnica

aumenta as habilidades motoras grossas segundo a escala Gross Motor Function

Measure (GMFM) e principalmente ajuda nas alterações em decúbito dorsal e ventral

que são de extrema importância para as crianças realizarem as mudanças posturais,

auxiliando a fisioterapia para o desenvolvimento motor em crianças com paralisia

cerebral (PASTRELLO, 2009).

Outro método efetivo utilizado na hidroterapia é o Bad Ragaz, técnica utilizada

para pacientes com distúrbios neurológicos. Essa técnica é efetuada com o paciente em

decúbito dorsal e com auxílios de flutuadores (anéis) no pescoço, pelve e tornozelos e é

constituída de movimentos anatômicos com padrões e planos em diagonais, com

estabilização e resistência fornecidos pelo fisioterapeuta. De acordo com os efeitos da

água aquecida e os movimentos realizados mostra-se capaz de diminuir movimentos

involuntários, proporcionando melhora do controle motor e do equilíbrio (SANTIAGO et

al., 2006; GARRET et al., 2000; MORRIS et a., 2000).

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Outra técnica muito utilizada é o Halliwick, que combina movimentos chamado de 10

pontos que são realizados dentro da água da seguinte maneira: 1-ajustamento

mental, 2-desprendimento, 3-rotações vertical ou transversal, 4-rotações lateral ou

sagital, 5-rotações combinadas, 6-empuxo, 7-equilíbrio, 8-deslize turbulento, 9-

progressão simples e 10-braçada básica. Essa técnica provou ser muito segura e

aplicável a todo tipo de indivíduo, ou seja, independentemente da idade, se é

deficiente ou não, é um método realizável a todo tipo de pessoa, com exceção de

sua adaptação na água. Esse método é distinto de qualquer outra técnica, pelo

simples fato de utilizar jogos em grupo ao nível de dificuldade de cada pessoa, e por

não utilizar flutuadores (FOUGO, 2009).

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18 5. A CRIANÇA COM ENCEFALOPATIA CRÔNICA NÃO PROGRESSIVA

É uma das deficiências mais comuns, trata-se de um conjunto de desordens

sensório motoras com graus variados de dificuldades, além de vários efeitos na

habilidade intelectual. A falha cerebral pode trazer como resultados desordenados a

hipertonia (conhecida como espasticidade) ou hipotonia, rigidez, ataxia e atetose, e

podem acompanhar estas alterações as desordens da visão e audição (MONTEIRO,

2002).

Fisiologicamente, trata-se de um grupo de desordens motoras não

progressiva, que está sujeita a uma agressão encefálica, caracterizada por um

transtorno persistente, instável, que ocorre na primeira infância, e que não é

meramente secundária a lesão não evolutiva do encéfalo, mas deve-se também a

influência que a lesão exerce sobre a estrutura e função do corpo. (O’SHEA,2008;

CARNAHAN, 2007; REDDIHOUGH, 2003).

Não possui dados epidemiológicos como incidência e prevalência nessa

nomenclatura, mas sim como Paralisia Cerebral (PC). Em países desenvolvidos a

incidência é de 1,5 a 5,9 por cada 1.000 nascidos vivos. Há estimativa de 20.000

novos casos por ano no Brasil. Já nos países em desenvolvimento acredita-se que a

incidência seja de 7 por cada 1.000 nascidos vivos. Esses dados são importantes

pois colabora no desenvolvimento de campanhas de prevenção em saúde pública

(PIRES, 2008).

As atividades de vida diária da criança com ECNP estão relacionadas as suas

funções, por isso faz-se necessário o uso das escalas de avaliação pediatric

evaluation of disabillity inventory (PEDI ANEXO I) e gross motor function

Classification system (GMFCS ANEXO II) para avaliar o desempenho funcional e

determinar técnicas funcionais, condutas, e capacidade motora, para que aconteçam

os ajustes e adaptações da neuroplasticidade, conforme seu desempenho

(VASCONCELOS et al., 2009).

Essa deficiência apresenta dificuldade no diagnóstico clínico nos primeiros

anos de vida, para diagnosticar essa anomalia, usa-se a história clínica da mãe e

principalmente a avaliação médica neurológica. Assim que se tem resultados

diagnósticos, é necessário classificar a ECNP de acordo com o tipo e a localização

da alteração motora, com o grau de acometimento e o nível de independência para

atividades de vida diária (AVD’S) (SCHWARTZMAN et al., 2004).

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De acordo com a característica clínica mais dominante, a ECNP é classificada

em espástico, discinético e atáxico. A criança espástica apresenta hipertonia e é

ocasionado por uma lesão no sistema piramidal. A discinética apresenta movimentos

involuntários e o tônus pode ser flutuante e é ocasionada por uma lesão no sistema

extrapiramidal. A criança atáxica apresenta um distúrbio da coordenação e dos

movimentos e é ocasionada por uma disfunção no cerebelo. (ROSENBAUM et

al.,2007)

Os quadros de espasticidade podem ser classificados de acordo com a

distribuição anatômica como hemiplégica, diplégica e quadriplégica. A criança

hemiplégica apresenta uma postura assimétrica, padrão em abdução e flexão dos

membros inferiores, os membros superiores tendem a ficar mais retraídos,

flexionados e abduzidos. Alternadamente pode-se revelar sinais de extensão nos

membros superiores quando a cabeça for rodada para o lado afetado, por conta do

reflexo tônico assimétrico cervical. As crianças com hemiplegia não gostam de ficar

em posição prona, pois o membro superior afetado permanece fletido e geralmente

se mantém embaixo do seu tórax. Isso poderá ocorrer também com a criança na

água em posição prona. De qualquer forma o tipo de classificação apresentado por

essa patologia, em médio e em longo prazo irá provocar alterações na estrutura e na

função corporal e nas atividades (BUCHALLA, 2005).

O mais correto a se fazer é manter a criança na posição vertical, durante as

primeiras atividades, evoluindo para posição de supino. Por conta do encurtamento,

a criança hemiplégica tem uma tendência em rolar para o lado afetado, tanto na

posição vertical quanto na posição de supino ou prono. Para corrigir essa rotação

deve-se encorajar a criança a rodar a cabeça na direção contrária ao lado afetado.

Esses movimentos com a cabeça auxiliam a trazer o corpo para uma posição plana,

equilibrando assim o corpo. Existe uma atividade útil que visa melhorar a simetria,

chama-se rolamento manual para o lado afetado. O fisioterapeuta sustenta a criança

que está em supino, colocando os braços virados para cima em baixo de sua cintura,

pede para a criança virar o rosto para o lado contrário ao qual o corpo está sendo

rodado. O fisioterapeuta resiste então a essa contra rotação, de modo que a criança

tenha de trabalhar mais para restaurar a posição plana, provocando a extensão do

lado não afetado (CAMPION, 2000).

Conforme se obtém a melhora dessa simetria, as outras habilidades serão

adquiridas com maior facilidade. A criança hemiplégica pode tender a nadar

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primeiramente em círculos, isso pelo fato da inabilidade de manter os movimentos,

mas também pode ser por conta da assimetria da forma (CAMPION, 2000).

No caso da criança diplégica com espasticidade, apresenta uma forma

modificada, por causa do padrão de flexão de quadris e joelhos, esta será triangular.

Nesse caso a água faz com que as formas triangulares flutuem apontando para

baixo, a criança diplégica deve iniciar as atividades na água igual a criança

hemiplégica, nas posições vertical e supino, mesmo sendo difícil ou impossível

manter o equilíbrio na posição vertical devido a base estreita de caminhada ou

estação, é importante estabelecer uma ampla base para a estabilidade. Não devendo

ser colocada em prono, pois nessa maneira terá de lutar contra essa implicação na

água (CAMPION, 2000).

Além disso a criança pode ter ansiedade, tensão e uma posterior alteração na

forma, por conta de não possuir uma extensão cervical e de tronco suficientes. As

atividades que capacitam gradativamente a criança diplégica a alterar a forma,

estabilidade, posição do corpo e controle de equilíbrio devem fazer parte do

protocolo. Algumas atividades úteis na posição vertical são os jogos em círculo em

que a criança não apenas encontra-se avisada em relação a gravidade da água, mas

quando andar para os lados, aumentará a abdução. Já na posição de supino, permite

a criança à uma maior extensão, pois nesta posição a criança tem um movimento de

um lado para o outro com alguma rotação de modo que o efeito de arrastamento

quebra o padrão flexor (CAMPION, 2000).

A criança atáxica possui falta de coordenação devido ao comprometimento na

execução dos movimentos voluntários e devido à uma lesão no cerebelo. Nota-se

um atraso para iniciar respostas com o membro afetado, existe uma alteração no

equilíbrio devido a um aumento da oscilação postural e com isso contribui para a

ataxia cerebelar na marcha (FERRARIN et al., 2004).

Para essas crianças é sempre difícil atingir uma estabilidade na água devido

aos movimentos involuntários que mais tarde tendem as dificuldades. Nesses casos

recomenda-se atividades que iniciam em forma de “bola”, com controle dos

membros, realizando assim uma base individual. Esse controle pode-se desenvolver

e assim ocorrer a extensão do corpo. Os efeitos terapêuticos da atividade aquática,

permite um alívio do espasmo muscular, o desenvolvimento do relaxamento e o

aumento da amplitude de movimento. Pode-se realizar um trabalho em grupo ou

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individual e com as crianças diplégicas, o fisioterapeuta pode introduzir um trabalho

específico na espasticidade adutora e rotacional (CAMPION, 2000).

A criança quadriplégica possui uma diferenciação entre as com espasticidade

daquelas discinéticas. A criança espástica, apresenta uma severa espasticidade

adutora, levando ao cruzamento das pernas, problemas na rotação e no rolamento

lateral, para controlar essa rotação, precisa de atividades que auxiliarão para o

controle nos planos vertical e horizontal. Já a criança discinética, cuja postura é

considerada flutuante, precisa aprender a controlar a cabeça, braços e pernas o mais

rápido possível, podendo dessa forma adquirir um grau de controle sobre os

movimentos rotacionais. Essas crianças especificamente apresentam má respiração,

e geralmente a cabeça também tem um controle ruim, assim é necessário um maior

período de tempo para que a reação de assoprar comece a aparecer. Em todas as

atividades o assopro tem que estar presente, principalmente para a criança

quadriplégica, neste caso se tem pressa nesse aprendizado, pois o assopro é um

meio de trazer a cabeça para a frente e assim colabora para se ter um controle de

cabeça (CAMPION, 2000).

A hipotonia se trata da diminuição do tônus muscular, ou seja, é uma condição

que deixa a criança flácida, sem força e recebe o nome de “boneca de pano”. Essa

casuística deixa a criança hipotônica com redução de velocidade e com falta de

coordenação dos movimentos, pois a criança não tem força para realizar a contração

muscular para vencer a força da gravidade. Devido a isso pode afetar de maneira trágica

o desenvolvimento motor da criança, levando a posturas e padrões de movimentos

anormais, causando atrasos nas habilidades motoras que incluem: sentar, engatinhar,

posição ortostática e marcha (CARGNIN, et al., 2003).

Essa diminuição pode ser melhorada com atividades aquáticas, pois permite

a ação de flutuabilidade, assim é possível ajudar a criança a melhorar sua percepção

espacial e corporal, com menores estímulos adversos da gravidade sobre o músculo,

quando se introduz uma turbulência o resultado se torna aparente na questão dos

tônus e na postura, assim a terapia pode contribuir no ganho mais expressivo das

habilidades motoras antigravitacionais e maior habilidade em solo (CAMPION, 2000).

Além dessas evoluções, foi possível observar o ganho de flexibilidade da

cadeia muscular posterior, através do tratamento hidro terapêutico (KELLY, et al.,

2005). A criança com ECNP, apresenta um comprometimento neuromotor que pode

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envolver partes distintas do corpo, causando encurtamento muscular, fadiga e até

osteoporose (FOWLER, et al., 2007).

Os efeitos fisiológicos, cinesiológicos e físicos da água, por imersão do corpo

na piscina aquecida, auxilia na reabilitação e prevenção de alterações funcionais e

contraturas. Isso não só ajuda nos movimentos como também envolve a adaptação

mental, ou seja, o reconhecimento do corpo sobre a água (RUOTI, et al., 2000).

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6. RESULTADOS

Autor / Ano /

Titulo

Tipo de

Estudo

Amostra

Intervenção Resultados

Espíndula et al. 2010. Avaliação da flexibilidade pelo método do flexômetro de Wells em crianças com PC submetidas a tratamento hidroterapêutico

Estudo de caso 3 crianças com PC entre 7 a 10 anos.

Alongamento em ambos os MMII além de Mobilização de tornozelo e alongamento dos MMSS ( com foco nos músculos flexores), em séries de 4 repetições, mantendo o alongamento por 30 segundos.

Apresentou um aumento significativo da flexibilidade da cadeia muscular posterior dos pacientes após cada sessão de hidroterapia.

Aidar F. J. et al., 2006. Atividades aquáticas para PC grave e relação com o processo de ensino-aprendizagem

Estudo de caso 27 crianças, de 1 ano e 3 meses a 6 anos e 7meses, sendo 16 masculino e 11 feminino com PC moderada ou severa, com espasticidade ou atetose

Dentro das atividades aquáticas foi utilizados “pull bóia, aqua tub, pranchas e outros apetrechos. A frequência das aulas foram de 2X por sem. com duração máxima de 45 min. Foram avaliadas antes e após 16 sem. de atividades físicas aquáticas.

Houve uma melhora da mobilidade e na postura.

Kesiktas et al., 2004. The Use of Hydrotherapy for the Management of Spasticity

Ensaio clínico 20 crianças com diferentes graus de espasticidade.

GC cinesioterapia 2 X por dia e uso de bacoflen oral por 10 semanas. GE recebeu a mesma intervenção, associado a hidro 3X por sem.com a mesma duração de tempo.

Houve melhora de ambos os grupos após a intervenção, houve diminuição da dose de bacoflen para o GE que teve a intervenção da hidroterapia.

Lucena et al., 2013. Abordagem fisioterapêutica na visão do “cuidar” de uma criança com Paralisia Cerebral associada a deficiência intelectual

Relato de caso Estudo realizado com 1 criança de 7 anos PC espástica, diplégica com deficiência intelectual leve.

Estudo aquático 7 meses e meio 2 vezes por semana com duração de 40 a 60 min. 30 atendimentos e o mesmo tempo em solo.

Foi observado melhora do reajuste corporal e capacidade funcional.

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Teixeira-Arroyo e Oliveira, 2007. Atividade aquática e a psicomotricidade de crianças com PC

Estudo descritivo exploratório

2 crianças do sexo masculino entre 7 e 12 anos, PC espástica

Atividade aquática e avaliação psicomotora adaptada durante 5 meses, 2X por sem. com duração de 60 min.

Houve melhora do equilíbrio, na coordenação, no esquema corporal, orientação espacial e temporal.

Abdalla et al., 2010. Análise da evolução do equilíbrio em pé de crianças com PC submetidas a reabilitação virtual, terapia aquática e fisioterapia tradicional.

Estudo experimental prospectivo

7 crianças entre 6

e 9 anos, PC

espástica. Nível I

e II na escala

GMFCS.

Exercício na água durante 16 sem. 2X por sem. com duração de 30 min. Plataforma Wii Balance Board.

Houve melhora do equilíbrio em pé (controle de descarga de peso e centro de gravidade.

Maciel, Mazzitelli e Sá, 2013. Postura e equilíbrio em crianças com PC submetidas a distintas abordagens terapêuticas.

Estudo transversal

6 crianças entre 6 e 11 anos, com PC hemiparéticas.

Durante 2 meses, 4 crianças fizeram hidro e 2 crianças fizeram cinesioterapia. Avaliação por fotometria para postura e avaliação pela PBS.

Diminuição de valgismo, diminuição de flexão de joelho e diminuição de anteversão pélvica. Aumento de déficit de equilíbrio.

Possamai e Santos, 2013. Fisiot. aquática na funcionalidade e modulação tônica no portador de PC espástica.

Um estudo de caso

1 criança de 2 anos e 6 meses com PC espástica.

Realizado 20 sessões de exercício na água. Avaliação PEDI e Escala de Ashworth

Diminuição da espasticidade. Não houve diferença significativa da capacidade funcional.

Mancini, 2005 Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI): manual da versão brasileira adaptada

Ensaio clínico não controlado

6 crianças com idade entre 2 e 6 anos, PC tetraparético espástico

Tratamento hidroterapêutico 20 sessões, 2X por sem. com duração de 40 min. Relaxamento (bad ragaz), mobilização articular, dissociação de cintura. Foram avaliados pela escala PEDI e Ashworth modificada.

Não houve mudança na escala de Ashworth após o tratamento com hidroterapia. Porém na escala PEDI houve alteração no padrão de movimento e melhora na mobilidade articular.

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Ozer et al., 2007 Swimming training program for children with cerebral palsy: Body perceptions, problem behaviour, and competence

Ensaio clinico controlado

23 crianças entre 5 a 10 anos com PC.

Durante 14 sem. GC com tratamento convencional (Bobath) GE com hidroterapia 3X por sem. durante 30 min.

Houve melhora no GE, pois a hidroterapia possibilitou uma melhora na percepção corporal em crianças com PC.

Getz et al., 2012. The Effect of Aquatic and Land-Based Training on the Metabolic Cost of Walking and Motor Performance in Children with Cerebral Palsy: A Pilot Study

Estudo piloto 17 crianças entre 3 a 6 anos de idade com PC espástica, diplégica.

Realizado teste de caminhada de 10 metros, escala GMFM e escala PEDI. Treino aquático e em solo por 4 meses, 30 minutos, 2X por semana.

O resultado apresentou que tanto no meio aquático quanto em solo houve melhora na velocidade da marcha na caminhada dos 10 metros.

Ballaz et al., 2010 Group aquatic training improves gait efficiency in adolescents with cerebral palsy

Ensaio clínico não controlado.

Grupo de jovens com idade entre 14 e 21 anos com PC espástica

Realizado 20 sessões de hidroterapia por 45 min. 2X por sem.

Notou-se que o treino aquático em grupo melhorou a eficiência da marcha.

Legenda: PC (Paralisia Cerebral); GC (Grupo Controle); GE (Grupo Experimental); PEDI

(Pediatric Evaluation of Disability Inventory); GMFCS (Gross Motor Function Classification System);

GMFM (Gross Motor Function Measure); PBS (Pediatric Balance Scale); MMII (Membros Inferiores);

MMSS (Membros Superiores); Fisiot. (Fisioterapia); Min. (Minutos); Sem. (Semanas);

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7. DISCUSSÃO

A finalidade dessa revisão foi buscar e analisar as evidências científicas sobre a

intervenção hidroterapêutica como tratamento de crianças com ECNP. Os principais

estudos que acataram aos critérios de inclusão foram classificados no quadro 1, que

mostram respectivamente a avaliação quanto a função motora grossa, melhora da

marcha, melhora na capacidade funcional, melhora na percepção corporal, melhora no

padrão de movimento e mobilidade articular, melhora na flexibilidade e postura e melhora

no equilíbrio e coordenação. Os estudos analisados utilizaram artigos de ensaios clínicos

randomizados apresentando grupos controle e experimental, além de outros estudos

citados a cima. Porém o ensaio clínico permite uma relação de causa-efeito em grupos

diferentes, podendo assim fornecer um resultado mais fundamentado mostrando os

efeitos de mudanças observadas nos integrantes em um período de pré e pós-

tratamento. Os estudos aleatórios eram compostos por crianças com paralisia cerebral

de diversas complicações, assim permitindo que todos os participantes tivessem a

mesma oportunidade de serem incluídos em um grupo de estudos, evitando que os

resultados sejam instigados por seleções e interfiram nos efeitos do resultado clínico.

Conforme os achados nos trabalhos de Getz e colaboradores (2012) e Ballaz e

colaboradores (2010), os dados apresentaram resultados similares, quanto ao

tratamento de hidroterapia ter seu efeito na marcha, sendo estes importantes para se

comparar e obter menor risco de divergências. No grupo de estudo de Ozer e

colaboradores (2007), o grupo experimental com tratamento hidroterapêutico se mostrou

mais eficaz do que o grupo controle que teve somente o tratamento convencional, sendo

que ambos tiveram o mesmo tempo de tratamento de 14 semanas, porém o GE, teve

hidroterapia 3x por semana durante 30 min; causando efeito na percepção corporal das

crianças com PC. Mancini (2005), em sua pesquisa, mostrou que a hidroterapia pode

alterar o resultado perante as escalas de PEDI (que avalia capacidade funcional) e

ashworth modificada ( que avalia espasticidade) (ANEXO IV), sendo assim o seu estudo

resultou na melhora da mobilidade articular e padrões de movimentos e não obteve

resultado no quesito espasticidade, porém o resultado entrou em conflito com o estudo

de Possamai e colaboradores (2013), que apresentou em sua pesquisa a mesma escala

de PEDI e ashworth modificada, mas com discordância no resultado, pois este estudo

demonstrou que a hidroterapia teve seu efeito na escala de ashoworth e não teve efeito

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na escala de PEDI, isto é, houve melhora na espasticidade e não teve melhora na

capacidade funcional. Provavelmente este resultado é decorrente do pequeno

número de participantes no estudo de Possamai e colaboradores (2013). O estudo

que corrobora a melhora do equilíbrio é o estudo de Abdalla e colaboradores (2010),

que analisaram os exercícios na água realizado duas vezes por semana com

duração de 30 minutos durante 16 semanas, estes apresentaram melhora no

equilíbrio estático e dinâmico, e ambas as variáveis tiveram melhora significativa.

Também Teixeira-Arroyo e colaboradores (2007) observaram essa mesma melhora

do equilíbrio, além de melhora na coordenação, no esquema corporal orientação

espacial e temporal, através da intervenção de hidroterapia realizada duas vezes por

semana, com duração de 60 minutos dentro de cinco meses. Já Maciel e

colaboradores (2013), avaliaram em seu estudo, quatro crianças fizeram hidroterapia

durante dois meses e duas fizeram cinesioterapia, notou-se melhora nos indivíduos

que apresentavam valgismo, porém houve aumento no déficit de equilíbrio. De

acordo com a Pediatric Balance Scale (PBS ANEXO V), todos os indivíduos dos dois

grupos apresentaram limitações nas estratégias de equilíbrio em determinadas

tarefas, pois observou-se que melhorando a postura houve um desajuste no centro

de gravidade de cada criança, o que levou à piora do equilíbrio. Também notaram

que dois meses de intervenção é um tempo curto para essas crianças se adequarem

à nova postura e retomarem o equilíbrio.

Lucena e colaboradores (2013), apresentaram um estudo aquático e em solo,

realizado em um período de sete meses e meio, duas vezes por semana com duração

de 40 a 60 min; 30 atendimentos. Ambos os estudos causaram efeito na melhora do

reajuste corporal e capacidade funcional. Kesiktas et al., (2004), realizou um ensaio

clinico formado por 20 crianças com vários graus de espasticidade. Dividiu-as em grupo

controle (GC) e grupo experimental (GE). O grupo controle realizou cinesioterapia 2x por

dia junto com uso do medicamento bacoflen oral (relaxante muscular de ação central

usado para espasticidade) por 10 semanas. Já o grupo experimental recebeu a mesma

intervenção com a mesma duração, porém associado a hidroterapia 3x por semana.

Pode-se observar uma melhora em ambos os grupos após a intervenção, mas no grupo

experimental que recebeu a intervenção hidroterapêutica. Além desta melhora houve

uma diminuição da dose de bacoflen. Aidar et al (2006) realizou um estudo de caso com

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27 crianças entre um ano e três meses e seis anos e sete meses, sendo dezesseis

do sexo masculino e onze do sexo feminino, todos com paralisia cerebral moderada

ou severa, com espasticidade ou atetose. Dentro das atividades aquáticas foram

utilizados pull bóia (flutuador em formato de oito, serve para posicionamento das

pernas) e acqua tub (que são os famosos espaguetes), pranchas e outros

apetrechos. A frequência das aulas foram de 2x por semana com duração máxima

de 45 minutos. Foram submetidos a avaliação PEDI antes e após 16 semanas de

atividades físicas aquáticas. Após este tratamento notou-se melhora na mobilidade

e na postura. Pelo princípio de Arquimedes, a água promove uma flutuação pois

exerce uma força de baixo para cima subtraindo o seu peso, proporcionando assim

um maior fortalecimento inicial, relaxamento, mobilidade articular, auxílio e

resistência aos movimentos e um menor estresse biomecânico, colabora com o

retorno venoso pois estimula a circulação periférica, promove um efeito

massageador, melhorando a respiração e melhorando a postura devido ao estímulo

para uma melhor contração muscular. Em seu estudo Espíndula et al., (2010),

avaliou 3 crianças com paralisia cerebral entre 7 a 10 anos, submetendo-as em um

programa de intervenção aquática de cinco sessões uma vez por semana, realizando

alongamento em ambos os membros inferiores, mobilização de tornozelo e

alongamento dos membros superiores (com foco nos músculos flexores), em séries

de 4 repetições, mantendo o alongamento por 30 segundos. Utilizou-se também para

este estudo o método de flexibilidade (flexômetro de Wells), trata-se de um banco de

trinta e cinco centímetros de altura e largura, quarenta centímetros de comprimento

com régua de quinze centímetros na ponta. Este estudo de caso apresentou um

aumento significativo da cadeia muscular posterior dos pacientes após cada sessão

de hidroterapia.

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CONCLUSÃO

Através dos resultados coletados, notou-se que a hidroterapia, promove na criança

com ECNP uma melhora significativa na funcionalidade, na marcha, na coordenação

motora, na flexibilidade muscular, e na orientação espacial e temporal, devido as

propriedades da água e seu tratamento ser em água aquecida a 35°C. Essa técnica

revela uma opção de tratamento válida para crianças com ECNP, melhorando sua

qualidade de vida. Embora os resultados observados fortaleçam a indicação da

hidroterapia no tratamento da ECNP, se faz necessário mais estudos, com amostras

mais significativas.

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ANEXO I – Gross Motor Function Measure

Fonte: Google Imagens

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ANEXO II – Pediatric Evaluation of Disabillity Inventory

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ANEXO III – Gross Motor Function Classification System

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ANEXO IV – Escala de Ashworth Modificada

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ANEXO V – Pediatric Balance Scale

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