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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO CURSO DE BIOMEDICINA BEATRIZ FABIANA ALBINO RODRIGUES DE SOUZA Morinda citrifolia: CONCEITOS GERAIS E AVANÇOS CIENTÍFICOS A RESPEITO DE SUA EFICÁCIA E SEGURANÇA ITAPETININGA-SP 2017

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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA

INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO

CURSO DE BIOMEDICINA

BEATRIZ FABIANA ALBINO RODRIGUES DE SOUZA

Morinda citrifolia: CONCEITOS GERAIS E AVANÇOS CIENTÍFICOS A RESPEITO

DE SUA EFICÁCIA E SEGURANÇA

ITAPETININGA-SP

2017

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BEATRIZ FABIANA ALBINO RODRIGUES DE SOUZA

Morinda citrifolia: CONCEITOS GERAIS E AVANÇOS CIENTÍFICOS A RESPEITO

DE SUA EFICÁCIA E SEGURANÇA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Sudoeste Paulista de Itapetininga – FSP – ao curso de graduação em Biomedicina, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Biomedicina. Orientador: Natalia Tribuiani Silva. Co-orientador: Bruna de Campos Ventura Camargo.

ITAPETININGA-SP

2017

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ALBINO, Beatriz Fabiana.

Morinda citrifolia: Conceitos gerais e avanços científicos a respeito de sua eficácia

e segurança. Beatriz Fabiana Albino – Itapetininga, 2017, 38 páginas.

Trabalho de Curso – FSP – Faculdade Sudoeste Paulista – Biomedicina.

Orientador: Natalia Tribuiani Silva. Co-orientador: Bruna de Campos Ventura

Camargo.

Palavras-chave: M. citrifolia. noni. toxicidade. fitoterápicos. hepatotoxicidade.

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BEATRIZ FABIANA ALBINO RODRIGUES DE SOUZA

Morinda citrifolia: AVANÇOS CIENTÍFICOS A RESPEITO DE SUA EFICÁCIA E

SEGURANÇA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Sudoeste Paulista de

Itapetininga – FSP – ao curso de graduação em Biomedicina, como requisito parcial

para obtenção do título de bacharel em Biomedicina.

Orientador: Natalia Tribuiani Silva

Co-orientador: Bruna Ventura de Campos Camargo

BANCA EXAMINADORA

___________________________

Prof. Orientadora. Dra. Natália Tribuiani Silva

___________________________

Prof. Co-orientadora Dra. Bruna Ventura de Campos Camargo

___________________________

Prof. Dr. Messias Miranda Junior

__________________________

Prof. Dr. Edson Hideaki Yoshida

Itapetininga, 08 de Dezembro de 2017

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Dedico à minha mãe, Gisele e aos meus avós, Eva e José, por sempre compreenderem minhas ausências e motivarem-me em minha jornada acadêmica.

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AGRADECIMENTOS

Ao decorrer da graduação, pude perceber o quanto é importante termos,

ao nosso redor, pessoas que amamos; pessoas sábias, mas aveludadas no tom de

voz e maneira de acolher nossos medos, dúvidas e frustrações. Portanto, agradeço à

essas pessoas, que foram imprescindíveis em minha formação.

Agradeço muito, e do fundo do coração, à minha querida mãe, Gisele, que

sempre foi pai e mãe, quebrando os tabus da sociedade, e sendo, para mim, um

exemplo de garra, dedicação, amor, coragem e força. Mesmo nas maiores

dificuldades, e nas maiores alegrias, seu ombro, apoio e abraço eu sempre tive. Deixo,

à ela, meus eternos e sinceros agradecimentos.

Aos meus avós, Eva e José, por me acolherem em sua casa quando eu

precisei, oferecendo, além de apenas estadia, carinho, atenção e amor. Em especial

à minha avó, que é minha segunda mãe para sempre, que cuidou de mim desde que

eu era um bebê, e continua, até hoje, com a dedicação, preocupação e amor de

sempre.

Ao Armando, por ser minha maior experiência de superação e resiliência

durante toda a graduação, e por fazer de mim uma pessoa melhor. Por seu exemplo

de força e determinação ao vencer os obstáculos e condições que surgiram ao

decorrer do tempo. Por ser meu amigo e conselheiro. Por sempre me mostrar o lado

bom das coisas, mesmo sem palavra alguma dizer, deixo minha incessante gratidão.

Aos meus irmãos e cunhados, especialmente ao Alan, por me ajudar em

urgências burocráticas infindas vezes, estando sempre à disposição, meus

incessantes agradecimentos.

Aos meus professores, que foram um exemplo de extraordinário domínio

de conhecimento, mas sempre com modéstia e humildade: Paulo, Messias, Edilson

Cipriano, Diogo, Thiago, Ligia, Vanessa e Bruna, deixando-me a lição de que de nada

adianta ser um grande profissional, se não for uma grande pessoa. Agradecimentos

especiais ao professor Paulo, por abrir-nos o horizonte, por ensinar-me o valor das

pequenas coisas com apenas algumas palavras, e pela enorme quantidade de

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conhecimento que nos transmitiu, com sua didática impecável. Deixo, aos meus

mestres, meus agradecimentos.

À minha orientadora, Natalia Tribuiani, por aceitar tão de bom grado ter-me

como orientanda, mesmo sabendo que seria difícil e desafiador. Agradeço por todas

as horas ao nosso trabalho dedicadas, e por motivar-me a acreditar sempre em nosso

trabalho e desempenho. Jamais esquecerei tamanha ajuda, e por isso, agradeço.

À minha professora, Bruna, por mesmo em momentos tempestuosos, estar,

de alguma maneira, presente. Por me aconselhar e ajudar quando eu mais precisei, e

por não me deixar desistir de meus objetivos quando as coisas não iam bem. Pela

paciência e compreensão dos meus limites de graduanda, e pelas oportunidades

dentro da vida acadêmica. Por ter compartilhado conosco uma parte de seu grande

conhecimento, agradeço-a infinitamente.

Ao meu professor e amigo, Junior Barros, por incentivar-me a ingressar na

área científica, estando sempre à disposição para tirar dúvidas, discutir temas, dar-me

broncas e mostrar-me a existência do pensamento crítico e objetivo, sempre

agradecerei.

À professora, amiga e excelente profissional, Elleina, por tocar muito

profundamente, além de meu intelecto, minha alma. Por estar inúmeras vezes

presente em diversas lembranças, e por mostrar-me claramente o significado de

resiliência, agradeço além da vida.

Aos meus colegas de trabalho e auxiliadores em meu primeiro contato na

área de análises clínicas, Fabrícia, Rosana, Camila, Francisco, Katia, Roseli, Mari,

Graça, Walquíria, Larissa, Ândrella, Bianca e Sílvia, agradeço pela paciência ao

ensinar-me e apresentar-me aos setores e técnicas inúmeras vezes, sem jamais

causarem sentimentos de incapacidade ou medo, serei sempre grata.

Aos meus condiscípulos da Iniciação Científica, Elis, Íris, Guilherme, Marinaldo,

Letícia e Yara, agradeço por toda a ajuda e paciência ao decorrer de nossa pesquisa,

e também pelas horas de descontração e brincadeiras. Para sempre lembrarei e serei

grata.

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À minha amiga e mãe artística, Jéssica, por sempre me aconselhar pelo melhor

caminho e estar ao meu lado, posicionando-se sempre como minha defensora. Por

dedicar, a mim, horas e horas de sua rotina agitada, por abrir as portas de sua casa e

dividir, comigo, sua linda família, agradecerei sempre.

À minha grande amiga de longa data, Kelly, que sempre compreendeu o que

é ser graduanda, e por estar sempre ao meu lado, mesmo que não fisicamente,

quando ninguém mais esteve. Por me mostrar o que é a amizade, por poupar-me de

situações adversas, por me acolher várias noites e sua casa, pelas risadas,

descontrações, brincadeiras, e até mesmo, puxões de orelha, agradeço para sempre.

Aos meus condiscípulos, Caroline e Diego, por todas as manhãs em sala, pela

ajuda nos estudos e paciência em dias de humor instável, pela parceria e respeito

entre nós existente durante a graduação, meus profundos agradecimentos.

Ao Alex Sander, por me tirar de dias difíceis para me encantar com sua música

e companhia, ambas maravilhosas, me dando novo fôlego para enfrentar os últimos e

mais críticos meses da graduação, lembrarei para sempre de ser grata.

À Instituição Chaddad de Ensino, Faculdade Sudoeste Paulista pelo aporte

físico e educacional destes quatro anos.

A todos que, mesmo não citados, contribuíram de maneiras diferentes em

minha trajetória, deixo meu muitíssimo obrigada.

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ALBINO, B. F. Morinda citrifolia: Avanços Científicos a Respeito de Sua Eficácia e

Segurança. 2017. 38 f. Monografia – Faculdade Sudoeste Paulista – FSP,

Itapetininga, São Paulo, 2017.

RESUMO

O noni, Morinda citrifolia, é conhecido por suas propriedades benéficas para várias doenças, as fúngicas, parasitárias, virais, bacterianas, no tratamento de artrites, fraturas ósseas, úlceras e feridas, problemas de visão, diabetes, asma, hipertensão, dores musculares, dores de cabeça, problemas menstruais, dependência química e, até mesmo, câncer. Este amplo leque de aplicações feitas pela sabedoria popular tem causado um aumento considerável de seu consumo pelo mundo, por meio de cápsulas, pó ou suco. Pelo uso indiscriminado do noni e pela necessidade de verificar se o seu consumo é seguro, o presente trabalho buscou, por meio de pesquisa bibliográfica, informações gerais sobre a fruta, suas aplicações e estudos atualizados envolvendo a M. citrifolia. Atualmente, os estudos presentes na literatura envolvendo o noni apresentam-se em maior quantidade e qualidade se comparados aos resultados de quase vinte anos atrás Ademais, os resultados encontrados, em sua grande maioria, fazem correlação direta com o saber popular adquirido previamente. Porém, muito ainda deve ser feito, uma vez que os grupos de risco ainda não são bem definidos. Além disso, mais pesquisas devem ser feitas no caráter de afirmar ainda mais a eficácia e segurança do noni, pois ambos assuntos ainda caminham continuamente rumo a resultados mais concretos e confiáveis.

Palavras-chave: M. citrifolia. noni. toxicidade. fitoterápicos. hepatotoxicidade.

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ALBINO, B. F. Morinda citrifolia: Scientific Advances Regarding Its Efficacy and

Safety. Monograph. Paulista Southwestern College – FSP, Itapetininga, 2017.

ABSTRACT The noni, Morinda citrifolia, is known for its beneficial properties for various diseases, fungal, parasitic, viral, bacterial, in the treatment of arthritis, bone fractures, ulcers and wounds, vision problems, diabetes, asthma, hypertension, headaches, menstrual problems, chemical dependency, and even cancer. This wide range of applications made by popular wisdom has caused a considerable increase of its consumption by means of capsules, powder or juice. By the indiscriminate use of noni and the need to verify if its consumption is safe, the present work sought, through bibliographical research, general information about the fruit, its applications and updated studies involving M. citrifolia. Currently, the studies in the literature involving noni present a greater quantity and quality compared to the results of almost twenty years ago. In addition, the results found, for the most part, correlate directly with the popular knowledge previously acquired. However, much still needs to be done, since risk groups are still not well defined. In addition, further research should be done to further characterize the effectiveness and safety of noni, as both issues are continually moving towards more concrete and reliable results. Keywords: M. citrifolia. noni. toxicity. herbal medicines. hepatotoxicity.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................... 11

2 METODOLOGIA................................................................................... 13

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................. 14

4 RESULTADOS...................................................................................... 21

5 DISCUSSÃO......................................................................................... 30

6 CONCLUSÃO....................................................................................... 32

REFERÊNCIAS........................................................................................ 33

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1 INTRODUÇÃO

A espécie Morinda citrifolia, ou noni, também conhecida por indian mulberry

(inglês), mora de la India (espanhol), kikiri (Ilhas Salomão) ou kura (Fuji), é uma

pequena árvore da família Rubiaceae, bastante resistente a fatores limitantes

ambientais (NELSON, 2006). De acordo com Chan-Blanco et al. (2006), o noni pode

ser utilizado principalmente no tratamento de infecções fúngicas, parasitárias, virais,

bacterianas, e até mesmo para que se possa prevenir a proliferação descontrolada de

células. Wang et al. (2002) afirmaram ainda que o noni também é amplamente

utilizado no tratamento de artrites, fraturas ósseas, úlceras e feridas, problemas de

visão, diabetes, asma, hipertensão, dores musculares, dores de cabeça, problemas

menstruais, dependência química e, até mesmo, câncer. Müller (2013) cita como

principais atividades do noni a antioxidante, anti-inflamatória, analgésica, antitumoral,

imunomodulatória e antibacteriana, sendo que, segundo Akeem et al. (2011), as

atividades antioxidante e antibacteriana podem atribuir um potencial citotóxico ao suco

de Morinda citrifolia.

Dentre os autores mais citados na bibliografia relacionada ao noni, destaca-se

o médico americano Neil Solomon, que dedicou anos de sua vida realizando

pesquisas, em conjunto com outros médicos, sobre a M. citrifolia, o que resultou no

livro intitulado O Fruto Tropical de 101 Aplicações Médicas, onde são encontradas

várias informações sobre a fruta, e suas aplicações nos principais problemas de

saúde, como hipertensão arterial, dores e inflamações. Outro autor muito citado e

envolvido com pesquisas bibliográficas sobre o noni é Wang Mian-Ying, também

americano, da universidade de medicina de Illinois. Entre suas produções, está um

artigo de revisão sobre os vários efeitos do noni (exemplos), e um estudo in vitro

realizado para averiguar os efeitos preventivos do câncer, fazendo o uso da fruta.

Embora conhecida, pela sabedoria popular, por tantos efeitos benéficos, a

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), proíbe seu uso no Brasil, pela

baixa quantidade de estudos comprobatórios em relação a segurança de seu uso, e

por casos de toxicidade e hepatotoxicidade (Informe técnico n. 25, 2007). O Brasil

posiciona-se em quinto lugar no que diz respeito ao consumo de variados produtos

que contêm o noni em sua composição, mesmo com a proibição por lei da circulação

dos produtos vendidos (SAMPAIO, 2010).

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Considerando os avanços científicos a respeito do noni e seu consumo e

aplicação indiscriminados, o presente trabalho objetiva alertar aos consumidores

sobre os resultados encontrados na literatura, e também fornecer uma atualização

recente sobre o andamento de pesquisas científicas envolvendo a Morinda citrifolia.

Este estudo é de suma importância, pois o consumo de produtos que contêm o

noni é feito de maneira desregrada pela população, afirmando ser um produto

milagroso. Porém, esta afirmação parte, em grande parcela, apenas do conhecimento

empírico, sem fundamentação científica suficiente para que sua eficácia seja

comprovada, e para que seu uso seja liberado pelo principal órgão fiscalizador

brasileiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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2 METODOLOGIA

O presente trabalho é de natureza descritiva, e teve suas referências

bibliográficas retiradas de artigos científicos, monografias e revistas científicas,

obtidas através de ferramentas como o Scielo e o Pubmed. Ademais, 2 livros foram

utilizados para a elaboração deste trabalho, sendo um deles, o intitulado “The Tropical

Fruit with 101 Medicines Uses” buscado de forma virtual, e um livro físico, intitulado

“O maravilhoso poder das plantas”. As palavras chaves utilizadas foram “Morinda

citrifolia”, “noni” e “noni juice”, tendo, para cada uma, o resultado de 599, 334, e 108

resultados de busca, quando utilizada a ferramenta Pubmed, e 46, 63, e 12,

respectivamente, quando utilizado o site de buscas Scielo.

O presente artigo conta com um número de 64 referenciais teóricos, estando

49 destes dispostos em planilha, para melhor visualização das metodologias e

conclusões observadas. Os 15 estudos que não foram contemplados em planilha não

tratam do assunto Morinda citrifolia, mas sim de outros elementos contidos nesta

monografia.

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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os avanços da medicina moderna vêm contribuindo para o controle, prevenção

e tratamento de várias doenças. Porém, países em desenvolvimento, como a Índia e

outros países asiáticos, e alguns países da América Latina, não têm fácil acesso aos

benefícios desta evolução, e por isso, dependem de métodos medicinais tradicionais,

como o uso de plantas, para manterem a saúde (WHO, 2005).

Países desenvolvidos também têm realizado o uso de fitoterápicos. De acordo

com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a França e o Canadá apresentam

percentual significativo no que se refere ao uso da medicina complementar ou

alternativa. Além disso, Zank e Hanazaki (2017) apontam para a presença do uso de

plantas medicinais, para a procura de certas populações brasileiras por curandeiros,

e do uso concomitante de fármacos alopáticos, juntamente com práticas da sabedoria

popular, construída, no Brasil, por elementos como os conhecimentos indígenas, a fé

e a experimentação popular.

O amplo uso de fitoterápicos no mundo inteiro deve-se à ideia que se tem sobre

os benefícios dos produtos naturais, não atribuindo possíveis efeitos nocivos a eles.

É bem sabido que vários venenos são totalmente naturais, corroborando com a ideia

de que nem tudo que é natural é bom (ASCHWANDEN, 2001). Muitos fitoterápicos

podem causar reações adversas, devido ao seu preparo ou à própria constituição das

plantas ali contidas, fazendo-se necessário um controle rigoroso desde o plantio da

espécie a ser utilizada até o resultado final. Além disso, um fitoterápico, sem estudos

que comprovem a segurança de seu uso, iguala-se a qualquer outro xenobiótico, não

sendo suficiente o conhecimento tradicional e popular para garantir sua eficácia ou

segurança (MÜLLER, 2007).

O uso de plantas e ervas como integrantes da medicina, fazendo parte do

tratamento ou até mesmo cura de enfermidades, data 1000 a.C, pelos egípcios. Até

hoje, muitas espécies vegetais são amplamente utilizadas como auxiliadoras em

tratamentos médicos. Espécies como o alho, a cebola, o Aloe vera, o dente de leão,

o girassol, o orégano, e a abóbora são utilizadas em todas as suas partes para o

tratamento de diversos sintomas. As plantas também são usadas, popularmente,

como auxiliares no tratamento de doenças já diagnosticadas como otite, artrite

reumatóide, doenças hormonais do sexo feminino, anemia, diabetes, e uma série de

outras enfermidades (BIAZZI, 2002). No entanto, de acordo com uma revisão literária

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realizada por Rodrigues et. al (2011), há alertas sobre o uso feito por gestantes, sem

acompanhamento médico, de diversas espécies de plantas utilizadas em forma de

chá, que possuem propriedades abortivas, teratogênicas e embriotóxicas, mostrando

ser um problema de saúde pública. Dentre estas espécies, podem ser citadas o

alecrim (Rosmarinus officinalis), o boldo (Stryphnodendron polyphyllum), a cânfora

(Cinnamomum canphora), o gengibre (Zengiber officinali), a hortelã (Mentha piperita),

e o quebra pedra (Phyllantus amarus). A OMS estima que das 70.000 plantas

utilizadas para fins medicinais, apenas 5.000 tiveram um estudo criterioso embasando

seu uso (ASCHWANDEN, 2001).

Muitas plantas conhecidas por terem propriedades farmacológicas positivas em

relação à saúde do ser humano podem levar a danos e instabilidades do material

genético (VILAR et al., 2009 apud MARQUES et al., 2009). Estas alterações podem

ser atribuídas à genotoxicidade e mutagenicidade de determinadas substâncias,

fazendo com que o monitoramento destes dois fatores seja um mecanismo de controle

e prevenção de danos e reações adversas importantes, podendo descrever o perfil de

segurança do uso das substâncias. A genotoxicidade ocorre quando há quebras,

adutos ou alteração oxidativa na molécula de DNA, podendo estes efeitos serem

reparados por mecanismos celulares, ou resultando na eliminação da célula afetada.

Um exemplo de dano genotóxico é a ponte, que pode ser observada na figura 2. Se o

dano persiste, gerando a ocorrência de lesões herdáveis no material genético, é então

definida a mutagenicidade (LUCIO, 2011). Quando o material genético é protegido de

danos causados por espécies reativas de oxigênio ou por metabólitos de substâncias,

considera-se sua anti-mutagenicidade (AKEEM et al., 2011).

A exposição a agentes genotóxicos pode levar a uma grande variedade de

consequências à saúde. Estas consequências podem ser percebidas de imediato, ou

levar um tempo até que se manifestem. Entre os principais efeitos tardios de um dano

no DNA, podem ser citados o comprometimento de gerações futuras e também a

indução de câncer (NETO, 2011). Se as alterações causadas no DNA por agentes

genotóxicos não forem corretamente reparadas, estas podem gerar mutações

genéticas ou alterações cromossômicas, levando a célula à apoptose ou não

permitindo que seus danos sejam reparados durante o ciclo celular (FOX et al., 2012).

Alterações no núcleo, levando ao desequilíbrio no ciclo celular e, consequentemente,

à reprodução descontrolada de células, caracteriza a ação de agentes mutagênicos.

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A mutação, se olhada sob um aspecto populacional, é importante para a variedade

dos seres vivos. Entretanto, se considerado apenas um organismo multicelular,

alterações genéticas são quase sempre prejudiciais, uma vez que levam à perda da

fisiologia (NETO, 2011). Dentre os agentes causadores de anomalias celulares,

podem ser citados resíduos domésticos, industriais, agrícolas, urbanos, entre vários

outros (MAURO et al, 2014).

A família Rubiaceae, estudada em demasia nas regiões Sul e Sudeste do

Brasil, possui espécies com um leque amplo de utilização, que vai desde a produção

de substâncias tóxicas ao uso como plantas ornamentais, e é a maior da ordem das

Gentianales, compreendendo 66% da mesma (SOUZA, MENDONÇA e SILVA, 2013).

O noni, Morinda citrifolia, pertencente à família Rubiaceae, é uma espécie com ampla

resistência a fatores ambientais. Esta planta apresenta crescimento em solo ácido ou

alcalino, incluindo solos que receberam lava, e também pode apoiar-se em outras

plantas, como as lianas, sendo difícil sua erradicação total do solo. Entre os fatores

limitantes aos quais a M. citrifolia resiste, podem ser citados o fogo, o vento, as

inundações e as condições salinas. A raiz, o tronco, as folhas e os frutos da M. citrifolia

são utilizados moderna ou tradicionalmente (NELSON, 2006). O fruto é carnudo, e

varia entre verde e amarelo, estando quase branco quando pronto para a colheita,

como pode ser observado na figura 1. Sua polpa exala um cheiro forte, e é suculenta

e amarga, apresentando consistência gelatinosa quando madura (CHAN-BLANCO et

al., 2006).

Historicamente, é provável que o uso da M. citrifolia para fins medicinais tenha

se difundido a partir de 1985, quando foi publicado que o noni contém um alcalóide

denominado xeronina, tendo como precursor a proxeronina, ambos associados aos

inúmeros benefícios atribuídos à planta (POTTERAT E HAMBURGER, 2007).

Segundo Wang et al. (2002), a proxeronina, convertida pela enzima

proxeroninase, resulta em xeronina, que tem um amplo papel biológico benéfico por

apresentar o potencial de modificar a conformação de diferentes proteínas. Assim,

quando uma proteína não está em sua conformação correta, gerando uma disfunção

celular, a presença da xeronina pode ser extremamente benéfica para a correção da

estrutura conformacional desta proteína.

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Figura 1 – Aspecto interno e externo do noni.

Fonte: www.greenme.com.br. Acesso em: 15 out. 2017.

Os estudos sobre a composição química do noni começaram a ser

intensificados quando seu uso foi introduzido como suco de fruta na alimentação. Em

investigações fitoquímicas das raízes da planta, foram encontrados derivados de

naftoquinonas, antraquinonas como a rubiadina, alizarina e damnacantal, uma

antraquinona presente em plantas do gênero Morinda, e esteróis. No preparo do suco

de noni sem a utilização da fermentação, a vitamina C foi encontrada em

concentrações variando de 30 a 155 mg/kg. Na mesma forma de obtenção do suco,

uma alta dose de potássio foi encontrada, estando entre 30 e 150 mg/kg. Além destes

compostos, vários outros metabólitos foram encontrados, tais como: lignanas, cadeias

pequenas de ácidos graxos, polissacarídeos, cumarina, flavonóides, carotenoides, e

até compostos voláteis, como os monoterpenos. Devido à presença de antraquinonas

na casca e na raiz, corantes naturais amarelos e vermelhos também são obtidos a

partir do noni (POTTERAT E HAMBURGER, 2007).

Atualmente, o consumo do noni é feito através de cápsulas, suco ou chás,

podendo ser adquiridos via internet ou em lojas de produtos naturais em várias partes

do mundo (SAMPAIO, 2010). No que diz respeito à economia, a comercialização de

produtos que contêm a Morinda citrifolia em sua composição movimentou mais de 2

bilhões de dólares até o ano de 2015 (NERURKAR, WHANG E SAKSA, 2015). A

comercialização e a popularidade do suco de noni tiveram seu início em 1996, quando

foi criada a marca Tahitian Noni Juice (TNJ), fazendo, assim, aumentar a procura pelo

conhecimento de suas atividades benéficas na saúde dos consumidores (SAMPAIO,

2010). Uma das referências benéficas mais antigas atribuídas ao noni está

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relacionada às suas propriedades desobstruentes e emenagogas (WANG et. al.,

2002).

Um estudo realizado por Neil Solomon mostrou que, para 2.188 pacientes com

câncer que fizeram o consumo de noni, o índice de beneficiados foi de 69%, sendo a

ineficácia ao percentual remanescente atribuída ao pouco período ou quantidade do

uso do suco de noni. O mesmo pesquisador, em um estudo com 10.000 usuários do

suco TNJ, descreveu seu efeito total sobre várias doenças, como câncer, inflamações,

doenças de pele e cabelo, com o percentual de 78% de pessoas sendo beneficiadas

de alguma maneira (SOLOMON, 1999). Também foi constatado que o uso de TNJ

contribui no tratamento feito com drogas anticâncer, aumentando seus efeitos

terapêuticos (WANG et al., 2002). Um estudo mais recente mostrou que o suco de

noni, combinado com cisplatina, uma droga quimioterápica, aumentou a expressão de

genes de reparo, que são um tipo de defesa celular, em cultura de células de câncer

cervical (GUPTA et al., 2015).

Apesar de inúmeros efeitos benéficos relacionados ao noni, sabe-se que a

planta tem atividade inibidora da COX-2, atividade antiangiogênica e antiestrogênica,

fatores que têm papel importante no processo reprodutivo, fato observado por Müller

(2013), que realizou um estudo em ratas Wistar, para observar os efeitos da Morinda

citrifolia no processo reprodutivo, utilizando as concentrações de 7,5, 75 e 750 mg/kg.

O estudo, considerando seus resultados, e também o fato de que mulheres grávidas

recorrem frequentemente ao uso de produtos naturais durante o período de gestação,

não aconselha o uso do noni em mulheres neste período, pois mais testes precisam

ser realizados (MÜLLER, 2007).

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19

Figura 2: Células meristemáticas de Allium cepa submetidas à germinação com a polpa do noni

apresentando ponte, uma aberração cromossômica.

Fonte: (próprio autor)

No Brasil, o consumo de qualquer alimento que contenha o noni é proibido pela

ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A proibição do consumo tem como

justificativa a escassez de limitação dos estudos presentes na literatura até o

momento de publicação do informe técnico pela ANVISA. Ademais, é clara a

associação feita pelo órgão entre o uso do suco de noni, da marca Tahitian Noni ®

(TNJ), com casos de hepatotoxicidade ocorridos fora do Brasil. Adicionalmente, a

ANVISA afirma que existem poucos trabalhos na literatura sobre a segurança do uso

desta planta (Informe técnico n. 25, 2007). Entretanto, de acordo com a European

Food Safety Authority (2006) e West et al. (2006), não há relação direta entre os

relatos de casos de hepatotoxicidade com o uso do suco de noni, uma vez que os

pacientes acometidos faziam o uso concomitante de outras substâncias, concluindo,

assim, que não há base para atribuir a causa de hepatotoxicidade ao TNJ. Além disso,

após análises químicas do TNJ, foi descartada a ideia de que as antraquinonas eram

os principais fatores relacionados aos casos de hepatotoxicidade citados, já que o TNJ

apresenta níveis não detectáveis de antraquinonas. Embora haja tal proibição por

parte da ANVISA, o Brasil está em quinto lugar no que diz respeito ao consumo do

suco de noni, contando com mais de 18.000 distribuidores no país (SAMPAIO, 2010).

Na verificação da toxicidade do noni, Sreeranjini e Siril (2011) testaram os

efeitos do extrato aquoso de folhas de M. citrifolia (concentrações de 15 e 30 g/L) em

raízes de Allium cepa submetidas a estresse oxidativo por peróxido de hidrogênio

(H2O2). O estudo mostrou uma ação de anti-genotoxicidade da M. citrifolia, e

apresentou uma redução no índice mitótico em resposta ao estresse oxidativo,

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20

objetivando diminuir a taxa mitótica para evitar aberrações cromossômicas. Além

disso, no que diz respeito a macroscopia do A. cepa, a M. citrifolia causou

modificações no número e comprimento das raízes, em comparação ao controle

negativo.

Em um estudo mais recente, Gu et. al (2017) evidenciaram a ação do noni

na diferenciação osteogênica, por meio de testes in vitro. Células humanas de

ligamento periodontal foram cultivadas sob a influência do extrato aquoso das folhas

de Morinda citrifolia em diversas concentrações. Os pesquisadores obtiveram a

máxima concentração, sem que houvesse citotoxicidade, de 2,5% (p/v%), e a mínima

concentração efetiva de 0.0038 e 0.0075% (p/v%), mostrando que, conforme o

conhecimento empírico, o noni é efetivo no tratamento de doenças ósseas.

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21

4 RESULTADOS

Os resultados obtidos foram dispostos em forma de quadro, contendo o autor,

o ano, a metodologia utilizada e a conclusão. Foi dada preferência a estes elementos

no quadro, pois a metodologia é de suma importância para a validação e credibilidade

do estudo, juntamente com sua conclusão. Da mesma maneira, o ano e os autores

também serviram para a melhor interpretação e visualização dos resultados.

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e cé

lula

s de

cam

undo

ngos

e e

m ra

tos

wis

tar.

Ao

final

do

test

e in

viv

o, a

mos

tras

de s

angu

e fo

ram

col

etad

as a

aná

lisad

as a

s sé

ries

verm

elha

e b

ranc

a,

utili

zand

o o

apar

elho

Pen

tra-1

20.

Aus

ênci

a de

efe

itos

cito

tóxi

cos

e tó

xico

s do

ext

rato

aquo

so d

e fo

lhas

de

M. c

itrifo

lia e

m ro

edor

es.

SR

EE

RA

NJI

NI e

SIR

IL.

2011

Exp

erim

enta

l in

vitro

.

Bul

bos

de A

llium

cep

a fo

ram

exp

osto

s, p

or 2

4 ho

ras

ao e

xtra

to

aquo

so d

o no

ni, e

m c

once

ntra

ções

de

15 e

30

g/L.

Em

seg

uida

,

obte

ve-s

e o

mer

iste

ma

dos

bulb

os, e

aná

lises

gen

otóx

icas

, tai

s co

mo

pres

ença

de

pont

es e

que

bras

cro

mos

sôm

icas

, for

am re

aliz

adas

.

Ativ

idad

e an

ti-m

itótic

a e

anti-

geno

tóxi

ca d

o ex

trato

aquo

so d

e M

. citr

ifolia

.

WE

ST,

et a

l. 20

11E

xper

imen

tal i

n vi

vo e

in

vitro

.

O e

xtra

to d

as s

emen

tes

da M

orin

da c

itrifo

lia fo

i obt

ido,

e te

stad

o em

rato

s S

prag

ue-D

awle

y se

guin

do o

pad

rão

de te

stes

de

toxi

cida

de

suba

guda

; obt

ençã

o da

Con

cetra

ção

Leta

l no

test

e ut

iliza

ndo

a

espé

cie

Arte

mia

sal

ina;

det

erm

inaç

ão d

a ca

paci

dade

do

extra

to d

e

sem

ente

s do

non

i de

caus

ar d

ano

prim

ário

em

E. c

oli,

util

izan

do o

SO

S c

hrom

otes

t.

Ativ

idad

e an

tioxi

dant

e e

ausê

ncia

de

ativ

idad

e ge

notó

xica

do e

xtra

to d

as s

emen

tes

de M

. citr

ifolia

, util

izan

do o

test

e

brin

e sh

rimp,

e E

. col

i P

Q37

.

Qu

ad

ro 2

: E

stu

do

s d

e 2

00

8 à

20

17

en

volv

end

o a

esp

écie

Mo

rin

da

citrifo

lia.

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24

Au

tor

An

oC

ará

ter

da

pe

sq

uis

a

Me

tod

olo

gia

Co

nc

lus

ão

NA

YA

K, e

t a

l. 2

01

1E

xpe

rim

enta

l in

viv

o.

Ap

ós a

ind

uçã

o d

a d

iab

ete

s e

m r

ato

s m

acho

s S

pra

gue

-Da

wle

y, c

om

o a

uxí

lio d

e e

str

ep

tozo

tocin

a, o

s a

nim

ais

fo

ram

tra

tad

os c

om

o s

uco

ferm

enta

do

do

no

ni (2

mg

/kg

), p

or

vinte

dia

s. D

ep

ois

de

ste

pe

río

do

,

pa

râm

etr

os d

a g

lico

se

sa

ng

uín

ea

, a

lise

his

toló

gic

a e

de

ma

ssa

co

rpo

ral f

ora

m r

ea

liza

da

s.

Efe

ito

he

pa

top

rote

tor

e h

ipo

glic

êm

ico

do

suco

fe

rme

nta

do

de

no

ni e

ra

tos.

SIL

VA

, e

t a

l. 2

01

2E

stu

do

de

ca

racte

riza

çã

o.

Fru

tos d

e c

olo

raçã

o v

erd

e, ve

rde

esb

ranq

uiç

ad

o e

am

are

lo

esb

ranq

uiç

ad

o fo

ram

ava

liad

os p

or

se

u p

eso

, ta

ma

nho

, p

H,

rend

ime

nto

da

po

lpa

, e

qua

ntid

ad

e d

e s

ólid

os s

olú

veis

e a

cid

ez

titu

láve

l.

Fru

tos d

a c

or

verd

e a

pre

se

nta

m m

aio

r va

nta

ge

m d

e u

so

,

tanto

in n

atu

ra q

ua

nto

pa

ra u

so

na

ag

roin

dústr

ia, q

ua

nd

o

leva

do

s e

m c

onsid

era

çã

o o

s p

arâ

me

tro

s d

e q

ua

ntid

ad

e

de

vita

min

a C

, m

assa

e fir

me

za d

a p

olp

a, q

ua

nd

o

co

mp

ara

do

s a

os fru

tos d

e o

utr

as c

ore

s.

KO

VE

ND

AN

, e

t a

l .

20

12

Exp

eri

me

nta

l in

vitro

.

Fo

i o

btid

o o

da

s fo

lha

s d

a e

sp

écie

M. citri

folia

, e

ad

icio

na

do

a

me

tano

l, clo

rofó

rmio

, a

ce

tona

, he

xano

e á

gua

. A

s isso

, la

rva

s d

e

Ae

de

s a

eg

yp

ti, A

no

ph

ele

s s

tep

he

nsi e

Cu

lex q

uin

qu

efa

scia

tus

fora

m e

xpo

sta

s a

os e

xtra

tos o

btid

os, e

a ta

xa d

e m

ort

alid

ad

e fo

i

ob

tid

a.

Ob

tença

o d

e r

esulta

do

s q

ue

co

nfe

rem

ao

ext

rato

aq

uo

so

do

no

ni p

od

e la

rvic

ida

, e

m c

once

ntr

açõ

es q

ue

o d

e 2

00

a 6

00

pp

m, te

sta

da

s n

os trê

s v

eto

res: A

ed

es a

eg

yp

ti,

An

op

he

les s

tep

he

nsi

e C

ule

x q

uin

qu

efa

scia

tus.

CO

ST

A, e

t a

l.2

01

3E

xpe

rim

enta

l in

vitro

.

20

g d

a p

olp

a, ca

sca

e s

em

ente

s d

o n

oni fo

ram

acre

scid

os à

ág

ua

,

eta

no

l e a

ce

tona

. E

m s

eg

uid

a, o

po

tencia

l antio

xid

ante

fo

i a

valia

do

co

m u

m m

od

elo

de

co

oxi

da

çã

o d

e s

ub

str

ato

s.

Ob

se

rva

da

a a

tivi

da

de

antio

xid

ante

da

po

lpa

, ca

sca

e

se

me

nte

s d

o n

oni.

LL

ER

, e

t a

l.2

01

3E

xpe

rim

enta

l in

viv

o.

Ra

tas fo

ram

te

sta

da

s p

or

me

io d

e d

ois

pro

toco

los: um

ute

rotr

ófico

e

lacta

cio

na

l in

ute

ro, e

um

in

vitro

, a

fim

de

ave

rig

ua

r a

co

ntr

atilid

ad

e

do

úte

ro a

s o

co

nsum

o d

o e

xtra

to a

quo

so

de

Mo

rin

da

citri

folia

em

co

nce

ntr

açõ

es d

e 7

,5, 7

5 e

75

0 m

g/k

g, re

vela

nd

o r

esulta

do

s

pre

ocup

ante

s e

m r

ela

çã

o à

co

nsum

ido

ras g

esta

nte

s.

Ativi

da

de

antie

str

og

ênic

a e

to

xicid

ad

e r

ep

rod

utiva

do

ext

rato

aq

uo

so

de

M. citri

folia

em

ra

tas.

LIN

, e

t a

l. 2

01

3E

xpe

rim

enta

l in

viv

o.

O s

uco

da

Mo

rin

da

citri

folia

sub

me

tid

o à

fe

rme

nta

çã

o fo

i te

sta

do

em

ha

mste

rs e

m u

ma

die

ta c

om

alta

ing

estã

o d

e g

ord

ura

. O

suco

ferm

enta

do

de

no

ni fo

i d

ad

o a

os a

nim

ais

po

r se

is d

ias, e

ao

fim

de

ste

s, a

lise

s h

isto

lóg

ica

s h

ep

ática

s e

bio

quím

ica

s s

éri

ca

s fo

ram

rea

liza

da

s.

Ind

ício

s d

e p

rote

çã

o h

ep

ática

fo

ram

ob

tid

os, ta

nto

no

órg

ão

em

si, c

om

o e

m n

íve

is d

e m

arc

ad

ore

s h

ep

ático

s

dim

inuíd

os e

m r

ela

çã

o a

o g

rup

o c

ontr

ole

.

GU

PT

A e

PA

TE

L.

20

13

Re

visã

o d

e li

tera

tura

.

Estu

do

s q

ue

ava

lita

m a

ativi

da

de

antio

xid

ante

, p

rob

iótica

,

antinfla

ma

tóri

a, a

nti-t

um

ori

nic

a e

enzi

tica

do

no

ni, a

té a

da

ta d

e

pub

lica

çã

o.

Até

20

13

, a

no

da

pub

lica

çã

o d

o a

rtig

o, o

s a

uto

res

reco

nhe

ce

m a

gra

nd

e fa

ixa

de

be

ne

fício

s d

o n

oni, p

oré

m,

co

nclu

em

o tra

ba

lho

de

cla

rand

o q

ue

gru

po

s e

sp

ecífi

co

s

o p

od

em

se

r in

dic

ad

os p

ara

co

nsum

o, p

ela

ain

da

esca

ssa

qua

ntia

de

tra

ba

lho

s p

rese

nte

s p

ara

co

mp

rova

r

sua

eficá

cia

em

de

term

ina

da

s d

oe

nça

s.

KU

MA

RA

SA

MY

, e

t a

l. 2

01

4E

xpe

rim

enta

l in

vitro

.

O e

xtra

to a

quo

so

da

s fo

lha

s d

e M

. citri

folia

fo

i o

btid

o, e

ce

pa

s d

e S

.

mitis

e S

. m

uta

ns

fo

ram

exp

osta

s à

co

nce

ntr

açõ

es d

e 1

00

0 a

10

0

µg

do

ext

rato

. A

se

guir

, fo

i a

valia

da

a C

once

ntr

açã

o In

ibitó

ria

Mín

ima

,

pa

ra q

ue

fo

sse

po

ssív

el c

he

ga

r a

ativi

da

de

anti-b

acte

ria

na

do

ext

rato

.

Co

nsta

taçã

o d

a a

tivi

da

de

anti-b

acte

ria

na

do

suco

de

no

ni

liofiliz

ad

o e

m S

tre

pto

co

ccu

s m

itis

e S

tre

pto

co

ccu

s

mu

tan

s.

RA

TN

OG

LIK

, e

t a

l. 2

01

4E

xpe

rim

enta

l in

vitro

. C

ultu

ra d

e c

élu

las d

e H

ep

atite

C fo

ram

exp

osta

s a

o e

xtra

to

me

tanó

lico

do

suco

de

M. citri

folia

. R

ed

uçã

o d

a a

tivi

da

de

da

s c

ultu

ras e

m 5

0%

.

Qu

ad

ro 2

: C

on

tin

ua

çã

o.

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25

Au

tor

An

oC

ará

ter

da

pe

sq

uis

a

Me

tod

olo

gia

Co

nc

lus

ão

SE

RA

FIN

I, e

t a

l. 2

01

4E

xpe

rim

enta

l in v

ivo

.

Fo

i o

btid

o o

ext

rato

aq

uo

so

de

Mo

rin

da

citri

folia

a 1

0 e

15

%, e

este

foi te

sta

do

em

ca

mund

ong

os q

ue

re

ce

be

ram

incid

ência

de

ra

dia

çã

o

UV

A-U

VB

, se

te d

ias a

nte

s d

a e

xpo

siç

ão

, e

vin

te h

ora

s d

ep

ois

. E

m

se

guid

a, a

esp

essura

, d

ano

, e

rite

ma

e a

ltera

çõ

es h

isto

lóg

ica

s fo

ram

ava

liad

as.

O r

esulta

do

mo

str

ou e

feito

pro

teto

r d

o n

oni e

m r

ela

çã

o a

rad

iaçã

o r

ece

bid

a p

elo

s a

nim

ais

.

PA

ND

ITR

AO

, E

DG

HIL

L, L

OC

KH

AR

T.

20

14

Estu

do

de

ca

so

.

O T

em

po

de

Pro

tro

mb

ina

(T

P)

e e

xam

es b

ioq

uím

ico

s s

éri

co

s

he

tico

s fo

ram

re

aliz

ad

os e

m u

ma

pa

cie

nte

usuá

ria

do

suco

de

no

ni

a lo

ng

a d

ata

. O

s e

xam

es s

e a

pre

se

tara

m a

ltera

do

s, e

ap

ós c

essa

r o

uso

do

suco

do

no

ni, a

s m

esm

as a

lise

s fo

ram

re

aliz

ad

as, e

va

lore

s

no

rma

is fo

ram

ob

tid

os.

Ce

ssa

nd

o o

uso

do

pro

duto

, o

exa

me

s fo

ram

re

pe

tid

os e

acusa

ram

no

rma

lida

de

. P

ressuo

õe

-se

a inte

rfe

rência

do

suco

do

no

ni e

m p

roce

sso

s d

a c

oa

gula

çã

o, co

m e

ste

s

resulta

do

s.

NA

GA

RJU

NA

, e

t a

l. 2

01

5E

xpe

rim

enta

l in

viv

o.

O e

stu

do

sub

me

teu c

am

und

ong

os a

te

ste

s d

e to

xicid

ad

e a

gud

a e

sub

ag

ud

a, utiliz

and

o o

ext

rato

me

tanó

lico

de

Mo

rin

da

citri

folia

.

Ausê

ncia

de

to

xicid

ad

e a

gud

a e

sub

ag

ud

a d

o e

xtra

to

me

tanó

lico

de

fo

lha

s d

e M

. citri

folia

em

ca

mund

ong

os.

GU

PT

A, B

AJP

AI e

SIN

GH

20

15

Exp

eri

me

nta

l in

vitro

.

O s

uco

de

no

ni fo

i a

dic

iona

do

à c

isp

latina

(1

0%

/10

µl). E

sta

co

mb

ina

çã

o fo

i te

sta

da

em

cultu

ra d

e c

élu

las d

e c

ânce

r d

o c

olo

do

úte

ro p

or

vinte

e q

ua

tro

ho

ras. E

m s

eg

uid

a, ho

uve

a e

xtra

çã

o d

e R

NA

,

e a

aná

lise

do

s g

ene

s p

or

PC

R e

m te

mp

o r

ea

l.

Em

ad

içã

o à

cis

pla

tina

, o

suco

do

no

ni fo

i ca

pa

z d

e inib

ir

o c

rescim

ento

de

lula

s d

e c

ânce

r d

o c

olo

do

úte

ro in

vitro

, a

um

enta

nd

o a

exp

ressã

o d

e g

ene

s d

e r

ep

aro

.

SH

AR

MA

, e

t a

l. 2

01

5E

xpe

rim

enta

l in

vitro

.

Cultu

ra d

e c

élu

las h

um

ana

s d

e c

ânce

r d

e m

am

a fo

ram

exp

osta

s a

ext

rato

do

suco

de

M. citri

folia

, se

guid

a d

e p

oste

rio

r a

lise

cito

lóg

ica

.

Ind

ica

tivo

de

ativi

da

de

ap

op

tótica

da

cultu

ra, a

lém

de

tam

m d

imin

uir

a g

era

çã

o d

e R

OS

(R

ea

ctive

Oxi

ge

n

Sp

ecie

s).

Assim

se

nd

o, sug

ere

-se

um

re

sulta

do

anti-

tum

ori

nic

o e

antio

xid

ante

do

suco

de

M. citri

folia

.

NE

RU

RK

AR

, W

HA

NG

, S

AS

KA

20

15

Re

visã

o d

e li

tera

tura

.

Ne

sta

pro

duçã

o, a

sp

ecto

s m

od

ern

os e

tra

dic

iona

is d

o u

so

do

no

ni

o m

ostr

ad

os, a

lém

do

uso

de

um

ric

o r

efe

rencia

l te

óri

co

a r

esp

eito

da

esp

écie

M. citri

folia

.

O c

onclu

i e

re

ssa

lta q

ue

am

ba

s a

s m

ane

ira

s d

e u

tiliz

açã

o

do

no

ni sã

o im

po

rta

nte

s p

ara

os a

vanço

s fe

ito

s p

ela

co

munid

ad

e c

ientíf

ica

.

LIM

, e

t a

l. 2

01

5E

xpe

rim

enta

l in

viv

o.

Fo

i o

btid

o a

o e

xtra

to a

quo

so

do

no

ni a

pa

rtir

de

sua

s fo

lha

s, e

este

fo

i

testa

do

em

co

nce

ntr

açõ

es d

e 1

50

e 3

00

mg

/kg

em

ra

tos c

om

nce

r

de

pulm

ão

ind

uzi

do

. O

uso

do

suco

do

no

ni fo

i co

mp

ara

do

co

m o

uso

da

dro

ga

Erlo

tinib

. P

oste

rio

rme

nte

, o

núm

ero

de

lula

s b

ranca

s

sa

ng

uín

ea

s fo

i a

na

lisa

do

, e

aná

lise

de

exp

ressã

o g

ênic

a fo

i re

aliz

ad

a.

Ra

tos c

om

nce

r d

e p

ulm

ão

ind

uzi

do

tiv

era

m a

sup

ressã

o d

e g

ene

s tum

ora

is, q

ua

nd

o e

m tra

tam

ento

co

m o

ext

rato

aq

uo

so

de

fo

lha

s d

e M

. citri

folia

. A

lém

dis

so

, a

me

lho

ra d

a r

esp

osta

im

une

ta

mb

ém

fo

i

sig

nific

ativa

, sug

eri

nd

o u

ma

ativi

da

de

anti-t

um

ori

nic

a e

imuno

-pro

teto

ra d

o n

oni. A

de

ma

is, a

exp

osiç

ão

do

s r

ato

s

às c

once

tra

çõ

es d

o s

uco

do

no

ni a

pre

se

nto

u m

elh

or

efe

tivi

da

de

na

ativi

da

de

sup

resso

ra q

ue

a d

rog

a E

rlo

tinib

,

em

50

mg

/kg

.

JA

MB

OC

US

, e

t a

l. 2

01

5E

xpe

rim

enta

l in

viv

o.

Ra

tos S

pra

gue

-Da

wle

y o

be

so

s fo

ram

tra

tad

os, p

or

se

is s

em

ana

s,

co

m o

ext

rato

aq

uo

so

do

suco

de

Mo

rin

da

citri

folia

. O

s p

arâ

me

tro

s

ava

liativo

s fo

ram

: g

lico

se

rica

, p

erf

il lip

ídic

o, ure

ia e

cre

atinin

a,

ala

nin

o a

min

otr

anfe

rase

, a

sp

art

ato

am

ino

tra

nsfe

rase

,

ga

ma

glu

tam

iltra

nsfe

rase

, le

ptina

e insulin

a. F

ora

m o

btid

as, ta

mb

ém

,

am

ostr

as d

e fe

zes e

uri

na

do

s a

nim

ais

.

Me

lho

ra d

e p

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il lip

ídic

o p

lasm

ático

, p

erd

a d

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eso

,

me

lho

ra d

e n

íve

is insulín

ico

s e

lep

tínic

os e

m r

ato

s o

be

so

s,

ap

ós tra

tam

ento

co

m e

xtra

to d

as fo

lha

s d

e M

. citri

folia

,

sug

eri

nd

o s

eu p

ossív

el e

feito

po

sitiv

o d

o tra

tam

ento

da

ob

esid

ad

e.

Qu

ad

ro 2

: C

on

tin

ua

çã

o.

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26

Au

tor

An

oC

ará

ter

da

pe

sq

uis

a

Me

tod

olo

gia

Co

nc

lus

ão

RU

HO

MA

LL

Y, e

t a

l.

20

15

Exp

eri

me

nta

l in

vitro

.

Ne

ste

estu

do

, cultura

de

lula

s d

e lip

ossa

rco

ma

fo

ram

exp

osta

s a

o

extr

ato

aq

uo

so

do

suco

de

M. citri

folia

, p

ara

po

ste

rio

r a

lise

de

via

bilid

ad

e c

elu

lar

e a

tivid

ad

e a

ntio

xid

ante

do

extr

ato

.

Re

duçã

o d

o e

str

esse

oxid

ativo

ca

usa

do

po

r p

eró

xid

o d

e

hid

rog

ênio

em

cultura

de

lula

s d

e lip

ossa

rco

ma

,

ind

ica

nd

o u

m e

feito

antio

xid

ante

do

no

ni, e

ta

mb

ém

se

u

efe

ito

po

sitiv

o d

o tra

tam

ento

auxilia

r d

e lip

ossa

rco

ma

.

CA

RA

ME

L, M

AR

CH

ION

NI, S

TA

GN

AR

O.

20

15

Exp

eri

me

nta

l in

viv

o.

Se

te p

acie

nte

s fo

ram

tra

tad

os c

om

40

mL

do

suco

do

no

ni, tre

s v

eze

s

ao

dia

, p

or

5 s

em

ana

s. A

o fin

al d

este

pe

río

do

, p

arâ

me

tro

s c

ari

o-

str

ico

s fo

ram

ava

lia

do

s.

O n

oni fo

i ca

pa

z d

e c

ontr

ibuir

po

sitiv

am

ente

na

me

lho

ra

de

pa

cie

nte

s c

om

do

ença

s d

eg

ene

rativa

s, co

mo

as

mito

co

nd

ria

is.

SH

AL

AN

, M

US

TA

PH

A e

MO

HA

ME

D.

20

16

Exp

eri

me

nta

l in

viv

o.

O e

xtr

ato

aq

uo

so

de

M. citri

folia

fo

i te

sta

do

em

ra

tas p

or

um

pe

río

do

de

6 m

ese

s. O

s p

arâ

me

tro

s p

ara

a a

va

lia

çã

o d

os r

esulta

do

s

co

nsis

tem

em

aná

lise

rica

e h

isto

lóg

ica

.

He

pa

toto

xic

ida

de

ca

usa

da

na

do

se

de

2m

g/m

L d

o e

xtr

ato

de

M. citri

folia

em

ca

mund

ong

os.

MC

CL

AT

CH

EY

, W

. 2

01

6A

rtig

o d

e r

evis

ão

. D

escri

çã

o d

e a

sp

ecto

s fís

ico

s d

a e

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écie

, uso

s n

a m

ed

icin

a

tra

dic

iona

l e

mo

de

rna

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rincip

ais

ap

lica

çõ

es d

a p

lanta

.

O a

uto

r co

nclu

i se

u tra

ba

lho

de

fend

end

o a

id

eia

de

que

o

uso

tra

dic

iona

l d

o n

oni p

elo

s p

oliné

sio

s, q

ue

o p

ossuia

em

ba

sa

me

nto

cie

ntífico

alg

um

, ho

je s

erv

e d

e s

up

ort

e p

ara

pe

sq

uis

as q

ue

envo

lve

m a

M. citri

folia

em

te

ste

s

rela

cio

na

do

s a

te

rap

ias a

ntica

ncê

r. A

de

ma

is, o

auto

r

sug

ere

que

, b

ase

ad

o n

a lite

ratu

ra e

xis

tente

, a

s p

esq

uis

as

ap

onta

m p

ara

um

de

se

mp

enho

po

sitiv

o d

o u

so

do

no

ni

em

tra

tem

ento

s o

nco

lóg

ico

s.

PA

NY

e K

HA

N.

20

16

Exp

eri

me

nta

l in

viv

o.

Atr

avé

s d

o te

ste

de

pre

ferê

ncia

do

lug

ar

co

nd

icio

na

do

, o

suco

do

no

ni, d

a m

arc

a c

om

erc

ial T

ahitia

n N

oni Juic

e (

TN

J),

fo

i te

sta

do

em

rato

s co

m a

lco

olism

o ind

uzid

o, a

tra

s d

e inje

çõ

es intr

ap

eri

tonia

is d

e

eta

no

l, p

or

do

ze

dia

s. N

os p

róxim

os d

oze

dia

s, in

jeçõ

es

intr

ap

eri

tonia

is d

e T

NJ fo

ram

da

da

s a

os a

nim

ais

, in

terc

ala

nd

o a

s

ap

lica

çõ

es c

om

ág

ua

de

stila

da

. O

s r

esulta

do

s fo

ram

ana

lisa

do

s

utiliza

nd

o, e

ntr

e o

utr

os te

ste

s, te

ste

s d

e a

lise

de

va

riâ

ncia

.

O p

rod

uto

Ta

hitia

n N

oni Juic

e fo

i e

fetivo

no

tra

tam

ento

de

víc

io e

m á

lco

ol e

m c

am

und

ong

os, sug

eri

nd

o q

ue

o

pro

duto

po

de

se

r utiliza

do

no

tra

tam

ento

de

víc

io e

m

be

bid

as a

lco

ólica

s. A

de

ma

is, o

auto

r sug

ere

que

as

pe

sq

uis

as n

a á

rea

se

jam

inte

sific

ad

as.

CA

MP

OS

, e

t a

l.

20

16

Estu

do

de

ca

racte

riza

çã

o.

Utiliza

nd

o q

ua

tro

está

gio

s d

e p

uri

fica

çã

o p

rote

ica

, a

pro

teín

a

tra

nsfe

rid

ora

de

lip

íde

os M

cL

TP₁ fo

i is

ola

da

da

s s

em

ente

s d

a

esp

écie

M. citri

folia

. A

de

ma

is, a

pro

teín

a fo

i a

dm

inis

tra

da

de

ma

ne

ira

intr

ap

eri

tonia

l à

ca

mund

ong

os, p

ara

que

fo

sse

ava

lia

da

a

resp

osta

de

enzim

as d

ige

stiva

s e

re

sp

osta

no

cic

ep

tiva

fre

nte

à

Mc

LT

P₁.

A p

rote

ína

McL

TP₁

ap

rese

nto

u a

tivid

ad

e a

na

lgé

sic

a,

mo

str

and

o q

ue

o n

oni p

od

e s

er

efe

tivo

no

tra

tam

ento

auxilia

r d

a d

or.

HU

AN

G, e

t a

l.

20

16

Exp

eri

me

nta

l in

vitro

.

Fo

i o

btid

o o

extr

ato

aq

uo

so

da

esp

écie

M. citri

folia

, e

sua

ca

racte

riza

çã

o fo

i re

aliza

da

co

m o

auxíli

o d

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rom

ato

gra

fia

líq

uid

a d

e

alta

pe

rfo

ma

nce

. E

m s

eg

uid

a, o

no

ni fo

i a

cre

scid

o a

so

lve

nte

s

org

ânic

os, p

ara

que

se

u e

feito

fo

sse

ve

rifica

do

em

cultura

de

lula

s

onco

lóg

ica

s d

e fíg

ad

o e

ma

ma

.

Fo

i co

nsta

tad

o q

ue

o e

xtr

ato

aq

uo

so

co

mb

ina

do

ao

ace

tato

de

etila

ap

rese

nto

u m

aio

r a

tivid

ad

e a

nti-c

ânce

r

qua

nd

o o

bse

rva

do

s p

arâ

me

tro

s d

e a

po

pto

se

e m

otilid

ad

e

ce

lula

r, s

ug

eri

nd

o q

ue

o e

xtr

ato

em

que

stã

o p

od

e s

er

útil

no

tra

tam

ento

de

pa

cie

nte

s q

ue

ap

rese

nta

m p

roce

sso

s

ca

nce

ríg

eno

s n

o fíg

ad

o o

u m

am

a.

WIG

AT

I, e

t a

l.

20

16

Exp

eri

me

nta

l in

viv

o.

Ra

tos W

ista

r in

duzid

am

ente

hip

ert

enso

s c

om

o a

uxíli

o d

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de

xa

me

taso

na

fo

ram

tra

tad

os c

om

o e

xtr

ato

eta

lico

da

s fo

lha

s d

o

no

ni. P

arâ

me

tro

s d

e p

ressã

o s

ang

uín

ea

fo

ram

ava

lia

do

s d

ura

nte

o

exp

eri

me

nto

, e

os v

alo

res o

btid

os fo

ram

utiliza

do

s e

m te

ste

s d

e

aná

lise

de

va

riâ

ncia

pa

ra a

inte

rpre

taçã

o d

os r

esulta

do

s.

O e

xtr

ato

eta

lico

da

s fo

lha

s e

fru

tos d

e M

. citri

folia

fo

i

ca

pa

z d

e r

ed

uzir

a p

ressã

o a

rte

ria

l d

e r

ato

s

ind

uzid

am

ente

hip

ert

enso

s, sug

eri

nd

o q

ue

o n

oni, n

este

extr

ato

eta

lico

, p

od

e s

er

útil no

tra

tam

ento

auxilia

r d

a

hip

ert

ensã

o.

Qu

ad

ro 2

: C

on

tin

ua

çã

o.

Page 28: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD …unifsp.edu.br/.../09/BEATRIZ-FABIANA-ALBINO-RODRIGUES-DE-SOUZA.pdf · o noni apresentam-se em maior quantidade e qualidade se

27

Au

tor

An

oC

ará

ter

da

pe

sq

uis

a

Me

tod

olo

gia

Co

nc

lus

ão

SH

AL

AN

, M

US

TA

PH

A e

MO

HA

ME

D.

20

16

Exp

eri

me

nta

l in

viv

o.

Ra

tas q

ue

tiv

era

m s

eus o

vári

os r

etira

do

s fo

ram

sub

me

tid

as, p

or

qua

tro

me

se

s, a

tra

tam

ento

co

m o

ext

rato

aq

uo

so

de

M. citri

folia

e

chá

pre

to, se

pa

rad

am

ente

. O

s r

esulta

do

s fo

ram

ava

liad

os u

tiliz

and

o

técnic

as d

e m

icro

to

mo

gra

fia

co

mp

uta

do

riza

da

, te

ste

s m

ecâ

nic

os,

PC

R e

m te

mp

o r

ea

l e c

ontr

ole

rico

bio

quím

ico

de

pa

râm

etr

os

min

era

is ó

sse

os.

A a

dm

inis

tra

çã

o d

o e

xtra

to a

quo

so

de

no

ni m

ostr

ou-s

e

efica

z no

que

diz

re

sp

eito

ao

aum

ento

da

min

era

liza

çã

o

ósse

a, e

sp

essura

, fle

xib

ilid

ad

e, fo

rça

e d

ensid

ad

e,

mo

str

and

o q

ue

o n

oni, q

ua

nd

o a

plic

ad

o e

m u

m g

rup

o d

e

fêm

ea

s s

ub

me

tid

as a

oo

fore

cto

mia

, fa

z-se

efica

z na

pre

vençã

o d

e d

oe

nça

s ó

sse

as r

ela

cio

na

da

s a

este

gru

po

de

ris

co

.

BO

RD

AL

LO

, e

t a

l. 2

01

6E

xpe

rim

enta

l in

vitro

.

36

pla

nta

s d

a e

sp

écie

Mo

rin

da

citri

folia

, p

rod

uzi

da

s p

ela

Em

bra

pa

ag

roin

dústr

ia, fo

ram

ana

lisa

da

s s

eg

und

o s

eu D

NA

. P

ara

ta

l, fo

i

rea

liza

da

a e

xtra

çã

o d

o m

ate

ria

l ge

tico

da

s e

sp

écie

s, utiliz

and

o

dife

rente

s m

eto

do

log

ias. E

m s

eg

uid

a, o

ma

teri

al p

asso

u p

ela

re

açã

o

de

po

lime

rase

em

ca

de

ia, p

ara

que

o d

ista

ncia

me

nto

ge

tico

entr

e

as e

sp

écie

s p

ud

esse

se

r o

btid

o, e

inte

rpre

tad

o c

om

a a

jud

a d

e

so

ftw

are

esta

tístico

.

Fo

i co

nsta

tad

o q

ue

as e

sp

écie

s d

e M

. citri

folia

,culti

vad

as

pe

la E

mb

rap

a A

gro

ind

ústr

ia, p

ossue

m b

aix

a v

ari

ab

ilid

ad

e

ge

tica

. O

auto

r sug

ere

que

a v

ari

ab

ilid

ad

e s

eja

aum

enta

da

, p

ara

que

os fru

tos p

ossa

m r

esulta

r e

m m

elh

or

qua

lida

de

e d

ife

rente

s c

ara

cte

rística

s.

WE

ST

, B

, J.

20

17

Re

lato

de

o a

plic

ab

ilid

ad

e

de

estu

do

s a

nte

rio

res.

Fo

i re

aliz

ad

a u

ma

re

visã

o d

o e

stu

do

ap

rese

nta

do

po

r S

ha

lan,

Musta

pha

e M

oha

me

d, a

po

nta

nd

o p

ossív

eis

fa

lha

s n

as a

lise

s e

co

nclu

es d

o e

stu

do

.

We

st (2

01

7)

de

fend

e a

id

eia

de

que

um

exp

eri

me

nto

co

nd

uzi

do

po

r S

ha

lan, M

usta

pha

e M

oha

me

d, no

ano

ante

rio

r, n

ão

po

ssui cre

dib

ilid

ad

e s

uficie

nte

pa

ra q

ue

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Gráfico 2: Gráfico circular demonstrando percentualmente as publicações referentes a cada

país.

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5 DISCUSSÃO

Com base no levantamento de artigos pôde ser observado um escasso número

de estudos sobre a Morinda citrifolia, principalmente de cunho experimental, até o ano

de 2007. Após este período, as publicações referentes à planta começaram a

caminhar para um aumento, o que pode ser devido ao fato da preferência da

sociedade moderna por produtos de procedência natural. O ápice de estudos, dentre

os encontrados nesta monografia, ocorreu em 2015, principalmente no quesito de

estudos in vivo.

A ANVISA, em seu último informe técnico de maio de 2007, não contava,

evidentemente, com grande aporte centífico-literário para que produtos que contêm o

noni fossem liberados no Brasil. Todavia, os estudos se intensificaram, e a partir de

2008, estudos que buscam tornar o assunto “noni” menos empírico se intensificaram.

Estudos comprovando, em modelos animais, a eficácia e segurança de variadas

formas de consumo da Morinda citrifolia, embasam-se nos usos tradicionais da planta,

e, notoriamente, comprovando-os como eficazes.

Segundo os dados levantados e exibidos em quadro, no período de 1999 à

2007, a grande maioria das publicações trata-se de referências bibliográficas,

contando com apenas um estudo experimental, realizado por Westendorf et al (2007),

porém que apenas confere ao noni a ausência de efeitos genotóxicos e a ausência de

antraquinonas, um possível causador de efeitos hepatotóxicos do noni.

Já no período de 2008 à 2017, Marques et al (2010), Shalan, Mustapha e

Mohamed (2016) e Gu et al (2017) mostram um efeito notório do noni em relação ao

tecido ósseo, como melhora da regeneração, aumento da calcificação e dureza

ósseas, em estudos experimentais in vivo. Cinco estudos conduzidos em

experimentos in vivo mostraram o potencial antioxidante da fruta, e três estudos

constataram a ausência de toxicidade do extrato aquoso do noni, também em modelos

animais. Embora no período de 1999 à 2007 houvesse uma grande preocupação

quanto aos efeitos hepatotóxicos da Morinda citrifolia, Nayak et al (2011) e Costa et

al (2013) chegam à conclusão de que, ao contrário do que se pensava até as datas

de publicação, o noni possui efeito hepatoprotetor. Em 2016, Shalan, Mustapha e

Mohamed relatam hepatotoxicidade do noni em modelos animais, fato que West

(2017) contesta, alegando que o estudo realizado no ano anterior não possui

parâmetros suficientes para ser considerado verossímil. Em relação aos resultados

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de pesquisas anticâncer envolvendo o noni, Gupta, Bajpai e Singh (2015), Sharma et

al (2015), Lim et al (2015), Ruhomally et al (2015) e Huang et al (2016), os efeitos do

uso da espécie Morinda citrifolia podem ser benéficos em indivíduos que apresentam

patologias oncóticas. Mudando o público alvo, Müller et al (2009) atenta para o uso do

noni em gestantes, uma vez que, em seu experimento, constatou-se toxicidade

reprodutiva do extrato aquoso da Morinda citrifolia. Ademais, estudos encontrados em

menor número, como o estudo que busca averiguar a capacidade anti-fúngica,

larvicida, anti-bacteriana e de proteção dérmica contra raios UVA-UVB também

apresentaram todos resultados que conferem ao noni estes potenciais estudados,

afastando, cada vez mais, a espécie Morinda citrifolia e seus benefícios do empirismo

tradicional.

No resultado obtido utilizando 49 documentos, foi elaborado o gráfico 2, para

melhor visualizar onde o noni foi mais estudado no período de 1999 à 2017. Os dados

obtidos revelaram que o Brasil se posiciona em primeiro lugar no número de

publicações, abrangendo 26,5% dos estudos pesquisados. No gráfico 1, elucidamos

que a maior parte das publicações pesquisadas partem de revisões de literatura e

estudos in vivo, duas importantes fontes de dados quando se pretende garantir a

segurança ou avaliar um objeto de estudo.

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6 CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos, pôde-se concluir que a espécie Morinda

citrifolia e suas diferentes formas de administração vêm, lentamente, desligando-se

da sabedoria popular, passando sua eficácia a ser considerada sob um aspecto

científico. Estudos que abrangem o potencial antioxidante e anti-câncer da fruta são

de importante realização, havendo, todos os pesquisados nesta monografia,

apresentado resultados positivos em estudos in vivo.

Quanto à proibição por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é

justificável, por conta do pobre aporte científico até a data de publicação do informe

técnico. Porém, a partir de 2008, muito avanço científico deu-se em relação à Morinda

citrifolia, e nenhuma atualização veio por parte do principal órgão fiscalizador

brasileiro. Conforme a população aumenta sua preferência por produtos de origem

natural, as pesquisas crescem proporcionalmente, requerendo atualizações

constantes para que a evolução e obtenção de resultados também possa caminhar,

de acordo com a necessidade populacional.

Com o aumento de pesquisas envolvendo o noni, principalmente no Brasil,

cada vez mais seus efeitos benéficos são comprovados e cientificamente embasados,

porém, os grupos de risco devem ser estabelecidos, para que seu uso possa ser

seguro e eficaz aos grupos que dele necessitam, seja como tratamento auxiliar ou

preventivo. O interesse da comunidade científica brasileira pelo noni, claramente

observada ao olhar os resultados, pode vir justamente da proibição da ANVISA,

incitando que mais pesquisas sejam realizadas para que seu uso seja liberado.

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