faculdade sudoeste paulista instituiÇÃo chaddad de...

44
FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO S/C LTDA. CURSO DE BIOMEDICINA VANNESA TOMIKURA CARDOSO CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA GINÓIDE (LDG) ITAPETININGA-SP 2017

Upload: buinguyet

Post on 28-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA

INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO S/C LTDA.

CURSO DE BIOMEDICINA

VANNESA TOMIKURA CARDOSO

CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA GINÓIDE (LDG)

ITAPETININGA-SP

2017

VANNESA TOMIKURA CARDOSO

CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA GINÓIDE (LDG)

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Biomedicina da FSP – Faculdade Sudoeste Paulista como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biomedicina.

Orientador Prof. Dr. Thiago S. Candido

ITAPETININGA-SP

2017

TOMIKURA, Vannesa Cardoso.

Carboxiterapia no tratamento de Hidrolipodistrofia ginóide/ Vannesa Tomikura

Cardoso- Itapetininga, 2017, 43 pag.

Monografia-FSP- Faculdade Sudoeste Paulista-curso: Biomedicina.

Orientador: Thiago S. Candido

Palavras chaves: Carboxiterapia, Hidrolipodistrofia Ginóide,

VANNESA TOMIKURA CARDOSO

CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO LIPODISTROFIA GINÓIDE (LDG)

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Sudoeste Paulista de

Itapetininga – FSP – ao curso de graduação em Biomedicina como requisito parcial

para obtenção do título de Bacharel.

Orientador Prof. Dr. Thiago de Souza Candido

BANCA EXAMINADORA

________________________________

Prof. Orientador Dr. Thiago S. Candido

________________________________

Prof. Dr. Vanessa Kitizo Venturelli

________________________________

Prof. Ms. Lígia Maria Micae Gomide

Itapetininga, ____ de __________________de 2017.

Dedico esta primeiramente a Deus, que

nos criou e foi criativo nesta tarefa. Seu

fôlego de vida em mim me foi sustento e

me deu coragem para questionar a

realidade e me faz acreditar que sempre

há possibilidades para um novo mundo, e

aos meus amados pais, vocês são minha

base e meu tudo, essa vitória é nossa.

AGRADECIMENTOS

A Deus que permitiu que tudo isso acontecesse ao longo de minha vida, e

não somente nestes anos universitários, mas que em todos os momentos é o nosso

maior mestre que alguém pode conhecer.

Agradeço a minha mãe Maria Rosa Tomikura, minha heroína que sempre se

faz presente nos momentos de dificuldade, cansaço e desânimo, sempre me

incentivando e fazendo acreditar que tudo é possível, e que a cada dia nos tornamos

seres melhores, ao meu pai Jose Vicente Cardoso que apesar da distância e

dificuldade me fortalece a cada amanhecer, me enchendo de esperança por dias

melhores, ao meu marido Diego Alencar dos Santos que tenho apoio incondicional,

a minha vó querida Rosalina Paes de Almeida que sempre me fez acreditar que

nunca é tarde para recomeçar, minha tia Maria Benedita Tomikura sempre me

apoiando e dando forças para seguir em frente.

As minhas amigas e companheiras de classe, que sempre estiveram prontas

a ajudar, esclarecendo dúvidas, e acrescentando certeza e alegria ao meu dia,

sempre unidas com um único propósito, desistir jamais e juntas chegaremos a final,

já tenho vocês no meu coração para o resto da minha vida.

A Instituição pela oportunidade de realizar o curso, e seu corpo docente que

oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, acendrada pela

confiança no mérito e ética aqui presente.

Ao professor Thiago S. Cândido orientador, obrigado pela confiança e apoio

pelo empenho dedicado á elaboração deste trabalho, e á todos os professores que

nos proporcionam o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do

caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional.

Agradeço aos meus amigos (a) que entenderam a minha ausência, mas

sempre estiveram presente com palavras de esperança para seguir em frente,

fazendo acreditar que durante a caminhada eu não estaria sozinha.

Deixo aqui minha eterna gratidão, a todos os envolvidos diretamente ou

indiretamente que fizeram parte desse momento, que contribuíram para que esse

sonho se tornasse uma realidade, amo vocês e muito obrigado por tudo.

CARDOSO, Vanessa Tomikura. Carboxiterapia no tratamento de lipodistrofia

ginóide (LDG). 43 f. Monografia – Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2017.

RESUMO

A carboxiterapia é uma técnica recentemente introduzida na área da estética, mas a história do uso terapêutico do dióxido de carbono (CO2) teve início na década de 30, na França. Seu uso era feito através de banhos secos ou imersão em água carbonada para o tratamento de arteriopatias periféricas. O uso do carboxiterapia em lipodistrofia ginoide é um procedimento inovador no tratamento da disfunção inserida, estimulando o metabolismo a reagir de forma mais rápida as intervenções dermato funcionais. Este trabalho tem por objetivo geral, analisar sua utilização no tratamento da lipodistrofia ginoide, além de identificar as alterações funcionais do corpo humano, verificando-se as vantagens físicas para esse procedimento, e apresentar os recursos que podem ser utilizados para tratamento e prevenção dessa disfunção. Atualmente, a carboxiterapia caracteriza-se num método de fácil execução e consiste na administração do dióxido de carbono pela via subcutânea diretamente nas áreas afetadas. A carboxiterapia constitui-se de uma técnica onde se utiliza o gás carbônico 99,9% medicinal (dióxido de carbono) injetado no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da circulação e oxigenação tecidual. Consiste na infusão controlada de gás carbônico medicinal na pele e no tecido com o objetivo de aumentar a perfusão tecidual periférica. O gás carbônico não causa efeitos adversos e/ou secundários no tecido conectivo e estrutura nervosa, pois, a quantidade utilizada é inferior à produzida pelo organismo. O presente artigo tem por objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre o uso da carboxiterapia no tratamento da lipodistrofia ginóide (LDG) que se trata de um problema estético que atinge pelo menos 95% das mulheres independente do índice de massa corpórea. Para esse trabalho utilizou-se somente a pesquisa bibliográfica como fonte de pesquisa, buscando na literatura existente os subsídios necessários para o entendimento da questão como um todo. Este trabalho se justifica a necessidade de verificar a questão da utilização do carboxiterapia, como técnica dermato-funcional e seus pressupostos no tratamento da lipodistrofia ginoide, a partir de uma análise das indicações e contraindicações como sintoma de uma dinâmica estruturada.

Palavras chaves: Carboxiterapia. Lipodistrofia Ginóide (LDG).CO2.

CARDOSO, Vanessa Tomikura. Carboxitherapy in the treatment of gynoid

lipodystrophy (LDG). 43 f. Monography - Southwestern College of São Paulo,

Itapetininga, 2017.

ABSTRACT

Carboxytherapy a technique recently introduced in the field do esthetics, the history of the therapeutic use of carbondioxide (CO2) began in the 1930s in France. Its use was do ne through dry baths or immersion in carbonated water for the treatment of peripheral arteriopathies. The use of carboxytherapy in cellulite is an innovative procedure in the treatment of the in serted pathology, stimulating the metabolism to react more quickly to functional dermatological in terventions. The objective of this study is to analyze its use in the treatment of cellulite, in addition to identifying the functional at enations of the human body, check in the physical ad vantages for this procedure, and presenting the resources that can be used to treatand prevent this pathology. Currently, carboxtherapy is characterized by an easy-to-us to and consist of head ministration of carbondioxi de through the subcutaneous route directly into or sheaf effect areas. Carboxytherapy is a technique where carbonic gas (carbondioxide) is injected in to the subcutaneous tissue, stimulating physiological effects such as improved circulation and tissue e oxygenation. It consist the controlled diffusion of medical carbon dioxide in to the skin and tissue to increase peripheral tissue perfusion. The carbonic gas does not cause adverse and / orsecon dray effects on the connective tissue and nerve structure, since the amount se dis inferior to that produced by the organism. The purpose of thisarticleisto make a bibliography calrevie won the use of carboxytherapy in the treatment of gyroid hidrolipodystrophy (Cellulite) which sane esthetic problem thataffec satl east 95% of women, regardless of body mass index. For this work, only the bibliographical research was used as a research source, searching in the existing literature for the necessary subsidies for the understand, in the question as a whole. This works justified by the need to verify the, question of the use of carboxytherapy, as a dermato-functional technique and its assumptions in the treatment of cellulite, from an analysis of indications, and contraindications as a symptom of a structured dynamics.

Key words: Carboxytherapy. Lipodystrophy Ginhoid (LDG). CO2.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Camada da pele ..................................................................................... 13

Figura 2 – Epiderme ................................................................................................ 15

Figura 3 – Derme .................................................................................................... 16

Figura 4 – Hipoderme .............................................................................................. 17

Figura 5 – Celulite infecciosa ................................................................................... 19

Figura 6 – Lipodistrofia ginoide ................................................................................ 19

Figura 7 – Disposição dos Septos ............................................................................ 20

Figura 8 – Graus de Lipodistrofia ginoide ................................................................. 21

Figura 9 – Pele com e sem Lipodistrogia ginoide ..................................................... 23

Figura 10 – Teste casca de laranja .......................................................................... 24

Figura 11 – Teste preensão ..................................................................................... 24

Figura 12 – Curva de dissociação oxiemoglobina .................................................... 27

Figura 13 – Efeito Bohr ............................................................................................ 29

Figura 14 – Efeitos fisiológicos ................................................................................. 31

Figura 15 – Aparelho carboxiterapia ........................................................................ 31

Figura 16 – Cilindro ação com regulador de pressão ............................................... 32

Figura 17 – Equipo para carboxiterapia.................................................................... 32

Figura 18 – Agulha de insulina ................................................................................. 33

Figura 19 – Plano hipodermico aplicação................................................................. 33

Figura 20 – Pinçamento da Pele .............................................................................. 34

Figura 21 – Ficha de avaliação ................................................................................ 36

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

2 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 13

2.1 Pele ................................................................................................................... 13

2.1.1 Pele e suas funções ........................................................................................ 14

2.1.2 Epiderme ......................................................................................................... 15

2.1.3 Derme ............................................................................................................. 16

2.1.4 Hipoderme ...................................................................................................... 17

2.2 Lipodistrofia Ginóide (LDG) ............................................................................ 18

2.2.1 Histologia ........................................................................................................ 23

2.2.2 Métodos de diagnóstico e avaliação (LDG) ..................................................... 24

2.2.3 Carboxiterapia ................................................................................................. 26

2.2.4 Efeito Bohr ...................................................................................................... 28

2.2.5 Efeitos fisiológicos ........................................................................................... 30

2.2.6 Equipamento ................................................................................................... 32

2.2.7 Técnica aplicação ........................................................................................... 35

2.2.8 Tratamento ...................................................................................................... 36

2.2.9 Indicação ......................................................................................................... 37

2.2.10 Contraindicação ............................................................................................ 37

2.2.11 Ficha avaliação ............................................................................................. 38

3 METODOLOGIA ................................................................................................... 40

4 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 41

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 42

10

1 INTRODUÇÃO

A conhecida carboxiterapia consiste na administração subcutânea de anidro

carbônico, gás carbônico ou CO2, através de injeção hipodérmica, nas áreas

acometidas pela Lipodistrofia Ginóide (MADRUGA, 2012).

A carboxiterapia é uma técnica ampla e de fácil execução utilizada na Europa,

México e EUA, especialistas desses países afirmam que, não há muitas contra

indicações e que não existem reações adversas sistêmicas descritas importantes

(PACHECO, 2011).

A partir da década de 30, na Itália e na França, o uso do CO2 pela via

subcutânea tornou-se terapêutica frequente, o que ajudou na criação das

Sociedades Italiana e Americana de Carboxiterapia, ambas realizaram estudos

multicêntricos com o uso do método na terapêutica nas disfunções estéticas

(BRANDI et al., 2001).

O CO2 é um gás atóxico que existe no metabolismo celular como um

intermediário (MADRUGA, 2012). Verificou-se depois que a infiltração percutânea de

CO2 no tecido subcutâneo, através de agulhas, melhorava não apenas a circulação

sanguínea nos tecidos isquêmicos, mas também aumentava a concentração local do

oxigênio (COSTA, 2011). Mas foi somente a partir dos anos 50 que começaram a

escrever publicações científicas sobre o assunto, e com mais frequência a partir de

1985. Foi a partir desse ano que vários artigos demonstram a versatilidade do CO2

para uso medicinal (PACHECO, 2011). Seus efeitos terapêuticos de infiltração

subcutânea do CO2 foram atribuídos à vasodilatação local, que provocava queda da

resistência vascular periférica, com isso melhorando a irrigação sanguínea (COSTA,

2011). Conforme diz West:

A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio e da concentração de CO2: o pH ácido e o aumento da concentração de CO2 no meio diminui a afinidade por oxigênio, estimulando assim sua liberação da hemoglobina. A presença de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de tecidos em metabolismo ativo promovem a liberação de O2 da hemoglobina, o efeito recíproco ocorre nos capilares dos alvéolos do pulmão, a alta concentração de O2 libera CO2 e H+ da hemoglobina. Essas relações são conhecidas como efeito Bohr (WEST, 2002, p.76-80).

Mesmo com a extensa aplicabilidade da carboxiterapia e de resultados

confirmados pela literatura científica, são poucos os estudos que determinam os

reais efeitos de sua infiltração percutânea de CO2 no tegumento (ROUSSO, 2012).

11

A Lipodistrofia ginóide (LDG), popularmente conhecida como celulite é uma

disfunção, que ocorre devido ao acúmulo de gordura que faz com que as fibras de

colágeno, localizadas nas camadas profundas da pele repuxem-na para baixo e com

isso as paredes capilares tornam-se muito permeáveis causando o acúmulo

localizado dos fluidos. A alteração ocorre com uma frequência maior na região do

quadril, glúteos e coxas, sendo mais comum em mulheres, tal incômodo está

relacionado a um processo multifatorial, que somados contribuem para o

aparecimento da disfunção, a lipodistrofia ginóide pode ser dividida em vários

estágios que acometem do grau 1 ao grau 4 (FONSECA, 2000).

A carboxiterapia é uma nova e promissora terapêutica sendo amplamente

utilizada para melhora do quadro da Lipodistrofia ginóide, as aplicações devem ser

feita através de procedimentos nas regiões acometidas, usualmente duas vezes por

semana, em dias alternados. São feitas avaliações iniciais e finais, com escala

analógica visual da dor e verificações do grau de celulite, através de fotos e exame

físico (BORGES, 2010).

A grande maioria dos profissionais utiliza essa técnica com excelentes

resultados, mas ainda com uma grande deficiência, sobretudo de estudos

brasileiros, sobre a aplicação da carboxiterapia nas afecções dermatológicas

estéticas, principalmente nos casos de Lipodistrofia ginóide (BORGES, 2010).

A celulite tem impacto estético supervalorizado, é comprovada sua

etiopatogenia e deve-se que considerar a importância dos tratamentos que possam

melhorar o aspecto tecidual sem causar danos e perspectivas frustradas, sendo

possível observar os primeiros resultados a partir da quinta sessão, sendo um

recurso seguro, sem efeitos adversos ou complicações locais e sistêmicas,

evidenciando que a única forma de corrigir as alterações na pele será através da

tecnologia com segurança e conforto.

O aparelho Italiano chamado Carbomed, no Brasil conhecido carbox utiliza-

se gás carbônico medicinal, não embólico, atóxico e o fluxo e o volume de gás

infiltrado é controlado com total segurança, tem aprovação nas normativas da

Comunidade Europeia desde 2002 (CE0051), apresenta padrões de qualidade e

segurança, tem aprovação e comercialização e uso pela FDA americano como

equipamento de uso médico ambulatorial, no Brasil é registrado pela Agência

Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) oferecendo segurança ao paciente.

12

O objetivo desse trabalho é apresentar uma revisão bibliográfica sobre o uso

da carboxiterapia no tratamento da lipodistrofia ginóide (LDG), que é atualmente

uma das técnicas mais procuradas nas clínicas de medicina estética e medicina

convencional sendo aplicada por profissionais como médicos, fisioterapeutas

dermatos funcionais e biomédicos estetas.

Este trabalho busca compreender como a Carboxiterapia atua no tratamento

da lipodistrofia ginóide.

13

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Pele

A pele tem peso aproximadamente de 4,0 quilos e é o maior sistema de

órgãos exposto ao meio ambiente, tanto em peso como em área de superfície,

mostrando variações na estrutura em diferentes locais da superfície corporal. A pele

varia muito na espessura; a mais espessa encontra-se na parte superior do dorso

(5mm), e a mais fina é a pele das pálpebras superiores e inferiores (menos de 1mm)

(YOUNG, 2007).

A pele é composta por duas camadas principais: (figura 1) a epiderme

camada superficial composta de células epiteliais intimamente unidas, e a derme, a

camada mais profunda composta de tecido conjuntivo denso irregular, a pele

correspondea 16% do peso corporal e tem diversas funções, como: funções

metabólicas, regulação térmica, sensibilidade, funções sensoriais (calor, frio,

pressão, dor e tato) e proteção contra diversos agentes do meio ambiente. A pele é

um órgão vital e, sem ela, a sobrevivência seria impossível devido a sua proteção

(YOUNG, 2007).

Figura 1: Camada da pele

Fonte: Camadas da pele (Junqueira & Carneiro, 2004).

14

2.1.1 A pele e suas funções

A pele protege contra uma enorme variedade de estímulos externos danosos,

incluindo insultos químicos, luz ultravioleta, térmicos e mecânicos. O insulto

mecânico é ocasionado por forças de fricção ou atrito sofridas pelas plantas dos pés

durante o caminhar e em menor extensão pelas palmas das mãos. Em tais áreas, a

estrutura da pele está modificada para resistir a essas forças de atrito

potencialmente danosas de acordo com sua utilização. A pele faz uma barreira

contra umidade excessiva e invasões bacterianas e fúngicas, como aqueles que

vivem na superfície da pele, e que podem penetrá-la caso ocorra uma lesão

(CARNEIRO, 2004).

A pele apresenta função de síntese de vitamina D3 que ocorre pela ação da

luz ultravioleta sobre o percursor, o 7-deidrocolesterol. O colecaciferol é processado

no fígado e no rim para produzir o agente ativo 1,25-diidróxicolecalciferol, o que é

importante no metabolismo do cálcio e na formação do tecido ósseo. O tecido

adiposo subcutâneo é um importante estoque de energia na forma de triglicerídeos.

(CARNEIRO, 2004).

A pele tem o papel importante de conservar o calor através dos pelos na

superfície, embora no homem a quantidade de pelos seja menor que nos animais,

contamos também com o tecido adiposo subcutâneo que oferece isolamento

térmico. Através do aumento do fluxo sanguíneo e com a secreção de suor é

possível diminuir a temperatura interna pela superfície da pele, produzindo com a

evaporação do suor um efeito refrescante (YOUNG, 2007).

A pele é o maior órgão sensitivo do corpo, e ao longo de sua superfície, é

possível encontrar uma concentração desigual, uma série de elementos receptores

que respondem a determinados estímulos, que ao enviarem informações para o

sistema nervoso central são devidamente interpretados. Essa função é,

essencialmente, desempenhada pelas ramificações finais dos nervos sensitivos que

se encontram em contato com a pele, com um receptor intimamente ligado a estes

nervos, que cuja constituição permite captar com maior precisão os diversos tipos de

estímulos (FONSECA, 2000).

2.1.2 Epiderme

15

A epiderme (figura2) é constituída por epitélio estratificado pavimentoso

queratinizado, a porção mais profunda da epiderme é constituída de células

epiteliais que se proliferam, para que seja mantida uma quantidade contínua e

necessária. É diferenciada em pele fina e pele espessa, a pele espessa é

encontrada na palma das mãos e na planta dos pés; a pele fina protege todo o resto

do corpo (CARNEIRO, 2004).

Figura 2: Epiderme

Fonte: (Junqueira & Carneiro, 2004).

Seu epitélio é do tipo estratificado pavimentoso queratinizado, sendo que as células mais abundantes nesta região são os queratinócitos. Os queratinócitos, também conhecidos como ceratinócitos, são células diferenciadas que compõem o tecido epitelial e invaginações da epiderme para a derme, como é o caso das unhas e cabelos, responsáveis pela produção de queratina. Outros três tipos celulares também são observados, como os melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel (CARNEIRO, 2004, p. 82).

Os melanócitos são as células que produzem o pigmento chamado melanina,

sendo responsável pela coloração da pele e cor do cabelo. O pigmento ocorre desde

o marrom amarelado até o preto, e considera-se que tenha uma função protetora

contra danos causados pela luz ultravioleta em excesso. Os melanócitos estão

presentes como células esparsas na camada basal da epiderme, sendo mais

numerosos nas áreas mais expostas a luz; por exemplo, em maior quantidade na

face do que nas nádegas (PIERARD, 2000).

Os melanócitos podem ser estimulados para produzir mais melanina, com o

aumento gradual da exposição à luz (YOUNG, 2007).

16

2.1.3 Derme

A derme é o tecido conjuntivo que apoia a epiderme (figura 3), cuja função é

unir a pele ao subcutâneo ou hipoderme. Sua espessura varia de acordo com a

região observada, sendo no máximo, 3 mm na planta do pé. Possui superfície

externa irregular, onde se observam saliências, chamadas papilas dérmicas, que

acompanham as reentrâncias da epiderme. Essas papilas aumentam a área de

contato entre as duas camadas da pele, fortalecendo a união entre ambas, e a

derme é constituída por duas camadas, de limites pouco visíveis, são elas:

(CARNEIRO, 2004).

Figura 3: Derme

Fonte: http://www.vivabiologia.com.br/index. Ph/pele

Camada papilar

Delgada, constituída de tecido conjuntivo frouxo que dá origem às papilas

dérmicas. Estão presentes nessa camada, fibrilas especiais de colágeno,

introduzindo-se na membrana basal de um lado, e de outro, aprofundando-se na

derme (junção dermo-epidérmica). Estas ajudam na fixação da derme à epiderme,

facilitando a nutrição das células da epiderme, através dos vasos sanguíneos

presentes na camada reticular da derme (YOUNG, 2007).

Camada reticular

17

Mais espessa, é formada por tecido conjuntivo denso. Ambas as camadas,

papilar e reticular possuem muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em

parte, pela elasticidade da pele e vasos sanguíneos, nervos, folículos

pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (GUIRRO, 2006).

2.1.4 Hipoderme

A hipoderme (figura 4) é formada por tecido conjuntivo frouxo situado na

região mais profunda da pele, conectando de modo pouco firme a derme aos órgãos

subjacentes, sendo responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas

apoiadas. Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme

possui uma camada formada por células gordurosas (adipócitos), que se

desenvolvida, é nomeada de panículo adiposo. Sendo responsável por modelar o

corpo, ser uma reserva de energia, que propicia proteção contra o frio, sendo que a

gordura funciona como isolante térmico (CARNEIRO, 2004).

Figura 4: Hipoderme (Tela Subcutânea)

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.111).

2.2 Lipodistrofia Ginóide

18

Esteticamente a lipodistrofia ginóide é uma disfunção que atinge 95% das

mulheres, sendo a queixa corporal mais comum nas clínicas dermatológicas. Em

virtude das variadas opções de tratamentos oferecidos, é de suma importância

ressaltar a necessidade de procurar um profissional especializado a fim de receber

orientação adequada sobre os cuidados e tratamentos ideais para cada caso

(STEINER, 2012).

A Lipodistrofia Ginóide é uma disfunção estética definida como uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, não inflamatória seguida de polimerização da substância fundamental que se infiltra nas tramas e produz uma reação fibrótica consecutiva (Badin, Moraes, Roberts III, 1998, p..232).

Essa disfunção ocorre um aumento na espessura dos tecidos subcutâneos,

maior sensibilidade e redução da mobilidade por aderência superficial e profunda,

além disso, ocorrem outras alterações como a hiperviscosidade da substância

fundamental ligada à estase capilovenular e linfática, em consequência

desencadeando a transformação do tecido adiposo em tecido celulítico,

estabelecendo um círculo vicioso (ANDERSON, 1983).

O termo celulite foi utilizado inicialmente por médicos franceses que

descreviam o que acreditavam ser uma forma de gordura localizada que se

acumulava principalmente no corpo das mulheres (STEINER,2012). Mas esse termo

usado à disfunção estética é incorreto, pois a celulite (figura 5) está relacionada a

uma inflamação do tecido celular, normalmente associada com infecção bacteriana,

os termos corretos para designar a disfunção (figura 6) são: fibroedema gelóide

(FEG), lipodistrofia ginóide, paniculose, mesinquematose e lipoesclerose (BADIN,

MORAES,ROBERTS III, 1998; ANDERSSON,1983).

Estudos revelam que a disfunção da Lipodistrofia ginóide, não está ligada

diretamente ao sobre peso, mas o excesso de tecido adiposo agrava o quadro da

lipodistrofia ginóide, e aparece geralmente na porção superior da coxa, interna e

externa, porção interna do joelho, região superior dos braços, anterior e posterior,

região glútea e abdominal (GOLDBERG, 2006).

O hormônio estrogênio é um dos fatores responsáveis pelo agravamento da

Lipodistrofia ginóide, que faz a mulher acumule mais gordura, com o objetivo de

armazenar energia para a gravidez, lactação e desenho da silhueta, a idade é um

fator pré- disponente, sendo que à medida que se envelhece a pele fica flácida, mais

fina, evidenciando a Lipodistrofia ginóide, outros fatores da Lipodistrofia ginóide é a

hereditariedade, maus hábitos alimentares, a falta de atividade física, tabagismo e

19

Figura 5: Celulite infecciosa

Fonte: Celulite infecciosa (vide site)

Figura 6: Lipodistrofia ginóide

Fonte: Fisioterapia Dermato Funcional (Guirro,2004, pág.348).

20

alterações nos processos circulatórios têm papel importante no quadro evolutivo da

lipodistrofia ginóide (KEDE&SABATOVICH, 2003).

No tecido adiposo as células adipócitos são separadas em grupos pelas fibras

ao redor da célula que se ligam à musculatura (figura7). Nas mulheres por essas

fibras serem retas e perpendiculares à pele, permitem que em seu aumento, a

gordura se insinue na pele formando as famosas covinhas de depressões. No

homem essas fibras são obliquas e quando a gordura se acumula é formada para

baixo em direção ao músculo e não em direção à pele como nas mulheres

(CARDOSO, 2002).

Figura 7: Disposição dos septos fibrosos no homem e na mulher

Fonte: http://lucianeferreirafisio.blogspot.com.br/2012/

A parede dos capilares torna-se excessivamente permeável, permitindo que

as células adiposas agrupem-se e fiquem ligadas por fibras de colágeno, dificultando

a circulação sanguínea, provocando o endurecimento e contração dos septos do

tecido conjuntivo, que puxam a pele para baixo, resultando no aspecto irregular da

pele, conhecida como casca de laranja (STEINER, 2012).

As alterações hormonais da menopausa, síndrome pré-menstrual, gravidez e

durante o início do uso da pílula anticoncepcional estão ligados diretamente com a

piora da celulite, atribui-se o agravamento do quadro ao aumento de peso, má

nutrição, quantidade de água ingerida e sedentarismo e no caso da idade, porque é

acompanhado de perda de consistência e tônus do tecido conjuntivo o que torna a

celulite mais visível e intensa (STEINER, 2012).

21

Fatores primários para o aparecimento da lipodistrofia ginóide são: genéticos,

idade, sexo e desiquilíbrio hormonal. E os fatores secundários são: estresse,

tabagismo, sedentarismo, maus hábitos alimentares, distúrbios circulatórios e

excesso de peso. Os distúrbios circulatórios oferecem condições para a instalação

do distúrbio e seu agravamento, tais como, insuficiência venosa, varizes, edema, e a

obesidade devido ao excesso de peso causa a compressão dos vasos sanguíneos e

linfáticos, e dificultando a microcirculação (GUIRRO, 2006).

A celulite é multifatorial, não sendo possível curá-la, tratando-se de uma

alteração progressiva que piora com a idade, mas sendo possível controlar o quadro

e melhorar a sua aparência cutânea, através da interferência nos vários fatores

envolvidos no processo (STEINER, 2012).

Segundo GUIRRO e GUIRRO, esta divisão é feita da seguinte maneira (figura

8).

Figura 8: Graus de lipodistrofia ginóide

Fonte: Moreno, 2017

Grau 1: o paciente não percebe a disfunção, pois trata-se de uma estase

venosa e linfática, ocorrendo muitas vezes hipertrofia das células adiposas, devido

ao acúmulo de lipídeos. Ocorrendo o inundamento do tecido devido à diminuição da

drenagem do líquido intercelular, com a continuidade dessa congestão simples, os

vasos são comprimidos e obrigados a se dilatarem e distender suas paredes,

aumentando a permeabilidade, pressão e congestão, com isso gerando um ciclo

vicioso. Visível apenas na compressão do tecido. A paciente é assintomática e sem

alterações clínicas.

22

Grau 2: essa fase apresenta depressões, ocorrendo uma dilatação

arteriocapilar, o tecido é invadido de compostos de mucopolissacarídeos e

eletrólitos, dissociando as fibras conjuntivas e podendo excitar as terminações

nervosas, ocorrendo o processo doloroso. Depressões visíveis com palidez, baixa

temperatura e diminuição de elasticidade.

Grau 3: fase nodular, forma um arquebouço fibroso que transforma-se em

colágeno, que comprime tecido conjuntivo, artérias e nervos. Acometimento tecidual

visível em qualquer posição (ortostático ou decúbito).

Grau 4: ocorre retração esclerótica, fibrose cicatricial, atrófica e irreversível.

Ao chegar às arteríolas causa endoarterite e periarterite, os nervos são comprimidos

pelas fibroses causando dores. Com as mesmas características do grau três, mas

com nódulos mais palpáveis, visíveis e dolorosos.

2.2.1 Histopatologia

No tecido normal há equilíbrio hidrostático tecidual (figura 9), se ocorrer uma

alteração desse equilíbrio, pode aparecer um edema intersticial, causando um

aumento da pressão capilar, somada a hiperpolimerização da substância

fundamental amorfa, elevando a pressão intersticial, aumentando a permeabilidade

dos vasos, diminuindo o fluxo sanguíneo e circulatório, como consequência ocorre o

aparecimento do edema na derme (BINAZZI, PAPINI, 1983).

Em 1920 definiram o Fibroedema gelóide como uma distrofia celular complexa, não inflamatória do tecido mesenquimatoso, acompanhada de uma alteração do metabolismo hídrico, ocasionando uma saturação do tecido conjuntivo pelos líquidos intersticiais, essa reação seria uma resposta elementar do tecido conjuntivo a toda a agressão que fosse traumática, tóxica, endócrina ou infecciosa (CIPORKIN, PASCHOAL,1992, p. 218).

Aos arredores há sinais de edema e, ocasionalmente, de degeneração

vacuolar, os vasos sanguíneos não mostram características patológicas, mas os

vasos linfáticos da derme superior estão quase sempre visivelmente distendidos. As

células individuais de gordura no tecido subcutâneo aparecem alargadas e os septos

do tecido gorduroso são normais, exibindo, eventualmente o edema (PIERARD,

2000).

23

As fibras elásticas estão diminuídas no plexo subepidérmico e mostram

tendência para o agrupamento de fragmentos nas camadas mais profundas da

derme, os glicosaminoglicanos intercelulares foram identificados como edema

mucoide entre as fibras de colágeno da derme profunda e suas substâncias

mostram maior grau de polimerização na imuno-histoquímica (PIERARD, 2000).

Figura 9: Pele com e sem lipodistrofia ginóide (celulite).

Fonte: http://www.corporalshape.com.br

2.2.2 Métodos de diagnóstico e avaliação

Os métodos de diagnósticos para lipodistrofia ginóide são diversos, desde o

mais simples e baratos, como mensurações antropométricas, até os mais caros e

complexos, como a ressonância nuclear magnética. O método mais utilizado nas

clínicas de estética é a ficha de avaliação completa, com exame físico, composto por

inspeção e palpação, e a perimetria que são analisados o peso e altura (ZWAAN,

1996).

É de grande importância clínica conhecer os possíveis tratamentos já feitos

pela paciente para tratar a lipodistrofia ginóide, a frequência da prática de exercícios

físicos e dieta nutricional. A inspeção deve ser feita na posição ortostática, pois em

decúbito pode mascarar os graus de acometimento do tecido, observa-se na

24

superfície tecidual a presença de furinhos, similar a de casca de laranja, ondulações

e depressões (LEVITZKI, 2004).

A palpação é realizada por dois testes: Teste de Preensão: (figura10) detecta

a sensação dolorosa do tecido acometido, através da tração do tecido entre os dois

dedos (indicador e polegar); Teste casca de Laranja: (figura11) é realizada a

compreensão do tecido adiposo, para verificar sua aparência furinhos de casca de

laranja (LEVITZKI, 2004).

Figura 10: Teste Preensão

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.233)

Figura 11: Teste casca de laranja

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.233)

25

Outros métodos descritos, na avaliação da lipodistrofia ginóide:

(TUCUNDUVA, 2010).

Macrofotografia: método simples envolvendo os custos de material

fotográfico e profissional treinado para obter as fotos, mais o material necessário à

padronização das fotos, como iluminação, posição reprodutível do paciente para

futuras fotos comparativas, fundo e câmera equidistantes do foco em todas as fotos.

Sendo um método limitado por avaliar apenas o aspecto clínico visível das

alterações da celulite, dependendo do profissional habilitado para padronização das

fotos e ser usado com outros métodos (TUCUNDUVA, 2010).

Medidas antropométricas: trata-se de um método objetivo em que as

medidas de peso, altura, circunferências e pregas cutâneas indicam obesidade e

distribuição de gordura corporal; sendo uma medida indireta de celulite,

apresentando falhas já que nem todos com alterações nesses parâmetros

apresentam celulite e mesmo quando há a melhora desses parâmetros isso significa

melhora da celulite (TUCUNDUVA, 2010).

Termografia por anodo: método não invasivo que tem como função avaliar e

classificar a celulite de acordo com a temperatura cutânea, diretamente relacionada

com alterações circulatórias ocasionadas pela disfunção, pode mapear

termicamente o tecido alterado pela celulite e até graduar essa alteração, mas a

umidade e temperatura da sala de exame, bem como alterações inerentes ao

pacientes como exposição solar, febre, ciclo menstrual, tabagismo são levados em

conta, pois podem alterar o resultado do exame (TUCUNDUVA, 2010).

Fluxometria de Doopler por Laser: nesse método serve para se avaliar a

microcirculação tecidual, é aplicado um laser de 632nm e, através de cálculos de

reflexão da radiação desse laser sobre os tecidos e hemácias, pode-se quantificá-la

(TUCUNDUVA, 2010).

2.2.3 Carboxiterapia

Na década de 30 na Itália e na França, a administração do CO2 pela via

cutânea era utilizada terapeuticamente, através da administração percutânea na

forma de banhos "secos" ou submersão da região afetada em água acrescida de gás

carbônico, em tratamentos de feridas, e anos à frente faziam a utilização de câmara

26

de gás, ate chegar à forma de injetável do gás, o que colaborou para a criação das

Sociedades Italiana e Americana de Carboxiterapia, as quais colaboraram com

estudos multicêntricos para a confirmação do método na terapia nas disfunções

estéticas como na Lipodistrofia ginóide (BRANDI, et al, 2001).

Carboxiterapia é uma nova técnica, chegou ao Brasil no início do século 20, o

dióxido de carbono é um gás não tóxico, não embólico e presente no intermediário

do metabolismo celular, com o corpo em repouso é produzido cerca de 40 ml/min de

CO2, com um aumento de até 10 vezes no esforço físico. A técnica é definida como

a administração terapêutica do anidro carbônico (CO2) através de injeção

hipodérmica no tecido subcutâneo diretamente nos locais afetados, com objetivo de

melhorar a vascularização tecidual e aumento da oxigenação e estimulação da

lipólise (BORGES, 2010).

Os especialistas da área afirmam que não há muitas contra indicações e não

existem importantes reações adversas sistêmicas descritas, portanto, é um método

seguro, de fácil execução e amplamente utilizado na Europa, México e EUA (SILVA,

2002; BRANDI et al, 2001, 2004).

Em estudos realizados, investigaram o efeito da Carboxiterapia no tratamento

das irregularidades da pele, nas avaliações histológicas das áreas tratadas, foi

observada a melhora na flacidez cutânea, aumento da espessura da pele, a fratura

na membrana do adipócito e sua preservação total do tecido conectivo, incluindo as

estruturas vasculares e nervosas (BRANDI, et al, 2001,2004).

A injeção do anidro de carbono no corpo causa um aumento da concentração

de dióxido de carbono e diminui a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, pois essa

depende do pH do meio para a liberação de oxigênio. Devido a esse mecanismo,

ocorre um aumento na concentração de oxigênio, aumento da pressão parcial de

oxigênio nas células o que favorece o metabolismo dos tecidos, ocorrendo à quebra

das células gordurosas e melhorando a vascularização da região tecidual,

oxigenação local e ocorre a melhora da disfunção do quadro da lipodistrofia ginóide

(LOPEZ, 2005).

Outro mecanismo a ser citado, é o efeito Bohr, que se trata de uma quedra

direta da membrana adipocitária, dando origem a alteração na curva de dissociação

da hemoglobina com o oxigênio, promovendo assim, uma verdadeira ação lipolítica

oxidativa (PARASSONI; VARLARO, 1997, LOPEZ, 2005, BROCKOW, et al, 2000).

27

A ação lipolítica oxidativa atua na etiologia da celulite, alterando a bioquímica

do interstício (aumento de viscosidade), estase vênulo-capilar com aumento da

oxigenação e quedra do adipócito, ocorrendo a lipogênese e hipertrofia

(PARASSONI; VARLARO, 1997, LOPEZ, 2005, BROCKOW, et al, 2000). Em

consequência ocorrem à distensão do tecido local devido à infusão do gás,

promovendo ativação de barorreceptores, corpúsculos de Golgi e Paccini e a

consequência à liberação de substâncias como catecolamina, histamina e

serotonina atuando em receptores beta-adrenérgicos, que ativa a adenilciclase,

promovendo a quebra dos triglicerídeos (LEGRAND; BARTOLETTI; Pinto, 1999).

O efeito Bohr (figura 12), refere-se ao deslocamento da curva de saturação da

hemoglobina e ao seu aumento da pressão causado pelo aumento de CO2 e íons de

Hidrogênio (H+) (SMITH; BALL, 2004).

Figura 12: Desvio da curva de dissociação da oxiemoglobina para a direita em razão do aumento de

H+, CO2

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.588)

2.2.4 Efeito Bohr

28

Com a disponibilidade de gás carbônico no tecido, o pH torna-se ácido, e

aumenta hemoglobina sendo levada com oxigênio para a circulação sanguínea, a

hemoglobina tem afinidade pelo CO2, ocorrendo à liberação de oxigênio para os

tecidos e o desvio para a direita, melhora a captação do oxigênio nos pulmões, o

gás carbônio, será eliminado pela expiração, facilitando a liberação de oxigênio nos

tecidos, caracterizando o efeito Bohr (BORGES, 2010).

Ao acontecer à redução do pH sanguíneo, devido à carboxiterapia, o meio fica

ácido aumentando a afinidade da hemoglobina pelo CO2, em consequência ocorre

uma separação do O2 ligado à hemoglobina, e aumentando a oxigenação tecidual,

na presença de CO2 e íons H+, a níveis mais altos, caracterizado pela carboxiterapia,

as reações químicas potencializam-se, sendo que essas ocorrem nos interiores dos

eritrócitos, e consequentemente atribui-se o O2 tecidual (BORGES, 2010).O efeito da

PCO2 pode ser atribuído a sua ação sobre a concentração de H+, o desvio para a

direita significa mais descarregamento de O2 a uma dada Po2 em um capilar

tecidual. O músculo quando em exercício é ácido hipercarbico, ele se beneficia com

o descarregamento aumento de O2 dos seus capilares (WEST, 1996, STELLE;

STELLE, 2002).

O fato de a desoxiemoglobina ser um ácido mais fraco que a oxiemoglobina,

isto é, a desoxiemoglobina aceita mais prontamente o íon hidrogênio liberado pela

dissociação do acido carbônico e, consequentemente, permite que mais dióxido de

carbono seja transportado sob a forma de íon bicarbonato. A associação de íons de

hidrogênio com aminoácidos da hemoglobina diminui a afinidade da hemoglobina

pelo oxigênio. Com o aumento da temperatura e da concentração de CO2 que causa

uma alteração estrutural na Hb, que libera mais O2 para o plasma e, com isso para

os tecidos (LEVITZKI, 2004).

O dióxido de carbono dilui-se no plasma e outra parte funde-se para o interior

dos eritrócitos. Uma parte desse dióxido de carbono dissolve-se no citosol, outra

parte forma composto carbomino com a hemoglobina, e outra é hidratada pela

anidrase carbônica formando o ácido carbônico. Em PO2 baixo, encontram-se

quantidades substanciais de desoxiemoglobina, já nos eritrócitos, a

desoxiemoglobina tem capacidade de receber os íons de hidrogênio liberados pela

dissociação do ácido carbônico e pela formação de composto carbomino. Os íons de

hidrogênio são liberados pela dissociação de ácido carbônico e pela formação de

compostos carbomino, ligando-se os resíduos de aminoácidos específicos sobre as

29

cadeias de globina, facilitando a liberação de oxigenação da hemoglobina. Os íons

de bicarbonato misturam-se para fora dos eritrócitos através da membrana celular,

mais prontamente que os íons de hidrogênio. Há uma quantidade maior de íons de

bicarbonato do que de íons de hidrogênio, a neutralidade elétrica é mantida pela

troca de íons de cloreto, por íons de bicarbonato por meio da proteína transportada

de bicarbonato-cloreto, ocorrendo o desvio do cloreto. Pequenas quantidades de

água se movem para o interior da célula mantendo o equilíbrio osmótico (LEVITZHI,

2004).

O efeito Bohr (figura 13) é o principal efeito da carboxiterapia, atuando na

microcirculação vascular do tecido conectivo, promovendo a vasodilatação e o

aumento da drenagem veno-linfática (BROCKOW, et al, 2000).

Figura 13: O Efeito Bohr

Figura 13 – Efeito Bohr nos tecidos. Fonte: Levitzky (2004)

2.2.5 Efeitos fisiologicos

A hemoglobina tem afinidade com a molécula de CO2, a carboxiterapia

disponibiliza o gás carbônico e haverá um desprendimento do O2 a hemoglobina,

30

ocorrendo um aumento da concentração de oxigênio no tecido, quanto mais CO2 nós

disponibilizamos no tecido, mais hemoglobina carreadas com O2 vai chegar pela

circulação sanguínea para os tecidos ocorrendo um aumento da oxigenação

(hiperóxia) no local do tratamento, e ocorrerá à captação da molécula de CO2, que

será eliminada pela expiração, oque caracteriza-se o efeito Bohr que é analisado

pela curva de dissociação as alterações de concentração de CO2 e de H+ (GUYTON

et al.2002).

O transporte de O2 e CO2 pelo sangue depende tanto da difusão quanto da circulação sanguínea, nós temos um equilíbrio na pressão de O2 e CO2 na pele, e ao injetarmos CO2, a pele interpreta que está faltando O2, e dessa forma, o CO2 vai atuar diretamente no miócido das arteríolas, provocando uma vasodilatação local, e concomitantemente uma hiperemia aparece imediatamente após a aplicação de gás, na região onde a concentração de CO2 é maior chegará mais hemoglobina oxigenada, pelo aumento do fluxo sanguíneo, esta hemoglobina liberará O2 e capta CO2 que será eliminado por via respiratória (KAFFER. 2009 p. 509).

A ação bioquímica da infusão do gás pela via subcutânea ocorre uma

distensão do tecido, ativando e liberando substâncias alógenas, como bradicinina,

serotonina, histamina e catecolaminas que atuam os receptores beta-adrenérgicos,

ocorrendo o aumento tissular, onde ocorre a lipólise, quebrando os triglicerídeos

(BRANDI, 2001).

Carbolipolíse, o tecido adiposo é caracterizado pelos adipócitos, para que

ocorra a lipólise a quebra dos triglicerídeos, os mediadores químicos (AMPC)

precisam estar aumentados para que ocorra a ativação da adenilciclase (enzima na

membrana celular) pelos hormônios lipolíticos que são adrenalina e noradrenalina, e

como resultado ocorre à lise da membrana dos adipócitos, quando o fluxo infusão de

CO2 penetra no tecido adiposo promove a lise celular, e ocorrendo a troca por fibras

colágenas e vasos sanguíneos (KAFFER, 2009).

Os efeitos fisiológicos a aplicação ilustrado (figura 14), ocorrendo o estímulo

circulatório sanguíneo, ao aplicar no tecido subcutâneo o gás carbônico, forma-se ao

redor da agulha a hiperemia, devido à lesão provocada pela infusão do gás e pela

agulha, ocorre um estímulo inflamatório, que tem como objetivo cicatrização e reparo

tecidual, ocorrendo à reprodução de vasos sanguíneos, fibroblastos, aumento do

calibre vascular e do fluxo sanguíneo (BORGES, 2010).

2.2.6 Equipamentos

31

Figura 14– Os efeitos fisiológicos a aplicação da carboxiterapia

Fonte: http://www.taniaconde.com.br/7.html

O equipamento (figura 15), que utiliza gás carbônico 99,9% medicinal, trata-se

de um aparelho médico, de primeira geração, com padrões de segurança e de

comercialização com aprovação do FDA (Food and Drug), que é um órgão do

governo dos Estados Unidos, criado em 1862, tem principal função controlar os

alimentos e medicamentos, realizando diversos testes e pesquisas, a FDA aprovou o

aparelho Carbox como uso médico ambulatorial, no Brasil é registrado pela ANVISA

(WORTHINGTON, 2006).

Figura 15: Aparelho de Carboxiterapia

Fonte: http://www.fiscomed.com.br/aparelho-carboxiterapia

32

O uso do aparelho é feito com o uso acoplado de um cilindro de aço ou

alumínio (figura 16), com várias capacidades, por meio do regulador de gás

carbônico, sua capacidade é de 700g até 33 kg. Dentro desse cilindro está o dióxido

de carbono, liquefeito, tendo uma pressão de vapor constante de 60 atm. Não sendo

um gás inflamável (WORTHINGTON, 2006).

Figura 16: Cilindro de aço com regulador de pressão

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.589).

O gás é injetado na pele da paciente através de uma agulha de insulina

(figura 18), acoplada a uma sonda (figura 17) (WORTHINGTON, 2006).

33

Figura 17: Equipo para carboxiterapia com filtro biológico

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.589).

Figura 18: Agulha de insulina 30 G1/2 ou 0,30x13mm

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.589)

2.2.7 Técnica de aplicação

A técnica utilizada para a aplicação de carboxiterapia na lipodistrofia ginóide é

o chamado plano hipodérmico ou subcutâneo (figura 19), introduz a agulha na

camada hipodérmica, inclina-se a agulha em 30o à 45º, e introduz diretamente na

camada adiposa (CARVALHO, 2005). Na clínica é feita a aplicação de fluxo alto, a

partir de 80 ml /min, realizado duas vezes por semana, o volume de acordo com a

sensibilidade da paciente (KAFFER, 2009). Como a aplicação é dolorosa é sugerido

34

ao profissional pinçar a região (figura 20), antes da introdução da agulha (KAFFER,

2009).

Figura 19: Aplicação no plano Hipodérmico 30 a 45 graus inclinação

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.593)

Figura 20: Pinçamento de pele

Fonte: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas (Borges, 2010, p.594).

2.2.8 Tratamento com carboxiterapia

Na consulta inicial, é utilizada uma ficha de avaliação (figura 21), que consiste

de identificação, antecedentes pessoais e hábitos de vida, observando e fazendo

nota do grau e a classificação da Lipodistrofia ginoide apresentada pela participante,

35

e sempre esclarecer qualquer dúvida a respeito do tratamento e possíveis resultados

(RUÍZ, 2011).

A técnica é realizada por meio do aparelho de carbox que controlam o fluxo e

velocidade da aplicação, a qual é realizada através de uma agulha insulina BD 30G

½, ligada a um regulador de pressão oriundo de um cilindro de ferro (RUÌZ, 2011). O

aparelho adequado para a aplicação do método oferece a ministração do fluxo

constante e controlado de gás, proporcionando conforto ao paciente; segurança de

extrema esterilidade do gás, a aplicação da carboxiterapia é realizada através de

micro injeções via subcutânea, com um equipamento que possibilita controlar o fluxo

de gás, a velocidade de evasão é de 80 ml por minuto e o tempo de aplicação é 15 a

20 minutos, o gás necessita ser do tipo medicinal com 99,9% de pureza (RUÌZ, 2011).

A paciente deve estar em posição confortável, sobre a maca, área a ser

tratada deve estar exposta, realiza-se assepsia com algodão embebido com álcool

70% no local de punturas a ser tratado, o profissional deve fazer uso de luvas e

máscaras, as agulhas após termino da aplicação são descartadas em local

adequado (RUÍZ, 2011).

Assim como qualquer procedimento na área da saúde, a carboxiterapia

envolve alguns riscos que não podem ser descartados, os efeitos colaterais,

geralmente se limitam a dores localizadas e a pequenos hematomas provenientes

das punções (RUÍZ, 2011).

2.2.9 Indicação

As principais indicações terapêuticas com dióxido de carbono na área de

dermato-funcional são aplicadas para celulite, rugas, flacidez cutânea, estrias e

gordura localizada, o CO2 melhora a circulação e estimula a produção de colágeno e

de fibras elásticas, podendo também atuar no tratamento de olheiras e no

rejuvenescimento facial (LOPEZ, 2005).

2.2.10 Contraindicação

A carboxiterapia é uma técnica segura, porém devemos atentar para as

seguintes contraindicações: Flebite, Infarto agudo do miocárdio, insuficiência

cardíaca, hipertensão arterial, tromboflebite aguda, gangrena, infecções localizadas,

36

epilepsia, insuficiência respiratória, insuficiência renal e hepática, gravidez e

distúrbios psiquiátricos (SCORZA, 2008).

Os sintomas da carboxiterapia pós-aplicação, são dor local, equimoses,

pequenos hematomas, podendo ocorrer um pequeno aumento da temperatura

devido à velocidade do fluxo limiar do paciente, o CO2 não tem efeitos secundários

na estrutura nervosa e conectiva, pois a quantidade utilizada na aplicação é inferior

a que é produzida no organismo (BRANDI, et al, 2001).

2.2.11 Ficha de avaliação

Figura 21: ficha de avaliação

Fonte: http://clubedasesteticistas.blogspot.com.br

37

Fonte: http://clubedasesteticistas.blogspot.com.br

38

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesse trabalho utilizou-se somente da pesquisa

bibliográfica como fonte de pesquisa, buscando na literatura existente os subsídios

necessários para o entendimento da questão como um todo, sendo utilizado apenas

material produzido por autores que se ocupam do tema, com base em livros e

artigos.

Desta forma, esta pesquisa se justifica pela extrema necessidade de verificar

a questão da utilização do carboxiterapia, como técnica dermato-funcional e seus

pressupostos no tratamento de celulite a partir de uma análise das indicações,

contraindicações e seus efeitos fisiológicos no tecido.

39

4 CONCLUSÃO

Através do desenvolvimento observamos que há uma grande preocupação

com o padrão estético estabelecido pelas mídias, isso ocorre com maior frequência

entre as mulheres, os fatores da lipodistrofia ginoide são multifatoriais, porém se

destaca no sexo feminino por motivos hormonais e estruturais das fibras de

colágeno que estão em paralelo ao tecido da mulher, e quando ocorre à disfunção

essas fibras de colágeno são puxadas para baixo, deixando o tecido com aspecto

casca de laranja, podendo até mesmo levar a um desvio de imagem. As mulheres

sofrem mais com essa imposição silenciosa, levando-as a procurarem diversos

tratamentos estéticos para atingirem o corpo perfeito. Um dos tratamentos mais

procurados é o da Lipodistrofia ginoide, distúrbio que atinge 90% a 95% das

mulheres após a puberdade.

Nos consultórios de dermato-funcional são propostos vários métodos de

tratamento para esse distúrbio, mas por tratar-se de uma disfunção multifatorial, a

carboxiterapia é um método que propõe o tratamento da celulite isoladamente,

porém, depende da contribuição da paciente em relação a seus hábitos alimentares

e atividades físicas para que seu resultado seja alcançado com maior eficácia,

evitando seu reaparecimento.

Concluiu-se que para tratamento da Lipodistrofia ginóide, inicialmente é

necessário uma minuciosa avaliação para conhecimento do caso de cada paciente,

a intervenção com o método de carboxiterapia no tratamento mostrou-se eficaz na

maioria dos estudos, melhorando a estrutura da pele, a circulação local e a

regressão de graus de Lipodistrofia ginóide, porém existe uma necessidade de

estimular as pesquisas randomizadas nesse âmbito, pois a maioria das publicações

encontradas hoje são estudos simples e sem delimitação. Também é importante

realizar estudos, com o uso da carboxiterapia combinada com outros métodos, para

analisar sua potencialização nos resultados.

A Lipodistrofia ginóide deve ser tratada de maneira personalizada com um

programa de tratamento para cada paciente, não existe solução definitiva para a

celulite, mas pode-se conseguir um controle satisfatório a paciente.

40

REFERÊNCIAS

ANDERSON, R.R.: PARRISH, R.R. Selective photothermolysis: precise

microsurgery by selective absorption of pulsed radiation: Editora Science, 1983

Aparelho de carboxiterapia. Disponível em <http://www.fiscomed.com.br/aparelho-

carboxiterapia> Acesso em: 31/10/2017.

BADIN, A.Z.D.; MORAES, L.M.; ROBERTS III, T.L. Rejuvenescimento Facial a

Laser. Rio de Janeiro: Revinter, 1998.

BINAZZI, M.; PAPINI, M. Aspectticlinico histomorfologici. In: Ribuffo, A.,

Baartoletti,C.A., La celulite. Salus,Roma, 1983.

BORGES,F.S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas.2.ed. São

Paulo: Editora Phorte, 2010.

BRANDI, CD et al. Carbon Dioxide Therapy: effects on skin irregularity and its

use as a complement to liposuction. AesthPlastSug, 2004.

BRANDI, C.D, et al. Carbon dioxide therapy in the treatment of localized

adiposities: Clinical study and histopathological correlations. AesthPlastSurg

.p.170-170, 2001.

BROCKOW, T.; HAUSNER, T.; DILLNER, A.; RESCH KL.Evidência clínica do

dióxido de carbono: uma revisão sistemática. J AlternComplement Med. 2000.

CARDOSO, E. (2002). A Síndrome da Celulite. Up to date: 45:48-9.

CARVALHO, Ana Carolina O.; ERAZO, Patrícia; VIANA, Paulo Cezar.

Carboxiterapia: revisão bibliográfica e novas indicações. Sociedade Brasileira

de Cirurgia Plástica Regional de São Paulo, 2006.

CIPORKIN, H.; PASCHOAL, L.H. Atualização terapêutica e fisiopatogênica da

lipodistrofia ginóide (LDH) celulite. Livraria Editora Santos, São Paulo,218p.,1992.

CARVALHO, A. C. O. Carboxitherapy: curso teórico e prático de Carboxiterapia.

Produção: Assista. DVD 2, 2005.

Celulite infecciosa tratamento. Disponível em:

<http://www.mundodastribos.com/celulite-infecciosa-tratamento.html> Acesso em:

18/10/2017.

COSTA, Célia Sampaio. Avaliação citométrica dos adipócitos localizados no

tecido subcutâneo da parede anterior do abdome após infiltração percutânea

de CO2. Rio de Janeiro, 2011.

41

Derme. Disponível em: <http://www.vivabiologia.com.br/index.php/pele> Acesso em:

31/10/2017.

Disposição dos septos fibrosos no homem e na mulher. Disponível em:

<http://lucianeferreirafisio.blogspot.com.br/2012/>. Acesso em: 31/10/2017.

DOMINGUES, Ana C.S.; MACEDO, Carmem S.A.C. Efeito microscópio do

dióxido de carbono na atrofia linear cutânea. Trabalho monográfico.

Universidade da Amazônia, Belém-Pará, 2006.

Ficha de avaliação. Disponível em:<

http://clubedasesteticistas.blogspot.com.br/2013/12/a-importancia-da-ficha-de-

anamnese.htl>. Acesso em: 11/11/2017.

FERREIRA, Lydia M.; SILVA, Edina K.; JAIMOVICH, Carlos A.; CALAZANIS, Denis;

SILVA, Edgard R.; COSAC, Ognev; NADER, Pedro; CORRÊA, Wanda E.M.Y.

Carboxiterapia: buscando evidência para aplicação em cirurgia plástica e

dematologia. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, vol. 27, n° 3, 2012.

FONSECA, Aureliano de et al. Manual da terapêutica dermatológica e. São Paulo:

Roca, 2000.

Formação da Lipodistrofia. Disponível em:<

https://www.nataliejillfitness.com/getting-rid-of-cellulite/>. Acesso em: 31/10/2017.

GOLDBERG, D.J. et al. Laser e Luz. São Paulo: Elsevier,2006. v.1.

GUIRRO, E. e. (2006). Fisioterapia Dermato Funcional. 347-389, 3 edição:

Manole.

HARTMAN, B; BASSENGE, E; HARTMAN, M. Effects of serial percutaneous

application of carbon dioxide in intermittent claudication: results of a

controlled trial.Angiology. v.11, n.48, p. 957-63, nov.1997.

KAFFER, E. N. Carboxiterapia: infusão terapêutica dermatológica de CO2 em

tratamentos capilares, faciais e corporais – novas práticas em Carboxiterapia

capilar, facial e corporal. Produção: Assista DVD 4, 2009)

KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. 1. Ed. São Paulo:

Atheneu, 2003.

LEGRAND, J; BARTOLETTI, C; PINTO, R. Manual Pratico de Medicina Estética,

Buenos Aires, Camaronês, 1999.

LEVITZKY, Michael G. Fisiologia pulmonar. 6.ed. São Paulo: Manole, 2004.

Lipodistrofia genóide. Disponível em: <https://www.nataliejillfitness.com/getting-rid-

of-cellulite/>. Acesso: 31/10/2017.

42

LOPEZ, JC. Carbon Dioxide Therapy. University Hospital of Siena: Italy, 2005.

MADRUGA, Dalvélio de Paiva; FERREIRA, Pedro Eduardo Nader. Realização de

procedimentos de carboxiterapia. Brasília, 2012. (Rosssi, 2000)

MORENO, Márcia. Entenda tudo sobre HLDG (Celulite). Disponível em:

<https://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/celulite/> Acesso: 18/10/2017.

NAKAGAWA, Naomi Kondo; BARNABÉ, Viviani. Fisioterapia do sistema

respiratório. São Paulo: Sarvier, 2006.

NUMBERGER (Numberger F, 1978) F, Muller G. So-called cellulite: an invented

disease. J DermatolSurg Oncol.1978;

PACHECO, TuaneFernandes. Efeitos da carboxiterapia sobre o friboedema-

geloide na região posterior da coxa. Criciúma, 2011.

PARASSONI, L; VARLARO, V. La Carbossiterapia: una metodica in evoluzione.

Riv. La MedicinaEstetica.1997.EditriceSalusInternazionale, Roma.

PIÉRARD (Piérard GE, 2000) GE, Nizet JL, Pierard-Franchimont C. Cellulite: from

standing fat herniation to hypodermal stretch marks. Am J Dermatopathol. 2000

ROBERTS, M. W. Cardiopulmonary responses to intravenous infusion of

soluble and relatively insoluble gases.Surg. Endosc., v.11, p. 341-6, 1997)

ROBINS, (2000). Patologia Estrutural e Funcional. Rio de Janeiro: Guanabara.

ROSSI ABR, Vergnanini AL. Cellulite: a review. J Eur Acad Dermatol. Venereol

2000

ROUSSO, Claire Zuse. Efeitos estéticos da aplicação da carboxiterapia sobre o

tegumento: uma revisão sistemática. Santa Catarina, 2012.

RUÍZ, Jésica A. Cortés. Carboxiterapia, uma alternativa para combatirla

obesidade. Trabalho monográfico. Curso de pós-graduação em Ciências de

Engenharia de Sistemas, México, 2011.

SCORZA, Flavia Acedo. Carboxiterapia: uma revisão. São Paulo, 2008.

SILVA , J.C. Endermoterapia. Ver.Bras.Fis.Dermato-Funcional. Rio de Janeiro.

v.1, p.20-22, 2002.

SMITH, Mandy; BALL, Val. Cardiorrespiratório para fisioterapeutas. London:

Premier, c2004.

SOLÁ, J. E. Manual de Dietoterapia no adulto. 6ed. Atheneu, 2004

STELLE, Paulo Rogério; STELLE, Paulo Rogério. Fisiologia básica aplicada à

fisioterapia. Curitiba, PR: Associação Paranaense de Cultura, 2002.

SOLÁ, J. E. Manual de Dietoterapia no adulto. 6.ed. Atheneu, 2004.

43

STEINER, D. D. (2012). Beleza levada a sério. São Paulo: Rideel.

TORYAMA, T. et al. Effect of artificial carbon dioxide foot bathing on critical

limb ischemia (Fotaine IV) in peripheral arterial disease patients. Int. Angiol.,

v.21, n.4, p.367-73, dec. 2002)

TUCUNDUVA, J. P. (2010). Cellulite a review.SurgCosmetDermatol, 214- 219.

WEST, John B. Fisiologiarespiratória moderna.5.ed São Paulo: Manole, 1996.

WEST, JB. Fisiologia respiratória moderna. Ed Manole, 6ed, São Paulo, 2002; p.

76-80.

WORTHINGTON, A; LOPEZ, J.C. Carboxiterapia – Utilização do CO2 para Fins

Estéticos. In: Yamaguchi C. II Annual Meeting of Aesthethic Procedures. São

Paulo: Santos, p.567-71, 2006.

YAU, P. et al. An experimental study of the effect gas embolism using different

laparoscopy insufflations gases. J. Laporoendosc. Adv. Surg. Tech., v.10, p. 211-

16, 200)

ZWAAN, W. et al. Cabon dioxide as an alternative contrast ediun in peripheral

angiographyrofofortschrgebrontgenstrneuenbildgebverfaahr, v.165, n.2, p.180,

aug. 1996).