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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO FISIOTERAPIA JOSEANE PEIXOTO MARTINS MEIRA SALES TÉCNICAS DE ALONGAMENTO PERINEAL DURANTE A GESTAÇÃO VISANDO A REDUÇÃO NAS TAXAS DE EPISIOTOMIA ITAPETININGA-SP 2018

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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA

INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO

FISIOTERAPIA

JOSEANE PEIXOTO MARTINS MEIRA SALES

TÉCNICAS DE ALONGAMENTO PERINEAL DURANTE A GESTAÇÃO VISANDO

A REDUÇÃO NAS TAXAS DE EPISIOTOMIA

ITAPETININGA-SP

2018

Joseane Peixoto Martins Meira Sales

TÉCNICAS DE ALONGAMENTO PERINEAL DURANTE A GESTAÇÃO VISANDO

A REDUÇÃO NAS TAXAS DE EPISIOTOMIA

Trabalho de conclusão de curso

apresentado à Faculdade Sudoeste

Paulista de Itapetininga-FSP, ao

curso de graduação em Fisioterapia

como requisito parcial para obtenção

do título em bacharel em fisioterapia

Orientadora: Profa. Dra. Aline de

Oliveira Netto

ITAPETININGA-SP

2018

SALES, Joseane Peixoto Martins Meira

TÉCNICAS DE ALONGAMENTO PERINEAL DURANTE A GESTAÇÃO

VISANDO A REDUÇÃO NAS TAXAS DE EPISIOTOMIA / Joseane Peixoto

Martins Meira Sales – Itapetininga, 2018, 29p.

Monografia (Graduação) – FSP – Faculdade Sudoeste Paulista – Fisioterapia

Orientadora: Profa. Dra. Aline de Oliveira Netto

1.Fisioterapia 2.Episiotomia 3.Epi-No 4.Massagem Perineal

Dedico esse trabalho aos meus

pais Solênia e José do Carmo,

com todo amor e gratidão por tudo

que fizeram ao longo da vida por

mim. Ao Léo, por todo o amor e

carinho. E a Madonna, pelas

doses de felicidade diárias que

recebi. Amo vocês imensamente.

AGRADECIMENTOS

Ao universo, o meu muito obrigada.

Mãe e Pai, obrigada por todo o apoio, carinho e amor nesses 23 anos. Eu

amo vocês.

Vó Therezinha, obrigada por essa oportunidade, talvez a senhora não se

lembre, mas sem a senhora nada disso seria possível.

Vó Ivete, obrigada por todo o amor transmitido em forma de palavras e

abraços.

Maria Lourdes, agradeço por todos os abraços amorosos, palavras e cuidado.

Durante esses anos fiz amigos que tenho a felicidade de levar sempre

comigo, Andressa, Bruna, Gabriela, Laura, Camila e Léo, e a todos os outros que

passaram por mim durante esse tempo, obrigada pelas risadas e pela amizade

sensacional.

Léo Vitor, eu não tenho palavras pra te agradecer, você estava presente

quando eu não tinha mais forças. Obrigada por segurar a minha mão, obrigada por

me fazer sorrir todos os dias, obrigada por todos os abraços quentinhos. Eu te amo.

Jéssica Dassi, obrigada por todos os conselhos e apoio quando precisei.

Aline, obrigada por me orientar, por me guiar e por me ajudar. Obrigada pela

troca de receitas vegetarianas.

A todos os meus amigos, vocês sempre foram importantes pra mim.

Aos meus pacientes, que passaram por minhas mãos, sem vocês eu não

chegaria até aqui. Aos meus pacientes que já se encontram com Deus, me sinto

honrada de poder dar um pouco de amor e cuidado a todos vocês. Esse trabalho é

dedicado a vocês também, o meu muito obrigada.

Por fim, o meu muito obrigada a Madonna, minha companheira de estudos,

minha bolinha de pelos, minha felicidade ao chegar em casa, eu amo você minha

pequena gordinha.

Nossa Senhora Aparecida, amém.

Bom Jesus de Iguape, amém.

Meu Deus, amém.

SALES, J. P. M. M. Técnicas de alongamento perineal durante a gestação

visando a redução nas taxas de episiotomia. 29f. Monografia (graduação) –

Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2018.

RESUMO

Introdução: O período gestacional altera todo o organismo feminino e provoca

inúmeras adaptações. Sabe-se que a cabeça fetal é cerca de quatro vezes maior

que o diâmetro do hiato urogenital, o que causa um alongamento excessivo dos

músculos do assoalho pélvico durante partos vaginais. Apesar dessa musculatura

ser naturalmente preparada para isso, podem ocorrer traumas no momento do parto,

como as lacerações espontâneas ou cirúrgicas, conhecidas como episiotomias. A

fim de diminuir as ocorrências de episiotomias existe, como forma de prevenção, a

fisioterapia. Recentemente, uma área de atuação da fisioterapia é a obstétrica e pós-

parto, diminuindo o uso de fármacos e de técnicas lesivas ao assoalho pélvico (AP)

no momento do parto. A fisioterapia dispõe de recursos como o uso da massagem

perineal e do aparelho Epi-No®. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi avaliar a

eficácia de metodologias de alongamento perineal para a redução das episiotomias

e lacerações futuras. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura, empregando

como instrumento de pesquisa sites como PubMed, Scielo, Bireme, Google

Academics, Biblioteca Virtual da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Ministério

da Saúde e capítulos de livros relevantes à pesquisa. Resultado: Como resultado

da pesquisa, foi visto que as técnicas de alongamento perineal com o Epi-No® e a

massagem perineal são pouco estudadas e ainda não foram comparadas.

Conclusão: Conclui-se que há resultados benéficos em ambas as técnicas,

principalmente do aparelho Epi-No® como dilatador perineal, sendo uma boa opção

de prevenção para episiotomias e lacerações perineais.

Palavras-chave: Epi-No®, Episiotomias, Fisioterapia, Massagem perineal.

SALES, J. P. M. M. Perineal stretching techniques during gestation aiming the

reduction of episiotomy rates. 29f. Monography (university graduation) –

Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2018.

ABSTRACT

Introduction: The gestational period alters the whole feminine organism and causes

many adaptations. It is known that the fetal head is about four times bigger than the

urogenital hiatus, which causes an excessive stretching of the pelvic floor muscles

during vaginal delivery. Although this musculature is naturally prepared for that,

traumas can occur during the child’s birth, like spontaneous or surgical lacerations,

known as episiotomies. In order to lower the occurrences of episiotomies, physical

therapy exists as a form of prevention. Recently, the physical therapy in obstetrics

has been a strong occupation area, working specifically in post childbirth, which has

lowered the need of drugs and injurious techniques to the pelvic floor in the moment

of childbirth. Physical therapy has a wide range of resources like the perineal

massage and the electronic device Epi-no®. Objectives: The objective of this study

was to evaluate the efficacy of the perineal stretching methods in the reduction of

episiotomies and future lacerations. Methods: A literature review was performed

using, as research tools, websites like PubMed, Scielo, Bireme, Google academics,

Biblioteca virtual da Saúde, Ministério da Saúde and chapters of relevant books for

the research. Results: As a result of the research, it was found that the perineal

stretching techniques with the Epi-no® and the perineal massage aren’t very well

studied and have not been correlated. Conclusion: It was concluded that there are

beneficial results in both techniques, especially the electronic device Epi-no® as a

perineal dilator, thus being a good option to prevent episiotomies and perineal

lacerations.

Descriptors: Epi-No®, Episiotomy, Physiotherapy, Perineal massage.

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Resultados encontrados em relação ao alongamento perineal com o

aparelho Epi-No® ou com massagem perineal......................................................... 19

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Aparelho Epi-No®...................................................................................... 13

Figura 2 - Massagem perineal................................................................................... 14

Figura 3 - Fluxograma da seleção de artigos............................................................ 17

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 10

2. METODOLOGIA ............................................................................................................................. 16

3. RESULTADOS ............................................................................................................................... 18

4. DISCUSSÃO ................................................................................................................................... 24

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 27

6. REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 28

10

1. INTRODUÇÃO

A descoberta da gravidez é um período de diversas mudanças na vida da

mulher e de sua família. O período gestacional dura em média de 38 a 42 semanas,

alterando todo o organismo feminino e provocando inúmeras adaptações, não

somente corporais, mas também psicológicas, sociais e biológicas (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2014).

Dentre os sistemas que sofrem alterações, podemos citar o genital, que se

modifica logo após a fecundação e assim permanece por todo o período gestacional,

como um fator de adaptação do organismo à gestação. O sistema tegumentar sofre

mudanças vasculares e pigmentares; no urinário ocorre o aumento no tamanho dos

rins, no fluxo plasmático e na taxa de filtração glomerular. No sistema hematológico

há a queda no nível de ferro, por isso a necessidade de suplementação deste

durante o período pré-natal. Ocorre também diminuição na função do sistema

imunológico, levando ao maior aparecimento de doenças. O sistema gastrointestinal

passa por mudanças bem conhecidas, como as náuseas e vômitos nas primeiras

semanas de gestação. No sistema respiratório pode-se observar aumento da caixa

torácica e elevação do diafragma e no sistema cardiovascular aumento do volume

sanguíneo e desvio do coração, que ocorre junto com a elevação do diafragma

(GUYTON, 2006).

O crescimento e desenvolvimento fetal ocorre dentro do útero, órgão

reprodutor feminino, que se mantém apoiado numa rede muscular conhecida como

assoalho pélvico (AP). O AP apresenta a função de promover ação esfincteriana

para a vagina, uretra e reto, além de fazer a sustentação de órgãos internos, como o

útero e bexiga, sendo formado por músculos, fáscias e ligamentos. Essa estrutura

passa a sofrer sobrecargas de maneira constante e progressiva durante o período

gestacional (BARACHO, 2014).

O AP se estende anteriormente do arco púbico até o cóccix, fechando assim a

cavidade inferior da pelve e limita-se pelos ligamentos sacro tuberosos e ramos dos

ossos ísquio e púbis (BARACHO, 2014). O assoalho pélvico possui um diafragma

pélvico que é formado por uma musculatura profunda e superficial. Na porção

profunda encontram-se os músculos levantador do ânus (composto pelos músculos

11

pubococcígeo, puborretal e iliococcígeo), músculo coccígeo, transverso profundo do

períneo, obturador interno, piriforme e esfíncter da uretra. Já na porção superficial

podemos observar os músculos isquiocavernoso, transverso superficial do períneo,

bulbocavernoso e esfíncter do ânus (DANGELO e FATTINI, 2009). O músculo

levantador do ânus tem um aumento de tônus em repouso, devido ao suporte dado

aos órgãos pélvicos, sendo capaz de relaxar durante a eliminação de urina e fezes

e, nas mulheres, tem uma capacidade grande de se estender para permitir a

passagem da cabeça do feto durante o parto normal (KRUGER, 2017).

Durante a gestação há a presença de novos hormônios; um deles, a relaxina,

promove o aumento da flexibilidade das articulações sacroilíacas e da sínfise púbica,

com isso, a pelve sofre alterações biomecânicas que, juntamente com o crescimento

do útero, geram grande sobrecarga no AP, ocasionando uma fraqueza da

musculatura pélvica (PETRICELLI, 2013).

Sabe-se que a cabeça fetal é cerca de quatro vezes maior que o diâmetro do

hiato urogenital, o que causa um alongamento excessivo dos músculos do assoalho

pélvico durante partos vaginais. Apesar dessa musculatura ser naturalmente

preparada para isso, podem ocorrer traumas no momento do parto, como as

lacerações espontâneas ou cirúrgicas, conhecidas como episiotomias (BARACHO,

2014).

Com o receio de ocorrer tais traumas, a escolha entre a cesárea e o parto

normal se torna um questionamento entre muitas mulheres. O parto cesáreo, por ser

uma cirurgia, normalmente é indicado quando necessário, devido a complicações no

parto ou posição do feto no útero. Já o parto normal é visto como algo natural que

através dos séculos vem sendo apontado como benéfico, já que cria um vínculo

mãe-bebê desde o princípio (VELHO, 2014).

No Brasil, em 2015, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca

de 59,8% dos partos foram normais e 40,2% foram partos cesários. Acredita-se que,

em 2016, o percentual se manteve com pouca diferença. Já em 2017, o Ministério da

Saúde relata que ocorreram um total de 2,7 milhões de partos no Brasil, sendo

58,1% de partos normais e 41,9% de cesarianas, apenas no sistema público de

saúde (MINISTERIO DA SAÚDE, 2018).

Apesar das estatísticas do sistema público de saúde demonstrarem maior

ocorrência de partos normais, ainda é grande o receio das gestantes em relação a

12

este tipo de parto, por envolver desde a fraqueza da musculatura até o medo de

lacerações perineais graves como a episiotomia (COSTA e SILVA, 2014).

A episiotomia é um corte cirúrgico que aumenta o tamanho do canal vaginal

na hora do parto ou do segundo estágio do parto para a saída do bebê. A

episiotomia pode ser necessária no momento do parto caso não haja dilatação

suficiente; porém, quando usada, causa um trauma perineal muito grande, já que

existem vários métodos de cortes dessa técnica (KALIS, 2012).

A literatura aborda diversas modalidades de episiotomias que são utilizadas

na prática clínica. São elas: a episiotomia mediana, uma incisão que abrange

metade do comprimento do períneo, e a episiotomia mediana modificada, que é

usada de modo a não causar risco de lesão anal; na episiotomia em forma de ‘J’,

como o nome já diz, é realizado um corte curvado como um ‘J’ evitando o esfíncter

anal; na episiotomia mediolateral, que é a mais usada e reconhecida

internacionalmente, é realizado um corte lateral a partir da vagina direcionado para

longe do reto; a episiotomia lateral radical é considerada uma incisão não obstétrica,

em que é feito um corte profundo que pode ferir a vagina e o ânus, sendo utilizada

em partos onde há grandes complicações; por último, a episiotomia anterior, que tem

um corte realizado superiormente, a incisão passando pelos pequenos lábios e

clitóris, podendo ser associada a outro tipo de episiotomia (KALIS, 2012).

O uso da episiotomia é, portanto, a principal problemática relacionada com as

disfunções músculo pélvicas (PHILIPPINI, 2017). Com a integridade das fibras

musculares afetada pela lesão, a musculatura do assoalho pélvico perde força de

contratilidade, necessária no suporte das estruturas pélvicas e na integridade

esfincteriana uretral e anal. A lesão provocada pela episiotomia, além de gerar o

enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, pode causar transtornos a

longo prazo, como a incontinência urinária (IU) e fecal, dor perineal e dispareunia.

Esses transtornos geram uma qualidade de vida negativa para as mulheres

(KARAÇAN, 2012).

Sabe-se que a integridade muscular do assoalho pélvico é de extrema

importância na prevenção de tais disfunções. A prática da episiotomia pode ser

associada a lesões perineais que podem ser classificadas como: 1° grau (lesão da

mucosa), 2° grau (lesão da musculatura perineal, mas não do esfíncter anal), 3°grau

lesão do complexo esfincteriano anal) e 4° grau (lesão do complexo esfincteriano

13

anal e mucosa retal). Lacerações de 1° e 2° graus ocorrem mais frequentemente, já

as de 3° e 4° graus ocorrem em menor intensidade, mas todas são fatores

agravantes para a incontinência anal (IA), gerando assim um risco ainda maior para

a mulher que sofre episiotomia (BARACHO, 2018).

A fim de diminuir as ocorrências de episiotomias, existe, como forma de

prevenção, a fisioterapia. Recentemente, uma área de atuação da fisioterapia é a

obstétrica, que tem grande importância na preparação do AP no período pré e pós-

parto, diminuindo o uso de fármacos e de técnicas lesivas ao AP no momento do

parto (CANESIN, 2010). A fisioterapia dispõe de recursos como o uso da massagem

perineal e do aparelho Epi-No® (PEREIRA, 2015).

O Epi-No® é um aparelho de origem alemã; seu nome significa episiotomia

não ou “episio no” em inglês. Ele ainda é pouco conhecido, porém, tem grande

importância, já que sua função é alongar os músculos vaginais e perineais,

diminuindo o tempo do trabalho de parto e aparecimento de traumas perineais no

momento do parto. Composto por um balão inflável em forma de oito e uma bomba

manual que controla gradualmente o seu tamanho, ele pode ser utilizado para

alongar a musculatura perineal e/ou treinar o momento de expulsão do bebê

(PEREIRA, 2015). A utilização do aparelho Epi-No® deve ser orientada por um

profissional, já que a musculatura do assoalho pélvico é mais sensível do que as

demais, focando-se, assim, na necessidade de cada paciente (Epi-No®, 2018).

Figura 1 - Aparelho Epi-No®.

Fonte: Site Epi-No®, 2018.

14

A massagem perineal, outra técnica fisioterapêutica, ainda é pouco divulgada

e conhecida no Brasil; já em países desenvolvidos, estudam-se os seus benefícios

no alongamento perineal. A técnica é utilizada para a redução do trauma perineal, já

que seu objetivo é o relaxamento muscular do períneo, possibilitando assim o

alongamento muscular antes e durante o trabalho de parto, proporcionando à

gestante um parto sem lesões agressivas e um tempo reduzido do trabalho de parto.

A massagem perineal pode ser realizada pela própria mulher, companheiro/a ou

terapeuta. É realizada de maneira simples, utilizando os dedos indicadores ou

polegares de ambas as mãos. Os dedos são colocados na vagina e devem-se

realizar movimentos em formato de “U” de forma rítmica, realizando o alongamento

do períneo. A massagem pode ser adaptada a cada paciente, mas sempre

mantendo o seu objetivo; já sua duração deve ser determinada pelo terapeuta

(MARCELINO, 2009).

Figura 2 – Massagem perineal.

Fonte: BARACHO, 2018, p. 167

15

Tendo em vista a preocupação das mulheres com lacerações perineais

durante o trabalho de parto e o “medo” do parto vaginal, observamos a importância

de preparar a musculatura do assoalho pélvico para o parto; assim, o objetivo deste

trabalho foi avaliar a eficácia de metodologias de alongamento perineal para a

redução das episiotomias e lacerações futuras.

16

2. METODOLOGIA

Foi realizada uma revisão de literatura, iniciada em agosto de 2017 e

finalizada em agosto de 2018, empregando como instrumento de pesquisa sites

como PubMed, Scielo, Bireme, Google Academics, Biblioteca Virtual da Saúde,

Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde.

Foram incluídos os artigos que abordavam o tema alongamento perineal com

o aparelho Epi-No® e/ou com massagem perineal publicados no período relativo aos

últimos 28 anos. O critério de exclusão foi publicações que não se encaixavam no

contexto, que abordavam a massagem perineal e/ou o aparelho Epi-No® como

formas de fortalecimento perineal, que focavam em incontinência urinaria, que não

se enquadravam no período de tempo proposto ou quando a massagem perineal foi

realizada no momento do parto e não como forma de prevenção. Foi dada

preferência para as publicações em português, inglês e espanhol.

As palavras-chaves utilizadas foram: Physical Therapy, Pelvic Floor, Pelvic

Pain, Perineum, Massage Perineal, Epi-No, Episiotomy, Physiotherapy, Delivery,

Normal Birth, Cesarean Delivery e Time of Birth.

O fluxograma para a seleção dos artigos é apresentado na Figura 3.

17

Figura 3. Fluxograma da seleção de artigos

Descritores

“Physiotherapy”, “Physical Therapy”, “Pelvic Floor”, “Pelvic Pain”, “Perineum”,

“Massage Perineal”, “Epi-No”, “Episiotomy”, “Delivery”, “Normal Birth”,

“Cesarean Delivery” e “Time of Birth.”

PubMed

N = 842

Bireme

N = 2

BVS

N = 6

Google Academic

N = 432

Scielo

N = 596

Artigos analisados

N = 1878

Artigos analisados na integra

1990 - 2018

N = 35

Artigos excluídos

N = 29

Artigos selecionados

N = 6

18

3. RESULTADOS

Inicialmente, a pesquisa obteve 1.878 artigos, que foram analisados pelo

título, 35 foram analisados integralmente por serem adequados ao tema. Ao final da

busca e leitura completa foram utilizados seis artigos para a escrita do trabalho.

Dos artigos selecionados, quatro abordavam o uso da técnica fisioterápica de

alongamento perineal com o aparelho Epi-No® e os outros dois abordavam o uso da

massagem perineal para a prática de alongamento dos músculos do assoalho

pélvico. Vale ressaltar que nenhum dos artigos encontrados apresentou a

comparação entre as duas técnicas. Os resultados são apresentados no Quadro 1.

19

Quadro 1. Resultados encontrados em relação ao alongamento perineal com o aparelho Epi-No® ou com massagem perineal.

AUTOR/ANO TIPO DE

ESTUDO

TÍTULO OBJETIVO INTERVENÇÃO E

POPULAÇÃO

RESULTADOS

Shipman et al.,

1997

Ensaio clínico

randomizado

Antenatal perineal

massage and

subsequent perineal

outcomes: a

randomised

controlled trial.

Estudar os efeitos da

massagem perineal

pré-natal e seus

resultados após o

parto.

Estudo realizado com

nulíparas (n=1687).

Foi pedido que

realizassem a

massagem perineal

de 3 a 4 vezes por

semana durante 4

minutos.

Começando 6

semanas antes da

data prevista do

parto.

Houve uma redução

de lacerações de 2° e

3° grau e de

episiotomias em

mulheres com 30

anos ou mais.

Labrecque et al.,

2001

Estudo

observacional

Women's views on

the practice of

prenatal perineal

massage.

Determinar como as

mulheres que

realizaram a

massagem avaliam

os benefícios da

Estudo realizado com

684 mulheres.

A massagem perineal

foi realizada pelas

próprias gestantes

Normalmente 40%

das mulheres

primíparas sofrem

episiotomia. Com a

massagem perineal

20

técnica. que podiam pedir

ajuda ao parceiro se

necessário.

Realizada de cinco a

10 minutos diários no

período de 34-35

semanas de

gestação até o parto.

houve melhora desse

quadro, aumentando

de 15% para 24% a

taxa de períneos

intacto.

Hillebrenner et al.,

2001

Estudo

prospectivo

First clinical

experiences with the

new birth

trainer Epi-No® in

primiparous women.

Avaliar a eficácia de

um dilatador vaginal

(EPI-No ®) em evitar

episiotomia e em

melhorar o resultado

fetal.

Estudo realizado com

45 gestantes

primíparas. Instrução

de utilizar o Epi-No®

por no mínimo 10

minutos a partir da

38ª semana de

gravidez. A utilização

do aparelho foi

realizada pelas

próprias gestantes.

Houve redução na

taxa de episiotomia

nas mulheres que

realizaram o

alongamento perineal

com o aparelho Epi-

No®. Apenas 49%

das mulheres do

grupo Epi-No®

apresentaram

episiotomia,

considerando que a

21

taxa de episiotomia

em mulheres sem

Epi-No® foi de 82%.

A taxa de traumas

perineais de 1° e 2°

grau também foi

reduzida à metade.

Kovacs et al., 2004 Estudo piloto First Australian trial of

the birth-training

device Epi-No®: A

highly

significantly

increased chance of

an intact perineum.

Realizar um estudo

piloto do primeiro uso

do dispositivo de

treinamento de parto

Epi-No® na Austrália

para mulheres

primíparas.

Foram avaliadas 39

gestantes.

As gestantes foram

instruídas a utilizar o

Epi-No® durante 15

minutos por dia por

um período de 14

dias consecutivos.

A prática ocorreu

entre a 37ª semana

até o parto.

As mulheres

apresentaram

aumento na taxa de

períneos intactos

após o parto vaginal,

comprovado pela

redução de traumas

perineais e baixa

utilização da

episiotomia.

Kok J et al., 2004 Estudo Antenatal use of a Estudar o uso, a Estudo realizado com Primíparas que

22

prospectivo novel vaginal birth

training device by

term primiparous

women in Singapore.

segurança e a

eficácia de um novo

dispositivo de

treinamento perineal

(EPI-NO®) na fase

pré-natal de mulheres

primíparas.

31 gestantes de

origem asiática.

As gestantes foram

instruídas sobre o

uso do dispositivo

Epi-No® a partir de

37 semanas.

A técnica deveria ser

realizada em até no

máximo 15 minutos

por dia, até o parto.

passaram pelo parto

vaginal e utilizaram o

aparelho Epi-No®

durante a gestação

apresentaram uma

taxa de episiotomia

menor quando

comparadas com as

primíparas que

passaram pelo parto

vaginal mas sem a

prática com o Epi-

No®, embora a taxa

de trauma perineal

não diferiu entre os

casos.

23

Ruckhäberle et al.,

2009

Ensaio clínico

prospective

randomizado

Prospective

randomised

multicentre trial with

the birth trainer

Epi-No® for the

prevention of perineal

trauma.

Verificar os

resultados

preliminares com Epi-

No® em um estudo

prospectivo

randomizado.

A população

estudada foi de 135

gestantes treinadas

com Epi-No® e 137

gestantes sem o Epi-

No®. As participantes

do grupo de estudo

foram instruídas

quanto a técnica de

alongamento perineal

com o aparelho Epi-

No® pelo médico do

estudo. A prática foi

realizada por no

mínimo 15 minutos

de treinamento diário

devendo começar

com 37 semanas de

gestação.

Após o treinamento

com Epi-No® foi

observado um

aumento significativo

na incidência de

períneo intacto e uma

tendência para taxas

mais baixas de

episiotomia.

24

4. DISCUSSÃO

Após observar os altos índices de mulheres que sofrem lacerações perineais

e episiotomias por alongamento perineal insuficiente no momento do parto, foi

realizada a pesquisa visando encontrar métodos fisioterapêuticos que previnam tais

lesões, os estudos apresentados abordam técnicas fisioterapêuticas como a

massagem perineal e o uso do aparelho Epi-No® como instrumentos para o

alongamento perineal.

O primeiro estudo registrado em gestantes com uso do aparelho Epi-No®

como intervenção dilatadora foi realizado por Hillebrenner et al. (2001). Tal estudo

teve o objetivo de avaliar a queda do número de episiotomias através da utilização

de um novo aparelho. Os autores verificaram uma redução de 33% na taxa de lesão

perineal cirúrgica e foi possível observar que há uma grande vantagem do uso do

Epi-No® como dilatador vaginal durante a gestação, para a diminuição de

episiotomias durante o trabalho de parto.

Baseado no estudo de Hillebrenner et al. (2001), Kok et al. (2004) realizaram

um estudo com 31 gestantes de origem asiática utilizando o Epi-No® como

intervenção fisioterápica. O resultado apresentado foi uma diminuição na taxa de

episiotomia, mas sem diminuição da taxa de trauma perineal, o que pode ter

ocorrido por conta da etnia das mulheres envolvidas nesse estudo; o autor destaca

que a estatura das mulheres asiáticas comparada com o tamanho do bebê tem

grande influência no resultado, já que há uma grande taxa de obesidade e diabetes

na população de algumas cidades, ocorrendo assim uma gravidez onde o bebê

tende a nascer maior ou com sobrepeso; também relata que a elasticidade perineal

em mulheres asiáticas tem diferença quando comparadas a mulheres brancas e

negras. Além desses fatores étnicos, a população feminina se mostrou pouco

disposta a realizar o estudo, uma vez que a técnica é invasiva e muitas delas

demonstraram receio de afetar a gravidez, estando assim pouco a vontade com a

técnica e estudo. O autor sugere que sejam feitos mais estudos visando o bem-estar

materno na diminuição da episiotomia e lacerações perineais.

Kovacs et al. (2004) realizaram um estudo com mulheres australianas usando

o Epi-No®, pesquisa que também foi baseada no estudo de Hillebrenner et al.

25

(2001). Foram avaliadas 39 gestantes e foi observado que houve aumento da taxa

de períneos intactos, diminuição da taxa de traumas perineais, mas não houve

diminuição da taxa de episiotomias, talvez porque o peso médio dos bebês nascidos

seja mais do que 3kg, levando, assim o obstetra a optar por realizar a episiotomia

pelo tamanha do bebê nascido. O autor relata que, apesar de não ter avaliado isso,

as mulheres relataram que houve mais confiança no momento de expulsão do feto,

sendo um resultado subjetivo, não estando relacionado com o estudo.

Ruckhäberle et al. (2009), estudaram 135 gestantes que utilizaram o Epi-No®

e os dados apresentaram que o aparelho de alongamento perineal diminuiu a taxa

de episiotomia e ocorreu uma maior incidência de integridade perineal. A baixa

amostra populacional pode ter sido o motivo do estudo não ter sido mais significante,

já que seu cálculo inicial foi feito para 450 pacientes. Houve também um grande

preconceito dos obstetras e das parteiras, já que na Alemanha a maioria dos partos

é realizada por parteiras especializadas. O autor destaca o fato das parteiras terem

métodos próprios de alongamento e relaxamento perineal, visando a integridade

perineal da gestante; tais manobras e técnicas utilizadas podem ter interferido no

resultado final, já que não podiam ser previstas e controladas. Após comparação dos

estudos anteriores os autores sugerem o uso da massagem perineal associada com

o uso do Epi-No®.

Um dos primeiros estudos realizados sobre os benefícios que a massagem

perineal pode gerar no assoalho pélvico foi de Shipman et al. (1997). Os autores

realizaram uma pesquisa com 1.687 gestantes nulíparas, a fim de verificar o

resultado da massagem perineal após o parto. Os resultados foram satisfatórios em

relação à redução de lacerações perineais de 2° e 3° graus e na redução de

episiotomias em mulheres com 30 anos ou mais. Tal resultado deve ser avaliado,

mas acredita-se que seja por que mulheres com mais de 30 anos tenham uma

menor elasticidade perineal e por isso o resultado tende a ser mais positivo nessa

população.

Labrecque et al. (2001), executaram um estudo onde a massagem perineal foi

a intervenção para prevenir o trauma perineal e manter a integridade do períneo. Foi

verificado um aumento na taxa de períneo intacto de 15% para 24% e uma

diminuição das taxas de episiotomia. Já em mulheres que estão passando pela

segunda gestação, a massagem perineal não teve melhora ou alteração do períneo

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intacto. Pelo fato de grande parte das gestantes não realizarem a massagem

perineal, não foi possível verificar uma maior diminuição das taxas apresentadas. A

necessidade de informar as gestantes, profissionais e parceiros sobre os benefícios

da massagem perineal também foi visto como necessária, já que ainda se tem muito

preconceito e desinformação sobre o método.

A literatura aponta que o uso do Epi-No® (Ruckhäberle et al., 2009) e da

massagem perineal (Labrecque et al., 2001) são seguros para a mãe e para o bebê,

sendo de fácil utilização e indicação. Além disso, autores sugerem o uso da

massagem perineal em conjunto com o Epi-No® para um melhor resultado

(Ruckhäberle et al., 2009).

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5. CONCLUSÃO

A pesquisa foi crucial na identificação de uma literatura ainda escassa sobre o

tema proposto. Foi possível perceber a falta de estudos realizados por

fisioterapeutas em relação às técnicas de alongamento perineal, até mesmo sobre a

preservação do assoalho pélvico durante o parto. O maior motivo de falta de

pesquisas talvez seja o desconhecimento da população sobre os benefícios que tais

técnicas podem trazer no momento do parto, além do grande preconceito, medo e

receio das gestantes em realizar as técnicas, que, por mais que sejam minimamente

invasivas, ainda causam incômodos e desconfortos. A literatura ainda é carente em

relação à massagem perineal antes do parto como tratamento preventivo de lesões

e episiotomias e a comparação entre as duas técnicas de alongamento perineal

ainda não foi estudada; cabe ressaltar a importância do tema para pesquisas

futuras. Apesar de poucos estudos, foi possível observar os resultados benéficos de

ambas as técnicas, principalmente do aparelho Epi-No® como dilatador perineal,

sendo uma boa opção de prevenção para episiotomias e lacerações perineais.

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6. REFERÊNCIAS

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