faculdade sudoeste paulista instituiÇÃo chaddad de...

31
FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO S/C LTDA. BIOMEDICINA CAROLINE SOUZA DOS SANTOS ASPECTOS GERAIS SOBRE O LINFOMA NÃO - HODGKIN DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B UMA REVISÃO DE LITERATURA ITAPETININGA SP 2017

Upload: others

Post on 29-Jun-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA

INSTITUIÇÃO CHADDAD DE ENSINO S/C LTDA.

BIOMEDICINA

CAROLINE SOUZA DOS SANTOS

ASPECTOS GERAIS SOBRE O LINFOMA NÃO - HODGKIN DIFUSO DE

GRANDES CÉLULAS B – UMA REVISÃO DE LITERATURA

ITAPETININGA – SP

2017

Page 2: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

CAROLINE SOUZA DOS SANTOS

ASPECTOS GERAIS SOBRE O LINFOMA NÃO - HODGKIN DIFUSO DE

GRANDES CÉLULAS B – UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Sudoeste Paulista de Itapetininga- FSP- ao curso de graduação em Biomedicina como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Biomedicina

Orientador: Prof.º Dr. Thiago de Souza

Candido

ITAPETININGA – SP

2017

Page 3: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

SANTOS, Caroline Souza

Aspectos gerais sobre o linfoma difuso de grandes células B / Caroline Souza dos

Santos – Itapetininga-SP 2017, 30 p.

Trabalho de conclusão de curso – FSP – Faculdade Sudoeste Paulista - Curso de

Biomedicina

Orientador Profº Dr Thiago de Souza Candido

1. (Linfoma difuso de grandes células B) 2. (Linfoma de Hodgkin) 3. (Linfoma não

Hodgkin) 4.(Estadiamento)

Page 4: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

CAROLINE SOUZA DOS SANTOS

ASPECTOS GERAIS SOBRE O LINFOMA NÃO - HODGKIN DIFUSO DE

GRANDES CÉLULAS B – UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade Sudoeste Paulista de

Itapetininga- FSP- ao curso de graduação em Biomedicina como requisito parcial

para a obtenção do título de bacharel em Biomedicina.

Orientador: Prof.º Dr. Thiago de Souza Candido

BANCA EXAMINADORA

________________________________________

Prof.º Orientador Dr. Thiago de Souza Candido

________________________________________

Profª. Ms. Lígia Maria Micai Gomide

________________________________________

Prof.ª Ms. Vanessa Kitizo Venturelli

Itapetininga, 06 de Dezembro de 2017

Page 5: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

SANTOS, Caroline S. ASPECTOS GERAIS SOBRE O LINFOMA NÃO - HODGKIN

DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS B – UMA BREVE REVISÃO DE LITERATURA.

30 f. Monografia – Faculdade Sudoeste Paulista, Itapetininga, 2017.

RESUMO

O presente trabalho trata-se do Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB), que se refere a um subtipo da classe de Linfoma Não Hodgkin, que por sua vez é caracterizado por neoplasias malignas de células linfoides que encontram-se presentes no sistema linfático, proveniente em alguns casos nos gânglios ou linfonodos. Os linfócitos que apresentam alterações genéticas crescem de forma descontrolada, sofrem inúmeras divisões podendo disseminar-se para outras partes do corpo. A avaliação do LDGCB é baseada também no sistema de Ann Arbor, que utiliza um método de suma importância para a escolha no estadiamento desses pacientes, descrevendo os níveis de disseminação e envolvimento de órgãos acometidos. Utiliza-se o Índice de Prognóstico Internacional para a estratificação prognóstica, inserindo os seguintes fatores: idade, estadiamento de Ann Arbor, estado de performance, valores de desidrogenase lática sérica e número de sítios extranodais. Os LDGCB podem ser curados em torno de metade dos pacientes, mas, o estágio da doença e a pontuação (IPI) podem ter uma grande influência nesses resultados. A maior evolução no tratamento desses pacientes, desde o início do esquema CHOP (Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona), foi à introdução do anticorpo monoclonal Rituximab aos esquemas de poliquimioterapia, principalmente em pacientes com a doença avançada. O objetivo geral dessa revisão é proporcionar conhecimentos sobre o Linfoma Difuso de Grandes Células B, visando um melhor entendimento sobre a doença. Foi concluído que esta revisão bibliográfica contribuiu para o reconhecimento do LDGCB e suas principais características, possibilitando um entendimento prévio sobre a neoplasia para alcançar maior probabilidade de cura quando diagnosticada precocemente. Palavras-chave: Linfoma Difuso de Grandes Células B. Linfoma de Hodgkin.

Linfoma Não-Hodgkin. Estadiamento.

Page 6: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

SANTOS, Caroline S. GENERAL ASPECTS ON NON - HODGKIN LYMPHOMA DIFFUSION OF LARGE CELLS B - A BRIEF REVIEW OF LITERATURE 30 p. Monography - Southwestern College of São Paulo, Itapetininga, 2017

ABSTRACT

The present work deals with Diffuse Large B Cell Lymphoma (LDGCB), which refers to a subtype of the class of Non-Hodgkin's Lymphoma, which in turn is characterized by malignant lymphoid cell neoplasms that are present in the lymphatic system , originating in some cases in the ganglia or lymph nodes. Lymphocytes that have genetic alterations grow uncontrollably, suffer numerous divisions and can spread to other parts of the body. The LDGCB evaluation is also based on the Ann Arbor system, which uses a method of paramount importance in the staging of these patients, describing the levels of dissemination and involvement of affected organs. The International Prognostic Index for prognostic stratification is used, with the following factors: age, Ann Arbor staging, performance status, serum lactate dehydrogenase and number of extranodal sites. LDGCB can be cured in about half of the patients, but the stage of disease and punctuation (IPI) can have a great influence on these results. The highest evolution in the treatment of these patients, from the beginning of the CHOP (Cyclophosphamide, Doxorubicin, Vincristine and Prednisone) scheme, was the introduction of the monoclonal antibody Rituximab to the polychemotherapy regimens, mainly in patients with advanced disease. The general objective of this review is to provide knowledge about Diffuse Lymphoma of Large B Cells, aiming at a better understanding about the disease. It was concluded that this literature review contributed to the recognition of LDGCB and its main characteristics, allowing a prior understanding about the neoplasm to reach a higher probability of cure when diagnosed early.

Keywords: Diffuse Large B-Cell Lymphoma. Hodgkin's lymphoma. Non-Hodgkin's Lymphoma. Staging.

Page 7: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Tipos de crescimento celular ...................................................................... 13

Figura 2 Células de Reed-Sternberg típicas do Linfoma de Hodgkin. ...................... 15

Figura 3 Células de Reed-Sternberg típicas do Linfoma de Hodgkin ....................... 16

Figura 4 Células de Reed-Sternberg, características do Linfoma de Hodgkin .......... 16

Figura 5. Morfologia das células do Linfoma Difuso de Grandes Células B .............. 20

Figura 6 Regiões envolvidas no linfoma de acordo com o Sistema de estadiamento

de Ann Arbor. ........................................................................................................... 21

Page 8: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABC = Ativated B-cell-like

ABRALE = Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia

ANVISA= Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BM2 = Beta 2 Microglobulina

CHOP = Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona

DNA = Ácido Desoxirribonucléico

GCB = Germinal type B-like.

IgG = Imunoglobulina G

INCA = Instituto Nacional de Câncer

IPI = Índice de Prognóstico Internacional

LH = Linfoma de Hodgkin

LNH= Linfoma Não Hodgkin

LDH = Desidrogenase Lática

NCBI = National Center for Biotechnology Information

NK = Natural Killer

RC = Remissão Completa

R-CHOP = Rituximab, Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona

RS = Célula de Reed-Sternberg

SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida

SNC = Sistema nervoso central

Page 9: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9

2 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 12

2.1 Sistema Linfático ............................................................................................. 12

2.2 Neoplasias ........................................................................................................ 12

2.3 Linfomas ........................................................................................................... 14

2.3.1 Linfomas de Hodgkin e Linfomas não Hodgkin ............................................... 15

2.3.2 Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB). ............................................ 17

2.3.3 Sinais e Sintomas ........................................................................................... 18

2.3.4 Curso clínico e prognóstico. ............................................................................ 19

2.3.5 Principais morfologias das células do Linfoma Difuso de Grandes Células B .. 19

2.3.6 Estadiamento do LH e LNH (LDGCB) ............................................................. 20

2.3.7 Diagnóstico do LDGCB ................................................................................... 21

2.3.8 Índice de Prognóstico Internacional (IPI) ......................................................... 23

2.3.9 Tratamento do LDGCB .................................................................................... 23

3 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 26

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 27

Page 10: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

9

1 INTRODUÇÃO

O tecido linfoide também conhecido como sistema linfático é um componente

do sistema imunológico de suma importância na manutenção da defesa do nosso

organismo contra patógenos, nele encontram-se os linfonodos repleto

principalmente de linfócitos sendo este um aliado na resposta imunológica do

organismo humano (MARTÍNEZ; ALVAREZ-MON, 1999; CRUVINEL et al., 2010).

Os linfomas são neoplasias do tecido linfoide que podem levar a óbito em

alguns dias se não forem tratados adequadamente. Esta neoplasia está relacionada

a um grupo de doenças malignas clonais que participam de mutações somáticas de

um linfócito progenitor (FOON & FISHER, 2001).

No linfoma, os linfócitos transformados se multiplicam de forma

descontrolada, sofrem inúmeras divisões, normalmente, em gânglios cervicais,

mediastínicos, entre outros. Além disso, podem atingir outras partes do corpo

através de metástase, em tecidos não ganglionares, como os que estão presentes

no cérebro, trato gastrointestinal, dentre outros, também podem formar uma massa

que é denominada de tumor. O primeiro sinal dos linfomas é a presença de

linfonodomegalia, sem características de infecção e este aumento é observado em

função da proliferação desordenada dos linfócitos. Nestes casos, o paciente deve

ser submetido a uma biópsia do gânglio alterado, para confirmação histológica de

alterações celulares. (MACHADO et al., 2004).

Basicamente, os linfomas são divididos em dois grupos: Linfomas de Hodgkin

e Linfomas Não Hodgkin (MACHADO et al., 2004). O Linfoma Difuso de Grandes

Células B é o mais frequente comparando-se com todos os outros tipos de Linfoma

não Hodgkin, sendo responsável em torno de 37 % de todo os casos de linfoma no

mundo. É um tipo de neoplasia que representa 4 % de casos anualmente, e cerca

de 90% dos casos de linfomas provem de células B (PAULA, 2016).

O LDGCB é um subtipo de linfoma não Hodgkin agressivo, ou seja, de

crescimento rápido que pode surgir nos gânglios linfáticos ou em regiões

extranodais (GATTER & PEZZELLA, 2010). Essa neoplasia agressiva acomete tanto

homens como mulheres, mas comumente é mais incidente nos homens e a idade

mediana da ocorrência do LDGCB convém à sexta década de vida, além de que,

grande parte dos portadores encontra-se em estágio avançado da doença ao

diagnóstico (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).

Page 11: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

10

Assim como os linfomas em geral, o LDGCB pode causar diferentes sinais e

sintomas, dependendo da sua localização no organismo. Muitas vezes, o primeiro

sinal é a linfonodomegalia sem característica de infecção, podendo ser indolor e de

rápida progressão, localizadas no pescoço, axilas ou virilha devido à resposta

inflamatória. Outros sintomas podem ser causados pela diminuição das taxas

sanguíneas como a anemia, causando a diminuição do número de hemácias, e a

plaquetopenia que é caracterizada pela diminuição do número de plaquetas, isso

ocorre em estágios mais avançados da doença (ABRALE, 2014).

A avaliação do LDGCB é baseada também no sistema de Ann Arbor de 1971,

sendo esse um método de escolha do estadiamento desses pacientes, descrevendo

os níveis de disseminação e envolvimento de órgãos (CARBONE et al., 1971).

Como essa neoplasia agressiva pode avançar rapidamente, geralmente

requer tratamento imediato quando o paciente é diagnosticado. Contudo, foi

estabelecida uma combinação de quimioterapia associada ao anticorpo monoclonal

Rituximab com ou sem terapia de radiação, podem levar à remissão da doença em

um grande número de pacientes com essa forma de linfoma, sendo, portanto, o

tratamento mais utilizado para LDGCB. O nome denominado para essa terapia é R-

CHOP (Rituximab, Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona)

(ANVISA, 2010).

Apesar dos avanços terapêuticos, ainda há significativo percentual de

pacientes que são refratários ao tratamento padrão, podendo levar esses portadores

de LDGCB a óbito. Portanto, a identificação precoce é fundamental para otimização

do tratamento (SANTOS et al., 2006; CATELAN et al., 2008; PAULA, 2016).

Este trabalho tem como situação problema investigar as principais

características do Linfoma Difuso de Grandes Células B e este assunto é crucial

para proporcionar a população entendimento prévio sobre a doença, pois quando

tratada no início tem maior probabilidade de cura.

Algumas variáveis biológicas como o índice de disseminação da doença e

grau de diferenciação da neoplasia são exemplos de fontes de prognóstico. Quando

o LDGCB não é diagnosticado precocemente aumentam as chances de insucesso

terapêutico e menor probabilidade de cura. Por esse motivo, é de grande valia

conhecer essa patologia para entender melhor o declínio da doença.

Foi realizado uma pesquisa bibliográfica através de levantamento de

informações obtidas em artigos científicos e livros encontrados no banco de dados

Page 12: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

11

eletrônicos como o Google Acadêmico e PubMed referente ao Linfoma Difuso de

Grandes Células B.

Para a realização deste trabalho as metodologias empregadas foram

pesquisas de natureza básicas, com abordagens nos problemas qualitativos com o

objetivo de pesquisa exploratória e ponto de vista dos procedimentos técnicos de

pesquisa bibliográfica.

Sendo assim, o objetivo geral dessa revisão foi proporcionar conhecimentos

sobre o Linfoma Difuso de Grandes Células B, visando um melhor entendimento

sobre a doença.

Page 13: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

12

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Sistema Linfático

O tecido linfoide é um componente do sistema imunológico primordial na

manutenção de defesa do nosso organismo, nele encontram-se os nódulos linfáticos

ou linfonodos que é um importante aliado na resposta imunológica do organismo

humano e está intimamente relacionado com a medula óssea. Os gânglios linfáticos

são pequenas estruturas nodulares, constituídos principalmente de linfócitos. Os

linfonodos estão ligados por uma rede de vasos linfáticos, atuando de forma similar

às veias do nosso organismo, porém, em que em vez de transportar o sangue,

transportam a linfa. Possuem a peculiaridade de aumentar de tamanho quando

estão combatendo alguma infecção e, muitas vezes, se tornam sensíveis ao toque.

Trata-se de um tecido repleto de células de defesa tendo como principal destaque os

linfócitos B, T e células Natural Killer (NK), auxiliando no combate às infecções,

atacando microrganismos, como as bactérias, fungos e vírus (MARTÍNEZ;

ALVAREZ-MON, 1999; CRUVINEL et al., 2010; MESQUITA et al., 2010; OLIVEIRA ,

A, 2008).

2.2 Neoplasias

Há décadas que as neoplasias se tornaram um transtorno, por se tratarem de

uma doença complexa que a população brasileira enfrenta. Evidencia-se que em

torno de um terço das incidências de neoplasias acometidas anualmente no mundo

poderiam ser prevenidas (INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2011).

O significado da palavra neoplasia se diz respeito a um crescimento novo,

causado pela proliferação descontrolada de células, devido uma mutação no

material genético das células afetadas, gerando assim, um acúmulo no tecido

conhecido como tumor e este, refere-se a um aumento do volume causado pela

inflamação dessas células (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005). As neoplasias

malignas são capazes de disseminar-se invadindo tecidos vizinhos, sofrendo

metástases regionais ou à distância. Devido sua invasão para tecidos adjacentes, é

indispensável sua retirada cirúrgica. Os tumores podem ser classificados em duas

Page 14: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

13

categorias: benignos ou malignos. Os tumores benignos têm crescimento

organizado, geralmente lento, permanecem em seu local de origem, sem infiltrar ou

invadir tecidos vizinhos, não sofrendo metástase. Apesar de não invadirem os

tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes, causando dessa

forma diversas patologias. Já os tumores malignos são expressos por um maior grau

de autonomia e são capazes de provocar metástases, em alguns casos podem ser

resistentes ao tratamento causando a morte do hospedeiro. É primordial

compreender que, alguns tipos de neoplasias ocorrem com o avanço de uma lesão

inicial, conhecida como carcinoma in situ (Figura 1). Nesse estágio (in situ), as

células neoplásicas situam-se na camada de tecido na quais se desenvolveram e

não se propagam para outros locais do órgão de origem. Geralmente, a maioria das

neoplasias in situ tem grande probabilidade de cura quando é tratada antes de

progredir para a fase invasiva (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005; INSTITUTO

NACIONAL DO CÂNCER, 2011).

Figura 1 Tipos de crescimento celular

Fonte: INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER, 2011, p.18

A multiplicação celular não resulta somente em malignidade, e sim na simples

resposta das necessidades específicas e fisiológicas do corpo. O crescimento das

células neoplásicas se difere do crescimento das células normais, pois as células

neoplásicas, ao invés de serem induzidas por apoptose, ou seja, morte natural

programada continuam crescendo incontrolavelmente, formando novas células

Page 15: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

14

anormais devido ter sofrido alterações em seu material genético, passando a

receber informações imprópria de suas funções (INSTITUTO NACIONAL DO

CÂNCER, 2011).

A difusão neoplásica decorre por intermédio dos vasos sanguíneos, linfáticos

ou pelas cavidades corporais. O desenvolvimento de metástase diminui a

probabilidade de cura dos pacientes devido sua malignidade. Existem vias de

disseminação que são especificadas, como a propagação através de cavidades e

superfícies corporais, esta forma ocorre quando as células neoplásicas acomete

uma cavidade natural, como a peritoneal, pleural, pericardial e subaracnóide. A

propagação linfática ocorre quando as células neoplásicas são infiltradas para os

vasos linfáticos. E a última, se refere à propagação hematogênica, que pode ocorrer

tanto nos sarcomas como nos carcinomas, porém, é a via mais comumente

disseminada pelos sarcomas. Têm-se órgãos que são mais agredidos pelo câncer

dentre eles são o fígado e o pulmão (KUMAR, ABBAS & FAUSTO, 2005).

2.3 Linfomas

Os linfomas estão relacionados a uma entidade de doenças malignas clonais

envolvendo mutações somáticas de um linfócito progenitor. As linhagens das células

afetadas apresentam características fenotípicas de células B, T ou NK (mais

frequentemente do tipo B, as quais são determinadas por imunofenotipagem e/ou

estudos de rearranjos genético) transformando-se em uma célula maligna,

apresentando a capacidade de crescer descontroladamente e difundir-se (FOON &

FISHER, 2001).

No linfoma, os linfócitos transformados crescem de forma descontrolada,

sofrem inúmeras divisões, normalmente, em gânglios cervicais, mediastínicos, entre

outros. Além disso, podem atingir outras partes do corpo através de metástase, em

tecidos não ganglionares, como os que estão presentes no cérebro, trato

gastrointestinal, dentre outros, sendo denominados extranodais. Também podem

formar uma massa que é denominada de tumor (MACHADO et al., 2004).

A etiologia dos linfomas não é bem definida, porém, acredita-se que fatores

hereditários, ambientais, ocupacionais e fatores relacionados à alimentação possam

favorecer o surgimento da neoplasia. Contudo, a hipótese mais relevante está

relacionada a uma etiologia viral associada a uma resposta imunológica atípica.

Page 16: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

15

(EZDINILE et al., 1985; GALLAGHER et al.,1986; MARTELLI. et al., 2013;

ROSENBERG, 1982).

“Algumas patologias de doenças autoimunes aparentemente podem estar associadas ao risco de evolução dos linfomas, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, dentre outras” (MOTA, 2006, p.15).

2.3.1 Linfomas de Hodgkin e Linfomas não Hodgkin

Basicamente, os linfomas são morfologicamente divididos em duas

categorias: Linfomas de Hodgkin (LH) e Linfomas Não Hodgkin (LNH). (MACHADO

et al., 2004). O LH é considerado uma doença linfoproliferativa maligna tendo como

característica principal, através da histopatologia células gigantes multinucleadas em

um ambiente inflamatório. Estas células são denominadas de Reed-Sternberg (RS)

e são observadas no exame microscópio de uma amostra de biópsia (MACHADO et

al., 2004). A morfologia principal das células de (RS) é predominada por núcleos

binucleados com nucléolos grandes e eosinofílicos, promovendo um aspecto em

olho de coruja. Seu citoplasma é abundante e eosinófilo (Figura 2) (LUISI, 1999).

Figura 2 Células de Reed-Sternberg típicas do Linfoma de Hodgkin.

Fonte: FONSECA, 2011

Page 17: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

16

Figura 3 Células de Reed-Sternberg típicas do Linfoma de Hodgkin

Fonte: KUPPER.; ENGERT; HANSMANN, 2012. p. 3440

Figura 4 Células de Reed-Sternberg, características do Linfoma de Hodgkin

Fonte: BENZ, A. H. et al. 2013

Podemos diferenciar histologiacamente o LH e o LNH através da observação

das células RS. Quando há presença das células RS no exame histopatológico o

linfoma é caracterizado como LH (Figura 2, 3 e 4), porém, quando as células RS

Page 18: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

17

estão ausentes na análise histológica o linfoma é classificado como LNH

(KÜPPERS, ENGERT & HANSMANN, 2012).

De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer (2011), esse tipo de

neoplasia pode acometer variáveis faixas etárias, apesar disso, acometem mais

adultos jovens com idades de 15 aos 40 anos. Com maior incidência dos casos

entre 25 a 30 anos. A prevalência de novos casos para o LH ficou-se estável nas

últimas décadas, e sua taxa de mortalidade foi reduzida em mais de 60 % desde

meados dos anos 70 devido ao avanço terapêutico, e devido esse avanço a maioria

dos portadores desta neoplasia tem altas taxas de cura quando diagnosticada

precocemente. No ano de 2016 a estimativa para novos casos de LH foi de 2.470,

sendo 1.460 homens e 1.010 mulheres e o número de mortes ficou entre 53, sendo

291 homens e 245 mulheres.

O linfoma não Hodgkin (LNH) é uma neoplasia do tecido linfoide assim como

os demais linfomas, com diferentes subtipos histológicos e com múltiplas

apresentações clínicas. No Brasil, em 2013, foram responsáveis por 4.154 mortes

(2,303 homens e 1.851 mulheres). A estimativa de incidência ficou de 10.240 casos

novos em 2016 (5210 homens e 5030 mulheres), segundo dados de Instituto

Nacional do Câncer (2016). O LNH tem um maior acometimento em pessoas com

idade avançada, geralmente paciente com 60 anos do sexo masculino (INSTITUTO

NACIONAL DO CÂNCER, 2011).

Diferentemente do linfoma de Hodgkin que é mais frequentemente localizado

em um único grupo de linfonodos, o LNH está acentuadamente presente fora dos

nódulos linfáticos, em sítios como os do estômago, pescoço, sistema nervoso central

(SNC), glândulas salivares e cavidade oral, ou seja, são mais acometidos em

múltiplos linfonodos periféricos (OTTER et al., 1989; KUMAR; ABBAS; FAUSTO,

2005). Comumente, pode-se dizer que as células malignas do linfoma de Hodgkin se

modificam intensamente, tornando divergente dos linfócitos saudáveis, enquanto

que as células do linfoma não Hodgkin sofrem algumas modificações malignas,

porém conservam algumas peculiaridades principiantes (ONCOGUIA, 2017).

2.3.2 Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB).

O Linfoma Difuso de Grandes Células B é o mais frequente comparando-se

com todos os outros tipos de Linfoma não Hodgkin, sendo responsável em torno de

Page 19: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

18

37 % de todo os casos de linfoma no mundo. É um tipo de neoplasia que representa

4 % de casos anualmente e cerca de 90% dos casos de linfomas provem de células

B (PAULA, 2016).

Atualmente, encontram-se vários subtipos de LDGCB que podem afetar o

prognóstico de um paciente, ou seja, o quão bem o paciente fará com o tratamento

padrão. Tendo como exemplo um subtipo LDGCB chamado de linfoma primário do

sistema nervoso central, esse subtipo recebe tratamento terapêutico diferente dos

linfomas primário de células B mediastinais, que geralmente ocorre em pacientes

mais jovens crescendo de maneira acelerada no tórax (mediastino). Existem alguns

casos de LDGCB que não se enquadram em uma dessas categorias, sendo assim

classificados como linfoma difuso de grandes células B, não especificado (LDGCB

NOS). No entanto, esses casos de NOS podem ser agrupados em subtipos

moleculares de LDGCB que são diagnosticados usando perfil de expressão de

genes ou testes para biomarcadores de proteínas nas superfícies das células

cancerosas. Esses subtipos são nomeados de acordo com sua célula de origem e

incluem o tipo Germinal type B-like (GCB) e Ativated B-cell-like (ABC). (AMENGUAL,

2015).

O LDGCB acomete tanto homens quanto mulheres, mas comumente seja um

pouco mais incidente nos homens e a idade mediana da apresentação corresponde

à sexta década de vida (KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).

2.3.3 Sinais e Sintomas

Assim como os linfomas em geral, o LDGCB pode causar diferentes sinais e

sintomas, dependendo da sua localização no organismo. Muitas vezes, o primeiro

sinal é a linfonodomegalia sem característica de infecção, geralmente indolor e de

rápida progressão, localizadas no pescoço, axilas ou virilha devido à resposta

inflamatória. Também pode ocorrer inchaço no abdômen, que pode ser causado

pelo aumento dos gânglios linfáticos presente neste local. Outro sintoma que pode

ser envolvido é o aumento do baço (esplenomegalia) de tal forma que ele passe a

comprimir o estômago. Isso pode provocar sensação de saciedade após uma

pequena refeição, causando assim um desconforto nessa região e ser confundida

com outras patologias. Esses sintomas geralmente são associados a suores

noturnos, febre acima de 38º C e perda de peso maior que 10 % do peso corporal,

Page 20: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

19

que é denominado como sintomas B. Outros sintomas podem ser estimulados pela

diminuição das taxas sanguíneas como a anemia que é causada pela diminuição do

número de hemácias de modo geral, e a plaquetopenia que é caracterizada pela

diminuição do número de plaquetas. Normalmente esses eventos ocorrem em

estágios mais avançados da doença (ABRALE, 2014).

2.3.4 Curso clínico e prognóstico.

Os portadores do LDGCB comumente apresentam uma massa com aumento

acelerado, em geral assintomático, em um único local extranodal ou nos linfonodos,

mas podem atingir em qualquer local. O anel de Waldeyer, os tecidos linfoides

orofaríngeos que abrangem as tonsilas e as adenoides, também podem ser

atingidos. O envolvimento primário ou secundário do fígado e do baço pode assumir

a forma de massas grandes, destrutivas. O envolvimento da medula óssea

geralmente ocorre tardiamente no declínio da neoplasia e raramente pode surgir um

quadro leucêmico. Contudo, com quimioterapia combinada intensiva e a remissão

completa (RC) pode ser alcançada em cerca de 60% a 80% dos pacientes, e

aproximadamente 50% permanecem livres de doenças por vários anos, podendo ser

considerados curados, aqueles com doença em seu estágio inicial tem maiores

probabilidades de cura do que aqueles com doença disseminada, ou com massas

tumorais grandes e volumosas. (KUMAR, ABBAS & FAUSTO, 2005).

2.3.5 Principais morfologias das células do Linfoma Difuso de Grandes Células B

O diagnóstico morfológico é correspondente à obtenção parcial ou total do

órgão acometido. As características principais envolvidas nesta neoplasia incluem o

tamanho celular relativamente grande que, habitualmente possuem tamanhos de

quatro a cinco vezes maiores que um linfócito padrão possuindo crescimento difuso,

ou seja, ocupando difusamente o linfonodo. As células possuem um núcleo grande,

oval, com uma aparência vesicular, com números multilobulados ou clivados sendo

presentes em alguns casos e cromatina descondensada (Figura 5). A presença de

nucléolos varia, geralmente em números de dois ou três e estão próximos a

membrana nuclear ou podem ser encontrado sozinhos centralmente. Seu citoplasma

Page 21: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

20

pode ser pálido ou basofílico e normalemente constar-se moderadamente abundante

(KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005).

Figura 5. Morfologia das células do Linfoma Difuso de Grandes Células B

Fonte: KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2005, p.711

2.3.6 Estadiamento do LH e LNH (LDGCB)

O sistema de estadiamento de Ann Arbor é padrão e foi desenvolvido em

1971 tanto para LH e LNH, constitui-se em fornecer informações sobre a massa

tumoral, verificação da amplitude em que se encontra no sítio primário que se consta

presente e na pesquisa de metástase regional ou à distância. Permite também o

alcance de informações como: planejamentos terapêuticos, prognósticos da doença,

eficácia do tratamento realizado, além de orientar a busca de novos conhecimentos

sobre tais tumores. O sistema de estadiamento não deve ser considerado definitivo,

pois a doença pode evoluir para outro estágio. (CARBONE et al., 1971).

Este sistema além de localizar os locais de envolvimento anatômico por

linfoma também classificam os pacientes em quatro categorias, tendo como base a

extensão de disseminação da doença, (Figura 6) (GONÇALVES, 1998).

O Estádio I abrange o comprometimento localizado em um grupo de linfonodos; Estádio IE: envolve o comprometimento de um órgão ou região extralinfática. Estádio II: envolve o comprometimento localizado em um ou mais grupos separados de linfonodos no mesmo lado do diafragma

Page 22: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

21

(músculo que separa o tórax do abdômen); Estádio IIE, tem-se envolvido o comprometimento localizado em um grupo de linfonodos, com comprometimento localizado de um órgão ou de uma região extralinfática; Estádio III: representa o envolvimento de grupos de linfonodos em lados diferentes do diafragma (incluindo o baço), Estádio IIIE afeta alguns constituintes do sistema linfoide em ambos os lados do diafragma, além do comprometimento localizado de um órgão ou de uma região extralinfática; e Estádio IV: Comprometimento difuso ou disseminado de um ou mais órgãos extralinfáticos com ou sem comprometimento ganglionar (MOTA, 2006, p.18).

Figura 6 Regiões envolvidas no linfoma de acordo com o Sistema de estadiamento de Ann Arbor.

Fonte: FOCHESATTO FILHO, L ; BARROS, E, 2013

Além dessa classificação, têm-se presente a subclassificação em A ou B, de

acordo com a ausência (A) ou a presença (B) de sintomas sistêmicos (febre acima

de 38ºC sudorese e perda de peso) (CARBONE et al.,1971).

2.3.7 Diagnóstico do LDGCB

Estes tumores de células B são expressos principalmente por marcadores

tumorais de células CD20 (MOTA, 2006).

O diagnóstico do LDGCB resulta de uma boa qualidade da amostra tumoral

através da biópsia e pela mesma é possível analisar a morfologia celular e o

predomínio do tipo celular observado, podendo indicar o tipo de LDGCB encontrado,

além de fornecer informação valiosa para possíveis tipos de exames

complementares para então confirmar o diagnóstico. Além da biópsia é realizado a

Page 23: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

22

imunohistoquímica, processo ao qual visa à detecção da expressão de proteínas

CD20 localizadas nas células dos tecidos utilizando o princípio antígeno/anticorpo.

Alguns exames tais como: hemograma, tomografia computadorizada do tórax,

abdômen e pelve, biópsia da medula óssea e citilografia corpórea são realizados

para avaliar de maneira significativa o LDGCB. No hemograma, normalmente,

conforme o avanço da disseminação do linfoma pode haver anemia, leucopenia e

plaquetopenia este evento normalmente acontece quando as células linfomatosas já

invadiram a medula óssea (LORENZI, 2003).

Os números de células neoplásicas que circulam variam conforme a

disseminação da doença, geralmente, não é tão elevada como nas leucemias. Com

o mielograma permite-se avaliar os achados de células linfomatosas na medula

óssea, que é de suma importância para avaliar o declínio da neoplasia (LORENZI,

2003).

Além dos exames hematológicos e dentre outros citados anteriormente,

pacientes portadores do LDGCB devem ser avaliados com suas condições gerais e

clínicas. Com o desenvolver da doença, podem ocorrer agravos, principalmente de

órgãos como o fígado, rim e coração que resultam alterações dos testes funcionais.

Assim, recomenda-se a avaliação de dosagens bioquímicas para melhor analisar

funcionalmente esses tecidos (LORENZI, 2003).

A desidrogenase lática (LDH) é uma isoenzima intracelular da via glicolítica

tendo como função a transformação de glicose em energia para uso celular,

encontra-se amplamente no organismo e é liberada após danos celulares.

Geralmente, ocorre um aumento de LDH nos linfomas, entretanto, não deve ser

usada como marcador específico para essa neoplasia, sendo assim não é utilizada

para fechar o diagnóstico e sim auxilia como indicativo, uma vez que, em outras

doenças não malignas suas concentrações também se encontram-se elevadas.

Contudo, a dosagem de LDH deve ser feita para fiscalizar o estado clínico de LNH

de um paciente, visto que o nível sérico da enzima se correlaciona com a massa

tumoral, pois causa lesões a célula e é útil como indicador de prognóstico para

progressão da doença (ABRALE, 2014), “níveis elevados de LDH constantes ou

recorrentes depois do tratamento geralmente indicam que a doença ainda está

presente ou ainda houve recaída da doença” (MOTA, 2006 p. 20).

A ß 2-microgobulina (B2M) é um polipeptídio de baixo peso molecular,

atuando como um marcador tumoral útil para indicar casos de linfomas. Esse

Page 24: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

23

polipeptídio costuma estar em altas dosagens nos linfomas assim como em outras

patologias, como no caso LDH descrito anteriormente. Entretanto, níveis séricos

elevados altos de (B2M) têm mostrado valor preditivo de fracasso e recaída nos

pacientes portadores de linfoma. (ABRALE, 2014).

Além da LDH e B2M, o exame do líquido cefalorraquidiano é de grande valia

para os pacientes que apresentam sintomatologia de linfoma neurológico. É de

fundamental importância à realização desse exame antes e durante toda a fase de

tratamento, atingido ou não a Remissão Completa (RC) (LORENZI, 2003).

2.3.8 Índice de Prognóstico Internacional (IPI)

O índice prognóstico internacional (IPI) fornece informações de estratificação

de risco da neoplasia. Utiliza dados clínicos laboratoriais para expressar se houve ou

não potencial invasivo do LDGCB. Sua determinação leva em vigor cinco

parâmetros prognósticos incluindo: idade, estadiamento de Ann Arbor, estado de

performance, valores de LDH sérica e número de sítios extranodais. (WAN DER

WAAL et al, 2005).

O estado de performance para determinação do IPI classifica como: 0, pacientes assintomáticos; 1, pacientes com sintomas mas que realizam quimioterapia (QT) em nível ambulatório; 2 , pacientes que precisam de internação hospitalar por menos da metade de um dia para realização do tratamento; 3, pacientes que precisam de internação hospitalar por metade de um dia ou mais para realização do tratamento, 4, pacientes cronicamente hospitalizados e necessitado de assistência para realizar suas atividades diárias (MOTA, 2006, p.21).

2.3.9 Tratamento do LDGCB

Os antineoplásicos em combate ao câncer expandiram-se grandemente

nessas últimas décadas. Os mesmos são capazes de eliminar tumores avançados e

estabelecem tratamento de escolha para diversas neoplasias, quando não há mais

possibilidade de retirada do tumor através de cirurgias. A poliquimioterapia é de

preferência no que se diz respeito à monoquimioterapia para os LDGCB (SALMON e

SARTORELLI, 2003).

A terapia combinada tem como efeito principal aumentar a sobrevida dos

pacientes com LDGCB. Entre os esquemas de primeira geração, o CHOP

(Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona) foi avaliado extensamente

Page 25: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

24

por estudos cooperativos nos Estados Unidos, tendo sido considerado como

tratamento padrão para esses portadores de linfoma agressivo. (CHIATTONE,

2000).

O tratamento para o LDGCB tende a ser imediato quando é diagnosticado,

principalmente por se tratar de um linfoma agressivo. Contudo, foi estabelecida uma

combinação de quimioterapia (CHOP) associada ao anticorpo monoclonal Rituximab

com ou sem a radioterapia que podem levar à remissão da doença em grande parte

dos casos de pacientes com essa forma de linfoma. O tratamento empregado é

denominado de R-CHOP (Rituximab, Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e

Prednisona) que geralmente é administrado em ciclos de 21 dias avaliando assim a

resposta do paciente a terapia (ANVISA, 2010).

Em 1997, o Rituximab virou-se o primeiro anticorpo monoclonal aprovado pela

US Food and Drug Administration (FDA) para terapia do câncer. Esse anticorpo

monoclonal visa se ligar especificamente a antígenos de superfície celular CD20,

presente em linfócitos pré B e células B maduras. Esse antígeno encontra-se

presente por volta de 90% de todas as células B do linfoma não Hodgkin. Seus

efeitos são multifatoriais acometendo dessa forma a lise celular mediada pelo

sistema complemento e indução de apoptose desses tipos de linfócitos B. (ANVISA,

2010).

Em 2002, foram publicados os primeiros resultados de estudos comparando o

esquema quimioterápico CHOP e o Rituximab associado ao CHOP (R-CHOP) em

pacientes idosos por volta de 60 a 80 anos diagnosticados com LDGCB em estágios

II, III e IV, segunda a classificação de Ann Arbor. Este estudo acompanhou os

pacientes por 24 meses. Observou-se que o subgrupo tratado com esquema R-

CHOP apresentou redução de 40% no risco de eventos (progressão, recidiva ou

morte). O estudo foi atualizado após 5 e 10 anos de acompanhamento, e verificaram

que os pacientes mantiveram os benefícios originalmente observados. (PAULA,

2006).

Seus efeitos adversos relacionados à infusão incluem a liberação de citocinas

que, consequentemente pode resultar a febre, calafrios e tremores. Esse evento

acontece geralmente nas primeiras duas horas depois da administração do

quimioterápico. (SANTOS et al, 2006).

Além desse estudo, outros também mostraram um aumento de sobrevida com

a adição do Rituximab a polioquimioterapia, que foram de fundamental importância

Page 26: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

25

para estabelecer o tratamento terapêutico nos portadores de LDGCB, o qual é

padrão até os dias atuais. Apesar dos avanços terapêuticos, ainda há significativo

percentual de pacientes que são refratários ao tratamento padrão, os quais

frequentemente apresentaram progressão e insucesso terapêutico da doença

levando o portador de LDGCB a óbito. Portanto, a identificação precoce destes

pacientes é de suma importância para uma melhora significante ao tratamento.

(SANTOS et al., 2006; CATELAN et al., 2008; PAULA, 2016).

Page 27: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

26

3 CONCLUSÃO

O linfoma difuso de grandes células B é uma neoplasia maligna de células

linfoides, e pode-se ter um bom prognóstico quando tratada adequadamente. O

diagnóstico é baseado nos aspectos clínicos e principalmente no exame

histopatológico, onde há o reconhecimento das células malignas característica.

Cerca da metade dos pacientes com LDGCB tem uma probabilidade de cura, mas, o

estágio da doença e a pontuação do índice internacional de prognóstico (IPI), podem

ter uma grande influência nesse resultado. Apesar de o diagnóstico definitivo ser

realizado através de biópsias e observação microscópica de células malignas, os

exames de imagem também são de grande valia para estadiamento da doença e

direcionamento do tratamento. Grande parte dos pacientes diagnosticados com essa

neoplasia podem ser curados por meio de tratamentos radioterápicos e

quimioterápicos eficientes, além do anticorpo monoclonal Rituximab conjugado com

o esquema de Ciclofosfamida, Doxorrubicina, Vincristina e Prednisona CHOP (R-

CHOP) que mostrou-se de grande eficiência e um aumento na taxa de sobrevida

dos pacientes com essa neoplasia agressiva.

Assim, concluímos que esta revisão bibliográfica contribui para o

reconhecimento do LDGCB e suas principais características, possibilitando um

entendimento prévio dessa neoplasia para alcançar maior probabilidade de cura

quando diagnosticada precocemente, diminuindo as chances de insucesso

terapêutico com o declínio da doença que pode levar o paciente a óbito.

Page 28: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

27

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (Brasil). Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Rituximabe no tratamento do linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B. Ano IV, n. 10, dez./2010. ALMEIDA-OLIVEIRA , A.; DIAMOND, H. R. A relevância das células natural killer (NK) e killer immunoglobulin-like receptors (KIR) no transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH). Rev Bras Reumatol, São Paulo, v. 30, n. 4, p. 320-329, jul./ago. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v30n4/v30n4a17.pdf>. Acesso em: 15 abril 2017. AMENGUAL, J. LYMPHOMA RESEARCH FOUNDATION. Diffuse Large B-Cell Lymphoma (DLBCL). 2015 Disponível em: <http://www.lymphoma.org/site/pp.asp?c=bkLTKaOQLmK8E&b=6300153>. Acesso em: 10 abril 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LINFOMAS E LEUCEMIAS 2014 (Brasil). Os linfomas: Linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin. Disponível em: <http://www.abrale.org.br/apoiopaciente/publicações/manuais/os linfomas.pdf>. Acesso em: 05 março 2017. BENZ, A. H. et al. Expression and functional relevance of cannabinoid receptor 1 in Hodgkin lymphoma. PLoS One (on-line), Estados Unidos, dez./2013. Disponível em: < http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0081675>. Acesso em: 10 abril 2017. CARBONE P. P. et al. Report of the committee on Hodgkin’s desease stageang classification. Cancer Res, v. 31, n. 11, p. 1860-1861, 1971. CATELAN, T. T. T. et al. Linfócitos B: da imunobiologia aos imunobiológicos. Sinopse de Reumatologia, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 35-57, jun./2008. Disponível em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=3765>. Acesso em: 22 mai 2017.

CHIATTONE, C. S. Linfomas não Hodgkin - Introdução. Rev Bras Hematol Hemoter, v. 22, sup. 2, p. 212- 215, 2000. CRUVINEL, W. de M. et al. Sistema Imunitário – Parte I Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Rev Bras Reumatol, São Paulo, v. 50, n. 4, p. 434-461, jul./ago. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n4/v50n4a08.pdf>. Acesso em: 07 abril 2017. EZDILINI, E. Z. et al. Moderate versus aggressive chemotherapy of nodular lymphocytic poorly differentiated lymphoma. J Clin Oncol, v. 3, n. 6, p. 769-775, jun./1985.

Page 29: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

28

FOCHESATTO FILHO, L; BARROS, E. Medicina Interna na Prática Clínica. Porto Alegre: Artmed; 2013.

FOON, K. A., FISHER, R. I. Lymphoma. In: BEUTLER, E. et. al (Eds.). Williams Hematology. 6. ed. Ney York: Mc Graw-Hill, 2001, p. 1237-1262 GALLAGHER, D.; FORBES, S.; FAGAN, P. W. Of special humanitarian concer: U.S. refugee admissions since passage of the Refuge. Act. Migr New, v. 35, n. 1, pg. 3-36, 1986. GATTER, K.; PEZZELLA, F. Diffuse large B-cell lymphoma. Diagnostic Histopathology, Chichester Sussex (Grã-Bretanha), v. 16, n. 2, p. 69-81, fev./2010. Disponível em: <http://www.diagnostichistopathology.co.uk/article/S1756-2317(09)00223-0/abstract>. Acesso em: 02 maio 2017. GONÇALVES, R. P. Cinética de remodelação plasmática de quilomicros artificiais em pacientes portadores de Doença de Hodgkin e linfoma Não Hodgkin. 1998. Dissertação, Universidade de São Paulo, São Paulo. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (Brasil). ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer. Rio de Janeiro: Inca, 2011. Disponíve-l em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abc_do_cancer.pdf>. Acesso em: 15 maio 2017. INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA (Brasil). Linfoma não Hodgkin. Inca, 2011. Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_nao_hodgkin>. Acesso em: 01 maio 2017.

INSTITUTO ONCOGUIA (Brasil). Qual a diferença entre linfoma não Hodgkin e linfoma de Hodgkin? 2017 Disponível em: <(http://www.oncoguia.org.br/conteudo/qual-a-diferenca-entre-linfoma-nao-hodgkin-e-linfoma-de-hodgkin/5326/751/>. Acesso em: 07 abril 2017. KUMAR, V.; ABBAS, A. K.; FAUSTO, N. (Eds). Patologia - bases patológicas das doenças. Tradução: Maria da Conceição et al. Rio de Janeiro: Elsevier. 7ª ed, 2005 p.711-719.

KUPPERS, R.; ENGERT, A.; HANSMANN, M.; Hodgkin lymphoma. The journal of

clinical Investeigation, v.122, n10, p. 3439, out/ 2012

LORENZI, T. F. Manual de Hematologia - Propedêutica e Clínica. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Medsi, 2003.

LUISI, F. Doença de Hodgkin. Pediatria Moderna, São Paulo, v. 35, n. 8, p. 593-599, ago./1999. Disponível em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=725>. Acesso em: 15 maio 2017.

Page 30: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

29

MACHADO, M. et al. Linfoma de Hodgkin – Conceitos atuais. Medicina Interna, Lisboa (Portugal), v. 11, n. 4, p. 207-215, 2004. Disponível em: <http://www.spmi.pt/revista/vol11/vol11_n4_2004_207-215.pdf>. Acesso em: 02 maio 2017. MARTELLI, M. et al. Diffuse large B-cell lymphoma. Oncology hematology, Boca Raton (Estados Unidos), v. 87, n.2, pg. 146-171, ago./2013. Disponível em: <http://www.croh-online.com/article/S1040-8428(13)00002-4/fulltext>. Acesso em: 12 maio 2017. MARTÍNEZ, A. C.; ALVAREZ-MON, M. O sistema imunológico (I): Conceitos gerais, adaptação ao exercício físico e implicações clínicas. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 5, n. 3, mai/jun. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86921999000300010> Acesso em: 07 abril 2017. MESQUITA JR., D. et al. Sistema Imunitário – Parte II Fundamentos da resposta imunológica mediada por linfócitos T e B. Rev Bras Reumatol, São Paulo, v. 50, n. 5, p. 552-580, set./out. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n5/v50n5a08.pdf> Acesso em: 01 abril 2017. MOTA, S. M. B. Linfoma não-Hodgkin difuso de grandes células B: características clínicas, tratamento e prognóstico com os esquemas quimioterápicos CHOP e CHOP-BLEO. 2006, 75 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.

OTTER, R.; GERRITS, W. B. J. et al. Primary estranodal and nodal non-Hodgkin’s lymphoma. A survey of a population-based registry. Eur. J. Câncer Oncol, v. 25, n. 8, p. 1203-1210, ago./1989. PAULA, H. M. Linfoma difuso de grandes células B, SOE de novo: significado prognóstico de algoritmos e biomarcadores imuno-histoquímicos em pacientes tratados com esquema CHOP-simile e rituximab. 2016. 189 f. Tese (Doutorado em Ciências – Programa de Patologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. ROSENBERG, S. A. et al. National Cancer Institute sponsored study of classifications of non-Hodgkin’s lymphomas: Summary and description of a Working Formulation for clinical usage. The non-Hodgkin’s lymphoma pathologic classification project. Cancer, v. 49, p. 2112, 1982.

SALMON, S. E.; SARTORELLI, A. C. Quimioterapia do Câncer. In: KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica & clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p. 803-826. SANTOS, R. V. dos et al. Aplicações terapêuticas dos anticorpos monoclonais. Rev. bras. alerg. imunopatol, São Paulo, v. 29, n. 2, 2006. Disponível em: <http://www.sbai.org.br/revistas/Vol292/aplicacoes.pdf>. Acesso em: 01 junho 2017.

Page 31: FACULDADE SUDOESTE PAULISTA INSTITUIÇÃO CHADDAD DE …unifsp.edu.br/itapetininga/wp-content/uploads/2018/... · LH = Linfoma de Hodgkin LNH= Linfoma Não Hodgkin LDH = Desidrogenase

30

WAAL, R. I. F.; HUIJGENS, P. C.; van der VALK, P.; van der WAAL, I. Characteristics of 40 primary extranodal non- Hodgkin lymphomas of the oral cavity in prestective of the new WHO classification and the International Prognostic Index. J. Oral Maxillofac. Surg, v. 34, n. 4, p. 391-395, jun./2005. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16053848>. Acesso em: 17 maio 2017.