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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA MULHERES
Por: Priscila Cony Birnfeld
Orientador
Prof. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA MULHERES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em finanças e gestão
corporativa.
Por: Priscila Cony Birnfeld
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me dar saúde,
condições mentais e financeiras que me permitissem
concluir este curso. Agradeço também aos mestres,
amigos e familiares que estiveram ao meu lado e me
apoiaram nesta caminhada em especial aos meus
pais e avós que me ensinaram valores, me deram
educação, amor e são minha estrutura. Ao meu
melhor amigo e namorado, Marcelo, que esteve ao
meu lado durante a construção deste trabalho me
ajudando e apoiando. Deixo aqui o meu muito
obrigada.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus avós e
pais que são meu porto seguro e sem os
quais eu nada seria.
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RESUMO
É fato que o papel da mulher no mercado de trabalho vem crescendo ao
longo dos anos e em poucas décadas conquistaram um enorme espaço na
sociedade. Porém, quais serão as implicações financeiras dessa nova
realidade feminina?
Vivemos em um país onde o hábito da educação financeira não faz
parte da realidade de seus habitantes.
A oferta de crédito ao consumidor é enorme, assim como as formas
para cair em tentação e acabarmos contraindo dívidas. Somado a isso ações
de marketing aproveitam-se da vulnerabilidade das mulheres visando estimular
o consumo desnecessário e compulsivo.
Diante deste contexto, a educação financeira visando o público feminino
surge como um meio de auxiliar esta grande parcela na difícil tarefa de
administrarem suas finanças, tornarem-se consumidoras conscientes e
gestoras do seu orçamento.
Palavras – chave: Educação financeira. Educação financeira feminina.
Mulheres e finanças. Finanças pessoais,
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METODOLOGIA
Vivemos uma realidade altamente tecnológica, onde a informação
percorre de um lado para o outro do mundo em uma fração de segundos.
É possível ter acesso a informação sobre planejamento e finanças
pessoais através das mais variadas fontes.
Para embasar este trabalho, optei pela utilização de livros, revistas,
filmes, jornais, sites, blogs, fóruns, podcasts, e experiência profissional de
alguns economistas.
Ao final deste trabalho, espera-se que leitora (uma vez que é dedicado
ao público feminino, escrevo leitora) obtenha um maior conhecimento sobre
suas finanças e seja capaz de realizar seu planejamento financeiro pessoal.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
Contexto histórico e importância da educação financeira 11
CAPÍTULO II
A mulher e o mercado de trabalho 15
CAPÍTULO III
Mulheres e finanças 18
CAPÍTULO IV
A importância do planejamento financeiro pessoal na vida
das mulheres 21
CAPÍTULO V
Consumo consciente 26
CONCLUSÃO 29
GLOSSÁRIO 30
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 32
8
INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos o papel da mulher na família vem sofrendo diversas
modificações. O sexo frágil, que até pouco tempo exercia a função de dona de
casa, hoje vem consolidando o espaço conquistado no mercado de trabalho.
Segundo estudos, a mulher ainda é a principal responsável por cuidar
da casa e dos filhos. Pesquisas mostraram que em 38% dos lares brasileiros a
mulher é a “chefe da família”, ou seja, não tem marido ou ganha um salário
maior que o dele.
Com tantas tarefas acumuladas, cuidar das finanças torna-se uma tarefa
secundária, adiada e até mesmo complicada.
Mesmo com todo esse crescimento do papel feminino tanto no lado
profissional quanto na hora de tomar conta das finanças, quando o assunto é
mulher e dinheiro ainda existem muitos preconceitos.
Para tentar compreender melhor a relação entre a mulher e o dinheiro,
em 2012, a Visa, empresa administradora de cartões, encomendou uma
pesquisa mundial, com 25 mil pessoas em 27 países para identificar
oportunidades de melhoria na educação financeira.
As informações verificadas com a pesquisa permitiram traçar um perfil
da relação entre as mulheres e o dinheiro, destacando oportunidades e
desafios que ainda existem em educação financeira.
Uma das descobertas desse estudo, chamado “Barômetro Internacional
de Educação Financeira da Mulher”, é que o nível de estabilidade econômica é
muito baixo em todo o mundo, entre homens e mulheres. No Brasil, entre os
que não poupam, 51% são mulheres e 41% são homens. Apenas na Austrália
o sexo feminino supera o masculino na hora de guardar dinheiro.
As mulheres de Taiwan, da China e de Hong Kong acumularam mais do
que três meses de poupança, liderando o ranking das entrevistadas do sexo
feminino que tem mais chance de sobreviver com a reserva de emergência. O
Brasil ficou em 18º posição neste ranking, o que significa que a mulher
brasileira não costuma guardar dinheiro na poupança. Em último lugar, ficou o
Paquistão, com uma média de 0,7 meses de economias.
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As brasileiras também foram as segundas colocadas entre as que mais
conversam com seus filhos (de 5 a 17 anos) sobre gestão do dinheiro, com
uma média de 39,5 semanas por ano. As mexicanas lideram o ranking, com
41,7 semanas. Bósnia, Sérvia e Líbano também aparecem entre as cinco
primeiras posições.
Quando questionadas sobre qual seria a idade ideal para que as escolas
comecem a ensinar as crianças noções de educação financeira, as brasileiras
também se destacaram. Foram as que apontaram a menor idade: 8 anos,
enquanto a média mundial foi de 11 anos. Esse tipo de pesquisa é muito
interessante, pois nos permitem identificar quais as diferenças existentes em
cada país em relação ao papel da mulher na organização da família, no
mercado de trabalho, e seu reflexo no comportamento financeiro.
Esses dados ajudaram a traçar um perfil da relação das mulheres com o
dinheiro e destacaram as oportunidades e desafios que ainda se tem, tratando-
se de educação financeira.
A educação financeira tornou-se um tema relevante e presente no nosso
dia a dia. O aumento da oferta de crédito e a expansão do consumo
contribuíram para melhorar a nossa qualidade de vida, mas por outro lado,
precisamos fazer o uso consciente do crédito.
Mas afinal, o que é Educação financeira? Segundo a Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), , a Educação
Financeira é o processo pelo qual consumidores financeiros/investidores,
aprimoram a compreensão a respeito de produtos e conceitos financeiros, por
meio da informação, instrução e aconselhamento, desenvolvendo habilidades
e confiança necessária para tornarem-se mais cientes dos riscos e
oportunidades financeiras, visando, com isto, realizar escolhas seguras, saber
a quem recorrer em caso de ajuda e agir de forma a incrementar o bem-estar
financeiro.
A OECD e a Fundação Nacional para Educação Financeira (NEFE)
definem a alfabetização financeira como “a capacidade de ler, analisar,
gerenciar e comunicar sobre as condições financeiras pessoais que afetam o
bem-estar material. Isto inclui a capacidade de discernir e realizar escolhas
10
financeiras, discutir questões sobre dinheiro e finanças sem desconforto,
planejar o futuro e responder com competência aos eventos da vida cotidiana,
que afetam as decisões financeiras, incluindo os eventos da economia em
geral.
O objetivo deste trabalho é, com base nas definições apresentadas,
ajudar a comunidade feminina a buscar formas de incorporar os conceitos em
seu dia a dia.
11
CAPÍTULO I
Contexto histórico e importância da educação
financeira
As políticas econômicas e públicas implementadas no país contribuíram
para uma perspectiva de continuidade do processo de desenvolvimento
brasileiro, de forma sustentada, com inclusão social e financeira.
Dados fornecidos pelo ENEF (Estratégia Nacional de Educação
Financeira) mostram que no longo prazo, observa-se com otimismo a
possibilidade do Brasil sair da posição de décima economia do mundo
mensurada pelo Produto Interno Bruto (PIB), para a quarta posição em 2050,
superada por China, Estados Unidos e Índia.
No ano de 2010, o deslocamento de renda da população, aliado à
redução da pobreza, provocou uma grande transformação social no país: 19
milhões de brasileiros migraram das classes D e E para a C.
Com a ascensão financeira da população mais pobre, a classe C
passou a ser a maior do país, com 101 milhões de pessoas. O volume
representa 53% da população brasileira. Enquanto isso, as classes D e E
correspondem a 25%, e as classes B, a 21%.
Além da migração da riqueza entre os brasileiros, aconteceram muitas
mudanças na esfera demográfica. O aumento da expectativa de vida da
população e a queda na taxa de fecundidade insere o país num contexto
vivenciado por países desenvolvidos, o envelhecimento da população.
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A expectativa de vida cresceu de 51 anos em 1950, para 74,6 anos em
2012. Caso se mantenha o ritmo de incremento de longevidade, a expectativa
de vida do brasileiro poderá chegar a 81 anos em pouco tempo. Em 2020, a
população de idosos com mais de 60 anos deverá ser maior do que era a
população mundial total em 1820.
As consequências de todas essas mudanças nos campos demográfico,
social e econômico terão efeitos de longo prazo e que ainda não estão
totalmente delineados. Os padrões atuais de consumo, poupança e
investimento serão afetados no futuro em decorrência das alterações na
composição e distribuição de renda.
O aumento do poder de compra nas classes C, D e E aliado ao
envelhecimento da população brasileira vai afetar e promover mudanças nos
padrões de consumo, poupança e investimento da população que está inserida
neste novo contexto.
A educação financeira pessoal surge como forma de auxiliar a
sociedade em todas estas mudanças sociais e econômicas, de forma a
melhorar a qualidade de vida individual da sociedade, influenciando
diretamente as decisões econômicas das pessoas e das famílias. Mudanças
ocorridas principalmente pela estabilização da economia e queda da inflação
nas últimas décadas alteraram a forma como a população lida com seus
recursos financeiros.
O economista Marcos Silvestre diz que “Educar-se financeiramente é o
esforço de agregar a sua bagagem de vida, conhecimentos úteis, dicas
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aplicáveis e ferramentas práticas para lidar melhor com o dinheiro,
conseguindo extrair de suas verdadeiras possibilidades financeiras um melhor
padrão de qualidade de vida, não só para si e seus familiares – como é óbvio,
mas também para a sociedade como um todo”.
A educação faz parte de nossas vidas desde o momento do nosso
nascimento. Por meio dela somos capazes de aprender as regras de nos
interagir socialmente e também como agir em todos os aspectos de nossa
vida. E a educação financeira? Uma vez que o dinheiro faz parte de nossas
vidas praticamente desde o momento em que nascemos, é de extrema
importância que saibamos conviver com ele equilibradamente. É importante
que os indivíduos vivam dentro do seu padrão econômico, de modo que se
evitem desperdícios e aproveitem as oportunidades, sempre valorizando o
patrimônio próprio, gerando rendas e buscando o crescimento do patrimônio
líquido familiar, para que o padrão se eleve num ciclo virtuoso, dentro das suas
expectativas e possibilidades, até atingir a maturidade financeira.
A busca pela educação financeira em nada se relaciona com a busca
pela riqueza. Ela nada mais é do que uma habilidade que os seres humanos
apresentam de fazer escolhas inteligentes, administrando suas finanças
durante toda sua vida.
Porém, ninguém nasce com essas habilidades. Ter uma educação
financeira envolve muito mais que atingir a independência financeira, envolve a
habilidade de fazer escolhas corretas em relação às finanças.
Na sociedade moderna, ter dinheiro significa uma melhor qualidade de
vida e segurança. O indivíduo que não apresentar um conhecimento mínimo
sobre como administrar seu dinheiro passará por diversas dificuldades. É
necessário que todas as pessoas se alfabetizem financeiramente.
A alfabetização financeira nada mais é do que um processo de
educação, e é e de responsabilidade do país, das escolas, do governo e das
instituições privadas, envolvendo vários fatores sociais. O ideal seria que
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aprendêssemos sobre educação financeira desde a época de crianças, na
escola.
Para ajudar a população a entender um pouco mais sobre o tema, estão
sendo criados diversos cenários de forma que possibilitem maior difusão de
informações financeiras.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) disponibiliza à sociedade
diversos cursos online e presenciais sobre o tema. Alguns deles são gratuitos,
além de disponibilizar também palestras.
O Banco Central do Brasil (Bacen), através do Programa de Educação
Financeira busca orientar as pessoas sobre a importância do planejamento
financeiro e também auxiliá-las a entenderem o funcionamento da economia,
assim como de seus agentes e instrumentos. A leitura pode ser feita pela
internet, de forma gratuita.
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CAPÍTULO II
A mulher e o mercado de trabalho
Na sociedade brasileira, existe uma série de desigualdades. Uma das
mais visíveis refere-se às relações de gênero, que está relacionada em menor
intensidade com a questão econômica e em maior ao ponto de vista cultural e
social, constituindo, a partir desses conceitos, as representações sociais sobre
o papel da mulher dentro de diferentes espaços, como por exemplo, na família,
na escola, na vida em sociedade.
A partir da década de 70 até os dias atuais, a participação das mulheres
no mercado de trabalho apresentou uma espantosa progressão.
Nas últimas décadas do século XX, a sociedade presenciou um fato
muito marcante na sua história: a inserção, cada vez maior, da mulher no
mercado de trabalho, fato este explicado pela combinação de fatores
econômicos, culturais e sociais.
Devido ao avanço e crescimento da industrialização no Brasil, ocorreram
diversas transformações, dentre elas podemos destacar a estrutura produtiva,
o contínuo processo de urbanização e a redução das taxas de fecundidade nas
famílias, proporcionando a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2007, a PNAD
(Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), a população no Brasil chega a
quase 190 milhões de brasileiros, com a estimativa de 51% de mulheres. A
população economicamente ativa brasileira em 2001 tinha uma média de
escolaridade de 6,1 anos, sendo que a escolaridade média das mulheres era
de 7,3 anos e a dos homens de 6,3 anos.
Em 1970 apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam, esse
número aumenta para 51% em 2007, com mais da metade delas em atividade.
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É fato que independente do gênero, a pessoa com maior nível de
escolaridade tem maiores chances e oportunidades de inclusão no ambiente
profissional.
Podemos verificar uma significativa melhora entre as diferenças salariais
se comparadas ao sexo masculino. No entanto, ainda não foram superadas as
dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso a cargos de chefia e
de equiparação salarial com homens que ocupam os mesmos cargos.
Para a mulher, que é naturalmente preocupada com a família, o trabalho
não depende apenas da demanda do mercado e de suas qualificações para
atendê-las, mas depende também de uma combinação complexa de diversos
fatores pessoais e familiares. A presença de filhos, associada ao ciclo de vida
das trabalhadoras, à sua posição no grupo familiar, seja como cônjuge, chefe
de família, etc., à necessidade de prover ou complementar o sustento do lar,
são elementos que estarão sempre presentes nas decisões das mulheres de
ingressar ou permanecer no mercado de trabalho.
As consequências da maternidade na vida profissional das mulheres
eram demonstradas, até a década de 70, pela diminuição das taxas femininas
de atividade a partir dos, quando, possivelmente, os filhos eram ainda
pequenos. A partir de meados dos anos 80, uma reversão dessa tendência
vem se consolidando, mostrando que a atividade produtiva fora de casa
tornou-se tão importante para as mulheres quanto a maternidade e o cuidado
com os filhos.
Os efeitos da maternidade no trabalho feminino permanecem, mas
foram bastante atenuados. A presença de crianças pequenas pode ser
considerada um limitador real da atividade feminina, mas outros fatores podem
vir a estimulá-las, como por exemplo, a presença de serviços públicos e
particulares de atenção à maternidade, a necessidade econômica das famílias
para fazer frente às suas necessidades, seja à renda domiciliar diminuída pela
perda de trabalho do seu cônjuge, ou mesmo, ainda que em menor medida, a
presença de um maior poder aquisitivo de um segmento de famílias onde
17
todos esses fatores propiciam às trabalhadoras o necessário suporte para a
sua ausência do lar.
18
CAPÍTULO III
Mulheres e Finanças
Com o crescimento cada vez maior no universo profissional, as
mulheres vêm acumulando funções. Como consequência disso, atividades da
casa, filhos, estudo e carreira estão no topo da lista de prioridades que
parecem não ter fim. Seja casada ou morando sozinha, em república ou na
casa dos pais, não importa: a correria e a ansiedade de fazer tudo ao mesmo
tempo e bem feito certamente fazem parte do dia-a-dia de muitas.
Neste ritmo acelerado, é comum que uma tarefa de enorme importância
acabe passando despercebida na vida das mulheres: a administração de suas
finanças. Preocupadas em conciliar todos os compromissos, sejam eles
profissionais ou de toda a família, cuidando de cada detalhe com a maior
atenção, naturalmente deixam este aspecto de lado, não pela falta de
interesse, mas muitas vezes por falta de informações.
Na gestão das finanças, existem alguns elementos que são
fundamentais, como por exemplo, não deixar o assunto para depois. As
finanças devem ser tratadas como prioridade. É importante que se busque o
maior número de informações e que todas as contas sejam acompanhadas,
assim como o orçamento. O acompanhamento desses itens deve se tornar um
hábito.
Por uma série de razões de natureza antropológica, cultural e mesmo
histórica, muitas mulheres receiam assumir o controle do seu próprio dinheiro.
Essas razoes podem ser resumidas ao medo de perder seu companheiro ou
perder a hipótese de ter um, caso assuma responsabilidade plena da sua
situação financeira. É como se independência financeira pudesse ser sinônimo
de solidão. Na realidade, a questão é exatamente a oposta: ao ser
financeiramente independente criamos condições para ter relacionamentos
afetivos de maior qualidade, para fazer escolhas mais livres em relação ao
trabalho e a vida como um todo.
Muitas mulheres pecam na gestão de suas finanças por não fazerem um
orçamento mensal ou por não respeitarem seus limites financeiros. Muitos
19
destes erros são comuns aos erros financeiros cometidos pelos homens, mas
as mulheres assumem-nos com mais facilidade.
Em diversos relacionamentos, o dinheiro é uma grande fonte de
discussões. Isto ocorre devido ao fato de que o dinheiro ainda está associado
a poder e controle e é usado dessa forma muitas vezes, sem que os casais
tenham noção disso. Por outro lado, cada membro do casal tem valores
diferentes em relação à gestão do dinheiro e ainda não aprenderam a se
comunicar reconhecendo e respeitando os seus próprios valores e os do outro.
Quando o casal tem filhos, é interessante que as conversas sobre
educação financeira se iniciem por volta dos 6 anos com o objetivo de os
ensinarem a ser financeiramente auto suficientes. Uma forma de auxiliar o
ensino de educação financeira é introduzir a partir dessa idade as famosas
mesadas, que são uma excelente forma de ensinar as crianças a fazerem e
gerirem um orçamento.
Nem sempre os homens lidam bem com o sucesso profissional das
mulheres. Muitas chegam a ganhar mais que o marido. Nesses casos, é
importante que o casal fale abertamente sobre um possível desconforto sobre
aquilo que sentem com o desequilibro da situação. As conquistas no mercado
de trabalho movimentaram a mulher para a linha da frente no que diz respeito
ao dinheiro. No entanto, o sexo feminino ainda está aprendendo a lidar com as
finanças e, em muitos casos, continua preferindo entregar essa tarefa aos
homens.
Mesmo quando apenas os maridos trabalhavam fora de casa as
mulheres já eram responsáveis pela gestão do orçamento doméstico, e isso as
fez desenvolver muitas das competências do dinheiro, como por exemplo,
gastar equilibradamente, poupar e até mesmo fazer um orçamento. Há
algumas décadas, as mulheres normalmente não trabalhavam fora de casa e
eram financeiramente dependentes dos maridos. O homem tratava dos
assuntos relacionados ao dinheiro. Com a entrada no mercado de trabalho, o
papel da mulher mudou, no entanto, em termos de evolução da espécie
humana 4 ou 5 décadas é um período de tempo muito curto para que as
mulheres se sintam tão capazes de gerir o seu dinheiro tão bem quanto os
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homens, que já o fazem há muitos anos. As mulheres ainda não têm
segurança e sentem necessidade de informação a respeito do assunto.
A principal diferença na forma como cada um dos gêneros lida com o
dinheiro está no fato de que as mulheres são seres mais relacionais e gostam
de tomar decisões partilhadas com seu parceiro, família ou amigos. Já os
homens seguem uma lógica de competição e são mais individualistas nas
decisões que tomam em relação ao dinheiro. Um erro cometido por grande
parte das mulheres é de entregar a gestão do seu dinheiro nas mãos de seus
companheiros.
Normalmente as mulheres são mais reservadas que os homens no que
diz respeito aos investimentos. Para a evolução enquanto espécie ser bem
sucedida, um dos gêneros, aquele que por tradição sempre assegurou o
provimento da família, gosta mais de risco, enquanto que as mulheres que
cuidavam da família e da comunidade, não gostavam de assumir riscos que
pudessem pôr em risco a sobrevivência de sua família. Na visão psicológica,
ainda existem resquícios dessas memórias ancestrais, razão pela qual as
mulheres são geralmente mais avessas ao risco do que os homens, logo
gostam de fazer investimentos mais conservadores. No entanto, esta
mentalidade vem mudando ao longo do tempo, uma vez que as mulheres cada
vez mais percebem sua necessidade de serem financeiramente
independentes, isto é, de assumirem todas as decisões em relação à gestão
do seu dinheiro, o que pressupõe que aprendam de que forma podem e devem
arriscar.
O ideal é que se tenha o compromisso de poupar uma certa quantia
todo mês, de forma regular. Assim que o salário entra na conta deverá sair
uma porcentagem do mesmo ou uma quantia fixa para o investimento
escolhido.
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CAPÍTULO IV
A importância do planejamento financeiro pessoal
na vida das mulheres
Com o passar do século XX, a expectativa de vida do brasileiro
aumentou consideravelmente. Quando em 1900 era de 36 anos, em 2003
saltou para 71,3 anos. Os constantes avanços da ciência e a preocupação com
a qualidade de vida fazem com que esta perspectiva se amplie ainda mais.
Mesmo que a ideia de viver mais tempo seja bastante atrativa, não se pode
esquecer das implicações financeiras dessa nova realidade. Afinal, torna-se
necessário um maior planejamento por conta deste aumento do tempo de vida,
ainda mais porque este é, estatisticamente, maior no sexo feminino. Portanto,
há grandes chances da mulher viver mais que seu companheiro.
Vimos, nos últimos anos, as mulheres conquistarem importantes
espaços no ambiente de trabalho. Mais sensível, ponderada e intuitiva, a
profissional garante novas posições, ascendendo no mercado corporativo, mas
é interessante perceber que não se trata de uma regra: há mulheres que
optam pela rotina doméstica ou mesmo nem conseguem ingressar no mercado
profissional. Isso sem falar nas senhoras de outras gerações, que foram
educadas para atividades do lar e, em determinado momento da vida, seja
pelo divórcio ou falecimento do marido, se veem obrigadas a assumir o leme
das finanças.
O grande desafio, a partir daí, é sair de um estado de falta de
planejamento, para outro em que ele é parte integral e contínua de nossas
vidas. É necessário aprender a tomar decisões inteligentes para o dinheiro,
pois todas as escolhas implicam, de uma forma ou de outra, em custos. O
planejamento ajuda as mulheres a entenderem melhor a sua situação
financeira, assim como auxilia na correção de alguns hábitos nocivos à saúde
financeira, como o consumo por impulso. A tarefa de elaborar um orçamento
permite entender que os recursos são escassos, já que o dinheiro entra
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apenas uma ou duas vezes ao mês, mas sai muitas vezes. Sem um
orçamento, deixamos de ter uma ideia clara de para onde ele está indo.
A necessidade de realizar um planejamento financeiro pessoal seja
antes de realizar um investimento ou na hora de adquirir um bem é de extrema
importância. No caso das mulheres, essa necessidade se torna mais
importante ainda, devido ao fato de que as mulheres precisam pensar mais no
planejamento financeiro do que os homens, por viverem mais e por, apesar
terem conquistado um grande espaço no mercado de trabalho, ainda tem os
salários menores.
Se existe algum objetivo a alcançar, deve-se começar planejando,
definindo-se o objetivo.
Para planejar é necessário conhecer nossa rotina financeira, despesas e
receitas devem ser consideradas, pois se gastarmos mais do que ganhamos,
teremos um saldo negativo, ao contrário, se ganharmos mais do que
gastamos, é possível planejar, economizar.
O ato de planejar é um processo contínuo e dinâmico. Na realidade, é
um conjunto de ações intencionais, coordenadas e orientadas para se atingir
um objetivo futuro, possibilitando a prevenção de eventuais problemas e a
tomada de decisões antecipadamente. Quando o planejamento é bem
realizado, ele pode trazer uma série de benefícios, tais como: controle dos
gastos a serem realizados, melhor desempenho na tarefa a ser executada,
resolução antecipada de problemas e até melhoria nas decisões a serem
tomadas.
O tempo que se gasta realizando um planejamento é extremamente
necessário, podendo evitar sérios problemas futuros. Através do planejamento
é possível minimizar o aparecimento de “surpresas desagradáveis”.
“Preparar-se para o inevitável, prevenindo o
indesejável e controlando o que for controlável”
Peter Drucker
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Para obtermos um planejamento financeiro de sucesso, é preciso
definir os objetivos, prioridades e ter foco. A vida produtiva tem fases e em
cada uma dela encaramos diferentes desafios. Através do planejamento, é
possível identificar as oportunidades e dificuldades de cada fase, e, elaborar
estratégias para enfrentar as diferentes situações.
A adequada gestão financeira permite a programação do orçamento, a
racionalização de gastos e a otimização de recursos monetários. É um
processo racional de administrar renda, despesas, investimentos, patrimônio,
dívidas, tendo como objetivo a realização de sonhos e desejos.
Através de uma orçamentação financeira será possível acompanhar a
real situação financeira, verificar gastos e ganhos, evitar comprar por impulso,
saber como gastar o dinheiro e também aprender a poupar, auxiliar as
decisões na hora de gastar e prever situações não planejadas, evitando dessa
forma, consequências indesejáveis. A gestão do orçamento ajuda a adotar
uma vida financeira mais responsável.
1.1 - Elaborando um planejamento financeiro
Finanças pessoais requerem decisões e abnegações. Seguem abaixo
algumas orientações para elaboração de um planejamento financeiro pessoal:
1.1.1 Traçar objetivos:
Nesta etapa, é onde é definido onde se quer chegar, qual o
objetivo a ser atingido, sonho, como por exemplo, casa própria, trocar de
carro, poupar dinheiro para educação ou dos filhos, fazer a viagem dos
sonhos, investir, montar o próprio negócio, ter uma boa aposentadoria, e
assim por diante.
1.1.2 Definir a estratégia:
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É onde elabora-se o que e como vai fazer para alcançar o
objetivo definido na etapa anterior.
1.1.3 Cuidar do orçamento:
Etapa onde todas as despesas devem ser levadas em
consideração, essas despesas devem ser informadas nos mínimos
detalhes, na “ponta do lápis”. O ideal é elaborar uma planilha e
alimentá-la com todas as informações necessárias.
1.1.4 Acompanhamento:
Nesta fase deve-se verificar se o planejamento está sendo
cumprido, se sua gestão financeira está sendo eficaz para atingimento
do objetivo.
Exemplo de um planejamento financeiro simples:
Objetivo: Poupar para a reforma da casa
Estratégia: Investir R$ 150,00, durante 2 anos
Cuidar do orçamento: Elaborar planilha, descrever todas as despesas e
todos os ganhos, cortar algumas despesas.
Acompanhar: Verificar se a estratégia usada está sendo correta e se o
objetivo será atingido no prazo estipulado.
Pesquisas mostram que a maior parte dos brasileiros não tem o hábito
de poupar nem fazer reserva para garantir o atingimento dos objetivos, ou até
mesmo, a aposentadoria. Ainda é baixa a percepção da importância de
investir para gerar mais dinheiro.
Existem ainda as pessoas que confundem conceitos de investir e
comprar e preferem o consumo imediato financiado pelo crédito, sem
preocupações com taxas de juros cobradas pelos bancos. Este
comportamento fica mais evidente para os consumidores das classes C, D e E.
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Tão importante quanto elaborar um bom planejamento e gerenciar o
orçamento, é adequar as finanças para poder poupar um pouco do que se
ganha. Serão essas reservas financeiras que permitirão a realização de
sonhos e também evitarão surpresas e imprevistos que podem pesar no bolso
posteriormente.
Em geral, os brasileiros não valorizam pequenas quantias. Não foram
educados para obter resultados a partir da unidade. Como diz o ditado
popular, “de grão em grão, a galinha enche o papo.”
É importante dar valor a unidade, por exemplo, economizando-se R$
1,00 ao dia, no final do ano terá economizado R$ 365,00.
26
CAPÍTULO V
Consumo consciente
Consumir em excesso é um problema que afeta mais as mulheres do
que os homens. A proporção é de 4 para 1. Nos casos graves, considerados
doença, a obsessão por compras é cientificamente denominada oneomania.
Existem inclusive tratamentos nos padrões de tratamentos para viciados e
jogos ou drogas.
Os especialistas no tema ainda não sabem ao certo o motivo da doença
afetar mais as mulheres. Acredita-se que neste caso, pesem as condições
culturais, e não os hormônios.
Como mostrados nos capítulos anteriores, as mulheres foram
incorporadas ao mercado de trabalho e hoje já ocupam posições de comando.
Do restrito ambiente do lar para o fascinante mundo profissional e dos
shoppings, o universo feminino mudou.
A indústria de propagandas se esmerou em dirigir mensagens
encantadoras diretamente às mulheres, induzindo-as ao consumo.
É comum as mulheres ficarem simplesmente perdidas quando vão ao
shopping. Propagandas e vitrines induzem-nas a ter um desejo de comprar
algo, muitas vezes sem necessidade. Há relatos de mulheres que entram em
lojas procurando algo para comprar, pelo simples prazer de gastar.
Podemos ver exemplo de uma consumista exagerada no filme “Delírios
de Consumo de Becky Bloom”, baseado no livro Confessions of a
Shopaholic da escritora Sophie Kinsella. O filme conta a história de uma
garota viciada em compras que acaba contraindo diversas dívidas devido às
compras sem necessidade. Basicamente nos mostra que a compulsividade é
um reflexo de alguma insegurança e que ela pode ser destrutiva para as
nossas vidas.
A ansiedade em ter todos os produtos que estão na moda, comprar
várias roupas e sapatos mesmo com o armário abarrotado de roupas é um
sinal de perda de controle. Antes de realizar uma compra é necessário pensar
27
na real necessidade de adquirir aquele produto e refletir sobre o gasto. Antes
de comprar. Como dito no capítulo anterior, é necessário que se faça um
planejamento. O ideal é que se tente pagar as compras sempre a vista, isso
ajudará a evitar futuros endividamentos, de forma que os recursos não serão
esgotados com produtos que não irão proporcionar a mesma satisfação no
longo prazo e que só geram desperdício.
Todos os dias temos que optar entre o desejo e a necessidade, o prazer
de hoje ou o de amanhã.
“Ou guardo dinheiro e não compro o doce
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
E vivo escolhendo o dia inteiro!”
Cecília Meireles
O que Cecília Meireles chama de “ou isto ou aquilo”, os economistas
chamam de “trade off”, que nada mais é do que o princípio da escolha. Fazer
escolhas de forma impulsiva gera prejuízos ao longo da vida. Para fazer a
escolha correta, é necessário levar em consideração um outro conceito
econômico, que é o custo de oportunidade. Na economia, o custo de
oportunidade é a taxa de juros. Por outro lado, na vida de uma pessoa, o custo
de oportunidade é a prioridade, o que vai satisfazê-la, deixa-la mais feliz.
O fato é que sempre haverá de ser feita uma escolha, e quanto mais
preparo, mais acertada será a decisão a ser tomada.
Na hora de realizar uma compra, é muito comum a mulher comprar por
impulso. Geralmente compram muitos artigos que não necessitam. Na
verdade, é difícil resistir aos apelos e seduções de consumo, mas para manter
as finanças em ordem é importante não ceder aos impulsos consumistas.
Para muitas pessoas, consumo significa inclusão (sentimento de
pertencimento), status (bens são símbolos de posição social) e melhora na
autoestima (comprar faz bem). Sentem-se tentadas diante de promoções
(sensação de oportunidade única) e facilidades de pagamento.
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Além de provocar o descontrole do orçamento com compras
desnecessárias, o consumismo agrava a desigualdade social, afeta a
sociedade, o meio ambiente e compromete a sustentabilidade do planeta.
A educação financeira pode conscientizar os indivíduos para a
importância do planejamento financeiro, a fim de desenvolverem relação
equilibrada com o dinheiro e adotarem decisões sobre finanças e consumo de
boa qualidade. Ela pode, também, estimular a população a fazer reservas
financeiras.
As pessoas que têm um grau de educação financeira elevado estão
menos propensas a sustentar padrões de consumo incompatíveis com a
renda. Mas não é o que acontece na realidade. Muitas pessoas infelizmente
não planejam gastos, não pensam no longo prazo, retardam a preparação para
a aposentadoria, têm dificuldades para tomar empréstimos. Nesse caso, as
pessoas das classes C, D e E são as mais vulneráveis na interação com o
Sistema Financeiro.
É necessário que tenhamos uma boa base no que se refere a educação
financeira. Precisamos evitar gastos desnecessários, organizar nossa vida
financeira e investir. Como tudo na vida, a tarefa de organização financeira não
é fácil e requer muita disciplina. Para uma boa organização financeira é
necessário planejar de forma realista e concisa, dentro de nossas
possibilidades.
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CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho pudemos verificar que mesmo que as mulheres
tenham conquistado um grande espaço no mercado de trabalho, e que muitas
delas são hoje responsáveis pela gestão do seu próprio orçamento ou de suas
famílias na hora de investir ainda se expõem menos a riscos.
Diferente do público masculino, que tem mais propensão a assumir
riscos, a mulher demonstra um perfil bastante conservador. Isso talvez se
explique pela própria natureza humana feminina, uma vez que o homem saia
para caçar - correndo riscos - a mulher tinha que garantir a estabilidade familiar
cuidando de seus filhos e da habitação, dando assim, alicerce para as
empreitadas masculinas e garantindo assim a perpetuação da espécie.
Dessa forma, é necessário que elas revolucionem sua postura,
tornando-se mais ativas na gestão dos seus recursos e mais agressivas no seu
perfil de investimentos, que sempre façam planejamento antes de tomar
qualquer atitude com o dinheiro, e isso só é possível através da informação e
educação financeira.
Através de um planejamento conciso e embasado, é possível traçar os
objetivos e definir a metodologia para subsidiar a conquista de nossos sonhos,
evitando as temidas tentações e realizar gastos desnecessários ou superfluos,
por impulso.
A elaboração de um orçamento financeiro também nos permite elaborar
uma contabilidade mais objetiva, de modo que passamos a entender melhor a
nossa situação econômica, e ajuda a avaliar o esforço necessário para a
realização de uma meta, como a aquisição de um imóvel, por exemplo. Além
disso, o planejamento nos ajuda a rever hábitos, trazendo a motivação
necessária para que comecemos a gastar menos dinheiro.
Indubitavelmente, percebemos a evolução feminina acontecendo. A
conquista de direitos civis, espaço no ambiente profissional, a equidade de
gêneros. Esta vitória vem sendo forjada com maestria e muita força de vontade
por parte das mulheres.
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Mas devemos salientar que ainda há muito por fazer, como a própria
independência na gestão de seus recursos. A mulher, mais do que o homem,
precisa de infraestrutura – como creches para seus filhos – para ter mais
liberdade (e tranquilidade) de coexistir profissionalmente com o público
masculino e, assim, lutar de igual para igual pelas oportunidades.
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GLOSSÁRIO
Visa: companhia global de tecnologia de pagamentos.
BM&FBOVESPA: é uma companhia que administra mercados
organizados de títulos, valores mobiliários e contratos derivativos, além de
prestar serviços de registro, compensação e liquidação, atuando,
principalmente, como contraparte central garantidora de liquidação financeira
das operações realizadas em seus ambientes.
BACEN: o Banco Central do Brasil é a autarquia federal integrante do
Sistema Financeiro Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Fazenda
IBGE: O Instituto brasileiro de geografia e estatística é o principal
provedor de dados e informações do país, que atendem as necessidades dos
mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das
esferas governamentais federal, estadual e municipal.
OECD: A organização para cooperação econômica e desenvolvimento é
uma organização econômica internacional de 34 países fundada para estimular
o progresso econômico e o comércio mundial.
ENEF: A estratégia nacional de educação financeira foi instituída por
decreto presidencial e tem como objetivos promover a educação financeira e
previdenciária, aumentar a capacidade do cidadão para realizar escolhas
conscientes sobre a administração dos seus recursos e contribuir para a
eficiência e a solidez dos mercados financeiro, de capitais, de seguros, de
previdência e de capitalização.
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NEFE: National endowment for financial education. É a principal
organização sem fins lucrativos privada dedicada a inspirar realizações para
indivíduos e famílias através de decisões financeiras em todas as fases da
vida.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
- CERBASI, Gustavo. Casais inteligentes enriquecem juntos. Editora Gente,
2004.
- CERBASI, Gustavo. Investimentos Inteligentes. Editora Thomas Nelson
Brasil, 2008. - CERBASI, Gustavo. Os Segredos dos Casais Inteligentes. Editora GMT,
2012.
- CERBASI, Gustavo. Como organizar sua vida financeira. Editora Campos
elsevier, 2009.
- Luquet, Mara. Assef, Andrea. Meninas Normais Vão ao Shopping.
Meninas Iradas Vão à Bolsa. Editora Saraiva, 2006.
- Luquet, Mara. Assef, Andrea. Meninas Normais Casam. Meninas Iradas
Investem na Relação. Editora Saraiva, 2009.
- Luquet, Mara. Assef, Andrea. Aposentada Ficava a Sua Avó. Editora
Saraiva, 2008.
- Orman, Suze. As mulheres e o dinheiro. Editora nova fronteira, 2009.
- Carrilho, Pedro Queiroga. O primeiro milhão para casais. Editora
academia, 2013.
- Revista de finanças pessoais para mulheres Elas & Lucros. Editora letras e
lucros.
- Filme Os delírios de consumo de Becky Bloom, Confessions of a shopaholic.
P.J. Hogan, 2009
- www.bcb.gov.br
- www.bmfbovespa.com.br
- www.visa.com.br
- www.ibge.gov.br
- www.wikpedia.com
- www.nefe.org