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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC LUÍS HENRIQUE BRUM DE LIMA ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DA LOJA “COXINHAS NO COPO” Porto Alegre 2015

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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

LUÍS HENRIQUE BRUM DE LIMA

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DA LOJA “COXINHAS NO

COPO”

Porto Alegre

2015

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LUÍS HENRIQUE BRUM DE LIMA

ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA A IMPLANTAÇÃO DA LOJA “COXINHAS NO

COPO”

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC

apresentado como requisito à obtenção do grau de

Bacharel em Administração de Empresas, na

Faculdade de Administração do Centro

Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER.

Orientador: Prof. Me. Maximiliano Kruel

Porto Alegre

2015

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RESUMO

O presente trabalho visa o estudo de viabilidade para implantação de uma loja de coxinhas no

copo com o conceito takeaway (levar para comer) no bairro Centro Histórico de Porto Alegre.

O empreendimento será idealizado pelo próprio aluno que está aplicando a pesquisa. Foi

realizada a fundamentação teórica do trabalho na revisão de literatura com pesquisa

bibliográfica, onde apresentou aspectos importantes como o empreendedorismo e os itens

necessários para a construção do plano de negócios para que fossem atingidos os objetivos

propostos. Sendo eles a avaliação de mercado consumidor, fornecedor e concorrente,

conhecer o público consumidor, analisar e elaborar o plano financeiro. Após o embasamento

teórico foi realizada uma pesquisa quantitativa a fim de conhecer o público consumidor, onde

posteriormente é apresentado na análise de resultados. O estudo apontou viabilidade e retorno

financeiro interessante.

Palavras-Chave: Plano de negócios. Viabilidade. Empreendedorismo. Coxinhas.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Os quatro Ps ou marketing mix ................................................................................ 23

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Gênero dos entrevistados ....................................................................................... 46

Gráfico 2 - Idade dos entrevistados .......................................................................................... 47

Gráfico 3 - Grau de escolaridade dos entrevistados ................................................................. 48

Gráfico 4- Renda familiar dos entrevistados ............................................................................ 49

Gráfico 5 - Lanche consumido com mais frequência ............................................................... 51

Gráfico 6 - Frequência semanal de lanches consumido pelo os entrevistados ......................... 52

Gráfico 7 - Gasto médio com lanches ...................................................................................... 53

Gráfico 8- Seleção do local para o lanche ................................................................................ 54

Gráfico 9 - Fatores para o consumo no estabelecimento escolhido ......................................... 56

Gráfico 10 - Turno consumido ................................................................................................. 57

Gráfico 11 - Meio de comunicação .......................................................................................... 58

Gráfico 12 - Grau de satisfação ................................................................................................ 59

Gráfico 13- Sabores das coxinhas ............................................................................................ 60

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Formação de equipe................................................................................................. 28

Tabela 2 - Fluxo de Caixa Mensal ............................................................................................ 36

Tabela 3 - Estrutura da demonstração do resultado no exercício ............................................. 37

Tabela 4 - Apresentação sintética de balanço patrimonial ....................................................... 38

Tabela 5 - Estrutura simplificada do balanço patrimonial ........................................................ 39

Tabela 6 - Gênero dos entrevistados......................................................................................... 46

Tabela 7 - Idade dos entrevistados ........................................................................................... 47

Tabela 8 - Grau de escolaridade dos entrevistados................................................................... 48

Tabela 9 - Renda familiar dos entrevistados ............................................................................ 49

Tabela 10- Lanche consumido com mais frequência ............................................................... 50

Tabela 11 - Frequência semanal de lanches consumido dos entrevistados .............................. 51

Tabela 12 - Gasto médio com lanches ...................................................................................... 52

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Tabela 13- Seleção do local para o lanche ............................................................................... 54

Tabela 14- Fatores para o consumo no estabelecimento escolhido .......................................... 55

Tabela 15 - Turno consumido ................................................................................................... 57

Tabela 16 - Meio de comunicação ............................................................................................ 58

Tabela 17 - Grau de satisfação ................................................................................................. 59

Tabela 18 – Sabores das coxinhas ............................................................................................ 60

Tabela 19 - Tributação Simples Nacional ................................................................................ 64

Tabela 20 - Valores dos produtos ............................................................................................. 68

Tabela 21 - Despesas pré-operacionais .................................................................................... 70

Tabela 22 – Investimentos fixos - Equipamentos ..................................................................... 71

Tabela 23 - Total investimentos fixos ...................................................................................... 71

Tabela 24 - Previsão de Capital de Giro ................................................................................... 72

Tabela 25 - Capital necessário para investimento .................................................................... 72

Tabela 26 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 1 vez por semana ................... 73

Tabela 27 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 2 vezes por semana ................ 74

Tabela 28 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 3 vezes por semana ................ 74

Tabela 29 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 4 vezes por semana ................ 74

Tabela 30 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 5 vezes por semana ................ 75

Tabela 31 - Tíquete médio por visita ........................................................................................ 75

Tabela 32 - Previsão de Receita Cenário Pessimista ................................................................ 76

Tabela 33 - Previsão de Receita Cenário Realista .................................................................... 76

Tabela 34 - Previsão de Receita Cenário Otimista ................................................................... 76

Tabela 35 - Previsão de Receita Cenário Pessimista - Com descrição de produtos ................. 77

Tabela 36 - Previsão de Receita Cenário Realista - Com descrição de produtos .................... 77

Tabela 37 - Previsão de Receita Cenário Otimista - Com descrição de produtos .................... 77

Tabela 38 - Custos fixos ........................................................................................................... 78

Tabela 39 - Custos variáveis - Cenário Pessimista ................................................................... 79

Tabela 40 - Custos variáveis - Cenário Realista ....................................................................... 79

Tabela 41 - Custos variáveis - Cenário Otimista ...................................................................... 80

Tabela 42 – DRE da empresa ................................................................................................... 80

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5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8

2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO SEU AMBIENTE ......... 10

3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA ......................................................................... 11

4 OBJETIVOS DO TRABALHO .......................................................................... 13

4.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................... 13

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................... 13

5 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA .................................................. 14

6 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 15

6.1 EMPREENDEDORISMO .............................................................................. 15

6.2 FRANQUIAS ................................................................................................. 16

6.3 CONCEITO TAKE AWAY .............................................................................. 18

6.4 PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................... 19

6.5 MERCADO .................................................................................................... 20

6.5.1 Mercado consumidor ...................................................................................... 20

6.5.2 Mercado concorrente ...................................................................................... 21

6.5.3 Mercado fornecedor ........................................................................................ 21

6.6 PLANO E ESTRATÉGIA DE MARKETING .............................................. 22

6.7 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................ 25

6.8 LAYOUT ......................................................................................................... 26

6.9 ASPECTOS JURÍDICOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS ................................. 26

6.10 ASPECTOS PARA ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA ................................ 27

6.10.1 Recursos Humanos (Equipe) .......................................................................... 28

6.11 ASPECTOS FINANCEIROS ......................................................................... 29

6.11.1 Investimentos iniciais ..................................................................................... 29

6.11.2 Custos e receitas ............................................................................................. 30

6.11.3 Índices de lucratividade e rentabilidade ......................................................... 30

6.11.4 Ponto de equilíbrio financeiro ........................................................................ 32

6.11.5 Capital de giro ................................................................................................ 33

6.11.6 Fluxo de caixa ................................................................................................. 34

6.11.7 Demonstração de resultado do exercício (DRE) ............................................ 36

6.11.8 Balanço patrimonial ........................................................................................ 37

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7 METODOLOGIA ................................................................................................. 40

7.1 TIPO DA PESQUISA .................................................................................... 40

7.2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ......................................................... 41

7.3 INSTRUMENTOS DE COLETA .................................................................. 41

7.4 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA ..................................... 42

7.5 TAMANHO DA AMOSTRA ........................................................................ 42

7.6 LOCAL DA APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS .................................. 43

7.7 ANÁLISE DE DADOS .................................................................................. 44

8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 45

8.1 IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DOS ENTREVISTADOS.......................... 45

8.1.1 Questão 1: Gênero .......................................................................................... 46

8.1.2 Questão 2: Idade ............................................................................................. 47

8.1.3 Questão 3: Qual seu grau de escolaridade? .................................................... 48

8.1.4 Questão 4: Qual a faixa de renda familiar? (Compreende renda familiar a

soma de todas as rendas dos integrantes de sua residência). ...................................... 49

8.2 ENTENDIMENTO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR .......... 50

8.2.1 Questão 5: Qual lanche você faz com mais frequência? ................................ 50

8.2.2 Questão 6: Com qual frequência você faz esses lanches? .............................. 51

8.2.3 Questão 7: Qual o valor gasto nesses lanches?............................................... 52

8.3 ASPECTOS PARA A ESCOLHA DO ESTABELECIMENTO,

PREFERÊNCIAS E COMPORTAMENTO .............................................................. 53

8.3.1 Questão 8: Como você seleciona o local para fazer seu lanche?.................... 53

8.3.2 Questão 9: Quais são os fatores que você mais leva em consideração ao

consumir no estabelecimento escolhido? (Marque até 3 alternativas) ....................... 55

8.3.3 Questão 10: Em que turno do dia você costuma fazer seu lanche? ................ 56

8.3.4 Questão 11: Qual veículo de comunicação você mais utiliza? ....................... 57

8.3.5 Questão 12: Qual seu grau de satisfação em relação aos estabelecimentos que

você faz o seu lanche no Centro Histórico de Porto Alegre? ..................................... 58

8.3.6 Questão 13: Quais os sabores de coxinha frita você consome ou consumiria?

59

9 PLANO DE NEGÓCIOS ..................................................................................... 62

9.1 DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO ........................................................................ 62

9.2 MERCADO CONCORRENTE ...................................................................... 62

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9.3 MERCADO FORNECEDOR ........................................................................ 63

9.4 ASPECTOS LEGAIS ..................................................................................... 64

9.4.1 Razão Social e Enquadramento ...................................................................... 64

9.4.2 Registro e formalização da empresa ............................................................... 64

9.5 ASPECTOS PARA ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA ................................ 65

9.6 ASPECTOS TÉCNICOS ................................................................................ 66

9.6.1 Localização ..................................................................................................... 66

9.6.2 Layout ............................................................................................................. 66

9.6.3 Equipamentos necessários .............................................................................. 66

9.7 PLANO E ESTRATÉGIA DE MARKETING .............................................. 67

9.7.1 Produto ........................................................................................................... 67

9.7.2 Preço ............................................................................................................... 68

9.7.3 Praça ............................................................................................................... 69

9.7.4 Promoção ........................................................................................................ 69

9.8 PLANO FINANCEIRO .................................................................................. 70

9.8.1 Investimentos Iniciais ..................................................................................... 70

9.8.2 Receita ............................................................................................................ 73

9.8.3 Custos ............................................................................................................. 78

9.8.4 Resultado Operacional Mensal ....................................................................... 80

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 82

10.1 Síntese conclusiva .......................................................................................... 82

10.2 Limitações da pesquisa ................................................................................... 83

10.3 Sugestões para futuras pesquisas .................................................................... 83

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 84

APÊNDICE ................................................................................................................... 87

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................ 87

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1 INTRODUÇÃO

Com a crescente taxa de desemprego no Brasil em 2015, segundo dados divulgados

pelo IBGE e noticiados no portal O Globo em setembro deste ano, OGlobo (2015). Buscam-

se alternativas no empreendedorismo para conseguir a recolocação no mercado de trabalho.

Uma das preferências são as franquias ou seguir os mesmos modelos por elas adotados.

Negócios pelo qual já há uma consolidação no mercado e uma transferência de conhecimento.

Assim buscando uma forma mais segura de tornar-se empresário.

O mercado de alimentação é altamente competitivo, a construção de uma gama de

clientes é de grande dificuldade. Não basta oferecer um serviço razoável, é necessário saber

exatamente o que o cliente quer e superar as suas expectativas.

O consumidor sempre espera por uma experiência no estabelecimento visitado,

independente do porte da empresa, esta podendo ser tangível e apenas saciando uma

necessidade – a alimentação. Ou intangível composta por elementos tais como, ambiente,

higiene e aspectos na decoração. Fazer refeições ou lanches em estabelecimentos comerciais,

também está associado a sair da rotina, a diversão e o bem-estar.

O início de uma empresa é bastante diferente de começar uma nova relação de

trabalho como funcionário. O novo empreendedor será totalmente responsável pelo negócio,

tomará todas as decisões e serão de suma importância sua persistência e dedicação ao longo

do tempo.

Por estes motivos todo o novo empreendedor deve se precaver ao máximo na hora de

abrir o seu negócio. A análise de viabilidade e a construção de um bom plano de negócio são

de grande importância para que o objetivo almejado se concretize.

Para alcançar o objetivo proposto de analisar a viabilidade para a implantação deste

novo negócio de alimentação, o presente trabalho foi estruturado em dez capítulos. Os

capítulos iniciais apresentam a caracterização da organização, o que será demonstrado no

decorrer da construção do trabalho, a situação problemática que motivou a execução do

mesmo, o objetivo geral e os específicos, e a justificativa da escolha do tema.

No sexto capítulo é apresentada a revisão de literatura elaborada com pesquisa

bibliográfica, com a abordagem dos temas empreendedorismo, franquias, conceituação de

take away e plano de negócios. Este último de vital importância para a realização do trabalho,

que pelo qual propõe o estudo do mercado – consumidor, concorrente e fornecedor, o plano e

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estratégia de marketing, aspectos jurídicos, organizacionais e o plano financeiro para a

empresa.

A metodologia da pesquisa que foi utilizada neste trabalho, com o tipo, caracterização,

instrumentos de coleta, delimitação do universo da pesquisa, tamanho da amostra, o plano

para análise de dados e o local da aplicação dos questionários, é tema abordado no sétimo

capítulo.

O oitavo capítulo apresenta o resultado da pesquisa quantitativa realizada, com a

identificação do perfil dos entrevistados, entendimento do comportamento do consumidor, e

finalizando com os aspectos para a escolha do estabelecimento, preferências e

comportamento.

O desenvolvimento do plano de negócios é demonstrado no nono capítulo. Com a

descrição do negócio, aspectos para a organização da empresa, tanto de recursos humanos,

quanto técnicos, o plano de marketing, o estudo do mercado e o plano financeiro.

O encerramento do trabalho se dá no décimo capítulo, com a apresentação das

considerações finais, que pelo qual constam a síntese conclusiva após a análise de resultados e

a elaboração do plano de marketing, as limitações da pesquisa e sugestões para futuras

pesquisas.

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2 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO SEU AMBIENTE

A descrição das características da organização e do seu ambiente serão expostos

durante a construção deste trabalho. Tendo em vista que se trata de um novo empreendimento

em desenvolvimento.

O ponto central deste trabalho é analisar a viabilidade financeira e implantação da

empresa Coxinhas no Copo, e no desenvolvimento desta pesquisa apresentar as características

que irão nortear este novo negócio, que terá como atividade o comércio de coxinhas fritas em

sistema take away no bairro Centro Histórico de Porto Alegre.

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3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

A importância desta pesquisa está nos dados que o mesmo apresentará ao futuro

empreendedor, neste caso o próprio aluno que está executando este projeto. Empresário desde

os 18 anos, sem nunca ter trabalho como funcionário, viu-se sem perspectivas no mercado ao

vender seus últimos empreendimentos: Chairs Resto Lounge, Villa Assumpção e Parador

Chairs Gourmet - Atlântida, todas no período de 2013 até início de 2015.

Apontando como impulsionadores do insucesso, a falta de experiência no ramo de

alimentação, a exaustão e a má reputação do ponto comercial, funcionários antigos e com

vícios e a falta de capital de giro para novos investimentos de inovações no ponto, este último

causado pelo grande investimento na aquisição dos pontos comerciais.

Para aquisição destes pontos comerciais não existiu análise de viabilidade e construção

de plano de negócios, o empreendedor guiou-se apenas pelos projetos do antigo proprietário.

Desta forma percebe-se a fundamental necessidade desta análise de viabilidade para

realização de um novo negócio.

Além destas últimas experiências no ramo de alimentação o empreendedor também foi

sócio de empresas como Shock Produtora (2005-2006), onde por pensamentos divergentes

causou o rompimento entre os sócios, empresa na qual obteve sucesso em todo seu

funcionamento; Praiano Bar – Atlântida (2006-2007), projeto realizado por temporada e com

objetivo alcançado; Dub Hall Casa Noturna (2007), encerramento de atividades com um ano

de funcionamento por prejuízos acumulados; e Ganesh Eventos/NewFever Produtora (2007-

2015), no qual o profissional obteve sua maior experiência empresarial, com gestão de

funcionários, gestão de grandes equipes terceirizadas para realização de eventos, contato e

negociação com fornecedores, gestão financeira e relacionamento com empresários do show

business. O empreendedor segue atuando no setor, porém com um volume reduzido de

eventos, com receita limitada e sem escritório e funcionários.

A viabilidade do negócio poderá ser demonstrada através de estudos e análises de

variáveis importantes para o bom andamento da organização, como aspectos mercadológicos,

econômicos, legais e financeiros.

A empresa a ser constituída “Coxinhos no Copo (nome provisório)”, tem o intuito de

se destacar no mercado de lanches rápidos e custo abaixo do praticado no mercado. Com a

expectativa de abertura de unidade com baixo investimento – até R$ 100.000,00, com

rentabilidade acima dos atuais modelos de franquias e lojas de lanches, e com payback abaixo

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de 15 meses. Tem como público alvo consumidores da classe C, D e E, transeuntes do bairro

Centro Histórico de Porto Alegre, que pelo qual circulam mais de 500.000 pessoas, conforme

indicação da própria prefeitura em seu site.

Porém, abrir um novo negócio apenas pela ideia, necessidade e custo baixo, não

significa a certeza de sucesso. É necessário no período que antecede a realização do projeto,

que sejam avaliados dados no mercado que indiquem o sucesso e minimizem os riscos.

Outro fator de grande importância dentro da pesquisa de mercado é a descoberta da

necessidade da quantidade de capital, que o empreendedor deve possuir para a realização do

negócio. Fazendo uma análise financeira, onde são identificadas as possíveis futuras receitas e

custos. E também o valor total para a abertura da loja.

Baseando-se nos fatores expostos, a proposta deste trabalho é:

Há viabilidade para a abertura de uma loja “Coxinhas no Copo”?

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4 OBJETIVOS DO TRABALHO

Este trabalho tem como objetivo verificar a viabilidade para implantação de uma loja

para comércio de coxinhas fritas servido em copo. Esta análise se dará com o

desenvolvimento de um plano de negócios.

4.1 OBJETIVO GERAL

O presente estudo tem como objetivo geral, analisar a viabilidade para implantação de

uma loja de “Coxinhas no Copo” no Centro Histórico de Porto Alegre.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Com a finalidade de atingir de forma satisfatória o objetivo geral deste trabalho, serão

utilizados os objetivos específicos a seguir, como base para compreensão mais abrangente do

objetivo proposto.

a) Avaliar os aspectos de mercado, considerando os consumidores, concorrentes e

fornecedores;

b) Demonstrar aspectos financeiros, investimento inicial, a perspectiva de receitas e

custos, rentabilidade, o payback e o breakeven.

c) Descobrir o público frequentador do Centro Histórico de Porto Alegre e possíveis

consumidores do negócio

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5 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

O estudo da viabilidade disponibilizará dados e informações sobre o consumidor,

concorrência e fornecedores, assim como o capital necessário para a abertura da loja,

perspectivas de receitas e custos.

Desta forma apoiando a apontar se existe ou não a viabilidade para abertura da

empresa, evitando assim que a empresa venha a existir por um curto espaço de tempo.

Fechando as portas muito antes de atingir todo e qualquer objetivo e chegando a sua falência,

virando estatística do mercado brasileiro. Conforme o caderno de economia do site de notícias

UOL (2012) “de cada 100 empresas abertas no Brasil, 48 encerraram suas atividades em três

anos. O dado faz parte de um estudo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística), com informações de 2010”.

Pelo simples fato de não ter existido qualquer planejamento e construção de um plano

de negócios, onde se encontra regras básicas e de grande importância para a abertura de um

negócio. Encontra-se viabilidade e oportunidade da investigação, tendo em vista que já

existem em mercados semelhantes, de grande concentração de consumidores de classes

populares, empreendimentos parecidos com o proposto neste trabalho.

Em pesquisa de várias franquias já existentes no mercado, boa parte indicou um

payback consideravelmente longo e uma rentabilidade baixa. Além de exigir investimentos e

grandes riscos com a quantidade de mão-de-obra exigida. Dentre uma das franquias

pesquisadas, chamou atenção o grupo de lojas “Zé Coxinha” que se diferenciou das demais,

localizada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Espírito Santo.

Onde, segundo informações do franqueador publicados no site hypeness (2014), apresenta

uma rentabilidade de 16% e payback de aproximadamente sete meses.

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6 REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo visa conceituar os temas: empreendedorismo, plano de negócios, o

estudo do mercado consumidor, concorrentes e fornecedores, além de pontos relevantes como

localização, as obrigações legais para a abertura de uma empresa, aspectos de estrutura

organizacional, finanças - envolvendo investimento inicial, custos, receitas, fluxo de caixa,

rentabilidade, breakeven financeiro e payback. Com citações de autores que possam auxiliar o

aluno para o desenvolvimento do projeto.

6.1 EMPREENDEDORISMO

O empreendedorismo tem como ponto de partida o indivíduo ou conjunto de pessoas

que assumem o risco de começar um negócio próprio. Motivados por ideias inovadoras, ou

espelhamento de cases de sucesso, e em nosso país muitas vezes pela necessidade de inserção

ou recolocação no mercado de trabalho. Um levantamento no ano 2000, realizado pela Global

Entrepreneurship Monitor sobre empreendedorismo, que entrevistou 43 mil pessoas em 21

países, para cada oito brasileiros em idade adulta, um estava abrindo ou pensando em abrir um

negócio, GEM (2011). Este número colocava o Brasil em primeiro lugar no mundo de espírito

empreendedor.

A definição apresentada por Shane e Venkataraman (apud Baron, 2007, p.6), “o

empreendedorismo, como uma área de negócios busca entender como surgem as

oportunidades para criar algo novo (novos produtos ou serviços, novos mercados novos

processos de produção ou matérias-primas, novas formas de organizar as tecnologias

existentes).”

Para Maximiano (2011, p.4):

O empreendedor, em essência, é a pessoa que tem capacidade de idealizar e realizar

coisas novas com capacidade de imaginar e fazer as coisas acontecerem. Outras

pessoas, ao contrário, podem ser apenas criativas ou apenas implementadoras, sem a

habilidade de combinar esses dois traços básicos de comportamento.

Frequentemente as empresas começam logo pela execução, partindo já para abertura

no negócio e esperando pelo aprendizado na prática. Raramente é elaborado um planejamento

antes da abertura do mesmo. É essencial a elaboração de um plano de negócios com o intuito

de minimizar os riscos e examinar a viabilidade para a abertura do novo empreendimento.

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Segundo pesquisa apresentada pelo SEBRAE/DF (2013), tomando como referência

empresas abertas no ano de 2007, a taxa de sobrevivência das empresas com até 2 anos de

atividade foi de 75,6%. Indicativo importante da falta de planejamento do empreendedor.

6.2 FRANQUIAS

Um dos norteadores que visa a elaboração desta análise de viabilidade é a comparação

com o mercado de franquias e lojas do mesmo ramo de atuação. A aplicação deste meio de

expansão e abertura de novos negócios vem sendo cada vez mais utilizado por empresas dos

mais variados portes e seguimentos. Conforme Dornelas (2012, p.215) este “é um modelo de

negócios que visa estabelecer uma estratégia para distribuição e comercialização de produtos

e serviços. Existe dois atores principais no processo: o franqueador e o franqueado. Para que o

sistema tenha êxito e todos saiam ganhando, é importante a relação de parceria”.

Conforme a lei n° 8.955, de 15 de dezembro de 1994, que dispõe sobre o contrato de

franquia empresarial (franchising):

Art. 1° - Os contratos de franquia empresarial são disciplinados por esta Lei.

Art. 2° - Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao

franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição

exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao

direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócios ou sistema

operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração

direta ou indireta, sem que, no entanto fique caracterizado vínculo empregatício.

As definições dos dois participantes deste negócio são os seguintes, de acordo com

definição de Dornelas (2012). Franqueador: é a empresa detentora da marca, que idealiza,

formata e concede a franquia do negócio ao franqueado. Do outro lado está o franqueado, que

é uma pessoa física ou jurídica, que adere à rede de franquia, investindo recursos no próprio

negócio, o qual será operado com a marca do franqueador e de acordo com os padrões

estabelecidos e supervisionados por este.

Este formato de negócio gera uma confiança maior para o empreendedor, tanto do

ponto de vista do investimento, quanto da assessoria, transferência de know-how e

conhecimento da marca e de produto do grande público. Para RIBAS (2006, p.4):

Costuma ser uma alternativa bem menos arriscada do que a implantação de um

negócio independente. As estatísticas comprovam: cerca de 60% das pequenas

empresas comerciais independentes criadas no Brasil fecham suas portas antes de

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completar o terceiro ano de vida, enquanto que a “taxa de mortalidade” das

franquias, no mesmo período, não chega a 10%.

Há também uma grande relação de vantagens citados por Baron e Shane (2007), como:

o treinamento e suporte, produtos e serviços padronizados, publicidade nacional, comprando

poder (barganha), assistência financeira, escolha do ponto, proteção territorial e modelo de

negócio que funciona.

Por outro lado, existem grandes taxas cobradas para a inicialização do negócio,

royalties e taxa de propaganda sobre vendas que deverão ser pagos mensalmente. A franquia

pode trazer um limitador de ganhos financeiros, pois como a empresa já obtém comprovação

de um negócio testado no mercado, a cobrança dessas taxas visa dar um retorno com maior

grau de certeza para o franqueado, porém também sabe até o máximo que pode cobrar por

isso.

Para o site suafranquia.com, a taxa de franquia ou taxa de adesão ao sistema, tem a

seguinte definição:

Trata-se de valor cobrado uma única vez no momento da assinatura do contrato de

franquia. Em casos de franqueadoras que atuam com pré-contrato, é comum que

parte da taxa de adesão seja pago no momento em que o pré-contrato é celebrado. O

valor varia de franqueador para franqueador, não há uma regra neste sentido, pois

sua valorização ocorre de acordo com o mercado e a competitividade que busca o

franqueador. Por exemplo, é comum franqueadores em início de operação

oferecerem desconto na taxa de franquia, com o objetivo de tornarem o negócio

mais atraente. A taxa de franquia normalmente tem por finalidade contemplar custos

do franqueador com assessoria prestada na escolha do ponto comercial; treinamento

inicial do franqueado; treinamento da primeira equipe de funcionários da unidade

franqueada; elaboração e impressão de manuais; apoio pré e pós inauguração; lay

out e/ou projeto arquitetônico.

Conforme a revista exame online sobre os royalties, “a definição do valor ou

percentual dos royalties que serão cobrados dos franqueados devem ser frutos de um estudo

técnico financeiro em que se avalia o impacto desse percentual na planilha de resultados do

franqueado.” E o portalfranchising.com.br exemplifica da seguinte forma:

Uma das maneiras mais comuns é a delimitação de um percentual sobre o

faturamento bruto da unidade franqueada em cada mês (há também os franqueadores

que preferem optar por um percentual sobre o faturamento líquido, lucro líquido

etc.). Assim, se, por exemplo, o percentual for de 5% e o franqueado faturar R$

50.000,00 brutos no mês, o royalty devido ao franqueador será de R$ 2.500,00. O

ponto negativo desta modalidade é que demandará a contínua fiscalização do

franqueador acerca do faturamento do franqueado.

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A última taxa que é de grande importância a sua definição, é a taxa de publicidade ou

propaganda, que segundo o site suafranquia.com:

Os recursos angariados pelo franqueador para despesas com publicidade podem ser

realizados através da cobrança de taxa de publicidade ou através da constituição de

um fundo de publicidade. A diferença entre os dois é que o primeiro, normalmente é

um percentual cobrado sobre o faturamento da unidade franqueada, que em sua

grande maioria varia ente 2 e 5%. Já o fundo de publicidade é um valor orçado para

determinada campanha e rateado entre a rede. O critério de rateio pode atender

algumas formas diferentes: proporcionalidade ao volume de compras, faixa de

rentabilidade da unidade franqueada etc.

Outras taxas também poderão ser cobradas do franqueado, que por sua vez deverá ser

informado através do franqueador.

Assim como as vantagens, Baron e Shane (2007) destacam as desvantagens deste

negócio: royalties e taxas de franquia, padronização obrigatória, liberdade restrita com relação

a compras e a linhas de produtos, má programas de treinamento, saturação do mercado e

menor capacidade de coordenação entre unidades distintas.

6.3 CONCEITO TAKE AWAY

Este sendo um conceito considerado novo no Brasil, pelo menos a sua nomenclatura,

não foi encontrada bibliografia específica sobre o tema. Por se tratar de uma forma de venda e

consumo de produtos, onde pode se trabalhar com uma loja de porte menor, será apresentado

como objeto de estudo neste trabalho. Este conceito trata de “levar embora”, em tradução

literal, ou seja, levar para comer no caso deste empreendimento. Na tradução do site

oxfordlearnersdictionaries.com (2015) temos como definição “para comprar alimentos

cozidos/prontos em um restaurante e levá-lo para comer”.

Em consulta ao Wikipédia, onde consta a definição realizada pelo público consumidor,

deu-se da seguinte maneira:

Take-away ou take-out é um estabelecimento comercial, do género restaurante,

destinado ao preparo e comércio de refeições que são levadas e consumidas em

outro local. Os restaurantes deste tipo podem providenciar serviço de mesa, ou não,

dependendo do caso. Usualmente, estes restaurantes são mais baratos do que os

convencionais. Geralmente, a comida confeccionada nos take-away é fast food, mas

nem sempre. Enquanto que restaurantes fast food carregam a conotação de que se

trata de um produto estandardizado, de uma cadeia global de franchising,

restaurantes take-away, muitas vezes, são pequenos negócios, que servem comida

local, podendo ser, às vezes, de grande qualidade.

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6.4 PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios é o planejamento do empreendedor da sua futura empresa. Para

abertura deste novo negócio o indivíduo precisa ter algum projeto em mente, para assim

executar minuciosamente o estudo sobre a viabilidade do mesmo. O estudo do plano de

negócios não elimina a possibilidade de erro, mas auxilia o direcionamento dos esforços, e

alerta para as dificuldades que o empreendedor irá enfrentar.

O conceito de plano de negócios para SALIM (2005, p.3), “é um documento que contém

a caracterização do negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar

uma fatia do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros.”

A definição para Chiavenato (2012, p.150):

O plano de negócio – business plan – é documento que abarca um conjunto de dados

e informações sobre o futuro empreendimento e define suas principais características

e condições para proporcionar uma análise da sua viabilidade e dos seus riscos, bem

como facilitar sua implantação. É uma espécie de plano de viabilização de uma

ideia, um pequeno checklist para não deixar passar nada despercebido em um

empreendimento.

No Brasil os novos empreendedores ainda podem contar com o auxílio do SEBRAE

(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que pelo qual desenvolveu um

modelo de plano de negócios.

As utilidades do plano de negócio são enormes, abrangendo todos os aspectos atuais

do mercado, perspectivas futuras, servindo como um guia para a condução da empresa.

Também pode ser utilizado para apresentação de possíveis investidores e bancos.

Como argumentação da importância da preparação do plano de negócios, DORNELAS

(2011, p.99) cita as seguintes possibilidades:

Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio; Gerenciar de forma mais eficaz

a empresa e tomar decisões acertadas; Monitorar o dia a dia da empresa e executar

ações corretivas quando necessário; identificar oportunidades e transformá-las em

diferencial competitivo para a empresa; Estabelecer uma comunicação interna eficaz

na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos,

investidores, associações etc).

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6.5 MERCADO

A análise de mercado pode ser considerada uma das mais importantes partes do plano de

negócios, pois toda a estratégia de negócio é baseada em como a empresa atingirá seu

mercado consumidor, e como se diferenciará da concorrência. Segundo CASAROTTO (2009,

p.45), “a análise de mercado tem por objetivo o levantamento de informações sobre a

estrutura e as mudanças do mercado.” BARON (2007, p.242) salienta que, “os

empreendedores de sucesso não abrem empresas e oferecem produtos e serviços sem antes

coletar informações sobre o mercado e as preferências dos clientes.”

6.5.1 Mercado consumidor

É de muita importância o conhecimento e definição de quem e onde estão os clientes,

suas peculiaridades e seus hábitos. A elaboração desses perfis ajudará o novo empreendedor a

criar soluções de como aumentar a receptividade por parte dos clientes, dos produtos ou

serviços ofertados pela empresa. Para Chiavenato (2012, p.16), “mercado consumidor é o

conjunto de pessoas ou organizações que procuram bens ou serviços que uma empresa vende

para satisfazer suas necessidades.”

O entendimento do cliente, segundo Maximiano (2011, p.105):

Um dos objetivos da função de marketing, é entender o consumidor tão bem quanto

o produto ou serviço que a empresa deseja vender a ele. Esse é um grande desafio.

Os consumidores são numerosos, diversificados, informados, exigentes, detalhistas,

protegidos pela legislação e, quase sempre, difíceis de compreender.

Frequentemente, eles mudam de opinião. Além disso, toda a concorrência também

está procurando entende-los e conquista-los.

A principal razão do fracasso de muitas empresas, é a falta de conhecimento, por parte

do empresário, sobre o que realmente os seus clientes buscam.

O entendimento de Kotler (2013, p.85):

O comportamento do consumidor é influenciado por quatro fatores: culturais

(cultura, sub-cultural e classe social); sociais (grupo de referência, família e posição

social); pessoais (idade, estágio do ciclo de vida, ocupação, condições econômicas,

estilo de vida, personalidade e autoconceito) e psicológicos (motivação, percepção,

aprendizagem, crenças e atitudes).

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6.5.2 Mercado concorrente

A composição do mercado concorrente é de organizações ou pessoas que ofertam

serviços ou produtos similares a aqueles que o novo empresário pretende comercializar.

Toda empresa que busca permanecer e crescer no mercado deve conhecer muito bem os

seus concorrentes, com intuito de conhecer suas virtudes e fraquezas, a fim de surpreender e

superar constantemente.

Para Longenecker (2004, p.204):

As empresas existentes devem ser estudadas cuidadosamente. Seu perfil deve ser

descrito, e os nomes do pessoal-chave de gerenciamento devem ser incluídos. Uma

breve discussão das forças gerais concorrente e das suas fraquezas. Uma lista de

produtos relacionados, correntemente comercializados ou sendo testados pelos

concorrentes, também deve ser citada.

As empresas devem conhecer os seus concorrentes, a ponto de saber quem são quais as

suas estratégias, objetivos, forças e fraquezas.

A pesquisa mercadológica visa à busca destas respostas, constituindo uma importante

ferramenta para aquisição de vantagem competitiva. Para Dornelas (2012, p.149) “a análise da

concorrência é de suma importância em qualquer plano de negócios”. E ainda salienta que

“devem ser considerados também os competidores indiretos, aqueles que de alguma forma

desviam a atenção de deus clientes, convencendo-os a adquirir seus produtos.”

6.5.3 Mercado fornecedor

Segundo Kotler (2013), o mercado fornecedor é formado por empresas e indivíduos que

proveem os recursos de que a empresa necessita para produzir bens ou serviços. O fornecedor

será a fonte de todos os recursos necessários para que a empresa possa suprir a demanda de

seus produtos. Bem como os recursos materiais, mercadorias, equipamentos e serviços.

A relação com o fornecedor será de grande importância para o sucesso do negócio, pois

a empresa precisará equilibrar a quantidade, a qualidade, uma boa precificação e a linearidade

do fornecimento. Deverá ser dada grande atenção durante o processo, para que uma boa

compra consiga transformar-se em um bom produto para o consumidor final, cumprindo com

os objetivos da empresa.

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Segundo Bethlem (2004, p 154):

A empresa transforma insumos em produtos. Os insumos são parte primordial do

que a empresa faz e sua qualidade, presteza de obtenção, garantia de entrega e preço

determinam em grande parte a atuação da empresa frente a seus compradores.

Garantir insumos é uma preocupação básica da direção das empresas. Sem insumos

não há produção e não há como produzir com qualidade melhor ou a custo menor

que o dos insumos.

6.6 PLANO E ESTRATÉGIA DE MARKETING

Com a análise do mercado em que a empresa estará inserida, é possível iniciar o

processo de criação para o plano e estratégia de marketing. No pensamento de Baron e Shane

(2007, p.242) “os empreendedores de sucesso não abrem empresas e oferecem novos produtos

e serviços sem antes coletar informações sobre o mercado e as preferências dos clientes”.

Para Maximiano (2011, p.109) “uma estratégia de marketing bem planejada é essencial

para o sucesso do empreendimento ao longo prazo. O planejamento estratégico de marketing

baseia-se em três etapas principais. (1) Definição e análise dos segmentos do mercado; (2)

escolha do mercado-alvo e (3) definição do marketing mix (ou composto de marketing)”

Para Dornelas (2012, p.158) “as estratégias de marketing são os meios e métodos que a

empresa deverá utilizar para atingir seus objetivos. Essas estratégias geralmente se referem ao

composto de marketing, ou os 4Ps: produto, preço, praça (canais de distribuição) e

propaganda/comunicação. Chiavenato (2012, p.229), resume que “de nada adianta saber

fabricar um bom produto ou prestar um bom serviço. É preciso também saber colocá-lo no

mercado e conseguir convencer as pessoas a compra-lo.”

Conforme Chiavenato (2012, p.230):

Marketing é também o conjunto de ações destinadas a criar produtos/serviços e

coloca-los a disposição no mercado, no local, no tempo e no volume adequados. Ele

está totalmente centrado no foco do cliente. Foco no foco do cliente significa

absorver a visão que o cliente tem a respeito dos produtos que precisa comprar.

A definição do marketing mix é o conjunto singular de decisões de cada empresa a

respeito dos quatro Ps: produto, preço, praça e promoção, segundo Maximiano (2011, p.112),

como pode ser observado abaixo:

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Figura 1- Os quatro Ps ou marketing mix

Produto

Nome e marca

Preço

Funcionalidade

Estratégia de preço

Estilo

Preço sugerido de venda ao

consumidor

Qualidade

Descontos para grandes volumes

Segurança

Descontos para pagamentos

antecipados

Embalagem

Preços sazonais

Garantias e consertos

Grandes embalagens

Acessórios e serviços

Flexibilidade nos preços

MERCADO

Praça

Promoção

Canais de distribuição

Estratégia de promoção

Cobertura do mercado

Propaganda

Escolha de distribuidores

específicos

Força e esforço de vendas

Administração de estoques

Promoções de vendas

Armazenagem

Relações públicas e publicidade

Centros de distribuição

Orçamento para promoção

Administração de pedidos

Transportes

Fonte: adaptado de Maximiano (2011, p.113)

O primeiro “P” a ser conceituado é o produto, que pelo qual poderá ser explorado a

sua diferenciação no mercado, buscando assim vantagem competitiva e distinção do que é

ofertado pela concorrência. O desenvolvimento pode se dar pela criação de um design

inovador, embalagens ou uma nova marca dando nomenclatura ao produto (Maximiano,

2011). Para Dornelas (2012, p.159) em relação a este “P”:

Posicionar o produto no mercado significa direcionar o produto para atender às

expectativas e necessidades do cliente-alvo escolhido, no segmento de mercado

definido. Com isso, a empresa estabelece uma imagem do produto junto aos clientes,

tentando se diferenciar de alguma forma da concorrência. Isso pode ser feito pela

criação de variações de produtos, opcionais, acessórios, kit completo, peças

individuais, etc. Muitas companhias aéreas americanas posicionam-se como uma

alternativa de baixo custo para o cliente com a venda de passagens econômicas, em

que não está incluso o serviço de bordo. Nesse caso, a empresa está claramente

posicionando-se como um alternativa mais econômica e o cliente ciente disso.

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O “P” preço é determinado pela variação dos custos de produção e venda da empresa,

este sendo uma das principais definições da empresa, podendo ser um fator que poderá incidir

no crescimento ou queda de vendas rapidamente. Escolhendo o mercado que visa apenas o

preço, a empresa deverá ser muito competente e eficaz para conseguir competir pelo cliente.

Segundo Maximiano (2011, p.117), “um produto inédito ou que possui uma vantagem

competitiva incontestável tem a possibilidade de ser vendido acima da média do mercado e

ainda conseguir forte demanda”. Se a escolha for por um mercado mais exigente no sentido de

qualidade, este diferencial pode não se tornar relevante. Conforme Dornelas (2012, p.160):

O preço talvez seja a maneira mais tangível de se agir no mercado, pois pela política

de preços a empresa pode criar demanda para o produto, segmentar o mercado,

definir lucratividade da empresa, mudar a penetração do produto no mercado,

sempre tendo como referência o valor que o consumidor vê no produto e não o preço

que a empresa acha que ele deva ter.

Outra estratégia adotada é o preço de penetração, “uma empresa que logo de início

deseja conquistar uma boa participação no mercado pode utilizar a prática de precificação

chamada penetração, que consiste em trabalhar com preços baixos” Maximiano (2011, p.118).

Porém Dornelas (2012) salienta que deve se ter um cuidado para o consumidor não deixar de

consumir após essa fase.

A função praça (canais de distribuição) envolve a distribuição dos produtos que

orientam a movimentação destes até os consumidores (Maximiano, 2011). De acordo com

Dornelas (2012, p.161) “as características do produto/serviço interferem diretamente nos

canais de distribuição que podem e devem ser adotados pela empresa. Bens de consumo

imediato geralmente são disponibilizados ao consumidor via varejistas ou distribuidores e

atacadistas.”

A promoção, algumas vezes citado apenas como propaganda, e popularmente chamada

como a “alma do negócio”, é definida da seguinte forma por Maximiano (2011, p.121):

É a ação de informar ou lembrar consumidores sobre um produto ou marca, por

meio de várias técnicas de comunicação e persuasão. Dependendo do produto ou

serviço, a promoção pode ser feita antes, depois ou junto com as atividades de

produção, precificação e distribuição. A promoção pode ser usada para que os

consumidores saibam que existe um novo produto ou mesmo lembra-los de que o

produto já existe e quais são as duas qualidades e vantagens em relação aos

concorrentes.

Na visão de Chiavenato (2012), a propaganda é a comunicação de massa, direcionada

ao grande público. Dornelas (2012, p.161) explica que “a propaganda pode ser feita por meio

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de vários veículos de comunicação. A escolha de cada um depende do público que se quer

atingir. E mesmo em cada veículo, pode se segmentar o público-alvo.” Elas são divididas por

Chiavenato (2012, p.243) em duas formas:

Propaganda direta é aquela em que o patrocinador entra em contato direto com o

consumidor ou o cliente. É o caso da remessa de catálogos, listas de preços, folhetos,

prospectos, etc. Geralmente, a propaganda direta é realizada pelo correio, recebendo

o nome de propaganda por mala direta.

Propagando indireta é aquela realizada por meio de outros veículos, tais como

jornais, revistas, televisão, cartazes ao ar livre (outdoor), rádio, etc., que recebem o

nome de veículo de propaganda, porque esses meios transportam os anúncios

dirigidos aos consumidores dos produtos/serviços. Um anúncio é qualquer aviso,

notícia ou esclarecimento endereçado ao público.

6.7 LOCALIZAÇÃO

A localização será o ponto escolhido para as instalações da empresa. Determinar o local

dependerá de vários fatores, os quais variam se o negócio será produtor de bens ou prestadora

de serviços, se será industrial ou comercial.

A definição do local é fator determinante para o futuro da empresa, conforme Birley

(2001, p.102): “Para muitas empresas, e certamente para as do varejo, encontrar a localização

correta é um fator-chave.”

A localização faz parte integral do plano de negócios. Longenecker (2004, p.217),

explica que “Se os negócios dependem de um intenso fluxo de tráfego de clientes, um local

bem selecionado que produza vendas máximas aumentará os lucros, durante toda sua

existência no local. Se a escolha por particularmente fraca, os negócios podem não “decolar”

nunca.”

Uma investigação cuidadosa revelará os aspectos bons e ruins de qualquer localização

específica. Segundo Longenecker (2004), quatro fatores gerais são importantes nessa

investigação. São eles: preferência pessoal, condições ambientais, disponibilidade de recursos

e acessos dos clientes.

O segredo será escolher o melhor ambiente que se adapte as reais necessidades da

empresa, considerando a particularidade do negócio.

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6.8 LAYOUT

Um bom layout envolve um arranjo de instalações físicas que contribui para a eficiência

das operações de negócio. Assim existindo diferenças para o layout base para fabricantes e

varejistas.

Segundo Longenecker (2004, p.228):

Os objetivos de um layout de uma loja de varejo incluem a exibição adequada de

mercadorias para maximizar as vendas e a conveniência e atendimento ao cliente.

Normalmente, a conveniência e a atratividade do ambiente contribuem para a

manutenção de um cliente. Um layout eficiente também contribui para a economia.

Também deve ser considerado para realização de um bom layout o fluxo de produção,

piso mais apropriado, ventilação, iluminação. O melhor aproveitamento do espaço disponível

se dará com o auxílio de profissional habilitado, arquiteto ou engenheiro.

6.9 ASPECTOS JURÍDICOS E OBRIGAÇÕES LEGAIS

Tanto os aspectos jurídicos, quanto as obrigações legais, devem ser fatores de atenção

constante na implantação da empresa e no decorrer de suas atividades. Para a empresa atuar

no mercado, ela precisa ser constituída e estabelecida legalmente.

Os aspectos jurídicos tratam da forma societária da empresa, seu tipo, quadro societário

e participação acionária dos integrantes. As obrigações legais tratam das exigências do

governo municipal, estadual e federal, de acordo com o seu enquadramento.

De acordo com Maximiano (2011, p.35):

A abertura (ou registro) de uma empresa compreende os procedimentos burocráticos

necessários para a formalização de um empreendimento. O registro de uma empresa

varia de acordo com a região onde ela se encontra, e depende do tipo de sociedade

que será constituída. Além de operações básicas, como solicitação de alvarás,

licenças, livros ou documentos em diversos órgãos, há, em certos casos, necessidade

de um profissional habilitado responsável, com o devido registro no Conselho

Regional de sua categoria.

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6.10 ASPECTOS PARA ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA

Os aspectos para a organização da empresa referem-se à estrutura administrativa da

empresa, onde demonstra a definição dos recursos humanos fundamentais para a concepção e

operação do projeto.

Maximiano (2011, p.83), afirma que “qualquer empresa precisa ser organizada, não

importa se tem dois ou dois mil funcionários. Organizar é definir as responsabilidades de cada

pessoa ou grupo de pessoas que trabalha para a empresa. Organizando a empresa, você define

quem faz o quê, evitando omissões e confusões.”

O autor ainda elenca quatro passos para o plano estratégico, começando pelos objetivos

ou missão da empresa:

1. Identifique as funções da empresa.

2. Transforme as funções em departamentos.

3. Defina as responsabilidades das pessoas.

4. Desenhe a estrutura organizacional.

Para a definição da estrutura organizacional é indispensável que os objetivos e missão

da empresa sejam bem definidos, para formar uma equipe que se ajuste com a pretensão

inicial.

Na construção de uma equipe gerencial, segundo Longenecker (2004, p.215), nem

todos os membros de uma equipe gerencial precisam competência em todas as áreas. A chave

é o balanço.

O tipo de competência necessária de uma equipe gerencial depende do tipo de

negócio e da natureza de suas operações. Qualquer que seja o negócio, a empresa

pequena precisa de gerentes com uma combinação apropriada de formação

educacional e experiência. Ao avaliar as qualificações daqueles que preencherão

suas posições-chave, precisa-se saber se um candidato tem experiência em um tipo

correlato de negócios, se a experiência inclui quaisquer responsabilidades gerenciais

e se o indivíduo atuou alguma vez como empreendedor.

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6.10.1 Recursos Humanos (Equipe)

A função de recursos humanos, ou gestão de pessoas, procura encontrar, atrair e reter as

pessoas que a empresa precisa, assim é definida por Maximiano (2011). Para Chiavenato

(2012, p.183) “são as pessoas que fazem o negócio. Tanto aquelas que empreendem, aquelas

que trabalham no negócio, como as que compram seus produtos e serviços”.

A organização por pessoas, de acordo com Maximiano (2011, p.87) “a forma mais

simples de montar uma estrutura organizacional é designar responsabilidades para as pessoas,

de acordo com suas competências. Não há descrições formalizadas de cargos, apenas a

distribuição de tarefas entre as pessoas.”

Chiavenato (2012) elenca de forma criteriosa como construir a equipe, conforme quadro

a seguir.

Tabela 1 - Formação de equipe

Escolha da equipe: implica recrutar e selecionar os candidatos que farão parte de sua equipe.

Esteja sempre atento às pessoas que podem ajuda-lo a alcançar o sucesso no seu

empreendimento. Procure cercar-se de talentos e não de mediocridades.

Desenho das atividades: significa definir o que cada pessoa da equipe deverá fazer, o cargo

que deverá ocupar, as funções, como vai avaliar seu desempenho e integrar suas atividades

com as demais atividades da empresa, etc.

Treinamento: significa treinar e capacitar as pessoas para que elas possam exercer suas

atividades na empresa. O treinamento não deve ser esporádico ou eventual: você precisa

dedicar algumas horas diárias para treinar, ensinar, capacitar e desenvolver seu pessoal. Se

necessário, utilize meios externos para isso: cursos, seminários, palestras, conferências,

MBAs, etc.

Liderança: você precisa conduzir sua equipe. Isso significa orientar, definir rumos e metas,

ajudar as pessoas a ultrapassar suas dificuldades e desafios, monitorar o trabalho delas,

impulsionar e motivar a equipe. Deixe de lado o comando e a hierarquia e dê liberdade e

autonomia para as pessoas, apontando as metas e os resultados que elas devem alcançar.

Motivação: procure sempre motivar a equipe. Utilize meios financeiros – prêmios,

recompensas, participação nos resultados diretos e no alcance de objetivos – e meios não

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financeiros – reconhecimento público pelo desempenho excelente, “tapinhas nas costas”, etc.

Remuneração: não se esqueça de que dinheiro compra a satisfação de muitas necessidades

humanas. A remuneração é um importante motivador. Defina um sistema de recompensas

com base no desempenho individual e grupal.

Avaliação do desempenho: não deixe de monitorar e avaliar o que a equipe está fazendo.

Avalie seu desempenho, não de vez em quando, mas continuamente, diariamente, trocando

ideias com as pessoas a respeito do seu trabalho e dando sugestões e orientações. Proporcione

retroação e autodesenvolvimento à sua equipe.

Fonte: Chiavenato (2012, p.184)

6.11 ASPECTOS FINANCEIROS

Os aspectos financeiros indicam a necessidade financeira inicial para a criação do

negócio desejado, e os riscos adquiridos para este projeto. Neste momento que haverá a

avaliação da viabilidade do negócio.

Conforme cita Baron (2007, p. 159), “os empreendedores usam quatro ferramentas

importantes para descobrir isso: uma relação de custos iniciais e destinação dos recursos

financeiros, demonstrativos financeiros, demonstrativos de fluxo de caixa e análise do ponto

de equilíbrio.”

6.11.1 Investimentos iniciais

Os investimentos iniciais consistem no levantamento dos custos e despesas necessários

parar abrir um novo negócio, assim indicando a quantidade de capital necessário para dar o

ponto de partida no novo empreendimento. Para Martins (2003), três tipos de desembolsos

compõem o investimento inicial: despesas pré-operacionais, que referem-se aos custos que o

empresário em período anterior ao funcionamento da empresa, como documentação,

pesquisas; investimentos fixos, podendo ser a reforma, construção ou aquisição do local que

empresa irá se instalar; e capital de giro.

De acordo com Martins (2003, p.25), “custo significa todo e qualquer gasto com bens ou

serviços para produzir outros bens e serviços”. Ainda para o autor, “despesas são bens ou

serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas.”

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Gitman (2000, p.434) destaca que “o planejamento financeiro é um aspecto importante

das operações da empresa, porque ele mapeia os caminhos para guiar, coordenar e controlar

as ações da empresa para atingir seus objetivos.”

6.11.2 Custos e receitas

Em termos financeiros, a estimativa de custos e receitas constitui uma das mais

importantes etapas de um projeto.

A classificação de custos pode ser de várias maneiras. Em relação a variação do volume

de produção, sendo dividido em custo fixo e variável. Os custos fixos são independentes em

relação ao volume de produção e os custos variáveis alteram-se em relação ao volume

produzido, Chiavenato (2012). Maximiano (2006, p.170) define custos fixos “como valores

que se mantém quase que inalterados independente da empresa estar em funcionamento ou

não.”

Para Martins (2003, p.33):

A divisão em Fixos e Variáveis também tem outra característica importante:

considerando a relação entre período e volume de atividade, não se está comparando

um período com outro. Esse fato é de extrema importância na prática para não se

confundir Custo Fixo com custo recorrente (repetitivo). Por exemplo, se a empresa

adota um sistema de depreciação com base em quotas decrescentes e com isso

atribui para cada ano um valor diferente desse custo, continua tendo na depreciação

um Custo Fixo, mesmo que a cada período ele seja de montante diferente. Também,

se o aluguel é reajustado mensalmente em função de qualquer índice e nunca é igual

em dois períodos subsequentes, não deixa de ser um Custo Fixo, já que em cada

período seu valor é definido e independe do volume produzido.

A definição de receita é o valor obtido com as entradas de recursos financeiros de

acordo com a venda de mercadorias ou prestação de serviços, foco da organização. Para

obtenção da receita, o cálculo consiste na multiplicação da quantidade esperada de vendas

pelo preço correspondente. Assim sendo, é necessário ter as estimativas de vendas e o preço

que o produto ou serviço será ofertado no mercado (Maximiano, 2011).

6.11.3 Índices de lucratividade e rentabilidade

A rentabilidade é o determinante para a viabilidade de um negócio. Este índice é

calculado em função dos seus custos e receitas, que também será utilizado para avaliação em

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investimentos futuros relacionados à empresa. Conforme Sá (2012, p.365), “rentabilidade é a

capacidade de produzir rendimento. Comparação entre o capital investido e o lucro obtido”.

A definição de Hoji (2014, p.296):

Os índices de rentabilidade medem quanto estão rendendo os capitais investidos.

São indicadores muito importantes, pois evidenciam o sucesso (ou o insucesso)

empresarial. Os índices de rentabilidade são calculados, geralmente, sobre as

receitas líquidas, mas, em alguns casos, pode ser interessante calcular sobre as

receitas brutas deduzidas somente das vendas canceladas e abatimentos.

O retorno da empresa será determinado pelo lucro. Que pelo qual pode ser ampliado

com um volume maior de receitas, redução de custos e ainda com investimentos em ativos

com maior rentabilidade. Conforme Gitman (2004, p.52), “como grupos, essas medições

permitem ao analista avaliar os lucros da empresa em relação a certo nível de vendas, a certo

nível de ativos ou ao volume de capital investido pelos proprietários.”

Tomando isoladamente o lucro, de acordo com Braga (1989, p.30):

O lucro apenas indica o excedente das receitas sobre os custos e despesas incorridos.

Podemos comparar o resultado de um exercício social com o obtido no exercício

anterior ou com aquele que havia sido projetado e concluir sobre a evolução ou

sobre o atingimento da meta proposta. Embora tais informações tenham validade,

será mais elucidativo comparar o lucro com o investimento realizado para sua

obtenção. Com isto obtemos uma medida da remuneração dos recursos aplicados

denominada taxa de rentabilidade ou taxa de retorno.

Bruni (2011, p.171), salienta a importância de não confundir a lucratividade (ganho

sobre vendas) com a rentabilidade (ganho sobre investimento). “Assim, podem achar que um

negócio com lucro maior apresenta uma performance financeira superior. Porém este

raciocínio é equivocado e perigoso.”

Conforme o SEBRAE (2013, p.101) a lucratividade “é um indicador que mede o lucro

líquido em relação às vendas. É um dos principais indicadores econômicos das empresas, pois

está relacionado à sua competitividade. Se sua empresa possui uma boa lucratividade, ela

apresentará maior capacidade de competir, isso porque poderá realizar mais investimentos em

divulgação, na diversificação dos produtos e serviços, na aquisição de novos equipamentos,

etc.” A lucratividade é calculada na seguinte fórmula:

Lucratividade = Lucro líquido x 100 / Receita total [1]

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Reis (2009, p.293), relaciona os índices de rentabilidade da margem de lucro e

rentabilidade do investimento total “Margem de lucro, resulta da comparação entre o lucro

operacional e o montante da receita líquida (vendas ou serviços).” Dado pela fórmula:

Margem de lucro = (Lucro Operacional x 100) / Receita Líquida [2]

Em relação à rentabilidade (retorno) do investimento total. “A comparação do Lucro

Operacional com o montante do Ativo revela a capacidade de produzir lucro do total dos

capitais aplicados.” Para Reis (2009, p.294). Segundo Hoji (2014, p.299), “o retorno sobre o

investimento (Return On Investment, da sigla, ROI) é considerado por muitos analistas como

a melhor medida de eficiência operacional” Conforme fórmula:

Retorno sobre o investimento (ROI) = Lucro líquido / Ativo Total [3]

Levando em consideração o retorno e o risco, ainda de acordo com Bruni (2011,

p.210):

A análise da rentabilidade é um dos mais importantes aspectos associados ao estudo

das demonstrações contábeis. Quanto maior o retorno ou a rentabilidade de uma

operação, geralmente maiores são as possibilidades de criação de valor. Porém, é

preciso sempre lembrar da necessidade da análise de risco. Geralmente, altas taxas

de rentabilidade ou de retorno podem estar associadas a níveis elevados de risco.

No desenvolvimento neste plano de negócios, será de grande importância descobrir o

payback desta atividade econômica, para fazer um comparativo com as demais possibilidades

de negócios. Conforme Hoji (2014, p.171) “o período de payback é o período em que o valor

do investimento é recuperado, ou seja, é o prazo em que os valores dos benefícios líquidos de

caixa se igualam ao valor de investimento inicial.”

6.11.4 Ponto de equilíbrio financeiro

Com o cálculo do ponto de equilíbrio financeiro, o empresário descobre o nível de

faturamento que a empresa necessita, para cobrir exatamente os seus custos, ou seja, atingir o

lucro zero. Conforme Gitman (2004, p.434) “a análise de ponto de equilíbrio, às vezes

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chamada de análise custo-volume-lucro, é usada para determinar o nível de operações

necessário para cobrir todos os custos operacionais e avaliar a rentabilidade associada a níveis

diversos de vendas.”

Para Martins (2003, p.185), “o Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de

Ruptura — Break-even Point) nasce da conjugação dos Custos e Despesas Totais com as

Receitas Totais. “

Na definição de Dornelas (2012, p.177) “no ponto de equilíbrio não há lucro nem

prejuízo. É o ponto no qual a receita proveniente das vendas equivale à soma dos custos fixos

e variáveis”. Conforme seguinte fórmula apresentada pelo autor:

PE = custo fixo / 1 – (custo variável/receita total) [4]

6.11.5 Capital de giro

De acordo com o manual desenvolvido pelo SEBRAE, Rosa (2013, p.69) descreve que

“o capital de giro é o montante de recursos necessário para o funcionamento normal da

empresa, compreendendo a compra de matérias-primas ou mercadorias, financiamento das

vendas e o pagamento das despesas.”

Conforme explica Chiavenato (2012, p.260), “o capital da empresa pode ser classificado

quanto à sua utilização em dois tipos: o capital fixo e o capital de giro (ou capital circulante).”

Os dois tipos de capitais de complementam, conforme citado pelo autor, Chiavenato (2012, p.

261):

Capital fixo é constituído de ativos imobilizados. Os investimentos em ativos

imobilizados são efetuados a longo prazo, são estáveis e sofrem poucas alterações. É

o caso de edifícios, fábricas instalações, máquinas, equipamentos, etc.

Capital de giro representa a quantidade de dinheiro que a empresa utiliza para

movimentar seus negócios. Envolve estoques, dinheiro em caixa e em bancos,

financiamentos a clientes por meio de contas a receber, salários e encargos, aluguel,

contas de luz, água, telefone, etc.

Neste cenário é possível considerar o cálculo do custo de operar a empresa sem

vender e sem produzir. Segundo Salim (2005, p.109), “esse custo é denominado burned-cost

ou custos afundados, isto é, os custos que a empresa incorrerá mesmo que nada venda ou

produza, mas que precisa arcar para manter seu funcionamento”. O autor conceitua da

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seguinte forma: “Burning-rate (custos afundados) são os dispêndios de uma empresa com

custos fixos que independem do volume de vendas.”

Rosa (2013, p.69) cita dois fatores a serem calculados para formar o capital de

giro, a estimativa do estoque inicial e o cálculo do caixa mínimo. “O estoque inicial é

composto pelos materiais (matéria-prima, embalagens, etc.) indispensáveis à fabricação de

seus produtos ou pelas mercadorias que serão revendidas.” E o caixa mínimo, Rosa (2013,

p.71) “é o capital de giro próprio necessário para movimentar seu negócio. Representa o valor

em dinheiro que a empresa precisa ter disponível para cobrir os custos até que as contas a

receber de clientes entrem no caixa. Corresponde a uma reserva inicial de caixa.”

6.11.6 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa caracterizasse por ser uma demonstração dinâmica, que oferece ao

gestor conhecimentos de informações que o auxiliará na tomada de decisões. Expõe a

previsão, controle e o registro de entradas e saídas financeiras. Por meio dele, obtêm-se

informações sobre a liquidez da empresa, sobre a capacidade da empresa na aplicação de

recursos, ou se há necessidade de captar empréstimos.

De acordo com Maximiano (2011, p.195):

O fluxo de caixa é a compilação de dados de entrada e de saída do caixa

(disponível), projetados no tempo. Se a empresa faz compras a prazo, terá de

administrar seu fluxo de caixa para saber quando (dia e mês) precisa quitar sua

dívida e poderá direcionar a entrada de receita de clientes para o pagamento do

compromisso. As receitas devem entrar em caixa antes do pagamento das despesas.

Iudicibus e Marion (2010, p.144), definem da seguinte forma:

De forma condensada, a demonstração dos fluxos de caixa indica a origem de todo o

dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do

caixa em determinado período, e, ainda, o resultado do fluxo financeiro. Somente

por meio do conhecimento do passado, porém, será possível fazer boa projeção dos

fluxos de caixa para o futuro (próxima semana, mês, trimestre, etc.). A comparação

dos fluxos projetados com o real vem indicar as variações que, quase sempre,

demonstram as deficiências nas projeções. Estas variações são excelentes subsídios

para aperfeiçoamento de novas projeções de fluxo de caixa.

Conforme Chiavenato (2012) explica, os ativos circulantes estabelecem o capital da

empresa que gira até se transformar em dinheiro, este ciclo varia de empresa para empresa de

acordo com a natureza da operação. Este ciclo consiste em o tempo preciso para que uma

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aplicação circule inteiramente. De acordo com Chiavenato (2012, p.264) “a empresa de ciclo

de caixa curto e rápido tem um capital de giro capaz de circular mais vezes durante o ano. Os

pequenos negócios caracterizam-se por um ciclo de caixa curto e rápido.”

No entendimento de Dornelas (2012, p.176) “o período de tempo coberto pelo fluxo

de caixa é normalmente dividido em intervalos. O número de intervalos depende da natureza

do negócio. Empresas que enfrentam sazonalidade devem, em principio, trabalhar com fluxos

semanais, mensais e trimestrais”.

A Tabela a seguir é um modelo de fluxo de caixa mensal elaborado por Dornelas

(2012, p.177). Chiavenato (2012) e Maximiano (2011), apresentam este exemplo da mesma

forma e conteúdo:

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Tabela 2 - Fluxo de Caixa Mensal

Fluxo de caixa mensal

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total

RECEBIMENTOS

Receitas à vista

Receitas a prazo

Faturamento (vendas)

PAGAMENTOS

Custos/Despesas variáveis

Compras à vista

Compras a prazo

Frete

Comissão

Impostos variáveis

Terceirização

Custos Fixos

Salários

Encargos Sociais

Aluguel

Água

Energia elétrica

Telefone

Despesas Contador

Despesas bancárias/juros

Pró-Labore

Investimentos

Impostos Fixos

Outras despesas

Custo Total

SALDO DE CAIXA Fonte: Dornelas (2012, p.177)

6.11.7 Demonstração de resultado do exercício (DRE)

No DRE (demonstração de resultado do exercício) de acordo com Braga (1989), é

evidenciada a formação do lucro ou prejuízo do exercício social, mediante a confrontação das

receitas realizadas e das despesas incorridas. Conforme Maximiano (2011, p.192) este “é um

resumo ordenado das receitas e despesas da empresa e determinado período, geralmente 12

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meses. É apresentada na forma vertical. Das receitas subtraem-se as despesas e indica-se o

resultado – lucro ou prejuízo.”

Chiavenato (2012, p.284) explique que “a DRE começa com a receita bruta (valor do

faturamento das vendas ou dos serviços, isto é, a receita total da empresa) e, mediante

sucessivas adições e subtrações, chega ao resultado líquido do exercício.”

Seguindo a estrutura esquematizada da DRE, conforme Chiavenato (2012), pode ser

elaborada da seguinte forma:

Tabela 3 - Estrutura da demonstração do resultado no exercício

Demonstração do resultado do exercício (DRE)

Receita bruta

(menos) Deduções da receita bruta

(igual a) Receita líquida

(menos) Custo da receita

(igual a) Lucro bruto

(mais) Outras receitas operacionais

(menos) Despesas operacionais

(igual a) Lucro operacional

(menos) Despesas extraoperacionais

(mais) Receitas extraoperacionais

(mais ou menos) Resultado da correção monetária

(igual a) Resultado antes do imposto de renda

(menos) Provisão para imposto de renda

(menos) Participações diversas (diretores/empregados)

(igual a) Lucro ou prejuízo líquido

Lucro líquido por ação Fonte: Chiavenato (2012, p. 285)

6.11.8 Balanço patrimonial

No balanço patrimonial que serão representados os saldos de contas que integram o

patrimônio da empresa. Conforme Reis (2009, p.11), no qual “são discriminadas as

aplicações efetuadas em “bens” e “direitos” (no Ativo) e as origens dos recursos que

possibilitaram a aplicação nos bens e direitos do Ativo (no Passivo).” Segundo Maximiano

(2011, p. 190), “o balanço patrimonial reflete a posição financeira da empresa em um dado

momento. O balanço patrimonial é constituído por duas colunas (ou partes: a do ativo e ado

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passivo e patrimônio líquido, que se dividem em contas”. Este demonstrativo é elaborado no

final de cada exercício social da empresa.

Conforme detalha Dornelas (2012, p.172):

O ativo corresponde a todos os bens e direitos de uma empresa. O passivo é uma

obrigação, ou a parcela de financiamento obtido de terceiros. O patrimônio líquido

corresponde aos recursos dos proprietários aplicados na empresa. O valor do

patrimônio se altera quando a empresa tem lucro ou prejuízo no período, ou ainda

quando ocorre investimento por parte dos sócios.

O ativo da empresa representa as aplicações de recursos que se dividem em

circulantes, de longo prazo, e permanentes. O passivo, assim como o patrimônio

líquido, representa as origens de recursos.

A organização das contas do ativo segue o critério de liquidez. No quadro abaixo, o

conceito de balanço patrimonial é apresentado de forma sintética, conforme Dornelas (2012):

Tabela 4 - Apresentação sintética de balanço patrimonial

Ativo Passivo

Circulante: são contas que estão constantemente

em giro, sendo que a conversão do dinheiro

será, no máximo, no próprio exercício social.

Realizável no longo prazo: bens e direitos que

se transformarão em dinheiro no próximo

exercício.

Permanente: são bens e direitos que não se

destinam à venda e têm vida útil; no caso dos

bens, vida longa.

Circulante: são obrigações exigíveis que serão

liquidadas no próprio exercício social.

Exigível no longo prazo: obrigações liquidadas com

prazo superior a um ano.

Patrimônio Líquido

São recursos dos proprietários aplicados na

empresa.

Fonte: Dornelas (2012, p.173)

Conforme Chiavenato (2012), a estrutura do balanço patrimonial costuma ser

apresentada desta forma:

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Tabela 5 - Estrutura simplificada do balanço patrimonial

Ativo Passivo

Ativo Circulante Passivo circulante

Disponível em caixa/bancos Dívidas com fornecedores

Créditos com clientes Dívidas com instituições financeiras

Estoques Contribuições a pagar

Título e valores mobiliários Impostos a pagar

Despesas do exercício seguinte Títulos e contas a pagar

Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo

Empréstimos a sócios e diretores Créditos de sócios e diretores

Empréstimos a firmas interligadas Créditos de firmas interligadas

Futuros Resultados de exercícios

Rendas antecipadas

Ativo permanente Patrimônio líquido

Investimentos Capital

Participações em empresas Capital subscrito e a realizar

Imóveis Reservas de capital

Reservas de reavaliação

Imobilizado Reservas de lucros

Bens de uso Lucros (ou prejuízos) acumulados

Outros valores

Diferido

Total do ativo Total passivo Fonte: Chiavenato (2012, p.283)

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7 METODOLOGIA

Este capítulo refere-se ao método que a pesquisa foi realizada, com uma descrição dos

procedimentos, métodos e técnicas a serem utilizadas na execução deste trabalho.

Para a definição da metodologia deste estudo, definiu-se a estratégia de pesquisa

determinando o seu tipo e caracterização, também serão expostos os métodos e técnicas de

coleta de dados, delimitação do universo da pesquisa, tamanho da amostra e local para

aplicação dos questionários.

7.1 TIPO DA PESQUISA

O objeto de pesquisa deste trabalho foi do tipo exploratória e descritiva, conforme

definição de Gil (1999).

De acordo com Gil (1999, p.43), “as pesquisas exploratórias têm como principal

finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação

de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.”

Para Samara e Barros (2006, p.34), “os estudos exploratórios têm como principal

característica a informalidade, a flexibilidade e a criatividade, e neles procura-se obter um

primeiro contato com a situação a ser pesquisada ou um melhor conhecimento do objeto em

estudo e das hipóteses a serem confirmadas.”

Este tipo de pesquisa é apropriado para os primeiros passos de uma investigação para a

familiaridade do tempo, para maior compreensão por parte do pesquisador, até então

insuficiente ou inexistente.

No campo de pesquisa descritiva, segundo Gil (1999, p.44), “as pesquisas deste tipo têm

como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou

fenômeno ou o estabelecimento de relações entre as variáveis.” E completa, “salientam-se

aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por

idade, sexo, procedência, nível de escolaridade e renda.” De acordo com Samara e Barros

(2006) este estudo buscará uma análise quantitativa das relações de consumo, respondendo à

questão “quanto?” para cada objetivo do projeto de pesquisa que tenha adotado esta

metodologia.

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41

7.2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Em sua fase exploratória, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa, procurando

captar a situação em toda sua extensão. Para a análise de mercado, há uma predominância

numa abordagem quantitativa, resultando em números estatisticamente analisados.

Conforme define Marconi e Lakatos (2008, p.136), “Quantitativos: focalizados em

termos de grandeza ou quantidade do fator presente em uma situação. Os caracteres possuem

valores numéricos. Qualitativos: baseados na presença ou ausência de alguma qualidade ou

característica, e também na classificação de dada propriedade.”

7.3 INSTRUMENTOS DE COLETA

Neste trabalho serão utilizados questionários com perguntas fechadas, apresentando as

opções para o entrevistado selecionar. Com este formato de coleta existem diversas

vantagens, como a possibilidade de atingir grande número de pessoas, implica menores gastos

com pessoal, posto que o questionário não exija o treinamento dos pesquisadores e não

expõem os pesquisados à influência das opiniões e do aspecto pessoal do entrevistador,

conforme Gil (1999).

Gil (1999, 104) conceitua questionário da seguinte forma:

Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um

número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas,

tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses,

expectativas, situações vivenciadas. Os questionários, na maioria das vezes, são

propostos por escrito aos respondentes. Costumam, nesses caso, ser designados

como questionários auto aplicados. Quando, porém, as questões são formuladas

oralmente pelo pesquisador, podem ser designados como questionários aplicados

com entrevista ou formulários.

As questões fechadas apresenta-se ao respondente um conjunto de alternativas de

resposta para que seja escolhida a que melhor representa sua situação ou ponto de vista. Para

Cervo e Bervian (2003, p.48), “as perguntas fechadas são padronizadas, de fácil aplicação,

fáceis de codificar e analisar”. Se fossem utilizadas questões abertas, no qual se apresenta a

pergunta e deixa-se um espaço em branco para que a pessoa escreva sua resposta sem

qualquer restrição, à dificuldade de análise seria maior. Conforme Cervo e Bervian (2003,

p.48), “as perguntas abertas, destinadas à obtenção de respostas livres, embora possibilitem

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recolher dados ou informações mais ricas e variadas, são codificadas e analisadas com mais

dificuldades.”

7.4 DELIMITAÇÃO DO UNIVERSO DA PESQUISA

De acordo com Vergara (2010, p.46), universo “trata-se de definir toda a população e a

população amostral. Entenda-se aqui por população não o número de habitantes de um local,

mas um conjunto de elementos que possuem as características que serão objeto de estudo.”

População amostral ou amostra é uma parte do universo (população) escolhida segundo algum

critério de representatividade.

Seguindo este conceito, o universo da pesquisa abrange a população que circula

diariamente no Centro Histórico do município de Porto Alegre, conforme objetivo de

implantação de loja neste bairro. Segundo estimativa da Prefeitura de Porto Alegre, circulam

500.000 pessoas/dia, moradores da própria capital e de cidades da região metropolitana.

7.5 TAMANHO DA AMOSTRA

De acordo com Marconi e Lakatos (2008, p.27), “amostra é uma porção ou parcela,

convenientemente selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo.” A

definição para Gil (1999, p.100), amostra “é um subconjunto do universo ou da população,

por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou

população”

Ainda de acordo com Gil (1999, p.105):

A extensão da amostra tem a ver com a extensão do universo. Para tanto, os

universos de pesquisa são classificados em finitos e infinitos. Universos finitos são

aqueles cujo número de elementos não excede 100.000. Universos infinitos, por sua

vez, são aqueles que apresentam elementos em número superior a esse. São assim

denominados, porque, acima de 100.000, qualquer que seja o número de elementos

do universo, o número de elementos da amostra a ser selecionada será rigorosamente

o mesmo.

Para definir o tamanho da amostra, foi considerado um universo infinito. Os dados

utilizados para o cálculo consideraram um nível de confiança de 95% e erro de estimação em

7%. A percentagem com qual o fenômeno se verifica, é uma estimativa prévia determinada

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pelo pesquisador. As definições para os valores indicados, seguem o seguinte conceito,

segundo Gil (1999, p.106):

Nível de confiança estabelecido. De acordo com a teoria geral das probabilidades, a

distribuição das informações coletadas a partir de amostras ajusta-se geralmente à

curva normal (curva de Gauss), que apresenta valores centrais elevados e valores

externos reduzidos.

Erro máximo permitido. Os resultados obtidos numa pesquisa a partir de amostras

não são rigorosamente exatos em relação ao universo de onde foram extraídas. Esses

resultados apresentam sempre um erro de medição, que diminui na proporção em

que aumenta o tamanho da amostra. O erro de medição é expresso em termos

percentuais.

Segue a fórmula indicada em Gil (1999, p.106):

n = (S².P.q) / e² [5]

Pelo qual:

n: Tamanho da amostra

S²: Nível de confiança escolhido, expresso em números de desvios-padrão

P: Percentagem com a qual o fenômeno se verifica

q: percentagem complementar (100 - p)

e: Erro máximo permitido

Tamanho da amostra:

n = (1,96² . 50 . 50) / 7² = 196

Conforme se verificou na fórmula, foi apresentado como resultado 196 entrevistas

necessárias. Com o intuito de diminuir o erro de estimação, foram efetuadas 200 pesquisas.

Assim reduzindo o erro para 6,93%.

7.6 LOCAL DA APLICAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS

O local selecionado para a aplicação da pesquisa foi o bairro Centro Histórico de Porto

Alegre, que pelo qual teve sua nomenclatura modificada, conforme Lei Municipal n° 10.364,

de 22 de janeiro de 2008, alterando a denominação da zona Centro da cidade de Porto Alegre

para Centro Histórico da cidade de Porto Alegre. Por ter uma grande circulação de pedestres

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e ser o público alvo do empreendimento. Abrangendo diversas classes sociais, e moradores

dos mais variados bairros de Porto Alegre e Região metropolitana. As ruas escolhidas foram

as seguintes: Av. Senador Salgado Filho, Rua Marechal Floriano, Rua Pinto Bandeira, Av.

Borges de Medeiros e Rua dos Andradas.

7.7 ANÁLISE DE DADOS

Após a realização da coleta de dados, a fase posterior da pesquisa é a de análise e

interpretação. Segundo Gil (1999, p.168):

A análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que

possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto para investigação. Já

a interpretação tem como objetivo a procura do sentido mais amplo das respostas, o

que é feito mediante sua ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.

Para McDaniel e Gates (2005, p.220), “os pesquisadores profissionais seguem um

procedimento de cinco etapas, nesta ordem, para a análise de dados. São estas: Validação e

edição, codificação, entrada de dados, limpeza de dados por máquina, e por fim, tabulação e

análise estatística”. Na visão de Gil (1999, p.168), estas etapas se dão pelos seguintes passos:

“estabelecimento de categorias, codificação, tabulação, análise estatística dos dados, avaliação

das generalizações obtidas com os dados, inferência de relações casuais e interpretação de

dados.”

Neste trabalho irá seguir o plano de análise de dados apresentadas neste trabalho por

McDaniel e Gates, tendo em vista que as etapas apresentadas tem um maior enfoque em

pesquisas quantitativas.

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8 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A pesquisa foi realizada com intuito de identificar o público consumidor de produtos

alimentícios semelhantes ao do plano de negócios desenvolvido. Com esta análise será

possível o desenvolvimento de um plano de negócios de acordo com as preferências e o perfil

do cliente.

No total foram entrevistadas 275 pessoas. Sendo que este número se atingiu até alcançar

a marca de 200 pessoas consumidoras. Número aproximado de entrevistas calculado para

obtenção de tamanho da amostra. Assim descartando os que se declararam não consumidores

para análise de comportamento. As pesquisas foram realizadas no bairro Centro Histórico de

Porto Alegre, nas seguintes ruas: Av. Senador Salgado Filho, Av. Borges de Medeiros, Av.

Aberto Bins, Rua Doutor Flores e Rua Voluntários da Pátria.

A grande dificuldade para realização da pesquisa nessa região de Porto Alegre, é que os

transeuntes se sentem inseguros a qualquer abordagem realizada. Após a identificação deste

problema, os locais escolhidos foram preferencialmente pontos de ônibus e lotações. Onde

havia uma facilidade maior na abordagem dos entrevistados, pois os mesmos encontravam-se

parados esperando o seu meio de transporte.

A pesquisa ocorreu nos dias 8, 13, 14, 16, 19, 27 e 29 de outubro e 3 de novembro de

2015. Cada entrevista foi realizada com tempo médio de 4,5 minutos, acrescentando o tempo

de descanso, procura e abordagem de um novo entrevistado, além do tempo de deslocamento

até o local de 30 minutos por trecho, cada dia de entrevistas foram dedicados 4 horas do

entrevistador.

A tabulação de dados se deu com o auxílio do software Excel, onde foi possível a

criação de gráficos e tabelas que pudessem reproduzir de uma forma a ser mais bem

apresentada e analisada. As tabelas descrevem o número de respondentes para cada alternativa

apresentada, enquanto o gráfico demonstra e ilustra o número percentual.

8.1 IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL DOS ENTREVISTADOS

As questões de 1 até 4, buscam identificar o perfil do público consumidor de lanches do

bairro Centro Histórico de Porto Alegre. As questões de número 1, 2, 3 e 4 referem-se a seu

gênero, idade, grau de escolaridade e renda média familiar. Desta forma definindo o perfil do

consumidor.

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8.1.1 Questão 1: Gênero

Nesta questão procurou-se descobrir o qual a predominância de gênero do público

presente no bairro Centro Histórico de Porto Alegre. Conforme indicam a Tabela e o Gráfico

abaixo:

Tabela 6 - Gênero dos entrevistados

Feminino 108

Masculino 92

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 1 - Gênero dos entrevistados

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Como resultado da primeira questão, temos a indicação que a maioria dos

frequentadores do Centro Histórico de Porto Alegre é composta por mulheres. Com 108

questionários respondidos pelo sexo feminino, ou 54% do total de entrevistados. Enquanto

que os homens correspondem a 46%

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8.1.2 Questão 2: Idade

A Tabela e o Gráfico na sequência, referem-se a idade dos respondentes. Para isto

foram definidas 4 faixas de idade, até 21 anos, de 22 até 30 anos, de 31 até 45 anos e acima de

46 anos. Conforme segue dados e análise:

Tabela 7 - Idade dos entrevistados

Até 21 Anos 25

De 22 até 30 Anos 95

De 31 até 45 Anos 62

Acima de 46 Anos 18

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 2 - Idade dos entrevistados

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

A maior parte dos entrevistados apresentam idade entre 22 até 30 anos, com 48% dos

questionários. Seguido pela faixa etária de 31 até 45 anos, com 31% do total. Em sua minória

encontram-se os adultos com idade superior a 46 anos, com 9% das respostas. Jovens até 21

anos correspondem a 12% do público.

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8.1.3 Questão 3: Qual seu grau de escolaridade?

A questão 3, teve como objetivo definir e identificar a escolarização dos entrevistados.

Para isto foi apresentada uma ficha com os seguintes graus: sem escolaridade, fundamental

incompleto, fundamental completo, médio incompleto, médio completo, superior incompleto

e superior completo. Conforme apresentado em Tabela e Gráfico a seguir:

Tabela 8 - Grau de escolaridade dos entrevistados

Sem Escolaridade 2

Fundamental Incompleto 12

Fundamental Completo 19

Médio Incompleto 16

Médio Completo 105

Superior Completo 32

Superior Incompleto 14

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 3 - Grau de escolaridade dos entrevistados

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Nota-se a partir deste Gráfico, que mais de 75% dos entrevistados tem como formação

mínima o Ensino Médio, e apenas 1% apresentou-se sem escolaridade. Indicando assim, 53%

dos entrevistados com Ensino médio Completo, 16% com formação Superior Completa e 7%

Superior Incompleto. Com nível de formação inicial, temos, 6% com Fundamental

Incompleto, 9% Fundamental Completo e 8% com Ensino Médio Incompleto.

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8.1.4 Questão 4: Qual a faixa de renda familiar? (Compreende renda familiar a soma de

todas as rendas dos integrantes de sua residência).

Nesta questão o propósito foi de detectar a classe e condição econômica do

entrevistado. Tendo em vista que previu-se que alguns entrevistados não teriam renda própria,

e para refletir a situação economica familiar, solicitou-se que o fosse indicado o total da

composição de renda em sua residência.

Para isto as faixas de renda foram divididas em 6: Até R$ 1000,00, de R$ 1001,00 até

R$ 2000,00, de R$ 2001,00 até R$ 3000,00, de R$ 3001,00 até R$ 4000,00, de R$ 4001,00

até R$ 5000,00 e acima de R$ 5001,00.

Porém constatou-se que o respondente tem dificuldade de indicar esta soma, pois

muitas são as vezes que o mesmo desconhece a renda dos outros componentes do grupo

familiar. Assim é possível que este resultado não reflita com grande precisão a real situação

financeira desta amostra, conforme segue resultado abaixo:

Tabela 9 - Renda familiar dos entrevistados

Até R$ 1000,00 7

De R$ 1001,00 até R$ 2000,00 37

De R$ 2001,00 até R$ 3000,00 44

De R$ 3001,00 até R$ 4000,00 38

De R$ 4001,00 até R$ 5000,00 42

Acima de R$ 5001,00 32

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 4- Renda familiar dos entrevistados

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

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Em relação a faixa de renda, 22 % dos entrevistados responderam formar uma renda

de R$ 2001,00 até R$ 3000,00 juntamente com sua família, correspondendo ao maior número

dos pesquisados. Seguido de R$ 4001,00 até R$ 5000,00, com 21%, de R$ 3001,00 até R$

4000,00 com 19% e acima de R$ 5001,00 foram 16% da amostra. Com renda inferior a R$

2000,00 temos 21% do total, com 19% formando renda de R$ 1001,00 até R$ 2000,00 e

apenas 3% com renda de até R$ 1000,00.

8.2 ENTENDIMENTO DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

O entendimento do comportamento do público consumidor, deste tipo de

estabelecimento, se deu pelas questões de número 5, 6 e 7. Que pelo qual se objetivou

compreender o lanche consumido com maior frequência, número de vezes que ocorrem este

evento por semana e qual o valor gasto.

8.2.1 Questão 5: Qual lanche você faz com mais frequência?

Na primeira questão com o objetivo de descobrir quais os lanches mais consumidos e a

preferência do público entrevistado, foram apresentados os seguintes itens para serem

escolhidos: cachorro quente, pão de queijo, pizza, hambúguer, salgados assados, salgados

fritos, sanduíche, frutas e industrializados. Assim obteve-se o seguinte resultado:

Tabela 10- Lanche consumido com mais frequência

Cachorro Quente 15

Pão de Queijo 29

Pizza 13

Hambúrguer 14

Salgados Assados 32

Sanduíche 15

Frutas 5

Salgados Fritos 68

Industrializados 9

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

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Gráfico 5 - Lanche consumido com mais frequência

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Neste Gráfico é possível analisar a preferência de lanches dos entrevistados, onde

aponta em sua maioria por salgados fritos, com 34% do total. Seguido por salgados assados

com 16% e pão de queijo em terceiro lugar, com 14%. Na sequência apresentou-se cachorro

quente e hambúrguer com 7%, pizza com 6% e industrializados com 5%. Apenas 3% dos

entrevistados disseram escolher a opção mais saudável: frutas.

Podendo identificar assim oportunidade de ofertar outros dois produtos; salgados

assados e pão de queijo.

8.2.2 Questão 6: Com qual frequência você faz esses lanches?

A questão 6, referente a frequência semanal destes lanches, teve a intenção de definir a

quantidade de visitas possíveis deste cliente no estabelecimento comercial. O resultado pode

ser visto abaixo:

Tabela 11 - Frequência semanal de lanches consumido dos entrevistados

1 vez por semana 6

2 vezes por semana 72

3 vezes por semana 69

4 vezes por semana 21

5 vezes por semana 32

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

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Gráfico 6 - Frequência semanal de lanches consumido dos entrevistados

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

A maioria dos entrevistados respondeu apenas efetuar lanches em estabelecimentos

comerciais 2 ou 3 vezes por semana, correspondendo a 70% do total, sendo 36% em 2 vezes

por semana e 34% em 3 vezes na semana. Em 4 vezes na semana foram mencionados por

11%. O menor número de vezes indicado doi de 1 vez por semana, com 3% do total, e apenas

16% consome nos 5 dias úteis da semana.

8.2.3 Questão 7: Qual o valor gasto nesses lanches?

Nesta questão a pesquisa teve como finalidade definir o tíquete médio gasto pelos

pesquisados nos lanches, incluindo o valor com a bebida. Para isto foram apresentadas estas

faixas de valores: Até R$ 3,50, de R$ 3,51 até R$ 5,50, de R$ 5,51 até R$ 7,50, de R$ 7,51 até

R$ 9,50, de R$ 9,51 até R$ 11,50 e acima de R$ 11,51. De acordo com a Tabela e o Gráfico

exibidos:

Tabela 12 - Gasto médio com lanches

Até R$ 3,50 52

De R$ 3,51 até R$ 5,50 59

De R$ 5,51 até R$ 7,50 41

De R$ 7,51 até R$ 9,50 21

De R$ 9,51 até R$ 11,50 21

Acima de R$ 11,51 6

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

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Gráfico 7 - Gasto médio com lanches

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

A maior faixa de valor gasto em seus lanches, é de até R$ 7,50. Sendo 26% até R$

3,50, 29% de R$ 3,51 até R$ 5,51 e 20% de R$ 5,51 até R$ 7,50. Correspondente a 75% dos

entrevistados. O mesmo percentual de 11% indicaram gastar de R$ 7,51 até R$ 9,50 e R$ 9,51

até R$ 11,50, e somente 3% afirmam gastar acima de R$ 11,51.

8.3 ASPECTOS PARA A ESCOLHA DO ESTABELECIMENTO, PREFERÊNCIAS E

COMPORTAMENTO

Nas questões de número 8, 9, 10, 11, 12 e 13, no qual os entrevistados foram

questionados sobre principal motivo para a escolha do estabelecimento. Fatores de maior

relevância para esta escolha, turno que faz esses lanches, meio de comunicação mais utilizado

e grau de satisfação.

E a última pergunta que teve como meta a melhor compreensão para construção dos

produtos ofertados, sendo questionados sobre os sabores de coxinhas que consumiriam. Esta

etapa é de suma importância para elaboração de um plano de negócios assertivo e teve como

finalidade a compreensão do cliente x estabelecimentos.

8.3.1 Questão 8: Como você seleciona o local para fazer seu lanche?

A primeira questão desta série de perguntas, a pesquisa teve como intuito intrínsico

descobrir os fatores para determinar a escolha do seu ponto comercial e a influência da

propaganda na escolha do cliente. Para isto foram expostos as seguintes opções para a escolha

do entrevistado: proximidade com o trabalho, local de passsagem até o destino, propaganda

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virtutal, tradição do estabelecimento, proximidade com o ponto de ônibus/lotação, indicação

de amigos e propaganda impressa. Podendo apenas a escolha de um dos fatores, o resultado

foi o seguinte:

Tabela 13- Seleção do local para o lanche

Proximidade com o trabalho 51

Tradição do estabelecimento 36

Local de passagem até o destino 40

Proximidade ponto de ônibus/lotação 73

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 8- Seleção do local para o lanche

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Estes dados apresentam que a proximidade com o meio de transporte ou trabalho e o

local de passagem até o destino final, apresentam maior importância que a tradição do

estabelecimento, pois apenas 18% assinalou esta resposta. Enquanto 37% responderam

consumir com maior frequência em estabelecimentos próximos do ponto de ônibus ou

lotação, seguido de 25% com proximidade do trabalho e 20% local de passagem até o seu

destino. Indicação de amigos, propaganda virtual e propaganda impressa, não foram citadas,

assim indicando o menor grau de importância.

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8.3.2 Questão 9: Quais são os fatores que você mais leva em consideração ao consumir no

estabelecimento escolhido? (Marque até 3 alternativas)

A questão 9, demonstrada na Tabela e no Gráfico abaixo, refere-se aos fatores mais

relevantes para os clientes, assim indicando para o empreendedor as suas prioridades na hora

da implantação do negócio. Foram apresentadas as seguintes alternativas, podendo o

entrevistado marcar até 3 opções: Preço, variedade, higiene, atendimento, tempo de espera,

localização, serviço de entrega, qualidade e tamanho do lanche. Além de apresentar o valor

absoluto de votos, foi apresentado o valor relativo na Tabela.

Tabela 14- Fatores para o consumo no estabelecimento escolhido

Preço 161 27%

Variedade 16 3%

Higiene 86 15%

Atendimento 68 12%

Tempo de espera 19 3%

Localização 18 3%

Serviço de entrega 0 0%

Qualidade 171 29%

Tamanho do lanche 51 9%

Total Geral 590 100% Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

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Gráfico 9 - Fatores para o consumo no estabelecimento escolhido

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Nesta questão os entrevistados podiam assinalar até 3 fatores mais relevantes para a

escolha do estabelecimento comercial. Os pontos citados como mais importantes foram

qualidade e preço, com 29% e 27%, respectivamente. O quesito variedade foi citado em

apenas 3% das respostas, o que pode indicar que o consumidor procura o estabelecimento já

com o produto pré-determinado. Serviço de entrega não foi citado por nenhum entrevistado,

podendo ser entendido que não há importância para o cliente, ou como uma oportunidade de

negócio, pois os atuais estabelecimentos não fornecem este serviço.

A localização, foi apontada em 3% das respostas totais. Mas com o questionamento de

número 8 ter sido em sua maioria com esta citação, deve desconsiderar-se como sendo de

pouca importância na questão de número 9. Assim os entrevistados preferindo indicar outros

pontos neste momento.

Higiene e atendimento também tiveram grande número de menções, com 15 e 12%.

8.3.3 Questão 10: Em que turno do dia você costuma fazer seu lanche?

Para determinar o horário de maior fluxo na loja, foi apurado o turno de maior

consumo dos clientes. O resultado encontrado pode ser visto na Tabela e no Gráfico

ilustrativo:

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Tabela 15 - Turno consumido

Manhã 68

Tarde 132

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 10 - Turno consumido

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Com estes dados é possível perceber que a maioria dos clientes procuram por este tipo

de estabelecimento no tuno da tarde, com 66% dos entrevistados. Enquanto 34% dizem fazer

os lanches no turno da manhã.

8.3.4 Questão 11: Qual veículo de comunicação você mais utiliza?

Com a finalidade de definir um planejamento de publicidade para o novo

empreendimento, buscou-se conhecer os veículos de comunicação que os clientes mais

utilizam. Foram apresentadas as seguintes opções: jornal e revista, rádio, tv e internet

(incluindo redes sociais). O levantamento indicou o seguinte:

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Tabela 16 - Meio de comunicação

Rádio 1

TV 73

Internet (incluso redes sociais) 126

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 11 - Meio de comunicação

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

A tendência do mundo digital se confirma nesta pesquisa, com 63% dos entrevistados

indicarem a internet (incluindo redes sociais), como o veículo de comunicação mais utilizado.

Seguido por TV com 37%. Jornais e revistas não foram citados. Rádio obteve apenas uma

menção, correspondendo a 0,5% do total de entrevistas.

8.3.5 Questão 12: Qual seu grau de satisfação em relação aos estabelecimentos que você faz

o seu lanche no Centro Histórico de Porto Alegre?

Na Tabela e Gráfico abaixo, são apresentadas os percentuais resultantes da questão em

relação ao grau de satisfação dos clientes. As opções apresentadas foram as seguintes:

totalmente insatisfeito, insatisfeito, pouco satisfeito, satisfeito e totalmente satisfeito.

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Tabela 17 - Grau de satisfação

Insatisfeito 7

Pouco Satisfeito 37

Satisfeito 97

Totalmente Satisfeito 59

Total Geral 200 Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 12 - Grau de satisfação

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Não se obteve respostas com totalmente insatisfeito. Boa parte do público disse estar

satisfeito com os estabelecimentos comerciais e lanches realizados, com 49% do total de

respostas. E 30% citaram estar totalmente satisfeito, o que indica um alto índice de aprovação,

com 79% da amostra da população.

8.3.6 Questão 13: Quais os sabores de coxinha frita você consome ou consumiria?

A última questão refere-se diretamente ao objetivo de oferta de produtos do

estabelecimento objeto deste estudo. Onde o entrevistado poderia responder todos os sabores

que lhe agradam. Além de apresentar o valor absoluto de votos, foi apresentado o valor

relativo na Tabela. Atingindo o seguinte resultado:

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Tabela 18 – Sabores das coxinhas

Valor absoluto Valor Relativo Menções do total de entrevistados

Frango 179 21% 90%

Carne 145 17% 73%

Queijo 156 18% 78%

Doce de leite 111 13% 56%

Calabresa 97 11% 49%

Chocolate 112 13% 56%

Pizza 59 7% 30%

Total Geral 859 100%

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Gráfico 13- Sabores das coxinhas

Fonte: Dados oriundos de questionário aplicado pelo pesquisador

Neste quesito, além de analisar o valor relativo do número de respostas, temos de

analisar em quantos questionários o produto foi citado. Como preferência da amostra, temos o

sabor de frango, com 21% de valor relativo de menções e 90% de indicações do total de

questionários. O sabor de calabresa que poderia indicar uma baixa aceitação dos clientes, por

ter apenas 11% de valor relativo, aparece em 49% das entrevistas. O produto com maior

rejeição, sendo de 70%, foi o de sabor pizza, citada apenas 59 vezes. O sabor carne obteve

17% de votos relativos e citados por 73% do público, o sabor queijo foi mencionado em 78%

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das vezes. Os sabores doces, doce de leite e chocolate, foram mencionados em 56% dos

questionários cada.

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9 PLANO DE NEGÓCIOS

Este capítulo apresentará a descrição do empreendimento, dos produtos comercializados,

aspectos jurídicos, administrativos, de mercado e o plano de finanças para o futuro negócio.

9.1 DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO

Trata-se de uma loja de coxinhas fritas servidas em copo como seu produto principal.

Também serão agregadas bebidas sem álcool, como refrigerante, sucos e cafés, para a

complementação do mix de produtos.

A loja será localizada no bairro Centro Histórico de Porto Alegre, com endereço ainda a

ser definido com base na busca do ponto comercial e da análise da pesquisa. O funcionamento

será de segunda a sexta-feira das 7h30 às 19h30, e nos sábados das 7h30 às 15h30.

O público alvo será formado por transeuntes do bairro Centro Histórico de Porto

Alegre, apurados em pesquisa realizada e apresentada neste trabalho, definidos pelo seguinte

perfil: 54% mulheres e 46% homens, com predominância de idade entre 22 e 45 anos – 80%

do público total, com grau de escolaridade o ensino médio em 75% dos casos, e renda familiar

de R$ 2001,00 até R$ 5000,00 em 62% dos entrevistados.

9.2 MERCADO CONCORRENTE

Os concorrentes da empresa são lancherias, cafeterias, restaurantes e ambulantes que

vendem lanches com tíquete médio semelhante ao da nova empresa a ser estabelecida no

bairro Centro Histórico.

Tendo em vista que os clientes escolhem o estabelecimento baseado com a proximidade

do meio de transporte ou trabalho e local de passagem até o destino, conforme indicou

pesquisa, ainda não é possível prever os concorrentes que influenciarão diretamente a venda

da loja, pois ainda não foi escolhido o endereço completo para a sua implantação.

Porém com o acesso aos dados da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio de

Porto Alegre, que pelo qual indica todos os estabelecimentos licenciados no bairro Centro

Histórico. Foi possível mensurar o potencial de clientes e a concorrência na região como um

todo, assim sendo possível prever os cenários de receitas e custos para a empresa.

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Segundo a SMIC (2015) atualmente encontram-se regularizados 429 estabelecimentos

com alvará de funcionamento e localização. Este dado pode não exibir com exatidão a

realidade do mercado, tendo em vista que é sabido que frequentemente estão abrindo negócios

irregulares e fechando negócios sem a extinção da empresa e a desvinculação do alvará.

9.3 MERCADO FORNECEDOR

A seleção de fornecedores tornou-se limitada por se tratar de um produto específico e

com precificação diferenciada. Foram identificadas duas empresas especializadas para o

fornecimento, sendo como objetivo principal o abastecimento de suas próprias lojas de

coxinhas, ou venda para pontos específicos.

São estes para as coxinhas:

Q’Coxinha – Alvorada/RS

Ki-Coxinha – Sapucaia do Sul/RS

Para bebidas e demais utensílios:

Makro Atacado

Vonpar Bebidas

Ambev Bebidas

Knetig Utensílios e Equipamentos de Cozinha

Em caso de não atendimento desses fornecedores, o mercado de salgados fritos é muito

amplo, assim podendo ser negociado com empresas que trabalham com salgados diversos e

assim adaptando para a necessidade deste negócio.

A Coxinhas no Copo deverá trabalhar com negociação à vista. Pois como o valor de

tíquete médio é baixo, o comportamento esperado do consumidor é que o pagamento seja

efetuado em dinheiro, assim obtendo vantagens com os fornecedores.

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9.4 ASPECTOS LEGAIS

9.4.1 Razão Social e Enquadramento

Coxinha no copo lanches EIRELI

Para a Coxinha no Copo EIRELI, optou-se por empresa individual de responsabilidade

limitada com inscrição para pagamentos de tributos no Simples Nacional.

De acordo com a Lei Complementar 123, de 14 de dezembro de 2006 e com as

devidas alterações da Lei Complementar No139, de 10 de novembro de 2011. A empresa se

adequará de acordo com sua receita anual, sendo apresentada posteriormente em cenários

pessimista, realista e otimista. Sendo assim se enquadrando em uma destas faixas de valores:

Tabela 19 - Tributação Simples Nacional

Receita Bruta em

12 meses (em R$)

Alíquota

total

IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

De 180.000,01 a

360.000,00

5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a

540.000,00

6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a

720.000,00

7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

Fonte: Receita Federal, adaptado pelo autor.

9.4.2 Registro e formalização da empresa

O registro e formalização da empresa serão feitas por um profissional de contabilidade, e

seguirá a seguinte ordem:

Consulta de viabilidade para o endereço na Secretaria Municipal de Indústria e

Comércio (SMIC)

Ficha de empresário individual e Inscrição na Junta Comercial

Obtenção de CNPJ

Obtenção de Inscrição Estadual

Obtenção de Inscrição Municipal

Solicitação de alvará provisório de funcionamento na Secretaria Municipal de

Indústria e Comércio (SMIC)

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Realização e solicitação de aprovação de Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI)

junto ao Corpo de Bombeiros

Obtenção de Licença ambiental na Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM)

Obtenção de alvará da vigilância sanitária

Solicitação de alvará definitivo de funcionamento na Secretaria Municipal de Indústria

e Comércio (SMIC)

9.5 ASPECTOS PARA ORGANIZAÇÃO DA EMPRESA

Neste tópico serão apresentadas as necessidades de recursos humanos e descrição de

tarefas. A empresa será formada, no primeiro momento, por um sócio e três funcionários.

Sendo um funcionário iniciando sua jornada de trabalho no turno da manhã das 7h30 até às

15h50 e dois funcionários iniciando às 11h10 e encerrando as atividades às 19h30. No sábado

trabalharão todos das 7h30 às 15h30, assim perfazendo 44 horas semanais de trabalho e 1

hora de intervalo diário. O proprietário se dedicará integralmente ao negócio.

Esta divisão de horários de trabalho dos funcionários foi baseada no fluxo de clientes

apresentado na pesquisa realizada, onde apontou que 66% do consumo ocorrem no período da

tarde.

Os funcionários terão seu salário inicial de R$ 1000,00 acrescidos de insalubridade de

grau médio de 20%, conforme CLT (Consolidação das leis do trabalho) nos artigos de 189 a

194. Assim totalizando R$ 1.200,00 mensais.

O empreendedor será o gerente da loja e também responsável pela administração

financeira, compras, estoque e comercial. Terá como sua atividade operacional de caixa do

estabelecimento.

Tendo em vista que o produto será comprado pronto e congelado, os funcionários

ficarão responsáveis pelo atendimento, à preparação do produto, entrega para o cliente e

limpeza da loja.

Todos os envolvidos no negócio terão treinamento de prevenção de incêndios e curso

para manipulação de alimentos.

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9.6 ASPECTOS TÉCNICOS

9.6.1 Localização

Ao determinar a localização deste novo negócio foram observados todos os pontos

apresentados na revisão de literatura e acompanhado de análise do resultado da pesquisa.

Assim definiu-se que o empreendimento seria instalado próximo a pontos de ônibus, que

deverão ser nas ruas Av. Senador Salgado Filho, Av. Borges de Medeiros ou Rua Voluntários

da Pátria. Também poderá ser consideradas ruas com grande fluxo de pessoas.

9.6.2 Layout

O layout da loja será de forma que o atendimento seja no estilo take away, assim o

cliente comprando e levando o alimento para consumir no exterior da loja. O cliente será

recebido num balcão que será da largura inteira do estabelecimento com estufas que

proporcionarão a fácil visualização do produto ofertado.

Baseando-se na pesquisa realizada, onde apresentou os atributos mais importantes para

o cliente, o projeto arquitetônico desenvolvido será de forma a dar destaque aos aspectos de

higiene, qualidade e preço. Com material para apresentação dando ênfase ao preço.

Iluminação, cores e materiais que tragam sensação de higiene e qualidade.

9.6.3 Equipamentos necessários

Este tópico apresentará o levantamento de equipamentos necessários para a abertura da

loja.

Uma balança eletrônica de 15 kg – para conferência no recebimento de mercadorias

Uma coifa

Duas fritadeiras elétricas de 10 litros cada

Dois freezers verticais para estocagem

Um refrigerador visa cooler para venda de bebidas

Cinco estufas para exposição dos alimentos vendidos

Um balcão de madeira com pedra de granito

Um computador

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Uma impressora fiscal

Duas pias de inox

Uma gaveta metálica para dinheiro

Um cofre

Formas de alumínio

Materiais diversos para manipulação na cozinha

Materiais para higiene e limpeza

Um armário

Prateleiras

9.7 PLANO E ESTRATÉGIA DE MARKETING

O plano e estratégia de marketing serão definidos com base nos 4 P’s do marketing mix,

sendo estes produto, preço, praça e promoção.

9.7.1 Produto

No primeiro momento serão ofertados seis sabores de coxinha frita, baseando-se na

preferência dos consumidores em pesquisa realizada neste trabalho. O sabor pizza foi

excluído pela grande rejeição, onde não obteve aceitação de 70% dos entrevistados. Assim

evitando estoque de produto com baixa rotatividade. O peso aproximado de cada coxinha será

de nove gramas. Segue sabores:

Calabresa

Carne

Chocolate

Doce de Leite

Frango

Queijo

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O mix de produtos poderá ser ampliado de acordo com a demanda existente no mercado

e o resultado da pesquisa, onde indicou um grande consumo de pão de queijo com tíquete

médio semelhante ao do produto deste novo empreendimento.

A embalagem será um copo personalizado da empresa, buscando desta forma a

praticidade e a diferenciação para o consumo do produto. Assim fugindo do padrão, e dando a

sensação de quantidade por menor preço. Aspectos relevantes apresentados em pesquisa:

preço e tamanho do lanche.

Outros aspectos que se tornam relevante para o produto, são a qualidade e a novidade

que será esta forma de venda e consumo.

A preparação será feita constantemente, para que o tempo de entrada na loja, pagamento

e retirada seja o menor possível. Facilitando assim o fluxo de clientes e tornando-se como um

diferencial o tempo de espera.

9.7.2 Preço

Com a constatação do custo de produção e venda do produto, e baseando-se na

pesquisa onde se apurou o tíquete médio gasto pelos consumidores. Definiram-se

estrategicamente quatro faixas de valores, R$ 2,90, R$ 5,00, R$ 16,00 e R$ 145,00. Conforme

Tabela apresentada abaixo:

Tabela 20 - Valores dos produtos

Produto

Quantidade de

Coxinhas Preço venda Preço unitário

Coxinha Copo 15 15 R$ 2,90 R$ ,0193

Coxinha Copo 30 30 R$ 5,00 R$ 0,167

Coxinha Copo 100 100 R$ 16,00 R$ 0,160

Coxinha Copo 1000 1000 R$ 145,00 R$ 0,145 Fonte: Elaborado pelo autor

As embalagens onde serão vendidos os produtos nomeados como “Coxinha Copo

100” e “Coxinha Copo 1000” serão térmicas de isopor, para garantir maior facilidade no

transporte e conservação do alimento, tendo em vista que são quantidades que não serão

consumidas imediatamente após a compra.

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Criou-se a precificação de R$ 145,00 para 1000 coxinhas, visando o mercado

consumidor de festas de aniversário e empresa. Sendo um atrativo o preço baixo para uma

quantidade grande.

9.7.3 Praça

Utilizando da definição de Dornelas (2012), a venda será direta, que pelo qual o

consumidor fica cara a cara com o vendedor.

9.7.4 Promoção

As forças que serão utilizadas para a divulgação do produto serão compostas de seis

ações diferentes, sendo uma delas para a fidelização do cliente.

1. Distribuição de flyers no comércio e nos escritórios que ficam no raio de até

1000 metros da loja, este realizado por uma pessoa. Buscando aproximar a

relação com os vizinhos do estabelecimento.

2. Distribuição de flyers e degustação do produto em frente à loja e na sua

proximidade, visando atingir os clientes que estão transitando em frente ao

estabelecimento, assim atingindo o público alvo com grande assertividade. Os

clientes serão abordados por duas pessoas, sendo um degustador e um

panfleteiro.

3. Divulgação do produto em página no facebook, com anúncios e

direcionamento desta campanha publicitária seguindo o perfil de público da

pesquisa realizada. Utilizando linguagem específica para classe social, idade e

escolaridade. Esta ferramenta será administrada pelo próprio empreendedor,

que pelo qual tem experiência em negócios anteriores, como exemplo a página

da produtora Facebook.com/eucurtonewfever onde conta com 44.500

seguidores. Atingindo desta forma um grande número de pessoas com custo

baixo. Enquanto com R$ 0,04 se transmite a informação para um cliente de

forma virtual, com o flyer impresso será necessário desembolsar no mínimo R$

0,20 (R$ 0,13 de flyer e R$ 0,07 com o panfleteiro).

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4. Promoção no aplicativo para smartphone “Pague com uma foto”. Onde o

cliente irá fotografar o produto e postar em sua rede social, assim pagando por

15 coxinhas e ganhando mais 15 unidades. Esta promoção terá intuito de

aproximar o cliente e validar a qualidade do produto, pois ele estará postando

em seu perfil pessoal atestando este aspecto e dando credibilidade para o

mesmo. O valor que o cliente irá gastar comprando um copo será suficiente

para cobrir os custos de matéria prima da promoção e da taxa do aplicativo.

5. Criação de cartão de fidelidade para clientes que consumirem em 10

oportunidades na loja. Desta forma motivando o seu retorno e a escolha do

estabelecimento.

6. Investimento na fachada da loja, tendo em vista que as pesquisas indicam que o

consumidor toma decisão quando está transitando para o trabalho ou em frente

ao ponto de ônibus e lotação. Indicando uma decisão por impulso.

9.8 PLANO FINANCEIRO

Esta etapa no trabalho será apresentada o levantamento de investimentos iniciais,

expectativa de receita e custos. Também será estudada a viabilidade do negócio através de

cálculo de payback, retorno sobre o investimento, ponto de equilíbrio e DRE.

9.8.1 Investimentos Iniciais

Os investimentos iniciais constam as despesas pré-operacionais, investimentos fixos e

o capital de giro.

As despesas pré-operacionais serão as decorrentes dos custos com o registro,

regularização e promoção do negócio.

Tabela 21 - Despesas pré-operacionais

Promoção R$ 3.000,00

Regularização e registro R$ 2.000,00

Total Geral R$ 5.000,00 Fonte: Elaborado pelo autor

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Os investimentos fixos serão aqueles com equipamentos, móveis e utensílios para o

funcionamento do empreendimento. Descritos na Tabela a seguir:

Tabela 22 – Investimentos fixos - Equipamentos

Equipamento Quantidade Valor Unitário Valor Total

Balança eletrônica 1 R$ 480,00 R$ 480,00

Coifa 1 R$ 2.650,00 R$ 2.650,00

Fritadeira Elétrica 2 R$ 750,00 R$ 1.500,00

Freezer Vertical 2 R$ 2.600,00 R$ 5.200,00

Refrigerador Visa Cooler 1 R$ 2.400,00 R$ 2.400,00

Refresqueira 1 R$ 1.600,00 R$ 1.600,00

Estufa 5 R$ 290,00 R$ 1.450,00

Balcão 1 R$ 2.500,00 R$ 2.500,00

Computador 1 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00

Impressora Fiscal 1 R$ 780,00 R$ 780,00

Gaveta metálica dinheiro 1 R$ 190,00 R$ 190,00

Cofre 1 R$ 360,00 R$ 360,00

Formas de alumínio 5 R$ 45,00 R$ 225,00

Materiais manipulação 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Materiais limpeza 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Armário 1 R$ 620,00 R$ 620,00

Prateleiras 1 R$ 200,00 R$ 200,00

Total Geral R$ 22.255,00 Fonte: Elaborado pelo autor

Além dos equipamentos que terão que ser adquiridos, será necessário a adaptação da

loja escolhida para o ponto comercial. Foi definido como verba máxima para este gasto de R$

30.000,00. Assim totalizando o investimento conforme segue abaixo:

Tabela 23 - Total investimentos fixos

Equipamentos R$ 22.255,00

Reforma e adaptação R$ 30.000,00

Total Geral R$ 52.255,00 Fonte: Elaborado pelo autor

O capital de giro calculado será baseado em cenário pessimista. Com funcionamento

do primeiro mês sem obtenção de receitas, conceituado como burning-rate que “são os

dispêndios de uma empresa com custos fixos que independem do volume de vendas” Salim

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(2005, p.109), acrescidos de produto com previsão mínima de vendas. Assim podendo ser

recalculado no decorrer do negócio. Conforme Tabela:

Tabela 24 - Previsão de Capital de Giro

Quantidade Valor Unitário Valor Total

Salgados cento 1225 R$ 7,80 R$ 9.555,00

Refrigerante 250ml 1000 R$ 1,00 R$ 1.000,00

Refrigerante lata 300 R$ 1,25 R$ 375,00

Refresco 250 ml 600 R$ 0,20 R$ 120,00

Materiais descartáveis 1225 R$ 0,15 R$ 183,75

Insumos de preparo 8 R$ 60,00 R$ 480,00

Simples Nacional 5,47% da receita bruta

Funcionários 3 R$ 1.200,00 R$ 3.600,00

Encargos trabalhistas 3 R$ 180,00 R$ 540,00

Vale-alimentação 3 R$ 325,00 R$ 975,00

Passagens 3 R$ 162,50 R$ 487,50

Aluguel 1 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00

Condomínio 1 R$ 200,00 R$ 200,00

Iptu 1 R$ 80,00 R$ 80,00

Luz CEEE 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Telefone/internet 1 R$ 150,00 R$ 150,00

Alarme monitorado 1 R$ 150,00 R$ 150,00

Contabilidade 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Flyers e criação 1 R$ 750,00 R$ 750,00

Facebook patrocinado 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Total Geral R$ 23.546,25 Fonte: Elaborado pelo autor

Sendo assim o capital inicial necessário será de R$ 80.801,25, conforme Tabela

abaixo:

Tabela 25 - Capital necessário para investimento

Despesas pré-operacionais R$ 5.000,00

Investimento fixo R$ 52.255,00

Capital de giro R$ 23.546,25

Total Geral R$ 80.801,25 Fonte: Elaborado pelo autor

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9.8.2 Receita

O cálculo da receita foi elaborado em três cenários diferentes, considerando

pessimista, realista e otimista.

Os valores apresentados abaixo foram baseados em análise na pesquisa realizada neste

trabalho. Onde numa população de 500 mil pessoas que circulam diariamente pelo Centro

Histórico de Porto Alegre, segundo a prefeitura, com 429 estabelecimentos em

funcionamento, segundo a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio (SMIC, 2015).

Aponta-se um público consumidor médio de 1165 pessoas para cada estabelecimento. Este

cálculo tem como fonte o curso “Aprender a Empreender” do SEBRAE (2015) e as

considerações de SALIM (2005) para cálculo de projeções de mercado.

Para isto foram necessários o cruzamento de dados de frequência semanal do cliente e

o valor gasto. Assim foi possível determinar qual a faixa de valor médio gasto em cada visita,

pois para cada frequência conseguiu se definir um padrão médio de consumo. Conforme

indicado nas Tabelas abaixo, onde o cruzamento de informações de valor e frequência é

demonstrado:

Tabela 26 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 1 vez por semana

Número de pessoas Valor presumido Total

Até R$ 3,50 4 R$ 3,50 R$ 14,00

De R$ 3,51 até R$ 5,50 1 R$ 5,50 R$ 5,50

De R$ 5,51 até R$ 7,50 1 R$ 7,50 R$ 7,50

Total geral 6 Total R$ 27,00

Média por pessoa em cada

visita R$ 4,50

Fonte: Elaborado pelo autor

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Tabela 27 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 2 vezes por semana

Número de pessoas Valor presumido Total

Até R$ 3,50 28 R$ 3,50 R$ 98,00

De R$ 3,51 até R$ 5,50 24 R$ 5,50 R$ 132,00

De R$ 5,51 até R$ 7,50 14 R$ 7,50 R$ 105,00

De R$ 7,51 até R$ 9,50 2 R$ 9,50 R$ 19,00

De R$ 9,51 até R$ 11,51 3 R$ 11,50 R$ 34,50

Acima de R$ 11,51 1 R$ 12,50 R$ 12,50

Total 72 Total R$ 401,00

Média por pessoa em cada

visita R$ 5,57

Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 28 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 3 vezes por semana

Número de pessoas Valor presumido Total

Até R$ 3,50 11 R$ 3,50 R$ 22,00

De R$ 3,51 até R$ 5,50 20 R$ 5,50 R$ 110,00

De R$ 5,51 até R$ 7,50 17 R$ 7,50 R$ 127,50

De R$ 7,51 até R$ 9,50 11 R$ 9,50 R$ 104,50

De R$ 9,51 até R$ 11,51 9 R$ 11,50 R$ 103,50

Acima de R$ 11,51 1 R$ 12,50 R$ 12,50

Total 69 Total R$ 480,00

Média por pessoa em cada

visita

R$

6,96

Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 29 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 4 vezes por semana

Número de pessoas Valor presumido Total

Até R$ 3,50 2 R$ 3,50 R$ 7,00

De R$ 3,51 até R$ 5,50 5 R$ 5,50 R$ 27,50

De R$ 5,51 até R$ 7,50 5 R$ 7,50 R$ 37,50

De R$ 7,51 até R$ 9,50 4 R$ 9,50 R$ 38,00

De R$ 9,51 até R$ 11,51 5 R$ 11,50 R$ 57,50

Total 21 Total R$ 167,50

Média por pessoa em cada

visita

R$

7,98

Fonte: Elaborado pelo autor

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Tabela 30 - Frequência semanal x gasto. Para tíquete médio - 5 vezes por semana

Número de pessoas Valor presumido Total

Até R$ 3,50 7 R$ 3,50 R$ 24,50

De R$ 3,51 até R$ 5,50 9 R$ 5,50 R$ 49,50

De R$ 5,51 até R$ 7,50 4 R$ 7,50 R$ 30,00

De R$ 7,51 até R$ 9,50 4 R$ 9,50 R$ 38,00

De R$ 9,51 até R$ 11,51 4 R$ 11,50 R$ 46,00

Acima de R$ 11,51 4 R$ 12,50 R$ 50,00

Total 32 Total R$ 238,00

Média por pessoa em cada

visita

R$

7,44

Fonte: Elaborado pelo autor

Desta forma foi possível definir um valor médio gasto por cliente em cada visita

realizada, conforme demonstrado nesta Tabela:

Tabela 31 - Tíquete médio por visita

Tíquete Médio Quantidade de pessoas Total

1 vez por semana R$ 4,50 6 R$ 27,00

2 vezes por semana R$ 5,57 72 R$ 401,04

3 vezes por semana R$ 6,96 69 R$ 480,24

4 vezes por semana R$ 7,98 21 R$ 167,58

5 vezes por semana R$ 7,44 32 R$ 238,08

Total geral 200 R$ 1.313,94

Média por pessoa em cada

visita

R$

6,57

Fonte: Elaborado pelo autor

Baseado neste tíquete médio de consumo, e com o parâmetro de 1165 clientes diários

possíveis, foram presumidos 3 cenários básicos de receita, sendo o primeiro com 25% da

previsão de clientes possíveis, o segundo com 42% de sucesso entre os clientes e o terceiro

com 52%. Assim construíram-se estas Tabelas da seguinte forma, conforme numeração de

indicações:

1) De um total de 30 dias em calendário comercial a loja será aberta 26 vezes

2) Potencial de clientes diários encontrados em cálculo indicado no item 8.8.2

3) Campo 1 x campo 2

4) Campo 3 x percentual indicado no campo 4

5) Visitas dos clientes em 50% dos dias de abertura da loja – 3 vezes por semana

6) Campo 4 x Campo 5

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7) Tíquete médio por visita conforme indicado na Tabela 31

8) Campo 6 x Campo 7

Tabela 32 - Previsão de Receita Cenário Pessimista

1 Total de dias de abertura da loja 26

2 Potencial de clientes diário 1165

3 Potencial Total mensal 30290

4 Previsão de clientes (25%) 7572,5

5 Visitas dos clientes x Abertura da loja (3 dias) 50%

6 Total de visitas mensalmente 3786,25

7 Tíquete médio por visita R$ 6,57

8 Receita total R$ 24.875,66 Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 33 - Previsão de Receita Cenário Realista

1 Total de dias abertura da loja 26

2 Potencial de clientes diário 1165

3 Potencial Total mensal 30290

4 Previsão de clientes (42%) 12721,8

5 Visitas dos clientes x Abertura da loja (3 dias) 50%

6 Total de visitas mensalmente 6360,9

7 Tíquete médio por visita R$ 6,57

8 Receita total R$ 41.791,11 Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 34 - Previsão de Receita Cenário Otimista

1 Total de dias abertura da loja 26

2 Potencial de clientes diário 1165

3 Potencial Total mensal 30290

4 Previsão de clientes (52%) 15750,8

5 Visitas dos clientes x Abertura da loja (3 dias) 50%

6 Total de visitas mensalmente 7875,4

7 Tíquete médio por visita R$ 6,57

8 Receita total R$ 51.741,38 Fonte: Elaborado pelo autor

Considerando então estes dados, elaboraram-se os cenários prevendo suas receitas

conforme os produtos ofertados no estabelecimento. Assim atingindo estes valores

aproximados, conforme Tabelas abaixo:

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Tabela 35 - Previsão de Receita Cenário Pessimista - Com descrição de produtos

Produto Quantidade Valor Total

Coxinha copo 15 unidades 3200 R$ 2,90 R$ 9.280,00

Coxinha copo 30 unidades 1650 R$ 5,00 R$ 8.250,00

Coxinha caixa 100 unidades 200 R$ 16,00 R$ 3.200,00

Coxinha 1000 unidades 5 R$ 145,00 R$ 725,00

Refrigerante 250ml 1000 R$ 2,00 R$ 2.000,00

Refrigerante lata 300 R$ 3,00 R$ 900,00

Refresco 250 ml 600 R$ 1,00 R$ 600,00

Total Geral R$ 24.955,00 Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 36 - Previsão de Receita Cenário Realista - Com descrição de produtos

Produto Quantidade Valor Total

Coxinha copo 15 unidades 4850 R$ 2,90 R$ 14.065,00

Coxinha copo 30 unidades 1900 R$ 5,00 R$ 9.500,00

Coxinha caixa 100 unidades 650 R$ 16,00 R$ 10.400,00

Coxinha 1000 unidades 10 R$ 145,00 R$ 1.450,00

Refrigerante 250ml 1500 R$ 2,00 R$ 3.000,00

Refrigerante lata 800 R$ 3,00 R$ 2.400,00

Refresco 250 ml 1000 R$ 1,00 R$ 1.000,00

Total Geral R$ 41.815,00 Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 37 - Previsão de Receita Cenário Otimista - Com descrição de produtos

Produto Quantidade Valor Total

Coxinha copo 15 unidades 5900 R$ 2,90 R$ 17.110,00

Coxinha copo 30 unidades 2400 R$ 5,00 R$ 12.000,00

Coxinha caixa 100 unidades 700 R$ 16,00 R$ 11.200,00

Coxinha 1000 unidades 15 R$ 145,00 R$ 2.175,00

Refrigerante 250ml 2500 R$ 2,00 R$ 5.000,00

Refrigerante lata 900 R$ 3,00 R$ 2.700,00

Refresco 250 ml 1500 R$ 1,00 R$ 1.500,00

Total Geral R$ 51.685,00 Fonte: Elaborado pelo autor

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9.8.3 Custos

Neste tópico serão abordados os custos fixos e variáveis da empresa.

9.8.3.1 Custos fixos

Os custos fixos indicados na Tabela abaixo são despesas que o empreendimento terá

independente do volume vendido. Sendo estes: funcionários e seus encargos, aluguel,

condomínio, Iptu, luz, telefone/internet, água, alarme monitorado e contabilidade. Custos

como luz e água, podem ser considerados fixos e variáveis. Fixos; no entendimento de

abertura da loja sem vendas efetuadas, e variáveis com a dependência do volume vendido.

Conforme descrito na Tabela:

Tabela 38 - Custos fixos

Quantidade Valor Unitário Valor Total

Funcionários 3 R$ 1.200,00 R$ 3.600,00

Encargos trabalhistas 3 R$ 180,00 R$ 540,00

Provisão 13° 3 R$ 100,00 R$ 300,00

Provisão Férias 3 R$ 133,00 R$ 399,00

Vale-alimentação 3 R$ 325,00 R$ 975,00

Passagens 3 R$ 162,50 R$ 487,50

Aluguel 1 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00

Condomínio 1 R$ 200,00 R$ 200,00

Iptu 1 R$ 80,00 R$ 80,00

Luz CEEE 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Telefone/internet 1 R$ 150,00 R$ 150,00

Aluguel máquina cartões 1 R$ 120,00 R$ 120,00

Sindicato 1 R$ 29,17 R$ 29,17

Alarme monitorado 1 R$ 150,00 R$ 150,00

Contabilidade 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Flyers e criação 1 R$ 750,00 R$ 750,00

Facebook patrocinado 1 R$ 300,00 R$ 300,00

Total Geral R$ 12.680,67 Fonte: Elaborado pelo autor

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9.8.3.2 Custos variáveis

O custo variável são aqueles que crescem na medida do volume de vendas. Os valores

indicados na Tabela abaixo são de pesquisa realizada pelo próprio autor no mês de novembro

de 2015. O valor presumido em custo de cartão de débito é baseado que o tíquete médio do

cliente é baixo, então o comportamento esperado é que o pagamento seja efetuado em

dinheiro. Cabe salientar que para cada cenário há uma previsão futura de enquadramento no

Simples Nacional, esta dependendo do seu faturamento anual. Abaixo as Tabelas indicam a

variação para cada cenário apresentado, sendo eles pessimista, realista e otimista.

Tabela 39 - Custos variáveis - Cenário Pessimista

Quantidade Valor Unitário Valor Total

Salgados cento 1225 R$ 7,80 R$ 9.555,00

Refrigerante 250ml 1000 R$ 1,00 R$ 1.000,00

Refrigerante lata 300 R$ 1,25 R$ 375,00

Refresco 250 ml 600 R$ 0,20 R$ 120,00

Materiais descartáveis 1225 R$ 0,15 R$ 183,75

Insumos de preparo 8 R$ 60,00 R$ 480,00

Custo cartão débito (25% da venda) 1,9% do valor vendido R$ 118,54

Simples Nacional 5,47% da receita bruta R$ 1.365,04

Total Geral R$ 13.197,32 Fonte: Elaborado pelo autor

Tabela 40 - Custos variáveis - Cenário Realista

Quantidade Valor Unitário Valor Total

Salgados cento 2047,5 R$ 7,80 R$ 15.970,50

Refrigerante 250ml 1500 R$ 1,00 R$ 1.500,00

Refrigerante lata 800 R$ 1,25 R$ 1.000,00

Refresco 250 ml 1000 R$ 0,20 R$ 200,00

Materiais descartáveis 2047,5 R$ 0,15 R$ 307,13

Insumos de preparo 8 R$ 60,00 R$ 480,00

Custo cartão débito (25% da venda) 1,9% do valor vendido R$ 198,62

Simples Nacional 6,84% da receita bruta R$ 2.860,15

Total Geral R$ 22.516,39 Fonte: Elaborado pelo autor

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Tabela 41 - Custos variáveis - Cenário Otimista

Quantidade Valor Unitário Valor Total

Salgados cento 2455 R$ 7,80 R$ 19.149,00

Refrigerante 250ml 2500 R$ 1,00 R$ 2.500,00

Refrigerante lata 900 R$ 1,25 R$ 1.125,00

Refresco 250 ml 1500 R$ 0,20 R$ 300,00

Materiais descartáveis 2455 R$ 0,15 R$ 368,25

Insumos de preparo 8 R$ 60,00 R$ 480,00

Custo cartão débito (25% da venda) 1,9% do valor vendido R$ 245,50

Simples Nacional 7,54% da receita bruta R$ 3.897,05

Total Geral R$ 28.064,80 Fonte: Elaborado pelo autor

9.8.4 Resultado Operacional Mensal

O resultado operacional mensal indicará a receita obtida no período, custo fixo, custo

variável, custo total da operação, lucro líquido, ponto de equilíbrio, retorno sobre o

investimento, lucratividade e payback. Assim o empreendedor poderá fazer uma análise

objetiva da viabilidade do negócio e seu respectivo retorno financeiro. Os dados utilizados de

custos fixos e variáveis já foram citados anteriormente neste capítulo, os demais cálculos

serão apresentados em forma de Tabela resumo.

Tabela 42 – DRE mensal simplificada da empresa

Discriminação

Cenários

Pessimista Realista Otimista

Receita Mensal R$ 24.955,00 R$ 41.815,00 R$ 51.685,00

Custos Fixos R$ 12.680,67 R$ 12.680,67 R$ 12.680,67

Custos Variáveis R$ 13.197,32 R$ 22.516,39 R$ 28.064,80

Custo Total R$ 25.877,99 R$ 35.197,06 R$ 40.745,47

Lucro Líquido ou prejuízo -(R$ 922,99) R$ 6.617,94 R$ 10.939,53

Ponto de Equilíbrio R$ 26.914,00 R$ 27.475,66 R$ 27.747,45

Retorno sobre o investimento (ROI) -1,14% 8,19% 13,54%

Lucratividade -3,70% 15,83% 21,17%

Payback (em meses) - 12,2 7,4 Fonte: Elaborado pelo autor

As fórmulas utilizadas para tal, que estão relacionadas abaixo, foram aplicadas no

software Excel para apuração dos resultados.

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Receita mensal = Volume de vendas x preço de venda

Fonte: Dornelas (2012, p.177)

Custo total = Custos fixos + Custos variáveis

Fonte: Dornelas (2012, p.177)

Lucro Líquido = Receita – Despesas

Fonte: Maximiano (2011, p.192)

Ponto de equilíbrio = Custo fixo / 1 – (Custo variável / receita total)

Fonte: Dornelas (2012, p.177)

Retorno sobre o investimento (ROI) = Lucro líquido / Investimento total

Fonte: Hoji (2014, p.299)

Lucratividade = Lucro líquido x 100 / Receita total

Fonte: SEBRAE (2013, p.101)

Payback = Investimento total / lucro líquido

Fonte: Hoji (2014, p.171)

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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

10.1 Síntese conclusiva

A iniciativa para a construção deste trabalho partiu da necessidade do aluno se reinserir

no mercado como empresário, tendo em vista que o seu histórico sempre apresentou como

característica principal o empreendedorismo. Podendo considerar que obteve sucesso em 4

das 6 empresas onde obteve participação societária. Sendo elas NewFever/Ganesh Produtora,

Parador Chairs Gourmet, Praiano Bar e Shock Produtora. E atingindo o insucesso de gestão e

financeiro no Chairs Resto Lounge/Villa Assumpção e Dub Hall. Baseado nestes fatores

surgiu à ideia de criar um novo empreendimento inspirado em negócios de sucesso

localizados no eixo Rio/São Paulo/Espírito Santo.

Diante dos resultados da elaboração do plano de negócios e da pesquisa apresentada,

onde foi possível a análise de viabilidade do negócio, é possível verificar que o objetivo geral

e os objetivos específicos foram atingidos.

Com o intuito de facilitar a operação, diminuir o capital necessário para a implantação

do negócio e a redução de riscos, a opção foi de comprar o produto pronto congelado e apenas

fazer o preparo na hora. Os fornecedores especializados que oferecem este produto com

qualidade e preço baixo são apenas 2, desta forma a loja tem um grande grau de dependência

para o funcionamento. Porém é possível que esta produção seja desenvolvida com outros

fabricantes de salgados, diminuindo a dependência dos fornecedores já existentes.

O objetivo de descobrir quem é o público frequentador do bairro Centro Histórico e

determinar quem são os consumidores foi determinado na pesquisa que apontou as seguintes

características: 54% mulheres e 46% homens, com predominância de idade entre 22 e 45 anos

– 80% do público total, com grau de escolaridade o ensino médio em 75% dos casos, e renda

familiar de R$ 2001,00 até R$ 5000,00 em 62% dos entrevistados.

A partir da construção do plano financeiro, pode-se constatar que a implantação desta

loja será lucrativa. Apresentando um investimento total de R$ 80.801,25, sendo que deste

valor R$ 23.546,50 é o capital de giro calculado. As projeções no cenário realista indicam um

lucro de R$ 6.617,94 com possibilidade de crescimento, sua lucratividade de 15,83%, retorno

sobre o investimento de 8,19% e payback de 12,2 meses.

Estes números retratam que o retorno esperado está de acordo com o mercado atual de

lojas próprias implantadas de forma independente. Em relação às franquias este negócio gera

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um lucro líquido inferior comparado às médias indicadas por este setor. Porém a taxa de

retorno sobre o investimento é superior; e o tempo de payback, capital de giro e despesas

fixas, são inferiores, destacando estes pontos positivos.

Mesmo com a comprovação deste plano de negócios em relação à viabilidade de

abertura desta empresa. Esta é apenas uma ferramenta para aumentar o grau de assertividade

para qualquer empreendimento. Assim prevendo antecipadamente todos os possíveis erros e

acertos, e para que não se repita fórmulas que obtiveram insucesso no passado.

A grande incerteza em meio à instabilidade econômica e política em relação ao futuro, e

a volatilidade do cliente e do poder de compra, faz com que fique impossível garantir com

segurança o sucesso do negócio.

10.2 Limitações da pesquisa

Este trabalho acadêmico limitou-se a análise de viabilidade para a implantação de uma

loja para comércio de alimentos, conceituado no estilo take away, da empresa Coxinhas no

Copo. Que pelo qual apontou aspectos relevantes na elaboração do plano de negócios. Não

foram aplicadas pesquisas da atual situação econômica e perspectivas de crescimento no setor

dos estabelecimentos instalados na região.

10.3 Sugestões para futuras pesquisas

O objeto de pesquisa deste trabalho poderá ser aplicado com o intuito de identificar e

entender o comportamento dos transeuntes do bairro Centro Histórico de Porto Alegre, que

não são clientes frequentes de estabelecimentos comercias deste seguimento. Assim sendo

capaz de motivar futuras mudanças e ações promocionais para atrair este público, e desta

forma aumentar o fluxo de clientes da loja. A pesquisa com o público consumidor e com o

mercado deverá ser de forma contínua, para detectar a situação econômica constantemente e

as mudanças em seu comportamento.

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APÊNDICE

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Instrumento de Coleta de Dados - Pesquisa de Mercado

Esta pesquisa é parte integrante de um trabalho de conclusão de curso de Administração da

UniRitter para avaliar o consumo de lanches no bairro Centro Histórico de Porto Alegre. Não é

necessário de identificar. Solicito sua colaboração respondendo às questões a seguir. Agradeço sua

disponibilidade.

1. Sexo:

Masculino Feminino

2. Qual sua idade?

A Até 21 anos B Entre 22 e 30 anos C Entre 31 e 45 anos D Mais de 46 anos

3. Qual seu nível de escolaridade:

A Sem escolaridade B Fundamental Incompleto

C Fundamental Completo

D Médio incompleto

E Médio completo F Superior Completo G Superior Incompleto

4. Qual a faixa de renda familiar? (Compreende renda familiar a soma de todas as rendas dos

integrantes de sua residência).

A Até R$ 1000,00 B De R$ 1001,00 até R$ 2000,00

C De R$ 2001,00 até R$ 3000,00

D De R$ 3000,00 até R$ 4000,00

E De R$ 4001,00 até R$ 5000,00

F Acima de R$ 5000,00

5. Qual lanche você costuma fazer?

A Cachorro Quente B Pão de Queijo C Pizza D Sorvetes

E Hambúrguer F Salgados Assados

G Sanduíche Outros

H Frutas I Salgados Fritos J Industrializados

6. Com qual frequência você faz esses lanches?

1 vez por semana

2 vezes por semana 3 vezes por semana

4 vezes por semana

5 vezes por semana

6 vezes por semana 7 vezes por semana

Acima de 7 vezes

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7. Qual o valor gasto nesses lanches?

A Até R$ 3,50 B De R$ 3,51 até R$ 5,50 C De R$ 5,51 até R$ 7,50

D De R$ 7,51 até R$ 9,50 E De R$ 9,51 até 11,50 F Acima de R$ 11,51

8. Como você seleciona o local para fazer o lanche?

A Proximidade com o trabalho

B Tradição do estabelecimento C Indicação de Amigos

D Local de passagem até o destino

E Proximidade com ponto de ônibus/lotação

F Propaganda impressa (panfleto)

G Propaganda virtual Outro: Qual? ______________

9. Quais são os fatores que você mais leva em consideração ao consumir no estabelecimento

escolhido? Marque 3 opções.

Preço Variedade Higiene Atendimento Tempo espera

Localização Serviço de entrega

Qualidade Tamanho do lanche

10. Em que período do dia você costuma fazer seu lanche?

A Manhã B Tarde

11. Qual veículo de comunicação você mais utiliza?

A Jornal / Revista B Rádio C TV D Internet (incluindo redes sociais)

12. Qual o seu grau de satisfação em relação as empresas que você faz seu lanche no Centro de

Porto Alegre?

A Totalmente insatisfeito B Insatisfeito C Pouco Satisfeito

D Satisfeito E Totalmente Satisfeito F Não sabe/ Não opinou

13. Quais os sabores de coxinha frita você consome/consumiria?

Frango Queijo Calabresa Pizza

Carne Doce de Leite Chocolate Não consome coxinha