apostila historia 3 ano 4 bimestre aluno

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  • 7/21/2019 Apostila Historia 3 Ano 4 Bimestre Aluno

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    Histria

    Aluno

    Caderno de AtividadesPedaggicas de

    Aprendizagem

    Autorregulada - 043 Srie | 4 Bimestre

    Disciplina Curso Bimestre Srie

    Histria Ensino Mdio 4 3

    Habilidades Associadas

    1. Comparar as dinmicas econmicas de diferentes sociedades.

    2. Analisar o processo histrico de redemocratizao brasileiro e seus desdobramentos.

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    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso sitewww.conexaoprofessor.rj.gov.br,a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/
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    Caro aluno,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 4 Bimestre do Currculo Mnimo de Histria da 3 Srie

    do Ensino Mdio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo de um

    ms.

    A nossa proposta que voc, Aluno, desenvolva estas Atividades de forma

    autnoma, com o suporte pedaggico eventual de um professor, que mediar as trocas

    de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc desenvolver a disciplina e

    independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional no mundo do

    conhecimento do sculo XXI.

    Neste caderno, na primeira aula, abordaremos o contexto do crescimento do

    Neoliberalismo e da Globalizao, a partir das crises dos anos 70. Na aula seguinte,

    estudaremos a conjuntura mundial da virada do sculo XX para o sculo XXI,

    destacando os conflitos no Oriente Mdio e na frica. E por ltimo, falaremos do Brasil

    aps o perodo de redemocratizao at os dias atuais.

    Este documento apresenta 3 (trs) Aulas. As aulas podem ser compostas poruma explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e as

    atividadesrespectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As

    Atividades so referentes a dois tempos de aulas. Para reforar a aprendizagem,

    prope-se, ainda, uma pesquisae uma avaliaosobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

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    Introduo ............................................................................................... 03

    Aula 01: Neoliberalismo e da globalizao...............................................

    Aula 02: O mundo no sculo XXI...............................................................

    Aula 03: O Brasil do sculo XXI..................................................................

    Avaliao..................................................................................................

    Pesquisa...................................................................................................

    Referncias ..............................................................................................

    05

    11

    15

    24

    30

    31

    Sumrio

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    Caro Aluno, certamente, voc j ouviu ou leu os termos Neoliberalismo e

    Globalizao? Mas sabe o que significa? Por que usamos o prefixo Neo e no

    chamamos apenas de liberalismo? Ser que realmente todo o globo terrestre est

    interligado? Calma, so muitas questes, mas ao longo dessa aula, vamos trabalhar

    essas e muitos outros pontos sobre o tema. Ento, vamos juntos!

    Mundo globalizadohttp://globalizacao.org/globalizacao-mundial.htm

    Com certeza voc conhece ao menos uma marca da imagem anterior, mas j

    parou para pensar de onde ela , quem produz as mercadorias, como chegam aqui...

    Pois saiba que a resposta para essas perguntas globalizao e neoliberalismo. Como?

    Por qu? Para qu?

    Vamos devagar! Antes de comearmos a falar sobre o Neoliberalismo e

    Globalizao. Precisamos voltar um pouco e relembrar como estava o mundo depois

    da 2 Guerra Mundial.

    Como voc j estudou anteriormente, logo aps este conflito teve incio a

    chamada Guerra Fria e a consequente bipolarizao do planeta: Estados Unidos (EUA)

    e Unio Sovitica (URSS) dividiam a hegemonia mundial. Desse modo, o lado

    capitalista criou inmeras estratgias para impedir que o comunismo crescesse, uma

    delas foi a implantao do chamado Estado de Bem-Estar Social (Welfare State). O que

    seria isto? um modelo de desenvolvimento com maior preocupao com as polticas

    pblicas sociais, como educao, emprego, sade, previdncia, seguridade. Era um

    Aula 1: Neoliberalismo e Globalizao

    http://globalizacao.org/globalizacao-mundial.htmhttp://globalizacao.org/globalizacao-mundial.htm
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    projeto de crescimento econmico em que as diferentes camadas da populao seriam

    beneficiadas e no s os mais ricos.

    Mas qual seria o problema dele? No era bom para todos? Mais ou menos!

    Com a possibilidade de aumento do consumo pela melhoria da qualidade de vida e detrabalho, ocorreu um aumento da produo. Com mais produo precisa-se de mais

    energia (petrleo) e mais matria-prima (meio ambiente).

    E voc sabe onde fica a maior parte das reservas de petrleo do mundo? Isso

    mesmo, no Oriente Mdio.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u392021.shtml

    Ento, na dcada de 70, os maiores exportadores de petrleo do mundo

    perceberam o grande poder que tinham em suas mos, resolveram se unir e aumentar

    o preo do barril. Com isso, os sistemas econmicos das grandes naes

    industrializadas entraram em crise. Eram as chamadas Crises do Petrleo. A partir

    desse momento, o modelo de Estado de Bem-Estar Social foi colocado em xeque.

    Comea a ganhar fora as ideias do neoliberalismo, ou seja, um modelo

    econmico baseado nas ideias do liberalismo, agora, contrrio s proposta do Estado

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u392021.shtmlhttp://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u392021.shtml
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    de Bem Estar-Social. Estado mnimo, ou seja, sem grandes interferncias nos mercados

    econmicos, sem gasto com projetos pblicos sociais, sem protees alfandegrias e

    privatizaes.

    Margareth Thatcher e Ronald Reagan so os dois grandes smbolos doneoliberalismo. Mas ele conseguiu resolver os problemas econmicos desses pases?

    Vamos pensar! Como est o mundo hoje? Ser que no temos mais crises

    econmicas no mundo? , aluno, voc mesmo respondeu a sua pergunta. Se vivemos,

    hoje, em um mundo com milhares de pessoas morrendo por falta de comida, com um

    crescimento das taxas de desemprego, com um aumento da concentrao de renda e

    da desigualdade social, no podemos dizer que as coisas melhoraram com o

    neoliberalismo. O que voc pensa sobre isto?

    Depois de refletir sobre o neoliberalismo, vamos estudar um pouco sobre a

    Globalizao. Este fenmeno mundial est diretamente ligado ideia de Estado

    mnimo, privatizaes, liberalizaes das transaes comerciais, ou seja, com o que

    abordamos sobre o neoliberalismo.

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25684

    Voc j percebeu que grande parte dos produtos que consumimos tem em sua

    etiqueta o Made in China. Mas o que isto significa?

    Significa que para as empresas multinacionais lucrarem mais, elas fabricam

    seus produtos onde a mo de obra mais barata: ndia, China, Haiti, Sudo, entre

    outros, inclusive o Brasil. Com as novas tecnologias de telecomunicaes, as melhorias

    dos transportes e a abertura das fronteiras para o comrcio internacional, ficou mais

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25684http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25684
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    fcil para as grandes marcas monopolizarem o mercado mundial. Mas ser que isto

    significa que houve uma homogeneizao dos padres, das culturas, dos costumes

    entre todos os povos? O que voc acha?

    Claro que no! Em cada nao, esse processo se deu de modo diferente. oque alguns estudiosos chamam de glocalizao, ou seja, h uma relao simultnea,

    de mo dupla entre o global e o local. Essa viso critica a ideia da Globalmania, em

    que a globalizao responsvel e explica tudo.

    Para saber mais:

    * A batalha de Seattle(2007). Direo de

    Stuart Townsend.

    * Encontro com Milton Santos ou O Mundo

    Global Visto do Lado de C(2007). Direo de Slvio

    Tendler.

    * Biutiful (2010). Direo de Alejandro

    Gonzlez Irritu.

    * A dama de ferro (2011). Direo de Phyllida

    Llo d.

    http://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/http://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/http://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=alejandro+gonz%C3%A1lez+i%C3%B1%C3%A1rritu&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgyEHnxCXfq6-gXm2pWmOkRIniG2cbWpZoSWWnWyln5aZkwsmrFIyi1KTS_KLYpfWbX_rUxC0Z_KWw5fnye0o8V-0BAD0B5f6TgAAAA&sa=X&ei=pGRbUuaiNZLrkQfDtoHYBA&ved=0CLIBEJsTKAIwEwhttps://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=alejandro+gonz%C3%A1lez+i%C3%B1%C3%A1rritu&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgyEHnxCXfq6-gXm2pWmOkRIniG2cbWpZoSWWnWyln5aZkwsmrFIyi1KTS_KLYpfWbX_rUxC0Z_KWw5fnye0o8V-0BAD0B5f6TgAAAA&sa=X&ei=pGRbUuaiNZLrkQfDtoHYBA&ved=0CLIBEJsTKAIwEwhttps://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=alejandro+gonz%C3%A1lez+i%C3%B1%C3%A1rritu&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgyEHnxCXfq6-gXm2pWmOkRIniG2cbWpZoSWWnWyln5aZkwsmrFIyi1KTS_KLYpfWbX_rUxC0Z_KWw5fnye0o8V-0BAD0B5f6TgAAAA&sa=X&ei=pGRbUuaiNZLrkQfDtoHYBA&ved=0CLIBEJsTKAIwEwhttps://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=alejandro+gonz%C3%A1lez+i%C3%B1%C3%A1rritu&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgyEHnxCXfq6-gXm2pWmOkRIniG2cbWpZoSWWnWyln5aZkwsmrFIyi1KTS_KLYpfWbX_rUxC0Z_KWw5fnye0o8V-0BAD0B5f6TgAAAA&sa=X&ei=pGRbUuaiNZLrkQfDtoHYBA&ved=0CLIBEJsTKAIwEwhttps://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=alejandro+gonz%C3%A1lez+i%C3%B1%C3%A1rritu&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgyEHnxCXfq6-gXm2pWmOkRIniG2cbWpZoSWWnWyln5aZkwsmrFIyi1KTS_KLYpfWbX_rUxC0Z_KWw5fnye0o8V-0BAD0B5f6TgAAAA&sa=X&ei=pGRbUuaiNZLrkQfDtoHYBA&ved=0CLIBEJsTKAIwEwhttps://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=alejandro+gonz%C3%A1lez+i%C3%B1%C3%A1rritu&stick=H4sIAAAAAAAAAGOovnz8BQMDgyEHnxCXfq6-gXm2pWmOkRIniG2cbWpZoSWWnWyln5aZkwsmrFIyi1KTS_KLYpfWbX_rUxC0Z_KWw5fnye0o8V-0BAD0B5f6TgAAAA&sa=X&ei=pGRbUuaiNZLrkQfDtoHYBA&ved=0CLIBEJsTKAIwEwhttp://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/http://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/http://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/http://www.filmesdecinema.com.br/filme-encontro-com-milton-santos-ou-o-mundo-global-visto-do-lado-de-ca-1755/
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    A partir da Charge e dos textos a seguir, aponte um ponto positivo e um ponrto

    negativo da Globalizao.

    Das bananas ao chip

    No passado, a Costa Rica j foi conhecida como uma repblica de bananas. Era uma

    referncia ao seu principal produto de exportao. [...] Desde 1996, quando foiescolhida para sediar uma das fbricas da Intel, o maior produtor mundial de chipspara computadores, a Costa Rica ganhou um novo apelido: repblica do silcio. Trata-se de uma aluso matria-prima utilizada na produo de chips, osmicroprocessadores que so os crebros dos PCs. A construo da fbrica mudou operfil econmico da Costa Rica, de pas agrcola para industrial. [...] A produo exportada a fabricantes de computadores, sobretudo na sia. Atualmente, cerca de85% dos computadores pessoais do planeta acomodam um Pentium em suasentranhas. A opo da Intel pela Costa Rica no foi ao acaso. O pas pequeno (do

    tamanho do Rio Grande do Norte), mas tem uma democracia estvel e mo de obrabarata. [...](poca, 11/9/2000. Apud. BOLIGIAN, Levon., BOLIGIAN, Andressa Turcatel Alves. Geografia: espao e

    vivncia: volume nico: ensino mdio. 2 ed. So Paulo: Atual, 2007. p. 276)

    A Mercedes-Benz em Juiz de Fora

    A Mercedes-Benz (MB) procura responder aos novos desafios, adaptando aspectos da

    produo flexvel em novas fbricas fora de sua regio de origem, a Europa. Em 1993,

    Atividade 1

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    a Mercedes-Benz tomou a deciso de investir nos Estados Unidos, no Estado do

    Alabama. Em 1996, foi assinado um contrato entre a Mercedes-Benz, o governo de

    Minas Gerais e o municpio de Juiz de Fora, para a implantao de uma unidade da

    montadora no municpio mineiro. Veja, a seguir, os investimentos e concesses para ainstalao das fbricas da Mercedes-Benz nos dois locais:

    Para a instalao da unidade no Estado do Alabama:

    US$ 120 milhes para aquisio dos terrenos, despesas com infraestrutura e

    melhoria das estradas vicinais prximas fbrica fornecidos por rgos pblicos do

    estado, agncias de desenvolvimento regional/local, empresas fornecedoras de

    servios e pelos prprios interessados (a MB e seus principais fornecedores);

    US$ 60 milhes para o centro de treinamento profissionalfornecidos pelos cofres

    do Estado do Alabama. A MB no recebeu incentivos fiscais do Estado do Alabama,

    muito menos do governo federal dos EUA.

    Para a instalao da fbrica em Juiz de Fora - MG:

    concesso de financiamentos (...), no valor de R$ 400 milhes (1996), e manuteno

    do fluxo financeiro dos recursos pelo prazo de 10 anos;

    benfeitorias para a construo da fbrica, entre outras (fornecidas pelo Governo de

    Minas Gerais);

    obrigao do municpio de manter iseno municipal de tributos durante igual

    perodo de 10 anos, doao do terreno de aproximadamente 2.800.000 m2

    (fornecidos pelo municpio de Juiz de Fora).

    (Fonte: adaptado de NABUCO, Maria Regina et al. (orgs.). Indstria automotiva: a nova geografia do

    setor produtivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.)

    Imagem e textos disponveis em

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25684

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    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25684http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=25684
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    Caro Aluno, agora, iremos trabalhar como estava o mundo no florescer deste

    novo sculo. Mas antes de falarmos sobre o sculo XXI, precisamos observar o mundo

    no final do sculo passado. Estranho... sculo passado... Mas saiba que se voc nasceu

    at o ano de 2000, voc do sculo passado... Sentiu-se um ancio agora! Vamos a

    Histria!

    Queda do Muro de Berlim (1989)http://purpletrance.com/a-queda-do-muro-de-berlim-e-as-raves/

    Na virada dos anos 80 para os 90, a mundo bipolar caracterstico da Guerra Fria

    chega ao fim. Era o fim da Unio Sovitica e com ela, a diviso do planeta em dois

    blocos. Entrvamos na era do mundo multipolarizado, vrios blocos econmicos

    apareciam com o objetivo de garantir maior poder frente aos novos tempos quesurgiam: Nafta, Unio Europeia, MERCOSUL, ASEAN (Associao das Naes do

    Sudeste Asitico), APEC ( Cooperao Econmica da sia e do Pacfico), dentre outros.

    Ao mesmo tempo em que o capital se unia, os Estados-naes se enfraqueciam

    e os problemas sociais se agravavam. Guerras, genocdios, revoltas, massacres,

    conflitos tornaram-se palavras rotineiras no nosso dia a dia.

    Aula 2: O mundo no sculo XXI

    http://purpletrance.com/a-queda-do-muro-de-berlim-e-as-raves/http://purpletrance.com/a-queda-do-muro-de-berlim-e-as-raves/
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    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7823

    Como voc pode perceber no mapa, o Oriente Mdio e a frica so,

    atualmente, as duas reas com maior instabilidade poltica. No caderno anterior, voc

    viu com a frica ainda hoje sofre com a ganncia das grandes empresas cujas sedes se

    localizam em suas antigas metrpoles - Europa e EUA. Mas e o Oriente Mdio? Ele

    tambm rico em recursos naturais como a frica?

    Na verdade, l, no Oriente Mdio, esto localizadas as maiores reservas de

    petrleo, o chamado Ouro preto, do mundo. E como voc sabe, ele a principal fonte

    de energia utilizada ainda hoje. As indstrias, os carros, os avies, o asfalto, o plstico,

    as roupas, os tnis, os remdios, os cosmticos e muito mais produtos dependem

    direta ou indiretamente do petrleo. Agora, Aluno, voc comea a entender o

    interesse dos pases europeus e dos Estados Unidos nesta regio, no mesmo! E o

    porqu de tantas guerras nesta rea!

    http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7823http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=7823
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    Reserva de petrleo no mundo

    https://reader009.{domain}/reader009/html5/0222/5a8e66a380c17/5a8e66af35058.jpg

    Para saber mais:

    * Free Zone (2005). Direo deAmos Gitai.

    * O jardineiro fiel(2005). Direo deFernando Meirelles.

    * O caador de pipas de KhaledHosseini.

    * Meninos em guerra:Histria de

    http://www.unicamp.br/fea/ortega/eco/resoil.jpghttp://www.unicamp.br/fea/ortega/eco/resoil.jpg
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    Todos os dias, no Oriente Mdio, centenas de pessoas so mortas nos conflitos,

    que em grande parte, so desencadeados pela cobia, intolerncia, individualismo. A

    partir das imagens a seguir, analise os conflitos nesta regio, apontando possveis

    caminhos para se alcanar a paz neste territrio.

    Imagens disponveis em http://www.datehookup.com/Thread-1240701.htm

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    _______________________________________________________________________

    Atividade 2

    http://www.datehookup.com/Thread-1240701.htmhttp://www.datehookup.com/Thread-1240701.htm
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    Aluno, voc j deve estar surpreso com tudo o que est acontecendo no mundo

    neste momento e voc nem havia se dado conta, no !

    Pois , agora, voc ficar ainda mais surpreso, pois vamos trabalhar com o

    Brasil. Ento, vamos saber um pouco mais sobre o nosso pas neste novo milnio?

    Mas antes de entrarmos no sculo XXI, precisamos saber como acabou o sculo

    XX, voc no acha? Voc recordar que at os anos 80, vivamos em um regime

    ditatorial no Brasil e que na dcada de 70, o chamado Milagre Econmico

    (crescimento econmico brasileiro pautado, em grande medida, nos emprstimos

    estrangeiros) entraria em crise. Pois bem, a ditadura militar comeou a demonstrar

    suas fragilidades.

    Neste perodo, o partido de oposio, o MDB, obtm expressivas vitrias nas

    eleies locais (ainda no havia eleies diretas para presidente). Cada vez mais o

    governo perdia o apoio popular. Em 1978, Geisel revoga o AI-5 (decreto que deu ao

    regime poderes absolutos e fechou o congresso), entrando em confronto com ossetores do governo que apoiavam as perseguies polticas e a tortura. Comeava o

    processo de redemocratizao do pas.

    http://www.alcilenecavalcante.com.br/alcilene/30-anos-da-anistia

    Depois da suspenso do AI-5, outra importante vitria para o

    reestabelecimento da democracia foi a Anistia. A partir de 1979, os presos polticos e

    os exilados foram anistiados. A Anistia ampla, geral e irrestrita servia para os dois

    Aula 3: O Brasil do sculo XXI

    http://www.alcilenecavalcante.com.br/alcilene/30-anos-da-anistiahttp://www.alcilenecavalcante.com.br/alcilene/30-anos-da-anistia
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    lados, ou seja, pessoas que torturaram, sequestraram, assassinaram em nome do

    governo tambm seriam perdoados.

    Apesar da pequena abertura poltica, diversas greves aconteciam, como a dos

    metalrgicos da grande So Paulo, a partir de maio de 1979. Neste processo,

    despontaram lideranas operrias que alcanariam projeo nacional como, Luiz Incio

    da Silva, o Lula.

    Lulahttp://www.somdovialejo.com.br/page/120/

    No final da dcada de 70, o pluripartidarismo reestabelecido. Faltavam, agora,

    as eleies diretas para presidente da Repblica.

    Ento, a partir de 1983 um grande movimento nacional foi articulado entre

    sindicatos, partidos polticos, estudantes, intelectuais, artistas, atravs de passeatas e

    comcios que reivindicavam eleies diretas para presidente. Era o movimento das

    Diretas J.

    Assim, no dia 25 de abril de 1984, o pas parou para acompanhar a votao da

    emenda Dante de Oliveira (sobre as eleies diretas para presidente), que acabou

    sendo rejeitada.

    Desse modo, dois candidatos concorreram na eleio indireta, em 1984, Paulo

    Maluf e Tancredo Neves. Tancredo Neves sai vencedor, com aprovao popular.

    Contudo, em 14 de maro de 1985, Tancredo Neves hospitalizado e internado. O

    Anistia Ato do poder legislativo que perdoa um fato punvel, suspende asperseguies e anula as condenaes.Perdo coletivo, perdo geral; perdo, indulto.Fonte:http://www.priberam.pt/DLPO/anistia

    http://www.somdovialejo.com.br/page/120/http://www.priberam.pt/DLPO/anistiahttp://www.priberam.pt/DLPO/anistiahttp://www.priberam.pt/DLPO/anistiahttp://www.priberam.pt/DLPO/anistiahttp://www.somdovialejo.com.br/page/120/
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    vice-presidente Jos Sarney, foi empossado interinamente. Com a sade fragilizada,

    Tancredo Neves morre em 21 de abril de 1985, causando uma grande comoo

    popular no pas.

    Caro aluno, pergunte aos seus pais ou algum mais velho sobre este fato marcante!

    http://www.lojadosom.com.br/especiais/manchete-faye/

    Com a morte de Tancredo, Sarney assume a presidncia herdando um pas

    mergulhado em crise caracterizada por inflao, dvida externa, desemprego e arrocho

    salarial. Entre fevereiro de 1985 e e fevereiro de 1986, o indce de inflao alcanou

    250%. A alta inflao foi uma das maiores caractersticas do governo Sarney.

    Em 1986, foram realizadas eleies para a formao da Assembleia Nacional

    Constituinte onde uma nova Constituio seria criada. Esta nova Constituio foi

    promulgada (aprovada) em 1988 e est em vigor at os dias de hoje. Ela conhecida

    como a Constituio Cidad, pois seu foco central so os direitos cidadania. Dentre

    outros pontos, garante eleies diretas em todos os nveis; direito de votos aos

    analfabetos; voto facultativo para jovens entre 16 e 18 anos; eleies em dois turnos;

    cidadania indgena; direito de greve, etc.

    http://www.lojadosom.com.br/especiais/manchete-faye/http://www.lojadosom.com.br/especiais/manchete-faye/
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    E em 1989, foram realizadas as primieras eleies diretas para presidente, no

    ps-ditadura militar. Fernando Collor de Mello, ento governador de Alagoas, eleito

    em um pleito realizado em dois turnos, vencendo Lula no segundo turno. Seu discurso

    era de combate inflao, defesa dos descamisados, caa aos marajs do

    funcionalismo pblico e de modernizao do pas.

    Juventude caras-pitadas: Observe a mobilizao de jovens a favor doimpeachmenthttp://www.substantivoplural.com.br/indignacao/

    Mas, em meados de 1992, Collor sofre impeachment diante de uma srie de

    denncias desencadeadas pelas acusaes de seu irmo, Pedro Collor, de inmeras

    irregularidades em seu governo, como desvio de verbas pblicas, envio ilegal de

    dlares para o exterior. O povo novamente vai s ruas, assim como nas Diretas J.

    Desta vez, grande parte de estudantes que se mobilizaram pelo impeachment

    pintando a cara de verde e amarelo ficaram conhecidos como caras-pintadas.

    Com a sada de Collor, assume a presidncia, o seu vice, Itamar Franco. Com o

    objetivo de controlar a inflao, lana o Plano Real, que dentre outras medidas,

    equipara o real ao dlar. Esse conjunto de medidas econmicas projetou politicamente

    o ento ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso (FHC), que comandava a

    equipe econmica. O sucesso do plano refletiu nas urnas e nas eleies de 1994, FHC

    eleito, derrotando Lula no 1 turno.

    Dentre as principais aes do governo de FHC, podemos destacar a

    continuidade de um programa neoliberal iniciado no governo Collor, que diminuiu a

    interveno do Estado na rea econmica, abrindo espao para que o mercado e seusinteresses norteassem a economia nacional.

    http://www.substantivoplural.com.br/indignacao/http://www.substantivoplural.com.br/indignacao/
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    O controle da inflao e a consolidao do real como moeda forte significaram

    a imagem de um ambiente econmico estvel sendo favorvel para obter

    investimentos nacionais e estrangeiros do setor privado. Tambm foi o incio de um

    processo de significativa melhoria no nvel de renda das camadas mais pobres dapopulao.

    Mas, sem dvida nenhuma, a marca do governo FHC foi a das privatizaes:

    deu um grande impulso a um programa de privatizaes de empresas estatais, no qual

    foram vendidas para o setor privado, empresas que eram propriedades do Estado

    brasileiro como a Companhia Vale do Rio Doce e o sistema Telebrs, dentre outras. Ao

    defender as privatizaes dizia que o dinheiro arrecadado poderia ser investido em

    diversas reas, como sade e educao; as empresas continuariam a pagar impostos; o

    Estado no teria que arcar com as despesas de administrao e manuteno dessas

    empresas; entre outros argumentos.

    Por outro lado, muitas crticas surgiram ao programa. Um dos principais

    argumentos, alm do desemprego possvel dos funcionrios que trabalhavam nas

    estatais, era que o governo estava se desfazendo do patrimnio da nao brasileira,

    entregando ao capital estrangeiro o controle de empresas que at ento eram 100%

    nacionais.

    Em 1998, FHC reeleito derrotando Lula, mais uma vez. Porm, nesse segundo

    mandato o pas passou por uma crise econmica provocada pela alta dos juros e pela

    concorrncia de produtos importados, em decorrncia disso, muitas empresas

    decretaram falncia ou reduziram o nmero de funcionrios, elevando o ndice de

    desemprego no pas. Em funo desses acontecimentos, em 2002, Lula eleito o

    presidente da repblica.

    A vitria de Lula deveu-se em parte, a crise social e econmica do segundo

    governo de FHC e ao forte apelo social do programa de governo lulista. As principais

    propostas envolviam o combate s desigualdades sociais, a gerao de empregos e a

    realizao de ampla reforma agrria.

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    http://www.oprimeiroabraco.com.br/web/2012/10/29/a-eleicao-que-entrou-para-a-historia/

    No primeiro ano, o governo Lula instituiu o programa Fome Zero, que tinha por

    objetivo erradicar a fome no pas e previa aes como a distribuio de alimentos para

    as populaes mais carentes. Tambm foi criado o Bolsa Famlia, que concede auxlio

    mensal a famlias carentes, desde que mantenham os filhos nas escolas e a carteira de

    vacinao em dia.

    O Luz para Todos, foi um programa criado para levar a luz eltrica para

    milhes de brasileiros que vivem na zona rural e o Brasil Alfabetizado que pretende

    combater o analfabetismo de adultos.

    No decorrer dos anos, o pas superou a crise econmica, houve investimentos

    em programas sociais e gerao de empregos, elevando a renda de milhares de

    pessoas. As exportaes tambm cresceram colocando um saldo positivo na balana

    comercial do pas.

    Mas nem tudo foram flores, entre 2005 e 2006, o governo Lula enfrentou uma

    grave crise poltica chamada de mensalo. O mensalo seriamesadas pagas pelo

    PT a deputados em troca de apoio aos projetos propostos pelo governo. O escndalo

    causou a queda de assessores e ministros, mas no abalou a popularidade de Lula que

    foi reeleito em 2006 para o seu segundo mandato. E ainda fez sua sucessora, em 2010,

    a atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

    http://www.oprimeiroabraco.com.br/web/2012/10/29/a-eleicao-que-entrou-para-a-historia/http://www.oprimeiroabraco.com.br/web/2012/10/29/a-eleicao-que-entrou-para-a-historia/http://www.oprimeiroabraco.com.br/web/2012/10/29/a-eleicao-que-entrou-para-a-historia/
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    Lula e Dilma durante a Campanha presidencial .http://paduacampos.com.br/2012/2013/01/21/instituto-nega-volta-de-lula/dilma-e-lula/

    Para saber mais:

    * Eles no usam black-tie (1981). Direo de LeonHirszman.

    * Cu aberto(1985). Direo de Joo Batista de Andrade.

    * Trs irmos de sangue(2007). Direo de ngela PatrciaReiniger.

    * Lula, o filho do Brasil (2009). Direo de Fabio Barreto.

    * Repare bem(1012). Direo de Maria de Medeiros.

    * Direito Memria e Verdade: histrias de meninas emeninos marcados pela ditadura de Secretaria Especial dosDireitos Humanos.

    * Rmulo e Jlia: os caras pintadas de Rogrio AndradeBarbosa.

    * Cara Pintada de Renato Tapajs.

    http://paduacampos.com.br/2012/2013/01/21/instituto-nega-volta-de-lula/dilma-e-lula/http://paduacampos.com.br/2012/2013/01/21/instituto-nega-volta-de-lula/dilma-e-lula/
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    Caro Aluno, como voc j viu, como a Arte, de uma maneira geral, pode

    expressar posturas crticas a respeito da realidade de um pas, de seu povo e de sua

    histria. E a msica um timo instrumento para isto. Por acaso, voc conhece a letra

    da msica Haiti de Caetano Veloso?

    Quando voc for convidado pra subir noadroDa fundao casa de Jorge AmadoPra ver do alto a fila de soldados, quase

    todos pretosDando porrada na nuca de malandrospretosDe ladres mulatos e outros quase brancosTratados como pretosS pra mostrar aos outros quase pretos(E so quase todos pretos)E aos quase brancos pobres como pretosComo que pretos, pobres e mulatosE quase brancos quase pretos de topobres so tratados

    E no importa se os olhos do mundointeiroPossam estar por um momento voltadospara o largoOnde os escravos eram castigados...E na TV se voc vir um deputado em pnicomal dissimuladoDiante de qualquer, mas qualquer mesmo,qualquer, qualquerPlano de educao que parea fcil

    Que parea fcil e rpidoE v representar uma ameaa de

    democratizaoDo ensino do primeiro grauE se esse mesmo deputado defender aadoo da pena capital

    E o venervel cardeal disser que v tantoesprito no fetoE nenhum no marginalE se, ao furar o sinal, o velho sinalvermelho habitualNotar um homem mijando na esquina darua sobre um sacoBrilhante de lixo do LeblonE quando ouvir o silncio sorridente de SoPauloDiante da chacina

    111 presos indefesos, mas presos soquase todos pretosOu quase pretos, ou quase brancos quasepretos de to pobresE pobres so como podres e todos sabemcomo se tratam os pretos...

    Atividade 3

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    A partir da letra da msica, anlise a atual conjuntura brasileira do sculo XXI.

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    1) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as dcadas de 1980 e 1990, gerou

    expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada pela reduo

    de conflitos e pela multipolaridade.

    O panorama estratgico do mundo ps-Guerra Fria apresenta

    a) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, s disputas tnicas, ao

    extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaas como o terrorismo, o trfico de

    drogas e o crime organizado.

    b) o fim da corrida armamentista e a reduo dos gastos militares das grandes

    potncias, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e asitico,

    que tinham sido palco da Guerra Fria.

    c) o desengajamento das grandes potncias, pois as intervenes militares em regies

    assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organizao das Naes Unidas

    (ONU), com maior envolvimento de pases emergentes.

    d) a plena vigncia do Tratado de No Proliferao, que afastou a possibilidade de um

    conflito nuclear como ameaa global, devido crescente conscincia poltica

    internacional acerca desse perigo.

    e) a condio dos EUA como nica superpotncia, mas que se submetem s decises

    da ONU no que concerne s aes militares.

    2) Populaes inteiras, nas cidades e na zona rural, dispem da parafernlia digital

    global como fonte de educao e de formao cultural. Essa simultaneidade de cultura

    e informao eletrnica com as formas tradicionais e orais um desafio que necessita

    ser discutido. A exposio, via mdia eletrnica, com estilos e valores culturais de

    outras sociedades, pode inspirar apreo, mas tambm distores e ressentimentos.

    Tanto quanto h necessidade de uma cultura tradicional de posse da educao letrada,

    tambm necessrio criar estratgias de alfabetizao eletrnica, que passam a ser o

    Avaliao

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    grande canal de informao das culturas segmentadas no interior dos grandes centros

    urbanos e das zonas rurais. Um novo modelo de educao.

    (BRIGAGO, C. E.; RODRIGUES, G. A globalizao a olho nu: o mundo conectado. So Paulo: Moderna,

    1998 (adaptado).

    Com base no texto e considerando os impactos culturais da difuso das tecnologias de

    informao no marco da globalizao, depreende-se que

    a) a ampla difuso das tecnologias de informao nos centros urbanos e no meio rural

    suscita o contato entre diferentes culturas e, ao mesmo tempo, traz a necessidade de

    reformular as concepes tradicionais de educao.

    b) a apropriao, por parte de um grupo social, de valores e ideias de outras culturas

    para benefcio prprio fonte de conflitos e ressentimentos.

    c) as mudanas sociais e culturais que acompanham o processo de globalizao, ao

    mesmo tempo em que refletem a preponderncia da cultura urbana, tornam obsoletas

    as formas de educao tradicionais prprias do meio rural.

    d) as populaes nos grandes centros urbanos e no meio rural recorrem aos

    instrumentos e tecnologias de informao basicamente como meio de comunicao

    mtua, e no os veem como fontes de educao e cultura.

    e) a intensificao do fluxo de comunicao por meios eletrnicos, caracterstica do

    processo de globalizao, est dissociada do desenvolvimento social e cultural que

    ocorre no meio rural.

    3) (UNICAMP) Faz cerca de vinte anos que globalizao se tornou uma palavra-chave

    para a organizao de nossos pensamentos no que respeita ao funcionamento do

    mundo. A palavra globalizao entrou recentemente em nossos discursos e, mesmo

    entre muitos progressistas e esquerdistas do mundo capitalista avanado, palavras

    mais carregadas politicamente passaram a ter um papel secundrio diante de

    globalizao. A globalizao pode ser vista como um processo, uma condio ou um

    tipo especfico de projeto poltico.

    (Adaptado de David Harvey, Espaos de Esperana. So Paulo: Edies Loyola, 2006. p. 79.)

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    a) Identifique uma caracterstica poltica e uma cultural do processo de globalizao.

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    b) Quais as principais crticas econmicas dos movimentos antiglobalizao?

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    4) (UFPR) A globalizao um fenmeno que tem como uma de suas caractersticas

    fundamentais a crescente abertura econmica e poltica entre os pases. Sobre esse

    fenmeno, correto afirmar:

    a) Sua emergncia tornou obsoletos os blocos econmicos regionais, pois facilitou o

    comrcio direto de pas para pas.

    b) Uma das consequncias polticas do fortalecimento desse fenmeno foi atransferncia da soberania nacional para organismos supranacionais, a exemplo da

    ONU.

    c) As fronteiras nacionais perderam suas funes legais de controle de fluxos.

    d) A causa da globalizao foi a queda do muro de Berlim, dando fim diviso do

    mundo conhecida como bipolaridade e iniciando uma nova fase, a multipolaridade.

    e) O desenvolvimento tecnolgico associado s condies polticas mundiais das

    ltimas dcadas do sculo XX intensificou o processo de globalizao.

    5)(UFF)

    O mundo como fbula, como perversidade e como possibilidade

    Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haveria nisto um paradoxopedindo uma explicao? De um lado, abusivamente mencionado o extraordinrioprogresso das cincias e das tcnicas, das quais um dos frutos so os novos materiais

    artificiais que autorizam a preciso e a intencionalidade. De outro lado, h, tambm,referncia obrigatria acelerao contempornea e todas as vertigens que cria, a

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    comear pela prpria velocidade. Todos esses, porm, so dados de um mundo fsicofabricado pelo homem, cuja utilizao, alis, permite que o mundo se torne essemundo confuso e confusamente percebido.De fato, se desejamos escapar crena de que esse mundo assim apresentado verdadeiro, e no queremos admitir a permanncia de sua percepo enganosa,

    devemos considerar a existncia de pelo menos trs mundos num s. O primeiro seriao mundo tal como nos fazem v-lo: a globalizao como fbula; o segundo seria omundo tal como ele : a globalizao como perversidade; e o terceiro, o mundo comoele pode ser: uma outra globalizao.SANTOS, Milton. Por uma outra globalizao. Do pensamento nico conscincia

    universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 17-18.

    A ideia da globalizao como fbula, destacada no Texto XI, torna-se ainda mais

    expressiva, se levamos em conta certas definies de fbula, apresentadas no

    dicionrio: mitologia, lenda, narrao de coisas imaginrias. No resta dvida de que

    se lida com a imagem de um mundo cada vez mais interconectado, mas de forma

    alguma sem fronteiras.

    Essa imagem, difundida nos tempos atuais, encontra seu principal fundamento no

    aspecto:

    a)poltico, com o triunfo de regimes democrticos em continentes inteiros.

    b)socioeconmico, com a reduo das desigualdades entre os povos da Terra.c)sanitrio, com o xito alcanado na preveno das pan-epidemias.

    d)financeiro, com a intensa circulao de capitais em nvel planetrio.

    e)cultural, com a crescente unificao das crenas religiosas no mundo.

    6) (UERJ) Nos ltimos doze meses, a taxa de desemprego de fevereiro tambm foi a

    mais alta. O pico anterior ocorreu em outubro do ano passado, ms seguinte aos

    atentados terroristas aos EUA.

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    Jornal do Brasil, 28/03/2002.

    O grfico indica a variao do desemprego, durante o perodo assinalado, e estabelece

    uma relao entre a dinmica do desemprego na Regio Metropolitana de So Paulo e

    os atentados terroristas de setembro nos EUA. Isso sugere uma possvel relao entre

    os dois processos, num contexto de economia globalizada.

    Os EUA tm enorme influncia econmica no restante do mundo, fundamentalmente,

    porque:

    a) exportam armas e veculos de guerra para os pases perifricos.

    b) importam bens manufaturados das reas metropolitanas do Hemisfrio Sul.

    c) centralizam parte significativa do comrcio e dos fluxos de capital no mundo.

    d) distribuem ajuda humanitria para as economias emergentes do Terceiro Mundo.

    7) (ENEM) Entre as promessas contidas na ideologia do processo de globalizao daeconomia estava a disperso da produo do conhecimento na esfera global,expectativa que no se vem concretizando. Nesse cenrio, os tecnopolos aparecemcomo um centro de pesquisa e desenvolvimento de alta tecnologia que conta commo de obra altamente qualificada. Os impactos desse processo na insero dos pasesna economia global deram-se de forma hierarquizada e assimtrica. Mesmo no grupoem que se engendrou a reestruturao produtiva, houve difuso desigual da mudanade paradigma tecnolgico e organizacional. O peso da assimetria projetou-se maisfortemente entre os pases mais desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento.BARROS, F. A. F. Concentrao tcnico-cientfica: uma tendncia em expanso nomundo contemporneo? Campinas: Inovao Uniemp, v. 3, n1 jan./fev. 2007(adaptado).

    http://2.bp.blogspot.com/-CDG0n-s0TvM/TwM_lZJDeaI/AAAAAAAADUY/J6Ok5oxmwAw/s1600/image042.gif
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    Diante das transformaes ocorridas, reconhecido que

    a) A inovao tecnolgica tem alcanado a cidade e o campo, incorporando a

    agricultura, a indstria e os servios, com maior destaque nos pases desenvolvidos.

    b) Os fluxos de informaes, capitais, mercadorias e pessoas tm desacelerado,obedecendo ao novo modelo fundamentado em capacidade tecnolgica.

    c) As novas tecnologias se difundem com equidade no espao geogrfico e entre as

    populaes que as incorporam em seu dia a dia.

    d) Os tecnopolos, em tempos de globalizao, ocupam os antigos centros de

    industrializao, concentrados em alguns pases emergentes.

    e) O crescimento econmico dos pases em desenvolvimento, decorrente da disperso

    da produo do conhecimento na esfera global, equipara-se ao dos pases

    desenvolvidos.

    8)(UFBA) A contextualizao do momento histrico compreendido nas ltimas quatro

    dcadas do sculo XX explica a divulgao de duas teorias poltico-econmicas o

    neoliberalismo e a globalizao capitalista , que passaram a exercer grande

    influncia nas relaes internas e externas do mundo atual.

    Apresente o conceito de neoliberalismo e indique uma prtica resultante da sua

    aplicao.

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    Caro aluno, esse caderno teve como eixo principal as mudanas no mundo e no

    Brasil na virada do sculo XX para o XXI. Dentre os assuntos abordados esto as atuais

    tenses no Oriente Mdio e na frica. Que tal pesquisar sobre um desses conflitos?

    Ento, mos obra!

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    Pesquisa

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    [1] HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve sculo XX. So Paulo: Companhia

    das Letras, 1995.

    [2] MENDONA, Snia Regina e FONTES, Virgnia. Histria do Brasil Recente (1964-

    1992). So Paulo: tica, 1994.

    [3] MSZROS, Istvn. O sculo XXI: socialismo ou barbrie? So Paulo: Boitempo

    Editorial, 2003.

    [4]SANTOS, Milton. Por uma outra globalizao. Rio de Janeiro: Record, 2000.

    Referncias

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    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger LedaRaquel Costa da Silva Nascimento

    Fabiano Farias de SouzaPeterson Soares da Silva

    Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Daniel de Oliveira GomesDanielle Cristina Barreto

    Erica Patricia Di Carlantonio TeixeiraRenata Figueiredo MoraesSabrina Machado Campos

    Equipe de Elaborao