apostila historia 7 ano 2 bimestre professor

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1 História Professor Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 02 7º ano | 2° Bimestre Disciplina Curso Bimestre ano História Ensino Fundamental II Habilidades Associadas 1. Identificar as principais ideias protestantes. 2. Compreender a dimensão política das Reformas Religiosas. 3. Compreender o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei.

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Material pedagógico para professor da SEEDUC-RJ.

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  • 1

    Histria

    Professor

    Caderno de Atividades

    Pedaggicas de

    Aprendizagem

    Autorregulada - 02 7 ano | 2 Bimestre

    Disciplina Curso Bimestre ano

    Histria Ensino Fundamental II 2 7

    Habilidades Associadas

    1. Identificar as principais ideias protestantes.

    2. Compreender a dimenso poltica das Reformas Religiosas.

    3. Compreender o processo de concentrao dos poderes nas mos do rei.

  • 2

    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

  • 3

    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 2 Bimestre do Currculo Mnimo de Histria da 7 ano

    do Ensino Fundamental II. Estas atividades correspondem aos estudos durante o

    perodo de um ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

    nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    Neste Caderno de Atividades, os alunos conhecero melhor algumas mudanas

    promovidas pelo Renascimento estudadas no bimestre anterior como o

    questionamento de algumas prticas da Igreja catlica que resultaram na Reforma.

    Alm disso, iro conhecer quais so as principais caractersticas do processo de

    centralizao do poder poltico, absolutismo, que inaugura o modelo de Estado

    Moderno e algumas prticas desse Estado como a expanso martima e a interveno

    do Estado na economia, mercantilismo.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 3 (trs) aulas. As aulas podem ser compostas por uma

    explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

    Atividades propostas. As Atividades so referentes a dois tempos de aulas. Para reforar

    a aprendizagem, prope-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliao sobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

  • 4

    Introduo .............................................................................................. 03

    Objetivos Gerais .....................................................................................

    Materiais de Apoio Pedaggico .............................................................

    Orientao Didtico-Pedaggica ...........................................................

    Aula 1: As principais ideias protestantes .................................................

    Aula 2: A dimenso poltica das Reformas Religiosas ............................

    Aula 3: O processo de concentrao dos poderes nas mos do rei ........

    Avaliao ................................................................................................

    Pesquisa ...................................................................................................

    Referncias .............................................................................................

    05

    05

    06

    07

    12

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    Sumrio

  • 5

    Neste Caderno de Atividades 2 bimestre do 7 ano, o Currculo Mnimo

    estabeleceu como proposta a abordagem de dois contedos, as Reformas Religiosas

    do sculo XVI e a formao dos Estados Modernos. Ambos os temas esto

    relacionados ao processo de transformao do mundo em virtude das crises

    vivenciadas no Ocidente no sculo XIV, bem como em virtude da Expanso Martima

    do sculo XIV e XV. Assim, esses contedos esto conectados pela abertura das

    fronteiras advindas do contato com a Amrica, territrio novo e to diferente do

    europeu, da investigao sobre outras formas sociopolticas e, tambm, do interesse

    do homem ocidental moderno em repensar a religiosidade crist em bases que lhe

    dessem algumas respostas mais coerentes com suas novas necessidades e imaginrio.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

    Teleaulas Teleaulas n 03, 04, 05, 10, 12,

    13, 19, 20 e 25 do Ensino Mdio

    Orientaes Pedaggicas do CM 2 Bimestre

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

  • 6

    Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreend-lo

    sem o auxlio de um professor.

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3.

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma individual

    ou em dupla.

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na seo

    Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o.

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base.

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas nas

    ATIVIDADES.

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com

    toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para

    que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

  • 7

    Moada ligada na histria, nessa aula vamos pensar juntos sobre um captulo

    da histria que nesse momento pode ter muita relao com o seu presente, dos seus

    amigos ou familiares, do seu bairro. O papa esteve no Rio de Janeiro e foram muitos os

    exemplos de f catlica de jovens do mundo todo que estiveram no Brasil. No vamos

    discutir religio, se h essa ou aquela maneira de expressar a f verdadeira, mas a

    histria de um movimento que teve incio entre membros da prpria igreja catlica e

    que se desenvolveu nas diversas igrejas evanglicas no mundo e no Brasil.

    Fonte:http://imguol.com/2012/06/28/percentual-de-grupos-religiosos-no-brasil-censo-2010-1340932450391_600x375.jpg

    Seria possvel discutir sobre algo que no conhecemos? Parece que dificilmente

    podemos questionar quem cozinha se no temos a menor ideia de como preparar

    adequadamente um alimento. Martinho Lutero foi um monge catlico que

    influenciado por muitos outros questionadores passou a criticar algumas prticas da

    Igreja catlica. Inicialmente a inteno de Lutero era uma reforma na Igreja catlica,

    Aula 1: As principais ideias protestantes

  • 8

    no era para criar uma outra religio. Entretanto, a venda de Indulgncias (perdo) era

    uma prtica catlica muito comum no perodo das crticas que Lutero promoveu.

    Como ele tinha acesso s escrituras sagradas (bblia) que eram escritas em latim,

    passou a questionar no a ideia de Deus, mas os seus representantes na terra, usando

    como base dos seus protestos o prprio evangelho. Ao pregar na porta da sua igreja as

    95 teses protestando contra prticas da Igreja catlica poca iniciou o que ficou

    conhecido na histria como reforma protestante, criando condies para o

    desenvolvimento de toda forma de livre interpretao da bblia.

    Lutero e as 95 teses Fonte:http://d2rbedwdba7p8y.cloudfront.net/imagens/reforma-protestante-principal.jpg

    Toda igreja evanglica hoje tem a sua origem no movimento criado por Lutero?

    Exatamente! Independente do nome atual das diversas igrejas evanglicas de todos os

    pases, inclusive no Brasil, todas so consequncia desse processo que estamos

    estudando.

    A livre interpretao da bblia significava nesse momento no estar submetido

    ao controle do Vaticano e ao poder centralizado do papa, o supremo pontfice

    (principal ponte entre Deus e os religiosos). Lutero argumentava que no era

    necessrio que nem o padre, bispo ou mesmo o papa, fosse intermedirio da f na

    salvao espiritual. Assim como no haveria propsito que um santo fosse evocado

    para o perdo por um pecado e muito menos o pagamento pela indulgncia (perdo)

  • 9

    do pecado. Para Lutero, somente a f salva e para que fosse possvel acreditar no que

    ele estava pregando passou a traduzir a bblia do latim (que no era mais falado por

    nenhum reino) para uma lngua falada. O incentivo e a valorizao do evangelho

    fortalecia o propsito do protesto de Lutero criando base para outras formas de

    protestar ou de interpretar a bblia como vamos ver nas prximas aulas.

    Lutero e a traduo da bblia Fonte:http://image.slidesharecdn.com/reformaprotestante-090504151720-phpapp01/95/slide-1-728.jpg?1245297456

  • 10

    1. Leia a seguir algumas teses de Lutero:

    24. Por isso, a maior parte do povo est sendo necessariamente ludibriada por essa magnfica e indistinta promessa de absolvio da pena. 32. Sero condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvao atravs de carta de indulgncia. 75. A opinio de que as indulgncias papais so to eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a me de Deus, caso isso fosse possvel, loucura. 86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje maior do que a dos ricos mais crassos, no constri com seu prprio dinheiro ao menos esta uma baslica de So Pedro, ao invs de faz-lo com o dinheiro dos pobres fiis? Disponvel em http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm. Acesso em 05 ago. 2013.

    Essas teses de Lutero deixam claro que ele:

    a. defendia a ideia de que o papa infalvel.

    b. defendia a venda de indulgncias.

    c. criticava a explorao praticada pelos representantes da Igreja.

    d. criticava a valorizao do trabalho.

    Gabarito: (C) Lutero, inicialmente, no pretendia fundar uma nova religio. Porm,

    destacava o que na prtica de algumas lideranas catlicas faziam que no

    coadunava com as escrituras sagradas ou a Bblia.

    Atividade Comentada 1

  • 11

    2. "Embora a origem da Reforma de Lutero se deva a uma experincia pessoal, ela

    refletiu, na verdade, o estado de esprito comum a muitos seguidores da Igreja

    Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretao da Bblia deve ser

    compreendida como mais uma das muitas manifestaes tpicas do

    individualismo do homem renascentista."

    Carmem Peris, Glria Vergs e Oriol Vrges, EL RENACIMIENTO. Barcelona: Parramn Ediciones, s/d,

    p.32.

    a) Para Lutero, de que forma as pessoas poderiam alcanar a salvao espiritual?

    Somente atravs da f, Lutero argumentava que no era necessrio que nem o

    padre, bispo ou mesmo o papa, fosse intermedirio da f na salvao espiritual.

    b) Por que a livre interpretao da Bblia era criticada pelo alto clero medieval?

    Porque significava no estar submetido ao controle do Vaticano e ao poder

    centralizado do papa.

  • 12

    A partir das ideias de Lutero, diversos outros pensadores e telogos passaram

    viabilizar outras maneiras de sistematizar estudos e interpretaes bblicas. Um dos

    principais problemas, do que era ou no permitido pelo vaticano, era a ideia de lucro

    que muito prejudicava a burguesia que estava ascendendo socialmente. Para a igreja

    catlica o lucro era pecado e, portanto, proibido. Pregavam o preo justo que seria o

    valor da matria prima e trabalho para a produo, deixando de lado o lucro.

    Entretanto, Joo Calvino desenvolveu outra interpretao sobre essa questo,

    construindo o que foi denominado teoria da predestinao: todos nascem

    predestinados e a prosperidade, espiritual e material, seria sinal de Deus. Ao contrrio

    do pensamento do vaticano o lucro no era mais sinal de pecado, mas presena de

    Deus na vida dos fiis. O calvinismo, por essa razo ganhou, muito a simpatia da

    burguesia que passou a adotar o protestantismo calvinista como religio, ganhando

    diversos adeptos por todo o continente europeu.

    Joo Calvino

    http://www.brasilescola.com/upload/e/calvinisno%20300%20x%20200%20Brasil%20Escola.jpg

    A religio uma das formas do ser humano expressar cultura. A ideia de

    adorao a algum ou alguma coisa to antiga quanto o homem. H diversas formas

    de adorao, de f em Deus ou Deuses, porm a fora do pensamento religioso foi e

    ainda encontramos casos em diversos lugares onde a f se torna instrumento poltico

    de poder. Alguns pases de cultura religiosa isl, por exemplo, legislam (criam leis) de

    Aula 2: A dimenso poltica das Reformas Religiosas

  • 13

    acordo com os mandamentos religiosos. No Brasil vivemos segundo a lei mxima do

    pas, A Constituio, a liberdade de culto e o Estado (representao de governo)

    laico, ou seja, no professa nenhuma religio. E qual a vantagem dessa forma de laica

    de organizao? Mesmo um governante podendo pessoalmente ser de uma religio ou

    de outra, a lei garante que todos tenham o direito de liberdade de culto. Imagine se

    no Rio de Janeiro somente fosse possvel o culto de uma s maneira s porque seria a

    religio do governante? No seria democrtico e nem republicano, no mesmo.

    Henrique VIII, fundador do anglicanismo

    http://lh4.ggpht.com/-rL0gbvxgo1k/UIZ7ou3TqTI/AAAAAAAAAJY/-sg6h_IDU04/clip_image004_thumb.jpg?imgmax=800

    No perodo das reformas protestantes o rei da Inglaterra, Henrique VIII,

    decidiu tambm interpretar a bblia e a fez segundo os seus interesses, ou melhor,

    buscou ampliar os seus domnios polticos e enfraquecer os seus adversrios. Usou o

    pretexto do divrcio para tentar a separao de sua esposa alegando que ela no era

    competente para gerar um filho homem, um herdeiro. Como o papa poca no

    concedeu o divrcio, ento ele fundou uma nova religio anglicana para se separar

    da esposa e aumentar o seu poder poltico. Muitos sditos que no seguiram o rei na

    sua nova religio foram mortos, torturados ou expulsos do pas como o caso dos

    puritanos (ingleses calvinistas) que foram exilados na Amrica, nas prximas aulas

    vamos pensar melhor sobre esse assunto.

  • 14

    time to bury the hatchet hora de fazer as pazes

    O papa e Henrique VII, rei da Inglaterra e fundador do Anglicanismo

    Fonte: http://trindade.org/drupal/sites/default/uploads/granlund_28102009_1.jpg

    A Igreja catlica, como estudamos anteriormente, foi o maior poder

    organizado do perodo medieval na Europa, detentora do saber e do direcionamento

    da f dogmtica, jamais perderia a hegemonia e o poder sobre a Europa sem uma

    reao. O conjunto de aes do vaticano para frear o avano protestante ficou

    conhecido como Reforma Catlica ou Contrarreforma. Aps o Conclio (assembleia de

    clrigos catlicos) de Trento, diversas mudanas ou reformas foram determinadas

    como a criao dos seminrios (formao dos padres), proibio da venda de

    indulgncias, reafirmao dos dogmas catlicos, restituio da inquisio ou tribunal

    do Santo Ofcio, criao da Cia de Jesus (Jesutas) com a misso de conquistar novos

    fiis para alm da Europa, entre outras tantas reformas.

  • 15

    Conclio de Trento, 1545.

    http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/concilio-de-trento.jpg

  • 16

    1. Os usurrios so ladres, pois vendem o tempo, que no lhes pertence, e vender o bem alheio, contra vontade do possuidor, um roubo

    (Le Goff, J. A bolsa e a vida In: A usura na Idade Mdia. So Paulo: Ed. Brasiliense, 1989. p.39.)

    Considerando-se o trecho, explique o apoio da burguesia s ideias calvinistas. Gabarito com sugesto de resposta: A Igreja condenava a economia monetria cobrana de juros, obteno do lucro assim sendo a burguesia, classe ligada ao comrcio, passou a aderir s idias calvinistas que viam a ascenso econmica como uma predestinao.

    2. Remonta ao Sculo XVI a mensagem religiosa associada ideia de que "no mundo comercial e da concorrncia, o xito ou a bancarrota no dependem da atividade ou da aptido do indivduo, mas de circunstncias independentes dele"

    (Friedrich Engels - DO SOCIALISMO UTPICO AO SOCIALISMO CIENTFICO).

    Assinale o nome do movimento protestante que pregava a salvao da alma e

    apresentava princpios bsicos apoiados na prtica econmica da burguesia nascente.

    a) Luteranismo.

    b) Medievalismo.

    c) Jansenismo.

    d) Calvinismo.

    e) Judasmo.

    Gabarito D. O calvinismo e, em especial, a teoria da predestinao foi de fundamental

    importncia para o desenvolvimento e ascenso burguesa.

    Atividade Comentada 2

  • 17

    Fonta:http://www.not1.com.br/wp-content/uploads/2011/11/absolutismo-estado.jpg

    A Reforma e a Contrarreforma contriburam para o processo conhecido como

    absolutismo monrquico. Uma das sadas para a crise do sculo XIV e para o colapso do

    feudalismo foi a centralizao poltica nas mos de um rei, promovendo o fenmeno de

    criao dos Estados Nacionais Modernos. Caro estudante de histria, saiba que pases

    como Frana, Inglaterra ou mesmo Portugal foram organizados de maneira centralizada

    ou a sua unificao territorial ocorreu nesse momento. Antes, como j estudamos, a

    Europa era predominantemente organizada por feudos e por um poder descentralizado

    nas mos dos senhores feudais.

    Na crise do sculo XIV, um dos graves problemas era ausncia de garantia de

    segurana nos reinos, diversos movimentos foram deflagrados de invaso e saques aos

    reinos e feudos que no conseguiam a necessria estabilidade poltica e social. Por essa

    razo entre outras, os senhores proprietrios de feudos foram se convencendo da

    necessidade de uma nova organizao poltica, centralizada e administrada por um s

    rei que teria poderes absolutos sobre todos os reinos, criando a ideia de um s pais,

    uma s moeda, lngua, exrcito etc.

    Aula 3: o processo de concentrao dos poderes nas mos do rei

  • 18

    Fonte:http://image.slidesharecdn.com/histria2007-2010-110422100049-phpapp01/95/slide-1-1024.jpg

    O convencimento dos nobres no foi simples e muitos tericos do absolutismo

    se ocuparam em persuadir a nobreza da necessidade de construo da unidade

    territorial e poltica. Pensadores como Bodin, Bossuet e o mais famoso entre eles

    Maquiavel criaram argumentos para a formao dos Estados Nacionais Modernos e o

    absolutismo monrquico.

    Luis XIV, o rei sol: a Frana sou eu

    Fonte:http://clarrobla.files.wordpress.com/2011/04/sociedad_estamental.jpg

    Cada reino viveu um processo diferenciado para a consolidao de um poder

    concentrado nas mos de um s rei, porm, tanto a reforma protestante quanto

    catlica facilitaram a centralizao, pois se antes das reformas seria um s exrcito, uma

  • 19

    lei (rei), uma s nao, agora seria ainda mais centralizador em funo de uma s

    religio. A unidade poltica foi muito importante porque garantia as condies bsicas

    para o investimento do Estado (rei) em empreendimentos mais custosos como uma rota

    alternativa s ndias ou expanso martima para lugares nunca antes navegados. Uma

    das consequncias se processou no descobrimento da Amrica e a colonizao do

    Brasil, mas isso assunto para uma prxima aula.

    Fonte:http://qpa1_0yGLcw/UX7fmp5_WhI/AAAAAAAABFI/zXLUBNOWzKU/s640/absolutismo.jpg

  • 20

    1. O incio da poca Moderna est ligado a um processo geral de transformaes

    humanstica, artstica, cultural e poltica. Para alguns pensadores da poca, que

    procuraram fundamentar o Absolutismo, a concentrao do poder promoveu um tipo

    de Estado em que:

    a) a funo do Estado agir de acordo com a vontade da maioria.

    b) a Histria se explica pelo valor da raa de um povo.

    c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separao dos trs poderes.

    d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu

    representante na Terra.

    e) a soberania mxima reside no prprio povo.

    (htt.www. p://professor.br/historia/search.asp?search&submit.x=0&submit.y=0)

    Resposta: D A teoria do direito divino foi importante instrumento de

    convencimento para a nobreza apoiar a ideia da centralizao do poder.

    2. Explique o processo de formao dos Estados Nacionais no incio da "poca

    Moderna".

    Resposta: Antes da formao dos Estados Nacionais, os reinos eram constitudos por

    feudos, e cada reino viveu um processo diferenciado para a consolidao de um poder

    concentrado nas mos de um s rei, porm, tanto a reforma protestante quanto

    catlica facilitaram a centralizao, pois se antes das reformas seria um s exrcito,

    uma lei (rei), uma s nao, agora seria ainda mais centralizador em funo de uma s

    religio.

    Atividade Comentada 3

  • 21

    1. Segundo Calvino, o homem j nasce predestinado salvao ou condenao

    eternas, e um dos sinais da salvao a riqueza acumulada atravs do trabalho.

    Estabelea a relao entre a expanso da doutrina calvinista e o fortalecimento do

    capitalismo no sculo XVI.

    Sugesto de gabarito: Na medida em que a crena de que o lucro era sinal da

    presena de Deus e a burguesia poderia comercializar sem pecar, consequentemente,

    o capitalismo se desenvolveu.

    2. Em um dicionrio histrico, encontramos a seguinte definio: "Contrarreforma - O

    termo abrange tanto a ofensiva ideolgica contra o protestantismo quanto os

    movimentos de Reforma e reorganizao da Igreja Catlica, a partir de meados do

    sculo XVI."

    (DICIONRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988)

    D as principais caractersticas da Contrarreforma e analise duas delas.

    Fonte: (adaptado) http://www.professor.bio.br/historia/provas_topicos.asp?topico=Reforma%20Religiosa

    Gabarito: Movimento criado no seio da Igreja Catlica em resposta Reforma

    Protestante. A igreja Catlica Romana convocou o Conclio de Trento estabelecendo

    entre outras medidas, a retomada do Tribunal do Santo Ofcio (inquisio), a criao

    do Index, com uma relao de livros proibidos pela igreja e o incentivo catequese

    dos povos do Novo Mundo.

    Avaliao

  • 22

    3. Dentre os fatores que contriburam para a ecloso do movimento reformista

    protestante, no incio do sculo XVI, destacamos o(s):

    a) declnio do nacionalismo no processo de formao dos estados modernos.

    b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas

    catlicas.

    c) fim do comrcio de indulgncias patrocinado pela Igreja Catlica.

    d) encerramento da liberdade de crtica provocado pelo Renascimento Cultural.

    e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ao poltica do Conclio

    de Trento.

    Gabarito: B o renascimento comercial e urbano promoveu importantes crises

    nos conceitos e prticas catlicas, pois apresentava uma nova mentalidade conflitante

    com o padro de comportamento e cultura catlica.

    4. O Conclio de Trento, uma das medidas da Reforma Catlica, cujo objetivo era

    enfrentar o avano das ideias protestantes, apresentou uma srie de decises para

    assegurar a unidade da f catlica. Entre essas decises, a de:

    a) favorecer a interpretao individual da Bblia de acordo com seus princpios

    fundamentais.

    b) adotar uma atitude mais liberal com relao aos livros religiosos, o que fez com que

    diminusse a censura medieval.

    c) criar uma comisso com o intuito de melhorar o relacionamento com os povos no-

    cristos.

    d) estabelecer uma corporao para o Sacro Colgio, pois, dessa forma, todas as naes

    crists estariam a representadas.

    e) estimular a ao das ordens religiosas em vrios setores, principalmente, no

    educacional.

    Gabarito: E A Companhia de Jesus foi a principal estratgia do Vaticano para manter

    suas influencias e ampliar fiis nos novos espaos geogrficos conquistados pela

    expanso martima.

  • 23

    5. No incio da poca Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos campos

    poltico e cultural, respectivamente:

    a) fragmentao do poder temporal na Inglaterra e disseminao do racionalismo.

    b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Imprio e divulgao da lngua

    alem, a partir da traduo da Bblia.

    c) ao surgimento do poder de origem divina na Frana e ao progresso cientfico.

    d) ao desaparecimento do poder absolutista e valorizao do individualismo, na

    Espanha.

    e) expanso do poder feudal e ao desenvolvimento da esttica barroca na pintura e na

    escultura, na Itlia.

    Resposta: B A traduo da bblia para uma lngua moderna nacional possibilitava aos

    fiis a condio de buscar nas prprias fontes respostas e anlises s prticas catlicas

    incoerentes com os textos bblicos.

    Retirado de http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/exercicios/

  • 24

    Caro aluno, agora que j estudamos alguns dos principais assuntos relativos ao 2 bimestre, hora de discutir um pouco sobre a importncia deles na nossa vida.

    'Um jovem que no protesta no me agrada', diz Papa Francisco em entrevista

    Pontfice disse que gosta de estar junto ao povo e no teme contato com as multides

    Rio - O Papa Francisco disse, em entrevista ao "Fantstico", neste domingo noite, que no

    conhece as razes que levaram os brasileiros s ruas, mas que gosta de ver a juventude

    protestando. O Pontfice encerrou neste domingo sua visita de sete dias ao Brasil para a Jornada

    Mundial da Juventude.

    Com toda a franqueza lhe digo: no sei bem por que os jovens esto protestando. Esse o

    primeiro ponto. Segundo ponto: um jovem que no protesta no me agrada. Porque o jovem tem a

    iluso da utopia, e a utopia no sempre ruim. A utopia respirar e olhar adiante. O jovem mais

    espontneo, no tem tanta experincia de vida, verdade. Mas s vezes a experincia nos freia. E

    ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem essencialmente um inconformista. E isso

    muito lindo! preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que no

    sejam manipulados, afirmou.

    http://odia.ig.com.br/noticia/jornadamundialdajuventude/2013-07-29/um-jovem-que-nao-protesta-nao-me-agrada-diz-papa-francisco-em-entrevista.html) Acesso em 29 jul 2013.

    Compare a reportagem e as razes apresentadas nas aulas anteriores sobre os

    protestantes e pesquise as causas dos diversos protestos realizados no Rio de Janeiro e

    no Brasil no ms de Junho de 2013, redija um texto aps a pesquisa sobre esses

    assuntos com o seguinte ttulo: Um jovem que no protesta no agrada

    Ento, vamos l?

    Mos obra!

    Pesquisa

  • 25

    [1] ACKER, Maria Teresa Van. Renascimento e Humanismo. So Paulo: Atual, 1992.

    [2] BAKHTIN, Mikhail. Cultura Popular na Idade Mdia e no Renascimento. 7 ed. So

    Paulo: Hucitec, 2011.

    [3] BARROS, Jos DAssuno. A expanso documental e a conquista das fontes dialgicas. Revista Albuquerque. V. 3, n. 1, 2010.

    [4] BEZERRA, Holien Gonalves. Ensino de Histria: contedos e conceitos bsicos. In: KARNAL, Leandro (org.). Histria na sala de aula: conceitos, prticas e propostas. 5 ed. So Paulo: Contexto, 2008

    [5] BOULOS JUNIOR, Alfredo. Histria: Sociedade e Cidadania. So Paulo: FTD, 2009. p.

    8-37; 90-113. 7 ano. Captulos: 1, 2 e 6.

    [6] CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domnios da histria. Rio

    de Janeiro: Elsevier, 2012.

    [7] LE GOFF, Jacques. Histria e memria. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.

    [8] MACEDO, Jos Rivair. A Mulher na Idade Mdia. So Paulo: Contexto, 1999.

    [9] OLIVIERI, Antnio Carlos. Renascimento. 10 ed. So Paulo: tica, 2004.

    [10] SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionrio de conceitos histricos.

    So Paulo: Contexto, 2005.

    [11] THOMPSON, Edward. Tempo, disciplina do trabalho e capitalismo industrial. In:

    Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. So Paulo:

    Companhia das Letras, 1998. p.267-304.

    Referncias

  • 26

    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento

    Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

    Ivete Silva de Oliveira Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Daniel de Oliveira Gomes

    Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira Erika Bastos Arantes

    Renata Figueiredo Moraes Sabrina Machado Campos

    Equipe de Elaborao