apostila historia 7 ano 2 bimestre aluno

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1 História Aluno Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 02 7º ano | 2° Bimestre Disciplina Curso Bimestre ano História Ensino Fundamental II Habilidades Associadas 1. Identificar as principais ideias protestantes. 2. Compreender a dimensão política das Reformas Religiosas. 3. Compreender o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei.

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Material pedagógico para professor da SEEDUC-RJ.

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Page 1: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

1

História

Aluno

Caderno de Atividades

Pedagógicas de

Aprendizagem

Autorregulada - 02 7º ano | 2° Bimestre

Disciplina Curso Bimestre ano

História Ensino Fundamental II 2° 7º

Habilidades Associadas

1. Identificar as principais ideias protestantes.

2. Compreender a dimensão política das Reformas Religiosas.

3. Compreender o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei.

Page 2: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o

envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes

preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma

estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar

suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções

para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades

roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é

efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam,

também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática.

Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior

domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para

o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

ferramentas da autorregulação.

Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se

para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o

aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da

Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às

suas aulas.

Estamos à disposição através do e-mail [email protected] para quaisquer

esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material.

Secretaria de Estado de Educação

Apresentação

Page 3: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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Caro Aluno,

Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas

habilidades e competências do 2° Bimestre do Currículo Mínimo de História da 7ª ano

do Ensino Fundamental II. Estas atividades correspondem aos estudos durante o

período de um mês.

A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades

com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no

percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da

disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI.

Neste Caderno de Atividades, os alunos conhecerão melhor algumas mudanças

promovidas pelo no Renascimento estudadas no bimestre anterior como o

questionamento de algumas práticas da Igreja católica que resultaram na Reforma

Protestante. Além disso, irão conhecer quais são as principais características do

processo de centralização do poder político, absolutismo, que inaugura o modelo de

Estado Moderno e algumas práticas desse Estado como a expansão marítima e a

intervenção do Estado na economia, mercantilismo.

Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal

eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o

Professor Tutor.

Este documento apresenta 3 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por uma

explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias

relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e

atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar

a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto.

Um abraço e bom trabalho!

Equipe de Elaboração

Page 4: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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Introdução .............................................................................................. 03

Aula 1: As principais ideias protestantes .................................................

Aula 2: A dimensão política das Reformas Religiosas ............................

Aula 3: O processo de concentração dos poderes nas mãos do rei ........

Avaliação ................................................................................................

Pesquisa ...................................................................................................

Referências .............................................................................................

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Sumário

Page 5: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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Moçada ligada na história, nessa aula vamos pensar juntos sobre um capítulo

da história que nesse momento pode ter muita relação com o seu presente, dos seus

amigos ou familiares, do seu bairro. O papa esteve no Rio de Janeiro e foram muitos os

exemplos de fé católica de jovens do mundo todo que estiveram no Brasil. Não vamos

discutir religião, se há essa ou aquela maneira de expressar a fé verdadeira, mas a

história de um movimento que teve início entre membros da própria igreja católica e

que se desenvolveu nas diversas igrejas evangélicas no mundo e no Brasil.

Fonte:http://imguol.com/2012/06/28/percentual-de-grupos-religiosos-no-brasil-censo-2010-

1340932450391_600x375.jpg

Seria possível discutir sobre algo que não conhecemos? Parece que dificilmente

podemos questionar quem cozinha se não temos a menor ideia de como preparar

adequadamente um alimento. Martinho Lutero foi um monge católico que

Aula 1: As principais ideias protestantes

Page 6: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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influenciado por muitos outros questionadores passou a criticar algumas práticas da

Igreja católica. Inicialmente a intenção de Lutero era uma reforma na Igreja católica,

não era para criar uma outra religião. Entretanto, a venda de Indulgências (perdão) era

uma prática católica muito comum no período das críticas que Lutero promoveu.

Como ele tinha acesso às escrituras sagradas (bíblia) que eram escritas em latim,

passou a questionar não a ideia de Deus, mas os seus representantes na terra, usando

como base dos seu protesto o próprio evangelho. Ao pregar na porta da sua igreja as

95 teses protestando contra práticas da Igreja católica à época iniciou o que ficou

conhecido na história como reforma protestante, criando condições para o

desenvolvimento de toda forma de livre interpretação da bíblia.

Lutero e as 95 teses Fonte:http://d2rbedwdba7p8y.cloudfront.net/imagens/reforma-protestante-principal.jpg

Toda igreja evangélica hoje tem a sua origem no movimento criado por Lutero?

Exatamente! Independente do nome atual das diversas igrejas evangélicas de todos os

países, inclusive no Brasil, todas são consequência desse processo que estamos

estudando.

A livre interpretação da bíblia significava nesse momento não estar submetido

ao controle do Vaticano e ao poder centralizado do papa, o supremo pontífice

(principal ponte entre Deus e os religiosos). Lutero argumentava que não era

necessário que nem o padre, bispo ou mesmo o papa, fosse intermediário da fé na

Page 7: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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salvação espiritual. Assim como não haveria propósito que um santo fosse evocado

para o perdão por um pecado e muito menos o pagamento pela indulgência (perdão)

do pecado. Para Lutero, somente a fé salva e para que fosse possível acreditar no que

ele estava pregando passou a traduzir a bíblia do latim (que não era mais falado por

nenhum reino) para uma língua falada. O incentivo e a valorização do evangelho

fortalecia o propósito do protesto de Lutero criando base para outras formas de

protestar ou de interpretar a bíblia como vamos ver nas próximas aulas.

Lutero e a tradução da bíblia

Fonte:http://image.slidesharecdn.com/reformaprotestante-090504151720-phpapp01/95/slide-1-728.jpg?1245297456

Page 8: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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1. Leia a seguir algumas teses de Lutero:

“24. Por isso, a maior parte do povo está sendo necessariamente ludibriada por essa magnífica e indistinta promessa de absolvição da pena. 32. Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência. 75. A opinião de que as indulgências papais são tão eficazes a ponto de poderem absolver um homem mesmo que tivesse violentado a mãe de Deus, caso isso fosse possível, é loucura. 86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos esta uma basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?” Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm. Acesso em 05 ago. 2013.

Essas teses de Lutero deixam claro que ele:

a. defendia a ideia de que o papa é infalível.

b. defendia a venda de indulgências.

c. criticava a exploração praticada pelos representantes da Igreja.

d. criticava a valorização do trabalho.

2. "Embora a origem da Reforma de Lutero se deva a uma experiência pessoal, ela refletiu, na verdade, o estado de espírito comum a muitos seguidores da Igreja Romana. De fato, a iniciativa da livre interpretação da Bíblia deve ser compreendida como mais uma das muitas manifestações típicas do individualismo do homem renascentista."

Carmem Peris, Glória Vergés e Oriol Vérges, EL RENACIMIENTO. Barcelona: Parramón Ediciones, s/d,

p.32.)

a) Para Lutero, de que forma as pessoas poderiam alcançar a salvação espiritual?

b) Por que a livre interpretação da Bíblia era criticada pelo alto clero medieval?

Atividade 1

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A partir das ideias de Lutero, diversos outros pensadores e teólogos passaram

viabilizar outras maneiras de sistematizar estudos e interpretações bíblicas. Um dos

principais problemas, do que era ou não permitido pelo vaticano, era a ideia de lucro

que muito prejudicava a burguesia que estava ascendendo socialmente. Para a igreja

católica o lucro era pecado e, portanto, proibido. Pregavam o preço justo que seria o

valor da matéria prima e trabalho para a produção, deixando de lado o lucro.

Entretanto, João Calvino desenvolveu outra interpretação sobre essa questão,

construindo o que foi denominado “teoria da predestinação”: todos nascem

predestinados e a prosperidade, espiritual e material, seria sinal de Deus. Ao contrário

do pensamento do vaticano o lucro não era mais sinal de pecado, mas presença de

Deus na vida dos fiéis. O calvinismo ,por essa razão, ganhou muito a simpatia da

burguesia que passou a adotar o protestantismo calvinista como religião, ganhando

diversos adeptos por todo o continente europeu.

João Calvino

http://www.brasilescola.com/upload/e/calvinisno%20300%20x%20200%20Brasil%20Escola.jpg

A religião é uma das formas do ser humano expressar cultura. A ideia de

adoração a alguém ou alguma coisa é tão antiga quanto o homem. Há diversas formas

de adoração, de fé em Deus ou Deuses, porém a força do pensamento religioso foi e

ainda encontramos casos em diversos lugares onde a fé se torna instrumento político

de poder. Alguns países de cultura religiosa islã, por exemplo, legislam (criam leis) de

Aula 2: A dimensão política das Reformas Religiosas

Page 10: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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acordo com os mandamentos religiosos. No Brasil vivemos segundo a lei máxima do

país, A Constituição, a liberdade de culto e o Estado (representação de governo) é

laico, ou seja, não professa nenhuma religião. E qual a vantagem dessa forma de laica

de organização? Mesmo um governante podendo pessoalmente ser de uma religião ou

de outra, a lei garante que todos tenham o direito de liberdade de culto. Imagine se

no Rio de Janeiro somente fosse possível o culto de uma só maneira só porque seria a

religião do governante? Não seria democrático e nem republicano, não é mesmo.

Henrique VIII, fundador do anglicanismo

http://lh4.ggpht.com/-rL0gbvxgo1k/UIZ7ou3TqTI/AAAAAAAAAJY/-sg6h_IDU04/clip_image004_thumb.jpg?imgmax=800

No período das reformas protestantes o rei da Inglaterra, Henrique VIII,

decidiu também interpretar a bíblia e a fez segundo os seus interesses, ou melhor,

buscou ampliar os seus domínios políticos e enfraquecer os seus adversários. Usou o

pretexto do divórcio para tentar a separação de sua esposa alegando que ela não era

“competente” para gerar um filho homem, um herdeiro. Como o papa à época não

concedeu o divórcio, então ele fundou uma nova religião “anglicana” para se separar

da esposa e aumentar o seu poder político. Muitos súditos que não seguiram o rei na

sua nova religião foram mortos, torturados ou expulsos do país como o caso dos

puritanos (ingleses calvinistas) que foram exilados na América, nas próximas aulas

vamos pensar melhor sobre esse assunto.

Page 11: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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“time to bury the hatchet – hora de fazer as pazes”

O papa e Henrique VII, rei da Inglaterra e fundador do Anglicanismo

Fonte: http://trindade.org/drupal/sites/default/uploads/granlund_28102009_1.jpg

A Igreja católica, como estudamos anteriormente, foi o maior poder

organizado do período medieval na Europa, detentora do saber e do direcionamento

da fé dogmática, jamais perderia a hegemonia e o poder sobre a Europa sem uma

reação. O conjunto de ações do vaticano para frear o avanço protestante ficou

conhecido como Reforma Católica ou Contrarreforma. Após o Concílio (assembleia de

clérigos católicos) de Trento, diversas mudanças ou reformas foram determinadas

como a criação dos seminários (formação dos padres), proibição da venda de

indulgências, reafirmação dos dogmas católicos, restituição da inquisição ou tribunal

do Santo Ofício, criação da Cia de Jesus (Jesuítas) com a missão de conquistar novos

fiéis para além da Europa, entre outras tantas reformas.

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Concílio de Trento, 1545.

http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/04/concilio-de-trento.jpg

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1. “Os usurários são ladrões, pois vendem o tempo, que não lhes pertence, e vender o bem alheio, contra vontade do possuidor, é um roubo”

(Le Goff, J. A bolsa e a vida In: A usura na Idade Média. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1989. p.39.)

Considerando-se o trecho, explique o apoio da burguesia às ideias calvinistas.

2. Remonta ao Século XVI a mensagem religiosa associada à ideia de que "no mundo comercial e da concorrência, o êxito ou a bancarrota não dependem da atividade ou da aptidão do indivíduo, mas de circunstâncias independentes dele"

(Friedrich Engels - DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO).

Assinale o nome do movimento protestante que pregava a salvação da alma e apresentava princípios básicos apoiados na prática econômica da burguesia nascente.

a) Luteranismo

b) Medievalismo

c) Jansenismo

d) Calvinismo

e) Judaísmo

Atividade 2

Page 14: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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Fonta:http://www.not1.com.br/wp-content/uploads/2011/11/absolutismo-estado.jpg

A Reforma e a Contrarreforma contribuíram para o processo conhecido como

absolutismo monárquico. Uma das saídas para a crise do século XIV e para o colapso do

feudalismo foi a centralização política nas mãos de um rei, promovendo o fenômeno de

criação dos Estados Nacionais Modernos. Caro estudante de história, saiba que países

como França, Inglaterra ou mesmo Portugal foram organizados de maneira centralizada

ou a sua unificação territorial ocorreu nesse momento. Antes, como já estudamos, a

Europa era predominantemente organizada por feudos e por um poder descentralizado

nas mãos dos senhores feudais.

Na crise do século XIV, um dos graves problemas era ausência de garantia de segurança

nos reinos, diversos movimentos foram deflagrados de invasão e saques aos reinos e

feudos que não conseguiam a necessária estabilidade política e social. Por essa razão

entre outras, os senhores proprietários de feudos foram se convencendo da

necessidade de uma nova organização política, centralizada e administrada por um só

rei que teria poderes absolutos sobre todos os reinos, criando a ideia de um só pais,

uma só moeda, língua, exército etc.

Aula 3: o processo de concentração dos poderes nas mãos do rei

Page 15: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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Fonte:http://image.slidesharecdn.com/histria2007-2010-110422100049-phpapp01/95/slide-1-1024.jpg

O convencimento dos nobres não foi simples e muitos teóricos do absolutismo

se ocuparam em persuadir a nobreza da necessidade de construção da unidade

territorial e política. Pensadores como Bodin, Bossuet e o mais famoso entre eles

Maquiavel criaram argumentos para a formação dos Estados Nacionais Modernos e o

absolutismo monárquico.

Luis XIV, o rei sol: “a França sou eu”

Fonte:http://clarrobla.files.wordpress.com/2011/04/sociedad_estamental.jpg

Cada reino viveu um processo diferenciado para a consolidação de um poder

concentrado nas mãos de um só rei, porém, tanto a reforma protestante quanto à

católica facilitaram a centralização, pois se antes das reformas seria um só exército, uma

Page 16: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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lei (rei), uma só nação, agora seria ainda mais centralizador em função de uma só

religião. A unidade política foi muito importante porque garantia as condições básicas

para o investimento do Estado (rei) em empreendimentos mais custosos como uma rota

alternativa às Índias ou expansão marítima para lugares nunca antes navegados. Uma

das consequências se processou no descobrimento da América e a colonização do

Brasil, mas isso é assunto para uma próxima aula.

Fonte:http://qpa1_0yGLcw/UX7fmp5_WhI/AAAAAAAABFI/zXLUBNOWzKU/s640/absolutismo.jpg

Page 17: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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1. O início da Época Moderna está ligado a um processo geral de transformações

humanística, artística, cultural e política. Para alguns pensadores da época, que

procuraram fundamentar o Absolutismo, a concentração do poder promoveu um tipo

de Estado em que:

a) a função do Estado é agir de acordo com a vontade da maioria.

b) a História se explica pelo valor da raça de um povo.

c) a fidelidade ao poder absoluto reside na separação dos três poderes.

d) o rei reina por vontade de Deus, sendo assim considerado o seu

representante na Terra.

e) a soberania máxima reside no próprio povo.

(htt.www. p://professor.br/historia/search.asp?search&submit.x=0&submit.y=0)

2. Explique o processo de formação dos Estados Nacionais no início da "Época

Moderna".

Atividade 3

Page 18: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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1. Segundo Calvino, o homem já nasce predestinado à salvação ou condenação

eternas, e um dos sinais da salvação é a riqueza acumulada através do trabalho.

Estabeleça a relação entre a expansão da doutrina calvinista e o fortalecimento do

capitalismo no século XVI.

2. Em um dicionário histórico, encontramos a seguinte definição: "Contrarreforma - O termo abrange tanto a ofensiva ideológica contra o protestantismo quanto os movimentos de Reforma e reorganização da Igreja Católica, a partir de meados do século XVI."

(DICIONÁRIO DO RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988)

Dê as principais características da Contrarreforma e analise duas delas.

Fonte: (adaptado)

http://www.professor.bio.br/historia/provas_topicos.asp?topico=Reforma%20Religiosa

3. Dentre os fatores que contribuíram para a eclosão do movimento reformista protestante, no início do século XVI, destacamos o(s): a) declínio do nacionalismo no processo de formação dos estados modernos.

b) embate entre o progresso do capitalismo comercial e as teorias religiosas católicas.

c) fim do comércio de indulgências patrocinado pela Igreja Católica.

d) encerramento da liberdade de crítica provocado pelo Renascimento Cultural.

e) abusos cometidos pela Companhia de Jesus e pela ação política do Concílio de

Trento.

Avaliação

Page 19: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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4. O Concílio de Trento, uma das medidas da Reforma Católica, cujo objetivo era

enfrentar o avanço das ideias protestantes, apresentou uma série de decisões para

assegurar a unidade da fé católica. Entre essas decisões, a de:

a) favorecer a interpretação individual da Bíblia de acordo com seus princípios

fundamentais.

b) adotar uma atitude mais liberal com relação aos livros religiosos, o que fez com que

diminuísse a censura medieval.

c) criar uma comissão com o intuito de melhorar o relacionamento com os povos não-

cristãos.

d) estabelecer uma corporação para o Sacro Colégio, pois, dessa forma, todas as nações

cristãs estariam aí representadas.

e) estimular a ação das ordens religiosas em vários setores, principalmente no

educacional.

5. No início da Época Moderna pode-se relacionar a Reforma Protestante, nos campos político e cultural, respectivamente:

a) à fragmentação do poder temporal na Inglaterra e à disseminação do racionalismo.

b) ao enfraquecimento do poder central no Santo Império e à divulgação da língua

alemã, a partir da tradução da Bíblia.

c) ao surgimento do poder de origem divina na França e ao progresso científico.

d) ao desaparecimento do poder absolutista e à valorização do individualismo, na

Espanha.

e) à expansão do poder feudal e ao desenvolvimento da estética barroca na pintura e na

escultura, na Itália.

Retirado de http://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/exercicios/

Page 20: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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Caro aluno, agora que já estudamos alguns dos principais assuntos relativos ao 2° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida.

'Um jovem que não protesta não me agrada', diz Papa Francisco em entrevista

Pontífice disse que gosta de estar junto ao povo e não teme contato com as multidões

Rio - O Papa Francisco disse, em entrevista ao "Fantástico", neste domingo à noite, que não

conhece as razões que levaram os brasileiros às ruas, mas que gosta de ver a juventude

protestando. O Pontífice encerrou neste domingo sua visita de sete dias ao Brasil para a Jornada

Mundial da Juventude.

“Com toda a franqueza lhe digo: não sei bem por que os jovens estão protestando. Esse é o

primeiro ponto. Segundo ponto: um jovem que não protesta não me agrada. Porque o jovem tem a

ilusão da utopia, e a utopia não é sempre ruim. A utopia é respirar e olhar adiante. O jovem é mais

espontâneo, não tem tanta experiência de vida, é verdade. Mas às vezes a experiência nos freia. E

ele tem mais energia para defender suas ideias. O jovem é essencialmente um inconformista. E isso

é muito lindo! É preciso ouvir os jovens, dar-lhes lugares para se expressar, e cuidar para que não

sejam manipulados”, afirmou.

http://odia.ig.com.br/noticia/jornadamundialdajuventude/2013-07-29/um-jovem-que-nao-protesta-

nao-me-agrada-diz-papa-francisco-em-entrevista.html) Acesso em 29 jul 2013.

Compare a reportagem e as razões apresentadas nas aulas anteriores sobre os

protestantes e pesquise as causas dos diversos protestos realizados no Rio de Janeiro e

no Brasil no mês de Junho de 2013, redija um texto após a pesquisa sobre esses

assuntos com o seguinte título: “Um jovem que não protesta não agrada”

Então, vamos lá?

Mãos à obra!

Pesquisa

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[1] ACKER, Maria Teresa Van. Renascimento e Humanismo. São Paulo: Atual, 1992.

[2] BAKHTIN, Mikhail. Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento. 7 ed. São

Paulo: Hucitec, 2011.

[3] BARROS, José D’Assunção. A expansão documental e a conquista das fontes dialógicas. Revista Albuquerque. V. 3, n. 1, 2010.

[4] BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2008

[5] BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2009. p.

8-37; 90-113. 7° ano. Capítulos: 1, 2 e 6.

[6] CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. Rio

de Janeiro: Elsevier, 2012.

[7] LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1996.

[8] MACEDO, José Rivair. A Mulher na Idade Média. São Paulo: Contexto, 1999.

[9] OLIVIERI, Antônio Carlos. Renascimento. 10 ed. São Paulo: Ática, 2004.

[10] SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos.

São Paulo: Contexto, 2005.

[11] THOMPSON, Edward. Tempo, disciplina do trabalho e capitalismo industrial. In:

Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo:

Companhia das Letras, 1998. p.267-304.

Referências

Page 23: Apostila Historia 7 Ano 2 Bimestre Aluno

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COORDENADORES DO PROJETO

Diretoria de Articulação Curricular

Adriana Tavares Maurício Lessa

Coordenação de Áreas do Conhecimento

Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento

Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

Ivete Silva de Oliveira Marília Silva

PROFESSORES ELABORADORES

Daniel de Oliveira Gomes

Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira Erika Bastos Arantes

Renata Figueiredo Moraes Sabrina Machado Campos

Equipe de Elaboração