apostila historia 9 ano 4 bimestre professor

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História Professor C C a a d d e e r r n n o o d d e e A A t t i i v v i i d d a a d d e e s s P P e e d d a a g g ó ó g g i i c c a a s s d d e e A A p p r r e e n n d d i i z z a a g g e e m m A A u u t t o o r r r r e e g g u u l l a a d d a a - - 0 0 4 4 9º Ano | 4° Bimestre Disciplina Curso Bimestre Ano História Ensino Fundamental Habilidades Associadas 1. Compreender as relações políticas e econômicas dos governos brasileiros após a Era Vargas. 2. Discutir os mecanismos de dominação da Ditadura militar. 3. Analisar as políticas neoliberais no Brasil e a globalização.

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Material pedagógico para professor da SEEDUC-RJ.

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  • Histria

    Professor

    CCaaddeerrnnoo ddee AAttiivviiddaaddeess

    PPeeddaaggggiiccaass ddee

    AApprreennddiizzaaggeemm

    AAuuttoorrrreegguullaaddaa -- 0044 99 AAnnoo || 44 BBiimmeessttrree

    Disciplina Curso Bimestre Ano

    Histria Ensino Fundamental 4 9

    Habilidades Associadas

    1. Compreender as relaes polticas e econmicas dos governos brasileiros aps a Era Vargas.

    2. Discutir os mecanismos de dominao da Ditadura militar.

    3. Analisar as polticas neoliberais no Brasil e a globalizao.

  • 2

    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o

    a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

  • 3

    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 4 Bimestre do Currculo Mnimo de Histria do 9 ano

    do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo

    de um ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

    nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    Neste Caderno de Atividades, analisaremos as polticas socioeconmicas

    estabelecidas pelos governos posteriores a Era Vargas. Discutiremos questes relativas

    ao perodo da ditadura militar no Brasil e seus meios de dominao social.

    Entenderemos, por fim, as polticas econmicas e sociais brasileiras inseridas numa

    conjuntura de globalizao.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 3 (trs) aulas. As aulas podem ser compostas por uma

    explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as

    Atividades propostas. As Atividades so referentes a dois tempos de aulas. Para reforar

    a aprendizagem, prope-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliao sobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

  • 4

    Introduo ............................................................................................... 03

    Objetivos Gerais ......................................................................................

    Materiais de Apoio Pedaggico .............................................................

    Orientao Didtico-Pedaggica ...........................................................

    Aula 1: Brasil: busca pela democratizao..............................................

    Aula 2: Ditatura Militar no Brasil.............................................................

    Aula 3: No caminho da redemocratizao..............................................

    Avaliao ................................................................................................

    Pesquisa ..................................................................................................

    Referncias .............................................................................................

    05

    05

    05

    07

    12

    18

    24

    26

    27

    Sumrio

  • 5

    Nesse caderno de atividades vamos abordar alguns contedos do 4 bimestre

    do 9 ano do Ensino Fundamental. Aqui, discutiremos a poltica e a economia brasileira

    aps a Era Vargas, propondo ao aluno a anlise do processo de democratizao da

    sociedade. Alm disso, analisaremos o perodo da Ditadura militar no Brasil. E por fim,

    estudaremos as polticas neoliberais no Brasil, estimulando a anlise do impacto

    dessas polticas na sociedade.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Voc pode acessar os materiais listados abaixo atravs do link:

    http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_materia_periodo.asp?M=10&P=6A

    Orientaes

    Pedaggicas do CM

    Orientaes Pedaggicas 4 Bimestre

    Recursos Digitais 4 Bimestre

    Orientaes Metodolgicas - Autonomia 4 Bimestre

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

  • 6

    Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreend-lo

    sem o auxlio de um professor.

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3.

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma individual

    ou em dupla.

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na seo

    Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o.

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base.

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas nas

    ATIVIDADES.

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com

    toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para

    que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

  • 7

    Caro aluno, nesta aula, analisaremos as disputas poltcas brasileiras entre os

    anos de 1945 at 1964, ou seja, o perodo posterior Era Vargas (1930-1945) at o

    golpe militar de 1964, que inicia o governo da ditadura militar no Brasil. O nosso

    estudo focar as discusses sobre as propostas polticas relacionadas conduo da

    economia do pas e a influncia do contexto internacional da Guerra Fria.

    A poltica econmica do governo de Getlio Vargas, principalmente durante a

    Segunda Guerra Mundial (1939-1945), incentivou a produo nacional, apoiando a

    construo de indstrias brasileiras, muitas delas administradas pelo prrio Estado

    (empresas estatais). Vargas priorizou a construo de indstrias de base, como a

    Companhia Sidergica Nacional (CSN) e a Vale do Rio Doce, que eram indstrias

    voltadas para produo de materiais necessrios a outras indstrias, como, por

    exemplo, a fabricao de ao, material muito utilizado por diversas fbricas.

    Com o fim da Era Vargas (1945), o Brasil entrou numa nova fase poltica e, com

    isso, surgiram novas possibilidades de governo e a necessidade de decidir qual seria a

    tendncia politico-ecnomica a seguir. nesse momento, tambm, que se inicia o

    processo de bipolarizao do mundo, ou seja, de um lado os capitalistas, liderados

    pelos Estados Unidos, e do outro os socialistas, conduzidos pela Unio Sovitica.

    O fim da Segunda Grande Guerra trouxe ao mundo a dramtica possibilidade

    de uma nova guerra com uma enorme capacidade de destruio, entrvamos na era

    das armas nucleares. A capacidade destrutiva das armas nucleares atravs das bombas

    atmicas, lanadas pelos Estados Unidos nas cidades de Hiroshima e Nagasaki (Japo)

    que matou milhares de japonenses foi apresentada ao mundo. Esse perodo de

    constante disputa pela hegemonia mundial e ameaa de guerra nuclear, mas sem o

    confronto armado e direto entre as potncias lderes de cada bloco, chamado de

    Guerra Fria.

    No Brasil, o afastamento de Vargas do poder possibilitou a abertura poltica,

    iniciando as discusses sobre qual seria a melhor forma de administrar o Brasil. Duas

    tendncias se destacaram: uma que defendia a manuteno do projeto nacionalista,

    Aula 1: Brasil: busca pela democratizao

  • 8

    com pouca influncia do capital estrageiro e um Estado forte e atuante na economia; e

    a outra que propunha a abertura do pas aos produtos e ao capital de outros pases,

    ou seja, estabelecer relaes com os pases do bloco capitalista, principalmente os

    Estados Unidos. Foi a segunda opo, o alinhamento aos pases capitalistas, que

    prevaleceu.

    O general Eurico Gaspar Dutra venceu a eleio para presidente, feita logo

    aps a sada de Vargas. No governo, Dutra convocou uma assembleia para elaborar a

    nova Constituio do Brasil, publicada em 1946, que estabelecia a diviso dos poderes

    em trs: Executivo, Legislativo e Judicirio. Alm disso, buscou apromoximar-se dos

    Estados Unidos, rompendo relaes com a Unio Sovitica que era comunista. Na

    economia, o presidente decidiu priorizar as reas de sude, transporte, alimentao e

    energia, lanando um plano econmico para tentar resolver problemas nestes setores.

    Sendo assim, optou pela pouca interferncia nos assuntos de mercado e permitiu o

    investimento de capital estrangeiro no pas.

    O ano de 1951 encerra o governo Dutra e marca o retorno ao poder de Getlio

    Vargas, que vence as eleies convocadas para a escolha do novo presidente do Brasil.

    Vargas eleito com o apoio da populao, retomando a poltica de base popular e o

    controle da economia.

    Imagem: Getlio acenando para o povo. Campanha eleitoral - Manaus, 1950.

    Fonte: www.fgv.br/cpdoc

    Durante seu governo, Getlio tomou medidas de incentivo industria nacional,

    como a criao do Banco Nacional de Desenvolvimento (1952), visando financiar e

    estimular o crescimento da indstria brasileira, e a fundao da Petrobras (1953),

  • 9

    garantindo a explorao do petrleo no Brasil. Alm disso, fez concesses ao

    trabalhadores, como o aumento do slario mnimo.

    A poltica de nacionalizao da economia no agradou a todos os setores da

    sociedade. Grupos ligados ao capital estrangeiro, por exemplo, criaram forte oposio

    a Getlio Vargas. O atentado contra um de seus maiores opositores, o jornalista Carlos

    Lacerda, levou morte o major da Aeronutica Rubens Vaz. Este fato afetou

    diretamente o governo, porque um dos homens que trabalhavam para o presidente foi

    acusado de ter envolvimento no crime, aumentando a presso dos grupos contrrios a

    sua poltica, que exigiam sua sada do governo. Sob intensa presso, o presidente

    Getlio Vargas suicidou-se em 24 de agosto de 1954. O governo foi assumido pelo

    vice-presidente Caf Filho at as novas eleies.

    Na eleio seguinte morte de Vargas, Juscelino Kubitschek (JK) foi eleito

    presidente do Brasil. Durante seu governo (1956 1961), a capital federal foi

    transferida do Rio de Janeiro para Braslia. A cidade foi construda entre os anos de

    1956 e 1960, com o objetivo de tornar-se a capital do Brasil.

    Imagem: Construo de Braslia

    Fonte: www.noticias.band.uol.com.br

    A poltica econmica de JK foi chamada de desenvolvimentista, pois prometia

    um desenvolvimento econmico to rpido, que cinco anos corresponderiam a

    cinquenta anos de crescimento para o Brasil: 50 anos em 5, essa era a frase usada

    como propaganda de seu governo. Seu plano de governo tambm envolvia o

    desenvolvimento nas reas de educao, energia, transporte e alimentao. Alm

    disso, possibilitou a entrada de capital e empresas estrangeiras ao pas.

  • 10

    Juscelino investiu em obras pblicas (construo de Braslia e estradas) e

    incentivou a instalao de fbricas de automveis. Isto exigiu uma quantidade de

    dinheiro muito maior do que a disponibilidade do governo, que decidiu emitir mais

    moeda local, gerando inflao (aumento generalizado dos preos). O presidente

    tambm recorreu ao capital estrangeiro, aumentando o endividamento externo do

    Brasil. Essa situao de alta inflao e endividamento externo se estendeu durante os

    dois governos civis seguintes (Jnio Quadros e Joo Goulart) e foi um dos componentes

    da crise poltica que culminou com o movimento militar de 1964 e a implantao dos

    governos militares e da ditadura.

    Nas eleies de 1960, Jnio Quadros foi eleito presidente da Repblica e Joo

    Goulart como vice. A crise financeira continuava sem soluo e o novo governo cortou

    gastos pblicos. Alm disso, reatou as relaes diplomtica com pases socialitas. No

    entanto, aps sete meses na presidncia, Jnio renunciou o cargo.

    A renncia de Jnio Quadros criou uma instabilidade poltica no pas. O vice-

    presidente, que deveria assumir o governo, Joo Goulart, era acusado por alguns

    grupos de estar envolvido com questes trabalhistas e de ter proximidade com a causa

    socialista. Houve uma tentativa de impedir a posse do governo, mas aps acordos

    polticos e a limitao do poder do presidente, Joo Goulart assumiu a presidncia do

    Brasil.

    Diversas aes do governo de Joo Goulart levaram ao descontentamento da

    populao, iniciando uma srie de manifestaes e movimentos de contestao que

    incluam diversos setores da sociedade. Esse quadro, possibilitou a articulao de

    militares opositores a Jango que, em 1964, retitou o presidente do poder e assumiram

    o governo. Inicia-se, assim, o perodo da chamada ditadura militar no Brasil.

    Caro aluno, faremos agora as atividades para entendermos um pouco mais

    sobre os assuntos discutidos.

  • 11

    1. Aps a sada de Vargas da presidncia da Repblica, em 1945, encerrando a Era

    Vargas, quem ganhou as eleies, realizadas no mesmo ano, e assumiu o governo do

    Brasil foi Gaspar Dutra. O novo presidente convocou uma assembleia para elaborar a

    nova Constituio do Brasil e optou por reduzir a atuao do Estado nos assuntos

    econmicos. Sendo assim, quais foram as prioridades do governo Dutra?

    O plano econmico priorizava as reas de sude, transporte, alimentao e

    energia, defendendo reduzida interferncia do Estado na economia. Alm disso, o

    governo permitiu a entrada de capitais estrangeiros no pas.

    2. A poltica econmica do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi

    chamada de desenvolvimentista, porque priorizava o desenvolvimento econmico e a

    abertura do pas ao capital estrangeiro. Explique o significado da frase usada como

    propaganda do governo JK: 50 anos em 5.

    Esta frase representava a promessa de um desenvolvimento econmico

    intenso, em que cinco anos de governo de Juscelino Kubitschek corresponderiam a

    cinquenta anos de crescimento para o Brasil.

    Atividade Comentada 1

  • 12

    Caro aluno, nesta aula, estudaremos uma fase da histria brasileira conhecida

    por ditadura militar. Esse perodo teve seu incio em 1964, quando um golpe de Estado

    afastou o presidente Joo Goulart do governo. Os militares tomaram o poder e o

    mantiveram at 1985, quando voltamos a ter um presidente civil.

    Quando Joo Goulart assumiu o governo, a crise financeira, que se arrastava

    desde governos anteriores, aumentava, deixando o pas numa situao crtica. A

    inflao, por exemplo, alcanou altos ndices, fazendo com que os preos das

    mercadorias no Brasil aumentassem consideravelmente, diminuindo a capacidade de

    compra da populao.

    Joo Goulart lanou um plano econmico, que tinha por objetivo promover

    reformas de base em reas como a agrria (medida de redistribuio de terras) e a

    cobrana de impostos. Algumas das medidas contidas no plano econmico feriam os

    interesses de determinados grupos da sociedade, por exemplo, grandes empresrios,

    proprietrios de terras, altos oficiais do Exrcito e outros. Mas as reformas de base

    eram aceitas por outra poro da sociedade como organizaes operrias

    (trabalhadores de empresas e fbricas) e camponesas.

    A demora na implantao das reformas gerou movimentos de protestos

    daqueles que eram a favor do plano econmico. Ao mesmo tempo, os segmentos

    contrrios acusavam o presidente de associao ao comunismo, acusao favorecida

    pelo clima de disputas internacionais caractersticas da Guerra Fria (1945-1991).

    As agitaes sociais geraram as condies polticas para os militares

    organizarem a tomada do poder. No dia 31 de maro de 1964, militares da alta

    oficialidade das Foras Armadas, apoiados por grupos civis, iniciaram o golpe, que

    resultou na deposio do presidente Joo Goulart e na implantao do governo militar

    no Brasil.

    Aula 2: Ditadura militar no Brasil

  • 13

    Imagem: Tanques de guerra nas ruas durante o Golpe de 1964

    Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens

    O Golpe de 1964 foi o incio da ditadura militar brasileira, que se estendeu at

    1985. A ameaa do comunismo foi a justificativa dada pelos militares para iniciar o

    golpe de Estado que implantou o Regime Militar no Brasil. Logo no incio do regime, o

    governo perseguiu grupos da sociedade que poderiam se colocar como opositores ao

    governo, tais como, estudantes, alguns polticos, jornalistas, entre outros.

    No dia 09 de abril de 1964 os militares decretaram o AI-1, que significa Ato

    Institucional nmero 1. Os Atos Institucionais eram decretos estabelecidos pelos

    governantes para legalizar (tornar legal; efeito de lei) as atuaes polticas e sociais do

    Regime Militar. Na verdade, eram mecanismos criados para desorganizar a estrutura

    democrtica, que vinha em curso desde o fim da Era Vargas, por exemplo, direitos

    polticos dos cidados.

    O AI-1 dava ao governo a autoridade de cassar (tornar sem efeito; nulo)

    mandatos, suspender direitos polticos e decretar estado de stio. O estado de stio

    uma medida que pode ser estabelecida pelo governante em casos de graves ameaas

    ao pas, como, por exemplo, declarao de guerra, resposta agresso armada de

    outra nao, entre outros. Esta medida tem a validade de 30 dias, podendo ser

    prorrogada de acordo com a gravidade da situao, e suspende as garantias de direitos

    constitucionais dos cidados.

  • 14

    Aps o primeiro Ato Institucional, diversos outros seguiram. A cada novo

    decreto, a anulao da garantia dos direitos do cidado desarticulava a estrutura

    democrtica brasileira. o caso do AI-5, que foi estabelecido em 13 de dezembro de

    1968. O ano de 1968 foi marcado por diversas manifestaes da populao, como

    protestos estudantis e operrios. Os movimentos sociais eram combatidos com

    violncia e respondidos com mais medidas repressoras.

    Imagem: AI-5.

    Fonte: f5dahistoria.wordpress.com

    Dos Atos Institucionais, o AI-5 foi considerado o mais repressivo. A partir desse

    decreto, o governo suspendia os direitos constitucionais dos cidados e garantia ao

    presidente o controle do pas. nesse momento que a ditadura militar se torna mais

    dura e repressora.

    A perseguio aos opositores, a violncia, a censura, a tortura e at execues

    foram prticas exercidas constantemente pelos militares para impor regras e garantir o

    poder sobre a populao e a manuteno do regime autoritrio.

  • 15

    http://www.gentedeopiniao.com.br/hotsite/conteudo.php?news=91885

    A censura foi um mecanismo de controle muito usado para reprimir a

    divulgao ideias ou de contedos que contestassem a ditadura militar. Diversas

    msicas, programas de televiso e peas de teatros foram censurados e proibidos de

    chegar ao conhecimento do pblico. Muitos artistas, intelectuais, escritores, polticos

    foram censurados, perseguidos ou exilados por serem considerados subversivos. A

    liberdade de expresso nesse perodo sofreu uma ampla restrio e estava submetida

    ao domnio do governo, ou seja, no havia liberdade de expresso.

    Durante a ditadura, os presidentes eram indicados pelo alto comando das

    Foras Armadas e eleitos sem a participao direta da populao. Diversos foram os

    militares pertencentes alta oficialidade que governaram o pas nesse perodo:

    Marechal Castelo Branco (1964-1967); Marechal Arthur da Costa e Silva (1967-1969);

    General Emlio Garrastazu Mdici (1969-1974); General Ernesto Geisel (1974-1979);

    General Joo Baptista Figueiredo (1979-1985).

    Na economia, o governo militar ampliou a abertura do pas ao capital

    estrangeiro e s empresas de outros pases (empresas multinacionais), tornando o

    Brasil cada vez mais dependente da economia internacional. Os anos entre 1970 e

    1973, principalmente, houve um grande crescimento da economia, o chamado Milagre

    Econmico.

    Esta situao manteve-se at 1973 quando ocorreu a primeira crise do Petrleo

    devido guerra entre rabes e israelenses. O Brasil importava grande parte das suas

    necessidades de petrleo e quando os preos do petrleo subiram, o pas ficou perto

    de fazer um racionamento de combustveis. Com isto, o pas precisou se endividar

  • 16

    ainda mais externamente para poder pagar as importaes de petrleo. Esta crise do

    petrleo ajudou a enfraquecer o regime militar.

    Durante o governo do general Ernesto Geisel, os primeiros passos para a

    abertura poltica ocorreram principalmente em funo da crise financeira, que gerou

    grande agitao social, como greves de trabalhadores.

    O relaxamento poltico do regime militar ocorreu com mais intensidade no

    governo do general Figueiredo. Diversos exilados receberam anistia e puderam

    retornar ao Brasil; a reforma partidria permitiu a formao de novos partidos

    polticos; foram autorizadas eleies diretas para governadores dos Estados, incluindo

    novamente a populao a vida politica do pas.

    A participao da sociedade gerou um grande movimento social que exigia o

    retorno das eleies diretas para presidente, eram as Diretas-J! A mobilizao

    ocorreu em vrias partes do pas e conseguiu mobilizar milhares de pessoas. Mas a

    emenda constitucional que incluiria o voto direto da populao para a escolha da

    presidncia da Repblica no foi aprovada pelo Congresso Nacional, apesar da grande

    presso social.

    O cantor Chico Buarque participou ativamente dos comcios que marcaram o

    movimento das Diretas J!. http://www.brasilescola.com/historiab/direta-ja.htm

    As eleies indiretas de 1985 elegeram o civil Tancredo Neves para o cargo de

    presidente no Brasil, finalizando o perodo de vinte e um anos do regime militar

    brasileiro.

  • 17

    Caro aluno, agora que conhecemos o perodo da ditadura militar no Brasil,

    faremos as atividades relacionadas ao tema.

    1. As reformas de base propostas pelo governo de Joo Goulart atingiam interesses de

    alguns segmentos da sociedade brasileira, como os grandes empresrios e proprietrios

    de terras. Mas as medidas no eram rejeitadas por todos os grupos sociais. Cite, com

    base no texto, os exemplos de segmentos sociais que apoiavam as reformas do

    presidente Joo Goulart.

    As reformas de base tinham apoio de organizaes operrias (trabalhadores

    de empresas e fbricas) e camponesas.

    2. Caro aluno, leia o texto e explique como o governo aplicava a censura durante o

    regime militar no Brasil.

    A censura foi um mecanismo de controle muito usado para reprimir a

    divulgao ideias ou de contedos que contestassem a ditadura militar. Diversas

    msicas, programas de televiso, peas de teatros foram censurados e proibidos de

    chegar ao conhecimento do pblico.

    Atividade Comentada 2

  • 18

    Caro aluno, nesta aula, compreenderemos o cenrio poltico e econmico

    brasileiro aps o fim do Regime Militar. Analisaremos as questes do neoliberalismo e

    o impacto da Globalizao nos diversos setores da sociedade brasileira.

    Na dcada de 1980, a populao acompanhou e participou do processo de

    redemocratizao do Brasil, depois de 21 anos de ditadura militar. Durante o regime

    militar, as liberdades e os direitos dos cidados brasileiros foram limitados por meio da

    represso do governo, que no permitia a participao popular nas decises polticas,

    alm de perseguir, torturar ou eliminar seus opositores.

    Um dos movimentos que contou com amplo apoio popular em vrios estados

    brasileiros foram as manifestaes pelas Diretas-J! (1983), que reivindicavam o voto

    direto da populao nas eleies para presidncia da repblica de 1985. As Diretas-J

    no alcanaram suas reivindicaes, porque as eleies daquele ano no foram diretas,

    mas reafirmou o direito e a liberdade da populao de demonstrar publicamente seus

    descontentamentos com a conduo da poltica do pas, atravs de grandes

    movimentos que contavam com uma considervel participao popular.

    O candidato eleito, em 1985, presidncia da Repblica, Tancredo Neves,

    faleceu antes de tomar posse. Quem assumiu o cargo foi o vice-presidente Jos

    Sarney. No processo de reorganizao da ordem democrtica, o governo convocou

    uma Assembleia Constituinte para elaborar uma Constituio. Em 1988 passou a

    vigorar a nova Constituio do Brasil, que apesar de diversas emendas, permanece at

    os dias atuais.

    Constituio de 1988 http://www.linguagrandecultural.com/2013/01/24-de-janeiro-dia-da-constituicao.html

    Aula 3: No caminho da redemocratizao

  • 19

    Entre diversas atribuies, a Constituio de 1988 concede: garantias de

    direitos polticos e sociais aos cidados; direito de voto aos analfabetos; extenso dos

    diretos trabalhistas aos funcionrios domsticos; direito de greve; reduo das horas

    de trabalho de 48 para 44 horas semanais; garantia de liberdade de associao dos

    trabalhadores (liberdade sindical); dcimo terceiro salrio para os aposentados; seguro

    desemprego; frias remuneradas com acrscimo de 1/3 do salrio; o racismo como

    crime inafianvel (sem direito a pagar fiana); fim da censura aos meios de

    comunicao, como rdio, televiso, revistas, jornais, cinema; entre outros princpios.

    No cenrio internacional, a partir da dcada de 1980, inicia-se o processo de

    redefinio da ordem mundial, que influenciar os rumos da poltica e da economia

    internacional no final do sculo XX e incio do XXI. nesse perodo que vemos o incio

    da expanso de polticas econmicas neoliberais, que defendiam menor participao

    do Estado na economia, propiciando o desenvolvimento econmico a partir das leis do

    mercado. Pases, que eram chamados de desenvolvidos, como Estados Unidos e

    Inglaterra, foram grandes incentivadores do neoliberalismo. Faziam parte do processo

    neoliberal a privatizao de empresas estatais (administradas pelo Estado) e a reduo

    da interferncia do Estado na economia.

    A globalizao pode ser entendida como um processo de integrao

    econmica, social e cultural entre os pases do globo. O objetivo seria derrubar as

    barreiras econmicas e culturais, formando uma sociedade mundial globalizada e

    diminuindo as distncias entre os povos.

    Todavia, as redes de conexes, desenvolvidas por novas tecnologias, realmente

    propiciaram maior comunicao entre os povos do globo, possibilitando o

    compartilhamento de ideias e caractersticas sociais, culturais, econmicas e polticas.

    Mas o pensamento de criar um mundo com sociedades mais semelhantes, socialmente

    integradas, diminuindo as desigualdades econmicas e sociais entre os pases, no

    ocorreu. Na verdade, estimulou o agravamento de problemas sociais em pases

    dependentes dos mercados e das polticas internacionais.

    O investimento e desenvolvimento de redes de comunicao mundialmente

    integradas, principalmente a internet, possibilitou a interligao entre pessoas de

    vrios lugares do mundo. Mas isso no significa que as diferenas entre as populaes

  • 20

    do globo diminuram, o distanciamento entre ricos e pobres, por exemplo, est cada

    vez mais acentuado.

    Ideia de um mundo globalizado, onde determinados produtos so identificados

    e compartilhados por diversas sociedades do globo, por exemplo, msicas, alimentao (McDonalds) e a Coca-cola.

    Fonte: www.brasilescola.com

    O fim da Unio Sovitica e da Guerra Fria, no incio dos anos 1990, consolidou a

    hegemonia do capitalismo internacional. A formao de blocos econmicos tambm

    teve incio nesse perodo, essa estrutura se mantm at os dias atuais. No sculo XXI,

    temos os pases europeus formando a Unio Europeia (EU), liderados principalmente

    pela Alemanha, Inglaterra e Frana; conduzido pelos Estados Unidos, formou-se o

    Tratado de Livre Comrcio do Atlntico Norte (Nafta); e os pases do Pacfico so

    liderados pelo Japo. Na Amrica Latina, tambm temos a unio de pases organizados

    no Mercado Comum do Sul (Mercosul), sob grande influncia do Brasil.

    No Brasil, a introduo de polticas neoliberais aconteceu no governo de

    Fernando Collor de Mello (1990-1992), quando o presidente iniciou a privatizao de

    empresas estatais, ou seja, a transferncia de empresas administradas pelo Estado

    para a iniciativa privada. Collor tambm abriu o mercado brasileiro aos produtos

    estrangeiros, diminuindo os impostos das mercadorias importadas.

    Durante a presidncia de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) medidas

    neoliberais foram intensificadas no Brasil.

  • 21

    http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/plano-de-aula-sociologia-

    neoliberalismo-brasil-735950.shtml

    A poltica econmica implantada nesse perodo buscava atrair capital e

    investimentos estrangeiros para o Brasil. Alm disso, diminuir os gastos do Estado, por

    isso, o governo manteve o processo de privatizao das empresas estatais. Fernando

    Henrique conservou o plano econmico implantado no governo anterior, de Itamar

    Franco, o Plano Real. As prioridades polticas e econmicas do governo Fernando

    Henrique era estabilizao da moeda nacional (o Real) e a diminuio dos gastos

    pblicos.

    Com relao ao controle da inflao, o Plano Real teve um sucesso bastante

    razovel, que se fundamentava na disponibilidade de reservas pblicas em dlar no

    Banco Central do Brasil, na alta taxa de juros, controle dos gastos pblicos pelos

    governos e na utilizao das metas de inflao pelo Banco Central. A reduo da

    inflao ajudou a melhorar a estabilidade poltica do Brasil. No entanto, o Brasil

    continua fortemente dependente dos investimentos estrangeiros para atender as

    necessidades do pas, esta situao exigia que o Banco Central mantivesse enormes

    reservas em dlar para evitar que o pas ficasse vulnervel, como no passado, s crises

    externas.

    O governo de Lus Incio Lula da Silva (2003-2010) restringiu o processo de

    desestatizao e criou vrios programas de transferncia de renda para a populao

    mais pobre, Bolsa Famlia, por exemplo. Outra ao de oposio s ideias neoliberais

    foi o uso de preos administrados, como os combustveis, e a reduo de impostos de

    alguns produtos industriais para diminuir a inflao, mesmo custa da reduo do

    recolhimento dos impostos ou ao prejuzo causado na Petrobras.

  • 22

    O atual governo, embora esteja empenhado em leiloar alguns setores

    iniciativa privada (portos e aeroportos), tambm voltou a criar uma empresa estatal

    para administrar o petrleo (Pr Sal). Desta forma, houve uma ruptura com as aes

    econmicas neoliberais mais radicais, ocorridas nos governos Collor e Fernando

    Henrique Cardoso, mas manteve alguns de seus pontos, tais como leiles de

    concesses de servios pblicos, manuteno de controles de gastos e da dvida

    pblica, principalmente a dvida externa.

    A grande questo com relao s polticas neoliberais foi que sua aplicao

    provocou o aumento das desigualdades sociais e econmicas em vrios pases. Isso se

    deve, entre outras situaes, ao aumento do desemprego; maior distanciamento entre

    ricos e pobres, por causa do aumento da concentrao de renda; excluso social,

    principalmente, porque nem todos os povos tem acesso aos benefcios econmicos e

    sociais gerados pelo desenvolvimento industrial e tecnolgico; degradao do meio

    ambiente, em funo da grande demanda industrial e de novas tecnologias.

    Caro aluno, a anlise das questes polticas, econmicas e sociais do mundo

    contemporneo nos possibilitar o desenvolvimento das atividades a seguir.

  • 23

    1. Caro aluno, aps a leitura do texto, explique como ficou o cenrio poltico e

    econmico mundial, a partir da dcada de 1980.

    A partir da dcada de 1980, inicia-se o processo de redefinio da ordem

    mundial, com o incio da expanso de polticas econmicas neoliberais, que

    defendiam menor participao do Estado na economia e a reduo de gastos

    pblicos.

    2. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, as polticas neoliberais

    ganharam mais vulto no Brasil. Dessa forma, explique quais eram as prioridades da

    poltica econmica de Fernando Henrique.

    As prioridades polticas e econmicas do governo Fernando Henrique eram

    estabilizar a moeda nacional e reduzir gastos pblicos. Alm disso, ampliou-se o

    processo de privatizao de empresas estatais.

    Atividade Comentada 3

  • 24

    Questo 1

    CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

    Texto promulgado em 05 de outubro de 1988

    Ttulo II

    Dos Direitos e Garantias Fundamentais

    Captulo IV

    Dos Direitos Polticos

    Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e

    secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

    I - plebiscito;

    II - referendo;

    III - iniciativa popular.

    1 O alistamento eleitoral e o voto so:

    I - obrigatrios para os maiores de dezoito anos;

    II - facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    Fonte: www.senado.gov.br/legislacao

    Leia o trecho da Constituio de 1988 e responda em quais casos o voto pode ser

    facultativo, ou seja, no obrigatrio.

    A Constituio brasileira de 1988 estabelece o voto facultativo para os

    analfabetos, os maiores de setenta anos e os maiores de 16 anos e menores de

    dezoito anos.

    Avaliao

  • 25

    Questo 2

    Durante o regime militar brasileiro, como eram tratados os opositores do

    governo?

    A perseguio aos opositores, a violncia, a censura, a tortura e at execues

    foram prticas exercidas constantemente pelos militares para impor regras e garantir

    o poder sobre a populao e a manuteno do regime autoritrio.

    Questo 3

    O fim da Era Vargas, em 1945, possibilitou a abertura poltica no Brasil e o

    surgimento de novas propostas de governo. Explique as duas tendncias polticas que

    se destacaram nesse perodo.

    Uma tendncia era o projeto nacionalista que defendia a pouca influncia do

    capital estrageiro e um Estado forte e atuante na economia; e a outra propunha a

    abertura do pas aos produtos e ao capital de outros pases, estabelecendo relaes

    com os pases do bloco capitalista.

    Questo 4

    A crise poltica e econmica que ocorreu no governo de Joo Goulart gerou uma srie de manifestaes, protestos e crticas de grupos sociais que possuam

    diferentes interesses, levando ao fim a tentativa de democratizao da sociedade

    brasileira. O que aconteceu com o governo brasileiro, em 1964, em funo dessa

    instabilidade poltica?

    As agitaes sociais geraram as condies polticas para o golpe militar de

    1964 e a implantao do governo militar no Brasil.

    Questo 5

    Explique o que Globalizao.

    A Globalizao pode ser entendida como um processo de integrao

    econmica, social e cultural entre os pases do globo, cujo objetivo seria derrubar as

    barreiras econmicas e culturais, formando uma sociedade mundial globalizada.

  • 26

    Caro aluno, agora que j estudamos os assuntos relativos ao 4 bimestre e

    conhecemos um pouco mais sobre as questes politicas, econmicas e sociais do

    mundo contemporneo e analisamos os regimes de governos democrticos e no

    democrticos no Brasil, aprofundaremos nosso conhecimento pesquisando sobre

    Democracia.

    A Democracia um tipo de governo em que h participao do povo nas

    decises polticas do pas. Normalmente a participao popular feita atravs do

    voto, que pode ser de forma direta, escolhendo diretamente as opes polticas e

    sociais propostas, que pode ser um candidato a um cargo pblico ou a deciso sobre

    uma situao de impacto na sociedade, por exemplo, se deve ou no aprovar a pena

    de morte em um determinado pas. A atuao do povo pode tambm ser feita de

    forma indireta escolhendo representantes que tomaro a deciso em nome daqueles

    que o elegeram. Outra caracterstica dos governos democrticos so as garantias de

    liberdades e direitos dos cidados.

    Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Democracia

    Pesquisa

  • 27

    [1] CARDOSO, Oldimar. Tudo Histria: Histria Contempornea e Histria do Brasil

    (sculos XIX e XX). So Paulo: tica 2009.

    [2] FAUSTO, Bris. Histria do Brasil. So Paulo: Edusp, 2004. 12.ed.

    [3] VICENTINO, Cludio. Viver a Histria: Ensino Fundamental. So Paulo: Scipione,

    2002. Volume 4.

    Referncias

  • 28

    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger Leda

    Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

    Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Daniel de Oliveira Gomes Danielle Cristina Barreto

    Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira Renata Figueiredo Moraes Sabrina Machado Campos

    Equipe de Elaborao