apostila hist%d3ria da arte biblioteca 2005[1]

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  • 8/4/2019 Apostila Hist%d3ria Da Arte Biblioteca 2005[1]

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    HISTRIADA ARTEEscola de Referencia em Ensino Mdio

    Silva Jardim

    2010PROFESSORA

    Conceio Maria Marinho

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    INDICE

    INTRODUO

    1- PR HISTRIA

    1.1 PALEOLTICO INFERIOR1.2 PALEOLTICO SUPERIOR1.3 NEOLTICO1.4 IDADE DOS METAIS

    2- ARTE ANTIGA

    2.01 EGPCIA2.02 GREGA2.03 ROMANA2.04 PALEOCRIST2.05 BIZANTINA2.06 ISLMICA

    3- IDADE MDIA

    3.01 ROMNICA3.02 GTICA

    4- IDADE MODERNA

    4.01 RENASCIMENTO4.02 MANEIRISMO4.03 BARROCO4.04 ROCOC

    5- CONTEMPORNEA

    5.01 NEOCLSSICO5.02 ROMANTICA5.03 REALISTA5.04 IMPRESSIONISMO5.05 EXPRESSIONISMO5.06 CUBISMO5.07 ABSTRACIONISMO5.08 FAUVISMO5.09 CONSTRUTIVISMO5.10 SURREALISMO5.11 DADASMO5.12 OP ART5.13 POP ART

    5.14 INSTALAO5.15 INTERFERNCIA5.16 COBRA5.17 FUTURISMO5.18 ART NAIF5.19 PINTURA METAFSICA

    6- ARTE BRASILEIRA

    6.01 PR HISTPORIA6.02 ARTE INDGENA6.03 COLONIAL6.04 HOLANDESA6.05 BARROCO6.06 MISSO FRANCESA6.07 ARTE ACADMICA6.08 MODERNISMO BRASILEIRO6.09 EXPRESSIONISMO6.10 ARTE NAIF

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    INTRODUO

    O que arte?Criao humana com valores estticos (beleza, equilbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suasemoes, sua histria, seus sentimentos e a sua cultura. um conjunto de procedimentos utilizados

    para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Apresenta-se sob variadas formascomo: a plstica, a msica, a escultura, o cinema, o teatro, a dana, a arquitetura etc. Pode ser vista oupercebida pelo homem de trs maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais). Hoje, algunstipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da tcnica paracomunicar-se.

    Quem faz arte?O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades prticas, como as ferramentas para cavara terra e os utenslios de cozinha. Outros objetos so criados por serem interessantes ou possurem umcarter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, paradivulgar as suas crenas (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, paraexplorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.

    Por que o mundo necessita de arte?Porque fazemos arte e para que a usamos aquilo que chamamos de funo da arte que pode ser:

    feita para decorar o mundo para espelhar o nosso mundo (naturalista) para ajudar no dia-a-dia (utilitria) para explicar e descrever a histria para ser usada na cura de doenas

    para ajudar a explorar o mundo.

    Como entendemos a arte?O que vemos quando admiramos uma arte depende:

    da nossa experincia e conhecimentos da nossa disposio no momento da imaginao e

    daquilo que o artista pretendeu mostrar.

    PROCESSO DE DILOGO COM O TRABALHO DO ARTISTA

    O ARTISTAPode ter uma mensagem e

    toma decises

    OTRABALHO(obra de arte)

    VOC, O APRECIADORExige esforo, dedicao e dilogo com o

    trabalho, ento pergunte-se:Qual o tema?

    Quais so os materiais utilizados?A obra tem ttulo?

    Quando e onde foi feita?Qual o seu tamanho?

    Quais so as suas cores?Como so as suas formas?

    Voc gosta?Como ela faz se sentir?

    J viu algo parecido?O que estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?Estilo como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decises. Cada artista possui umestilo nico. Imagine se todas as peas de arte feitas at hoje fossem expostas numa sala gigantesca.Nunca conseguiramos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram asmudanas na forma de se fazer arte, no caso os crticos e historiadores, costumam classific-las por

    categorias e rotul-las. um procedimento comum na arte ocidental. Ex.: Renascimento,Impressionismo Cubismo, Surrealismo, etc.

    Como conseguimos ver as transformaes do mundo atravs da arte?

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    Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde e como. Desta maneira estaremos dialogandocom a obra de arte, e assim podemos entender as mudanas que o mundo teve.

    Como as idias se espalham pelo mundo?Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar s pessoas idias de outrasculturas. Os pregressos na tecnologia tambm difundiram tcnicas e teorias. Elas se espalham atravs

    da: arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizaes. Pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas

    internacionais de arte j tinham fotos pelo rdio e televiso, o rdio foi inventado em 1895 e a televiso em 1926, permitindo que as

    idias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem serobservados, as teorias debatidas e as tcnicas compartilhadas

    pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e artepodiam ser impressos e distribudos em grande quantidade

    pela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposio e podemos pesquis-las, bemcomo saber sobre outros estilos.

    Os historiadores de arte, crticos e estudiosos classificam os perodos, estilos ou movimentosartsticos separadamente, para facilitar o entendimento das produes artsticas.

    No h coincidncia com a linha do tempo histrica, pois

    a partir de 1848 consideramos o incio da Arte Moderna e

    o movimento Pop Art o incio da Arte Ps-Moderna.Porm, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histrica, por considerarmos ser maisdidtica.

    1- PRE HISTORIA

    Um dos perodos mais fascinantes da histria humana a Pr-Histria. Esse perodo no foi registradopor nenhum documento escrito, pois exatamente a poca anterior escrita. Tudo o que sabemos doshomens que viveram nesse tempo o resultado da pesquisa de antroplogos, historiadores e dosestudos da moderna cincia arqueolgica, que reconstituram a cultura do homem.

    Diviso da Pr-Histria:

    1.1- PALEOLTICO INFERIOR aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C. primeiros homindios

    caa e coleta controle do fogo e instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.

    a principal caracterstica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada o naturalismo. O artista pintava osseres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo anatureza tal qual sua vista captava. Atualmente, a explicao mais aceita que essa arte era realizadapor caadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir nacaptura de animais, ou seja, o pintor-caador do Paleoltico supunha ter poder sobre o animal desde quepossusse a sua imagem. Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasseferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto , feitas em rochedos eparedes de cavernas. O homem deste perodo era nmade.

    1.2- PALEOLTICO SUPERIOR instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lanador de

    dardos, anzol e linha; e desenvolvimento da pintura e da escultura

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    Os artistas do Paleoltico Superior realizaram tambm trabalhos em escultura. Mas, tanto na pinturaquanto na escultura, nota-se a ausncia de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com acabea surgindo como prolongamento do pescoo, seios volumosos, ventre saltado e grandes ndegas.Destaca-se: Vnus de Willendorf.

    1.3- NEOLTICO instrumentos de pedra polida, enxada e tear; incio do cultivo dos campos; artesanato: cermica e tecidos; construo de pedra; e primeiros arquitetos do mundo.

    A fixao do homem da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela manuteno demanadas, ocasionou um aumento rpido da populao e o desenvolvimento das primeiras instituies,como famlia e a diviso do trabalho. Assim, o homem do Neoltico desenvolveu a tcnica de tecerpanos, de fabricar cermicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetosdo mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo atravs do atrito e deu incio ao trabalho com metais.Todas essas conquistas tcnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um

    campons, no precisava mais ter os sentidos apurados do caador do Paleoltico, e o seu poder deobservao foi substitudo pela abstrao e racionalizao. Como conseqncia surge um estilosimplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Osprprios temas da arte mudaram: comearam as representaes da vida coletiva.Alm de desenhos e pinturas, o artista do Neoltico produziu uma cermica que revela sua preocupaocom a beleza e no apenas com a utilidade do objeto, tambm esculturas de metal.Desse perodo temos as construes denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedrasgrandes fincadas verticalmente no cho, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocadahorizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megaltico que consistenum nico bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical.O Santurio de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras daarquitetura que a Histria registra. Ele apresenta um enorme crculo de pedras erguidas a intervalosregulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois crculos interiores. No centro do ltimoest um bloco semelhante a um altar. O conjunto est orientado para o ponto do horizonte onde nasce oSol no dia do solstcio de vero, indcio de que se destinava s prticas rituais de um culto solar.Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a unio de nenhuma argamassa.

    1.4- IDADE DOS METAIS aparecimento de metalurgia; aparecimento das cidades; inveno da roda; inveno da escrita; e arado de bois.

    As Cavernas

    Antes de pintar as paredes da caverna, o homem fazia ornamentos corporais, como colares e, depois,magnficas estatuetas, como as famosas Vnus.

    Existem vrias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas so:Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos h 14.000 anos, foram osprimeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porm, s foi reconhecida em 1902.Caverna de LASCAUX, Frana, suas pinturas so achadas em 1942, tm 17.000 anos. A cor preta, porexemplo, contm carvo modo e dixido de mangans.Caverna de CHAUVET, Frana, h ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontespeludos e animais diversos, descoberta em 1994.Gruta de RODSIA, frica, com mais de 40.000 anos.

    IMAGENS

    Animais | Cavalos e Mamutes | Rinocerontes | Stonehenge | Ilha de Pscoa | Dolmen de Gerona | Serrada Capivara | nfora Neoltica | Escultura Neoltica | Menires de Carnac | Macio de Kimberley | Gruta deLascaux | Vnus de Willendrof| A Dama e o Corne | Biso | Caadores com Chapu | Cenas de Caa |

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    Cora Ferida | Animais 2 | Mulher com criana | Mulher com carneiro | O Pensador | Stonehenge 2 |Vnus de Lespug | Vnus de Savignano | Vnus de Willendorf (costas)

    2- ARTE ANTIGA

    2.1 EGPCIA

    Uma das principais civilizaes da Antigidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilizao jbastante complexa em sua organizao social e riqussima em suas realizaes culturais.A religio invadiu toda a vida egpcia, interpretando o universo, justificando sua organizao social epoltica, determinando o papel de cada classe social e, conseqentemente, orientando toda a produoartstica desse povo.

    Alm de crer em deuses, que poderiam interferir na histria humana, os egpcios acreditavam tambmnuma vida aps a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.O fundamento ideolgico da arte egpcia a glorificao dos deuses e do rei defunto divinizado, para o

    qual se erguiam templos funerrios e tmulos grandiosos.

    2.1.1- ARQUITETURAAs pirmides do deserto de Giz so as obras arquitetnicas mais famosas e, foram construdas porimportantes reis do Antigo Imprio: Quops, Qufren e Miquerinos. Junto a essas trs pirmides est aesfinge mais conhecida do Egito, que representa o fara Qufren, mas a ao erosiva do vento e dasareias do deserto deram-lhe, ao longo dos sculos, um aspecto enigmtico e misterioso.

    As caractersticas gerais da arquitetura egpcia so: solidez e durabilidade; sentimento de eternidade; e aspecto misterioso e impenetrvel.

    As pirmides tinham base quadrangular, eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladase mediam dez metros de largura, alm de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente dapirmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a mmia. Ointerior era um verdadeiro labirinto que ia dar na cmara funerria, local onde estava a mmia do fara eseus pertences.

    Os templos mais significativos so: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.Os monumentosmais expressivos da arte egpcia so os tmulos, divididos em trs categorias:

    Pirmide - tmulo real, destinado ao fara;Mastaba - tmulo para a nobreza; eHipogeu - tmulo destinado gente do povo.

    Os tipos de colunas dos templos egpcios so divididas conforme seu capitel:

    Palmiforme - flores de palmeira;Papiriforme - flores de papiro; eLotiforme - flor de ltus.

    Para seu conhecimentoEsfinge: representa corpo de leo (fora) e cabea humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda deentrada do templo para afastar os maus espritos.

    Obelisco: eram colocados frente dos templos para materializar a luz solar.

    2.1.2-ESCULTURA

    Os escultores egpcios representavam os faras e os deuses em posio serena, quase sempre defrente, sem demonstrar nenhuma emoo. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma iluso deimortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqentemente as propores do corpo humano,dando s figuras representadas uma impresso de fora e de majestade.

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    Os Usciabtis eram figuras funerrias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas asubstituir o fara morto nos trabalhos mais ingratos no alm, muitas vezes coberto de inscries.Os baixos-relevos egpcios, que eram quase sempre pintados, foram tambm expresso da qualidadesuperior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todoespecial s construes. Os prprios hierglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.

    2.1.3-PINTURAA decorao colorida era um poderoso elemento de complementao das atitudes religiosas.

    Suas caractersticas gerais so: ausncia de trs dimenses; ignorncia da profundidade; colorido tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicao do relevo; e Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de

    frente, enquanto sua cabea, suas pernas e seus ps eram vistos de perfil.

    Quanto hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importncia noreino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As

    figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.

    Os egpcios escreviam usando desenhos, no utilizavam letras como ns. Desenvolveram trs formas deescrita:

    Hierglifos - considerados a escrita sagrada;Hiertica - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; eDemtica - a escrita popular.

    Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerrios que era posto no sarcfago do faramorto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficcia. Formado detramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.

    Para seu conhecimentoHierglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o seu significado em 1822, ela se deu naPedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo.Mumificao:

    a) eram retirados o crebro, os intestinos e outros rgos vitais, e colocados num vaso de pedrachamado Canopo.

    b) nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromticas e perfumes.c) as incises eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potssio.d) Aps 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodo, embebida em betume,

    que servia como impermeabilizao.IMAGENSColunas Palmiforme e Lotiforme | Colunas Papiriformes | Livro dos Mortos | Sarcfago | Baixo relevo |Barco | Colunas | Rei e Rainha | Mastaba | Templo Nubia | Escriba | Pirmide

    2.2 GREGA

    Enquanto a arte egpcia uma arte ligada ao esprito, a arte grega liga-se inteligncia, pois os seusreis no eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A artegrega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida etenta, atravs da arte, exprimir suas manifestaes. Na sua constante busca da perfeio, o artista gregocria uma arte de elaborao intelectual em que predomina o ritmo, o equilbrio, a harmonia ideal. Ele temcomo caractersticas:

    o racionalismo; amor pela beleza;

    interesse pelo homem, essa pequena criatura que a medida de todas as coisas; e a democracia.

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    2.2.1- ARQUITETURAAs edificaes que despertaram maior interesse so os templos. A caracterstica mais evidente dostemplos gregos a simetria entre o prtico de entrada e o dos fundos. O templo era construdo sobreuma base de trs degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilbata e sobre ele eram erguidas ascolunas. As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por trs partes: a arquitrave, ofriso e a cornija. As colunas e entablamento eram construdos segundo os modelos da ordem drica,

    jnica e corntia.

    Ordem Drica - era simples e macia. O fuste da coluna era monoltico e grosso. O capitel erauma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento.Sendo a mais antiga das ordens arquitetnicas gregas, a ordem drica, por sua simplicidade eseveridade, empresta uma idia de solidez e imponncia

    Ordem Jnica - representava a graa e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado eno se firmava diretamente sobre o estilbata, mas sobre uma base decorada. O capitel eraformado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem drica traduz a forma do homem e aordem jnica traduz a forma da mulher.

    Ordem Corntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simtricas, muitousado no lugar do capitel jnico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e

    ostentao.Os principais monumentos da arquitetura grega:

    Templos, dos quais o mais importante o Partenon de Atenas. Na Acrpole, tambm, seencontram as Caritides, que homenageavam as mulheres de Cria.

    Teatros, que eram construdos em lugares abertos (encosta) e que compunham de trs partes:o a skene ou cena, para os atores;o a konistra ou orquestra, para o coro;o o koilon ou arquibancada, para os espectadores.

    Um exemplo tpico o Teatro de Epidauro, construdo, no sc. IV a.C., ao ar livre, composto por55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinao perfeita.Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acstica

    perfeita. Ginsios, edifcios destinados cultura fsica.

    Praa - gora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos, entre eles;filosofia.

    2.2.2- PINTURAA pintura grega encontra-se na arte cermica. Os vasos gregos so tambm conhecidos no s peloequilbrio de sua forma, mas tambm pela harmonia entre o desenho, as cores e o espao utilizado paraa ornamentao. Alm de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entreoutras coisas, gua, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma correspondia funo para queeram destinados:

    nfora - vasilha em forma de corao, com o gargalo largo ornado com duas asas;

    Hidra - (derivado de ydor, gua) tinha trs asas, uma vertical para segurar enquanto corria agua e duas para levantar;

    Cratera - tinha a boca muito larga, com o corpo em forma de um sino invertido, servia paramisturar gua com o vinho (os gregos nunca bebiam vinho puro), etc.

    As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades dirias e cenas da mitologia grega. Omaior pintor de figuras negras foi Exquias.

    A pintura grega se divide em trs grupos: figuras negras sobre o fundo vermelho figuras vermelhas sobre o fundo negro figuras vermelhas sobre o fundo branco

    2.2.3- ESCULTURA

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    A estaturia grega representa os mais altos padres j atingidos pelo homem. Na escultura, oantropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insupervel. As esttuas adquiriram, alm doequilbrio e perfeio das formas, o movimento.

    No Perodo Arcaico os gregos comearam a esculpir, em mrmores, grandes figuras de homens.Primeiramente aparecem esculturas simtricas, em rigorosa posio frontal, com o peso do corpo

    igualmente distribudo sobre as duas pernas. Esse tipo de esttua chamado Kouros (palavra grega:homem jovem).

    No Perodo Clssico passou-se a procurar movimento nas esttuas, para isto, se comeou a usar obronze que era mais resistente do que o mrmore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge onu feminino, pois no perodo arcaico, as figuras de mulheres eram esculpidas sempre vestidas.

    Perodo Helenstico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos no eramrepresentados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas tambm segundo as emoes e oestado de esprito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do perodohelenstico foi a representao no de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem asugesto de mobilidade e fossem bonitos de todos os ngulos que pudessem ser observados.Os principais mestres da escultura clssica grega so:

    Praxteles, celebrado pela graa das suas esculturas, pela lnguida pose em S (Hermes comDionsio menino), foi o primeiro artista que esculpiu o nu feminino.

    Policleto, autor de Dorforo - condutor da lana, criou padres de beleza e equilbrio atravs dotamanho das esttuas que deveriam ter sete vezes e meia o tamanho da cabea.

    Fdias, talvez o mais famoso de todos, autor de Zeus Olmpico, sua obra-prima, e Atenia.Realizou toda a decorao em baixos-relevos do templo Partenon: as esculturas dos frontes,mtopas e frisos.

    Lisipo, representava os homens tal como se vem e no como so (verdadeiros retratos). FoiLisipo que introduziu a proporo ideal do corpo humano com a medida de oito vezes a cabeas.

    Miron, autor do Discbolo - homem arremessando o disco.

    Para seu conhecimento:Mitologia:

    Zeus: senhor dos cus; Atenia: deusa da guerra; Afrodite: deusa do amor; Apolo: deus das artes e da beleza; Posseidon: deus das guas; entre outros.

    Olimpadas: Realizavam-se em Olmpia, cada 4 anos, em honra a Zeus. Os primeiros jogos comearamem 776 a.C. As festas olmpicas serviam de base para marcar o tempo.Teatro: Foi criada a comdia e a tragdia. Entre as mais famosas: dipo Rei de Sfocles.Msica: Significa a arte das musas, entre os gregos a lira era o instrumento nacional.

    IMAGENS

    Cermica | Lisipo | Praxiteles | Partenon | Teseion | Coluna Drica | Coluna Jnica | Coluna Corntia

    2.3 ROMANA

    A arte romana sofreu duas fortes influncias: a da arte etrusca popular e voltada para a expresso da realidade vivida, e a da greco-helenstica, orientada para a expresso de um ideal de beleza. Um dos legados

    culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e daabbada nas construes.

    2.3.1-ARQUITETURAAs caractersticas gerais da arquitetura romana so: busca do til imediato, senso de realismo; grandeza material, realando a idia de fora; energia e sentimento;

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    predomnio do carter sobre a beleza; originais: urbanismo, vias de comunicao, anfiteatro, termas.

    As construo eram de cinco espcies, de acordo com as funes:

    1) Religio: Templos

    Pouco se conhece deles. Os mais conhecidos so o templo de Jpiter Stater, o de Saturno, o daConcrdia e o de Csar. O Panteo, construdo em Roma durante o reinado do Imperador Adriano foiplanejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Imprio, esse templo romano,com sua planta circular fechada por uma cpula, cria um local isolado do exterior onde o povo se reuniapara o culto.

    2) Comrcio e civismo: BaslicaA princpio destinada a operaes comerciais e a atos judicirios, a baslica servia para reunies dabolsa, para tribunal e leitura de editos. Mais tarde, j com o Cristianismo, passou a designar uma igrejacom certos privilgios. A baslica apresenta uma caracterstica inconfundvel: a planta retangular, (dequatro a cinco mil metros) dividida em vrias colunatas. Para citar uma, a baslica Julia, iniciada nogoverno de Jlio Csar, foi concluda no Imprio de Otvio Augusto.

    3) Higiene: TermasConstitudas de ginsio, piscina, prticos e jardins, as termas eram o centro social de Roma. As maisfamosas so as termas de Caracala que, alm de casas de banho, eram centro de reunies sociais eesportes.

    4) Divertimentos:

    Circo: extremamente afeito aos divertimentos, foi de Roma que se originou o circo. Dos jogospraticados temos:

    jogos circenses - corridas de carros; ginsios - includos neles o pugilato; jogos de Tria - aquele em que havia torneios a cavalo; jogos de escravos - executados por cavaleiros conduzidos por escravos;

    Sob a influncia grega, os verdadeiros jogos circenses romanos s surgiram pelo ano 264 a.C.Dos circos romanos, o mais clebre o "Circus Maximus".

    Teatro: imitado do teatro grego. O principal teatro o de Marcelus. Tinha cenrios versteis,giratrios e retirveis.

    Anfiteatro: o povo romano apreciava muito as lutas dos gladiadores. Essas lutas compunhamum espetculo que podia ser apreciado de qualquer ngulo. Pois a palavra anfiteatro significateatro de um e de outro lado. Assim era o Coliseu, certamente o mais belo dos anfiteatrosromanos. Externamente o edifcio era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro dosarcos, e por trs andares com as ordens de colunas gregas (de baixo para cima: ordem drica,ordem jnica e ordem corntia). Essas colunas, na verdade eram meias colunas, pois ficavampresas estrutura das arcadas. Portanto, no tinham a funo de sustentar a construo, masapenas de ornament-la. Esse anfiteatro de enormes propores chegava a acomodar 40.000pessoas sentadas e mais de 5.000 em p.

    5) Monumentos decorativos

    Arco de Triunfo: prtico monumental feito em homenagem aos imperadores e generaisvitoriosos. O mais famoso deles o arco de Tito, todo em mrmore, construdo no ForumRomano para comemorar a tomada de Jerusalm.

    Coluna Triunfal: a mais famosa a coluna de Trajano, com seu caracterstico friso emespiral que possui a narrativa histrica dos feitos do Imperador em baixos-relevos no fuste.Foi erguida por ordem do Senado para comemorar a vitria de Trajano sobre os dcios e ospartos.

    6) Moradia:Casa : Era construda ao redor de um ptio chamada Atrio.

    2.3.2 PINTURAO Mosaico foi muito utilizado na decorao dos muros e pisos da arquitetura em geral.A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provm das cidades de Pompia e Herculano,

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    que foram soterradas pela erupo do Vesvio em 79 a.C. Os estudiosos da pintura existente emPompia classificam a decorao das paredes internas dos edifcios em quatro estilos.

    Primeiro estilo: recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que davaimpresso de placas de mrmore.

    Segundo estilo: Os artistas comearam ento a pintar painis que criavam a iluso de janelasabertas por onde eram vistas paisagens com animais, aves e pessoas, formando um grandemural.

    Terceiro estilo: representaes fiis da realidade e valorizou a delicadeza dos pequenosdetalhes.

    Quarto estilo: um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cpia deobra grega, imitando um cenrio teatral.

    2.3.3 ESCULTURAOs romanos eram grandes admiradores da arte grega, mas por temperamento, eram muito diferentesdos gregos. Por serem realistas e prticos, suas esculturas so uma representao fiel das pessoas eno a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. Retratavam os imperadores e os homensda sociedade. Mais realista que idealista, a estaturia romana teve seu maior xito nos retratos.

    Com a invaso dos brbaros as preocupaes com as artes diminuram e poucos monumentos foramrealizados pelo Estado. Era o comeo da decadncia do Imprio Romano que, no sc. V - precisamenteno ano de 476 - perde o domnio do seu vasto territrio do Ocidente para os invasores germnicos.IMAGENSBaixo relevo | Pintura romana | Jogo de bola | Aqueduto | Mosaico | Anfiteatro | Arco do Triunfo

    2.4 PALEOCRIST

    Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu estilo por toda a Europa eparte da sia, os cristos (aqueles que seguiam os ensinamentos de Jesus Cristo) comearam a criar

    uma arte simples e simblica executada por pessoas que no eram grandes artistas.Surge a arte cristprimitiva. Os romanos testemunharam o nascimento de Jesus Cristo, o qual marcou uma nova era e umanova filosofia.Com o surgimento de um "novo reino" espiritual, o poder romano viu-se extremamenteabalado e teve incio um perodo de perseguio no s a Jesus, mas tambm a todos aqueles queaceitaram sua condio de profeta e acreditaram nos seus princpios. Esta perseguio marcou aprimeira fase da arte paleocrist: a fase catacumbria, que recebe este nome devido s catacumbas,cemitrios subterrneos em Roma, onde os primeiros cristos secretamente celebravam seuscultos.Nesses locais, a pintura simblica.

    Para entender melhor a simbologia: Jesus Cristo poderia estar simbolizado por um crculo ou por um peixe, pois a palavra peixe, em

    grego ichtus, forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador". Outra forma de simboliza-lo o desenho do pastor com ovelhas "Jesus Cristo o Bom Pastor" e

    tambm, o cordeiro "Jesus Cristo o Cordeiro de Deus". Passagens da Bblia tambm eram ali simbolizadas, por exemplo: Arca de No; Jonas engolido

    pelo peixe e Daniel na cova dos lees. Ainda hoje podemos visitar as catacumbas de Santa Priscila e Santa Domitila, nos arredores de

    Roma. Os cristos foram perseguidos por trs sculos, at que em 313 d.C. o imperador Constantino

    legaliza o cristianismo, dando incio 2a fase da arte paleocrist : a fase basilical.Tanto osgregos como os romanos, adotavam um modelo de edifcio denominado "Baslica" (origem donome: Basileu = Juz) , lugar civil destinado ao comrcio e assuntos judiciais. Eram edifcios comgrandes dimenses: um plano retangular de 4 a 5 mil metros quadrados com trs navesseparadas por colunas e uma nica porta na fachada principal. Com o fim da perseguio aoscristos, os romanos cederam algumas baslicas para eles podessem usar como local para as

    suas celebraes. O mosaico, muito utilizado pelos gregos e romanos, foi o material escolhido para o revestimentointerno das baslicas, utilizando imagens do Antigo e do Novo Testamento. Esse tratamento

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    artstico tambm foi dado aos mausolus e os sarcfagos feitos para os fiis mais ricos eramdecorados com relevos usando imagens de passagens bblicas.

    Na cidade de Ravena pode-se apreciar o Mausolu de Gala Placdia e a igreja de SantoApolinrio, o Novo e a de So Vital com riqussimos mosaicos.

    Em 395 d.C., o imperador Teodsio dividiu o Imprio Romano entre seus dois filhos: Honrio eArcdio.Honrio ficou com o Imprio Romano do Ocidente, tendo Roma como sua capital , e

    Arcdio ficou com o Imprio Romano do Oriente, com a capital Constantinopla (antiga Bizncio eatual Istambul). O imprio Romano do Ocidente sofreu vrias invases, principalmente de povos brbaros, at

    que, em 476 d.C., foi completamente dominado (esta data, 476 d.c., marca o fim da Idade Antigae o incio da Idade Mdia). J o Imprio Romano do Oriente (onde se desenvolveu a artebizantina), apesar das dificuldades financeiras, dos ataques brbaros e das pestes, conseguiu semanter at 1453, quando a sua capital Constantinopla foi totalmente dominada pelosmuulmanos (esta data, 1453, marca o fim da Idade Mdia e o incio da Idade Moderna).

    IMAGENSSidrac, Misac e Abdgano | Sanso matando os Filiseus

    2.5 BIZANTINA

    O cristianismo no foi a nica preocupao para o Imprio Romano nos primeiros sculos de nossaera.Por volta do sculo IV, comeou a invaso dos povos brbaros e que levou Constantino a transferir acapital do Imprio para Bizncio, cidade grega, depois batizada por Constantinopla. A mudana dacapital foi um golpe de misericrdia para a j enfraquecida Roma; facilitou a formao dos ReinosBrbaros e possibilitou o aparecimento do primeiro estilo de arte crist - Arte Bizantina.

    Graas a sua localizao(Constantinopla) a arte bizantina sofreu influncias de Roma, Grcia e doOriente. A unio de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, rico tanto na tcnica como nacor.

    A arte bizantina est dirigida pela religio; ao clero cabia, alm das suas funes, organizar tambm as

    artes, tornando os artistas meros executores.O regime era teocrtico e o imperador possua poderesadministrativos e espirituais; era o representante de Deus, tanto que se convencionou represent-lo comuma aurola sobre a cabea, e, no raro encontrar um mosaico onde esteja juntamente com a esposa,ladeando a Virgem Maria e o Menino Jesus.

    O mosaico expresso mxima da arte bizantina e no se destinava apenas a enfeitar as paredes eabbadas, mas instruir os fiis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vriosimperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino em nada se assemelha aos mosaicos romanos; soconfeccionados com tcnicas diferentes e seguem convenes que regem inclusive os afrescos. Neles,por exemplo, as pessoas so representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; aperspectiva e o volume so ignorados e o dourado demasiadamente utilizado devido associao como maior bem existente na terra: o ouro.

    A arquitetura das igrejas foi a que recebeu maior ateno da arte bizantina, elas eram planejadas sobreuma base circular, octogonal ou quadrada. Tinha imensas cpulas, criando-se prdios enormes eespaosos, totalmente decorados.

    A Igreja de Santa Sofia (Sofia = Sabedoria), na hoje Istambul, foi um dos maiores triunfos da novatcnica bizantina, projetada pelos arquitetos Antmio de Tralles e Isidoro de Mileto. Ela possui umacpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos.Tal mtodo tornou a cpula extremamenteelevada, sugerindo, por associao abbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto.Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e o cho demrmore polido. A verdadeira beleza de Santa Sofia, a maior igreja de Constantinopla, capital do ImprioBizantino, encontra-se no seu vasto interior.Um olhar mais atento permite ao visitante ver o trabalhorequintado dos artfices bizantinos no colorido resplandecente dos mosaicos agora restaurados; nomrmore profundamente talhado dos capitis das colunas das naves laterais, folhas de acantosenvolvem o monograma de Justiniano e de sua mulher Teodora. No alto, sobre um solo de mrmore,bordada em filigrama de sombras dos candelabros suspensos, resplandece a grande cpula. Embora aigreja tenha perdido a maior parte da decorao original de ouro e prata, mosaicos e afrescos, h uma

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    beleza natural na sua magnificncia espacial e nos jogos de sombra e luz - um claro-escuro admirvelquando os raios de sol penetram e iluminam o seu interior.

    Toda essa atrao por decorao aliada a preveno que os cristos tinham contra a estaturia quelembrava de imediato o paganismo romano, afasta o gosto pela forma e conseqentemente aescultura no teve tanto destaque neste perodo.O que se encontra restringe-se a baixos relevos

    acoplados decorao.

    A arte bizantina teve seu grande apogeu no sculo VI, durante o reinado do Imperador Justiniano.Porm,logo sucedeu-se um perodo de crise chamado de Iconoclastia. Constitua na destruio de qualquerimagem santa devido ao conflito entre os imperadores e o clero.

    A arte bizantina no se extinguiu em 1453, pois, durante a segunda metade do sculo XV e boa parte dosculo XVI, a arte daquelas regies onde ainda florescia a ortodoxia grega permaneceu dentro da artebizantina. Essa arte extravasou em muito os limites territoriais do imprio, penetrando, por exemplo, nospases eslavos.

    IMAGENSA Imperatriz Teodora e sua Corte | Hipcrates | Igreja de Santa Sofia | Igreja de Santo Apolinrio Novo |

    Mosaico da Igreja de Santo Apolinrio Novo

    2.6 ISLMICA

    No ano de 622, o profeta Maom se exilou (hgira) na cidade de Yatrib e para aquela que desde entose conhece como Medina (Madinat al-Nabi, cidade do profeta). De l, sob a orientao dos califas,sucessores do profeta, comeou a rpida expanso do Isl at a Palestina, Sria, Prsia, ndia, siaMenor, Norte da frica e Espanha. De origem nmade, os muulmanos demoraram certo tempo paraestabelecer-se definitivamente e assentar as bases de uma esttica prpria com a qual seidentificassem.

    Ao fazer isso, inevitavelmente devem ter absorvido traos estilsticos dos povos conquistados, que no

    entanto souberam adaptar muito bem ao seu modo de pensar e sentir, transformando-os em seusprprios sinais de identidade. Foi assim que as cpulas bizantinas coroaram suas mesquitas, e osesplndidos tapetes persas, combinados com os coloridos mosaicos, as decoraram. Aparentementesensual, a arte islmica foi na realidade, desde seu incio, conceitual e religiosa.

    No mbito sagrado evitou-se a arte figurativa, concentrando-se no geomtrico e abstrato, mais simblicodo que transcendental. A representao figurativa era considerada uma m imitao de uma realidadefugaz e fictcia. Da o emprego de formas como os arabescos, resultado da combinao de traosornamentais com caligrafia, que desempenham duas funes: lembrar o verbo divino e alegrar a vista.As letras lavradas na parede lembram o nefito, que contempla uma obra feita para deus.

    Na complexidade de sua anlise, a arte islmica se mostra, no incio, como exclusividade das classesaltas e dos prncipes mecenas, que eram os nicos economicamente capazes de construir mesquitas,

    mausolus e mosteiros. No entanto, na funo de governantes e guardies do povo e conscientes daimportncia da religio como base para a organizao poltica e social, eles realizavam suas obras paraa comunidade de acordo com os preceitos muulmanos: orao, esmola, jejum e peregrinao.

    2.6.1-ARQUITETURAAs mesquitas (locais de orao) foram construdas entre os sculos VI e VIII, seguindo o modelo dacasa de Maom em Medina: uma planta quadrangular, com um ptio voltado para o sul e duas galeriascom teto de palha e colunas de tronco de palmeira. A rea de orao era coberta, enquanto no ptioestavam as fontes para as ablues. A casa de Maom era local de reunies para orao, centropoltico, hospital e refgio para os mais pobres. Essas funes foram herdadas por mesquitas e algunsedifcios pblicos.

    No entanto, a arquitetura sagrada no manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa doprofeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cpula daRoca, em Jerusalm, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupao com apreservao de certas formas geomtricas, como o quadrado e o cubo. O gemetra era to importante

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    quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente projetava o edifcio, enquanto o segundocontrolava sua realizao.

    A cpula de pendentes, que permite cobrir o quadrado com um crculo, foi um dos sistemas maisutilizados na construo de mesquitas, embora no tenha existido um modelo comum. As numerosasvariaes locais mantiveram a distribuio dos ambientes, mas nem sempre conservaram sua forma. As

    mesquitas transferiram depois parte de suas funes aos edifcios pblicos: por exemplo, as escolas deteologia, semelhantes quelas na forma. A construo de palcios, castelos e demais edifcios pblicosmerece um captulo parte.

    As residncias dos emires constituram uma arquitetura de segunda classe em relao s mesquitas.Seus palcios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituam ohbitat privativo do governante. Exemplo disso o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular ecercado de muralhas slidas, o palcio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com amesquita por meio de ptios e jardins. O aposento mais importante era o diwan ou sala do trono.

    Outra das construes mais originais e representativas do Isl foi o minarete, uma espcie de torrecilndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz doalmuadem ou muezim pudesse chegar at todos os fiis, convidando-os orao. A Giralda, em Sevilha,

    era o antigo minarete da cidade. Outras construes representativas foram os mausolus oumonumentos funerrios, semelhantes s mesquitas na forma e destinados a santos e mrtires.

    2.6.2-TAPETESOs tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religio islmicas.Para comear, como povo nmade, esses eram os nicos materiais utilizados para decorar o interior dastendas. medida que foram se tornando sedentrios, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorarpalcios e castelos, alm de cumprir uma funo fundamental nas mesquitas, j que o muulmano, aorezar, no deve ficar em contato com a terra.

    Diferentemente da tecedura dos tecidos, a do tapete constitui uma unidade em si mesma. Os fabricadosantes do sculo XVI chamam-se arcaicos e possuem uma trama de 80 000 ns por metro quadrado. Os

    mais valiosos so de origem persa e tm 40 000 ns por decmetro quadrado. As oficinas maisimportantes foram as de Shiraz, Tabriz e Isfahan, no Oriente, e Palermo, no Ocidente. Entre osdesenhos mais clssicos esto os de utenslios, de motivos florais, de caa, com animais e plantas, e osgeomtricos, de decorao.

    2.6.3-PINTURA E GRFICAAs obras de pintura islmica so representadas por afrescos e miniaturas. Das primeiras, muito poucaschegaram at nossos dias em bom estado de conservao. Elas eram geralmente usadas para decorarparedes de palcios ou de edifcios pblicos e representavam cenas de caa e da vida cotidiana dacorte. Seu estilo era semelhante ao da pintura helnica, embora, segundo o lugar, sofresse uma grandeinfluncia indiana, bizantina e inclusive chinesa.

    A miniatura no foi usada, como no cristianismo, para ilustrar livros religiosos, mas sim nas publicaesde divulgao cientfica, para tornar mais claro o texto, e nas literrias, para acompanhar a narrao. Oestilo era um tanto esttico, esquematizado, muito parecido com o das miniaturas bizantinas, com fundodourado e ausncia de perspectiva. O Coro era decorado com figuras geomtricas muito precisas, a fimde marcar a organizao do texto, por exemplo, separando um captulo de outro.

    Estreitamente ligada pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizncio e daPrsia antiga, tornando-se uma das disciplinas mais importantes na decorao de mesquitas e palcios,junto com a cermica. No incio, as representaes eram completamente figurativas, semelhantes santigas, mas paulatinamente foram se abstraindo, at se transformarem em folhas e flores misturadascom letras desenhadas artisticamente, o que conhecido como arabesco.

    Assim, complexos desenhos multicoloridos, calculados com base na simbologia numrica islmica,

    cobriam as paredes internas e externas dos edifcios, combinando com a decorao de gesso dascpulas. Caligrafias de incrvel preciosidade e formas geomtricas multiplicadas at o infinito criaramsuperfcies de verdadeiro horror ao espao vazio. A mesma funo desempenhava a cermica, mais

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    utilizada a partir do sculo XII e que atingiu o esplendor na Espanha, onde foram criadas peas de usocotidiano.

    IMAGENSVaranda de Lindajara | Cervo de Medina Azahara | Recipiente de Marfim | Tapete de Alcaraz | Taj Mahal| Domo da Roca

    3- IDADE MDIA

    3.1 ROMNICA

    3.1.1- ARQUITETURANo final dos sculos XI e XII, na Europa, surge a arte romnica cuja estrutura era semelhante sconstrues dos antigos romanos.As caractersticas mais significativas da arquitetura romnica so:

    abbadas em substituio ao telhado das baslicas; pilares macios que sustentavam as paredes espessas; aberturas raras e estreitas usadas como janelas; torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e arcos que so formados por 180 graus.

    A primeira coisa que chama a ateno nas igrejas romnicas o seu tamanho. Elas so sempregrandes e slidas. Da serem chamadas: fortalezas de Deus. A explicao mais aceita para as formasvolumosas, estilizadas e duras dessas igrejas o fato da arte romnica no ser fruto do gosto refinadoda nobreza nem das idias desenvolvidas nos centros urbanos, um estilo essencialmente clerical. Aarte desse perodo passa, assim, a ser encarada como uma extenso do servio divino e uma oferenda divindade.

    A mais famosa a Catedral de Pisa sendo o edifcio mais conhecido do seu conjunto o campanrio quecomeou a ser construdo em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou porque, com o passar do

    tempo, o terreno cedeu.Na Itlia, diferente do resto da Europa, no apresenta formas pesadas, duras e primitivas.

    3.1.2- PINTURA E ESCULTURANuma poca em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria pintura e escultura para narrarhistrias bblicas ou comunicar valores religiosos aos fiis. No podemos estud-las desassociadas daarquitetura. A pintura romnica desenvolveu-se sobretudo nas grandes decoraes murais, atravs datcnica do afresco, que originalmente era uma tcnica de pintar sobre a parede mida.

    Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As caractersticas essenciais da pinturaromnica foram a deformao e o colorismo. A deformao, na verdade, traduz os sentimentosreligiosos e a interpretao mstica que os artistas faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo,

    sempre maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no emprego de cores chapadas,sem preocupao com meios tons ou jogos de luz e sombra, pois no havia a menor inteno deimitar a natureza.

    Na porta, a rea mais ocupada pelas esculturas era o tmpano, nome que recebe a parede semicircularque fica logo abaixo dos arcos que arrematam o vo superior da porta. Imitao de formas rudes, curtasou alongadas, ausncia de movimentos naturais.

    Mosaicos so pequenas pedras coloridas que colocadas lado a lado, vo formando o desenho. Usadodesde a Antiguidade, veio do Oriente a tcnica bizantina que utilizava o azul e dourado, para representaro prprio cu. No Ocidente foi utilizado principalmente nas igrejas.

    IMAGENS

    Romnico | Afresco de Cristo | Afresco Romnico | Baslica Romnica

    3.2 GTICA

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    No sculo XII, entre os anos 1150 e 1500, tem incio uma economia fundamentada no comrcio. Isso fazcom que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e aparea a burguesia urbana.No comeo do sculo XII, a arquitetura predominante ainda a romnica, mas j comearam a apareceras primeiras mudanas que conduziram a uma revoluo profunda na arte de projetar e construirgrandes edifcios.

    3.2.1- ARQUITETURAA primeira diferena que notamos entre a igreja gtica e a romnica a fachada. Enquanto, de modogeral, a igreja romnica apresenta um nico portal, a igreja gtica tem trs portais que do acesso trsnaves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.A roscea um elemento arquitetnico muito caracterstico do estilo gtico e est presente em quasetodas as igrejas construdas entre os sculos XII e XIV.Outros elementos caractersticos da arquitetura gtica so os arcos gticos ou ogivais e os vitraiscoloridssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja.As catedrais gticas mais conhecidas so: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Damede Chartres.

    3.2.2- ESCULTURA

    As esculturas esto ligadas arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade,alongamento exagerado das formas, e as feies so caracterizadas de formas a que o fiel possareconhecer facilmente a personagem representada.

    3.2.3- ILUMINURASIluminura a ilustrao sobre o pergaminho de livros manuscritos. A gravura no fora ainda inventada,ou ento um privilgio da quase mstica China.Durante o sculo XII e at o sculo XV, a arte ganhou forma de expresso tambm nos objetospreciosos e nos ricos manuscritos ilustrados. Os copistas dedicavam-se transcrio dos textos sobreas pginas. Ao realizar essa tarefa, deixavam espaos para que os artistas fizessem as ilustraes, oscabealhos, os ttulos ou as letras maisculas com que se iniciava um texto.Da observao dos manuscritos ilustrados podemos tirar duas concluses:

    a primeira a compreenso do carter individualista que a arte da ilustrao ganhava, pois

    destinava-se aos poucos possuidores das obras copiadas, a segunda que os artistas ilustradores ao perodos gtico tornaram-se to habilidosos na

    representao do espao tridimensional e na compreenso analtica de uma cena, que seustrabalhos acabaram influenciando outros pintores.

    3.2.4- PINTURAA pintura gtica desenvolveu-se nos sculos XII, XIV e no incio do sculo XV, quando comeou aganhar novas caractersticas que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procurado realismo na representao dos seres que compunham as obras pintadas.

    Os principais artistas na pintura gtica so os verdadeiros precursores da pintura do Renascimento(Duocento):

    Giotto - a caracterstica principal do seu trabalho foi a identificao da figura dos santos com sereshumanos de aparncia bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser maisimportante das cenas que pintava, ocupando sempre posio de destaque na pintura. Assim, a pinturade Giotto vem ao encontro de uma viso humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando atganhar plenitude no Renascimento.

    Obras destacadas: Afrescos da Igreja de So Francisco de Assis (Itlia) e Retiro de So Joaquimentre os Pastores.

    Jan Van Eyck - procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade desua poca. Nota-se em suas pinturas um cuidado com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes eas paisagens.Obras destacadas: O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.

    IMAGENSCatedral de Chartres | Escultura Gtica | Polptico Gtico | Catedral de Siena | Pintura de Giotto |Catedral Gtica | Pintura Gtica | Flagelao de Cristo | Vitral | Tmpano Gtico

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    4- IDADE MODERNA

    4.1- RENASCIMENTO

    O termo Renascimento comumente aplicado civilizao europia que se desenvolveu entre 1300 e1650. Alm de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse perodo muitos progressos eincontveis realizaes no campo das artes, da literatura e das cincias, que superaram a heranaclssica. O ideal do humanismo foi sem duvida o mvel desse progresso e tornou-se o prprio espritodo Renascimento. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorizao do homem(Humanismo) e da natureza, em oposio ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnadoa cultura da Idade Mdia.Caractersticas gerais:

    Racionalidade Dignidade do Ser Humano Rigor Cientfico Ideal Humanista Reutilizao das artes greco-romana

    4.1.1- ARQUITETURANa arquitetura renascentista, a ocupao do espao pelo edifcio baseia-se em relaes matemticasestabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer pontoem que se coloque.J no o edifcio que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espao, possui osegredo do edifcio (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)

    Principais caractersticas:Ordens Arquitetnicas Arcos de Volta-Perfeita

    Simplicidade na construo A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autnomas

    Construes palcios: igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funes militares)

    O principal arquiteto renascentista:Brunelleschi - um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Almde dominar conhecimentos de Matemtica, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante.Foi como construtor, porm, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cpula dacatedral de Florena e a Capela Pazzi.

    4.1.2- PINTURAPrincipais caractersticas:

    Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distncias e propores que tmentre si os objetos vistos distncia, segundo os princpios da matemtica e da geometria.

    Uso do claro-escuro: pintar algumas reas iluminadas e outras na sombra, esse jogo decontrastes refora a sugesto de volume dos corpos.

    Realismo: o artistas do Renascimento no v mais o homem como simples observador domundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expresso mais grandiosa do prprioDeus. E o mundo pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e noapenas admirada.

    Inicia-se o uso da tela e da tinta leo.

    Outra caracterstica da arte do Renascimento, em especial da pintura, foi o surgimento de artistas comum estilo pessoal, diferente dos demais, j que o perodo marcado pelo ideal de liberdade e,consequentemente, pelo individualismo.

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    Os principais pintores foram:

    Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavamde expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristo. Por isso, asfiguras humanas de seus quadros so belas porque manifestam a graa divina, e, ao mesmo tempo,melanclicas porque supem que perderam esse dom de Deus.

    Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vnus.

    Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de umaatmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginao do observador. Foi possuidor de umesprito verstil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos doconhecimento humano.Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

    Michelngelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Paraessa capela, concebeu e realizou grande nmero de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas queexpressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa a criao do homem.Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Famlia

    Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurana, pois os elementosque compem seus quadros so dispostos em espaos amplo, claros e de acordo com uma simetriaequilibrada. Foi considerado grande pintor de Madonas.Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manh.

    4.1.3- ESCULTURAEm meados do sculo XV, com a volta dos papas de Avinho para Roma, esta re-adquire o seuprestgio. Protetores das artes, os papas deixam o palcio de Latro e passam a residir no Vaticano. Ali,grandes escultores se revelam, o maior dos quais Michelngelo, que domina toda a escultura italianado sculo XVI. Algumas obras: Moiss, Davi (4,10m) e Piet.

    Outro grande escultor desse perodo foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fatoacabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze.

    Principais Caractersticas: Buscavam representar o homem tal como ele na realidade Proporo da figura mantendo a sua relao com a realidade Profundidade e perspectiva Estudo do corpo e do carter humano

    O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idiasitalianas. So eles:

    Drer Hans Holbein Bosch

    BruegelPara seu conhecimento

    A Capela Sistina foi construda por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E naprpria Capela que se faz o Conclave: reunio com os cardeais aps a morte do Papa paraproceder a eleio do prximo. Possui alareira que produz:

    o fumaa negra - que o Papa ainda no foi escolhido;o fumaa branca - que o Papa acaba de ser escolhido,

    e que avisa o povo na Praa de So Pedro, no Vaticano Michelngelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois

    tendo dissecado cadveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamentea posio de cada msculo, cada tendo, cada veia.

    Alm de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenes esto:Parafuso Areo, primitiva verso do helicptero, a ponte elevadia, o escafandro, um modelode asa-delta, etc.

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    Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA no conseguimos desgrudar os olhosdo seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Ser que seus olhos podemse mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci(1452-1519) e qual ser o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta umapessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impresso queo personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros so lisos. Se

    olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e aponta do nariz para a frente, e no poderemos ver o lado do seu rosto. A est o truque: emqualquer ngulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.

    IMAGENSA Degola dos Inocentes | Casamento da Virgem | Primavera | Virgem dos Rochedos | Anunciao |Cristo (Mategna) | Escravo Atlante | Igreja Santa Maria Pace | Jardim das Delcias | Monalisa |Nascimento de Vnus | Nossa Senhora Rolim | Os Cambistas | Piedade | Piedade (Michelangelo) |Pilastras Vaticano | Santa Maria Fiori | So Jernimo | Virgem e o Menino |

    4.2 MANEIRISMO

    Paralelamente ao renascimento clssico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 at por volta de1610, um movimento artstico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clssica: omaneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma evidente tendncia para a estilizaoexagerada e um capricho nos detalhes comea a ser sua marca, extrapolando assim as rgidas linhasdos cnones clssicos.

    Alguns historiadores o consideram uma transio entre o renascimento e o barroco, enquanto outrospreferem v-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porm, que o maneirismo umaconseqncia de um renascimento clssico que entra em decadncia. Os artistas se vem obrigados apartir em busca de elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e tcnicasadquiridas durante o renascimento.

    Uma de suas fontes principais de inspirao o esprito religioso reinante na Europa nesse momento.

    No s a Igreja, mas toda a Europa estava dividida aps a Reforma de Lutero. Carlos V, depois dederrotar as tropas do sumo pontfice, saqueia e destri Roma. Reinam a desolao e a incerteza. Osgrandes imprios comeam a se formar, e o homem j no a principal e nica medida do universo.

    Pintores, arquitetos e escultores so impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-sedos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um esprito totalmente diferente, criam umaarte de labirintos, espirais e propores estranhas, que so, sem dvida, a marca inconfundvel do estilomaneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades europias.

    4.2.1- ARQUITETURAA arquitetura maneirista d prioridade construo de igrejas de plano longitudinal, com espaos maislongos do que largos, com a cpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de planocentralizado, tpicas do renascimento clssico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanas

    que este novo estilo introduz refletem-se no somente na construo em si, mas tambm nadistribuio da luz e na decorao.

    Principais caractersticas:Nas igrejas:

    Naves escuras, iluminadas apenas de ngulos diferentes, coros com escadas em espiral, que namaior parte das vezes no levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rarasingularidade.

    Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas so a decoraomais caracterstica desse estilo. Caracis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrandouma exuberante selva de pedra que confunde a vista.

    Nos ricos palcios e casas de campo: Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado

    disciplinado do renascimento.

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    A decorao de interiores ricamente adornada e os afrescos das abbadas coroam essecaprichoso e refinado estilo que, mais do que marcar a transio entre duas pocas, expressa anecessidade de renovao.

    Principais Artistas:

    BARTOLOMEO AMMANATI , (1511-1592), Autor de vrios projetos arquitetnicos por toda a Itlia, taiscomo: a construo do tmulo do conde de Montefeltro, o palcio dos Mantova, a villa na Porta delPopolo. a fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados deAlberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dosjesutas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

    GIORGIO VASARI, (1511-1574), Vasari conhecido por sua obra literria Le Vite (As Vidas), na qual,alm de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato s vezes pouco fiel, mas muitointeressante sobre os grandes artistas da poca, sem deixar de fazer comentrios mal-intencionados eelogios exagerados. Sob a proteo de Aretino, conseguiu realizar uma de suas nicas obrassignificativas: os afrescos do palcio Cornaro. Vasari tambm trabalhou em colaborao comMichelangelo em Roma, na dcada de 30. Suas biografias, publicadas em 1550, fizeram tanto sucessoque se seguiram vrias edies. Passou os ltimos dias de sua vida em Florena, dedicado

    arquitetura.

    PALLADIO, (1508-1580), O interesse que tinha pelas teorias de Vitrvio se reflete na totalidade de suaobra arquitetnica, cujo carter rigorosamente clssico e no qual a clareza de linhas e a harmonia daspropores preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expresso mnima. Somente dez anosdepois iria se dedicar arquitetura sacra em Veneza, com a construo das igrejas San GiorgioMaggiore e Il Redentore. No se pode dizer que Palladio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista,no entanto, um dos mais importantes desse perodo. A obra de Palladio foi uma referncia obrigatriapara os arquitetos ingleses e franceses do barroco.

    4.2.2- PINTURA na pintura que o esprito maneirista se manifesta em primeiro lugar. So os pintores da segundadcada do sculo XV que, afastados dos cnones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando

    deformar uma realidade que j no os satisfaz e tentando re-valorizar a arte pela prpria arte.

    Principais caractersticas : Composio em que uma multido de figuras se comprime em espaos arquitetnicos

    reduzidos. O resultado a formao de planos paralelos, completamente irreais, e umaatmosfera de tenso permanente.

    Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados dorenascimento. Os msculos fazem agora contores absolutamente imprprias para os sereshumanos.

    Rostos melanclicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e coresbrilhantes.

    A luz se detm sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissveis. Os verdadeiros protagonistas do quadro j no se posicionam no centro da perspectiva, mas em

    algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, no sem certa dificuldade,encontr-lo.

    Principal Artista:

    EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconogrficas bizantinas com o desenho e o colorido dapintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra no foi totalmente compreendidapor seus contemporneos. Nascido em Creta, acredita-se que comeou como pintor de cones noconvento de Santa Catarina, em Cndia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567emigrou para Veneza, onde comeou a trabalhar no ateli de Ticiano, com quem realizou algumasobras. Depois de alguns anos de permanncia em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, ondetrabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para anobreza toledana. Entre suas obras mais importantes esto O Enterro do Conde de Orgaz, a meio

    caminho entre o retrato e a espiritualidade mstica. Homem com a Mo no Peito, O Sonho de Filipe II e OMartrio de So Maurcio. Esta ltima lhe custou a expulso da corte.

    4.2.3- ESCULTURA

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    Na escultura, o maneirismo segue o caminho traado por Michelangelo: s formas clssicas soma-se onovo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se ascaractersticas da arquitetura e da pintura. No faltam as formas caprichosas, as propores estranhas,as superposies de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos que criam essa atmosfera detenso to caracterstica do esprito maneirista.

    Principais caractersticas: A composio tpica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras,

    num equilbrio aparentemente frgil, as figuras so unidas por contores extremadas eexagerado alongamento dos msculos.

    O modo de enlaar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossveis, permiteque elas compartilhem a reduzida base que tm como cenrio, isso sempre respeitando acomposio geral da pea e a graciosidade de todo o conjunto.

    Principais Artistas:

    BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), Realizou trabalhos em vrias cidades italianas. Decoroutambm o palcio dos Mantova e o tmulo do conde da cidade. Conheceu a poetisa Laura Battiferi, comquem se casou, e juntos se mudaram para Roma a pedido do papa Jlio II, que incumbiu-o da

    construo de sua villa na Porta del Popolo. Comearam assim seus primeiros passos como arquiteto.No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florena, onde venceu um concurso para aconstruo da fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar ostratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com ospreceitos dos jesutas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

    GIAMBOLOGNA, (1529-1608), De origem flamenga, Giambologna deu seus primeiros passos comoescultor na oficina do francs Jacques Dubroecq. Poucos anos depois mudou-se para Roma, onde sesupe que teria colaborado com Michelangelo em muitas de suas obras. Estabeleceu-se finalmente emFlorena, na corte dos Medici. O Rapto das Sabinas, Mercrio, Baco e Os Pescadores esto entre asobras mais importantes desse perodo. Participou tambm de um concurso na cidade de Bolonha, para oqual realizou uma de suas mais clebres esculturas, A Fonte de Netuno.Trabalhou com igual maestria apedra calcria e o mrmore e foi grande conhecedor da tcnica de despejar os metais, como

    demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna est para o maneirismo como Michelangelo estpara o renascimento.

    IMAGENSApresentao de Jesus no Templo | Baslica (Palladio) | Bibliotecrio | Eva com a Maa | Igreja Redentor| Laoconte | O Fogo | Palcio Uffizi | Ptio Palcio Pitti | Ponte Trinit

    4.3 BARROCO

    A arte barroca originou-se na Itlia (sc. XVII) mas no tardou a irradiar-se por outros pases da Europa

    e a chegar tambm ao continente americano, trazida pelos colonizadores portugueses e espanhis.As obras barrocas romperam o equilbrio entre o sentimento e a razo ou entre a arte e a cincia, que osartistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam asemoes e no o racionalismo da arte renascentista.

    uma poca de conflitos espirituais e religiosos. O homem se coloca em constante dualismo: Paganismo X Cristianismo e Esprito X Matria.

    Suas caractersticas gerais so: emocional sobre o racional; busca de efeitos decorativos e visuais, atravs de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;

    entrelaamento entre a arquitetura e escultura; violentos contrastes de luz e sombra; pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos s vezes a impresso de ver o cu, tal a aparncia de

    profundidade conseguida.

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    4.3.1- PINTURACaractersticas da pintura barroca:

    Composio em diagonal Acentuado contraste de claro-escuro (expresso dos sentimentos) Realista, abrangendo todas as camadas sociais

    Dentre os pintores barrocos italianos:Caravaggio - o que melhor caracteriza a sua pintura o modo revolucionrio como ele usa a luz. Elano aparece como reflexo da luz solar, mas criada intencionalmente pelo artista, para dirigir a atenodo observador.Obra destacada: Vocao de So Mateus.Andrea Pozzo - realizou grandes composies de perspectiva nas pinturas dos tetos das igrejas

    barrocas, causando a iluso de que as paredes e colunas da igreja continuam no teto, e de que este seabre para o cu, de onde santos e anjos convidam os homens para a santidade.Obra destacada: A Glria de Santo Incio.

    A Itlia foi o centro irradiador do estilo barroco. Dentre os pintores mais representativos, de outros pasesda Europa, temos:

    Velzquez - alm de retratar as pessoas da corte espanhola do sculo XVII procurou registrar em seusquadros tambm os tipos populares do seu pas, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dadomomento da histria.Obra destacada: O Conde Duque de Olivares.

    Rubens (espanhol) - alm de um colorista vibrante, se notabilizou por criar cenas que sugerem, a partirdas linhas contorcidas dos corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento. Em seus quadros, geralmente, no vesturio que se localizam as cores quentes - o vermelho, o verde e o amarelo - quecontrabalanam a luminosidade da pele clara das figuras humanas.Obra destacada: O Jardim do Amor.

    Rembrandt (holands) - o que dirige nossa ateno nos quadros deste pintor no propriamente o

    contraste entre luz e sombra, mas a gradao da claridade, os meios-tons, as penumbras que envolvemreas de luminosidade mais intensa.Obra destacada: Aula de Anatomia.

    4.3.2- ESCULTURAPredominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado. Os gestos e os rostos daspersonagens revelam emoes violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.

    Bernini - arquiteto, urbanista, decorador e escultor, algumas de suas obras serviram de elementosdecorativos das igrejas, como, por exemplo, o baldaquino e a cadeira de So Pedro, ambos na Baslicade So Pedro, no Vaticano.Obra destacada: A Praa de So Pedro, Vaticano e o xtase de Santa Teresa.

    Para seu conhecimento :

    Barroco: termo de origem espanhola Barrueco, aplicado para designar prolas de forma irregular.

    IMAGENSLio de Anatomia do Dr. Tulp | A Ronda Noturna | Mulher Banhando-se num Crrego | O Bobo da CorteSebastin de Morra | Vnus ao Espelho | Os Sndicos da Corporao de Teceles de Amsterdam | AsMeninas | A Chegada de Maria de Mdicis a Marselha | Retrato de Susanna Fourment | ACabea deuma Criana

    4.4 ROCOC

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    Rococ o estilo artstico que surgiu na Frana como desdobramento do barroco, mais leve e intimistaque aquele e usado inicialmente em decorao de interiores.

    Desenvolveu-se na Europa do sculo XVIII, e da arquitetura disseminou-se para todas as artes. Vigorosoat o advento da reao neoclssica, por volta de 1770, difundiu-se principalmente na parte catlica daAlemanha, na Prssia e em Portugal.

    Os temas utilizados eram cenas erticas ou galantes da vida cortes (as ftes galantes) e da mitologia,pastorais, aluses ao teatro italiano da poca, motivos religiosos e farta estilizao naturalista do mundovegetal em ornatos e molduras.

    O termo deriva do francs rocaille, que significa "embrechado", tcnica de incrustao de conchas efragmentos de vidro utilizadas originariamente na decorao de grutas artificiais.

    Na Frana, o rococ tambm chamado estilo Lus XV e Lus XVI.

    Caractersticas gerais: Uso abundante de formas curvas e pela profuso de elementos decorativos, tais como conchas,

    laos e flores. Possui leveza, carter intimista, elegncia, alegria, bizarro, frivolidade e exuberante.

    4.4.1- ARQUITETURA

    Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o rococ foi a principal corrente da arte e da arquitetura ps-barroca. Nos primeiros anos do sculo XVIII, o centro artstico da Europa transferiu-se de Roma paraParis. Surgido na Frana com a obra do decorador Pierre Lepautre, o rococ era a princpio apenas umnovo estilo decorativo.Principais caractersticas:

    Cores vivas foram substitudas por tons pastis, a luz difusa inundou os interiores por meio denumerosas janelas e o relevo abrupto das superfcies deu lugar a texturas suaves.

    A estrutura das construes ganhou leveza e o espao interno foi unificado, com maior graa e

    intimidade.

    Principal Artista:

    Johann Michael Fischer, (1692-1766), responsvel pela abadia beneditina de Ottobeuren, marco dorococ bvaro. Grande mestre do estilo rococ, responsvel por vrios edifcios na Baviera. Restauroudezenas de igrejas, mosteiros e palcios.

    4.4.2- ESCULTURANa escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrrio do que ocorreu na arquitetura, no possvel traar uma clara linha divisria entre o barroco e o rococ, quer cronolgica, querestilisticamente.

    Mais do que nas peas esculpidas, em sua disposio dentro da arquitetura que se manifesta oesprito rococ. Os grandes grupos coordenados do lugar a figuras isoladas, cada uma com existnciaprpria e individual, que dessa maneira contribuem para o equilbrio geral da decorao interior dasigrejas.

    Principais Artistas:

    Johann Michael Feichtmayr, (1709-1772), escultor alemo, membro de um grupo de famlias demestres da moldagem no estuque, distinguiu-se pela criao de santos e anjos de grande tamanho,obras-primas dos interiores rococs.

    Ignaz Gnther, (1725-1775), escultor alemo, um dos maiores representantes do estilo rococ naAlemanha. Suas esculturas eram em geral feitas em madeira e a seguir policromadas. "Anunciao","Anjo da guarda", "Piet".

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    4.4.3- PINTURADurante muito tempo, o rococ francs ficou restrito s artes decorativas e teve pequeno impacto naescultura e pintura francesas. No final do reinado de Lus XIV, em que se afirmou o predomnio poltico ecultural da Frana sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas rococs sob influncia datcnica de Rubens.

    Principais Artistas:

    Antoine Watteau, (1684-1721), as figuras e cenas de Watteau se converteram em modelos d