apostila custos e orcamento - tecnico em administração

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    Presidência da República Federativa do Brasil

    Ministério da Educação

    Secretaria de Educação a Distância

    Equipe de ElaboraçãoIFSP

    Coordenação InstitucionalCampus São João da Boa Vista

    Professor-autorAndreza Areão

    Comissão de Acompanhamento e ValidaçãoGustavo Aurélio Prieto

    Yara Maria Guisso de Andrade Facchini

    Projeto GráficoEduardo Meneses e Fábio Brumana

    DiagramaçãoJuliana Ayres Pina

    Revisão

    Elizabeth Gouveia da Silva Vanni

    Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus São João da Boa Vista e o Sistema

    Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.

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    Amigo(a) estudante!

    O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas para

    expansãoda Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos caminhos

    encontradospara que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiên-

    cia é a modalidade adistância. No mundo inteiro são milhões os estudantes

    que frequentam cursos a distância. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os

    matriculados em cursos regulares de Ensino Médio e Superior a distância,

    oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.

    Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB),

    hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de profes-

    sores, em nível superior.

    Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do Ensino

    Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do Bra-

    sil (e-TecBrasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos grandes

    centros urbanose dos municípios do interior do País oportunidades para maior

    escolaridade, melhorescondições de inserção no mundo do trabalho e, dessaforma, com elevado potencialpara o desenvolvimento produtivo regional.

    O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissio-

    nale Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SED) do Mi-

    nistério daEducação, as universidades e escolas técnicas estaduais e federais.

    O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das

    escolaspúblicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e, por

    outro lado,a adequação da infra-estrutura de escolas públicas estaduais e mu-nicipais.

    Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de ade-

    quaçãode escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram

    147 cursos técnicosde nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais.

    O resultado desse Edital contemplou193 escolas em 20 unidades federa-

    tivas. A perspectiva do Programa é que sejam ofertadas10.000 vagas, em

    Apresentação e-Tec Brasil

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    250 polos, até 2010.

    Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para

    amais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos úl-

    timos anos: aconstrução dos novos centros federais (CEFETs), a organização

    dos Institutos Federaisde Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi.

    O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e par-

    ticipaçãoativa nas ações de democratização e expansão da educação profis-

    sional no País,valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados

    pela formação continuadade professores e pela utilização dos recursos tec-

    nológicos disponíveis.

    A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua

    formaçãoprofissional e na sua caminhada no curso a distância em que estámatriculado(a).

    Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.

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    Quem sou eu

    Érico da Silva Costa:

    Mestrando em Administração pela UMESP, pós-graduado

    em MBA em Gerência Financeira e Controladoria pela UNI-

    TAU, bacharel em Administração de Empresas e técnico

    em Processamento de Dados. Sua experiência se concentra

    nas áreas: administrativa, financeira e controladoria em gestão de negócios

    educacionais, varejo e organizações não governamentais. Foi Vice-Diretor

    Financeiro da AMEC (Associação Módulo de Educação e Cultura), Analista

    de Controladoria e Auditor Interno no UNIMÓDULO Centro Universitário.

    Atualmente é professor titular do IFSP, Perito Judicial e desenvolve atividadesligadas à consultoria nas áreas de formação.

    Luz Marina Aparecida Poddis de Aquino:

    É Doutoranda pelo Programa de Mestrado e Doutorado em

    Administração - PMEA - da Universidade Nove de Julho -

    Uninove. Mestre em Administração (2005) pela Universida-

    de Municipal de São Caetano do Sul. MBA Especilista em

    Gestão Empresarial (2002) pela Fundação Fetúlio Vargas -FGV. Possui graduação em Administração - Unimódulo - Centro Universitá-

    rio Módulo de Caraguatatuba (2000). Atualmente é Professora de Ensino

    Básico. Técnico e Tecnológico do Instituto Federal de Educação, Ciência e

    Tecnologia de São Paulo na área “Gestão”. Atua também na Gestão Pública

    especialmente na área de Planejamento Municipal.

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    O Decreto presidencial nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, instituciona-lizou o ensino profissional no Brasil. Em 1910 surgiu a Escola de Aprendizes

    e Artífices de São Paulo, assemelhando-se a das criadas em outras capitais

    de Estado. Ela se destinava inicialmente as camadas mais desfavorecidas, aos

    “deserdados da fortuna e menores marginalizados”, ministrando o ensino

    elementar. Em 1937 passou a denominar-se Liceu Industrial de São Paulo,

    oferecendo ensino equivalente ao de primeiro ciclo.

    Em 1942 foi promulgada a Lei orgânica do ensino industrial. A nova orien-

    tação visava à preparação profissional dos trabalhadores da indústria, dostransportes, das comunicações e da pesca.

    Em 1976, procedeu-se à mudança para a nova sede e, em 1978, criaram-se

    os cursos de eletrônica, telecomunicações e processamento de dados. Em

    1981, instalam-se os cursos complementares de mecânica, eletrotécnica e

    edificações, destinados à clientela, em grande parte integrada ao mercado

    de trabalho, mais que necessitava de uma formalização profissional por meio

    de disciplinas de nível técnico de 2º grau. Estes cursos técnicos tinham a du-

    ração de dois anos, prevendo um estágio obrigatório.

    No ano de 1987 foi implantada a primeira Unidade de Ensino Descentra-

    lizada (UNED) no Município de Cubatão e, em 1996, ocorreu o início do

    funcionamento da UNED Sertãozinho. Em 1999, a Escola Técnica Federal de

    São Paulo, foi transformada em Centro Federal de Educação Tecnológica de

    São Paulo – CEFET, conforme Decreto de 18 de janeiro de 1999. No ano de

    2005, foi autorizado o funcionamento da UNED Guarulhos. As UNED de São

    João da Boa Vista e Caraguatatuba foram autorizadas a funcionar a partir

    do 1º semestre do ano de 2007, enquanto que as UNED de Bragança e Saltopassaram a funcionar no 2º semestre do ano de 2007.

    Em 2008 foram criadas as unidades de São Carlos, São Roque e Campos do

    Jordão. No mesmo ano o CEFET-SP se transformou no Instituto Federal de

    Educação Ciência e Tecnologia pela Lei 11.892 de 29 de Dezembro de 2008,

    que instituiu a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica.

    De acordo com esta lei os institutos federais (IF) tornaram-se instituições de

    Outros - instituição validadora

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    educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, es-

    pecializados na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes

    modalidades de ensino, com base na conjugação de conhecimentos técnicos

    e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas.

    A expansão do CEFET-SP tem ainda previstas os Campus de Araraquara, Ava-ré, Barretos, Birigui, Campinas, Catanduva, Itapetininga, Piracicaba, , Presi-

    dente Epitácio, Registro, Suzano e Votuporanga.

    A Unidade de Ensino Descentralizada de São João da Boa Vista é uma unidade

    educacional subordinada ao Centro Federal de Educação Tecnológica de São

    Paulo, autorizada pela Portaria nº 1715 do Ministro da Educação, publicada

    no Diário Oficial da União de 20/10/2006. Tem estrutura administrativa defini-

    da pela resolução nº 136/06 de 16/11/2006 do Conselho Diretor do CEFET-SP.

    A história do campus se inicia no ano de 1998 quando é formulado o projeto

    para a criação do CEPRO em São João da Boa Vista. No ano seguinte o an-

    teprojeto é aprovado pelo Programa de Expansão da Educação Profissional

    (PROEP). No mesmo ano se dá o início das obras para construção do prédio

    em terreno doado por Paulo Roberto Merlin e Flávio Augusto Canto. Em

    2004, o prédio é entregue com 2529m², sendo constituído de onze labora-

    tórios, seis salas de aulas, um auditório com capacidade para 150 lugares,

    sala de multimídia e demais dependências. As atividades do Centro de Edu-

    cação Profissional são iniciadas em 2005. Em 2006 é firmado o convênioentre o CEPRO e CEFET-SP, com apoio da prefeitura municipal para a federa-

    lização da unidade. Em Janeiro de 2007 o CEFET-SP / UNED SBV iniciou suas

    atividades no município.

    O IFSP, no município de São João da Boa Vista, veio para atender a neces-

    sidade de educar os jovens são joanenses e da região, a fim de habilitá-los

    para o ingresso nos setores de indústria e informática, os quais demandam

    trabalhadores capacitados para o progresso no desenvolvimento econômico

    e para o fortalecimento do pólo educacional na região leste do estado.

    Atuação do IFSP na Educação a Distância

    No contexto da política de expansão da educação superior no país, implemen-

    tada pelo MEC, a EaD coloca-se como uma modalidade importante no seu

    desenvolvimento. Nesse sentido, criou-se uma direção para EaD dentro do IF SP.

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    No âmbito da política de expansão da educação profissionalizante, o Mi-

    nistério da Educação, por meio da articulação da Secretaria de Educação a

    Distância e Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, lança o Edital

    01/2007/SEED/SETEC/MEC, dispondo sobre o Programa Escola Técnica Aber-

    ta do Brasil (e-Tec Brasil).

    Tal iniciativa constitui-se uma das ações do Plano de Desenvolvimento

    da Educação.

    Visando oferta de cursos da educação técnica e profissional o IF SP foi se-

    lecionado pelo programa e-Tec Brasil para iniciar suas atividades em 2009.

    Tais atividades foram efetivamente implantadas em agosto de 2009 com a

    criação de dois cursos técnicos – a saber: técnico em informática para inter-

    net e técnico em administração – atingindo 5 municípios do estado de SãoPaulo (Araraquara, Barretos, Itapevi, Franca e Jaboticabal) e ampliando em

    500 a oferta de vagas do Instituto.

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    ExecuçãoDesempenhada a etapa de planejamento cabe a organização realizar o que foi

    estabelecido como atividades a serem executadas. Nesta função a característica

    mais evidente é a otimização do fluxo de produção e de custeio, o que se reflete

    na eliminação de perdas, desperdícios e ociosidades, buscando o melhor apro-

    veitamento dos recursos disponíveis. (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009)

    ControleNo tocante a função de controle, a frase que materializa tal preocupação da

    administração é o slogan “Potencia não é nada sem controle ”2. O controle é

    a terceira função essencial da gestão e se constitui no monitoramento da exe-

    cução das atividades enquanto elas ocorrem. (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009).

    Cabe a função de controle a responsabilidade de estabelecer métricas para

    o acompanhamento do desenvolvimento produtivo, isto, em geral, é reali-zado com o auxilio de relatórios, medições estatísticas, acompanhamento

    de estoques quer sejam de matéria-prima ou de produtos acabados ou em

    fase de produção.

    A propósito, a contabilidade de custos deixou de ser uma atividade execu-

    tada para fins de determinação de estoques para balanço. Ela vem conver-

    gindo para ser usada como elemento de auxílio às decisões, tornando-se um

    dos instrumentos mais importantes para o desenvolvimento da contabilida-

    de gerencial. (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009)

    A organização como sistemaPara compreendermos o comportamento das organizações e sua interação am-

    biental, convém abordarmos o tema utilizando a abordagem sistêmica objeti-

    vando facilitar a compreensão dos aspectos mais relevantes às organizações.

    Na abordagem sistêmica, a organização é vista como um conjunto de par-

    tes interagentes que buscam atingir um objetivo específico. Para isto, esta

    organização deve atender algumas características que a evidenciam comosistema aberto:

    • Objetivos – constituem-se nas pretensões do sistema em seus diversos

    níveis: operacional, tático e estratégico.

    • Entradas (inputs) – referem-se aos recursos, insumos, materiais que a or-

    ganização necessita para realizar a sua operação e atingir os seus objetivos.

    2A empresa Pirelli no ano de 1998 introduziu no mercado o famoso slogan “Power is nothing

    without control” (Potência não é nada sem controle).

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 12

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    • Processo – é denido como a função que possibilita a organização realizar a

    transformação destes insumos (entradas) em produtos e/ou serviços (saídas).

    •Saídas (outputs) – É o resultado do processo de transformação representan-

    do a finalidade direta para a qual o sistema foi concebido. O resultado é um

    importante fator de avaliação e controle do sistema, pois permitem verificarse o sistema atingiu a sua finalidade.

    •Controles – Referem-se aos mecanismos de checagem e avaliação do siste-

    ma. Em geral, os pontos de controle devem permitir verificar todas as fases

    do sistema (entrada, processamento e saída) de maneira a possibilitar a cor-

    reção das anomalias do processo.

    •Feedback (retroalimentação) – Trata-se da reintrodução do resultado de

    uma saída ao próprio sistema, possibilitando a este verificar se o produto deseu processamento está em conformidade com os parâmetros delineados,

    quando da concepção do sistema. É uma das funções mais importantes, pois

    possibilita ações corretivas pontuais e imediatas.

    Depreende-se, portanto, que toda organização é um sistema aberto, que

    ao desempenhar as suas funções para qual foi concebida, está intimamente

    articulada e em conexão com o seu ambiente; bem como os seus compo-

    nentes internos precisam estar alinhados para cumprir os objetivos globais e

    específicos delineados em sua concepção.

    Contabilidade financeira versus ContabilidadeGerencialA Contabilidade financeira tem como objetivo informar os resultados das ope-

    rações empresariais da organização em atenção aos princípios fundamentais

    da contabilidade e principalmente aos aspectos fiscais. Para isto, ela busca

    atender as necessidades dos usuários internos e externos à organização.

    Figura 1 - Elementos componentes do sistema

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 13

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    Já a contabilidade gerencial contempla os dados históricos e estimados vi-

    sando o planejamento futuro da organização. Desta forma, os números e

    informações não precisam necessariamente estar em consonância com as

    exigências fiscais, possibilitando ao gestor manipulá-los da forma mais con-

    veniente, podendo ser realizadas estimativas ou projeções por divisão, pro-

    dutos, projeto de abrangência territorial ou global (considerando toda a em-presa). (Coronado, 2006)

    Atividades práticas

    1. Na estrutura empresarial, o planejamento é o setor que se preocupa com:

    a. Orçamento de vendas e de produção da empresa.

    b. Integração das funções da empresa, coordenando os seus vários de-

    partamentos.

    c. Coordenação apenas dos trabalhos da alta direção da organização.

    d. O orçamento de custos da empresa.

    2.Uma das principais fontes do planejamento empresarial é:

    a.Estimar as quantidades de produtos que deverão ser vendidas.

    b.A disponibilidade de matérias-primas necessárias para a execução da produção.

    c.A coordenação dos esforços da organização na execução do planejamento.

    d.Estimar os custos e despesas da organização.

    3.A fase de execução dos elementos planejados tem como principal tarefa:

    a.Monitorar as tarefas previstas enquanto elas ocorrem.

    b.Comparar o comportamento da empresa frente aos fatos ocorridos em

    anos anteriores.

    c.Buscar o melhor aproveitamento possível dos recursos disponíveis.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 14

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    d.Projetar as despesas da empresa.

    4.Uma das mais importantes funções do controle é:

    a.Organizar e focalizar os elementos planejados.

    b.Estimar os bens que serão utilizados para a elaboração da produção e

    comercialização.

    c.Apurar os desvios entre o que deveria ser atingido e o realmente ocorrido.

    d.Estimar a valorização das despesas.

    5.Os usuários da contabilidade financeira são os elementos:

    a.Externos e internos.

    b.Somente os internos.

    c.Somente os externos.

    d.Somente a alta direção.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 15

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    IntroduçãoNeste tópico iremos abordar alguns termos necessários a compreensão da

    matéria e utilizados pelos profissionais da área de custos.

    Afinal, o que significa gasto, custo, despesa, investimento, desembolso e

    desperdício?

    Diferentemente do significado da linguagem coloquial estes termos em cus-

    tos possuem um interpretação bem diferente do conhecimento “comum” e

    que será utilizada ao longo de todo o trabalho.

    A sua compreensão é de vital importância para que possamos avançar nas

    demais atividades.

    DesembolsoAntes de avançarmos no tema é importante compreendermos o conceito de

    desembolso, pois todos os demais conceitos originam-se deste termo:

    Desembolso, é uma situação pessoal. O desembolso significa retirar dinheirodo bolso. Porém, na linguagem empresarial, a palavra desembolso tem o

    significado de extrair um montante do caixa para pagar algo que a empresa

    adquiriu, seja um bem ou serviço.

    Segundo (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009) desembolso é todo valor que a

    empresa paga resultante da aquisição de um produto ou serviço. Este de-

    sembolso poderá ocorrer antes, no ato ou posteriormente às aquisições,

    dependendo da forma em que foi contratado.

    GastoCorresponde a aquisição de um bem ou serviço que originará um desembol-

    so da empresa. Este ocorre quando o bem ou serviço passa a ser propriedade

    da empresa. Em geral está vinculado a aquisição de:

    •Recursos que serão consumidos no ambiente fabril para a fabricação do produto.

    UNIDADE 2 - Introdução a Contabili-dade de Custos

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 16

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    •Mercadorias para revenda.

    •Recursos a ser consumidos no ambiente da administração.

    •Recursos a ser consumidos no ambiente comercial.

    Entretanto, o gasto ainda poderá ocorrer de maneira involuntária, como é o

    caso de perdas ou desperdícios.

    Cabe ressaltar que o termo gastos possui uma classificação bem ampla e que

    dependendo da ocorrência este pode representar: custo, despesa, investi-

    mento, perda e desperdício (Figura 2)

    InvestimentoCorrespondem à parcela dos gastos registrada em contas do ativo da empre-

    sa. Podendo se referir à aquisição de matéria-prima, mercadorias para reven-da e materiais diversos (registrados em contas representativas de estoque), à

    aquisição de máquinas ou veículos (registrados em contas do ativo imobiliza-

    do) ou mesmo à aquisição de ações de outras empresas. (Megliorini, 2007)

    Em síntese, gasto é todo desembolso ocorrido na aquisição de bens que se-

    rão estocados pela empresa até o momento da sua utilização, visando obter

    retorno à empresa.

    Exemplos:

    •Compra de imóvel.

    •Aquisição de veículos.

    •Aquisição equipamentos.

    Figura 2 - Classificação de gastos

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    Figura 3 - Investimento (esquema lógico)

    CustosCorrespondem à parcela dos gastos consumida no ambiente fabril para a

    fabricação do produto, pela aquisição de mercadorias para revenda e para a

    realização de serviços.

    Desta forma, podemos sintetizar afirmando que é todo gasto que represen-

    ta a aquisição de um ou mais bens/serviços usados na produção de outros

    bens/serviços. Em geral, está vinculada a atividade produtiva.

    Exemplos:

    •Matéria prima utilizada no processo produtivo.

    •Salários, encargos do pessoal de fábrica.

    •Aluguel da fábrica.

    •Depreciação de bens ligados a produção.

    Figura 4 - Custo (esquema lógico)

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 18

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    Figura 5 - Despesa (esquema lógico)

    DespesasCorrespondem à parcela dos gastos consumida para administrar a empresa

    e realizar as vendas, isto é, para gerar receita. São representadas pelas des-

    pesas administrativas e pelas despesas de vendas.

    Sintetizando, é um gasto em que a empresa incorre para manter a sua estru-tura organizacional, visando obter receitas. Reconhece-se no momento do

    uso (fato gerador).

    Exemplos:

    •Aluguel do escritório central.

    •Seguro do imóvel da lial de vendas.

    •Iluminação do escritório

    •Comissões de vendas.

    PerdasCorrespondem à parcela de gastos no qual a empresa incorre quando um

    bem ou serviço é consumido de maneira anormal.

    Exemplos:

    •Incêndios.

    •Greves.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 19

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    Figura 6 - Perda (esquema lógico)

    Figura 7 - Desperdício (esquema lógico)

    DesperdíciosCorresponde a parcela de gastos que empresa apresenta pelo fato de não

    ocorrer o aproveitamento normal de todos os seus recursos.

    Exemplo:

    •Produtividade menor que a normal.

    •Vendedor com tempo ocioso após cumprir quota de vendas.

    Atividades Práticas

    Assinalar a resposta exata:

    1.A aquisição de matérias-primas e de componentes de fabricação será

    considerada:

    a.Custo.

    b.Investimentos.

    c.Despesas

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    d.“A” e “C” estão corretas.

    2.É correto afirmar que custo pode ser definido como:

    a.Todo e qualquer gasto incorrido pelo empreendimento.

    b.Todos os gastos incorridos na administração.

    c.Todos os gastos necessários à obtenção de um bem ou serviço.

    d.Todos os gastos incorridos na ampliação de um depósito para matérias-primas.

    3.Contêm somente despesas:

    a.Publicidade, iluminação da loja e depreciação de máquinas fabris.

    b.Remuneração do diretor de marketing, juros de nanciamento de maté-

    rias-primas e fretes de entrega de produtos acabados.

    c.Aluguéis de fábrica, consumo de energia da contabilidade e fretes de com-

    pras de matérias-primas.

    d.Seguros do estoque de produtos acabados, juros bancários e imposto pre-

    dial da fábrica.

    4.Em uma situação de produção ocorreu a quebra de uma máquina. Os gas-

    tos com os reparos atingem R$ 10.000,00. Assim, pode-se dizer que:

    a.A empresa sofreu perdas de R$ 10.000,00.

    b.A empresa incorreu em investimentos de 10.000,00.

    c.A empresa sofreu custos de 10.000,00.

    d.A empresa incorreu em desperdícios de 10.000,00.

    5.Uma determinada matéria-prima sofre, por sua natureza física, evapora-

    ção de 10% no seu volume. Assim, o valor correspondente ao volume eva-

    porado deve ser considerado:

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 21

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    a.Uma perda.

    b.Um investimento.

    c.Uma despesa.

    d.Um custo.

    6.Uma empresa se propõe a entregar seus produtos ao cliente. Com isso,

    gasta 2% de suas vendas com o frete. Pode-se então dizer que o frete:

    a.É um custo.

    b.É uma perda.

    c.É uma despesa.

    d.É um investimento.

    7.Contêm somente custo:

    a.Remuneração do pessoal que opera máquinas e remuneração do motoris-

    ta de entregas de produtos acabados.

    b.Remuneração do supervisor da fábrica e seguros do estoque de pro-

    dutos acabados.

    c.Remuneração do apontador de produção e remuneração do encarregado

    de controle de qualidade.

    d.Remuneração do pessoal do almoxarifado e remuneração do motorista

    da diretoria.

    8.Em determinada empresa foram produzidos certos bens sujeitos ao con-

    trole governamental. Um lote produzido e estocado foi recusado pelo Go-

    verno e, portanto, não pode ser vendido. Assim, o lote se constitui:

    a.Em desperdício de recursos a ser computado no custo dos demais produtos.

    b.Em despesa a ser computada no resultado.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 22

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    23/60

    c.Em custo de produção.

    d.Em perda a ser computada no resultado.

    9.Os gastos com a inspeção de matérias-primas no ato da aquisição e mani-

    pulação de matérias-primas no depósito devem ser considerados:

    a.Custo e despesa, respectivamente.

    b.Despesa e custo, respectivamente.

    c.Custo e custo, respectivamente.

    d.Despesa e despesa, respectivamente.

    10.Referem-se somente a despesas derivadas diretamente de vendas:

    a.Fretes de compras de matérias-primas, iluminação da loja e comissões

    de vendedores.

    b.Salários dos operários, serviço de atendimento ao consumidor e propaganda.

    c.Comissões de vendedores, fretes de entregas de produtos acabados

    e bonificações.

    d.Gastos com confecção de talonários de notas fiscais, ICMS gerado pelas

    vendas e depreciação do caminhão de entrega de produtos acabados.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 23

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    24/60

    UNIDADE 3 - Classificação de Custos eDespesas

    IntroduçãoA contabilidade de custos é uma poderosa ferramenta de gestão empresarial.

    É através dos métodos e teorias que o empreendedor pode verificar o de-

    sempenho organizacional. Ao exposto, qualquer empresa pode beneficiar-se

    das técnicas e métodos preconizados pela teoria de custos. Entretanto, tal

    conhecimento só pode ser utilizado se o empreendedor souber claramente

    os princípios básicos sobre a matéria.

    Desta forma, nos itens a seguir o leitor obterá o conhecimento básico destes

    princípios, visando instrumentalizá-lo no entendimento e compreensão dosdiversos assuntos abordados neste trabalho.

    Inicialmente, os custos necessitam ser classificados para atender às diferen-

    tes finalidades para quais serão apurados. As classificações mais comuns

    são: em relação aos produtos fabricados e ao volume de produção.

    Classificação dos custos em relação aos produtos fabricados

    Quanto aos produtos fabricados, os custos poderão ser valorizados em de-corrência de certas métricas de consumo ou ainda de forma arbitrária como

    rateios ou estimativas.

    Sendo a sua constituição subdividida em: custos diretos e indiretos.

    Custos diretos (CD)Correspondem aos custos que podem ser apropriados diretamente aos pro-

    dutos fabricados, porque há uma medida objetiva de seu consumo na fabri-

    cação. Como exemplo, podemos referenciar a matéria-prima empregada nafabricação de algum produto ou serviço.

    Exemplo: fabricação de pães

    A padaria BelloPão recebeu uma encomenda de 1.000 pães para um even-

    to. Para produzir esta quantidade ela utilizará 50 kg de farinha de trigo

    (matéria-prima) e o custo de aquisição desta quantidade de matéria prima é

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 24

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    25/60

    de R$ 3,00/kg.

    Calculando:

    R$ 3,00 x 50 kg = R$ 150,00

    Desta forma, ao realizar o calculo identificamos que o custo direto de fabri-

    cação corresponde a R$ 150,00.

    Outro exemplo está relacionado ao emprego de mão de obra direta (MOD)

    que representam o custo dos operários ligados diretamente a produção de

    um determinado bem ou serviço.

    O calculo é bem simples quando a empresa conhece o valor pago aos operá-

    rios e desta forma ficará fácil apropriar o custo da mão de obra aos produtosfabricados. Bastando, multiplicar este valor pelo número de horas trabalha-

    das na fabricação dos seus produtos e dividir o resultado pelo quantitativo

    produzido.

    Exemplo:

    A empresa Cadeiras BellaMaré Ltda., gasta R$ 6,00 por hora de trabalho

    com seus operários para produzir a cadeira XYZ que consome 120 horas

    para produzir 3.000 unidades de cadeira do modelo em referencia.

    Calculando:

     (R$ 6,00 x 120hs) / 3.000 unidades = R$ 0,24/unidade

    Desta forma, ao realizar o cálculo obtemos o valor da mão de obra empre-

    gada de R$ 0,24 por unidade produzida.

    Outros exemplos:

    •Matéria-prima – Normalmente a empresa sabe qual a quantidade exata de

    matéria-prima que está sendo utilizada para a produção de uma unidade

    do produto. Sabe-se o preço da matéria-prima, o custo daí resultante está

    associado diretamente ao produto;

    •Mão de Obra Direta (MOD) – Trata-se dos custos com os trabalhadores

    utilizados diretamente na produção. Sabendo-se quanto tempo cada um

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 25

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    26/60

    trabalhou no produto e o preço da mão de obra, é possível apropriá-la dire-

    tamente ao produto;

    •Material de embalagem;

    •Depreciação de equipamento quando é utilizado para produzir apenas umtipo de produto;

    •Energia elétrica das máquinas, quando é possível saber quanto foi consu-

    mido na produção de cada produto;

    Custos indiretos de fabricação (CIF)São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem

    apropriados em diferentes produtos, portanto, não possuem uma maneira di-

    reta de apropriação devido a sua dificuldade de mensuração. Desta forma, oparâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério de rateio.

    Exemplos:

    •Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de

    um produto;

    •Salários dos chefes de supervisão de equipes de produção;

    •Aluguel da fábrica;

    •Gastos com limpeza da fábrica;

    •Energia elétrica que não pode ser associada ao produto.

    Observações:

    a)Se a empresa produz apenas um produto, todos os seus custos são diretos.

    b)Às vezes, o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que

    não compensaria o trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado

    como indireto.

    Exemplo:

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 26

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    27/60

    •Gasto com verniz e cola na fabricação de móveis.

    Classificação dos custos em relação ao volume de produção

    A categorização dos custos em decorrência do volume de produção enfatiza os

    quantitativos empregados em cada um dos produtos produzidos pela empresa.

    Sendo a sua constituição subdividida em:

    Custos fixos (CF)Custos fixos são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja

    o volume e produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da

    fábrica. Este será cobrado pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de

    produção, inclusive no caso da fábrica nada produzir.

    Observe que os Custos Fixos são fixos em relação ao volume de produção,

    mas podem variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica,

    mesmo quando sofre reajuste em determinado mês, não deixa de ser consi-

    derado um Custo Fixo, uma vez que terá o mesmo valor qualquer que seja a

    produção do mês. Outros exemplos: imposto predial, depreciação dos equi-

    pamentos, salários de vigias e porteiros da fábrica, prêmios de seguro, etc.

    Figura 8 - Representação gráfica custos fixos

    Custos variáveis (CV)Custos variáveis são aqueles cujos valores se alteram em função do volume

    de produção da empresa. Exemplo: matéria-prima consumida. Se não hou-ver quantidade produzida, o Custo Variável será nulo. Os Custos Variáveis

    aumentam na medida em que aumenta a produção.

    Segundo Sanvicente (1997), o custo variável é aquele que se altera em rela-

    ção direta com as modificações do volume de atividade. Portanto, o custo

    variável total (CVT) é perfeitamente variável, como o próprio termo indica, e

    o custo variável unitário é constante.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 27

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    São aqueles cujo valor total aumenta ou diminui direta e proporcionalmente

    com as flutuações ocorridas na produção e vendas (Braga, 1995).

    Figura 9 - Representação gráfica custos variáveis

    Figura 10 - Representação gráfica custo total

    Custo total (CT)

    O custo total (CT) é o resultado do somatório dos custos fixos e variáveis da

    empresa ou dos custos diretos mais os custos indiretos de fabricação.

    Equação:

    ou

    O gráfico abaixo demonstra o entendimento sobre custo total, onde a retado CT será sempre paralela à reta de CV, partindo-se do CF, conforme abaixo:

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    29/60

    Analisando o gráfico acima, podemos também determinar o custo total atra-

    vés das seguintes equações matemáticas:

    Para isto, a empresa deverá conhecer o custo variável unitário (Cvu) e as

    quantidades produzidas.

    Tal fato é comprovado da seguinte maneira:

    CT = CF + CV (1)

    CV = Cvu x Q (2)

    Substituindo-se (2) em (1), tem se:

    CT = CF + Cvu x Q

    Custos mistos (CM)Os custos mistos são aqueles que apresentam uma certa variação em função

    do nível de produção, mas que também têm uma parcela fixa. Esta parcela

    fixa ocorrerá mesmo que nada seja produzido. (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009)

    Como exemplo, podemos citar:

    •Energia elétrica da fábrica: a concessionária de energia elétrica cobra umataxa mínima, mesmo que não haja consumo no período.

    •Aluguel da copiadora: existe uma parcela xa (referente ao aluguel do equi-

    pamento) e outra que varia em função do número de cópias tiradas.

    Observação: Existe autores que denominam custos mistos como custo semi-

    -variáveis ou semi-fixos.

    DespesasSão os gastos que a empresa apresenta para auferir algum rendimento, como

    vendas e distribuição dos produtos elaborados por ela ou por terceiros.

    Dividem-se em despesas fixas e variáveis.

    •Despesas xas – apresentam o mesmo valor independentemente do volu-

    me de vendas da empresa:

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 29

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    •Aluguel de um escritório de vendas.

    •IPTU do prédio da lial.

    •Seguro do escritório.

    •Despesas variáveis – são gastos que se modicam em decorrência do volu-

    me de vendas.

    •Comissões dos vendedores

    •Bonicações sobre vendas.

    •Frete de entrega

    Custo Total (CT)Corresponde a todos os elementos que participaram do processo produtivo.

    É constituído por materiais usados no processo industrial, mão de obra e

    custos indiretos.

    Equação:

    Custo unitário (Ca)Refere-se ao valor unitário correspondente ao custo do processo produtivo

    relativo a fabricação.

    Equação:

    Onde:

    C = custo unitário

    CT = Custo total

    Q = Quantidade produzida

    Exemplo:

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 30

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    A empresa B2B fabrica 20.000 unidades e vende 15.000 de um determinado

    bem apresentando no período os seguintes daos:

    •Custos com materiais diretos (MD) R$ 6.000,00

    •Custos com MOD R$ 1.600,00

    •Custos indiretos de fabricação CIF = R$ 1.400,00

    Calculando:

    CT = MD + MOD + CIF

    CT = 6.000 + 1.600 + 1.400

    CT = 9.000

    Ca=?

    Ca = CT / Q

    Ca = 9.000 / 20.000

    Ca= R$ 0,45

    Realizado o cálculo, podemos concluir que o custo total é o somatório dos elemen-

    tos (MD+MOD+CIF) e o custo unitário (Ca) apurado é de R$ 0,45 por unidade.

    Custo de produção do período (CPP)São os custos referentes ao processo produtivo que ocorrem em um deter-

    minado período de tempo. Portanto, pode-se afirmar que o CPP é o CT que

    ocorreu em uma semana, um mês, um ano ou em qualquer outro período.

    Equação:

    Onde:

    CPP = custo de produção do período

    MD = materiais diretos

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 31

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    MOD = Mão de obra direta

    CIF = custos indiretos de fabricação

    Custo direto ou custo primários

    Refere-se aos elementos específicos que participam na produção de um de-

    terminado produto.

    Equação:

    Onde:

    CD = custo direto ou custo primário (CP)

    MD = materiais diretos

    MOD = Mão de obra direta

    Custos de transformaçãoReferem-se aos valores referentes ao somatório dos custos representados

    pela MOD e os CIF.

    Equação:

    Onde:

    CTF = custo de transformação

    MOD = Mão de obra direta

    CIF = custos indireto de fabricação

    Atividades práticas1) Os custos diretos são valorizados em função de:

    a) Rateios de acordo com sua participação na produção.

    b) Medidas de consumo durante a fase de fabricação.

    c) Rateios de acordo com o consumo de MP.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 32

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    33/60

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    5) Os custos variáveis são os gastos que:

    a) Dependem do volume produzido pela empresa.

    b) Não dependem do volume produzido pela empresa.

    c) Dependem das despesas variáveis da empresa.

    d) Dependem apenas do volume vendido pela empresa.

    6) Nos casos a seguir aponte qual a alternativa que se enquadra na classifi-

    cação de custos mistos:

    a) Embalagens e materiais indiretos.

    b) Energia elétrica e telefone da fábrica.

    c) Mão de obra direta e matérias-primas.

    d) Água e material indireto.

    7) Diagnosticar qual o grupo de contas que só apresenta despesas variáveis:

    a) Comissões sobre vendas e seguro do escritório de vendas.

    b) Bonificações sobre vendas e comissões pagas aos vendedores.

    c) Aluguel do escritório e bonificações sobre vendas.

    d) Seguro do escritório central e materiais diretos.

    8) Determine qual o grupo de contas que só apresenta despesas fixas:

    a) Bonificações sobre vendas e seguro do prédio da filial de vendas.

    b) Aluguel do escritório de vendas e comissão dos vendedores.

    c) IPTU do prédio da filial de vendas e juros de financiamentos.

    d) Aluguel da fabrica e frete de vendas.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 34

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    9) Se uma empresa produz 10.000 unidades de certo produto e apresentar

    os seguintes custos:

    • Materiais diretos = R$ 18.000,00

    • MOD = R$ 1.600,00

    • Custos indiretos de fabricação = R$ 2.400,00

    Qual a alternativa correta que corresponde aos valores de CD, CT e Ca

    respectivamente?

    a) R$ 19.600,00; R$ 22.000,00; R$ 2,20.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 35

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    UNIDADE 4 - Métodos de custeio

    IntroduçãoSobre os métodos de custeio verifica-se a existência de vários, cada um com me-

    todologia própria e que apresentam vantagens e desvantagens em sua aplicação.

    Desta forma, cada organização deverá estudar qual o método de custeio

    seria mais adequado ao seu contexto e necessidade gerencial.

    No Brasil, os métodos mais aplicados são:

    • Método por absorção.

    • Método de custeio variável.

    • Método de Custeio Pleno (RKW).

    • Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC)

    Neste momento, é importante ressaltar algumas particularidades deste módulo:

    • O termo método de custeio – corresponde a forma de apuração de custos

    empregado pela empresa para identificar o custo de um determinado produto.

    • Dependendo do método de custeio empregado, obtêm-se diferentes cus-

    tos para um mesmo produto.

    • Objetivando tornar o assunto mais didático possível, este módulo aprofun-

    da o entendimento operacional apenas sobre o método por absorção, por

    ser o mais empregado no país em atenção às exigências fiscais e gerenciais.Desta forma, os demais serão descritos teoricamente sobre suas característi-

    cas mais peculiares.

    Custeio por absorçãoCorresponde ao método de custeio que consiste na alocação de todos os

    custos (diretos e indiretos) em cada fase da produção. Neste caso, todos os

    gastos que participam da elaboração dos produtos fabricados deverão ser

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 36

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    absorvidos por eles. (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009)

    O presente método destaca-se no país, por ser aceito pela Contabilidade

    Financeira e atender aos princípios contábeis.

    Premissas do custeio por absorção1) A distinção entre custo, despesa e perdas

    2) Apropriação dos custos diretos e indiretos à produção realizada em certo

    período de tempo.

    3) Apuração do custo da produção do período (CPP).

    4) Apuração do custo unitário de produção.

    5) Apuração do custo dos produtos vendidos (CPV) e dos estoques finais.

    6) Apuração do Resultado do período.

    Conforme exposto acima, o quadro abaixo objetiva orientá-lo na compreen-

    são do método de custeio por absorção em sua operacionalização.

    Observações* Itens Prod. A Prod. B Total

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    10

    Matérias Primas

    (+) Materiais Secundários

    (=) Materiais Diretos

    (+) MOD

    (=) Custo Direto

    (+) CIF

    (=) CPP

    (-) Produção (unidades)

    (=) Custo unitário (Ca)

    Ca x Vendas (unidades)

    (=) CPV

    Ca x Estoque Físico

    = Estoque Final - $

    * Observações a tabela acima:

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 37

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    1) O valor do material direto é obtido somando-se o seu estoque inicial às

    compras ocorridas durante o período e deduzindo-se do seu estoque final.

    2) O valor da mão de obra direta é calculado com base no tempo de trabalho

    dos operários na elaboração de cada tipo de bem produzido.

    3) Os custos diretos são calculados pela soma dos itens 1 e 2.

    4) O total de custos indiretos de fabricação é calculado somando-se todos os

    seus componentes. Depois, rateia-se este total por produto.

    5) O custo de produção do período é o resultado do somatório dos itens 3 e 4.

    6) A quantidade produzida é o referencial pelo qual deverá ser dividido o CPP.

    7) As quantidades vendidas são o referencial pelo qual será obtido o CPV.

    8) O custo da produção vendida será o resultado da multiplicação do custo

    unitário pelas quantidades vendidas.

    9) O custo da produção vendida será o resultado da multiplicação do custo

    unitário pelas quantidades vendidas.

    10) A valorização dos estoques de cada produto e do estoque final será ob-tida pela multiplicação do custo unitário pelas quantidades que não foram

    comercializadas.

    Depois de realizada as etapas acima, o usuário poderá obter o lucro liquido

    do período, utilizando-se do quadro abaixo:

    Itens

    Receita Operacional bruta

    (=) Receita Operacional líquida

    (-) CPV

    (=) Lucro Bruto

    (=) Lucro Líquido

    (-) Despesas

    (-) Impostos

    Prod. A Prod. B Total

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 38

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    Características

    Vantagens Desvantagens

    • Fixação de preços de venda maisreais, pois engloba todos os cus-

    tos da empresa nos custos unitá-rios dos produtos.

    • Os custos dos produtos não po-derão ser comparados em bases

    unitárias quando houver altera-ções no volume de produção.

    • A forma de atribuição de custosindiretos é feita por meio de ra-teios, o que complica e aumenta otrabalho administrativo, além deconferir um grau de subjetividadea essa atribuição.

    • Não oferece informações su-ficientes para a tomada de deci-sões, já que muitas das decisõesse baseiam em análise separada

    dos custos fixos e variáveis: nãopermite análise do tipo relaçãoCusto/Volume/Lucro.

    • Dificulta o controle orçamentá-rio e a determinação de padrões.

    • Baseia-se nos Princípios Funda-mentais de Contabilidade.

    • Demonstra índices de liquidezmais reais.

    • É aceito no Brasil, aceito pelo sco.

    Exemplo:

    A empresa BB a bordo Ltda. produz dois tipos de carrinhos infantis (BB 1 e

    BB 2) que em determinado período de tempo apresentou os dados constan-

    tes na tabela abaixo. Ao exposto, determinar pelo método de custeio por

    absorção o resultado do exercício e os valores dos estoques.

    Itens BB 1 BB 2

    Produção (em Unidades) 95.500 840.000

    5,80 6,30

    83.200 132.000

    290.000

    38.000

    72.000

    138.000

    26.000

    55.000

    Preço de Venda ($)

    Quantidade vendida (em unidades)

    Valor da Matéria-prima ($)

    Materiais Secundários ($)

    Materiais Secundários ($)

    Informações adicionais ao exercício:

    • Seguro da fabrica - $ 19.000

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 39

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    • Aluguel da fábrica - $ 21.000

    • Força motriz - $ 57.000

    • Total de despesas - $ 41.000

    • Gastos dos departamentos de apoio à produção - $ 62.000

    • ICMS – 18%

    Observação: Ratear o CIF total de forma diretamente proporcional às maté-

    rias-primas.

    Solução:

    1) Rateio dos CIF

    2) Quadro Auxiliar:

    Itens

    Itens

    Matérias Primas 138.000,00 290.000,00 428.000,00

    64.000,00

    492.000,00

    127.000,00

    619.000,00

    159.000,00

    778.000,00

    38.000,00

    328.000,00

    72.000,00

    400.000,00

    107.733,64

    507.733,64

    840.0000,60

    132.000

    79.200,00 314.656,00

    459.609,00

    708.000

    424.800,00

    26.000,00

    164.000,00

    55.000,00

    219.000,00

    51.266,36

    270.266,36

    95.5002,83

    83.200

    235.456,00

    12.300

    34.809

    (+) Materiais Secundários

    (=) Materiais Diretos

    (+) MOD

    (=) Custo Direto

    (+) CIF

    (=) CPP

    (-) Produção (unidades)(=) Custo unitário (Ca)

    Ca x Vendas (unidades)

    (=) CPV

    Ca x Estoque Físico

    (=) Estoque Final - $

    BB 1 BB 2 Total

    Total $428.000,00 $159.000,00

    $51.266,36$138.000,00

    $290.000,00 $107.733,64

    BB 1

    BB 2

    Matéria-prima CIF

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 40

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    Itens

    Receita Operacional Bruta 482.560,00 831.600,00 1.314.160,00

    236.548,80

    1.077.611,20

    314.656,00

    762.955,20

    41.000

    721.955,20

    149.688,0086.860,80

    395.699,20 681.912,00

    79.200,00235.465,00

    160.423,20 602.712,00

    (-) Impostos

    (=) Receita Operacional Líquida

    (-) CPV

    (=) Lucro Bruto

    (-) Despesas

    (=)Lucro Líquido

    BB 1 BB 2 Total

    3) Quadro de resultados

    Custeio variável (ou gerencial)É o método de custeio que consiste em apropriar aos produtos somente os

    custos variáveis, sejam diretos ou indiretos. A diferença entre esse método e

    o custeio por absorção reside no tratamento dado aos custos fixos. Enquan-to no custeio por absorção os custos fixos são rateados aos produtos, no

    custeio variável são tratados como custos do período, indo diretamente para

    o resultado do exercício. (Megliorini, 2007)

    Características

    Vantagens Desvantagens

    • Independentemente do volumede produção, os custos dos pro-dutos podem ser analisados embases unitárias.

    • Conflita com os princípios con-tábeis aceitos.

    • Pode prejudicar a análise porparte dos credores no que se refe-re aos índices de liquidez e capitalcirculante líquido.

    • Desconsidera os custos fixos nadeterminação do preço de venda.

    • Fragilidade no entendimento

    sobre custos fixos e variáveis – oscustos fixos não são completa-mente fixos e tampouco os variá-veis são completamente variáveis(separação categórica).

    • No Brasil, não atende aos às exi-gências fiscais.

    • Facilidade na apuração e apre-sentação de informes gerenciais.

    • Maior gerenciamento sobre oscustos fixos, por constarem separa-damente nas demonstrações.

    • Facilita a elaboração e controle de

    orçamentos e a determinação e ocontrole de padrões.

    • Fornece mais instrumentos decontrole gerencial.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 41

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    Custo-padrãoCusto-padrão é aquele que se pode determinar a priori e é possível de al-

    cançar, pois levam em consideração eventuais imperfeições nas condições

    ambientais, empresariais e de mercado. Assim, não deve ser visto nem como

    custo ideal nem como custo estimado. (Megliorini, 2007)

    Em síntese, o custo-padrão é o custo planejado para um produto e, como tal,

    deve ser calculado antes da produção. Sua utilização é mais adequada em

    empresas que fabricam produtos padronizados em série do que em empre-

    sas que produzem sob encomenda, em razão das especificidades dos itens

    fabricados, exceto quando nessas empresas fabricam-se produtos iguais em

    lotes. (Megliorini, 2007)

    Características

    Custeio ABCO custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) é uma me-

    todologia que surgiu como instrumento da análise estratégica de custos re-

    lacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos da

    empresa. (Oliveira & Perez Jr., 2009)

    A metodologia do custeio baseado em atividades parte do principio de que todos

    os custos incorridos numa empresa acontecem na execução de atividades como:

    • Contratar mão de obra.

    • Comprar matérias-primas.

    Vantagens Desvantagens

    • Eliminação de falhas nos processosprodutivos.

    • Não atende às exigências do sco.

    • Aprimoramento dos controles.

    • Instrumento de avaliação do de-sempenho.

    • Contribuir para o aprimoramen-to dos procedimentos de apuraçãodo custo real.

    • Rapidez na obtenção das infor-mações.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 42

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    • Pagar salários e fornecedores.

    • Transportar mercadorias.

    • Faturar e receber.

    • Etc.

    A execução de tais atividades é que determina o consumo dos recursos da

    empresa, e, portanto, dos custos de produção. Partindo desse pressuposto,

    são as atividades que devem estar sob cuidadosa observação e análise pela

    Contabilidade Gerencial e de Custos. (Oliveira & Perez Jr., 2009)

    Características

    Vantagens Desvantagens

    • O sistema ABC utiliza o critériode rateio somente nos casos emque não for possível a atribuição docusto para determinada atividade

    • Não encontra viabilidade em em-presas de pequeno e médio porte.

    • Método burocrático.• Identifica os direcionadores decustos, o que facilita a identifica-ção de custos desnecessários, quenão agregam valor.

    • Atribui os custos indiretos aos pro-dutos de maneira coerente com a uti-lização de recursos consumidos paraa execução das atividades necessárias.

    Atividades práticas1. Qual o método de custeio que demonstra os saldos dos estoques, o custo

    da produção do período e permite apurar a situação patrimonial no Balanço?

    a. ABC.

    b. Variável

    c. Absorção.

    d. Padrão.

    2. No método do custeio por absorção, a obtenção do CPP de cada produto

    ocorre a partir do momento em que foram calculados:

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 43

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    a. Os CD e os CIF.

    b. Os CV e as DV.

    c. As DV e as DF.

    d. Os CD e as DF.

    3. Determinar pelo método de custeio por absorção o resultado do exercício

    e os valores dos estoques de uma empresa que produz e vende dois tipos de

    produtos e que em um certo período apresentou as seguintes características:

    Demais informações para realização dos cálculos:

    • IR – 20%

    • Despesas administrativas – R$ 11.000

    • Despesas comerciais – R$ 18.000

    • Despesas nanceiras – R$ 6.000

    • Seguro de fábrica – R$ 24.000

    • Aluguel da fábrica – R$ 36.000

    • Energia elétrica da fábrica – R$ 55.000

    Itens Produtos A Produtos B

    Produção (em unidades) 86.000 124.000

    68.000 102.000

    141.320 211.980

    30.000 45.000

    48.600 59.400

    4,00 6,00Preço de venda (R$)

    Quantidade vendida(em unidades)

    Valor da matéria-prima(R$)

    Materiais secundários(R$)

    MOD (R$)

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 44

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    46/60

    UNIDADE 5 - Orçamento

    IntroduçãoO uso de orçamentos na administração empresarial ganhou importância en-

    tre os anos 1950 e 1960, quando grandes empresas passaram a empregá-los

    em suas operações. Também neste período surgiram inúmeras contribuições

    de pesquisadores que promoviam o debate e apresentação de estudos so-

    bre o tema. Destacam-se pelas contribuições os autores Welsch, Gordon e

    Hilton, entre outros, que difundiram o orçamento empresarial pelo mundo.

    O orçamento empresarial é um plano contendo as metas operacionais das

    diferentes áreas a serem controladas no próximo período. É um plano elabo-rado para um nível de atividade, conforme demonstrado na Figura 11.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 46

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    • Estimativa do valor da receita total que será obtida com as vendas.

    • Condições básicas de venda (a vista ou a prazo).

    • Projeta custos de fabricação.

    • Estima despesas relacionadas as vendas, distribuição e administrativas

    Assim, o orçamento de vendas é a base para todas as outras peças orçamen-

    tárias da organização (vide Figura 12).

    Figura 12 - Exemplo de metas do orçamento de vendas

    Orçamento de Produção ou FabricaçãoQuando a peça orçamentária de vendas for completada, a próxima fase a ser

    realizada é o orçamento de fabricação. O objetivo é assegurar um nível de

    fabricação suficiente para atender a demanda prevista de vendas.

    Segundo os autores, Wood e Sangster (1996, p.445) é imperioso levar em

    consideração nas estimativas de fabricação os seguintes fatores: espaço de

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 48

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

    49/60

    armazenamento, disponibilidade de mão de obra, prazo de entrega de ma-

    teriais, capacidade dos equipamentos, entre outros. Complementando, Zda-

    nowicz (1998, p. 71-79) descreve que são necessários os totais em termos

    de volume, política de estoques, capacidade de produção, adequação das

    instalações, disponibilidade de matéria prima e mão de obra e determinação

    das escalas ou lotes de produção.

    Após preparar as estimativas de materiais que são exigidos para atender o

    nível de fabricação orçado, definem-se os custos relacionados à fabricação:

    matéria prima, mão de obra e custos indiretos de fabricação.

    Figura 13 - Exemplo de metas de orçamento de fabricação

    Orçamento dos custos de matéria-prima (MP)A área de fabricação elabora as necessidades de materiais e o setor de com-

    pras providencia a aquisição das quantidades estimadas. O objetivo é com-prar estes materiais no momento certo e ao preço planejado.

    O orçamento de matéria prima define padrões de consumo ou o quociente

    entre a quantidade de cada tipo de matéria prima e o volume físico de pro-

    dução, quocientes entre consumo de matéria prima de horas de MOD ou de

    horas máquina e estudos de padrões de engenharia.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 49

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    Orçamento dos custos de mão-de-obra direta – MOD

    O orçamento de mão de obra é de responsabilidade dos gerentes dos res-

    pectivos departamentos que compõem a fase de fabricação. São determina-

    das as horas necessárias para atender a fabricação estimada. Onde existem

    diferentes níveis de complexidade de mão de obra, estes devem ser específi-cos em separado no momento da elaboração do orçamento.

    O objetivo macro do orçamento de mão de obra direta é estimar a necessi-

    dade de recursos humanos, recrutamento, treinamento, avaliação e especi-

    ficação de tarefas, avaliação de desempenhos, negociação com sindicatos e

    administração salarial.

    O orçamento de mão de obra direta tem como procedimentos a determi-

    nação do número de horas necessárias para produzir cada produto, taxasmédias de remuneração por departamento, centro de custos ou operação.

    Além de estimar relações diretas entre o custo de MOD e alguma medida

    de volume, estabelecer critérios para a determinação do pessoal necessário

    em função das horas estimadas, transformadas em número de empregados.

    Orçamento dos custos indiretos de fabricação (CIF)Cabe aos gerentes dos respectivos departamentos de fabricação a elabora-

    ção do orçamento dos custos indiretos de fabricação (CIF), sendo que o total

    dos custos orçados é fortemente influenciado pelo comportamento individu-

    al dos demais custos e método de fabricação. Sua principal contribuição está

    na previsão dos custos indiretos esperados para o período.

    Abaixo exemplo de um orçamento dos custos indiretos de fabricação (CIF):

    Figura 14 - Exemplo de metas de orçamento MOD

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 50

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    Figura 15 - Exemplo de orçamento dos Custos Indiretos de Fabricação

    Orçamento das Despesas de Vendas e Adminis-trativasA elaboração do orçamento de despesas de vendas e administrativas in-

    clui todos os gastos necessários a realização das atividades operacionais daempresa e abarca itens relacionados a: pessoal, viagens, telefonia, correios,

    material de suprimento, depreciações de bens (escritório), seguros, taxas,

    energia elétrica entre outros.

    Entretanto, em muitas organizações os orçamentos de despesas são elabora-

    dos por diferentes gerentes. O gerente de vendas elabora o orçamento de des-

    pesas de vendas e o gerente de administração é o responsável pelo orçamento

    da administração, e assim sucessivamente para os demais departamentos.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 51

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    Figura 16 - Orçamento de Despesas de Vendas e Administrativas

    Orçamento da Demonstração do ResultadoA elaboração do orçamento da Demonstração do Resultado do Exercício

    (DRE) é elaborada com base nos orçamentos operacionais: orçamento de

    vendas, orçamento de fabricação e orçamento de despesas operacionais.

    Uma das principais peças orçamentárias o orçamento do demonstrativo de

    resultado, informa qual a projeção de receitas e despesas que serão geradasao longo do período orçado. Tal projeção permite a empresa analisar e ava-

    liar os resultados obtidos, bem como corrigir algum desvio.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 52

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    Figura 17 - Exemplo de Orçamento – DRE

    Atividades Práticas

    1. O que vem a ser orçamento empresarial?

    2. Conceitue orçamento de vendas.

    3. Cite alguns tipos de orçamentos que compõem o orçamento empresarial.

    4. Conceitue orçamento dos custos de matéria-prima (MP).

    5. Explique o que vem a ser orçamento das despesas de vendas e administrativas.

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    Sites úteis

    Lista com alguns sites úteis para consulta e orientações:

    http://www.anefac.com.br/Pages/Default.aspx

    http://www.cpc.org.br/index.php

    http://www.cfc.org.br/ 

    http://www.crcmg.org.br/ 

    http://www.fenacon.org.br/ 

    http://www.iiabrasil.org.br/new/ 

    http://www.ifac.org/ 

    http://www.iob.com.br/ 

    http://classecontabil.uol.com.br/ 

    http://www.contabilista-br.com.br/pags/index.asp

    http://www.repec.org.br/index.php/repec

    http://www.previdenciasocial.gov.br/ 

    http://www.receita.fazenda.gov.br/default.htm

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 54

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    Gabarito

    Módulo I

    1-B; 2-A; 3-C; 4-C; 5-A

    Módulo II1 B 5 D 9 C2 C 6 C 10 C3 B 7 C4 C 8 D

    Módulo III1 B 5 A 9 A

    2 A 6 B 10 C3 C 7 B4 B 8 C

    11.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 55

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    12.

    13.

    a) R$ 160.000

    b) R$ 210.000

    14.

    CPP – R$ 1.280.000

    Módulo IV

    1-C; 2-A; 3-C

    4. Resultado: Lucro líquido – R$ 100.656

    Estoques: Produto A – R$ 59.400 e Produto B – R$ 73.260 – Estoque total

    – R$ 132.660

    5. O termo método de custeio – corresponde a forma de apuração de custosempregado pela empresa para identificar o custo de um determinado produto.

    6. Corresponde ao método de custeio que consiste na alocação de todos os

    custos (diretos e indiretos) em cada fase da produção. Neste caso, todos os

    gastos que participam da elaboração dos produtos fabricados deverão ser

    absorvidos por eles. (Dubois, Kulpa, & Souza, 2009)

    7. Vantagens e desvantagens:

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 56

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    Vantagens Desvantagens

    • Fixação de preços de venda maisreais, pois engloba todos os cus-tos da empresa nos custos unitá-rios dos produtos.

    • Os custos dos produtos não po-derão ser comparados em basesunitárias quando houver altera-ções no volume de produção.

    • A forma de atribuição de custosindiretos é feita por meio de ra-teios, o que complica e aumenta otrabalho administrativo, além deconferir um grau de subjetividadea essa atribuição.

    • Desconsidera os custos fixos nadeterminação do preço de venda.

    •Não oferece informações sufi-cientes para a tomada de deci-sões, já que muitas das decisõesse baseiam em análise separada

    dos custos fixos e variáveis: nãopermite análise do tipo relaçãoCusto/Volume/Lucro.

    • Diculta o controle orçamentário ea determinação de padrões.

    • Baseia-se nos Princípios Funda-mentais de Contabilidade.

    • Maior gerenciamento sobre oscustos fixos, por constarem separa-damente nas demonstrações.

    • Demonstra índices de liquidezmais reais.

    • É aceito no Brasil, aceito pelo sco.

    8. É o método de custeio que consiste em apropriar aos produtos somente

    os custos variáveis, sejam diretos ou indiretos. A diferença entre esse mé-

    todo e o custeio por absorção reside no tratamento dado aos custos fixos.

    Enquanto no custeio por absorção os custos fixos são rateados aos produtos,

    no custeio variável são tratados como custos do período, indo diretamentepara o resultado do exercício. (Megliorini, 2007)

    9. Custo-padrão é aquele que se pode determinar a priori e é possível de

    alcançar, pois levam em consideração eventuais imperfeições nas condições

    ambientais, empresariais e de mercado. Assim, não deve ser visto nem como

    custo ideal nem como custo estimado. (Megliorini, 2007) Em síntese, o custo-

    -padrão é o custo planejado para um produto e, como tal, deve ser calculado

    antes da produção. Sua utilização é mais adequada em empresas que fabri-

    cam produtos padronizados em série do que em empresas que produzem sobencomenda, em razão das especificidades dos itens fabricados, exceto quan-

    do nessas empresas fabricam-se produtos iguais em lotes. (Megliorini, 2007)

    10. O custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) é uma

    metodologia que surgiu como instrumento da análise estratégica de custos

    relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos

    da empresa. (Oliveira & Perez Jr., 2009)A metodologia do custeio baseado

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 57

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    em atividades parte do principio de que todos os custos incorridos numa

    empresa acontecem na execução de atividades como:

    o Contratar mão de obra.

    o Comprar matérias-primas.

    o Pagar salários e fornecedores.

    o Transportar mercadorias.

    o Faturar e receber.

    o Etc.

    A execução de tais atividades é que determina o consumo dos recursos da

    empresa, e, portanto, dos custos de produção. Partindo desse pressuposto,

    são as atividades que devem estar sob cuidadosa observação e análise pela

    Contabilidade Gerencial e de Custos. (Oliveira & Perez Jr., 2009)

    Módulo V1. O orçamento empresarial é um plano contendo as metas operacionais

    das diferentes áreas a serem controladas no próximo período. É um planoelaborado para um nível de atividade.

    2. O orçamento de vendas (previsão) constitui-se no ponto de partida do

    orçamento empresarial. Segundo Sanvicente e Santos (2000, p.43): “o or-

    çamento de vendas constitui-se em um planejamento de vendas futuras da

    empresa, para um determinado período de tempo”.Ao exposto, o orçamen-

    to de vendas estima as quantidades de cada produto que a empresa planeja

    vender e o preço a ser praticado. Desta forma, a presente peça orçamentária

    é capaz de compilar informações como:

    Estimativa do valor da receita total que será obtida com as vendas.

    Condições básicas de venda (a vista ou a prazo).

    Projeta custos de fabricação.

    Técnico emAdministraçãoe-Tec Brasil 58

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    Estima despesas relacionadas as vendas, distribuição e administrativas

    3. Orçamento de vendas; Orçamento de produção ou fabricação; Orçamen-

    to dos custos de matéria prima; Orçamento dos custos de MOD; Orçamento

    dos custos indiretos de fabricação; Orçamento das despesas de vendas e

    administrativas; Orçamento da demonstração do resultado

    4. O orçamento de matéria prima define padrões de consumo ou o quocien-

    te entre a quantidade de cada tipo de matéria prima e o volume físico de

    produção, quocientes entre consumo de matéria prima de horas de MOD ou

    de horas máquina e estudos de padrões de engenharia.

    5. A elaboração do orçamento de despesas de vendas e administrativas in-

    clui todos os gastos necessários a realização das atividades operacionais da

    empresa e abarca itens relacionados a: pessoal, viagens, telefonia, correios,material de suprimento, depreciações de bens (escritório), seguros, taxas,

    energia elétrica entre outros.

    e-Tec BrasilCustos e Orçamentos 59

  • 8/19/2019 Apostila Custos e Orcamento - Tecnico em Administração

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    BibliografiaBRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo:

    Atlas, 1995.

    CORONADO, O. (2006). Contabilidade gerencial básica. São Paulo: Saraiva.

    DUBOIS, A.; KULPA, L.; SOUZA, L. E. (2009). Gestão de custos e formação de

    preços: conceitos, modelos e instrumentos: uma abordagem do capital de

    giro e da margem de competitividade (3 ed.). São Paulo: Atlas.

    MEGLIORINI, E. (2007). Custos: análise e gestão (2 ed.). São Paulo: Pearson

    Prentice Hall.

    OLIVEIRA, L. M., & Perez Jr., J. H. (2009). Contabilidade de custos para não

    contadores (4 ed.). Atlas.

    SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. C. Orçamento na administração de empre-

    sas - Planejamento e Controle. São Paulo: Atlas, 2000.

    ZDANOWICZ, J. E. Orçamento Operacional. Porto Alegre: Editora Sagra, 1989.

    WELSCH, G. A. Orçamento Empresarial. São Paulo: Atlas, 1983

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