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ANO 12 – Nº 2220 – SÃO PAULO, 19 A 25 DE JUNHO DE 2009 – R$ 2,00 www.jornalnippak.com.br Trem-bala tem tudo para ser sucesso no Brasil, afirmam empresários japoneses Símbolo de status e tecnolo- gia, o trem-bala japonês, ou shinkansen, tem tudo para ser um sucesso no Brasil. Pelo menos na visão do empresa- riado nipônico. Em seminário realizado na última terça-fei- ra (16), em Brasília, lideran- ças de ambos os países, bem como autoridades políticas, discutiram a funcionalidade e os benefícios da implementa- ção do sistema em solo bra- sileiro. Ao que tudo indica, ––—–——–––—––––––—––––––––——––—–| pág 03 ganharam a confiança de boa parte dos presentes ao apre- sentarem um mix de know how impecável e um históri- co favorável – até hoje, um dos pilares da economia ja- ponesa é justamente o trans- porte coletivo. Promovido pelo Grupo Parlamentar Bra- sil-Japão, sob coordenação do deputado federal Walter Ihoshi (DEM – SP), o semi- nário ganhou um tom menos político e mais técnico. RODRIGO MEIKARU ––—–—––—–——–––—––––––—––––—–——–––—––––––—–—–––—––––––—––––––––——––—–| pág 12 9º ZENKARA BRASIL O Grand Prix do 9º Brasil Zenkara Matsuri, realizado no último dia 14, nas depen- dências do Bunkyo (Socieda- de Brasileira de Cultura Japo- nesa e de Assistência Social), em São Paulo, confirmou o talento de uma jovem pro- messa da comunidade nipo- brasileira. Trata-se da campineira Mariana Kataoka, de apenas 17 anos, que, na final, superou 16 campeões de suas respectivas categori- as. Filha mais velha do casal Celia Kataoka e Marcos Volpato, Mariana ficou emo- cionada com a conquista. “Foi um título inesperado. Jamais imaginava vencer um concur- so tão importante”, disse, uma humilde Mariana, que fez questão de lembrar de suas primeiras aulas de canto com a professora Satiko Ono, no Instituto Cultural Nipo-Brasi- leiro de Campinas. ––—–——––––—–——–––—–––––——––—–| pág 04 A ministra japonesa Yoko Obuchi, chefe do escritório para Promoção de Medidas para Estrangeiros, garantiu apoio ao acordo previdenci- ário Brasil-Japão que está sendo negociado. A ministra se reuniu no último dia 12 com integrantes da missão oficial que viajou àquele país, chefi- ada pelo secretário-executivo do Ministério da Previdência DIVULGAÇÃO Governo japonês apóia acordo previdenciário Social (MPS), Carlos Eduar- do Gabas. Yoko Obuchi dis- se que irá transmitir uma men- sagem às autoridades japone- sas sobre “a importância da conclusão desse acordo” e anunciou que irá cobrar mais empenho, que signifique avan- ços na negociação. Ela é filha do ex-primeiro ministro Keizo Obuchi, que já residiu no Bra- sil e tem parentes no país. A Sociedade Brasileira e Ja- ponesa de Beneficência Santa Cruz que gerencia o Hospital Santa Cruz comemorou no dia 15 de junho no Espaço Rosa Rosarum, em Pinheiros, 70 anos de atividades na área da saúde brasileira. Na abertura do evento que contou com a participação de diversas per- REPRODUÇÃO Santa Cruz festeja 70 anos investindo em projetos ––—–——––––—–——–––—–––––——––—–| pág 10 sonalidades nikkeis, o presi- dente Kenji Nakiri destacou que o progresso cada vez mais rápido exigirá mais eficiência resolutiva e humana e que o DNA do hospital significa o espírito dos fundadores e pio- neiros que cuidaram do esta- belecimento ao longo dos 70 anos de atividades. De hoje (19) até domingo (21), a comunidade nipo-bra- sileira de Curitiba (PR) cele- bra o 19º Festival do Imigran- te Japonês, no Pavilhão de Exposições do Parque Barigui. O evento é conside- rado uma das maiores cele- brações gastronômicas e fol- clóricas da comunidade nipo- brasileira da capital paranaen- se. O Imin Matsuri é uma re- alização da Comunidade Nipo-brasileira de Curitiba com apoio da Prefeitura. Capital paranaense celebra o Festival do Imigrante –––––––——––—–| pág 05 Em comemoração aos 101 anos da imigração, a Impren- sa Oficial e Arquivo Público do Estado de São Paulo lan- çaram, no último dia 18 o li- vro “Kasato Maru – uma vi- agem pela história da imigra- ção japonesa”. Com textos de Célia Sakurai e Jeffrey Lesser, a publicação traz a reprodu- ção do ofício enviado pelo cônsul brasileiro no Japão às vésperas da histórica traves- sia e da lista de passageiros que embarcaram em Kobe. Livro reproduz documentos da saga da imigração –––––––——––—–| pág 07 No próximo dia 4 de julho, os paulistanos, principalmente, a comunidade nikkei poderá des- frutar de uma autêntica festa julina, o Arraial do Giants, que é organizada pela São Paulo Giants Beisebol e Softbol Clube, tradicional agremiação beisebolística, e oito entidades nipo- brasileiras da zona Norte da Capital e da União Cultural São Paulo Norte. ––——–——––––—–——–––—–——––––—–——–––—–––––—–—––—–| pág 09 Nikkey Matsuri e Giants preparam maior festa julina

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Page 1: ANO 12 – Nº 2220 – SÃO PAULO, 19 A 25 DE …...2018/02/19  · São Paulo, 19 de junho de 2009 JORNAL NIPPAK 3 TRANSPORTES Japoneses mostram benefícios e tecnologias para vencer

ANO 12 – Nº 2220 – SÃO PAULO, 19 A 25 DE JUNHO DE 2009 – R$ 2,00www.jornalnippak.com.br

Trem-bala tem tudo para ser sucesso noBrasil, afirmam empresários japonesesSímbolo de status e tecnolo-gia, o trem-bala japonês, oushinkansen, tem tudo paraser um sucesso no Brasil. Pelomenos na visão do empresa-riado nipônico. Em semináriorealizado na última terça-fei-ra (16), em Brasília, lideran-ças de ambos os países, bemcomo autoridades políticas,discutiram a funcionalidade eos benefícios da implementa-ção do sistema em solo bra-sileiro. Ao que tudo indica,

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ganharam a confiança de boaparte dos presentes ao apre-sentarem um mix de knowhow impecável e um históri-co favorável – até hoje, umdos pilares da economia ja-ponesa é justamente o trans-porte coletivo. Promovidopelo Grupo Parlamentar Bra-sil-Japão, sob coordenaçãodo deputado federal WalterIhoshi (DEM – SP), o semi-nário ganhou um tom menospolítico e mais técnico.

RODRIGO MEIKARU

––—–—––—–——–––—––––––—––––—–——–––—––––––—–—–––—––––––—––––––––——––—–| pág 12

9º ZENKARA BRASIL –O Grand Prix do 9º BrasilZenkara Matsuri, realizadono último dia 14, nas depen-dências do Bunkyo (Socieda-de Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social),

em São Paulo, confirmou otalento de uma jovem pro-messa da comunidade nipo-brasileira. Trata-se dacampineira Mariana Kataoka,de apenas 17 anos, que, nafinal, superou 16 campeões

de suas respectivas categori-as. Filha mais velha do casalCelia Kataoka e MarcosVolpato, Mariana ficou emo-cionada com a conquista. “Foium título inesperado. Jamaisimaginava vencer um concur-

so tão importante”, disse, umahumilde Mariana, que fezquestão de lembrar de suasprimeiras aulas de canto coma professora Satiko Ono, noInstituto Cultural Nipo-Brasi-leiro de Campinas.

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A ministra japonesa YokoObuchi, chefe do escritóriopara Promoção de Medidaspara Estrangeiros, garantiuapoio ao acordo previdenci-ário Brasil-Japão que estásendo negociado. A ministrase reuniu no último dia 12 comintegrantes da missão oficialque viajou àquele país, chefi-ada pelo secretário-executivodo Ministério da Previdência

DIVULGAÇÃO

Governo japonês apóiaacordo previdenciário

Social (MPS), Carlos Eduar-do Gabas. Yoko Obuchi dis-se que irá transmitir uma men-sagem às autoridades japone-sas sobre “a importância daconclusão desse acordo” eanunciou que irá cobrar maisempenho, que signifique avan-ços na negociação. Ela é filhado ex-primeiro ministro KeizoObuchi, que já residiu no Bra-sil e tem parentes no país.

A Sociedade Brasileira e Ja-ponesa de Beneficência SantaCruz que gerencia o HospitalSanta Cruz comemorou no dia15 de junho no Espaço RosaRosarum, em Pinheiros, 70anos de atividades na área dasaúde brasileira. Na aberturado evento que contou com aparticipação de diversas per-

REPRODUÇÃO

Santa Cruz festeja 70 anosinvestindo em projetos

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sonalidades nikkeis, o presi-dente Kenji Nakiri destacouque o progresso cada vez maisrápido exigirá mais eficiênciaresolutiva e humana e que oDNA do hospital significa oespírito dos fundadores e pio-neiros que cuidaram do esta-belecimento ao longo dos 70anos de atividades.

De hoje (19) até domingo(21), a comunidade nipo-bra-sileira de Curitiba (PR) cele-bra o 19º Festival do Imigran-te Japonês, no Pavilhão deExposições do ParqueBarigui. O evento é conside-rado uma das maiores cele-brações gastronômicas e fol-clóricas da comunidade nipo-brasileira da capital paranaen-se. O Imin Matsuri é uma re-alização da ComunidadeNipo-brasileira de Curitibacom apoio da Prefeitura.

Capital paranaensecelebra o Festivaldo Imigrante

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Em comemoração aos 101anos da imigração, a Impren-sa Oficial e Arquivo Públicodo Estado de São Paulo lan-çaram, no último dia 18 o li-vro “Kasato Maru – uma vi-agem pela história da imigra-ção japonesa”. Com textos deCélia Sakurai e Jeffrey Lesser,a publicação traz a reprodu-ção do ofício enviado pelocônsul brasileiro no Japão àsvésperas da histórica traves-sia e da lista de passageirosque embarcaram em Kobe.

Livro reproduzdocumentos dasaga da imigração

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No próximo dia 4 de julho, os paulistanos, principalmente, a comunidade nikkei poderá des-frutar de uma autêntica festa julina, o Arraial do Giants, que é organizada pela São PauloGiants Beisebol e Softbol Clube, tradicional agremiação beisebolística, e oito entidades nipo-brasileiras da zona Norte da Capital e da União Cultural São Paulo Norte.––——–——––––—–——–––—–——––––—–——–––—–––––—–—––—–| pág 09

Nikkey Matsuri e Giants preparam maior festa julina

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 19 de junho de 2009

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Afonso José de Sousa

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

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SANTA CRUZ – A Sociedade Brasileira e Japonesa de Beneficência Santa Cruz, entidademantenedora do Hospital Santa Cruz, comemorou no dia 15 de junho no Espaço Rosa Rosarum,em Pinheiros, 70 anos de atividades na área da saúde brasileira. (Leia mais na pág 10)

FESTIVAL NIPO-BRASILEIRO – O Instituto Cultural Nipo-Brasileiro de Campinas reali-zou nos dias 13 e 14 de junho, em sua sede, o 5º Festival do Japão. O destaque especial ficou porconta da cantora Mariko Nakahira, que mais uma vez encantou a plateia. As atrações incluíramainda cantores nikkeis como Renato Chibana, Karen Ito, Norton Miyasake, Lílian Tangoda,Érika Pedrão, Sergio Tanigawa, Fábia Miyasake e Yoshiaki Shinde. A programação teve aindamanifestações artísticas e exposições de produtos japoneses, além de comidas típicas (leia maisna página 12). Fotos: Celia Kataoka e Marcos Volpato

IMIGRAÇÃO EM SANTO ANDRÉ –Uma sessão solene realizada no dia 16 de ju-nho pela Câmara Municipal de Santo Andréhomenageou dois representantes da comunida-de nikkei do ABC Paulista, como parte dascomemorações do Dia dos Imigrantes Japone-ses e seus Descendentes. Na ocasião foramhomenageados o coordenador da Associaçãode Sumô do Grande ABC, Saburo Kuwabara eo presidente do Conselho Deliberativo da Soci-edade Cultural ABC, Massayuki Okubaro, emvirtude dos relevantes serviços prestados paraa comunidade nipo-brasileira da região do ABC.

REGISTRO – O Bunkyo de Registro, RBBCe Prefeitura Municipal de Registro promove-ram a 14ª Festa do Sushi no Ginásio de Espor-tes do RBBC nos dias 13 e 14 de junho, com oapoio do Banco Real e Sabesp. Nesta festa,além de Registro e cidades vizinhas, vieramvisitantes de São Paulo, Capão Bonito, Curiti-ba, Suzano, e outras reunindo cerca de 5000pessoas em 2 dias. A cerimônia de abertura, nodia 13, contou com as presenças dos deputa-dos federais Walter Ihoshi e Arnaldo Madeira;do deputado estadual Samuel Moreira da Sil-va; da prefeita Sandra Kennedy Viana; e doprefeito de Cajati, Luiz Henrique Koga. Nasfotos, em sentido horário: Ikezumi Saburo, de84 anos; Ito, Satoro Sasaki, Rubens Shimizu eHisashi Itani; Harumi Kabu, Tadahisa Nishi,Mitsuki Arai (sentados), Zenki Sato, YoshiakiYamamura, Satoro Sasaki e o gerente do Ban-co Real, Ricardo Yada (em pé)

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São Paulo, 19 de junho de 2009 JORNAL NIPPAK 3

TRANSPORTES

Japoneses mostram benefícios e tecnologiaspara vencer licitação do trem de alta velocidade

Símbolo de status e tecnologia, o trem-bala japonês, ou shinkansen,

tem tudo para ser um sucessono Brasil. Pelo menos na vi-são do empresariado nipônico.Em seminário realizado na úl-tima terça-feira (16), em Bra-sília, lideranças de ambos ospaíses, bem como autoridadespolíticas, discutiram a funcio-nalidade e os benefícios da im-plementação do sistema emsolo brasileiro. Ao que tudo in-dica, ganharam a confiança deboa parte dos presentes aoapresentarem um mix deknow how impecável e umhistórico favorável – até hoje,um dos pilares da economiajaponesa é justamente o trans-porte coletivo.

Promovido pelo Grupo Par-lamentar Brasil-Japão, sob co-ordenação do deputado fede-ral Walter Ihoshi (DEM – SP),o seminário ganhou um tommenos político e mais técnico.A ênfase dos discursos dostrês painéis sobre o TAV(Trem de Alta Velocidade) éde que pode ser implementadoantes do prazo. Para tanto, ogoverno japonês não vai me-dir esforços para ter o seumodelo aplicado na ligação dealta velocidade entre Campi-nas-São Paulo-Rio de Janeiro.

Um dos mais entusiasma-dos com a ideia é o diretor ge-ral do Ministério de Terra, In-fraestrutura, Transporte e Tu-rismo do Japão, Hiroshi Saeki.Nos seus quase 30 minutos dediscurso, mostrou o quanto osjaponeses estão interessadosem alinhar com os brasileiroso projeto. Segundo ele, “o Bra-sil é um país que se adaptarámuito bem com o trem de altavelocidade, principalmente de-vido às condições favoráveise fortalecimento da econo-mia”.

“O Japão construiu sua pri-

Com a confirmação doBrasil como sede da Copa doMundo em 2014, a hora é deacelerar – literalmente. Paragarantir uma infraestruturaimpecável, o Governo Fede-ral promete colocar em fun-cionamento o TAV (Trem deAlta Velocidade) para ligar ascidades de São Paulo e Riode Janeiro. Para tanto, a mi-nistra da Casa Civil, DilmaRoussef, confirmou que oedital da licitação deverá serpublicado no segundo semes-tre deste ano, provavelmenteem outubro ou novembro. Jáa confirmação do vencedorvirá até março de 2010.

No momento, o BancoNacional de Desenvolvimen-to Econômico e Social(BNDES) desenvolve umestudo de viabilidade paraimplantação do projeto e oórgão federal deverá divulgar

Licitação está previstapara fim do ano

informações mais detalhadassobre o traçado previsto e ademanda estimada de passa-geiros. No total, o projetoestá orçado em US$ 15 bi-lhões.

Nos estudos feitos até omomento, o projeto prevê aligação ferroviária por meiodo TAV entre as cidades deCampinas, São Paulo e Riode Janeiro, em um trajeto de520 quilômetros, com esta-ções, possivelmente, em Jun-diaí, Guarulhos, São José dosCampos, Resende e VoltaRedonda. Os possíveis valo-res de tarifa ainda não foramdefinidos, mas a proposta doGoverno Federal é oferecerao consórcio responsávelpela implantação a explora-ção comercial e imobiliária noentorno das estações parabaratear a tarifa.

(RM)

Além do seminário emBrasília, a comitiva japonesaformada por executivos daMitsui, Mitsubishi e outrasempresas, participou de umencontro com o prefeito deCampinas (SP), Hélio de Oli-veira Santos, na última quar-ta-feira (17). Na ocasião, dis-cutiram as viabilidades deimplantação do Trem de AltaVelocidade na região.

Durante o encontro o pre-feito apresentou ao diretor doMinistério dos Transportes ja-

Em Campinas, viabilidade econômica será o grande trunfo do TAV

ponês, Hiroshi Saeki, o projetodo TAV e porque Campinas estáinserida neste processo. “Mos-tramos a importância estratégi-ca do nosso município, quais asexpectativas da instalação doTAV para Campinas e região, eo que isto significa em nível na-cional”, disse o prefeito.

De acordo com o diretorHiroshi Saeki, o projeto seráapresentado ao governo japo-nês para que possa serviabilizado. Ele destacou a im-portância das parcerias com as

esferas governamentais. “Oprojeto tem alto valor de im-plantação, que seria inviávelsomente com recursos da ini-ciativa privada. Por isso, é es-sencial o apoio governamental,nas esferas federal, estadual emunicipal”, afirmou Saeki.

“O pulo do gato para im-plantação deste projeto está naavaliação de quanto significao impacto da exploração imo-biliária. O potencial de explo-ração imobiliária no entornodos pontos de parada é o mais

importante para que tenha-mos uma tarifa competitiva,que possa competir com ossistemas aeroviário e rodovi-ário”, finalizou o prefeito.

O município disponibiliza-rá uma área com 20 milhõesde metros quadrados para aexploração imobiliária, o quegarantirá a viabilidade econô-mica do projeto e a explora-ção do espaço territorial quegera potencial construtivomuito alto e menor tarifa.

(RM)

DIVULGAÇÃO

Japão conta hoje com mais de 2 mil km de linhas de alta velocidade: convicção de melhorias

Seminário realizado em Brasília ganhou um tom menos político e mais técnico

meira linha em 1964, quando opaís estava em fase avançadade desenvolvimento, comoacontece com o Brasil agora.Hoje, temos mais de 2 mil kmde linhas de alta velocidade.

Temos convicção de que oTAV trará diversas melhoriaspara o País, e, claro, confortoe segurança para a popula-ção”, afirmou Saeki.

Dentre as diversas ações

benéficas agregadas à imple-mentação do shinkansen, estáo desenvolvimento econômico.Usando como exemplo a cida-de de Yokohama, Saeki argu-mentou que, por lá, a constru-

ção de uma estação trouxemelhorias significantes para aregião. “Há quatro décadas, olugar era um pântano. Hoje éuma nova área com um cen-tro empresarial extremamen-te movimentado, inclusive comuma arena multiuso. Uma es-tação de trem faz com que aeconomia local cresça e, a lon-go prazo, os resultados sãosurpreendentes”, destacou.

Quem também seguiu amesma linha de raciocínio foio vice-presidente da Mitsui(empresa líder do consórciojaponês para a implementaçãodo trem-bala brasileiro),Masao Suzuki. Na visão doexecutivo, limitações impostaspelo relevo, como aclives edeclives agudos, não impedemo projeto.

“O Brasil dispõe de mão-de-obra qualificada para tocaruma empreitada desse porte,e estamos aqui para dar todoo suporte de engenharia neces-sário. A ligação entre Rio e SãoPaulo tem potencial econômi-co e turístico elevado. Execu-tado de forma séria e precisa,não há como o projeto dar er-rado. No Japão, registramosum crescimento de 300 mi-lhões de novos usuários porano no sistema de alta veloci-dade. Temos certeza de que noBrasil não será diferente” dis-se Suzuki.

Fato inevitável – Atentos aosdiscursos, as lideranças brasi-

leiras se mostraram receptivasàs explanações dos japoneses.Segundo o secretário de Trans-portes do Rio de Janeiro, JulioLopes, a construção do TAVé “um fato inevitável entre asmetrópoles envolvidas”.

“Nós estamos acompa-nhando desde o início as ne-gociações e os estudos. Vamosapresentar ao Governo Fede-ral um estudo que aponta pos-sibilidades de incentivo edesonerações. É nossa formade contribuir para esse proje-to, que vai representar umaenorme quebra de paradigmana visão que temos de meio detransporte”, comentou JulioLopes.

Ao final do encontro, todosentenderam o recado: o grupooriundo do Japão chega real-mente com “força total”. Alémdele, especula-se o interessedos coreanos e franceses paraa disputa da licitação – mar-cada para o segundo semes-tre. Mas, se depender da for-ça de vontade, quem sai nafrente são mesmo os japone-ses. Sobretudo pelo conheci-mento técnico demonstrado,como constatado pelo presi-dente do Grupo Parlamentar,Walter Ihoshi. “Os japonesesestão muito interessados e que-rem, acima de tudo, fortaleceros laços com o Brasil”. Resta,agora, esperar pelos próximoscapítulos.(Rodrigo Meikaru, especi-al para o Jornal Nippak)

O cúmplice do assassinatode Danilo Masahiko Kurisakiocorrido no dia 23 de marçode 2001, Marcelo Galerani, foicondenado a 24 anos de reclu-são, mas aguardará recurso emliberdade, um direito assegura-do pela Constituição Brasilei-ra. O julgamento pela justiçaque aconteceu no dia 16 dejunho no Fórum de Mogi dasCruzes (63 quilômetros da ca-

pital), aconteceu depois de oitoanos e dois meses da morte dojovem nikkei.

Procurada pela reportagemdo Jornal Nippak, FumiyoTokunaga Kurisaki, mãe deDanilo Kurisaki, disse que dojeito que a justiça caminha nãoesperava muita coisa porque oresultado poderia ser uma der-rota para ela. “Eu queria queo cúmplice fosse diretamente

POLÍCIA

Cúmplice do assassino de Danilo Kurisaki écondenado a 24 anos de reclusão

para a prisão. Durante e de-pois do julgamento parece queeu tinha levado uma paulada,a gente sofre muito acho quepela tensão causada”, explicaela ao definir que o resultadoocorreu de acordo com a lei.“Espero que o julgamento nãoseja anulado. Acredito numresultado positivo do julgamen-to do recurso. A justiça tarda,mas não falha”, destacou.

A Secretaria de Educaçãoe Formação Profissional deSanto André (ABC Paulista)doará cerca de 2400 livros di-dáticos para a Província deTakasaki, no Japão, cidade-irmã de Santo André. O en-vio dos livros destinados paraos dekasseguis que trabalhamem empresas da cidade temcomo objetivo estreitar aindamais as relações entre o Bra-

sil e o Japão. De acordo como presidente da União dasEntidades Nipo-Brasileirasde Santo André, Hanji Makio despacho dos livros, quepesam mil quilos, só dependeda regularização dos docu-mentos junto a Polícia Fede-ral (PF). Takasaki é gover-nada pelo prefeito Yukio Mat-suura há mais de 20 anos nocargo.

EDUCAÇÃO

Livros didáticos serão doadospara a cidade de Takasaki

RODRIGO MEIKARU

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 19 de junho de 2009

PREVIDÊNCIA SOCIAL

Ministério da Previdência Socialexplica acordo a dekasseguis

A ministra japonesa YokoObuchi, chefe do escritóriopara Promoção de Medidaspara Estrangeiros, garantiuapoio ao acordo previdenciá-rio Brasil-Japão que está sen-do negociado. A ministra sereuniu no último dia 12 comintegrantes da missão oficialque viajou àquele país, chefi-ada pelo secretário-executi-vo do Ministério da Previdên-cia Social (MPS), CarlosEduardo Gabas.

Yoko Obuchi disse que irátransmitir uma mensagem àsautoridades japonesas sobre“a importância da conclusãodesse acordo” e anunciou queirá cobrar mais empenho, quesignifique avanços na nego-ciação. Ela é filha do ex-pri-meiro ministro Keizo Obuchi,que já residiu no Brasil e temparentes no país.

Responsável pelos estran-geiros que residem no Japão,a ministra afirmou estar cien-te de que brasileiros que vi-vem em seu país “estão emdificuldades”. O secretário-executivo do MPS agradeceuas medidas que vêm sendo

Ministra de Medidaspara Estrangeiros apóia acordo

previdenciário Brasil - Japão

tomadas pelo governo japo-nês para amenizar a crise.“Muitos brasileiros escolhe-ram o Japão como segundapátria e queremos dar umavida digna para eles”, decla-rou.

Integrante da comitiva, oembaixador Oto AgripinoMaia, subsecretário das Co-munidades Brasileiras no Ex-terior, do Itamaraty, observouque o principal objetivo da co-mitiva interministerial, inte-grada ainda pelo Ministériodo Trabalho, é a formalizaçãodo acordo previdenciário,cuja negociação se encontraem estágio avançado.

O secretário de Políticasde Previdência Social doMPS, Helmut Schwarzer,que também se encontra noJapão, disse à ministra que abase do acordo já está firma-da: “Faltam apenas alguns de-talhes”. Ele explicou que oacordo vai permitir a adoçãode regras claras sobre ascontribuições previdenciárias,beneficiando os brasileirosque trabalham no Japão e osjaponeses, no Brasil.

A ministra Yoko Obuchi recebe a visita de Carlos Gabas

DIVULGAÇÃO

Aimportância do acordoprevidenciário entre oBrasil e o Japão, que

está em fase adiantada de ne-gociação, foi tema de debateno último dia 13 entre as auto-ridades que estiveram naque-le país e os brasileiros que láresidem. Em encontro no au-ditório da Embaixada do Bra-sil, em Tóquio, líderes da co-munidade nacional que viveme trabalham em várias cidadesjaponesas conheceram o teordo acordo e puderam tirar dú-vidas sobre a matéria.

O secretário-executivo doMinistério da Previdência So-cial (MPS), Carlos EduardoGabas, que chefia missão ofi-cial, observou que o acordopermitirá que brasileiros, noJapão, tenham os mesmos di-reitos dos que residem no Bra-sil. Em seguida, o coordena-dor-geral de Legislação e Nor-mas da Secretaria de Políticasde Previdência Social do MPS,Jorceli Pereira de Souza, queesteve à frente das negocia-ções com os japoneses, expli-cou como funcionará o acor-do. Ele também esclareceu asdúvidas dos presentes, muitosdeles filiados à Network Na-cional dos Brasileiros no Japão(NNBJ), que reúne dezenasde entidades.

“Durante toda a semana,estudamos cada um dos arti-gos que estão sendo propos-tos, mas alguns terão de seraprofundados. Na próxima reu-nião, que será realizada emBrasília, serão fechadas essasquestões e a intenção é con-cluir o texto para que possa serencaminhado aos parlamentosdos dois países”, afirmou o

coordenador. Depois de apro-vado, o acordo será examina-do pelo Congresso Nacionalbrasileiro e pela Dieta, o par-lamento japonês.

Jorceli Souza recomendoucautela aos brasileiros no pe-ríodo que precede a formali-zação do acordo: “Sabemosque o Japão permite o resgatedas contribuições. Contudo, éimportante frisar que, ao serreembolsado, mesmo que ape-nas por um tempo determina-do, o segurado perde o direitoà totalidade do período de con-tribuição”.

Consulta – Uma das suges-tões dos brasileiros foi para queo MPS estude a possibilidade

de as contribuições, para osresidentes fora do país, passa-rem a ser recolhidas retroati-vamente. “Temos de consultartambém o governo japonêssobre a questão”, observou ocoordenador. Um dos itens doacordo prevê que o benefícioque esteja sendo efetivamen-te pago possa ser “exportado”para o outro país, caso o be-neficiário mude de um localpara o outro.

Ao final da reunião, o se-cretário Carlos Gabas fez umrelato sobre o novo tempo daprevidência brasileira, marca-do pelo reconhecimento au-tomático de direitos (com aconcessão de benefícios em30 minutos); a ampliação da

rede de atendimento do Ins-tituto Nacional do SeguroSocial (INSS), que terá mais720 agências até o próximoano; e a emissão do extratoprevidenciário em terminaisde autoatendimento do Ban-co do Brasil, entre outrasmedidas.

Durante a reunião, Gabasesteve acompanhado do em-baixador do Brasil no Japão,Luiz Augusto de Castro Ne-ves; pelo embaixador OtoAgripino Maia, subsecretáriodas Comunidades Brasileirasno Exterior, do Itamaraty;além de autoridades e técnicosdo MPS, Ministério das Rela-ções Exteriores e Ministério doTrabalho.

DIVULGAÇÃO

Carlos Gabas e o embaixador Oto Maia conversam com trabalhadores brasileiros da Toyota

mandato não deve prosperar,e o Congresso dever rejeitara idéia. “Com a não-reelei-ção a democracia irá ganhar,principalmente através dopoder Executivo”, atesta.

Na visão de Ihoshi o siste-ma democrático deve ir alémda questão do voto, como pas-sar pela escola, com aulas queensinem às crianças o verda-deiro sentido da cidadania.Para ele é necessário que osjovens recebam formação po-lítica, e que os brasileiros, emgeral, se conscientizem da im-portância do voto, de escolherbem seus representantes, in-dependentemente do cargo.

“Além de que, para o Bra-

sil mudar, é preciso somar ou-tros elementos às eleições”,destaca. William Woo vai alémao afirmar que é favorável aum mandato de seis anos comeleições para presidente, go-vernadores, deputados, sena-dores, prefeitos e vereadores;todas de uma só vez. “O Con-gresso deve ser unicameral erespeitar o tamanho dos esta-dos em população e número demunicípios”, defende.

Sobre o movimento de bus-car um novo mandato para opresidente Lula, o democrataWalter Ihoshi vê essa possívelmobilização como uma medi-da que pode fragilizar o pro-cesso político e a democracia

do Brasil. Bem como garanteque a alternância do poder e atroca da gestão são importan-tes para qualquer setor, sejapúblico, privado ou social. Otucano William Woo vê o mo-vimento como antidemocráti-co, de oportunismo e prova afalta de busca por novas lide-ranças.

A confirmação de um novomandato para o chefe de Esta-do brasileiro no ponto de vistade Walter Ihoshi seria desas-trosa para a nação e a socieda-de. “O terceiro mandato seriauma abertura para a ondapopulista que circula pela Amé-rica Latina chegar de formamais grave também ao Brasil”,

alerta. William Woo completadizendo que além de catastró-fico uma nova gestão seria acontinuação de um governo queelevou os gastos públicos, a tri-

A cúpula do governo rejei-ta. O próprio chefe da naçãose manifesta contra, apesar depesquisas apontarem que suapopularidade continua em alta.A verdade é que o terceiromandato para o presidenteLuiz Inácio Lula da Silva ain-da promete render discussõescalorosas. Os dois deputadosfederais nikkeis de São Paulo,Walter Ihoshi (DEM) e WilliamWoo (PSDB), revelaram quesão contra o terceiro manda-to.

Entrevistado pela reporta-gem do Jornal Nippak,Walter Ihoshi disse que é con-tra o terceiro mandato, “sejapara o presidente Lula ou paraum presidente do Democra-tas”, por acreditar na “oxige-nação do poder” como um dosprincipais fatores da democra-cia no Brasil.

Para ele, o terceiro man-dato pode ser uma janela paraque partidos políticos lutempelo quarto e quinto manda-tos, “como na Venezuela, porexemplo, onde apesar de serum país democrático, o nú-mero de reeleições é indefi-nido”. “Isso ameaça a liber-dade de uma nação”, alertao parlamentar. Já WilliamWoo acredita que o terceiro

SUCESSÃO PRESIDENCIAL

Deputados federais nikkeis são contra terceiro mandatobutação, o número de cargos,e os ministérios e secretarias.

Sobre a indicação da minis-tra-chefe da Casa Civil, DilmaRousseff, à sucessão presiden-cial, Ihoshi argumenta que aministra é uma pessoa que temuma grande trajetória política.“Dilma caminhou ao lado dopresidente Lula durante anose, hoje, ocupa um dos cargosde maior relevância e influên-cia do País. Portanto, vejo suacandidatura à presidência daRepública como um processonatural”, avalia. Já para o de-putado William Woo o nome daministra é uma decisão do PTe do presidente Lula, “quedeve ser respeitada como to-dos os demais candidatos”.

(Afonso José de Sousa)

William Woo: “Movimento antidemocrático” Walter Ihoshi: “Confirmação seria um desastre para a sociedade”

ARQUIVO

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São Paulo, 19 de junho de 2009 JORNAL NIPPAK 5

101 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA/PARANÁ

Capital paranaense celebra os101 Anos da Imigração Japonesa (PARTE 2)

*KAZUO WATANABE

A propósito, a pesquisado-ra brasileira LAURA KEIKOSAKAI OKAMURA, que pordois (2) realizou pesquisas noJapão e colheu dados para asua tese de doutorado intitula-da “Delinquência Juvenil: Fi-lhos de Trabalhadores Brasi-leiros no Japão”, faz o registrode um fato surpreendente eque reforçou em nós a dúvidajá levantada sobre a socieda-de japonesa em relação aosfilhos menores de trabalhado-res brasileiros.

Noticia ela, com efeito, ocrescimento exponencial dasinfrações legais cometidas pe-los menores brasileiros no Ja-pão, crescendo numa décadaem 2.886% o número de ado-lescentes brasileiros envolvi-dos em infrações legais e pri-vados de liberdade por decisãojudicial, subindo de 7 casos em1993 para 202 ano em 2001. Enos 6 meses de 2002, mais 479adolescentes foram privadosda liberdade. Mas registra aprofessora OKUMURA umaconstatação surpreendente eao mesmo tempo instigante:“Esse fato causou-me espan-to e estranheza, - diz ela - poisque até aquele momento des-conhecia-se a existência deadolescentes brasileiros nes-sas condições no Japão. Notempo em que estive envolvi-da na Febem-SP, ao todo vintee seis anos, o número denikkei-brasileiros envolvidosem prática de infrações nãopassou de uma dezena e, noJapão, em apenas poucos me-ses, já constatara um númerosuperior de casos”.

Há certamente inúmerascausas para essa preocupantesituação. A mais importantedelas, por certo, é a imputávelaos pais dos menores, qual sejaa situação de quase abandonode seus filhos menores, mui-tos deles fora do sistema deensino e sem nenhuma ocupa-ção, não freqüentando escolasjaponesas e nem escolas bra-sileiras, estas existentes so-mente em cidades de maiorconcentração de brasileiros.Os pais, mais preocupados emganhar dinheiro e à procura dehoras extras de trabalho, nãotêm muito tempo para seus fi-lhos.

É certo que existem cau-sas externas à família, como o“ijime” (maltrato ou espécie detrote) praticado pelos colegasde escola, a discriminação dasociedade japonesa, a falta dedomínio da língua japonesa queimpossibilita o acompanha-mento de aulas em escolas ja-ponesas, o custo elevado dasmensalidades das escolas bra-sileiras, e outras mais.

Mas, há também outrascausas mais importantes, queestão fora do controle dos bra-sileiros. Uma delas é a inter-pretação que as autoridadesjaponesas dão ao sistema deeducação fundamental obriga-tória.

A obrigatoriedade, segundoo entendimento deles, somen-te diz respeito aos nacionais,não atingindo os filhos de es-trangeiros. As escolas japone-sas estão à disposição de to-dos, inclusive dos estrangeiros,mas se estes não se aprovei-tam da oportunidade que o go-verno japonês lhes dá, a fisca-lização do dever de educar osfilhos menores somente cabe-ria aos seus pais, e não ao go-verno japonês. Neste ponto, ainterpretação brasileira é bemdiversa: o ensino fundamentalobrigatório abrange a todos,inclusive aos estrangeiros.

Nos cem anos de presen-ça da imigração japonesa noBrasil, a interpretação adota-da pelas autoridades brasilei-ras foi sempre essa. Nós, na

nossa infância, freqüentamossimultaneamente escola japo-nesa e escola brasileira, am-bas obrigatórias; aquela, pordecisão dos pais; esta, porimposição da legislação bra-sileira.

Uma das decorrências des-sas diferenças de orientaçãoquanto ao ensino fundamentalobrigatório consiste no seguin-te: o Brasil atrai para o seio desua sociedade, tornando-ospartes integrantes dela, o imi-grante estrangeiro e seus fi-lhos, enquanto o Japão consi-dera o trabalhador estrangeiroe seus filhos menores elemen-tos estranhos à sua sociedade,não lhe dizendo respeito, atéque surjam violações de lei ouperturbações da ordem social,os problemas relacionados àevasão escolar e o estado deabandono dos menores nãomatriculados em escolas. Na“Declaração de São Paulo eLondrina”, publicada ao térmi-no do Simpósio sobre Traba-lhadores Brasileiros no Japão,realizado no Brasil em 2002,uma das recomendações quedela constou foi no sentido deque o Governo Japonês, per-sistindo na orientação menci-onada, ao menos fiscalizasse,quando da renovação do visto,o cumprimento pelos pais dodireito dos filhos menores àeducação, seja em escola ja-ponesa, seja em escola brasi-leira ou em qualquer outra es-cola. Não sabemos se a re-comendação foi acolhida ounão, mas a sensação que te-mos, neste especial aspecto, éque as autoridades japonesaspreferem muito mais cuidardos efeitos decorrentes da eva-são escolar os filhos de traba-lhadores estrangeiros, do quecombater as suas causas. Aevasão escolar seria apenasproblema dos pais desses me-nores infratores e do Governodo país de origem, no caso oBrasil.

A sociedade brasileira,como é reconhecido pelos ci-entistas sociais, é dotada deuma força centrípeta, que atraitodos para o seu centro. É umacaracterística que seria decor-rente da natureza e tempera-mento do povo português, jáproduto de mestiçagem aotempo do descobrimento doBrasil, e por isto, diferente-mente de outros povos, emespecial dos anglo-saxões, nãoostentava o orgulho de raçabranca. E para consolidar essacaracterística do povo brasilei-ro, vieram as imigrações devários países, inclusive a japo-nesa.

O pesquisador SUSSUMUMIYAO, autor do primeiro ar-tigo desta série de debates, jun-tamente com outro pesquisa-dor, KATSUNORI WAKISA-KA, apuraram, por meio depesquisa, que também os des-cendentes de japoneses estãose assimilando rapidamente noBrasil, apresentando progres-sivos índices de miscigenação,que atingem na 4ª geração oelevado percentual de 60%.

(continua na próxima edição)

*Kazuo Watanabe é advoga-do, professor-doutor aposenta-do da Faculdade de Direito daUSP e desembargador aposen-tado do Tribunal de Justiça deSão Paulo. É autor de váriosartigos publicados em revistasespecializadas e publicou os li-vros “Controle Jurisdicional eMandado de Segurança con-tra Atos Judiciais”, R.T., 1980;“Da Cognição no ProcessoCivil”, 3ª. ed.,DPJ; 2.005; Di-reito Processual Coletivo e oAnteprojeto do Cód. Brasil. deProcs. Coletivos – obra cole-tiva (Co-coordenação), RT,2007; Os Processos Coletivosnos Países de Civil Law eCommon Law (co-autoria).RT. 2008; entre outros.

DEBATES 2

Visão prospectiva dofenômeno “dekassegui”

De hoje (19) até domin-go (21), a comunidadenipo-brasileira de Cu-

ritiba (PR) celebra o 19º Fes-tival do Imigrante Japonês, noPavilhão de Exposições doParque Barigui. O evento éconsiderado uma das maiorescelebrações gastronômicas efolclóricas da comunidadenipo-brasileira da capital para-naense.

O Imin Matsuri é uma rea-lização da Comunidade Nipo-brasileira de Curitiba, com or-ganização da Associação Cul-tural e Beneficente Nipo-Bra-sileira de Curitiba e apoio daPrefeitura Municipal de Curi-tiba.

A atração cultural mais es-perada é o taiko, tocado pelogrupo Wakaba, formado porcrianças e adolescentes . Ou-tra atração que enche osolhos é o ritual da Cerimôniado Chá, arte que exige umtreinamento rigoroso e disci-plina espiritual e conta comadeptos não descendentes dejaponeses.

Mais atrações para o gran-de público são dança, canto eartes marciais, além de apre-sentações da cultura jovem,com shows de bandas de mú-sica popular japonesa. Entre asnovidades desta edição, ofici-nas de artes, entre elas de gra-vura japonesa (ukyo-ê), umcafé literário, exposição de ar-tistas nipo-brasileiros e o Es-paço Seto, com bonsai, man-gás e pinturas.

O público pode saborear ospratos típicos, como sushi, sa-shimi, sukiyaki, yakisoba,tempura e outros, oferecidosnas mais de 50 barracas. Osvisitantes também podem com-prar artesanato: origamis,bonsai, quimonos e lembranci-nhas diversas.

Em 2008, autoridades brasileiras e japonesas festejaram o Centenário no Paraná em grande estilo

DIVULGAÇÃO

Festa da Imigração – O IminMatsuri é comemorado próxi-mo ao dia 18 de junho, data dachegada do navio Kasato Maruao porto de Santos, em 1908.O navio trouxe a primeira levaoficial de imigrantes japonesesao Brasil (781 pessoas).

Apesar do início de vida di-

fícil dos pioneiros, os japone-ses fizeram questão de man-ter as tradições culturais.Vencida a etapa de adaptaçãoao novo país, procuraram sereunir em associações. Queri-am divertir-se cantando músi-cas japonesas ou dançando, eclaro, comendo e bebendo.

Presença do príncipe Naruhito foi o ponto alto das comemorações

Pensando no espírito alegredos imigrantes o jornalista Clau-dio Seto (falecido em 2008)criou a idéia dos matsuri (festi-val) como hoje é visto. Setomorreu em novembro do anopassado mas deixou como pa-trimônio os três grandesmatsuris que são realizadospela comunidade todos os anos.

Hoje a comunidade nipo-brasileira é de mais de 1, 4milhão de pessoas. No Para-ná vive a segunda maior co-munidade, com mais de 140 mildescendentes.

IMIN MATSURI- FESTIVAL DOIMIGRANTE JAPONÊSQUANDO: DIAS 19, 20 E 21 DE JUNHO.SEXTA-FEIRA (19), DAS 14 ÀS 22H;SÁBADO, DAS 11 ÀS 22H; E DOMINGO, DAS

11 ÀS 21H

ONDE: PAVILHÃO DE EXPOSIÇÕES DO

PARQUE BARIGUI (RUA PADRE JÚLIO

SAAVEDRA, 598, VILA SÃO PAULO.TEL.: 41/3277-4123)INGRESSOS: R$ 4, 00

Lançado no último dia 18,no Hara Palace Hotel (centrode Curitiba/PR), o livro“Bushidô - Caminho do guer-reiro semeador”, marcou oencerramento das comemora-ções do Imin – 100 (o Cente-nário da Imigração Japonesano Brasil).

A publicação faz uma re-trospectiva dos 100 anos depresença japonesa no Paraná,com detalhes sobre a chegadados pioneiros e a contribuiçãodos imigrantes e seus descen-dentes para o desenvolvimen-to sócio-econômico, cultural eesportivo do Estado.

Com planejamento, pesqui-sa e texto dos jornalistas Cláu-dio Seto (in memorian) e Ma-ria Helena Uyeda, a obra con-tou com o incentivo da LeiRounanet e patrocínio dasempresas Peroxidos do BrasilLtda., Unimed-Curitiba, AutoComercial Niponsul Ltda., e 43

SA Gráfica e Editora.A saga nipônica no Paraná

é contada em três volumes,com 1.124 páginas. Além deemocionantes histórias vividaspelos pioneiros e seus descen-dentes, o livro traz imagens dacomunidade nipo-paranaensenesses 100 anos.

O título – “Bushidô - Ca-minho do guerreiro seme-ador” – foi escolhido quando

Cláudio Seto, um dos autores,argumentou dizendo que esta-vam narrando a trajetória depessoas que deixaram a terranatal para vencer num paísantípoda, desconhecido, e que,mesmo enfrentando adversi-dades, conquistaram a vitóriacom muito trabalho e perseve-rança.

A palavra “bushidô” signi-fica caminho do guerreiro.“Bushi” pode ser traduzidocomo guerreiro, ou samurai, e“dô” (ou “michi”) tem o signi-ficado de caminho, estrada,meio ou disciplina. Bushidôtambém foi um código de éti-ca (não escrito) para o guer-reiro viver e morrer com hon-ra, sendo um modo de vidaseguido pelos samurais (guer-reiros do Japão feudal, de 1192a 1867).

Portanto, o livro conta a his-tória de verdadeiros guerreiros.E esses guerreiros iniciaram a

100 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA/PARANÁ

Lançamento de livro sobre a saga no Paraná encerra Imin-100grande contribuição que deramao Paraná e ao Brasil na agri-cultura, semeando especial-mente as férteis terras parana-enses. Além disso, o semeadoré uma das imagens represen-tativas do escudo estadual.Portanto, o livro sustenta um tí-tulo rigorosamente pertinente eque sintetiza seu conteúdo.

Encerramento – Um dos au-tores, Claudio Seto, faleceu nodia 16 de novembro de 2008.Como ele trabalhou muito parao Imin-100 e dizia que a co-memoração só encerraria nodia 18 de junho de 2009, foiescolhida esta data para o lan-çamento do livro, para queSeto tivesse uma participaçãono encerramento da comemo-ração do Imin-100. Nesteevento o presidente da Comis-são Imin-100 Sul Paraná, Jor-ge Yamawaki, encerrou ofici-almente esta comissão.

O jornalista Claudio Seto

REPRODUÇÃO

CIDADES/GUAIÇARA

Cláudio Seto é homenageado na 85ª Festa de São João de GuaiçaraParalelamente à festa tra-

dicional de Guaiçara, sua ter-ra natal, a 451 km da capital,na noroeste do Estado, queocorre todos os anos no mêsde junho, foi realizada do dia 8ao dia 14, a Mostra de Artes,Obras e Histórias de CláudioSeto, denominada de “O Sa-murai de Guaiçara”, na Pre-feitura local, onde está expos-ta toda a produção desse ar-tista guaiçarense: livros, qua-dros, revistas, depoimentos deartistas, fotografias. CláudioSeto foi um dos introdutores do

manga no Brasil, junto comMinami Keizi, além de ter sidovereador por duas legislaturase presidente da Câmara. Fale-ceu em Curitiba em novembropassado, onde trabalhava emdois jornais e editava a revistaPlaneta Zen e o anuário Gar-ça da Sorte. É autor de diver-sas obras. O seu último livro

“Flores Manchadas deSangue”, lançado postuma-mente em maio,em Curitiba,teve na ocasião, todos osexemplares esgotados.

(Shigueyuki Yoshikuni)Claudio Seto foi um dos introdutores do estilo mangá no Brasil

SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 19 de junho de 2009

A Cultura Hakkaem Taiwan

CHINA

(PARTEII)

II – Roupas – Embora opovo Hakka tivesse a sua pró-pria cultura de roupas no pas-sado, as mudanças recentesnos costumes da Taiwan mo-derna tornam extremamentedifícil a identificação de umHakka étnico por suas rou-pas. Como as pessoas já nãofreqüentam o Portão Orien-tal de Meinong em roupasazuis tradicionais, esta roupa-gem se transformou de umitem de uso diário em umaroupa representativa ou mes-mo uma espécie de uniformeusado em encontros esporti-vos dos Hakka ou por apre-sentadores de músicas e dan-ças Hakka. Tendo acordadorecentemente para esta situ-ação indesejável, as pessoascomeçaram a devolver estesímbolo Hakka à vida diária.

No sul de Taiwan isto ini-ciou-se com um tingimento deroupas em cor azul e com asaltamente criativas Exposi-ções de Moda Azul promo-vendo a roupa Hakka tradi-cional azul para uso diário.Nas áreas Hakka, na partenorte de Taiwan, vários arti-gos têm sido desenvolvidosusando o tecido Hakka floral,mantendo as expectativas degrande sucesso. Depois demais de uma década de umpreparo cuidadoso, a comu-nidade Jiouzantou emHsinchu introduziu recente-mente o tecido floral JiouDoll, o qual tem sido bastan-te popular.

III – Arquitetura – A arqui-tetura Hakka em Taiwan égeralmente bem diferente da-quela das cidades na China.O povo Hakka de Taiwancontinua com a tradição deadoração aos ancestrais, oque tem resultado na manu-tenção de estruturas especi-ais como o templo do clã, tem-plo da família e o salão an-cestral da família.

Quer fazendo uso de bar-ro, tijolos, madeira ou bambu,a escolha do material de cons-trução varia de acordo com adisponibilidade local. Esta étambém a continuação da tra-dição das cidades. Contudo, ascores têm mudado, já que asubstituição gradual das “pa-redes brancas e pisos negros”da terra natal pelos “tijolos episos vermelhos” de influên-

cia minanesa tem criado umnovo estilo estético Hakka emTaiwan. Em termos de dese-nho espacial, enquanto a prá-tica de deixar o salão ances-tral como uma área abertapara o uso de todos os mem-bros da família foi mantida, aarquitetura Hakka tem desen-volvido diversos estilos em di-ferentes regiões de Taiwan.Exemplos bem conhecidos in-cluem o Salão das ÁguasCelestiais, da família Jiang, emBeipu, distrito de Hsinchu; aresidência da Família Siao emJiadong, distrito de Pingtung;as residências comunitáriasconhecidas como Liouduei(Seis Colinas), e as Torres deTabaco em Meinong, distritode Kaohsiung. Todas estas es-truturas mostram como a ar-quitetura Hakka criou raízesem Taiwan.

A compreensão da cultu-ra Hakka do ponto de vistada indústria regional e empre-sas familiares oferece umângulo mais objetivo. O de-senvolvimento da indústria decânfora na parte norte deTaiwan no final da dinastiaChing (Manchu), e no iníciodo período colonial japonês(fim do século 19 e início doséculo 20), por exemplo, fezcom que as fazendas Hakkafossem transformadas emuma variedade de espaçospara trabalho e moradia comestreita interação com outrosgrupos étnicos. Isso criou umestilo novo e altamente dis-tinto da arquitetura Hakka emTaiwan, que combina tijolosvermelhos com os arranjosespaciais do clã, reminiscen-tes de cidades natais. Na par-te sul de Taiwan, o designespacial mais distinto talvezseja a “sala-corredor” queliga a parte principal da resi-dência com os quartos late-rais. Isto reflete as necessi-dades espaciais em um climatropical, completamente au-sentes das cidades Hakka naChina. A sala-corredor é umespaço bem aberto, com trêsportas que ficam geralmenteabertas, duas portas internase duas janelas para ventila-ção. Ela é o centro da vidafamiliar, geralmente servindode sala de estar, cozinha ousala de jantar.

Fonte: Divisão de Informações– Escritório Econômico e Cul-tural de Taipei

DIVULGAÇÃO

Povo Hakka tinha cultura e roupas próprias no passado

Mudanças no costume tornam difícil identificação de um Hakka

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O Subprefeito da Sé,Amauri Pastorello, recebeu, noúltimo dia 8, em seu gabinete,o diretor geral do Hospital Ban-deirantes, Joaquim Antonio deMedeiros, para discutir e ava-liar as condições gerais dobairro da Liberdade (regiãocentral de São Paulo), e possí-veis melhorias.

Para Medeiros, “a pauta dareunião foi à iluminação comos suzurans [luminárias], quecaracterizam o Bairro Orien-tal e que estão em condiçõesprecárias”. Em algumas ruas,explica, a preocupação é coma ausência delas. “Também foidiscutido a necessidade de po-das de árvores nas ruas daGlória, Barão de Iguape e naPraça Almeida Júnior, pois da-nificam a rede elétrica comqualquer ventania e corre o ris-

Segundo o subprefeito, “to-dos os bairros tem problemase merecem atenção”. “Tenta-mos, na medida do possível,atender a todos sem exceçõesno que compete à Subprefei-tura da Sé. Porém, o bairro daLiberdade é um bairro atípico,a cada dia cresce a sua popu-lação e transeuntes e preten-demos atender as solicitaçõesdo Dr. Medeiros ou de qual-quer munícipe que nos trouxerquaisquer solicitações de irre-gularidades que houver nobairro”, garantiu Pastorello.

“Acredito que essa reuniãofortalece e beneficia as rela-ções entre o poder público e acomunidade. Estamos aquipara atendê-los da melhormaneira possível”, destacou osubprefeito.

(Luci Júdice Yizima)

ADMINISTRAÇÃO

Subprefeito da Sé se reúne com diretor do Bandeirantes paraatender solicitações de melhorias no bairro da Liberdade

Subprefeito da Sé Amauri Pastorello com o diretor do HospitalBandeirantes, Medeiros

LUCI YIZIMA

co de tombar os galhos”, co-mentou Medeiros, acrescen-tando que outro assunto foiquanto a uniformização dascalçadas. “Em alguns trechosdo bairro, as calçadas estãototalmente danificadas, cau-

sando sérios acidentes emtranseuntes e principalmenteem idosos. A nossa proposta émanter o bairro em ordem paranossa comunidade, e para re-cebermos bem os nossos visi-tantes,” justificou Medeiros.

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

CONVOCAÇÃO

Associação Okinawa Kenjin do Brasil e Centro Cultural

Okinawa do Brasil convoca todos os associados desta

entidade para Assembléia Geral Extraordinária.

Pauta: Eleição de Primeiro Tesoureiro

Data: 02 de Julho de 2009

Local: Associação Okinawa Kenjin do Brasil

Rua Tomas de Lima 72 - Liberdade - S. Paulo

• Primeira convocação - 15:30

• Segunda convocação - 16:00

Associação Okinawa Kenjin do Brasil

Centro Cultural Okinawa do Brasil

Presidente: Akeo Uehara Yogui

CIDADES/GUARULHOS

Vereador Eduardo Yukisaki doasalário em prol de projetos sociais

Antes de tomar possecomo vereador emGuarulhos, o parla-

mentar Eduardo KameiYukisaki (PSDB), de Guaru-lhos, firmou um compromissoem cartório para doar todo oseu salário líquido em benefí-cio de projetos sociais da co-munidade da cidade, e ajudaralgumas entidades do municí-pio. De acordo com ele com adoação não sobra muita coisa,exceto para pagar o custo daparte administrativa do seugabinete. A informação foi di-vulgada durante visita realiza-da à redação do JornalNippak.

Segundo o vereador nikkeié muito importante trabalharpara agregar mais a comuni-dade nikkei, procurando tra-balhar a essência e a impor-tância da comunidade na so-ciedade paulista e brasileiraque tem uma história bonita.Na opinião do vereador aspessoas acabam ao longo dotempo se perdendo na união,característica essa muito for-te da comunidade. “Temosque resgatar a cultura bonita,a história da comunidade ja-ponesa, e as coisas boas. Pos-suímos excelentes liderançasnão só políticas dentro da so-ciedade civil como foi de-monstrado nos últimos cemanos. Temos que aparar algu-mas arestas e voltar sem vai-dades a fazer um trabalhobonito”, destaca EduardoYukisaki ao avaliar que “nóstemos excelentes represen-tantes da comunidade japone-sa, mas precisamos de maisgente”, antecipa. O vereadorde Guarulhos divulgou quesempre esteve acostumado adoar e pretende prosseguirpraticando essa boa ação.

O primeiro candidato dopartido mais votado em Gua-rulhos nas eleições de 2008 emuma bancada de três vereado-res atua em várias áreas comoeducação, meio ambiente,transportes, saúde, segurança.No entanto o parlamentar quefoi o 13º mais votado na con-tagem geral das eleições com3912 votos na cidade, tempriorizado a área da saúdeuma vez que trabalha há maisde 20 anos como administra-

dor hospitalar.Bacharel em direito com

várias especializações, Eduar-do Yukisaki também têm tra-balhos voltados para Organi-zações Não Governamentais(ONGs). “O vereador nãopode se restringir somente auma determinada área, têmalguns vereadores que são es-pecialistas em algumas áreas.A minha intenção é ter um le-que maior para atuar em prolda cidade”, destaca ele quetambém é diretor do GrupoCarlos Chagas que envolvehospital, planos de saúde eodontológico.

Projetos – Um dos seus últi-mos projetos aprovados foi ainclusão do desfibrilador juntoas equipes médicas que parti-cipam de eventos realizados nacidade que tenham a participa-ção de 1.000 ou 1.500 pesso-as. Outros projetos são o pro-grama municipal de educaçãofiscal voltado para as escolas;a implantação de ciclovias emnovos loteamentos em Guaru-lhos, e na falta de condiçõestécnicas elas poderão ser subs-tituídas por ciclo faixas nas cal-çadas; além de uma série deoutros projetos que estão sen-do desenvolvidos pela equipe dovereador nikkei.

Além da área da saúdeEduardo Yukisaki também é

membro do Rotary do municí-pio, de entidades ligadas aomeio ambiente e tem participa-do de atividades políticas. Eleentrou para a política em 2008,ano em que foi estimulado edecidiu que poderia contribuirmais para a comunidade. “Tra-balhando a área social precisa-mos de pessoas na área políti-ca que possam colaborar. Aminha intenção é justamenteessa, tanto que na Câmara eusou Secretário da Comissão deJustiça e Redação e presiden-te da Comissão de Legislaçãoparticipativa onde contemplotodas as entidades da socieda-de civil organizada que queiramparticipar da vida política da ci-dade através de projetos de leiou de resolução”, explica.]

A respeito da sua eleição nomunicípio Eduardo Yukisakiafirmou que Guarulhos é umacidade que têm característicasclaras. A cidade tem cerca de1.300.000 habitantes e é a se-gunda do Estado em arrecada-ção, conta com 700 mil eleito-res com características peculi-ares. “Eu sou da região do cen-tro e arredores que envolve asclasses A, B, e C, englobandometade da população do muni-cípio. Recebi votos em pratica-mente 80% dos eleitores docentro e arredores, isso signifi-ca que das 150 escolas eu tivevotação em 120 delas. Dizem

que Guarulhos é um dos pioresparques eleitorais do Brasil,enquanto em São Paulo houve-ram 1.100 candidatos para 8milhões de eleitores, Guarulhospara 700 mil eleitores teve 850candidatos, são dados bem des-proporcionais”, esclarece aocompletar que seu maior traba-lho é junto a população politi-camente melhor preparada.

Eduardo Yukisaki disse quetem uma participação muitoforte nas associações nikkeis deGuarulhos, até porque seu pai(Eduardo Yukisaki), ao lado daesposa, fundaram a União Cul-tural e Esportiva Guarulhense(UCEG). “Eu tenho acessomuito grande junto a comuni-dade japonesa. O trabalho quea gente faz é procurar agregar.No dia 28 de junho, por exem-plo, teremos a Festa da Amiza-de Brasil/Japão que deve reu-nir aproximadamente 20 milpessoas, o qual procurei cha-mar todas as entidades repre-sentativas para participar. Ape-sar de não ser uma proposituraminha, estamos dando anda-mento junto com a Prefeiturade Guarulhos que tem sido mui-to solicita para o sucesso dofestival”, antecipa ele ao infor-mar que tem fornecido apoioestrutural ao evento por contada sua relação junto a prefeitu-ra.

(Afonso José de Sousa)

Eduardo Yukisaki: “Temos que resgatar a cultura bonita, a história da comunidade e as coisas boas”

JORNAL NIPPAK

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São Paulo, 19 de junho de 2009 JORNAL NIPPAK 7

101 ANOS DA IMIGRAÇÃO JAPONESA

Obra reproduz documentoshistóricos da saga da imigração

Canto do

Bacuri

MARI SATAKE

Foi na tarde de um diachuvoso como haviam sidoos anteriores. Pela janela, amenina esticou os braços epuxou o galho do limoeiro. Láela ajeitou seus bonequinhosde papel e cantando pediu aomenino ali representado quefizesse parar a chuva. Can-tou e saiu correndo para oterraço na parte da frente dacasa. Naquele dia, pouco apouco, a chuva começou aparar, o céu foi ficando azule o sol despontando e se fir-mando. Com o sol, o arco-íris. A menina não cabia emsi de felicidade. Maravilhadacom o espetáculo, ficou pen-sando se haveria mesmo umpote precioso lá no final doarco-íris. Aquilo era um mis-tério e em sua cabecinha,como sempre, giravam mui-tas perguntas. Pensativa, aca-bava guardando-as para si,suas irmãs jamais lhe dariamalguma resposta convincen-te, os pais não tinham tempopara suas bobagens. O fatoé que sempre que via o arco-íris, a menina se sentia muitosó e existindo ou não o poteprecioso, o que ela mais de-sejava era uma companhiapara suas brincadeiras. Assimpensando e mesmo sem terqualquer companhia, ela cor-reu para o quintal. Agradeci-da, recolheu os bonequinhose ficou cantarolando e feste-jando o tempo que se abrira.E, enquanto brincava comseus bonequinhos, ouviu vo-zes falando alto e uma imen-sa agitação na casa.

Foi ver o que acontecia.Era a tia que chegava. E pre-so nas mãos da tia, um enor-me ser peludo e ofegante. Oser peludo, filhote de poucosmeses, já chegou com onome de Princesa e ao ver amenina, correu em sua dire-ção. Como se fossem velhosconhecidos sentou-se no chãoe num gesto amistoso, esten-deu-lhe sua pata. Estranhan-do um pouco, a menina es-tendeu suas mãos e logo emseguida, os braços. Já nãohavia mais o que estranhar.Abraçou aquele enorme serpeludo e em meio às chaco-tas das irmãs e do irmão,anunciou que a partir daque-le dia, ela teria com quembrincar.

Assim aconteceu. O serpeludo e a menina brincavamcomo duas crianças. Comouma princesa, Princesa pas-sou a reinar na casa. Era umaprincesa nada exigente. Nadapedia, só queria ficar pertodas pessoas e se a menina achamasse para brincar, sedesmanchava toda de con-tentamento.

Os dias antes solitários damenina, já não eram mais.Cresceu tendo a companhiade Princesa. Onde quer quefosse, ao seu lado, sempreestava Princesa que a acom-panhava até um determinadoponto estabelecido por sualógica canina. O retorno para

Teru Teru Bozu*

casa também. Na volta, emalgum ponto do caminho, es-tava Princesa esperando pelamenina. Assim se passarammuitos anos até que o desti-no colocou a sua pesada mãoentre a vida das duas.

Um dia, a menina preci-sou mudar de cidade e nãopode levar Princesa junto.Apesar das muitas explica-ções de que a menina volta-ria nas férias, Princesa come-çou a não querer comer enem levantar para suas ativi-dades caninas. Nada faziaalém de dormir. Começou adefinhar. De tristeza foi seretirando da vida. Um dia, le-vantou-se. Aconchegou-secom o pai da menina e comele ficou por algum tempo.Mais tarde, o pai ao perce-ber que Princesa não estavanos lugares habituais e nemrespondia ao seu chamado,fez uma busca pelo quintal.Não demorou muito e acabouencontrando seu corpo já semvida, debaixo de uma árvoreonde gostava de se abrigar.

O pai precisou comunicara notícia para a menina. Na-quela noite chovia. A meninalembrou-se da criança solitá-ria que tinha sido. Lembrou-se do dia em que Princesachegou com a tia e da brin-cadeira em que pedia tempobom para Teru Teru Bozu*.Lembrou-se da canção e doarco-íris no céu. Lembrou-seda companheira daquelesanos todos e como tinhamsido bons. Como se visse umfilme foi lembrando os anosde sua infância com Prince-sa às suas voltas. Sentiu sau-dades e nada havia a fazerpara ter Princesa de volta.Princesa agora, somente emsuas lembranças.

*Teru Teru Bozu, bonecoconfeccionado à mão com pa-pel ou tecido branco que épendurado nas janelas parapedir ao Teru Teru Bozu(monge budista iluminado oumonge budista do bom tem-po) que traga tempo bom semchuva e com sol. Ao se pen-durar o boneco, canta-se acantiga que pede ao TeruTeru Bozu que traga tempobom no dia seguinte. Se o tem-po bom vier, Teru Teru Bozuserá premiado com um sinodourado e bebida adocicada;porém, se não vier o tempobom, Teru Teru Bozu serácastigado com a degola.

Consta que Teru TeruBozu é oriundo da tradiçãochinesa tendo chegado aoJapão junto com o budismo,possivelmente durante o pe-ríodo Hein. Tornou-se maispopular somente no períodoEdo quando era utilizado pe-los agricultores que lhe pedi-am tempo bom e proteção àssuas plantações. Mais tardechegou às áreas urbanas, sen-do ainda hoje muito lembra-do pelas crianças japonesasquando desejam tempo bompara seus passeios e brinca-deiras.

[email protected]

Em comemoração aos101 anos da imigraçãojaponesa no Brasil, a

Imprensa Oficial do Estado deSão Paulo e Arquivo Públicodo Estado de São Paulo lan-çaram, no último dia 18, noBunkyo (Sociedade Brasileirade Cultura Japonesa e de As-sistência Social), o livro“Kasato Maru – uma viagempela história da imigração ja-ponesa” (96 páginas, R$25,00). Com textos de CéliaSakurai e Jeffrey Lesser, apublicação traz a reproduçãodo ofício enviado pelo cônsulbrasileiro no Japão às véspe-ras da histórica travessia e dalista de passageiros que embar-caram em Kobe.

“Com esta publicação, oArquivo Público do Estado ofe-rece ao público e aos estudio-sos da imigração japonesa aoportunidade de cotejar as in-formações desse documentocom registros mais bem conhe-cidos de acolhimento dessesmigrantes no Brasil, cumprin-do assim sua obrigação de di-fundir amplamente seu acer-vo”, escreve o coordenador doArquivo Público, Carlos deAlmeida Prado Bacellar, naapresentação do livro.

O artigo de Célia Sakurai,doutora em Ciências Sociaispela Unicamp e especialistaem história da imigração japo-nesa no Brasil, contextualiza avinda de estrangeiros daquelepaís na realidade das sete pri-meiras décadas do século 20no Brasil, onde a necessidadepor mão-de-obra, devido àcrescente produção de café,impulsionou a vinda de traba-lhadores. Célia detalha o fluxo

grantes japonezes”, inicia oautor, em linguagem formal ecom a gramática peculiar daépoca. No documento, o côn-sul, que compareceu ao em-barque, informa que há lacu-nas na listagem cujas corre-ções não foram possíveis de-vido à falta de tempo. Tais la-cunas, no entanto, originam-seprincipalmente nas diferençasde cultura e costumes entre osdois povos.

É o caso da forma como osjaponeses contam a idade.“V.S. notará um contraste en-tre o numero de annos e asdatas de nascimentos declara-das nos passaportes”. No Ja-pão, comemora-se um ano nodia em que se nasce. Um anoapós o nascimento, portanto,celebram-se dois anos de ida-de. Outro problema da listaapontado pelo cônsul é a indi-cação do chefe de família, que,no Japão, é sempre o parentemais próximo e mais velho.Assim, pessoas indicadas nacoluna destinada ao chefe defamília não estavam a bordo.

A lista de bordo, escrita àmão às vésperas da partida, foiidentificada recentemente noacervo da Secretaria de Agri-cultura, Comércio e ObrasPúblicas e traz nome, sexo, ida-de, profissão (na maioria doscasos, ligada à agricultura), úl-tima residência e dados sobrea bagagem dos imigrantes. Arelação de nomes chega aonúmero 841, mas há rasurasque apontam desistências oucancelamentos. O documentofoi usado pelas autoridadesbrasileiras para conferir e re-gistrar o desembarque dos pas-sageiros.

de trabalhadores de 1908 atéa década de 60, a forma e asrazões desse movimento mi-gratório.

O artigo do professor daEmory University (Atlanta,EUA) e especialista emetnicidade, imigração e identi-dade nacional no Brasil, JeffreyLesser, sobre a chegada doKasato-Maru como fato im-prescindível para o nascimentoda cultura nipo-brasileira, en-cerra a publicação. O autor re-toma um histórico diplomáticoque permitiu o início do fluxode migração, com o objetivo detrabalho nas lavouras, e pontuafatos que contribuíram para amiscigenação cultural.

Explicações – O ofício docônsul brasileiro na época,Alcino Santos Silva, dirigido aosecretário de Agricultura, Co-mércio e Obras Públicas deSão Paulo, foi reproduzido nolivro. Ele traz explicações re-levantes sobre a vinda doKasato Maru relacionadas àsdiferenças culturais entre osdois países. Junto com esseofício, foi enviada umalistagem de passageiros, tam-bém reproduzida na íntegraneste lançamento. Os docu-mentos são datados em 30 deabril de 1908.

“Senhor Secretário, tenho ahonra de remetter a V.S. a in-clusa lista dos primeiros emi-

Capa do livro “Kasato-Maru - uma viagem pela história da imigração”

REPRODUÇÃO

NIKKEI SCHOLARSHIP

Inscrições para bolsas de estudo no Japão da The NipponFoundation prosseguem até o final de julho

Com base em aulas sobreas práticas jurídicas atuais,Válter Kenji Ishida lança a 2 ªedição do livro Prática Jurídi-ca Penal (Atlas, R$ 52,00, 331pág.). A ideia é apresentar aoaluno, de forma sintética e ob-jetiva, um guia seguro sobre a

teoria e prática das peças dosetor. Além disso, a obra tam-bém apresenta algumas peçassolicitadas em exames daOAB e de Concurso Público,ou seja, obrigatório para todoestudante de Direito no país.

Ishida, experiente no mer-

DIREITO

Professor Ishida lança Prática Jurídica Penal para candidatos ao exame da OABcado e na sala de aula, desen-volve as peças de uma manei-ra bem didática. Para se teruma ideia, alguns itens da prá-tica como despachos, cotas,etc, são introduzidos dentro dotexto, para que todo o conteú-do seja absorvido de forma

ampla e clara.Alguns temas polêmicos

também são trazidos ao deba-te por Ishida. Segundo Ishida,alguns deles poderão ser usa-dos tanto pelos acadêmicos,quanto pelos operadores do di-reito. Com isso, atende estu-

dantes e candidatos ao exameda Ordem dos Advogados doBrasil, que pretendem ter umaideia mais abrangente do Di-reito praticado no país.

TÍTULO: PRÁTICA JURÍDICA PENAL

AUTOR: PROFº. DR. VÁLTER KENJI

ISHIDA

EDITORA: ATLAS

PREÇO: R$ 52,00PÁGINAS: 331 P.ISBN: 978-85-224-5197-5ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR: 0800-17-1944SITE: WWW.EDITORAATLAS.COM.BR

Estão abertas as inscriçõespara bolsas de estudo do pro-grama “Nikkei Scholarship” daThe Nippon Foundation, desti-nadas a realizar o sonho de jo-vens nikkeis que pretendemaprimorar o relacionamentoentre o Brasil e Japão ou quetenham projetos de desenvol-vimento da sua comunidadelocal. O prazo termina no dia31 de julho.

Os requisitos necessáriospara a inscrição são: 1) serdescendente de japoneses (in-dependente da nacionalidade,nível de instrução ou estada noJapão); 2) ter entre 18 e 35anos; 3) ser indicado por umainstituição nikkei; 4) ter o so-nho de adquirir sólidos conhe-cimentos técnicos e ao retor-nar dedicar ao desenvolvimen-to do seu país; 5) ter comoobjetivo transformar-se emponte entre o Brasil e Japão,tendo como experiência a vidade bolsista; 6) ter capacidadede participar ativamente davida acadêmica e das ativida-des sócio-comunitárias.

São cinco vagas para can-didatos residentes nos paísesda América Central e do Sul.Os candidatos deverão passarpor duas etapas: 1) Seleçãoatravés dos documentos: início

enfrentar o dia a dia normal. (Se houver interesse, o bolsistapoderá cursar uma escola delíngua japonesa por 6 meses aum ano).

Documentos – Os candida-tos deverão enviar até o dia 31de julho de 2009, os seguintesdocumentos: 1) CurriculumVitae 2) Redação 3) Plano deestágio 4) Declaração da re-serva de vaga da instituição queo candidato pretende cursar 5)Atestado médico 6) Carta in-dicação de uma instituiçãonikkei 7) Carta compromisso8) Diploma ou declaração dematricula ( com tradução)

Os formulários, necessári-os para a inscrição, poderãoser obtidos no site da Associa-ção dos Nikkeis no Exterior eenviados para: Kaigai NikkeijinKyokai / Nikkei Scholarship(2-3-1, Shinko, Naka-ku, Yoko-hama-shi, Kanagawa, 231-0001. Japão. Tel: 045-663-3258)

Mais informações podemser obtidas na Jadesas - Asso-ciação dos Nikkeis do Exteri-or

At. Nikkei Scholarship(www.jadesas.or.jp). Tel: 045-663-3258. Fax: 045-211-1781

E-mail: [email protected]

de setembro de 2009; 2) Sele-ção através de entrevista: iní-cio de outubro de 2009. O re-sultado final será divulgado aofinal do mês de outubro de2009.

A instituição japonesa emque pretende ingressar, deve-rá ser contatado e a reservada vaga deverá ser solicitadapelo candidato. Caso o candi-dato queira frequentar umaescola de ensino da língua ja-ponesa, esta será definida pelaThe Nippon Foundation.

Ao bolsista será concedido:1) passagem aérea de ida evolta; 2) taxa de concurso,taxa de matrícula, mensalida-de escolar, outras despesas

como materiais escolares aserem pagas à escola; 3)subsidios para despesas gerais130 mil ienes mensais,subsidios de habitação até o li-mite de 50 mil ienes, subsídiospara contrato/luva até o limitede 200 mil ienes, vale transpor-te e seguro saúde.

O período máximo para obolsista é de 5 (cinco) anos,mas se a administração cons-tatar que o bolsista não estáatendendo ao espírito do pro-grama, o pagamento serásuspenso.

O nível de conhecimento dalíngua japonesa deverá ser su-ficiente para frequentar os cur-sos e não ter dificuldades para

Bolsistas devem se dedicar ao desenvolvimento de seu país

DIVULGAÇÃO

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 19 de junho de 2009

ARTES E ESPETÁCULOS 1

Lissah Martins e Marcos Tumurabrilham no musical A Bela e a Fera

Um ótimo programapara o fim de semanapromete encantar não

só a criançada, mas tambémjovens e adultos. A magia deum dos musicais da Broadwaymais aclamados está de volta.O espetáculo A Bela e a Feradá ao público mais uma opor-tunidade de se encantar comsucesso de público e crítica du-rante a temporada nacional,realizada em 2002, que durou18 meses e foi assistida por 500mil pessoas.

De quarta a domingo noTeatro Abril, a montagem tea-tral da Broadway sobe ao pal-co e traz, nesta nova monta-gem, dois nikkeis em seu elen-co em papel de destaque: oator, cantor e dançarino Mar-cos Tumura, um dos poucosintegrantes da primeira tempo-rada, e Lissah Martins, prota-gonista de Miss Saigon e ex-integrante do grupo Rouge,como Lumière e Bela.

Veterano na peça, Tumuravive Lumière, um mordomofrancês - nem mesmo com tra-ços orientais em seu semblan-te, impediram-no de conquis-tar novamente o papel de umeuropeu. “Eu achava que eunão tinha cara de Lumière.Imaginava uma pessoa magrae alta, e eles disseram que nun-ca teve isso. A direção mes-mo me encaminhou para essepapel”, conta o ator.

Já Lissah, recentementecasada com Matheus Herriez,ex-integrante do grupo Br’Oz,é a protagonista da história,Bela. Uma jovem que adoralivros e vive na província. Temum pai inventor e um homema seus pés, Gaston.

Baseado no desenho deWalt Disney, vencedor de doisOscars e única animação dahistória a concorrer ao prêmioprincipal (Melhor Filme), a tra-ma conta a história de um prín-cipe mimado e egoísta que vi-via em um castelo. Em umanoite de inverno, bateu à suaporta uma velha mendiga, queao pedir abrigo ofereceu umasingela rosa como recompen-

sa. Tendo seu pedido negado,a velha senhora se transfor-mou em uma feiticeira e lan-çou sobre o príncipe um feiti-ço que o transformou em umamonstruosa fera.

Todos os seus empregadostambém são enfeitiçados e vi-ram objetos encantados. Opersonagem de Tumura étransformado em um candela-bro. Seu personagem vira umcandelabro e se empenha emcarregar quase 7 quilos emcada braço, uma vez que suasmãos se tornam velas queacendem de verdade. Da mes-ma magia, são enfeitiçadostambém, além da Fera, Dindon(Relógio), Sra. Potts (Chalei-ra), Chip (xícara), Dona Cô-moda e Babete (Espanador depó).

O feitiço só seria desfeitocaso o príncipe aprendesse aamar e ser amado por umamulher, antes que a rosa en-cantada, entregue pela bruxa,perdesse todas as suas péta-las. Caso contrário, seria parasempre uma horrível fera.

Mas, com a chegada da jo-vem Bela ao castelo, éLumière quem lidera o comitêde boas-vindas, juntos dos de-mais empregados do castelocom a esperança de que os

dois se apaixonem um pelooutro. “Ele e Dindon são osresponsáveis por amarrar todaa história de amor entre a Belae a Fera”, pontua Tumura.“Por vezes, a Fera o olha pe-dindo ajuda e é ele quem oencoraja, que o aconselha”,justifica, mostrando o gostopelo personagem.

Cheio de efeitos e momen-tos para rir e se emocionar, apeça traz ao público o fascíniopelas estórias infantis. No en-tanto, desta vez, a apresenta-ção é uma curta temporada. Opúblico poderá conferir a atu-ação dos nikkeis neste grandemusical somente até o próxi-mo mês, quando será encer-rado.

“A BELA E A FERA DE DISNEY”ONDE: TEATRO ABRIL (AV. BRIGADEIRO

LUÍS ANTÔNIO, 411 – BELA VISTA)TEMPORADA: ATÉ 26 DE JULHO.QUARTAS, QUINTAS E SEXTAS, ÀS 21H;SÁBADOS ÀS 17H E 21H; DOMINGOS, ÀS

16H E 20H.DURAÇÃO DO ESPETÁCULO: 2H40 (COM

INTERVALO DE 20 MINUTOS)CAPACIDADE: 1.530 LUGARES

ESTACIONAMENTO: O TEATRO NÃO POSSUI

ESTACIONAMENTO PRÓPRIO

ASSENTOS: O TEATRO CONTA COM 16ASSENTOS PARA DEFICIENTES FÍSICOS E 11PARA PESSOAS OBESAS.

FORMAS DE PAGAMENTO: DINHEIRO,CARTÕES DE CRÉDITO E DÉBITO (VISA,MASTERCARD, DINNERS E AMERICAN

EXPRESS)

MEIA ENTRADA: É OBRIGATÓRIA A

APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTO PREVISTO

EM LEI QUE COMPROVE A CONDIÇÃO DE

BENEFICIÁRIO DA MEIA ENTRADA, NO

MOMENTO DA AQUISIÇÃO DO INGRESSO ENA PORTARIA QUANDO ADENTRAR O LOCAL

DE REALIZAÇÃO DO ESPETÁCULO.RESSALTA-SE QUE O DIREITO A MEIA

ENTRADA É PESSOAL E INTRANSFERÍVEL.VENDA DE MEIA ENTRADA VÁLIDA NOS

CANAIS DA TICKETMASTER E BILHETERIA

DO TEATRO ABRIL.

TICKETMASTER:CENTRAL TICKETMASTER: 11 2846-6000, DAS 9H ÀS 21H, SEGUNDA A SÁBADO

(ACEITA TODOS OS CARTÕES DE CRÉDITO)PELA INTERNET: WWW.TICKETMASTER.COM.BR

* SUJEITO À TAXA DE CONVENIÊNCIA E DE

ENTREGA

VENDA A GRUPOS:PELO TELEFONE: 11 2846-6232 OU

E-MAIL: [email protected]

AS SESSÕES RESERVADAS A GRUPOS SERÃO

APRESENTADAS APENAS ÀS QUARTAS E

QUINTAS-FEIRAS, ÀS 15H

Montagem de A Bela e a Fera, no Teatro Abril, traz ao público o fascínio pelas estórias infantis

JOÃO CALDAS

ARTES E ESPETÁCULOS 2

Companhia Flutuante encerraapresentação de “E Eu Disse:”

A obra coreográfica “E EuDisse:”, premiada pelo projetoRumos Dança Itaú Cultural2006/2007 para desenvolvi-mento, da Companhia Flutuan-te, com coreografia de LeticiaSekito encerra hoje (19), noSesc Santos, itinerância com oespetáculo pelo interior de SãoPaulo. Co-realizado pela Fun-dação Japão São Paulo, o pro-jeto também conta com apoioda Secretaria de Estado daCultura de São Paulo - Progra-ma de Ação Cultural - 2008.

O solo de dança “E eu dis-se: “, da Companhia Flutuan-te, dá prosseguimento à pes-quisa sobre as relações entrecultura e corpo, iniciada no solo“Disseram que eu era japone-sa” (2004), em especial sobreas possibilidades de recons-truir e reinventar identidadestransitórias do corpo.

Diretora e dançarina daCompanhia Flutuante, LetíciaSekito trabalha com improvi-sação, criação coreográfica eperformance. Fez sua forma-ção no C.E.M - Centro emMovimento, Lisboa(90-96).Tem interesse na relação en-tre corpo e cultura na dança,como nas criações para soloDisseram que eu era japonesa(CCBB, 2004), Eu disse: (Ru-mos Dança Itaú Cultural, 2007)e O Japão está aqui? (Exposi-ção Tokyogaqui, 2008). EmAbril de 2008 fez uma residên-cia artística no Japão com ar-tista suiça-japonesa Heidi S.Durning em Kyoto e dançoutambém em Kobe e Osaka.

Tem parcerias com a dan-çarina Luciana Bortoletto, a

video-artista Kika Nicolela, osonoplasta Jorge Peña, os mú-sicos Camilo Carrara e NatáliaMallo, o fotógrafo Gil Grossi eos iluminadores André Boll eLigia Chaim. Desde 2004, re-cebe apoio cultural da Funda-ção Japão para dar continuida-de ao seu processo artístico.Trabalhou no Estúdio NovaDança de 1997 a 2006, fez parteda Cia Nada Dança, do diretorMaurício Paoli Vieira e foi co-fundadora da Cia 2 Nova Dan-ça, da diretora Adriana Grechi.

ESPETÁCULO DE DANÇA “E EUDISSE:”, COMPANHIA FLUTUANTE, COM

COREOGRAFIA DE LETICIA SEKITO

QUANDO: HOJE (19), ÀS 21H

ONDE: SESC SANTOS

(RUA CONSELHEIRO RIBAS, 136)INFORMAÇÕES PELO TEL.: 13/3278-9800INGRESSOS À VENDA PELO SISTEMA

INGRESSOSESC (EM TODAS AS

UNIDADES DA REDE)ESPETÁCULO - R$ 4,00; R$ 2,00(USUÁRIO MATRICULADO, APOSENTADOS EESTUDANTES COM CARTEIRINHA); R$ 1,00(TRABALHADOR NO COMÉRCIO E SERVIÇOS

MATRICULADOS E DEPENDENTES).DURAÇÃO: 50 MINUTOS

RECOMENDÁVEL PARA MAIORES DE 7 ANOS.NÃO É PERMITIDA A ENTRADA APÓS O

INÍCIO DO ESPETÁCULO.

Letícia Sekito se apresenta hoje (19) no Sesc Santos

DIVULGAÇÃO

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São Paulo, 19 de junho de 2009 JORNAL NIPPAK 9

COMUNIDADE

Nikkey Matsuri e Giants preparam maior festajulina da comunidade nipo-brasileira

No próximo dia 4 de ju-lho, os paulistanos,principalmente, a co-

munidade nikkei poderá des-frutar de uma autêntica festajulina, o Arraial do Giants, queé organizada pela São PauloGiants Beisebol e Softbol Clu-be, tradicional agremiaçãobeisebolística, e oito entidadesnipo-brasileiras da zona Norteda Capital e da União CulturalSão Paulo Norte.

O projeto de realizar oevento em parceria surgiu noinício deste ano, após conta-tos entre os dirigentes daUnião Cultural e EsportivaSão Paulo Norte e os dirigen-tes do São Paulo Giants, quemanifestaram interesse emrealizar um grande evento emconjunto, que soma a experi-ência das entidades promoto-ras do Festival Nikkey Matsu-ri, com a dedicação dos diri-gentes e associados do SãoPaulo Giants.

Se depender da animaçãodos organizadores, o evento jáé um sucesso de público. Cer-ca de 3.000 convites já foramadquiridos pelos associadosdas entidades promotoras.

Atrações – Reforçada com aparticipação das associaçõesnikkeis, os organizadores pro-metem incrementar na deco-ração e nas atrações da festa,que contará com a participa-ção de grandes artistas da co-munidade como Joe Hirataentre outros. Estão previstastambém a apresentação detaikô (tambor japonês) e odori(danças folclóricas do Japão),que sempre marcam dão um

toque especial aos eventos dacomunidade.

Para dar maior ateuticidadeà festa, os organizadores pro-metem acender uma grandefogueira no meio do arraial.

Gastronomia – A comissãoorganizadora definiu o cardá-pio de comidas que serão ser-vidas nas barracas de alimen-tação. Quem for ao Arraial doGiants poderá saborear comi-das típicas da época como can-jica, pipoca, arroz-doce, pé-de-moleque, pinhão, cuscuz equentão. Além disso, haveráiguarias da culinária japonesacomo guioza, tempurá, tema-

ki, yakissoba e okinawa sobá,que hoje, é apreciada por mui-tos brasileiros não descenden-tes de japoneses.

Social – O Arraiá do Giantstambém terá o seu lado social,com a presença de quatro en-tidades assistenciais (FIC Fra-ternidade Irmã Clara, GrupoBeija Flor, Casa de AmparoIrmã Marly e YassuraguiHome), que prometem capri-char nos quitutes e na exposi-ção de artesanatos.

O Arraiá do Giants é orga-nizado pelas seguintes entida-des: São Paulo Giants Basebole Softbol Clube, AnhangueraNikkei Clube, Associação Cul-tural e Esportiva Campo Lim-po, Associação Cultural e Es-

Evento conta com apoio de diversas entidades/clubes nikkeis

portiva Okinawa Casa Verde,Associação Cultural e Espor-tiva Edú Chaves, AssociaçãoCultural e Esportiva Nipo-bra-sileira Imirim, Associação Cul-tural e Esportiva Santana(ACESA), Associação Cultu-ral e Esportiva Okinawa San-ta Maria, Associação Culturale Esportiva Tucuruvi e EscolaBicultural Hei Sei.

ARRAIAL DO GIANTSQUANDO: DIA: 4 DE JULHO, DAS 14 ÀS

22 HORAS

ONDE: CAMPO DE BEISEBOL DO GIANTS:AVENIDA ABRAÃO RIBEIRO, 497 (AO

LADO DO FÓRUM MÁRIO GUIMARÃES, NA

BARRA FUNDA)MAIS INFORMAÇÕES, INCLUSIVE MAPA DE

ACESSO AO LOCAL, PODEM SER ACESSADAS

NO SITE [email protected]

Arraial será realizado no Campo de Beisebol, na Barra Funda: expectativa é reunir 3 mil pessoas

DIVULGAÇÃO

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 19 de junho de 2009

COMUNIDADE

Hospital Santa Cruz festeja 70anos investindo em projetos

ASociedade Brasileira eJaponesa de Benefi-cência Santa Cruz que

gerencia o Hospital Santa Cruzcomemorou no dia 15 de junhono Espaço Rosa Rosarum, emPinheiros, 70 anos de ativida-des na área da saúde brasilei-ra. Na abertura do evento quecontou com a participação dediversas personalidadesnikkeis, o presidente KenjiNakiri destacou que o progres-so cada vez mais rápido exigi-rá mais eficiência resolutiva ehumana e que o DNA do hos-pital significa o espírito dos fun-dadores e pioneiros que cuida-ram do estabelecimento ao lon-go dos 70 anos de atividades.

Kenji Nakiri ressaltou quegraças a história e a tradiçãode serviços que o hospital con-quistou ao longo dos 70 anosfez com que ele se mantive-seem atividade por todo essetempo, ao contrário de outrasempresas nikkeis que não exis-tem mais. De acordo com elecomo o Santa Cruz é uma ins-tituição de serviços na área dasaúde, sempre existirão neces-sidades a serem preenchidas.“Agora estamos numa faseque queremos impulsionar amodernização e tornar umainstituição capaz de absorvernovas técnicas e tecnologias.Só assim nós vamos conseguirsobreviver, ressalta.

Para prosseguir colaboran-do com a sociedade no futuroo presidente do Santa Cruzassegurou que a administraçãodo hospital pretende capacitaros funcionários, médicos, osprofissionais da saúde enfim,para absorver novas tecnolo-gias médicas, não só em equi-pamentos, mas também atra-vés da ciência médica. “Pre-cisamos ter uma nova visão,inovações revolucionárias quemudarão muito o estilo de vidadas pessoas. Capacitar o hos-pital para a nova fase do pro-gresso da tecnologia é essen-cial”, defende.

Para Kenji Nakiri manteras finanças do hospital equili-bradas financeiramente é uma

luta diária porque o custo damedicina aumenta e os paga-dores que são as operadorasdos planos de saúde e segura-doras, pressionam com os cus-tos. “Cada vez mais eles setornam mais rigorosos à nossaeficiência, eu acho que o equi-líbrio que a gente alcança éporque nos tornamos eficazesno controle dos custos”,garantiu.

O presidente revelou queapenas um projeto está sendoconcretizado que é o da refor-ma dos elevadores do hospi-tal. Outro grande projeto paraa ampliação de 40 leitos estáparalisado por hora, sem pre-visão de ser colocado em prá-tica. Ao mesmo tempo outrosplanos estão em fase de estu-dos. “Nós estamos tentando,sem grandes transformaçõesno momento do hospital,capacitá-lo para aumentarseus serviços na área de cirur-gia, etc”, completou KenjiNakiri.

O evento de aniversário doHospital Santa Cruz foi presti-giado por diversas autoridadesnipo-brasileiras como o cônsul-geral do Japão em São Paulo,Kazuaki Obe e a consulesaEiko Obe; o presidente da So-ciedade Brasileira de Cultura

Japonesa e de Assistência So-cial (Bunkyo), Kihatiro Kita; opresidente da Federação dasAssociações de Províncias doJapão no Brasil (Kenren),Akeo Yogui; o ex-presidentedo Bunkyo, Kokei Uehara; oeconomista e ex-Ministro daFazenda, Antonio DelfimNetto; entre outros.

Paulo Yokota – Em seu dis-curso durante a festa de ani-versário do Hospital SantaCruz, o ex-presidente PauloYokota, destacou o trabalhodos médicos pioneiros iniciadoem 1926, bem como a trajetó-

ria do hospital ao longo das setedécadas de atividades. Eleaproveitou para elogiar o de-sempenho de toda a equipe detrabalho atual. “Os profissio-nais se esforçam na capacida-de de desenvolvimento, contri-buindo para um trabalho con-junto com a comunidade. Te-mos muito orgulho e pretende-mos continuar trabalhando”,destacou.

Paulo Yokota afirmou queas sete décadas de atividadessignifica que o hospital deu umademonstração clara que o pro-jeto do Santa Cruz é um proje-to nipo-brasileiro. Segundo eledesde o começo do projeto deconstrução e antes da guerra,existe uma cooperação mútuaentre médicos brasileiros e ja-poneses que continua até hoje.“É uma coisa inusitada, masnem sempre conhecida. Docu-mentos brasileiros e japonesescomprovam isso passado essetempo, isso é importante por-que muitas das histórias que devez em quando ocorrem na his-tória da comunidade japonesa,nem sempre estão documen-tadas ou correspondem com arealidade”, alertou.

Para Paulo Yokota concei-tos precisam ser corrigidos por-que são a base para a coope-ração de projetos futuros, alémde que sempre haverá a co-participação de brasileiros emconjunto com japoneses. “Nóstambém temos contribuições adar em muitos aspectos. É umacoisa de igual para igual, nãoexiste uma coisa de irmão maisvelho para irmão mais novo”,explica ele ao arrematar que:“No momento de crise mundiale dificuldades no Japão, possi-velmente países como o Brasil,tem muita contribuição a dar.Juntando esforços de ambos oslados, a experiência e os recur-sos dos japoneses com o quetemos, farão diferença. Muitascoisas podem ser feitas em altonível e com parcerias iguais, éisso a grande mensagem dos 70anos do hospital adequadamen-te documentada com documen-tos brasileiros e japoneses, ana-lisa.

Homenagens – Durante afesta foram homenageadosvários médicos nipo-brasileirose brasileiros pioneiros que co-laboraram e influíram na his-tória do desenvolvimento doHospital Santa Cruz, como omédico Sentaro Takaoka, re-presentado pelo filho KentaroTakaoka; o ex-presidente doSanta Cruz, Paulo Yokota;Shizuo Hosoe; Yoshinobu Ta-keda; o ex-cônsul do Japão noBrasil, Iwataro Uchiyama;Luiz Rezende Puech; Benedi-to Motenegro; Antonio CarlosJunqueira, especialista em qui-mioterapia; e HenriqueMélega. Também foram ho-menageados funcionários maisantigos que receberam um di-ploma de honra ao mérito pe-los serviços prestados.

(Afonso José de Sousa)

O presidente Kenji Nakiri

O cônsul geral do Japão em São Paulo, Kazuaki Obe, a consulesa Eiko Obe, e Makoto Tanaka

JORNAL NIPPAK

CULTURA

Festival do Japão de Campinasreúne cerca de 15 mil pessoas

Cerca de 15 mil pessoaslotaram a sede do InstitutoCultural Nipo-Brasileiro deCampinas, localizado na RuaCamargo Paes, 118, num en-contro cultural, que sempre éesperado todos os anos no mêsde junho, pelos descendentesjaponeses e por todos os aman-tes da cultura japonesa. Tra-ta-se do Festival do Japão quejá se encontra na sua 5ª edi-ção.

O público que lá estevepôde conferir shows musicais,danças folclóricas, demonstra-ção de artes marciais, shodô,ikebana, taikô e produtos japo-neses que se encontravam emexposição e venda. Os visitan-tes puderam presenciar o ritu-al da cerimônia do chá e sabo-rear as delícias da já popular,culinária japonesa.

O Festival faz parte do ca-lendário oficial de Campinas eintegra a semana da comuni-dade japonesa do município (leinº 9736 de 6 de maio de 1998).Idealizado por Tadayoshi Ha-nada, (presidente do InstitutoCultural Nipo Brasileiro deCampinas e diretor do Bunkyode São Paulo), o Festival foicoordenado por Paulo Higakique contou com a participaçãode 350 voluntários adultos.”Agradeço todos os voluntári-os, bazaristas e amigos que aju-daram no sucesso do Festival”

disse Tadayoshi. “Ouvi co-mentários na praça de alimen-tação, nos stands e por brasi-leiros que foi bom”, completou.Entusiasmado, disse que o ob-jetivo foi alcançado e esteevento idealizado por Tadayo-shi cumpriu o seu papel, que éo de divulgar a cultura japone-sa junto à sociedade.

A Abertura Oficial teve iní-cio com a quebra dos barris desaquê – a cerimônia conheci-da como kagami biraki. Osconvidados, vestidos de hapi,deram o toque inicial, sabore-ando o saquê que foi servidona cerimônia. Participaram:Demétrio Vilagra (vice-prefei-to de Campinas); JorgeYoshiaki Iwashita (BancoReal); Milton Nishiyaki (pre-sidente JBN TV); NeusaYukie Kakinoki (assistente dapresidência da Band); Ricar-do Rangel (Instituto PauloKobayashi); Guilherme Cam-pos (Deputado Federal);Orivaldo Nascibem (BancoReal); Fernando Vernier (dire-tor de turismo); Taketoshi Ide(Tozan); Kihatiro Kita (Bun-kyo); Paulo Higaki (coordena-dor do V Festival); TakayukiOgihara (Pedra Branca); Ta-dayoshi Hanada (presidente doNipo); Luís Yabiku (vereador);Paulo Oya (vereador); Joa-quim Mikamura (UPK) e ToruIwasaki (Tozan); entre outros.

Público que compareceu pôde conferir ritual da cerimônia do chá

CELIA KATAOKA

Resultado de décadas depesquisas da autora, na teoriae prática, a obra reúne diver-sos estudos sobre a história,conhecimento e aplicação doaloe vera, popularmente co-nhecida como babosa, desdetempos imemoriais. O lança-mento acontece hoje (19), apartir das 19h. no NikkeyPalace Hotel, em São Paulo.Antes, a autora atenderá aimprensa e dará um a palestra(das 14 às 17h) sobre o tema.

Em linguagem simples e di-dática, o livro revela as virtu-des da planta e o seu poderextraordinário “não como re-médio para curar esta ou aque-la doença, mas sim, um com-plemento nutricional capaz denormalizar as funções digesti-vas, desintoxicantes e imuno-lógicas do organismo das pes-soas” diz a autora.

De forma corajosa e como-vente, o livro destaca umaserie impressionante de depo-imentos de pessoas, com fo-tos e cartas autorizadas, trata-das com aloe vera e que se li-vraram de doenças como: cân-cer no útero e garganta, leu-cemia, lúpus, diabetes, lesõesgraves de pele, etc.

Em terreno tão fértil para apolêmica e o contraditório, olivro baseia-se simplesmenteem fatos e resultados indiscu-tíveis.

Quem é – A autora é forma-da pela PUC em História compós-graduação em HistoriaSocial do Extremo Orientepela USP. Lecionou durante 19anos. Durante os seus estudos

participou do curso de Antro-pologia Médica do ExtremoOriente no qual conheceu aaloe vera. Foi uma paixão quea acompanha até hoje, tanto naspesquisas sobre a planta quedesenvolve no laboratório quedirige, quanto nas palestras querealiza por todo Brasil.

Teoria e prática aliadas àsua ação caridosa e voluntáriajá salvaram muitas vidas

Dotada de extraordináriaenergia e fé se enternece aodizer “o maior prazer é estarcom a família, filhos e netos noaprazível sítio em Colombo, noParaná, e preparar pratos de-liciosos para os amigos”.

Mais informações sobre olivro pelo tel.: 11/5016-2299

ALOE VERA

Livro de Olga Harumi reúneestudos e aplicações

Capa do livro Aloe Vera

REPRODUÇÃO

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São Paulo, 19 de junho de 2009 JORNAL NIPPAK 11

TÊNIS DE MESA

4ª Etapa da Liga Nipo-Brasileirareúne cerca de 580 atletas

DIVULGAÇÃO

A4ª Etapa da Liga Nipo-Brasileira de Tênis deMesa, realizada nos

dias 13 e 14 de junho, no Giná-sio de Esportes do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de CulturaJaponesa e de Assistência So-cial), contou com a participa-ção de cerca de 580 atletas. Aexpectativa dos organizadoresera reunir 800 mesa-tenistas equebrar o recorde de partici-pantes da terceira etapa, naUceg. No entanto, o feriado deCorpus Christi acabou adian-do os planos. Isto porque, se-gundo Marcos Yamada, umdos organizadores da Liga, atendência é é a competiçãoconquistar cada vez maisadeptos.

“Os trabalhos da Liga tive-ram início há 5 anos, de formahumilde, com o objetivo de mo-vimentar e reativar os kaikanse associações, os quais, devi-do ao fenômeno dekasegui, ali-ado a falta de jovens, estavamabandonados e com poucafrequência. Através do tênis demesa, que não necessita de al-tos investimentos e espaços, di-rigentes conseguiram atrairmais jovens e pais para cola-borar com a entidade”, expli-

ca Yamada.Inicialmente, com cerca de

200 atletas e 13 categorias, pou-cos apostaram nesta empreita-da e devido a seriedade e pro-fissionalismo dos organizadorese dirigentes dos clubes, o tor-neio tem crescido assustadora-mente, já que sempre partici-pam entre 500 e 700 atletas de

mais de 80 agremiações, divi-didos em 26 categorias, comprevisão de aumento para 2010.

“Por se tratar de uma Ligapara atletas nunca federados,a nossa previsão era que rapi-damente eles migrariam paraa Federação, porém, muitosnão querem deixar de partici-par deste evento, dai para

sediar uma etapa precisamosque montem no mínimo 40mesas. Futuramente vamos terque rever os regulamentos etalvez criar seletivas regionaispara poder participar da LigaNipo-Brasileira de Tênis deMesa, assim como ocorre noIntercolonial”, explica Yamada.

(Aldo Shiguti)

“Vips” prestigiaram a quarta Etapa: Paco (atleta e técnico), Fabio Takahashi (diretor de TM Bunkyo),Rodrigo Kojima (técnico da Seleção Brasileira), Silnei Yuta (atleta) e Marcos Yamada (diretor da Liga).

Resultados da 4ª Etapa da Liga Nipo-Brasileira

Confira os campeões evices da 4ª Etapa da Liga Nipo-Brasileira de Tênis realizada noGinásio de Esportes do Bunkyo(Sociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa e de AssistênciaSocial) com a participação decerca de 580 atletas:

Pré-Pré-Mirim Feminino: 1)Gabriela Kodama (Represa),2) Luana Morita Saito (Itaque-ra); Pré-Pré-Mirim Mascu-lino: 1) Rafael Torino (Itaque-ra), 2) Fabio Kazuyoshi Ma-tsumura (Colônia); Pré-Mi-rim Feminino: 1) Leticia Na-kada (Acrepa), 2) AllanaSeino (Itaim Keiko); Pré-Mi-rim Masculino: 1) MatheusShimoki (Acrepa), 2) ErickMassahiro Yamamoto (Itaque-ra); Mirim Feminino: 1)Jessica Iseri (Ken Zen/Car-rão), 2) Natalia Torino (Itaque-ra); Mirim Masculino “A”:1) Daniel Hoshi (Itaim Keiko),2) Mateus Molitor (ItaimKeiko); Mirim Masculino“B”: 1) Felipe Kimura (Bun-kyo), 2) Nicolas Cruz LopesBarros (Santana); InfantilFeminino: 1) Sarah Yamamo-

Sênior “A”: 1) Alex Toyotani(Ateme), 2) Maurício Zanutto(Bunka SBC/Saúde); Pré-Sê-nior “B”: 1) Sergio Honda(Itaim Keiko), 2) Denis Itihara(Ken Zen/Carrão); Senhores“A”: 1) Flavio Santos (Bun-kyo), 2) Wagner Toshio Iwa-naga (Acenbo); Senhores“B”: 1) Luciano Franklin (KenZen/Carrão), 2) Jony Nagano(Represa); Veteranos “A”: 1)Elzeario Menezes (Acrepa), 2)Claudio Marins (Kosmos); Ve-teranos “B”: 1) Hiroshi Adati(Represa), 2) Roberto Ushida(Bunka SBC/Saúde); Pré-Ladies: 1) Eliane Avanso (Ipê),2) Marina Oyafuso (Casa Ver-de); Ladies: 1) Leiko Moribe(Nippon), 2) Olga Uehara(Casa Verde); Super-Vetera-nos: 1) Oswaldo Negrini (Par-que Edu Chaves), 2) Mikio Ma-tsumoto (Itaim Keiko); Elite:1) Newton Takaki (Kosmos),2) Lincoln Sato (Acrepa)

TROFÉU EFICIÊNCIA: 1)Acrepa (1983,6 pontos), 2)Itaim Keiko (1353,6), 3) Ita-quera (1191,5), 4) Casa Verde(1186,2)

to (Itaquera), 2) Karina Hagi-wara (Casa Verde); InfantilMasculino “A”: 1) GustavoYuji Terohata (Ateme), 2)Luan Anduta (Acrepa); Infan-til Masculino “B”: 1) FábioHirashima (Ateme), 2) CaioCesar Vellosa (Circolo Italia-no/SCS); Geral Feminino: 1)Thamyres Mori (Represa), 2)Helena Kurimori (Med StaCasa); Juvenil Masculino“A”: 1) Wamberto Matsuda(Acrepa), 2) Mauro Thaira

(Casa Verde); Juvenil Mas-culino “B”: 1) Vitor Yukio Te-rohata (Ateme), 2) JulianoBellé (Itaim Keiko); Juventu-de Masculino: 1) Vitor YukioTerohata (Ateme), 2) JulianoBellé (Itaim Keiko); AdultoMasculino “A”: 1) Luis Lou-renço (Bunkyo), 2) LeonardoOrito (Bunka SBC/Saúde);Adulto Masculino “B”: 1)Nicolas Amaral (FranciscoMorato), 2) Bruno Uehara(Medicina Santa Casa); Pré-

Ginásio do Bunkyo recebeu cerca de 580 mesa-tenistas

DIVULGAÇÃO

LIGA NIPO DE TÊNIS – Pela 3º vez consecutiva a Acrepa(Associação Cultural e Recreativa da Paulicéia) levou o troféude Eficiência do Torneio Liga Nipo-Brasileira de Tênis de Mesarealizado nos dias 13 e 14 de junho no Bunkyo de São Paulo. Nafoto: Bruna Yumi Takahashi, Luan Anduta e Leticia Nakata

RICARDO TAKAHASHI

CAMINHADA

Programa Arukokai da Naguisareúne 41 participantes

Grupo da Naguisa aproveita para descansar: percurso prazeiroso

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Grupo faz alongamento: caminhada é percorrida em trilhas naturais

A Associação Naguisa pro-moveu no dia 6 de junho, tra-vés do seu Programa ArukokaiNaguisa,uma caminhada noNúcleo Cabuçu situado na Ser-ra da Cantareira, na região deGuarulhos, com a participaçãode 41 pessoas.

A partir de 2008, o ParqueEstadual da Cantareira colocaà disposição do público, para avisitação, além dos NúcleosPedra Grande, Engordador eÁguas Claras, os dois primei-ros já visitados pelo grupo daNaguisa, o Núcleo Cabuçu quetem uma represa e barragemcom o mesmo nome, fazendoo tratamento da água e forne-cendo-a para os bairros vizi-nhos.

A barragem do Cabuçu foiconstruída em 1907 sendo con-siderada a primeira grandeobra de concreto armado doBrasil e responsável pelo abas-tecimento de água para SãoPaulo.

Hoje, o núcleo possui umainfra-estrutura para visitantescompleta, com auditório, mu-seu, núcleo de de educaçãoambiental, playground, sani-tários, bebedouros e áreas

para piqueniques, além de 4trilhas de interpretação danatureza.

As trilhas, de graus de difi-culdade pequeno, médio egrande podem ser percorridospor qualquer pessoa com diver-sos graus de aptidão física.

A Trilha da Cachoeira, per-corrido pel maioria do grupo daNaguisa é considerado de graude dificuldade grande, por pos-suir fortes subidas e descidas,numa extensão total de 5,5 km,terminando numa cachoeira.

A extensão total de 2 kmfoi percorrido por um outrogrupo menor.

Quase toda caminhada épercorrida em trilhas naturaisabertas no meio da mata, bas-tante fechada, com muitas ár-vores e não raro, podendo-sever pássaros, borboletas e nãoraro, macacos e esquilos(serelepes) , tornando o per-curso muito agradável eprazeirosa.

A sua localização é cercade 40 minutos de São Paulo, oque possibilitou o retorno dogrupo em tempo de apreciarum bom almoço na sede daAssociação Naguisa.

SUMÔ

Gripe suína cancela Mundial noEgito; Uces realiza competição

A Federação Internacionalde Sumô informou que o Cam-peonato Mundial, que seria re-alizado em outubro, no Egito, foicancelado em virtude da gripesuína. Segundo o vice-presiden-te da Confederação Brasileirade Sumô (CBS) e presidente daFederação Paulista de Sumô(FPS), Oscar Morio Tsuchiya,a nota divulgada pela IFS infor-ma ainda que, de acordo com aOrganização Mundial da Saú-de (OMS), “há uma possibili-dade de agravamento da gripea partir de outubro, período quecoincide com o frio no hemis-fério norte”.

Assim, conta Morio, a CBSmudará o foco. Ao invés de aentidade trabalhar com o Mun-dial, a atenção se voltará, ago-ra, para o Sul-Americano, queem função do cancelamentodo Mundial, teve sua realiza-ção adiada. A competição, queestava marcada inicialmente

para acontecer em agosto serárealizada em outubro, na mes-ma Buenos Aires. Desta for-ma, explica Morio, o Campeo-nato Brasileiro, marcado paraos dias 25 e 26 de julho, no Seside Suzano, servirá de seletivapara o Sul-Americano, e nãomais para o Mundial.

Outra certeza é a realiza-ção, neste domingo (21), a par-tir das 8h, no dohyo da Asso-ciação Cultural e EsportivaCapão Bonito, do 53º Campe-onato de Sumô Geral da Uces(União Cultural e EsportivaSudoeste). A competição devereunir cerca de 250 atletas,entre homens e mulheres, emtodas as categorias e os pri-meiros colocados representa-rão a Uces no Brasileiro.

O dohyo de Capão Bonitofica na Rua José Inácio, 525,no centro de Capão Bonito.Entrada franca.

(Aldo Shiguti)

Sumotoris estarão em ação neste domingo no dohyo de CB

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 19 de junho de 2009

KARAOKÊ

Mariana Kataoka vence o 9º Zenkara Matsuri – Brasil“Foi uma emoçãomuito grande estare ainda ganhar o

Grand Prix, estive ao lado de ex-celentes cantores neste concur-so tão importante. Foi um títuloinesperado. Eu jamais imagineivencer”. A declaração é deMariana Kataoka, 17 anos, ven-cedora do 9º Brasil ZenkaraMatsuri, realizado nos dias 7(yosen) e 14 (kesho) de junho,no Bunkyo (Sociedade Brasilei-ra de Cultura Japonesa e deAssistência Social), em São Pau-lo, evento presidido por ShoitiMatsuyama, e que teve comovice, Shoiti Shimada. “Agrade-ço aos meus pais, Marcos eCélia, minhas irmãs, Isabela eIsadora, meus amigos e princi-palmente ao sensei RenatoChibana, que me apoiou desdeo início”, agradeceu Mariana,ainda bastante emocionada,acrescentando que “não seriapossível a vitória sem eles”.

De 230 cantores da 1ª fase(yosen), 142 ficaram para a fi-nalíssima (kesho), do dia 14.Com a música “Ima AnataniUtaitai”, Mariana, ao lado de 16vencedores de suas respectivascategorias no Grand Prix, e sobos ouvidos atentos dos juradosbrasileiros e japoneses, foi anun-ciada por Matsuyama Shoiti,além do reconhecimento, levoupara casa mil reais em prêmio.A reação, as lágrimas de alegriae os cumprimentos vieram detodas as partes, inclusive deCampinas, a cidade onde nas-ceu e reside atualmente. O cor-po de jurados foi formado porKato Yoshitaka, Fushimi Mari,Hirae Kimiko, Ikawa Akira,KitsuwaYasue e Kikuti Etsuko.

Surpresa – Mariana já canta-va aos 11 anos e foi levada aoskaraokês pelas mãos de Jorge

Jornalistas, os pais de Ma-riana Kataoka, MarcosVolpato e Célia Kataoka, sou-beram da conquista da filhamais velha pelo telefone.“Mãe, ganhei o Grand Prix doZenkara”, disse Mariana, aotelefone.” Eu então desabeiem lágrimas, a emoção to-mou conta, gritei e chorei defelicidade. Todos à minhavolta vieram saber o que ti-nha acontecido. Quando deia notícia, todos me abraça-ram. Os amigos e familiaresde Mariana vieram-me para-benizar, dentre eles William,seu primo e os padrinhos Au-gusto e Cecília. A vitória foicomemorada na nossa casaem plena madrugada de do-mingo, quando chegou de São

Paulo”, contou a mãe.Mesmo acostuma do a

“fortes emoções”, tanto a ní-vel profissional como jornalis-ta, como também pai de trêscantoras – Marcos e Céliatambém são pais de Isabela eIsadora –, Marcos Volpatorevela que viveu um momen-to muito especial.

“Mariana venceu serena-mente, sem alardes, como édo seu feitio. Estava longe,quando o celular tocou e dooutro lado, uma voz tímidaperguntava: ’Pai, onde vocêestá?”. “Ganhei o GrandPrix”, recorda Marcos. “Con-fesso que não acreditei no queouvia, mas logo dei conta doacontecido e a admirei portudo”, observa.

Pais recebem notícia pelotelefone. E se emocionam

e Aquico Miyamura, conside-rados seus padrinhos musicais.Começou no Shimboku deCampinas. De lá para cá, nãoparou mais de cantar, indo in-clusive em taikais de São Pau-lo, para ter uma idéia do níveldos participantes e para aprimo-rar-se ainda mais. TadayoshiHanada, presidente do NipoCampinas sempre deu todoapoio e parabenizou pelo “es-forço e prêmio merecido”.

Claramente surpresa pelaconquista inédita em sua vida,Mariana lembrou das primeirasaulas de canto com Satiko Ono,no Nipo de Campinas. Em se-guida passou a ter aula com ocantor e professor RenatoChibana, responsável pelas re-centes conquistas: campeã nacategoria Juvenil, no Paulistão2007, com a música “Sakimorino Uta” e maior pontuação daGrande São Paulo. Em 2008,sagrou-se campeã na catego-

ria Juvenil (Kashosho), com“Inotiwo Agueyo”. Já esse anorepetiu o feito no 15º Paulistãoconquistando a vitória na cate-goria Juvenil e também pelaGrande São Paulo, com a mú-sica “My love”.

Em 2002, os pais de Maria-na começaram a frequentar asatividades do Nipo, e hoje sãodiretores do Instituto, a convitede Tadayoshi Hanada. “Mesti-ça, bonita e desenibida”, disseAquico, quando viu Mariana.“Ela tem tudo para dar certo”.

A NHK, televisão japonesase interessou em mostrar as ir-mãs Kataoka, quando da vindadas famosas cantoras japone-sas Yuki e Saori. Naquela épo-ca apareceram na rede da te-levisão japonesa cantando. Isa-dora entoou Suzume no Gakko,Isabela cantou para ascâmeras Yurikagono Uta, eMariana cantou Mikan no Hanaga Saku Oka, ao lado da atual

presidente do karaokê de Cam-pinas, Aquico Miyamura. Yukie Saori surpreenderam-se coma tradição da cultura musicalinfantil existente no Brasil, queno Japão infelizmente, disseramelas, as músicas infantis estãodesaparecendo com o avançoda tecnologia. Aquico dissesempre acreditar no talentodas três e para melhorar o ní-vel dos cantores em Campinas“Lutei para trazer bons profes-sores.” Atuavam como mes-tres, Shinkiti Yamada e YsaoOkada. Na sequência vieramSatiko Ono, Renato Chibana eMário Chibana. Recentemen-te incorporou-se ao quadro,Massami Yano.

Nível internacional – Segun-do Kozo Kawabata, organiza-dor do 9° Brasil Zenkara Ma-tsuri, as 17 pessoas que vie-ram do Japão, dentre eles opresidente do Zenkoku

Karaoke Shidou Kiyokai, Ma-tsuyama Shoiti se impressio-nou com o alto nível e técnicamusical dos participantes, prin-cipalmente do show dos ven-cedores dos anos anteriores.“Houve uma verdadeira gale-ria de campeões” disse. Nacomitiva, vieram três cantoresprofissionais. Aproveitaram efizeram turismo no Brasil, co-nheceram os pontos turísticosmais bonitos do Rio de Janei-ro, Foz do Iguaçu e São Pau-

lo. Conforme Kozo, a seleçãofoi rigorosa e o convite paraos participantes foi para todoo Brasil. Além da Mariana queganhou mil reais, MarceloAkamine levou para casa qui-nhentos reais e a veteranaKazuko Kawai recebeu tre-zentos reais.

(Celia e Marcos Volpatogentilmente aceitaram o

convite e escreveramsobre a conquista da filha

para o Jornal Nippak)

JOE HIRATA É DESTA-QUE NA HEBE – O cantorJoe Hirata foi uma das atra-ções no programa especial dos101 anos da imigração japone-sa no Brasil da apresentadoraHebe Camargo, do SBT. Gra-vado no dia 8, o programa foiao ar no último dia 15 e teveainda como destaques a artedo ninjutsu, culinária japonesa,anime (com Fábio Shin) e ogrupo de taikô Ishindaiko, queacompanhou Joe Hirata emRaça e Ginga Misturou, que oartista dedicou ao Centenário.

TVDIVULGAÇÃO

A Associação Naguisa rea-lizou no último dia 11, em suasede, no bairro do Jabaquara(próximo ao terminal do metrôJabaquara, na Zona Sul de SãoPaulo), o seu tradicionalMinikara, ou como discursou opresidente da entidade, EijiDenda, “o nosso Minikara jánão é mais mini, é pelo menosum grande Minikara”. Provadisso é que o evento teve 160inscritos, um recorde nesses 9anos de histórias do Minikara.

Como jurados atuaram osprofessores: Tadao Ebihara,Yasue Kitsuwa e MassakatsuSato.

A programação do eventofoi bastante variada e intensa,tendo um show com a apre-sentação dos cantores IsabelTsuruhama, Mitsue Kina, Nel-son Harada, Sayuri Ohashi,Shoko Nozawa, Sílvio “Erúbis”San, Tadao Ebihara, TerumiTakano e Yasue Kitsuwa, in-tercalado por sorteios e roda-das de bingo.

Resultados – Confira oscampeões de cada categoria:B-4/5: Laura Sakashita daFonteA-4/5: Ritsuko HorimiEspecial 6/7: Luis Onuki

KARAOKÊ 2

Minikara da Naguisa tem recorde de participantes

Especial 4/5: Masaji SatoExtra 6/7: Mitsue TagutiExtra 4/5: Yoshio Hosokawa

Shinjin: Atsushi MiyakeTibbiko: Bruna Kaori YuasaSuper Extra 5/6:Shiroko Wa-tanabeA-2/3: Rogério NakanoA-1: Luiggi DiasEspecial 2/3: Maurício Ferrei-raEspecial-1: Eduardo OhashiExtra-3: Eiko HadaExtra 1/2: Masahiti ShimadaSuper Extra 3/4: SanemassaTakakiSuper Extra 1/2: YukieKakinokiDuplas: Taka & MasaruInternacional: Kazuhiro Ta-kahashi

Organizadores do Minikara, que já virou “um grande minikara”

DIVULGAÇÃO

Eiji Denda e Lucia Ikawa

Mariana Kataoka com os organizadores do 9º Brasil Zenkara Matsui: “Não omaginava vencer”

RODRIGO MEIKARU

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