jornal nippak 04/10 a 10/10/2012

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ANO 15 – Nº 2390 – SÃO PAULO, 04 A 10 DE OUTUBRO DE 2012 – R$ 2,50 www.nippak.com.br Os eleitores nikkeis não são diferentes dos mais de 140 milhões de brasileiros que irão às urnas neste do- mingo, 7 de outubro, em 5.564 municípios. Afinal, todos querem candidatos íntegros, honestos e tra- balhadores. Virtudes que, aliás, deveriam ser itens obrigatórios para qualquer cidadão, mas que em tem- pos de mensalão acabam virando “opcionais”. E para alguns eleitores nikkeis, a “peneira” é ainda mais rigorosa pois tais qualidades ————————––——–—–—————————| Pág. 04 Existe um jargão no futebol que diz que “uma partida só termina quando o juiz apita o final do jogo”. E se o futebol está enraizado na cultura nacional, o clichê pode ser transportado para o atual cenário político. Isso porque os candidatos nikkeis à Câmara Munici- Candidatos nikkeis pregam voto consciente nesta eleição Eleitores destacam importância de ter representantes na Câmara Municipal tem que vir acompanhadas por um outro requisito “ori- ginal de fábrica”, isto é, a ascendência japonesa. É verdade que essa exigência não se estende a toda comu- nidade nipo-brasileira. No entanto, pelo menos para os entrevistados pela repor- tagem do Jornal Nippak, que saiu às ruas para con- versar com os eleitores, ter um representante nikkei na Câmara Municipal de São Paulo ainda é importante. E falam por que votam em candidatos nikkeis. ————————––——–—–—————————| Pág. 03 pal de São Paulo prome- tem disputar os votos dos eleitores indecisos até o encerramento da eleição. Para George Hato (PMDB), foi uma campanha “cansa- tiva” e “muito desgastante”. “Trabalhamos com poucos recursos e por isso já estáva- mos andando nas ruas há um bom tempo”, conta. FOTOS:DIVULGAÇÃO Ushitaro Kamia, do PSD, tambérm concorre a releição Aurélio Nomura busca a reeleição pelo PSDB Geroge Hato concorre a uma vaga pelo PMDB Victor Kobayashi é candidato pelo PSD

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ANO 15 – Nº 2390 – SÃO PAULO, 04 A 10 DE OUTUBRO DE 2012 – R$ 2,50www.nippak.com.br

Os eleitores nikkeis não são diferentes dos mais de 140 milhões de brasileiros que irão às urnas neste do-mingo, 7 de outubro, em 5.564 municípios. Afinal, todos querem candidatos íntegros, honestos e tra-balhadores. Virtudes que, aliás, deveriam ser itens obrigatórios para qualquer cidadão, mas que em tem-pos de mensalão acabam virando “opcionais”. E para alguns eleitores nikkeis, a “peneira” é ainda mais rigorosa pois tais qualidades ————————––——–—–—————————| Pág. 04

Existe um jargão no futebol que diz que “uma partida só termina quando o juiz apita o final do jogo”. E se o futebol está enraizado na cultura nacional, o clichê pode ser transportado para o atual cenário político. Isso porque os candidatos nikkeis à Câmara Munici-

Candidatos nikkeis pregamvoto consciente nesta eleição

Eleitores destacam importância de ter representantes na Câmara Municipal

tem que vir acompanhadas por um outro requisito “ori-ginal de fábrica”, isto é, a ascendência japonesa. É verdade que essa exigência não se estende a toda comu-nidade nipo-brasileira. No entanto, pelo menos para os entrevistados pela repor-tagem do Jornal Nippak, que saiu às ruas para con-versar com os eleitores, ter um representante nikkei na Câmara Municipal de São Paulo ainda é importante. E falam por que votam em candidatos nikkeis.

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pal de São Paulo prome-tem disputar os votos dos eleitores indecisos até o encerramento da eleição. Para George Hato (PMDB), foi uma campanha “cansa-tiva” e “muito desgastante”. “Trabalhamos com poucos recursos e por isso já estáva-mos andando nas ruas há um bom tempo”, conta.

fOTOS:DivULgAçÃO

Ushitaro Kamia, do PSD, tambérm concorre a releição Aurélio Nomura busca a reeleição pelo PSDB

geroge Hato concorre a uma vaga pelo PMDBvictor Kobayashi é candidato pelo PSD

2 São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012JORNAL NIPPAK

EXPOSIÇÃO

3ª EXPOSIÇÃO DE WASHI-Ê“Washi-ê” é a arte que utiliza como material, papéis artesanais japoneses, confeccionados com as fibras da planta Kozo, Mitsu-mata e Gampi. Incluímos tam-bém nas criações, papéis feitos com as nossas fibras: sisal, ana-nás, bananeira, cana, etc., com o objetivo de mesclar a forma da arte tradicional japonesa à reali-dade brasileira. O washi-ê explo-ra as diferentes texturas, cores e nuanças dos papéis que desfia-dos, dobrados e justapostos, re-sultam em obras que vão do figu-rativo ao abstrato. Com o domí-nio da técnica, cada um irá explo-rar, a seu modo, os recursos que os papéis oferecem para elaborar além dos tradicionais quadros, decorações nos objetos como: luminárias, porta-corrediça, le-ques, porta-joias, bolsas, etc.Onde: Associação Comercial de São Paulo (Rua Galvão Bueno 83, Liberdade)Dia 06 e 07/10/2012Horário: sábado das 10h às 18h e domingo das 10h às 17hInformações: 11/3208-4096 e 11/3207-9366

PROJETO VITRINES – Na ter-ceira mostra de 2012, MASP e Metrô de São Paulo, recebem os trabalhos dos artistas Diego García, Laura Huzak Andreat-to, Wallace V. Masuko e Nicole Mouracade. Caixa de Texto - Diego GarcíaDe 10/09 a 05/10/2012Paradiso - Laura Huzak AndreatoDe 10/10 a 07/11/2012ei! - Wallace V. MasukoDe 12/11 a 03/12/2012“Tudo o que já foi, tudo o que é e tudo o que será” - Nicole Mou-racade - Latinhas de alumínio descartadas foram os moldes uti-lizados para construir a obra.Onde: Estação Trianon-Masp do Metrô De 10/09 a 03/12/2012Horário: 2ª a 6ª das 6h às 20h30, sábados e domingos das 10h às 17h.Ingresso: GratuitoRealização: Artistas, MASP e Ação Cultural do Metrô de São Paulo

ON KAWARA, ARTE E VIDA CONTEMPORÂNEAOnde: MAM/SP – Museu da Arte Moderna (Parque do Ibira-puera – portão 3)Visitação: até junho de 2013Horário: terça a domingo e feriados, das 10h às 18hIngresso: R$ 5,50 (domingo gratuito) Associados do MAM, crianças até 10 anos e adultos acima de 65 anos não pagam.Informações: 11/5085-1300

MARCAS DO TEMPOEriko Sato, Bin Kondo, Futoshi Yo shizawa, James Kudo, Hiro Ojima, Kazuo Wakabayashi, Ki-ji-Maru, Ki mi Nii, Kunio Wata-nabe, Makoto Nakamura, Mana-bu Hangai, Mari Iwabuchi, Mi-dori Hatanaka, Miyuki Abe, No-buhiko Suzuki, Nobuo Mitsu-nashi, Roberto Okinaka, Ryouta Unno, Sachiko Koshikoku, Shi-zue Sakamoto, Shoichi Yamada, Takafumi Kijima, Takashi Fu-kushima, Tomie Ohtake, Yasui-chiro Suzuki, Yasuo Ogawa, Ya-sushi Taniguchi, Yayoi Kusama, Yo Onishi e Yoshiaki Nagai.Onde – Galeria Deco (Rua dos Franceses 153, Bela Vista)De 01/09 a 28/10/2012Horário: das 10h às 19hInformações: 11/3289-7067www.facebook.com/galeriadeco

EVENTO

AOBA-MATSURIFeira de verduras frescas e co-midas típicas.Onde: Miyagui Kenjin Kai (Rua Fagundes 152, Liberdade)Dia 06/10/2012Horário: 7h às 16h (almoço das 11h às 15h)Informações: 11/3209-3265

30ª BIENAL DE SÃO PAULO A Iminência das PoéticasOnde: Parque do Ibirapuera, Pavilhão da Bienal São PauloDe 07/09 a 09/12/2012 Horário: 3ª, 5ª, sábado, do-mingo e feriado das 9h às 19h – Entrada até 18h – 4ª e 6ª das 9h às 22h – Entrada até 21h – Fe-chado às segundas.Ingresso: Entrada GratuitaInformações:

www.bienal.org.br/30bienal/pt/

EXCURSÃO

Nikkey Cultural promove a 10º REVEILLON 2013 para Thermas de FernandopolisExcursão com partida no dia 28/12/2012 (sexta feira) às 22h em ônibus super-luxo tipo LD. Nos dias 29 e 30/12 café da manhã, almoço, lazer com mo-nitores e Karaoke-Dance à noite. No dia 31/12, café da manhã, almoço e chá da tarde e à noite sensacional ceia, queimas de fogos e baile com musica ao vivo com tecladista e vocalista. No dia 01/01/2013, café da manhã, lazer na parte da manhã e após almoço partida para São Paulo.Informações e reservas com Emi-lia Iritsu 11 / 3751-9910 e 11 / 99510-8499, Meily 11/3774-7456, 11 / 3774-7457, 11 / 3774-7443, Deise 11 / 3749-0374, Jose Iritsu 11/9957-3845 ou Prof. Ikuhiro Hayashi e Ayako Haya-shi.

ILHA GRANDE - Pousa-da Maria Bonita – Partida dia 17/01/2013 às 23h (quinta feira) em ônibus super-luxo LD – Passeios de escunas nos dias 18, 19 e 20/01/2013 e pesca noturna. Bailes nas noites dos dias 18 e 19/01/2013 com Issa-mu Music Show. Retorno no dia 20/01/2013 apos o almoço.Informações e reservas com Emilia Iritsu 11/3751-9910 e 11/99510-8499, Meily 11/3774-7456, 11/3774-7457, 11/3774-7443 e Jose Iritsu 11/9957-3845

EM CARTAZ

CURSO

AULAS DE DANÇAProfessores Sergio e Rosa Taira.Onde: Assoc. Shizuoka Kenjin (R. Vergueiro, 193 - Liberdade)As 2ª e 3ªfeirasHorário: 13h às 17hInformações: 11/5588-3085 e 11/7174-8676

AULAS DE DANÇAProf. Marcos KinaOnde: Soc. Bras. de Cult. Ja-ponesa – Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade)As 5ª feirasHorário: 11h às 12h30

NIKKEY CULTURALKaraokê: aulas com o prof. e maestro Hideo Hirose (2ª, 3ª, 4ª,

CURSOS6ª e sábado) e a profa. Tsuguiko Hongo (5ª).Dança Social: Prof. Murae do-mingo (de manhã), Prof. Hayashi (2ª das 15h às 20h), Prof. Tahira (6ª das 13h às 16h30), Profa. Lu-ciana Mayumi - Aulas de Tango (2ª e 4ª das 20h30 às 23h), Pro-fa. Massako Nishida (4ª das 9h às 16h), Prof. Willian (sábado à tarde), Profa. Sato Tazuko (sá-bado de manhã) e Profa. Yukie Miike (3ª, 5ª e domingo, diver-sos horários).Aulas de Violão, Guitarra e Baixo: Prof. Eder (sábado das 9h às 18h)Aulas de Japonês: (básico, in-termediário e avançado) Profas. Keiko, 2ª e Isabel Kayoko, di-versos horários.Obs: aulas de Português para

estrangeiro com Profa. Isabel Kayoko.Aulas de Inglês: (básico, inter-mediário e avançado) Prof. An-derson (sábado), Profa. Priscila (diversos horários).Aulas de Informática: Prof. Vic-tor Kawata (diversos horários)Aulas de teclado: Profa. Neide (diversos horários)Tênis de Mesa: Prof. Mario Nakao - Técnico da Butterflay (diversos horários).

Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade)

Informações: 11/3774-7456, 11/3774-7457 e 11/3774-4430 com Meily (das 9h às 17h e sábado das 9h às 14h)

Informações e divulgação de eventos com Cristiane [email protected] – Tel. 11/3208-3977

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

[email protected]@nippak.com.br

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Luci J. YizimaColaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Kuniei Kaneko, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane

Kisihara e Osmar Maeda (Zona Norte)

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

[email protected]

JORNAL NIPPAK

AGENDA CULTURAL

CONCERTO

TORQUESTRA DE CÂMARA DA OSESP Onde: Sala São Paulo (Praça Jú-lio Prestes 16, Estação Luz)Dia 07/10/2012Horário: 17hIngresso: R$54,00 a R$62,00Vendas Ingresso Rápido:11/4003-1212 ou pelo site: www.ingressorapido.com.br

Concertos MatinaisBANDA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Onde: Sala São Paulo (Praça Jú-lio Prestes 16, Estação Luz)Dia 14/10/2012Horário: 11hIngressos: GratuitoIngressos disponíveis na bilheteria da Sala São Paulo a partir da segunda-feira anterior ao concerto, limitados a quatro por pessoa. A partir de cinco in-gressos, será cobrado o valor de R$2,00 (por ingresso). Informações: 11/3223-3966

EXPOSIÇÃO

6ª GRANDE EXPOSIÇÃO DE ARTE BUNKYOÉ um evento cultural com o ob-jetivo de apresentar o constante avanço e empenho criativo dos artistas revelando novos valores, consolidando artistas em ascensão e reverenciando os já consagrados. Onde: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistên-cia Social – Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade)De 07 a 14/10/2012Horário: 2ªs a 6ªs das 12h às 17h, sábados, domingos e feriados das 10h às 17h e no último dia, 14 de outubro, das 10h às 15h.Ingresso: Entrada GratuitaInformações: 11/3208-1755e-mail [email protected] e site: www.bunkyo.org.br

LANÇAMENTO

YUTAKA TOYOTA – A leveza da Matéria – Jacob KlintowitzOnde: Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso 207, Vila Clementino)De 30/09 a 06/10/2012Horário: 10h às 22hInformações: 11/3081-9300 e www.institutoolgakos.org.br

LANÇAMENTO DO LIVRO “O BE-A-Bá DO ORIGAMI”, DE PAULO PALMA Ensina com clareza, detalhe por detalhe, vários temas do Origa-mi, como os decorativos (cesta para doces, o descanso de copos,

castiçal); os mamíferos (can-guru, cavalo, esquilo, golfinho, gorila); o anfíbio (rã); as plantas (amor-perfeito, tulipa, pitanga, violeta); meios de transporte (aviões) e outros mais.Onde: Livraria Cultura – Con-junto Nacional (Avenida Pau-lista 2073, Loja de Artes)Dia 08/10/2012Horário: 18h30 às 21h30

CINEMA

CINEMA BUNKYOTodas as quartas-feiras, a Co-missão de Biblioteca e Filmes do Bunkyo apresenta uma sessão de filmes japoneses. Os filmes são exibidos em idioma japonês, sem legenda. Além disso, uma vez ao mês, realizam o “Free Market” (Frima), uma feira de produtos diversos, com artesa-nato, obentô (alimentos), brin-quedos, livros e outros. Onde: Grande Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim 381) Dia 10/10/2012Horário: Frima das 10h às 15h no Hall do Grande Auditório e a Sessão de Cinema às 13hIngresso: Sócios entrada franca e não-sócios pagam R$5,00Informações: 11/3208-1755

EVENTO

KARAOKÊ DANCE TOKUSHIMAOnde: Tokushima Kaikan (R Antonio Maria Laerte 275, Me-tro Tucuruvi)Dia 06/10/2012Horário: 9h às 17hInformações: 11/4748-5896

BAILE ÉRIKA KAWAHASHIMúsica ao vivoOnde: Associação AICHI (Rua Santa Luzia 74, Metrô Liberdade)Dia 06/10/2012Horário: 18h30 (refeição à parte)Informações: 11/2578-3829, 11/99827-9925 e [email protected]

KARAOKÊ-DANCE NIKKEY CULTURALTodos os Domingos e neste do-mingo, música ao vivo com a participação do Tecladista Dias, das 18h às 22h.Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade)Dia 07/10/2012Horário: 8h às 18h (incluso: café da manhã, missoshiru, al-moço às 12h30, refrigerantes, àgua, chá e café.).Informações: 11/3774-7456 / 3774-7457 / 3774-7443www.nikkeycultural.com.br

1º FESTIVAL DO GRUPO DE TAIKÔ SORAGOI WADAIKO DA ACREC COM SORVETE A VONTADE!Onde: Associação ACREC (Rua Nunes Balboa 299, Vila Carrão)Dia 07/10/12Horário: 11h às 18hConvite: R$12,00 antecipado e R$15,00 portaria Ponto de Venda: Nihon Him - Rua Juno, 125 - Vila CarrãoInformações: 11/99983-1620 e 11/98200-3995

FESTIVAL DE BRASÍLIA DA CANÇÃO JAPONESA1º Festival de Karaokê e 24º Concurso Brasilense da Canção JaponesaOnde: Escola Modelo de Lín-gua Japonesa (Av.L 2 Norte SGAN 611 Conj.ABC Bl.C)Dia 21/10/2012Horário: a partir das 9hRegulamentos: www.nippobrasilia.com.brInformações e inscrições: [email protected]

CONCURSO

3º CONCURSO LITERáRIO DO BUNKYO: CATEGORIA MANGáInscrições até 15/10/2012Endereço para envio do ma-terial: BUNKYO – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Co-missão de Atividades Literárias – Categoria Mangá – Rua São Joaquim 381, Liberdade – 01508-900 – São Paulo/SPCerimônia de premiação du-rante o 42º Prêmio Literário NikkeiOnde: Salão Nobre do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, 2º andar, Liberdade)Dia 17/11/2012Horário: a partir das 13hInformações:www.bunkyo.bunkyonet.org.br

CURSO

CURSO GRATUITO PARA VESTIBULANDOSEstão abertas as inscrições para o terceiro curso gratuito Litera-tura para vestibular, formatado pelo CIEE para despertar o gosto pela literatura entre os alunos do ensino médio. O curso terá duração de uma semana, com três horas diárias, de segunda a sexta, totalizando 15 horas. Onde: Prédio Escola do CIEE (Rua Genebra 57, Centro, SP)De 22 a 26/10/2012Horário: das 14h às 17hInscrições: Gratuitas e devem ser feitas pelo site www.ciee.org.br

São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012 3JORNAL NIPPAK

COLUNA DO SILVIO SANO

Voto pilantra!tende que isso aconteça, me-lhor participar efetivamente fazendo sua própria escolha, consciente e responsável.

Mas o escopo deste é para os candidatos a verea-dor... razão para o qual dei o título de “pilantra”, além de tentar mostrar porque, ao longo de nossa história, te-mos convivido com tantos bandid..., digo, políticos sem nenhum mérito para nos re-presentar nas Casas Egrégias.

Pois é, a explicação está no Quociente eleitoral ou Coeficiente eleitoral, que pou-cos conhecem, que é o re-sultado de um cálculo que determina o número de va-gas na Câmara a cada partido. Num país como o nosso, com 30 partidos registrados no TRE (haja ideologia política, héim!), e muita malandragem inerente, foi necessário criar essa forma para repartir as va-gas entre os mesmos. Daí por-que alguns partidos dos cha-

Caro leitor eleitor. Per-mita-me dirigir-te assim pelo óbvio, devido ao mo-mento, semana derradeira para sufragar seu voto para tentar chamar sua atenção sobre o “Voto Pilantra”. De-nominei-o assim porque é o que acho que é pela conse-quência posterior após cli-cado sua opção na urna ele-trônica... dependendo da in-tenção de como o fizer.

Explico.No caso das eleições ma-

joritárias, no deste, a pre-feito, nem tanto porque a escolha é pela proporcio-nalidade. Mesmo assim, se a intenção for por sim-ples protesto, anulando--o ou votando em branco, o tiro também pode sair pela culatra já que por deixar de votar, por exemplo, no seu menos pior, ao final, quem poderá ser eleito pelos de-mais eleitores, pode ser o pior. Assim, se não pre-

*Silvio Sano é arquiteto e es-critor. E-mail: [email protected]

mados nanicos, senão to-dos, aproveitando-se do ego das pessoas, convidam--nas a se candidatarem, pela “missão patriótica”, mas para eles, uma forma para obter votos... e maior fundo partidário. E esse cálculo implica em somar todos os votos válidos, mesmo os dos não eleitos, aos respectivos partidos. Daí porque se seu voto, desde o início, for para alguém sem nenhuma con-dição, ou seja, inútil, não importa, será muito útil a algum “pilantra”.

Ou seja, a praia pode até estar esperando, mas, antes de tudo, melhor proteger o seu. Né, não?

ELEIÇÕES 2012

DivULgAçÃO

Em busca dos votos dos indecisos, candidatos intensificam trabalho à véspera da eleição

Confira a relação de candidatos orientais à Câmara Municipal de SPNOME NOME NA URNA Nº PARTIDOAkiko Akiyama Akiko Aki 50900 PSOLAurélio Nomura Aurélio Nomura 45451 PSDBDurciléia Aparecida Maruyama Prof. Léia 44228 PRPEdson Shinzi Onishi Edson Onishi 20200 PSCEduardo Tsuneo Saito Saito San 31004 PHSElias Tanaka Elias Tanaka 14325 PTBFabio Mamoru Ogawa Fabio Ogawa 27400 PSDCFlavio Haruyo Iizuka Dr. Flavio iizuka 65555 PC do BGeorge Vatutin Hato George Hato 15622 PMDBHiroaqui Yamada Yamada 23222 PPSHwang Yeong Jyh Steve Hwang 19888 PTNLeticia Regis Furuya Leticia Furuya 55777 PSDMarcos Jesus Tachibana Tachibana 13600 PTMarilda Watanabe Mazzocchi Marilda Watanabe 43789 PVMasataka Ota Ota 40096 PSBMilton Missaka Milton Missaka 14266 PTBMoun Hi Cha Dr. Lauro 31777 PHSNelson Sussumu Shikicima Nelson Sussumu Shikicima 14888 PTB*Patricia Kiyomi Tani Patricia Tani 27227 PSDCRicardo Kengy Okada Ricardo Okada 44001 PRPRoberto Seidy Watanabe Watanabe 14169 PTBRubens Massashi Ito Rubens Ito 12790 PDTSeong Soo Kim Doutor Kim 55456 PSDSergio Koei Ikehara Sergio Koei 16002 PSTUSeverino Manoel Maruyama Santos Manoel Maruyama 65613 PC do BShinsho Takara Takara 43026 PVShuy Wen Shin Prof. Shin 31888 PHSSimone Michico Gava Hieda Simone Hieda 20033 PSCThabada Kaoru Yamauchi Mendonça Camara Thabata Yamauchi 10333 PRBThiago Mitsuru Medeiros Arikawa Thiago Arikawa 15651 PMDBUshitaro Kamia Kamia 55699 PSDVictor Kobayashi Victor Kobayashi 55100 PSDDilza Mieko Muramoto Shiroma Dilza Muramoto 55655 PSDPedro Massami Kikudome Dr. Pedro Kaká 55222 PSD

Existe um jargão no futebol segundo o qual “uma partida só

termina quando o juiz apita o final do jogo”. E se o fute-bol está enraizado na cultura nacional, o clichê pode ser transportado para o atual ce-nário político. Isso porque os candidatos nikkeis à Câmara Municipal de São Paulo pro-metem disputar os votos dos eleitores indecisos até o en-cerramento da eleição.

“Fiquei surpreso ao cons-tatar que ainda existe um grande número de eleitores indecisos”, admite o verea-dor e candidato à reeleição, Aurélio Nomura (PSDB). Por isso, segundo ele, esses três dias que antecedem a eleição serão “essenciais” e “funda-mentais”.

O candidato tucano é adepto de que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém. “Chego para esta eleição muito otimista sen-tindo que o trabalho de um ano e meio que fiz na Câmara Municipal de São Paulo deu bastante repercussão e fez minha candidatura crescer nas últimas duas semanas”, conta Nomura, explicando que praticamente andou São Paulo de ponta a ponta em busca de votos.

“Percorri a Zona Leste, a Zona Sul, o Centro, a Zona Centro-Oeste... Enfim, senti uma incorpada e espero obter uma votação que consiga me reeleger”, afirma Nomu-ra, que espera ter convencido mais de 30 mil eleitores, cerca de 10 mil a mais que votaram nele na eleição de 2008.

“Fiz um trabalho para dobrar esse número. É bas-

tante difícil e complicado, mas estou confiante”, explica o candidato, que procurou diversificar sua área de atua-ção. “O candidato nikkei que depender única e exclusiva-mente da coletividade difi-cilmente será eleito, até pelo número de candidatos dentro da comunidade e pela nossa coligação”, destaca Nomura, afirmando que a renovação na Câmara Municipal deve ficar próxima a da eleição passada, ou seja, “deve chegar, no má-ximo, a 30%”.

Dificuldades – “Até por-que os ares não estão muito para renovação. A pró-pria indecisão dos eleitores dificulta para os candida-tos espalharem seus votos”, afirma Aurélio Nomura, que pede para que os eleitores analisem os candidatos “com convicção”.

“A próxima legislatura vai discutir o Plano Diretor Estra-

tégico do Município que vai afetar a vida da cidade nos próximos 20 anos. É algo que atinge a vida de nossos filhos e nossos netos. É preciso discutir e trabalhar para que as Subprefeituras sejam de fato descentralizadas formando uma cidade compacta”, ob-serva Aurélio Nomura.

Para o também vereador e candidato a reeleição Ushita-ro Kamia (PSD), a campanha está bem encaminhada. “Pelo trabalho que fizemos, acredito que estou bem. Percorremos várias regiões e entidades. Acho que foi uma campanha bastante ampla, na medida do possível”, conta Kamia”, ex-plicando que “cada eleição tem sua própria história”.

“Em comum, temos as mesmas dificuldades de sem-pre. Uma delas é o pouco tempo que temos para di-vulgar nossas ideias e pro-jetos. Nosso tempo no ho-rário gratuito, por exem-

plo, é de apenas 15 a 20 segundos”, lamenta o verea-dor, que procurou compensar sua escassa aparição na tevê divulgando suas propostas em materiais de campanha como informativos, revistas e jornais.

Ao contrário de Aurélio Nomura, Kamia acredita que o cenário já está praticamente definido. Pelo menos para a disputa à Câmara Munici-pal. “Para o cargo majoritário o quadro ainda está bastante indefinido, mas para vere-ador já existe uma defini-ção, pois as pessoas estão acompanhando nosso traba-lho”, conta.

Reservados – Para George Hato (PMDB), foi uma cam-panha “cansativa” e “muito desgastante”. “Trabalhamos com poucos recursos e por isso já estávamos andando nas ruas há um bom tempo, muito antes do dia 6 de julho, quando teve início a propa-ganda eleitoral”, disse Hato, afirmando que, “por não ter muito tempo no horário gra-tuito, procurei levar minhas propostas ao maior número de pessoas possível”.

“O mais importante é que pude fazer uma cam-panha limpa, sem nenhum contratempo”, conta ele, que esteve em campanha até em municípios vizinhos. “Fui até Santo André e Diadema, ou seja, fui onde tinha ativi-dades da comunidade”, diz Hato, acrescentando que não discriminou nada, de bingo a Festa do Verde, passando por jantares e Campeonato de Skate. “Teve domingo que tinha 18 compromissos para visitar. Nesses casos, só dividindo a agenda com meu pai”, esclareceu Hato, para quem o eleitor nikkei, princi-palmente os mais velhos, são mais “reservados”. “Dificil-mente eles vem até nós, então, nós é que temos que ir até eles ouvir suas reivindicações”, justificou Hato que, mais uma vez, destacou a presença do deputado estadual Jooji Hato (PMDB) em sua campanha. “Esse recall do meu pai foi muito importante, pois mos-tra que tenho uma base, isto é, que vou dar continuidade e fortalecer o trabalho que ele já vinha desenvolvendo na Câ-mara”, afirmou Hato.

Ações sociais – Em sua se-gunda tentativa para ocupar uma cadeira na Câmara Muni-cipal, o candidato Victor Ko-bayashi (PSD) afirma “conti-nuar bastante animado com o apoio dos eleitores”. “Nos úl-timos dias, as pessoas passa-ram a vir com mais freqüên-cia no nosso comitê em busca de material de campanha. É um tipo de apoio espontâneo, que deixa a gente bastante confiante”, diz Kobayashi, afirmando que “sinto que a cada ano que passa o traba-lho que desenvolvemos fren-te ao Instituto Paulo Kobaya-shi vem sendo reconhecido”, diz, referindo a Oscip (Orga-nização da Sociedade Civil de Interesse Público) fundada

por ele para dar continuidade aos trabalhos sociais de seu pai, Paulo Kobayashi (1945-2005).

“As pessoas sabem que as ações sociais que desenvolve-mos e que beneficiam milha-res de pessoas é um trabalho sério que vem desde 2005, durante o ano inteiro, inde-pendentemente de ser ano eleitoral”, afirma Kobaya-shi, acrescentando que “tam-bém sinto que hoje as pessoas não me veem mais apenas como o filho do Paulo Koba-yashi”. “Existe o fator sobre-nome, que também é impor-tante, mas também tem o lado de reconhecer o nosso traba-lho efetivo”, diz o candidato, que afirma ter aprendido com as duas últimas eleições – em 2008 e em 2010, para depu-tado estadual.

“Desde 2008 continuamos desenvolvendo o mesmo tra-balho social e conseguimos saltar de 15 para 35 mil votos somente na capital. Isso, aliado à experiência que tive na Câmara Municipal no ano passado fez com que as pes-soas me enxergassem como um candidato mais bem pre-parado”, explica Kobaya-shi, que acredita numa reno-vação acima dos 40% “por causa do atual cenário polí-tico, com mensalão e ima-gem desgastada dos políticos, principalmente os mais vete-ranos”.

“Espero que as pessoas analisem bem as propostas dos candidatos antes de votar e votem de forma consciente. Analisem também se o candi-dato é acessível, porque isso facilitará a comunicação de-pois , caso ele seja eleito. É importante que o eleitor te-nha sempre um canal aberto para que possa acompanhar e cobrar o trabalho de seu vere-ador”, destaca Victor Kobaya-shi.

(Aldo Shiguti)

Mais de 140 milhões de eleitores brasileiros irão às urnas neste domingo em todo o país

Oito candidatos nikkeis participaram do Encontro promovido pelo Bunkyo

4 São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012JORNAL NIPPAK

ELEIÇÕES 2012

fOTOS: LUci jUDicE yiziMA

Kiyoshi harada*

Como sói acontecer em tudo na vida, na literatura, também, há escritores e escritores.

Há escritor que consegue abordar um determinado tema de forma sintética, com lapidar clareza e sin-gular objetividade para a imediata compreensão do leitor. Escritor desse naipe transmite ensinamentos e conhecimentos novos ao leitor e propicia uma alegria imensa a sua alma cansada, pressionada pela agitação e concorrência acirrada neste mundo globalizado de hoje. Seu texto, além de

enriquecer a formação pro-fissional do leitor, aguça e agrada seus sentidos. À me-dida que vai lendo o texto o leitor sente uma sensação de que está contemplando uma natureza bela e harmoniosa, uma verdejante floresta po-voada de belos pássaros can-tando. Seu olfato passa a sentir o olor de uma flor per-fumada. Enfim, ganha conhe-cimentos novos e saúde, so-bretudo, a mental.

Normalmente esses tex-tos são escritos por pessoa equilibrada, disciplinada, cul-ta e inteligente que sabe dis-tinguir o certo do errado e, por isso, tem sempre uma posição definida acerca das

matérias que aborda com sin-geleza, clareza e objetivi-dade.

Entretanto, há outra clas-se de escritor. Aquele es-critor que habitualmente pro duz um texto rabilon-go e sem nexo. Não tem pé nem cabeça, como se diz na gíria. Geralmente, são textos que não têm co-meço, meio e fim. Ao con-trário, são textos recheados de idéias dúbias, confusas, caóticos e contraditórias que mais confundem o leitor do que o esclarecem. O pobre leitor que se deparar com um texto insano da espécie e teimar em proceder a sua leitura até o fim, na vã espe-

rança de encontrar algo de útil nas entrelinhas, além de desaprender ficará deveras estressado. Textos desse jaez, além de nada contri-buir para enriquecer os co-nhecimentos do leitor cau-sam-lhe uma tremenda de-pressão mental, afetando os seus sentidos. O leitor, à me-dida que vai tentando enten-der o confuso texto, passa a ter a sensação de que está diante de uma floresta negra e atroz, pronta para engolir quem dela se aproximar. Ao invés de doces melodias de pássaros cantando tem--se a amarga sensação de estar ouvindo um grunhido, como se algo estivesse sendo mordido ou engolido e o seu olfato passa a sentir o cheiro fétido de pássaros putrefatos.

Enfim, o leitor perde tempo e saúde, sobretudo, a mental.

Quase sempre, textos com os malefícios retroapontados são escritos por pessoa que não tem o dom da sabedo-ria, ao contrário, nunca sabe discernir o certo do errado, incapaz de fazer uma avalia-ção crítica dos fatos que o cercam. Por isso, ele nunca tem uma posição definida acerca dos acontecimentos político-sociais. Seus tex-tos refletem necessariamente esse posicionamento dúbio, con fuso, caótico e amorfo de seu autor.

É o tipo do escritor que pode ser considerado como o pescador de águas turvas de que falava o Presidente Gei-sel. Uma pessoa sem posição

definida que age sempre de forma radical: desfere uma paulada na esquerda e acerta uma cacetada na direita. Não raras vezes, dá uma palmada à frente e desfere um golpe com o calcanhar para atingir quem estiver por trás. Difí-cil quem estiver por perto escapar ileso. Daí o nosso conselho: fuja do pescador de águas turvas como o diabo foge da cruz.

Kiyoshi Harada, advogado, professor e jurista com 26 obras publicadas, dentre as quais, Direito financeiro e tributário, na 21ª edição. Acadêmico da Academia Pau-lista de Letras Jurídicas – APLJ – da Academia Brasileira de Direito Tributário – ABDT – e da Academia Paulista de Di-reito – APD.

OPINIÃO

O pescador de águas turvas

COLUNA DA ERIKA TAMURA

O poder das mulheresNesses últimos tempos,

tenho observado muito as mulheres brasileiras que vivem aqui no Japão. E con-fesso que estou muito feliz com o que eu vejo.

São mulheres batalhado-ras, muitas vezes sofridas, mas que possuem uma força que ninguém sabe de onde vem.

Um exemplo, é a mi-nha turma na faculdade, a maioria é mulher, e são mu-lheres com perfis distintos mas com histórias incríveis! Todas trabalham fora, sustentam a casa, cuidam de filhos e ainda estudam. São as alunas mais esforçadas, pois os homens, não pos-suem esse pique.

As firmas nunca esconde-ram que preferem a mão de obra feminina, pois são mais ágeis e ganham menos. Está aí uma injustiça, essa des-vantagem salarial que con-sidero reflexo da sociedade machista japonesa, as mu-lheres aqui desempenham as mesmas funções masculinas e ganham menos, por isso que na maioria das fábricas o ambiente é predominante-mente feminino.

Uma certeza que tenho, se pararmos para conver-sar com as mulheres que moram no Japão, cada uma terá certamente uma histó-ria de luta, garra e raça para contar. Pode ser em diferen-tes proporções, mas têm.

Me deparei com várias, são mulheres que criam seus filhos e ainda trabalham em fábrica com aquele horário puxado, voltam para casa e ainda têm que cuidar de to-dos os afazeres domésticos, e ainda tem o lado emocio-nal, pois sobra pouco tempo para a vaidade. Conheço mulheres que passam por dores diversas, como se-paração do marido, sepa-ração dos filhos, saudades, cansaço, estresse, melan-colia... Mas nem por isso deixam de lutar, acho incrí-vel essa força, esse poder de fênix.

O meu chefe mesmo disse, que as mulheres atual-mente são muito fortes, não fortes de força física, mas fortes estruturalmente, psi-cologicamente e emocional-mente. E essa percepção do meu chefe demonstra que o universo masculino as vezes se surpreende com o uni-verso feminino.

Acho o máximo mu-lher independente, que sabe o que quer, que tem foco e que sabe como agir, e esse é o novo conceito de mulher, é a mulher contemporânea.

Em uma conversa de ami-gos, uma amiga levantou a questão, por que as mulheres

lindas e independentes estão solteiras? E o meu amigo respondeu, porque vocês estão muito independentes, emancipadas, são bem su-cedidas, ganham bem, en-tão vocês estão muito mais exigentes. Se ficassem só na cozinha, achariam o com-panheiro o máximo. Brin-cadeiras a parte, essa res-posta polêmica faz sentido, a independência nos traz a liberdade, e hoje em dia, a mulher só mantém um rela-cionamento se estiver apai-xonada, caso contrário, ela prefere não se envolver.

Sei que esse é um assunto que rende polêmicas, que é o centro das discussões, mas que sempre vem a tona, quando se fala em humani-dade.

O Japão é um país extre-mamente machista, mas que vem mudando esse quadro. Ainda está longe de che-gar a uma igualdade, mas só o fato de estar mudando já é um ótimo começo. Não quero defender um papo feminista, e nem levantar uma bandeira pró mulhe-res, mas eu vejo que as mu-lheres são muito poderosas e não podem ser submissas nunca, pois possuem uma capacidade incrível. Aqui no Japão, eu aconselho as mulheres a tirar carta de motorista, a aprender o ja-ponês, e se estabelecerem num emprego bom, pois quanto menos dependerem do marido melhor. E mui-tas são 100% dependentes, e quando se vêm sozinhas não sabem como agir.

A mulher é tão poderosa que ela pode afundar um ho-mem, como também pode fazer dele uma pessoa me-lhor. Aquela história de que por trás de um grande ho-mem sempre tem uma mu-lher, eu concordo em partes, pois acredito que tenha sim uma grande mulher, mas não atrás, e sim na frente, pois é ela quem puxa o ho-mem, é ela quem comanda, podem reparar. E aquele ho-mem fracassado, que tudo o que faz dá errado, geral-mente tem uma mulher ân-cora do seu lado, aquela pessimista que desanima e desencoraja ele.

Portanto mulheres, usem a cabeça e mantenham o foco! E é isso que faz a dife-rença na vida de todos!

*Erika Tamu-ra nasceu em Araçatuba (SP) e há 14 anos reside no Japão, onde trabalha com desenvol-

vimento de criação. E-mail: [email protected]

Os eleitores nikkeis não são diferentes dos mais de 140 mi-

lhões de brasileiros que irão às urnas neste domingo, 7 de outubro, em mais de 5 mil municípios no país. Afina, to-dos querem candidatos ínte-gros, honestos e trabalhado-res, virtudes que, aliás, de-veriam ser itens obrigatórios para qualquer cidadão, mas que em tempos de mensalão acabam virando “acessórios”.

E para alguns eleitores nik-keis, a “peneira” é ainda mais rigorosa, pois tais qualidades têm que vir acompanhadas por um outro pré-requisito, “original de fábrica”, isto é, a ascendência japonesa.

É verdade que essa exi-gência não se estende a toda comunidade nipo-brasileira. Pelo menos para os entrevis-tados pela reportagem do Jornal Nippak, ter um re-presentante nikkei na Câmara Municipal de São Paulo ainda é importante.

É o caso do oftalmologista, Yoitiro Mori, 68 anos que aposta na renovação de candi-datos nikkeis na Câmara Mu-nicipal. “Eu voto no Victor Kobayashi (PSD) por ele ter dado continuidade aos traba-lhos começados pelo saudoso Paulo Kobayashi, e por desen-volver projetos sociais junto à comunidade japonesa através do Instituto Paulo Kobayashi (IPK), além disso, o Victor é um rotariano”, revela.

Yoneko Ikezue, 68 anos de idade, aposta em candida-tos nikkeis na Câmara Muni-cipal porque fortalece a exe-cução dos projetos dentro da comunidade nipo-brasileira. “Acredito na seriedade e ho-nestidade dos japoneses, meu voto vai para George Hato (PMDB), pelo trabalho que seu pai, Jooji Hato desenvol-veu no município e desen-volve hoje na Assembleia Le-gislativa”, comenta.

Outra que não esconde o voto é Maria Hiroko Kitaya-ma, 63 anos, que vota nos candidatos da comunidade japonesa por proximidade, e o que os candidatos nikkeis podem ajudar a comunidade estando presente na Câmara Municipal. “Acredito que os nikkeis têm muito a ajudar a sociedade paulistana. Estou em dúvida entre dois candi-datos a vereador George Hato e Victor Kobayashi, seus pais fizeram muito por São Pau-lo e acredito que eles não vão decepcionar”, responde

muito otimista. Já a eleitora, Satiko Ytiya-

ma, prefere votar em candi-datos da comunidade por se-rem mais comprometidos. “Hoje eu sei mexer no com-putador graças ao Victor Ko-bayashi, que faz trabalho com a Terceira Idade, como a in-clusão social que vem desen-volvendo aqui na Liberda-de”, diz. “Eu tenho certeza se um candidato nikkei for eleito, teremos mais chances e projetos para a comunidade. Meu voto é para o Victor Ko-bayashi”, afirma.

Pulverização – O jovem Re-gis Yoshio Shimanoe, 35 anos, destaca a importância de votar em candidatos da comunidade japonesa. “É importante para a comunidade ter um candi-dato nikkei ocupando uma ca-deira na Câmara Municipal. A sociedade nipo-brasileira terá mais assistência, mais desen-volvimento. Também é pre-ciso fortalecer a nossa pre-sença política desenvolvendo e agregando projetos que ajude assim a sociedade brasi-leira. Eu voto no Victor Koba-yashi já conheço seus projetos

sociais”, define.Entre os filhos de “ilus-

tres”, a opinião é a mesma. Para o estudante Yugo Mabe Júnior, de 21 anos, filho do artista plástico Yugo Mabe, “é importante votar em candi-datos nikkeis para que possa-mos reforçar nossa cultura”. Eleitor de Victor Kobayashi – votou no mesmo candidato em 2010, para deputado esta-dual, e em Walter Ihoshi para deputado federal – Yuguinho, como é carinhosamente cha-mado, faz uma ressalva.

“Já ouvi muita gente criticar e concordo com a opi-nião de que tem muitos can-didatos nikkeis na disputa. Acho que deveriam fazer uma seleção para evitar uma pulverização de votos”, diz Yuguinho, que mesmo assim é otimista. “Acho que a co-munidade consegue eleger o Victor Kobayashi, o Auré-lio Nomura e o Ushitaro Ka-mia”, arrisca o estudante, afirmando que vota em Victor Kobayashi por “afinidade e por conhecer o seu trabalho”. “Sei o quanto ele faz pela co-munidade e, por isso mesmo, tenho liberdade de cobrá-lo”,

explica Yuguinho.

Índole – O presidente da As-sociação dos Permissionários do Mercado Municipal Kin-jo Yamato, Marcio Miyashi-ta também votará em Victor Kobayashi, mas por outra razão. “Conheci o candi-dato há uns seis meses e, no meu caso, ele ajudou antes de pedir qualquer coisa, o que é muito difícil para um político hoje em dia”, conta Miyashi-ta, lembrando que Kobayashi destinou uma emenda para reforma do telhado do Kinjo Yamato, uma reivindicação antiga dos permissionários. “Muitos vieram aqui antes do Victor, prometeram e não fi-zeram nada”, garante.

Para ele, no entanto, “me-lhorar apenas um lado não adianta”. “Tem que trabalhar para todos. Se melhorar para todos, melhora para gente também. Vou votar no Victor Kobayashi porque, como descendente de japoneses, a gente vê na índole quando a pessoa tem vontade de fazer alguma coisa”.(Aldo Shiguti, com Luci Ju-dice Yizima)

Regis: “conheço os projetos do victor Kobayashi”

Satiko: “O victor faz trabalho para a Terceira idade”

ikezue: “voto no george pelo trabalho do pai”

Eleitores nikkeis falam por que votam em candidatos nikkeis

Marcio Miyashita: “A gente vê a índole da pessoa”

ARqUivO PESSOAL

São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012 5JORNAL NIPPAK

VALE DO RIBEIRA

RqUivO PESSOAL

Sérgio Doi e Tsutomu Yasunaka, de Santos, mantêm laços com Registro

A Associação Hortolân-dia de Atibaia divulgou o ba-lanço da 32ª Festa de Flores e Morangos de Atibaia. Du-rante os 12 dias de evento, mais de 100 mil visitan-tes presenciaram os traba-lhos dos organizadores e elogiaram bastante.

Nesta edição foram apre-sentadas algumas novida-des. O girassol da variedade Vincent, com melhoramento genético, que já pode ser en-contrado no mercado com preço médio de R$ 8 o maço com seis hastes; a Rice Flo-wer que é muito parecida com a Gypsophila, conhe-cido como “mosquitinho”, e é muito utilizada para arran-jos; o ciclamen dobrado, que é vendido em vaso, tem for-mato de coração e chama a atenção pelo degradê de cores cultivadas e a rosa spray, que tem sua flor principal retirada para que as demais da haste tenham mais força.

Além das flores, o morango de cultivo natu-ral também teve destaque. Há anos alguns produtores de Atibaia iniciaram os tra-balhos junto à Embrapa para conquistar o selo de produ-ção integrada do Ministério da Agricultura. Para que esse documento fosse aprovado, os produtores reduziram a utilização de agrotóxicos, di-minuíram a agressão ao meio ambiente, garantiram mais segurança ao trabalhador ru-ral e, com isso, produziram uma fruta mais segura para consumo.

Esses produtos estavam expostos no pavilhão de ex-

CIDADES/ATIBAIA

32ª edição da Festa de Flores e Morangos recebe mais de 100 mil pessoas

DivULgAçÃO

Produtor de Atibaia sempre tenta realizar um trabalho diferenciado

32ª edição da festa de flores e Morangos apresentou novidades

posições, com 1.100 m². A diretora da Associação, Lilia Yuri Kobayashi, afirma que para a decoração ficar im-pecável e desabroche o in-teresse no público, o traba-lho realizado é diário, irrigar, adubar, entre outros aspectos. O sentimento de satisfação vem a cada olhar, comentário e sorriso dos visitantes que passam pelo local.

Isso aumentou a venda no mercado de flores, nos estan-des de frutas neste ano. Com isso, é nítido que a finalidade

da Associação foi cumprida, que é mostrar a produção agrícola de Atibaia e região à sociedade, além de conquis-tar visibilidade entre os con-sumidores.

Para Jorge Matsuda, di-retor, a Festa de Flores e Morangos de Atibaia tem im-portância nacional no setor agrícola. “Somos referência em diversos aspectos porque o produtor de Atibaia sempre tenta renovar e realizar um trabalho diferenciado para melhorar produto”, explicou.

Dom Júlio En di Akami-ne, arcebispo de São Paulo, celebrará missa no dia 14 de outubro na Igreja Cristo-Rei, no Santuário de Gonzaga, na primeira igreja construída pe-los imigrantes católicos japo-neses, em conjunto com Dom Irineu Danelon, Bispo de

Lins. Será dedicada ao Cris-to-Rei cujo dia é 21 e também a Nossa Senhora Aparecida – Padroeira do Brasil – e a Nos-sa Senhora Estrela da Manhã –Padroeira do Japão. A ima-gem da Padroeira do Japão será trazida pelas religiosas da capital.

CIDADES/PROMISSÃOARqUivO PESSOAL

Primeiro bispo nikkei do país visita Promissão

Dom júlio Akamine

Assim como o “Sanduí-che Bauru”, criado na década de trinta por um bauruense residente em São Paulo e ficou nacionalmente famoso por seu peculiar sabor e é até objeto de lei municipal protegendo a sua fórmula, o mesmo precisa ser feito a respeito do yakissoba de Bauru.

A sua receita vem sendo aperfeiçoada há uns trinta anos pela família da Mary Hassu-numa. Mary, que aliás, todo mundo a conhece pela sua arte: cantora de renome mundial, showwoman, jurada, profes-sora. O que muitos não sabem

DivULgAçÃO

Mary Hassunuma: yakissoba

CIDADES/BAURU

Especialidade da família Hassunuma, ‘yakissoba de Bauru’ merece patente

Na Associação Japo-nesa de Santos, na baixada santista,

existem duas pessoas ligadas com a história de Registro, no Vale do Ribeira. São eles, Sér-gio Doi e Tsutomu Yasuna ka. Sérgio, de 60 anos, é presi-dente da Associação desde 2009. Tsutomu, de 73 anos, é um dos 300 associados.

Sérgio Doi é neto do pro-fessor Yokitiro Nieda, nas-cido em 1880, que lecionou língua japonesa no bairro da Raposa, de Registro, por mais de 10 anos nas décadas de 1920 e 1930.

Natural da província de Saga, o professor Nieda imi-grou para o Brasil com sua esposa em 1919, então com 39 anos. Seus antepassados eram samurais e ele, militar. Portanto, era muito rígido na sua educação, influenciando seus alunos. Foi ele quem es-creveu as “Condutas dos alu-nos da Escola do Bairro da Raposa” e o “Hino da Escola do Bairro da Raposa”.

Atualmente, poucos ex--alunos seus (acima de 90 anos) vivem em Registro. O professor Nieda foi muito respeitado no bairro, por isso, a cada dois anos era realizado

o “dossokai”, (Encontro dos ex-alunos da mesma escola), que se tornou no encontro “Dokyokai”(ex-moradores do Bairro).

Partindo deste evento,

agora realizam anualmente Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças. Viveram mais de 70 famílias japone-sas neste bairro, agora moram apenas 6 famílias, mas nos

Da esq. para dir., Tsutomu yasunaka e Sergio Doi, em frente à Associação japonesa de Santos.

Suejiro yasunaka montado a cavalo em 1931.

dias desses eventos reúnem mais de 100 pessoas,além de Registro participam pessoas de São Paulo, Santos, Curiti-ba e outras.

Já Tsutomu Yasunaka é filho de Suejiro Yasunaka, que autor das fotos do ál-bum “Colônia Iguape 1913-1933”. Suejiro nasceu em Hokkaido em 1900. Veio ao Brasil aos 27 anos com a es-posa e um filho. Era fotógrafo desde quando morava no Ja-pão. Era aventureiro, mudava sempre de residência e teve um filho em Bastos e três em Registro. Tsutomu nasceu no Japão e regressou àque-le país pouco antes do início da 2ª Guerra Mundial. Sue-jiro era excelente fotógrafo, pois suas fotos no álbum são nítidas e nem parece que fo-ram tiradas há mais de 80 anos.

Suejiro andava a cavalo dentro da colônia japonesa e fotografou cerca de 800 fa-mílias em um ano. Ele pe-diu ao Consulado Geral do

Japão passagem ao Japão para confeccionar o álbum já que naquela época não ti-nha filme.

Na bagagem, levou as volumosas chapas de nega-tivo, encontrou com o minis-tro da Imigração Ryutaro Na-gai e pediu o apoio. Concluiu a obra em três meses. Suejji-ro tirou fotos para o álbum da Comemoração da colônia ja-ponesa dos 10 anos de Bas-tos. Há uma foto da enchente de Registro ocorrida em 1935 onde se lê no verso: “Ganhei 400 mil reis vendendo esta foto”.

Naquela época, foto era novidade. André Yasunaka, neto de Suejiro seguiu a pro-fissão do pai e do avô. Hoje ele é proprietário do estúdio Foto Estrela, em São Vicente, que está fazendo sucesso.

Suejiro tirou muitas fotos, porém, há poucos autorretra-tos. A foto desta matéria é uma das raras fotografias de Suejiro Yasunaka.

(Kuniei Kaneko)

A 18ª Festa do Chopp e Bon Odori promovida pela Acenbi (Associação Cultural Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba) no último dia 22 reuniu cerca de 4 mil visitan-tes de Indaiatuba e região, que desfrutaram de atrações cul-turais e gastronômicas típicas japonesas. Foram consumi-dos, 700 pratos de yakisoba, 650 tempurás, 2500 espetos, 800 pastéis, 2000 latas de re-frigerantes e água e 2.750 li-tros de chopp, além de muito sashimi, temaki, sushi, doces, sakerinha, salgados, sorvete, frozen e outros.

“A festa foi um sucesso e isso só nos motiva a continuar com o trabalho de divulgação da cultura japonesa através destes eventos que aliam en-tretenimento, gastronomia e cultura”, destaca o presidente da Acenbi, Augusto Kato.

O público participou tam-bém dos concursos de cho-

pp e guaraná de metro, apre-sentações da dança Bon Odori e concorreu a brindes como bicicletas e coolers. Os produtos de higiene e

DivULgAçÃO

Público conferiu atrações como a apresentação de taikô

CIDADES/INDAIATUBA

18ª Festa do Chopp da Acenbi reúne quatro mil visitantes na Viber

limpeza doados na entrada serão entregues às entida-des atendidas pelo Funssol (Fundo Social de Solidarie-dade).

é que ela faz o melhor yakis-soba da região, quem sabe do Brasil.

Isso ela provou na 35ª Feira de Bondade da Apae realizada em setembro último. Como sempre ela tomou frente para fazer esse prato. Não revela o segredo de como faz o molho especial. Confessa que utiliza ingredientes de primeira, como filé-mignon, manteiga estrangeira. Como o sanduí-che, bem que poderia patentear o seu prato como Yakissoba de Bauru. Na festa, vem visitante de várias cidades da região só para conferir o gosto.

(Shigueyuki Yoshikuni)

6 São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012JORNAL NIPPAK

*Jorge Nagao é colunista do site Primeiro Progra-ma (www.pri-meiroprograma.com.br). E-mail: [email protected]

COLUNA DO JORGE NAGAO

Como estou dirigindo?pedra, o que será do Degas aqui, um irremediável “ma-soescrita”.

Em condições normais, o motorista do caminhão liga o piloto automático e segue em frente pois ele conhece cada palmo desse chão. Já o colunista não tem escrita automática. Quando ele não está boa frase, o negócio é o seguinte: dois pontos - volta ao ponto morto, a ponto de chorar. Admiro Woody Al-len e outros cineastas que escrevem e dirigem muito bem. Conduzir um texto di-ficilmente é fácil, ou seja, é mais fácil ser dificil, enten-deu?

O ministério da saúde a diverte: escrever é uma do-ença crônica, que faz mal à coluna, perde-se a novela, um romance, até o programa Ensaio, então para encontrar a oração perfeita resenha para São Thomé das Letras, meu caro.

Cada texto é uma viagem cheia de mistérios e emo-ções. Assim como os ca-minhoneiros são assaltados na estrada, muitas dúvidas assaltam e roubam o tempo diminuto do escritor. Se a chuva atrapalha o profissio-nal do volante, se chovesse idéias seria uma bênção para quem escreve. Normal-mente a jornada é árida, pin-gando uma metáfora aqui, um insight ali, mas são mui-tos os contratempos, tantos são os descaminhos.

Quantos sinais verme-lhos para esperar, pagar pe-dágio pra ansiedade, tapear o radar da autocensura, tapar buracos num parágrafo, re-tornar do beco sem saída e retomar o rumo da prosa em busca de algum atalho sal-vador. Bom, é melhor parar por aqui antes que o editor comece a buzinar cobrando o texto. E assim vamos, an-dando na linha, parando na vírgula até descer no ponto final.

A pergunta está na tra-seira dos caminhões. Ela, obviamente, não é feita por quem está na direção do veí-culo mas, sim, pela direção da empresa que convida o viajante a dedurar alguma irregularidade (elogio, ja-mais!) cometida pelo bravo e solitário caminhoneiro.

Como um bom para-nóico, imaginei um ques-tionamento semelhante no rodapé desta coluna “Como estou me dirigindo a vocês?” E topo o desafio. Conheço a opinião de meia-dúzia de três ou quatro leitores que habitualmente fazem algum gentil comentário. Agora quero saber o que pensam vocês 19 ouvintes/leitores que eventualmente visitam esta coluna. Vamos lá, nota 1, 2, 3, 4 ou 5? Conto contigo.

Tenho outra coluna que me dá trabalho: é aquela que fica onde as costas mudam de nome, como diz o poeta Jessier Quirino. Alô, Lom-bar, de doer você é. Sapas-sado, ganhei outra Coluni-nha, uma cachaça produ-zida em Coluna-MG. Pinga ni mim, uai!. Assim de co-luna em coluninha, a gente vai (des)construindo esta vida marvada. Porém, se for dirigir ou escrever, não beba. Motorista e escri-tor movido a álcool acaba em batida, nem sempre de limão. Aí é um tal de ver poste na contramão, pala-vras cruzadas, letras emba-ralhadas, dez dedos em cada mão e por aí não vai. Nesse estado, o texto derrapa e até capota se o colunista não conseguir frear as pa-lavras a tempo. O risco de atropelar a gramática, a re-gência e a ortografia é imi-nente. Mesmo não sendo um comunista, o colunista tem que produzir uma coluna que Prestes, ou que fique prestes disso.

O editor do Chico Buar-que disse que quando o filho de Sergio Buarque escrevia o Leite Derramado, que re-cebeu elogios derramados da crítica, o compositor-es-critor sentia-se inseguro. Se até o Chico, na construção de seu texto, que é uma roda viva, tem que tirar leite de

kARAOkê

DivULgAçÃO

Associação Naguisa realiza seu 13º Concurso de karaokê

Lúcia ikawa fazendo a abertura do evento. E de esq/dir: clineu ida, Atsushi Miyake (presiente), Eiji Denda, Masaru Kume, Kikuchi Etsuko, cláudio Tsutiya, jooji Hato, Kimico Hirai e george Hato.

Os jurados, professores: Kikuti Etsuko, Katsuyuki Sano, Kimico Hirai e claudio Tsutiya.

Novamente o palco da Associação Hokkai-do foi o local da re-

alização do Concurso Na-guisa de Karaokê, na sua 13a edição, com 280 cantores inscritos, no dia 16 de setem-bro.

Este ano, por uma série de motivos, a escolha da data do evento que tradicio-nalmente vinha sendo rea-lizado no início de agosto, foi alterada, para a segunda quinzena de de setembro, causando estranheza en-tre os participantes tradicio-nais que costumam agendar previamente a sua participa-ção.

Entretanto, mesmo assim, houve uma boa adesão e a quantidade dos cantores foi o suficiente para um desen-rolar confortável na sua pro-gramação, iniciando-se e terminando num horário mais conveniente (das 08:00 às 21:00h), de acordo com os seus organizadores.

O corpo de jurados foi constituído pelos professo-res: Kikuti Etsuko, Katsuyuki Sano, Kimico Hirai e Clau-dio Tsutiya que aliados à sua competência, puderam tra-balhar num rítmo mais ade-quado.

Como parte da progra-mação, houve uma apresen-tação especial com o Gru-po de Dança da profª Hiroka Sato irmã da responsável pelo “Hibiki Family” do Japão que apresentou danças típicas ja-ponesas que encantaram a platéia.

Algumas personalida-des estiveram prestigiando o evento, como o sr. Toshio Ya-mao, presidente da UPK, o vereador Aurélio Nomura, o deputado Jooji Hato, Victor Kobayashi do Instituto Paulo

Kobayashi.A decoração esteve a

cargo de Maurício e a ilumi-nação e som da Daipro tam-bém foram um show à parte, valorizando a apresentação dos cantores.

E finalmente, o sorteio de TVs de “leds” e outros que contemplou tanto os cantores como a platéia, encerrando o evento.

RESULTADO DO 13º CONCURSO NAGUISA

DE KARAOKÊCAT. NOMEA-1/2 Edmond SakaiA-3 Eliza KawamotoA-4 Makie WachiA-5 Laura SakashitaA-6/7 Tiiko Seto AlvesB-1 Katia Cristina AguemiB-2/3 Ademar AguemiB-4/5 Massao GoyaDoy-B Gabrielle Ito YamateEsp-1 Bruna TakaharaEsp-2 Marisa Uehara

Tereza Mizukosi, campeã da categoria Super-Extra 3.

Masaru Kume, campeão nas categorias Extra-4 e internacional.

Laura Sakashita, campeã na categoria A-5 Eliza Kawamoto , campeã da categoria A-3

O grupo de Dança da profª Hiroka Sato (Hibiki fa-mily do japão).

O grupo de Dança masculino da profª Hiroka Sato.

Esp-3 Neyde KuniyEsp-4 Aiko UshikoshiEsp-5 Yukie OkudaEsp-6 Eiji DendaEsp-7 Sakae MiyashiroExt-1 Eiji ItoExt-2 Midori HoidaExt-3 Eliza IshiExt-4 Masaru KumeExt-5 Yoko HigaExt-6 Paulo NakadateExt-7 Tiyoko IwabushiIntnl Masaru KumeShj Alessandra Telma Justino

JUSTIÇA

Ministro Massami Uyeda se aposenta em novembro

O primeiro nikkei a galgar o cargo de ministro do Su-perior Tribunal de Justiça, o linense Massami Uye-

da, é obrigado a se aposentar compulsoriamente por atin-gir os 70 anos de idade. Foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

Deverá continuar ativo, na área educativa ou na advocacia consultiva. Esteve em Lins em 2006, já como ministro, inaugurando a Vara da Justiça Federal Especial, em 11 de dezembro de 2006. Entre outros inúmeros cargos que ocupou, foi promotor Pú-blico em Mirandópolis. Re-cebeu homenagem da Câma-ra Municipal de Lins.

(Shigueyuki Yoshikuni)

ARqUivO PESSOAL

Shigueyuki yoshikuni com o ministro Massami Uyeda

A Associação Harmonia de Educação e Cultura, mantene-dora do Colégio Harmonia, em São Bernardo do Campo, inaugurou no último dia 22 os equipamentos - computado-res e softwares - para o estu-do da língua japonesa adquiri-dos através da Outorga de Au-xílio Cultural do Programa de Assistência para Projetos Co-munitários do Governo Japo-nês. O valor da doação foi de US$ 78.514,00 (cerca de R$ 132 mil).

A cerimônia de entrega da doação contou com a pre-sença do cônsul geral do Ja-pão em São Paulo, Noriteru Fukushima, e do presidente da Associação Harmonia de Educação e Cultura, Ta-dayoshi Wada , entre outros.

Localizado em São Bernar-do do Campo, o Colégio Har-monia começou como um alo-jamento de estudantes em 1953 e em 1992 passou a funcionar como uma escola voltada prin-

cipalmente ao ensino funda-mental. ONo início, a maioria dos alunos era de descendentes de japoneses, mas o método de ensino da escola passou a atrair o interesse da comunidade em geral. Tanto que, atualmente, 80% dos alunos não têm ascen-dência japonesa.

Em 2008, o colégio rece-beu a comenda Kasato Maru da Associação para Comemo-ração do Centenário da Imi-gração Japonesa no Brasil, o que mostra que ela ainda

LíNgUA JAPONESA

Colégio Harmonia inaugura equipamentos para curso

preserva sua importância para a comunidade nikkei no Bra-sil. Atualmente, a escola tem 12.300m², mas embora haja 360 alunos fazendo aulas de japonês, não há uma sala pró-pria para essas aulas.

Com o apoio do Governo Japonês, será possível adquirir computadores e softwares apropriados para que os alu-nos do colégio possam apren-der o japonês de maneira mais eficiente. O Colégio, por sua vez, arcará com os custos das

obras de reforma para que seja instalada uma nova sala espe-cífica para o ensino de japonês.

O Consulado Geral do Ja-pão em São Paulo defende a importância da divulgação da língua japonesa no Brasil e acredita que o incentivo ao ensino do japonês em insti-tuições de ensino fundamen-tal, como o Colégio Harmo-nia, serve como base para o fortalecimento da difusão da língua japonesa no Brasil.

O cônsul fukushima (à frente) participou da cerimônia de inauguração

jiRO MOcHizUKi

São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012 7JORNAL NIPPAK

LITERATURA

DivULgAçÃO

Voltou ao Brasil, quase cinco anos depois. Refeita, amadurecida, não quis se reintegrar àquela antiga vida acadêmica que levava, antes de sair do Brasil. Não sei di-reito o que Magda faz, sei que trabalha muito em pro-jetos educativos para popu-lações que vivem afastadas dos grandes centros urbanos. Magda reinventou seu jeito de viver.

E agora, o que é que ela nos traz?

Um enorme convite de casamento. O nome do noi-vo não me é estranho. Per-gunto quem é. Ela responde perguntando se me lembro de assim, assim assado. Sim me lembro. Mas ele havia se casado com a prima de Joana. Magda dá risadas, diz que estou desatualizada. Há muitos anos que ele se separou dela. E completa, ele apenas se juntou com a prima de Joana, tiveram um filho e depois de cinco anos se separaram e isso já há dé-cadas passadas.

Brinco com Magda e pergunto se entrará na igre-ja de vestido branco com véu e grinaldas. Orgulhosa, ela diz que sim. Vai reali-zar seu antigo sonho de me-nina e completa dizendo que terá direito a dama de honra e tudo mais que sempre sonhou enquanto jovem. Se-rão três daminhas de honra, suas queridas sobrinhas netas.

E eu, só posso lhe desejar que sejam felizes para sem-pre, apesar de tudo e de todas as mazelas que o pe-queno cotidiano haverá a lhes oferecer. Magda não se aborrece e rindo conta das rabugices que o encantado noivo vive lhe fazendo. E diz que já o alertou: quem largou tudo e foi embora uma vez, não hesitará em repetir a história se preciso for. Ele que se cuide e trate de andar na linha se quiser envelhecer desfrutando da jovialidade e atenção dela.

Felizes vidas é o que lhes desejo.

Casamento tardio?Magda é amiga antiga.

Dos tempos em que ainda, acreditávamos que o fu-turo era todo nosso, cheio de glórias. Naquela época, Magda tinha um namora-do firme, como ela gos-tava de dizer. Eu, de minha parte, nunca entendia aquele namoro. Quase todo dia ela chegava ao colégio dizendo que um dia mataria o na-morado. Enfurecida, falava das últimas que ele havia aprontado e depois caia em prantos. Com o olho fininho e inchado, nariz vermelho como um pimentão, ela assistia a primeira aula. Aos poucos, ia se esquecendo das brigas com o namorado galanteador e se integrando às atividades e aos colegas. Apesar de nunca entender aquele namoro conturbado, éramos muito amigas. Nunca dei um palpite e nem falava nada do que pen-sava a respeito daquilo, só achava que ela perdia tempo sofrendo e se doendo da-quele jeito.

E em crise levaram o namoro e depois noivado por longos anos. Muitos longos anos. Os dois terminaram a faculdade, arrumaram em-prego, compraram uma casa, montaram ela com tudo que um casal de classe média acha que é de seu direito. Com tudo pronto e sem nada que ali não houvesse, a não ser os dois principais donos do pedaço, tomar posse da casa e assumir a vida a dois, nunca fizeram. Só brincavam de casinha nos finais de semana e sempre com a presença de amigos, muitos amigos.

Um dia, finalmente, Magda se encheu daquilo. Anunciou ao noivo quase eterno que estava saindo fora. Ele podia fazer o que bem entendesse, o que ela havia investido ali era tudo dele. Ela nada mais que-ria. Apenas distância dele e de todas as lembranças. Pe-diu afastamento da univer-sidade, demissão da outra escola, juntou umas poucas coisas numa valise e deu adeus a todos. Viajou muito, conheceu pessoas de to-dos os tipos e por fim, para prolongar sua permanên-cia na Europa, conseguiu se engajar num programa de especialização na sua área de formação.

[email protected]

Mari Satake escreve semana sim, semana não neste espaço

Marilia Kubota (Parana-guá/PR, 1964) é escritora, jornalista. Participou das an-tologias Pindorama, Passa-gens, 8 Femmes, Antologia da Poesia Brasileira do Iní-cio do Terceiro Milênio, Blablablogue e Todo Co-meço é Involuntário – Po-esia Brasileira no Início do Século 21, Em 2010, orga-nizou a antologia Retratos Japoneses no Brasil – Li-

teratura Mestiça. Em 2008 publicou o livro de poesia Selva de Sentidos.

Em 2008, organizou o Concurso Nacional de Haicai Nempuku Sato. Em 2009, pas-sou a ser editora do JORNAL MEMAI – Letras e Artes Japo-nesas, do qual foram impressas 9 edições e publicados, na in-ternet, 14 números. Escreve no blogue Micrópolis: WWW.mi-cropolis.blogspot.com

Alvaro Posselt (Curitiba/PR, 1971) é professor de português e poeta. Parti-cipou das antologiasPoe-trix 3 e 4, da coletânea de minicontos A brisa é você e recentemente da coletâ-nea de haicais A lâmpada e as estrelas. Tem minicontos e haicais classificados em concursos e publicados em diversas revistas, jornais e sites da internet.

Sobre os autores

Acontece neste sá-bado (6), a partir das 10h30, na Livraria

do Paço da Liberdade, em Curitiba (PR), o lançamento dos livros “Esperando as bárbaras”, de Marília Kubota, e “Tão breve quanto o agora”, de Alvaro Posselt. Os dois li-vros foram publicados pela Editora Blanche, de Curitiba.

Esperando as bárbaras traz 55 poemas longos e Tão breve quanto o agora, apre-senta 59 poemas em forma de tercetos. Embora Marilia Ku-bota seja descendente de ja-poneses, nem um de meus po-emas tem a forma do haicai. Por outro lado, sem ter sequer qualquer traço nipônico, Al-varo Posselt é um praticante convicto do poema japonês. Os amigos se conheceram através da poeta Teruko Oda, que indicou o haicaísta para escrever sobre o tema no Jor-nal Memai, um jornal voltado para as artes japonesas, do qual Marilia é editora.

Esperando as bárbaras é uma seleção de trabalhos que refletem sobre o fazer poético, sua inquietação e inutilidade como sobra de luminosidade no mundo pós-moderno.

O poema-título tem ori-gem no poema “À espera dos

bárbaros”, do grego Kons-tantin Kaváfis. “Minha ja-ponesidade está relacionada ao intimismo com o qual os orientais veem a vida, e não à forma poética. A ‘ brevidade’ ou ‘síntese’ pelas quais é conhecida a poesia japonesa estão presentes no meu trabalho, privilegiando os tons delicados e a ten-dência à solidão”, garante a autora.

Tão breve quanto o agora é todo composto por poe-mas de três versos cada. Não se trata de haicai tradicio-nal, pois a maioria privilegia o humor, o lúdico e a meta-linguagem, e algumas carac-terísticas da poesia são bem marcantes, como a rima, prin-cipalmente. O livro é apre-sentado pelo poeta Lau Si-queira e ilustrado por Luiza Nogueira.

POEMAS

wabi sabi

a vida quebrasonhos em pedaçosmas sonhando no espaçonada quebra:mais um elo,um motivo,ser mais beloque a belezadestruída.(já havia aviso de asas)

(Esperando as bárbaras)

Não cresceu com fermentoPara o pão ficar grandeusei lentes de aumento***A vida é um flashentre quem está paradoe quem se mexe***Curitiba não nos poupaOntem eu tomei sorveteHoje eu tomo sopa

(Tão breve quanto agora)

capa do livro de Álvaro Posselt

capa do livro de Marília Kubota

Marília kubota e Alvaro Posselt apresentam poemas japoneses

COLUNA DO SHIGUEYUKI YOSHIKUNI

Como iniciar discurso e redação comercial

Correspondência Comer-cial – Início: Basta Se-nhor fulano de tal, nada de Prezado (ver o verdadeiro significado dessa palavra no dicionário). Se, autoridade, Excelentíssimo Senhor, no caso de Prefeito Munici-pal (ver relação no Manual de Redação da Presidên-cia da República, que to-dos deveriam ter). É só ti-rar cópia na Internet até a página 27 (o restante está desatualizado na parte gra-matical). Fechamento: Res-peitosamente – se o destina-tário for de hierarquia supe-rior; Atenciosamente – des-tinatário igual ou inferior.

Não usar também cli-chês: por meio desta, apro-veitando a oportunidade, protesto de estima e consi-deração, temos o prazer de, temos a honra de etc. etc.

Informação que são re-almente necessárias. Ao es-crever um texto técnico, de-vemos selecionar apenas – e apenas mesmo- as informa-ções que são estritamente necessárias àquilo que se deseja transmitir. Assim: ter clareza sobre o que vamos escrever, listar informações, o que é importante, eliminar o que é supérfluo. Assim te-remos uma visão geral do texto que iremos escrever.

(Shigueyuki Yoshikuni é jornalista e reside em Lins. E-mail: [email protected])

Discurso – Começar imedia-tamente no tema. Dispensar os cumprimentos aos com-ponentes da mesa. O mestre de cerimônia já os qualificou e torna dispensável. Basta: Senhoras e Senhores, bom dia ou boa noite...e iniciar o assunto. É um desastre quando o orador se engana o nome da autoridade ou do cargo. Nunca use: digníssi-mo – supõe-se que todos são dignos senão não estariam ali. Nem ilustríssimo.

Leia o que disse um pro-fessor conceituado de orató-ria: “Acredito que não há ne-cessidade de cumprimentar todos, até porque fica extre-mamente monótono e can-sativo. Eu, como plateia, me chateio quando isso acon-tece por se tratar de uma in-formação que já foi data, e acho perda de tempo repetir.

Cumprimentar a mesa de forma geral já seria sufi-ciente. Hoje em dia as pes-soas não têm muita paciên-cia para formalidades exa-geradas. Tudo corre muito rápido e ninguém quer per-der tempo. Informações que não agregam em nada devem ser retiradas do contexto.”

Muitos outros são da mesma opinião. Só mais uma: Não há necessidade de cada orador citar todas as autoridades já mencionadas pelo Mestre de Cerimônias. Com isso poupa-se o tempo do evento, tornando-o mais objetivo.

INTERCÂMBIO

Ceramista Yukio Tsukada visita o Japão

O ceramista Yukio Tsu-kada e sua esposa Isa, es-tão há dois meses no Japão. O artista foi fazer workshop e exposição em Ku-mamoto e aproveitou para

peregrinar pelo país. O casal foi recebido pelo prefeito de Kumamoto, Kooyama, a quem entregou de presente uma peça sua e pelo presidente da Rádio e Tevê de Kumamoto, Kobori.

yukio Tsukada com o prefeito de Kumamoto, Koyama

O artista com o presidente da Rádio e Tv de Kumamoto, Kobori

ARqUivO PESSOAL

Acontece nesta segunda--feira (8), na Livraria Cul-tura do Conjunto Nacional, o lançamento do livro “O--be-a-bá do Origami” (Artli-ber Editora), de Paulo Palma. O autor aprendeu origami há mais de 60 anos.

Quando resolveu se aprofundar, lendo livros e comprando materiais específicos, descobriu que as dobraduras eram, na verdade, uma arte que, além de melho-rar a habilidade motora, lhe trazia muito aprendizado.

À medida que avança-va na prática, o autor perce-beu que a maioria dos livros ia até certo ponto, explicando a maneira de se fazer origami

apenas com setas e desenhos - o que tornava o aprendizado bastante complicado para quem estava iniciando.

O livro ensina com clareza, detalhe por detalhe, vários temas do Origami, como os decorativos; os mamíferos (canguru, cavalo, esquilo, gol-finho, gorila); o anfíbio (rã); as plantas (amor-perfeito, tu-lipa, pitanga, violeta); meios de transporte (aviões) e outros mais.

O lançamento do livro “O be-a-bá do Origami”, de Paulo Palma, será no dia 8 de outubro na Livraria Cul-tura – Conjunto Nacional na Avenida Paulista, 2073, Loja de Artes, das 18h30 às 21h30.

LITERATURA

“O be-a-bá do Origami” será lançado nesta segunda-feira

8 São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012JORNAL NIPPAK

JAPANSUL

ALDO SHigUTi

Terceira edição se consolida como um dos mais importantes eventos do extremo sul de São Paulo

Realizado pela União das Associações Cul-turais de Santo Amaro

nos dias 29 e 30 de setembro no Clube da Eletreopaulo, o JapanSul (Festa do Japão na Zona Sul de São Paulo), que este ano chegou a sua terceira edição, está se consolidando como um dos mais importan-tes eventos do extremo sul da região.

De acordo com balanço dos organizadores, nos dois dias de evento passaram pelo local mais de 20 mil pessoas, superando as expectativas e quebrando o recorde de pú-blico das duas edições ante-riores. “Esta terceira edição foi, sem dúvida, a melhor festa que já realzamos até agora”, afirmou Luiz Tsuneo Kitabayashi, presidente da União das Associação Cultu-rais de Santo Amaro, entidade que reúne sete associações da Zona Sul da capital paulista: Associação Cultural e Espor-tiva Nipo-Brasileira de San-to Amaro, Associação Cultu-ral Showa, Associação Cultu-ral e Esportiva João Branco, Associação Rural de Casa Grande, Associação Cultural Beneficente Nipo-Brasileira de Colônia Paulista, Associa-ção Cultura de Parelheiros e Associação Cultural e Espor-tiva de Cipó.

Segundo ele, a Comis-são Organizadora se reuniu nesta segunda-feira (1º de ou-tubro) para fazer um balanço geral e acertar detalhes para o próximo ano. “O mais im-portante é que todos ficaram contentes e também nós, or-ganizadores, ficamos com a sensação de dever cumprido, pois estamos atingindo nos-so objetivo, que é o de res-gatar a força das entidades da Zona Sul”, explicou Ki-tabayashi, antecipando que a quarta edição já têm data e local confirmados. “Será no primeiro fim de semana de outubro, no mesmo lu-gar”, assegurou Kitabayashi, acrescentando que “uma das preocupações é corrigir even-tuais falhas para que o pró-ximo seja ainda melhor”.

Ryu Jackon – No sábado (29), primeiro dia do 3º Ja-panSul, quem “roubou a cena” foi o astro mirim Eri-ck Ryu Murakami, de apenas 7 anos, o “Ryu Jackson”, que encantou a plateia com sua imitação do cantor pop Mi-chael Jackson.

Além do cover mirim de Michael Jackson, o primei-ro dia do JapanSul teve ou-tras atrações, como canto-res de karaokê, apresentação do grupo de taikô de San-to Amaro, do grupo de dan-ça do Centro de Estudos da-Língua, e do grupo de dança folclórica alemã, Hallo Welt (em alemão, OLá Mundo), com dois integrantes nikkeis: Luciano Saito e Eduardo Kat-sumi.

No domingo, grupos de dança, de taikô e apresen-tações de danças folclóri-cas da alemanha e do Japão, além de cantores de karaokê ocuparam o palco do Japan-Sul.

Nos dois dias, o público também pode degustar pra-tos típicos da culinária japo-nesa e passear de barco pela represa (R$ 10,00/meia hora).

Cerimônia – A cerimônia de abertura contou com as presenças do presidente da União das Associações Cul-

turais de Santo Amaro, Luiz Tsuneo Kitabayashi; dos de-putados estaduais Hélio Ni-shimoto (PSDB) e Jooji Hato (PMDB); do presidente da Associação Brasileira de Tai-kô, Orlando Shimada; do pre-sidente do Clube Eletropaulo, Paulo Marinheiro; e do pre-sidente do Festival do Japão, Nelson Maeda.

Kitabayashi elogiou a in-fratestrutura do local e re-cebeu de volta o elogio do presidente do clube, Pau-lo Marinheiro, que revelou sua admiração pela organiza-ção nipônica. O deputado es-tadual Jooji Hato discursou pela paz enquanto seu colega na Assembleia Legislativa de São Paulo, Helio Nishimoto (PSDB) agradeceu a SP Tu-ris e o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), “que liberou a emenda para que pudéssemos ajudar esta festa”.

(Aldo Shiguti)

cerimônia de abertura do 3º japanSul reuniu os deputados Hélio Nishimoto e jooji Hato

Evento já conquistou um público fiel: no ano que vem, organizadores prometem caprichar ainda mais

grupo de taiko Kiyowa de Santo Amaro foi uma das atrações

Barraca de culinária no japanSul

clube fica às margens da represa guarapiranga infraestrutura do clube mereceu elogios dos organizadores e convidados

O pequeno Ryu jackson deu um show de interpretação

O presidente Luiz Tsuneo Kitabayashi Público pode conferir como se amassa o moti

cerimônia do chá marcou o segundo dia do japanSul

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São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012 9JORNAL NIPPAK

A sedução das iscas artificiais!!!

NIPPAk PESCAMauro yoshiaki Novalo

Texto: Mauro yoshiaki Novalo

Revisão: Aldo ShigutiPublicidade

[email protected] Tel. (11) 3208-4863

Esta modalidade já tem significado número de adeptos e, a cada dia os fabricantes inovam trazendo para o público muitos lançamentos, destinados a ludibriar e atrair os peixes predadores, principais alvos. E de quebra seduzem os pescadores, que aumentam consideravelmente suas caixas de iscas.

Mauro Novalo

Hoje é comum ver nas prateleiras das lojas muita variedade em

tralha quando se fala de iscas artificiais. Seja varas especí-ficas para trabalhar em deter-minada profundidade assim como muitas opções de mo-delos a disposição para outras ações.

Muitos produtos para o consumidor avaliar e testar nas suas pescarias, fazem também aumentar as dúvidas para o que é realmente neces-sário para pescar aqueles bi-telos dos sonhos. Aliás mui-tas vezes, nem são grandes assim em tamanho, o que vale na verdade é seduzir e atrair o peixe. Conseguir capturar e fotografar então passa a ser o objetivo.

O primeiro passo é, como sempre, definir o peixe alvo e a partir daí determinar os lo-cais que servirão de palco e, então começar a pensar nas iscas a serem utilizadas. Cla-ro que vira e mexe, muitas serão adquiridas apenas pelo olhar do pescador, que tem muito de colecionador como característica principal.

Definido o local da pes-caria e conhecido os peixes que fazem parte deste habitat, é hora de separar as iscas a serem utilizadas. Dentre as iscas ainda a orientação de trabalharem na superfície, meia água ou em profundi-dade.

IscasVocê pode escolher entre

diversos modelos, imitações de quase tudo da natureza. Sejam insetos, pequenos pei-xes e animais, tudo para cair no gosto do mais perfeccio-nista. O material utilizado na confecção que inicialmente era madeira, osso e etc hoje pode ser produzido com si-licone, plástico e outras matérias primas, tudo para se ter uma cópia fiel do que que-remos utilizar. Sem falar nas iscas de fly, verdadeiras obras de arte de tão próximas da re-alidade.

Camarões inclusive com pesos, para facilitar o trabalho como se fossem de verdade embaixo dágua, seduzem até os mais astutos dos robalos.

Para os frequentadores dos pesque-pagues, a ração arti-ficial é para não passar von-tade nestes locais. Claro que, utilização de plugs e outras iscas também revertem em capturas nestes ambientes. Afinal, os peixes não perdem as características de predado-res mesmo acostumados com a ração, que é a alimentação do dia a dia.

Iscas como os spinners,

no primeiro momento po-dem até não chamar a aten-ção dos leigos, mas ao serem trabalhados nágua mostram a que vieram, atraindo e cap-turando muitas das espécies de peixes. Encaixam neste caso também os jigs e iscas metálicas, que ao serem devi-damente trabalhadas, revelam qualidades que satisfazem e muito os pescadores. Tam-bém para estes pode se esco-lher entre uma variedade de formatos, tamanhos e pesos.

As iscas de superfície tra-balham na linha dágua ou até cerca de 30 cm de pro-fundidade. Aliam a emoção da pesca com o visual do ataque dos peixes às iscas. Podemos dizer que é uma das preferidas, embora não signifique que traduza em mais resultados positivos. Ver o ataque de uma traíra, de um tucunaré é simplesmente de cair o queixo, deixar sem fala. Ainda mais quando se

consegue visualizar o peixe indo direto para a isca. Errar o alvo nesse caso, não vai re-presentar tristeza ao pescador ao contrário, vai fazer com que capriche mais no pró-ximo arremesso e, trabalhe bem melhor na próxima vez.

Cabe dizer que para que isto aconteça, é preciso fazer uso de óculos polarizados, que diminuem os reflexos na superfície dágua, permitindo ao pescador visualizar me-lhor o que está acontecendo embaixo dágua.

E dependendo do peixe, por exemplo o robalo, varie-dade de trabalho e de iscas acrescido da experiência do pescador (em determinar qual o melhor trabalho para a isca na ocasião) significa ter ou não o peixe posando para a foto no final. Fora a neces-sidade de muitos, mas mui-tos arremessos executados, para colocar a isca na cara do peixe!

VarasDepende muito da adap-

tação do pescador com tra-balho rápido ou lento da vara e, ou seja a escolha vai depender diretamente da vara escolhida. Seja ela rápida, lenta ou média rápida, os toques imprimidos na mesma vão resultar num trabalho melhor ou mais eficaz para atrair os predadores.

Claro que dependendo da isca – seja ela de superfície, meia água ou de fundo – vai

facilitar conforme a ação que a vara tem. Por exemplo, se estiver trabalhando com jigs em profundidade o ideal é ter uma vara específica para esta modalidade, sem cansar demasiadamente o pescador e, fazendo a isca desenvolver corretamente o seu trabalho em grande profundidade.

Em alguns casos o ideal é ser de ação rápida para não deixar o peixe perceber o en-godo e, largar a isca antes do tempo necessário para a fis-gada.

LinhasA indicação recai nas

multifilamentos, justamente por serem mais duras (sem elasticidade) e, assim qual-quer toque vai ser rapida-mente transmitido para a outra extremidade da linha. Se o lo-cal apresentar estruturas é pre-ciso ter um líder de fluorocar-bono pois o multifilamento é sensível a abrasão e, facil-mente pode romper ao tocar numa pedra ou toco submerso. Outra finalidade do líder é evitar o enrosco dos anzóis das iscas na própria linha, ma-tando o trabalho destas.

Muitos testes são rea-lizados pelos fabricantes para desenvolver linhas que praticamente somem após mergulhar nágua, para aten-der quem prefere linhas quase invisíveis. Preciosismo? Tal-vez, mas se funcionar mais é o que vale!

Importante é a observa-ção e constante adaptação do pescador ao local, isto é, per-ceber as nuances apresenta-das sejam na água, no clima e nas ações dos peixes. Poder escolher entre várias opções de modelos, cores, trabalhos e profundidades significam melhores chances de ter bons resultados na modalidade.

SegurançaImprescindível usar bonés

ou chapéus, óculos e roupas leves com camisas de mangas compridas. Além do con-forto isto vai lhe propiciar prevenção de danos maiores no caso de acidentes com iscas.

Ótimas pescarias!

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CURTAS

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Práticos e resistentes o Porta Varas com tubo de 4” é indicado para o transporte de varas com segurança, princi-palmente nas longas viagens. Acomoda de 6 a 8 varas (con-forme o tamanho dos passan-tes) protegidas internamente por uma capa de TNT que minimizam a chance de se chocarem entre si. Externa-mente utiliza nylon resinado de alta resistência que envolve

o tubo de PVC. A abertura é fechada por meio de zíper,e adicionalmente lacrada por uma tira unida por meio de um velcro. Fornece proteção efetiva contra impactos e toda sorte de traumas. Tamanho “3”: 80 / 125 / 145 / 165 / 175 / 185 / 195 / 215cm e para “4”: 80 / 125 / 145 / 165 / 175/185/195/215/220cm. Co-res: a consultar.

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Jeitosa – Moro Deconto

10 São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012JORNAL NIPPAK

Atores japoneses e bra-sileiros participam do filme “Corações Sujos”, rodado em Paulínia (SP), numa co-pro-dução da Mixer Downtown Filmes e Globo Filmes. Os figurantes foram seleciona-dos no Instituto Cultural Ni-po-Brasileiro de Campinas e no Okinawa Kenjin de Cam-pinas e movimentou a comu-nidade japonesa local. O filme tem classificação para 14 anos e está em cartaz no Box Cinemas 4 (Campinas Shop-ping) e na Kinoplex (Parque Dom Pedro Shopping. A pro-gramação está sujeita a alte-rações e é recomendável con-firmar os horários.

O filme traz de volta uma triste realidade vivida pe-los japoneses que protago-nizaram o conflito na época da Segunda Guerra Mundial. É um episódio Shindo Ren-mei que, baseado em livro do escritor e jornalista Fer-nando Morais, quando japo-neses não aceitavam a der-rota e formavam grupos para manter uma inverdade histó-rica e cruel, num mundo to-talmente irreal. O ator ja-ponêsl Tsuyoshi Ihara, que arrancou aplausos da plateia que superlotou o 4º Paulínia Festival de Cinema, quando o filme do diretor Vicente Amo-rim foi exibido em avant-pre-mière. Ihara , que está no filme, é um dos atores mais requisitados no Japão.

O destaque também é o ator Du Moscovis, que interpreta o delegado da ci-dade e a garota revelação Celina Fuku moto (10 anos), uma paulistana, que interpreta a menina Ake-mi. O filme foi produzido em 2012 e integralmente

filmado na região metropoli-tana de Campinas . A história ocorre em 1945 e 1946 e os japoneses não acreditavam na derrota do Japão. Os que acreditavam na notícia da derrota eram considera-dos traidores e muitos eram

CINEMA

Filme “Corações Sujos” é destaque em Campinas

ameaçados de morte tendo que fugir da região

O ator Takeshi Konno in-terpretou um samurai e segue carreira profissional na área cinematográfica. Já outros campineiros ficaram apenas na condição de figurantes, mas orgulhosos de terem participado no filme, que foi exibido no Japão e agora irá percorrer várias cidades, num circuito nacional. Entre eles, Kenji Hirai, Tadayoshi Iwa-shima, Luis Yabiku, Marcelo Higa, Tieme Konno, Aquico Miyamura e Kensuke Matsu-moto.

(Célia Kataoka)

A pequena celina ao lado de amigos

Letícia yabiku, Aquico e jorge Miyamura na avant-première

cELiA KATAOKA

vicente Amorim e Luis yabiku

MúSICA

Amigos lotam o Espaço Hakka para comemorar os 15 anos de carreira do cantor Joe Hirata

ALDO SHigUTi

Uma homenagem singela e rápida. Não só pelo formato do

show – foram apenas cinco músicas – mas também pela correria para prepará-lo – menos de uma semana. Mas nem por isso a homenagem organizada pelos Grupos de Amigos de Walter Ihoshi e William Woo ao cantor Joe Hirata pelos seus 15 anos de carreira foi desprovida de emoção.

O show, com direito a banda ao vivo, foi realizado no último dia 1º de outubro, e lotou o auditório do Espaço Hakka, em São Paulo. Eram amigos que fizeram questão de levar pessoalmente seu abraço e demonstrar o cari-nho pelo ídolo.

Fãs como a dona de casa Ana Rosa da Rocha Mo-reto, que saiu do Butantã (Zona Oeste) – pegou ôni-bus e metrô – para assistir o terceiro show de Joe Hirata. “A primeira vez que ouvi o Joe cantar foi quando estive no Paraná a passeio. Ele es-tava no programa do Raul Gil”, lembra Ana Rosa, expli-cando suas preferências pe-las músicas “Porto Solidão” e “Lembranças”. “Tenho dois CDs dele, mas o que eu gostaria mesmo era po-der assisti-lo no 1º Japão em Alto Mar”, disse a dona de casa, referindo-se ao cruzeiro marítimo de cinco dias no navio MSC Magnífica – cuja principal atração será o show de Joe Hirata com sua irmã, Jane Ashihara, sua sobrinha, Pamela Ashihara, e as convi-

dadas internacionais, Mariko Nakahira e Franci, além do grupo de taikô Itigô Itiê.

A festa em homenagem a Joe Hirata teve início com a apresentação do Grupo de Tai-kô Todorokidaiko, da Acenbo (Associação Cultural e Espor-tiva Nipo-Brasileira de Osas-co), e com as participações especiais dos cantores Isado-ra Kataoka e Renato Chiba-na, dois nomes que também brilham no cenário musical.

Entre as canções que mar-caram sua carreira, Joe Hi-rata interpretou “Shining on Kimiga Kanashii”, que lhe rendeu o título do Concurso Amador da Canção Japonesa (Nodojiman) da NHK, orga-nizado pela emissora estatal japonesa, tornando-se o pri-meiro estrangeiro a sagrar-se

campeão (Nippon Iti) de um dos mais cobiçados troféus do meio artístico.

Cantou ainda “Lembran-ças”, single lançado em

1998 e que marcou o início de sua carreira profissional, em 1998, “Porto Solidão”, sucesso dos anos 80 na voz de Jessé, “Raça e Ginga,

Misturou” e “Kampai”.No intervalo, uma sur-

presa. Os idealizadores Wal-ter Ihoshi e William Woo, que prestaram a homenagem ao cantor, convidaram para subir ao palco Danielle (esposa do cantor), e o amigo Victor Ko-bayashi.

Para surpresa do artista, Victor Kobayashi, exibiu um vídeo, “tirado do fundo do baú do Instituto Paulo Koba-yashi” (entidade fundada por Victor Kobayashi) em que Joe Hirata aparece cantando no Ginásio do Ibirapuera du-rante as comemorações dos 80 anos da imigração japonesa no Brasil. O detalhe que chamou a atenção do público foram as roupas que Joe vestia na época, no melhor estilo pop.

“Fiquei honrado de ter

sido homenageado pelo Wal-ter Ihoshi e pelo William Woo”, explicou Joe, que du-rante várias vezes teve que conter as lágrimas. “Não esperava que, em plena se-gunda-feira, fosse compare-cer tanta gente”, admitiu. “Na hora passou um filme na mi-nha cabeça”, lembra o cantor, acrescentando que a home-nagem foi o primeiro de uma série de eventos que pretende realizar até setembro de 2013.

“Foi o pontapé para co-memorar o aniversário dos 15 anos de carreira, que começa agora. Em fevereiro teremos o cruzeiro, mas meu sonho sempre foi gravar um DVD”, revela Joe Hirata, afirmando que durante sua vida sempre pode contar com os amigos.

(Aldo Shiguti)

joe Hirata, ao lado da esposa Danielle e de amigos, foi homenageado pelos 15 anos de carreira

O grupo Todorokidaiko acompanhou a apresentação do cantor

O cantor distribuiu bolas para a plateia: “marca registrada”

São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012 11JORNAL NIPPAK

COLUNA AKIRA SAITO

Viver como um cronômetro

*Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, morou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde treinou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara-cho e das filiais das cidades de Hamamatsu-shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atualmente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão.E-mail: akira.karate@gmail.comwww.karatedogojukai.com.brwww.saitobrothers.comwww.artesdojapao.com.brwww.akirasaito.blogspot.com

“O espírito humano pode ser eterno, seus feitos tam-bém, por isso a alegria de desfrutar o presente deve ser algo radiante”

Quanto tempo perdemos com coisas negativas e quase sempre sem nenhum valor prático em nossas vidas? Sentido pena de si mesmo, reclamando do tra-balho, do governo, do trân-sito e de tantas outras coi-sas que nos contaminam no dia a dia. Perdemos muito tempo com tanta negativida-de, isto é certeza.

Nossa vida é como um grande cronômetro que é acionado no instante em que nascemos e que caminha rá-pido de forma decrescente e que mal sabemos quando irá zerar, sem aviso, sem alarmes.

Não temos a opção de “pausar” este cronôme-tro, tão pouco fazê-lo andar mais devagar, alguns pou-cos escolhidos tem a chance de “reiniciar” o cronôme-tro, mas não sem antes ver a “bateria” quase acabar. O que temos é a única certeza de que um dia nos restará apenas um segundo.

Devemos nos ocupar

com coisas que façam real-mente algum sentido, com coisas positivas, com coi-sas produtivas. Ser alguém, pessoalmente e/ou profissio-nalmente, viajar para conhe-cer outras culturas, estudar, trabalhar, ganhar dinheiro, doar dinheiro, fazer algo pe-las pessoas, pela sociedade em que se vive, ajudar um amigo, dizer que ama sua família, ajudar a melhorar o mundo não poluindo e tendo mais educação, lutar contra a corrupção, não eleger po-lítico que não tenha capaci-dade de administrar o seu di-nheiro, fazer coisas por res-ponsabilidade e outras por lazer, escutar mais, discutir menos mesmo tendo razão, gastar menos tempo fa-lando dos outros e aplicando mais tempo corrigindo a si mesmo, olhar para tudo isso e achar que ainda se faz pouco.

O tempo do nosso cronô-metro não para e precisamos correr para nos transformar em pessoas melhores e com isso transformar o mundo em um lugar melhor, se não for para nós, que seja para nossos filhos!!!!!

GANBARIMASHOU!!!!!

SUDOkU

NiKKEy SHiMBUN

Criador do jogo, Maki kaji prestigia a 1ª Copa Jornal Nikkey Shimbun

Realizada no dia 29 de setembro, na sede da Associação Miyagui

do Brasil, no bairro da Li-berdade, em São Paulo, a 1ª Copa Jornal Nikkey Shim-bun de Sudoku 2012, reuniu mais de 60 participantes en-tre homens, mulheres, jovens e idosos. Maki Kaji, o criador do jogo, veio especialmente do Japão para este evento.

Esta 1ª Copa foi realizada pelo jornal Nikkey Shimbun, com o apoio da Nikoli Co., maior empresa de quebra--cabeças do Japão, e patro-cinadas pela Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bun-kyo), Federação das Associa-ções de Províncias do Japão no Brasil (Kenren), Associa-ção Miyagi do Brasil, Editora Kojiro, Nikkey Palace Hotel, Pilot do Brasil e Nikkey Web.

A idealização desta Copa teve como objetivo a divul-gação e difusão deste jogo de origem japonesa, recente, que em curto período de tempo al-cançou um número gigantesco de apreciadores, se tornando um fenômeno mundial – atu-almente é praticado em mais de 120 países, incluindo o Brasil. Talvez o segredo deste sucesso – para espanto do próprio criador – seja sua simplicidade, já que não há necessidade de nenhum equi-pamento especial, apenas de papel e caneta ou lápis, além da própria mente.

Palestra – Em sua palestra, Maki Kaji explicou que “para se resolver o sudoku é ne-cessário apenas perspicácia

e criatividade, independente de conhecimento, e princi-palmente, jogar com prazer”. “E isto se aplica à vida tam-bém”, disse Kaji, acrescen-tando que “o importante é não se entregar totalmente, mas tocar com leveza, não se focando em um ponto mas tendo uma visão geral, e sem-pre se divertindo”. “Assim aparecem caminhos, até inusitados, e isso é interes-sante. O interessante é o ca-minho e não o fim”, destacou.

A 1ª Copa Jornal Nikkey Shimbun reuniu participantes com idades entre 8 e 86 anos. Dezesseis conseguiram ter-minar no tempo estabelecido de 30 minutos. Na aferição do resultado, foram 10 os que conseguiram finalizar corretamente, dentre eles os

primeiros 5 se classificaram para a final, que foi reali-zada no palco, num tabuleiro gigante, onde todos puderam seguir os seus movimentos.

Dois participantes con-seguiram completar, e três desistiram devido a erros. Maki Kaji explicou que mui-tos não conseguem completar devido à pressão que o can-didato sente, pois normal-mente este jogo é solitário e reservado. “Mesmo aquele que é muito bom, quando se sente observado, fica com o estado emocional abalado, bloqueando o raciocínio e consequentemente não con-seguindo fazer nenhum mo-vimento”, destacou.

Kyoichi Terao de 61 anos, de São Miguel Arcanjo, natu-ral de Hokkaido, ficou com a

Taça de campeão e uma TV LCD - oferecida pelo empre-sário Hideaki Iijima, diretor da rede Soho. Terão disse que é pratica sudoku há alguns anos, mas apenas nas horas vagas. Conseguiu esta vitória porque na prévia não tinha chegado ao topo, e que isso fez com que pudesse seguir adiante sem cobranças, de uma forma mais leve, demonstrando que a filosofia do jogo se aplicou à obtenção do seu sucesso.

O segundo lugar foi para Eliza Mayu Doi, enquanto Dario Shinohara ficou em terceiro em disputa de jan-ken--po com outros três finalistas, critério sugerido por Kaji.

A data da 2ª Copa Sudoku já está confirmada para o dia 29 de setembro de 2013.

(do Nikkey Shimbun)

Objetivo foi divulgar e difundir o jogo; criador Maki Kaji esteve no Brasil especialmente para a copa

NiKKEy SHiMBUN

Para comemorar 42 anos da prática de kendô da família Kishikawa e 20 anos do Saga Kendô (Hagakure-Kan), o patriarca do clã, Yoshiaki Kishikawa realizou uma festa alusiva à data no último dia 16, no bairro da Aclima-ção (Zona Sul de São Paulo). O evento contou com a parti-cipação de alunos e dirigen-tes esportivos, totalizando cerca de 200 pessoas. Além de uma competição interna, houve demonstrações e apre-sentação do grupo de taikô Yama Buki, de Suzano.

“Trata-se de uma data muito significativa e me sinto bastante lisonjeado”, disse Yoshiaki, lembrando que a história do Saga teve início em 1982 com a ajuda dos filhos, Jorge (7º dan, kyôshi) e Roberto (7º dan, kyôshi), e da esposa, Mitiko (6º).

Segundo ele, “hagaku-re é uma filosofia de vida que foi deixada pelos samurais da

província de Saga”. “A famí-lia Kishikawa tem transmitido esta filosofia há mais de três décadas, orientando o Cami-nho da Arte da Espada”, conta Kishikawa, lembrando que sua esposa, Mitiko, foi a primeira mulher, casada, a praticar ken-dô no Brasil. “No início ela foi muito criticada, mas sua deter-minação e persistência abriram as portas para que outras mu-

ARTES MARCIAIS

Família kishikawa comemora 42 anos de kendô

lheres pudessem praticar”, ex-plica Kishikawa.

“Hoje, o kendô não faz distinção entre homens e mu-lheres nem leva em conta a faixa etária, sendo muito pra-ticado por crianças. O que as pessoas buscam nos dias atuais é, através da prática, melhorar a harmonia, con-centração, dinamismo, con-trole, equilíbrio mental e a

auto-confiança”, conta Kishi-kawa, que colaborou para o desenvolvimento do kendô brasileiro como dirigente da Federação Paulista de Kendô e da Confederação Brasileira, além da Confederação Lati-no-Americana de Kendô.

Dança Esportiva – Além de contribuir em prol do de-senvolvimento do kendô, Yoshiaki Kishikawa também atua como árbitro em compe-tições de dança. A última foi o 4º Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva, realizado no dia 7 de setembro, no Sesc Ipi-ranga, com promoção da Con-federação Brasileira de Dança Esportiva (CBDance).

Com certificado da IDTA (International Dance Teachers Association), Kishikawa foi homenageado pela CBDance pelos 43 anos de prática, 20 ensinando e seis como colabo-rador da entidade.

(Aldo Shiguti)

Mitiko e yoshiaki Kishikawa: em prol do kendô brasileiro

DivULgAçÃO

Dias 12 e 13 de outu-bro acontecem o Campeo-nato Sul-Americano de Ka-rate-do Goju-ryu e dias 14 e 15 o Seminário Internacio-nal com a maior autoridade do Karate-do Goju-ryu no mundo, o mestre Yamaguchi Goshi (Hanshi 8º Dan), na cidade de Mendoza, Argen-tina. A delegação brasileira embarcará no dia 10 e entre os selecionados estão os atle-tas da Associação Shizuoka Goju-kan: Akira Saito, Ho-rácio Saito, Anderson Nas-cimento, Cláudia Kanashiro,

Vinicius Trevisioli Nakamu-ra, Victória Ferreira de Oli-veira, Christian Misura Nas-tari, Marclesson Alves, Mar-lus Alves e Talita Hayata.

O Campeonato Sul-Ame-ricano acontece de dois em dois anos e na edição anterior o Brasil conseguiu a primeira colocação na contagem geral de pontos e os atletas da As-sociação Shizuoka Goju-kan ficaram em primeiro lugar em suas respectivas categorias.

O Campeonato Sul-Ame-ricano serve também de pre-paração para o Campeonato

kARATê

Delegação brasileira participa de seminário na Argentina com o mestre Yamaguchi goshi

Mundial de Karate-do Goju--kai que será realizado em 2013 na cidade de Mum-bai, na Índia. O Campeonato mundial é realizado de qua-tro em quatro anos e na últi-ma edição realizada em 2009 na cidade de Cape Town, na África do Sul, a dupla for-mada pelos irmãos Akira Saito e Horácio Saito ficou com a terceira colocação na categoria Bunkai-Kumite--Kata e para o próximo mun-dial esperam conseguir a me-dalha de ouro inédita para o Brasil. cartaz do evento em Mendoza

* E n g e n h e i r o Marcos Yamada, consultor espe-cialista em tênis de mesa

Ao longo destes 38 anos ensinando a modalidade, pu-de aprender muito a avaliar compor-tamentos, atitu-des e convivendo com atletas, pais e dirigentes; a cada ano que passa me impressiono mais e concluo “como o tênis de mesa pode mudar vidas, famí-lias e futuro”.

Por ter começado nesta car-reira de treinador muito cedo, participei de várias gerações, ficando nos dois lados, desde atleta infantil até técnico, hoje atuando como dirigente e pai de atleta, pude observar a im-portância do esporte na for-mação do caráter, tais como: princípios, respeito, gratidão, dedicação, prestação, etc.

Desde o Nippon Coun-try Club, Piratininga, Acesa e Itaim Keiko como técnico, mais as palestras nos 27 es-tado do Brasil e vários países, passaram sob meus ensina-mentos mais de 15 mil atletas e acompanhando a evolução deles, me perguntava quais os motivos que levavam a alguns a melhorarem rápido, integrar e interagir com o grupo naturalmente, obtendo resultados expressivos desde o inicio da carreira.

A primeira foi do “atleta talentoso” X “atleta esfor-çado”, esta eterna polêmica que são parâmetros para fazer a diferença no resultado final, mais a influência da família.

Nem sempre o talentoso e que chega lá, a história mos-tra que os esforçados têm mais resultados.

Também são rapida-mente identificados como diferenciação os filhos: caçu-la, único, temporão, mais ve-lho, com pais separados, pre-sentes ou ausentes, pais novos ou idosos, situação financeira, local onde residem (distância), escola que frequentam, avós que moram juntos, algum pro-blema de ter alguém em casa com alguma deficiência, por ter sido vítima de tragédia na família, pais campeões e per-

feccionistas, religião, irmãos competitivos, frustração na área esportiva, etc.

Nosso papel como orien-tador e de criar um comple-mento na educação do atleta, já que atualmente a grande maioria dos pais buscam um conforto para os filhos, prin-cipalmente na área financeira, trabalhando excessivamente, jogando inúmeras ativida-des que nem sempre sao bem aceitas pelo filho, para complementar as horas de ociosidade pos escola.

Quantas criancas nao tem muitas atividades como: in-glês, espanhol, nihon-gako, natação, kumon, teclado, dança, balé, futebol, xadrez, etc. sendo que muitas vezes elas nem tem aptidão para tal ou gostaria de fazê-las ?

Por isso nosso objetivo não pode ser de apenas formar campeões no esporte, mas sim na vida; temos que criar para os atletas um caminho que os mesmos possam usar, quando a pressão familiar for muito forte em busca de cobrança, resultados, perfei-ção, modelos tradicionais que os pais esperam dos filhos, uma vez que estão investindo muito tempo e dinheiro neles, esquecendo que também precisam ser felizes. O esporte é escolhido pelo atleta e não imposto como algumas situa-ções citadas acima.

TêNIS DE MESA

Influência do esporte na formação e educação

carlos ishida da seleção brasileira mirim: talento ou esforço?

DivULgAçÃO

12 São Paulo, 04 a 10 de outubro de 2012JORNAL NIPPAK

FESTIVAL - A 10ª edição do Okinawa Festival, realizada nos dias 15 e 16, no Clube Es-cola Vila Manchester, zona Leste de São Paulo. O evento organizado pela Associação Okinawa Vila Carrão (AOVC) em conjunto com a Prefeitura

de São Paulo e a São Paulo fi-zeram uma festa para a famí-lia, com muita música, muita dança, mágica e com muita solidariedade, pois foram ar-recadados 15 toneladas de ali-mentos. Marcaram presença o vereador Ushitaro Kamia, de-

putado estadual Helio Nishi-moto, deputado estadual Jooji Hato, deputado federal Walter Ihoshi, subprefeito de Arican-duva/Formosa/Carrão, Coro-nel Jorge Leme, Kiyoshi Ona-ga (presidente da AOVC), en-tre outros. (Luci J. Yizima)

FESTA – No dia 23 de setembro, foi realizado o Festival ABEUNI reunindo gastronomia e diversas atividades culturais japonesas na zona Sul de São Paulo. O evento é formado por jo-vens voluntários que desenvolvem não só o trabalho social assistencial, mas também o lado pessoal, como o trabalho em equipe, liderança e a organização e ainda promove a troca de ideias, experiências e a amizade. Teve presente no evento os candidatos a vereador George Hato e Victor Kobayashi. (Luci J. Yizima)

HOMENAGEM – A Asso-ciação Cultural e Esportiva de Santana comemorou 45º Aniver-sário de Fundação e o 40º Edi-ção do Engueikai – Gakuguei-kai e Keirokai em grande estilo, com apresentações de Koto e Shakohachi, Teatro e Danças, na sede da entidade em Santana. O evento teve a presença do verea-dor Ushitaro Kamia, da deputada federal Keiko Ota, Yoshio Imai-zumi (representando o deputado estadual Hélio Nishimoto) que foram recepcionados pela Dire-toria da entidade, Mário Suga, Edison Abe, Jorge Terabe e Ane-zia Takinami. (Luci J. Yizima)

AçãO – No dia 29 de se-tembro, o Rotary Club de São Paulo – Liberdade em parce-rias com Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (Acal), Inaci, Drogasil, Eye-mori, Enkyo, Oralplace, Cema e Alcon-Novartis e patrocínios do Restaurante Nandemoyá, Instituto Paulo Kobayashi e Somcris promoveram a XXXI Edição Campanha da Saúde - Rotary em Ação pela Saú-de e Cidadania do RCSP – Li-

berdade, no bairro da Liber-dade em São Paulo. Na ação foram realizados exames de Glicemia, medição de pressão arterial, Hepatite, Oftalmolo-gia, Saúde Bucal e Orienta-ção Alimentar, ao todo foram atendidas 1592 pessoas. Par-ticiparam do evento os médi-cos Yoitiro Mori, Emy Mori, Pedro Tirabosch, Dante Ama-to Neto, Sergio Mori, Fabio Mori, Roger Kendy Ikeda e das nutricionistas Erica Uchi-

da Watanabe e Simone Ma-tsumoto do Hospital Bene-ficência Nipo-Brasileira de São Paulo. Também esteve presente no evento presidente do Enkyo (Beneficência Ni-po-Brasileira de São Paulo), Yoshiharu Kikuchi, Mau-rício Kobayashi (diretor da Acal), Jorge Nagano (diretor de Eventos da Acal), Regis Yoshio Shimanoe, presidente do Rotary Liberdade, Ricardo Yoshikawa. (Luci J. Yizima)