jornal nippak - 22 a 28/06/2012

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ANO 15 – Nº 2375 – SÃO PAULO, 22 A 28 DE JUNHO DE 2012 – R$ 2,50 www.nippak.com.br O 104º aniversário da imi- gração japonesa no Bra- sil, comemorado no dia 18 de junho, foi lembrado em todo o país com festas, homenagens, cerimônias e reflexões. Na capital pau- lista, a data foi comemorada com uma agenda bastante atribulada. A programa- ção incluiu a celebração de missa católica e culto budista e culminou com solenidades na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e na Câmara Mu- nicipal de São Paulo, que, programadas para o mesmo dia e horário, dividiram o púbico. Na Assembleia Le- gislativa de São Paulo, o de- putado Jooji Hato (PMDB) reuniu cerca de 800 pessoas enquanto a Câmara Muni- cipal, numa iniciativa do vereador suplente Victor Kobayashi, homenageou o Bunkyo (Sociedade Brasi- leira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) com a Salva de Prata. As co- memorações prosseguem durante a semana – ontem (21) o deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB) convocou um Ato Solene para a Alesp – com eventos em Curitiba e Brasília, or- ganizada pelo Grupo Parla- mentar Brasil-Japão. —————————–——————––––––——| Págs. 4 e 5 ALDO SHIGUTI 47º Gueinosai acontece neste fim de semana em SP A 47ª edição de Música e Dança Folclórica Japonesa (Gueinosai) acontece neste fim de semana ( dias 23 e 24), no Grande Auditório do Bunkyo (Sociedade Bra- sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), no bairro da Liberdade, em São Paulo. O evento tem entrada franca e solicita-se ao público a doação de um quilo de alimento não pere- cível. As arrecadações se- rão destinadas a entidades assistenciais. ——————————––———————————| Pág. 07 ——————————––————–——————————––—————————————––—————————| Pág. 05 HOMENAGEM E DES- PEDIDA – O cônsul geral do Japão em São Paulo, Kazuaki Obe, e a consu- lesa Eiko Obe, estão de malas prontas para o Ja- pão. Nesses três anos e meio de convívio, a comu- nidade nikkei, em especial a de São Paulo, aprendeu a respeitar e a admirar o casal. Tanto que no último dia 15, numa iniciativa do vereador Aurélio Nomura (PSDB), o cônsul foi ho- menageado com o Título de Cidadão Paulistano, numa solenidade que confirmou o carisma de Kazuaki Obe e de sua esposa. Nesta terça (26), as entidades repre- sentativas da comunidade nipo-brasileira, em con- junto, estão organizando uma cerimônia de despe- dida ao casal no Bunkyo e estendem o convite a toda comunidade. ————————| Pág. 09 Na página de Pesca, conheça o Ranchão do Peixe Pela Zona Norte da capital paulista, é seguir pela Av. Água Fria, Av Cantareira, Av Senador Jose Ermírio de Morais, a seguir o cami- nho é pela serra em meio a vegetação nativa, paisa- gem de encher os olhos. É bom estar com o carro em ordem, pois a subida da serra é “braba”. Mas o sacifício vale a pena. As espécies que você vai encontrar no Ranchão: carpas cabeçudas, carpas húngaras, carpas capins, bagres africanos, catfishes, pacus, tambacus, patingas, dourados, piraputangas e pintados. Comemorações dos 104 anos prosseguem no DF, SP e PR ... enquanto o Bunkyo era homenageado na Câmara Municipal Na Assembleia, cerca de 800 pessoas prestigiaram a cerimônia... IMIGRAÇÃO JAPONESA LUCI JÚDICE YIZIMA ALDO SHIGUTI

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Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

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Page 1: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

ANO 15 – Nº 2375 – SÃO PAULO, 22 A 28 DE JUNHO DE 2012 – R$ 2,50www.nippak.com.br

O 104º aniversário da imi-gração japonesa no Bra-sil, comemorado no dia 18 de junho, foi lembrado em todo o país com festas, homenagens, cerimônias e reflexões. Na capital pau-lista, a data foi comemorada com uma agenda bastante atribulada. A programa-ção incluiu a celebração de missa católica e culto budista e culminou com solenidades na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e na Câmara Mu-nicipal de São Paulo, que, programadas para o mesmo dia e horário, dividiram o púbico. Na Assembleia Le-

gislativa de São Paulo, o de-putado Jooji Hato (PMDB) reuniu cerca de 800 pessoas enquanto a Câmara Muni-cipal, numa iniciativa do vereador suplente Victor Kobayashi, homenageou o Bunkyo (Sociedade Brasi-leira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) com a Salva de Prata. As co-memorações prosseguem durante a semana – ontem (21) o deputado estadual Hélio Nishimoto (PSDB) convocou um Ato Solene para a Alesp – com eventos em Curitiba e Brasília, or-ganizada pelo Grupo Parla-mentar Brasil-Japão.

—————————–——————––––––——| Págs. 4 e 5

ALDO SHigUti

47º Gueinosai acontece neste fim de semana em SPA 47ª edição de Música e Dança Folclórica Japonesa (Gueinosai) acontece neste fim de semana ( dias 23 e 24), no Grande Auditório do Bunkyo (Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social),

no bairro da Liberdade, em São Paulo. O evento tem entrada franca e solicita-se ao público a doação de um quilo de alimento não pere-cível. As arrecadações se-rão destinadas a entidades assistenciais.

——————————––———————————| Pág. 07

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HOMENAGEM E DES-PEDIDA – O cônsul geral do Japão em São Paulo, Kazuaki Obe, e a consu-lesa Eiko Obe, estão de malas prontas para o Ja-pão. Nesses três anos e

meio de convívio, a comu-nidade nikkei, em especial a de São Paulo, aprendeu a respeitar e a admirar o casal. Tanto que no último dia 15, numa iniciativa do vereador Aurélio Nomura

(PSDB), o cônsul foi ho-menageado com o Título de Cidadão Paulistano, numa solenidade que confirmou o carisma de Kazuaki Obe e de sua esposa. Nesta terça (26), as entidades repre-

sentativas da comunidade nipo-brasileira, em con-junto, estão organizando uma cerimônia de despe-dida ao casal no Bunkyo e estendem o convite a toda comunidade.

————————| Pág. 09

Na página de Pesca, conheça o Ranchão do PeixePela Zona Norte da capital paulista, é seguir pela Av. Água Fria, Av Cantareira, Av Senador Jose Ermírio de Morais, a seguir o cami-nho é pela serra em meio a vegetação nativa, paisa-gem de encher os olhos. É bom estar com o carro em ordem, pois a subida da serra é “braba”. Mas o sacifício vale a pena. As espécies que você vai encontrar no Ranchão: carpas cabeçudas, carpas húngaras, carpas capins, bagres africanos, catfishes, pacus, tambacus, patingas, dourados, piraputangas e pintados.

Comemorações dos 104 anos prosseguem no DF, SP e PR

... enquanto o Bunkyo era homenageado na Câmara Municipal

Na Assembleia, cerca de 800 pessoas prestigiaram a cerimônia...

IMIGRAÇÃO JAPONESA

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Page 2: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

2 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

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Publicidade:Tel. (11) 3208-3977Fax (11) 3341-6476

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Luci J. YizimaColaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Kuniei Kaneko, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane

Kisihara e Osmar Maeda (Zona Norte)

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

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JORNAL NIPPAK

ESPETÁCULO

DISNEY ON ICE 100 ANOS DE MAGIAMais de 60 personagens e 18 histórias clássicas.Classificação: Livre (acompa-nhados dos pais ou responsáveis legais) ou a partir de 12 anos (desacompanhados)Onde: Ginásio do Ibirapuera (Rua Manoel da Nóbrega 1361, São Paulo).De 14 a 24/06/2012Ingressos: R$50,00 a R$1400,00Informações e vendas de ingres-sos: www.ticketsforfun.com.br

A FAMILIA ADDAMSMusical com alguns efeitos es-peciais o espetáculo conta a his-toria de Wandinha a filha casal que arruma um namorado de fa-mília tradicional.Elenco: Marisa Orth, Daniel Boa ventura, Sara Sarres (alter-nante de Marisa Orth)Classificação: livreDuração: 150 minutosOnde: Teatro Abril (Avenida Bri gadeiro Luís Antônio 411)Em Cartaz por tempo indeter-minadoDias e horários: (Sex, Qui, Sáb e Dom) Quinta e sexta, 21h; sáb., 17h e 21h; dom., 16h e 20h. Ingressos: de R$ 70,00 a R$ 250,00www.ticketsforfun.com.br

Informações: 11/4003-5588http://www.afamiliaaddams.

QUYREY, UMA AVENTURA NA SELVANovo espetáculo do Circo dos So-nhos redefine as fronteiras da cria-tividade de imaginação em um show de circo para toda a família.Classificação: LivreDuração: 90 minutos (com 02 atos)Onde: Circo dos Sonhos (Av. Nicolas Bôer 120, ao lado do Viaduto Pompéia)Dias 02, 03, 09, 10, 16, 17, 23, 24 e 30/06/2012 Horário: sábados, domingos e feriados 15h, 17h e 19h30.Ingresso: R$40,00 a R$300,00 Informações: 11/2076-0087 ou 2076-0001www.circodossonhos.comcom.br

EXPOSIÇÃO

E TAMBÉM O ELEVADOR, O VULCÃO E O JANTARMostra que reúne um conjunto de 20 trabalhos recentes de ANA PRATA, Curadoria de Paulo Miyada e Diego Matos.Onde: Instituto Tomie Ohtake (Rua Coropés 88, Pinheiros)De 09/05 a 24/06/2012Horário: de 3ª a domingo das 11h às 20hIngresso: Entrada Gratuita

Informações: 11/2245-1900www.institutotomieohtake.org.br

6ª GRANDE EXPOSIÇÃO DE ARTE BUNKYO 2012SELEÇÃO – Inscrição e entrega das obrasDe 16 a 19/07/2012 (2ª a 5ª), das 10h às 17hTaxa de inscrição: R$170,00 por artistaOnde: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistên-cia Social (Rua São Joaquim 381, Liberdade)Arte Craft: 1º andar, sala 14 / Artes Plásticas: 1º and., sala 15Informações: 11/3208-1755, com Aurora ou [email protected] Resultados da seleção: dia 30/07/2012site: www.bunkyo.org.br

EM CARTAZ

CURSO

AULAS DE DANÇAProfessores Sergio e Rosa Taira.Onde: Assoc. Shizuoka Kenjin (R. Vergueiro, 193 - Liberdade)As 2ª e 3ªfeirasHorário: 13h às 17hInformações: 11/5588-3085 e 11/7174-8676

AULAS DE DANÇAOnde: Soc. Bras. de Cult. Ja-ponesa – Bunkyo (Rua São Joaquim, 381 - Liberdade)As 5ª feirasHorário: 17h às 19hInformações: 11/5588-3085 e 11/7174-8676

NIKKEY CULTURALKaraokê: aulas com o prof. e

CURSOSmaestro Hideo Hirose (2ª, 3ª, 4ª, 6ª e sábado) e a profa. Tsuguiko Hongo (5ª).Dança Social: Prof. Murae do-mingo (de manhã), Prof. Hayashi (2ª das 15h às 20h), Prof. Tahira (6ª das 13h às 16h30), Profa. Lu-ciana Mayumi - Aulas de Tango (2ª e 4ª das 20h30 às 23h), Pro-fa. Massako Nishida (4ª das 9h às 16h), Prof. Willian (sábado à tarde), Profa. Sato Tazuko (sá-bado de manhã) e Profa. Yukie Miike (3ª, 5ª e domingo, diver-sos horários).Aulas de Violão, Guitarra e Baixo: Prof. Eder (sábado das 9h às 18h)Aulas de Japonês: (básico, in-termediário e avançado) Profas. Keiko, 2ª e Isabel Kayoko, di-versos horários.

Obs: aulas de Português para estrangeiro com Profa. Isabel Kayoko.Aulas de Inglês: (básico, inter-mediário e avançado) Prof. An-derson (sábado), Profa. Priscila (diversos horários).Aulas de Informática: Prof. Vic-tor Kawata (diversos horários)Aulas de teclado: Profa. Neide (diversos horários)Tênis de Mesa: Prof. Mario Nakao - Técnico da Butterflay (diversos horários).

Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade)Informações: 11/3774-7456, 11/3774-7457 e 11/3774-4430 com Meily (das 9h às 17h e sábado das 9h às 14h)

Informações e divulgação de eventos com Cristiane [email protected] – Tel. 11/3208-3977 ou [email protected]

AGENDA CULTURAL

CONCERTO

ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO SANTORO Cláudio Cohen regenteTrio Smetana Jana Vonásková-Nováková violinoJan Palenícek violonceloJitks Chechová pianoProgramação sujeita a alteraçõesLotação: 1388Onde: Sala São Paulo (Praça Jú-lio Prestes 16, Estação Luz)Dia 01/07/2012Horário: 11hIngressos: R$10,00Vendas Ingresso Rápido:T 4003.1212 ou pelo site: www.ingressorapido.com.brInformações: 11/3815-6377 ou 11/3223-3966

43º FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO Nesta edição a organização será da Fundação Osesp e os even-tos serão na Sala São Paulo e em Campos do Jordão.De 30/06 a 29/07/2012 Ingresso: de R$10,00 a R$ 80,00, com 50% de desconto para pessoas com idade acima de 60 anos, estudantes, aposen-tados.Para as apresentações gratuitas não é necessária a retirada de in-gressos.Ingresso Rápido www.ingressorapido.com.br T 11/4003-1212 – Para todo o território nacionalDe segunda a sábado das 9h às 22h e domingos e feriados das 12h às 20h.Sala São Paulo – Praça Júlio Prestes, 16 - Campos Elíseos - São PauloT 55 11 3223 3966Segunda a sexta: das 10h às 18h, ou até o início do concerto.Sábado: quando houver apresen-tação, das 10h às 16h30 ou até o início do concerto.Domingo e feriado: quando houver apresentação, desde duas horas antes do concerto.Praça do CapivariDiariamente: das 10h às 20h.Auditório Claudio SantoroAv. Dr. Luís Arrobas Martins, 1.800Alto da Boa Vista – Campos do Jordão

Diariamente: das 14h até o iní-cio do concerto.Quando houver apresentação às 11 horas, a bilheteria abrirá às 9h.Em dias em que não há con-certo, a bilheteria permanecerá fechada.

CINEMA

CINEMA BUNKYOTodas as quartas-feiras, a Co-missão de Biblioteca e Filmes do Bunkyo apresenta uma sessão de filmes japoneses. Os filmes são exibidos em idioma japonês, sem legenda. Além disso, uma vez ao mês, realizam o “Free Market” (Frima), uma feira de produtos diversos, com artesa-nato, obentô (alimentos), brin-quedos, livros e outros. Onde: Grande Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade) Dia 27/06/2012Horário: Frima das 10h às 15h no Hall do Grande Auditório e a Sessão de Cinema às 13hIngresso: Sócios entrada franca e não-sócios pagam R$5,00Informações: 11/3208-1755

EVENTO

FESTA JUNINA DA ADEPOMMúsica ao vivo, dança da quadrilha, barracas típicas e de brincadeiras, correio elegante, fogueira, queima de fogos e muita animação.Onde: Adepom - Rua Dr. Ro-drigo de Barros, 112 - Luz - São Paulo/SP (próximo aos Metrôs Tiradentes e Armênia) Dia 22/06/2012Horário: 19h às 23hIngresso: Entrada GratuitaInformações: 11/3322-0333 ou www.adepom.com.br

47º FESTIVAL DE MÚSICA E DANÇA FOLCLÓRICA JAPONESA – GUEINOSAIGran Finale com Kyofujima RyoOnde: Grande Auditório do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade)Dias 23 e 24/06/2012Horário: sábado das 9h às 18h e domingo das 10h às 18h Homenagem aos Idosos de 99 anos: domingo, às 9h

Ingresso: Entrada Gratuita(contribua no dia do evento com a doação de um quilo de ali-mento não perecível, que será encaminhado a uma entidade be-neficente)Informações: 11/3208-1755

KARAOKÊ DANCE TOKUSHIMAOnde: Tokushima Kaikan (R Antonio Maria Laerte 275, Metro Tucuruvi)Dia 23/06/2012Horário: 9h às 17hInformações: 11/4748-5896 sra Inaba

KARAOKÊ-DANCE NIKKEY CULTURALPioneiro nessa atividade cujo objetivo é de proporcionar um ambiente familiar onde os fre-qüentadores cantam suas músi-cas preferidas e dançam ritmos como o chá chá chá , rumba, forro, samba e country, Todos os Domingos e no 2º e último Do-mingo do mês realizamos bailes com música ao vivo com a par-ticipação do vocalista e tecladis-ta Issamu Music Show, das 18h às 22h.Onde: Nikkey Cultural (Praça Almeida Jr. 86 A, Liberdade)Dia 24/06/2012Horário: 8h às 18h (incluso: café da manhã, missoshiru, al-moço às 12h30, refrigerantes, àgua, chá e café.).Ingresso: R$22,00Informações: 11/3774-7456 / 3774-7457 / 3774-7443www.nikkeycultural.com.br

16º SAKURA MATSURI - FESTIVAL DAS CEREJEIRAS BUNKYOSOnde: Centro Esportivo Koku-shikan Daigaku (Rod Bunjiro Nakao SP 250, Km 48 – Estrada para Ibiúna – Bairro do Carmo – São Roque – SP)Dias 07 e 08/07/2012Horário: das 10h às 17hIngresso: Entrada GratuitaÔnibus partindo da Liberdade: vendas antecipadas de passagens na Secretaria do Bunkyo (Rua São Joaquim 381, Liberdade)Contribuição ônibus: R$ 25,00 (ida e volta no mesmo ônibus)Informações: 11/3208-1755

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São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012 3JORNAL NIPPAK

104 ANOS/HOMENAGEM/CÔNSUL KAZUAKI OBE

Câmara Municipal homenageia cônsul Kazuaki Obe com o título de Cidadão Paulistano

ALDO SHigUti

Simples, humana e muito, muito emocionante. A cerimônia de entrega do

Titulo de Cidadão Paulistano ao cônsul geral do Japão em São Paulo, Kazuaki Obe, rea-lizada no último dia 15, no Sa-lão Nobre da Câmara Munici-pal de São Paulo, não poderia ter sido diferente. O clima fo de despedida. Não de um fun-cionário diplomático do go-verno japonês. Mas de uma pessoa que a comunidade aprendeu a gostar e se tornou próximo. Em parte, pela sem-pre simpática consulesa Eiko Obe.

Recém-chegada ao país, Eiko Obe começou a con-quistar a admiração da co-munidade quando, ainda em agosto de 2009 – du-rante a inauguração do Cen-tro de Assistência Social Enkyo, deixou a timidez de lado para cantar, em portu-guês, o hino nacional brasi-leiro. Cena que se repetiria dias depois, na abertura da 18ª Expo Aflord, em Arujá. E em praticamente todos os eventos em que o hino na-cional era entoado.

São passagens que cer-tamente deixarão sauda-des na comunidade. Como discursaram o deputado es-tadual Jooji Hato (PMDB) e o deputado federal Junji Abe (PSD-SP), o vereador Aurélio Nomura (PSDB), proponente da solenidade, “marcou um golaço” com a homenagem.

Abrindo a série de dis-cursos, o presidente do Bun-kyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assis-tência Social), Kihatiro Kita, disse que a cerimônia “traduz plenamente o sentimento que temos em relação ao cônsul Kazuaki Obe”. “Desde que assumiu sua função de cônsul geral do Japão em São Pau-lo, em janeiro de 2009, e sem-pre acompanhado da consule-sa, Eiko Obe, o cônsul Ka-zuaki Obe não descansou um dia para poder cumprir com esmero sua função”.

Segundo Kita, ao longo desses três e meio de convi-vência, “guardamos passa-gens para serem lembradas”. “Como a angústia e sofri-mento que vimos em seus olhos quando do trágico tsu-nami e com o gesto de gra-tidão diante da solidariedade do povo brasileiro”. “Ka-zuaki Obe também se dedi-cou a visitar mais de 100 ci-dades de São Paulo, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul”, disse Kita, para quem “o tempo passou muito rápido”. “Já estávamos acostumados a tê-lo sempre conosco, mas é chegada a hora de retornar ao Japão. Kazuaki Obe levará consigo o título que tão bem representa a nossa gratidão a sua pessoa”, concluiu.

Já o presidente do En-kyo (Beneficência Nipo-Bra-sileira de São Paulo), Yo-shiharu Kikuchi, ressaltou a “discrição” e, ao mesmo tempo, a participação ativa do cônsul nas atividades da comunidade. “O casal sem-pre se preocupou em conhe-cer pessoalmente todos os lo-cais bem como incentivou e colaborou, em especial, com ações na área da saúde”.

Embaixador – Para o pre-sidente da Aliança Cultu-ral Brasil-Japão, Anselmo Nakatani, a entidade “deve muito ao cônsul pelo apoio que ele sempre deu para que pudéssemos transmitir um pouco mais da cultura japo-nesa para cerca de três mil jovens”. “Participei pessoal-mente de encontros e eventos e posso testemunhar a sua de-

dicação para a integração en-tre os dois países”, destacou Nakatani. “O casal Kazuaki Obe e Eiko Obe vai deixar saudades. Vamos ficar com uma sensação de vazio, mas desejamos muito sucesso em sua carreira e torcemos para que ele retorne brevemente como embaixador do Japão no Brasil”.

O deputado estadual Joo-ji Hato destacou a personali-dade “ímpar” e “simpática” enquanto a deputada federal Keiko Ota afirmou que não esquecerá os exemplos de “docilidade”, “sorridente” e “presteza”. “Foram momen-tos de grande aprendizado de como deve ser um ser hu-mano nota mil”.

Junji Abe lembrou que, “tempos atrás, tínhamos – e também a população – um certo distanciamento pela importância das figuras re-presentativas de um côn-sul”. “No entanto, o Kazuaki Obe e a Eiko Obe quebraram essa tradição nos Estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”. “Sem demérito nenhum a outros cônsules, somos testemunhas que este casal estendeu seu

abraço caloroso à população brasileira”.

O cônsul espanhol, José Maria Matres Manso, des-tacou a importância da ho-menagem e afirmou sentir orgulho em poder participar da cerimônia. “Não se tratam apenas de colegas, mas tam-bém de amigos excepcio-nais. Lembro quando eu e minha esposa chegamos em São Paulo. O cônsul Kazuaki Obe e a consulesa Eiko Obe foram os primeiros colegas do corpo consular a oferecer

hospitalidade e amizade, uma relação que permanece até hoje”, destacou o cônsul es-panhol.

José Maria Manso lem-brou que serviu na Embaixa-da da Espanha no Japão, opor-tunidade em que pode conhe-cer “um pouco mais a fundo o povo e os costumes japone-ses”. “Eu e minha esposa fi-camos apaixonados pelo país, um exemplo de força e cor-tesia. Aprendemos a admirar o Japão por sua valentia, demonstrada diante de tantas

Kazoshi Shiraishi, tadakuni Yasunaga, Kazuaki Obe e Aurélio Nomura (da esquerda para a direita)

A consulesa Eiko Obe canta o hino nacionalO cônsul espanhol José Maria Matres Manso

adversidades, principalmente depois do desastre de Fuku-shima. Com coragem, união e dedicação, o Japão deu um exemplo a ser seguido”, disse o cônsul, que destacou ainda as relações “estreitas” en-tre Espanha e o Japão. Como Nakatani, José Maria Manso também fez coro para que Kazuaki Obe se torne em-baixador. “Mas na Espanha”, ponderou.

Nervosismo – Para o pro-ponente da homenagem, o vereador Aurélio Nomu-ra, a cerimônia era também uma forma de homenagear “o povo japonês”. “Primei-ro, pelos ancestrais que aqui vieram. E, depois, pela ami-zade, e, principalmente, pelo estreitamento dessa ami-zade”, justificou. Segundo o vereador, o Brasil recebe muitos investimentos japone-ses. “Investimentos esses que ajudam a melhor fluir o trân-sito e no vazamento de água nos encanamentos”, afirmou. Uma homenagem pelo que representa o próprio côn-sul, uma pessoa excepcional e que incorporou o ritmo paulistano”.

Antes de iniciar seu discurso, Kazuaki Obe não escondeu seu nervosismo e por diversas vezes improvisou o discurso oficial. Olhando para a plateia, disse que cada um dos presentes lhe trazia uma lembrança, impossível de contar a todos. Agradeceu a Tadakuni Yasunaga, de 91 anos, que saíra de Promissão em companhia do filho, Ka-zunori Yassunaga, especial-mente para prestigiar a ceri-mônia.

Aliás, Tadakuni Yasuna-ga acabou “roubando a cena” quando o cônsul lembrou de um encontro realizado em Promissão, em abril de 2010, quando ficou sabendo da his-tória de Shuhei Uetsuka, “o pai da imigração japonesa”.

“O Tadayuki Yasunaga me chamou, sério, e disse que ti-nha um pedido para fazer: transmitir a luta de Shuhei Uetsuka. Naquela hora, estremeci. É como se o es-pírito de Shuhei Uetsuka ti-vesse me tocado através de suas palavras. Shuhei Uetuska faleceu em 1935 e 77 anos depois, o Tadakuni Yasuna-ga transmitindo o espírito do pioneiro que nunca desiste, que abriu caminho onde não existia e desbravou uma terra selvagem. Vou lembrar para sempre este espírito de luta dos imigrantes”, contou o cônsul, que se emocionou ao falar de Eiko Obe e quebrou o protocolo ao confidenciar que ambos haviam prometido não chorar durante a cerimônia.

Companheira – “Neste mo-mento tão importante em mi-nha vida, não poderia deixar de mencionar uma pessoa que sempre me acompanhou em todos os momentos, e que sem ela não teria atingido os meus objetivos durante a mi-

nha missão em São Paulo: a minha esposa. Levo-a sempre comigo em eventos oficiais porque ao seu lado consigo entoar o Hino Nacional Bra-sileiro, pois ela sabe decor e salteado toda a letra do hino. Hoje, inclusive, é a data de seu aniversário”, disse o côn-sul, visivelmente emocio-nado e confidenciando, em público, que o casal havia feito uma promessa de não chorar durante a cerimônia. “Mas estou chorando com o coração”, revelou o cônsul.

No cargo desde novem-bro de 2008, Obe agrade-ceu a iniciativa e disse que jamais imaginou receber “esse prestigioso título”. “É algo de grande honra para mim, e sinto o carinho da comunidade nipo--brasileira. Recebo essa home-nagem com imensa felicidade e profundo agradecimento”, declarou Obe, que agrade-ceu “profundamente a meus familiares, professores, ami-gos, enfim, a todas as pessoas que até hoje me deram apoio e suporte em minha vida”. “Sou grato à sociedade brasi-leira, à colônia nipo-brasilei-ra e aos inúmeros amigos pela calorosa hospitalidade e por ter nos recebido sempre de braços abertos”, afirmou.

Presenças – Compuseram a mesa de solenidade o cônsul geral da Espanha, José Maria Matres Manso, o deputado federal Junji Abe (PSD-SP); a deputada federal Keiko Ota (PSB-SDP); o deputado es-tadual Jooji Hato (PMDB); o presidente do Bunkyo, Ki-hatiro Kita; o presidente do Kenren, Akinori Sonoda; o presidente do Enkyo, Yoshi-haru Kikuchi; o presidente da Aliança Cultural Brasil--Japão, Anselmo Nakatani; e o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japone-sa do Brasil, Masaki Kondo, além do homenageado e do autor da homenagem.

Estiveram presentes na ce-rimônia o economista Paulo Yokota, ex-professor da USP, ex-diretor do Banco Cen-tral do Brasil, ex-presidente do Incra; o ex-deputado es-tadual Hatiro Shimomoto; o presidente da Sociedade Be-neficente Casa da Esperança “Kibô-no-Iê”, Jairo Uemu-ra; o presidente da Assistên-cia Social Dom José Gaspar “Ikoi-no-Sono”, Reimei Yo-shioka; o presidente da Asso-ciação Cultural Nipo-Brasi-leira de Registro, Kuniei Ka-neko; o presidente da Feni-var (Federação das Entidades Nikkeis do Vale do Ribeira) e Uces (União Cultural e Espor-tiva Sudoeste), Toshiaki Ya-mamura; o presidente da Acal (Associação Cultural e Assis-tencial da Liberdade), Hirofu-mi Ikesaki; e o presidente da Associação Cultural de Mogi das Cruzes, Kiyoji Naka-yama, além de Tadakuni Yas-sunaga, que acabou dividindo as atenções com a consulesa Eiko Obe.

(Aldo Shiguti)

O artista plástico Yutaka toyota cumprimenta o cônsul Kazuaki Obe

As entidades represen-tativas da comunidade ni-po-brasileira, em conjunto, estão organizando uma ce-rimônia de despedida ao o cônsul geral do Japão em São Paulo, Kazuaki Obe, que assumiu suas funções no Consulado Geral do Ja-pão em São Paulo em janei-ro de 2009 e está retornando ao Japão para novos desa-fios.

Durante cerca de três anos e meio, sempre acom-

Entidades organizam cerimônia de despedida para o cônsul e a consulesa

panhado pela consulesa Eiko Obe, Kazuaki Obe fez ques-tão de prestigiar os eventos e solenidades da cidade e da comunidade nikkei. Entre ou-tras atividades, o cônsul tam-bém fez questão de visitar mais de 100 cidades de pre-sença destacada de nipo-bra-sileiros.

DESPEDIDA DO CÔNSUL GERAL DO JAPÃO EM SÃO PAULO, KAZUAKI OBEQuando: DIA 26 DE JUNhO, tER-

çA-fEIRA, àS 19h30onde: SALÃO NOBRE DO BUN-KyO - RUA SÃO JOAqUIM, 381 – 2º ANDAR – LIBERDADE – SÃO PAULO

(PRóxIMO EStAçÃO SÃO JOAqUIM DO MEtRÔ)Taxa de adesão: R$ 70,00 POR PESSOA

Mais inforMações e confir-Mação da presença PELO tE-LEfONE.: (11) 3208-1755, COM O SR. hASE OU SRA. REGINA, OU vIA E-MAIL: [email protected]

O presidente do Bunkyo de Mogi das Cruzes, Kiyoji Nakayama parabeniza o cônsul Kazuaki Obe

ESPECIAL IMIGRAÇÃO

Page 4: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

4 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

104 ANOS/HOMENAGEM/BUNKYO

Bisneto de Affonso Penna e filho de Ryo Mizuno marcam presença em homenagem ao Bunkyo

ALDO SHigUti

ESPECIAL IMIGRAÇÃO

Victor Kobayashi entrega a Salva de Prata ao presidente do Bunkyo, Kihatiro Kita

Vice-reitor da Usp, Hélio Nogueira da Cruz recebe homenagem do Bunkyo entregue por Kihatiro Kita

O engenheiro Affonso Augusto Moreira Pen-na, bisneto do presi-

dente Affonso Penna, e Ryo-saburo Mizuno, filho de Ryo Mizuno – dois importantes personagens que ajudaram a escrever a história da imi-gração japonesa no Brasil – marcaram presença na sessão solene realizada nesta segun-da-feira, 18, no Plenário 1º de Maio da Câmara Municipal de São Paulo em que o Bun-kyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assis-tência Social) foi homenage-ado com a Salva de Prata.

Affonso Penna, primeiro mineiro a assumir a presidên-cia da República (15/11/1906 a 14/06/1909) e sucessor de Rodrigues Alves, teve marcos importantes como a implan-tação da política de valoriza-ção do café, a participação do Brasil na segunda Conferên-cia de Paz, em Haia, e a orga-nização da Exposição Nacio-nal comemorativa do centená-rio da abertura dos portos. Foi durante o seu governo que se efetivou a primeira imigração japonesa, devidamente orga-nizada, para o Brasil.

Ryo Mizuno, o precursor da imigração japonesa no Brasil, iniciou tratativas, ainda em 1906, para a vinda da primeira leva de imi-grante ao país, concretizada em 1908. Sob sua orientação e supervisão, o país recebeu mais quatro levas de trabalha-dores japoneses.

Peixes Voadores – “A pre-sença tanto do Ryosaburo Mizuno quanto do Affonso Augusto Moreira Penna só veio a engrandecer e valorizar a homenagem que recebe-mos. São depoimentos vivos de pessoas que pouca gente conhece e que contribuíram para que esses 104 anos se tornassem realidade”, afirmou

o presidente do Bunkyo, Ki-hatiro Kita.

A ligação do engenheiro Affonso Augusto Moreira Penna com a comunidade ni-pônica não se deu apenas atra-vés das histórias contadas de geração em geração. “Du-rante minha esportiva e pro-fissional tive bastante contato com a comunidade japonesa. Nos idos de 1949 e 1950, era nadador do Fluminense do

Rio de Janeiro e acompanhei de perto a vinda dos nadado-res Furuhashi, Hamaguchi, Hashizume e Murayama, os chamados ‘Peixes Voadores’. Só de observá-los melhorei em três segundos minha marca nos 100 metros cra-wl”, disse o bisneto de Affon-so Penna. Para ele, “o pro-gresso da agricultura mostra que meu bisavô acertou em cheio ao incentivar a imigra-

ção japonesa ao Brasil”.A solenidade na Câmara

Municipal de São Paulo co-meçou com cerca de meia hora de atraso e contou com um bom público, apesar da re-alização de uma outra cerimô-nia marcada para o mesmo dia e horário na Assembleia Le-gislativa de São Paulo.

Compuseram a Mesa o cônsul adjunto do Japão em São Paulo, Massahiko Ko-

bayashi; o presidente da Casa, vereador José Poli-ce Neto (PSD); o proponen-te da homenagem, o verea-dor suplente Victor Kobaya-shi (PSD); vereador Ushita-ro Kamia (PSD); o deputado federal suplente e membro do Conselho Superior de Apoio e Orientação do Bunkyo, Walter Ihoshi (PSD-SP); o presidente do Conselho Deliberativo do Bunkyo, o jurista Kiyoshi Harada; o presidente da As-sociação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, profes-sor Kokei Uehara; e o enge-

nheiro Affonso Augusto Mo-reira Penna.

Retribuição – Para “não per-der o costume”, durante a ce-rimônia, o Bunkyo retribuiu a honraria concedida pela Câ-mara Municipal, demons-trando sua gratidão à acolhida da sociedade brasileira aos imigrantes japoneses. Para isso, a entidade homenageou alguns setores fortemente re-lacionados com a trajetória dos imigrantes.

Desta forma, foram agra-ciados o ex-ministro da Agri-cultura, Roberto Rodrigues (na ocasião representando por Isidoro Yamanaka); o jorna-lista Boris Casoy (apresenta-dor do Jornal da Rede Bandei-rantes e âncora da rádio Band-News FM, que iniciou sua carreira profissional em 1956 trabalhando como narrador esportivo na Rádio San-to Amaro); ao prefeito Gil-berto Kassab, simbolizando a cidade de São Paulo (no ato representado por Carlos Kendi Fukuhara); e à Uni-versidade de São Paulo, em nome do reitor João Grandi-no Rodas (representado pelo vice-reitor da USP, professor Hélio Nogueira da Cruz).

(Aldo Shiguti)

Ushitaro Kamia Kiyoshi Harada, cônsul Kobayashi, Victor Kobayashi, Kihatiro Kita, Affonso Augusto Moreira Penna, Kokei Uehara e Walter ihoshi (a partir da esquerda)

O engenheiro Affonso Augusto Moreira Penna: “acertou em cheio”

“Meio sem jeito e lisonje-ado”. Acostumado a organi-zar eventos de homenagens e agradecimentos, foi assim que o presidente do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cul-tura Japonesa e de Assistên-cia Social) se viu nesta se-gunda-feira (18), durante ce-rimônia de entrega da Salva de Prata – a mais alta honraria concedida pela Câmara Mu-nicipal de São Paulo a uma entidade – quando ele foi o homenageado.

Kita disse que o reconhe-cimento do Bunkyo, uma iniciativa do então verea-dor Victor Kobayashi, deve ser “compartilhado com to-dos aqueles que acreditam na importância de manter e difundir a cultura japonesa e as lições aprendidas com os pioneiros imigrantes japone-ses”.

“Inicialmente, gostaría-mos de dirigir nossos senti-mentos de gratidão aos fun-dadores e pioneiros que, há 57 anos, com grande sabedo-ria constituíram e desenvol-veram nossa entidade. Gos-taríamos, também, de dividir esta comenda com a diretoria e equipe de voluntários for-mada por cerca de 350 pes-soas, que planejam, execu-tam, organizam e executam nossas atividades. Não po-deríamos esquecer dos fun-cionários e prestadores de serviços que, com atenção, cuidam dos detalhes para dar tudo certo. De nossos asso-ciados que, por meio de sua contribuição anual e presença

nos eventos, proporcionam as condições básicas para a exis-tência da entidade. E dos pa-trocinadores, que garantem os recursos financeiros para nossas realizações de gran-des portes”, discursou o pre-sidente do Bunkyo.

Em entrevista ao Jornal Nippak, Kita disse que “uma homenagem desta natureza nos deixa bastante envaide-cidos”. “Espero que o Bun-kyo esteja correspondendo às expectativas. Trata-se de um trabalho que não depende só da gente. Nós apenas da-mos continuidade a um traba-lho iniciado pelos fundadores e que os nossos antecessores deram seqüência”, lem-brou Kita, explicando que a honraria ficará exposta em um lugar de destaque no Bunkyo. “Por enquanto ela ficará na sala da presidência”,

informa Kita, revelando que futuramente a entidade pre-tende construir um acervo com a história do Bunkyo.

Museu Manabu Mabe – Quem abriu a série de discur-sos foi o vereador Ushitaro Kamia (PSD), que saudou a iniciativa de Victor Kobaya-shi. “A cada ano que passa a história da imigração japone-sa ganha novos acréscimos, como se a chegada do Kasa-to Maru fosse repaginada”, disse Kamia, que ressaltou a trajetória de dificuldades e conquistas.

Para o vereador, no dia em que se comemora os 104 anos da imigração japonesa no Brasil, “nosso principal gesto é o de enaltecer o com-portamento sério, dinâmico, equilibrado e consciente da-queles bravos pioneiros”.

nos próximos dez anos nas relações entre os dois países. “Será uma nova fase desta parceria estratégica e as no-vas gerações se tornarão cada vez mais importantes no fu-turo”, observou.

Para Victor Kobayashi, trata-se de uma homenagem da cidade de São Paulo pelos serviços prestados à toda so-ciedade brasileira. “Através do Bunkyo, que representa todas as associações nipo--brasileiras, também quere-mos estender a homenagem a toda comunidade nipo-bra-sileira justamente no dia em que se comemora os 104 anos da imigração japonesa”, justi-ficou. “Foi uma data escolhida com essa finalidade, ou seja, de homenagear a comunidade nikkei justamente no seu dia”, afirmou Kobayashi.

(Aldo Shiguti)

Walter Ihoshi lembrou que “a Salva de Prata é uma honraria outorgada a entida-des que desenvolvem serviços exemplares em São Pau-lo”. Destacou que o Bunkyo vem desempenhando um pa-pel não só de manter e divul-gar a cultura japonesa como também de recepcionar as autoridades japonesas, como o fez em 2004, quando rece-beu o então primeiro-minis-tro japonês Junichiro Koizu-mi. “Foi uma visita que pos-teriormente possibilitou a ida do ex-presidente Lula ao Ja-pão, estabelecendo uma nova fase no relacionamento en-tre o Brasil e o Japão”.”Além de ser uma entidade de re-ferência, o Bunkyo também dá sorte”, disse Ihoshi, que aproveitou para divulgar uma “feliz notícia”. “O secretário Especial de Relações Gover-

namentais, Antonio Carlos Rizeque Malufe anunciou a liberação recursos na ordem de R$ 2 milhões para o Mu-seu Manabu Mabe”, contou Ihoshi, que destacou a atua-ção do prefeito Gilberto Kas-sab, “sempre disposto a aju-dar a comunidade nikkei e a deixar uma marca japonesa na cidade de São Paulo”.

Período áureo – O côn-sul adjunto Masahiko Koba-yashi disse que, “ao longo dos anos, os japoneses e seus descendentes cultiva-ram as boas tradições japone-sas vindo a contribuir para o crescimento do país”. “Hoje, atuam nas mais diversas áre-as estabelecendo uma sólida parceria graças à calorosa re-cepção dos brasileiros”, disse Kobayashi, que acredita em um “segundo período áureo”

104 ANOS/HOMENAGEM/BUNKYO

‘Lisonjeado’, Bunkyo dedica homenagem a toda comunidade nikkei

Victor Kobayashi: homenagem da cidade de São Paulo ao Bunkyo

Para Kita, homenagem deve ser compartilhada com toda a comunidade nipo-brasileira

Cerimônia na Câmara Municipal foi bastante concorrida e contou com a presença de várias personalidades

ALDO SHigUti

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5 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

ESPECIAL IMIGRAÇÃO104 ANOS/HOMENAGEM/ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Assembleia Legislativa recebe mais de 800 pessoas em homenagem às entidades

LUCi JUDiCE YiziMA

O espaço da Assistência (platéia) do Plenário Juscelino Kubits-

chek, na Assembleia Legisla-tiva do Estado de São Paulo (Alesp), ficou pequeno para as centenas de convidados que foram prestigiar as ho-menagens às entidades nipo--brasileiras, referente aos 104 Anos da Imigração Japone-sa no Brasil, concedido pelo deputado estadual Jooji Hato (PMDB). Foi necessária a abertura do auditório Franco Montoro para acomodar tanta gente. Foram mais de 80 ho-menageados, entre dirigen-tes de entidades e personali-dades da comunidade nikkei no Brasil. O deputado federal Junji Abe (PSD-SP) também fez sua homenagem ao cônsul geral do Japão em São Pau-lo, Kazuaki Obe e a consule-sa Eiko Obe. A sessão solene começou com o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz, que revelou sua simpatia pela comunidade nipo-brasileira.

Jooji Hato mostrou-se or-gulhoso em ver a casa cheia, pessoas que vieram de longe prestigiar a homenagem a todas as entidades e algumas personalidades da comuni-dade nikkei. “Pela primeira vez, como deputado estadual, sou proponente de festividade dedicada à comemoração da Imigração Japonesa no Brasil, no caso, os 104 anos. É uma grande honra em minha vida e sinto imensamente não poder contar com a participação dos meus pais, já falecidos. Te-nho certeza que teriam grande alegria se aqui estivessem”, declara.

Ímpar “Durante os anos em que estive na Câmara Munici-pal, tive a honra de homena-gear - in memorian - o Sensei Ryo Mizuno e corrigir um erro histórico, fazendo justiça ao precursor da imigração japo-nesa no Brasil. Foi ele quem iniciou as tratativas, ainda em 1906, para a vinda da pri-meira leva de imigrantes japo-neses para o Brasil, concreti-zada em 1908. Por minha ini-

ciativa, foi concedido o Título de Cidadão Paulistano – maior honraria que a cidade de São Paulo pode dedicar a um ci-dadão. Seus filhos, Ryosaburo Mizuno e Taeka Mizuno No-mura receberam a honraria”, confessa.

“Neste país multirracial, nossos traços orientais são fa-cilmente reconhecidos o que aumenta a nossa responsa-bilidade com nossos pionei-ros e ancestrais, em perpetuar os ensinamentos recebidos e construirmos um Brasil com

segurança, trabalho e justiça social, como é o Japão. Com dedicação, luta e trabalho ár-duo nossa comunidade alcan-çou neste país o que de me-lhor se pode alcançar: o res-peito e o reconhecimento do povo e do governo brasileiro”, destaca. E completa, “Fiquei muito feliz e agradecido com a presença de todos os ami-gos que vieram prestigiar os homenageados. Estou muito satisfeito em poder fazer uma homenagem ímpar aos traba-lhos dos pioneiros imigrantes

japoneses. Essa homenagem não foi minha, foi da Assem-bleia Legislativa do Estado de São Paulo”.

Divisor – O deputado Junji Abe destacou a presença e as colaborações da comunidade nipônica no Brasil. “Todos sabem da importância da imi-gração japonesa para o Brasil, e do divisor histórico que ela representou para nosso país e nosso povo. Aqui, os imigran-tes sofreram muito e comeram o pão que o diabo amassou,

mas construíram as bases fun-damentais do nosso Brasil de hoje. Na economia, inaugu-raram a policultura (produ-ção de diversas variedades agropecuárias numa mesma área), admirada no mundo inteiro. Contudo, o maior des-taque foi à miscigenação com integração. Ou seja, a capaci-dade de superar divergências e absorver diferenças com naturalidade, sem perder os próprios costumes, tradições e valores, além de conservar suas manifestações artísticas e pratos típicos, por exemplo. Esta simbiose de múltiplos elementos embala a riquíssima cultura brasileira” diz.

“Creio que essas conside-rações mostram como os imi-grantes influíram positiva-mente na evolução da socie-dade brasileira. No relaciona-mento entre Brasil e Japão, é vital destacar a ajuda mútua, em todos os sentidos, e com uma intensidade tão grande que diferencia os laços entre os dois países das relações da nossa Nação com as demais. As características tão diferen-tes dos dois povos se integram e se agregam de forma muito intensa, em benefício mútuo. Isto fortalece, cada vez mais, a amizade entre as duas na-ções e intensifica o intercâm-bio bilateral nos campos edu-cacional, cultural, social, eco-nômico, tecnológico e am-biental”, disse o parlamentar, acresxcentando que “a área comercial é uma amostra da próspera relação em termos de troca”.

“O Brasil exporta para os japoneses minérios, soja, suco de laranja e etanol. O Japão, por sua vez, contribui com financiamentos e tecnologia, propiciando avanços como o desbravamento do cerrado brasileiro – que passou a ser altamente produtivo no setor agrícola, autossuficiência na cultura de maçãs, desenvolvi-mento da siderurgia e as des-poluições do Rio Tietê e da Baía da Guanabara”, comenta.

“A popularização e con-tribuição de atividades como o karaokê, judô e beisebol, assim como de pratos como sushi, sashimi e sukiyaki são exemplos da cultura japone-sa integrada ao nosso Bra-sil. Por outro lado, os japo-neses registram manifesta paixão pelo ritmo do nosso samba, pela riqueza do nos-so Carnaval, pelas iguarias temperadas, como a feijo-ada, e pelo sabor da nos-sa cachaça e suas variações, como a caipirinha. Cabe lem-brar ainda que no longo perí-odo da escalada inflacionária (1980-1994), 350 mil brasilei-ros descendentes de japoneses – chamados de dekasseguis – fizeram o caminho inverso de seus ancestrais, deixando o Brasil em busca de traba-lho no Japão. São fatos de co-nhecimento geral. Entretanto, é vital rememorar. E agrade-cer sempre, honrando os ensi-namentos que recebemos dos nossos ancestrais. Banzai!”, conclui o deputado Abe.

Kazuaki Obe, em seu discurso mencionou a receptividade brasileira. “Eu e minha senhora Eiko, esta-mos retornando ao Japão com a certeza, tivemos a oportu-nidade de conhecer e receber a hospitalidade do povo bra-sileiro. A lembrança que te-remos será de muito carinho e respeito que recebemos da comunidade nipo-brasileira”, destacou.

O deputado Jooji Hato agradece especialmente a pre-sença dos deputados Itamar Borges, Antonio Salin Curiati, ao presidente da Alesp, Barros Munhoz, ao cônsul Kazuaki Obe e sua esposa Eiko Obe, e os deputados federais Junji Abe e Keiko Ota. Ele também agradece ao Buffet Yano, res-taurantes, pasteleiros, feiran-tes, pela apresentação da arte da culinária japonesa, onde os convidados puderam degustar e saborear os pratos típicos do cotidiano japonês.

(Luci Judice Yizima)

Os homenageados pre-encheram todos os espaços no plenário Juscelino Ku-bitschek, onde todos tiveram oportunidade de confrater-nizar entre si. O assento de número 2 ficou vazio, por motivo de falecimento do homenageado Shigueyoshi Shimomura. Ele faleceu um dia antes de receber a home-nagem, aos 99 anos de idade. Foi prestado um minuto de silêncio no plenário em me-mória e respeito ao homena-geado.

Em entrevista ao Jornal Nippak alguns dirigentes de entidades manifestaram agradecimentos ao parla-mentar Jooji Hato.

“Sentimo-nos muito hon-rados com esta homenagem da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, através do deputado estadual Jooji Hato. Foi uma grata surpresa estar entre tantas entidades e associações que tão bem re-presentam a comunidade ja-ponesa no Brasil. Esse dia foi muito importante para toda a comunidade. São 104 anos de história repleta de lutas, sofrimentos e também de muita garra e persistên-cia; que foram muito bem lembrados durante o evento. Só temos a agradecer aos pioneiros que nos sucederam

e deixaram tão grande legado, não somente aos seus descen-dentes como também à socie-dade brasileira”, elogiaram a ação os diretores do Jornal Utiná Press, Vanessa Shiroma Tinem e Marcelo Tinem.

Reconhecimento – Para a vi-ce-presidente da Associação Aomori Kenji do Brasil, Ma-rina Hissako Maeda Tikaza-wa, a homenagem é um re-conhecimento dos trabalhos realizados pela entidade. “Eu particularmente, estou emo-cionada com a importância, a relevância da homenagem, pois é um prestigio receber tal homenagem. É o reconhe-cimento da sociedade brasi-leira pelos trabalhos realiza-dos dos imigrantes de Aomo-ri”, diz. Para ela “através do

deputado Jooji Hato, estamos outorgando essa homenagem aos descendentes para cele-brar e agregar a conquista dos nossos antepassados”.

De acordo com o presi-dente de Sagaken do Brasil, Yukitoshi Yoshimura, essa homenagem será transmi-tido aos associados da enti-dade. Em mesmo tom, o pre-sidente da Associação de Fu-kuoka, Agostinho Toshio Mi-nami diz que, “a homenagem é uma lembrança que ficará ao lado da foto do imperador para nossos associados apre-ciar”.

Já Toshio Yamao, presi-dente da União Paulista de Karaokê ficou emocionado ao receber o tributo. “É uma honra muito grande receber tal homenagem, para a enti-

dade que representa a cul-tura da música japonesa. É a importância da entidade pelo seu trabalho e divulgação da cultura japonesa através da música”, arremata.

O presidente da Associa-ção Cultural e Recreativa Nara Kenjin Kai do Brasil, Jorge Yoiti Arikita destaca a importante homenagem. “Nara por ser a primeira ca-pital do Japão representa muito para seus descenden-tes. É um preito muito im-portante no aniversário dos 104 anos da imigração japo-nesa, estou muito satisfeito”, comenta.

“A integração entre Bra-sil e Japão está mais forte do que nunca, isso já é uma homenagem”, disse Sadao Onishi presidente da Brasil Hyogo Kenjinkai. O presi-dente da Associação Cultu-ral e Assistencial Mie Ken-jin do Brasil, Nelson Mae-da observa que “os 104 anos da imigração japonesa repre-senta o alicerce da cultura japonesa integrada à cul-tura brasileira, preservando e enriquecendo a cultura bra-sileira”. Foi uma colocação muito feliz do deputado Joo-ji Hato em homenagear todas as províncias e entidades ni-po-brasileiras”, finaliza.

(Luci Judice Yizima)

Shigueyoshi Shimomura morre um dia antes de receber a homenagem

george Hato entrega a placa de homenagem ao filho de Shigueyoshi Shimomura

LUCi JUDiCE YiziMA

Deputada Federal Keiko Ota, deputado estadual Jooji Hato, Presidente da Alesp Barros Munhoz, Consul geral dp Japão Kazuabe Obe, deputado federal Junji Abe.tif

Plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa de São Paulo ficou lotado

Deputada federal Keiko Ota, consulesa Eiko Obe, cônsul geral do Japão Kazuaki Obe, deputado estadual Jooji Hato, deputado fede-ral Junji Abe

Cônsul Kazuaki Obe recebe placa homenagem do deputado Jooji Hato

Deputada Federal Keiko Ota, consulesa Eiko Obe, homenageada Yoshiko Okamura recebendo a placa de homenagem do cônsul Ka-zuake Obe, deputado estadual Jooji Hato, deputado federal Junji Abe

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6 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

104 ANOS/CâMARA dOS dEPUTAdOS

Câmara dos deputados promove Semana Cultural do Japão

DiVULgAçÃO

O Grupo Pa r l amen-tar Brasil-Japão, com apoio da Embaixada

do Japão no Brasil, abre ofi-cialmente nesta terça-feira (26), na Câmara dos Depu-tados, a Semana Cultural do Japão. Durante a semana, que teve início no dia 19 de junho, acontecem exposições e apre-sentações. No dia 26, os de-putados realizarão solenida-de de abertura e entregarão menção honrosa a descen-dentes nikkeis e pessoas que auxiliam na promoção e di-vulgação da cultura japonesa no Brasil.

Mesmo com as solenida-des marcadas para terça-fei-ra, a partir do dia 25 (segunda--feira) já será possível visitar o Hall da Taquigrafia da Câmara dos Deputados para apreciar a exposição. Haverá mostra de quadros da tradicional es-tampa ukiyo-ê e de paineis so-bre a reconstrução e aspectos culturais da região de Tohoku após o tsunami e terremoto ocorridos em 11 de março de 2011 no Leste do Japão, além

de ikebanas, os tradicionais arranjos florais japoneses

O deputado federal Luiz Nishimori (PSDB-PR), presi-dente do grupo parlamentar Brasil-Japão, convida todos

os nipo-brasileiros e interessa-dos na cultura japonesa para visitarem e apreciarem o even-to. “É muito importante re-lembrar esta data, quando tudo começou. Os imigrantes japo-

neses implantaram se riedade, honestidade e uma cultura muito rica no Brasil. É o nos-so modo de agradecer e home-nagear nossos antecedentes”, declara Nishimori.

Missão – O grupo parlamen-tar Brasil-Japão fortalece os laços sociais, políticos, econômicos e culturais en-tre os países. Todos os parla-mentares trabalham pela ami-zade e mútuo benefício que este relacionamento propor-ciona a toda população. Tanto o grupo do Japão como nós, do Brasil, conseguimos tra-balhar em harmonia, trazendo parcerias e apoio para o de-senvolvimento de nossas na-ções”, afirma Nishimori.

No evento solene estarão presentes os deputados mem-bros do Grupo Parlamentar Brasil-Japão, Luiz Nishimo-ri, Hidekazu Takayama, Kei-ko Ota e Junji Abe, o Em-baixador do Japão no Brasil, Akira Miwa, o ministro Mas-sami Uyeda, entre outras au-toridades.

Semana acontece de 19 a 28 de junho na Câmara dos Deputados

COLUNA DO JORGE NAGAO

Tempo (JN)- Bom dia! O senhor é o

Zé da Hora? Vim comprar 4.

- Hoje, só tenho 2. São quarenta reais.

- Taqui. Mas não era dez reais a hora?

- Era, mas o anúncio no jornal custa R$ 20, no pri-meiro dia não ganhei nada.

- Entendi, posso voltar amanhã. Tenho que entregar um relatório na quinta-feira.

- Pode vir. Amanhã, te-nho quatro horas pra vender.

- Valeu! Reserva pra mim. Mas me explica o seu negócio. Como foi que co-meçou, Zé?

- Bem, há um ano que eu tô desempregado, o segu-ro-desemprego acabou, os bicos não davam pra botar comida aqui em casa, então apelei pro Deus.

- Não é pra Deus? Que Deus é esse?

- Chronus, o deus do tempo. Expliquei a minha situação e ele me deu um alvará pra vender até quatro horas por dia.

- Por que 4? Necessitado como está, você não poderia vender 8?

- Até que poderia. Mas ele me explicou que as horas que vender tenho que passá--las dormindo e ninguém consegue dormir 7 horas e depois mais 8. Ah, o senhor tem que usar este tempo, a partir da 1 da tarde por-que agora não tenho sono nenhum. Pra dormir vou ter que tomar umas cachaças e encher o bucho.

No dia seguinte.

- Bom dia, Zé! Ontem, deu tudo certo. Com as suas horas, adiantei o meu traba-lho. Com as horas de hoje, o relatório vai ficar uma beleza! Taqui os R$ 80 e mais 10 de caixinha. Tchau!

Noutro dia.

- Bom dia, Zé! Este é o Tim, publicitário. Ele está precisando de 4. Você vende?

- Oi, claro!

- Como você adivinhou- diz o novo comprador. Te-nho que fazer uma campa-nha pra Claro, pro domingo que vem. Como sou Vivo, vou deixar 100 reais pra ficar freguês.

- Obrigado, claro Tim, digo, caro Tim.

- Não te falei? Agora,

boca-de-siri. Esse Zé da Hora caiu do céu. Lembra quando eu te falava que enquanto a gente vivia no maior stress, havia muita gente desempregada ou aposentada, desperdiçando seu tempo assistindo novela reprisada e a sessão da tarde. Precisamos encontrar mais Zés da Hora. Quantos executivos, médicos ou en-genheiros comprariam esse tempo ocioso dessa gente que precisa de uma grana extra. Tempo é dinheiro, meu caro.

Dez dias depois.

- Bom dia, Zé! Este é o meu amigo…

- Acabou!

- Tudo bem, voltamos amanhã.

- Nem amanhã, nem de-pois de amanhã. Acabou. Tô ferrado.

- Que aconteceu, Zé?

- Outro dia, um autor de novela insistiu tanto que acabei vendendo 2 h a mais que o combinado. E o Deus Chronus não me perdoou. Cassou o meu alvará. Voltei àquela vidinha de antes. Ainda bem.

- Ainda bem, por quê? Você não estava satisfeito?

- Tava e num tava. Minha mulher só reclamava, dizia que eu era um vagabundo que só dormia. E jurou que se eu continuasse naquela vida, ela também iria procu-rar uma deusa.

- Que deusa, Zé?

- Cornus, a deusa da in-fidelidade. Graças a Chro-nus não tenho “cor no” meu atestado.

- Sorte sua, Zé! Inté!

- Desculpe, Dr. Galves. Infelizmente, o senhor vai ter que varar a noite para ter-minar a sua pesquisa. Você viu como pobre sempre se conforma com tudo?! Eu posso até ter levado chifre por pensar só em mim, mas venci na vida. E você?

- Sei lá, Cornélio! Mas dessa deusa aí, eu quero distância! Como diria o saudoso Vicente Matheus:

- O tempo é intransferí-vel, invendável e imprestá-vel!

*Jorge Nagao é colunista do site Primeiro Pro-grama (www.primeiroprogra-ma.com.br). E--mail: [email protected]

104 ANOS/ESPETÁCULO

47º Festival de Música e dança Folclórica Japonesa acontece neste fim de semana no Bunkyo

O gueinosai é uma das atividades comemorativas aos 104 anos da imigração japonesa

A 47ª edição de Música e Dança Folclórica Japo-nesa (Gueinosai) acontece neste fim de semana ( dias 23 e 24), no Grande Auditório do Bunkyo (Sociedade Bra-sileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), no bairro da Liberdade, em São Paulo. O evento tem entrada franca e solicita-se ao público a doação de um quilo de ali-mento não perecível. As arre-cadações serão destinadas a entidades assistenciais.

O Gueinosai é uma das atividades comemorativas ao mês de aniversário da imigra-ção japonesa no Brasil, sendo considerado um dos mais tra-dicionais festivais reunindo as artes japonesas de palco (música, dança, recitação e outras) no país, com apre-sentações dos melhores pro-fessores, alunos e praticantes das artes de palco (gueino).

Em dois dias de evento, o público poderá apreciar cerca de 140 apresentações que in-cluem: Buyo, Buyo Kouta, Buyo Shokyoku, Hougaku, Karaokê, Karate Mai, Kayo Buyo, Kenbu, Kenkoutai-sou, Kiyomoto Kouta, Koto-wagaku, Meikyoku, Minbu,

Minyo, Nagauta Shokyoku, Okinawadaiko, Ryukyu Bu-yo, Shakuhachi, Shibu, Shi-guin, Teatro, Wadaiko, Yo-kyoku, Yosakoi e Youbu.

Entre as atrações do fes-tival, destaque para as apre-sentações de Noh (espécie de teatro), Jazz e Dança do Ventre, além do gran fina-le do evento, neste ano pre-parado pelo Kyofujima Ryu, e, também, para o sorteio de dois brindes surpresa ao pú-blico, um no sábado e outro no domingo.

Homenagem aos Idosos –

No domingo, os shows do Gueinosai recomeçam a par-tir das 10h, pois, além das apresentações artísticas, as atividades comemorativas ao mês da imigração incluem a Homenagem aos Idosos – o Hakujusha Hyoshou, que se inicia às 9h, e neste ano es-tará prestando homenagem a 41 pessoas com mais 99 anos, sendo 11 delas nascidas em 1912, e completando 100 anos ainda em 2012.

47º FESTIVAL DE MúSICA E DANçA FOLCLóRICA JAPONESA – GUEINOSAI

Quando: DIAS 23 E 24 DE JUNhO, SáBADO DAS 9h àS 18h E DOMINGO DAS 10h àS 18h

HoMenageM aos idosos de 99 anos: DOMINGO, àS 9h

onde: GRANDE AUDItóRIO DO BUNKyO - R. SÃO JOAqUIM, 381 – LIBERDADE – SÃO PAULO – SP (PRóxIMO à EStAçÃO SÃO JOAqUIM DO MEtRÔ)enTrada franca - CONtRIBUA NO DIA DO EvENtO COM A DOAçÃO DE UM qUILO DE ALIMENtO NÃO PE-RECívEL, qUE SERá ENCAMINhADO A UMA ENtIDADE BENEfICENtE.

Mais inforMações pelo Tel.: 11/3208-1755

DiVULgAçÃO

Nos dias 30 de junho (sá-bado) e 1° de julho (domingo) acontecerá o tradicional Imin Matsuri de Curitiba, o festival do imigrante japonês, no Mu-seu Oscar Niemeyer (MON).

Em sua 22º edição, o evento faz parte das comemo-rações dos 104 anos de imi-gração japonesa no Brasil e é um dos maiores festivais de cultura e gastronomia reali-zados pela comunidade nipo--brasileira de Curitiba.

Foi idealizado pelo multi artista e jornalista Claudio Seto (em memória), há mais de 20 anos e vem mantendo e conquistando o público interessado em cultura japo-nesa.

A 22º edição terá entre suas atrações shows de tai-kô (tambor japonês), canções japonesas, demonstrações

104 ANOS/CURITIBA

22º Imin Matsuri de Curitiba celebra os 104 anos da imigraçãode artes marciais (como ka-ratê e kendo), apresentações de danças típicas (odori e yo-sakoi soran), matsuri dance e bon odori com a contagiante participação do público.

A praça de alimentação funcionará durante toda a fes-tividade, trazendo mais de 30 pratos típicos da culinária ja-ponesa como sushi, sashimi, yakisoba, udon, teppanyaki, bifun, karê, lámen, tchanpon, temaki, yakitori, tempurá, do-rayaki, manju, entre outros.

Bazares, exposições e vendas de artesanatos típicos estarão disponíveis.

22º IMIN MATSURI DE CURITIBAdaTas: 30 DE JUNhO (SAB) E 1° DE JULhO (DOM)Horário: SáBADO DAS 11h àS 22h E DOMINGO DAS 11 àS 18h

local: MON – MUSEU OSCAR NIEMEyER (R. MAREChAL hER-MES, 999 – CENtRO CívICO)enTrada franca

PROGRAMAçÃO30 de Junho (sábado)11h: Início das atividades na praça de alimentação13h30: Bon Odori / Matsuri Dance14h: Cerimônia de abertura ofi-cial do evento14h30: Apresentação de Artes Marciais15h30: Show de Karaokê infan-to-juvenil16h: Moti Tsuki16h30: Shows - Apresentações artísticas e culturais (Odori – dança tradicional; Taikô – Wa-kaba e RKMD; Yosakoi Soran; Banda Nipson)18h: Matsuri Dance18h30: Concurso de Cosplay19h40: Banda Black Heaven22h: Encerramento das ativida-des

01 de Julho (domingo)11h: Início das atividades na praça de alimentação13h30: Bon Odori / Matsuri Dance14h: Apresentação de Artes Marciais15h: Show de Karaokê infanto--juvenil15h30: Shows – apresentações artísticas e culturais (Odori – dança tradicional; Taikô – Wa-kaba e RKMD; Yosakoi Soran; Banda Nipson)17h: Concurso de Cosplay17h45: Apresentação de Grupos de Danças18h: Encerramento das ativida-des Obs: eventualmente poderão ocorrer alterações na programa-çãoPraça de alimentação, bazares e stands funcionarão durante toda a festividade

Page 7: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012 7JORNAL NIPPAK

CULTURA

HAICAI BRASILEIRO

O Jornal Nippak publica aqui os haicais enviados pe-los leitores. Haicai é um tipo de poema que se originou no Japão. Seu maior expoente é Matsuo Bashô (1644-

1694). O haicai caracteriza-se por descrever, de forma breve

e objetiva, aspectos da natureza (inclusive a humana) ligados à passagem das estações. Hoje, no mundo inteiro, pessoas de todas as idades e formações escrevem haicais em suas línguas, atestando a universalidade dessa forma de expressão.

Temas de agosto (postar até 10 de julho)Dia curto – Capim-gordura – Cachecol

Temas de setembro (postar até 10 de agosto)Ipê – Marimbondo – Mar de primavera

Envie seus haicais (no má-ximo três de cada tema su-gerido) digitados ou em letra legível, com nome (mesmo quando preferir o uso de pseudônimo), endereço e RG.

Cada pessoa pode partici-par com apenas uma iden-tidade.

A seleção dos trabalhos é feita pelos haicaístas Ed-son Kenji Iura e Fran-cisco Handa.

Envie suas cartas para:Haicai BrasileiroA/C Jornal NippakRua da Glória, 332 CEP 01510-000 São Paulo-SP

E-mail: [email protected]. [email protected]

Delgados tubérculos –Terra árida do nordestemandioca resiste.Akiko KoikeJundiaí, SP

Música e fogos,criançada e guloseimas.Quermesse animada!Akiko KoikeJundiaí, SP

Mandioca de molho –Farinha d’água escaldadacom café pretinho.Benedita AzevedoMagé, RJ

Quermesse animada –No bingo minha vizinhaGanha a bicicleta.Benedita AzevedoMagé, RJ

carro de boi cantacarregado com mandioca–três juntas de bois.Carlos ViegasBrasília, DF

braços fortes mexema farinha de mandioca–fogaréu nos tachos.Carlos ViegasBrasília, DF

O alto-falanteAnuncia o grande sorteio...Quermesse animada!Guin Ga EdenNiterói, RJ

Longe, muito longe... Ouve-se o som da sanfona Quermesse da igrejaIrene M. FukeSão Paulo, SP

Cozinho... Cozinho...Mandioca do feirante –Amostra enganosaIrene M. FukeSão Paulo, SP

Mandioca cozidaSeu cheiro suave emanaDoce lembrança...Izumi FujikiSão Paulo, SP

Era luz e sonho?A quermesse tão fugazNa mente ficou.Izumi FujikiSão Paulo, SP

Quermesse da igreja–Obra do leiloeiroOuve-se ao longe.Mario Isao OtsukaSão Paulo, SP

Mais um sol de inverno –Ainda curtem a praçameus pés enrugados.Neide Rocha PortugalBandeirantes, PR

Saudosa quermesseE a primeira calça jeans –barraca de usados.Neide Rocha PortugalBandeirantes, PR

A poeira dançano terreiro da fazenda –Sol de inverno.Nelson SavioliRio de Janeiro, RJ

Quermesse na praça –O leiloeiro apregoao frango ofertado.Silvio GarganoBatatais, SP

Grita a ambulanteCom o cesto na cabeça –“Chegou a mandioca!”Zekan FernandesSão Paulo, SP

Depois da quermesseUma boneca quebradaLargada na rua.Zekan FernandesSão Paulo, SP

Sol de inverno – Mandioca – QuermesseTEMAS DE JUNHO

Capim-gordura (tema de agosto)Gramínea que ultrapassa um metro de altura, originária da África, embora esteja pre-sente há séculos no Brasil. Muito usada como forra-geira (alimento) de gado. É considerada planta daninha quando invade lavouras,

terrenos baldios e beiras de estradas. Tornou-se um grande problema no cerrado brasileiro, onde, escapando de fazendas de gado, difundiu--se descontroladamente, cres-cendo por cima das herbáceas nativas e causando seu

sombreamento e morte. Ape-sar disso, é grande a impressão de beleza causada ao homem da roça pelas minúsculas in-florescências do capim-gordu-ra, que aparecem no inverno. Os campos preenchidos por essa gramínea parecem

cobertos por uma nuvem de cor violácea, que ondula ao sabor do vento da manhã e da tarde.

A extensa campinatoda de capim-gordura –Pássaros em bando. (Sabiá Narita)

EDSON KENJI IURA

Para os aman-tes da canção ja-ponesa, em 16 de setembro, na Via Funchal, o espe-táculo ‘Dream Concert & Saijo Hideki On Sta-ge – Kizuna’, em sua 4ª edição con-tará com a parti-cipação especial internacional do cantor pop japo-nês Saijo Hideki, além dos oito can-tores consagrados da comunidade nikkei no Brasil, que interpretarão canções japone-sas que marcaram época. São eles: Lilian Tangoda, Renato Chiba-na, Deborah Shi-mada, Humberto Kenji, Cintia Nishimura, Ma-rio Chibana, Mônica Misawa, Kunihiro Tanahara, que terão o prazer em dividir o palco com o ícone da música popu-lar japonesa.

A produtora musical e di-retora do Dream Concert, Yuko Kamakura, revela que no show os cantores estarão acompanhados de uma or-questra formados por músi-cos profissionais convidados. “Esses cantores foram esco-lhidos através de uma audição realizada pela nossa produ-ção do Dream Concert, onde mostraram todo talento que possuem. Todos continuam ensaiando muito, cantando e dançando com a coreogra-fa Dani Calicchio ”, diz. “O show ‘Dream Concert & Sai-

jo Hideki On Stage – Kizuna’ será de muita interação com a plateia”, antecipa a produtora musical e diretora, Yuko Ka-makura.

Para quem quiser ficar mais próximo do ídolo, o hotel Blue Tree Premium Faria Lima oferecerá tarifa especial “Saijo Hideki”, com diária de R$ 280,00 para o final de semana do show, entrando na sexta-feira saindo no máximo na segunda-fei-ra. O evento conta com o pa-trocínio da Roland, Sacolão Saúde, Quickly, Sugoi Big Fish, Casa Nipon, Shimano, Fleming, Alkalis, Kawagraf. Com o apoio UPK, ABRAC, Kibonoiê, Jornal Nippak, Nikkey Shimbun, São Pau-lo Shimbun, Pesca Alterna-

tiva, realização e organização CROC Mídia Comunicação e Eventos.

Trajetória – O cantor japo-nês Saijo Hideki, consagrado nas décadas 1970 e 1980 pe-las canções “Kizudarake no Lola”, “Santa Maria no Ino-ri”, “Blue Sky Blue”, “Young man – YMCA” e muitos ou-tros sucessos. Conhecido, e considerado como “supers-tar” da Ásia recebeu Disco de Platina em Hong Kong, na China. Ele também é muito querido na Coreia do Sul e Cingapura, onde possui fã clube muito atuante.

Com 86 singles, 100 ál-buns, 11 discos de Ouro, 18 participações no Festival da Canção Japonesa- Kou-haku Utagassen da NHK, fil-mes e novelas em sua baga-gem artística, Saijo Hideki, no ano passado completou 40 anos de carreira de sucesso absoluto. No Brasil, suas can- [email protected]

onde ela estava internada. Na clínica conheceu Rei-ko, mulher mais velha, tam-bém interna na clínica e designada para ser cuidado-ra da jovem interna.

Fora destas pesadas rela-ções do jovem Toru, há tam-bém a alegre, extrovertida e avançada Midori, sua colega de faculdade que também enfrenta pesados confrontos em sua realidade diária e que, no entanto, não se deixa abater pelas mazelas da vida.

Muito bem escrito, Norwegian Wood, retrata o difícil trânsito que os jovens enfrentam em seu processo de amadurecimento. Lan-çado em 1987, é tido como o romance que projetou inter-nacionalmente o autor que hoje é traduzido para vá-rios idiomas. No Japão, até hoje, Haruki Murakami é cultuado pelos jovens leito-res, ocupando um lugar es-pecial entre os mesmos.

Interessante observar que demorou mais de vinte anos para que o romance fosse levado às telas de ci-nema. Bastante fiel a trama, o vietnamita Anh Hung Tran, o mesmo diretor de O cheiro de papaia verde, fez a sua versão cinematográ-fica de forma bastante fiel ao original. Tão fiel a ponto de, mesmo não entendendo nada da língua japonesa, fa-zer questão de filmar no Ja-pão com atores japoneses falando a própria língua.

É um bom filme que vale a pena ver. Pena que a trilha sonora com as músicas dos The Beatles possa acontecer apenas enquanto estivermos na leitura do romance, mas de qualquer forma, a trilha sonora que acompanha o filme é bem legal.

Norwegian WoodPenso que para

boa parte das pes-soas de minha ge-ração ou da ge-ração de minhas irmãs não há como ficar indiferente ao ver este título es-tampado na capa de um livro. Na-quela época, eu desconhecia com-pletamente qual-quer coisa que se referisse ao autor, Haruki Murakami. Era época de Natal e ao topar com o livro, de imediato, gostei e o comprei para presentear uma de minhas irmãs. E é claro, não de-morou muito para tomá-lo emprestado. Devorei o li-vro. Virei fã do autor, apesar de depois, em outras leituras de obras suas, já ter me pego um tanto surpresa pensando por que raios ele resolveu trabalhar daquela forma. Mas isto não importa.

Importa que o romance Norwegian Wood tornou-se uma referência que coloco ao lado de obras como, por exemplo, O atirador nos campos de centeio de J.D. Salinger, principalmente quando algum estudante me diz que precisa ler um ro-mance que fale sobre o coti-diano da vida de jovens.

O romance de Murakami gira em torno do jovem Toru Watanabe e suas lembranças de juventude. Era o ano de 1968 e ele tinha acabado de se mudar para Tóquio para se afastar do ambiente das tristes recordações da cidade onde morava. Era amigo quase inseparável de Kizuki que aos dezessete anos de idade decidiu dar fim à pró-pria vida sem deixar qual-quer explicação. Na capi-tal, Toru inicialmente, viveu em alojamento masculino, solitário e sem muitos ami-gos. Passava seu tempo en-tre as aulas da universidade, às inúmeras leituras noite adentro e à observação de seus companheiros.

Vivendo ainda há pouco tempo na capital, um dia encontrou Naoko a na-morada desde o tempo de infância de seu amigo Ki-zuki. Passaram a se ver assi-duamente e Toru acabou se apaixonando pela depressiva Naoko. No entanto, o ro-mance entre os dois não po-dia prosperar. Em pouco tempo, a jovem partiu da ca-pital para ficar interna em uma casa de recuperação. Inconformado com a sepa-ração. Toru passou a escre-ver cartas de amor e assim que possível foi ao encon-tro de sua amada na clínica

REPRODUçÃO

Mari Satake escreve semana sim, semana não neste espaço

SHOW

Ingressos à venda para o ‘dream Concert & Saijo Hideki’DiVULgAçÃO

Saijo Hideki é o convidado internacional do 4º Dream Concert na Via Funchal

ções são muito apreciadas e estão sempre presentes nos palcos dos karaokês.

Os ingressos já estão à venda pelo site www.via-funchal.com.br, setor plateia Vip R$240,00, plateia 1 R$ 180,00, plateia 2 R$ 160,00, plateia 3 R$ 100,00, plateia lateral R$ 80,00, mezanino central R$ 100,00, mezanino lateral R$ 80,00, camarote R$ 180,00.

(Luci Judice Yizima)

DREAM CONCERT & SAIJO HIDEKI ON STAGE – KIZUNAonde: vIA fUNChAL – RUA fUN-ChAL, 65 – vILA OLíMPIA

daTa: 16 DE SEtEMBRO Horário: 16h30inforMações: [email protected]

tEL.: (11) 3107-6070www.DREAMCONCERt.COM.BR

www.fACEBOOK.COM/DREAMCON-CERtBRASIL

No pró-ximo dia 1º de julho, o Palácio das Convenções do Anhem-bi vira uma e s p é c i e de grande “templo” da cultura ja-ponesa, em São Paulo, quando mais de duas mil

pessoas poderão revisitar va-lores milenares em um só dia, com direito a muito colorido, diversão e aprendizado. É a 26ª Convenção Nacional da Seicho-No-Ie do Brasil (SNI/BR) em idioma japonês, que acontece das 8h às 16h, e que tem como tema “Tudo é um em Deus”.

A programação terá apre-sentações de taikô, corais, Odori e do cantor Robson Yoshiaki Shinde, além das cinco palestras proferidas por

SEICHO-NO-IE

Anhembi sediará a 26ª Convenção Nacional no dia 1º

26ª Convenção Nacional espera cerca de duas mil pessoas no Palácio das Convenções do Anhembi

DiVULgAçÃO

autoridades.

26ª CONVENçÃO NACIONAL DA SEICHO-NO-IE DO BRASILQuando: DIA 1º DE JULhO, A PAR-tIR DAS 8 hORAS

onde: PALáCIO DAS CONvENçõES DO ANhEMBI (AvENIDA OLAvO fONtOURA, 1209 - SANtANA - SÃO PAULO – SP)MAIS INfORMAçõES PELO fONE (11) 5014.2222, OU PELO E-MAIL [email protected], OU AINDA NO SItE: www.SNI.ORG.BR

Page 8: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

8 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

Os humoristas Luiz França, Felipe Ha-machi e Gus Fernan-

des fazem uma série de apre-sentações para a comunidade brasileira no Japão. Além de casas noturnas, o trio es-teve em escolas e outros estabelecimentos brasileiros, em diversas províncias.

“A ideia dessa apresen-tação é poder dar um sonho às crianças brasileiras, seja no esporte, na música ou nas artes”, explicou o organiza-dor da turnê do trio pelo Ja-pão, Leo Morita.

Os comediantes fizeram apresentações de pouco mais de uma hora e arrancaram risadas do público, com as piadas sobre o cotidiano e também muito improviso. O

SHOW

CULTURA

Trio de humoristas faz série de apresentações

Grupo Sansey de Londrina se apresenta no Japão

desafio foi agradar as crian-ças de escolas brasileiras.

“É uma forma de aju-dar no raciocínio das crian-ças. Tentamos fazer algo di-ferente”, explicou Luiz, que está no arquipélago pela quinta vez.

Para Gus, a apresenta-ção também serviu como uma forma de incentivar as crianças para os estudos. “Mostramos que é possível fazer do teatro ou da comédia uma profissão e que é preciso estudar e se preparar para isso”, destacou ele, em turnê pelo país pela terceira vez. No próximo ano, o trio planeja retornar ao Japão e ministrar às crianças e jovens um workshop sobre o stand up e comédia.

APOIO:

trio se apresentou em vários lugares do Japão

O Grupo Sansey, for-mado por 40 jovens de Londrina (PR), es-

teve no Japão para uma série de apresentações. Vestidos a caráter, tocaram taiko e dan-çaram ao ritmo do Yosakoi--Soran e encantaram os japo-neses.

A maioria dos integrantes esteve no Japão pela primeira vez. Eles participaram do fes-tival em Hokkaido, entre os dias 6 e 10, e depois foi a Ha-mamatsu através do convite em parceria com a Universi-dade de Arte e Cultura de Shi-zuoka e Aliança de Intercâm-bio Brasil Japão, com apoio do Consulado do Brasil e da Prefeitura de Hamamatsu.

Eles se apresentaram no centro da cidade de Hama-matsu (província de Shi-zuoka), famosa pela grande concentração de brasileiros.

O Grupo Sansey contagiou o público com a performance com sombrinhas típicas japo-nesas e outras verde-amare-las, numa mesclagem entre

Brasil e Japão.A segunda parte do show

foi uma viagem pela mú-sica brasileira, com bossa nova (“Garota de Ipanema”), samba (“O que é, o que é?”, mais conhecida por “Viver e não ter a vergonha de ser feliz”, de Gonzaquinha) e o sertanejo universitário (“Ai Se Eu Te Pego”, do Michel Teló).

Yosakoi é uma dança tra-dicional da província de Ko-chi.

Na década de 90, um grupo de universitários de Hokkaido ficou entusiasmado com essa dança e fez uma mesclagem com o Soran bushi, dança tra-dicional que homenageia os pescadores. O novo estilo foi chamado de Yosakoi-Soran e ganhou milhares de adeptos, principalmente entre os jo-vens, pela variante de fusões e coreografias permitidas, como rock, J-Pop, hip hop, além de mesclar instrumentos típicos japoneses com guitar-ras e teclados.

CEDiDA/ARqUiVO PESSOAL

COMUNIdAdE BRASILEIRA NO JAPÃO

Caminhoneira supera preconceito no Japão

Judithe Shibata pode ser considerada uma mu-lher de muita fibra, que

não teme desafios, principal-mente quando é para romper com preconceitos machistas. Vivendo na cidade de To-yota (Aichi), a brasileira tem um trabalho pouco comum às mulheres de qualquer parte do mundo. Judithe, aos 47 anos de idade, é motorista de caminhões e opera máquinas pesadas, como retroescava-deira.

A brasileira pode ser apontada como um símbolo da nova mulher, que mostra plenas condições de exercer qualquer função tipicamente masculina. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e enxuto, Judithe encontrou uma posição do qual a remuneração é maior quando comparada aos de-mais postos ocupados pelas decasséguis. “Graças a Deus, trabalhar com caminhões e máquinas me rende um bom salário. Passei pelas crises recentes de forma mais tran-quila”, revela a brasileira.

Judithe começou a traba-lhar com caminhões e má-quinas por acaso. O marido trabalhava para uma em-presa de reciclagem de ma-teriais de construção. A bra-sileira estava estressada do trabalho em fábrica e, como o marido recebia um bom salário, poderia deixar o tra-balho e acompanhá-lo nas viagens que realizava com o caminhão. “No início eu ape-nas o acompanhava na boleia, mas o patrão dele ofereceu uma vaga também”, conta.

Judithe aceitou o convite e ganhou do patrão um peque-no caminhão, com capaci-dade para até duas toneladas de carga. “Comecei traba-lhando como autônoma, prestando serviços. Mas o caminhão era muito velho, quebrava muito e nem ar--condicionado tinha”, revela a brasileira, que depois de alguns meses juntou dinheiro

suficiente para comprar um caminhão melhor.

Há cerca de cinco anos a brasileira foi convidada a trabalhar com caminhões de grande porte, com capaci-dade para até dez toneladas de carga. Segundo Judithe, no início ela ficou receosa, pois até então tinha diri-gido apenas caminhões de pequeno porte. Mas, ape-sar dos temores iniciais, ela não passou a treinar com um caminhão emprestado e pas-sou com facilidade no exame de habilitação, específica para tal tipo de veículo.

Dirigir os caminhões não é em regra a única atividade exercida pelos caminhonei-ros do Japão. Algumas em-presas exigem que também saibam operar máquinas. Hoje separada do marido, a brasileira revela que foi ele quem a ensinou a operar empilhadeira e escavadeira. Ter tal diferencial garante melhores oportunidades de emprego na terra do sol nas-cente. Isso a motivou a ti-rar carteira para operar má-quinas pesadas, se firmando

na profissão e se afirmando diante da competição mascu-lina. Apesar de lembrar que no começo foi muito difícil, principalmente pela pressão que sofria. “Teve momen-tos que chorei muito, mas fui perseverante em minhas convicções e venci até aqui”, destaca Judithe.

A brasileira é a única mu-lher e estrangeira da empresa, que conta apenas com moto-ristas japoneses. O destaque e competência que demonstrou gerou certa insatisfação, des-pertando preconceito duplo (por ser mulher e brasi-leira) em alguns caminho-neiros. “Vez ou outra sempre vinha alguém com gracejos e ofensas, aí precisei me impor. Teve uma oportunidade em que o sujeito foi tão abusado que tive de literalmente par-tir para as vias de fato. Se eu não tivesse sido contida por um colega teria mostrado a ele outra área em que uma mulher poderia atuar tão bem quanto um homem”, conta Ju-dithe, que assegura que depois deste fato as gracinhas prati-camente acabaram. “São fatos

isolados, dos quais eu passo por cima. No geral predomina o coleguismo”, resume.

O que também não falta na profissão são fatos corriqueiros e engraçados, como na vez em que a brasileira errou a obra da qual tinha que descarregar. “Fui entregar a carga em uma obra e logo que cheguei já foi me indicado para onde eu deveria levar o caminhão. Descarreguei, fui ao escritório, recolhi a nota, a assinatura do responsável e fui embora. No caminho de volta meu patrão ligou dizendo que a obra da qual eu tinha que descarregar ainda estava me aguardando. Tinha descarregado tudo na obra vizinha”, diverte-se a brasileira, que garantiu que nem ela, nem o representante da outra obra perceberam o equívoco.

A brasileira afirmou que mesmo em um ambiente poeirento e tipicamente mas-culino sobra espaço para a vaidade feminina. “Sempre carrego comigo meu batom e o estojo de maquiagem. Sem-pre que tenho um tempo livre dou uma retocada”, afirma.

A brasileira também opera máquinas, como retroescavadeiras

Judithe dirige caminhões de grande porte e mostra a força da mulher brasileira no Japão

DANiEL giMENES/DiVULgAçÃO

Page 9: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012 9JORNAL NIPPAK

NIPPAK PESCARoberto Shirata

Texto: Mauro Yoshiaki Novalo

Revisão: Aldo ShigutiPublicidade

[email protected] tel. (11) 3208-3977

CURTAS

Ranchão do PeixePara quem mora na zona norte da cidade de São Paulo, um local de fácil acesso, próximo e com variedade e quantidade de peixes para praticar seu esporte preferido.

Às vezes você quer ir pescar perto da sua casa - não pegar a alta

movimentação costumeira dos finais de semana - então é escolher um estabelecimento onde possa se alimentar bem e de quebra, pescar seus peixes com segurança e tranquilidade.

Pela Zona Norte da ca-pital paulista, é seguir pela Av. Água Fria, Av Cantarei-ra, Av Senador Jose Ermí-rio de Morais, a seguir o ca-minho é pela serra em meio a vegetação nativa, paisa-gem de encher os olhos. É bom estar com o carro em or-dem, pois a subida da serra é “braba”. Depois de cruzar a barreira policial que divide São Paulo e Mairiporã, na bifurcação entrar a direita para Estrada Juqueri-Mirim (que continua depois com o nome de Estrada da Roseira), depois de alguns minutos, após passar o Bar do Pedrão - ponto de encontro dos trilhei-ros - fique atento para a placa no lado direito que anuncia o pesqueiro. Não se assuste com a descida íngreme.

As espécies que você vai encontrar: carpas cabeçudas, carpas húngaras, carpas capins, bagres africanos, catfishes, pa-cus, tambacus, patingas, dou-rados, piraputangas e pintados. As tilápiascom peso variando entre 2 a 5kg. Muitas carpas de cansar o braço na briga com exemplares de 1 a 20kg.

Estivemos lá aprovei-tando o sol que apareceu para alegrar o final de semana e, depois de encontrar um es-paço entre os que lá já esta-vam, foi montar a tralha e esticar as linhas nágua.

Como toda a semana em Sampa foi de tempo frio e úmido, mesmo os dois dias seguidos de sol não animaram os peixes do único lago a subir com vontade para comer a ração flutuante lançada para atraí-los. Mas algumas bocas famintas se juntavam e mostravam atividade, e isto indicou que teríamos sucesso se fossemos persistentes.

Estávamos em 3 pessoas, montamos 2 equipamentos de bait (vara + molinete) e 1 de fly. As iscas eram as imitações de ração. Para saber qual isca estava tendo melhor resultado, iniciamos com miçanga no bait e imitação em cortiça no fly. Os resultados não demoraram a aparecer nesta última isca citada e, apesar das muitas batidas na miçanga, poucas fo-ram as capturas de fato.

No fly, pela resposta mais rápida à batida do peixe, a eficiência foi melhor. Mas o equipamento de número 4 cansou o braço do pescador quando entraram as carpas. Impressionante como pesam e, por pura displicência deste que escreve, não saiu um bom

“redondo” na foto.Carpas batem de uma

vez na isca, abocanham com ferocidade e é preciso paci-ência e tranquilidade para a briga. Uma vez fisgadas, é um exercício contínuo de re-colher e soltar linha nas cor-ridas curtas mas vigorosas que empreendem. Se o equi-pamento for light (leve) vai demorar um bocado até cansar o bicho. E para esta espécie o uso do passaguá é o recomendado para retirar da água na hora de liberar o anzol. Pela sua frágil boca, não use o alicate tipo boga grip. Deli-cadamente pouse no gramado molhado, retire o anzol e libere em seguida. Para espécies como a húngara ou espelho e as capins, procure nem tirar foto para não demorar tempo demasiado e comprometer sua sobrevivência.

Apesar do céu limpo, a água esfriava e, isto nos levou a crer que somente carpas, ba-

gres e tilápias atacariam nos-sas iscas. Presunção incorreta, pois os redondos apareceram e uma característica dos deste lago é serem calmamente rebo-cados até próximo da margem e, no instante que percebem que estão presos, viram para o meio do lago e desembestam numa corrida, se a fricção não estiver aberta parcialmente para soltura da linha, com cer-teza vão rebentar a mesma le-vando o chicote com a isca. Mais uma vez renovo a afir-mação de não subestimar a força e a espécie que pode en-trar na isca.

Depois do almoço as iscas foram todas trocadas para as confeccionadas em pelo de coelho e aí sim, a re-lação capturas x batidas se equilibrou com muitas ações, comprovando a eficácia desta isca. As cores escolhidas fo-ram as claras para melhor vi-sualização do momento da batida, pois com reflexos na

superfície, mesmo utilizando de óculos apropriados estava difícil de enxergar. Não custa lembrar de sempre utilizar óculos para sua proteção!!!

Outro lembrete, procure sempre levantar o peixe na horizontal para as fotos e assim não comprometer os órgãos internos.

Para quem quer comer uma boa comida caseira, pas-sar um dia pescando bem perto de casa, é ir para conhe-cer e verificar in loco os pei-xes do local. Recomendado para levar a família inteira.

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Page 10: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

10 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

SUSTENTABILIdAdE

Projeto leva engenheiro nikkei a Rio+20

DiVULgAçÃO

Com muitos shows de cantores de karaokê cam-peões do Brasil e do Japão, danças, demonstrações de artes marciais, exposições, stands de produtos japoneses e oficinas culturais foram as atrações do 8º Festival do Ja-pão de Campinas, que acon-teceu nos dias 9 e 10 de junho no Instituto Cultural Nipo--Brasileiro de Campinas.

O público estimado em 20 mil pessoas pelos orga-nizadores superlotou todas as dependências do Institu-to, com atividades e ofici-nas acontecendo ao mesmo tempo. O origami (dobradura de papel) e o shodô (escrita) atraíram as crianças, mas muitos adultos participaram também. A oficina de “te-maki” foi a novidade deste ano. Muitos puderam apren-der na prática e saborear na hora.

A cantora internacional Mariko Nakahira se apresen-tou e como todos os anos, ela iniciou a sua turnê no Festival de Campinas e depois seguiu para outros palcos brasileiros e em seguida para o Paraguai. O cantor sertanejo Joe Hira-ta lotou o salão e alegrou a galera com a distribuição de muitos prêmios. Karen Ito é a cantora que participa todos os anos dando um show de interpretação e além de mui-tos cantores campeões de ka-raokê.

O taikô do Nipo de Cam-pinas e o do Okinawa lotaram o salão, bem como as danças típicas como o Yosakoi Soran, formado por jovens do Ins-tituto. O grupo Feel liderado por Ken Okubo tocou os co-rações dos jovens com mú-sicas românticas na voz de Julia Honda. Já o conjunto Sanshin Go, de Fábio Yassu-mura e sua turma cantaram músicas de Okinawa e na dança a professora Kanashiro Setsuko mostrou toda a arte da província.

O humor também fez parte do Festival, com a dupla de cantores Yoshiake Shin-de e Dani Arimoto de Soro-caba. A orquestra de Taishô Koto de São Paulo, sob a orientação da professora Ya-mazaki deram um show de musicalidade, com o instru-mento típico japonês. Parti-ciparam também o cantor Ri-cardo Nakase, Sergio Tani-gawa, Pedro Mizutani, Yukie Kakinoki, Isadora e Isabela Kataoka, Renan e Clara Na-kamura.

Awaodori – A dança típica de Fukushima Awaodori esteve presente no 8º Festival do Ja-pão de Campinas. Conside-rado o “Carnaval Japonês”, esta dança tem um ritmo ale-gre e descontraído. Em 1585, durante a era Tenchô, os ja-poneses comemoraram o tér-mino da construção do castelo em Fukushima. A felicidade do governante era tanta, que toda a sociedade, desde pedreiros, ferreiros e carpinteiros, jun-tamente com plebeus e aristocratas dançavam, numa alegria contagiante.

O evento foi tão apreciado que dura até hoje. No Japão, são quatro dias ininterruptos de festividade, durante o mês

de agosto. As principais ca-racterísticas desta dança ale-gre, que anima a todos são os homens que dançam livres e desembaraçadamente. En-

quanto as mulheres fazem movimentos leves e sensuais em cima de seus guetas (tamanco) e kaça (chapéu)

Abertura – Segundo o pre-sidente da comissão organi-zadora, Tadayoshi Hanada, o objetivo do Festival é pro-mover a cultura japonesa en-tre os não descendentes. Para isso, o evento contou com o apoio de associações nik-keis, diversas empresas e comércios da cidade ligados a cultura japonesa e mesmo instituições religiosas. “Mui-tos prestigiam o Festival atraídos pela culinária e sem-pre, todos os anos a Praça de Alimentação fica sempre lo-tada”. O Yakisoba é o prato típico da gastronomia japo-nesa, mas muitas iguarias fo-ram encontradas como o su-shi, sashimi e tempura, além

A cantora Mariko Nakahira em show no mesmo Festival do Japão em 2011; artista marcou presença também este ano

de doces, produtos japoneses e comidas brasileiras. A sole-nidade de abertura foi longa, mas importante devido à pre-sença de várias autoridades. O prefeito municipal de Cam-pinas Pedro Serafim, o presi-dente do Instituto Cultural Nipo Brasileiro de Campinas Hiromiti Yassunaga participa-ram da solenidade de abertura e deu boas-vindas aos visitan-tes. Muitos discursos foram feitos com elogios ao Festival. As autoridades locais presti-giaram a tradicional cerimônia de abertura “kagami biraki”

A comunidade local e au-toridades nikkeis prestigia-ram o Festival: os deputados federais Junji Abe, Jonas Do-nizete; os deputados estaduais David Zaia, Jooji Hato, Hé-lio Nishimoto, os vereado-res Luis Yabiku, Paulo Oya, Dario Saadi, Kazuaki e Eiko

Oobe, cônsul geral do Japão no Brasil e senhora; Kihati-ro Kita, presidente do Bun-kyo de São Paulo, Augusto Sakamoto, vice-presidente da Kenren, coronel Yoshio Kyo-no, presidente da Associa-ção Nikkey do Brasil, Sinval Dorigan, secretário Munici-pal de Campinas, Yoshinobu Kusse, de Macuco.

Estavam presentes tam-bém Nivaldo Kinjo (presi-dente da Associação Oki-nawa de Campinas), Ricar-do Rangel(Instituto Koba-yashi), Tetsuji Arie (Abrac), Maurício Kobayashi (Acal), Alberto Nashiro (Jundiaí), Celsinho Rocha (Indaiatuba), Roberto Oki(Bragança Pau-lista), Jorge Yamashita (Bun-kyo), Diogo Miyahara (repre-sentante de Aurélio Nomura), Hideya Fukazawa (Tozan).

(Célia Kataoka)

O Instituto Cultural Ni-po-Brasileiro de Campinas sediará a 19ª edição do Con-curso de Karaokê do Estado de São Paulo, o Paulistão. Será a terceira vez que a ci-dade de Campinas abrigará aquele que é considerado o maior evento de canto da co-munidade nikkei do Estado de São Paulo e que tradicio-nalmente acontece no mês de fevereiro. Os preparativos já começaram com a primeira reunião técnica realizada em maio no Instituto Cultural Ni-po-Brasileiro de Campinas.

Na reunião, o presidente da Comissão Organizado-ra Tadayoshi Hanada pe-diu o apoio de Joaquim Mi-kamura e Aquico Miya-mura, que aceitaram mais este grande desafio. “Um evento grandioso que exigirá

KARAOKÊ

Nipo de Campinas inicia preparativos para o 19º Paulistão

empenho da comissão organi-zadora, diretores, voluntários e amigos do Nipo de Campi-nas”, destacou Hanada

O presidente da UPK (União Paulista de Karaokê), Toshio Yamao, e o presidente da Liga Centro-Oeste, Pedro Mizutani (que também é vi-

ce-presidente da UPK), na reunião, manifestaram total apoio e empenho na viabili-zação técnica do local quanto ao som e iluminação, que ficará a cargo de Atsuhi Abe.

O professor Shimada aprovou o local para as aco-modações dos jurados e disse

ser possível trabalhar com tranquilidade. O Paulistão acontecerá no salão social do Nipo, mas com uma verba suplementar federal o local pode ser mudado para o gi-násio, com acomodações e adaptações técnicas melhores e maiores.

Hanada lembrou dos dois eventos anteriores que ocorreram, de forma satisfa-tória, no salão social. “To-dos terão que buscar recur-sos financeiros, mas não po-demos desprezar as pequenas contribuições, que somadas oferecem uma ajuda ao con-junto das despesas, que são muitas pela grandiosidade do evento, que envolve o traba-lho de profissionais em várias áreas técnicas”, explicou Ha-nada.

(Célia Kataoka)

Nipo de Campinas já está se mobilizando para o Paulistão 2013

CELiA KAtAOKA

CIdAdES/CAMPINAS

8º Festival do Japão de Campinas atrai cerca de 20 mil pessoas

LUCi JUDiCE YiziMA

ideia é aproveitar o uso das energias solar e eólica, que são menos poluentes

Em sua segunda facul-dade, o nikkei Jorge Saito, de 64 anos, é es-

tudante do curso de Comér-cio Exterior da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Itape-tininga no interior paulista, teve o seu projeto “Novo Mo-dal de Transporte de Con-têineres por Gravidade pelo Teleférico” aprovado para ser apresentado no “Rio + 20”. O evento mundial que termina hoje (22), no Rio de Janei-ro, para discutir medidas am-bientais e o desenvolvimento sustentável.

O Trabalho de Conclusão de Curso das faculdades, cha-mado de TCC pelos alunos, é o projeto final realizado no último ano do curso para avaliar se o estudante está apto ou não para se formar. Para muitos, é um momento de tensão, estresse e muita dor de cabeça. Mas para Sai-to, o TCC é motivo de muito orgulho.

Em entrevista ao Jornal Nippak, revela que apesar de ser estudante, é aposentado e formado em engenharia civil, com pós-graduação na área ambiental. “Sou aposentado da Sabesp, e a Fatec fica a um quarteirão da minha casa e em 2010 teve vestibular para o Curso de Comércio Exterior e estou cursando e adorando, pois o curso me coloca a economia no con-texto mundial diante a globa-lização”, confessa.

Também diz por que escolheu um projeto susten-tável. “Trabalhei na Baixada Santista, e presenciava dia-riamente a movimentação dos caminhões carregados de

contêineres descendo a serra em direção ao porto de San-tos, e vice versa caminhões carregados de contêineres subindo a serra, a movimen-tação da importação e ex-portação. Na época me per-guntava, será que deixariam de aprovar um projeto que de certa forma tirariam os caminhões das estradas pelo menos na serra, o Brasil é um país automobilístico pra-ticamente 99% rodoviário. Cursando Comércio Exterior associado à logística me re-

ascendeu a ideia e fiz o TCC com esse tema “Novo mo-dal de transporte de contêi-neres por teleférico “Cable Car” acho que hoje é viável em face da situação caótica que se encontra a região me-tropolitana de São Paulo, com horários para caminhões circularem em grandes centros, e sabemos que são eles que movimentam nossa economia”.

Alternativa – O engenheiro explica como funciona o pro-

jeto ‘Novo Modal de Trans-porte de Contêineres por Gravidade pelo Teleférico’ escolhido pela comissão da ONU (Organização das Na-ções Unidas). “É uma alter-nativa no transporte de con-têineres entre a região de Ita-petininga e um porto que precisaria ser construído na região litorânea. Com o uso desse teleférico especial, que usaria da própria lei da física, a cinética e potencial, para promover o transporte, ou seja, enquanto um contêiner desce, a força gerada é usada para subir outro, usando assim pouca energia elétrica” conta.

“Assim, poderíamos apro-veitar o uso das energias solar e eólica, que são menos po-luentes. Além de consumir pouca energia elétrica, com-parado com motores para puxar a carga, a instalação seria menos depredatória que a abertura de novas ro-dovias ou ferrovias, já que

não precisaria desma-tar. Sendo necessária apenas à instalação das torres, o que evitaria grandes áreas desma-tadas. O custo é muito barato comparando com os estádios que estamos construindo hoje para a Copa do Mundo é equi-valente a 1/5 do valor de um deles (teleférico na Serra do Mar com uma extensão de 10 km em linha reta: 100m con-têineres subindo e 100 descendo)”, esclarece o aluno.

Na opinião de Saito, a construção de um porto seco na região do Vale

do Ribeira, no trecho que fica no topo da serra, conhecida como Serra da Macaca, e um ponto para carga e descarga na região entre Registro e Sete Barras, também no inte-rior paulista. Segundo o estu-dante, o trecho em linha reta chega a 10 km. Pela rodovia existente (SP-139), segundo ele, é algo em torno de 40 km de extensão. Para a instalação das torres, seria possível usar a própria rodovia, evitando o desmatamento. Com esse sis-tema proposto por Saito, além de ser um transporte susten-tável, desafogaria o tráfego pesado de caminhões usados para o transporte de contêine-res na região da grande São Paulo e também no porto de Santos.

O engenheiro conta que a tecnologia já existe. “Tem uma empresa na Alemanha que é muito forte na produ-ção de teleféricos desse tipo”, mas conta que a forma que

usará o equipamento é inova-dor. “Para estar no ‘Rio +20’ tem que ser um projeto sus-tentável e inovador”, com-pleta. Segundo ele, o obje-tivo é acrescentar o trans-porte ferroviário e, futura-mente, usar apenas esta se-gunda opção.

Oscar – No teleférico, seriam 200 containers transportados a cada 40 minutos, sendo 100 para descer a serra, enquanto outros 100 sobem. Além de todos os benefícios, o pro-jeto traria desenvolvimento econômico para a região do Vale do Ribeira, região pouco explorada economicamente, e também, benefícios para o sudoeste paulista, pois Itape-tininga fica a 165 km da ca-pital, o que desfavorece a re-gião. Ele lembra que o projeto tiraria de circulação apenas caminhões que transportam contêineres, focando assim na importação e exportação, e diminuiria o fluxo de tráfego pesado. O desnível do topo da serra até a região de Registro/Sete Barras, é de aproxima-damente 700 metros, informa Saito.

Na faculdade, todos estão felizes por ele. “Os professo-res estão me apoiando muito e até fizeram uma ‘vaquinha’ para me ajudar”, conta. Jorge Saito diz estar preparado para o evento, que atrai gente de todas as nacionalidades. “Eu falo japonês, mandarim, in-glês, francês, espanhol, e cla-ro, o nosso português. Estou muito feliz e realizado, como se estivesse ganho um Os-car”, finaliza.

(Luci Júdice Yizima)

Jorge Saito Os professores estão me apoiando muito e até fizeram uma ‘vaquinha’ para me ajudar

Page 11: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012 11JORNAL NIPPAK

COLUNA AKIRA SAITO

Fibra para vencer“Alguns tentam e por não conseguir reclamam, mas para ser um vencedor, apenas tentar e reclamar nunca será suficiente.”

Para ser um vencedor, seja no meio esportivo, profissional ou na vida cotidiana, é preciso ter fibra para vencer. Querer e tentar, isso quase todo mundo faz, cair, levantar e persistir é que faz a diferença.

Um vencedor é feito de cicatrizes e em alguns casos literalmente. É preciso ter

coragem para enfrentar os de-safios, para enfrentar o medo de fracassar, para suportar a dor dos sacrifícios. Colher os frutos todos querem, mas se dar o trabalho de plantar, isso é para poucos.

A katana (espada) do sa-murai e considerada a alma do guerreiro, por ser uma arma que nasceu de um torrão de minério, que após centenas de vezes sendo aquecida em fogo e martelada, forjada e polida, para só assim ela obter o resultado esperado. Assim é que se espera que seja o es-

*Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, morou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde treinou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara-cho e das filiais das cidades de Hamamatsu--shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atual-mente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão.

pírito do guerreiro, sendo martelada e forjada pela vida, mas sempre mantendo o fio do caráter reto.

Um vencedor aprende com os erros, não reza para a vida ser fácil, mas que seja sempre forte para suportar as dificuldades.

Precisamos ensinar nossos filhos a serem vencedores, a não querer só aquilo que é de

fácil acesso, a querer con-quistar seus próprios ob-jetivos. Um homem digno é aquele que quando cai, consegue se levantar com suas próprias forças.

Vamos trabalhar para um mundo melhor, com gran-des vencedores no futuro, dignos, justos e de caráter.

GANBARIMASHOU!!!!!

104 ANOS/SÃO BERNARdO dO CAMPO

Câmara Municipal de São Bernardo realiza solenidade

DiVULgAçÃO

COLUNA DA ERIKA TAMURA

Jogada BonitaNa verdade, foi por in-

dicação minha que San-tos chegou até a Casa da Criança de Araçatuba, o que fiz foi só indicar, pois o mérito de toda uma ação benemérita vem do Santos. E ele mesmo diz que não tem o poder de consertar o mundo, mas pode arruma-lo aos poucos. E são esses os valores que devem agregar a benevolência humanitária de cada um, onde a ideia principal de deixar pessoas melhores num mundo me-lhor deveria ser o lema de respeito válido para todos.

A minha vontade, e a do Santos também, com cer-teza é a de que cada criança possa ter dignidade e acesso a uma perspectiva de vida melhor, pois ninguém tem o direito de roubar os sonhos de uma criança e empurrar abismo abaixo.

Pode parecer um assunto que eu teimo muito em falar, que é a educação acessível a todos, sem distinção de raça, classe social, hierarquia, etc. As vezes chego a ser redundante nesse assunto, mas é que na minha opinião é a única solução viável para o futuro, mas como é a longo prazo, isso não inte-ressa aos políticos, e acaba saindo do foco de priorida-des de um país que econo-micamente está emergindo, mas socialmente vive uma falência múltipla de ações.

São atitudes como a do Santos que mantém uma certa esperança de que o Brasil pode avançar muito se cada um fizer um pouqui-nho, basta o primeiro passo e pronto, já não estamos mais no mesmo lugar.

Morando no Japão há tanto tempo, ainda consigo me surpreender com as ati-tudes fantásticas de alguns brasileiros, atitudes essas que merecem destaque!

Todos os anos, e sempre no mês de outubro, é reali-zado na província de Gun-ma, na cidade de Oizumi, um evento chamado Jogada Bonita. Uma grande festa realizada em um local es-truturado com quadra, pois o evento é relacionado com futebol, esportes e principal-mente crianças.

O organizador do evento é Fernandes dos Santos, mais conhecido como Santos, 43 anos, natural de Mogi das Cruzes, interior de São Pau-lo. Santos é um brasileiro falante, que ama o futebol, está há 20 anos no Japão e que acima de tudo tem o po-der de ter atitudes louváveis como essa. O evento é bene-ficente pois tem a sua renda revertida em prol a alguma instituição social.

Jogada Bonita nasceu em 2006 de uma vontade latente de Santos em unir fute-bol com caridade pensando no benefício humanitário exclusivo das crianças carentes.

Santos me contou que desde 1995, quando já es-tava no Japão, lhe veio a ideia de realizar um evento nesses moldes e que só veio viabiliza-lo no ano de 2006.

E desde então, a Jogada Bonita tem ajudado institui-ções do Brasil todo, como Mogi das Cruzes, Rio de Ja-neiro, Hortolândia e no ano de 2011, ano do grande tsu-nami que assolou o Japão, Santos destinou a renda do evento para os desabrigados da área atingida pelo tsu-nami.

A grande novidade deste ano de 2012, é que a renda será doada para a Casa da Criança de Araçatuba! A minha felicidade chega a transbordar de dentro dos meus olhos!

*Erika Tamu-ra nasceu em Araçatuba e há 14 anos mora no Japão, onde trabalha com d e s e n v o l v i -

mento de criação. E-mail: [email protected]

A Câmara Municipal de São Bernardo come-morou o Dia dos Imi-

grantes Japoneses e seus Des-cendentes no último dia 16 no Cenforpe (Centro de Forma-ção de Professores). O evento fez parte do Festival Japão em São Bernardo, que tem como objetivo difundir a cultura ja-ponesa na cidade. A soleni-dade contou com a participa-ção de Massahiko Kobayashi, cônsul-adjunto do Japão em São Paulo; Arthur Nakaha-ro, presidente das Associa-ções Nipo-brasileiras em São Bernardo; deputado estadual Orlando Morando; e o verea-dor da Casa, Ary de Oliveira.

A grande homenageada da noite foi a professora de lín-gua japonesa Kumiko Kumai, que recebeu das mãos do chefe do Legislativo a medalha João Ramalho. Ela leciona em São Bernardo desde 1981 e sem-pre se preocupou em atender aos anseios da comunidade ni-po-brasileira ajudando jovens a estudarem em Tokuyama, no Japão, que é cidade-irmã de São Bernardo. Além disso, participa de diversos progra-mas sociais e culturais pela ci-dade.

Para homenageá-la, alu-nos e ex-alunos de Kumiko Kumai surpreenderam a pro-fessora com apresentações culturais. Crianças da União Cultural Nipo Brasileira de São Bernardo do Campo cantaram e fizeram coreo-grafias de músicas japonesas. Rogério Seiichi mostrou sua habilidade ao discursar em ja-ponês e Emílio Goto e Helena Yoshida fizeram um dueto da música Mizuiro no Waltz enquanto casais dançavam. O coral Cultural Nipo Bra-sileiro de São Bernardo do Campo, com 25 vozes, tam-bém fez a sua participação es-pecial. Kumiko Kumai agra-deceu pela homenagem rece-bida. “Sinto-me abençoada

por ter sido acolhida nessa ci-dade em minha chegada.”

Kasato Maru – Em seu discurso, Minami lembrou a chegada dos primeiros imi-grantes japoneses no porto de Santos. “Estamos realizando a 31ª sessão em homenagem aos imigrantes japoneses. Neste ano celebramos também 104 anos da chegada dos primeiros imigrantes, quando chegou no Brasil o navio Kasato-Ma-ru. Esta é a 15ª sessão solene consecutiva que eu estou à frente da Comissão Organi-zadora e me sinto muito feliz por estar aqui hoje, realizando essa homenagem.”

O Festival Japão em São Bernardo é promovido pela União das Associações Ni-po-brasileiras do município, com o apoio da Prefeitura e da Câmara. As festividades aconteceram em 16 e 17 de junho e contaram com atra-ções culturais, workshops de ikebana (arranjo floral), ori-gami (a arte de dobrar papel), artes marciais e culinária ja-ponesa, entre outros.

A professora foi a grande homenageada da noite: “Sinto-me abençoada”

Minami homenageou a professora Kumiko Kumai

Crianças participaram da homenagem

SOFTBOL JUVENIL

Nikkei Curitiba é campeã da 10ª Taça Brasil Feminino InterclubesDiVULgAçÃO

A categoria de softbol fe-minino juvenil do Nikkei Curitiba sagrou-se campeã da 10ª Taça Brasil Interclubes 2012 ao derrotar, na decisão, a forte equipe do Central Glo-ria por 2 a 1 na prorrogação no jogo muito equilibrado e alto nível competitivo.

A competição foi reali-zada nos campos do Gecebs, em Arujá (SP), nos dias 16 e 17 de junho. A terceira colo-cação ficou com o Cooper-cotia, seguida por Maringá. O título da Chave Prata ficou com Gecebs enquanto o Nip-pon Blue Jays ficou em pri-meiro na Bronze.

Comandadas pelo jo-vem técnico Carlos Alberto Ishii, a equipe da capital pa-ranaense conquistou ainda cinco prêmios individu-ais com as jogadoras La-rissa Yuki Ota, eleita Me-lhor Jogadora e 3ª rebatedo-ra; Fernanda Ayumi Shiro-ma, Melhor Arremessadora; Amanda Lumy Ishii, Melhor Re ceptora; e Isadora Terumi Saruhashi; Melhor Jardineira Direita.

A atleta Milena Manami Calixto, da Central Glória, foi considerada e premiada como a Jogadora Mais Eficiente da Taça Brasil Juvenil 2012.

Classificação por Equipes:Ouro: 1) Campeã Ouro: Nik-kei Curitiba; 2) Central Glo-ria; 3) Cooper; 4) MaringáPrata: 1) Gecebs; 2) Marília;

3) AtibaiaBronze: 1) Nippon Blue Jays; 2) Guarulhos; 3) Tozan

Premiação Individual:Melhor Arremessadora: Fer-nanda Ayumi Shiroma (Nik-kei Curitiba)Arremessadora Destaque: Raquelli Harumi Bianco (Central Glória)Melhor Receptora: Amanda Lumy Ishii (Nikkei Curitiba)Receptora Destaque: Karen Tie Kobashikawa (Guaru-lhos)Melhor Rebatedora: Maria Paula Harumi Ueno (Nippon Blue Jays – 66,7%)2ª Melhor Rebatedora: Jes-sica Satie Hossoe (Gecebs - 62,5%)3ª Melhor Rebatedora: Laris-sa Yuki Ota (Nikkei Curitiba

– 58,3%)Rainha do Home Run: Danie-la Narumi Fukunishi (Marin-gá – 1hr C/2pts)Melhor Empurradora de Carreiras: Gabriela V. C. dos Santos (Gecebs - 5 Pts)2ª Melhor Empurradora de Carreiras: Isadora Noda Uesu (Maringá – 4 Pts)Melhor 1ª Base: Isabela de Souza Gomes (Marília)Melhor 2ª Base: Naylla Chis-tina Tanaka (Cooper)Melhor 3ª Base: Jéssica Ota Karakawa (Central Glória)Melhor Inter Bases: Gabriela Mayumi Kuroda (Gecebs)Melhor Jardineira Esquerda: Nikkei Curitiba sagrou-se campeã na categoria Juvenil

Tais R. da Silva Santos (Co-oper)Melhor Jardineira Central: Lian Akemi Ueno (Maringá)Melhor Jardineira Direita: Isadora Terumi Saeuhashi (Nikkei Curitiba)Jogadora Mais Eficiente: Mi-lena Manami Calixto (Cen-tral Glória)Melhor Jogadora da Taça: Larissa Yuki Ota (Nikkei Curitiba)Técnico Campeão: Carlos Alberto Ishii (Nikkei Curiti-ba)

Resultado:Jogos de Domingo (17 Junho)

Chave OuroCentral Glória 05 x 00 Coo-per (Semi Ouro)Nikkei Curitiba 14 x 04 Ma-ringá (Semi Ouro)Cooper 06 x 04 Maringá (3º Lugar Ouro)Central 01 x 02 Nikkei Curi-tiba ( Final Ouro)Chave PrataMarilia 03 x 02 Atibaia Atibaia 06 x 07 GecebsMarília 01 x 03 GecebsChave BronzeNippon Blue Jays 05 x 04 GuarulhosGuarulhos 05 x 00 TozanNippon Blue Jays 06 x 01 To-zan

Page 12: Jornal Nippak - 22 a 28/06/2012

12 São Paulo, 22 a 28 de junho de 2012JORNAL NIPPAK

SHOw – A capital paulista recebeu o grande Festival de Música e Dança Okinawana no Palácio das Convenções do Anhembi. O espetáculo “Shaen Kaito – Elos de Gratidão”, em única apresentação no dia 10 de junho, no ano em que o Requios Geino Doko Kai Eisá Taiko e o Tamagusuku Ryu Kotaro Kai Omine Hatsue Ryubu Dojo completam, respectivamente, 10 e 15 anos. O Requios traz a Companhia de Dança Sosaku Gueidan Requios de Okinawa, mestres de danças tradicionais e cantores de Okinawa.O público lotou o grande auditório com capacidade de 2552 pessoas para prestigiar uma das companhias de dança mais conceituada de Okinawa. Esteve presente vere-ador Ushitaro Kamia, deputado federal Walter Ihoshi, deputada federal Keiko Ota, deputado estadual Hélio Nishimoto, vice-cônsul Yusuke Nakayama, entre outros. Também representan-tes das quatro entidades beneficentes, Andre Korosue (Kodomonosono), Jairo Uemura (Ki-bonoiê), Jun Suzaki (Yassuragui Home) e Rei-mei Yoshioka (Ikoinosono) estiveram presentes para receber a doação de 600 latas de leite em pó arrecadadas no show. (Luci Judice Yizima)

REGISTRO – Nos dias 03 de junho, foi reali-zado a 17ª Festival do Sushi, no RBBC (Registro Base Ball Club), na cidade de Registro no inte-rior paulista. Organizado pela Associação Cultu-ral Nipo-Brasileira de Registro (ACNBR), jun-tamente com a Prefeitura Municipal da cidade e RBBC (Registro Base Ball Clube) e apoio da Sabesp. O evento contou com a presença do artista plástico Yutaka Toyota acompanhado do seu filho e também artista Gianni Toyota, da prefeita Sandra Kennedy Viana, Manoel Chika-oka, da professora de filosofia Cristina Hirota, sensei Toshie Kawasoe (Presidente do Kenko Taisô), o presidente da ACNBR, Kuniei Kane-ko, entre outros. Luci Judice Yizima