vi curso nacional de ventilação mecânica - sbpt 2014
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VI Curso Nacional de Ventilação Mecânica - SBPT 2014. VNI na Insuficiência Respiratória Hipoxêmica. Augusto M. C. Farias Vice-coordenador da UTI Geral Hospital Português – BA Coordenador da Comissão de Terapia Intensiva, SBPT Coordenador das Diretrizes Brasileiras em VM, 2013. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
A. Farias
VI Curso Nacional de Ventilação VI Curso Nacional de Ventilação
Mecânica - SBPT 2014Mecânica - SBPT 2014
VNI na Insuficiência Respiratória HipoxêmicaVNI na Insuficiência Respiratória Hipoxêmica
Augusto M. C. FariasAugusto M. C. Farias
• Vice-coordenador da UTI Geral Hospital Português – BAVice-coordenador da UTI Geral Hospital Português – BA
• Coordenador da Comissão de Terapia Intensiva, SBPTCoordenador da Comissão de Terapia Intensiva, SBPT
• Coordenador das Diretrizes Brasileiras em VM, 2013Coordenador das Diretrizes Brasileiras em VM, 2013
A. Farias
ProspectivoProspectivo, multicêntrico, 2770 pacientes com , multicêntrico, 2770 pacientes com IRespA HipoxêmicaIRespA Hipoxêmica, 2416 , 2416 admitidos intubados, 354 selecionados para VNI. VNI falhou em 30%.admitidos intubados, 354 selecionados para VNI. VNI falhou em 30%.
Antonelli M et al. Intensive Care Med 2001; 27: 1718-1728Antonelli M et al. Intensive Care Med 2001; 27: 1718-1728
EAP Contusão Pn In Atelec PN SARA PAC SARAex TEP/FPEAP Contusão Pn In Atelec PN SARA PAC SARAex TEP/FP
VNI - Fatores Preditores de Sucesso
A. Farias
VNI e Edema Pulmonar Cardiogênico
Recomendação: Deve-se usar VNI (BIPAP com EPAP 5-10 e IPAP até
15 cm H2O) e ou CPAP de 5 a 10 cmH20 nos pacientes com Edema
Agudo de Pulmão de origem cardiogênica, visando diminuir a
necessidade de intubação endotraqueal (RR de 0,53 [IC 95% 0,34-
0,83]) e redução na mortalidade hospitalar (RR de 0,6 [IC 95% 0,45-
0,84]).
SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 Vital FM e cols. Cochrane Database Syst Rev 2008(3):CD005351 (2011)
Masip J e cols. JAMA 2005;294(24): 3124-3130
A. Farias
VNI e Edema Pulmonar Cardiogênico
Mehta S et al.RespirCare 2009;54(2):186 –195
CPAP
BIPAP
Mortalidade Intubação
CPAP
BIPAP
A. FariasSBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013
Gupta D e cols.Respir Care 2010;55(5):536-543
Sugestão: A VNI pode ser utilizada
em conjunto com terapia
medicamentosa para melhorar à
obstrução ao fluxo aéreo e
diminuir esforço respiratório em
pacientes em crise asmática
moderada e acentuada.
VNI na Exacerbação da Asma
A. Farias
VNI na SARA
•• Sugestão:Sugestão: Pode-se utilizar a VNI na SARA, especialmente nos casos Pode-se utilizar a VNI na SARA, especialmente nos casos
de SARA Leve, com os cuidados de se observar as metas de de SARA Leve, com os cuidados de se observar as metas de
sucesso de 0,5 a 2 horas. No caso de não sucesso evitar retardar a sucesso de 0,5 a 2 horas. No caso de não sucesso evitar retardar a
intubação.intubação.
•• Recomendação:Recomendação: Na SARA Grave evitar utilizar VNI, devido à alta Na SARA Grave evitar utilizar VNI, devido à alta
taxa de falência respiratória e necessidade de IOT, especialmente em taxa de falência respiratória e necessidade de IOT, especialmente em
pacientes com PaOpacientes com PaO22/FIO2 < 140 e SAPS II > 35 ./FIO2 < 140 e SAPS II > 35 .
SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 Agarwal R e cols. Respir Care 2010;55(12):1653-1660Agarwal R e cols. Respir Care 2010;55(12):1653-1660
A. Farias
VNI na SARA
•Analisados 13 estudos, 540 pacientes. •A taxa de intubação variou de 30 a 86%, na análise conjunta 48%•A mortalidade variou de 15% a 71%, sendo de 35% em conjunto•Conclusões: “... NIV should be cautiously used in patients with ALI/ARDS. There is a need for a uniform NIV protocol for patients with ALI/ARDS”
Agarwal R et al.Respir Care 2010;55(12):1653–1660. 2010
Intubação
A. Farias
VNI na SARA
Zhang Q e cols. Crit Care Med 2012; 40:455– 460)
Estudo randomizado controlado multicêntrico, 10 UTIs gerais.Estudo randomizado controlado multicêntrico, 10 UTIs gerais.VNI x Tratamento convencional (oxigênio)VNI x Tratamento convencional (oxigênio)40 pacientes com lesão pulmonar aguda (PaO40 pacientes com lesão pulmonar aguda (PaO22/FIO/FIO22 200 a 300 mmHg) 200 a 300 mmHg)
A. Farias
VNI na Pneumonia Adquirida na Comunidade Grave
Sugestão:Sugestão: Pode-se utilizar a VNI em PAC grave com Pode-se utilizar a VNI em PAC grave com
insuficiência respiratória hipoxêmica, especialmente insuficiência respiratória hipoxêmica, especialmente
nos portadores concomitantes de DPOC com os nos portadores concomitantes de DPOC com os
cuidados de se observar as metas de sucesso de 0,5 cuidados de se observar as metas de sucesso de 0,5
a 2 horas. a 2 horas.
No caso de não sucesso evitar retardar a intubação.No caso de não sucesso evitar retardar a intubação.
SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 Confalonieri M e cols. Am J Respir Crit Care Med 1999; 160:1585–1591.Confalonieri M e cols. Am J Respir Crit Care Med 1999; 160:1585–1591.
A. Farias
VNI- Pneumonia
“We conclude that in selected patients with ARF caused by severe CAP, NPPV was
associated with a significant reduction in the rate of endotracheal intubation and duration
of ICU stay. A 2-mo survival advantage was seen in patients with COPD”
Confalonieri M et al. AM J RESPIR CRIT CARE MED 1999;160:1585–1591
A. Farias
VNI- Pneumonia
• VNI reduziu a necessidade de Intubação (25% vs. 52%, p 0.010)
• A incidência de choque séptico (12% vs. 31%, p 0.028)
• A mortalidade na UTI ( 18% vs. 39%, p 0.028)
• Análise multivariada : VNI estava associada independentemente com redução de risco para
intubação (odds ratio, 0.20; p 0.003) e mortalidade em 90 dias (odds ratio, 0.39; p 0.017)
Ferrer M et al.Am J Respir Crit Care Med Vol 168. pp 1438–1444, 2003
A. Farias
VNI em Pós-Operatório
Recomendação: A VNI para Tratamento da IRpA no pós-operatório
imediato de cirurgia abdominal e torácica eletivas deve ser utilizada
estando associado à melhora da troca gasosa, redução de atelectasias e
diminuição do trabalho respiratório, além de diminuição da necessidade de
IOT e possivelmente da mortalidade...
Sugestão: Em cirurgias esofágicas pode-se usar VNI para se evitar IRpA,
mantendo-se pressões inspiratórias mais baixas (EPAP < 8 e IPAP < 15).
A mesma sugestão vale para Cirurgia Torácica, Cirurgia Abdominal,
Cirurgia Cardíaca, e Cirurgia Bariátrica.
SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013 Chiumello D e cols. Intensive Care Med 2011;37(6):918-929.
Squadrone V e cols. JAMA 2005; 293(5):589-595.Huerta S e cols. J Gastrointest Surg 2002 6:354-358.
A. Farias
VNI em Pós-OperatórioVNI em Pós-Operatório
British Journal of Anaesthesia109(3): 305–14 (2012)British Journal of Anaesthesia109(3): 305–14 (2012)
Reintubação
Sobrevivência hospitalar
A. Farias
VNI em Pós-Operatório
Olper L e cols. Crit Care Resusc 2013; 15: 220–227
14 estudos (1211 pacientes)14 estudos (1211 pacientes)
Redução na taxa de reintubaçãoRedução na taxa de reintubação
(risk ratio [RR], 0.29; 95% CI, 0.16–(risk ratio [RR], 0.29; 95% CI, 0.16–
0.53; P < 0.0001), permanência 0.53; P < 0.0001), permanência
hospitalar e mortalidade.hospitalar e mortalidade.
Benefícios mais importantes Benefícios mais importantes no no
curso da falência respiratóriacurso da falência respiratória e e
naqueles com naqueles com alto riscoalto risco de de
complicações pulmonarescomplicações pulmonares
A. Farias
Cirurgias Abdominais e VNI Preventiva
Prospectivo, randomizado,
controlado, não-cego, multicêntrico.
209 pacientes de cirurgia abdominal
eletiva receberam CPAP 7,5
cmH2O/6h ou TTo padrão.
No grupo CPAP (helmet) houve
menor taxa de IOT (1% x 10%
p=0,005), pneumonia (2% x 10%
p=0,02), infecção (3% x 10% p=0,03)
e sepse (2% x 9%, p=0,03)
Squadrone V at al. JAMA, February 2, 2005—Vol 293, No. 5
A. Farias
Prospectivo, randomizado
controlado, 48 pacientes
(24 x 2) para avaliar VNIn em
pacientes com IRespA após
ressecção pulmonar
Necessitaram IOT 50%
(12/24) dos controles vs.
20,8% (5/24) do grupo VNIn
(P=0,035).
Morreram 9 controles
(37,5%) vs. 3 (12,5%) VNIn
(P= 0,045)
Cirurgia Torácica e VNI Curativa
Auriant I at al. Am J Respir Crit Care Med V 164. pp1231-1235,2001
A. Farias
VNI em Imunocomprometidos
Antonelli M et al.JAMA 2000;283(2):235-241.Hilbert G et al. N Engl J Med 2001;344(7):481-487
Etiologia heterogênea da
IRespA (EAP, SDRA,
Pneumonia)
Menor taxa de intubação
menor e mortalidade na
UTI(RCT,40 pac.Antonelli)
Redução da Intubação,
mortalidade na UTI e no
hospital (Hilbert RCT, 52
Pac.)
A. Farias
VNI em Imunocomprometidos
• Análise retrospectiva de dados colhidos prospectivamente de 1302 pacientes
em 158 UTIs italianas
• 21% inicialmente receberam VNI
• 46% destes requereu VMI
• Melhores desfechos foram associados ao sucesso da VNI (vs. VMI inicial e
vs. VMI após falência da VNI). Mortalidade respectivamente : 42% vs. 69% e
77%.
• Retardo no início da VMI (vs. VMI imediata) foi associado a elevação não
significante na mortalidade hospitalar (65% vs. 58%, p .12).
• Após ajustes, VNI foi associada a menor mortalidade que VMI
Gristina GR et al. Crit Care Med 2011; 39:2232–2239)
A. Farias
VNI no Trauma
Chiumello D. Intensive Care Med (2013) 39:1171–1180
Dez estudos (368 pac.).
VNI aumentou de forma
significativa a oxigenação arterial e
foi associado com uma redução
significativa na mortalidade, taxa
de intubação, na incidência de
complicações em geral e
infecções.
A. Farias
VNI no Trauma
• 25 pacientes em cada grupo. VNI e
controle – O2
• Estudo interrompido por causa da redução
significativa da taxa de intubação no grupo
VNI (40% vs 12% p = .02).
• Conclusão: VNI reduz a intubação
comparada com oxigenioterapia em
pacientes de trauma torácico severo
(PaO2 /FiO2 < 200 for > 8 h)
Hernandez G et al.CHEST 2010; 137(1):74–80
A. Farias
• Randomizado, controlado
• 52 pac. ventilados mecanicamente
• CPAP não invasivo com anestesia
epidural vs VMI
• CPAP - Redução da mortalidade e
menor taxa de infecção nosocomial
• Oxigenação e permanência em UTI
foram similares entre os grupos
Gunduz M et al.Emerg Med J 2005;22:325–329
VNI - Trauma
A. Farias
VNI e Broncoscopia
Sugestão: A VNI pode ser utilizada durante e após a
broncoscopia visando diminuir o risco de complicações
associadas ao procedimento em pacientes com hipoxemia
grave refratária, insuficiência respiratória pós-operatória, ou
DPOC grave.
Cuidados especiais devem ser utilizados após procedimento
de biópsia transbrônquica mantendo-se as pressões de vias
aéreas abaixo de 20 cmH20 e realizando RX de tórax se
descompensação clínica do paciente e após cerca de 6 horas
do procedimento para verificação de possível ocorrência de
pneumotórax.
SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013Cabrini L e cols. Minerva Anestesiol. 2013 Jun;79(6):683-94
Hess DR. Respir Care 2013;58(6):950–969
A. Farias
VNI – sucesso vs. insucesso
Recomendação: Recomendação: O uso de VNI deve ser monitorado por profissional da O uso de VNI deve ser monitorado por profissional da
saúde à beira-leito de 0,5 a 2 horas. saúde à beira-leito de 0,5 a 2 horas.
Para ser considerado sucesso:Para ser considerado sucesso:
– Deve ser observado diminuição da freqüência respiratória Deve ser observado diminuição da freqüência respiratória
– Aumento do VC, Aumento do VC,
– Melhora do nível de consciência, Melhora do nível de consciência,
– Diminuição ou cessação de uso de musculatura acessóriaDiminuição ou cessação de uso de musculatura acessória
– Aumento da PaOAumento da PaO22 e/ou da SpO e/ou da SpO22
– Diminuição da PaCODiminuição da PaCO22 sem distensão abdominal significativa. sem distensão abdominal significativa.
Quando não há sucesso:Quando não há sucesso:
– Recomenda-se imediata IOT e ventilação invasiva. Recomenda-se imediata IOT e ventilação invasiva.
Espera-se sucesso na população hipercápnica com o uso da VNI em Espera-se sucesso na população hipercápnica com o uso da VNI em
75% dos casos, e nos hipoxêmicos em cerca de 50%.75% dos casos, e nos hipoxêmicos em cerca de 50%.
SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013
A. Farias
VNI – Pós-operatório
CirurgiaAbdominal superior, Squadrone et al. JAMA 2005; 293:589–595.Torácica, Ricksten SE et al. Chest 1986; 89:774–781Cardíaca, Kilger E et al. Heart Surg Forum 2010; 13:91–95.Vascular, Bagan P et al. Ann Vasc Surg 2011; 25:920–922.Hepática, Narita M et al. Intern Med 2010; 49:1501–1507.Tireoidectomia. Chi SY et al. World J Surg 2011; 35:1977–198
Metanálise, 09 RCT“This systematic review suggests that CPAP decreases the risk of PPCs, atelectasis, and pneumonia and supports its clinical use in patients undergoing abdominal surgery”
A. Farias
VNI – D. Intersticial
• Retrospectivo. Comparação dos períodos
pré e pós VNI
• 11 episódios em 11 pacientes Pre-VNI
• 27 episódios em 22 pacientes pós -VNI
• Cinco pacientes usaram VMI pré -VNI
• Nove pacientes usaram VNI - Pós VNI
• A sobrevivência em 60 dias foi melhor no
grupo que usou VNI (0% vs. 44%, p=0.03)
• A permanência em UTI foi menor (17 vs. 6
days, p=0.03)
Tomii K et al. Inter Med 49: 1341-1347, 2010
A. Farias
VNI - Trauma
• Randomizado, controlado
• 69 pacientes randomizados em
dois grupos:
1. CPAP via máscara com
anestesia regional
2. VMI com PEEP
• Menos dias de tratamento
• Menor estadia em UTI
• Menor hospitalização
• Menor nº. de complicações
Bollinger CT et al.Chest 1990;97(4):943-948
A. Farias
VNI - Contraindicações
Absolutas (sempre evitar)
Necessidade de intubação de emergência
Parada cardíaca ou respiratória
Relativas (analisar caso a caso risco x benefício)
Incapacidade de cooperar, proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes
Rebaixamento de nível de consciência (exceto acidose hipercápnica em
DPOC)
Falências orgânicas não respiratórias (encefalopatia, arritmias malignas
ou hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica)
Cirurgia facial ou neurológica
Trauma ou deformidade facial
Alto risco de aspiração
Obstrução de vias aéreas superiores
Anastomose de esôfago recente (evitar pressurização acima de 20 cmH2O)SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013SBPT. Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, 2013
A. Farias
VNI- Pneumonia
RCT, 47 pacientes. Rapidez com que atingiam PaO2/FiO2>315 Cosentini R et al.CHEST 2010; 138(1):114–120
A. Farias
VNI- SARA
•Analisados 13 estudos, 540 pacientes. •A taxa de intubação variou de 30 a 86%, na análise conjunta 48%•A mortalidade variou de 15% a 71%, sendo de 35% em conjunto•Conclusões: “... NIV should be cautiously used in patients with ALI/ARDS. There is a need for a uniform NIV protocol for patients with ALI/ARDS”
Agarwal R et al.Respir Care 2010;55(12):1653–1660. 2010
Intubação Mortalidade
A. Farias
VNI- SARA
Agarwal R et al.Respir Care 2010;55(12):1653–1660. 2010
1. Apenas em UTI
2. Ausência de:
1. Severa hipoxemia
2. Instabilidade
3. Disfunção orgânica
1. SAPS>34
4. Ventilador de UTI
5. BIPAP, Masc. oronasal
6. Cabeceira a 45º
A. Farias Antonelli M et al. Intensive Care Med 2001; 27: 1718-1728Antonelli M et al. Intensive Care Med 2001; 27: 1718-1728
VNI - Fatores Preditores de Sucesso
A. Farias
AbdomeAbdome Distensão abdominalDistensão abdominal Expiração ativaExpiração ativa
Carga respiratóriaCarga respiratória MM esternocleidoMM esternocleido M. Paradoxal abdominalM. Paradoxal abdominal
MáscaraMáscara AjusteAjuste ConfortoConforto VazamentoVazamento SecreçãoSecreção Necrose facialNecrose facial
P. ObjetivosP. Objetivos FrFr TATA FCFC
P. SubjetivosP. Subjetivos DispnéiaDispnéia ConfortoConforto Estado mentalEstado mental
P. FisiológicosP. Fisiológicos VE VE OximetriaOximetria Gases arteriaisGases arteriais
VNI - Monitorização
A. Farias Metha S, Hill N. AJRCCM 2001;163:540–577 Metha S, Hill N. AJRCCM 2001;163:540–577
ComplicaçãoComplicação OcorrênciaOcorrência
Relacionada a máscaraRelacionada a máscara %%
DesconfortoDesconforto
Eritema facialEritema facial
ClaustrofobiaClaustrofobia
Úlcera nasalÚlcera nasal
Rush AcneiformeRush Acneiforme
30-5030-50
20-3420-34
5-105-10
5-105-10
5-105-10
Relacionada a pressão e fluxo aéreoRelacionada a pressão e fluxo aéreo
Congestão nasalCongestão nasal
Dor sinusal e do ouvidoDor sinusal e do ouvido
Ressecamento nasal/oralRessecamento nasal/oral
Irritação ocularIrritação ocular
Insuflação gástricaInsuflação gástrica
VazamentosVazamentos
20-5020-50
10-3010-30
10-2010-20
10-2010-20
5-105-10
80-10080-100
Complicações maioresComplicações maiores
Pneumonia aspirativaPneumonia aspirativa
HipotensãoHipotensão
PneumotóraxPneumotórax
<5<5
<5 <5
<5<5
A. Farias
Contra-indicações para uso de VNI na Contra-indicações para uso de VNI na IRespAIRespA
Jaber S at al.Anesthesiology 2010Jaber S at al.Anesthesiology 2010Liesching T. Chest 2003Liesching T. Chest 2003
Absolutas
•Parada cardíaca ou respiratória•Falência de múltiplos órgãos•Agitação severa ou encefalopatia•Vômitos incoercíveis•Grave sangramento digestivo alto ou respiratório•Necessidade de imediata intubação•Instabilidade hemodinâmica ou elétrica (arritmias)•Incapacidade de proteger vias aéreas•Incapacidade de ajustar a máscara (trauma facial, queimaduras)•Obstrução de via aérea (VA) alta•Pneumotórax não drenado•Secreção abundante
Relativas
•Não cooperação•Leve redução da consciência•Grave falência respiratória progressiva•Cirurgia recente em VA ou Ap.digestivo alto (PSV+PEEP>25cmH2O)
A. Farias
Critérios de Seleção da VNI na IRespA
Liesching T. Chest 2003Liesching T. Chest 2003
Ausência de Ausência de
contra-indicaçõescontra-indicações
•PCRPCR
•Instabilidade hemodinâmica ou elétrica Instabilidade hemodinâmica ou elétrica
(arritmias)(arritmias)
•Incapacidade de proteger vias aéreasIncapacidade de proteger vias aéreas
•Incapacidade de ajustar a máscara (trauma Incapacidade de ajustar a máscara (trauma
facial, queimaduras)facial, queimaduras)
•Obstrução de via aérea (VA) altaObstrução de via aérea (VA) alta
•Pneumotórax não drenadoPneumotórax não drenado
•Secreção abundanteSecreção abundante
•Não cooperaçãoNão cooperação
•Cirurgia recente em VA ou Ap.digestivo altoCirurgia recente em VA ou Ap.digestivo alto
A. Farias
• Piora clínicaPiora clínica• Ausência de melhora ou piora da gasometriaAusência de melhora ou piora da gasometria• Desenvolvimento de novos sintomas ou Desenvolvimento de novos sintomas ou
complicaçõescomplicações• Intolerância ou falha na coordenação com o Intolerância ou falha na coordenação com o
ventiladorventilador• Falha em aliviar sintomasFalha em aliviar sintomas• Piora do nível de consciênciaPiora do nível de consciência• Paciente ou assistente decidem suspender o Paciente ou assistente decidem suspender o
tratamentotratamento
Falência da VNIFalência da VNI
BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002
A. Farias
VNI em Insuficiência Respiratória Aguda (IRespA) VNI em Insuficiência Respiratória Aguda (IRespA)
Carlucci A et al.Noninvasive versus conventional mechanical ventilation. Carlucci A et al.Noninvasive versus conventional mechanical ventilation. An epidemiologic survey, Am J Respir Crit Care Med 2001An epidemiologic survey, Am J Respir Crit Care Med 2001
42 UTIs , 1337 pacientes, 689 receberam suporte ventilatório 42 UTIs , 1337 pacientes, 689 receberam suporte ventilatório
VMI foi usada em 581 pacientes (84%) e VNI em 108 (16%) VMI foi usada em 581 pacientes (84%) e VNI em 108 (16%)
VNI foi utilizada em 35% dos pacientes não intubados na VNI foi utilizada em 35% dos pacientes não intubados na
admissãoadmissão
43 (40%) dos pacientes de VNI necessitaram VMI e intubação43 (40%) dos pacientes de VNI necessitaram VMI e intubação
VNI foi usada em 50% daqueles com IRespA hipercápnica, 27% VNI foi usada em 50% daqueles com IRespA hipercápnica, 27%
dos pac. com edema pulmonar cardiogênico, e 14% c/ IRespA dos pac. com edema pulmonar cardiogênico, e 14% c/ IRespA
hipoxêmicahipoxêmica
A. Farias
• RetrospectivoRetrospectivo, 59 episódios de IRespA, em 47 pacientes com , 59 episódios de IRespA, em 47 pacientes com DPOCDPOC
tratados com VNI [PSV (25) e IPPV (34)]. 78% bem sucedidos. tratados com VNI [PSV (25) e IPPV (34)]. 78% bem sucedidos.
• O O fracassofracasso correlacionou-se com menor peso (desnutrição), pior correlacionou-se com menor peso (desnutrição), pior
estado neurológico, gravidade (APACHE II), pior pH e PaCOestado neurológico, gravidade (APACHE II), pior pH e PaCO22 basal basal
e após VNI, e presença de pneumonia (38% x 9% dos casos de e após VNI, e presença de pneumonia (38% x 9% dos casos de
IRespCa que falharam).IRespCa que falharam).
• O O sucessosucesso foi associado a melhor aderência ao tratamento, menor foi associado a melhor aderência ao tratamento, menor
severidade clínica e funcional dos pacientes e menor acidose no severidade clínica e funcional dos pacientes e menor acidose no
momento da triagem.momento da triagem.
Ambrosino et al.Thorax 1995;50:755-757Ambrosino et al.Thorax 1995;50:755-757
VNI - Fatores Preditores de SucessoVNI - Fatores Preditores de Sucesso
A. Farias
EAP – NPPV x CPAP EAP – NPPV x CPAP Mortalidade HospitalarMortalidade Hospitalar
Ho KM, Wong K.Ho KM, Wong K.Critical Care Critical Care 2006, 10:R492006, 10:R49
A. Farias
EAP – BIPAP x CPAP EAP – BIPAP x CPAP Risco de Requerer VMIRisco de Requerer VMI
Ho KM, Wong K.Ho KM, Wong K.Critical Care Critical Care 2006, 10:R492006, 10:R49
A. Farias
EAP – BIPAP x CPAPEAP – BIPAP x CPAPDuração do Edema Pulmonar e Risco de IAMDuração do Edema Pulmonar e Risco de IAM
Ho KM, Wong K.Ho KM, Wong K.Critical Care Critical Care 2006, 10:R492006, 10:R49
A. Farias
Critérios de seleção da VNI na IRespACritérios de seleção da VNI na IRespA
Liesching T. Chest 2003Liesching T. Chest 2003
1.1. Diagnóstico Apropriado (de acordo com a patologia e nível Diagnóstico Apropriado (de acordo com a patologia e nível
de evidência para uso de VNI), com potencial reversibilidadede evidência para uso de VNI), com potencial reversibilidade
2.2. Estabelecimento da Estabelecimento da
necessidade de VMnecessidade de VM
• Dispnéia moderada a severaDispnéia moderada a severa
• Taquipneia ( FR > 35 )Taquipneia ( FR > 35 )
• Uso de musculatura acessória ouUso de musculatura acessória ou
Movimento paradoxal do abdomeMovimento paradoxal do abdome
• Alterações gasométricas Alterações gasométricas
pH < 7,35pH < 7,35
PaCOPaCO22 > 45 > 45
PaOPaO22 / FiO / FiO22 < 200 < 200
A. Farias
• Keenan e cols. RCT, 81 pacientes com falência dentro de 48 horas da Keenan e cols. RCT, 81 pacientes com falência dentro de 48 horas da
extubação. extubação.
1.1. Sem diferença na taxa de reintubação, mortalidade hospitalar, duração da VM, Sem diferença na taxa de reintubação, mortalidade hospitalar, duração da VM,
tempo de UTI e hospitalizaçãotempo de UTI e hospitalização
• Esteban A e cols. (RCT, 221pac.) Esteban A e cols. (RCT, 221pac.)
1.1. A reintubação foi de 48% em ambos os gruposA reintubação foi de 48% em ambos os grupos
2.2. Aumento da mortalidade no grupo VNI (25% vs 14%, P = 0.048). Aumento da mortalidade no grupo VNI (25% vs 14%, P = 0.048).
3.3. O tempo para a reintubação foi maior nos pacientes de VNI (12 x 2,5horas O tempo para a reintubação foi maior nos pacientes de VNI (12 x 2,5horas
p=0,02).p=0,02).
Keenan SP e cols. JAMA 2002, 287:3238–3244Keenan SP e cols. JAMA 2002, 287:3238–3244Esteban A. N Engl J Med. 2004 Jun 10;350(24):2452-60 Esteban A. N Engl J Med. 2004 Jun 10;350(24):2452-60
VNI - Após a Falência
A. Farias
Máscara NasalMáscara Nasal
Mais usada em VNI prolongadaMais usada em VNI prolongada
Preferencial p/ IRA leve-moderadaPreferencial p/ IRA leve-moderada
Menor espaço mortoMenor espaço morto
Causa menos claustrofobiaCausa menos claustrofobia
Menor risco de aspiraçãoMenor risco de aspiração
Facilidade p/ expectorarFacilidade p/ expectorar
Facilidade p/ alimentar-se (VO)Facilidade p/ alimentar-se (VO)
Melhor vocalização Melhor vocalização
Melhor toleradaMelhor tolerada
Não funciona se há obstr. nasalNão funciona se há obstr. nasal
Meduri GU. Clinics in Chest Medicine, 1996. Meduri GU. Clinics in Chest Medicine, 1996. Brochard L.Critical Care Medicine, 2000Brochard L.Critical Care Medicine, 2000
A ESCOLHA DA INTERFACEA ESCOLHA DA INTERFACEMáscara FacialMáscara Facial
Mais usada em CPAPMais usada em CPAP
Preferencial p/ IRA severaPreferencial p/ IRA severa
Mais eficaz em Mais eficaz em ↓↓ a PaCO a PaCO22
Mais útil em pacientes que Mais útil em pacientes que respiram pela bocarespiram pela boca
Maior incremento de VCMaior incremento de VC
Outras Outras
Plug nasalPlug nasal
Bocais / OrtodônticasBocais / Ortodônticas
Full faceFull face / Capacete / Capacete
A. Farias
A ESCOLHA DO RESPIRADORA ESCOLHA DO RESPIRADOR
VariáveisVariáveis InvasivaInvasiva Não-invasivaNão-invasiva
Pressão Pressão InspiratóriaInspiratória ++++ ++++
Tolera Tolera vazamentovazamento ++ ++++
Diversidade de Diversidade de modosmodos ++++ ++
AlarmesAlarmes ++++ ++
MonitorizaçãoMonitorização ++++ ++
BateriaBateria -- --
Controle de FiOControle de FiO22 ++++ --
Mais compactoMais compacto ++ ++++
Liesching T. Chest 2003Liesching T. Chest 2003
A. Farias
MONITORIZAÇÃO DA VNIMONITORIZAÇÃO DA VNIAvaliação clínica (vigilância especial na 1ª hora) (D)Avaliação clínica (vigilância especial na 1ª hora) (D)
ØConfortoConforto
ØNível de consciênciaNível de consciência
ØMovimentação da parede torácicaMovimentação da parede torácica
ØUtilização de musculatura acessória da respiração Utilização de musculatura acessória da respiração
ØSincronia com o respiradorSincronia com o respirador
ØFreqüência respiratória e cardíaca Freqüência respiratória e cardíaca
Avaliação de gases sanguíneos (B)Avaliação de gases sanguíneos (B)
ØHabitualmente entre 1-2 horas e após 4-6 horas, se houve Habitualmente entre 1-2 horas e após 4-6 horas, se houve pequena melhora inicial. pequena melhora inicial.
ØSe pH e PaCOSe pH e PaCO22 não melhorarem após este período, com ajuste não melhorarem após este período, com ajuste
otimizado da VNI, esta deve ser descontinuada.otimizado da VNI, esta deve ser descontinuada.
BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002
A. Farias
1.1. PosicionePosicione a cabeceira do paciente a 45º a cabeceira do paciente a 45º
2.2. Explique ao pacienteExplique ao paciente a técnica e suas vantagens, a técnica e suas vantagens,
obtendo a sua obtendo a sua confiança e colaboraçãoconfiança e colaboração
3.3. Conecte a máscara Conecte a máscara ao respiradorao respirador
4.4. Ligue o respirador e ajusteLigue o respirador e ajuste os parâmetros iniciais os parâmetros iniciais
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
A. Farias
5.5. SilencieSilencie os alarmes os alarmes
6.6. Inicie com um Inicie com um modo assistidomodo assistido
7.7. Prefira os Prefira os modos limitados a pressãomodos limitados a pressão (PSV, BIPAP, (PSV, BIPAP,
PCV).PCV).
8.8. Modo limitado a volumeModo limitado a volume (VCV) também pode ser (VCV) também pode ser
usado, mas o conforto é menorusado, mas o conforto é menor
9.9. Modos com ciclagem a tempoModos com ciclagem a tempo (PCV, BiPAP) podem (PCV, BiPAP) podem
melhorar a sincronia na presença de vazamentosmelhorar a sincronia na presença de vazamentos
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
A. Farias
8.8. Ajustes iniciais:Ajustes iniciais:
• PEEP = 0, PEEP = 0,
• PSV / IPAP = 10 cm HPSV / IPAP = 10 cm H22O, O,
• Sensibilidade = (-1 a -2) cm HSensibilidade = (-1 a -2) cm H22O ou 1-O ou 1-
5 L/min, 5 L/min,
• FiOFiO22 para SaO para SaO22 > 90 mmHg > 90 mmHg
• Se modo VCV (A/C) limite a pressão a Se modo VCV (A/C) limite a pressão a
40 cm H40 cm H22OO
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
A. Farias
9.9. Ajuste a máscara gentilmente e a Ajuste a máscara gentilmente e a
fixe fixe manualmentemanualmente quando iniciar quando iniciar
o métodoo método
• Observe a Observe a sincroniasincronia entre o entre o
respirador e o pacienterespirador e o paciente
• Atente para pontos de Atente para pontos de
vazamentovazamento e maior e maior atritoatrito
• Se necessário proteja-os com Se necessário proteja-os com
adesivosadesivos
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
A. Farias
10.10. Após a sincronia ser obtida , Após a sincronia ser obtida , fixe a máscarafixe a máscara com com
tiras elásticastiras elásticas
• Evite apertar demaisEvite apertar demais (o ideal é que dois dedos (o ideal é que dois dedos
possam passar sob a tira)possam passar sob a tira)
• Pequenos vazamentos podem ser permitidosPequenos vazamentos podem ser permitidos se se
não comprometerem a eficácia da ventilaçãonão comprometerem a eficácia da ventilação
• Distribua igualmente a pressãoDistribua igualmente a pressão sobre a máscara sobre a máscara
• Proteja do atritoProteja do atrito as áreas de contato com as tiras as áreas de contato com as tiras
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000, V26 Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000, V26 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
A. Farias
11.11. Incremente lentamente os parâmetros Incremente lentamente os parâmetros para o ajuste definitivo para o ajuste definitivo
• PEEPPEEP
• PEEP mínimo de 5 cm HPEEP mínimo de 5 cm H22OO
• Incrementos de 2 a 3 cm HIncrementos de 2 a 3 cm H22O, até O, até SaOSaO22 >90%, com FiO >90%, com FiO22 menor ou menor ou igual a 60% (até 10 -15 cm Higual a 60% (até 10 -15 cm H22O)O)
• Em DPOC: buscar 85% do auto-Em DPOC: buscar 85% do auto-PEEP (ou empiricamente 5-8 cm PEEP (ou empiricamente 5-8 cm HH22O)O)
• Volume correnteVolume corrente
• Ajustar a Ajustar a pressãopressão para um VC de para um VC de 7ml/kg (habitualmente pico de 7ml/kg (habitualmente pico de pressão < 25 cm Hpressão < 25 cm H22O) e FR < 25O) e FR < 25
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
A. Farias
12.12. Observe vazamentos e FRObserve vazamentos e FR
13.13. Questione o paciente quanto ao seu conforto Questione o paciente quanto ao seu conforto
14.14. Regule os parâmetros de alarme e vent. de apnéia do Regule os parâmetros de alarme e vent. de apnéia do
respiradorrespirador
15.15. Solicite ao paciente que informe qualquer desconforto Solicite ao paciente que informe qualquer desconforto
ou necessidadeou necessidade
16.16. Estabeleça vigilância especial na primeira horaEstabeleça vigilância especial na primeira hora
Ajustando os Parâmetros da VentilaçãoAjustando os Parâmetros da Ventilação
Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998
A. Farias
A máscara deve ser:A máscara deve ser:
MaciaMacia (silicone) - Conforto e prevenção de lesões (silicone) - Conforto e prevenção de lesões
Facilmente ajustávelFacilmente ajustável - Minimizar vazamentos - Minimizar vazamentos
TransparenteTransparente - Visualização de secreções - Visualização de secreções
Considerar :Considerar :
Dispositivos anti-asfixiaDispositivos anti-asfixia
Risco de re-inalação (circuitos únicos, maior espaço morto)Risco de re-inalação (circuitos únicos, maior espaço morto)
Necessidade de umidificaçãoNecessidade de umidificação
Interferência de vazamentos na ciclagem do modo ventilatórioInterferência de vazamentos na ciclagem do modo ventilatório
A ESCOLHA DA INTERFACEA ESCOLHA DA INTERFACE
A. Farias
M. Facial59%
M. Nasal41%
Adaptado de Meduri GU. Noninvasive Positive Pressure Ventilation in Patients Adaptado de Meduri GU. Noninvasive Positive Pressure Ventilation in Patients With Acute Respiratory Failure: Clinics in Chest Medicine, 1996With Acute Respiratory Failure: Clinics in Chest Medicine, 1996
Pacientes Ventilados de Forma Não Invasiva Pacientes Ventilados de Forma Não Invasiva sob Pressão Positiva em Diversos Estudossob Pressão Positiva em Diversos Estudos
AC19%
BIPAP30%
CPAP/PSV31%
IPAP ou PSV20%
INTERFACESINTERFACES MODOS UTILIZADOSMODOS UTILIZADOS
A. Farias
MONITORIZAÇÃO DA VNIMONITORIZAÇÃO DA VNI
O tratamento clínico/fisioterápico está otimizado?O tratamento clínico/fisioterápico está otimizado?
Existem complicações?Existem complicações? Pneumotórax? Pneumotórax? Pneumonia?Aspiração?Pneumonia?Aspiração?
PaCOPaCO22 está elevado? está elevado?
üOferta excessiva de OOferta excessiva de O22 -- Ajuste FiO Ajuste FiO22
üEscape aéreo -Escape aéreo - Ver máscara, considere Ver máscara, considere full facefull face ou mentoneira ou mentoneira
üProblemas no circuito -Problemas no circuito - Ver conexões e escapes Ver conexões e escapes
üProblemas com reinalação -Problemas com reinalação - Ver válvula expiratória, aumente EPAP Ver válvula expiratória, aumente EPAP
üAssincronia -Assincronia - Ajuste FR e/ou I/E, sensibilidade ins e expiratória, considere Ajuste FR e/ou I/E, sensibilidade ins e expiratória, considere EPAP em DPOCEPAP em DPOC
üA ventilação está inadequada -A ventilação está inadequada - Veja expansão, aumente a pressão Veja expansão, aumente a pressão (IPAP), volume, tempo ins. ou FR, considere outro modo ventilatório(IPAP), volume, tempo ins. ou FR, considere outro modo ventilatório
PaCOPaCO22 está melhor, porem PaO está melhor, porem PaO22 permanece baixo permanece baixo
Aumente FiOAumente FiO22 ou EPAP ou EPAP
BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002
A. Farias
MONITORIZAÇÃO DA VNIMONITORIZAÇÃO DA VNI
1.1. SaOSaO22 deve ser monitorizada continuamente por deve ser monitorizada continuamente por ao menos 24 hao menos 24 h. .
Suplementação de OSuplementação de O22 deve ser administrada para deve ser administrada para SaOSaO22 entre entre
85-90% (C)85-90% (C)
2.2. Pacientes que demonstram benefício com a VNI devem ser Pacientes que demonstram benefício com a VNI devem ser
ventilados pelo maior tempo possível durante as primeiras 24ventilados pelo maior tempo possível durante as primeiras 24
h ou até melhorarem (B)h ou até melhorarem (B)
3.3. Todos os pacientes submetidos a VNI por Todos os pacientes submetidos a VNI por IResp HipercápnicaIResp Hipercápnica
devem realizar devem realizar gasometria arterial em ar ambiente e gasometria arterial em ar ambiente e
espirometria antes da alta (C)espirometria antes da alta (C)
BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002
A. Farias
VNI – Ventilação Não Invasiva com Pressão PositivaVNI – Ventilação Não Invasiva com Pressão Positiva
Introdução Introdução
Insuficiência respiratória aguda (IRespA) ou agudizada não Insuficiência respiratória aguda (IRespA) ou agudizada não
responsiva as medidas conservadoras freqüentemente necessita responsiva as medidas conservadoras freqüentemente necessita
de ventilação mecânica invasiva (VMI)de ventilação mecânica invasiva (VMI)
Entretanto, a intubação traqueal acrescenta riscos de Entretanto, a intubação traqueal acrescenta riscos de
pneumonia, sinusite e trauma em via aérea, entre outros pneumonia, sinusite e trauma em via aérea, entre outros
problemasproblemas
A utilização de uma interface menos invasiva (máscara) poderia A utilização de uma interface menos invasiva (máscara) poderia
dar suporte a ventilação sem os riscos inerentes a técnica dar suporte a ventilação sem os riscos inerentes a técnica
convencionalconvencional
A. Farias
• ProspectivoProspectivo, 44 episódios em 36 pacientes. DPOC, bronquiectasias, seqüela de TB e outros com , 44 episódios em 36 pacientes. DPOC, bronquiectasias, seqüela de TB e outros com
limitação crônica do fluxo aéreolimitação crônica do fluxo aéreo. .
• Sucesso em 77% dos pacientes.Sucesso em 77% dos pacientes. Os Os bem sucedidosbem sucedidos tinham tinham melhor nível de consciência (LC)melhor nível de consciência (LC)
prévio a abordagemprévio a abordagem e e melhora significativa de LC, PaCOmelhora significativa de LC, PaCO22 e pH após 1 h e pH após 1 h..
Anton A et al. CHEST 2000; 117:828–833Anton A et al. CHEST 2000; 117:828–833
VNI - Fatores Preditores de SucessoVNI - Fatores Preditores de Sucesso
A. Farias
• Prospectivo, multicêntrico, randomizado, controlado, 232 pac. DPOC (VNI x Prospectivo, multicêntrico, randomizado, controlado, 232 pac. DPOC (VNI x convenc.)convenc.)
Plant PK et al. Thorax 2001;56:708-712Plant PK et al. Thorax 2001;56:708-712
VNI - Fatores Preditores de SucessoVNI - Fatores Preditores de Sucesso
A. Farias
VNI - IndicaçõesVNI - Indicações
•DPOCDPOC com acidose respiratória (pH 7,25-7,35) (A). Pacientes com com acidose respiratória (pH 7,25-7,35) (A). Pacientes com
pH < 7,25 estão mais sujeitos a falha e devem ser tratados em UTIpH < 7,25 estão mais sujeitos a falha e devem ser tratados em UTI
•IRA hipercápnicaIRA hipercápnica secundária a deformidade torácica (escoliose, secundária a deformidade torácica (escoliose,
toracoplastia) ou doença neuromuscular (C)toracoplastia) ou doença neuromuscular (C)
•Edema pulmonar cardiogênicoEdema pulmonar cardiogênico não responsivo a CPAP (B) não responsivo a CPAP (B)
•DesmameDesmame da intubação traqueal (B) na falha de estratégias da intubação traqueal (B) na falha de estratégias
convencionaisconvencionais
•VNI não é substituto da VMI (B) Pacientes com severa hipoxemia VNI não é substituto da VMI (B) Pacientes com severa hipoxemia
(elevado gradiente alvéolo-arterial) são melhor tratados com VMI(elevado gradiente alvéolo-arterial) são melhor tratados com VMIBTS guideline. Non-invasive ventilation in acute BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute
respiratory failure. Thorax 2002respiratory failure. Thorax 2002
A. Farias
Fatores associados ao sucesso da VNI na IRespAFatores associados ao sucesso da VNI na IRespA
Liesching T. Chest 2003Liesching T. Chest 2003
• Menor vazamento pela Menor vazamento pela
máscaramáscara
• Melhor escore SAPS II ou Melhor escore SAPS II ou
APACHE IIAPACHE II
• Respiração sincronizadaRespiração sincronizada • Melhor escore neurológicoMelhor escore neurológico
• Pouca secreçãoPouca secreção • Ausência de pneumoniaAusência de pneumonia
• Dentição intactaDentição intacta • PaCOPaCO22 < 92 mmHg < 92 mmHg
• Melhor adesão a técnicaMelhor adesão a técnica • pH > 7,10pH > 7,10
• Boa tolerância a máscaraBoa tolerância a máscara • Boa resposta inicial a VNI Boa resposta inicial a VNI
( ( ↑↑ pH, pH, ↓↓ FR, FR, ↓ ↓ PaCOPaCO22))
A. Farias
VNI e EAP – CPAP e NPPVVNI e EAP – CPAP e NPPV
Winck JC e col.Critical Care 2006, 10:R69Winck JC e col.Critical Care 2006, 10:R69
CPAPCPAP NPPVNPPV
A. Farias
Introdução Introdução
A VNI e o CPAP tem sido progressivamente utilizados na IRespA A VNI e o CPAP tem sido progressivamente utilizados na IRespA
de forma a evitar a intubação traqueal e suas complicações.de forma a evitar a intubação traqueal e suas complicações.
Entretanto nem todos os grupos de pacientes com IRespA Entretanto nem todos os grupos de pacientes com IRespA
beneficiam-se igualmente desta estratégia. beneficiam-se igualmente desta estratégia.
Em algumas situações constitui a estratégia preferencial de Em algumas situações constitui a estratégia preferencial de
abordagem. Em outras ainda necessita melhor definição na abordagem. Em outras ainda necessita melhor definição na
literatura com taxa de falha mais elevada.literatura com taxa de falha mais elevada.
VNI – Ventilação Não Invasiva com Pressão PositivaVNI – Ventilação Não Invasiva com Pressão Positiva
A. Farias
Forte (múltiplos ensaios Forte (múltiplos ensaios controlados e metanálises)controlados e metanálises)
EA-DPOC / desmame DPOCEA-DPOC / desmame DPOC
EAP (mais forte para CPAP)EAP (mais forte para CPAP)
ImunocomprometidosImunocomprometidos
Prevenção da falência da Prevenção da falência da extubação (não instalada)extubação (não instalada)
Menos forte (mais de um ensaio Menos forte (mais de um ensaio controlado, caso controle, controlado, caso controle, coortes)coortes)
IRespA – Pós-operatórioIRespA – Pós-operatório
Oxigenação antes da intubaçãoOxigenação antes da intubação
Suporte durante endoscopiaSuporte durante endoscopia
Fraca (séries de casos ou Fraca (séries de casos ou resultados conflitantes)resultados conflitantes)
Obstrução de VASObstrução de VAS
ALI / SDRAALI / SDRA
AsmaAsma
PneumoniaPneumonia
Recusa de intubaçãoRecusa de intubação
VNI na Insuficiência Respiratória
Pierson DJ.Respir Care 2009;54(1):40–50. 2009
A. Farias
VNI e Edema Pulmonar Cardiogênico - Intubação
CPAP
BIPAP
CPAP x BIPAP
Mehta S et al.RespirCare 2009;54(2):186 –195
A. Farias
Demoule A, Girou E, Richard JC, et al. Benefits and risks of success or failure of noninvasive ventilation. Intensive Care Med 2006; 32:1756–1765.
A. Farias
VNI- SDRA
Metanálise de três ensaios randomizados controlados
•A adição de VNI aos cuidados dos pacientes com SDRS não reduziu a taxa de
intubação traqueal
•Não houve impacto na taxa de sobrevivência na UTI
•A atual evidência sugere que estes pacientes provavelmente não possuem
desfechos melhores pelo uso de VNI.
•Estas conclusões são limitadas pela heterogeneidade dos estudos
A. Farias
VNI na Insuficiência Respiratória
Hipoxêmica
• Edema pulmonar cardiogênico
• Pneumonia
• ALI / SDRS
• Imunocomprometidos
• Trauma Torácico
• Fibrose pulmonar idiopática
• Pós-cirúrgica
Hipercápnica• DPOC• Asma• Fibrose cística• Bronquiectasia• Depressão do SNC• Lesão medular• Neuropatia• Neuromuscular• Miopatia• Cifoescoliose