descomplicando a ventilação mecânica
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8/12/2019 Descomplicando a Ventilao Mecnica
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DESCOMPLIC NDO VENTIL OMECNIC
Prof. Rodrigo Queiroz
A tarefa no tanto ver o que ningum viu ainda, mas pensar
o que ningum pensou sobre algo que todos vem.ArthurSchopenhauer - filsofo alemo (1788-1860).
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Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construo.Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocs.
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Prefacio ou um Predifcil
Com os avanos na rea da sade, houve uma drstica mudana no perfilepidemiolgico dos pacientes que ns assistimos. Cada vez so mais complexos oscasos, no falo isso somente no ambiente hospitalar no, mas em todos os nveis de
ateno.Comumente os pacientes so descarregados da UTIspara as enfermarias aindanecessitando de suporte ventilatrio, hemodinmico, monitorizao multiparamtrica,etc... Mas ser que os setores que no lidam com tecnologia de ponta esto preparados
para tal? Tem pessoal treinado? Tem pessoal suficiente? O certo que precisamos deuma linguagem mais clara para aproximar a tecnologia daqueles que realmente cuidam...
Na minha rotina vejo pacientes em ventilao mecnica prolongada onde osproprios acompanhantes que ajustam a FIO2 e a presso de suporte! Ser porque issoacontece? J pensou se o odontlogo fosse reponsvel por prescrever e executar aescovao dos dentes de todos os seus pacientes? Assim o caso da aspirao e mesmode algusns ajustes no aparelho de ventilao mecnica. Ser que estamos evoluindo para
pensar neste sentido? O certo que ser impossvel (ou melhor j !) manter estesprocedimentos centrados entre uma ou outra disciplinas da rea da sade.
Pense rpido, quantos pacientes temos ventilados na emergncia agora? Quantosna UTI? Quantos nas enfermarias? Quantos desses j poderiam estar em casa e estointernados esperando por uma infeco, acentuao da fraqueza adquirida, ulcera de
presso, depresso, delirium...? Ser que no precisamos melhorar nosso treinamentoem sade?
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Que bixo esse?
Cada captulo ser desenvolvido no sentido de favorecer o entendimento sejavoc um leigo ou um PHD na rea. Como tudo na vida, vamos comear do comeo.
A definio de ventilao mecnica aqui no Brasil, est no maior documento,ou pelo menos o mais citado, mais referenciado, que o III consenso de VentilaoMecnica da Associao de Medicina Intensiva (AMIB): A ventilao mecnica um mtodo de suporte de vida em que um aparelho movimenta gases para dentro dos
pulmes, promovendo oxigenao e ventilao(CARVALHO et al, 2007).Obviamente que precisamos aproximar/situar mais o leitor agora, pois caso
contrrio voc estaria lendo o III Consenso, no verdade? Brincadeiras a parte,perceba que dentro do conceito mencionado, temos uma bomba que movimenta um gs
e promoveventilao e oxigenao.Vamos l, pense nestes tpicos que destaquei emnegrito, vamos conversar um pouco sobre eles agora.
Entendendo a ventilao sem ajuda de aparelhos
Em nosso dia dia nem lembramos que estamos respirando. Mas antes de entrarno assunto vamos entender a diferena entre respirao e ventilao. Respirao temuma conotao rotineira de inalar e exalar o ar dos pulmes, porm cientificamente otermo respirao envolve aspectos fisiolgicos tambm nivel celular. Ento, para o atode renovao do Gsdos nossos pulmes, a nomeclatura mais correta seria ventilao,ventilar, ventilado...
Mas como amos conversando, nem lembramos que estamos ventilando, jum clich nos cursos da rea, (- Voc, antes dessa passagem, estava ventilando e nem
se deu conta!). Talvez agora voc esteja percebendo isso enquanto l este que vosescreve. Pense que voc agora esta voluntariamente movimentando uma massa de Gs
para dentro do seu peito, e isso voc pode fazer voluntariamente, ou seja, como estfazendo agora (Fala a verdade, voc acabou de puxar o ar fundo e perceber que estavaventilando...).
Antes de puxar o ar fundo (voluntariamente), voc estava, de maneirainvoluntria, ventilando do mesmo modo. So rea cerebrais diferentes que so capazesde controlar um mesmo processo. O controle voluntrio mediado pelo crtex e o
involuntrio por regies especializadas do tronco cerebral localizadas no bulbo e daponte (centro respiratrio).O centro respiratrio dotado de sensores capazes de identificar alteraes na
Presso Parcial de Dixido de Carbono (Paco2) e no PH sanguineo. Alm desse sensorcentral, existem outros localizados na aorta e cartidas.
Resumindo, o sistema nervoso central (SNC) comanda uma bomba capaz demoviemntar uma massa de gs para dentro e para fora de nosso peito. Uma bomba deventilao que no mecnica, no artificial, fisiolgica, natural e muscular.
Observem a figura 1, tem um resuminho do que discutimos sobre o processode ventilao at agora. Quando puxamos o ar (inpirao) seja voluntariamenteou involuntariamente, foi porque o SNC mandou, a os musculos se contrairam
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4(principalmente o diafragma) aumentou o espao dentro da caixa torcica. Onde temmais espao tem menos presso (gradiente de presso), logo o ar do ambiente tende a sedeslocar (fluxo) para dentro do peito, mais especicamente para os alvolos (ventilaoalveolar).
Figura 1. Introduo biofsica da ventilao alveolar
Agora, quando paramos de inspirar, ou seja, o msculo para de contrair ecomea a relaxar, o espao comea a diminuir, e como ele est cheio de ar, a preso nointerior do pulmo est maior, logo ar tende a sair.
Fiz um vdeo, no est to profissional assim, porm permite um melhor entendimentodesta parate inicial...
Fisioterapia respiratria e biofsica da respirao - vdeo aula
Entrando O2 (oxigenao) e saindo CO2 (ventilao)
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5Como estudamos desde as nossas sries iniciais, o ar ambiente rico em O2
(oxignio), assim, durante a inspirao levamos uma grande quantidade deste gs paradentro dos alvolos. Tambm fisiologia bsica, os alveolos so envoltos por capilaresque contm contedo sanguineo pobre em oxignio, logo, a presso deste gs maior
nos alvolos. Por diferena de presso, o oxignio adentra no capilar e bombeado atas clulas.
Entendendo um pouquinho mais...
Um contnuo ciclo, que deve ser preservado todo custo.
Por diferena de concentrao o oxignio que chegou at o alvolo passa parao capilar pulmonar, e o dixido de carbono (CO2) sai do capilar para o alvolo. Numcontnuo ciclo, que deve ser preservado todo custo.
Observem na figura abaixo como a quantidade de oxignio maio dentro doalvolo, isso gera uma presso do gs em direo ao capilar.
Figura 2- Exemplificando o mecanismo de difuso de gases
Como surge o CO2
As celulas liberam CO2 (dixido de carbono ou gs carbnico) na correntesangunea, que um subprobuto (lixo) do seu metabolismo.
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Figura 3 - Representao da reaes durante o metabolismo delular.
Esse processo ocorre continuamente, e a ventilao pulmonar o processoque controla a quantidade deste gs de maneira ideal dentro do organismo. Isso bem
basiquinho.Caso tenha interesse, seguem mais algumas linha s para clarear um pouco mais
o processo. Acho que vale apena, caso contrrio, pule para o quadro azul e boal leitura.
Continuar lendo ou pular para o Quadro azul
A fermentao alcoolica ou gliclise um processo biolgico no qual acares,entre eles a glicose, so convertidos em energia celular. Essa fase denominadaanaerbia pois no necessita da presena de oxignio. Nesta fase temos o dixido decarbonocomo um dos resduos metablicos.
Essa reao apresentada mediada por enzimas livres no citosol, na qual aglicose oxidada produzindo duas molculas de piruvato, duas molculas de ATP edois equivalentes reduzidos de NADH+, que sero introduzidos na cadeia respiratria.
Entendendo um pouquinho mais...
Regulao da ventilao alveolar. Prenda o ar...E sinta!
Um grupo disperso de neurnios localizados no bulbo (Centro
Respiratrio CR) fica inativo durante alguns segundos aps a expirao,
isso varia de pessoa para pessoa.
O disparo do CR ocasionado pelo excesso de gs carbnico e de
ons hidrognio que causam um efeito direto excitatrio neuronal.
Ocorre ento uma sbita e automtica descarga eltrica que faz a
musculatura inspiratria se contrair, acarretando um aumento do dimetro
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torcico, fazendo cair rapidamente a presso intra-pulmonar (ponto de
inflexo inferior da figura 4), gerando um influxo de gs para os alvolos (o
diafragma responsvel por at 80 % dessa atividade).
O oxignio no exerce efeito direto significativo sobre o CR. Pelocontrrio, atua quase exclusivamente sobre os quimiorreceptores da cartida
e aorta transmitindo sinais neuronais adequando ao centro respiratrio para o
controle da ventilao.
Como tem mais CO2 dentro dos capilares do que no alvolo, o CO2 passa parao alvolo e eliminado durante a expirao. Essa renovao do gs alveolar entrando esaindo O2 e CO2 chamada de ventilao alveolar!
Entendendo a ventilao com ajuda de aparelhos
Mas essa bomba muscular, entremeada por aspectos humorais pode falhar.Imagine uma pessoa que tenha sua funo cerebral alterada. Bebeu, sem capacete, caiude moto e pumm, bateu a cabea. Ou um vaso obstruido, ou rompido e o tecido cerebral lesado. Ou mesmo durante uma cirurgia, onde preciso sedar o paciente.Lembre-se o SNC controla a ventilao, se ele no estiver legal ela no vai ocorrer deforma satisfatria.
Diversas so as causas de dificuldade ventilatria que podem evoluir paraa necessidade de instituio de meios artificiais que sejam capazes de promover aoxigenao e a ventilao do paciente, ou seja, entrada de O2 e sada de CO2.
Indicaes comuns de VM... certamenteestaro presentes em seu dia a dia
profisional
Reanimao devido parada cardiorrespiratria Hipoventilao e apnia Insuficincia respiratria devido a doena pulmonar intrnseca e
hipoxemia Falncia mecnica do aparelho respiratrio Fraqueza muscular / Doenas neuromusculares / Paralisia Comando respiratrio instvel (trauma craniano, acidente vascular
cerebral, intoxicao exgena e abuso de drogas). reveno de complicaes respiratrias Restabelecimento no ps-operatrio de cirurgia de abdome
superior, torcica de grande porte, deformidade torcica, obesidade
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8mrbida
Parede torcica instvel. Reduo do trabalho muscular respiratrio e fadiga muscular
Vamos fazer uma pequena correlao com os Grficos
Em geral os autores deixam esta parte por ltimo, comeam explicando osmodos, parmetros, porm, vou pedir licena potica.
Lembre-se, temos que controlar a sada e entrada de gases (CO2 e O2), e muitasvezes este ajuste deve ser fino. Ento temos que compreender as informaes que sotransmitidas pela Mquina.
Imagine uma linha reta, acima dela a presso alta, abaixo dela a presso tendea diminuir gradualmente. Como falamos anteriormente, quando estamos ventilando epuxamos o ar (inspiramos), existe um disparo neuronal que excita a nossa musculatura,principalmente o diafragma. Uma vez excitado o diafragma se contrai e desce,aumentando o espao dentro da caixa torcica.
Com o aumento do espao ocorre uma queda de presso. Agora, se osistema respiratrio estiver conectado um sensor que seja capaz de expressar issograficamente, o que voc acha que aconteceria com a linha reta que nos falamos antes?Vamos pensar????
Num ciclo espontneo de um paciente em ventilao mecnica a primeira fase
ocorre justamente isso que voc acabou de desvendar, o grafco vai para baixo! Apresso diminuiu!!! Ele inspirou!!!
O paciente que inicia todo processo ventilatrio atravs de um esforoinspiratrio, percebido no grfico como uma inflexo inferior conforme a Figura 4. Essainflexo nos mostra quando ocorre a despressurizaro do sistema.
Figura 4. Termos clnicos comuns utilizados paciente tem drive ou tem trigou.
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9Mas quando o centro respiratrio para de funcionar, ou o msculo tem
problema, ou o pulmo ou a caixa torcica no se expande.Esses e outros problemas fazem com que o ciclo no se inicie espontaneamente,
termos ento que controlar todo o processo. Ventilao controlada.
A figura 5 nos mostra bem essa situao, no primeiro momento no percebemosinflexo inferior, assim, logicamente quem iniciou o ciclo foi o ventilador (ventilaocontrolada). J no segundo momento percebemos que o paciente fez cair a pressono sistema, o grfico nos mostra uma forma de onda que no est completamentecontrolada foi assistida pelo ventilador (ventilao assisto controlada)
Figura 5 - Grfico mostrando a diferena entre um ciclo controlado e um espontneo
Mais algumas pitadasde Fisiologia
O quantidade de gs queentra e sai do pulmo durante otempo deve ser capaz manter
equilibrada as taxas de O2 eCO2 no sangue.
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Na realidade, o grande objetivo manter os tecidos oxigenados,e expulsar o excesso de CO2
produzido pelo metabolismo,
evitando acidemia e acidose.
Lembra que l no citoplasma celular existe uma reao (gliclise), onde enzimasoxidam e quebram a molcula de glicose em cido pirvico?
O grande objetivo a produo de energia (duas molculas de ATP), almdisso, produz dois equivalentes reduzidos de NADH+, que sero introduzidos na cadeiarespiratria, e vo produzir mais energia. Eis a questo, nem tudo to lindo assim.Dessa primeira reao (gliclise), liberado CO2 e isso precisa ser eliminado!!!!!
Se ele se acumular no sangue (O CO2 produzido) e no for elimidado dosatravs dos pulmes, ele regir com a gua e formar o cido carbnico (H2CO3),
tornando o sangue cido, fazendo o PH cair, gerando acidose.Se o oxignio no entrar no sangue, a cadeia respiratria no ocorrer
adequadamente, pois ele aceptor final de eltrons da cadeia respiratria, fase darespirao celular que ocorre dentro da mitocndria.
A falta de oxignio faz com que os eltrons no sejam removidos do complexo.Retrogradamente, os outros componentes da cadeia respiratria passam a reter eltrons,
por no poder pass-los adiante. Com a parada na progresso dos pares de eltrons,cessa a produo de ATP e a clula morre por falncia energtica.
Equao Geral da Respirao Aerbica
C6H12O6 + 6 O2 + 36 ADP ===> 6 CO2 + 6 H2O + 36 ATP
Acidemia e acidose???????
Pesquisem, estudem mais sobre isso!!!!
Ventilando o paciente
O que ?
Consiste em um mtodo de suporte ventilatrio (total ou parcial) para otratamento de pacientes com insuficincia respiratria aguda ou crnica agudizada.
Para que serve?
1. Manuteno das trocas gasosas - correo da hipoxemia e da acidose respiratriaassociada hipercapnia.
2. Aliviar o trabalho da musculatura respiratria
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3. Reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratria4. Diminuir o consumo de oxignio5. Reduzir o desconforto respiratrio6. Permitir a aplicao de teraputicas especficas.
Como se faz?
Atravs da utilizao de aparelhos (ventiladores mecnicos) que, devido geraode um gradiente de presso, intermitentemente, insuflam as vias respiratrias comvolumes de ar (volume corrente - VT).
1. Ventilao mecnica invasiva
Utiliza-se uma prtese introduzida na via area, isto , um tubo oro ou nasotraqueal(menos comum) ou uma cnula de traqueostomia.
2. Ventilao mecnica no invasiva.
Utiliza-se uma mscara (pronga nasal em neo-pediatria) como interface entre opaciente e o ventilador artificial.
O interessante que o paciente pode estar entregue (chamados de cicloscontrolados) participando (ciclos assistidos) ou a maquina s oferece uma ajudinha,como se fosse um pezinho para subir num muro como (ciclos espontneos).
Entendendo mais um pouquinho: Ajustando o equipamento.
O volume de ar ento enviado pela maquina (fase inspiratria). Aps o fim dafase inspiratria a maquina para de enviar o volume de gs e abre a vlvula para a sada
passiva de ar dos pulmes seria uma forma de recuo elstico (fase expiratria).Neste ar, podemos controlar a:- Concentrao de oxignio(FIO2) necessria para obter-se uma taxa arterial de
oxignio (presso parcial de oxignio no sangue arterial- PaO2) adequada.- Controla-se ainda, a velocidade com que o ar ser administrado (fluxo
inspiratrio - .V).
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2- O nmero de ciclos respiratrios que os pacientes realizam em um minuto
(freqncia respiratria - f)- Tempo da fase inspiratria (TI).- Volume de ar que deve ser administrado (VT volume corrente) ou a presso
mxima a ser atingida (PI).- Controlamos tambm qual deve ser a presso que deve permanecer nospulmes aps o fim da fase expiratria (PEEP).
Avanando mais um pouquinho....
Logicamente que no to simples assim, alm de existirem outros controles,temos que lembrar da uma relao fsica imposta ai: o recipiente que ir receber ovolume de gs o pulmo de uma pessoa. Assim, no podemos esquecer que ostecidos so vivos (epitlio brnquico, alveolar, capilares...), elsticos, e que ofereceroresistncia.
Alguns clculos so importantes, como:
1. O volume ideal de gs ser administrado volume corrente2. Resistncia3. Complacncia
Quando est indicada
Em situaes de urgncia, especialmente quando o risco de vida no permiteboa avaliao da funo respiratria, a impresso clnica o ponto mais importante na
indicao de VM, auxiliada por alguns parmetros de laboratrio.
ADMITINDO UM PACIENTE EM VENTILAO MECNICA
Voc sabe realmente indicar?
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INSUFICINCIA RESPIRATRIA AGUDAOU CRNICA AGUDIZADA.
Problemas
CHOQUETCE + AVE
POVENTILAO RPIDA E SUPERFICIAL
Perfil do pacientes internados na UTI do HGPV sob uso de suporte ventilatrioinvasivo.*
PERODO DE ANLISE 11/08/10 a 10/09/10
55, 5% homens, com idade mdia de 57,4 anos (Mx 92 / Min 19 anos). Diagnstico principal: 44% AVE Modo mais utilizado: PCV 55%, PSV 44% Sinais clnicos mais evidenciados na ficha mdica da emergncia: Reduo do
NC (27%), Aumento do WOB (38%).
*Dados parciais do livro de registro de atendimentos do Estgio Supervisionado em Fisioterapia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia UESB.
Obs 1. Critrios mais freqentemente utilizados
NC, WOB, CIANOSE
FR e Pao2 P/F
Obs 2. Oxigenao tecidual - CHOQUE
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4A concentrao de hemoglobina (Hb), o dbito cardaco (DC), o contedo arterial deoxignio (CaO2) e as variaes do pH sangneo.
Obs 3. Falncia mecnica do aparelho respiratrio TCE + AVE
- Fraqueza muscular / Doenas neuromusculares / Paralisia; e- Comando respiratrio instvel (trauma craniano, acidente vascular cerebral,intoxicao exgena e abuso de drogas).
Obs 4. Preveno de complicaes respiratrias - PO Restabelecimento no ps-operatrio de cirurgia de abdome superior, torcica degrande porte, deformidade torcica, obesidade mrbida; e
Parede torcica instvel
Obs 5. Reduo do trabalho muscular respiratrio e fadiga muscular. VENTILAORPIDA/SUPERFICIAL
PARAMETRAGEM BSICA DO VENTILADOR
MODO
Mais comumente admitimos em PCV.
PARMETROS PROGRAMVEIS
1 PI (p/ VC = 8ml/kg)
2 PEEP
3 FR
4 TI
5 FIO2
6 SENSIBILIDADE
PARMETROS APRESENTADOS
1 VC2 FRa3 I:E
PARAMETRAGEM VENTILATRIA
PARMETROS PROGRAMVEIS
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5O AMB substitui a VM, no precisa pressa, nem grito!!!Lembre-se do DODO (Desobstruo, oxigenao, decbito, oximetria)
- MODO
1. PCV
2. PSV sempre que o paciente estiver interagindo, e/ou queremos estimular suaparticipao, usado ainda como mtodo de desmame.
- PRESSO INSPIRATRIA (PI)
Manter expansibilidade e entrada de ar adequada, inicial de 20 a 25 cmH20, sendoajustada para mais ou para menos, mantendo VC adequado, entre 5- 8ml/kg, evitandohiperdistenso, cuidado ao ultrapassar pico de 35 cmh20.
- PEEP
Adequada para manter oxigenao So > 90%, Pao2 > 60mmhg, P/F > 250. EvitandoPresso mdia maior que 15 cmh20.Iniciando em 5 cmH20, elevando quando necessrio.Sua reduo deve ser bem discutida, evitando o desrecrutamento.Acima de 10 cuidados na aspirao (rpida e evitar desconexo desnecessria). Pensarem sistema fechado.
- FREQUNCIA RESPIRATRIA
Iniciar de 12 20 ipmCorrigir de acordo com a pco2, e a I:E.
- SENSIBILIDADE
Priorizar fluxoAdequar para evitar esforo excessivo e nem auto-ciclagem (0,5 2l/min)
-FIO2Iniciar com 100% reduzir gradualmente para SPO2 > 90, priorizando valores inferiores 60%.
- PS
Quando no desejamos esforo do paciente, titular para Vc do espontneo igual aoassistido.Ps > 7-10 cmH20 para vencer resistncia do tubo.Evitando e corrigindo a reteno de CO2
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FR PI
I:E Peep
Avaliar broncoespasmo, dieta, febre, agitao.Hipercapnia permissiva.
Normocapnia obrigatria.
Evitando e corrigindo a hipoxemia
PeepFio2Ti
Avaliar DC, BH, Agitao, SVO2.
CUIDADOS GERAIS COM O PACIENTE EM VENTILAO MECNICA
Responsabilidade do Fisioterapeuta
MecnicaTerapia de Higiene Brnquica - THBTerapia de Expanso Pulmonar TEPRecrutamento Alveolar - RADesmame da Ventilao MecnicaTreinamento Muscular Ventilatrio TMV.
Responsabilidade da equipe
Rigor na avaliao das trocasConforto ventilatrioReduo do consumo de O2.Adequada PCo2Adequado PH
J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 54-S 70
Prtica
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Material didtico Iniciado em 2009 - Revisado em Julho de 2013 ainda em construo.Ajudem, apontem erros, sugiram, conto com vocs.
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Voc dever se dirigir Unidade de Terapia intensiva, e realizar as etapassolicitadas abaixo.
1. Uso do Jaleco2. Apenas 3 componentes por vez3. Higienizao das mos conforme seqncia da ANVISA4. Uso de luva de procedimento5. Preencha os campos abaixo para cada ventilador diferente que estiver em
funcionamento na unidade.
Ventilador Modo PI PeepFRp
FRa
TI
I:E
FiO2
SENS
VC Alarme Ppico Alarme apnia Alarme FR
Ventilador Modo PI PeepFRp
FRa
TII:E
FiO2SENS
VC Alarme Ppico Alarme apnia Alarme FR
Ventilador Modo PI PeepFRp
FRa
TII:E
FiO2SENS
VC Alarme Ppico Alarme apnia Alarme FR
Ventilador Modo PI PeepFRp
FRa
TII:E
FiO2SENS
VC Alarme Ppico Alarme apnia Alarme FR
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Prtica Vritual
Escolha um paciente em ventilao mecnica. Preencha os campos abaixo, e enviepara o professor Rodrigo Queiroz atravs do e-mail [email protected]. Tea um brevecomentrio se concorda ou discorda da estratgia ventilatria implementada.
Leito: (_____________)
Sinopse do caso (procedncia, fatores preciptantes da IOT, complicaes e demaisaspectos gerais da HDA).
Diagnstico principal:____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Diagnsticos secundrios/ patologias pregressas
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
Glasgow/Ramsey RXData/hora
SSVV: FC ( )FRp/a ( /) PA (_____/
______/______)Spo2 ( )PIC ( )PVC ( )
TC ( )
RespiratrioDist. TuboCarina
TOT ( ) TQT ( )Fixado ( )
Expansibilidade SIMTRICA () D>E ( )E>D ( )
Interao
Ausculta
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9Secreo
HemodinmicoDVAs ( ) Corado ( )
Pulso radial
palpvel ()Perfuso 45 PcO2Pico 35 HCO32
Cuff/ plat 30 PaO2P/FSaO2Resutado:
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2PaO2: presso arterial de oxignio;FiO2: frao inspirada de oxignio.
Gradiente alvolo-arterial de oxignio (GA-aO2), calculado atravs da seguintefrmula:
GA-aO2= PAO2- PaO2Sendo:PAO2= presso alveolar de oxignio;PaO2= presso arterial de oxignio.
A presso alveolar de oxignio (PAO2) calculada pela frmula:PAO2= {(PB - PH2O) xFiO2} - PaCO2Sendo:PB = presso baromtrica;PH2O = presso de vapor de gua;FiO2= frao inspirada de oxignio;
PaCO2= presso parcial de CO2no sangue arterial.Valores normais para FiO2de 21%: 10 a 15 mmHg.Valores normais para FiO2de 100%: 10 a 65 mmHg.
Shuntpulmonar (valores normais de 3% a 5%), calculado atravs da seguintefrmula:Shunt= (CcO2- CaO2)/(CcO2- CvO2)Sendo:CcO2= contedo capilar de oxignio;CaO2= contedo arterial de oxignio;CvO2= contedo venoso de oxignio.
O contedo capilar de oxignio calculado pela seguinte frmula:CcO2= (Hb x1,34) + (PAO2x 0,0031)Sendo:Hb = hemoglobina;PAO2= presso parcial de oxignio no alvolo.
A presso parcial de oxignio no alvolo (PAO2) calculada pela frmula:PAO2= {(PB - PH2O) x FiO2} - PaCO2Sendo:PB = presso baromtrica;PH2O = presso de vapor de gua;FiO2= frao inspirada de oxignio;PaCO2= presso parcial de CO2no sangue arterial.
O contedo arterial de oxignio (CaO2, VN = 17 a 20 ml/dl) foi calculado pelaseguinte frmula:CaO2= (1,34 x Hb x SaO2/100) + (PaO2x 0,0031)Sendo:Hb = hemoglobina;SaO2= saturao arterial de oxignio;PaO2= presso parcial de oxignio no sangue arterial.
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22O contedo venoso de oxignio (CvO2, VN = 12 a 15 ml/dl), foi calculado pelaseguinte frmula:CvO2= (1,34 x Hb x SvO2/100) + (PvO2x 0,0031)Sendo:
Hb = hemoglobina;SvO2= saturao venosa de oxignio;PvO2= presso venosa de oxignio.Diferena arteriovenosa de oxignio (DavO2, VN = 4 a 5 ml/dl), DavO2=CaO2-CvO2
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