ventilação mecânica adaptado (1)

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Ventilação Mecânica: Princípios básicos. Material adaptado do trabalho: Ventilação Mecânica: princípios básicos em Enfermagem, Ítalo Leite, 2009.

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Page 1: Ventilação mecânica adaptado (1)

Ventilação

Mecânica:

Princípios básicos.

Material adaptado do trabalho: Ventilação Mecânica: princípios básicos em Enfermagem, Ítalo Leite, 2009.

Page 2: Ventilação mecânica adaptado (1)

SUMÁRIO

CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................. 4

REVISÃO DA LITERARURA .................................................................................................. 6

I. CONCEITO .......................................................................................................................... 6

II. INDICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA ................................................................... 6

III. FINALIDADES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA ................................................................ 6

IV. TIPOS DE VENTILADORES MECÂNICOS ....................................................................... 7

a. Ventiladores por pressão negativa .................................................................................. 7

b. Ventilação por pressão positiva ...................................................................................... 7

V. VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA E NÃO – INVASIVA ............................................. 8

VI. MODALIDADES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA ............................................................ 8

VIII. PARÂMETROS PARA VENTILAÇÃO MECÂNICA .......................................................10

IX. ALARMES ........................................................................................................................12

X. COMPLICAÇÕES DA VMI .................................................................................................13

� Relacionada à infecção: ................................................................................................13

� Na Via Aérea Artificial: ................................................................................................14

� Relacionado com o ventilador e/ou ajustes inadequados: .......................................14

� Complicações pulmonares: ..........................................................................................14

� Complicações cardiovasculares:..................................................................................14

� Alterações da função renal e hepática: .......................................................................15

� Complicações gastrintestinais: ....................................................................................15

XI. PLANO DE CUIDADOS ....................................................................................................15

a. Histórico e cuidados ........................................................................................................15

b. Avaliação cardiovascular ................................................................................................16

c. Cuidados com a função respiratória ..............................................................................16

d. Instilação do ventilador mecânico ................................................................................17

e. Observação e monitorização do paciente em ventilação mecânica ............................17

f. Observação clínica e ausculta ..........................................................................................18

g. Controle da oxigenação (PaCO2 e SaO2) .........................................................................18

h. Umidificação dos gases ...................................................................................................19

i. Aspiração de secreções ...................................................................................................19

j. Cuidados com o balonete ..................................................................................................20

k. Radiografia do tórax .......................................................................................................20

Page 3: Ventilação mecânica adaptado (1)

l. Profilaxia da infecção respiratória .................................................................................20

m. Controle neurológico .....................................................................................................20

n. Função renal e balanço hídrico ......................................................................................21

o. Monitorização do nível nutricional ................................................................................21

p. Cuidados com o Suporte Nutricional de pacientes em VMI .........................................21

q. Mobilização do paciente em VMI e cuidados com a pele e mucosas ..........................23

r. Sedação e Analgesia do paciente submetido à VMI .......................................................23

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................24

GLOSSÁRIO ..........................................................................................................................25

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................26

Page 4: Ventilação mecânica adaptado (1)

REVISÃO DA LITERATURA

I. CONCEITO

“Ventilação Mecânica é um método de suporte de vida, geralmente utilizado em

pacientes suscetíveis à insuficiência respiratória aguda, cuja finalidade é permitir

suporte ventilatório no intuito de suprir as necessidades metabólicas e

hemodinâmicas do organismo” (CINTRA, 2008, p.353).

II. INDICAÇÕES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA

Em geral, a insuficiência respiratória leva à necessidade da ventilação mecânica, seja

devido a uma DPOC, trauma múltiplo (principalmente trauma craniano grave e/ou

com secção da medula cervical), anestesia geral e outras condições como: cirurgias

cardíacas e torapulmonares, em pacientes com aumento acentuado da pressão

intracraniana (PIC), ou ainda, em pacientes com disfunções cardíacas, quando há uma

exigência funcional da assistência ventilatória (CINTRA, 2000). “A ventilação mecânica

é indicada para a obstrução vias aéreas superiores secundárias como: trauma, edema,

hemorragia, tumores, apnéia, ineficácia na aspiração de secreções, elevado risco de

broncoaspiração e insuficiência respiratória” (BARBAS, 1994, p. 119).

III. FINALIDADES DA VENTILAÇÃO MECÂNICA

De acordo com Cintra (2008, p. 352), “a finalidade da ventilação mecânica consiste em

otimizar alguns aspectos fisiológicos e clínicos dos pacientes”.

Objetivos fisiológicos Objetivos clínicos

1. Sustentar as trocas gasosas;

2. Pulmonares

a) Normalizar a ventilação alveolar (PaCO2,

PH)

b) Obter um nível aceitável de oxigenação

arterial (PaO2, SaO2)

1. Reverter a hipoxemia;

2. Tratar a acidose respiratória;

3. Aliviar o desconforto respiratório;

4. Prevenir e tratar atelectasias;

5. Reverter a fadiga dos músculos

respiratórios;

Page 5: Ventilação mecânica adaptado (1)

3. Aumentar o volume pulmonar;

4. Reduzir o trabalho muscular respiratório.

6. Permitir a sedação ou o bloqueio

neuromuscular;

7. Diminuir o consumo sistêmico e

miocárdico;

8. Reduzir a pressão intracraniana;

9. Estabilizar a parede torácica.

IV. TIPOS DE VENTILADORES MECÂNICOS

Os ventiladores mecânicos são classificados em ventiladores por pressão negativa e

por pressão positiva, sendo este último o mais utilizado.

a. Ventiladores por pressão negativa

Sustentam a ventilação semelhante à espontânea. Agem exercendo uma pressão

negativa externamente no tórax; essa modalidade permite que o ar inspirado

preencha o volume torácico. Estes ventiladores estão indicados em pacientes com

insuficiência respiratória crônica associada à patologias neuromusculares (CINTRA,

2000). O pulmão de ferro, envoltório corporal e couraça torácica, são exemplos de

ventiladores mecânicos que funcionam por pressão positiva (BRUNNER; SUDDARTH,

2005).

b. Ventilação por pressão positiva

Em virtude da pressão positiva exercida pelo ventilador nas vias aéreas do paciente, os

alvéolos ampliam-se no momento da inspiração. Uma das maiores vantagens da

vantagens da ventilação mecânica por pressão positiva, além da substituição da

atividade mecânica da respiração espontânea é a possibilidade de permitir uma

oxigenoterapia com frações de O2 variáveis. A mistura de gases inalados pode ser

composta de forma que mais atenda às necessidades do paciente e que mais se adeque

as condições terapêuticas (CINTRA, 2000). Os ventiladores ciclados por pressão,

tempo, volume e fluxo são os tipos de ventiladores por pressão positiva. Eles diferem

um do outro pela forma como finalizam a etapa inspiratória da respiração (CINTRA,

2000).

Page 6: Ventilação mecânica adaptado (1)

V. VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA E NÃO – INVASIVA

A ventilação por pressão positiva pode ser invasiva e não – invasiva. A escolha

dependerá das necessidades do paciente. A ventilação invasiva fornece oxigênio

através de intubação ou traqueostomia. Destina-se a pacientes graves, quando a

ventilação não-invasiva é insuficiente para manter uma boa oxigenação. Ocorre

principalmente em pacientes que tiveram ou que correm risco de uma lesão

neurológica (HARISSON, 1995). A ventilação não-invaisva pode ser aplicada por

máscaras faciais, nasais ou por formas que proporcionem a ventilação, sem que haja

algum procedimento invasivo. Ela é indicada para pacientes que não precisem de uma

assistência ventilatória intermitente ou por um período superior a vinte horas. Esta

indicada principalmente na insuficiência respiratória aguda ou crônica, hipoventilação

devido uma obesidade extrema, DPOC e distúrbios respiratórios associados ao sono

(CINTRA, 2000). A ventilação não-invasiva além de excluir a necessidade de uma

traqueostomia ou intubação, evita a sedação, os riscos de infecção, reduz o tempo da

ventilação artificial, confere, mas conforto ao paciente e melhora as trocas gasosas

(BRUNNER; SUDARRTH, 2005).

VI. MODALIDADES DE VENTILAÇÃO MECÂNICA

Conforme Cintra (2008), a escolha de uma modalidade de ventilação mecânica

determina como o ventilador e o paciente vão interagir. Inicialmente e durante

períodos de instabilidade, o modo de ventilação deve permitir o controle máximo da

ventilação. As modalidades com pressão positiva mais usadas serão descritas

sucintamente a seguir:

Ventilação controlada ou CMV (controlled mechanical ventilation): o volume

corrente (VC), freqüência (FR) e fluxo são predeterminados no ventilador mecânico.

Esta modalidade é usada para pacientes em apnéia devido a patologia ou a drogas;

Ventilação assistida/ controlada: A FR é controlada pelo paciente (o ciclo

respiratório é iniciado quando o paciente gera uma pressão negativa alcançando um

valor imposto pelo mecanismo de sensibilidade do ventilador). O volume corrente e o

fluxo são predeterminados. Se não houver o esforço do paciente, o ventilador fornece

ciclos controlados na FR mínima determinada;

Page 7: Ventilação mecânica adaptado (1)

Ventilação mandatória intermitente ou IMV (intermittent mandatory

ventilation): O ventilador mecânico permite a combinação de ciclos controlados,

fornecidos a uma freqüência predeterminada com períodos de respiração espontânea;

Ventilação mandatória intermitente sincronizada ou SIMV: Combina ciclos

espontâneos com um determinado número de ciclos mecânicos assistidos, portanto

sincronizados com o esforço respiratório do paciente;

Ventilação com pressão de suporte ou PSV (pressure support ventilation): Os

esforços inspiratórios espontâneos do paciente são assistidos com uma pressão

positiva nas vias aéreas. O fluxo de gás é livre durante toda a fase inspiratória que

termina quando o fluxo inspiratório diminui, atingindo 25% do valor inicial. O

paciente controla a FR, o fluxo, o tempo inspiratório a e relação I: E. O paciente deve

ter um estímulo respiratório íntegro e necessidades ventilatórias relativamente

estáveis;

Pressão positiva contínua nas vias aéreas ou CPAP (continuous positive airway

pression): O paciente respira espontaneamente dentro do circuito pressurizado após

ventilador mecânico. Uma pressão positiva predeterminada é mantida praticamente

constante durante o ciclo respiratório.

VII. AJUSTE DOS CONTROLES DO VENTILADOR

Os parâmetros respiratórios devem ser freqüentemente avaliados de acordo com a

resposta do paciente. As complicações iatrogenicamente induzidas compreendem a

ventilação excessiva (que provoca alcalose respiratória) e a hipoventilação (que causa

a acidose respiratória ou hipoxemia). Os exames gasométricos determinam a eficácia

da ventilação mecânica. Os pacientes com doenças pulmonares crônicas, no entanto,

deverão ser ventilados para permanecer relativamente próximos de seus valores

gasométricos normais. Usualmente, isso significa aceitar níveis de dióxido de carbono

relativamente altos, oxigenação abaixo da média ou ambos (GALLO, 2007).

Page 8: Ventilação mecânica adaptado (1)

VIII. PARÂMETROS PARA VENTILAÇÃO MECÂNICA

De acordo com GALLO (2007), ao decidir quais parâmetros ventilatórios usar, deve-se

assegurar que o ventilador estará montado corretamente e funcionando

perfeitamente. Os parâmetros básicos são:

� Volume corrente (Vc) – volume de gás fornecido ao doente em cada ciclo

respiratório (10-15 ml/kg peso). Procura-se evitar o uso de volumes correntes

elevados, tendo em vista seu papel deletério na gênese e potencialização de lesões

pulmonares. Com isso consegue-se manter pressões médias nas vias aéreas mais

baixas, diminuindo o risco de barotrauma. Pressões de pico maiores de 35cm H2O

aumentam o risco de barotrauma e de lesão pulmonar relacionada com VM.

� Freqüência respiratória (Fr) – No início é utilizada uma freqüência de 10 a 14

ciclos por minuto, em adultos. Mantendo um determinado volume corrente, a

freqüência respiratória do ventilador é ajustada após o controle da Pa CO2. Leva-se em

conta a idade, altura, sexo dos doentes. Deve coincidir com a freqüência respiratória

normal do doente.

� Volume minuto (Vm) – Vc x Fr – normalmente 6 a 8 l/min;

� Fração de O2 inspirado (FiO2) – escolhido de acordo com os gases sanguíneos do

paciente. A FiO2 usada inicialmente é geralmente de 1, devendo em seguida ser

reduzida ao valor necessário para manter uma oxigenação adequada. O valor a ser

adaptado deve satisfazer uma SAO2 maior que 90%. No entanto, pacientes portadores

de SARA, toleram uma saturação menor que 85%, pois evita-se administrar oxigênio

em altas concentrações para evitar uma possível rotura alveolar. A concentração de

oxigênio usada na respiração espontânea é de aproximadamente 21% ao nível do mar.

� Relação inspiração/expiração – normalmente 1:2, ou seja, um segundo de

inspiração para dois segundos de expiração. Nos pacientes com obstrução aérea,

instabilidade hemodinâmica, hipertensão intra-craniana usa-se 1:3. O tempo

inspiratório usual para adultos é de um segundo A inspiração não deve ser mais longa

que a expiração, pois acarretará pressões médias mais elevadas e possíveis defeitos

secundários cardiovasculares prejudiciais, além da dificuldade de retorno venoso.

Page 9: Ventilação mecânica adaptado (1)

� Fluxo máximo – é a velocidade de fluxo do gás por unidade de tempo e é expresso

de litros por minuto (40 l/min). Em muitos ventiladores por volume, esse é um

mostrador separado. Quando a auto-PEEP (devido ao tempo inspiratório inadequado)

está presente, o fluxo máximo é aumentado para encurtar o tempo inspiratório, de

modo que o paciente possa expiara por completo. No entanto, o aumento do fluxo

máximo aumenta a turbulência, o que se reflete em pressões crescentes nas vias

aéreas.

� Limite de pressão – nos ventiladores ciclados por volume, o mostrador do limite

de pressão limita a pressão mais elevada permitida no circuito do ventilador (3 a 5 cm

H2O). Quando o limite superior da pressão é alcançado, a inspiração se encerra.

Portanto, quando o limite de pressão está sendo constantemente alcançado o volume

corrente determinada não esta sendo liberado para o paciente. A causa disso pode ser

tosse, acúmulo de secreções, equipo de ventilador dobrado, pneumotórax,

complacência diminuída ou uma definição de limite de pressão muito baixa.

� Sensibilidade – a função da sensibilidade controla a quantidade de esforço do

paciente necessário para iniciar uma inspiração, conforme medido pelo esforço

inspiratório negativo. Aumentar a sensibilidade (exigindo menos força negativa)

diminui a intensidade do esforço que o paciente deve empreender para iniciar uma

respiração com o ventilador. Da mesma forma, diminuir a sensibilidade aumenta a

quantidade de pressão de que o paciente precisa para iniciar a inspiração e aumentar

o trabalho da respiração.

� PEEP (Pressão Expiratória Final Positiva) - É a manutenção de pressões

positivas nas vias aéreas ao final da expiração, após a fase inspiratória ter ocorrido a

cargo de um ventilador mecânico. Como a pressão positiva contínua nas vias aéreas

(CPAP), a PEEP foi concebida para melhorar a oxigenação arterial, mantendo alvéolos

abertos

IX. ALARMES

Os ventiladores mecânicos são empregados para sustentar a vida. Os sistemas de

alarme são necessários para advertir a equipe sobre o desenvolvimento de problemas.

Os sistemas de alarme podem ser categorizados de acordo com o volume e a pressão

(altos e baixos). Os alarmes de baixa pressão advertem para a desconexão do paciente

Page 10: Ventilação mecânica adaptado (1)

do ventilador ou para extravasamentos do circuito. Já os alarmes de alta pressão

advertem para as pressões crescentes. Os alarmes de falha elétrica são necessários

para todos os ventiladores. A equipe deve responder a todo alarme do ventilador. Os

alarmes nunca devem ser ignorados ou desligados, mas deve-se procurar e solucionar

a causa do alarme ter disparado (MORTON, 2007). “Os alarmes dos ventiladores

mecânicos assinalam situações potencialmente perigosas para o paciente. É de

fundamental importância que permaneçam ligados e que os valores limites dos

parâmetros estejam compatíveis com as necessidades do paciente” (CINTRA, 2005, p.

355). Algumas diretrizes para a resolução de problemas clínicos são apresentadas a

seguir (MORTON, 2007, p. 554):

Page 11: Ventilação mecânica adaptado (1)

X. COMPLICAÇÕES DA VMI

A Ventilação Mecânica Invasiva como o próprio nome diz, trata-se de um

procedimento invasivo que traz significativas repercussões sobre os vários órgãos e

sistemas do paciente submetido à mesma, bem como está diretamente relacionada a

complicações freqüentes, algumas podendo ser potencialmente fatais (CINTRA, 2008).

As complicações mais comumente relacionadas à VMI são descritas pela mesma autora

como sendo:

� Relacionada à infecção:

� Sinusite;

� Traqueobronquite;

� Pneumonia.

� Na Via Aérea Artificial:

� Trauma: No ato da intubação e/ou pela pressão exercida pelo balonete;

� Dobra;

� Estenose;

� Paralisia das cordas vocais;

� Traqueomalácia: flacidez no tecido cartilaginoso traqueal, distensão da parede

membranosa posterior, e redução do calibre antero-posterior das vias aéreas;

� Extubação acidental;

� Intubação seletiva;

� Edema de glote;

� Hemorragia;

� Pneumotórax.

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� Relacionado com o ventilador e/ou ajustes inadequados:

� Umidificação inadequada;

� Superaquecimento;

� Hipoventilação;

� Hiperventilação;

� PEEP intrínseco;

� Trabalho respiratório excessivo.

� Complicações pulmonares:

� Barotrauma;

� Edema pulmonar;

� Atelectasia;

� Fístula broncopleural;

� Lesão por toxicidade de oxigênio;

� Cânula traqueal e traqueostomia.

� Complicações cardiovasculares:

� Diminuição do débito cardíaco;

� Hipotensão;

� Arritmias;

� Elevação da PIC;

� Isquemia cerebral (alcalose respiratória acentuada)

� Alterações da função renal e hepática:

� Retenção de sódio e água.

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� Complicações gastrintestinais:

� Distensão gástrica;

� Hipomotilidade gastrintestinal;

� Úlceras;

� Hemorragias.

� Dependência do ventilador.

XI. PLANO DE CUIDADOS

b. Avaliação cardiovascular

Para Cintra (2005) Varias são as alterações que podem surgir a nível cardiovascular

no paciente em uso de ventilador mecânico, por isso, é necessário que este paciente

esteja monitorizado de forma invasiva e não-invasiva. Todo paciente de UTI deve estar

fazendo uso de um aparelho de eletrocardiograma para o acompanhamento

cardiológico, mensurar a pressão venosa central (PVC) e a pressão arterial (PA),

compete à enfermagem a coleta dos parâmetros hemodinâmicos do paciente que deve

ser realizado com o paciente conectado ao respirador no final da expiração,

desconectar o paciente do respirador pode agravar seu estado e saúde.

c. Cuidados com a função respiratória

Segundo Bethlem (1984), esses cuidados evolvem uma observação do padrão

respiratório, amplitude da expansão torácica e ausculta pulmonar. Deve-se avaliar a

presença simétrica da expansibilidade torácica, a fim de identificar uma ventilação

seletiva ou outras alterações, tais como: atelectasias, pneumotórax, etc. Identificar

ainda, os batimentos da asa do nariz e a sincronia entre o paciente e o ventilador.

De acordo com mesmo autor, a avaliação respiratória também inclui o controle da

PaO2 e SaO2. A PaO2 é a pressão de O2 no sangue arterial e a SaO2 refere-se a saturação

de oxigênio na hemoglobina. Uma forma não- invasiva de avaliar a SaO2 é através da

oximetria de pulso. A enfermagem também é responsável pela aspiração das secreções

do paciente. Essa atividade deve ser executada sempre que necessário, pois a

Page 14: Ventilação mecânica adaptado (1)

obstrução das vias aéreas está relacionada com o aumento da pressão intrapulmonar

(BETHLEM, 1984).

d. Instalação do ventilador mecânico

De acordo com Cintra (2008), o início da ventilação mecânica e ajuste dos parâmetros

dependem da instilação do ventilador mecânico, que é ligado às redes de ar

comprimido, de oxigênio e à rede elétrica de voltagem compatível. Antes de usar o

ventilador mecânico, deve-se realizar uma extensa verificação do aparelho e de sua

instalação: checar a montagem do circuito, as conexões, válvulas e tubos; em seguida,

verificar as pressões das redes de gases que devem satisfazer o mínimo de 2,5 ATM ou

50 PSE, controladas, geralmente, através de válvulas redutoras. O ventilador mecânico

é então conectado a um pulmão de teste para avaliação final e ajuste dos parâmetros

básicos. O funcionamento do umidificador aquecido é verificado, e água destilada

estéril colocada no reservatório imediatamente antes de iniciar a ventilação mecânica.

e. Observação e monitorização do paciente em ventilação mecânica

Conforme Cintra (2008), a vigilância constante de pacientes submetidos a VM é de

responsabilidade dos profissionais de enfermagem que permanecem perto do

pacientes 24 horas por dia. A observação clínica contínua e a monitorização à beira do

leito são de vital importância, pois fornecem informações que permitem a

identificação rápida de problemas e alterações do quadro clínico.

Usualmente, a enfermeira realiza, a cada plantão, um exame completo do paciente.

Esta avaliação deve ser global, pois a VM tem repercussões sobre órgãos distantes e há

importante interação entre os aparelhos e sistemas no paciente em estado grave. Os

dados subjetivos devem ser incluídos. A anotação dos dados, sinais e sintomas

relevantes ajuda a equipe de enfermagem, bem como os outros profissionais, a

acompanhar a evolução do paciente, a selecionar e avaliar intervenções adequadas

(CINTRA, 2008).

f. Observação clínica e ausculta

Page 15: Ventilação mecânica adaptado (1)

A aparência geral, a coloração das mucosas e da pele, além da temperatura, consistem

elementos importantes da observação rotineira do paciente. Mesmo com hipoxemia, a

cianose pode não aparecer em pacientes anêmicos; a cianose periférica é relacionada

com a má perfusão. A sudorese é um sinal de alarme e sua causa deve ser avaliada

(GALLO, 2007). A amplitude da expansão torácica, justamente com a ausculta

pulmonar dá uma estimativa do volume corrente. Controlar a freqüência respiratória e

detectar a presença eventual de contração expiratória da musculatura abdominal, de

triagem intercostal ou de retração supraesternal. Batimentos das asas do nariz e uso

da musculatura acessória indicam dificuldade respiratória (GALLO, 2007). “A

observação inclui os drenos e seu débito. A permeabilidade e o posicionamento do

tubo traqueal devem ser verificados freqüentemente, bem como a quantidade, a

coloração e a viscosidade da secreção traqueal espirada” (CINTRA, 2008, p. 356). “A

ausculta deve ser realizada em todo o tórax, verificando a distribuição da ventilação e

detectando a presença de alguma obstrução, ou secreção” (CINTRA, 2008, p. 356).

g. Controle da oxigenação (PaCO2 e SaO2)

Segundo Barbas et al (1994), PaCO2 refere-se a pressão parcial de gás carbônico no

sangue arterial. Essa pressão avalia a ventilação alveolar, além de refletir as variações

do PH, pois valores de PaCO2 atuam diretamente no equilíbrio ácido-básico. A

gasometria deve fazer parte da rotina do paciente ventilado, estando indicado o

controle a cada 24 horas. A gasometria deve ser requisitada após os primeiros trinta

minutos de ventilação. Os valores mínimos considerados para a PaO2 e SaO2 são

respectivamente 60 mmHg de 90 a 92 %.

Outra forma não-invasiva da avaliação contínua da saturação de oxigênio é através da

oximetria de pulso. Esse método é utilizado através de um sensor que pode ser

colocado em um dedo ou em crianças na palma da mão ou do pé. A pressão parcial de

O2 no sangue arterial (PaO2) uma medida de oxigênio dissolvido no sangue arterial. A

saturação em oxigênio da hemoglobina (SaO2) é uma porcentagem que exprime a

quantidade de O2 que a hemoglobina transporta em relação à quantidade que ela

poderia carregar. Como a fração de oxigênio nos gases inspirados é freqüentemente

modificada, a relação PaO2/FiO2, facilmente calculada pelo fisioterapeuta permite uma

avaliação da evolução do quadro pulmonar do paciente (CINTRA, 2008).

Page 16: Ventilação mecânica adaptado (1)

h. Umidificação dos gases

A umidificação e o aquecimento dos gases inalados em VM são indispensáveis para

prevenir a hipotermia, o aumento da viscosidade de secreções, a destruição do epitélio

das vias aéreas e atelectasias. A temperatura das misturas gasosas deve ter uma

temperatura de aproximadamente 33°C. Os níveis máximos e mínimos de água devem

ser respeitados. A quantidade e a viscosidade das secreções devem ser avaliadas. A

troca rotineira do circuito, em intervalos que variam de 48 horas a sete dias, é

geralmente realizado (CINTRA, 2000).

Aspiração de secreções

Segundo Cintra (2000), as secreções traqueais devem ser aspiradas somente quando

necessário,

i.Aspiração de secreções

Segundo Cintra (2000), as secreções traqueais devem ser aspiradas somente quando

necessário, pois a aspiração expõe o paciente a riscos como hipóxia, lesões da mucosa

traqueal, atelectasia e infecção. Para detectar a presença de secreções, é necessário

auscultar o paciente com freqüência. Observar antes e durante a aspiração, ritmo

cardíaco, a saturação de oxigênio no oxímetro e a PIC quando monitorada. Cada sucção

deve durar menos de 5 segundos. Aspirar duas ou três vezes se necessário, permitindo

que o paciente ventile e descanse entre as sucções. A prevenção da oclusão do tubo

traqueal consiste na umidificação dos gases inspirados e adequada hidratação do

paciente.

j. Cuidados com o balonete

Uma pressão elevada do balonete pode provocar lesões na laringe e na traquéia. O

enfermeiro é o responsável por evitar tal ocorrência. A pressão do balonete deve ser

inferior a 25 mmHg, devendo ser verificada, por no mínimo, a cada 12 horas. O

vazamento é detectado pela ausculta da região cervical (BRUNNER; SUDDARTH,

2005).

k. Radiografia do tórax

Page 17: Ventilação mecânica adaptado (1)

Segundo Cintra (2005), é de suma importância a radiografia do tórax, a qual é

realizada a beira do leito do paciente em ventilação mecânica por um aparelho de RX

portátil. Sempre que possível o paciente deve ser colocado na posição semi-sentado.

Através dessa radiografia se tem uma imagem da localização do tubo endotraqueal e

de cateteres, fornecendo informações importantes que orientaram diretamente nas

intervenções da fisioterapia.

l. Profilaxia da infecção respiratória

Pacientes intubados tem alto risco de infecção respiratória. A colonização da

orofaringe é um precursor importante de pneumonia, o refluxo e a aspiração

aumentam o risco para o paciente em VM. A prevenção deve ser preocupação

constante da equipe multidisciplinar.

m. Controle neurológico

Deve-se atentar ao paciente com ventilação mecânica quanto ao nível de consciência, a

orientação no tempo e espaço, a Sinais importantes como midríase e miose, a

fotomotricidade das pupilas, reflexo córneo-palpebral, tosse, agitação é uma

manifestação que merece atenção especial. A pressão intracraniana deve ser

mensurada quanto houver indicação, já que a ventilação mecânica apresenta

influencia sobre a mesma por dois motivos: repercussões no retorno venoso e controle

da PaCO2. “O aumento da pressão intracraniana pode resultar de diminuição do

retorno venoso e estase do sangue nos vasos cerebrais” (CINTRA, 2005, p. 354).

n. Função renal e balanço hídrico

Para Cintra (2005) a ventilação mecânica por pressão positiva apresenta repercussões

na função renal do paciente através da diminuição de débito urinário e da excreção de

Sódio, sendo esses efeitos apresentados na função renal, podem estar ligados a fatores

diretos, tais como a diminuição do débito cardíaco ou alterações na pressão arterial,

como indiretamente com a alteração simpática ou por alterações hormonais. De

acordo com a autora supracitada, a equipe de enfermagem deve controlar de maneira

rigoroso da diurese do paciente, realizando um balanço hídrico periódico, pesar

diariamente para um acompanhamento de retenção ou perda de líquido, também deve

Page 18: Ventilação mecânica adaptado (1)

atentar a presença de edemas e acompanhar dosagens laboratoriais de eletrólitos,

uréia e creatinina.

o. Monitorização do nível nutricional

A avaliação e monitorização do nível nutricional envolvem toda a equipe

multidisciplinar. A desnutrição é um fator de complicação extremamente importante

em pacientes críticos que precisam de VM, além de poder ser um fator agravante em

doenças pulmonares agudas e crônicas. A avaliação do peso e a relação ao peso

habitual do paciente devem ser avaliadas (CINTRA, 2008). A mesma autora acima

citada diz que, o cálculo do balanço nitrogenado pode ser usado para a avaliação da

efetividade do suporte nutricional em pacientes sem doença renal ou perda anormal

de nitrogênio. A ventilação mecânica voluntária máxima, que testa a força dos

músculos respiratórios, também é considerada na avaliação nutricional do paciente

ventilado em VM.

p. Cuidados com o Suporte Nutricional de pacientes em VMI

O paciente sob VMI fica impossibilitado de alimentar-se pelo método convencional (via

oral), sendo de extrema importância manter essa necessidade humana básica, se faz

necessário à adoção de outros meios que permitam satisfazer as demandas

nutricionais para o paciente (CINTRA, 2008). Ainda conforme Cintra (2008), a

alimentação do paciente sob assistência ventilatória invasiva pode ser mantida por

meio da Nutrição Enteral (NE), ou através da Nutrição Parenteral (NP).

Nutrição Enteral: deve ser a primeira escolha do suporte nutricional por possuir

muitas vantagens sobre a Nutrição Parenteral, entre elas pode-se citar menor custo,

mais fisiológica, apresenta menor chance de contaminação e evita a translocação

bacteriana. As complicações mais graves são: a aspiração pulmonar e a administração

acidental da nutrição nas vias respiratórias, complicações estas que podem ser

evitadas através do conhecimento técnico e científico do profissional que irá

administrar a dieta realizando sempre antes de cada administração os testes indicados

na verificação do correto posicionamento da sonda enteral, a qual deve está com sua

extremidade distal no nível da primeira porção do intestino delgado.

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q. Mobilização do paciente em VMI e cuidados com a pele e mucosas

O posicionamento adequado e a mobilização constante no leito favorecem a uma

maior expansão pulmonar além de prevenir lesões de pele (Úlceras por Pressão),

atelectasia, pneumonia e melhoram a higiene brônquica do paciente acamado e em uso

de VMI (CINTRA, 2005). A pele e as mucosas (olhos, cavidade nasal e bucal) também

requerem uma atenção especial de maneira a evitar ressecamento, ulcerações,

traumas (córneas) e infecções (cavidade orofaríngea abundante bactérias saprófitas)

(CINTRA, 2005).

r. Sedação e Analgesia do paciente submetido à VMI

De acordo com Cintra (2008), a sedação e analgesia do paciente em VMI estão

indicadas para promover o conforto, facilitar o sono, aliviar a dor e a ansiedade e

principalmente minimizar a resistência do paciente a Ventilação eliminando riscos de

assincronia deste com o ventilador. A mesma autora citada acima diz que, após a

sedação o Enfermeiro deve avaliar o nível desta intervenção observando se há

presença espontânea de movimentos respiratórios, resposta aos estímulos à dor,

sensibilidade tátil, e outros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de cuidar, no âmbito da saúde, compreende condutas direcionadas à

assistência do cliente. O indivíduo hospitalizado depende totalmente da equipe de

serviço envolvida com sua patologia. A ventilação mecânica foi um dos maiores

avanços tecnológicos ocorrido nas UTI’s, hoje, esses aparelhos constituem formas

indispensáveis de ventilação artificial aos pacientes com insuficiência respiratória.

Porém, são também responsáveis pela grande morbidade decorrida de complicações

provenientes destas máquinas. Ao concluirmos o presente estudo, ficou claro que a

ventilação mecânica é sem sombra de dúvidas de suma importância no tratamento

utilizado para as mais variadas afecções, as quais pacientes em estado crítico são

acometidos, principalmente em unidade de terapia intensiva (UTI). Foi realizado um

resgate histórico na literatura a cerca da introdução desse tipo de tratamento, assim

como, o primeiro aparelho utilizado para ventilar o paciente, as indicações para esse

Page 20: Ventilação mecânica adaptado (1)

tratamento terapêutico, os objetivos, os parâmetros, modalidades e ajustes

necessários, como também a resolução de problemas com o ventilador. Com uma

abordagem objetiva e dinâmica sobre o assunto estudado.

Page 21: Ventilação mecânica adaptado (1)

GLOSSÁRIO

Atelectasia: Expansão incompleta ou colapso parcial de um pulmão ou parte dele, com

conseqüente diminuição de volume da área comprometida (DICIONÁRIO DE TERMOS

MÉDICOS ON-LINE, 2008).

Barotrauma: Lesão provocada pelas mudanças bruscas e repetidas da pressão

atmosférica. Barotrauma é uma complicação bem conhecida da ventilação assistida-

controlada e decorre de ruptura alveolar, devido à hiperinsuflação pulmonar. Na

maioria dos casos, esse evento ocorre em pacientes com doença pulmonar instalada

(DICIONÁRIO DE TERMOS MÉDICOS ON-LINE, 2008).

Capnógrafo: Equipamento utilizado para captar a saída do gás carbônico (CO2) que

ocorre a cada expiração do ar de nossos pulmões. O equipamento capta o CO2, pois é

interposto entre o tubo ventilatório do paciente e o ventilador mecânico (DICIONÁRIO

DE TERMOS MÉDICOS ON-LINE, 2008).

Cricotomia: Incisão da cartilagem cricóideia (CRICOTOMIA, 2008).

Laringoscópio: Instrumento composto por um cabo e uma lâmina iluminada, que tem

por finalidade a exposição da glote para a entubação endotraqueal ou retirada visual

de corpos estranhos (DICIONÁRIO DE TERMOS MÉDICOS ON-LINE, 2008).

Traqueostomia: Abertura cirúrgica para dentro da traquéia (DICIONÁRIO DE

TERMOS MÉDICOS ON-LINE, 2008).

Tubos endotraqueais: tubos para ressuscitação respiratória através da manobra de

entubação. São introduzidos na traquéia com o auxílio de um laringoscópio

(DICIONÁRIO DE TERMOS MÉDICOS ON-LINE, 2008).

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REFERÊNCIAS

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no paciente grave. São Paulo: Atheneu, 1994. BETHLEN, N. Pneumologia. 3 ed. Rio

de Janeiro: Atheneu, 1984.

CINTRA, Eliane de Araújo. Assistência de Enfermagem ao Paciente Crítico. São

Paulo: Atheneu, 2000.

CINTRA, Eliane de Araújo. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente

Enfermo. São Paulo: Atheneu, 2005.

CINTRA, Eliane de Araújo. Assistência de Enfermagem ao Paciente Gravemente

Enfermo. São Paulo: Atheneu, 2008.

CRICOTOMIA. Disponível em:

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em: 05/04/2008.

DICIONÁRIO DE TERMOS MÉDICOS ON-LINE. Disponível em:

<www.pdamed.com.br>. Acessado em: 05/04/2008.

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São Caetano do Sul, Yendes editora, 2006.

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Cirúrgico. 10 ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.