ventilação mecânica básica

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Ventilação Mecânica Fta. Mariana Artuni Rossi CREFITO 103898F Especializada em Fisioterapia Respiratória, com enfoque em UTI, pela Faculdade de Medicina de São José Do Rio Preto / Hospital de Base SJRP / 2008

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Uma abordagem básica sobre a Ventilação Mecânica! Uma introdução a um estudo altamente complexo, que exige muito estudo e prática.

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Page 1: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica

Fta. Mariana Artuni RossiCREFITO 103898F

Especializada em Fisioterapia Respiratória, com enfoque em UTI, pela Faculdade de Medicina de São José Do Rio Preto / Hospital de

Base SJRP / 2008

Page 2: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: breve histórico

460 - 370 a.C. Hipócrates descreveu a função da respiração no “Tratado do ar" e o tratamento para as situações iminentes de sufocamento por meio da canulação da traquéia ao longo do osso da mandíbula. Esta foi provavelmente a primeira citação sobre intubação orotraqueal.

384 - 322 a.C. Aristóteles notou que animais colocados dentro de caixas hermeticamente fechadas morriam. Primeiramente, pensou que a morte ocorria pelo fato dos animais não conseguirem se resfriar. Outros estudos levaram-no a conclusão de que o ar fresco era essencial para a vida.

Page 3: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: breve histórico

1530 Paracelsus (1493-1541) usou um fole conectado a um tubo inserido na boca de um paciente para assistir a ventilação. Foi-lhe creditado a primeira forma de ventilação artificial.

1876 - Primeiro "iron lung" do Dr. Alfred Woillez. Aparelho onde seria possível submeter o paciente a uma ventilação sustentada por diminuição da pressão atmosférica em volta da caixa torácica

Page 4: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: breve histórico

1928 - Drinker e Shaw desenvolveram um ventilador de pressão negativa conhecido como "iron lung". Foi muito utilizado para suporte de vida prolongado

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Ventilação Mecânica: breve histórico

1931 - Emerson desenvolveu um "iron lung" similar ao de Driker e Shaw que se tornou largamente comercializado.

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Ventilação Mecânica: breve histórico

Iron Lung = Pulmão de aço

Page 7: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: breve histórico

Enfermeiras dando assistência ventilatória durante 2ª Guerra Mundial

Page 8: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: breve histórico

1936 - Dificuldades nos cuidados gerais (banho, alimentação e medicação) imobilidade forçada, impossibilidade de tossir → complicações infecciosas pulmonares → surgiu uma adaptação chamada de “couraça” um "pulmão de aço" que envolvia só o tórax.

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Ventilação Mecânica: breve histórico

Page 10: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: breve histórico

1951 - Dr. Forrest Bird construiu o primeiro respirador de pressão positiva acionado por magnetos. Denominado Bird Mark 7.

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Ventilação Mecânica: breve histórico

1967 - A PEEP (positive end expiratory pressure) foi introduzida nos respiradores por pressão positiva.

1970 - Robert Kirb e colaboradores desenvolveram uma técnica denominada de "intermitent mandatory ventilation - IMV" para ventilar crianças com "IRDS - idiopathic respiratory distress syndrome".

1980 - Ventilação por pressão positiva de alta frequência ganhou destaque na literatura como uma abordagem experimental de VM.

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Ventilação Mecânica: evolução através do tempo

Page 13: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica: “ Suporte ventilatório que consiste em um

método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória

aguda ou crônica agudizada.”

Page 14: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica

Pode ser não-invasiva (VNI) geralmente através de uma máscara facial, e de forma invasiva (VMI) através de um tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia.

VNI: através de interface naso-facial – BIPAP: Pinsp (IPAP ou PSV) e PEEP (mantém

vias aéreas e alvéolos abertos, melhorando a oxigenação) / CPAP: somente pressão expiratória final contínua nas vias aéreas (CPAP) e a ventilação do paciente é feita de forma totalmente espontânea.

Page 15: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica: VNI

Em não havendo contra-indicações, pactes incapazes de manter ventilação espontânea (Volume minuto > 4 lpm, PaCO2 < 50mmHg e pH > 7,25) devem iniciar VNI – impedir progressão para fadiga muscular / parada respiratória;

A melhora da consciência deve ser evidente dentro de 1 a 2 horas após o início da VNI.

Pacientes que deterioram ou não melhoram devem ser imediatamente intubados pelo risco de perda de proteção da Via Aérea Inferior e Parada Respiratória.

Page 16: Ventilação Mecânica Básica

VNI: ContraindicaçõesAbsolutas (sempre evitar)- Necessidade de intubação de emergência- Parada cardíaca ou respiratória

Relativas (analisar caso a caso risco x benefício)- Incapacidade de cooperar, proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes- Rebaixamento de nível de consciência (exceto acidose hipercápnica em DPOC)- Falências orgânicas não respiratórias (encefalopatia, arritmias malignasou hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica)- Cirurgia facial ou neurológica- Trauma ou deformidade facial- Alto risco de aspiração- Obstrução de vias aéreas superiores- Anastomose de esôfago recente (evitar pressurização acima de 20 cmH2O)

Page 17: Ventilação Mecânica Básica

VNI – quando descontinuar?

Deve ser monitorado por profissional da saúde à beira-leito de 0,5 a 2 horas;

Deve ser observado ↓ da fR, ↑ do VC, melhora do nível de consciência, ↓ ou cessação de uso de musculatura acessória, ↑ da PaO2 e/ou da SpO2 e ↓ da PaCO2 sem distensão abdominal significativa.

Insucesso? ► IOT imediata + ventilação invasiva.

Page 18: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica - OBJETIVOS

A. Objetivos fisiológicos1. Manter ou permitir a manipulação da troca gasosa pulmonar:

- Ventilação alveolar (avaliação através da PaCO² e pH);

- Oxigenação arterial (avaliação através da PaO², SaO² e CaO²).2. Aumentar o volume pulmonar:

- Insuflação pulmonar no final da inspiração;- Capacidade residual funcional (CRF).

3. Reduzir ou permitir a manipulação do trabalho respiratório:

- Diminuindo a sobrecarga dos músculos respiratórios.

Page 19: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica - OBJETIVOS

A melhor ventilação é aquela que estabelece a proteção, ou seja, estabelecer níveis estratégicos que protejam o pulmão a longo prazo "Estratégia Protetora“

(FERRARI – 2006).

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Ventilação Mecânica Básica - OBJETIVOS

B. Objetivos clínicos- Reverter a hipoxemia- Reverter a acidose respiratória aguda- Diminuir o desconforto respiratório- Prevenir ou reverter a atelectasia- Reverter a fadiga dos músculos respiratórios- Permitir a sedação e/ou o bloqueio neuromuscular- Diminuir o consumo sistêmico ou miocárdico de

oxigênio- Diminuir a pressão intracraniana- Estabilizar a parede torácica

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Ventilação Mecânica Básica - INDICAÇÕES

Principais Indicações para VM:

1- Anormalidades ventilatórias - Insuficiência respiratória hipercápnica quando a ventilação alveolar cai a níveis críticos → retenção aguda de gás carbônico → acidose respiratória e hipoxemia. Ocorre por 3 mecanismos básicos:

. ↓ no drive respiratório (intoxicação, drogas, alt. Metabólicas...)

. Disfunção da musculatura resp.

. ↑ da resistência das vias aéreas e/ou obstrução (↑ do espaço morto)

Page 23: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica - INDICAÇÕES

Principais Indicações para VM:

2- Anormalidades da Oxigenação - Insuficiência respiratória Aguda

.Alts da Relação V/Q (alvéolos parcialmente ventilados ou perfundidos ou totalmente não ventilados ou perfundidos) → desvio do sg venoso para o pulmão (shunt). Nesses casos ↑ FiO² pode não ser efetivo em reverter a hipoxemia.

. Edema intersticial, inflamação ou fibrose → Difusão comprometida → insuficiência respiratória hipoxêmica.

. Trabalho Resp (W) excessivo, altas altitudes... → insuficiência respiratória hipoxêmica.

Page 24: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica - INDICAÇÕES

Page 25: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica - INDICAÇÕES

Indicações profiláticas:-Choque prolongado-Pós-operatórios (cirurgia abdominal em pactes

extremamente obesos / DPOC)-Broncoaspiração-Pactes caquéticos com grandes danos orgânicos...

Contra-indicações:→ não existem contra-indicações absolutas!!!

Se não há possibilidades concretas de recuperação da falência orgânica, não há sentido real na indicação de ventilação pulmonar artificial.

Page 26: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica BásicaPrincípios da VM com Pressão Positiva:

Ciclo respiratório e mecânica pulmonar (4 fases):

Fase 1 - Início da inspiração – “disparo”

Fase 2 - Inspiração

Fase 3 - Transição da inspiração para expiração – “ciclagem”

Fase 4 - Expiração – abertura da válvula de exalação

Retorna para Fase 1 - Novo Ciclo

Page 27: Ventilação Mecânica Básica

Modalidades

Como cada ciclo deve ser ofertado de acordo às variáveis de controle

VCV – Volume Controlado

PCV – Pressão Controlada

PSV – Suporte Pressórico

SIMV - Mandatória intermitente sincronizada

CPAP - Pressão positiva contínua nas vias aéreas

Associações

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Page 29: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Mecânica Básica

MODOS BÁSICOS DE VMI

Page 30: Ventilação Mecânica Básica

MODOS BÁSICOS DE VMI

Quanto a Participação do Paciente

Controlada → nenhuma participação do paciente

Nesta modalidade é recomendável opaciente estar sedado e/ou

curarizado

Page 31: Ventilação Mecânica Básica

MODOS BÁSICOS DE VMI

Quanto a Participação do Paciente

Assisto / Controlada → o paciente já tem uma participação no início da

fase inspiratória determinando quando iniciar através de um ligeiro

esforço inspiratório

Page 32: Ventilação Mecânica Básica

MODOS BÁSICOS DE VMI

Quanto a Participação do Paciente

SIMV (Espontânea / assistida) → os ciclos ventilatórios são divididos entre

paciente (espontâneo) e ventilador(controlada/assistida). Durante a fase

espontânea, o paciente temque vencer a resistência do circuito do

ventilador

Page 33: Ventilação Mecânica Básica

MODOS BÁSICOS DE VMI

Quanto a Participação do Paciente

PSV (Espontânea / assistida) → opaciente participa durante toda a faseinspiratória, tendo total controle sobre

FR, Volume e Fluxo

Page 34: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação com Volume Controlado

Modo Controlado

VCV ↓

assegura que o doente receba um determinado volume corrente (VC) pré-programado de acordo com um

fluxo e tempo inspiratórios pré-programados

Page 35: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação com Volume Controlado

Modo Controlado

Neste modo, fixa-se FR, Vc e Fluxo.

Por exemplo: Se fixarmos FR=12 rpm, o disparoocorrerá a cada 5 seg, pois o disparo ocorre

neste modo exclusivamente por tempo.↓

O volume corrente pré estabelecido é liberadode acordo com a velocidade determinada pelo

fluxo.

Page 36: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação com Volume Controlado

Modo Assisto-Controlado

VCV

Page 37: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação com Volume Controlado

Modo Assisto-Controlado

Nesta situação, a FR pode variar de acordo com oesforço inspiratório do paciente, porém mantêm-se

fixo tanto o Vc como o fluxo.

Caso o paciente não consiga fazer esforçoinspiratório (sensibilidade atingida insuficiente), estemodo manterá os ciclos ventilatórios de acordo coma FR mínima indicada pelo operador da ventilação

mecânica

Page 38: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Controlada por Pressão

Modo Controlado

PCV

assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante durante um tempo

inspiratório pré-programado

Page 39: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Controlada por Pressão

Modo Controlado

Neste modo fixa-se a FR, o TempoInspiratório ou a relação I:E, e o limite de

Pinsp.

O VC passa a depender daPinsp pré-estabelecida, das

condições de impedância do sistemarespiratório e do tempo inspiratório

estabelecido.

Page 40: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Controlada por Pressão

Modo Assisto-Controlado

PCV

Page 41: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação Controlada por Pressão

Modo Assisto-Controlado

No modo assito-controlado, os ciclosocorrem conforme o esforço do paciente,

pois este deverá ultrapassar asensibilidade.

A garantia do volume corrente, dependedo seu esforço na ventilação mecânica

Page 42: Ventilação Mecânica Básica

PCV

VANTAGENS DESVANTAGENS

limita o risco de barotrauma

o volume corrente varia deacordo com a

complacência pulmonar

recruta alvéolos colapsados

com ↑ do tempo inspiratório pode

necessitar de maior sedação

controle de PIP e pressãoalveolar

↑ probabilidade dealteração dos gases

arteriais

Page 43: Ventilação Mecânica Básica

VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE (SIMV)

Quando o ventilador permite que o

disparo dos ciclos mandatórios ocorra em sincronia com pressão

negativa ou fluxo positivo realizado pelo paciente, chamamos este

modo de Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada -

SIMV

Page 44: Ventilação Mecânica Básica

SIMV - VOLUME

Fixa-se FR, VC, Fluxo insp e Sensibilidade. Os ciclos

mandatórios ocorrem na janela de tempo pré-determinada (SIMV), de forma sincronizada com paciente.

Se houver uma APNÉIA, o próximo ciclo será disparado por tempo até

que retornem as incursões inspiratórias do paciente.

Page 45: Ventilação Mecânica Básica

SIMV - PRESSÃO

Semelhante ao modo anterior, o que difere são os parâmetros definidos pelo operador: FR,

Tempo Insp. ou a relação I:E e o limite de Pinsp, além de

sensibilidade.

Page 46: Ventilação Mecânica Básica

Ventilação com Pressão de Suporte (PS)

Assegura um nível de pressão inspiratória pré-programada constante

durante a inspiração.

A fR e o Tinsp. são determinados pelo paciente.

Page 47: Ventilação Mecânica Básica

VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE - PSV

Modo de VM – espontâneo.

• Apesar de ser disparado e ciclado pelo paciente, o ventilador ASSISTE à ventilação através dos parâmetros ajustados.

• Pressão Positiva na Inspiração.

• Normalmente 25% do pico de fluxo insp.

• Neste modo paciente controla: FR, Tempo Inspiratório e volume Inspirado.

• O volume corrente depende do esforço inspiratório, da PS e da mecânica do sistema respiratório.

• Desvantagem: Este modo funciona apenas quando pacienteapresenta drive respiratório.

Page 48: Ventilação Mecânica Básica

PSV - VANTAGENS

Aumenta o conforto e sincronia respiratória

Diminui o consumo de oxigênio, necessitando de menor sedação

Diminui o risco de hiperinsuflação pulmonar

Menor pico de pressão inspiratória

Efetivo para Insuf. Resp. Aguda

Aumenta chances de êxito no desmame da VM quando comparadocom modo SIMV e tubo “T”

**A característica da pressão de suporte, pode ser útil no desmame deindivíduos cardiopatas que não podem suportar a sobrecarga

hemodinâmica associada ao tubo “T” ou SIMV.

Page 49: Ventilação Mecânica Básica

PSV - Desvantagens

Níveis baixos de pressão de suportepodem desenvolver atelectasias

Page 50: Ventilação Mecânica Básica

Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas - CPAP

Ventilação espontânea NÃO assistida peloVentilador

Fornece pressurização contínua tanto nainspiração quanto na expiração

O volume corrente depende do esforçoinspiratório do paciente e das condiçõesmecânicas do pulmão e caixa torácica

Page 51: Ventilação Mecânica Básica

Oxigenação

Page 52: Ventilação Mecânica Básica

PEEP - aplicações

Recrutamento de unidades alveolares:↓ shunt

SARA

Edema agudo de pulmão

Fisiológico?

Page 53: Ventilação Mecânica Básica

PEEP - aplicações

PEEP= 5 cmH²O - impede colabamento alveolar

PEEP > 8 cmH²O - melhora oxigenação

PEEP > 12 cmH²O - repercussões hemodinâmicas

Page 54: Ventilação Mecânica Básica

PEEP – efeitos hemodinâmicos

Redução da pré-carga ↑Pressão pleural :↓Retorno

venoso ↑ Resistência vascular

pulmonar Compressão da veia cava

Redução da pós -carga ↑ Pressão extra-mural

Débito cardíaco ↓ Se hipovolemia ↑ Se normovolemia

Page 55: Ventilação Mecânica Básica

Volume Corrente

É o volume de ar inspirado e expirado em cada incursão respiratória normal.

Rotina – 7 a 8 ml / kg de peso SARA- entre 4 e 6 ml / kg de

peso DPOC – entre 5 e 8 ml / kg de

peso

Volumes correntes elevados aumentam as pressões nas vias aéreas, podem provocar VOLUTRAUMA.

Page 56: Ventilação Mecânica Básica

Fluxo Inspiratório

Valor inicial:

Fluxo(l/min) = Peso (kg) x 0,6 a 0,9

Valores habituais:

Fluxo inspiratório = 40 a 60 l/min

Fluxos elevados diminuem o tempo inspiratório e aumentam a pressão no interior das vias aéreas.

Page 57: Ventilação Mecânica Básica

Sensibilidade

Utilizada nas modalidades A/C, SIMV, PSV;

Esforço do paciente para deflagrar o ventilador;

Pode ser a Pressão ou Fluxo;

Pressão: - 0,5 a – 2,0 cmH2O

Fluxo: 04 a 06 l/min (+ sensível)

Page 58: Ventilação Mecânica Básica

Relação I:E

Usar relação I:E de 1:2 até 1:3. (Ventilação espontânea – 1:1,5 – 1:2)

As seguintes variáveis interferem na relação I:E

–Fluxo inspiratório

–Padrão do fluxo inspiratório

–Volume corrente

–Tempo inspiratório

Page 59: Ventilação Mecânica Básica

Frequência Respiratória

VALORES INICIAIS: FR = 12 a 16 rpm

Freqüências elevadas podem produzir alcalose respiratória e aparecimento de auto-PEEP.

Freqüências baixas podem provocar acidose respiratória.

Page 60: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da Ventilação Mecânica

“O desmame é descrito por diversosautores como a área da penumbra da

terapia intensiva”

Page 61: Ventilação Mecânica Básica

Definição

O termo desmame refere-se ao processo de transição da ventilação

artificial para a espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica por tempo

superior a 24 horas

Page 62: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Teste de Respiração EspontâneaComo fazer o teste?

PRIMEIRA OPÇÃO

Paciente fora da ventilação mecânica↓

Tempo de duração de 30 minutos a 2 horas↓

Oferta oxigênio para manter SpO2 > 90%

Page 63: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Teste de Respiração EspontâneaComo fazer o teste?

SEGUNDA OPÇÃO

BIPAP ou CPAP↓

Estes modos tiveram resultados iguais ao do tubo “T” e PSV no teste

de respiração espontânea

Page 64: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Critérios de Interrupção do Teste de Respiração Espontânea

Page 65: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Conduta no Paciente que NÃO passou noTeste de Respiração Espontânea

Permanecer 24 horas em um modoventilatório que ofereça conforto

↓Novo teste de respiração espontânea

↓Nova tentativa de progredir o desmame

após 24 horas

Page 66: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Conduta no Paciente que Passou noTeste de Respiração Espontânea

Técnica de Desmame

Page 67: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Redução Gradual da Pressão de Suporte

Redução dos valores da pressão de suporte de 2 a 4 cm H2O de duas a quatro vezes por dia

↓Até atingir uma PS entre 5 e 7 cm H2O

↓Este método comparado com modo SIMV e Tubo “T”

foi superior no estudo de Brochard

Page 68: Ventilação Mecânica Básica

Desmame da VM

Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada SIMV

Em quatro estudos prospectivos, foi consenso ter sido este o método menos adequado empregrado pois resultou em maior tempo de ventilação mecânica

Na maioria dos estudos o método SIMV foi usado sem pressão de suporte

Page 69: Ventilação Mecânica Básica

DÚVIDAS???

Page 70: Ventilação Mecânica Básica

OBRIGADA!!!

Page 71: Ventilação Mecânica Básica

Bibliografia

J Bras Pneumologia. 2007;33(Supl 2):S 128-S 136

www.pneumoatual.com.br

Apostila de Ventilação Mecânica – Tânia Mara Marchesin