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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU A importância de um Líder participativo dentro da Organização Nayara Oliveira de Assis Andrade ORIENTADOR: Prof. Paulo José Rio de Janeiro 2018 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A importância de um Líder participativo dentro da

Organização

Nayara Oliveira de Assis Andrade

ORIENTADOR:

Prof. Paulo José

Rio de Janeiro

2018 DOCUMENTO

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

A importância de um Líder participativo dentro da

Organização

Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção

do grau de especialista em MBA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS. Por: Nayara Oliveira de Assis Andrade

Rio de Janeiro 2018

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu Deus por ter me sustentado até aqui. Á minha família e

amigos por todo apoio de sempre.

Agradeço também aos professores que passaram por mim e deixaram um legado.

RESUMO

O artigo trata da definição de liderança e a importância do líder dentro de uma

organização. O tema liderança é um dos assuntos mais observados e menos

compreendidos no mundo atual. Todas as organizações tem potencial para o

crescimento, e os sucessos só dependem de uma liderança eficaz. Só é

possível manter os colaboradores engajados numa organização se a liderança

entender que seu papel é extrair da equipe o que cada um tem de melhor, ter

um bom relacionamento com seus liderados, pois liderança não se busca,

constrói-se. O estudo surgiu devido à preocupação de ter pessoas qualificadas

na liderança. O objetivo principal é mostrar através da pesquisa bibliográfica e

de artigos publicados o que é liderança e a importância do líder dentro de uma

organização.

Palavras-chaves: Gestão de pessoas. Liderança. Líder. Organização. Eficácia.

METODOLOGIA

O presente trabalho é uma pesquisa bibliográfica a respeito do assunto

liderança e gerenciamento feito em artigos científicos e revistas de

administração, com o objetivo de identificar um modelo de líder para o século

XXI, se houver ou estabelecer os parâmetros para identificar aqueles que serão

considerados na atualidade, eficazes na condução dos negócios e das

pessoas. Optou-se por autores que participaram e realizaram pesquisas sobre

os atributos, as práticas, os comportamentos, a personalidade e as

características dos líderes que obtiveram resultados eficazes neste século, em

um ambiente organizacional em constante mudança e conflito.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................... 7

CAPÍTULO I: DEFINIÇÕES DE LIDERANÇA .................. 10

1.1 TEORIAS DE LIDERANÇA..................................... 13

CAPÍTULO II: A FORMAÇÃO DE UM LÍDER .................. 20

2.1 TREINAMENTO DE UM LÍDER .............................. 21

2.2 A VISÃO DO LÍDER ................................................ 23

2.3 RELAÇÕES DO LÍDER COM OS LIDERADO........ 25

CAPÍTULO III: O PAPEL DO LÍDER ................................ 28

3.1 LIDERANDO COM AS MUDANÇAS ...................... 28

3.2 OS DESAFIOS DA LIDERNAÇA ............................ 29

3.3 LIDERANÇA VISIONÁRIA...................................... 30

3.4 LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL ................... 32

CONCLUSÃO ................................................................... 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................. 38

7

INTRODUÇÃO

O tema liderança nos dias atuais tem um forte apelo tanto aos que

dirigem, como aqueles que são dirigidos. Livros, artigos e teses acadêmicos

descrevem de diversas formas o modelo ideal do líder do século XXI. Mas

como encontrar esse líder? Como pode identificá-lo? Primeiramente precisa-se

mudar o conceito que muitos têm de que liderança é uma capacidade inata de

cada pessoa.

As organizações podem e devem formar e desenvolver novos lideres, o

primeiro passo para que isto aconteça é adoção de uma metodologia de gestão

de pessoas dentro da organização.

Alguns desenvolvem metodologias para o relacionamento com os

colaboradores, outras correntes vão buscar a auto-ajuda como fonte de

inspiração. Porém a realidade tem demonstrado que na maioria dos casos

essas teorias e formulas não estão funcionando.

Enquanto por um lado o líder é estimulado a melhorar o relacionamento

entre seus seguidores. Por outro lado ele é implacavelmente cobrado pelos

resultados de curto prazo. Dividido entre a pressão por produtividade imposta

pela estrutura hierárquica das organizações e a busca pela satisfação pessoal,

sua e de seus seguidores, o líder encontra-se cada vez mais desorientado, não

conseguindo agradar nem a uns nem a outros.

Hoje em dia, as qualidades de liderança são reconhecidas

universalmente como um elemento-chave em administração. Um bom

administrador deve ser por definição, um líder. Basicamente, o líder deveria

além de servir de exemplo, possuir e, talvez, até mesmo personificar as

qualidades esperadas ou requeridas em seu grupo de trabalho.

O estudo das teorias sobre liderança tem por finalidade elucidar a

natureza singular da figura do líder através de várias abordagens teóricas da

liderança. Os papéis dos líderes combinam habilidades técnicas, humanas e

conceituais, que aplicam em diferentes graus e em diversos níveis

organizacionais.

8

Devido às constantes mudanças globais, as empresas foram forçadas a

se reestruturar e a perseguir o que se convencionou chamar de "excelência

gerencial". Neste contexto, as habilidades, o conhecimento, as destrezas e

eficácia passaram a ser desejadas e mais requeridas na figura que as

organizações denominam líder do século XXI.

De maneira geral, a liderança é uma atividade que está diretamente

ligada às pessoas. E, que para o trabalho seja desenvolvido de acordo com os

objetivos propostos pelo líder, é fundamental que haja uma relação muito

grande de confiança entre os envolvidos. Porém, para adquirir essa confiança,

o líder deve se entregar ao desenvolvimento pessoal, de forma que busque

continuadamente a atualização e qualificação, pois quando for exigida alguma

de suas habilidades, ele deve estar preparado para demonstrar a sua

competência.

As livrarias estão abarrotadas de teorias sobre Liderança. Muitos textos

são publicados, e mesmo assim ainda não há uma compreensão simples e

aceita sobre o assunto. Liderança não é uma coisa fácil de ser aprendida, mas,

por que vale tanto a pena? Afinal, ainda que se tornar um líder melhor gera

benefícios, também exige grande esforço.

Uma das dificuldades que enfrentamos hoje na liderança é que muitas

pessoas estão exercendo cargos de liderança sem ter o conhecimento e o

treinamento necessário para ocupar tal posição. Sem ter entendimento do seu

papel, o destino do líder é o fracasso, e tudo vai depender da liderança, porque

a boa liderança faz muita diferença!

A maioria das pessoas, em algum momento, exerce a liderança, porém o

verdadeiro líder tem a liderança como parte de suas atitudes no cotidiano.

Todos têm uma missão de causar encantamento nas pessoas. E isso não vale

só para os clientes. É também imprescindível na relação com os colaboradores

e vice-versa.

Um líder tem que exercer seu papel com muito amor, o amor realizador

e impulsionador. O amor que nos faz abraçar uma causa, um sonho, um ideal e

nos estimula a seguir em frente construindo novas realidades. Os verdadeiros

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líderes conhecem o amor e os verdadeiros líderes, em qualquer tempo, são

líderes de si mesmo.

10

CAPÍTULO I: DEFINIÇÕES DE LIDERANÇA

Pode-se dizer que a liderança no mundo atual é de grande importância

para se conquistar os objetivos e metas estabelecidos, é preciso ter bons

líderes para um bom andamento da organização. A liderança está cada vez

mais desenvolvida e lembrada com frequência, ultimamente não existem, ou

são poucas, as empresas que não se preocupam com a liderança. Todas

buscam profissionais qualificados para a gestão de pessoas.

Segundo Nanus:

Os líderes assumem o controle, fazem com que as coisas aconteçam, sonham e depois traduzem esses sonhos em realidade. Os líderes atraem o compromisso voluntário dos seguidores, energizando-os, e transformam as empresas em novas entidades, com maior potencial de sobrevivência, crescimento e excelência. A liderança eficaz energiza uma empresa para maximizar a sua contribuição para o bem estar de seus membros e da sociedade da qual faz parte. Se os gerentes são conhecidos por suas habilidades de solucionar problemas, os líderes são conhecidos por serem mestres em projetar e construir instituições; eles são os arquitetos do futuro das organizações. (NANUS, 2000, p.10).

Para Alves (2006), as rápidas e constantes mudanças no mundo

corporativo nos últimos anos vêm provocando grandes esforços nas empresas

nacionais e internacionais na busca de desenvolvimento e adequação das

competências humanas às necessidades da concorrência mundial, ocorrendo

assim o aumento da qualidade, a redução de custos e a capacidade na

melhora do atendimento ao cliente.

Existem empresas que se preocupam com as políticas de gestão de

pessoas, no entanto não conseguem estimular e desenvolver a competência

humana de forma eficiente e eficaz para serem competitivas. Esses fatos levam

a entender que a gestão de pessoas e de suas competências não está ligada

ao uso de ferramentas da gestão e da administração, mas sim pela

colaboração e conscientização dos líderes quanto ao seu verdadeiro papel na

gestão de recursos humanos. (ALVES, 2006).Com o objetivo de preparar as

organizações de forma diferente para um mundo diferente, torna-se

fundamental investir tempo e dinheiro na formação e desenvolvimento das

competências de liderança. As empresas precisam de líderes capazes de

desenvolver plenamente seus recursos e potencialidades. (SOARES, 2004).

11

O estabelecimento de metas de desenvolvimento passa a ser a etapa crítica

e decisiva para o processo de liderança, o líder deve ser espelho e motivador

da equipe, as pessoas vêem nos líderes exemplo a ser seguido, na maioria das

vezes atribuem o erro ou o mau comportamento a gestão do líder e a conquista

dos objetivos também. O comportamento do líder pode alterar o dia a dia do

funcionário, pois, suas decisões os afetam diretamente. Geralmente se

conhece o líder pelo comportamento de seus liderados

Definir liderança é um desafio, pois o número de publicações trazido ao

público tem se multiplicado. Embora se saiba que o interesse seja tão antigo

quanto o próprio homem, ele adquire novas feições e interesse crescente a

cada momento.

Bergamini (2009, p. 2-3) afirma que com o aparecimento de inúmeros

conceitos sobre liderança, trouxe dificuldades para delinear de maneira mais

precisa e completa abrangência do assunto.

Como propõem Bennis e Nanus (1985, p. 5) assim ”como o amor, a

liderança continuou a ser algo que todos sabiam que existia, mas ninguém

podia definir”.

Por causa disso, a abrangência do tema ampliou consideravelmente os

seus limites, fazendo surgir muitas e diferentes definições que poderia ser

considerado como liderança.

Segue uma pequena amostra da diversidade de definições de liderança:

• Liderança é o comportamento de um indivíduo quando está dirigindo as

atividades de um grupo em direção a um objetivo comum (HEMPHILL;

COONS, 1957, p.7).

• Liderança é um tipo especial de relacionamento de poder,

caracterizado pela percepção dos membros de um grupo, no sentido de que

outro membro tenha o direito de prescrever padrões de comportamento no que

diz respeito à qualidade de membro desse grupo (JANDA, 1960, p.358).

• Liderança é influência pessoal exercida em uma situação e dirigida

através do processo de comunicação, no sentido de atingir um objetivo

específico (TANNENBAUM, WESCHILER, MASSARIK, 1961, p.24).

• Liderança é uma interação entre pessoas, na qual uma apresenta

informação de um tipo e de tal maneira que os outros se tornam convencidos

12

que seus resultados serão melhorados caso se comporte de maneira sugerida

(JACOBS, 1970, p. 232).

• Liderança é o início e a manutenção de estruturas em termos de

expectativa e interação (STOGDILL, 1974, p.411).

• Liderança é o incremento e a manutenção sobre e cima de uma

submissão mecânica com diretrizes rotineiras da organização (KATZ; KAHN,

1978, p. 528).

• Liderança é o processo de influenciar as atividades de um grupo

organizado na direção da realização de um objetivo (ROACH; BEHLING, 1984,

p.46).

Hunter (2004, p. 25) define liderança: É a habilidade de influenciar

pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aso objetivos

identificados como sendo para o bem comum.

Hunter (2006) ele acrescentou a definição de liderança devido à

evolução do seu conhecimento e experiência com liderança. Hoje ele define:

Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem

entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por

meio da força do caráter.

Senge, (2010, p.409) fala que Confúcio, há mais de 2.500 anos disse em

seus famosos grande ensinamentos que “Para se tornar um líder, primeiro você

precisa se tornar um ser humano”.

Ao longo dos anos instituem-se, nas maiores empresas do mundo,

políticas de governança baseadas em estruturas verticais e sólidas. Isso fazia

com que cada pessoa soubesse exatamente o que deveria fazer e quem eram

as pessoas responsáveis por dar as ordens; a flexibilidade era muito baixa e os

profissionais funcionavam como que em uma grande máquina, cuja velocidade

de trabalho era ditada de cima para baixo.

Hoje, as pessoas dentro de uma organização assumem diversos papéis

para conseguirem executar com sucesso suas tarefas. A verticalização deu

espaço aos organogramas horizontais, os resultados não são mais vistos

apenas como fruto da somatória dos bons desempenhos pessoais, é preciso

que toda uma equipe se motive e conquiste objetivos comuns.

Essa mudança em relação à forma de gerenciar, antes, cada um era

visto como componente isolado e responsável por suas atividades, direcionado

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pela antiga figura de chefe, hoje, esse mesmo individuo faz parte de um

verdadeiro time, com influência direta nos resultados de todos.

A figura do profissional centralizado foi substituída pelos líderes,

capazes de interagir com uma série de indivíduos, estimulando-os a obter os

melhores resultados, da maneira mais colaborativa possível e ainda priorizando

o autodesenvolvimento.

Quando Peter Drucker, autor de 21 livros na área de administração fala

do novo pluralismo em liderança, deixa claro que são os líderes da atualidade

que devem assumir a responsabilidade por aqueles que serão líderes do futuro.

Cabe a esses executivos conduzir as próprias instituições e a si

mesmos; e essa responsabilidade não termina aí, ela ultrapassa o muro das

instituições o que requer concentração constante por parte da instituição como

um todo, não só da cúpula. Drucker (2000, p.27 e 41) conclui sua advertência

afirmando que os “líderes terão que lidar com os imperativos da globalização”;

isso necessariamente os levará a “lidar com as várias localizações, com

perspectivas múltiplas e várias colunas”.

Sem medo nenhum de errar, esses líderes deverão ter suficiente

habilidade para ”enfrentar uma gama extraordinária de ambiguidade e

incerteza”. Não são as habilidades técnicas aquelas que mais importam, mas

as interpessoais e interculturais.

1.1 TEORIAS DE LIDERANÇA

Teoria das Relações Humanas enfatiza o estudo da liderança e várias

teorias sobre liderança acompanharam o desenvolvimento da teoria

administrativa. As teorias sobre liderança podem ser classificadas em três

grupos:

1 – Teoria de traços de personalidade – características marcantes de

personalidade possuídas pelo líder.

2 – Teorias sobre estilo de liderança – maneiras e estilos de

comportamento adotado pelo líder.

14

3 - Teorias situacionais de liderança – adequação do comportamento do

líder às circunstâncias da situação.

Teorias de traços de personalidade: são as teorias mais antigas de

liderança. Um traço é uma qualidade ou característica distintiva da

personalidade, e segundo essas teorias, o líder é aquele que possui alguns

traços específicos de personalidade que o distinguem das demais pessoas.

Cada autor especifica alguns traços característicos de personalidade

que definem o líder, como:

• Traços físicos: como energia, aparência pessoal, estatura e peso.

• Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e

autoconfiança.

• Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade

administrativa.

• Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e

iniciativa.

O líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo e decisivo

para ter condições de liderar com sucesso.

Teorias sobre estilos de liderança: são as teorias que estudam os

possíveis estilos de comportamento do líder em relação aos subordinados, isto

é, as maneiras pelas quais orienta sua conduta. Enquanto a abordagem dos

traços se refere aquilo que o líder é, a abordagem dos estilos se refere aquilo

que o líder faz.

A direção de cada grupo era desenvolvida por líderes que utilizavam três

estilos diferentes: a liderança autocrática, a liderança liberal e a liderança

democrática.

Liderança autocrática – O líder centraliza as decisões e impõe suas

ordens ao grupo. O comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustação

e agressividade, de um lado, e de outro, nenhuma espontaneidade, nem

iniciativa, nem formação de grupo de amizades. O trabalho somente se

desenvolvia com a presença física do líder.

Liderança liberal – O líder delega totalmente as decisões ao grupo e

deixa-o totalmente à vontade e sem controle algum. As tarefas se

desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações, perdendo-se tempo com

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discussões voltadas mais para os motivos pessoais do que relacionadas com o

trabalho em si.

Liderança democrática – O líder democrático que trabalha com o grupo

para ajudar seus membros a chegar às suas próprias decisões. Este estilo é o

preferido pelos grupos, mas as diferenças culturais devem ser observadas.

Teorias Situacionais da liderança são teorias que explicam dentro de um

contexto mais amplo. As Teorias sobre Traços de Personalidade são simplistas

e limitadas, as Teorias sobre Estilos de Liderança consideram apenas certas

variáveis da situação. As teorias situacionais são mais atrativas ao

administrador, pois aumentam as opções e possibilidades de mudar a situação

para adequá-las a um modelo de liderança ou então mudar o modelo de

liderança para adequá-lo à situação.

Bavelas, um dos grandes estudiosos da liderança, salienta que o

reconhecimento de um líder depende em grande parte da posição que ele

ocupa dentro da cadeia de comunicações, muito mais do que suas

características de personalidade.

BERGAMINI (2009, 37-41) fala que aos poucos as organizações foram

se abrindo para as pesquisas sobre liderança; a importância começou desde a

Segunda Guerra Mundial onde nessa ocasião foi contratado um grande

contingente de mão de obra devido à reformulação do parque industrial nos

EUA.

Com a necessidade de dirigir um grande número de pessoas recém

contratadas, líderes organizacionais foram analisados por meio de longas

entrevistas, além de passarem por testes psicológicos que permitissem

viabilizar a construção de um modelo comportamental que deveriam ter os

líderes, para serem considerados como vencedores.

As teorias contingenciais exploram maior número de variáveis que

cercam o processo de liderança, combinando-as com diferentes estilos de

liderança. O objetivo é de atingir, nesse caso é de conhecer de que forma

esses comportamentos diferentes dos líderes podem influenciar os resultados

da interação líder/subordinado. Por isso que muitos autores assumem que o

sucesso de liderança depende da situação.

Segundo esse enfoque a emergência de um líder não deriva unicamente

do seu tipo de personalidade, mas depende de outros fatores, tais como as

16

normas em uso pelos grupos, o tipo de trabalho desenvolvido, o clima favorável

ou desfavorável com o qual se defrontam e muitos outros.

Para Hollamder, os aspectos importantes se destacam a resposta

compensadora do líder. O primeiro aspecto se prende a competência do

trabalhador de um lado; e de outro, a conformidade do líder com as normas do

próprio grupo. Isso sugere que a aceitação do líder e sua permanência como

tal, dependem do quanto ele seja considerado como um facili tador ao

atendimento daqueles objetivos almejado por seus seguidores.

Goleman e Boyatziz (2008, p. 32-390) também exploram a vigor dessa

coerência por parte do líder apontando que “aquilo que o líder sente e faz leva

os seguidores a espelharem seus sentimentos e atos”. Isso favorece empatia,

bem como aquilo que foi chamado de sintonia, o que, sem dúvida incrementa e

reforça o trabalho da equipe.

Hollander (1964, p.11) deteve especialmente no estudo dos aspectos da

percepção que o liderado tem daquele que o dirige. O autor propõe três

categorias de qualidades necessárias à natureza da liderança:

1. “A competência percebida pelo individuo em termos de uma tarefa

especifica do grupo num dado momento”.

2. “A conformidade do individuo a procedimentos já convencionados,

que á aquilo que ele faz ao demostrar sua identificação com o grupo”.

3. “As características pessoais e o atributo percebidos como valorizados

em benefícios dos recebedores”.

Esses fatores têm importância primordial para que se atinja uma posição

de influencia. Isso sugere que o individuo deve pertencer ao grupo a algum

tempo para desenvolver nos demais certo grau de confiança no sentido de

ajuda-los a atingir os seus objetivos.

Bergamini (2009, p. 42-43) relata que a maioria dos pesquisadores no

campo de liderança aponta que o bom líder percebido pelos seguidores está

atento às necessidades de nível mais alto de maturidade, ou seja, aquelas que

se acham ligadas a trocas sociais, reconhecimento da competência pessoal de

cada um ou autoestima, o aproveitamento integral do potencial que possui ou

auto realização.

Esse potencial diz respeito aos recursos intelectuais, emocionai e as

experiências vividas.

17

O verdadeiro líder não perde seu tempo ocupando-se do atendimento

das necessidades básicas que são aquelas voltadas para o conforto físico e de

segurança. Para seus seguidores está claro que cabe à própria empresa

providenciar o atendimento dessas necessidades servindo-se de um

planejamento e a implantação de uma política administrativa.

A Teoria Contingencial foi elaborada a partir daquilo que Fiedler chama

de LPC (Lesast Preferred Coworker). Para ele, existem dois tipos básicos de

estilo de liderança que são: aquele que pode ser considerado como “orientado

para a tarefa” e aquele que é “orientado para o relacionamento”.

O modelo contingencial de Fiedler aponta situações favoráveis e

desfavoráveis para o líder; isso quer dizer que alguns líderes saem-se melhor

em determinada circunstâncias, enquanto outros têm sucesso em outras

situações diferentes. Assim, é destruído o mito do líder universal.

Faz parte do enfoque contingencial de liderança a teoria conhecida

como caminho-objetivo, que deu vida a noção de que os subordinados devem

ser considerados como pessoas bem intencionadas e que o líder que puder

ajudá-las a se realizarem nesse processo terá sucesso.

Bergamini (20019, p 53-56) descreve as mais recentes teorias com a

proposta de Burns, a respeito dos estilos transformacional, transacional e

laissez-faire. Conceitua que na liderança transacional o líder deve evitar

atitudes que se caracterizem como sendo esforço tipo aversivo, de reprovação,

penalidade, castigo, ou ainda que se retire do seguidor sua permissão de

seguir adiante.

Ao contrário do que ocorre nos experimentos com animais, nas

circunstâncias de trabalho nas organizações, recompensas e punições, na

maioria das vezes, não são materiais. Já se considera como reforçador

negativo a simples observação de que as coisas não estão saindo como o

combinado, essa observação tem pouco a ver com a perda ou ganho de

renumeração.

A Liderança Transacional mostra ter muito a ver com os princípios

behavioristas sobre o condicionamento, ou seja, o líder deveria ser capaz de

mudar o comportamento dos seguidores, bastando para tanto, que fosse capaz

de manipular as variáveis que estejam ao seu alcance no ambiente

organizacional.

18

Na realidade, a Liderança Transacional não é uma estratégia usada pela

verdadeira liderança, mas é um recurso de uso dos condicionantes para atingir

a produtividade com qualidade no trabalho.

A Liderança Transformacional diz respeito à mudança, inovação e

empreendimentos. As pessoas assim consideradas oferecem novos enfoques

e usam sua imaginação para criar novas áreas a serem exploradas. Com

relação ao relacionamento são mais intuitivas e, sobretudo, com sua empatia

conseguem entusiasmar as pessoas pelos seus projetos e pela maneira de ser.

Vários autores têm procurado deixar o mais evidente possível a

diferença entre os estilos de liderança transformacional e transacional devido,

principalmente, ao interesse de identificação das atividades especifica para

cada um dentro da organização. Esse interesse tem como objetivo aproveitar o

máximo o reduto das forças de cada estilo.

No caso da Liderança Transformacional, esses tipos de comportamentos

são: influência idealizada como comportamento, influência idealizada nas

atitudes, motivação inspiradora, estimulação intelectual e consideração

idealizada.

No caso da Liderança Transacional, os comportamentos típicos são:

recompensa contingente, administração por exceção ativa, administração por

exceção passiva. Logo a seguir aparece a orientação chamada laissez-faire,

onde os líderes são avaliados a partir desses traços.

Bergamini (2009, p. 59) relata que as pessoas que se caracterizam

como líderes transacionais, conseguem manter sua ligação com os seguidores;

no entanto, elas servem do artifício de trocas, que fazem com que aqueles que

a elas estão associados assim permaneçam; embora por pouco tempo o

vínculo perdure apenas enquanto cada uma das partes acreditar que haja algo

de interesse na troca. Líderes transformacionais são considerados como mais

eficazes.

Bergamini (2009, p. 111) numas das suas conclusões fala que as

organizações poderão contar com líderes eficazes na medida em que saibam

escolher pessoas sensíveis e estejam atentas às expectativas dos seus

seguidores e tiverem recursos suficientes para atendê-las.

É importante observar que aqueles que trabalham conheçam o sentido

daquilo que estão fazendo, para que a organização possa contar com pessoas

19

envolvidas e identificadas com seus próprios objetivos, ao mesmo tempo em

que contribuem para que os objetivos organizacionais sejam atingidos.

Kouzes e Posner (2001, p.98-106) acreditam que o mito mais prejudicial

de todos é que a liderança seja reservada somente a algumas pessoas; nada

existe que comprove essa crença. Estando conscientes do papel a serem

desempenhados, ao orientar as pessoas para dada direção, os executivos que

estejam verdadeiramente motivados para tanto poderão com o passar do

tempo, aprender a se tornar melhores líderes.

20

CAPÍTULO II: A FORMAÇÃO DE UM LÍDER

Segundo Blackaby (2001, p.50) não há dúvida de que algumas pessoas

demostram prematuramente aptidão para liderar. Observe a dinâmica em

qualquer parquinho e logo se torna evidente que algumas crianças possuem

uma capacidade inata para a liderança. Para algumas, a influência vem de seu

tamanho e força. Outros têm a imaginação, inventando jogos e ajuntando

outras crianças em torno de si. Algumas crianças são carismáticas e têm

facilidade para atrair as outras.

Muitos líderes mundiais deram sinais prematuros de sua capacidade de

liderança. Quando garoto, Napoleão Bonaparte organizava intrincadas batalhas

com seus colegas de classe. Winston Churchill, quando criança, encenava

elaboradas manobras de batalha com 1.500 soldados de brinquedos e passou

a se interessar por política ainda muito jovem.

Kotter (1997, p. 6-12), um dos maiores pesquisadores em liderança,

chega à conclusão de que “há pessoas que nasceram líderes e há outras que

aprendem a desenvolver sua capacidade de liderança ao longo de décadas”.

Ser uma habilidade inata ou não já é considerado como uma discussão

desnecessária diante da necessidade de se ter que contar com líderes

eficazes.

A chave para a formação de um líder não está nas experiências, boas ou

más, e sim nas respostas que ela dá a elas. Algumas pessoas por dificuldades

tornam-se rancorosos ou medrosos e param de tentar, outros sofrem, mas

decidem aprender com a crise e tornam-se mais fortes.

Os líderes não são pessoas que nunca fracassaram, mas pessoas que

venceram as adversidades. Fracassos e crises pessoais não desqualificam

ninguém para a liderança.

Existem pessoas que, por natureza serão melhores líderes que outros,

entretanto qualquer pessoa que atua numa posição de liderança pode tornar-se

mais influente e eficiente.

21

O presidente da Independent Association Bankers of Texas fala que: “A

verdadeira liderança não é algo que possa ser aprendido. Somente pode ser

aprimorado quando um individuo já tem uma habilidade natural para isso.

Líderes podem ser treinados para tornarem-se melhores, mas já nascem com a

habilidade de liderar”.

2.1 TREINAMENTO DE UM LÍDER

Bergamini (2009, p.137-141) afirma que não se prepara um líder em um

seminário de fim de semana onde são oferecidos regras gerais ou conselhos

de como se sair bem enquanto líder. Conforme Goldsmith (2001, p.80-86) a

ação, não conhecimento, é a meta dos melhores processos de

desenvolvimento de liderança. É necessário admitir que a distância entre aquilo

que se pode aprender em aula e aquilo que ocorre em situações concretas de

liderança no trabalho é muito grande e diversificada para ser trabalhado em um

único curso de algumas poucas horas.

O treinamento de um bom líder é longo e demanda, por vezes, anos de

trabalho juntamente com a vontade constante de aperfeiçoar. A direção das

organizações deve também estar pessoalmente empenhada nisso. Não só em

estimar a necessidade futura de líderes, como também levar em conta o fato de

que será necessário oferecer todo um conjunto de assuntos ligados ao

comportamento para se tornar possível aprender a dirigir os outros.

Quando líder, você só terá condições de progredir quando puder contar

com pessoas dispostas a oferecer ajuda e apoio.

É certo que a organização precisa de pessoas capacitadas e que nem

sempre estará pronto, o que torna essencial a avaliação do potencial de

aprendizagem e treinamento, assim como o preparo de lideranças. Quanto

mais um funcionário estuda, maior será sua capacidade de absorver os

treinamentos.

Bergamini (2009, p. 117-119) diz que o número de promoções a cargos

superiores nas empresas é espantosamente grande. Na escolha de um líder

para Charan (2008, p.12) “tais pessoas podem ser promovidas por serem

excepcionais especialistas funcionais, por brilharem nas funções individuais

22

como recompensa pelos resultados obtidos”. No entanto, afirma o autor, “não

foram submetidos a uma avaliação do seu talento básico para liderança”.

Caso alguma dessas pessoas tenha sucesso como líder competente,

“isso costuma ser questão de sorte”. A probabilidade de se ter um perigoso

contingente de posição de liderança que primam pela falta de competência é

bastante frequente. A falta de eficácia em vários níveis chega a promover, tanto

para esses falsos líderes como para aqueles que são orientados por eles, uma

vida estressante.

Quando chega a conclusão de que novos chefes não possuem recursos

para exercer a liderança eficaz como seria desejável, muitas vezes nem

mesmo após intenso treinamento, já é tarde demais para tirá-lo do cargo. Ou

se despede a pessoa ou ela é mantida no posto ocasionando enormes

entraves à organização e problemas as seus subordinados.

George (2207, p. 94-102) defende uma posição bastante radical a esse

respeito afirmando que, qualquer que seja a organização, “é necessário

promover os indivíduos com melhor desempenho”. Por conseguinte seria

recomendável que se pudesse “rebaixar ou desligar aqueles que não se

encaixam”. Essa predisposição, no entanto raramente é posto em pratica.

Poucos sabem que a eficácia do líder só passa a ser revestida de

realidade em situações concretas de trabalho e dentro de uma contingência

que inclui além do estilo de liderança, os estilos individuais de grupo

seguidores e as circunstâncias que envolvem a ambos.

Bennnis (1996, p. 83) lembra com muita propriedade as declarações de

John Sculli, diretor presidente da Apple, que dentre os maiores erros que

alguém pode cometer é montar uma equipe que reflita apenas seus

pensamentos. Isso se ilustra com facilidade a partir da constatação que alguns

executivos têm o habito de levar para as empresas nas quais acabaram de ser

contratado o antigo grupo de colaboradores que trabalharam com ele na

empresa anterior.

Como consultor de importantes empresas, Bennis propõe como melhor

saída “montar equipes de pessoas que tem diferentes habilidades, e então

fazer essas habilidades distintas funcionarem juntas”.

23

Esse é um dos mais importantes papéis do líder, uma vez que não seja

fácil harmonizar essas diferenças para que atinja o sucesso no desempenho do

grupo.

2.2 A VISÃO DO LÍDER

Em artigo recente, Kouzes e Posner (2007, p.8-9), logo de início falam

da liderança como “a capacidade de enxergar a frente, de vislumbrar

possibilidades empolgantes e de reunir os outros em torno de uma visão

comum do futuro”. Essas são habilidades imprescindíveis que representam a

característica que mais distingue o líder do não líder. Só conseguirá chegar a

esse ponto o líder que ouvir atentamente seus seguidores, e entender as

esperanças deles e as necessidades interiores daqueles que o seguem.

Blackaby (2011, p.77-78) descreve que a visão recomendada à liderança

é crucial por um motivo óbvio: se você não sabe para onde está indo,

provavelmente não chegará. A visão é a estrela polar das organizações,

ajudando líderes em cada situação enquanto eles seguem o povo.

Como os líderes atuais reagem à necessidade de visão? Muitos

inundam as organizações com debates, mensagens, reuniões, seminários,

retiros e slogans, tudo relacionados à visão.

A visão é fundamental para as organizações. Por isso é importante que

os líderes sejam visionários.

A liderança visionária compreende três questões fundamentais: De onde

vem à visão? Como essa visão inspira as pessoas? Como os líderes

transmitem a visão? Onde os líderes adquirem visão? Grandes visões inspiram

grandes pessoas e grandes organizações. A tarefa crucial do líder é

desenvolver uma visão superior para a organização.

Walt Disney tinha uma visão ampla – fazer pessoas felizes e redefiniu a

indústria do entretenimento. Henry Ford buscou a democratização do

automóvel, o que acabou resultando num prodígio império de automóvel. Bill

Gates tinha uma visão de que todo computador do mundo usaria Software da

Microsoft, e seu sucesso é lendário.

24

Blackaby (2011, p. 79-81) relata que alguns líderes tomam visões

emprestadas; para alguns uma fonte de visão abundante é o passado. Eles

fazem as coisas de determinada maneira porque sempre foram feitas assim.

Não é raro, o curso de ação mais fácil é aquele que já foi tomado uma vez,

principalmente se foi bem sucedido.

Um líder pode ser relutante em rejeitar métodos que funcionaram

anteriormente a fim de guiar o povo numa nova direção, e isso é muito

arriscado. Peter Drucker observa: “Ninguém tem dificuldade para se livrarem

dos grandes fracassos; eles se aniquilam sozinhos. Os sucessos de ontem,

contudo, sempre perduram além da vida produtiva”.

Embora nem sempre seja evidente, a vaidade é a fonte da visão que

motiva os líderes, ou seja, alguns líderes estabelecem objetivos para a

organização com base no que lhes possa trazer sucesso pessoal e prestígio.

Os líderes do mundo dos negócios podem escolher um plano de ação

mais pelo desejo de se expandir sua reputação e avançar na carreira que pela

preocupação em beneficiar a organização.

Uma base comum para estabelecer uma visão é a necessidade. A visão

baseada na necessidade é implantada por meio de consultas aos grupos a fim

de determinar seus desejos. As empresas descobrem o que as pessoas estão

procurando e desenvolvem um produto que supra suas necessidades.

Blackaby (2011, p. 87-88) relata que muitos escritores conceituados

apoiam o desenvolvimento da visão com base no líder. Warren Benis observa:

“Assim como nenhuma grande pintura foi criada por um comitê, nenhuma visão

surge da massa”.

Mesmo que a maioria dos líderes saiba que a visão é importante,

entender como se atinge essa visão não é um trabalho simples. Burt Nanus

questiona: de onde vem à visão do líder?

“A visão é composta por parte de preocupação, uma parte de percepção,

muita imaginação e discernimento; e muitas vezes uma dose saudável de

audácia”. Kouzes e Posner alegam que as visões fluem do reservatório de

nosso conhecimento e experiência.

Como líder cria uma visão? Ele imagina um futuro desejável para a

organização e depois desenvolve um plano para atingir esses resultados. Essa

empreitada pode exercer grande pressão sobre o líder quando ele assume a

25

responsabilidade de interpretar as mudanças globais ao redor e sonda o futuro

a fim de determinar a melhor abordagem para a organização.

Que tipo de pessoa está qualificado para uma tarefa que exige tanto?

Líderes com vasta experiência, que viajaram por muitos lugares, leem

bastante, conhecem diversas pessoas e ampliam o pensamento por meio de

educação e de um mosaico de experiência de vida, tem grande chance de

desenvolver visões convincentes e inovadoras.

Quando o líder cria uma visão, ele assume a dura tarefa de determinar a

melhor abordagem para a sua organização. Muitos líderes levam em conta a

reputação e a credibilidade na hora de obter apoio para sua visão. A rejeição

do líder reflete a falta de confiança nele; o líder se sente pressionado a

desenvolver uma visão grandiosa e atraente o bastante para que todos

queiram assinar embaixo.

Se ainda os liderados se recusam a segui-la, o líder deve criar uma

visão ainda mais atraente, que garanta o compromisso de todos.

2.3 RELAÇÕES DO LÍDER COM OS LIDERADO

Quanto mais entendemos o que é liderança, mais evidente fica como os

lideres são uma influencia determinante. Para avaliar o desempenho de um

líder, analisem as pessoas que os seguem.

Max Depree especialista em liderança afirma que: Os sinais de liderança

extraordinária se verificam primordialmente entre os liderados.

Há quatro pontos fundamentais para se construir um elo de confiança

entre o líder com o liderado: transparência, clareza, empatia e consistência.

Transparência na comunicação, mesmo que seja “não posso dar

informação”; clareza ao garantir que todos compreenderam as mensagens, se

cada um dos funcionários souber o que está acontecendo na empresa, o

comprometimento será maior; empatia para colocar no lugar do outro e se

preocupar com isso; e consistência ao transformar as mensagens em ações.

A busca da confiança não é uma tarefa fácil ou rápida, porém altamente

recompensadora. Nas organizações em que a confiança é trabalhada com

sucesso, o impacto pelo nos resultados é enorme.

26

Os liderados apresentam níveis muito maiores de produtividade,

eficiência, criatividade e moral. Os liderados vãos além de suas atribuições ou

do que lhe é pedido para a organização. Isso se reverte diretamente em

aumento de rentabilidade, produtividade, maior retenção de talentos e maiores

índices de lealdade e satisfação dos clientes.

Em uma entrevista à revista Carreira & Negócios (pag. 52) o executivo

Renato Franchi, Diretor Presidente das Indústrias Nardini S/A, fabricante de

máquinas e ferramentas com mais de 1,5 mil funcionários, assumiu a direção

da companhia em 1997, após um período de dificuldades que levou a empresa

a fechar as portas por seis meses. A dívida com os bancos e fornecedores era

altíssima, Franchi consegui aos poucos negociar as dividas e colocar a

indústria a funcionar.

Por incrível que pareça, Franchi não utilizou ferramentas conhecidas de

administração e sim, muito diálogo e honestidade com todos os colaboradores.

“Aprendi que liderar significa estar do lado das pessoas e não acima, em um

trono ou pedestal”. Conheço meus colaboradores pelo nome e cumprimento a

todos. Às vezes, recebo um a um na entrada da fábrica pela manhã. Sento-me

para tomar café e almoçar com eles. “Acho que aí está o segredo”, defende.

Salários acima da média do mercado, benefícios generosos, plano de

carreira e qualidade de vida fazem parte do cardápio de toda boa empresa para

trabalhar, mas podem não ser suficientes para motivar os colaboradores. Em

alguns casos é preciso fazer mais, extrapolar a típica relação entre o líder e o

liderado e estabelecer um vinculo emocional entre as pessoas e a organização.

A empresa Tortuga está em 4º lugar dentre as empresas que possui

entre 1001 a 2000 funcionários no setor Nutrição e Saúde Animal. Ela investe

na criação de um vínculo emocional entre os colaboradores e a empresa. “A

proximidade produz um sentimento de orgulho, gratidão e acolhimento por

parte dos funcionários”. “O nível de satisfação com a organização é muito alto”,

garante Jair Lopes de Barros responsável pela área de recursos humanos da

Tortuga.

Para Maxwell John (2011, pg 93 a 97) diz: se você deseja saber como

está se saindo como líder, faça as quatro perguntas:

- As pessoas seguem sua liderança? Se alguém que ocupa uma posição

de liderança não consegue formar seguidores essa pessoa tem um cargo, mas

27

não é um líder de fato. Não existe líder sem liderados. Quando um líder sabe

aonde vai e as pessoas também sabem que ele conhece o destino, começa a

se desenvolver entre eles uma relação sadia de confiança, esse

relacionamento crescerá conforme o líder demonstrar cada vez mais

competência.

- Os liderados estão mudando? Uma parte considerável da liderança

consiste em cultivar nas pessoas essa disposição de seguir o líder rumo ao

desconhecido com base na promessa de algo muito grande. Os lideres não

mudam as pessoas, eles são, na verdade, agentes de mudanças.

- As pessoas estão desenvolvendo? Os liderados precisam continuar

crescendo. Promover o crescimento e o desenvolvimento pessoal é o maior

chamado do líder.

- As pessoas estão no caminho do sucesso? O melhor critério de

avaliação de uma liderança é sempre o resultado do seu trabalho. Um líder

pode impressionar os outros quando faz sucesso, mas ele os influencia quando

seus liderados também são bem sucedidos.

28

CAPÍTULO III: O PAPEL DO LÍDER

3.1 LIDERANDO COM AS MUDANÇAS

Vivemos hoje um momento único de grandes transformações. Não foram

só os carros, a moda, a música e os aparelhos eletrônicos que mudaram

extraordinariamente nas ultimas duas décadas. Também as empresas que

produzem essas coisas todas são profundamente diferentes. De um modo

geral, a organização, no Brasil, é hoje mais democrática, inovadora e

comprometida com as boas práticas nas relações com os grupos de interesses.

Na revista Época Negócios 360° (2012 pg. 30) José Paulo Kupfer relata

que há apenas duas décadas, as empresas brasileiras eram definidas por uma

única dimensão: lucro e fluxo de caixa.

Hoje se entende que os resultados financeiros são um quadro bem mais

impressionista do que supunha; e aparecer bem nesse quadro não elimina a

chance de um desastre futuro. Em relação às praticas do RH, ao esforço

inovativo estruturado e a eficácia da medição de conflitos de interesses,

propiciada pela governança corporativa. Uma empresa de sucesso, hoje é vista

como um organismo benéfico ao funcionamento da sociedade, alinhada com o

respeito ao meio ambiente.

Segundo Sônia Jordão (2008) em seu artigo “Liderando em tempos de

mudanças”, a tarefa dos líderes de hoje é simples e difícil: precisam encontrar

as melhores pessoas que puderem motivá-las para que façam o trabalho da

forma mais bem feita possível e a maneira delas próprias. Isso supõe dar

poderes limitados para as pessoas. Precisamos nos esforçar para melhorar

nossa flexibilidade, velocidade e qualidade e ainda priorizar o que permanece

como uma das medidas mais importantes: a produtividade.

Toda mudança só acontecerá se houver inovação. Mas só será possível

com o engajamento de toda organização sem negociar os valores, as crenças

e as habilidades, senão não acontecerá mudança.

Embora muita coisa tenha mudado, a necessidade de bons líderes

permanece constante. Apenas através de uma liderança excepcional

conseguiremos conquistar os níveis de esforço e comprometimento

necessários para competir com a economia mundial. Os líderes que tiverem

29

sucesso nessa difícil transformação se descobrirão em novos papeis que são

muito mais recompensadores, tanto pessoal quanto profissionalmente.

3.2 OS DESAFIOS DA LIDERNAÇA

Segundo Carlos Cruz em seu artigo “Os desafios da liderança

empresarial” para um líder ser extraordinário, aumentar a produtividade, manter

qualidade, aumentar a lucratividade, e assim, contribuir com um mundo melhor

é preciso que ele supere alguns desafios, como:

a) Desenvolva a visão de curto, de médio e de longo prazo – O líder

precisa ter uma visão de futuro atraente e realista, com parâmetros bem

definidos para a questão de números.

b) Oriente-se para resultados em equipe – Além de ter uma visão futura

bem definida é necessário criar estratégias que envolvam as pessoas para

alcance de resultados.

c) Tenha senso de realidade – O líder tem de perceber que a equipe, os

desafios, a empresa, os clientes e o mercado nunca são e nem serão como ele

gostaria que fosse. Portanto, encarar a realidade e fazer não só o que gosta,

mas o que é preciso ser feito para o sucesso dos negócios.

d) Mantenha-se flexível – A flexibilidade ajuda um líder a fazer o que for

preciso para alcançar os resultados esperados. Caso seja preciso mudar de

rumo, treinar uma equipe de forma diferenciada, ou até mesmo de colocar a

mão na massa para solucionar um problema, ele terá que fazer.

e) Reconheça a equipe – O verdadeiro segredo de uma equipe de

sucesso é a forma e a frequência com que o líder fornece feedbacks positivos.

Uma dica para fortalecer o comprometimento da equipe esta em agendar

reuniões quinzenais para comemorar os resultados mais importantes do

período.

f) Conheça a si mesmo – Muitos líderes frustram-se por não conhecerem

o perfil das pessoas que lidera, mas antes é preciso buscar o

autoconhecimento.

g) Assuma a responsabilidade – Aconteça o que acontecer, o líder tem

de chamar para si a responsabilidade pelos resultados. No momento do

30

sucesso, ele deve parabenizar a equipe pela conquista. Já nos eventuais

fracassos ele deve instigar todos a pensarem em possíveis aprendizados com

aquela situação.

h) Desenvolva inteligência emocional – Um líder emocionalmente

inteligente consegue mobilizar suas emoções estrategicamente. Trabalhe seu

autocontrole, pense antes de agir e administre seus impulsos para não explodir

e depois se arrepender. Mantenha o foco no momento de pressão.

i) Tenha motivação – Tenha propósito para agir. Esteja pronto para

agarrar as oportunidades, superar os obstáculos e apreender com eles. Saiba

que o fracasso é um julgamento em curto prazo e trabalhe constante e

incessantemente em busca de resultados positivos.

j) Contrate com qualidade – O ponto essencial da contratação é ter muito

claro que tipo de profissional é necessário e qual é o perfil comportamental

ideal deste futuro colaborador. Não contrate apenas guiado pela questão de

afinidade.

k) Gerencie sua equipe – Administre conflitos, trabalhe em equipe,

construa alianças e desafie o status quo, ou seja, a maneira como as coisas

são.

Para o Brasil aumentar a sua competitividade a nível global é preciso

perceber a importância de desenvolver pessoas chaves, ou seja, os

profissionais em cargos de liderança que são ou serão os líderes empresarias

deste país.

3.3 LIDERANÇA VISIONÁRIA

Robbins (2000, p. 400) conceitua liderança visionária como “a

capacidade de criar e articular uma visão realista, crível e atraente do futuro

para uma organização ou unidade organizacional que cresce e melhora a partir

do presente”.

Pode-se dizer que um líder visionário é aquele que reserva um tempo do

seu dia para se reciclar para pensar no que fez no que vai fazer, qual a melhor

opção e por qual alternativa deve optar. Ele tem a visão do futuro, do mercado

31

interno e externo e assim pode adquirir novas habilidades e competências.

Seguindo a afirmação Chiavenato cita:

Cada vez mais, a visão está constituindo um ingrediente essencial para a liderança eficaz. O termo visão é utilizado para descrever um claro sentido do futuro e a compreensão das ações necessárias para alcançá-lo com sucesso. A visão representa o destino que se pretende transformar em realidade. (CHIAVENATO, 2004, p. 167)

Segundo Barney e Hesterly (2007), os líderes visionários podem ou não

criar valor. Se o fizerem, exercerão um estilo de liderança raro e difícil de ser

copiado por outras organizações. Infelizmente, alguns visionários capazes de

criar valor não têm apoio de suas organizações com estruturas, controles e

recompensas adequados.

O líder visionário tem sempre melhores recursos e boas experiências

para se iniciar um trabalho através de suas condições e a inovação constante.

Ele pode trabalhar com o mínimo de recursos possíveis e achar uma rápida

solução. Delegar poderes não é fácil, é muito raro encontrar alguém que saiba

ensinar e convencer seus liderados com medo muitas vezes de ser substituído

por eles, o que gera muitos riscos em varias dimensões.

O líder visionário prevê os riscos e encontra a solução antecipada dos

problemas por não serem novidades. O líder deve ter um grande conhecimento

em sua área, estudar e ter visão universal. É imprescindível que as

organizações tenham este tipo de liderança e que confiem e dêem apoio

necessário aos seus líderes para desenvolverem seu trabalho com segurança.

Atualmente é difícil uma organização ficar sem a liderança visionária e também

é importante encontrar líderes com esta visão, o mercado deve aumentar as

oportunidades e aprimorar os recursos para esse desenvolvimento.

Para Nanus (2000), liderança visionária é a capacidade de criação de

uma visão realista do futuro para uma organização. Essa visão quando

detectada e colocada em prática de maneira coerente gera estímulos para o

futuro.

De acordo com Nanus (2000), as organizações na atualidade, não

podem funcionar sem a liderança visionária devido a fatores comuns a todas

como: as constantes mudanças tecnológicas; a diversificação da mão de obra;

32

a competitividade gerada pela complexidade da economia e a necessidade e

exigência dos clientes.

3.4 LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL

A liderança transformacional é capaz de alterar o comportamento do

funcionário através do líder, da inspiração e do estímulo intelectual levando em

conta a verificação individualizada. Este tipo de liderança induz as pessoas a

darem o melhor de si, se transformando e agindo além de suas capacidades

em busca dos resultados organizacionais.

Segundo Carpilovsky (2005, p. 12), “os líderes transformacionais são figuras

mais visionárias, inspiradoras, imbuídas de ideais e metas específicas e

capazes de causar emoções intensas em seus seguidores”.

Líderes transformacionais são agentes de mudança, eles transformam

as atitudes de seus seguidores de acordo com suas necessidades de interesse

pessoal e de eficácia coletiva. Tenta mudar a visão do subordinado para aquilo

que lhes proporcionam oportunidades e desafios.

Robbins (2000) descreve liderança transformacional como uma liderança

de destaque, ou seja, uma liderança voltada a explicar e diferenciar os líderes.

É uma liderança voltada a cada pessoa, com consideração individual, atenção

pessoal.

A visão de algo melhor para o subordinado traz mais energia e

disposição para se correr atrás do objetivo, fazendo com que as pessoas se

empenhem em realizar o que lhes é proposto. É mais atencioso tratar

individualmente cada subordinado, pois assim pode-se conhecer o poder

potencial de cada um e buscar a melhor alternativa para lidar com seus

interesses. O líder transformacional é aquele que deve ter carisma, visão de

mudanças, inspirar para a busca de melhores resultados e capacidade de

desafiar os outros a fazer o seu melhor.

33

CONCLUSÃO

Todo e qualquer gestor empresarial dentro da sua área de atuação,

precisa lidar com quatro públicos distintos e deve alcançar resultados positivos

com todos eles. Neste caso o líder não deve ater-se somente na geração de

lucros para a empresa se deixar de levar em consideração os seguintes

públicos: os acionistas ou proprietários, os colaboradores, os clientes, a

lucratividade.

Os acionistas ou proprietários – Este tipo de publico visa à renumeração

de seu capital investido, de uma forma justa, na forma de dividendo ou lucro, e

é ele que impulsiona o crescimento da empresa. Quanto maior e mais

significativo for o retorno para esta classe, maiores serão as chances de

crescimento para organização e a certeza da assertividade em seus

planejamentos.

Os colaboradores – O coração da empresa, sem este público nenhuma

estratégia será possível. Os colaboradores são aqueles que movem o ritmo da

organização. Para tanto o líder deve junto à alta organização da empresa obter

um ambiente de trabalho adequado para manter sua equipe motivada e em

condições de render de forma eficiente e eficaz; o reconhecimento também é

uma forma de aumentar a admiração e a motivação para os colaboradores

renderem melhor.

Os clientes – Quanto aos clientes estes devem perceber e sentir que a

empresa possui vantagens para as suas necessidades, para continuar

acreditando na qualidade e na transparência da organização. Além disso,

atitudes éticas e sustentáveis da empresa proporcionam uma vantagem de

relacionamento com os clientes.

A lucratividade – Lucro são o resultado positivo após deduzir das vendas

todos os custos e despesas; e a lucratividade é a relação do valor do lucro com

o valor das vendas. Quanto maior melhor, deve ser comparada com a média do

setor em que a empresa atua, deve atender também a expectativa do

empreendedor.

A empresa precisa estar atenta quando começa gerar recursos

insuficientes para manter a empresa como: fluxo de caixa negativo, despesas

34

financeiras crescentes, empresa perdendo participação no mercado e

resultados insatisfatórios.

Recursos suficientes para o crescimento da empresa: fluxo de caixa é

positivo e os saldos são crescentes, a empresa está obtendo ganhos

financeiros, recursos para atualizar o seu ativo fixo, recursos financeiros para

realimentar capital de giro próprio, investimento em Recursos Humanos e

investimento em Marketing.

A importância do lucro para a empresa: O lucro é necessário para

recuperar o capital investido, é necessário para gerar liquidez (capacidade de

pagamento), manter a empresa competitiva no mercado, renumerar sócios e

colaboradores de acordo com suas expectativas e a razão de ser da empresa.

Para uma empresa crescer é necessário: manter despesas fixas baixas

compatíveis com a estrutura da empresa, estruturas flexíveis, serviços e

produtos com qualidade, preços competitivos, conhecimento profundo no

mercado, foco no cliente e na competitividade e reinvestir parte do lucro.

Hoje, liderar não é uma tarefa fácil, visto que a busca pela excelência é

constante e torna-se essencial e decisivo contar com as pessoas certas. Não

há organização que se molde ao colaborador, mas temos de buscar aquele

colaborador que tenha valores, crenças e propósitos que melhor se alinhem a

empresa.

Os líderes têm um papel fundamental, pois tudo começa e termina na

liderança. Isso significa que os líderes inevitavelmente melhoram ou complicam

a vida da organização e das pessoas que o seguem.

Líderes precisam olhar para si mesmos, sair de suas cascas protetoras e

reconhecer o imenso poder que têm de influenciar positivamente uma situação.

A atitude de um líder podem tanto construir a confiança ou destruí-la.

Segundo Thais Blanco (diretora de capital humano da Aon Hewitt), para

um líder promover mudanças numa organização ele precisa ter coragem.

Coragem para liderar pessoas que sabem o que querem e como querem;

pessoas que tem sonhos e escolhas. Coragem para fazer escolhas corretas,

mas não necessariamente as mais fáceis. Coragem para incluir na esfera

corporativa toda a diversidade, pluralidade e complexidade do mundo.

Coragem para abandonar pratica que não mais geram valor, ainda que isso

signifique lidar com frustrações.

35

Para Maxwell (2011, pag. 265) não se desenvolve liderança de uma hora

para outra. É um processo que dura à vida inteira, e, quanto maior for o

empenho, maior será o potencial de se tornar o líder que é capaz de ser.

Nunca pare de aprender, nunca esqueça que seu maior valor potencial não

esta em sua liderança e sim em sua capacidade de identificar pessoas com

potencial e ajuda-las a se tornarem líderes de sucesso.

Os líderes atuais devem estar sempre buscando conhecimento,

capacidade e motivação para transmitir aos seus colaboradores o estilo de

liderança correto. A motivação é à base de um trabalho bem feito e com

resultados surpreendentes.

A evolução do trabalho e as teorias motivacionais e de gestão de

pessoas fornecem aos gestores elementos para a compreensão dos problemas

de insatisfação e baixa motivação dos trabalhadores, que estão relacionadas

às dificuldades gerenciais em direcionar sua atenção para os aspectos

humanos, embora não desconhecesse as necessidades e expectativas de sua

equipe.

Segundo Bernardinho (2006) ser líder é dar o exemplo para que os

outros saibam como se faz e se esforcem para repetir a tarefa, o exemplo o

legado no mesmo nível ou ainda melhor. Obtendo conhecimento e criação

recriação.

Na atualidade uma equipe necessita de um líder no seu dia a dia para

poder planejar como atingir os resultados, destinar, organizar e controlar as

funções, criar uma relação de bom relacionamento da equipe, incentivar os

colaboradores e ser um modelo para que todos olhem como referência. É de

muita importância que os objetivos, missão, visão e valores da empresa sejam

apresentados e que a mesma dê condições e estrutura de trabalho para o

indivíduo, esperando assim que o colaborador realize suas tarefas com

eficiência.

Quem busca a frente para a motivação dessas pessoas é o líder, ele

quem consegue através de seu estilo de liderança dar o andamento necessário

na organização com o auxílio das pessoas que nela desenvolvem seu trabalho.

Atualmente as pessoas não aceitam mais ser tratadas de qualquer forma, é

necessário um treinamento especial para lidar com cada tipo de pessoa, cada

36

temperamento, cada estilo de vida. Se o líder de uma empresa não se

preocupa em ampliar seu conhecimento, buscar se especializar, infelizmente o

seu espaço no mercado de trabalho vai diminuir.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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