sgs global 12

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SGS Global Supervisão Revista do Grupo SGS Portugal Julho 2004 Ano 4 Número 12 SGS Global Supervisão A génese da SGS há mais de 125 anos! há mais de 125 anos! A génese da SGS

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Revista Corporativa do Grupo SGS Portugal

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Page 1: SGS Global 12

SGS Global

Supervisão

Revista do Grupo SGS PortugalJulho 2004 • Ano 4 • Número 12

SGS Global

SupervisãoA génese da SGS

há mais de 125 anos!há mais de 125 anos!

A génese da SGS

Page 2: SGS Global 12

Em 1878, quando Henry Golstück fundou

a SGS - Société Générale de Surveillance,

certamente não imaginaria que, passados

126 anos, esta empresa seria líder mun-

dial nos serviços de supervisão, conceito

que inventou em regime de outsourcing.

A necessidade de controlar a qualidade

e quantidade dos cereais oriundos do les-

te da Europa, por uma entidade indepen-

dente, foi o conceito que esteve na gé-

nese da SGS. Hoje em dia, a SGS contro-

la nos portos de todo o mundo as cargas

e descargas dos mais variados produtos:

cereais, petróleos e petroquímicos, mi-

nerais e automóveis, entre outros.

Neste número da SGS Global dedicamos

o tema de capa exactamente ao serviço

que deu nome à SGS: a Supervisão. Des-

de 1922, ano da sua fundação em Portu-

gal, que a SGS supervisiona cargas e des-

cargas nos principais portos portugue-

ses: Viana do Castelo, Leixões, Aveiro,

Figueira da Foz, Lisboa e Sines.

Esta é, sem dúvida, uma das áreas de

aposta da SGS dadas as oportunidades

que o projecto do Porto de Sines poderá

proporcionar no futuro, conforme teste-

munha o seu presidente em entrevista a

esta revista. Oportunidades não só para

os serviços de supervisão mas também

para o cada vez mais pujante sector da

logística.

Entretanto, os serviços da SGS continuam

a crescer num ambiente de grande dinâ-

mica: investimento na modernização do

Laboratório de Ensaios Têxteis e na cria-

ção do novo serviço de inspecção de se-

gurança de equipamentos, a alternativa

mais célere e profissional que actualmen-

te o mercado oferece.

Por fim, quero enaltecer o sentido pionei-

rista dos nossos clientes. Desde o pri-

meiro green de golfe do mundo certifica-

do pela ISO 14001 até à primeira Socie-

dade de Advogados com certificação ISO

9001:2000 em Portugal e à certificação

do serviço do primeiro hipermercado no

nosso país, que o grupo Auchan obteve

recentemente.

É caso para dizer que os nossos clientes

querem menos ‘ais’, escolhendo a SGS

porque querem muito ‘mais’!

Ficha Técnica > Propriedade: SGS Portugal - Av. José Gomes Ferreira, 11,

5º piso, 1495-139 Algés, Miraflores > Telf.: 21 412 72 00 > Fax: 21 412 72 90 > Direcção:

Paulo Gomes > Redacção, Design e Produção Gráfica: Editando (www.editando.pt)

> Fotografia: Bruno Barata e Júlio Sousa (Editando) e SGS Image Bank > Pré-impressão:

IDG > Impressão: Madeira&Madeira > Distribuição: Gratuita > Agradecimentos:

Sílvia Fafaiol (Galp Energia), Luís Sobral Torres (Cires), José Raimundo (Oleocom),

António Moreira (Sorgal), Pedro Manuel Severiano (ADP), Luís Vasconcelos (Acembex),

José Monteiro de Morais (Autoridade Portuária de Sines), Manuel António Ladeiras

(Ladeiras & Machado), Fernando Veiga (Transcinco), Mário Sousa (Portocargo), Jaime

Lemos (Jumbo de Almada), José Castro (Grupo Auchan) e Maria José Giesteira

(Flexível Consultores).

Edit

ori

al

SumárioEditorial

Serviços de SupervisãoDivisão de Recursos NaturaisMais e melhor serviço

Galp Energia e CiresControlar o produto movimentado

Supervisão & LogísticaSector de Supervisão AgrícolaAssegurar a Qualidade e acautelar os riscos

Porto de SinesUm activo estratégico para a economia

Serviços do LogísticaLogísticaSoluções à medida do cliente

Parcerias inteligentes

Ensaios & TestesLaboratório de Ensaios de TêxteisControlar a qualidade têxtil

Segurança de EquipamentosNovo Departamento da SGS Portugal

Certificação do ServiçoJumbo de AlmadaPrimeiro hipermercado com certificação do serviço em Portugal

Eventos & Notícias• Os novos desafios do turismo• Parcerias com Universidade dos

Açores e Internacional• Valnor é a pioneira com certificação

integrada• Concluída aquisição do Instituto Fresenius• Serviços de OGC mais competitivos com

aquisição de Vernolab• Primeiro hotel português com EMAS• Werner Pluss é o novo administrador-

-delegado do Grupo SGS

Navegar

OpiniãoFerramentas informáticas noapoio à gestão documental

01

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32

Paulo GomesResponsável do Departamento de Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal

Page 3: SGS Global 12

Depois de terminada a reestruturação

interna iniciada há dois anos, a SGS

Portugal criou a Divisão de Recursos

Naturais que agrupa duas grandes áreas de

actividade: a Agrícola/Mineral e a Oil, Gas &

Chemicals (OGC). Enquanto a primeira pres-

ta serviços relacionados com a actividade de

inspecção de carga e descarga de produtos

agrícolas (cereais, oleaginosas, óleos e gordu-

ras líquidas, azeite, açúcar e café, entre ou-

tros) e minerais (adubos, carvão, cimento, fer-

ro e clínquer, entre outros), a segunda, por sua

vez, dedica-se especificamente às indústrias

petrolíferas e petroquímicas, traders, refina-

rias e armadores.

Tanto um Departamento como o outro ofere-

cem ao cliente uma gama diversificada de ser-

viços que contribuem para a garantia da quan-

tidade e da qualidade do produto movimenta-

do. Realizado por técnicos altamente especia-

lizados, este tipo de controlo à carga ou des-

carga incide, no caso de produtos agrícolas ou

minerais, sobre aspectos como a determina-

ção da quantidade e garantia do peso por draft-

survey. A equipa está, também, capacitada

para averiguar a qualidade do produto através

de testes ou análises laboratoriais, assim co-

mo para efectuar peritagens de avarias, veri-

ficações a estivas, inspecções técnicas de con-

tentores, cargas e inspecções de limpeza a

tanques de navios.

No domínio OGC, a SGS dispõe igualmente

de um leque variado de serviços, que passam

necessariamente pela inspecção da qualida-

de e quantidade de produtos como o petró-

leo, seus derivados e outros químicos, até à

amostragem automática em linha. Este De-

partamento, como esclarece Alcides Silva, di-

rector da Divisão de Recursos Naturais, “es-

tá também vocacionado para elaborar análi-

ses de consultoria técnica, proceder a medi-

ções, fazer gestão de operações e gestão de

amostras, bem como elaborar inspecções a

tanques e a contentores".

Sistemas avançados de controlo e análisePara corresponder na íntegra às expectativas

dos clientes e conquistar a sua confiança, a

SGS investiu e continua a investir nos siste-

mas de amostragem e na tecnologia labora-

torial para que a inspecção e os testes aos

produtos sejam fiáveis e não suscitem qual-

quer tipo de dúvida. Na indústria petrolífera,

por exemplo, os custos de medições erradas

de níveis de água e densidade das cargas ou

descargas de um tanque podem ser conside-

ráveis. Por isso, a SGS tem apostado na tec-

nologia de amostragem automática para na-

vios e aplicações fixas em portos. O SGS Au-

tomatic Sampler Portátil tem demonstrado al-

tos níveis de exactidão, agora substancialmen-

te melhorados com a introdução de novos sis-

Serviços de Supervisão

Revista do Grupo SGS Portugal02

Divisão de Recursos Naturais

Maior oferta de serviços

online para o cliente

e uma equipa cada vez

mais polivalente são as

apostas da Divisão de

Recursos Naturais da

SGS para 2004.

Mais e melhorserviço

Page 4: SGS Global 12

temas electrónicos, que monitorizam conti-

nuamente o fluxo de crude e produtos deriva-

dos – assim como óleos aquecidos e fluídos

processados – e responde automaticamente,

colhendo amostras proporcionalmente, repre-

sentando o fluxo fielmente. O serviço presta-

do por este equipamento é reforçado pela re-

de internacional de laboratórios do Grupo SGS,

que age de forma rápida e eficiente, uma vez

que opera 24 horas por dia, 365 dias por ano,

com vista a garantir ao cliente informações

ainda mais especializadas. Em Portugal, a em-

presa possui um sofisticado laboratório petro-

químico instalado em Sines que beneficia de

todo este conhecimento promovido a nível in-

ternacional. Sempre que se justifica, a empre-

sa não hesita em recorrer a ensaios interlabo-

ratoriais.

No âmbito do sector Agrícola/Mineral proce-

de-se de igual modo. Apoiada por um labora-

tório agro-alimentar e pela rede mundial de la-

boratórios, a equipa de técnicos possui todos

os recursos necessários para responder ade-

quadamente a qualquer tipo de solicitação.

A SGS tornou-se, desta forma, uma mais-va-

lia para as empresas, no que concerne às ins-

pecções e análises qualitativas dos produtos

que movimenta, uma vez que os seus labora-

tórios estão preparados para realizar um con-

trolo completo, no que se refere à qualidade

dos produtos agrícolas e petrolíferos ou pe-

troquímicos. O laboratório de Sines faz con-

trolo da qualidade de combustíveis (frotas de

carros, centrais de cogeração, aquecimento

central, entre outros); monitorização da quali-

dade de lubrificantes utilizados em unidades

de refrigeração e centrais de cogeração, en-

tre outras. O laboratório salvaguarda ainda o

controlo da qualidade de produtos químicos

comercializados, como a acetona, o álcool etí-

lico, o álcool isopropílico e outros, estando

também vocacionado para efectuar o contro-

lo da qualidade da água de refrigeração de mo-

tores.

Menos burocracia, maior rapidezMas para fidelizar o cliente, Alcides Silva sa-

be que é preciso ir mais além. E, por isso, o

director, conjuntamente com a equipa de téc-

nicos que dirige, está empenhado em melho-

rar a qualidade do serviço prestado para refor-

çar a confiança de todos aqueles que hoje em

dia contam com a SGS como um parceiro de

negócio.

Para o presente ano, os objectivos da Divi-

são de Recursos Naturais estão há muito de-

lineados. "Queremos fomentar um entendi-

mento cada vez mais estreito com os clien-

tes, para que possamos delinear qual a me-

lhor estratégia para cada caso. Sabemos que

nos dias que correm a velocidade da infor-

mação é uma mais-valia e, portanto, há que

agilizar toda a vertente burocrática do proces-

so. É certo e sabido que nem tudo o que cons-

ta do relatório que efectuamos após cada ser-

viço prestado é necessário no momento. O

ideal é desbloquearmos a informação priori-

tária rapidamente e oferecermos posterior-

mente ao cliente a informação mais detalha-

da. Assim sendo, para aliarmos a rapidez e a

eficácia em termos informativos, estamos

empenhados em melhorar a oferta de servi-

ços online para que o cliente acompanhe de

perto os processos que lhe dizem respeito e

possa, também, receber os relatórios relati-

vos a qualquer um dos serviços prestados

pelos técnicos da Divisão. Pensámos que des-

ta forma podemos proporcionar ao cliente um

apoio permanente, rápido e eficaz, disponibi-

lizando toda a informação fundamental ao in-

cremento do seu negócio”, sublinha o director

da Divisão.

Em virtude das características, objectivos e

exigências específicas dos diferentes secto-

res de actividade que integram a Divisão de

Recursos Naturais, a formação contínua e

permanente dos recursos humanos é outra

questão a privilegiar, realça Alcides Silva. “Pa-

ra respondermos aos novos desafios impos-

tos constantemente pelos clientes, é impres-

cindível sermos pro-activos. Quanto maior for

a nossa capacidade de resposta, mais com-

petitivos podemos ser. E para que esta má-

xima seja bem sucedida temos de apostar

em formação interna e externa, com vista a

desenvolver e aperfeiçoar competências. A

optimização desta Divisão passa também pe-

la polivalência da equipa de técnicos, que é

outro dos objectivos a prosseguir. Se agirmos

desta forma, não há dúvida que estaremos a

contribuir para a evolução da SGS, que é uma

organização centenária, com credenciais fir-

madas nas mais diversas áreas de negócio

em todo o mundo”, conclui Alcides Silva.�

Revista do Grupo SGS Portugal 03

Serviços de Supervisão

Para corresponder

na íntegra às ex-

pectativas dos

clientes e conquistar

a confiança dos

mesmos, a SGS

investiu e continua a

investir nos sistemas

de amostragem e na

tecnologia

laboratorial para que

a inspecção e os

testes aos produtos

sejam fiáveis e não

suscitem qualquer

tipo de dúvida.

Alcides Silva, director da Divisão de Recursos Naturais

Page 5: SGS Global 12

AGalp Energia, empresa de referência no mercado ibé-

rico de energia, há muito que recorre aos serviços

de inspecção e controlo da quantidade e da qualida-

de prestados pela SGS. Através da sub-unidade orgânica de-

nominada Aprovisionamento e Trading, que tem como princi-

pal função a selecção e aprovisionamento de matérias-primas,

a Galp Energia movimenta milhões de toneladas/ano de pe-

tróleo bruto e de produtos intermédios e finais como gasoli-

na, gasóleo, fuel-óleo, betumes e nafta, entre outros. É justa-

mente nesta fase, quando se procede à carga ou descarga dos

produtos petrolíferos, tanto na refinaria de Sines como na do

Porto, que a Galp Energia ‘se socorre’ da vasta experiência da

SGS para testemunhar a exactidão dos procedimentos de

determinação das quantidades e da qualidade dos produtos.

Sílvia Fafaiol, directora de operações de Aprovisionamento e

Serviços de Supervisão

Revista do Grupo SGS Portugal04

Galp Energia e Cires

Controlar o produtomovimentado

Nos actos de embarque ou desembarque

de mercadoria, a Galp Energia e a Cires

contam com os serviços da SGS

para proceder ao controlo da quantidade

e da qualidade do produto.

Page 6: SGS Global 12

Trading da Galp Energia, não tem dúvidas em

reconhecer a importância deste serviço. "O

testemunho do inspector da SGS é funda-

mental para o caso de existir algum diferen-

do entre o fornecedor e o cliente. Os valores

de descarga do produto, tanto em termos

quantitativos como qualitativos, devem cor-

responder ao declarado no acto de embar-

que. Caso contrário, é necessário averiguar

quais as causas que induziram às diferenças.

Verificam-se, por vezes, situações de conta-

minação ou diferenças entre quantidades

carregadas e descarregadas, para as quais é

importante ter dados que permitam identificar

responsabilidades", esclarece.

Na Galp Energia os serviços de superinten-

dência da SGS são também utilizados nas

transferências feitas por pipeline e não ape-

nas nas que envolvem o uso de navios tan-

ques. "Por norma, a Galp Energia adjudica os

serviços de inspecção para todas as opera-

ções de importação ou exportação de produ-

tos e para a aquisição de matéria-prima. Há,

no entanto, outra área de negócio em que

consideramos igualmente importante man-

ter a presença dos inspectores. Refiro-me às

transferências de produto por pipeline para

outros operadores do mercado nacional de

combustíveis. À semelhança das outras si-

tuações, também neste caso contamos com

o apoio de uma entidade inspectora, indepen-

dente e fidedigna, que acompanha as medições

tanto na instalação expedidora como na ins-

talação receptora do produto, por forma a ga-

rantir o cumprimento dos procedimentos

adequados e acordados entre o fornecedor

e o cliente", sublinha a directora.

SGS renova contratoA Galp Energia trabalha em exclusivo com a

SGS no controlo por amostragem automática

em linha, cujo contrato de adjudicação foi re-

centemente renovado por mais dois anos, no

seguimento do concurso realizado este ano

em que a proposta da SGS foi a seleccionada.

Neste âmbito, a SGS é a entidade responsá-

vel pela instalação e gestão dos amostrado-

res automáticos de petróleo bruto a operar

tanto na refinaria de Sines como na do Porto,

que visam medir a qualidade do produto, atra-

vés da recolha de uma amostra precisa e re-

presentativa do todo, a qual é posteriormen-

te analisada num laboratório da Galp Energia.

Como explica Sílvia Fafaiol, os diferentes ac-

tos de verificação de mercadoria ocorridos du-

rante o ano são adjudicados carga a carga. "A

SGS absorve uma percentagem bastante

significativa de todas as inspecções que rea-

lizamos na Galp Energia, porque encontramos

nesta empresa recursos humanos qualifica-

dos e preparados para cumprir em pleno to-

dos os nossos requisitos. Até ao momento,

consideramos uma mais-valia para a Galp Ener-

gia contar com os serviços da SGS no que se

refere à actividade de inspecção de carga e

descarga de produtos petrolíferos. A SGS é

uma empresa de referência internacional nes-

te âmbito e, como tal, estamos satisfeitos com

o know-how que tem manifestado ao longo

de muitos anos de actuação conjunta. Nas

operações de inspecção o fornecedor e o cli-

ente final têm de estar de acordo relativamen-

te à entidade inspectora a nomear, para que

esta represente um testemunho válido tem

que ser aceite por ambas as partes e a SGS

tem conquistado o consenso necessário", ga-

rante a directora.

CIRES e SGSUma parceria de 30 anosA Companhia Industrial de Resinas Sintéti-

cas, CIRES, SA, situada em Estarreja, é o úni-

co produtor de policloreto de vinilo, vulgar-

mente conhecido por PVC, em Portugal. Com

uma capacidade instalada de 200 mil tonela-

das/ano de resinas PVC tipo suspensão e de

aproximadamente 15 mil toneladas/ano de

resinas PVC do tipo emulsão para pastas, es-

ta empresa abastece, sobretudo, a indústria

transformadora de PVC na Península Ibérica,

mas perspectiva diversificar os países de ex-

Revista do Grupo SGS Portugal 05

Serviços de Supervisão

Sílvia Fafaiol, directora de operações deAprovisionamento e Trading da Galp Energia

Luís Sobral Torres, director geral de Aprovisionamento e Logística da CIRES

Page 7: SGS Global 12

portação e conquistar quotas de mercado

noutros Estados-membros europeus.

O consumo mundial de PVC é, nos dias de

hoje, de cerca de 30 milhões de toneladas

anuais, das quais 25% são utilizadas na Eu-

ropa Ocidental, o que o torna um dos plásti-

cos mais procurados. A título de exemplo, re-

fira-se que o PVC é um dos polímeros utiliza-

dos no fabrico de reservatórios de sangue pa-

ra transfusões, tubos para diálise e para liga-

ções entre diversos equipamentos de medi-

cina. Prevê-se que o consumo deste materi-

al continue em franco crescimento, uma vez

que é também largamente empregue em mui-

tos outros sectores da actividade económi-

ca, especialmente no domínio da construção

civil (tubagem, perfis de janelas e portas, re-

vestimento de cabos eléctricos, telas para

impermeabilização) e ainda em aplicações na

indústria automóvel, brinquedos, electrodo-

mésticos, napas e couros artificiais e cintas

transportadoras. Dado que o policloreto de

vinil é um material leve, quimicamente iner-

te e completamente inócuo, resistente ao fo-

go e às intempéries, impermeável e isolan-

te, de elevada transparência, económico e fá-

cil de transformar (por

extrusão, injecção, mol-

dação-sopro, calandra-

gem, termo-moldação,

prensagem, recobri-

mento e moldagem de

pastas), não será difí-

cil prever um futuro

promissor para a utili-

zação deste plástico.

A CIRES, que inicial-

mente (em 1960) pro-

duziu a matéria-prima,

ou seja, o monómero

de cloreto de vinilo,

deixou praticamente

de fazê-lo na década

de 70 quando a sua

produção se tornou

pouco competitiva pa-

ra a empresa. Peran-

te este cenário, a

CIRES começou a im-

portar o monómero de

cloreto de vinilo atra-

vés do Porto Industri-

al de Aveiro, onde pos-

sui infra-estruturas portuárias de recepção e

armazenagem ligadas às instalações fabris

de Estarreja por pipeline numa extensão de

23 kms.

Empresa de referência = a valor acrescentadoOs serviços de superintendência da SGS fo-

ram contratados precisamente nesta épo-

ca, decorria o ano de 1972, relembra Luís

Sobral Torres, director geral de Aprovisiona-

mento e Logística da CIRES. "Foi nesse ano

que começámos a importar monómero, por-

que o que produzíamos não satisfazia as ne-

cessidades da empresa. Com a chegada con-

tínua de navios, foi inevitável recorrer aos

serviços de inspecção prestados pela SGS,

na altura uma das poucas empresas a ope-

rar neste âmbito em Portugal. Desde então,

e estamos a falar de uma relação de traba-

lho com mais de três décadas de existên-

cia, temos consolidado esta parceria e os

resultados satisfazem-nos plenamente. A

SGS merece-nos toda a confiança e a equi-

pa de técnicos que acompanha tanto as ope-

rações de carga como descarga da matéria-

-prima é muito profissional. Sabe como fa-

zer e para a CIRES este conhecimento acu-

mulado é sinónimo de valor acrescentado",

sublinha o director.

A CIRES recebe, em média, no Porto de

Aveiro, cinco navios de três mil toneladas

cada de gás liquefeito de petróleo (LPG) por

mês – oriundos da Holanda, França e Bélgi-

ca – cuja carga é, na maioria das vezes, ins-

peccionada pela SGS, tanto em termos quan-

titativos como qualitativos. "Paralelamente

ao relatório que confere os valores regista-

dos pelo operador do terminal, onde cons-

tam todas as diferenças encontradas na des-

carga do meio de transporte face à descri-

ção efectuada no manifesto da carga, a SGS

é também responsável pela emissão de um

documento onde confirma a qualidade da

matéria-prima. Naturalmente que esta veri-

ficação é feita por amostragem. Para que se

proceda ao desembarque, realizamos um

primeiro teste num mini-laboratório que a

CIRES possui no próprio terminal portuário

e, mais tarde, elaboramos análises mais com-

pletas no laboratório de que dispomos nas

instalações fabris de Estarreja, o qual está

acreditado para o efeito. Para validar estes

resultados, contamos com o testemunho da

SGS, como entidade independente", infor-

ma Luís Sobral Torres.

O director geral de Aprovisionamento e Lo-

gística da CIRES recorda ainda que, hoje em

dia, o serviço de inspecção prestado pela

SGS é uma verdadeira mais-valia para a in-

dústria no geral, uma vez que os valores de

carga movimentados são, por norma, bas-

tante significativos. "Como garantia contra

todos e quaisquer imprevistos decorrentes

do acto de embarque, toda a carga está co-

berta por um seguro. Em caso de diferendo

entre as partes envolvidas, é necessário exis-

tir uma terceira entidade, independente, que

ateste a validade dos dados avançados. Só

deste modo podemos accionar a apólice de

seguro porque há como justificar os valores

apresentados. A SGS tem sido uma das em-

presas de supervisão escolhidas pela CIRES

porque, desde o início, é uma empresa que

nos merece confiança e tem sabido crescer

de acordo com os desafios impostos pelo

mercado", conclui o responsável pela área

de Aprovisionamento e Logística do único

fabricante de PVC em Portugal. �

Serviços de Supervisão

Revista do Grupo SGS Portugal06

Page 8: SGS Global 12
Page 9: SGS Global 12

Sector de Supervisão Agrícola

Assegurar a qualidade e acautelar os riscos

Supervisão & Logística

Revista do Grupo SGS Portugal08

A ADP, a Oleocom, a

Acembex e a Sorgal são

algumas das empresas que

recorrem aos serviços

prestados pelo sector de

Supervisão Agrícola.

A superintendência das

cargas e descargas é,

cada vez mais, um factor

crucial para assegurar a

qualidade dos produtos

transaccionados e para

acautelar os riscos

comerciais.

Page 10: SGS Global 12

Pelas fronteiras portuguesas, seja por

via marítima ou por via terrestre, en-

tram todos os anos milhares de tone-

ladas de produtos, os quais são alvo de ins-

pecção e verificação, quer da quantidade quer

da qualidade, por uma entidade terceira in-

dependente, idónea e credível. A supervisão

das cargas e descargas é um dos serviços

mais antigos da SGS, tendo inclusive dado

origem à designação do grupo – Société Gé-

nérale de Surveillance. Em Portugal este ser-

viço tem especial ênfase na carga e descar-

ga de cereais, petróleo e petroquímicos, mi-

nerais, madeiras e automóveis, entre outros.

Através do sector de Supervisão Agrícola, a

SGS fornece um vasto leque de serviços (de

assistência às operações de carga/descarga;

determinação de pesos e quantidades; amos-

tragem para fins de qualidade e de preven-

ção de contaminações; inspecções de lim-

peza de tanques de navios; draft surveys; ve-

rificação de avarias e estivas; on e off hires;

inspecção de contentores e de cargas; ga-

rantias de peso, qualidade e seguro) que são

colocados à disposição das empresas que

transaccionam produtos agrícolas destinados

ao consumo humano ou animal, como sejam

cereais, oleaginosas, sub produtos (mandio-

ca, farinhas, soja, etc.), azeite, peixe, açúcar

e café, entre muitos outros.

Controlar os riscos Sempre que uma carga é vendida e compra-

da há um risco comercial envolvido, tanto pa-

ra o vendedor como para o comprador. O ris-

co é tanto maior quanto maior for a distância

geográfica que separa os primeiros dos se-

gundos, e pode significar a perda do produ-

to, a sua deterioração e/ou a alteração das ca-

racterísticas previamente contratadas, o que

na prática se traduz na perda de valor do mes-

mo. Como parte integrante dos sistemas e

dos procedimentos de garantia da qualidade,

a inspecção e análise dos produtos nos pon-

tos de movimentação, onde eles se encon-

tram mais vulneráveis, pode reduzir signifi-

cativamente a exposição ao risco comercial

das partes envolvidas. “Por exemplo, há con-

tratos em que o valor dos produtos comer-

cializados são acertados em função da quan-

tidade e da qualidade registadas no momen-

to da descarga, podendo os preços sofrer al-

guma alteração em função das variações re-

gistadas. Por isso, recorremos a uma entida-

de terceira (habitualmente à SGS), que vai su-

pervisionar o processo, fazer o controlo do

peso da mercadoria, retirar uma amostra do

produto, a qual é posteriormente enviada pa-

ra um laboratório independente, em Londres”,

explica Ramiro Raimundo, director-geral da

Oleocom - Comércio de Oleaginosas, SA.

A sociedade de trading importa dos EUA, Bra-

sil, Argentina, Tailândia, bem como de alguns

países europeus, matérias-primas destinadas

à indústria nacional de rações, como farinhas

de soja, glutens e cereais.

Por ano, a Oleocom movimenta cerca de um

milhão e meio de toneladas de mercadorias.

“Na maior parte dos contratos, tanto o peso

como a qualidade dos produtos são determi-

nados ‘à carga’, o que dispensa a contrata-

ção de um serviço de verificação. Mas a SGS

ainda intervém em cerca de 20% da merca-

doria por nós transaccionada”, refere Rami-

ro Raimundo.

Garantia de qualidade A existência de uma imposição legal e/ou con-

tratual é, por norma, o principal motivo que

leva as empresas a recorrer a este tipo de

serviços. Mas não é o único. Para um núme-

ro crescente de companhias, a inspecção das

cargas e/ou descargas é um meio que lhes

permite controlar, e assegurar, a qualidade

das matérias-primas que estão a adquirir. Afi-

nal, este é o primeiro passo do processo pro-

dutivo.

“A procura e a contratação deste tipo de ser-

viço surge na sequência da preocupação da

empresa em querer garantir a qualidade da

sua produção”, sublinha António Moreira,

director de Aprovisionamento da Sorgal - So-

ciedade de Óleos e Rações. Com três unida-

des de rações para animais e uma fábrica de

alimento para peixe, a Sorgal tem uma pro-

"Na maior parte dos con-

tratos, tanto o peso

como a qualidade dos

produtos são

determinados ‘à carga’,

o que dispensa a contratação

de um serviço de verificação.

Mas a SGS ainda intervém

em cerca de 20% da

mercadoria por nós

transaccionada".

Ramiro Raimundo, director-geral da Oleocom

Revista do Grupo SGS Portugal 09

Supervisão & Logística

Page 11: SGS Global 12

dução média mensal na ordem das 22 a 24

mil toneladas de ração para gado e de 1200

a 1500 toneladas de alimento para peixe.

Regularmente, a empresa compra nos paí-

ses da União Europeia, principalmente em

França, Dinamarca, Inglaterra e Alemanha, as

matérias-primas utilizadas na produção das

rações. “Também importamos farinhas de

peixe, algas e proteínas da América do Sul,

designadamente do Perú e do Chile”, acres-

centa António Moreira.

Apesar da maioria destas importações se-

rem, obrigatoriamente, acompanhadas do res-

pectivo certificado de inspecção [documen-

to máximo que verifica a quantidade e a qua-

lidade da transferência], a empresa tem opta-

do por contratar os serviços de Supervisão

Agrícola da SGS para efectuar o controlo no

momento da descarga dos navios. “Na sua

origem o produto tem determinadas carac-

terísticas, mas depois de uma longa viagem

os parâmetros de qualidade por nós exigidos

podem ter sofrido alguma alteração. Assim,

no momento da descarga, é feito novo con-

trolo de pesagem e nova amostragem e aná-

lise do produto pela equipa da SGS”, justifi-

ca o responsável.

Nos últimos anos, tem vindo a assistir-se a

uma crescente exigência do mercado ao ní-

vel da implementação de mecanismos de

controlo que garantam a qualidade das ra-

ções animais. Um sentimento impulsionado

pelas recentes crises na indústria alimentar,

como a crise da BSE, no gado bovino, e dos

nitrofuranos, nas aves.

“Hoje em dia há uma grande preocupação

com a alimentação animal. Para além da exi-

gência dos consumidores, assiste-se tam-

bém a um maior rigor na legislação que re-

ge este sector. A nossa perspectiva é de que

só com um produto de qualidade nos conse-

guiremos impor no mercado, e esse proces-

so tem início, desde logo, com a utilização

de matérias-primas rigorosamente controla-

das por uma entidade independente e na qual

depositamos toda a nossa confiança”, lem-

bra António Moreira.

Esta preocupação não é exclusiva da indús-

tria nacional de rações, estendendo-se “a to-

da a indústria alimentar”, como refere Luís

Vasconcelos, gerente da Acembex.

Detida pelo Grupo RAR - Refinarias de Açú-

car Reunidas, a Acembex é uma empresa de

comércio internacional que centra a sua ac-

tividade na prestação de um serviço de logís-

tica e aconselhamento. A empresa tem man-

tido uma posição de destaque como impor-

tadora e distribuidora de cereais (trigo, milho,

arroz e cevada) e de outras matérias-primas

para as indústrias de rações e alimentar, mo-

vimentando, através dos portos de Aveiro,

Leixões e Lisboa, mais de 700 mil tonela-

das/ano, o que a torna o segundo maior ope-

rador nacional de cereais e seus derivados e

o mais importante na zona norte do país.

Parceria internacionalO facto da empresa trabalhar numa lógica de

B2B não diminui a preocupação dos seus res-

ponsáveis em desenvolver, em colaboração

com os seus clientes e fornecedores, um con-

junto de acções de controlo e rastreabilida-

de ao longo de todo o fluxo de aprovisiona-

mento de matérias-primas. “Mais do que um

prestador de serviços, a SGS tem sido um

dos nossos principais parceiros nesta área”,

sublinha Luís Vasconcelos.

À semelhança da Sorgal ou da Oleocom, tam-

bém a Acembex recorre aos serviços de su-

pervisão de cargas e descargas da SGS há

uma larga dezena de anos. Desde meados

da década de 80 que a SGS é a entidade res-

ponsável, em regime de outsourcing, pela fis-

calização de todas as operações portuárias

da empresa, onde se inclui a actividade de

controlo e supervisão das cargas e descar-

"A procura e contratação

deste tipo de serviço surge na

sequência da preocupação da

empresa em querer garantir a

qualidade da sua produção".

António Moreira, director de Aprovisionamento da Sorgal

Supervisão & Logística

Revista do Grupo SGS Portugal10

"Muitas vezes impomos,

contratualmente, a SGS

como nosso representante

nos mercados exteriores

onde adquirimos as matérias-

-primas, para validar não só a

qualidade como

a quantidade do produto

adquirido".

Luís Vasconcelos,gerente da Acembex

Page 12: SGS Global 12

gas. Uma relação “inovadora”, impulsiona-

da, então, pela expansão do volume de tran-

sacções da Acembex, “pela confiança, pelo

know-how e pelas capacidades técnicas da

SGS e pelo reconhecimento internacional do

grupo, enquanto entidade independente e

idónea”, refere o gerente da empresa.

Ao longo dos anos a parceria Acembex/SGS

evoluiu internacionalmente, tendo conduzi-

do ao desenvolvimento conjunto de novos

modelos de actuação. Neste âmbito, surgiu

o Granex, uma adenda aos contratos inter-

nacionais – a SGS está registada como mem-

bro das principais associações de comércio

de produtos do sector, entre as quais se des-

tacam a GAFTA (Grain and Feed Trade As-

sociation) e a FOSFA (Federation of Oils, Se-

eds and Fats Association), que permitiu im-

plementar um controlo da qualidade à car-

ga ‘mais sofisticado’, e que foi negociado

em conjunto com os maiores exportadores

franceses de trigo panificável. “Uma das al-

terações introduzidas com este novo pro-

cesso verificou-se na metodologia de amos-

tragem à carga, que passou a ser feita de

uma forma sistemática de 250 em 250 to-

neladas. Anteriormente fazia-se uma média

do navio, o que na prática não impedia que

na mesma mercadoria houvesse trigo de

boa e má qualidade”, explica Luís Vascon-

celos.

Outro dos modelos pioneiros criados pela

Acembex, com o apoio da SGS, está direc-

tamente relacionado com o processo de ras-

treabilidade e controlo de milhos não OGM

(organismos geneticamente modificados),

desde a semente até ao consumidor final.

Este processo inclui também a verificação e

inspecção dos meios utilizados para o trans-

porte do produto, desde os camiões que

transportam o milho para o porto de embar-

que até aos mecanismos utilizados na des-

carga, sem esquecer as condições do navio

e o acondicionamento da carga.

Mais recentemente, seguindo a lógica sub-

jacente ao programa de controlo de OGM’s,

foi montado um outro modelo piloto visando

a fiscalização de pesticidas e de metais pe-

sados no trigo. O processo tem início no si-

lo em Inglaterra e só termina no controlo da

farinha produzida em Portugal, abrangendo

também toda a fileira de serviços e transpor-

tes do produto.

Supervisão além fronteiras Com alguma frequência, as empresas portu-

guesas têm vindo também a recorrer aos ser-

viços de Supervisão Agrícola do Grupo SGS

noutros pontos do globo. Afinal, esta é uma

actividade tradicional do Grupo, prestada em

mais de 140 países, com as tecnologias mais

sofisticadas e com o recurso a técnicos alta-

mente especializados. “Para além de traba-

lharmos com a SGS no mercado nacional,

muitas vezes impomos, contratualmente, a

SGS como nosso representante nos merca-

dos exteriores onde adquirimos as matérias-

-primas, para validar não só a qualidade co-

mo a quantidade do produto adquirido”, acres-

centa Luís Vasconcelos.

À semelhança do responsável da Acembex,

também António Moreira reconhece as van-

tagens da dimensão internacional do Grupo.

“Uma parte dos certificados de inspecção

que acompanham as importações são emiti-

dos pela SGS. Ainda que nestas situações

seja por conta do fornecedor, é uma seguran-

ça acrescida para a empresa”, sublinha.

Os serviços de superintendência do Sector

de Supervisão Agrícola são também utiliza-

dos pelas empresas na actividade de expor-

tação. A validação, por uma entidade tercei-

ra e idónea, da quantidade e qualidade da

mercadoria no momento do embarque tran-

quiliza o cliente e protege quem vende. “Pa-

ra as matérias-primas que movimentamos

não há nenhuma imposição legal que obrigue

à contratação de um serviço de supervisão

da carga. Contudo, por uma questão de se-

gurança, quer nossa quer dos clientes, recor-

remos a esse serviço”, refere Pedro Manuel

Severiano, director de Aprovisionamento, Ma-

térias-Primas e Exportação da ADP - Adubos

de Portugal. No momento do embarque da

mercadoria, “os serviços de supervisão ga-

rantem-nos a conformidade do produto, a sua

quantidade e verificam as condições de em-

balagem e o tipo de transporte”, explica es-

te responsável. No caso de haver um conten-

cioso com o importador, a informação e os

dados recolhidos pela SGS asseguram que

tudo estava conforme.

Criada em 1997, a partir da fusão das duas

maiores empresas adubeiras em Portugal,

Quimigal e Sapec, a ADP ocupa uma posição

de destaque na produção e comercialização

de fertilizantes na Europa, sendo líder no mer-

cado nacional, onde detém uma quota acima

dos 70%. “Adubos azotados, fosfatados, fer-

tilizantes líquidos, amoníaco e nitratos de cál-

cio”, são algumas das matérias produzidas e

que se destinam ao mercado ibérico e de ex-

portação, que abarca a Europa de Leste, Áfri-

ca, Médio Oriente, Extremo Oriente, Améri-

ca do Sul e Oceânia. �

Pedro Manuel Severiano, director de Aprovisionamento, Matérias-Primas

e Exportação da ADP

Revista do Grupo SGS Portugal 11

Supervisão & Logística

"Para as matérias-primas

que movimentamos não há

imposição legal que obrigue

à contratação de um serviço

de supervisão da carga.

Contudo, por uma questão

de segurança, recorremos

a esse serviço".

Page 13: SGS Global 12

O Porto de Sines, que é uma

infra-estrutura onde a SGS

presta regularmente

serviços através da sua

Divisão de Recursos

Naturais, é considerado

desde há muito um “activo

estratégico de

desenvolvimento económico

nacional”. José Monteiro de

Morais, presidente da

Autoridade Portuária de

Sines (APS), explica porquê

na entrevista que concedeu

à SGS Global.

Porto de Sines

Um activo estratégicopara a economia

Qual o posicionamento do Porto de Sines

no contexto actual?

O Porto de Sines, no contexto nacional, apre-

senta características fisiográficas ímpares, no-

meadamente a sua localização geográfica, no

entrecruzar das principais rotas comerciais,

dispondo ainda de profundidades que rondam

os -28m (no Posto 2), em fundos rochosos,

sem necessidade de se recorrer a assorea-

mento, permitindo a recepção dos maiores

navios utilizados hoje em dia, sem qualquer

restrição.

Se olharmos para os 25 anos de história des-

te porto, somos obrigados a reconhecer-lhe

uma vocação essencialmente energética –

Terminal Petroleiro; Petroquímico e Multipur-

pose (carvão). No entanto, o presente revela

uma nova faceta deste porto, que hoje em dia

oferece múltiplas oportunidades na movimen-

tação de diferentes tráfegos – Carga Geral

(unitizada, a granel e contentorizada) no Ter-

minal Multipurpose. Dispomos também de

um Terminal de Contentores, que coloca o

Porto de Sines nas principais rotas comerci-

ais de contentores a nível mundial, e, refor-

çando o cariz energético, e do Terminal de

GNL (Gás Natural Liquefeito), que iniciou a

sua exploração em Outubro de 2003.

Que estratégia tem vindo a ser seguida pa-

ra a optimização das valências que acaba

de referir?

A estratégia adoptada e a adoptar pela APS

assenta em dois grandes eixos. Por um lado,

pretendem-se concessionar, de uma forma

sustentável, as actividades ainda desempe-

Supervisão & Logística

Revista do Grupo SGS Portugal12

Page 14: SGS Global 12

Revista do Grupo SGS Portugal 13

Supervisão & Logística

nhadas pela administração portuária; e, por

outro, pretende-se alargar o âmbito de actua-

ção, desenvolvendo novas actividades rela-

cionadas com a recepção do GNL, o tráfego

contentorizado e a zona de actividades logís-

ticas, determinantes para o desenvolvimen-

to da região e, consequentemente, do país.

A implementação destas linhas estratégicas

está a ser feita através de um programa de

acção denominado Programa Neptuno, me-

diante o qual se pretende transformar o Por-

to de Sines de um activo energético do país

num activo estratégico do desenvolvimento

nacional.

Alargar intervençãoCom que modelo de Autoridade Portuá-

ria o pensa conseguir?

No que se refere ao modelo da Autoridade

Portuária, o Porto de Sines tem por objecti-

vo adoptar o modelo de Landlord Port, mo-

tivo pelo qual está em curso o processo de

concessão do Terminal Petroleiro, único ter-

minal que ainda é operado pela Autoridade

Portuária.

Esta situação será alterada até ao fim do cor-

rente ano, data a partir da qual as funções da

Autoridade Portuária serão particularmente

centradas na actividade normativa, regulado-

ra e promocional. A partir de então, as prio-

ridades e os domínios de actuação da Auto-

ridade Portuária do Porto de Sines passarão

pelos seguintes eixos: estabelecimento de

uma visão comum para o desenvolvimento

estratégico do porto; articulação com a co-

munidade de agentes intervenientes; gestão

das concessões, garantindo a prestação de

serviço público; e participação activa no de-

senvolvimento económico do porto e da sua

zona de influência.

Nesse âmbito, quais passam a ser, então

e especificamente, as funções da APS?

Para além da execução das medidas anterior-

mente referidas, a APS irá concentrar-se nas

tarefas nucleares da função de autoridade

portuária, que são a valorização do capital hu-

mano, através da criação de novas oportuni-

dades de evolução profissional e do desen-

volvimento de acções de reciclagem e for-

mação profissional; redução do impacto am-

biental do porto, assegurando o cumprimen-

to de normas ambientais e estimulando o in-

vestimento em tecnologias menos poluen-

tes; promoção do porto, onde para além de

acções que visem o aumento da sua notorie-

dade se dará particular importância à criação

das condições de competitividade e eleva-

dos padrões de serviço, em estreita colabo-

ração com a comunidade portuária; e o de-

senvolvimento dos sistemas de informação,

com o objectivo de integração progressiva do

negócio portuário e simplificação de procedi-

mentos, entre outros.

A regulamentação, ou o seu reforço, e a

segurança do porto serão, com certeza,

igualmente prioritárias!…

Obviamente que sim, que para nós é extrema-

mente importante o desenvolvimento de ac-

ções de reforço da regulamentação portuária

já existente no Porto de Sines, que vá ao en-

contro das medidas de segurança mais exigen-

tes no que se refere ao transporte de merca-

dorias perigosas e fiscalização da carga que

transita em contentores. Assim como é igual-

mente importante a articulação com as insti-

tuições centrais, regionais e locais, garantindo

uma conveniente integração de esforços. Re-

alço aqui as seguintes instituições: Câmara Mu-

nicipal de Sines, na definição do ordenamento

urbano da frente portuária e na definição de

uma articulação estratégica de desenvolvimen-

to local; PGS - Promoção e Gestão de Áreas

Industriais e Serviços, na criação de condições

necessárias para a atracção de indústrias e de

actividades logísticas; Agência Portuguesa pa-

ra o Investimento, relativamente à qual temos

grandes expectativas; CP, Refer e Instituto de

Estradas de Portugal, enquanto entidades ges-

toras de transportes, no desenvolvimento dos

acessos ao porto; o Aeroporto de Beja, na de-

finição de uma estratégia integrada para o trá-

fego de mercadorias; e as entidades oficiais

que actuam no porto como parceiros nas con-

dições de competitividade e segurança.

Funcionalidades actuais e futurasQual é o ponto de situação possível, em

termos operacionais, do terminal de con-

tentores deep sea (Terminal XXI), conces-

sionado à PSA Corporation?

O Terminal de Contentores está a ser cons-

truído faseadamente, sendo que a Fase 1A

se encontra concluída. Neste momento, o Ter-

minal tem capacidade para a movimentação

de 320.000 TEU’s e está pronto para entrar

em funcionamento. O seu funcionamento em

pleno dependerá das condicionantes do mer-

cado em si. Como sabe, a movimentação de

contentores é um mercado totalmente novo

em Sines, e sempre que assim é o arranque

é um pouco difícil. No entanto, continuamos

convictos de que este Terminal será um su-

cesso num futuro muito próximo, uma vez

Page 15: SGS Global 12

Supervisão & Logística

14 Revista do Grupo SGS Portugal

que a APS,SA e a PSA Corporation têm uni-

do sinergias e continuam a trabalhar em con-

junto para o sucesso desta infra-estrutura.

E da Zona de Actividades Logísticas?

Neste momento, e até final de Julho de 2004,

decorre o estudo de viabilidade da ZAL (Zo-

na de Actividades Logísticas).

Em finais de 2003 entrou em funcionamen-

to o novo Terminal de GNL. Qual a capa-

cidade deste terminal e como está a de-

correr o seu funcionamento?

Com o novo Terminal de GNL dotamos o

país de uma infra-estrutura capaz de reduzir

a sua dependência energética face a países

vizinhos, permitindo o abastecimento alter-

nativo de GNL a custos muito competitivos.

Adicionalmente, os novos tanques de gás

permitem a distribuição de gás natural ao sul

do país e a refrigeração a baixo custo de áreas

contíguas de armazenagem, através do apro-

veitamento do frio libertado pelo processo de

regaseificação do GNL. Deste modo, é pos-

sível dotar os novos espaços logísticos a cons-

truir dentro do porto de uma vantagem com-

petitiva única a nível regional.

O terminal está dotado de dois tanques de

armazenagem com capacidade de 120.000m3

cada, tendo sido deixado espaço para a cons-

trução de um terceiro tanque, caso o merca-

do assim o exija.

Durante o último trimestre do ano transacto,

este terminal recebeu 4 navios testes, ten-

do a actividade comercial propriamente dita

arrancado no início do corrente ano. Estão 22

navios agendados para este ano, o que signi-

fica que este terminal está a revelar-se um

sucesso.

Um porto avançadoPara terminar, que capacidades tecnológi-

cas do porto gostaria de enfatizar junto

dos potenciais clientes do mesmo?

O desenvolvimento das operações portuárias

e o crescimento do porto em novas valências

foi sendo acompanhado pela melhoria cons-

tante dos processos, nela assumindo um pa-

pel de relevo o Sistema de Informação para

a Comunidade Portuária. O centro nevrálgico

do relacionamento entre o porto e os seus

clientes é o CDN (Centro de Despacho de

Navios), que concentra num único local o aten-

dimento, a fiscalização e o desembaraço de

todas as actividades operacionais e comerci-

ais do porto 24 horas por dia.

A implementação do Sistema de Informação

para a Comunidade Portuária teve como ob-

jectivo a implementação de um sistema in-

formático, que permita a transferência elec-

trónica dos documentos e da informação com

vista ao despacho de mercadorias e navios,

bem como a célere tramitação burocrática

associada. O seu desenvolvimento decorre

de uma parceria entre a APDL (Administra-

ção dos Portos de Douro e Leixões), APL (Ad-

ministração do Porto de Lisboa) e a APS (Ad-

ministração do Porto de Sines), com possibi-

lidade de ser alargado aos outros portos. É

também parceiro importante a DGAIEC -

Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos

Especiais sobre o Consumo/DGITA - Direcção

Geral de Informática e Apoio aos Serviços

Tributários e Aduaneiros, que no âmbito do

projecto ISPS - International Ship and Port

Facility Security está a desenvolver o siste-

ma informático das alfândegas para o despa-

cho aduaneiro se processar electronicamen-

te (declarações electrónicas), com base na

informação proveniente do Sistema de Infor-

mação para a Comunidade Portuária.

Digamos que se trata do melhor que há

em “tecnologia portuária” ao serviço da

eficiência…

Exactamente, até porque este sistema per-

mitirá também a curto prazo, a transferência

electrónica de manifestos provenientes dos

Agentes de Navegação para a Alfândega, e a

transferência de informação entre os conces-

sionários e a Alfândega, passando toda esta

informação sempre pelo sistema da Autori-

dade Portuária. Além disso, a aplicação per-

mite também outras funcionalidades, como,

por exemplo, a marcação de manobras, o pe-

dido de serviços para os navios, a elaboração

de estatística associada à movimentação dos

navios no porto, e a execução da facturação

decorrente da utilização do porto.

O CDN está ainda equipado com um VTS (Ves-

sel Traffic System) que contribui para o au-

mento do nível de segurança e protecção do

meio ambiente da área portuária marítima,

sendo que os dados actuais de detecção do

tráfego resultam da captura de radar. Por ou-

tro lado, existem ainda estações meteoroló-

gicas, ondulação por bóia, ondógrafo, esta-

ção meteorológica atmosférica e ondulação

por radar que recolhem e tratam dados me-

teorológicos em tempo real, permitindo as-

sim a tomada de decisões e acções de pro-

tecção e prevenção. �

Page 16: SGS Global 12
Page 17: SGS Global 12

Com um entreposto na Maia e outro

em Lisboa, a Divisão de Logística da

SGS disponibiliza um conjunto de ser-

viços logísticos completos a todos os seus

clientes, sejam estes importadores, exporta-

dores ou parceiros transitários.

A par das actividades normais inerentes ao

funcionamento de cada entreposto, como a

descarga e desconsolidação das mercadori-

as contentorizadas de países terceiros e co-

munitários, respectiva identificação e titulari-

zação, de modo a que o importador possa

proceder ao despacho aduaneiro da merca-

doria, a Divisão de Logística da SGS faculta

aos seus clientes serviços de controlo da qua-

lidade das mercadorias, entrepostagem adua-

neira, gestão de stocks, distribuição e inspec-

ções da qualidade.

“Fornecemos um serviço completo desde a

origem ao destino, incluindo a logística e o

controlo da qualidade da mercadoria. Inclusi-

ve, contamos com o apoio de laboratórios têx-

teis para o controlo da qualidade do algodão,

no âmbito do serviço de cotton surveillance

que também prestamos”, explica Luís Pinto,

director da Divisão de Logística desde 1999.

Serviços de Logística

Logística

Soluções à medida do cliente

Com um entreposto na

Maia (Leixões) e outro

em Lisboa, inaugurado

no início do ano, a SGS

prepara terreno para

oferecer um serviço

integrado de logística na

Península Ibérica até

final de 2005.

Revista do Grupo SGS Portugal16

Luís Pintodirector da Divisão

de Logística

Page 18: SGS Global 12

Serviço aos exportadoresEm Lisboa, onde no início de 2004 foi inau-

gurado um entreposto público, a SGS pres-

ta serviços que englobam a importação de

países terceiros, cargas comunitárias e ex-

portação, prevendo-se a extensão desta últi-

ma ao entreposto da Maia até ao final do ano.

“Os clientes que trabalham connosco em Lis-

boa já nos conhecem, pelo que as expecta-

tivas são bastante elevadas. Até agora o ní-

vel de satisfação é bom. Além disso, com a

abertura em Lisboa asseguramos uma liga-

ção diária de transporte de mercadorias en-

tre Lisboa-Porto e Porto-Lisboa. A nossa pos-

tura é a de corresponder às necessidades

dos clientes e estar onde os clientes preci-

sam.

A abertura do entreposto em Lisboa e a cri-

ação do serviço de exportação é o exemplo

desse nosso posicionamento, pois veio dar

resposta a necessidades específicas dos cli-

entes deste mercado”, sustenta Luís Pinto.

Os entrepostos da Maia e Lisboa funcionam

como ponto de partida e chegada para e de

todo o país. Com os operadores de transpor-

te parceiros, a SGS Portugal executa qual-

quer tipo de transporte door to door ou wa-

rehouse to warehouse e tem capacidade pa-

ra oferecer soluções de entrega de merca-

doria em qualquer ponto da União Europeia.

“Os operadores de transporte e os transitá-

rios são nossos clientes, mas

a nossa relação com eles é

de total parceria. Tentamos

ser parte da solução que o

transitário precisa para pres-

tar o melhor serviço aos res-

pectivos clientes”, esclare-

ce o director da Divisão. E

acrescenta: “trabalhamos

também com traders, fun-

cionando como hub de dis-

tribuição para toda a Euro-

pa”.

A nível aduaneiro, a SGS pro-

cede aos despachos adua-

neiros das mercadorias, em

Portugal e em qualquer par-

te do mundo, executando todas as funções

que lhe são inerentes, desde a classificação

aduaneira até à tramitação da documentação

junto das autoridades competentes.

O entreposto público da Maia tem uma área

coberta de 7000m2 e o de Lisboa tem 2750m2,

implantado numa área com 4000m2. Em Lis-

boa, o entreposto conta com uma ´máquina

de cheios´, um equipamento com capacida-

de para manusear contentores cheios até 45

toneladas de peso. Como explica Luís Pinto,

trata-se de um equipamento extremamente

útil, pois aumenta substancialmente a capa-

cidade de movimento de cargas e descargas.

Os camiões dos transitários não precisam de

ficar à espera de que se descarreguem ou

carreguem os conteúdos dos contentores.

No Porto, e enquanto o movimento não o jus-

tificar, continuam a ser utilizados os cais de

descarga. O movimento mensal atinge as cer-

ca de 5000 toneladas de carga, para uma equi-

pa de 21 colaboradores.

Expandir a actividade a outras zonas do país

é um objectivo a atingir a curto prazo. Os pla-

nos passam, inclusive, e como avança o di-

rector da Divisão de Logística, por oferecer

um serviço integrado em toda a Península

Ibérica a partir do porto de Barcelona e/ou do

porto de Valência, que ganham cada vez mai-

or relevância ao nível dos transportes maríti-

mos.�

Revista do Grupo SGS Portugal 17

Serviços de Logística

Cotton Surveillance

A actividade Logística da SGS come-çou em 1981 com a abertura e ges-tão de um entreposto afiançado de al-godão em rama para um cliente. Mui-to evoluiu desde então, mas o algo-dão ainda hoje está presente nos ser-viços da empresa com o chamado Cotton Surveillance. Através da redede afiliadas nos países de produção econsumo de algodão, o Grupo SGSpresta inúmeros serviços a vendedo-res e compradores, entre os quais con-trolo do peso do fardo a fardo ou car-regado em camiões/contentores, ex-tracção de amostras para verificaçãoda qualidade (da referência, grau ecomprimento da fibra), testes para de-terminação de espessura, resistência,HVI e teor de açúcar ou viscosidadedas amostras extraídas, inspecçõesexternas de avaria do algodão duran-te a carga ou descarga, inspecções acorpos estranhos e inspecções de ava-rias de origem e determinação do te-or de humidade. �

Gestão de stocks

Através das mais sofisticadas

soluções de tecnologias de in-

formação e comunicação dis-

poníveis, a SGS disponibiliza

aos clientes um serviço de ges-

tão de stocks online com cál-

culo de ponto de encomenda

e quantidade económica ópti-

ma, que disponibiliza informa-

ção online sobre existências.

Page 19: SGS Global 12

Arelação entre Manuel António La-

deiras, sócio gerente da Ladeiras &

Machado, Despachantes Oficiais,

Lda., com a SGS remonta aos anos sessenta,

quando desempenhava as funções de aju-

dante de um despachante. A empresa de que

é sócio, constituída nos anos setenta, traba-

lha desde então com a SGS, sobretudo des-

de o início da década de oitenta, quando a

SGS assumiu a actividade de consignatária

de carregadores estrangeiros, recorrendo aos

agentes da praça do Porto de Leixões para

operações de manuseamento de cargas (par-

ticularmente de algodões) e, enquanto con-

signatária, a um despachante oficial para ge-

rir a parte de documentação relativa à pro-

priedade e entrega de mercadorias.

“Em meados dos anos oitenta foi publicada

legislação que criava pela primeira vez a figu-

ra do depósito provisório privado e depósito

provisório público. Influenciada por mim, a

SGS candidatou-se ao estabelecimento de

Serviços de Logística

Revista do Grupo SGS Portugal18

A Ladeiras & Machado, Despachantes Oficiais, é o parceiro de confiança

na actividade logística desenvolvida pela SGS Portugal. A Transcinco e a

Portocargo testemunham como clientes, exigentes mas satisfeitos, a

eficácia com que a Divisão de Logística resolve todos os seus problemas

enquanto utilizadores dos seus entrepostos aduaneiros.

Parcerias inteligentes

Page 20: SGS Global 12

um terminal público de recepção de cargas

por via marítima. Foi recusado, mas, atentos

à realidade, verificámos que a lei previa a fi-

gura da cessação de mercadorias, isto é, a

possibilidade de transferir mercadorias a ter-

ceiros. Optámos por esse caminho. Reorga-

nizámos o processo e solicitámos à Direc-

ção Geral das Alfândegas autorização para

estabelecer um depósito privado, que na prá-

tica correspondia às necessidades da activi-

dade da SGS. Enquanto consignatária, tinha

a possibilidade de ceder as mercadorias aos

verdadeiros proprietários. E foi assim que a

SGS criou o primeiro armazém afiançado e

iniciou a actividade de logísitica”, recorda Ma-

nuel António Ladeiras. Foi também em par-

ceria que, já nos anos 90, foi organizado o

processo de transformação do depósito pri-

vado em depósito público (entreposto) e a

correspondente abertura à carga geral (im-

portação de países terceiros e cargas comu-

nitárias).

Tanto durante o regime de entreposto afian-

çado como no de entreposto aduaneiro, a La-

deiras & Machado é o parceiro da SGS no

cumprimento das formalidades aduaneiras

necessárias. Cheguem por via marítima ou

rodoviária, as mercadorias importadas de paí-

ses terceiros para entrarem nos entrepostos

da SGS (à consignação ou de clientes) têm

Revista do Grupo SGS Portugal 19

Serviços de Logística

de cumprir uma série de formalidades alfan-

degárias e operacionais. É aqui que entra o

serviço da Ladeiras & Machado, que, no ca-

so de importação por via marítima, trata de

toda a documentação junto da Alfândega em

coordenação com as autoridades portuárias,

com os agentes de navegação e com os ope-

radores portuários. Este serviço torna pos-

sível a transferência dos meios de transpor-

te dos contentores das docas para os entre-

postos da SGS. A Ladeiras & Machado tra-

ta, também, da documentação aduaneira pa-

ra a entrega das mercadorias ao importador

ou destinatário das mesmas. Com rapidez

e a máxima eficiência. “A Ladeiras & Ma-

chado tem estado permanentemente ao la-

do da SGS no cumprimento de todo o con-

junto de obrigações aduaneiras e no encon-

trar de soluções consentâneas com os ob-

jectivos dos clientes da própria SGS, de acor-

do com os objectivos comerciais que per-

segue. A nossa postura é a de estarmos

atentos, termos sempre presentes os prin-

cipais dossiês de legislação nacional, comu-

nitária e internacional em matéria de comér-

cio externo, sermos profissionais e, sempre

que o considerarmos conveniente, levar ao

conhecimento da SGS todas as situações

novas que possam contribuir para que a em-

presa melhore o serviço que presta a todos

os seus clientes da área da Logística”.

A Ladeiras & Machado conta com quatro

despachantes oficiais e 20 colaboradores,

entre ajudantes e pessoal administrativo.

Além das instalações da sede, em Leixões,

a empresa tem uma delegação no Peso da

Régua para apoio aos sistemas de impos-

tos especiais do consumo de bebidas alco-

ólicas, nomeadamente do Vinho do Porto.

Poucos clientes mas bons é a estratégia se-

guida de há uns anos a esta parte, e com

bons resultados.

Clientes plenamente satisfeitosA Portocargo, fundada em 1990, e a Transcin-

co, constituída em 1997, são empresas vo-

cacionadas para o transporte nacional e in-

ternacional de mercadorias e que encaram a

SGS como um parceiro de negócio. “Opera-

mos sobretudo com cargas com origem ou

destino para mercados extra-comunitários,

pelo que necessitamos de as desconsolidar

ou grupar num entreposto aduaneiro. E a SGS,

além de ter entrepostos aduaneiros que nos

prestam esse serviço, é o melhor operador

logístico do mercado. Não tenho qualquer dú-

vida”, afirma sem hesitações Fernando Vei-

ga, sócio gerente da Transcinco. Orientada

para a carga marítima, nomeadamente no

"A Ladeiras & Machado

tem estado permanente-

mente ao lado da SGS no

cumprimento de todo o

conjunto de obrigações

aduaneiras e no encontrar

de soluções consentâneas

com os objectivos dos

clientes da própria SGS, de

acordo com os objectivos

comerciais que persegue”. Manuel António Ladeirassócio gerente da Ladeiras & Machado

Page 21: SGS Global 12

fissionalismo para encontrar soluções e re-

solver problemas é o que conseguimos a tra-

balhar com a SGS”, reitera o sócio gerente

da Transcinco.

Sinergias rentáveisOs primeiros contactos da Portocargo com

o Grupo SGS estão directamente ligados ao

seu processo de certificação, através do qual

se tornou a primeira empresa transitária por-

tuguesa a obter a certificação de acordo com

a norma NP EN ISO 9001:2000. A relação ao

nível da certificação mantém-se até hoje, sen-

do que desde então a Portocargo recorre tam-

bém aos serviços de logística da SGS en-

quanto operador autorizado à chegada.

Serviços de Logística

Revista do Grupo SGS Portugal20

Fernando Veigasócio gerente da Transcinco

Mário Sousadirector geral da Portocargo

"Operamos sobretudo com cargas

com origem ou destino para

mercados extra-comunitários,

pelo que necessitamos de as

desconsolidar ou grupar num

entreposto aduaneiro. E a SGS,

além de ter entrepostos

aduaneiros que nos prestam

esse serviço, é o melhor

operador logístico do mercado.

Não tenho qualquer dúvida".

"Escolhemos a SGS pelo facto

de termos boas relações com a

empresa e nos prestar um serviço

que nos satisfaz plenamente.

Quer na credibilidade de que des-

fruta quer na forma como

descarrega e acondiciona as cargas

e pela celeridade que imprime aos

processos de desalfandegamento.“

“Escolhemos a SGS pelo facto de termos

boas relações com a empresa e nos prestar

um serviço que nos satisfaz plenamente.

Quer na credibilidade de que desfruta quer

na forma como descarrega e acondiciona as

cargas e pela celeridade que imprime aos

processos de desalfandegamento. Tem, ain-

da, facilidade na forma de recepcionar as car-

gas e isso é muito importante para a obten-

ção do chamado título de depósito, pois é

com ele que o despachante oficial apresen-

ta as mercadorias à Alfândega para que pos-

sam ser desalfandegadas. Nos entrepostos

da SGS está um representante da Alfânde-

ga que abre os contentores (no nosso caso

a maioria chega por via marítima), assiste à

conferência da mercadoria e, se tudo estiver

correcto, são emitidos os títulos de depósi-

to das mercadorias, que ficam à confiança

da SGS até que sejam desalfandegadas e se-

ja autorizada a sua saída para entrega ao im-

portador”, explica Mário de Sousa, director

geral da Portocargo. E acrescenta: “a rapi-

dez e a celeridade são factores de escolha

importantes de um operador, mas as condi-

ções de segurança e higiene de manusea-

mento e armazenagem das cargas também.

Trabalhamos com cargas de zonas remotas,

longínquas, e todo o cuidado é pouco para o

seu manuseamento, seja no país de origem

seja no de chegada. A SGS procede com mui-

ta cautela, exactamente como queremos que

faça, e por isso o seu serviço nos satisfaz.

Também damos muito importância ao acon-

dicionamento da mercadoria nos armazéns,

até porque enquanto empresa de transpor-

tes certificada, qualquer reclamação é mui-

to penalizante”, conclui o director geral da

Portocargo.

A Portocargo, com sede em Vila da Telha e

uma filial em Lisboa, planeia, coordena e exe-

cuta o transporte de mercadorias desde as

mais remotas origens até ao mais longínquo

destino, independentemente dos meios de

transporte usados. Muitos clientes exporta-

dores da Portogargo utilizam também os ser-

viços de supervisão e inspecção de cargas

da SGS contratados pelas autoridades dos

países de destino.�

segmento de grupagem de mercadorias, a

Transcinco tem como mercados prioritários

África, China e Índia, ao nível das importa-

ções, e EUA, Brasil e Canadá nas exporta-

ções. “A escolha do operador logístico com

que se trabalha depende, em primeiro lugar,

do conhecimento do negócio. Depois, é ex-

tremamente importante a capacidade técni-

ca para desenvolver o serviço necessário e,

obviamente, capacidade logística. Instalações

adequadas onde as mercadorias cheguem

em perfeitas condições e assim se mante-

nham em locais apropriados e facilitadores

do seu encaminhamento para o cliente final.

Rapidez, eficiência, cuidado no manuseamen-

to da carga, flexibilidade, capacidade e pro-

Page 22: SGS Global 12
Page 23: SGS Global 12

Ensaios & Testes

Revista do Grupo SGS Portugal22

Orientado por princípios e valores ri-

gorosos, o Laboratório de Ensaios

Têxteis (LABT) da SGS Portugal,

em Leça da Palmeira, executou até ao mo-

mento um elevado leque de testes a pedi-

do, sobretudo, de pequenas e médias em-

presas portuguesas, localizadas na zona Nor-

te do país, particularmente no Vale do Ave,

onde está concentrada a maioria das unida-

des ligadas ao sector.

Segundo explicou Dora Cardoso, responsá-

vel do LABT, "o laboratório está vocacionado

para controlar a qualidade das matérias têx-

teis, em particular tecidos e malhas. Relati-

vamente aos fios e às fibras, estamos equi-

pados para efectuar ensaios químicos", su-

blinha.

Acreditado pelo Instituto Português da Qua-

O Laboratório de Ensaios Têxteis da SGS Portugal

foi criado em 1983 com o objectivo de apoiar a in-

dústria têxtil a realizar com maior precisão o con-

trolo da qualidade dos seus produtos, de acordo

com as diferentes normas nacionais e

internacionais, e com as especificações referidas

nos cadernos de encargos dos clientes.

Laboratório de Ensaios Têxteis

Controlar aqualidade têxtil

para superar desafios

Page 24: SGS Global 12

Revista do Grupo SGS Portugal 23

Ensaios & Testes

lidade, o laboratório está preparado para pro-

mover, entre outros, os seguintes ensaios:

identificação de fibras; composição e cons-

trução de tecidos; determinação da estabili-

dade dimensional à lavagem, à limpeza a se-

co e à imersão em água; resistência à rotura

e alongamento; resistência ao rasgo; resis-

tência e deslizamento das costuras; resistên-

cia à abrasão, à formação de borboto; solidez

dos tintos a diferentes agentes; teste de fla-

mabilidade; e determinação do pH.

Para continuar a desenvolver um serviço con-

cordante com os elevados padrões de quali-

dade habitualmente prestados por qualquer

departamento da SGS Portugal e manter uma

entrega rápida dos resultados dos ensaios

aos clientes, a empresa investiu 40 mil eu-

ros em 2003, perspectivando investir o mes-

mo valor no presente ano para actualizações

de software e substituição de equipamentos.

Esta acção, diz Dora Cardoso, "contribuiu em

definitivo para uma melhoria substancial do

nosso trabalho em termos de rapidez e efici-

ência. Por outro lado, permitiu-nos também

avançar para a realização de ensaios de acor-

do com outras normas".

Investir para inovarEm 2003, o laboratório adquiriu um novo

software para o dinamómetro, um novo pro-

grama para a máquina de testes da estabili-

dade dimensional, um Elmatear para ensai-

os de resistência ao rasgo e um Crockmas-

ter para analisar a solidez do tinto à fricção.

A SGS Portugal apostou, também, na com-

pra de uma câmara de avaliação da formação

de borbotos e de um novo agitador mecâni-

co, bem como na montagem de uma sala pa-

ra avaliação do aspecto do enrugado após la-

vagem e secagem domésticas. A empresa

investiu, ainda, na aquisição de uma série de

outros acessórios complementares ao bom

desenvolvimento do trabalho e implementou

um novo sistema de ar condicionado, uma

vez que diversos ensaios têm de ser efectu-

ados em ambiente controlado. Em 2004, es-

tá previsto continuar a inovar e a apetrechar

o laboratório com equipamentos de ponta pa-

ra assegurar um apoio permanente, rápido e

eficaz ao cliente. Uma das prioridades, con-

ta Dora Cardoso, "passa pela renovação dos

secadores de roupa. Há outros equipamen-

tos a ponderar, mas estão dependentes do

volume de trabalho requerido pela indústria

têxtil", explica.

A responsável pelo Laboratório de Ensaios

Têxteis lamenta, no entanto, a pouca sensi-

bilidade que as empresas portuguesas de-

monstram relativamente ao controlo da qua-

lidade. "A maioria das empresas têxteis

recorrem aos serviços de ensaios porque são

obrigadas pelos seus clientes, que cada vez

mais apresentam cadernos de encargos que

definem à partida rigorosos critérios e pa-

drões de exigência a nível da qualidade para

cada gama de produtos têxteis. Não temos

muitas experiências de clientes que nos so-

licitem ensaios voluntariamente, quando de-

veria ser um princípio básico, tendo em vis-

ta a satisfação máxima do cliente final. Con-

trariamente ao que se passa na Europa, es-

"A maioria das em-

presas têxteis recorrem

aos serviços de ensaios

porque são obrigadas

pelos seus clientes, que

cada vez mais

apresentam cadernos

de encargos que

definem à partida

rigorosos critérios e

padrões de exigência a

nível da qualidade para

cada gama de produtos

têxteis”.

Dora Cardoso, directora técnica do Laboratório de Ensaios Têxteis

Page 25: SGS Global 12

Ensaios & Testes

Revista do Grupo SGS Portugal24

pecialmente em França e Inglaterra, Portu-

gal está bastante atrasado em termos legis-

lativos. Nada tem sido feito neste âmbito e,

portanto, cada um age de acordo com a sua

consciência, o que está errado. Com a glo-

balização dos mercados, novos desafios são

colocados a todos os sectores da economia

portuguesa e a indústria têxtil não é excep-

ção. Se não acompanharmos os outros paí-

ses, com realidades sócio-económicas bas-

tante diferentes, corremos o risco de sermos

anulados. É importante que os empresários

portugueses reconheçam esta realidade e se

preparem para enfrentar com êxito tais de-

safios. Mudem estratégias e alterem proce-

dimentos, por forma a garantirem a qualida-

de máxima do produto final", conclui Dora

Cardoso.�

Joaquim Loureiro,gestor de clientes do Departamento

Consumer Testing Services

Consumer Testing Services

OLaboratório de Ensaios Têxteis desem-

penha funções complementares aos

serviços do Departamento Consumer Tes-

ting Services da SGS Portugal. Este Depar-

tamento presta serviços em outsourcing,

de forma a que as empresas concentrem

toda a atenção no seu negócio e deixem

nas mãos dos especialistas mundiais da SGS

as operações inerentes à qualidade e logís-

tica dos produtos. Como explica Joaquim

Loureiro, gestor operacional deste sector,

"é um serviço adaptado às necessidades de

cada cliente. Disponibilizamos um pacote de

serviços que cobre as áreas de prospecção,

selecção e avaliação de fornecedores, de con-

trolo da qualidade dos produtos, transporte

e logística. Prestamos todo o apoio ao clien-

te tanto na gestão de importações como de

exportações, porque temos agências em

todo o mundo, com uma equipa de peritos

altamente especializada no controlo da qua-

lidade", sublinha.

Apesar de estarem vocacionados para ins-

peccionar encomendas de produtos cerâmi-

cos, vidro, livros, cortiça, entre outras maté-

rias, os têxteis, (tecidos e vestuário) e o cal-

çado assumem maior predomínio no volume

de negócios do Consumer Testing Services.

Paralelamente às inspecções, Joaquim Lou-

reiro salienta ainda a vocação do Departa-

mento para prestar serviços de consultoria e

para executar auditorias aos fornecedores,

com vista a averiguar se cumprem os regu-

lamentos e normas estabelecidas no contra-

to. "Temos capacidade técnica e de recursos

humanos para acompanhar na globalidade to-

do o processo de importação ou exportação,

fomentando um trabalho de filtragem até ao

cliente final. As empresas que nos procuram

estão protegidas e salvaguardadas de im-

previstos. Garantimos, praticamente a 100%,

a segurança da transacção, a redução de ris-

cos de importação de produtos não confor-

mes a optimização dos custos. No exercício

da nossa actividade procuramos actuar de

acordo com elevados níveis de competência,

profissionalismo, protecção e confidenciali-

dade", conclui o gestor operacional.�

Segurança nas importações/exportações

Page 26: SGS Global 12

ASGS Portugal decidiu apostar for-

temente, no início de 2004 na pres-

tação de serviços de segurança de

equipamentos, uma área de negócio que in-

tegra a Divisão Industrial e que, atendendo às

crescentes imposições de ordem legal, apre-

senta elevadas potencialidades de crescimen-

to. “Todos os equipamentos de trabalho, do

mais simples torno ou berbequim à mais so-

fisticada máquina industrial ou de constru-

ção civil, têm de cumprir requisitos legais de

segurança para o utilizador. Os equipamentos

mais recentes, nomeadamente a partir da dé-

cada de noventa têm esses requisitos defini-

dos, até por imposição comunitária. Os equi-

pamentos fabricados antes desse período nor-

malmente não têm requisitos estabelecidos,

pelo que devem obedecer à legislação relati-

va à segurança de equipamentos de trabalho,

que é relativamente vaga, tem lacunas e ain-

da não foi devidamente regulamentada. Até

final de 2003, a SGS Portugal prestava con-

sultoria na área da Segurança de Equipamen-

tos, nomeadamente a clientes em processo

de certificação, mas não fazia a inspecção das

máquinas. Nessa altura, decidiu autonomizar

esta área de actividade e enveredar pela par-

te operacional, que tem especificidades pró-

prias, quer ao nível da definição de planos de

segurança quer de qualificação dos técnicos

operacionais. Não basta ser um bom técnico

metalomecânico, é necessário ter formação

em segurança. Além disso, a estratégia da

SGS para esta área é a de actuar na vertente

de inspecção de equipamentos usados, co-

mo está a fazer actualmente, e na de equipa-

mentos novos, junto dos fabricantes. Solici-

tou-se ao IPQ a acreditação de acordo com a

Directiva Máquinas, que, julgo, deverá ser con-

cedida até final deste ano. Nessa altura,

além da prestação de apoio técnico, a SGS vai

poder emitir certificados de conformidade

no âmbito da Directiva”, explica Helder Araú-

jo, responsável do Departamento de Seguran-

ça de Equipamentos.

A grande maioria dos clientes na SGS da área

de segurança de equipamentos são empre-

sas de construção civil e do sector metalome-

cânico. Mas as exigências estendem-se a mui-

tos outros sectores de actividade. Como su-

blinha Helder Araújo, existem normas de cum-

primento obrigatório que algumas empresas

só aplicam na altura das fiscalizações, quan-

do o objectivo deverá ser o de ter um nível

óptimo de segurança para o utilizador, ao mes-

mo tempo que se garante a operacionalida-

de do equipamento. “A segurança deve ser

uma prioridade para todas as empresas, pois

diminui os riscos a todos os níveis e aumen-

ta a produtividade, razão pela qual esta área

é complementar a quase todas as actividades

desenvolvidas pela SGS Portugal”, sublinha

Helder Araújo.

Com a acreditação, a SGS vai poder actuar

junto das empresas fabricantes, pois também

estas são obrigadas a cumprir normas espe-

cíficas de âmbito nacional e comunitário du-

rante o processo de fabrico e de comerciali-

zação dos seus produtos. �

Revista do Grupo SGS Portugal 25

Segurança de Equipamentos

Novo Departamento da SGS Portugal

O Departamento de Segurança de Equipamentos da SGS

Portugal está operacional desde o início de 2004, apesar de

o serviço de segurança de equipamentos estar disponível desde

o segundo semestre de 2003. Este Departamento presta

serviços que complementam as actividades de consultoria,

inspecção e certificação da SGS Portugal e, brevemente,

vai estar também ao serviço de fabricantes, no âmbito da

verificação da conformidade de fabrico de equipamentos,

de acordo com a Directiva Máquinas.

Helder Araújoresponsável do Departamento de

Segurança de Equipamentos

Page 27: SGS Global 12

Acertificação do serviço no Departa-

mento de Produtos Frescos (DPF)

do hipermercado Jumbo de Almada

abrange o atendimento e apoio a clientes, a

comercialização de produtos frescos, a higie-

ne e segurança alimentar, a satisfação dos

clientes e a formação e qualificação dos co-

laboradores, e é encarada como uma mais-

-valia para a loja e para o Grupo Auchan.

“A obtenção da primeira certificação do ser-

viço atribuída a um hipermercado em Portu-

gal vem reafirmar o carácter inovador que o

Grupo Auchan tem vindo a demonstrar em

todas as vertentes da sua actuação no mer-

cado. O facto de a certificação ser na área

dos produtos frescos, confere ao Jumbo ain-

da mais valor, uma vez que se trata de uma

das áreas mais sensíveis de qualquer loja.

Significa que conseguimos fazer o mais difí-

cil”, assinala José Castro, director da Quali-

dade do Grupo Auchan.

A decisão de certificar o serviço do DPF do

Jumbo de Almada foi tomada em 2001, ain-

da antes da abertura da loja, inaugurada em

Setembro de 2002, e surgiu em sequência

do trabalho desenvolvido pelo Grupo na área

Certificação do Serviço

Revista do Grupo SGS Portugal26

O Departamento de Produtos Frescos do hipermercado Jumbo

de Almada recebeu, no final de Abril, da SGS ICS - Serviços

Internacionais de Certificação, a marca ´Certificação do

Serviço´. Uma certificação que será estendida a outras lojas

e que confirma, uma vez mais, o pioneirismo e inovação

do Grupo Auchan na distribuição em Portugal.

Jumbo de Almada

Primeiro hipermercado com certificação do serviço em Portugal

da qualidade. O processo iniciou-se no pri-

meiro trimestre de 2002 com a ‘construção’

das diversas normas, regras e procedimen-

tos que viriam a dar origem à especificação

técnica que permitiria certificar o serviço. Es-

ta fase envolveu a colaboração entre diver-

sos serviços do Grupo Auchan.

Em Dezembro de 2002 a norma da Especi-

ficação Técnica (SC RETR-019) estava pron-

ta, tendo sido submetida à apreciação de um

Comité Técnico e devidamente aprovada lo-

go em Janeiro de 2003. A partir daí, iniciou-

-se todo o trabalho de implementação do sis-

tema na loja, começando pela formação dos

cerca de 240 colaboradores afectos ao DPF.

Foram realizadas 61 acções de formação em

áreas como o atendimento e apoio ao clien-

te, comercialização de produtos frescos, hi-

giene e segurança alimentar, sensibilização

para a certificação de serviços e em acções

correctivas e preventivas, entre outras.

O processo implicou, igualmente, a criação

de um conjunto de suportes técnicos de

Page 28: SGS Global 12

apoio, como a elaboração de um Manual de

Certificação de Serviços, nova sinalética em

vários formatos em todas as secções do De-

partamento – charcutaria, congelados, gas-

tronomia, lácteos, padaria, pastelaria, peixa-

ria, talho e frutas e verduras –, assim como

a elaboração de fichas de aconselhamento e

de produto com informação detalhada para

os consumidores. Em simultâneo, foram in-

troduzidas metodologias de controlo, consubs-

tanciadas em auditorias ́ Cliente Mistério´, au-

ditoria de controlo de certificação e auditoria

interna ao sistema, e criado um inquérito de

avaliação da satisfação de cliente, a realizar

anualmente.

Jaime Lemos, director do Jumbo de Alma-

da, assegura que a dedicação dos colabora-

dores foi e é determinante para o sucesso do

projecto. “As exigências do processo de cer-

tificação são inegáveis, pelo que o cumpri-

mento dos objectivos só foi possível com o

empenho das pessoas. O envolvimento dos

colaboradores é fundamental, já que são eles

que praticam a certificação, a qualidade do

serviço, todos os dias, em tudo o que fazem”,

sustenta.

Para o director de loja, a opção pela certifica-

ção do serviço é uma aposta ganha pelo Gru-

po Auchan. “Estamos a fazer inovação em

contra-ciclo. Quando toda a gente fala em de-

sinvestimento e contenção de custos, o Gru-

po Auchan investe em inovação, investe nos

recursos humanos, investe na qualidade do

serviço que presta aos clientes, e serão cer-

tamente investimentos com retorno, tendo

em consideração o aumento substancial que

se consegue no grau de profissionalismo dos

colaboradores e a consequente diferencia-

ção perante a concorrência”.

A escolha da SGSHá 12 anos que o Grupo Auchan conhece o

trabalho da SGS, em particular na área de con-

trolo laboratorial de produtos. Uma relação de

confiança que pesou na escolha da empresa

para entidade certificadora. “Já éramos clien-

tes da SGS, conhecíamos as suas metodolo-

gias de trabalho e capacidade técnica dos seus

profissionais. No entanto, e procurando ser

objectivos, ainda lançámos um concurso, mas

a SGS ICS acabou mesmo por ser a seleccio-

nada”, salienta o director da Qualidade do Gru-

po Auchan.

A certificação do serviço do DPF é encarada

pela Direcção do hipermercado como uma

mais-valia que, adicionada à política de preços

baixos que o Grupo privilegia, confere ao Jum-

bo de Almada maior capacidade para conquis-

tar clientes. “A opção pelos preços baixos é

um dado adquirido, é uma prática que está in-

teriorizada desde a primeira hora em que abri-

mos a loja, daí que o passo seguinte tenha

sido necessariamente a inovação, criando mais

uma vantagem competitiva, através da quali-

dade”, adianta Jaime Lemos.

Em consonância com a certificação dos ser-

viços do DPF, o Jumbo de Almada decidiu

apostar na diferenciação, oferecendo serviços

pouco comuns em hipermercados, como é o

caso do serviço de listas de casamento, dis-

ponível num espaço especialmente concebi-

do para esse fim. Ou, ainda, o espaço criado

especificamente para apoiar as mães com be-

bés em fase de amamentação. É uma zona

reservada e resguardada onde as mães po-

dem amamentar tranquilamente ou aquecer

biberões e trocar as fraldas aos bebés. As

pessoas deficientes podem também benefi-

ciar de um acompanhamento na loja, sempre

que o solicitem”, acrescenta o director de lo-

ja. O sucesso destes serviços na loja de Al-

mada levou à sua aplicação noutras lojas Jum-

bo, onde também já se tornaram práticas dis-

tintivas da marca. Tal como vai acontecer com

a certificação do serviço do DPF, que gradual-

mente será estendida a outras lojas do Grupo

Auchan.

Confiante na ampliação do conceito da quali-

dade, José Castro considera que os sucessos

conseguidos depois da certificação são um in-

centivo a outras lojas, que “vão beneficiar do

know-how adquirido depois da implementa-

ção da certificação no Jumbo de Almada”.

Para o director da loja de Almada, Jaime Le-

mos, a valorização que a certificação imprime

à secção dos produtos frescos é visível no

crescimento do peso do sector nas vendas,

mas, ainda assim, acredita que o hipermerca-

do beneficiará globalmente da inovação expe-

rimentada naquele Departamento. “Quere-

mos que o peso dos produtos frescos aumen-

te face ao valor total das vendas, mas isso de-

ve acontecer à custa do crescimento global

do hipermercado, o que, estamos certos, se

irá verificar”, conclui.�

Revista do Grupo SGS Portugal 27

Certificação do Serviço

Jaime Lemos, director do Jumbo de Almada, e José Castro, director da Qualidade do Grupo Auchan

Page 29: SGS Global 12

Gilberto Jordan, administrador do Grupo Lusotur, com Ana Pina Teixeira, administradora executiva do Grupo SGS Portugal

Eventos & Notícias

Com o patrocínio da SGS, o Jornal

Água&Ambiente juntou empresários,

especialistas e representantes de ins-

tituições para discutir, durante dois dias, as

vantagens do ‘turismo sustentável’.

Num contexto onde surge como um dos

eixos prioritários do desenvolvimento do

país, o sector do turismo tem hoje pela fren-

te alguns desafios. A preocupação ambiental

e a ´sustentabilidade´ da actividade turística

constituem duas das questões centrais.

A relevância do tema, bem como a sua actua-

lidade, juntou, em Fevereiro, empresários do

sector, especialistas e representantes de di-

versas instituições numa conferência, de dois

dias, organizada pelo Jornal Água&Ambiente

e patrocinada pela SGS. A sensibilização do

mercado para as vantagens do turismo sus-

tentável, o intercâmbio de ideias e a partilha

de experiências foram alguns dos objectivos

do encontro, que abordou, pela primeira vez,

o tema sob uma perspectiva empresarial.

A actividade turística provoca impactos am-

bientais de vulto, os quais estão directamen-

te ligados aos excessivos consumos de água

e energia, aos elevados níveis de produção de

resíduos e às pressões exercidas sob o meio

natural. São cada vez mais os empreendimen-

tos turísticos que optam pela “prática susten-

tável” da sua actividade. O crescente interes-

se demonstrado pelos empresários do sector

na definição de políticas ambientais, na imple-

mentação de sistemas de gestão ambiental

(SGA) e na obtenção de uma certificação de

acordo com algumas das normas internacio-

nais como as NP EN ISO 14001, o sistema co-

munitário de rótulo ecológico aplicado ao tu-

rismo ou o EMAS, confirmam a motivação.

A procura de um selo de garantiaSegundo Pedro Ferreira, da SGS ICS e um dos

intervenientes no encontro, até Fevereiro a

SGS certificou, de acordo com os requisitos

da norma NP EN ISO 14001, oito empresas.

Entre elas contam-se três hotéis, três explo-

rações de campos de golfe, uma marina e uma

praia.

Em Portugal, o Grupo Lusotur é um dos que

mais tem apostado, e investido, na implemen-

tação de boas práticas ambientais. Com vá-

rios dos seus empreendimentos já certifica-

dos – entre eles a Lusotur Golfes, S.A. (aliás,

este foi o primeiro operador de golfe, a nível

mundial, a obter a certificação ambiental), a

Marina de Vilamoura e a Praia da Rocha Baixi-

nha, (da qual o grupo é concessionário) – es-

ta parece ser “uma estratégia a seguir no fu-

turo”, como afirmou o seu administrador, Gil-

berto Jordan, na sua intervenção.

Também Henrique Montelobo, administrador

da Sonae Turismo, justificou o investimento

realizado na certificação da unidade hoteleira

do grupo na Madeira, o Hotel Jardim Atlânti-

co. “A implementação de um SGA é uma ga-

rantia, um símbolo de qualidade e uma mais-

-valia para os hóspedes do hotel. Para além da

importância a nível de marketing e de compe-

titividade, este sistema é já responsável por

uma poupança a nível económico-financeiro,

através da redução de consumos em vários

sectores da unidade hoteleira”, disse.

Mas se um ´turismo sustentável´ pode redu-

zir, em muito, os custos operacionais, também

é verdade que nos últimos anos tem vindo a

observar-se uma mudança gradual de atitude

do lado da procura turística face às questões

ambientais.

De acordo com Susana Lima, da Escola Supe-

rior de Educação de Coimbra, existe hoje um

novo ´consumidor verde´, que é sensível às

culturas locais, tem preocupações ambientais

e se interessa pela conservação dos recursos

naturais. Citando as conclusões de um estu-

do sobre a ´importância atribuída ao desem-

penho ambiental dos hotéis´, esta investiga-

dora referiu que “70% dos inquiridos manifes-

tou apetência para seleccionar unidades que

tivessem um bom desempenho ambiental”.

Em conjunto, os dois factores (redução de cus-

tos e o novo consumidor) estão a produzir uma,

ainda que lenta, mudança no turismo em Por-

tugal. �

Revista do Grupo SGS Portugal28

Turismocom novos desafios

Page 30: SGS Global 12

No sentido de reforçar a aposta do Esta-

do português e da União Europeia na

interligação entre os sectores público e pri-

vado, a SGS Portugal tem vindo a estabele-

cer parcerias com algumas universidades.

A Universidade dos Açores foi um dos esta-

belecimentos do ensino superior com o qual

a SGS Portugal decidiu colaborar, celebrando

um convénio, que visa o desenvolvimento de

algumas acções conjuntas, como por exem-

plo, a organização de eventos, utilização de

equipamentos e espaços laboratoriais de am-

bas as instituições, participação de recursos

humanos em projectos de interesse

comum, entre outros. A formalização

desta parceria foi iniciada com a reali-

zação conjunta de um curso de mestra-

do em ´Ambiente, Saúde e Segurança´,

com arranque previsto para Outubro de 2004.

Os participantes neste mestrado ficarão qua-

lificados como Técnicos Superiores de Higie-

ne e Segurança no Trabalho.

Por seu lado, a recente parceria da SGS com

a Universidade Internacional tem o objectivo

de apoiar a pós-graduação em Gestão Inte-

grada da Qualidade, Ambiente, Segurança e

Saúde e Res-

ponsabilidade

Social, com iní-

cio a 15 de Outu-

bro. Este apoio se-

rá prestado através do

Departamento de Formação

do Grupo, a SGS Training, que disponibilizará

os seus formadores para assegurarem os mó-

dulos relacionados com a implementação e

certificação de sistemas integrados (Qualida-

de, Ambiente, Segurança e Responsabilida-

de Social).�

AValnor, empresa responsável pela

recolha e tratamento dos resíduos

sólidos urbanos no Norte Alentejano, foi

a primeira empresa europeia do sector a

completar o processo de integração dos

sistemas de gestão da qualidade, do

ambiente e da segurança, de acordo com

as normas NP EN ISO 9001:2000, NP

EN ISO 14001:1999 e NP 4397:2001

(OSHAS 18001). A certificação obtida

nestas três áreas é essencial para um

crescimento sustentável de uma empresa

que pretende consolidar a sua imagem,

pois, os benefícios internos associados

ao reconhecimento externo potenciam a

confiança da comunidade envolvente. �

Valnor é a pioneiracom certificaçãointegrada

OGrupo SGS finalizou a aquisição do Ins-

tituto Fresenius, um dos maiores e mais

prestigiados laboratórios de análises não clí-

nicas na Europa. Com esta aquisição, a SGS

torna-se a maior organização na Alemanha no

âmbito dos laboratórios, empre-

gando mais de 1600 colaborado-

res em cerca de 30 instalações.

Fundado em 1848, o Instituto Fre-

senius, presta serviços de análi-

ses não clínicas que abrangem

produtos alimentares, cosméti-

cos, têxteis e chips electrónicos,

assim como análises ambientais

e de higiene de edifícios. A sua

reputação foi construída ao lon-

go de 155 anos com base em competências

especializadas, e a confiança depositada pe-

los consumidores no seu nome pode ser com-

provada nas mais de 150 certificações, acre-

ditações e aprovações.�

Parcerias com a Universidade dos Açores e a Universidade Internacional

Concluída aquisição do Instituto Fresenius

OGrupo SGS concluiu a aquisição da

empresa Vernolienne de Laboratoires

SA (Vernolab), com sede em França.

A Vernolab é especialista em serviços de aná-

lise de óleos lubrificantes usados e diagnós-

ticos de manutenção preventiva, bem como

análises de combustível aéreo e produtos pe-

trolíferos. A empresa também possui uma

unidade de diagnóstico de motores de auto-

móveis.

Fundada em 1960, a Vernolab tem 90 cola-

boradores entre as suas instalações de

França (Verneuil sur Avre e Longjumeau) e do

Reino Unido (Stanlow). Esta aquisição tem

como objectivo expandir os serviços da Divi-

são Oil, Gas & Chemicals do Grupo SGS. �

Serviços de OGC mais

competitivoscom aquisição

da Vernolab

Revista do Grupo SGS Portugal 29

Eventos & Notícias

Page 31: SGS Global 12

OTerceira Mar Hotel recebeu a certificação

Ambiental de acordo com a norma NP EN

ISO 14001:1999 e o regulamento relativo ao

Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria

(EMAS), atribuídos pela SGS ICS.

O EMAS foi criado pela União Europeia para

“promover a melhoria contínua do compor-

tamento das empresas e para exigir que estas adoptem, de forma antecipada e

continuamente evidenciada, políticas e práticas eficazes de gestão ambiental”.

Neste contexto, o Terceira Mar Hotel investiu em equipamentos (sala de resíduos

com câmara refrigerada para os resíduos orgânicos; cisterna para aproveitamento das

águas pluviais para rega dos jardins; central de gestão técnica de energia para

monitorização e controlo dos consumos de energia) que lhe permitem disponibilizar

aos seus clientes serviços de alta qualidade utilizando os recursos disponíveis de

forma racional. Estas medidas foram suportadas pela implementação do sistema

agora certificado que segue a norma ISO 14001 e o regulamento EMAS.

O Terceira Mar Hotel, situado em Angra do Heroísmo, nos Açores, é uma unidade

de 4 estrelas propriedade do Grupo Bensaude Turismo, tendo sido inaugurado a 29

de Maio de 2003. �

Primeiro hotel português com EMAS

Eventos & Notícias

Revista do Grupo SGS Portugal30

Na sequência da nomeação de Sergio Marchionne como novo administrador-

-delegado da FIAT SPA, o Conselho de Administração da SGS SA nomeou Werner

Pluss como o seu novo administrador-delegado (CEO) a nível global.

Werner Pluss é actualmente vice-

-presidente executivo responsável

pelos Serviços de Petróleo, Gás e

Químicos (OGC) da SGS a nível

mundial. Sob a sua liderança, esta

área registou um crescimento

significativo e representa a fatia

mais importante, em termos de

volume, dos negócios da SGS.

Pluss entrou para a SGS em 1966

e, ao longo da sua carreira, ocupou

diversos cargos de relevo na estru-

tura internacional dos Serviços OGC

da empresa. Em 1996 foi nomeado

administrador-delegado da SGS

em França e, em 2000, assumiu a

responsabilidade pela Área Executi-

va para França, Portugal, Reino

Unido, Espanha e também para a

Irlanda.�

Werner Pluss é o novo administrador-delegadodo Grupo SGS

PORTUGAL� ANTRAM - Associação Nacional

de Transportadores Públicos

Rodoviários de Mercadorias

http://www.antram.pt

� Ministério das Obras Públicas

Transportes e Habitação

http://www.mopth.pt

� Porto de Aveiro

http://www.portodeaveiro.pt

� Porto de Leixões

http://www.apdl.pt

� Porto de Lisboa

http://www.portodelisboa.pt

� Porto de Sines

http://www.portodesines.pt

� Porto de Viana do Castelo

http://www.ipnorte.pt

Internacional� GAFTA - Grain And Feed

Trade Association (Associação

internacional composta por traders

de géneros alimentares para animais)

http://www.gafta.com

� SOLEUROPE - The International

Society of Logistics - Europe

(Sociedade profissional não-lucrativa

dedicada à Tecnologia, Educação e

Logística)

http://www.soleurope.org/english/

soleuropegeneral.htm

� WTO - World Trade Organization

(Site oficial da Organização Mundial

do Comércio)

http://wto.org

� FOSFA - Federation of Oils, Seeds and

Fats Associations (Site oficial da

Federação das Associações de Óleos,

Sementes e Gorduras)

http://www.fosfa.org

� IRU - International Road Transport Union

(Site da União de Transportes

Internacionais Rodoviários)

http://www.iru.org

� Transfrigoroute International

(Federação para o Transporte de

Alimentos e Mercadorias a

temperatura controlada)

http://www.transfrigo.com

Navegar

Page 32: SGS Global 12

Nos dias 21 e 22 de Maio realizou-se

mais um encontro interno anual da SGS

Portugal. Este ano, a SGS Portugal decidiu

‘radicalizar’ o seu encontro interno anual,

transformando-o num Adventure Day. O Vi-

meiro foi o cenário escolhido para testar a

resistência da SGS Team.

A aventura começou ainda na sexta-feira,

dia 21 de Maio, com uma verdadeira Adven-

ture Night! Entre malas e bagagens, cole-

tes e crachás, o jantar foi o primeiro momen-

to de convívio. Corriam rumores sobre as

secretas actividades planeadas para o fim-

-de-semana e o entusiasmo sentia-se nas

gargalhadas. Para terminar a noite em bele-

za, a primeira actividade surpresa foi um ka-

raoke digno de festivais internacionais!

No sábado, foi desvendado o mistério. Um

percurso de orientação minado de provas

testou a resistência e espírito de equipa de

todos os colaboradores. Reinou a boa dis-

posição e aquela pontinha saudável de com-

petitividade. O descanso do guerreiro deu-

-se ao almoço, com ritmos latinos bem me-

xidos para evitar a vitória do cansaço.

Apesar das poucas horas de sono, alguns

entorses e muitos quilómetros percorridos,

a SGS Team manteve-se animada e, diz-se

por aí, que está toda a gente pronta para

outra!�

SGS Adventure Day

Eventos & Notícias

Page 33: SGS Global 12

De acordo com a ISO 9001 requisito 4.2.1

"a extensão da documentação do

sistema de gestão da qualidade pode

diferir de uma organização para outra devido:

� à dimensão da organização e tipo de

actividades;

� à complexidade dos processos e suas in-

teracções;

� à competência do pessoal ".

O sistema documental deve ser pois um "fa-

to à medida", na devida proporção do seu

utilizador, ou seja, da empresa. A esta é dada

a liberdade de escolha na maior ou menor for-

malização do seu sistema, sendo certo,

porém, que, pelo menos, seis procedimentos

terão de estar documentados.

A realidade demonstra, no entanto, que, por

diferentes razões, as empresas em geral não

alteraram radicalmente os seus sistemas

documentais e consequentemente o proble-

ma persiste: como gerir toda a papelada?

Neste universo de papéis encontram-se quer

os documentos internos quer os externos,

como a legislação, as normas, os certificados

de produtos, os catálogos, as fichas técnicas,

etc... Cada um deles possui uma determinada

estrutura, um determinado sistema de codifi-

cação, diferentes responsáveis pela elabo-

ração, aprovação, distribuição, recolha, arqui-

vo.... Enfim, gerir documentação da forma

tradicional tornou-se uma verdadeira Odisseia!

E no meio disto tudo há que garantir a fiabili-

dade e a acessibilidade ao sistema documen-

tal. Ou seja, quando necessário, o sistema

tem de estar disponível para a pessoa certa,

no local exacto e na versão actual!

Ora, sendo conhecida a frase ‘errar é humano’,

como podemos continuar a apostar apenas

em pessoas para gerir informação? E qual a

motivação destas pessoas ao serem gestoras

de ‘papéis’? E qual o valor acrescentado para

a organização? E a segurança e o sigilo? E a

eficiência do processo?

Todas estas questões se tornam ainda mais

relevantes quando a organização tem de

responder a requisitos contratuais e legais

relacionados com a disponibilização de docu-

mentação a clientes e partes interessadas,

como é o caso dos certificados de produtos

e das fichas de segurança.

Por outro lado, as mesmas questões tornam-

-se mais complexas com o aumento do nú-

mero de utilizadores e a distância a que estes

se encontram.

Neste contexto, as ferramentas informáticas

de gestão documental podem ser verdadeiros

aliados, que, por si só, não resolvem a questão

mas constituem uma ajuda preciosa.

Como é habitual num investimento em soft-

ware, a fase de implementação carece sempre

de um esforço inicial associado à parametri-

zação do mesmo, quer em termos de estrutu-

ra da documentação quer em responsabilidades

e acessos a utilizadores. Há ainda a questão da

elaboração dos conteúdos documentais que

exige a taxa de esforço habitual.

O verdadeiro retorno surge quando o sistema

documental entra em velocidade cruzeiro e

se inicia a dinâmica das revisões. O fluxo da

elaboração-verificação-aprovação-distribuição

torna-se mais fácil e rápido, não se encontrando

condicionado à presença física dos envolvidos.

À distância de uns clicks o documento elaborado

é disponibilizado para análise e de seguida para

aprovação. Automaticamente os envolvidos

podem ser notificados via intranet/internet e

responder de forma rápida, evitando o atraso

na implementação das alterações. Automa-

ticamente deixam de estar disponíveis as ver-

sões obsoletas e há a garantia de todos se-

guirem as mesmas orientações. O ‘dossier da

documentação’ passa a andar sempre connos-

co, disponível via web.

Para quem ainda não o fez, está, certamente,

na altura de apostar num investimento cujo

payback é curto, tendo em conta, sobretudo,

as consequências dos potenciais proble-

mas. �

Opinião

Revista do Grupo SGS Portugal32

GestãoDocumental

Ferramentas informáticas no apoio à

Maria José Giesteira, Consultora e auditora

da qualidade, ambiente e segurança