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SGS global revista do Grupo SGS Portugal # Março 2005 • ano 5 • nº 14 Portugal em grande! Planear Decidir Concretizar Rentabilizar o turismo e a ‘marca Portugal’ é possível! Golfe internacional escolhe Portugal Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança Acção pioneira da SGS nos Açores Certificação Novos desafios da SGS Rotulagem Produtores apostam na transparência

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Revista Corporativa do Grupo SGS Portugal

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revista do Grupo SGS Portugal # Março 2005 • ano 5 • nº 14

Portugal em grande!Planear Decidir Concretizar

Rentabilizar o turismo e a ‘marca Portugal’ é possível! Golfe internacional escolhe Portugal

Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança Acção pioneira da SGS nos Açores

Certificação Novos desafios da SGS Rotulagem Produtores apostam na transparência

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É inegável que 2004 foi um ano conturbado para o país e para o mundo.

Mas a capacidade de não cruzar os braços perante a adversidade, de recorrer ao espíritoempreendedor e aventureiro é inata do povo português.

Em 2004 reiterámos a nossa capacidade para organizar grandes eventos internacionais e vemaí o Mundial de Vela. Debateram-se temas tão fundamentais para a economia nacional comoa segurança alimentar e a sustentabilidade empresarial.

Nestes momentos decisivos que o país vive, é importante manter o optimismo e ter ematenção as iniciativas empresariais que vão tendo lugar.

A SGS, como elemento activo do meio empresarial português, continua a participar e aincentivar a Inovação, a Qualidade e a Competitividade. Estas premissas são essenciais tantopara vingar no contexto económico actual, como para permitir a recuperação e odesenvolvimento da economia nacional.

Outro factor importante para o almejado desenvolvimento sustentável reside nas políticasde Educação, esse instrumento tão importante que define o futuro e dá aos nossos jovensa capacidade de encarar a vida e os seus desafios.

Um ensino com qualidade oferece aos jovens mais e melhores saídas profissionais que se coadunam com as necessidades do mercado de trabalho.

Por todas estas razões, decidimos começar este ano com uma edição positiva da SGS Global.Passamos em revista os resultados do Grupo e estacamos alguns casos de sucesso de iniciativanacional. Do desporto à Investigação & Desenvolvimento, e à cooperaçãoUniversidades/Empresas, Portugal tem muito de que se orgulhar.

A promoção dos valores nacionais deve basear-se em casos reais e dignos de nota, como osque aqui apresentamos. No entanto, devemos ter em conta que estes são apenas uma amostrado que nós somos capazes de alcançar quando “pensamos grande” e sem complexos!

Os maus exemplos não podem ser esquecidos mas os bons são para serem lembrados e servirem como incentivo.

É nesta filosofia que o Grupo SGS assume o compromisso de fazer sempre o seu melhor,ao serviço dos seus clientes, em Portugal e no mundo.

> ANA DE PINA TEIXEIRA Administradora Executiva da SGS Portugal

> FICHA TÉCNICA Propriedade SGS Portugal – Av. José Gomes Ferreira, 11, 5° Piso, 1495-139 Algés, Miraflores (www.sgs.pt)Tel 214 127 200 Fax 214 127 290 Direcção Paulo Gomes Redacção, Design e Produção Gráfica Editando, Edição e Comunicação(www.editando.pt) Fotografia Bruno Barata, José M. Rodrigues, SGS Image Bank Impressão Sociedade Tipográfica Distribuição Gratuita

Há um número significativo de exemplos que mostrabem o que somos capazes de alcançar quando “pensamos grande” e sem complexos!

Portugal Sempre Positivo

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> PORTUGAL POSITIVO

A SGS Portugal registou, em 2004, um crescimento no volume de negócios de

7,7% face ao ano anterior.

Exemplos que marcamPortugal pela positiva

Ana de Pina Teixeira, adminis-tradora executiva do Grupo, dizque para estes resultadoscontribui não só o reforço da

estratégia de expansão e crescimentodefinida em 2002 mas também a apostaem novos e promissores investimentos.“Em 2004 foi criada uma nova plataformalogística em Camarate, que permitiualargar a nossa actividade, até agoracentrada na zona Norte com a plataformada Maia, para todo o território nacional.Este investimento surgiu na sequênciadas solicitações dos nossos clientes, que

agora dispõem de uma ligação diária de transportede mercadorias entre Lisboa-Porto e vice-versa,assegurada pela SGS.O Laboratório foi alvo de um investimento quepermitiu actualizar os seus softwares e equipamentos,melhorando substancialmente a eficiência e a rapidezdo serviço prestado. Este investimento permitiuainda avançar para a realização de ensaios de acordocom outras normas. Neste mesmo ano, a SGS lançou-se também naobtenção de diversas acreditações e autorizaçõespara adquirir competências legais no âmbito dainspecção de diversos equipamentos de trabalho ede armazenamento”, adianta a mesma responsável.

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Áreas fulcrais: indústria, consumo e formaçãoAs áreas de negócio que mais contribuíram para estedesempenho foram a Industrial (Inspecções Industriaise na Construção), com uma subida de 37%, e a Consumernon-Food (inspecções a produtos não-alimentares), quecresceu 72%. A SGS Training, área de serviços de formaçãocriada no início de 2004, cresceu mais de 250%.Satisfeita com estes números, Ana de Pina Teixeira,sublinha ainda que o “Grupo SGS Portugal já ultrapassoua barreira dos 3 mil clientes, sendo cerca de 50% referentesa empresas certificadas pelo organismo de certificaçãoSGS ICS. Na área da certificação foram emitidos cercade 341 certificados, em 2004, relativos à conformidadede Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente, Higienee Segurança, e de Produtos e Serviços, entre outros”.

E em 2005, como é que vai ser?“O Grupo SGS Portugal estima para 2005 um crescimentoorgânico de 11%, prevendo ainda aquisições, seguindoa política do Grupo em todo o mundo, nomeadamentenas áreas Automotive, Environment e Industrial. Na áreada Certificação de Sistemas de Gestão vamos alargar oportefólio de certificações, acompanhando sempre astendências do mercado bem como as exigências e neces-sidades que identificamos junto dos nossos clientes.Vamostambém reforçar a nossa posição como parceiro estratégicoda indústria alimentar, com a aplicação de novas meto-dologias aos serviços que já prestamos, criando aindamais valor para os nossos parceiros. Na logística melhorámosos processos e com os dois entrepostos aduaneiros, emLisboa e Porto, continuamos a reforçar a nossa posição”.

Boas práticas, bons exemplos!O ano de 2004 terá sido bom apenas para a SGS Portugalou para o país em geral? Parece que a resposta a esta questãoé polémica e duvidosa, mas porque este Grupo apostanuma atitude pró-activa e empreendedora, a Revista SGSGlobal foi à procura de exemplos que nos mostrem o‘Portugal Positivo’ que se ‘esconde’ por detrás de entidadese empresas que actuam em áreas tão diversas como aindústria, o turismo e outros serviços, o desporto, o ensinoe a ciência e tecnologia. E, felizmente, bons exemplos paraseguir e acompanhar não faltam. Venha daí conhecê-los!

“Grupo SGS Portugaljá ultrapassou a barreira dos

3 mil clientes”

> TENDÊNCIAS

Portugal Positivo: E Você ?Há um ano atrás juntámos um grupo de amigosfartos de ouvir dizer mal do nosso país. Amaledicência já reinava. Criticar é uma formafácil e até cómoda de estar na vida. Sentimo-losempre que falam mal de nós.Criámos então o movimento Portugal Positivo,que está em todos nós e que se define, simples-mente, como a capacidade de olhar constru-tivamente para o que temos.Definimos, por isso, como objectivos procuraras raízes da ‘crise de auto-estima’, divulgar casosde sucesso e orgulho nacional e obter compromissose acções que mostrem claramente que podemosmudar. Como dissemos então, ser positivo ‘nãoé tarefa de alguns, mas de todos nós’.Realizámos conferências, passámos palavra,recolhemos apoiantes. Mas muito mais há parafazer. Todos temos que contribuir. O desafiopassa pela questão base : ‘E você, o que podefazer por um Portugal mais Positivo?’Quanto mais não seja faça o exercício. Experimen-te conter-se e não dizer mal da próxima vez.Pense nessa altura como pode tirar partido dasituação. Não olhe para trás. Não reveja o processoà procura de erros. Projecte o futuro à procurade vantagens.Vale a pena tentar. O país agradece.

João Paulo SequeiraCo-Fundador do Portugal Positivo

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Como caracteriza a estratégia de desenvolvimento quePortugal tem seguido para a optimização do turismo?Teremos estratégia? Do meu ponto de vista, Portugal tem seguido uma estratégiaerrática na área do turismo, embora com maior consistêncianos tempos mais recentes. A ‘marca Portugal’ não possui, poresse motivo, nem uma forte visibilidade nem característicasfacilmente identificáveis. Deixámos de ser um destino ‘sol epraia’ de segunda linha, temos crescido nos segmentos dos‘city breaks’ com uma crescente afirmação de Lisboa, temosigualmente crescido no segmento do golfe mas não temosconseguido, ainda, a necessária afirmação a nível internacional,da diversidade de oferta que pretendemos divulgar. São notóriasas diferenças, a este nível, com a ‘marca Espanha’, que temconseguido valorizar a sua diversidade, através duma estratégiacoerente e consistente apoiada numa imagem apelativa. Poroutro lado, julgo que Portugal continua a ser penalizado,inclusive, pela concorrência entre destinos, por uma excessivaburocracia que incide, em prejuízo do nosso destino, sobre aaprovação de projectos, a insuficiente selecção entre projectos

merecedores de incentivos estatais bem como sobre a actividadehoteleira. Finalmente, temos infra-estruturas aero-portuárias,em particular em Lisboa, que não estão à altura dos mercadosemissores mais exigentes que gostaríamos de cativar.

É possível acreditar que o desenvolvimento da nossaeconomia e o fomento da nossa competitividade podempassar por este sector de actividade? Não estaremos a viverde um sonho permanentemente adiado? Portugal possui trunfos significativos neste sector de actividade,nomeadamente em termos de clima, de património cultural,de espaço e diversidade geográfica e, ainda, humanos. Nossegmentos de que falei há pouco – praia, golfe, cidade – enoutros – realidade insular e actividades de natureza – podemosser mais afirmativos e competitivos. Atesta-o os prémiosinternacionais que temos recebido na área do golfe, por exemplo,em que são evidentes os progressos realizados ao longo dosúltimos anos. Falta, sobretudo, definir o ‘produto’ em quequeremos apostar, fortalecê-lo ao nível interno e promovê-lointernacionalmente.

> ENTREVISTA ANTÓNIO CASTRO FREIRE, administrador do Grupo Bensaude

Rentabilizar o turismo e a ‘marca Portugal’ é possível!

O nosso país possuitrunfos significativos

neste sector, nomeada-mente em termos

de clima, de patrimóniocultural, de espaço

e diversidade geográfica e de

calor humano”.

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Diferenciar pela positivaO que é que nos pode diferenciar dos concorrentes maisdirectos nesta matéria? Em termos de clima, a suavidade do inverno, nomeadamentenas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. No golfe,o potencial que o clima proporciona bem como as facilidadesresultantes de uma variada oferta e de uma procura aindasituada a níveis razoáveis. Nas cidades, a riqueza e a variedadeda nossa cultura, do nosso património, da nossa ‘modernidadecrescente’, que são aspectos pouco divulgados no exterior masque são sustentados por uma oferta hoteleira forte e em viasde crescente diversificação. Veja-se o que se passa, a este nível,com a valorização do nosso parque hoteleiro tradicional, como dinamismo que se tem verificado a nível de hotéis de charmee pousadas, com o crescimento que se vem consolidando naárea dos spas e do termalismo e, ainda, com a qualificação aque assistimos em zonas tradicionalmente menos bemposicionadas a nível da oferta, quer no interior do país querna Região Autónoma dos Açores.

Como poderão os empresários contribuir, ou como o têmfeito, para que o país concretize, faça, avance, também nodomínio do turismo? Os empresários deverão precisamente viabilizar esta estratégiade valorização e de diversificação, através dos seus investimentose das actividades de promoção em que se envolvam em parceriacom o sector público. Temos realizado intervenções de sucesso,quer na área da hotelaria mais tradicional quer em resorts querainda em projectos abrangentes em que as componentesimobiliária e turística se completam. Do meu ponto de vista,o sector privado necessita de uma estratégia coerente e menosburocratizada, por parte do Estado e dos necessários incentivos,fiscais nomeadamente, para preencher o seu papel. Acho quemuito se tem feito em Portugal nas últimas décadas e que nãoé seguramente por falta de dinamismo e de profissionalismo

dos empresários que continuamos a apontar imperfeições àsituação do turismo em Portugal.

Depois de nos últimos Governos ter existido um Ministériodo Turismo, o que espera o sector no futuro imediato e oGrupo Bensaude em particular? Governos anteriores – e penso que independentemente dassensibilidades políticas a maioria dos portugueses encontra--se unida em redor de objectivos nacionais dinamizadores –governos anteriores, dizia eu, elaboraram estratégias coerentesdestinadas a conduzir à valorização e dinamização deste sectorde actividade. É disso que hoje se trata. De definir linhas deorientação estratégica e instrumentos ao seu serviço,desburocratizar os processos conducentes à aprovação e im-plementação de projectos coerentes com a estratégia sectorial,reforçar as parcerias entre sector público e privado na promoção,animação e formação. Acrescentaria que o diálogo entre asentidades que tutelam o sector, quer a nível nacional querregional, carece de consolidação. E que questões relacionadascom o reforço da Região Autónoma dos Açores, a nível daactividade turística, devem ser objecto de diálogo e de preocupaçãopor parte do Governo da República. Defender e melhorar aactividade turística nos Açores é, igualmente, contribuir paraa melhoria do sector a nível do todo nacional.

“Os empresários devemviabilizar uma estratégia de

valorização e de diversificaçãoem parceria com o sector

público”

Grupo Bensaude

Fundado por Abraão Bensaude, este grupo empresarialiniciou as suas actividades comerciais na ilha de SãoMiguel, Açores, por volta de 1820. Hoje, as suas activida-des encontram-se distribuídas por três áreas de negóciodistintas: • Combustíveis pesados para a navegação e para aindústria, combustíveis leves para o transporte terrestree gás doméstico;• Transportes marítimos de mercadorias, entre os Açorese o Continente, e ainda transportes terrestres colectivosde passageiros em S. Miguel e no Faial; e comércioatravés, nomeadamente, da representação das marcasVolvo, Audi, VW e Rover; • Turismo, através da propriedade e da exploração de

sete hotéis: cinco na Ilha de S. Miguel, dos quais doisde 3* (Terra Nostra Garden Hotel, no vale das Furnas, eSão Miguel Park Hotel, em Ponta Delgada) e três de 4*(Hotel Marina Atlântico e Hotel Avenida, ambos situadosna frente marítima de Ponta Delgada, e Estalagem dosClérigos, na vila do Nordeste), um na Ilha Terceira, de4* (Terceira Mar Hotel, situado na cidade de Angra doHeroísmo) e um também de 4* na Ilha do Faial (Hoteldo Canal, localizado junto ao cais de embarque para oPico). Em Lisboa está prestes a abrir uma nova unidadehoteleira, designada Hotel Açores Lisboa. Nesta áreapossui ainda a Agência Açoreana de Viagens (principalagência de viagens incoming a operar na Região Autónomados Açores) e a Varela Rent-a-Car.

Dos Açores para o mundo a ‘favor’ de Portugal

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Como é que a actividade do Grupo Bensaude seenquadra e posiciona presentemente no sector doturismo? Somos hoje uma cadeia com expressão a nível nacional.

Contamos com 10 hotéis, dos quais 9 em exploração e umem regime de arrendamento à Escola Hoteleira de S. Miguel.Estamos no patamar dos 1000 quartos. Os nossos hotéis estãolocalizados na sua maioria em S. Miguel bem como nas ilhasda Terceira e Faial e, agora, em Lisboa. São estabelecimentosde 3 ou 4 estrelas, com padrões de serviço elevados. No contextoda realidade açoriana, temos procurado diversificar a nossaoferta por forma a dotar a região em que operamos com maiorpeso de estabelecimentos de cidade, de natureza e de ligaçãoao mar. Em Lisboa, a nossa mais recente unidade insere-se noconceito de ‘l’ hotel boutique’, com traços de modernidade,quer em termos de ambiente, de gastronomia ou de serviço,sem descurar alguns apontamentos que a identificam com a‘açorianidade’.

Ter hotéis nos Açores e em Lisboa é uma estratégia concertadapara fomentar os resultados do Grupo e a ida de turistas,designadamente estrangeiros, a este arquipélago? O nosso Grupo elegeu a Região Autónoma dos Açores comosua "âncora", pois é a esta região que nos sentimos mais ligadospela história das nossas actividades empresariais e familiares

desde o primeiro quartel do século XIX. Continuamos aconsiderar que é em prol do desenvolvimento do arquipélagodos Açores, dos seus trabalhadores e dos seus recursos, quedevemos dar o melhor do nosso esforço. Tal não significa,porém, que não estejamos abertos a outras oportunidades denegócio. Na área do turismo, a posição da nossa cadeia a nívelnacional já é significativa e, como tal, as nossas relações comerciaistendem, cada vez mais, a ultrapassar as fronteiras da RegiãoAutónoma dos Açores. Por outro lado, com o crescente númerode turistas provenientes de mercados estrangeiros, operar umhotel em Lisboa constitui uma mais-valia apreciável. Mas,gostaria de precisar que o nosso hotel na capital, o Hotel AçoresLisboa, deve também ser entendido como um investimentoautónomo através do qual procuraremos dotar o parquehoteleiro desta cidade com uma nova unidade de qualidade,sendo que, com tal investimento, procuraremos servir quer aclientela que procura ‘naturalmente’ a cidade de Lisboa queraquela que sente uma ligação mais especial aos Açores.

Como vai processar- se o desenvolvimento futuro do vossoGrupo? Para já, os nossos próximos objectivos prendem-se com aconsolidação dos investimentos vultuosos efectuados ao longodos três últimos anos, período em que a nossa actividadeturístico-hoteleira se expandiu fortemente. Do meu ponto de

> ENTREVISTA ANTÓNIO CASTRO FREIRE, administrador do Grupo Bensaude

Um player empenhado

na defesa dos Açores

Trabalhar mais e melhor, não

esquecendo as boaspráticas de gestão e uma

especial atenção ao ambiente, são as apostas

do Grupo Bensaudepara 2005.

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vista, existe todo um trabalho interno, de natureza comercial,operacional, tecnológica, ambiental e de serviço que requeresforços redobrados antes de se poder pensar em novosinvestimentos. Por outro lado, a realidade turística nos Açorestem-se alterado profundamente ao longo dos últimos anos.Refiro-me ao forte crescimento da oferta, que passou em trêsanos de pouco mais de 3000 para 9000 camas mas tambémao crescimento e diversificação da procura, com um aumentoconstante dos mercados emissores da Escandinávia e consequenteredução do peso do mercado nacional. Este fenómeno, bemcomo a forte dependência em relação a um reduzido númerode operadores, está a alterar o panorama do turismo nos Açorese acarreta consequências ora positivas ora negativas. Julgo queos empresários e investidores locais necessitam, antes de mais,de trabalhar no sentido de efectuarem alguns ajustamentosoperacionais a esta nova realidade bem como envidar esforços,em conjugação com o Governo Regional dos Açores, paradiversificar a procura e colocar o produto ‘Açores’ num segmentode mercado mais elevado.

Quais são os segmentos de mercado para que trabalhame que serviços vos diferenciam? Continuamos a ter uma clientela diversificada, quer em termosde clientes nacionais quer de clientes internacionais. Mas,conforme acabo de referir, também no nosso Grupo se temverificado uma crescente e maior dependência do mercadoestrangeiro, em particular dos países escandinavos. Dumamaneira geral, com a rápida transformação do sector, as nossastaxas de ocupação têm vindo a baixar, situando-se hoje, emmédia, no patamar dos 50%. Esta deterioração tem sidoacompanhada por uma redução gradual dos preços médiospor quarto, o que reflecte algum desequilíbrio entre a ofertae a procura e remete para a prudência. Voltando à nossa cadeiae aos seus 9 hotéis actualmente em exploração, penso que omercado reconhece o profissionalismo e a experiência de quemfoi pioneiro nos Açores neste sector de actividade. E que, apesardas condições mais adversas que se verificam hoje em termosde concorrência interna e externa, temos procurado manterpadrões de qualidade e de serviço que nos posicionampositivamente no mercado.

Gerir bem sem esquecer o ambientePráticas de boa gestão são, com certeza, um objectivosempre presente. Quais foram os resultados obtidos noexercício de 2004? No nosso Grupo existe uma tradição hoteleira que se traduzna padronização de boas práticas de gestão e de serviço. Noentanto, do meu ponto de vista, há que procurar uma constantemelhoria do desempenho, o que no actual contexto comercialconstitui um árduo desafio. Os resultados do Grupo quereflectem as condições mais adversas em que decorre estaactividade na Região Autónoma dos Açores requerem maioreficiência na gestão, a par da manutenção de níveis ambiciososde serviço. Tanto mais que neste sector de actividade, o cliente(que é quem mais ordena) tem expectativas cada vez maiselevadas em termos de serviço.

E práticas de gestão ambiental, implementam? Temos procurado introduzir, progressiva e sistematicamente,práticas de gestão ambiental num crescente número de unidades.Este objectivo, que consideramos estratégico, resulta dumasensibilidade natural e empresarial para as questões ambientaise também para a leitura que fazemos do património das ilhasdos Açores neste domínio e da consequente necessidade dodesenvolvimento turístico ser respeitador da preservação e dadefesa do ambiente. Constituímos um Departamento daQualidade, que tem vindo a orientar as prioridades que vamosprosseguindo, hotel a hotel, neste domínio. Para além dosdirectores das respectivas unidades, que naturalmente estãodirectamente envolvidos na definição e implementação dasmedidas necessárias, verificamos que um número crescentedos nossos colaboradores se tem vindo a interessar e a revelarsensível a este objectivo.

“Os operadores são sensíveis àexistência da certificação nos

hotéis com que trabalham”

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> ENTREVISTA ANTÓNIO CASTRO FREIRE, administrador do Grupo Bensaude

O Terceira Mar Hotel, unidade de 4 estrelas situada na IlhaTerceira, recebeu no passado mês de Outubro a CertificaçãoAmbiental de acordo com o Regulamento (CE) nº 761/2001do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Marçode 2001, sendo o primeiro hotel do país com SistemaComunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS).É também o único hotel da Região Autónoma dos Açorescom Certificação/Verificação Ambiental de acordo com aNorma NP EN ISO 14001:1999. A SGS colaborou como Grupo Bensaude e atribuiu os certificados.

Por que avançaram no Terceira Mar Hotel com a Cer-tificação Ambiental EMAS? No caso do Terceira Mar Hotel verificam-se os pressupostoshá pouco enunciados. Mas, tratando-se de uma unidadeque foi concebida e construída recentemente, foi-nos maisfácil integrar estas preocupações no próprio projecto edefinir que a certificação ambiental EMAS passasse a serum objectivo a realizar assim que possível, depois daabertura do hotel. E assim foi, o que reflecte igualmentea importância de que se revestem as questões ambientaisnuma cidade Património Mundial da UNESCO bem comoa localização da unidade em zona privilegiada junto à orlamarítima. Finalmente, devo referir que este nosso objectivofoi igualmente apoiado por um prémio de realização com-participado pelo Governo e pela UE.

É um objectivo para estender às restantes unidades?Quando? Procuramos implementar o mesmo tipo de práticas nasnossas restantes unidades. E temos dado passos importantes

em termos de certificação da qualidade nas unidades maisrecentemente inauguradas pelo Grupo, quer na Horta,com o Hotel do Canal, quer em Ponta Delgada, com oHotel Marina Atlântico. Estamos também a trabalharpara idêntico objectivo no Hotel Açores Atlântico. Nãopodemos, no entanto, ignorar que são processos morosose complexos, em particular em unidades concebidas hájá longos anos, quando ainda não existiam semelhantespreocupações e quando as soluções adoptadas em termosconstrutivos e operacionais se afastavam dalguns requisitosnecessários à certificação da qualidade. Devemos, porisso, considerar que se trata de um objecto importantea nível de Grupo mas que requer soluções e calendáriosdiferenciados.

Quais os objectivos concretos que convenceram osresponsáveis a optar e a investir nesta certificação?Há já algum retorno de que se possa falar? Trata-se de uma postura global, verificando-se ao níveldo Grupo Bensaude iniciativas indiciadoras da nossapreocupação ambiental também noutros sectores deactividade. Mas, conforme referi, no caso específico doturismo esta preocupação tem uma particular relevânciae deve ser entendida como um contributo para a preservaçãodo ambiente que associamos, claramente, ao tipo deturismo que idealizamos para os Açores. Neste contexto,verificamos que alguns operadores são sensíveis à existênciada certificação nos hotéis em que trabalham e estouconvencido que este fenómeno vai influenciar positivamenteo sector, dadas as preocupações crescentes da opiniãopública neste domínio.

O Terceira Mar Hotel é a única unidade turística que nos Açores ostenta a certificação ISO 14001, como símbolo de mais qualidade, melhor ambiente!

Ambiente ‘protegido’ com o EMAS

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Éuma boa notícia para as empresas, para os esta-belecimentos de ensino e para os investigadoresportugueses. Entre financiamentos comunitários

(FEDER e FSE), do Estado português e do investimentoprivado, o Programa Operacional Ciência e Inovação2010 (POCI 2010) contempla 1 298 336 milhares deeuros a despender até final de 2006.O programa, integrado no III Quadro Comunitário deApoio e estabelecido com base no Plano de DesenvolvimentoRegional 2000-2006, está estruturado em sete eixosprioritários (cada qual com medidas de acção definidas)e tem três objectivos principais: promover a maior articulaçãoe o aproveitamento de sinergias entre as instituições deensino superior e o sistema científico nacional, potenciaros resultados dessa articulação através do reforço doenvolvimento das empresas, por forma a promover o

desenvolvimento tecnológico e a inovação e, ainda,promover o papel que cabe ao conhecimento científico etecnológico nas políticas públicas e no desenvolvimentoregional. A gestão dos fundos do POCI compete ao Gestor doPrograma e, em algumas das medidas de acção, à Agênciade Inovação (AdI) e à Fundação para a Ciência e Tecnologia(FCT). Estas duas instituições participam igualmentenoutros programas comunitários como o Praxis XXI(Intervenção Operacional Ciência e Tecnologia) e o POSI(Sociedade de Informação), e, inclusive, em consórcios quetêm por missão promover a inovação empresarial atravésda transferência internacional de tecnologia. Exemplo desteúltimo é o Centro Português de Inovação, que, além daAdI, integra o INESC-Porto e a TecMinho-AssociaçãoUniversidade-Empresa para o Desenvolvimento.

> CIÊNCIA TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

Programação Financeira POCI 2010Unidade: Euro

Despesa pública total Fundos Comunitários Nacionais Financiamento privado1 247724 170 712911598 534 812572 50 612 710Custo Total 1 298 336 880

Fonte: POCI

Ciência e tecnologiacom fundos públicos reforçados

A Comissão Europeia aprovou alterações ao ProgramaOperacional Ciência e Inovação 2010 que representamum reforço de 518 milhões de euros no financiamentoda ciência, inovação, ensino superior e formação.

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AAgência de Inovação (AdI) é uma das entidadesresponsáveis pela gestão dos dinheiros públicos quesão canalizados para I&DT em Portugal. Como?

Financiando a constituição de equipas de pessoas comcompetências em I&DT nas empresas ou a contratação demestres e doutores por parte das empresas, por exemplo.Ambas as medidas têm um duplo objectivo. Por um lado,dotam as empresas de quadros qualificados e, por outro,garantem emprego em Portugal aos quadros (mestres edoutorados) em ciência e tecnologia, áreas consideradasfundamentais para o desenvolvimento do país.A AdI promove, igualmente, a dinamização da transferênciade tecnologia e de I&D científico e tecnológico entreempresas e instituições de investigação científica, apoia acriação de novas empresas de suporte tecnológico (NEST)e projectos de investigação e desenvolvimento promovidospor consórcios entre instituições de investigação científicae tecnológica e as empresas (DEMTEC, NITEC, IDEA).Em 2004, a AdI contratou um total de 43 projectos noâmbito dos programas DEMTEC (4), IDEA (29) e NITEC(10), onde estão presentes empresas e associações dos maisvariados sectores de actividade. Os moldes, os têxteis, ocalçado, o vidro, a indústria de componentes e as comuni-cações estão em destaque neste conjunto de projectos. Noque respeita a instituições de investigação, entre outras,salientam-se a Universidade do Minho, as Faculdades deEngenharia e de Ciências da Universidade do Porto, aUniversidade de Aveiro e o INESC-Porto.A base de dados de projectos I&D em consórcio aprovadosem concursos geridos pela AdI com financiamentos dosProgramas PRAXIS XXI, POCI e POSI está disponível paraconsulta no site na internet, assim como uma vasta gamade informação relativa à sua actividade.

Esta instituição é também responsável pela gestão daparticipação portuguesa em iniciativas de internacionalizaçãode I&D empresarial (EUREKA, EUREKA-ÁSIA e INE-ROEKA) e tem permanentemente a concurso estágios deformação de engenheiros no CERN - Laboratório Europeude Partículas, e na ESA - Agência Espacial Europeia.O capital da Agência de Inovação é detido em partes iguaispelo Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior,através da FCT- Fundação para a Ciência e Tecnologia(50%), e pelo Ministério das Actividades Económicas,através do IAPMEI (25%) e da PME Investimentos (25%).

Projectos I& D em consórcioFonte Financiamento Nº de Candidaturas Nº Proj. aprovadosInternacionalização I&D 26 7POCTI 185 66POSI 101 53PRIME 3.1 IDEA (1ª Chamada) 93 processo a decorrerPRIME 3.1 IDEA (2ª chamada) 52 processo a decorrer

Fonte: Agência de Inovação

Bolsas para estágiosem organizações científicas internacionais

CERN ESA ESOCandidaturas 1996-2003 156 123 37Bolsas aprovadas 102 66 13

Bolsas aprovadas CERN ESA ESO1996 2 - -1997 10 - -1998 10 7 -1999 11 2 -2000 12 7 -2001 14 7 12002 33 43 52003 10 - 7Total 102 66 13

Fonte: Agência de Inovação

Uma sociedade de capitais públicos que tem por missão facilitar e fomentar as relações entre as empresas

e o universo da investigação científica e tecnológica.

Agência de Inovação

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AUniversidade de Aveiro (UA) é a única instituiçãoportuguesa que integra o European Consortium ofInnovative Universities (ECIU), uma associaçãointernacional que reúne algumas das mais inovadoras

e empreendedoras universidades da Europa. E é, seguramente,uma das que em Portugal atribui maior importância aoincremento da inovação e de uma cultura de excelência nodomínio da investigação científica. Em 1994, fundou o Instituto de Investigação, um órgãodinamizador, consultivo e executivo da investigação científica,presentemente constituído por 15 Unidades de Investigação(UIs) e três Laboratórios Associados (CICECO, CESAM e IT)em áreas como a biologia, o ambiente, as línguas, a mecânica,a educação, as geociências, a física, a electrónica e a telemática,a matemática, a química, a comunicação e a arte, o planeamentodo território e as telecomunicações. Em 2002, 75% destas UIs obtiveram a classificação ‘excelente’e ‘muito bom’ nas avaliações externas promovidas pelo então

Ministério da Ciência e Ensino Superior (MCES). O estatutode Laboratório Associado resulta também do reconhecimentopelo MCES da qualidade e do interesse estratégico da actividadeque desenvolvem, até porque o CICECO (Centro de Investigaçãode Materiais Cerâmicos e Compósitos), o CESAM (Centrode Estudos do Ambiente e do Mar) e o IT (Instituto deTelecomunicações) são considerados centros de referência anível nacional.

Aumentar ligações às empresasDiversificar a ligação da universidade ao universo empresari-al português surge, por isso, como um dos maiores objectivosdesta instituição, que no passado recente deu origem a diferen-tes plataformas de entendimento, designadamente entre la-boratórios e empresas, fornecendo serviços específicos e re-cursos humanos altamente qualificados para o desenvolvi-mento de projectos de investigação e de criação de novos pro-dutos.

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> PARCERIA BEM SUCEDIDA

Universidade de AveiroSaber pensar para saber fazer

SGS e Universidade de Aveiro unidas na inovação

A SGS e a UA estão também a trabalhar conjuntamente.Esta parceria teve início em 2004 com a realização de doisestágios curriculares que visam desenvolver novasabordagens de avaliação de equipamentos e instalaçõesindustriais numa perspectiva de potenciar o negócio etornar pragmática a função manutenção. O projecto ToFD (Time of Flight Difraction), que decorreaté final do ano lectivo, encontra-se numa fase deimplementação e desenvol-vimento estratégico do ne-gócio, depois de uma pri-meira fase dedicada à pre-paração e recolha de dados.Importa esclarecer que oToFD é uma tecnologia queintegra ultra-sons semi--mecanizados e que permitesubstituir muito do controloradiográfico que actualmentese empreende, com ganhos de produtividade e segurançapara as pessoas envolvidas. O resultado deste en-saio/tecnologia agrega o valor da evidência do controlo

radiográfico com a eficácia e segurança da tecnologia dosultra-sons. O segundo estágio intitula-se RBI (Risk Based Inspections)e está no início do trabalho de campo. O RBI é um métodode abordagem ao risco dos equipamentos de uma instala-ção tipicamente petroquímica, química, energética oumesmo papeleira. O seu objectivo é tentar tornar objectivaa função inspecção de equipamentos envolvidos e, como

tal, reformula a função manutenção, sobo ponto de vista do risco, tendo em con-sideração a probabilidade de falha e aconsequência desta, bem como os mé-todos de degradação destes equipa-mentos.Ambos os projectos são inovadores,uma vez que se tratam de abordagensainda não desenvolvidas em Portugalno campo da análise de riscos industriaise integridade de equipamentos. São

‘cost effective’, mas carecem de dedicação e desen-volvimento adaptado à realidade de cada cliente ou equi-pamento.

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À Revista SGS Global, Francisco Vaz, presidente do Institutode Investigação da Universidade de Aveiro, disse que esteintercâmbio vai continuar, inclusive de forma mais aprofundada,porque “é determinante para o avanço da ciência e da tecnologiaem Portugal”.As receitas próprias e o financiamento proveniente da Fundaçãopara a Ciência e Tecnologia e da Comissão Europeia têmsustentado os trabalhos já desenvolvidos, bem como a contínuadisponibilidade da Universidade de Aveiro para levar mais longea aposta pluridisciplinar que encetou no domínio da investigaçãocientífica e que assenta, sobretudo, na aquisição de equipamentossofisticados, na contratação de cientistas de elevado mérito e naintegração de jovens licenciados que demonstram capacidadee apetência para o desenvolvimento de projectos inovadoresaplicáveis ao desenvolvimento económico-empresarial.

Consolidar as actividades e os projectos em curso e lançar novasáreas de investigação, é, seguramente, o caminho por que vaiseguir esta universidade. Francisco Vaz é, a este respeito,peremptório: “estamos tremendamente envolvidos em projectosde grande valor no domínio da nanotecnologia, da bioinformática,da biologia molecular, da química farmacológica, da imagiologiaclínica, e perspectivamos criar ainda este ano um laboratórioligado ao ambiente e ao mar”. E porquê? Porque, diz o mesmoresponsável, “apesar das dificuldades, estou optimista e sei quetemos de investir fortemente na formação e na investigação dequalidade para nos aproximarmos das referências internacionais.Todo o trabalho da Universidade de Aveiro será feito nessesentido”.

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O lançamento, no início de Março, da Super BockTwin, cerveja sem álcool, ilustra bem esta apostaestratégica. O investimento no desenvolvimentodo produto situa-se entre 3 e 5 milhões de eurose, segundo a Unicer, só se justifica se as vendasda Super Bock Twin no primeiro ano de comer-cialização atingirem, no mínimo, 5 milhões delitros.Além de Portugal, a Unicer está a contar com omercado espanhol, para onde será exportada anova cerveja sem álcool.A criação do projecto NITECER - Núcleo deInvestigação e Desenvolvimento Tecnológico,integrado na Direcção da Qualidade, Inovação eDesenvolvimento, e resultante de um protocoloestabelecido com a Agência de Inovação (AdI), éoutro bom exemplo. O NITECER é encarado comouma oportunidade para criar nas empresas doGrupo um ambiente propício ao desenvolvimentode tecnologias, processos e produtos inovadorese, ao mesmo tempo, para aglutinar todos osprojectos de investigação em curso, nomeadamenteno que respeita ao desenvolvimento de projectosde investigação aplicada em parceria com entidadesdo sistema científico nacional. No final de 2004, a Unicer viu concretizado o apoioao projecto BEERVOLT, financiado pelo ProgramaIDEA da AdI (um programa dedicado à investigaçãoe desenvolvimento empresarial aplicado) edesenvolvido em parceria com a Faculdade deCiências da Universidade do Porto e com a CAI -Controlo e Automação Industrial. O objectivo é ode desenvolver um novo método para controloda voltametria do processo de fermentação dacerveja e a patente já está registada.

I&D na UnicerUma aposta permanente

Em 2004, a Unicer - Bebidas dePortugal SGPS, SA, vendeu 703,3

milhões de litros de bebidas e facturou449,2 milhões de euros. O investimento

em inovação e I&D é uma vertenteestratégica da sua competitividade

Exemplos que marcam

� Instituto de Telecomunicações, em parceria com a PT Inovação, desde 1991

� Laboratório de I&D na área dastelecomunicações, designadamente nos domínios das comunicações ópticas e móveis, a desenvolver em 2005 no âmbito de um protocolo assinado entre a Universidadede Aveiro e a Siemens, SA

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Éuma inovação portuguesa, com certeza! O sistemaelectrónico de cobrança de portagens, conhecido porVia Verde, foi desenvolvido pela Brisa - Auto-Estradas

de Portugal no início dos anos 90. O sucesso foi tão expressivodesde o início que a ‘proeza’ não passou despercebida alémfronteiras. A Via Verde foi distinguida com o Toll InnovationAward (prémio para a inovação em portagens) da InternationalBridge, Tunnel and Turnpike Association, uma associaçãomundial que agrega operadores de portagens e indústriasassociadas.

Em 1995, quando a Brisa avançou para a segunda fase daVia Verde, marcada pela necessidade de fazer funcionar a tele-portagem em sistema fechado (a taxa de portagem é calculadaem função da classe do veículo e do percurso efectuado), opaís ficou de novo em destaque. Portugal foi considerado,então, o primeiro país do mundo a dispor de um sistemaelectrónico de cobrança de portagens universal, extensível àtotalidade da sua rede de auto-estradas e pontes com portageme acessível a qualquer pessoa. Catorze anos volvidos, o sistema Via Verde está operacionalem todas as auto-estradas e pontes com portagem em Portugal,sejam estas da rede Brisa (A1, A2, A3, A4, A5, A6, A9, A10,A12, A13 e A14 – totalizando uma rede concessionada com1106 km de extensão, dos quais 1056 km encontram-se jáem exploração), Auto-Estradas do Atlântico (A8 e A15), Auto-Estradas do Norte (A7 e A11) ou Lusoponte (Ponte 25 deAbril e Ponte Vasco da Gama). Em Janeiro de 2005, a Via Verde registou 1,64 milhões deutilizadores (o que significa que um em cada 2,5 veículos emPortugal dispõe deste sistema) e realizou mais de meio milhãode transacções por dia. A Via Verde, além de sistema pioneiro,

é líder na Europa, apresentando a maior taxa de penetraçãopor 1000 habitantes. Em Portugal existem 160 identificadorespor 1000 habitantes, enquanto que a Telepass (Itália) regista66 e a Liber-t (França) apenas 15 identificadores, na mesmaproporção.O próximo ano pode marcar a internacionalização do sistema.Tudo indica que os automobilistas portadores da Via Verdepoderão circular sem parar nas auto-estradas espanholas,francesas, italianas e austríacas, sendo o montante das portagensdebitado nas respectivas contas bancárias. Neste momento,

a Brisa, Auto-Estradas de Portugal, que já demonstrou acompatibilidade tecnológica da Via Verde com os váriossistemas análogos em vigor nas auto-estradas europeias, procuraresolver os detalhes contratuais com os operadores daquelespaíses. Se tudo correr como perspectivado, as negociaçõesficarão concluídas no final do presente ano e, 2006, assinalaráo arranque da nova funcionalidade do sistema Via Verde.Em Portugal, as mais-valias desta inovação continuam aconquistar clientes. Para além das auto-estradas e pontesreferidas, este sistema inédito aplica-se hoje a outros domínios,designadamente aos da regulação do acesso a quatro bairroshistóricos em Lisboa e ao pagamento electrónico em 74postos de combustíveis e em 14 parques de estacionamento.A Brisa planeia ainda alargar a utilização desta tecnologia aocontrolo do acesso a estacionamentos corporativos e mesmoa zonas de estacionamento de condomínios privados,substituindo as conhecidas chaves electrónicas que nãogarantem segurança pela facilidade de duplicação. Assimsendo, a crescente aplicação deste suporte de pagamentoelectrónico noutros domínios abre novas perspectivas aonegócio da Via Verde.

> INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Via VerdeUma inovação portuguesa, com certeza!

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ASGS propôs. O presidente da Câmara ouviu,analisou e convidou os restaurantes das Furnas aintegrarem uma iniciativa de valorização da suamaior fonte de rendimento económico – o cozido,

feito e apurado com o calor que brota da terra quenteaçoriana.Para Francisco Álvares, presidente da Câmara Municipalda Povoação, concelho de Ponta Delgada, trata-se de umprojecto cujos objectivos são óbvios: “a valorização doCozido das Furnas, um prato tradicional e de grandemediatismo entre todos quantos visitam os Açores; asalvaguarda das suas características e a valorização dosrestaurantes que cumpram os requisitos exigidos peloControlo Private Label”. Aos restaurantes aderentes “será atribuída uma marca(imagem) criada para o efeito, que informará os consumidoresda genuinidade do cozido, assim como da garantia daqualidade e segurança alimentar do produto consumido”,enfatiza Francisco Álvares, que acredita estar, desta forma,a contribuir para o desenvolvimento do concelho a quepreside e, sobretudo, dos empresários da restauração queaí trabalham diariamente. Empresários que parecem teraderido facilmente à iniciativa e estarem igualmenteinteressados na melhoria da confecção e apresentação doseu prato principal.Recorde-se que o Controlo Private Label foi desenvolvidopela SGS, enquanto Organismo Independente de Controlo,para apoiar sistemas ou produtos que pretendem enfatizar,demonstrando inequivocamente, o seu valor qualitativomas que não são reconhecidos pelos sistemas de controlooficiais. Baseia-se em auditorias às diferentes unidadesenvolvidas no processo de confecção e/ou produção,garantindo a uniformidade e o cumprimento das especificaçõesdescritas num documento a conceber para o efeito, intitulado‘especificação técnica’.

Passos seguintesPara que esta marca possa distinguir e valorizar o Cozidodas Furnas, a Câmara Municipal da Povoação, que apoiafinanceiramente este projecto, está agora a proceder aoregisto da inscrição dos restaurantes interessados em fazerparte deste projecto. Só depois a SGS, através da equipade que dispõe nos Açores, pode prosseguir com o desen-volvimento da ‘especificação técnica’, das auditorias aosestabelecimentos, das análises ao produto e, finalmente, daentrega da marca aos dignos merecedores.Como data previsível em que esta entrega venha a acontecer,Francisco Álvares aponta o final de 2005, sendo que oprojecto será amplamente divulgado na Mostra Gastronómicaa realizar nos dias 7, 8 e 9 de Maio, na Povoação.

> DEFENDER A GASTRONOMIA TRADICIONAL

Quem visita os Açores, acaba por comer, com gosto, um cozido especial feito nas Furnas,

um prato típico e suculento que a autarquia da Povoação quer ver valorizado.

Cozido das FurnasPrivate Label valorizaproduto genuíno

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> Francisco Álvares, Presidente da Câmara Municipal da Povoação

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Apesar da fraca tradição da prática do golfe pelosportugueses, o seu potencial como mercadoconsumidor revela-se cada vez maior. Pelascondições climatéricas e pela qualidade da oferta,

Portugal tornou-se, em pouco tempo, o segundo destinopreferido entre os países com maior número de praticantesna Europa. Actualmente existem 72 campos de golfe em actividade,mas a oferta deverá crescer até 2020, em virtude da existênciade campos em construção e de alguns processos delicenciamento em fase adiantada de avaliação. O Algarvecontinua a assegurar todas as preferências, tanto ao nívelda oferta como da procura, sendo nesta região do país quese encontram localizados mais de metade dos percursosportugueses de golfe, alguns deles cotados entre os principaiscampos europeus e mundiais, dada a qualidade dos seusdesenhos e da sua manutenção. A par da criação de infra-estruturas, cresceu também onúmero de praticantes, na sua maioria estrangeiros, querepresentam mais de 60% do total dos utilizadores. AFederação Portuguesa de Golfe (FPG) tem cerca de 20 milfiliados (entre portugueses e estrangeiros residentes), 40%dos quais estão inscritos nos clubes do Algarve. Os 22 campos de golfe da região de Lisboa estão tambémbem cotados no ranking nacional e internacional, de talmodo que a chamada costa de Lisboa (Praia d’el Rey aTróia) foi eleita pela International Association of Golf TourOperators (IAGTO) como o melhor destino de golfe em2003. A visibilidade crescente que o produto golfe temregistado nos últimos tempos na região de Lisboa resulta,sobretudo, de uma oferta turística diversificada e comcaracterísticas muito próprias. Além de praia e patrimónionatural, a região de Lisboa alia cidade e negócios, patrimóniohistórico e cultural. O golfe assume-se neste quadro nãosó como um complemento mas também como pólodinamizador da oferta turística.

A vitalidade do golfe no país estende-se ainda à zona norte,bem como à Madeira e aos Açores, onde as característicasnaturais favorecem de maneira única a prática do golfeem campos excelentemente localizados e rodeados decenários naturais paradisíacos.

Campos públicos aumentam número de praticantesDe um modo geral, o praticante de golfe tem rendimentosacima da média. Contudo, esta realidade pode sofreralterações substanciais com a criação de campos de golfepúblicos em Portugal. O ano de 2005 pode, inclusive,marcar já esta diferença, uma vez que a Federação Portuguesade Golfe prepara-se para dar início, ainda este ano, àconstrução do Campo de Golfe do Jamor, o primeiro nopaís a assumir o estatuto de campo público. Com aconcretização deste projecto, orçado em 4 milhões deeuros, Pedro Vicente, secretário-geral da FPG, acreditaque “a prática do golfe será, finalmente, promovida juntode toda a população”. Manuel Agrellos, presidente damesma Federação, insiste na necessidade de se entendero golfe numa perspectiva mais abrangente e de avaliar oseu impacto na economia nacional, por forma a gerarmaior retorno para o país e efeitos multiplicadores paratodas as áreas de negócio directamente ligadas ao turismo.

> QUALIDADE APRECIADA LÁ FORA

Golfe internacional escolhe Portugal

SGS PIONEIRA EM PORTUGALCampos com certificação ISO 14001

• The Old Course (Lusotur Golfes)• Pinhal Golf Course (Lusotur Golfes)• Laguna Golf Course (Lusotur Golfes)• Millennium Golf Course (Lusotur Golfes)• Victoria Clube de Golfe (Lusotur Golfes)• Salgados Golfe• Belas Clube de Campo

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AUEFA atribuiu ao Euro 2004 o título de “melhorCampeonato da Europa de sempre”, reconhecendo,deste modo, a capacidade organizativa dosportugueses em eventos de nível mundial. A par

da organização, a UEFA elogiou também a capacidade dasautoridades e dos clubes, por se terem empenhado namodernização das infra-estruturas em que decorreram todosos jogos, quer através da construção quer da requalificaçãodos estádios necessários para o efeito. Com a sua construçãoganharam as empresas, ganharam os clubes e ganham osadeptos, que no futuro podem usufruir de instalações maisconvidativas e confortáveis. A estas mais-valias, acresce ofacto deste evento ter trazido até Portugal 1 165 192 adeptosde várias nacionalidades, ou seja, um número significativode turistas que poderão, no futuro, escolher o país comodestino de férias. Aliás, de acordo com dados divulgadospela Direcção Geral do Turismo, 75% das pessoas quevisitaram Portugal pela primeira vez “ficaram encantadas”e, destas, “88% perspectiva regressar nos próximos cincoanos”. Bom prenúncio, portanto, para o sector do turismo!

Um clube, dois jogadorese um treinador de excepçãoA par do Euro, e também em 2004, Portugal viu um dosseus maiores clubes brilhar em casa e lá fora. O FutebolClube do Porto (FCP), que é pentacampeão nacional, temassumido um protagonismo ímpar na cena internacional,sendo o clube português com mais troféus conquistados

no exterior: duas vezes Campeão da Europa, uma TaçaUEFA, duas Taças Intercontinentais e uma SupertaçaEuropeia. Aos triunfos colectivos deste clube, juntam-se osindividuais, sendo justo relembrar que Vítor Baía foiconsiderado, pela UEFA, o melhor guarda redes europeuda temporada 2003/2004, e Deco, Jogador Europeu doAno 2004. Recentemente, o português José Mourinho, ex-

treinador do FCP e actual treinador do Chelsea, foi eleitoo melhor treinador do mundo em 2004 pela FederaçãoInternacional de História e Estatística de Futebol (IFFHS),com uma vantagem inédita sobre o segundo classificado.Acresce que já em 2005 o FCP foi distinguido pelo Governoportuguês com a Medalha de Mérito Turismo de 1º Grau,justamente por “levar o nome de Portugal a todo o mundo”e também porque “as suas vitórias fazem bem ao ego

> PRESENÇA DE DESTAQUE NO DESPORTO

Futebol, atletismo, surf ebodyboard são algumas dasmodalidades desportivasque mais têm contribuídopara valorizar a imagemde Portugal no exterior.

Desportodo ‘nosso’ contentamento

> José Mourinho, treinador do Chelsea e Sérgio Paulinho, ciclista da Liberty Seguros em Espanha

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português”, disse Telmo Correia, então ministro do Turismo,na cerimónia de atribuição desta medalha.No último ano, a alta competição portuguesa esteve tambémem destaque nos Jogos Olímpicos de Atenas. Francis Obikwelu(atletismo) e Sérgio Paulinho (ciclismo) regressaram comduas medalhas de prata, e Rui Silva (atletismo) com uma debronze. Já em Março deste ano, Naide Gomes sagrou-se campeãeuropeia de salto em comprimento em pista coberta, emMadrid. Para além da medalha de ouro, a atleta estabeleceuum novo recorde nacional da modalidade, com a marca de6,70 metros. Mas em Portugal há outras áreas emergentes na actividadedesportiva. O surf e o bodyboard são dois bons exemplos.Neste domínio importa sublinhar a prestação do jovem atletaFrederico Morais (campeão nacional de Surf Sub 14 e vice--campeão mundial de Surf Sub -14) e de João Barciela(campeão europeu de Bodyboard Sub 18).Telma Monteiro, por seu lado, que é judoca do CCD dasConstruções Norte-Sul (Feijó) e actual campeã da Europade Sub 20 (-52 quilos), conquistou no final de 2004 a medalhade bronze no Campeonato Mundial de Juniores, realizadoem Budapeste.Na ginástica, Nuno Merino, atleta do Lisboa Ginásio Clube,conquistou na final dos Jogos Olímpicos de Atenas, namodalidade de trampolins, um honroso 6.° lugar para Portugal,tendo ficado a escassas milésimas do terceiro classificado.Recorde-se que Nuno Merino foi o primeiro ginasta portuguêsa participar nesta disciplina nos Jogos Olímpicos, graças aosseus bons resultados no Campeonato Mundial da modalidade.

Diferenças que “brilham” Também os atletas paralímpicos “conquistaram a atençãoe o carinho” do país em 2004, ano que se revelou de grandeimportância para os atletas portadores de deficiência. OEstado português atribuiu, pela primeira vez, aos atletasparalímpicos bolsas de preparação desportiva em cincomodalidades (atletismo, boccia, ciclismo, futebol de sete enatação). O protocolo assinado entre a Federação Portuguesade Desporto para Deficientes, o Instituto do Desporto dePortugal e o Secretariado Nacional de Reabilitação e Integraçãoda Pessoa com Deficiência não incluiu apenas os atletas, osapoios foram igualmente extensíveis aos atletas-guias, aosacompanhantes técnicos e aos treinadores. Na XII edição dos Jogos Paralímpicos Atenas’04 a missãoportuguesa, constituída por 41 atletas de seis modalidades(atletismo, basquetebol, boccia, ciclismo, equitação enatação), conquistou 12 medalhas: duas de ouro, cinco deprata e cinco de bronze. O boccia foi a grande surpresa. Aelevada performance dos atletas portadores de paralisiacerebral valeu a Portugal seis medalhas (duas das quais deouro). Outro feito a sublinhar foi a estreia portuguesa nasprovas de equitação. Agora, as atenções dos atletas portugueses portadores dedeficiência estão voltadas para Pequim 2008. Até lá, a apostaconsiste no trabalho científico e sistemático para alcançaremresultados tão bons ou melhores do que os de 2004. EPortugal, diz quem sabe, poderá, se o quiser, atingir aexcelência dos outros países. Basta que, pela positiva e comconfiança, acredite e apoie o desporto de alta competiçãopara cidadãos deficientes.

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A UEFA atribuiu ao Euro 2004 o título de “melhorCampeonato da Europa de sempre”

Pela primeira vez, o Estadoportuguês atribuiu aos atletas

paralímpicos bolsas depreparação desportiva.

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Foi assim com este mestrado, que é inovador, cien-tificamente comprovado e propiciador de uma integraçãoaltamente profissionalizante na empresa onde já setrabalha ou noutra pela qual se venha a optar.

Rui Cordeiro, director da SGS nos Açores, diz que a ideiasurgiu da “vontade de passar à prática o discurso sobre aligação universidade/empresa” e também da possibilidade,enquanto Grupo empreendedor que é, “da SGS se empenharactivamente na maior e na mais diversificada profissionalizaçãodos quadros açorianos”. Para tal, não hesitou em contactara Universidade dos Açores, instituição credenciada econceituada internacionalmente em áreas como a biologiae a medicina, e de envolver neste projecto as empresas maisrepresentativas do arquipélago, transformando-as em ‘grandespatrocinadores’. Porque, como o próprio insiste, “só assimé possível criar massa crítica capaz de desenvolver a economiaregional e capaz de pôr as empresas açorianas, inclusive asde menor dimensão, a trabalharem de acordo com as maismodernas técnicas e ferramentas de gestão”.

Prático, conciso e potencialCom uma carga horária que ronda as 760 horas, divididaspor dois anos lectivos, este mestrado abriu portas emOutubro de 2004, nas instalações da universidade em PontaDelgada, integrando mestrandos com licenciaturas emengenharia, ciências biológicas, ciências da terra, química,

economia e gestão. As aulas decorrem em horário pós--laboral, de segunda a sexta, com seminários ao sábado,estando previstos workshops que propiciem uma relaçãoconcreta e profícua entre os mestrandos e as empresasregionais que apoiam a iniciativa. No final será, inclusive,realizado um jobshop que colocará frente-a-frente osresponsáveis das empresas e os 36 mestrandos inscritosnesta iniciativa. E haverá também tempo e lugar para umavisita às instalações da SGS em Antuérpia, na Bélgica, paraque os mestrandos possam contactar de perto com a realidademultinacional do Grupo SGS.Pensado para conferir aos seus participantes a possibilidadede desfrutarem de um percurso formativo que os conduza

A SGS Portugal tem nos Açoresuma equipa competente e

pró-activa. Num arquipélago ondeas condições económicas nem

sempre são as mais desejadas, asideias não param e os projectos

nascem para serem executados comêxito e com proveito para as

empresas que neles acreditam.

Mestrado em Ambiente, Saúde e SegurançaAcção pioneira da SGS nos Açores

Mais-Valias ou as diferençasque valem a pena !

� Participação em workshops e em jobshopsintegrados em empresas regionais;� Realização de uma viagem técnica às instalações

da SGS em Antuérpia (Bélgica);� Existência de uma linha de crédito de apoio aos

mestrandos.

> Rui Cordeirodirector da SGS nos Açores

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à obtenção de um conjunto de qualificaçõesprofissionais e académicas de elevadoreconhecimento nacional e internacional,este mestrado confere quatro graus distintosde reconhecimento: pós-graduação e graude mestre pela Universidade dos Açores;certificação como técnico superior deSegurança e Higiene no Trabalho; e re-conhecimento internacional como auditorcoordenador IRCA (International Reco-gnition of Certified Auditors).Rui Cordeiro diz que o caminho só poderiaser este. Porquê? Porque se trata de um“enorme investimento” por parte dosmestrandos, quer “em termos financeirosquer em termos de disponibilidade”, ouseja, a oferta tinha de ser de qualidadeassegurada, capaz de convencer e capaz degerar resultados práticos. Capaz, acima detudo, de proporcionar a todos os alunosque o frequentam as ferramentas necessáriaspara o desenvolvimento de uma carreiraaliciante relacionada com as actividadesde consultoria e auditoria de Sistemas deGestão de Ambiente e Segurança”, sublinhaaquele responsável.Os objectivos desta iniciativa são, por isso,

claros desde o início: potenciar a capacidadede liderança por parte da gestão de topodas organizações; qualificar quadros técnicospara desempenhar funções de gestão dosSistemas Integrados de Ambiente (NP EN14001) e Segurança Ocupacional (OHSAS18001); qualificar auditores de Sistemasde Gestão do Ambiente e Segurança; eproceder à certificação profissional detécnicos superiores de Higiene e Segurançano Trabalho (decreto-lei nº110/2000, de30/06 – componente em homologação).

Futuro promissorIniciada a primeira edição com ‘casa cheia’,a SGS e a Universidade dos Açores pensamjá no futuro. Uma segunda edição destemestrado pode ser uma das respostas,associada ao desenvolvimento de um sistemade e-learning que permita aos promotoresdesta iniciativa estendê-la a profissionaisde outras ilhas açorianas, pois é precisonão esquecer que o arquipélago tem novee que em muitas delas existem as mesmascarências, as mesmas necessidades e pro-fissionais competentes com vontade demelhorar e ampliar o seu conhecimento.

Saídasprofissionais

� Gestores de Sistemasde Gestão Integrados,nas vertentes Ambiente(NP EN ISO 14001:1999)e Segurança (OHSAS18001:1999);

� Auditores Coordenadores (reconhecimento IRCA);

� Técnicos Superioresde Higiene e Segurançano Trabalho, de acordocom o disposto nodecreto-lei n.º 110/2000,de 30 de Junho (componente em processo de homologação).

José Marques, engenheiro de profissão e responsável deprojecto das Centrais Térmicas na EDA - Electricidadedos Açores, é um dos 36 alunos que frequentam o Mes-trado em Ambiente, Saúde e Segurança ministrado nasinstalações da Universidade dos Açores,em Ponta Delgada.Questionado sobre a qualidade do mes-trado, José Marques foi peremptório: “Éútil para as funções que desempenho evai, com certeza, proporcionar-me conhe-cimentos novos e complementares, porforma a que eu me sinta mais à vontadena execução de velhas e novas tarefas”.As expectativas que tinha antes de o iniciarmantêm-se positivas, sendo que algumasdelas já as viu concretizadas, designa-damente ao nível da qualidade e daassiduidade do corpo docente e também da integraçãonum grupo de formandos variado e muito empenhadoem aprofundar conhecimentos nas áreas em análise. Aescolha feita com base na praticidade deste mestrado éalgo de que se orgulha, pois até ao momento revê-sena promessa feita inicialmente, uma vez que sente nestemestrado uma profunda ligação entre o saber e o dia--a-dia empresarial em que todos se inserem.

Retorno asseguradoEncara esta acção de formação como um investimento,do qual quer ter retorno (“investi convicto de que vouganhar alguma coisa”) e vê na intervenção da SGS um

elemento altamente di-ferenciador. “A inter-venção de uma empresadesta natureza num mes-trado universitário sópode ser positiva. Acres-centa valor e torna aacção prática e praticávellá fora, nas nossas em-presas, para além de abrirnovos caminhos profis-sionais para muitos denós. Com a SGS aqui

dentro, o clima é de maior satisfação e de interessegeneralizado”, garante.E por assim ser, José Marques diagnostica desde jáalguma longevidade a este mestrado, “designadamenteao nível da realização de edições seguintes, sobretudoporque ele cobre áreas técnicas que não estavamcontempladas em licenciaturas que são a base dodesenvolvimento económico-empresarial”.

Alunos mantêm expectativas positivas

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Satisfeito com o protocolo assinado com a SGS ecom o início do Mestrado em Ambiente, Saúde e

Segurança, Avelino de Freitas de Meneses, reitorda Universidade dos Açores, não hesita em afirmar

que este é um protocolo “frutuoso”.

Questionado sobre a vantagem desta associação e sobreo timing em que ela se verificou, Avelino de Freitas deMeneses lembra que a proposta da SGS chegou ao seugabinete num período em que a própria universidadeponderava uma reestruturação da oferta formativa. “Parao ano lectivo em curso (2004/2005) reestruturámosprofundamente a nossa oferta de ensino ao nível dagraduação, com a criação de cinco novas licenciaturas ede três ciclos básicos em áreas que consideramos estratégicasquer para o desenvolvimento do país quer para a supressãode algum atraso tecnológico sentido na região, e tambémao nível dos mestrados e das pós-graduações, em virtudeda cada vez maior necessidade de especializações em áreasque são cruciais para o desenvolvimento económico esocial do nosso arquipélago”. Isto significa que aaproximação da SGS à Universidade dos Açores surgiunuma altura propícia, aquela em que “queríamos apostaractivamente na ligação do saber às empresas e na ligaçãodos alunos às realidades do mundo do trabalho. Somosuma universidade que preza a sua abertura ao mundo,

que preza a ligação com as empresas e com os empresários,e que pretende garantir aos seus formandos a melhorintegração possível na vida activa”, sublinha Avelino deFreitas de Meneses. O mesmo responsável acrescenta,ainda, que a ligação e o protocolo com a SGS têm sido“dos mais frutuosos, uma vez que logo depois de assinadoo protocolo de colaboração se realizou um colóquio naárea da qualidade na saúde, ao qual se seguiu o início doMestrado em Ambiente, Saúde e Segurança, que, deacordo com as informações que recebo assiduamente daReitoria, está a correr muito bem”.

Credibilidade da SGS é muito importanteEncarado, pela Universidade dos Açores, como um bomprolongamento para a aposta feita no presente ano lectivona área da saúde (criação de licenciaturas nas áreas deciências biológicas e da saúde e da bio-informática; criaçãode dois ciclos básicos em nutrição – em parceria com aUniversidade do Porto – e em medicina – em cooperaçãocom a Universidade de Coimbra; e integração das Escolasde Enfermagem de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada),este mestrado é visto pelo reitor e pelo corpo docentecomo uma mais-valia para a universidade. “Este mestradoé um mestrado diferente porque é o único realizado combase numa parceria sólida e não convencional, porquese trata de um trabalho de equipa, no qual cada uma daspartes coloca o seu saber-fazer e o seu saber-pensar aoserviço de quem frequenta esta acção de enriquecimentopessoal e profissional. A universidade aposta no conhe-cimento científico e garante os ensinamentos científicostransmitidos em áreas tão delicadas como a saúde; a SGS,por seu lado, coloca ao dispor dos alunos toda a suacapacidade técnica, todo o seu saber-fazer e o seu saber--implementar. E, desta forma, ganhamos todos: nós,universidade, a SGS e os alunos, que são a parte maisimportante do nosso projecto comum. Acredito que istosó é possível porque estamos a trabalhar com uma empresade referência, com grande prestígio e com grande projecçãoalém-fronteiras”, enfatiza Avelino Freitas de Meneses.

> MESTRADO EM AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA

> REITOR ELOGIA PRAGMATISMO

Universidade dos Açores

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*Regina Tristão da Cunha é, para além da coordenadora do Mestrado em Ambiente, Saúde e Segurança, professora auxiliar do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores

Coordenadora quer ganharcom a diferença

Regina Cunha* é coordenadora doMestrado em Ambiente, Saúde e

Segurança. Satisfeita com o projecto, acredita na sua reediçãomas, para já, prefere apostar em“fazer bem o que está em curso”.

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Quais são as mais-valias diferenciadoras deste mestrado? Em primeiro lugar, a inovação, porque este mestrado resultade uma parceria entre a Universidade dos Açores e a SGSPortugal, e que se traduz numa sinergia entre competências,sobretudo de ambiente e saúde, da parte da Universidade,e de qualidade e segurança, da parte da SGS Portugal. Paraalém de ampliar o leque de formações fornecidas pelaUniversidade dos Açores, esta parceria permitiu, também,aproximá-la do mundo empresarial, institucional e dasociedade em geral, para responder a necessidades expressas,actualmente, em matéria de ambiente, saúde e segurança. Em termos curriculares, pretendeu-se fornecer boasferramentas nas três áreas do mestrado: complementos degestão empresarial, métodos quantitativos e a nuclear, deambiente, saúde e segurança.

Mas existem diferenças práticas, quando comparadocom outros que já aqui decorreram?Exactamente, sobretudo ao nível dos workshops e jobshops,que decorrem ao longo do mestrado, destinados a aproximarmestrandos e empresas/instituições. Em termos deplaneamento, este mestrado também tem algumas inovações,como a sua página web (http://www.db.uac.pt/mass/),que se tem revelado uma peça fundamental para a organizaçãodocumental da parte curricular e um veículo de comunicaçãoentre todos, abolindo a usual e desnecessária utilizaçãoabusiva de suporte em papel.

Como caracteriza a adesão dos alunos? A adesão, quer na fase de pré-inscrição quer na fase decandidatura, rondou os 50 alunos, valor manifestamentebom. A uma selecção rigorosa, seguiu-se a admissão de 36alunos, ou seja, preenchemos 100% das vagas existentes! Embora quase todos os mestrandos sejam estudantestrabalhadores, carregados de afazeres profissionais e pessoais,

a frequência às aulas é excelente, sobretudo porque elasdecorrem em horário pós-laboral, muito sobrecarregado,de quinta a sábado.

A logística deste mestrado coaduna-se com as necessidadesdos mestrandos e com as suas necessidades reais? A minha leitura é positiva, muito positiva, mas creio queos mestrandos terão a palavra crucial… Trabalhámos noplaneamento deste mestrado, e do conceito em si, durantemais de um ano, em reuniões frequentes, nas quais se foiconstituindo uma equipa mista, entre a Universidade e aSGS, assessorada por um secretariado competente. Emborapossa parecer difícil organizar as necessidades de 36 alunos,creio que tem sido possível dar respostas de qualidade aosalunos e ao corpo docente deste mestrado, nomeadamenteem termos documentais, visitas de estudo, etc.. Claro quea experiência tem provado, também, que este mestrado seconstrói a cada dia que passa. Neste contexto, serão decisivasas avaliações que os alunos fazem e farão ao mestrado emsi, quer as parciais quer as do fim deste ciclo formativo.

O que gostaria que acontecesse depois desta edição? Esta edição terminará em Novembro de 2006, com ocumprimento, de acordo com as nossas expectativas, deuma boa taxa de dissertações conducentes à atribuição dograu de mestre, pela Universidade dos Açores.A manterem-se, como tudo indica, necessidades de formaçãonestas áreas, creio que será do interesse das partes envolvidasprocederem à reedição deste mestrado. Um bom indicadorsobre o interesse gerado pelo mestrado poderá ser o factode todas as semanas nos chegarem solicitações, provenientesdo contexto regional, nacional e internacional, sobre umafutura edição do mestrado, ou sobre detalhes da edição emcurso. Mas, primeiro, é preciso fazer bem o que está emcurso.

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CertificaçãoNovos desafios da SGS

Um número crescentede empresas tem apostado na validação independente da suaresponsabilidade sociale dos seus sistemas de gestão da segurançada informação.

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Quem o diz...Pedro Ferreira, Director Técnico de Desenvolvimento de Produtos

� Triple bottom line (People, Planet, Profit)Nesta tripla visãoo desenvolvimentoeconómico, a protecçãodo ambiente e a coesãosocial sãoindissociáveis.”

� “A verificação de relatórios de sustentabilidade é outra das vertentes em expansão. A SGS é pioneira em Portugal,sendo o primeiro organismo verificadorindependente adisponibilizar um serviçoestruturado de verificação no mercado nacional.”

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Aera da globalização revolucio-nou o modo como as empresasconduzem e gerem os seus negó-cios. A transferência da pro-

dução para países em desenvolvimento,devido à mão-de-obra barata, é apenasuma das consequências mais visíveis dasmudanças operadas. Mas, simultanea-mente, as organizações estão a ser pres-sionadas para comprovarem a sua trans-parência e para se preocuparem com oimpacto global das suas actividades e políti-cas. Investidores, clientes, consumidorese opinião pública exigem que as organi-zações atendam a princípios éticos fun-damentais, como o respeito pelos direitoshumanos e dos trabalhadores. Ignorar es-tas novas e crescentes exigências pode terconsequências gravosas para a imagem daempresa e, em última análise, para o seunegócio. Aliás, os processos legais desen-cadeados contra a indústria tabaqueira oucontra as grandes companhias de fast food,constituem apenas alguns exemplos dapressão exercida pela sociedade civil. Assim sendo, a obtenção de proveitospassou a um objectivo da gestão articuladocom a responsabilidade social, que assume

um papel crescente na estratégia empresa-rial. Contudo, é preciso não incorrer noerro de confundir responsabilidade socialcom a realização de acções pontuais demecenato, as quais podem estar en-quadradas na responsabilidade social daorganização mas que, por si só, não tornamuma empresa socialmente responsável.

People, Planet, Profit!A responsabilidade social das empresasestá ligada à implementação de estratégiasde sustentabilidade que, a par do desem-penho económico e financeiro, con-templam também a preocupação com osefeitos sociais e ambientais da actividade,motivo pelo qual a expressão triple bottomline ou três P’s (People, Planet, Profit)assume importância crescente na gestãoempresarial. Nesta tripla visão, o desenvol-vimento económico, a protecção do am-biente e a coesão social são indissociáveise interdependentes. Mas como medir e avaliar o impacto sociale ambiental da empresa? Com base emque indicadores? Como quantificar, porexemplo, o impacto das críticas da opiniãopública no negócio da empresa? Elaborar

Gerir…para um mundo melhor

A obtenção de proveitos deixou de ser o objectivo último da gestão de uma organização, assumindo a responsabilidadesocial um papel crescente na estratégiaempresarial.”

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uma matriz global que reflicta a responsabilidadesocial é uma tarefa complexa. No entanto, aolongo dos anos têm surgido vários referenciais,que são utilizados pelas organizações para avaliare monitorizar a sua estratégia de responsabilidadesocial. De acordo com a International FinanceCorporation (Grupo Banco Mundial), o referencialISO 14000 é eleito por 46% das empresas anível mundial. Logo a seguir na lista depreferências surgem as Guidelines GRI (GlobalReporting Iniciative), com 36%, as convençõesda OIT (Organização Internacional da Traba-lho) (35%), o Global Compact da ONU (33%),a certificação SA 8000 (19%), e a normaAccountAbility 1000 (AA1000), 10%.

Certificar a responsabilidade socialEm1998, a SGS foi o primeiro organismo de certificaçãoa ser acreditado pela Social Accountability International(SAI), para certificar Sistemas de Gestão de ResponsabilidadeSocial, de acordo com a norma SA 8000. Esta é uma normavoluntária que se baseia em Convenções da OIT, naConvenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criançae na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Abrangenove temas, designadamente: trabalho infantil; trabalhoforçado; segurança e saúde no trabalho; liberdade deassociação e direito à negociação colectiva; discriminação;

práticas disciplinares; horário de trabalho; remunerações;e sistema de gestão. A utilização deste referencial tem conhecido um crescimentoexponencial a nível internacional. Segundo a SAI, o anopassado o número de certificados emitidos teve umcrescimento de 73%, comparativamente a 2003. Também em Portugal as preocupações com a responsabilidadesocial e o desenvolvimento sustentável das organizaçõestêm aumentado. “Apesar dos certificados emitidos seremainda em número muito reduzido, é inegável o crescimentodo interesse das empresas, de diferentes dimensões eprovenientes dos mais variados sectores, no referencial”,sublinha Pedro Ferreira, director técnico de Desenvolvimentode Produto da SGS ICS.

Verificação independente em Portugal A verificação de relatórios de sustentabilidade é outra dasvertentes em expansão. Mais uma vez, a SGS ICS é pioneiraem Portugal, sendo o primeiro organismo verificadorindependente a disponibilizar um serviço estruturado deverificação no mercado nacional. Segundo o director técnico de Desenvolvimento de Produtosda SGS, a preocupação com a credibilidade e a transparênciados dados publicados é o grande impulsionador da procuradeste serviço. “Demonstra o compromisso de uma organizaçãocom os seus stakeholders (partes interessadas), assegurandoque toda a informação publicada é verdadeira”. O serviço prestado pela SGS está sustentado em váriosreferenciais reconhecidos internacionalmente, designadamente

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> RESPONSABILIDADE SOCIAL

Benefícios da certificação/verificação independente

� Incrementar a transparência e a credibilidade da organização;� Aumentar a eficácia dos sistemas de gestão;� Valorizar a imagem da empresa;� Aumentar a confiança dos clientes e de todas as partes interessadas;� Permitir à empresa assumir responsabilidades pelos impactos relacionados com as actividades

produtivas, que podem ser controlados ou influenciados.

Top 10(correspondendo a 85% dos Certificados SA 8000 emitidos)

Itália 28%Brasil 13%Índia 13%China 12%Paquistão 7%Vietname 6%Turquia 2%Espanha 2%Polónia 2%Indonésia 1%

Fonte: SAI (www.sa8000.org)

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Organizações que afirmam que a segurança dainformação é de elevada importância para o

alcance dos objectivos da empresa.90%

Segurar a informaçãopara manter o negócio

No seu livro Business@The Speed of Though, Bill Gatesafirma que o modo como uma empresa reúne, administrae usa a informação determina o seu sucesso ou insucesso.A segurança da informação tem vindo a assumir, assim,um maior protagonismo nas organizações. Num estudorecente, conduzido pelas consultoras KPMG e Ernst &Young, perto de 90% das organizações afirmam que asegurança da informação é de elevada importância para oalcance dos objectivos da empresa e 78% vêem a reduçãode riscos como a força motriz do investimento em segurançada informação. A criação de legislação na área da segurança informática,criminalidade informática, protecção de dados pessoais,comércio electrónico, entre outros diplomas, vem ao encontroda crescente preocupação com a segurança da informação.Mas, hoje, a complexidade das trocas comerciais e das relaçõescom parceiros, fornecedores e clientes, sem esquecer a evoluçãotecnológica e a consequente criação de novas formas derepresentação e partilha da informação, coloca novos desafiosàs empresas, aumentando a necessidade de garantir aconfidencialidade, integridade e disponibilidade da informaçãocrítica da organização. Para muitas empresas, a adopção e implementação da norma

BS 7799 é vista como uma solução para minorar as ameaças,sejam elas internas ou externas, acidentais ou intencionais,com que todos os dias as organizações são confrontadas, bemcomo uma forma de valorizar o seu saber fazer. O par ISO 17799 e BS 7799 - Parte 2 assume-se como omais representativo no que respeita à gestão da segurançada informação, permitindo às organizações, públicas eprivadas, desenvolver, implementar e avaliar as suas práticasde gestão nesse domínio. Reconhecidas internacionalmente,estas normas funcionam de forma consistente: ISO/IEC17799, um guia de orientação para a implementação deum Sistema de Gestão da Segurança da Informação (SGSI);e a BS 7799 - Parte 2, norma de certificação dos SGSI.

A importância dos recursos humanosA implementação do SGSI obriga à estruturação de requisitosque conjugadamente constituem o sistema de gestão. AISO 17799 define dez áreas de actuação fundamentais parapôr em prática um SGSI: definição de uma política desegurança; identificação dos interfaces do processo decomunicação; controlo e classificação dos activos; segurançade pessoal; segurança física e ambiental; gestão de operaçãoe comunicação; controlo de acessos; manutenção e

nas Guidelines GRI e na norma AA1000, e inclui umaabordagem a quatro níveis, de forma a responder àsnecessidades dos diferentes clientes. O primeiro nível é o mais adequado a organizações queestão a emitir os seus primeiros relatórios. Aqui, a “SGSverifica se a informação é rigorosa, credível e verdadeira”,explica Pedro Ferreira. O segundo e terceiro níveis “foramdesenvolvidos a pensar nas organizações que já possuemalguma experiência nesta área e que querem uma verificação,mas que também necessitam de relatórios adicionais relativosà eficácia do seu sistema de gestão”. Nesta fase, os relatóriossão confrontados com os padrões GRI e com a AA1000,

o que permite identificar as áreas que fragilizam o sistemae que necessitam de ser melhoradas.O quatro nível responde às necessidades de relatóriosambientais/sociais, como parte integrante de ciclos demelhoria contínua mais abrangentes, respondendo a questõese não se tornando um fim em si mesmo. Segundo dados do CorporateRegister.com, o número deempresas que voluntariamente publicam os seus relatóriosde responsabilidade social na Europa ascende a 858. Destas,a maior parte é proveniente do Reino Unido e da Alemanha.Cerca de 11 empresas portuguesas já publicaram os seusrelatórios nesta base de dados.

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desenvolvimento de sistemas; gestão contínua do negócio;e conformidade com as normas aplicáveis. Pedro Ferreira, chama a atenção para a forte tendência dasorganizações em concentrarem grande parte dos seus esforços,e recursos, em matéria de segurança da informação nastecnologias de informação (TI), em detrimento do reforçodos seus recursos humanos. Esta tendência foi comprovadapela KPMG e pela Ernst & Young. No estudo realizadopelas duas consultoras, mais de 80% das organizaçõesconsideraram a tecnologia como o principal destinatáriodos seus investimentos nesta área e apenas 29% das empresascontactadas afirmaram ser o capital humano a área de maiorinvestimento em assuntos de segurança. “O referencial vem reforçar a importância do factor humano.Colocando a ênfase nas acções de formação e na realização deauditorias, como ferramentas não só de sustentação do sistema,mas também de reavaliação periódica do mesmo”, sublinhaaquele responsável. Contudo, a área das TI não é negligenciadae, de facto, uma parte considerável do esforço instituído peloreferencial é canalizado para estes sistemas. O desenvolvimento costumizado de um sistema de gestão dasegurança da informação pode ser oneroso para a empresa.Para 56% das empresas contactadas pela KPMG e pela Ernst& Young a insuficiência de orçamento foi mesmo apontadocomo o principal obstáculo à implementação de um SGSI.Curioso é o facto de 60% nunca terem contabilizado o retornodo investimento em segurança da informação, o que podesignificar que desconhecem o risco associado às operações dasua organização no que respeita à segurança da informação,quando este não é devidamente acautelado.

Um referencial em expansão No final de 2004, mais de mil empresas, um pouco por todoo mundo, tinham já implementado e certificado o seu Sistemade Gestão da Segurança da Informação de acordo com o

referencial BS 7799 - Parte 2 e as previsões do ISMS -International User Group, apontam para que este númeroduplique até ao final do ano. Também em Portugal as organizações começam a ganharconsciência da importância de segurar as suas informaçõescríticas. Ainda que no mercado nacional não exista nenhumaempresa certificada de acordo com a norma BS 7799, oreferencial não é desconhecido e muitas já implementaramas boas práticas instituídas pelo mesmo. “É preciso ter em linha de conta que a certificação surge apósa adopção das boas práticas, ou seja, depois de se ter asseguradouma gestão efectiva da segurança da informação na organização”,lembra Pedro Ferreira. De acordo com o director técnico deDesenvolvimento de Produtos, actualmente a SGS está acanalizar os seus esforços para a divulgação do referencial,“chamando a atenção das entidades e empresas para aimportância de sustentar a informação da organização emalgo mais do que a sua imagem e o seu bom nome. Acertificação do SGSI tem que ser assumida como um factorcrítico para a empresa”, sublinha. Atendendo ao exemplo de outros países, como a Hungria,onde em menos de um ano o número de empresas certificadaspassou de 0 para 11, perspectiva-se também um crescimentoacelerado deste referencial em Portugal.

> SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Japão 510Reino Unido 185Índia 81Taiwan 45Alemanha 36Coreia 31Itália 23Holanda 18Hong Kong 17EUA 15Finlândia 12Austrália 11

China 11Hungria 11Irlanda 11Singapura 11Noruega 9Áustria 5Suécia 5Suíça 5Islândia 4Polónia 4Brasil 3Grécia 3

México 3Arábia Saudita 3Espanha 3Argentina 2Bélgica 2Dinamarca 2Isle of Man 2Malásia 2UAE 2Colómbia 1República Checa 1Egipto 1

Líbano 1Luxemburgo 1Macau 1Macedónia 1Marrocos 1Qatar 1Eslováquia 1Eslovénia 1África do Sul 1

Total Relativo 1104Total Absoluto 1095

“78% das empresas vêem aredução de riscos como a forçamotriz para o investimento em

segurança da informação.”

Fonte: ISMS User Group

Número de Certificados emitidos BS 7799 - Parte 2 (Ano 2004)

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Clarificar a primeira edição da Norma ISO 14001:1996 emdeterminadas cláusulas e sub-cláusulas, bem como reforçara compatibilidade deste referencial com o conteúdo da Nor-ma ISO 9001:2000, nomeadamente em princípios comuns

(controlo de documentos, não conformidades, acções correctivas,auditorias internas, revisão pela Direcção, entre outros), foram osobjectivos que conduziram um longo processo de revisão e actuali-zação promovido pelo Technical Commitee 207 (ISO TC 207), en-tidade responsável pelo desenvolvimento e manutenção das Normaspara Sistemas de Gestão Ambiental. Fruto deste trabalho, que se estendeu por mais de três anos, aInternational Organization for Standardization (ISO) publicou, a 15de Novembro de 2004, a segunda versão das Normas ISO 14001.Ao conferir o documento, constata-se que “talvez, se pudesse ter idomais longe, mas os objectivos foram praticamente cumpridos,atendendo a que uma revisão é sempre um processo complexo. Asalterações que se registaram são perfeitamente aceitáveis e não encontroqualquer dificuldade na sua implementação”, afirma Luís Barrinha,director de Certificação de Ambiente e Segurança da SGS ICS.Apesar de todas as cláusulas e sub-cláusulas da primeira edição (ISO14001:1996) terem sido sujeitas a algum tipo de revisão, a maioriadas alterações traduzem-se apenas em pequenos ajustes de terminologiaque visam clarificar conceitos. O capítulo que apresenta mudançasmais significativas é o denominado Secção 4 - Requisitos dos Sistemasde Gestão Ambiental (SGA). Aqui encontram-se algumas cláusulasque foram reescritas e outras que sofreram inclusão de novas alíneas.A cláusula 4.6 - Revisão pela Direcção é um destes exemplos e umadas que registou mais alterações. Embora o enquadramento e oobjectivo da Revisão pela Direcção permaneça o mesmo, a Normaagora identifica entradas e saídas específicas para esta actividade. A cláusula 4.5.5. - Auditoria Interna também pode considerar-serelevante pela inclusão do requisito “a selecção de auditores e acondução das auditorias deve assegurar a objectividade e imparcialidadedo processo de auditoria”. Associada à nova definição de auditoriainterna, a independência é agora claramente referida na Norma comocondição necessária para a realização de auditorias internas ao SGA.A título elucidativo, citamos ainda a cláusula 4.2 - Política Ambiental.E neste domínio, o novo requisito de comunicar a política “a todasas pessoas que trabalham para a organização ou em nome desta”.Passando, deste modo, a ser claro que todos os subcontratados pelaorganização deverão ter conhecimento da Política Ambiental subscritapela entidade para a qual trabalham.

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Norma ISO 14001:2004 Mudar, mas pouco...

A nova edição da NormaISO 14001:2004 já está

disponível. O período de transição para o novoreferencial é de um ano

(entre 15 de Maio de 2005e 15 de Maio de 2006).”

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> Luís Barrinha, director de Certificação de Ambiente e Segurança da SGS ICS

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Impactos reduzidosVista à lupa, esta nova versão da Norma ISO14001:2004 contém ainda outras reformas, masnão é prioritário enumerá-las por serem poucosignificativas, motivo pelo qual importa clarificarque esta reformulação, de tão branda, praticamentenão interfere com o que é exigido às empresasnem com o modo de actuar da equipa de auditores. No caso específico da SGS ICS, Luís Barrinhareconhece que as modificações implementadasterão um reduzido impacto na actuação desteorganismo de certificação. “Não será necessárioproceder a nenhuma formação específica juntoda equipa de auditores. A SGS ICS analisou anova versão e, com base nesse procedimento,publicou um plano de transição, onde enumeraas principais diferenças entre a primeira e a segundaedição da Norma ISO 14001. Internamente,

organizámos reuniões para esclarecer dúvidas euniformizar critérios, por forma a não se verificaremdiferentes interpretações. Porém, a reunião debalanço dos primeiros seis meses está agendadapara Maio, antes mesmo de findo o prazo estipulado(15 de Maio) para o início em definitivo doexercício de verificação da conformidade de acordocom o novo referencial”. Ultrapassado este obstáculo, a preocupação maiorprende-se, neste momento, com a publicaçãoatempada da versão portuguesa da ISO 14001:2004, o que deverá acontecer até 15 de Maiopróximo. “Este ano já procedemos à realizaçãode algumas auditorias de acordo com o referencialISO 14001:2004 mas não podemos emitir ocertificado segundo esta versão porque não estamosacreditados para o fazer. Portugal já ultrapassoua fase da tradução, avaliação e votação. Julgoagora que será possível cumprir a publicação daversão portuguesa (NP EN ISO 14001:2004)até à data prevista”, sublinha o director deCertificação de Ambiente e Segurança da SGSICS.

Até 15 de Maio será publi-cada a versão portuguesa

da ISO 14001:2004

Período limite de transição para a ISO 14001:2004 > Até 15 de Maio de 2006

• Até 15 de Maio de 2005 realiza auditorias, por defeito, segundo aNorma de 2004, salvo indicação contrária expressa pelo cliente

• A partir de 16 de Maio de 2005 efectuará as auditorias apenassegundo a Norma de 2004Como agir? Empresas certificadas - ISO 14001:1996• Não se preocupem! Contrariamente ao que aconteceu com a

actualização do referencial ISO 9001:2000, a transição para a ISO14001:2004 não requer tempo adicional de auditoria

• A transição será efectuada no decorrer de uma Auditoria deAcompanhamento ou na Auditoria de Renovação

• Após a conclusão do processo de Auditoria de Transição, a SGSICS emitirá um certificado segundo a ISO 14001:2004

Empresas com processo de certificação em curso• Os clientes que realizaram a Auditoria de 1ª fase segundo a Norma

ISO 14001:1996, podem optar, até 15 de Maio de 2005, por realizara segunda fase de acordo com a versão de 2004, onde se fará aavaliação dos requisitos alterados

Plano de transição da SGS ICS

> DATAS A FIXAR

Ambiente positivo em 2005Apesar do universo de empresas portuguesas certificadas noâmbito da ISO 14001 não ser ainda o desejável, tudo indicaque o tempo é de mudança. “O ano de 2005 perspectiva-seambientalmente positivo. Temos sinais claros de alguns sectoresque se perfilam como potenciais clientes, sobretudo os queoperam em conformidade com a Norma ISO 9001:2000,porque estão mais sensibilizados e ponderam avançar, dentroem breve, para a norma ambiental. O que não será difícil,porque tanto a ISO 9000 como a ISO 14001 definem sistemasde gestão e partilham princípios comuns”.O turismo, a construção civil, a metalomecânica e a gestãode resíduos sólidos urbanos são alguns dos sectores maisdespertos, mas há outros que timidamente começam a impor--se, como é o caso do ramo das cerâmicas, do mobiliário edas infra-estruturas eléctricas. A adesão seria muito maissignificativa, sublinha Luís Barrinha, se beneficiassem deincentivos fiscais. Mas, enquanto isso não acontece, importadar ênfase a quem faz bem e age de forma pró-activa. E osexemplos começam a fazer-se notados. Felizmente!

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Os rótulos existem para informar o consumidor sobreos ingredientes ou componentes que constituem cadaproduto. E se todos os produtos, alimentares ou não,à venda no mercado têm rótulo, estima-se que perto

de 70% não cumprem a legislação de rotulagem em vigor. Não cumprir significa correr riscos e, especialmente, que oconsumidor, sem o saber, também os corre. Além de poderter um dia a fiscalização a bater-lhe à porta e ter de pagarcoimas por incumprimento, bem como ver apreendido todoo lote de produtos à venda, a empresa produtora ou responsávelpela colocação do produto no mercado pode ser alvo dereclamações e/ou, mais grave, de processos judiciais por partedos consumidores. Foi precisamente para dar resposta às crescentes solicitaçõesdos seus clientes da indústria e grande distribuição no domínioda rotulagem que a SGS criou, no final de 2003, o serviçode Apreciação Técnica de Rotulagem. Integrado na Divisão Consumer Testing Services (CTS) daSGS, o core business deste Serviço é a verificação daconformidade do conteúdo dos rótulos dos produtos coma legislação portuguesa aplicável. Ao contratar este serviço,o cliente está a assegurar que toda a informação inscrita nosrótulos dos seus produtos cumpre a legislação que lhe éaplicável.O principal suporte do serviço de Apreciação Técnica deRotulagem, a par da equipa técnica de profissionais, é a Basede Dados de legislação criada para o efeito. Como salientaAnabela Gonçalves, directora da Divisão CTS, “a base dedados inclui toda a legislação existente sobre rotulagemaplicável em Portugal, é permanentemente actualizada, e as

funcionalidades disponibilizadas em termos operativosasseguram a sistematização do trabalho. É a principalferramenta de trabalho da equipa técnica”.

Verificar, esclarecer e sugerir o melhor para o clienteNa prática, e como esclarece Cláudia Freire, responsável peloDepartamento de Apoio Técnico, a função mais importantedeste serviço é a de “avaliar a classificação técnica da informaçãoque está aposta no rótulo, tanto formal como materialmente.Inclusive, porque há produtos em que a legislação exige quecertas menções sejam apostas de determinada forma”.

RotulagemProdutores apostam na transparência

Responsabilidadepara com o consumidor “Na área alimentar há situações que podem terconsequências graves, designadamente para a saúdepública. Se um consumidor for alérgico, por exemplo,à lactose e ingerir um chocolate pode sufocar e até morrer.A responsabilidade duma empresa envolvida numasituação destas varia significativamente consoante orótulo contenha, ou não, a menção correcta de todos osconstituintes. Uma coisa é o consumidor não ler o rótulocom a devida atenção; outra, é a informação não estarlá ou não estar correctamente redigida e conforme alegislação”, explica Sílvia Domingues, responsável técnicado Departamento de Química do Laboratório SGS.

O rótulo é uma fonte de informação essencial para o

consumidor tomar as suas decisõesde compra. Assegurar que o rótulo

contém informação pertinente eque cumpre a legislação é

estabelecer um ‘contrato’ de confiança com os consumidores.

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> Da esquerda para a direita Anabela Gonçalves, directora da Divisão CTS, Sílvia Domingues, responsável técnica doDepartamento de Química do Laboratório SGS, Cláudia Freire,responsável pelo Departamento de Apoio Técnico.

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> OS CLIENTES DIZEM QUE...

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Mas este serviço da SGS vai um pouco maisalém, adequando-se às necessidades específicasde cada cliente, uma vez que o cumprimentoda legislação de rotulagem não é importantesó para as empresas produtoras/industriaisque assumem a responsabilidade peloconteúdo dos rótulos que colocam nos seusprodutos. Tendo, igualmente, entre osprincipais clientes deste serviço alguns gruposmultinacionais do sector da distribuiçãoalimentar que operam em Portugal, o apoioprestado pela SGS engloba também averificação da correcção do português inscritonos rótulos multilíngue colocados nosprodutos (sejam estes de marca própria ouimportados) e que muitas vezes são tra-duzidos por tradutores não especializadosdo país da ‘casa-mãe’, bem como a suaadequação à legislação portuguesa. Estaadequação passa também pela sugestão dedenominações comerciais mais apelativas ecomercialmente agressivas quando o clientesubmete à avaliação um rótulo em que atradução para a língua portuguesa está detal forma ‘à letra’, que a denominaçãocomercial do produto está completamentedesajustada da realidade do mercado e daspreferências do consumidor português.

Aposta no desenvolvimento de novos produtosReforçar o peso do serviço de ApreciaçãoTécnica de Rotulagem junto da indústria eda grande distribuição é um dos principais

objectivos da Divisão CTS da SGS para 2005. Na grande distribuição, a aposta vai para osprodutos de marca própria que estas cadeiastodos os meses colocam no mercado. “Esteserviço integra-se bem na área de de-senvolvimento de novos produtos de marcaprópria das cadeias de distribuição, e, inclusi-ve, pode ser complementado com outrosserviços prestados pela SGS, como o de-senvolvimento de especificações técnicas,auditorias e análises ou mesmo estudos deconsumidor, outra área que estamos adesenvolver”, explica Anabela Gonçalves.Para a indústria ou produção, o target ésemelhante: o desenvolvimento de novosprodutos, estratégia que cada vez mais asmarcas produtoras seguem para se diferen-ciarem no mercado, inclusive para diferen-ciarem os seus produtos dos das marcas pró-prias da distribuição.“Há cada vez mais empresas a recorreremao outsourcing deste tipo de serviços, querporque não podem aumentar os seusDepartamentos da Qualidade, mas conti-nuam empenhados na manutenção documprimento dos requisitos da qualidadeque se impõem, quer porque não têm in-ternamente quem os possa prestar, porqueeste serviço exige um grande conhecimentoda legislação e, obviamente, dos produtose dos ingredientes que os compõem. E éessa a mais-valia que proporcionamos aosnossos clientes”, conclui a directora da DivisãoCTS da SGS Portugal.

Requisitosmínimos comunsaos rótulos

� Inscrição dadenominação de venda em português

� Prazo de durabilidademínima

� Nome, morada etelefone do fabricante ouda empresa responsávelpela colocação do produto no mercado

� Peso líquido

� Discriminação dos ingredientes/constituintes

� Cada categoria deprodutos tem requisitosespecíficos definidos nalegislação que lhe éaplicável

Scamark PortugalIndependência e credibilidadeA Scamark Portugal, empresa que se dedica ao desenvolvimentode produtos de marca própria da cadeia de distribuição E. Leclerc,optou por trabalhar com o Grupo SGS por este já ser fornecedorda Scamark França e “pela credibilidade e independência associadasà sua capacidade técnica para apreciação da rotulagem”, explicaAntonino Araújo, responsável da qualidade da empresa. A SGS tem, em seu entender, maior aptidão para actuar comoentidade independente na apreciação técnica da rotulagem dosprodutos desenvolvidos pela Scamark, até porque “as exigênciasdos consumidores e dos clientes, aliadas à constante evoluçãoda legislação, vieram dificultar esta tarefa”.

Grupo CarrefourSegurança legislativaÉ a principal razão porque o Grupo Carrefour, um dosmaiores no sector da distribuição em Portugal, é clientedo Serviço de Avaliação Técnica da SGS. “Começámosa desenvolver produtos em Portugal e não temosinternamente este tipo de serviço”, explica Viriato Gomes,responsável pelos Produtos Controlados do GrupoCarrefour. Com este serviço, acrescenta, “garantimos asegurança legislativa dos rótulos dos produtos quecolocamos no mercado”. A ligação à SGS em Portugalexiste desde 2000 e é consequência da parceria entre osdois grupos a nível internacional.

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Encontro de Segurançade Sistemas de Informação

Decorreu nos dias 8 e 9 de Março de2005, no Hotel Villa Rica, em Lisboa,

a última edição do Congresso de Segurança,incluído no 6.º Encontro de Segurançade Sistemas de Informação. A IFE reuniumais uma vez os profissionais da área, como intuito de promover o debate de ideiase trocas de experiências sobre esta temática.

Sempre atenta às necessidades dos seus clientes e com a perspectiva dealargar o seu portefólio de serviços, a SGS apoiou este evento, onde sediscutiram as formas como os responsáveis de informática lidam noseu quotidiano com o desenvolvimento de planos de segurança, astécnicas e métodos de avaliação das vulnerabilidades dos seus sistemas,a preparação e execução de auditorias dos sistemas, o enquadramentonormativo da utilização dos sistemas biométricos, o combate às ameaçasque poderão penetrar via e-mail (phishing e spoofing) e a protecção faceàs crescentes formas de ataque e a grande resistência de vírus e worms.

O Fórum Recursos Humanos é o maiorevento nacional dedicado à área,

reunindo profissionais de recursos humanose outros gestores e empresas. Este ano, oFórum irá realizar-se nos dias 6 e 7 de Abril,no Hotel Avenida Palace Lisboa. A SGS será representada pela sua admi-nistradora executiva, Ana de Pina Teixeira,cuja intervenção estará inserida no painelsobre Gestão Estratégica de Recursos Humanose Qualidade, e será subordinada ao tema‘Atendimento de excelência e GRH’.

Nesta edição, haverá ainda oportunidadepara saber mais sobre discriminação notrabalho; empresas felizes: expandindo aeconomia do dinheiro para a economia dafelicidade; empresa e família; gestãointernacional de recursos humanos; e mitose realidades sobre o mercado de trabalho.

Para informações e inscrições contacteRecursos Humanos MagazineTel.: 218 551 203 e Fax: 218 551 204

Caminhar para um mundomelhor, em AbrilA Sair da Casca, em colaboração com oBCSD Portugal, está a organizar o workshop‘Caminho para um Mundo Melhor’, cujoobjectivo é sensibilizar as empresas para aResponsabilidade Social e para o Desen-volvimento Sustentável. Estão abertas inscrições para os dias 5 deAbril (Porto) e 12 de Abril (Lisboa).Para mais informações contacte Susana Azevedo, telf: 217819001 [email protected](para empresas associadas do BCSD Portugal)Otília Pereira, telf: 218124106 [email protected](para empresas não associadas do BCSDPortugal).

Colóquio Internacional sobreSegurança e Higiene Ocupacionais

A Sociedade Portuguesa de Segurança e Higiene Ocupacionais (SPOSHO)apresentou, nos dias 17 e 18 de Fevereiro de 2005, no Auditório

Principal da FEUP, o Colóquio Internacional sobre Segurança e HigieneOcupacionais - SHO 2005. Este evento contou com a apoio da SGS e de

outras entidades, bem como como patrocínio científico de instituições de referência, tais como a EuropeanNetwork of Safety and Health Practitioners Organisations (ENSHPO), a SociedadePortuguesa de Medicina do Trabalho, a Sociedade Portuguesa de Acústica, aAssociação Portuguesa de Ergonomia e a Associação Latino-Americana deEngenharia de Segurança do Trabalho.A SGS convidou Ricardo Bandin, especialista com grande experiência naimplementação de Planos de Segurança e Higiene Ocupacionais, para apresentaruma intervenção sobre ‘A Segurança como Factor de Lucro e Competitividadenas Empresas’.

Fórum Recursos Humanos 2005

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OConselho de Adminis-tração da SGS SA anun-

ciou recentemente a nomeaçãode Dan Kerpelman como novoCEO da companhia a nívelmundial, com efeito a partir de11 de Abril de 2005.Actualmente, Dan Kerpelmané presidente do Health ImagingGroup, a segunda maior áreade negócios da Eastman Kodak.Anteriormente, Dan Kerpel-man esteve 17 anos na GeneralElectric (GE), grande parte dosquais na unidade de Healthcare,

onde foi director-geral em di-versos países, nomeadamentenos EUA, Itália e França. Antesda GE, trabalhou em sistemasde informação na IATA e naHewlett-Packard, em Genebra,Suíça. “O Conselho de Administraçãoestá muito orgulhoso por receberKerpelman na SGS. A sua enor-me experiência e competênciaglobais irão apoiar o desenvol-vimento futuro da empresa,”afirmou Georges Muller, pre-sidente do Conselho de Admi-

nistração. O vice-presidenteSergio Marchionne acrescentou:“Sob a sua liderança e com oapoio do Conselho Operacional,antevejo que a SGS irá au-mentar, ainda mais, os seusresultados e a sua rentabilidade.”“A procura em relação aosserviços da SGS está a acelerare o histórico operacional dacompanhia apresenta um de-sempenho sólido, que a colocabem posicionada para umcrescimento dos lucros,” afir-mou Dan Kerpelman.

A SGS ICS acaba de certificar o Sistema de Gestão da Qualidade do Depar-tamento de Dispositivos Médicos (DIM) do INFARMED, InstitutoNacional da Farmácia e do Medicamento, de acordo com a norma NPEN ISO 9001: 2000.Após uma primeira certificação em 2002 da Direcção de Inspecção eLicenciamento, o INFARMED avança agora para o reconhecimento doSistema de Gestão da Qualidade do Departamento de Dispositivos Médicose prossegue os seus trabalhos de implementação do SGQ em todo oInstituto.O Serviço de Nefrologia do Centro Hospitalar do Médio Tejo, SA (CHMT)também obteve a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade segundoa Norma NP EN ISO 9001:2000, atribuída pela SGS ICS, tornando-seassim no primeiro em Portugal a obter esta certificação.Com uma equipa constituída por cinco médicos, 21 enfermeiros, doisadministrativos e dezauxiliares de acção mé-dica, o Serviço de Nefro-logia do CHMT, SAlocalizado no Hospitalde Torres Novas, asseguraa prestação de cuidadosde saúde nefrológicos acerca de 500 mil habi-tantes do distrito de San-tarém.

Melhores serviçosde Norte a Sul De facto, a certificaçãoda qualidade na saúdenão pára de aumentar. Desta feita, foi a vez dos Serviços de Imagiologiados Hospitais de Macedo de Cavaleiros (Bragança) e Nossa Senhora doRosário, SA (Barreiro). A certificação dos respectivos serviços de cadahospital foi atribuída pela SGS ICS, de acordo com a norma NP EN ISO9001:2000.

Dan Kerpelman nomeado CEO da SGS a nível mundial

Aumenta a Certificação da Qualidade na saúde

OGrupo SGS Portugal foiseleccionado para a ins-

pecção de toda a frota de cisternasde vagões para transporte demercadorias perigosas da CP –Caminhos de Ferro Portugueses,no âmbito do Regulamento doTransporte Ferroviário Inter-nacional de Mercadorias Perigosas(RID).A utilização de vagões para otransporte ferroviário de mer-cadorias perigosas depende daobtenção de certificado, emitidopor um organismo de inspecçãoindependente e acreditado peloIPQ (como é o caso da SGS), quecomprove o cumprimento dasprescrições do RID, aprovado pelaComissão Europeia.Em parceria com a CP, a SGSPortugal desenvolveu um planode acção que permite a execuçãodas necessárias inspecções de formaoptimizada e dentro dos prazosadequados à CP sem prejuízo dolegalmente estabelecido.

SGS PortugalInspecciona Vagõesda CP para Transportede Mercadorias Perigosas

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SGS Linha DirectaA partir de agora, a SGS temuma linha exclusiva para si!Das 10 às 17 horas, ouvimosas suas dúvidas e respondemosa todas as suas questões.Esteja em linha directa com aorganização líder mundial emInspecção, Verificação, Análisee Certificação!Tome nota 707 200 747!

A Lusotur Golfes viu certificadoo Sistema de Gestão da Qua-

lidade dos seus cinco campos degolfe em Vilamoura, de acordo coma norma ISO 9001:2000, pela SGSICS.Esta certificação abrange a gestão,exploração e manutenção doscampos de golfe The Old Course,Pinhal Golf Course, Laguna Golf Course, Millennium Golf Course e VictoriaClube de Golfe, incluindo também a organização de torneios de golfe,serviço de restauração e lojas de artigos de golfe. Refira-se que os campos da Lusotur Golfes em Vilamoura foram osprimeiros do mundo a serem ambientalmente certificados pela normaISO 14001. A certificação do Sistema de Gestão Ambiental foi renovadaem Outubro de 2004, também pela SGS ICS.Esta preocupação com a melhoria contínua terá sido um dos principaisfactores que levaram o guia internacional The Pocket Guide to Golf Courses,editado em Inglaterra e distribuído em todo o mundo, a considerar oThe Old Course como o melhor campo de golfe da Península Ibérica.

IPQ qualifica SGS para VerificaçãoMetrológica de Reservatórios de Armazenagem

A SGS Portugal recebeu a qualificação do Instituto Português daQualidade (IPQ) para a execução de operações de verificação

metrológica de reservatórios de armazenamento de instalação fixa.Estes reservatórios são utilizados como recipientes de medição paradiversos produtos, tais como oleaginosas, produtos petroquímicos,vitivinícolas e lacticínios, entre outros. A verificação metrológicaindependente destina-se a garantir a exactidão desses instrumentos demedição, assegurando uma maior transparência e credibilidade, querpara as empresas intervenientes quer para os consumidores.A SGS colocará, nos termos da legislação em vigor, a respectiva marcaprópria, bem como o símbolo da operação de controlo metrológico,no esquema de selagem dos instrumentos de medição.

N A V E G A R

Portugal Positivohttp://www.portugalpositivo.comPrograma OperacionalCiência e Inovação 2010http://www.pocti.mces.ptAgência de Inovaçãohttp://www.adi.ptFundação para a Ciência e Tecnologiahttp://www.fct.mces.ptCentro Português de Inovaçãohttp://www.port-inova.comINESC Porto (Instituto de Engenhariade Sistemas e Computadores do Porto)http://www.inescporto.ptTecMinhohttp://www.tecminho.uminho.ptInstituto de Investigaçãoda Universidade de Aveirohttp://www.ii.ua.pt/European Consortiumof Innovative Universitieshttp://www.eciu.orgVia Verdehttp://www.viaverde.pt/Açores http://www.azores.gov.pt/Câmara Municipal da Povoaçãohttp://www.cm-povoacao.ptMestrado em Ambiente, Saúde eSegurança (Universidade dos Açores)http://www.db.uac.pt/mass/index.swfFederação Portuguesa de Desporto paraDeficientes http://www.portugal-paralimpicos.orgFederação Portuguesa de Golfehttp://www.fpg.ptRotulagem (informação União Europeia)http://europa.eu.int/comm/food/food/labellingnutrition/index_pt.htmISO (International Organization forStandardization)http://www.iso.org

Agora também em QualidadeLusotur Golfes certificada pela SGS ICS