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REVISTA SP S A L D O P O S I T I V O N A C O P A Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Em época de eleições, atenção aos detalhes no contrato de locação Sindloc-SP realiza sua 1ª Convenção em agosto, na cidade de Itu SINDLOC Ano XVIII – Edição 159 – 2014 Ao contrário da seleção, setor comemora sucesso na locação nas cidades-sede durante quase todo o campeonato

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REVISTA

sp

saldo positivo na copa

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Em época de eleições, atenção aos detalhes no contrato de locação

Sindloc-SP realiza sua 1ª Convenção em agosto, na cidade de Itu

sindlocAno XVIII – Edição 159 – 2014

Ao contrário da seleção, setor comemora sucesso na locação nas cidades-sede durante quase todo o campeonato

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Job: 20645-002 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 20645-002-Renault-Varejo-AnRv-Sindloc-210x280_pag001.pdfRegistro: 114842 -- Data: 19:07:06 11/04/2013

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EDITORIAL

A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas.

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua JuniorDiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto LangDiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JúniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Bete HoppeRedação: Ana Vasconcelos, Kátia Simões, Leandro Luize e Thalita FaccioloRevisão: Júlio Yamamoto

Diagramação: ECo Soluções em Conteúdo

www.ecoeditorial.com.br

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 -

[email protected]

Impressão: Gráfica Revelação

Tiragem: 5 mil exemplares

Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores cadastrados

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23 Telefone: (11) 3123-3131

E-mail: [email protected]É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

EXPEDIENTE

Fizemos a CoPa DaS CoPaS. Graças a nós, não a eles

No jornal alemão Der Spiegel, a bola em chamas caía como um meteoro sobre o Brasil. Os tabloides ingleses afirmavam que os torcedores arriscariam suas vidas se viajassem ao país na época da Copa do Mundo. Todos projetavam uma organização desastrosa, em razão do descaso e amadorismo do poder público. Mas a capacidade de improvisação do brasileiro e as ações bem-sucedidas da iniciativa privada dinamitaram as previsões trágicas.

Nos primeiros quinze dias de competição, o número de turistas em São Paulo foi quase o dobro do esperado. Nos estados das doze cidades-sede, o movimento foi de 270 mil estrangeiros nesse período. Desse total, 63 mil visitaram a capital paulista e devem proporcionar uma receita superior a R$ 1 bilhão para a cidade. E a grande maioria revelou-se surpresa com a qualidade de atendimento e das atrações disponíveis na metrópole. O funcionamento dos aeroportos está deixando pouco a desejar, especial-mente nos terminais mais agitados, como os de Guarulhos.

Antes que o governo federal pegue carona nesse sucesso, saiba que a ampliação estrutural neste ae-roporto foi resultado de um projeto da iniciativa privada. Entre os dias 11 e 16 de junho, que coincidiam com a abertura do Mundial e a estreia das principais seleções, São Paulo registrava 4,1% de atraso nos voos e 8,2% de cancelamentos, índices bem inferiores aos 15% estabelecidos pelas autoridades brasileiras.

Para a nossa presidente, o país está mostrando que a Copa tem de ser feita no padrão Brasil. Mas qual Brasil? Aquele que soube colher dividendos do evento e recebeu os turistas com excelência e hospitalidade ou o que entregou nem metade das intervenções previstas a um mês da competição e que, agora, atesta sua hipocrisia ao reconhecer a falha em mobilizar a iniciativa privada para bancar investimentos nos estádios?

E o que dizer da projeção de 1,16% de crescimento do PIB em 2014, contra 2,5% de 2013? Seria um dos poucos países-sede da Copa a obter um índice menor do que o do ano anterior ao da competição. Com esse número pífio, nosso governo não tem o direito de misturar o êxito da competição com política par-tidária e de utilizar o futebol como instrumento político. Visivelmente, a população está cansada do que aí está. Dilma Rousseff não teve sequer coragem de falar na abertura do torneio. Bastou por a cara para ser vaiada e xingada. Exageros e má educação à parte, temos nesses atos um retrato nítido da insatisfação.

A nós resta torcer e trabalhar para que os futuros governantes tenham a humildade de aprender com a iniciativa privada como se faz a coisa certa e benfeita. Diferentemente do governo atual, que joga a culpa em uma tal elite branca e afirma que governa para o povo, sem sequer dar ouvidos a ele.

Eladio Paniagua JuniorPresidente do Sindloc-SP em exercício

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sumáRIO

08 SEToRAvalie os reflexos da Copa do Mundo no desempenho das locadoras.

12 MERCaDoOportunidades e riscos para as locadoras em época de eleições.

aRTIGo22 Elogiar e agradecer afeta o sucesso pessoal e profissional.

PaRCERIa20 Aliança do Sindloc-SP com a Control Motors oferece vantagens as locadoras.

18Governo mantém o IPI reduzido até o fim do ano para tentar salvar indústria automobilística no segundo semestre.

ECoNoMIa

14 LÍDER SEToRIaLPara o presidente do Sindloc do Paraná, Flávio Nabhan, fusões e aquisições vão se tornar tendência no setor para ganhar produtividade.

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InfORmAçõEs úTEIs

A produção de veículos amargou uma redução de 16,8% no primeiro semestre do ano, em relação ao mesmo período de 2013, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veícu-los Automotores (Anfavea). Em junho, a produção total foi de 215,9 mil unidades, volume 33,3% menor que o do mesmo mês do ano passado. Com o fraco desempenho, a entidade reviu a expectativa para 2014 e agora projeta produção de 3,39 milhões de veículos, o que significa retração de 10% em comparação com 2013 – são mais de 400 mil unidades a menos do que a projeção anterior, que apontava melhora de 1,4% no ritmo das fábricas.

INDÚSTRIAA Anfavea reduz a expectativa de produção para 2014

Inflação do Carro registra queda

MANUTENÇÃO

Pelo segundo mês consecutivo, o custo para usar e

manter o veículo teve uma pequena queda, de 0,53%, se-

gundo o estudo Inflação do Carro, da Agência AutoInfor-

me. A pesquisa leva em conta os preços de todos os itens

indispensáveis em cinco segmentos: combustíveis, peças

de reposição, serviços automobilísticos, impostos de cir-

culação e seguros. Depois das altas expressivas do início

de 2014, o índice é motivo de comemoração.

O ano começou com disparo no preço dos combustí-

veis, em especial, o álcool. Se ontem era o vilão pela infla-

ção, agora o álcool é o herói pela deflação. O combustível

ficou 4,55% mais barato na bomba, derrubando o índi-

ce em junho. Já no acumulado do semestre, os itens que

mais pesaram no bolso foram: lavagem simples (5,7%),

alinhamento (4,4%), balanceamento (4,37%), pastilhas de

freio (3,25%) e óleo motor (3,16%).

Elen

arts

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nkst

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Veículos leVes

Ranking Montadora Acum/14 Acum/13 Variação acumulado Participação de mercado

Total 1 584 896 1 709 532 -7,3%

1º Fiat 342 198 380 131 -10% 21,6%

2º GM 279 225 305 478 -8,6% 17,6%

3º Volkswagen 278 684 328 006 -15% 17,6%

4º Ford 143 060 154 652 -7,5% 9%

5º Renault 110 354 102 015 8,2% 7%

6º Hyundai 109 121 99 504 9,7% 6,9%

7º Toyota 84 173 81 350 3,5% 5,3%

8º Honda 61 574 65 128 -5,5% 3,9%

9º Nissan 31 077 37 063 -16,2% 2%

10º Citroën 29 819 32 922 -9,4% 1,9%Fonte: Anfavea

No Ranking de Automóveis e Comerciais Leves da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas das montadoras encolheram 7,3% nos seis pri-meiros meses de 2014. Confira na tabela a seguir:

Quatro grandes perdem terreno no primeiro semestre

RANKING

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Em 10 de dezembro de 2012, foi publicada a lei nº 12.741, a Lei da Transparência Fiscal, que instituiu a obrigação para que os for-necedores de bens e mercadorias/prestadores de serviços incluam nas notas fiscais ao consumidor o valor aproximado dos seguintes impostos que influem na formação do preço de produtos e serviços – ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, COFINS e CIDE.

A indicação do IOF será restrita aos produtos finan-ceiros sobre os quais esse imposto incida diretamente, enquanto que a do PIS e da COFINS será limitada à tribu-tação sobre a operação de venda. Ademais, sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço ou produto, deve ser divulgada a contribuição previdenciária dos empregados e dos empregadores.

O projeto de lei também incluía o imposto sobre a renda e a contribuição social sobre o lucro líquido, mas estes tributos foram retirados sob o argumento de que a inclusão destes poderia ser contraproducente ao objetivo de trans-parência da lei, pois os valores recolhidos poderiam divergir conside-ravelmente dos valores informados nas notas fiscais.

Esta lei entraria em vigor seis meses após a sua publicação, de modo que está vigente desde 9 de junho de 2013. Reconhecendo que as empresas precisariam de tempo para se adequar à nova obri-gação, foi estipulado que, nos primeiros 12 meses de vigência, não haveria punição. Passado este prazo, o vendedor das mercadorias/prestador de serviços estaria sujeito às punições previstas no Ca-pítulo VII do Código de Defesa do Consumidor, dentre elas a apli-cação de multa e até a cassação de registro e licença para realizar vendas/prestar serviços.

As penalidades seriam aplicadas a partir de 9 de junho de 2014. Entretanto, no dia 6 de junho foi publicada a medida provisória n° 649/14, a qual estipulou que as fiscalizações serão meramente orien-tadoras até o dia 31 de dezembro, isto é, as multas serão aplicadas apenas a partir de 2015. Como a locação de veículos não é atividade sujeita ao ISS e as locadoras de veículos não emitem notas fiscais aos locatários, esta nova obrigação terá impacto reduzido sobre as atividades das empresas.

Sobre a não emissão de notas fiscais na locação de bens móveis,

DESTaquE DE IMPoSToS em nota fiscal na locação de veículos com motorista

JuRÍDICa

cOLunA

como automóveis, a solução de consulta n° 02/2012, emitida pela Prefeitura de São Paulo, é clara: “Assim sendo, não é permitida a emissão de qualquer tipo de Nota Fiscal de Serviços para as ativida-des de locação de bens móveis, porque não se pode falar em cum-primento de obrigação acessória para documentar atividade que não consta da Lista de Serviços vigente.”

Contudo, em caso de aluguel do carro com o fornecimento de condutor, há prestação de serviços pelas locadoras, estando a ativi-dade sujeita ao ISS, conforme a solução de consulta n° 57/12, tam-bém emitida pela Prefeitura de São Paulo: “Incidência de ISS sobre locação de estruturas de uso temporário, manutenção de equipa-mentos, fornecimento de laudo e locação de caminhão com moto-rista”. Consequentemente, na prestação deste serviço, as empresas deverão emitir a nota fiscal de serviços, que deverá discriminar a influência que os tributos mencionados acima têm na formação fi-nal do preço do serviço.

FeRnAndo souzA de MAndoutor em direito tributário pela universidade de Maastricht, na Holanda , e coordenador da área tributária do escritório Queiroz e lautenschläger Advogados

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“Sempre que o pagamento de pessoal constituir item de custo direto do serviço

ou produto fornecido ao consumidor, deve ser divulgada a contribuição previdenciária

dos empregados e dos empregadores”

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sETOR

Foram quase 700 mil turistas estrangeiros passeando pelas ci-dades-sede, um fluxo de mais de 3,5 milhões de apaixonados por futebol que circularam por estádios, ruas, bares e restaurantes du-rante a Copa do Mundo. Enfim, se até a abertura do torneio, em 12 de junho, na Arena Corinthians, muito se criticou os gastos com o evento, depois do pontapé inicial setores como o de locação de veículos passaram a conferir na ponta do lápis os resultados que a competição poderia promover.

Governos e empresas privadas injetaram R$ 26 bilhões em mais de 80 projetos, distribuídos pelas cinco regiões do país. Segundo levantamento do Sebrae, com base nas rodadas de negociações promovidas nas doze cidades-sede, a Copa rendeu cerca de R$ 500

uma Copa para CoMEMoRaRapesar do vexame da seleção Canarinho, fora de campo a Copa do Mundo da Fifa 2014 superou as expectativas e o saldo foi positivo para o Brasil

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milhões em negócios para micro e pequenas empresas. A capacidade dos aeroportos foi reforçada em 36%, e a rede hoteleira ergueu 70 novos empreendimentos, somando mais de cinco mil quartos, o que significa um aumento de mais de 20% na oferta de hospedagem no Brasil.

Só em São Paulo, cidade da abertura da Copa, brasileiros e es-trangeiros injetaram R$ 1 bilhão aos cofres do município durante o evento – R$ 300 milhões a mais do que as previsões iniciais da Secretaria Municipal de Turismo. O número de turistas também foi além do previsto: a secretaria esperava 390 mil pessoas, e a cidade recebeu cerca de 500 mil turistas por conta do evento. Os estran-geiros gastaram no período, em média, R$ 4.800, em 8,2 noites de permanência na cidade. Já os brasileiros, apesar de constituírem o maior contingente, desembolsaram e pernoitaram praticamente a metade: R$ 2.500 e 4,46 noites, respectivamente. “As locações de curto prazo cresceram, principalmente com as demandas de última hora. E, nesse caso, como é praxe em qualquer atividade, os preços são mais elevados”, afirma Luiz Antonio Cabral, diretor do Sindloc-SP.

Segundo o relatório “Onde você quiser estar” da Visa, que analisa os gastos dos turistas com os produtos da empresa – transações de crédito, débito e cartões de pagamento pré-pagos – de 12 a 26 de junho (fase de grupos da competição), os estrangeiros gastaram US$ 188 milhões, o que representa um aumento de 152% em relação ao mesmo período do ano passado. Norte-americanos, seguidos de britânicos, franceses e mexicanos foram os que mais consumiram.

Apenas no primeiro sábado da Copa (14/06), os turistas desem-bolsaram cerca de US$ 10,7 milhões no Brasil - o maior gasto de visitantes até agora, principalmente com hotéis (US$ 5 milhões) e restaurantes (US$ 2,5 milhões). Se considerarmos que na Copa das Confederações de 2013 os turistas deixaram no país cerca de US$ 20 milhões, os números da Copa do Mundo impressionam.

MoviMEnto EM dias dE JogosAs expectativas do setor eram de 35% de aumento no movimen-

to das locadoras de automóveis durante a Copa nas cidades-sede, quando comparado ao movimento de locação do turismo de lazer habitual nesta época do ano. Porém, excetuando-se os deslocamen-tos para assistir aos jogos, esperava-se uma forte retração no turismo de negócios, principalmente para as locadoras em cidades que não sediariam jogos.

O setor, contudo, acumulou surpresas positivas. As empresas com foco no aluguel diário registraram 100% de suas frotas locadas nas cidades-sede em grande parte da Copa, especialmente um dia antes e um dia depois dos jogos.

Em razão do evento, as grandes locadoras que operam nas ca-pitais em que se realizaram as partidas investiram no atendimento pessoal e na frota. Não se arrependeram: todas contabilizaram au-mento considerável nas locações.

Segundo Cabral, o balanço geral para o setor é positivo e, na mé-

dia, acima do esperado, apesar da redução no ritmo do comércio e negócios em geral durante o evento. Com novos negócios estag-nados, o mercado terceirizado refreou, e alguns frotistas, não vin-culados por contrato, procuraram as locadoras na expectativa de devolver o veículo, adiando a locação para depois da Copa.

E qual é a lição que fica para recebermos futuros eventos de grande porte? “Temos de nos preparar cada vez mais e estudar em detalhes a característica da demanda”, diz o diretor do Sindloc-SP. “Entender que existe muita demanda de última hora e que ela pode trazer receitas unitárias muito interessantes.”

os números da Copa em SÃo PauLo

turistas na cidade, de 12 a 30 de junho

visitantes estrangeiros (35%), quase o dobro da estimativa inicial

PaÍSES DE oRIGEM DoS ESTRaNGEIRoS: Argentina (31,71%)Chile (17,77%)Uruguai (8%)Colômbia (5%)Estados Unidos (4,18)

GaSTo MéDIo DIáRIo: R$ 585 (estrangeiros); R$ 500 (brasileiro)Alemães gastam mais R$ 425 por diaUruguaios e gregos gastam menos R$ 200

TEMPo MéDIo DE PERMaNêNCIa: 8,2 dias (estrangeiros); 4,4 dias (brasileiros)

347 mil

121 mil

JUnHo

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Job: 2014-Fiat-Varejo-Janeiro -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 30375-003-FIAT-PECAS-REV-SINDILOC-JAN-21X28_pag001.pdfRegistro: 140042 -- Data: 18:08:58 07/01/2014

REunIÃO JuRÍDIcA

advogados e empresários discutem a legislação do setor no 2º Encontro Jurídico do Sindloc-SP

Mais de 80 participantes fizeram o sucesso do 2º Encontro Jurí-dico do Sindloc-SP. Em 26 de junho, advogados e empresários as-sociados reuniram-se no Hotel Quality – Golden Tulip, na capital paulista, para trocar experiências e discutir melhorias para o setor.

Entre os temas apresentados, destacam-se o andamento dos processos decorrentes das operações Rosa Negra e De Olho na Placa e o acompanhamento do estágio atual das medidas ado-tadas pelo Sindloc-SP em defesa de seus associados. “Debater como cada empresa está conduzindo seus processos individu-almente foi muito produtivo, uma rica troca de experiências”, diz Luiz Antonio Cabral, diretor do Sindloc-SP.

Detalhes e características sobre o novo Programa de Parcela-mento de Débitos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e outros tributos, o funcionamento dos termos de adesão e a análise sobre os prós e contras dessas adesões também estiveram em pauta. Segundo Cabral, aceitar a oferta de parcelamento deve merecer avaliação cautelosa: “O empresário precisa saber que estará abrindo mão de qualquer oportunidade futura de se defender das acusações. Perderá qualquer direito de recorrer”.

Os participantes ainda receberam orientação a respeito da le-gislação sobre protestos de execuções fiscais (multas de trânsito, IPVA e demais tributos). O tema resultou em uma ampla discus-são sobre cobrança de juros em desacordo com a lei. Esse assun-to continuará em estudo, para que se possam avaliar as medidas mais adequadas a serem adotadas, seja pelas empresas, individu-almente, seja pelo Sindloc-SP, representando as locadoras.

Em razão dos inúmeros temas jurídicos de grande interesse para as locadoras, constituiu-se um comitê jurídico, composto de advogados de diversas empresas, que terá a missão de ava-liar todas as questões relevantes e propor eventuais medidas, judiciais ou não, por parte do Sindloc-SP em defesa de seus associados. Em breve, o comitê se reunirá para começar a orga-nizar uma Agenda Jurídica para o Sindloc-SP.

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mERcADO

Embalado pelas uRNaSEm algumas regiões, como o Nordeste, as eleições conseguem aumentar a demanda por locação de veículos até 40%

Div

ulga

ção

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despesas com transporte em deslocamento de candidato e de pessoal a serviço dos comitês, assim como o aluguel de veícu-los automotivos.

De acordo com a assessoria de comunicação do TRE de São Paulo, os contratos entre os comitês eleitorais, em nome dos candidatos, e as locadoras de automóveis devem conter o valor completo do serviço e informar se os gastos com combustível estão embutidos no valor ou não. O TRE faz o cruzamento das informações que as empresas fornecem sobre os candidatos com as enviadas pelos partidos na prestação de contas.

Mesmo com mais rigor no cruzamento dos dados, o vice-presidente do Sindloc-SP adverte que as locadoras têm de ficar atentas e se certificar muito bem a quem estão alugando seus veículos, seja ele o próprio candidato, seja o representante do comitê eleitoral. “Os maiores cuidados devem ser tomados em relação aos veículos básicos, normalmente adesivados e utiliza-dos pelas equipes de apoio sem cuidado algum, e com as vans, que atuam na área de apoio e logística”, afirma Eladio. “Toma-das as devidas precauções, o caminho é aproveitar o aumento da demanda direta ou indireta.”

Fique aTENTo• Alugue veículos apenas a comi-tês e candidatos com bom retros-pecto de pagamento

• Faça um contrato abrangente, que envolva não apenas as cláusulas de pagamento, mas também as pena-lidades que serão aplicadas em caso de não devolução dos veículos ou de avarias e multas

• Determine no contrato de locação os limites de quilometragem a ser rodada e os custos excedentes, bem como se os gastos com combustível estarão incluídos no valor ou não

Ao traçar o planejamento para 2014, o setor de locação au-mentou suas expectativas de crescimento. E não poderia ser diferente, afinal, este é um ano atípico. Depois de 64 anos, o Brasil sediou uma Copa do Mundo de futebol, o suficiente para atrair turistas nacionais e estrangeiros para as 12 cidades-sedes e, consequentemente, aumentar a demanda por carros aluga-dos. Taça entregue, é hora de olhar com atenção os movimen-tos pré-eleição que, tradicionalmente, garantem às empresas do setor um aumento de contratos.

Os especialistas do setor afirmam que é difícil precisar o que as eleições significam para o faturamento das locadoras de au-tomóveis, uma vez que o mercado de locação cresce pratica-mente nos mesmos percentuais de anos não eleitorais. Todavia, há quem enxergue os anos pares como uma espécie de safra, que garante um faturamento maior para toda a cadeia. Em algumas regiões, a exemplo do Nordeste, a demanda chega a crescer cerca de 40%.

Contudo, entre os setores que mais se beneficiam das ver-bas disponíveis para as campanhas eleitorais são o gráfico, de comunicação e de locação, com destaque ao aluguel de auto-móveis. Vale observar que os gastos de candidatos e partidos políti-cos com campanhas eleitorais no Brasil saltaram de R$ 798 milhões nas eleições presidenciais de 2002 para R$ 4,6 bilhões em 2011, quando ocorreram as últimas eleições municipais. O cresci-mento é de 476%, enquanto a inflação no mesmo período foi de 78%, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

atEnção EsPEcial nEstE PEríodoEmbora efetivamente os contratos de locação aumentem

nos meses que antecedem as eleições, muitas locadoras deixa-ram de atender esse mercado por causa do prejuízo provocado pelo péssimo uso dos carros e pelos altos índices de inadim-plência dos partidos, principalmente quando o candidato per-dia a eleição e, então, as chances de receber ficavam remotas. “Até bem pouco tempo atrás, os partidos não precisavam pres-tar contas dos gastos de campanha, entre os quais a locação de automóveis”, afirma Eládio Paniágua Júnior, vice-presidente do Sindicato das Locadoras de Automóveis de São Paulo (Sindiloc-SP). “Não tinham responsabilidade quanto ao uso. Os carros che-gavam danificados, sem estepe, com muitas multas de trânsi-to. E, em muitas oportunidades, desapareciam. Tinham de ser resgatados em lugares ermos, perigosos, porque os locatários sumiam com os veículos.”

O cenário, entretanto, mudou com a determinação do TER, que estabelece que os partidos prestem contas, inclusive, dos carros locados e até do combustível. O artigo 26, da Lei Elei-toral nº 11.300, de 2006, informa textualmente que são consi-derados gastos eleitorais para fins de registro e verificação as

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LÍDER sETORIAL

FuSõES e aquISIçõES tendem a crescer no mercado de locações

Para o presidente do Sindloc do Paraná, as pequenas locadoras têm de unir forças para ganhar competitividade, o que leva os processos de fusões e aquisições, tão comuns em outras áreas, a se tornar tendência no setor

na sua opinião, o momento é positivo para o setor?Nem positivo, nem negativo. Acredito que seja um momento

de muita atenção. Trata-se de uma fase de ajustes da economia com o aumento dos juros, dos carros novos no início do ano com a obrigatoriedade da adoção dos freios ABS e dos airbags, e, mais recentemente, pelo retorno de parte do IPI (Imposto sobre Produ-tos Industrializados). O custo operacional está mais alto e o preço da locação na ponta não pode ser calculado na mesma proporção, reduzindo as margens. Em meio a esse cenário, os carros seminovos estão sendo comercializados a preços inferiores aos projetados. O grande desafio do empresário do ramo de locação de automóveis, hoje, é saber como reajustar essa engrenagem.

A concorrência tem aumentado no setor?Eu não diria que o aumento da concorrência seja uma pedra no

caminho. Acredito que o setor passa por um momento de profissio-nalização, não há mais espaço para amadores. É preciso investir em treinamento da mão de obra, em gestão, em processos, na redução de custos. É preciso fazer a lição de casa bem feita, quem não a fizer corre o risco de ser engolido pelo mercado.

Em ano de eleição é preciso ficar de olho nas urnas?Com certeza. O setor precisa se unir, acompanhar de perto a legis-

lação, somar esforços para lutar por suas propostas e investimentos. Se a economia não tiver ajustes ficará feio para todo mundo. Assim, é preciso enxergar quem tem a melhor proposta para a economia na hora de ir às urnas.

como o sindloc tem trabalhado para unir o setor?Acreditamos que só teremos nossas reinvindicações atendidas

se formos fortes. Assim, o Sindloc-PR tem promovido uma agenda mensal para associados com a realização de palestras sobre eco-

nomia, formação correta de preços, legislação, monitoramento de multas, entre outros temas. Os assuntos a serem abordados são re-sultado da própria demanda do setor.

Enquanto em algumas regiões do país os emplacamentos dimi-nuíram, no Paraná eles continuam estáveis. Qual a razão?

Creio que seja pelo próprio desempenho do mercado de locação e pelo bom funcionamento do Detran no estado. O Sindloc-PR tem uma parceria afinada com o departamento. Conseguimos, por exemplo, que para licenciar 500 veículos não seja necessária a emissão de 500 boletos, mas que sejam emitidos por lotes. Isso facilita a vida do frotista.

O movimento de fusão e aquisição tende a crescer no setor? Por quê?

As locadoras paranaenses são especialistas em terceirização de veículos para frotas e nos últimos anos têm enfrentado problemas cada vez maiores para negociar com as montadoras, conseguir bons descontos e trabalhar com boas margens. As grandes redes, justa-mente pelo porte, têm maior poder de compra, de negociação de preços e, consequentemente, apresentam maior competitividade. O segmento de frotas tem muito a crescer no País. Crescemos numa faixa de 15% ao ano, mas tem espaço para expandir quatro vezes mais, se comparado com a Europa e os Estados Unidos. Mas, isso só será possível com profissionalismo e competitividade.

Quais as vantagens apresentadas pelas fusões e aquisições?A robustez, ampliação da frota e o poder de negociação. Ganha-

mos sinergia de equipe e com a multiplicação dos negócios faz-se um amplo aproveitamento dos recursos humanos. A frota ganha e pode-se ampliar a área de atuação.Nós vivemos um processo de fusão e nos tornamos uma das principais locadoras de veículos para terceirização de frotas do Paraná.

Ao desembarcar em Curitiba, em meados dos anos 1990, o empresário Flávio Nabhan tinha por objetivo abrir uma locadora de veículos e tocar o próprio negócio. Aos poucos foi conhecendo melhor o mercado e não demorou a constatar que a vocação da capital paranaense era a terceirização de frotas. Tornou-se um especialista na modalidade, cresceu e formou uma carteira de clientes em todo o Brasil. Sua em-presa, Carrier e Ricci somaram frotas, equipes e experiências e os resultados são muito positivos. Nabhan, atual presidente do sindloc-PR, em entrevista à Revista do Sindloc, fala sobre suas experiências e sobre o mercado de locação.

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nOTAs

1ª CoNVENçÃo Do SINDLoC-SP

De 28 a 31 de agosto, o Sindicato das Empresas Locadoras de Ve-ículos Automotores do Estado de São Paulo (Sindloc-SP) realizará sua 1ª Convenção. Nos quatro dias de atividades, palestrantes re-nomados vão apresentar diversos temas de interesse das locadoras.

No tempo livre, os participantes terão a oportunidade de des-frutar momentos de muito lazer e descontração nas dependências do Hotel San Raphael, em Itu (SP), no interior do estado. Reservado exclusivamente para receber esse evento inédito e relevante para o setor, esse local é um empreendimento muito bem aparelhado, que possui ampla infraestrutura para abrigar eventos de grande porte.

Além disso, o hotel passou recentemente por uma reforma total para se adaptar às exigências da delegação russa em sua estada no Brasil, durante a Copa do Mundo de futebol, e ao alto padrão da Fifa.

Com o patrocínio de Chevrolet, Fiat, Ford, Renault, Volkswagem, além de CN Auto, Control Motors, Segplus e Infosistemas, a con-venção tem vagas limitadas, e as locadoras associadas ao Sindloc-SP poderão inscrever sem custo até dois participantes. Fique atento e antecipe sua inscrição, pois as vagas são restritas.

os proprietários de automóveis não precisam mais comunicar a venda de veículo ao Detran

BuRoCRaCIa

São Paulo sai na frente e facilita a vida dos proprietários de veícu-los registrados no estado, que ficam desobrigados a informar a ven-da ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Com o Decreto nº 60.489, de 24 de maio, a partir de agora os cartórios têm obrigação de comunicar à Secretaria da Fazenda todas as operações de compra e venda ou transferência da propriedade de veículos entre particulares. Também compete aos notários enviar ao Fisco cópia digitalizada, fren-te e verso, do Certificado de Registro do Veículo (CRV) preenchido, com as firmas reconhecidas. E estão proibidos de cobrar emolumen-tos adicionais pelo serviço. Os contribuintes poderão acompanhar o andamento do processo no site do Detran (www.detran.sp.gov.br), e o cartório que não cumprir a determinação estará sujeito a multa. Ry

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A Resolução 461/13 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) foi editada com a finalidade de criar o RENAPTV - Registro Nacional de Posse e Uso Temporário de Veículo. E, conforme prevê a própria resolução, entrou em vigor no dia 1º de maio deste ano. Várias loca-doras têm feito questionamentos a respeito de sua implantação, o que não se deu até o momento.

O RENAPTV foi criado para que houvesse um banco de dados e informações de pessoas físicas detentoras da posse e/ou uso de veículos pertencentes a pessoas jurídicas com a qual tenham celebrado contrato de locação, comodato ou arrendamento. O sistema deveria funcionar da seguin-te forma: por exemplo, a empresa locadora celebra um contrato de locação e alimenta o sistema com as infor-mações tanto do veículo como do locatário detentor da posse e uso do automóvel. Na ocorrência de uma infração, o órgão de trânsito responsável pela multa la-vrada consultaria, nesse banco de dados, se tal veículo está naquela data e hora inserido no RENAPTV. E, lá estando, a no-tificação e a responsabilização iriam diretamente para o locatário, o que evitaria transtornos à locadora quando recebesse a notificação e precisasse indicar ao condutor a infração. Ousamos dizer, de forma muito simplória, que seria uma indicação do condutor desde antes da ocorrência da infração.

Da forma que procuramos ilustrar como seria o funcionamento do RENAPTV, a implantação de tal registro parece bastante simples. Mas devemos reconhecer a imensa complexidade desse sistema para bem cumprir o objetivo para o qual foi criado, o que explicaria também seu atraso. E não temos notícia a respeito da proximidade dessa implantação. Portanto, é importante destacar que, enquanto não estiver em funcionamento, todo o procedimento de indicação do condutor deve seguir os trâmites tradicionais físicos (e não virtu-ais), nos termos da Resolução 404 do Contran, com as cautelas que já abordamos em relação a ela, em especial a indicação de condu-tores que estejam com problemas com a CNH – com documento vencido ou suspenso.

Uma das dúvidas que estão sendo levantadas é que, se a demora por parte do Denatran na implantação do RENAPTV, ou sua não

RENaPTV – Resolução 461 do Contran

TRâNSITo

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implantação com a Resolução 461 já em vigor desde 1º de maio, isentaria as locadoras da obrigação de indicar o condutor quando notificadas. Ou então, de alguma forma, forneceria fundamento para anulação de infrações, agravamentos ou outras consequências decorrentes de uma autuação em veículo sob contrato de locação. Nossa orientação e entendimento é que tal alegação não terá su-cesso e que os procedimentos tradicionais devem continuar sendo executados, reiterando o que foi dito anteriormente.

Um ponto importante a ser destacado é que, em nenhum mo-mento, a Resolução 461 estabelece que a multa seja desvinculada do veículo. Apenas não ocorreria o agravamento que decorre da não indicação do condutor/infrator, até porque a indicação seria buscada no RENAPTV.

MARcelo JosÉ ARAÚJo Advogado, presidente da comissão de Trânsito da oAB/PR, consultor do sindloc/sP

“É importante destacar que, enquanto não estiver em funcionamento, todo o

procedimento de indicação do condutor deve seguir os trâmites tradicionais físicos”

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EcOnOmIA

Pela segunda vez em seis meses, o Gover-no Federal mudou de ideia na última hora e manteve os atuais descontos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que in-cidem sobre veículos.

Após reunião com representantes da As-sociação Nacional dos Fabricantes de veícu-los Automotores (Anfavea) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Auto-motores (Fenabrave) de avaliação do setor no primeiro semestre, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da data na véspera do prazo fixado para a volta das alíquotas aos índices normais. Agora, a redução prevista para terminar em 1º de ju-lho se estende até o final do ano. Na prática, mantém-se o IPI de 3% para os carros popu-lares, que deveria voltar a 7%, e de 9% para os modelos flex até 2.0, que subiria para 11%.

No encontro entre governo e as entidades do setor, que resultou na manutenção da tarifa reduzida de IPI, as montadoras alegaram alta de estoques e redução de 18% na produção em maio, comparada ao mesmo mês de 2013. A medida foi tomada para amenizar as perdas da indústria automobilística no primeiro semestre, o pior em vendas desde 2010, e tentar salvar ao menos parte da receita dos próximos seis meses.

De acordo com dados da Federação

IPI REDuzIDo: para setor,medida afeta bom planejamentoGoverno mantém alíquotas reduzidas até o final de 2014 para minimizar perdas da indústria automobilística nos primeiros seis meses do ano e tentar receita do segundo semestre

Nacional da Distribuição de Veículos Au-tomotores (Fenabrave), de janeiro a junho de 2014, as vendas de veículos caíram 6,54% em relação ao mesmo período do ano pas-sado. No período, a Fenabrave registrou a comercialização de 1,1 milhão de automó-veis, um volume aproximadamente 10% in-ferior ao do mesmo período de 2013.

Segundo Mantega, vários motivos, entre os quais o encarecimento do crédito e a Copa do Mundo de futebol influenciaram negativamente nos índices, “apesar da com-petição estar sendo um sucesso e de ser boa para o País, foram sete dias úteis a menos, o que influenciou as vendas”. “Temos de to-mar as medidas para viabilizar um segundo semestre melhor”, justificou o ministro.

Segundo o diretor da Localiza de Ribeirão Preto, Marce-

lo Fernandes, a maior dificuldade nas al-terações das regras do jogo é ter de ad-ministrar surpresas.

“É difícil se preparar, planejar a renovação

de frota, especial-mente a venda de seminovos. Impac-

ta muito na depreciação dos veículos, um dos maiores custos das locadoras e que é altamente influenciado pelas medidas go-

vernamentais”, diz. “Tem de acertar ou errar por palpite, baseado mais na intuição do que em características técnicas.”

A gAngoRRA do IPIEsta é só mais uma decisão no mesmo

sentido. O primeiro corte no tributo para ativar o setor remonta a 2008, em razão da crise financeira. Em 21 de maio de 2012, quando a produção caiu acima de 10% e as vendas despencaram cerca de 3%, o Gover-no usou do mesmo expediente para limar as alíquotas da metade até zero. De lá para cá, o Governo lançou mão do mesmo re-curso, pelas mesmas razões, outras cinco vezes – esta é a sexta.

O desconto no IPI, que chegou a zerar as alíquotas, deveria durar apenas três meses e voltar a patamares normais em setembro de 2012. Resultado: uma corrida para aprovei-tar as ofertas e um agosto recorde de ven-das, com a comercialização de mais de 405 mil veículos leves. Com o sucesso, a redução foi esticada até dezembro, registrando mais de 343 mil licenciamentos de veículos de passeio e utilitários leves.

As perdas estancaram mas a produção não alavancou. Assim, o início de 2013 mar-cou uma alta nas alíquotas, acenando com a volta do IPI cheio. O valor do imposto para os veículos populares pulou de zero para 2%, enquanto o valor para a faixa que concentra o maior volume do mercado, os carros até 2.0, subiu de 5,5% para 7%.

O plano do Governo era retomar as ta-rifas cheias no primeiro trimestre do ano passado. Mas de novo o Governo optou por manter as alíquotas do IPI até o final de 2013 para minimizar os resultados negati-vos do setor.

Em 2014 a novela continuou e em janeiro as tarifas subiram de novo, ainda sem atingir as tarifas cheias: agora, o IPI é de 3% para os carros populares e 9% para os modelos até 2.0.

Agora, é torcer para que o governo man-tenha a palavra e não prorrogue mais o pra-zo, afinal, conforme diz o diretor da Localiza, “nenhum empresário pode fazer projeção na base da sorte”.

Marcelo Fernandes

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Job: 738-SINDLOC-JETTA -- Empresa: Almap BBDO -- Arquivo: JOB 738-16338-45.71 21X28-JETTA ANUN LOCADORAS SIMPLES-JR-Folder_pag001.pdfRegistro: 150233 -- Data: 15:23:39 17/07/2014

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munDO

A renovação da frota é importante para se pensar em redu-ção de custos, já que, passada a vida útil de cada veículo, pode ser mais custoso para o frotista mantê-lo funcionando com as possíveis falhas do que repassá-lo. Para orientar o mercado de locadoras nesse sentido, o Sindloc firma parceria com a Con-trol Motors, empresa especializada em mobilização e desmobi-lização de frotas corporativas, e mostra as condições especiais em relação às práticas do mercado. Segundo Roberto Bottura, diretor comercial da Control Motors, “passado o período de vida útil de uma frota – baseado em uma conta feita a partir de tempo de contrato, custo do veículo, depreciação do bem e quilometragem rodada –, é hora de iniciar a desmobilização”. Bottura explica ainda que, no caso da locadora isso se traduz no tempo de contrato que ela tem com o seu cliente (terceiri-zação de frota) e com isso o carro fica no período do contrato e ele depois é desmobilizado. “No caso do Rent a Car, os carros ficam no mínimo 12 meses por conta da legislação de ICMS e após esse período podem ser desmobilizados e vai da ocupa-ção desse veículo versus a sua quilometragem.”

Após tomada a decisão de que já é tempo de “aposentar” o veículo, contar com uma análise profissional é mais do que essencial para decidir o destino da desmobilização. “Alguns veículos podem ser vendidos para o consumidor final, outros podem ser repassados para lojas, e existem aqueles que seguem direto para desmanche. Uma visão do especialista no assunto ajuda a determinar essas fases”, explica. Pontos estéticos e me-cânicos serão avaliados pela empresa especializada, bem como o canal de venda a ser destinado. Bottura afirma que, muitas vezes, vale reparar o veículo antes de colocá-lo à venda, uma vez que o custo para arrumá-lo é menor do que o valor da de-preciação do automóvel.

Para realizar boa venda na renovação da frota, o especialista recomenda manter o histórico do veículo sempre completo. “É como um pedigree do carro: quanto mais informação se tiver sobre ele, melhor. O frotista poderá vender, então, tanto para lojista quanto para o consumidor final.”

quando desmobilizar minha FRoTa?Sindloc firma parceria com a Control Motors, empresa especializada em desmobilização de frota, que avalia e indica qual a melhor hora de renová-la

A sustentabilidade financeira da empresa ganha muito com a renovação da frota, e é preciso experiência para de-terminar como será a venda do veículo. O diretor da Con-trol Motors lista quatro motivos pelos quais a terceirização do serviço de avaliação faz diferença:

logísTIcA ReVeRsAo primeiro passo para a desmobilização da frota é retirar os veículos dos domínios da empresa e seus colaboradores e centralizá-los num espaço para pátio de forma bem orga-nizada. Assim, para a retomada e parqueamento, a terceiri-zação deixa o custo de transporte e logística mais acessível.

seleÇÃo dos cARRosna desmobilização de frota, nem todos os carros têm o mesmo destino: eles podem ser vendidos para o consumi-dor final, repassados para lojas, continuar na frota ou seguir para desmanche.

TRAnsPARÊncIA nos RePARos“Se o carro estiver com ‘perda total’, é claro que não é re-comendável repará-lo antes de vender. Mas, muitas vezes, vale arrumá-los para melhor negócio.” Ao terceirizar o pro-cesso de desmobilização, aumentam as chances de taxa maior na recuperação do investimento.

cAnAIs de VendAsão desenvolvidos diversos canais de distribuição, como venda presencial, venda online, mercado para lojistas e ou-tros. Ao optar por uma empresa especializada, é possível verificar os ganhos em velocidade de venda, gerando dimi-nuição de custos operacionais.

Por que TERCEIRIzaR a aVaLIaçÃo do VEÍCuLo DE FRoTa?

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O “Reconhecimento” é um dos fatores de sucesso mais importan-tes para nós, mortais. Pouco adianta atingirmos um determinado su-cesso se não formos reconhecidos. Há até aquela piada de que um sujeito vivia solitário numa ilha e salvou a Sharon Stone de um nau-frágio, ficando sozinho com ela na ilha por duas semanas. Depois des-se tempo, ele pediu a ela que se vestisse de homem e desse a volta na ilha. Encontraram-se do outro lado da ilha e ele virou-se para ela (vestida de homem) e disse: - Zé! Você não vai acreditar no que eu vou lhe contar. Estou sozinho numa ilha com a Sharon Stone!

Estar com a Sharon Stone numa ilha, sozinho, poderia ser muito bom, mas era preciso que alguém soubesse disso, isto é que alguém “reconhecesse” aquele feito. Da mesma forma em nossa empresa. É preciso que chefes e colegas percam o medo de elogiar, de “reconhecer méritos” nas pessoas. Temos a tendência de repetir comportamentos que nos são positivamente reforçados e o valor do reconhecimento está justamente aí. Quando “reconhecemos” um valor, esse valor tende a multiplicar-se tanto para a pessoa que foi alvo de nosso reconhecimento quanto para as demais pessoas. Assim, o reconhecimento é fundamentalmente importante para o sucesso pessoal e profissional de qualquer pessoa.

Um “muito obrigado”, um bilhete de reconhecimento, uma carta, um cumprimento sincero valem muito e nós sabemos disso. Temos que perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros pessoas que nos auxiliam e nos ajudam a obter o que queremos. Ninguém vence sozinho. Sabemos disso. E se sabemos disso, é necessário tam-bém saber “reconhecer” isso com ações concretas de “reconheci-mento” e gratidão.

Vejo diretores, gerentes, supervisores, pais e mães que têm medo de elogiar. Ainda existem “superiores” que acham que “chefiar” é en-contrar erros, punir. Inseguros na sua chefia, essas pessoas vivem a buscar alguma coisa para criticar. É preciso que nos acostumemos a pilhar nossos subordinados fazendo as coisas certas para que possa-

ARTIGO

o ser humano precisa de RECoNhECIMENTo

“Temos que perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros

pessoas que nos auxiliam e nos ajudam a obter o que queremos.

Ninguém vence sozinho”

luiz Marins (www.marins.com.br)Antropólogo e escritor

mos reforçar esses comportamentos por meio de elogios. Quando uma pessoa só é cobrada pelos seus erros, vai desenvolvendo uma autoestima baixíssima e os erros começam a multiplicar-se, até que a pessoa começa a acreditar não ser capaz de acertos até mesmo nas coisas mais simples.

Faz parte também do reconhecimento dar crédito a quem re-almente merece. Assim, também tenho visto chefes que “furtam” idéias de seus subordinados dizendo serem aquelas ideias de sua propriedade, ao invés de creditá-las ao verdadeiro autor. Um chefe que tem o hábito (sic) de furtar ideias de seus subordinados acabará ficando isolado, pois nenhum de seus colaboradores virá com ideias novas com o medo de tê-las furtadas pelo chefe. Por incrível que possa parecer, essa é uma prática muito comum de chefes inseguros que não compreendem que sua chefia será, a cada dia, mais valori-zada quanto mais suportada pelo seu pessoal subordinado.

Há tempos atrás, um chefe precisava “bajular” seus superiores para manter-se no cargo. Hoje parece ser o oposto. Ele precisa ser apoiado pelos seus subordinados para manter-se. E esse suporte será maior quanto maior for a capacidade de um chefe em ofere-cer reconhecimento ao trabalho, esforço, dedicação e comprometi-mento de seus subordinados.

Pense nisso. Sucesso!

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