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REVISTA Ano XVII – Edição 141 – janeiro 2013 Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo SINDLOC Montadoras anunciam os lançamentos de 2013 Tecnologia aprimora a gestão das locadoras Os presidentes de entidades ligadas à cadeia do setor de locação revelam certo otimismo para o ano que se inicia em decorrência das políticas econômicas PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO

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REVISTA

Ano XVII – Edição 141 – janeiro 2013

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo

Ano XVII – Edição 141 – janeiro 2013

SINDLOC

Montadoras anunciamos lançamentos de 2013

Tecnologia aprimora agestão das locadoras

Os presidentes de entidades ligadas à cadeia do setor de locação revelam certo otimismo para o ano que se inicia

em decorrência das políticas econômicas

PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO

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A Revista Sindloc SP é uma publicação do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuído gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros, jornalistas.

O ano que passou foi especialmente desafiador para a economia brasileira. Os percentuais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) oscilaram entre 1% e 3%, com inflação na casa de 5%. Mesmo com momentos de turbulência, por um lado reflexo direto da crise econômica internacio-nal, e no cenário doméstico pela restrição ao crédito e da alta taxa de inadimplência, o setor de locação trilhou o caminho do crescimento, com direito a muitos aprendizados.

A despeito destas dificuldades, que sempre existiram, 2012 atestou a maturidade do segmento de locação no Brasil. Para 2013, as perspectivas são ainda melhores. Nas páginas a seguir, vamos mostrar a expectativa dos presidentes de entidades ligadas ao turismo, indústria, comércio e a nossa própria atividade. Mesmo em tom comedido, todos preveem o fortalecimento da nossa economia e, consequentemente, de importantes setores como o de locação de veículos.

As perspectivas são tão boas para o mercado automotivo que as próprias montadoras transfor-maram o Brasil em um player para vários lançamentos. E não é só isso. Muitas marcas constataram o potencial do nosso mercado consumidor e anunciaram investimentos bilionários, para incrementar a produção e desenvolver novas tecnologias no país a partir desse ano.

Na verdade, estamos de olho em 2014, 2015 e 2016. A agenda de São Paulo já tem vários eventos confirmados para os próximos cinco anos. E é essa visão de futuro que deve determinar nosso sucesso. Megaeventos esportivos como Copa das Confederações e Copa do Mundo de Futebol beneficiarão as mais variadas atividades econômicas em todo o Brasil, com impacto natural na nossa atividade.

Paralelamente, imbuído do propósito de unir os empresários de locação e capacitá-los para enfrentar as dificuldades e manter o ritmo de crescimento, o Sindloc-SP vai investir forte na quali-ficação e profissionalização dos gestores, por meio de cursos e treinamentos regulares, alem de pa-lestras com figuras de destaque no cenário nacional. Estamos trabalhando no planejamento destas nossas ações já desde os primeiros dias de janeiro.

Outro marco para este ano é o lançamento da Revista do Sindloc-SP, que traz colunas fixas de es-pecialistas em Direito e Gestão, além de novidades do mercado automotivo e informações técnicas. Nesta primeira edição, abordaremos temas relevantes, entre os quais o uso da tecnologia a favor do aluguel de carros e os principais lançamentos das montadoras para 2013.

Alberto de Camargo VidigalPresidente do Sindloc-SP

Um ano de aprendizados e amadurecimento

ExPEdiEntE

Editorial

Presidente: Alberto de Camargo VidigalVice-Presidente: Eladio Paniagua Juniordiretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Langdiretor Secretário: Paulo Miguel Jr.Consultor de Gestão: Luiz Antonio CabralConselho Fiscal: Eliane Baida, Paulo Gaba Jr. e Paulo Hermas Bonilha JuniorProdução Editorial: Scritta – www.scritta.com.brCoordenação: Eduardo GraboskiRedação: Edaurdo Graboski e Katia Simões

diagramação: Cris Tassi - [email protected]ão: Júlio Yamamoto e Leandro LuizeJornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095 - [email protected]ão: Gráfica Revelaçãotiragem: 5 mil exemplaresEndereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23telefone: (11) 3123-3131E-mail: [email protected]

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

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05 PESQUiSASegundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros, os carros populares foram os mais roubados no Brasil em 2012.

07 JURÍdiCOMarcelo José Araújo, advogado e professor de Direito de Trânsito, fala sobre os benefícios da suspensão da Resolução 404 do Contran.

16 GEStÃOOs novos recursos tecnológicos garantem cada vez mais agilidade no atendimento e controle financeiro das locadoras.

20 FUtUROA tecnologia wireless utilizada em locadoras de veículos dos Estados Unidos e da Europa é modelo para o Brasil.

sumário

ECOnOMiAPresidentes de entidades ligadas à cadeia produtiva que envolve o setor de locação e economistas têm boas perspectivas para 2013.

MERCAdONeste ano, as montadoras apostam na venda dos sedãs médios, além dos compactos. Veja os principais lançamentos para 2013.

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Parar o carro na rua exige atenção redobrada. De acor-do com a Confederação Nacional das Empresas de Se-guros (CNES), no ano passado foram roubados 233.159 veículos no Brasil. Em 2011, esse número era maior, de 237.546. Mesmo com a redução, a estatística ainda é preo-cupante.

A lista é composta praticamente de veículos popula-res, com valor inferior a R$ 40 mil e que podem ser re-vendidos mais facilmente. Além disso, automóveis como Fusca e Parati não possuem um sistema de segurança tão efi caz quanto o de modelos mais atuais.

A alta do dólar e a facilidade para obtenção de crédito impulsiona-ram o turismo nacional em 2012. Os destinos também se empenharam na divulgação de suas infraestruturas e atrações, chamando a atenção inclusive de visitantes estrangeiros. Com isso, a quantidade de voos do-mésticos saltou para 763.816, ou seja, 4,6% a mais do que em 2011.

Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a Regional de São Paulo registrou número de passageiros 6,2% maior do que em 2011, superando 58 milhões de embarques e desembarques. Isso faz com que São Paulo seja responsável por 25% dos mais de 3 milhões de voos anuais do país, balizando a média na-cional de 6,5% ao representar 30,5%.

TURISMOO movimento nos aeroportos de São Paulo é 6,2% maior

ALVO DE CRIMINOSOSOs veículos populares lideram a lista dos mais roubados NOVOS CARROS

Recorde de automóveis emplacados em 2012

Fluxo de passageiros em São Paulo*

Mês 2012 2011

Janeiro 5.160.061 4.693.309

Fevereiro 4.362.973 3.870.552

Março 4.707.057 4.471.485

Abril 4.783.860 4.597.945

Maio 4.726.252 4.442.262

Junho 4.688.826 4.223.501

Julho 5.408.557 5.127.863

Agosto 4.930.667 4.732.928

Setembro 5.020.641 4.631.035

Outubro 5.088.308 4.699.757

Novembro 4.700.573 4.555.499

Dezembro 4.804.429 4.906.312

Acumulado 58.382.204 54.952.448

* Infraero

Considerado o melhor ano das montadoras no mer-cado brasileiro, 2012 registrou a marca de 3,63 milhões de carros emplacados. O número é 6% superior ao recorde obtido em 2011. Essa alta é explicada principalmente em razão dos incentivos fi scais concedidos pelo governo à in-dústria automotiva, além dos juros mais baixos e da facili-dade de crédito.

Com isso, a média diária de emplacamentos, que ca-minhava em um ritmo um pouco acima de 12 mil carros, saltou para um volume aproximado de 16 mil unidades a partir de junho. Em dezembro, os brasileiros compraram ainda mais. As concessionárias de todo o país venderam 17 mil carros/dia, com picos de 24 mil licenciamentos.

Já nos primeiros dez dias deste ano, segundo dados di-vulgados pelo Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), foram emplacados 100 mil veículos. Na média, as vendas chegaram a 14,28 mil unidades diárias, alta de 24,2% sobre a média diária de janeiro de 2012. A indústria automotiva mantém seu vigor logo no início do ano.

Os carros mais roubados em 2012*

Ranking Modelo Unidades roubadas

1º Volkswagen Gol 39.086

2º Fiat Uno 18.005

3º Fiat Palio 13.448

4º GM Corsa 10.119

5º GM Celta 7.221

6º Ford Fiesta 6.935

7º GM Monza 4.849

8º VW Parati 4.577

9º VW Fusca 4.468

10° Fiat Siena 3.966

* Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNES)

inFormaÇÕEs ÚtEis

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O fato de não haver expediente de trabalho em em-

presas, bancos ou repartições públicas nas terças-feiras de

Carnaval e até ao meio-dia da Quarta-Feira de Cinzas cau-

sa muitas controvérsias em torno do “feriado de Carnaval”.

Essa tradição induz muitas pessoas a acreditar que é feriado

e que, portanto, não precisam exercer suas atividades em

seu local de trabalho.

Além do costume, existe o fato de que muitos calendá-

rios apontam “em vermelho” a terça-feira de Carnaval, su-

gerindo que se trata de feriado nacional. Em 2013, o Carna-

val será em 12 de fevereiro, mas, como podemos verificar,

nem todo município ou estado considera a data feriado.

Nesse sentido, a Lei 9.093/95 dispõe sobre os feriados civis

e estabelece que sejam feriados somente aqueles declara-

dos em lei federal ou estadual.

Nos municípios em que não haja lei determinando que

o Carnaval ou qualquer outro dia comemorativo por tradi-

ção seja feriado, há basicamente três possibilidades de os

trabalhadores usufruírem dessa folga sem prejuízos salariais,

possibilitando também à empresa adequar a jornada de

trabalho às suas necessidades de produção e demanda de

serviços:

1ª) Compensação das horas mediante acordo coletivo de

banco de horas;

2ª) Compensação das horas mediante acordo de compen-

sação (compensação do excesso de horas de trabalho

em um dia ou período pela correspondente diminui-

Carnaval é ou não feriado?tRAbAlhiStA

ção em outro), desde que não ultrapasse o limite má-

ximo diário estabelecido por lei, observado o acordo

coletivo da categoria e;

3ª) Liberalidade do trabalho por parte da empresa.

As empresas precisam ficar atentas quanto ao 3º item,

pois a concessão de folga automática e reiterada no dia de

Carnaval ou no dia que o antecede, ainda que não haja lei

municipal ou estadual estabelecendo tal feriado ou previsão

em acordo coletivo, pode acarretar alteração tácita do con-

trato de trabalho.

É o caso, por exemplo, de uma empresa que passa 4 ou

5 anos concedendo folga automática a seus empregados na

véspera e no dia de Carnaval, sem nenhuma previsão con-

tratual, ou seja, o empregado folga e não precisa compensar

os dias não trabalhados.

Nesse caso, a Justiça do Trabalho pode entender que

houve alteração tácita do contrato de trabalho por vontade

da empresa e que o direito de folgar na véspera e no dia

do Carnaval (sem necessidade de compensar) não poderia

mais ser restringido aos empregados.

Por outro lado, se houver expediente normal na empresa

nos dias de Carnaval, sendo considerados feriados devido

a dissídio ou legislação vigente, o trabalhador deve ser re-

munerado, na base de 100% de seu salário, com adicional

de horas extras. Entretanto, o empregador pode optar por

oferecer folgas proporcionais aos dias trabalhados. Nesse

caso, o trabalhador deixará de receber a remuneração extra.

6 revista sindloc

coluna

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Anualmente, as empresas devem fazer o recolhimento

da contribuição sindical patronal, que neste ano deve ser

recolhido até 31 de janeiro, para o sindicato da categoria

econômica que a representa. A obrigatoriedade de pagar

a contribuição sindical patronal está prevista no artigo 579

da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): “A contribui-

ção sindical é devida por todos aqueles que participam de

uma determinada categoria econômica ou profissional, ou

de uma profissão liberal, em favor do sindicato representa-

tivo da mesma categoria ou profissão, ou, inexistindo este,

na conformidade do disposto no art. 591”.

A contribuição sindical patronal possui natureza tribu-

tária, conforme previsto no art. 149 da Constituição Fede-

ral e art. 3º do Código Tributário Nacional (CTB). Trata-se

de contribuição compulsória e que não depende da von-

tade da empresa. Assim, todas as empresas que integram

uma determinada categoria econômica ou profissional es-

tão obrigadas por lei ao pagamento da contribuição sindi-

cal. O fato de uma empresa não estar filiada ou associada a

sindicato não a isenta do recolhimento das contribuições

decorrentes de lei e de natureza tributária, como é o caso

da contribuição sindical.

A obrigação em recolher a contribuição sindical para

a entidade sindical correspondente tem embasamento

legal no artigo 8º, IV da Constituição Federal e também

nos artigos 578 a 594 da Consolidação das Leis do Tra-

balho, possuindo plena legalidade a sua exigência pelas

entidades de classe, estando essa questão consolidada

tanto do ponto de vista legal, quanto jurisprudencial e

doutrinário.

De acordo com a Constituição Federal, “a assembleia

geral fixará contribuição que, em se tratando de catego-

ria profissional, será descontada em folha, para custeio

do sistema confederativo da representação sindical res-

O que é Contribuição Sindical Patronal?

lEGiSlAçÃO

pectiva, independentemente da contribuição prevista

em lei”.

Dessa forma, as contribuições fixadas por assembleia

geral extraordinária e devidas ao sindicato dependem de

autorização para o respectivo desconto, salvo quando se

tratar de contribuição sindical, cujo desconto independe

dessas formalidades.

Com isso, as empresas que não efetuarem o pagamento

da contribuição sindical no período preestabelecido po-

dem ser autuadas pela fiscalização da Delegacia Regional

do Trabalho, órgão vinculado ao Ministério do Trabalho

e Emprego, tendo em vista o Art. 589 da CLT. Além disso,

cabe às entidades sindicais a cobrança judicial.

O recolhimento da contribuição sindical efetuado fora

do prazo previsto na lei terá o acréscimo de multa de 10%

(dez por cento), nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adi-

cional de 2% (dois por cento) por mês subsequente de

atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao

mês e correção monetária (artigo 600 da CLT).

Para novas empresas, o prazo de pagamento da contri-

buição sindical é estendido aos primeiros 30 dias de seu re-

gistro no órgão competente ou de sua licença de exercício.

Vera Lucia dos Santos MenezesAdvogada trabalhista

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Primeiro foi a Resolução 363 do Conselho Nacional de

Trânsito (Contran), que, desde o primeiro contato que ti-

vemos com seu texto, alertamos para os efeitos devastado-

res que causaria não apenas ao setor de locação, mas ao

cidadão comum, incumbido do ônus de reconhecimento

de firma das assinaturas de condutor e proprietário. O setor

de locação foi o que mais se mobilizou e, por essa razão,

ela não entrou em vigor. Em seu lugar foi criada em janeiro

de 2013, a Resolução 404, e novamente identificamos regras

que trariam uma série de questionamentos, e num primeiro

momento também foi prorrogada sua aplicação.

Se por um lado a Resolução 404 merece aplausos por

rever esse absurdo burocrático, por outro lado ela comete

pecado capital em alguns aspectos, como o ceamento de

defesa em relação à advertência, e, mais grave, ela legitima

autuações dos Arts. 162 e 163 para irregularidades detec-

tadas na indicação do condutor e contraria frontalmente

dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Expli-

caremos e exemplificaremos com mais detalhes.

Nós sabemos que para ter carro não é necessário pos-

suir carteira de habilitação, portanto uma pessoa que seja

cega, esteja na UTI de um hospital, com idade centenária e

que nunca tenha sido habilitada pode ser proprietária de

um veículo. Supondo que o automóvel esteja sendo usado

por uma terceira pessoa habilitada e em condições: o Art.

257, § 7º do CTB prevê que, se não houver indicação do

condutor no prazo legal, a responsabilidade recairá sobre

o proprietário, que seria o condutor presumido. Portanto,

indicar o condutor não é uma obrigação, mas, sim, torna-

-se uma escolha, visto que as consequências tanto para a

ação quanto para a inércia estão previstas. Ocorre que no

exemplo citado a Resolução 404 estaria legitimando que,

além de recair sobre o proprietário como previsto em lei,

haveria uma autuação contra a tal pessoa cega, internada

A resolução 404 é suspensatRânSitO

e centenária por dirigir sem habilitação. E pior: tal autu-

ação, que só seria cabível no momento da abordagem e

com conferência dos dados pessoais, será feita na análise

da indicação do condutor, desobedecendo o inciso II, pa-

rágrafo único do Art. 281 do CTB, que prevê a expedição

da notificação em 30 dias de sua ocorrência. Criou-se o

artifício que tal prazo deixa de ser da data da ocorrência,

passando a ser da data do protocolo ou da data do prazo

final da indicação do condutor, que pode ser até de um

ano ou mais da ocorrência, já que só é estabelecido o pra-

zo mínimo e não o máximo.

Quanto ao setor de locações, melhor sorte não gozaria.

A possibilidade de equiparar ao proprietário o locatário

cujo contrato superasse 180 dias poderia parecer o antídoto

contra multas e pontuações, pois seria o locatário a ser no-

tificado, porém a multa continua vinculada ao veículo a seu

proprietário de fato, ou seja, na prática, quando a locadora

retoma o veículo, o faz com os débitos contraídos, e pior, a

locadora não teria sido notificada das autuações e penalida-

des, sendo surpreendida, da mesma forma que ocorre com

a instituição financeira que obtém a reintegração de posse

quando o arrendatário não honra sua obrigação financeira.

Marcelo José AraújoAdvogado e professor de Direito de Trâ[email protected]

coluna

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PErsPEctivas

Um ano com a promessa de crescimento comedido

Mesmo sem a euforia dos últimos anos, presidentes de entidades ligadas à cadeia produtiva que envolve o setor de locação, como ABAV, FIESP, ABEAR, ANFAVEA e ABLA, além de economistas, revelam certo otimismo para o ano que se inicia em decorrência das políticas econômicas adotadas pelo governo, que começam a surtir efeito, e da preparação para os dois grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil a partir de 2014.

Na mesma linha, o presidente do Sindloc-SP, Alberto de Camargo Vidigal, prevê um ano sem retração de mercado e

com melhores perspectivas, principalmente em relação ao bom momento do turismo nacional. “A Copa das Confede-rações em 2013 e os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 também contribuirão com o desenvolvimento da cultura pela locação de automóveis. Além disso, com a eco-nomia internacional estável e a nacional crescendo, sugere um cenário bem melhor do que em 2012, quando a crise internacional, e no Brasil, o crédito restrito e os altos índices de inadimplência, prejudicaram o setor de locação de auto-móveis”, destaca. Confira outras opiniões:

A presidente Dilma Rousseff espera um “pibão” em 2013, conforme declarou em dezembro último. Os economistas, contudo, estão bem mais comedidos e apostam em percentuais de crescimento do PIB entre 1% e 3%, com taxa de inflação na casa dos 5%. Na visão dos analistas do Banco Central, embora as perspectivas sejam modestas, o país reúne condições para continuar crescendo neste ano em um cenário de inflação menor do que o registrado em 2012. Entre os fatores que contribuirão para um bom desempenho figuram o menor reajuste do salário mínimo, a expansão moderada do crédito e a estabilidade dos ativos financeiros.

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10 revista sindloc

PErsPEctivas

“A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) prevê um 2013 ainda de ajustes para as suas associadas, que têm perdido competitividade nos últimos dois anos, por causa do aumento do combustível de aviação, assim como das tarifas

aeroportuárias. Entretanto, superados esses entraves e com a moderni-zação dos principais aeroportos brasileiros, nossa expectativa de médio prazo é de signifi cativo crescimento, o que impactará diversos elos da cadeia, a exemplo da locação de automóveis. Mais pessoas viajando, seja a negócios, seja a lazer, geram sempre incremento em outros setores.”

“As expectativas para 2013 são positivas, com estimativas de um crescimento em torno de 3%, em parte graças às medidas corretas implementadas em 2012 pelo governo federal, com a redução da taxa de juros, a desoneração da folha de pagamentos e o plano de aplicação de descontos na tarifa de energia elétrica. As-sim, as micro, pequenas e médias empresas têm boas perspectivas para conquistar

resultados positivos em 2013, a começar pelo controle mais amplo da economia nacional, cuja expansão deverá ser mais vigorosa. Além disso, essas empresas terão ao seu alcance novas oportunidades que deverão ser desencadeadas em 2013, na esteira dos grandes eventos previstos para o Brasil, entre eles a Copa das Confederações.”

“Em 2012, o baixo crescimento do PIB brasileiro, comparado aos dos demais paí-ses da América Latina, expôs as defi ciências da política econômica nacional. O bai-xo nível de investimento impediu um maior desenvolvimento da atividade econô-mica. Em 2013, não será muito diferente. A economia brasileira deverá apresentar

alta em torno de 3%, enquanto as economias chinesa e norte-americana deverão manter-se no mesmo ritmo. Já os países europeus deverão regis-trar índices negativos. Diante desse cenário, a economia mundial tende a se manter no mesmo ritmo, uma vez que a redução de crescimento de alguns países poderá ser compensada pelo aumento de outros.”

eduardo sanovicz, presidente da

associação Brasileira das empresas aéreas

(aBear)

Paulo skaf, presidente da

Federação e do centro das indústrias do

estado de são Paulo (FiesP e ciesP)

alcides leite, economista e

professor da trevisan escola de negócios

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“O setor de turismo cresceu em 2012 acima de dois dígitos nas três categorias: turismo, corporativo e eventos. Em 2013, as expectativas são bastante positivas. Um dos importantes elos da cadeia, o setor de locação decolará por causa da nova

classe média que vem alavancando as vendas de viagens no país nos últimos anos. Mas, para ter um desempenho acima das expectativas, o segmento tem de rever suas políticas e colaborar mais, adotando ferra-mentas que diminuam o tempo gasto pelo turista para locar um veículo e tirando a responsabilidade pelos riscos das agências de viagens.”

“A economia brasileira deve fechar 2013 com o PIB de R$ 4,8 trilhões, 4% a mais do que em 2012. O comércio pode ultrapassar, pela primeira vez, a barreira de R$ 1,5 tri-lhão em vendas, 6% mais do que o montante de 2012. Só no estado de São Paulo, elas

serão de R$ 475 bilhões. Além disso, os prognósticos para o emprego são positivos, ainda que modestos. Mas são sufi cientes para manter a tendên-cia de crescimento do consumo das famílias. Assim, não é uma temerida-de afi rmar que em 2013 o faturamento do comércio aumente, em valores reais, 5% no país e 3% em São Paulo”.

“O ano de 2012 foi positivo, não houve retração de mercado. As vendas de au-tomóveis leves e veículos pesados tiveram alta de cerca de 5% em relação a 2011. O número representa praticamente uma estabilidade quando se compara ao acu-mulado de janeiro a novembro, cuja alta é de 4,8%, diante do mesmo período do

ano passado. Em 2013, as montadoras deverão produzir 3,51 milhões de veículos, um aumento de 4,5% sobre o volume aguardado para este ano. A expectativa de vendas está na faixa de 3,94 milhões a 3,98 milhões de veículos.”

“2012 foi um ano relativamente bom. Poderia ter sido melhor, não fossem as incertezas causadas pelo IPI. 2013 tende a seguir na mesma cadência se o governo não adotar uma política duradoura para o IPI, que permita que as locadoras de

automóveis tracem uma programação anual de trabalho. É complica-do começar o ano com um preço de carro e terminar com outro. Na teoria, a perspectiva é boa; na prática, só será se o governo adotar uma política automotiva de longo prazo.”

edmar Bull, vice-presidente da

associação Brasileira de agências de viagens

(aBav)

abram szajman, presidente da Federação

do comércio de Bens,

serviços e turismo do

estado de são Paulo

(FecomerciosP)

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cledorvino Belini, presidente da

associação nacional dos Fabricantes de

veículos automotores (anFavea)

Paulo Gaba Jr., presidente da

associação Brasileira das locadoras de

automóveis (aBla)

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dia a dia

As locadoras devem entregar a declaração da Rais até março

As micros e pequenas empresas (MPEs) têm até o dia 8 de março para entregar a Relação Anual de Informações So-ciais (Rais), ano -base 2012. O preenchimento do documen-to é obrigatório a todos os estabelecimentos que possuem vínculos empregatícios. Neste ano, a Rais será elaborada por meio de um certificado digital. Quem não cumprir o prazo estará sujeito a multa de R$ 425,64, que pode ser acrescida de R$ 106,40 por bimestre de atraso.

De acordo com o Ministério do Trabalho, problemas ocor-ridos no programa gerador da declaração estão fazendo com que o Serpro, responsável pelo recebimento e pro cessamento das declarações, analise as remessas com lentidão, o que in-viabilizou a entrega de todas as de clarações.

Além de controlar a atividade trabalhista no país, a Rais fornece dados para a elaboração de estatísticas e ainda dispo-nibiliza in formações do mercado de trabalho às entidades go-vernamentais. São obrigadas a entregar a Rais todas as empre-sas inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) que te nham funcionários sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), trabalhadores avulsos, tem porários, entre outros.

Mesmo as empresas que não têm empregados registrados ou terceirizados precisam apresentar a Rais Negativa. Somen-te estão isen tos da entrega os empreendedores individuais (Eis) que não possuem fun cionários.

Preços de combustíveis sobem 6,6% no primeiro trimestre

Confirmado pelo governo, o reajuste dos combustíveis já causa descontentamento entre os motoristas. A Petrobras comunicou o aumento dos preços da gasolina em 6,6% e do diesel em 5,4%. Essa já era a previsão do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIA). A atual defasagem da gasolina, segun-do a entidade, ultrapassa 15% em relação ao valor que deveria ser cobrado internamente.

Com o reajuste, a Petrobras obterá um aporte de R$ 600 milhões. O valor está baseado no fluxo de caixa referente a dezembro de 2012. Como alternativa, o governo até estu-

dou o aumento da quantidade de álcool na gasolina a partir de abril, na primeira safra de cana de açúcar do ano. Mas, como a defasagem de valores é muito alta, o aumento foi inevitável.

De acordo com a Petrobras, a alteração foi definida levan-do em consideração a política de preços do próprio órgão, que pretende alinhar os valores dos derivados aos praticados no mercado internacional, levando em consideração a pers-pectiva de médio e longo prazo.

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revista s indloc 13

mErcado

Na última década, o setor de locação de veículos ganhou força e consolidou-se como importante atividade econômica. De olho nesse segmento, as montadoras têm as locadoras como potenciais clientes, responsáveis também por divulgar novos mo-delos e criar hábitos de consumo. Por isso, grande parte delas investe na assistência especializada a essas empresas.

As que oferecem os melhores serviços e as melhores opções para as locadoras e clientes frotistas acabam ganhando a árdua luta da concorrência. Os planos de assis-tência passaram a ser uma preocupação dos proprietários de montadoras, que estão cada vez mais se preocupando em oferecer, além de um produto de qualidade, um serviço de primeira, garantindo a fidelidade do cliente.

Além de disponibilizarem uma estrutura específica de vendas, as montadoras reservam áreas específicas nas concessionárias com entrada independente e vende-dores especialmente treinados para atender às diversas necessidades particulares de cada segmento frotista. São profissionais que atuam como consultores, ajudando o cliente a encontrar sempre a melhor e mais adequada solução para o seu problema.

Outro diferencial são os programas de pós-vendas para as locadoras. O cliente é recebido por profissionais especializados no assunto, para um atendimento feito com base em um sistema informatizado. Paralelamente, são firmados acordos comerciais, fazendo com que os lançamentos automotivos cheguem com mais rapidez às locado-ras com preços bem competitivos.

Algumas montadoras oferecem o veículo com frete gratuito, taxas de financiamento especiais, revisões programadas, assistência 24 horas, manutenções periódicas, atendimento prioritário e conselho profissional de me-lhoria de controle de custos.

As montadoras investem na assistência aos frotistas

O financiamento de veículos deve crescer 10%

Depois que o governo federal reduziu a taxa de juros, no fim do ano passado, a Associação Nacional das Empresas Finan-ceiras das Montadoras (Anef ) acredita que o número de finan-ciamentos seja 10% maior em 2013. A procura deve ser, princi-palmente, por carros comerciais leves para pessoa física.

No ano passado, a associação estima que tenham sido conce-didos R$ 206,4 bilhões em crédi-tos para a compra de veículos. O saldo é 2,5% superior na compa-ração com 2011, quando o mon-tante chegou a R$ 201 bilhões.

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Para que um negócio seja bem--sucedido, é preciso muito mais do que indicadores positivos no balanço no fi m do mês. Uma equipe motivada que “vista a camisa” da empresa e compar-tilhe sua missão e seus valores é fator decisivo para um bom desempenho no mercado.

Porém, “não é tão simples manter o time afi nado”, afi rma o consultor Flávio Castro, especialista em recursos huma-nos. Em um grupo com muitas pessoas, as diferenças tendem a pesar no decor-rer do tempo, comprometendo o ren-dimento no ambiente de trabalho. Para isso, programas de liderança e motiva-ção podem assegurar bons resultados,

independentemente da área de atuação de cada profi ssional.

Quando tudo vai bem e os funcioná-rios acreditam e trabalham pela compa-nhia, a imagem percebida pelo cliente é de confi abilidade e segurança. Assim, fi ca mais fácil cativá-lo e torná-lo fi el. Outra consequência é o “boca a boca”. Quan-do as notícias são boas, um bom cliente sempre atrai outro. Cada integrante da equipe também deve ser visto como porta-voz da organização. Uma vez que estão empenhados em seu crescimento, a imagem que transmitem, inconsciente-mente, é a que vale a pena investir nos produtos que estão vendendo.

O consultor, que também atua em

gestão de pessoas, apresenta algumas dicas práticas para manter a equipe motivada e conviver bem com os cole-gas. A primeira recomendação é que o empreendedor tenha tolerância e paci-ência para ouvir o que os outros têm a dizer – sejam funcionários, fornecedo-res ou clientes –, mesmo que não esteja de acordo, e mostrar o seu ponto de vista com moderação.

Como consequência, é preciso estar aberto a sugestões e manter um relacio-namento amistoso principalmente com os colaboradores. É importante saber re-conhecer quando algum colega apresen-ta uma ideia melhor. O orgulho deve ser deixado de lado para o bem da empresa. “Ao mesmo tempo, é fundamental tra-balhar em equipe, saber dividir as tarefas, delegar funções e compartilhar informa-ções. Ninguém é único e insubstituível no mercado de trabalho”, destaca Castro.

Outras dicas são evitar conflitos – quando surgir problemas entre os funcionários, evite tomar partido de alguém e analise a situação com isen-ção e imparcialidade – colaborar para o bom andamento dos trabalhos, mantendo uma postura colaborativa e participativa, além de ser solidário, ofe-recendo ajuda à equipe. “O funcionário deve fazer parte da empresa para sen-tir-se motivado e desempenhar bem a sua função”, finaliza o especialista.

Confira dicas para que as empresas mantenham seu time sempre unido

O sucesso empresarial só caminha com motivação

GESTÃO DE PESSOAS

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VISTORIAPrefeitura de SP divulga cronograma de inspeção veicular

dia a dia

Como os vereadores de São Paulo ainda não decidiram o futuro da inspeção veicular, devido ao recesso parlamentar, os proprietários de automóveis são obrigados a agendar essa vistoria normalmente. A Prefeitura defende novos padrões para a inspeção, bem como o fim da taxa cobrada atualmente (R$ 47,44).

O cronograma das vistorias já foi publicado e afeta, primei-ramente, os donos de veículos com placas final 1. Para esses, o prazo da inspeção ambiental começou no dia 1º de fevereiro e termina em 30 de abril. O prévio agendamento deve ser rea-lizado junto à Controlar, empresa responsável pela inspeção.

Ao passar por esse procedimento, o motorista recebe um certificado e um selo para ser colado no para-brisa, caso o veículo esteja dentro das condições de normalida-de. Quem não fizer a vistoria dentro do prazo estabelecido

Cronograma de inspeção veicularFinal da placa Início do agendamento Período para a inspeção

1 2/janeiro 1/fevereiro a 30/abril

2 1/fevereiro 1/março a 31/maio

3 1/março 1/abril a 30/junho

4 1/abril 2/maio a 31/julho

5 2/maio 1/junho a 31/agosto

6 2/maio 1/junho a 31/agosto

7 1/junho 1/julho a 30/setembro

8 1/julho 1/agosto a 31/outubro

9 1/agosto 2/setembro a 30/novembro

0 2/setembro 1/outubro a 31/dezembro

para as placas fica sujeito a multa de R$ 550,00 em caso de flagrante pela fiscalização.

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sEtor

No mercado nacional, a Tecnologia da Informação (TI) ganha relevância a passos largos em vários setores. Para a lo-cação de veículos, os novos recursos garantem cada vez mais agilidade no atendimento e controle da gestão da empresa. E, com um número crescente de empreendimentos, as com-panhias de TI apostam no desenvolvimento de novas ferra-mentas.

Para as locadoras, o leque de funcionalidades passa por sistemas de gestão de locação, prospecção de mão de obra, rastreamento de frota, controle de manutenção, venda e re-servas on-line. Os sistemas integrados asseguram, via internet, controle integral das operações, além de proporcionar uma gestão administrativo-fi nanceira 100% segura e transparente.

De olho nesse mercado, a Info Sistemas desenvolveu o software Locavia para oferecer suporte à terceirização de frotas com gestão rent a car, central de reservas e controle de manutenção preventiva dos automóveis. Com interface simples, de fácil manuseio, o programa possibilita signifi cativa rapidez no uso, uma vez que pode ser acessado pela internet.

Para as empresas de locação, outra vantagem é que o Lo-

A tecnologia a favor da locação de veículosO setor de tecnologia da informação (ti) desenvolve novos softwares para as locadoras de automóveis

cavia grava todas as operações do sistema, permitindo con-sultar, por exemplo, o responsável por alterações ou exclu-sões de informações no sistema. As transações são registradas com o nome do usuário, data e hora.

Com a terceirização de frota representando grande par-te da fatia do negócio, as locadoras centralizam decisões e reduzem esforços. As atenções do proprietário de uma lo-cadora voltam-se exclusivamente para o negócio, enquanto as prestadoras dispõem de suporte e até mesmo consultoria aos clientes.

Já a CarPlus trabalha há dois anos com um padrão inter-nacional de locação, utilizado principalmente por agentes de viagem. “É o padrão para a Copa de 2014 e conseguimos aten-der a essa demanda com antecedência. São novidades como esta que nos permitirão crescer até 30%”, observa o diretor Luiz Carlos Lang.

A empresa direcionou o know-how para a gestão, com con-sultoria, treinamento, auditoria e correção. O software armaze-na informações desde a compra do veículo até o controle de locações, multas, avarias, manutenções e licenciamento.

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A Ford prepara o lançamento das novas gerações de consagrados modelos, como o novo Focus

lAnçAMEntOSCompactos e sedãs médios devem conquistar as locadoras em 2013

Impulsionada pelo bom momento econômico do país e pelas medidas de incentivo anunciadas pelo governo, como a redução do IPI, a indústria auto-motiva fechou o ano passado com mais de 100 lançamentos. Destaque para os novos hatches compactos Chevrolet Onix, Toyota Etios e Hyundai HB20.

Em 2013, será a vez dos sedãs mé-dios, além dos compactos. É o que as maiores montadoras do mundo garan-

tem. Ao investir R$ 4,5 bilhões até 2015 na capacidade de produção, engenharia e desenvolvimento de sua fábrica de motores no Nordeste, a Ford aposta-rá em novas gerações de consagrados modelos. Devem chegar às ruas o novo Focus (hatch e sedã) e o New Fiesta. Os modelos concorrerão diretamente com os compactos nacionais.

Neste ano, a Volkswagen também deve anunciar um grande lançamento.

O novo Santana – aposentado pela montadora em 2006 – voltará com novo design e mais potência. O modelo foi concebido para concorrer com car-ros na faixa de R$ 35 mil a R$ 40 mil, como o Fiat Grand Siena, Chevrolet Cobalt e Nissan Versa. Outra aposta é o novo Golf.

A General Motors (GM) aproveitará o bom momento do Onix para lançar sua versão sedã. A previsão é que o mo-

montadoras

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novo Santana, um sedã de médio porte que já fez muito sucesso no brasil, voltará remodelado em 2013

Com foco na terceirização de frotas, a italiana Fiat lançará o novo utilitário Fiorino, semelhante ao novo Uno

delo chegue às concessionárias em abril. A montadora também pretende com-bater os concorrentes Renault Duster e o novo Ford EcoSport com o utilitário esportivo Tracker. O SUV deve ser fabri-cado no México e vendido no Brasil até o fim do ano.

Já o grupo PSA Peugeot Citroën, promete o compacto 208 em abril. Ao contrário do que muitos imaginam, o modelo será construído sobre uma plataforma distinta da do Peugeot 207,

com o qual conviverá concomitante-mente. O grupo também continuará apostando no novo Citroën C4, lança-do no fim do ano passado com novo design e tecnologia de ponta.

Mesmo antecipando seus lança-mentos em 2011 e 2012, a Fiat também lançará novidades neste ano. A italiana aposta na nova geração do Fiorino. O utilitário será produzido na plataforma do Novo Uno e promete atrair, princi-palmente, empresas do segmento de

transporte e locadoras de veículos que focam na terceirização de frota.

Por outro lado, a francesa Renault não promete muitas novidades em 2013. Depois de lançar o Sandero, um dos compactos mais vendidos do Brasil no ano passado, a montadora vai des-cansar para planejar as novas gerações do Logan e do próprio Sandero em 2014. Até lá, a Renault continua inves-tindo suas atenções no utilitário espor-tivo Duster.

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Realidade nas locadoras de automóveis dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa, a tecnologia wireless (rede sem fi o) ainda é teoria no mer-cado brasileiro. Apesar de o recurso já estar disponível no mercado nacional, seu uso não foi popularizado em razão do alto custo de implantação. Isso também ocorre no segmento de carros elétricos, praticamente inviável no Brasil.

O sistema wireless pode ser empregado no rastreamento da frota, para localização imediata dos carros; no monitoramento do desempenho de veí-culos e condutores, aprimorando a gestão da empresa; no check-in do clien-te, na agência, para a reserva ou retirada do veículo alugado; e até mesmo no carregamento de modelos elétricos.

Nesse último caso, quando o carro estiver estacionado sobre um campo magnético apropriado, ele começa a ser carregado. O processo utiliza uma antena wireless para estabelecer a conexão entre o veículo (baterias) e o apa-relho gerador de energia. Em pouco tempo, o automóvel está pronto para voltar às ruas sem que haja a necessidade de plugar cabos.

Além disso, o wireless já é utilizado em sistemas de telemetria, que geram relatórios com informações diárias, em aplicações como logística, medição do desempenho dos motoristas, redução de acidentes, sustentabilidade e segurança do veículo. Para a terceirização, a solução otimiza frota e rota, acompanha o desempenho dos veículos, reduz as paradas para manuten-ções e os custos relacionados ao desgaste de peças.

Em muitos países da Europa, as locadoras ainda utilizam essa tecnologia para o conforto de seus clientes. Com a ajuda de um mecanismo computa-dorizado, a pressão dos pneus é monitorada, com a compensação das alte-rações causadas por mudanças climáticas. Outros modelos são equipados com internet wi-fi , possibilitando conexão imediata de notebooks, tablets e smartphones à rede de computadores.

MUNDO

locadoras dos EUA e da Europa apostam na tecnologia wirelessRede sem fio passa a ser utilizada no carregamento das baterias dos carros elétricos

locadoras dos EUA e da Europa apostam na tecnologia wireless

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Atualmente, o Sindloc-SP representa cerca de 900 locado-ras de veículos no Estado. A entidade tem como principal papel criar facilitadores e contribuir com a eliminação de entraves que prejudicam o desenvolvimento da atividade das locadoras de veículos. Durante mais de duas décadas, o Sindloc-SP consolidou seu compromisso com a ética e o res-peito, ampliando conceitos de qualidade e profissionalismo entre as empresas, parceiros, o mercado e a sociedade.

A entidade oferece todo o assessoramento de gestão para os seus associados e inúmeros benefícios, como assessoria ju-rídica sobre questões trabalhistas, tributárias, trânsito entre outras. Além disso, mantêm parceria com fornecedores de produtos e serviços necessários ao negócio de locação em condições diferenciadas e realiza treinamentos e palestras re-gulares.

Não à toa, em toda a sua história, o Sindloc SP já cadas-trou mais de mil empresas do setor, que juntas disponibilizam uma frota de mais de 150 mil automóveis para locação no Estado de São Paulo.

Ao mesmo tempo, o Sindloc-SP interage com as autori-

Contate-nos pelo telefone (11) 3123-3131 ou pelo e-mail [email protected]

SindlOC-SP aposta na profissionalização do setor de locação

dades constituídas e quando necessário promove ações que visam preservar o interesse da atividade de locação de au-tomóveis. Como resultado de todo esse esforço, a entidade representativa amplia a cada dia o número de locadoras de veículos associadas. São empresas que enxergam o valor das ações do Sindloc-SP e se utilizam dos benefícios disponibiliza-dos, acreditando que a união é fundamental no processo de desenvolvimento do setor.

Ao liderar este importante segmento da economia brasi-leira, o objetivo do Sindloc-SP é que estas empresas se profis-sionalizem cada vez mais e prestem um serviço de qualidade, além de difundir a cultura da locação de automóveis e am-pliar o mercado.

O incentivo ao contato entre os parceiros de negócios, a atuação diante dos poderes públicos em prol de questões que envolvem o setor e, ao mesmo tempo, a disposição de capacitação e conhecimentos técnicos e de legislação a ser-viço das empresas locadoras do Estado demonstra o empe-nho da atual Diretoria Executiva para alcançar os objetivos do Sindloc-SP.

sindiloc-sP

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Uma das grandes qualidades do brasileiro é o empreendedoris-

mo. Para constatar isto, basta observar o contingente de pessoas

que, ao deixarem seus empregos, opta por abrir um negócio pró-

prio. Porém, muitos se lançam na empreitada sem nenhum tipo

de informação sobre o mercado em que vão atuar nem sobre a

empresa que vão abrir, o que faz com que 71% das micro e pe-

quenas empresas abertas anualmente no Brasil fechem antes de

completar cinco anos.

Para escapar dessa estatística, muitos empreendedores estão lan-

çando mão de algumas ferramentas muito importantes para o ad-

ministrador moderno, como o plano de negócios (ou Business Plan)

e os estudos de viabilidade econômica, nomes cada vez mais co-

muns no dia a dia de empresários de médio e pequeno porte. Essas

ferramentas fornecem ao empreendedor informações fundamentais

para a gestão empresarial, para o lançamento de um empreendi-

mento ou produto, dando-lhe uma visão estratégica e possibilitan-

do a busca de parceiros ou investidores.

Em muitos casos, o empreendedor é um bom técnico da área em

que vai atuar, mas entende muito pouco de gestão, estrutura socie-

tária, levantamento de capital e planejamento estratégico e análise

tributária, questões essenciais no processo administrativo.

O plano de negócios pode ser descrito como um currículo da

empresa, que a posicionará no mercado em que pretende atuar, apre-

sentando potenciais concorrentes e definindo projeções e resultados.

Com isso, definem-se os objetivos da companhia e se planejam proce-

dimentos para atingi-los. Esse plano, além de importante para a aber-

tura de novas empresas, pode também ser utilizado pelas companhias

que já estão no mercado ou para a busca de novos investidores, bem

como para reestruturação societária ou venda do negócio.

Por possuir todos os dados da empresa, o documento mostra-se

muito eficiente para a captação de recursos financeiros, humanos e

novas parcerias.

O Business Plan também é muito útil no lançamento de um pro-

duto, analisando questões como viabilidade econômica do projeto,

público consumidor e concorrência. Nesse caso, são estudados ape-

lo mercadológico, custo de todas as etapas de produção, necessida-

de de validação de órgãos certificadores (como o Inmetro), estrutu-

ra necessária e projeções.

Com um plano bem delineado, a empresa diminui significativa-

mente os riscos do negócio, por conhecê-los de antemão e possuir

soluções previamente pensadas. O plano de negócios oferece ao

empresário todas essas informações. Na expansão da empresa, o

plano identifica investidores em potencial que, quando contata-

dos, têm mais chance de se interessar em fechar negócio, por já

possuírem uma radiografia da companhia nas mãos.

A ferramenta também se mostra muito útil em processo de

aquisições, pois identifica a real situação da empresa, possibilitando

definir precisamente o valor real do seu patrimônio.

Os trabalhos realizados no desenvolvimento do Business Plan

buscam apresentar uma radiografia da companhia a partir da aná-

lise do seu desempenho financeiro. A identificação das melhores

opções para alcançar novos objetivos também é uma preocupação

do plano, pois são avaliados todos os investimentos da companhia

e o retorno dos mesmos.

Os riscos de qualquer novo negócio também são minimizados

ou até evitados. Na elaboração do plano de negócios são pensa-

dos todos os pontos de diferenciação da corporação ou do produto

que ela comercializa, bem como seus pontos vulneráveis. Com essas

informações, é possível elaborar estratégias de marketing para pro-

dutos e serviços que antecipem possíveis problemas, apresentando

soluções para os mesmos.

Com essas informações nas mãos, o gestor terá um documen-

to que, além de essencial em negociações, será uma importante

ferramenta de análise empresarial, que possibilitará à companhia

planejar seus passos, desde o início de suas atividades até o seu

crescimento, traçar diretrizes e corrigir eventuais equívocos come-

tidos até então.

Raul Corrêa da Silva

Diretor da BDO Auditoria e Consultoria

Quando o planejamento faz a diferença

artigo

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Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012

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Job: Fiat-varejo-agosto -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: C25606-002-Fiat-ClienteSatisfeito-Sindiloc-21x30_pag001.pdfRegistro: 89204 -- Data: 17:18:49 24/08/2012