revista automotive business | edição 39

76
JULHO DE 2016 ANO 8 • NÚMERO 39 Automotive Automotive RECONHECIMENTO PELA EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA OS 13 ELEITOS DO PRÊMIO REI 2016

Upload: automotive-business

Post on 04-Aug-2016

228 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Revista Automotive Business | edição 39

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Automotive Business | edição 39

JULHO DE 2016 ANO 8 • NÚMERO 39

AutomotiveAutomotive

RECONHECIMENTO PELA EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

OS 13 ELEITOS DO PRÊMIO REI 2016

AB39_CAPA.indd 1 25/06/2016 09:31:05

Page 2: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 2 24/06/2016 22:10:10

Page 3: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 3 24/06/2016 22:10:45

Page 4: Revista Automotive Business | edição 39

ÍNDICEÍNDICE

MERCEDES-BENZ É A EMPRESA DO ANO

66 CAPA | PRÊMIO REI 2016

PHILIPP SCHIEMER É O PROFISSIONAL DE MONTADORA E PAULO BUTORI O DE AUTOPEÇAS

4 • AutomotiveBUSINESS

LUIS

PRA

DO

AB39_INDICE.indd 4 01/07/2016 11:42:55

Page 5: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 5

LUIS

PRA

DO

52 INSUMOSA MATÉRIA-PRIMA DO FUTURO Sustentabilidade e reciclagem na ordem do dia

54 Aço56 Plásticos58 Alumínio60 Vidros62 Borracha63 Pneus64 Tintas65 Fibras

10 CARREIRA

12 NEGÓCIOS OS 40 ANOS DA FIAT BETIM As novidades da planta

22 PREMIAÇÃO HONDA DESTACA 24 FORNECEDORES Reconhecimento tem oito categorias

24 PREMIAÇÃO MERCEDES CONTEMPLA PARCEIROS Montadora pede resistência

26 PREMIAÇÃO PSA AVALIA CADEIA DE FORNECEDORES Empresa investe em conteúdo local

28 PREMIAÇÃO TOYOTA RECONHECE FORNECEDORES Melhor foi a Kautex

30 AUTOPEÇAS TOYOTA PRODUZ MOTORES EM PORTO FELIZ Portfólio traz propulsores do Etios

DIV

ULG

AÇÃO

/ T

OYO

TA

DIV

ULG

AÇÃO

/ F

IAT

LETI

CIA

PER

EIRA

PISC

O D

EL G

AISO

32 LANÇAMENTO VOLARE APOSTA NO CINCO Aporte é de R$ 250 milhões

36 INDÚSTRIA 4.0 SETOR AUTOMOTIVO EM EBULIÇÃO Evolução tecnológica é rápida

42 FÓRUM DE RH AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO RH deve acompanhar evolução da indústria

48 INAUGURAÇÃOJAGUAR LAND ROVER JÁ PRODUZ EM ITATIAIAInvestimento é de R$ 750 milhões

AB39_INDICE.indd 5 01/07/2016 11:43:09

Page 6: Revista Automotive Business | edição 39

6 • AutomotiveBUSINESS

EDITORIALREVISTA

www.automotivebusiness.com.br

Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda.

Tiragem de 10.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes

de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,

empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico.

DiretoresMaria Theresa de Borthole Braga

Paula Braga PradoPaulo Ricardo Braga

Editor ResponsávelPaulo Ricardo Braga

(Jornalista, MTPS 8858)

Editora-AssistenteGiovanna Riato

RedaçãoMário Curcio, Pedro Kutney e Sueli Reis

Editor de Notícias do PortalPedro Kutney

Colaboradores desta ediçãoAlexandre Akashi e Ricardo Panessa

Design gráfico

Ricardo Alves de SouzaJosy Angélica

RS Oficina de Arte

Fotografia Estúdio Luis Prado

PublicidadeCarina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves

Atendimento ao leitorPatrícia Pedroso

WebTV Marcos Ambroselli

Comunicação e eventos

Carolina Piovacari

ImpressãoMargraf

Distribuição

Correios

Administração, redação e publicidadeAv. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema,

04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888

[email protected]

A Mercedes-Benz foi eleita a Empresa do Ano na indústria automobilística pelos leitores e participantes de eventos de

Automotive Business. Mais do que isso: seu presidente Philipp Schiemer foi escolhido o Executivo de Montadora e o Actros o Veículo Comercial do ano. O anúncio ocorreu dia 15 de junho, pouco mais de um mês depois de a Mercedes-Benz comemorar, com extensa programação na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), os 60 anos de atividades no País.

Este é um ano de diferentes realidades para a empresa no Brasil que, ao lado das celebrações históricas, deu partida também à fábrica de automóveis em Iracemápolis, no interior paulista, com aporte de R$ 500 milhões. De início estão no portfólio o Classe C e o GLA.

A Mercedes-Benz garante que o investimento de R$ 3,2 bilhões para o período 2010 a 2018 é o maior já anunciado no segmento de veículos comerciais para a linha de caminhões, ônibus, vans e automóveis. A festa toda só seria melhor se a empresa alemã não estivesse vivenciando um dos piores momentos da indústria de veículos comerciais no Brasil, na qual a ociosidade das linhas de montagem superou os 70%.

A FCA também se destacou no Prêmio REI, que reconhece as melhores iniciativas no setor automotivo sob o ponto de vista da excelência e da inovação. O grupo recebeu três troféus: Veículo Leve (para o Jeep Renegade), Marketing e Propaganda e Manufatura e Logística. Os 65 finalistas do Prêmio REI 2016 foram escolhidos por 22 jurados convidados por Automotive Business, que analisaram mais de 200 cases.

Esta edição destaca ainda outras premiações promovidas por montadoras, entre elas a Honda, Toyota, PSA e Mercedes-Benz, sempre com o intuito de estimular os parceiros da cadeia de suprimentos. Por meio do editor Pedro Kutney a revista participou também da inauguração da fábrica de motores da Toyota, em Porto Feliz (SP), e da abertura da unidade da Jaguar Land Rover, em Itatiaia (RJ), que já iniciaram a produção. O repórter Mário Curcio foi conhecer o Cinco, micro-ônibus da Volare, que dá um novo fôlego à marca e cuja análise está também nesta publicação.

Boa leitura e até a próxima edição.

O ANO DA MERCEDES-BENZ

Paulo Ricardo [email protected]

Filiada aoFiliada ao

AB39_EDITORIAL_EXPED.indd 6 24/06/2016 21:05:23

Page 7: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 35 22/06/2016 16:31:31

Page 8: Revista Automotive Business | edição 39

DUPLA MULTIACOS_FINAL para margraf.indd 2 30/06/2016 11:45:27

Page 9: Revista Automotive Business | edição 39

DUPLA MULTIACOS_FINAL para margraf.indd 3 30/06/2016 11:45:28

Page 10: Revista Automotive Business | edição 39

CARREIRA

10 • AutomotiveBUSINESS

EXECUTIVOS

AUTOMOTIVE BUSINESS – O senhor tem uma longa trajetória de 36 anos na indústria automobilística. Como iniciou sua carreira no setor?ANTONIO MEGALE – Apesar de ser de uma família de médicos, sempre tive gosto por mecânica e isso gerou uma vontade de trabalhar no setor, até que deixei Minas Gerais e fui para o Rio de Janeiro, onde estudei engenharia mecânica com especialização em automóveis. Formado, mudei para São Paulo e em 1981 entrei na Ford, na área de engenharia experimental. Fiquei por lá 17 anos, período em que também conheci a área de planejamento da Volkswagen por meio da Autolatina.

AB – E nas outras montadoras, quais foram as experiências?AM – Ainda na Ford surgiram oportunidades. Fui para planejamento de produto. Também passei pelo marketing e, quando migrei para a área de picapes, recebi proposta da Chrysler para liderar Dodge, Jeep e a própria Chrysler no Brasil. Três anos depois, em 2000, fui para a Renault, onde assumi o marketing e ajudei

na criação da área de relações institucionais. No fim de 2007, aceitei o convite da Volkswagen para integrar a área de assuntos governamentais, onde estou até hoje.

AB – E agora, à frente da Anfavea, como conduzir a entidade em um momento como este?AM – É um desafio enorme que temos pela frente, mas tenho um orgulho e uma satisfação muito grande. Espero conseguir ter a competência de um bom mandato e quero lá na frente entregar a Anfavea com um mercado muito mais significativo, já brigando para voltar a recordes de produção. Essa é minha esperança.

AB – Em meio a uma rotina intensa, como fica a vida pessoal?AM – Eu tenho um imóvel no litoral e como hobby gosto de caminhar na praia. Também gosto de conhecer coisas novas, outros países. Tenho uma esposa extraordinária, estamos juntos há 40 anos, tenho dois filhos adultos e, sempre que podemos, estamos juntos. De vez em quando volto para minha terra, gosto de estar entre as montanhas mineiras, mexer com as coisas agrícolas. (Sueli Reis) n

OM

AR P

AIXÃ

O

ASSISTA À ENTREVISTA COMPLETA E EXCLUSIVA DE

ANTONIO MEGALE NA ABTV

DIV

ULG

AÇÃO

/ C

HER

YJO

HAN

ES D

UAR

TE

DIV

ULG

AÇÃO

/ F

CA

ANTONIO MEGALE TRAZ LARGA EXPERIÊNCIA PARA OS ÂMBITOS DA ANFAVEA

EXECUTIVO QUE PASSOU POR DIVERSAS MONTADORAS QUER UMA GESTÃO FOCADA EM RETOMADA DO CRESCIMENTO

GILSON CARVALHO é eleito novo presidente da Anef, associação dos bancos de montadoras, para o triênio 2016-2019. Ele sucede a Décio Carbonari, que ocupava o cargo desde maio de 2010.

LUCIANO RESNER assume a vice-presidência operacional da Chery no Brasil. Ele acumula o cargo de diretor de qualidade.

RICHARD CHRISTIAN SCHWARZWALD substitui

Amin Alidina no cargo de diretor de qualidade da Fiat

Chrysler Automobiles para a América Latina.

CARLO MARTORANO assume a diretoria de compras

da CNH Industrial América Latina em substituição a Osias Galantine, que deixou o grupo.

DIV

ULG

AÇÃO

/ C

NH

AB39_CARREIRA.indd 10 25/06/2016 10:48:40

Page 11: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 11 22/06/2016 16:11:15

Page 12: Revista Automotive Business | edição 39

UNIDADE CRIOU O POLO AUTOMOTIVO DE MINAS GERAIS E JÁ FEZ ALI CERCA DE 15 MILHÕES DE VEÍCULOS

FÁBRICA DE BETIM

CHEGA AOS 40 ANOS A MAIOR PLANTA DA FIAT NO MUNDO

C hega aos 40 anos a fábrica da Fiat na cidade mineira de Betim. A unidade foi inaugurada em

9 de julho de 1976 e, naquela época, deu início ao bem-sucedido processo de mineirização da produção automotiva brasileira, com a criação de um novo polo automotivo. Atualmente a FCA – Fiat Chrysler Automobiles – replica este processo em Pernambuco, com a planta da Jeep no município de Goiana.

Bons números não faltam para a fábrica quarentona de Betim. Com mais de 2,25 milhões de metros quadrados de área construída, a unidade é a segunda maior operação de veículos do mundo em capacidade produtiva. Ali podem ser feitos até 800 mil carros por ano. Desde a inauguração cerca de 15 milhões de veículos saíram daquelas linhas de montagem, que demandam serviços e componentes de cerca de 300 fornecedores – a maioria deles instalada no entorno do complexo industrial da Fiat - que geram 19 mil empregos.

O primeiro carro a ser feito na unidade foi o Fiat 147. Ao longo de sua história a fábrica passou a ser referência em conduzir ampliações e modernizações sem precisar interromper as atividades durante as reformas, conduzindo a operação e a atualização simultaneamente. A primeira delas aconteceu em 2011, com o início da operação da área de prensas com duas linhas de alta cadência capazes de dar 16 golpes por minuto.

Outro mérito da planta da Fiat em Betim está na flexibilidade. Segundo a empresa, a unidade é capaz de responder rapidamente às oscilações na demanda. Cada linha de montagem faz diversos modelos. A empresa aponta que a operação é responsável atualmente por produzir 15 modelos, entre automóveis e comerciais leves. No total são mais de 70 versões, algumas delas voltadas ao mercado internacional.

A complexa estrutura exige o manuseio diário de 60 mil peças diferentes que chegam à unidade em 1,4 mil caminhões. O complexo industrial de Betim também tem

DIV

ULG

AÇÃO

/ F

IAT

FIAT BETIM EM NÚMEROS•40 anos de história • 2,25 milhões de m2 de área total

• Capacidade para 800 mil veículos/ano

• Mais de 15 milhões de carros fabricados

NEGÓCIOS

AB39_NEGOCIOS_v3.indd 12 24/06/2016 19:50:29

Page 13: Revista Automotive Business | edição 39

capacidade instalada para fabricar 670 mil motores e 650 mil transmissões por ano. Entre os propulsores, são feitos ali o Fire Evo 1.0 e 1.4 e a família Fire 1.0 e 1.4.

Desde 2007 a complexa operação aplica os conceitos World Class Manufacturing (WCM), sistema de produção que busca aumento da eficiência e a eliminação de desperdícios. O método passa por pilares técnicos e gerenciais que envolvem qualidade, organização, logística, gestão ambiental e segurança.

INVESTIMENTOSO aniversário de 40 anos marca ainda a conclusão de extenso processo de modernização da fábrica de Betim, que recebeu investimento de R$ 7 bilhões da FCA entre 2011 e 2016. O aporte deu conta da atualização da planta e do desenvolvimento de novos produtos.

Com o montante, foi construído novo prédio de pintura, com equipamentos mais modernos que prometem elevar a eficiência do processo. A empresa aponta que a linha de produção ficou mais automatizada para garantir precisão. Cerca de 500 robôs atuam na área de funilaria, 195 deles instalados para atender a produção do Fiat Mobi.

AB39_NEGOCIOS_v3.indd 13 24/06/2016 19:50:36

Page 14: Revista Automotive Business | edição 39

14 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

PONTO DE VISTA

SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR

HYUNDAI CAOA QUER SER A PRIMEIRA EM PÓS-VENDA

ANTONIO MEGALE, presidente da Anfavea, ao alertar que a produção de veículos segue contraída, com previsão de queda de 5,5% em 2016

O nível de produção é de 2004, mas o de emprego é de 2010, então existe uma defasagem. Há um claro esforço por parte das empresas pela manutenção dos postos de trabalho a fim de ter mão de obra qualificada quando tivermos a retomada do mercado”

A fábrica de motos da BMW em Manaus será inaugurada só no último trimestre deste ano.

Com isso, a produção atual será transferida da planta da Dafra, que cede parte de seu espaço, para a nova instalação. Quando confirmou a unidade própria, em maio último, a montadora havia apenas citado que a inauguração ocorreria no segundo semestre. “Dependemos de licenças ambientais”, afirma a diretora de assuntos governamentais do Grupo BMW no Brasil, Gleide Souza. (Mário Curcio)

A Hyundai Caoa quer destronar a Toyota da posição de líder em satisfação do consumidor com os serviços no pós-venda. O primeiro

sinal desse esforço ocorreu há um ano, quando investiu R$ 25 milhões na construção do Hyundai Premium Services, em São Paulo (SP), centro de serviços responsável por implementar as boas práticas e padrões que a companhia quer espalhar em sua rede de concessionárias.

A empresa tem outras ações no horizonte, como o lançamento de um aplicativo, que está em fase final de testes. Por ele os clientes poderão receber alertas quando chegar o momento de fazer uma revisão e agendar o serviço. A experiência com o centro de serviços foi tão boa que a Caoa estuda levar para outras regiões. Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Recife (PE) estão entre as capitais que poderão sediar um empreendimento do gênero no futuro. (Giovanna Riato)

FÁBRICA DE MOTOS DA BMW SÓ FIM DO ANO

PLANO ADIADO

BETO

LIM

A

JÖRG

NST

LE

AB39_NEGOCIOS_v3.indd 14 24/06/2016 19:53:54

Page 15: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 15 22/06/2016 16:19:59

Page 16: Revista Automotive Business | edição 39

16 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

DIV

ULG

AÇÃO

FOCO NA EXPORTAÇÃO

RENAULT CONTRATA 550 FUNCIONÁRIOS NO PARANÁ

Enquanto as montadoras enxu-gam o quadro de funcionários,

a Renault contrata 550 pessoas para trabalhar na planta de São José dos Pinhais, no Paraná. As vagas tem-porárias têm como foco atender a demanda por exportações, com encomendas de 8 mil unidades dos modelos Sandero, Logan e Duster Oroch para Argentina, Chile, Co-lômbia e Peru. Para dar conta, a produção da unidade paranaense foi ampliada de 43 para 60 carros por hora em dois turnos.

J.D. POWER

A Toyota lidera pelo quarto ano consecutivo o Sales Satisfaction Index (SSI) 2016, índice apurado pela J.D. Power do Brasil que mede a satisfação

ao longo do processo de venda de veículos novos. A montadora alcançou pontuação de 839 em uma escala de 1 mil, seguida pela Hyundai-Caoa, com 831 pontos. A Jeep, que aparece pela primeira vez no índice, e a Chevrolet pontuaram 817 e 811, ocupando terceiro e quarto lugares, respectivamente, enquanto a Nissan apresentou melhora, saindo da 11a posição em 2015 para a quinta neste ano. A pesquisa foi realizada entre março e abril de 2016 com base nas avaliações de mais de 3,6 mil proprietários que compraram um carro nos últimos 12 meses.

A Nissan decidiu equipar seus carros populares com câmbio CVT. O preço das novas versões ficou alto, começa em R$ 54.090 para o March e

em R$ 57.990 para o Versa. A transmissão é oferecida como opcional nas configurações 1.6 topo de linha dos modelos, com valor de R$ 4,8 mil. O argumento da fabricante para convencer o consumidor a pagar o preço maior está na tecnologia atualizada, que garantiria mais conforto, pois não há trancos nas trocas de marchas, e consumo menor trazido pela aceleração linear, sem altos e baixos na rotação do motor. Com a chegada de March e Versa automáticos, todo o portfólio da marca japonesa no País tem agora a opção CVT. A empresa espera que a novidade responda por 35% a 40% das vendas do hatchback e cerca de 60% dos negócios do sedã. (Pedro Kutney)

LANÇAMENTO

NISSAN VENDE MARCH E VERSA CVT

A ZEN, fabricante de impulsores de partida e polias de

alternador, anuncia investimento da ordem de R$ 3 milhões para ampliar a linha de tensionadores e garantir cobertura maior do mercado. O aporte acontece para apoiar o crescimento da companhia que, em 2015, ampliou o faturamento em 13%, com vendas que somaram 9 milhões de componentes. “Esperamos repetir esse crescimento em 2016, com aumento de 12% a 14%”, aponta o presidente, Gilberto Heinzelmann. O resultado, segundo ele, será impulsionado pelas exportações. (Giovanna Riato)

INVESTIMENTO

ZEN AUMENTA A PRODUÇÃO DE TENSIONADORES

DIV

ULG

AÇÃO

/ N

ISSA

N

TOYOTA É A QUE MAIS TEM CLIENTES SATISFEITOS NA VENDA

AB39_NEGOCIOS_v3.indd 16 24/06/2016 19:55:45

Page 17: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 17 25/06/2016 11:16:09

Page 18: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 18 25/06/2016 11:24:34

Page 19: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 19 25/06/2016 11:24:36

Page 20: Revista Automotive Business | edição 39

20 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

ISAB

ELA

SEN

ATO

RE

RECONHECIMENTO

BOSCH ELEGE OS MELHORES FORNECEDORES

A Bosch entregou o prêmio Magneto de Ouro aos melhores fornecedores do biênio 2014/2015 du-

rante cerimônia realizada em sua sede em Campinas (SP). Nesta terceira edição do prêmio, a sistemista reconheceu dez empresas em três categorias: Peças e Componentes, Produtos e Serviços e Destaque. Foi considerado o desempenho nos quesitos qualidade, competitividade, entrega, logística, parceria comercial, gestão de projetos, pontualidade, inovação, gestão so-cial e ambiental.

CONHEÇA OS VENCEDORES:PEÇAS E COMPONENTES

Arim Componentes Artestampo Indústria Metalúrgica Ltda Bins Indústria de Artefatos de Borracha Qualitrafo Industrial Meditec Tecnologia em Usinagem

CATEGORIA PRODUTOS E SERVIÇOS Rápido Luxo Campinas Transdotti Transporte Rodoviário Westrock Corporation

DESTAQUE Empresa de Transporte Covre Tessin Indústria e Comércio

CONTRA A MARÉ

NGK NACIONALIZA VELA DE ALTO DESEMPENHO

A NGK decidiu produzir velas de alto

desempenho, com eletrodo central de platina, na fábrica de Mogi das Cruzes (SP). A tecnologia oferece benefício similar ao garantido pelo uso de velas de irídio, cada vez mais aplicadas pelas montadoras. Inicialmente, a novidade será vendida apenas no mercado de reposição com o nome G-Power. (Pedro Kutney)

FIQUE DE OLHOAS STARTUPS QUE OFERECEM TECNOLOGIA E SERVIÇOS RELACIONADOS AO SETOR AUTOMOTIVO

PIVOTAL RECEBE INVESTIMENTO DA FORD

A Pivotal vai aprofundar a parceria com a Ford. A montadora investirá US$ 182,2 milhões na

empresa especializada em software baseado na nuvem para a criação de aplicativos e serviços relacionados à mobilidade. A Ford aponta que a iniciativa faz parte do plano de acelerar a sua transformação em uma empresa automotiva e de mobilidade.

ARRUMAÍ QUER FACILITAR MANUTENÇÃO DO CARRO

Uma nova plataforma, a Arrumaí, pretende ajudar os consumidores na tarefa de

encontrar oficinas confiáveis para a manutenção de seus carros. A empresa encontra o estabelecimento mais próximo do usuário, que é classificado pelos outros motoristas da plataforma com base em qualidade do serviço, custo e tempo. A ferramenta mantém ainda o histórico de manutenções do carro.

AB39_NEGOCIOS_v3.indd 20 27/06/2016 12:39:51

Page 21: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 21 22/06/2016 16:24:37

Page 22: Revista Automotive Business | edição 39

OS PREMIADOSEXCELÊNCIA EM QUALIDADE E DELIVERY (LOGÍSTICA)

Basf Bridgestone do Brasil Maxion Wheels (rodas de aço

Limeira, SP) NGK NSK Pentosin Yachiyo

EXCELÊNCIA EM QUALIDADE 3M JSP Brasil Indústria de Plásticos Litens Automotive SNR Rolamentos

EXCELÊNCIA EM DELIVERY (LOGÍSTICA)

Bleistahl Brasil Metalurgia KSPG Automotive Pionner Yutaka

DESTAQUE EM DELIVERY (LOGÍSTICA)

G-KT

EXCELÊNCIA EM DIVISÃO DE PEÇAS (DISTRIBUIÇÃO)

Honda Lock São Paulo

EXCELÊNCIA EM CUSTOS Elring Klinger Michelin Panasonic Trimtec

EXCELÊNCIA EM REDUÇÃO DE CO2 NS São Paulo Componentes

Automotivos FBA Fundição Brasileira de Alumínio

EXCELÊNCIA EM ATENDIMENTO BR100

AS Brasil Litens Automotive

PREMIAÇÃO

HONDA DESTACA DESEMPENHO DE 24 FORNECEDORES

A divisão de automóveis da Honda no Brasil premiou os parceiros de negócios que

apresentaram o melhor desempenho em 2015. No 18o Encontro de For-necedores Honda, realizado no fim de abril, foram entregues 25 troféus de reconhecimento às 24 empresas que mais se destacaram nas metas anuais em oito categorias.

Segundo a Honda, as diferentes categorias de premiação dos forne-cedores levam em conta o desem-penho em qualidade, atendimento, custos, desenvolvimento de produtos para novos modelos e preservação do meio ambiente.

A Honda informa que, desde 2014, quando foi inaugurado o centro de pesquisa e desenvolvi-mento na planta de Sumaré (SP), intensificou a busca pela naciona-lização de itens, aumento da com-petitividade e o investimento em capacitação técnica e comprome-timento conjunto com os fornece-dores, para o desenvolvimento de novas ideias e produtos que supe-rem as expectativas dos clientes. Uma das categorias da premiação foi a Excelência em Atendimento BR100, nome de um projeto criado pela Honda Brasil para incentivar a nacionalização dos carros feitos no Brasil com competitividade. As duas empresas premiadas nessa catego-ria este ano foram escolhidas pelo desempenho conjunto no atendi-mento a três metas: localização de conteúdo importado, redução de custos e melhoria de eficiência.

DIVISÃO DE AUTOMÓVEIS RECONHECE OS MELHORES DE 2015 EM OITO CATEGORIAS

MAR

CO

FLA

VIO

22 • AutomotiveBUSINESS

AB39_PREMIO_[Honda].indd 22 27/06/2016 10:45:31

Page 23: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 23 23/06/2016 17:28:06

Page 24: Revista Automotive Business | edição 39

24 • AutomotiveBUSINESS

PREMIAÇÃO

MERCEDES-BENZ CONTEMPLA FORNECEDORES

E PEDE RESISTÊNCIA

A Mercedes-Benz realizou em 3 de maio a 24a edição do Prê-mio Interação, com o reconhecimento de seus dez melhores fornecedores em seis categorias. Na cerimônia, a fabricante

repisou que o momento é de extrema dificuldade, especialmente para quem atua no segmento de veículos comerciais, mas pediu re-sistência aos seus parceiros responsáveis por suprir de componen-tes as linhas de produção, para que fábrica e cadeia de suprimentos estejam prontas para a volta do crescimento econômico no País.

“O momento é difícil e os últimos dois anos têm colocado grandes desafios. Mas a retomada virá porque o Brasil tem enorme potencial. O País vai voltar a crescer e temos de estar preparados para isso”, defen-deu Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, em sua mensagem aos fornecedores. “Nós aqui fizemos a lição de ca-sa. Mantemos todos os investimentos com muito custo e esperamos que vocês consigam fazer o mesmo, ainda que agora precisamos nos adaptar para trabalhar com volumes baixos”, pediu.

Outra oportunidade, lembrou Berbetz, é a nova fábrica de au-tomóveis inaugurada pela Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) há

FÁBRICA PRECISA DE CADEIA DE SUPRIMENTOS PREPARADA PARA VOLTAR A CRESCER

OS PREMIADOS INOVAÇÃO TECNOLÓGICA Continental (sistemas eletrônicos e hidráulicos de

freios, auxílio ao motorista, controle de suspensão a ar, gerenciamento de motor, alimentação de combustível, cluster de instrumentos, sensores, atuadores)

EXCELÊNCIA OPERACIONAL EM CUSTOS Wabco (sistemas de freios, ABS, ESC)

EXCELÊNCIA OPERACIONAL EM QUALIDADE Eaton (transmissões) Kongsberg Automotive (sistemas de acionamento de embreagens, barras estabilizadoras, acoplamentos)

EXCELÊNCIA OPERACIONAL EM LOGÍSTICA Yazaki (chicotes elétricos) Tupy (componentes fundidos)

EXCELÊNCIA EM MATERIAL INDIRETO E SERVIÇOS Voith Serviços Industriais (limpeza e manutenção industrial, gerenciamento de resíduos) Cosan Lubrificantes e Especialidades (óleos lubrificantes) Accenture (tecnologia da informação)

PRÊMIO ESPECIAL Iochpe-Maxion/Maxion Structural Components (componentes estruturais) Reconhecimento à multinacional brasileira que iniciou suas atividades no Brasil em 1918 e contribuiu para a instalação da Mercedes-Benz no País.

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO /

MER

CED

ES-B

ENZ

PEDRO KUTNEY

ERODES BERBETZ: a retomada virá

AB39_PREMIO_[Mercedes]_v2.indd 24 25/06/2016 11:40:55

Page 25: Revista Automotive Business | edição 39

pouco mais de um mês. “Já estamos trabalhando com alguns fornecedo-res locais, alguns são velhos parcei-ros e outros são novos, mas existe a possibilidade de localizar mais com-ponentes”, conta.

O diretor de compras admite que a capacidade ociosa alcança os 80% nas fábricas de caminhões e ônibus, como é o caso da Mercedes-Benz. Por isso seu departamento vem monitorando constantemente a situação dos parcei-ros de negócios e muitas vezes precisa oferecer ajuda direta, para evitar o ris-co de abrir buracos na cadeia de supri-mentos, com o fechamento de empre-sas que poderão fazer falta no futuro. “Mas por enquanto são situações pontuais”, ressalta Berbetz, que tem cerca de 400 empresas atualmente em sua base de fornecedores.

OS DEZ MELHORES parceiros da montadora receberam troféus molestir

AB39_PREMIO_[Mercedes]_v2.indd 25 25/06/2016 11:41:01

Page 26: Revista Automotive Business | edição 39

26 • AutomotiveBUSINESS

PREMIAÇÃO

PSA PREMIA PARCEIROS E INVESTE EM CONTEÚDO LOCAL

O Grupo PSA, dono das mar-cas Peugeot, Citroën e DS, está revisando o valor do

investimento de t 70 milhões para elevar o conteúdo local de seus veí-culos na América Latina, dos quais t 50 milhões serão aplicados no Bra-sil e os demais t 20 milhões na Ar-gentina. Anunciado no ano passado durante a premiação dos fornecedo-res, o investimento para aumento de conteúdo local pode superar a cifra graças aos novos projetos da com-panhia previstos para ser produzidos na região, conforme o planejamen-to do novo programa estratégico global Push to Pass, anunciado em abril pelo CEO mundial, Carlos Tavares.

“Para a América Latina estão reservados 16 novos pro-jetos e a ideia é que já nasçam com 90% de conteúdo local. Já iniciamos os trabalhos, por isso estamos revi-sando estes valores de localização”, disse Antônio Carlos Vischi, diretor de compras do Grupo PSA para América Latina, durante a cerimônia da quinta edição do prêmio de fornecedores Supplier Awards Latin America 2016, dia 6 de junho, na sede da empresa em São Paulo.

Vischi destaca que para os novos produtos o grande desafio está em criar soluções locais que atendam as ex-pectativas e as características do mercado latino-ameri-cano. “Os fornecedores são parte desse processo como codesenvolvedores”, lembrou.

Foram 16 as empresas condecoradas em seis cate-gorias, mais um prêmio especial concedido pelo júri. O desempenho dos fornecedores ao longo de 2015 rece-beu avaliação dentro dos padrões de análise mundial do Grupo PSA.

“Reconhecemos hoje o excelente desempenho dos nos-sos fornecedores durante o ano de 2015, o que nos per-mitiu manter um alto nível de qualidade, inovação, com-petitividade e custos, alcançando assim maior satisfação do nosso cliente final”, completou Vischi. (Sueli Reis)

COM T 70 MILHÕES, 16 NOVOS PROJETOS JÁ DEVERÃO NASCER SOMANDO 90% DE PEÇAS FEITAS NA REGIÃO

DIV

ULG

AÇÃO

/ P

SA

GRUPO PSA premia melhores fornecedores e reforça parcerias

OS PREMIADOSPRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI

Aethra (Brasil) – pelo trabalho de codesign e sinergia técnica, com resultados expressivos

QUALIDADE Michelin (Brasil) e Ferrosider Parts (Argentina)

ECONOMIA DE CUSTOS Simoldes (Brasil)

LOGÍSTICA Nexteer (Brasil) e Testori (Argentina)

MATERIAIS INDIRETOS, MAQUINÁRIOS, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS

Verzani&Sandrini (Brasil) e Fourwinds (Argentina)

PÓS-VENDA Johnson Controls (Brasil) e Sogefi (Argentina)

MELHORES PLANTAS NO BRASIL: Pilkington (Caçapava/SP), Mahle Metal Leve (Itajubá/MG), Maxion Wheels (Limeira/SP), Thyssenkrupp (Campo Limpo Paulista/SP) NA ARGENTINA: Pirelli Neumaticos (Buenos Aires) e Macchiarola Bartolome (Córdoba).

AB39_PREMIO_[PSA].indd 26 27/06/2016 10:59:41

Page 27: Revista Automotive Business | edição 39

maxion_psa.indd 1 23/06/2016 11:23:03_Anuncio_Fechamento.indd 27 23/06/2016 17:32:11

Page 28: Revista Automotive Business | edição 39

PREMIAÇÃO

PARA TOYOTA, MELHOR FOI A KAUTEX

A Toyota do Brasil realizou dia 28 de abril, em São Paulo, a 14a Suppliers Conference. A

tradicional premiação reconhece as empresas que atingiram ou supera-ram as expectativas da montadora no fornecimento de serviços e produtos. Steve St. Angelo, CEO da Toyota pa-ra América Latina e Caribe e chairman da companhia no Brasil, comandou a entrega dos troféus pelo reconheci-mento em Excelência e Certificado nas categorias Qualidade, Logística e Custo. Foram contemplados 45 fornecedores.

Na categoria Qualidade as empresas premiadas em Excelência obtiveram 0 PPM (partes por milhão), ou seja, ne-nhum defeito apresentado na qualidade das peças entregues, além de não terem nenhuma reclamação grave sobre seu desempenho durante o ano de 2015. Os Certificados em Qualidade foram

45 EMPRESAS FORAM RECONHECIDAS PELOS SERVIÇOS PRESTADOS NAS CATEGORIAS QUALIDADE, LOGÍSTICA E CUSTO

FOTO

S /

AGN

ES S

OU

ZA

entregues às empresas que tiveram, no máximo, 15 PPM (partes por milhão). Empresas premiadas em Qualidade: Excelência: Aisin Automotive, Budai, Cestari, Elring Klinger, Enertec (JCI), GKN Brasil, Jedal, NSK, Panasonic, Rassini, Sanko, Schaeffler, Sumidenso, Thyssenkrupp e ZF. Certificado: Baros-

si, Basf, Benteler, Bosal, Casco, Cobra, Delga, G-KTB, JCI, Mueller Plásticos, Nitto Denko, Pecval, Pilkington, Pirelli, Stanley, TRBR, Triospuma e Tyco.

Na categoria Logística foram pre-miados por Excelência os fornece-dores que respeitaram e atingiram o prazo (considerando dias e horários marcados) na entrega de todas as pe-ças, sem nenhuma divergência do que havia sido solicitado. Os fornecedores que entregaram as peças encomen-dadas com pequenas divergências receberam o Certificado em Logística. Fornecedores homenageados: Exce-lência: Olsa, Regali Fundição, Maxion e ZF. Certificado: 3M, Dana, Fujitsuten, Pioneer, Sanko, Stabilus e TRBR.

O prêmio de Excelência na categoria Custos foi entregue aos fornecedores que excederam em 2% as expectativas da Toyota a partir de ideias já imple-mentadas para redução de custos. O Certificado foi concedido às empresas que tiveram 2% de ideias de redução de custos, porém ainda não as imple-mentaram. Premiados: Excelência: Ol-sa, Stanley, Tenneco. Certificado: Bo-sal, G-KTB, JCI, Pirelli, Sanoh, Takata, TRBR e Pioneer.

MELHOR DO ANOA Toyota do Brasil reconheceu tam-bém a Kautex, responsável pelo forne-cimento do tanque de combustível do sedã Corolla, como melhor fornecedor

de 2015. A empresa foi homenage-ada por obter os resultados mais ex-pressivos nas categorias Qualidade,

Logística e Custo.

FUNDIÇÃO REGALI, Maxion Wheels, Olsa e ZF foram premiadas por excelência em logística

KAUTEX foi apontada como melhor fornecedor da Toyota

28 • AutomotiveBUSINESS

AB39_PREMIO_[Toyota].indd 28 24/06/2016 20:13:50

Page 29: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 29 23/06/2016 17:33:48

Page 30: Revista Automotive Business | edição 39

30 • AutomotiveBUSINESS

PEDRO KUTNEY | DE PORTO FELIZ (SP)

ENTRARAM EM PRODUÇÃO OS PROPULSORES 1.3 E 1.5 PARA O ETIOS; COROLLA FICA PARA DEPOIS

N o início de maio a Toyota começou a produzir mo-tores pela primeira vez

na América Latina em sua fábrica de Porto Feliz, no interior paulista, a meio caminho das unidades de montagem final da empresa em Sorocaba, onde é feito o Etios, e Indaiatuba, que faz o Corolla. A montadora investiu R$ 580 milhões na nova planta para avançar na na-cionalização de seus produtos no Brasil, reduzindo assim a exposição ao câmbio, ao mesmo tempo em que atende parte das exigências do

programa Inovar-Auto, que conce-de isenções fiscais para incentivar o maior volume de compras no País e localização de processos industriais.

A inauguração oficial da fábrica de Porto Feliz foi feita em 10 de maio, mas a unidade já estava em opera-ção para atender a recém-lançada versão 2017 dos Etios hatch e sedã. Inicialmente, entraram em produ-ção os novos motores VVT-i de 1,3 e 1,5 litro, que passaram a equipar o Etios com economia em torno de 9% maior na comparação com a geração anterior dos mesmos propulsores – a

POWERTRAIN

TOYOTA JÁ FABRICA MOTORES EM PORTO FELIZ

maior eficiência energética também é uma das metas do Inovar-Auto.

Quando a construção da planta foi anunciada, em 2012, também estava prevista, em uma segunda etapa, a fabricação de motores para o Corolla. Contudo, com a retração das vendas e a queda dos volumes de produção, a Toyota deverá espe-rar mais para colocar esse projeto em andamento.

A fábrica de Porto Feliz nasce com capacidade para 108 mil motores/ano, a mesma instalada em So-rocaba para fazer o Etios. “Vamos

DIV

ULG

AÇÃO

/ T

OYO

TA

TOYOTA investiu R$ 580 milhões na fábrica de propulsores

AB39_AUTOPECAS_[Toyota Motores].indd 30 24/06/2016 20:32:30

Page 31: Revista Automotive Business | edição 39

DIV

ULG

AÇÃO

/ T

OYO

TA

terreno de 872,5 mil metros quadra-dos, tem 320 empregados e opera em dois turnos.

A Toyota garante que instalou no Brasil sua mais moderna, eficien-te e completa fábrica de motores no mundo. Como poucas, a plan-ta agrega todas as três etapas de produção, incluindo a fundição dos blocos e cabeçotes de alumínio, usi-nagem e montagem final.

Para reduzir o tamanho da área normalmente ocupada pela fundi-ção e aumentar a eficiência do pro-cesso, o forno de fusão que derrete o alumínio teve as dimensões dimi-nuídas para que pudesse ser insta-lado ao lado da moldagem, elimi-nando assim o transporte do metal derretido dentro da fábrica. A solu-ção trouxe ganhos de segurança e produtividade.

seguir a demanda, quanto mais Etios vendermos, mais motores va-mos produzir. Por isso fizemos uma planta extremamente flexível, capaz de operar com diferentes níveis de produção. Mas, se for necessário ex-

pandir, também podemos fazer isso rápido, temos bastante espaço aqui para crescer”, diz Steve St. Angelo, CEO da Toyota para a América La-tina e Caribe e chairman da Toyota do Brasil. A planta, instalada em um

ST. ANGELO: “Temos bastante espaço para crescer”

AB39_AUTOPECAS_[Toyota Motores].indd 31 04/07/2016 13:31:27

Page 32: Revista Automotive Business | edição 39

32 • AutomotiveBUSINESS

LANÇAMENTO

MÁRIO CURCIO

COM CHASSI PRÓPRIO E PBT DE 5 TONELADAS, NOVO MODELO SE BENEFICIA DA LINHA FINAME

VOLARE APOSTA R$ 250 MILHÕES NO

CINCO

A Volare já produz o miniônibus Cinco, um novo modelo que consumiu cerca de R$ 250 milhões entre o projeto e a modernização da fábrica de

São Mateus (ES). Meio van, meio micro-ônibus, o Cinco recebe este nome pelo Peso Bruto Total (PBT) de cinco toneladas, característica que o enquadra na categoria M3 e permite a aquisição pela linha Finame.

O novo veículo utiliza chassi concebido pela própria Vo-lare em vez de ser montado sobre uma base fornecida por fabricantes de caminhões. “O que orientou essa decisão

não foi a economia no custo do chassi, mas a necessida-de de uma base específica para o transporte de passagei-ros”, afirma Francisco Gomes Neto, CEO da Marcopolo, proprietária da Volare.

Parte dessa estrutura é feita dentro da fábrica. O qua-dro é fornecido pela Maxion. Do investimento total, R$ 130 milhões foram utilizados na atualização da plan-ta capixaba, que se tornou a mais moderna do grupo Marcopolo. O Cinco é feito numa nova área de 20 mil metros quadrados. A montagem do chassi é monito-

VOLARE CINCO tem Peso Bruto Total de 5 toneladas

DIV

ULG

AÇÃO

/ V

OLA

RE

AB39_ONIBUS_[Volare5].indd 32 24/06/2016 21:00:49

Page 33: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 33 22/06/2016 16:29:17

Page 34: Revista Automotive Business | edição 39

34 • AutomotiveBUSINESS

LANÇAMENTO

rada eletronicamente e a fixação da carroceria sobre ele é feita por equi-pamentos semiautomáticos.

A NOVA SÃO MATEUSSegundo a Volare, o diferencial da nova fábrica é o conceito adotado. Os veículos são produzidos em li-nhas contínuas de montagem e pin-tura. Toda a construção da estrutura da carroceria é feita em duas células de pré-montagem e sete módulos.

Os funcionários utilizam manipu-ladores pneumáticos dedicados para que haja maior precisão e ergonomia nas montagens mais difíceis. O mé-todo de produção adotado utiliza os chamados AGVs, transportado-res autônomos com sensores de presença e aproximação.

A área de pintura é uma das mais modernas da fábrica e garante quali-dade típica de carros de passeio. Os prédios têm ventilação permanente, telhado e laterais duplos, iluminação natural com placas prismáticas e ar-tificial por LEDs.

O CINCO EM NÚMEROSO novo miniônibus tem 6,7 metros, altura interna de 1,93 m e externa de 2,74 m. O acesso interno é feito por uma grande porta com abertura por controle remoto na chave.

O motor é o Cummins ISF 2.8 de

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO /

VO

LARE

140 cavalos. A transmissão é manual de cinco marchas.

A carroceria do Cinco utiliza di-ferentes materiais, como aço es-tampado na tampa do porta-malas, alumínio nas laterais e plástico SMC na dianteira e em parte da traseira. A sigla vem do processo Sheet Moul-dind Compound (SMC), que faz a pré-conformação a quente da resi-na, das fibras de reforço e de outros componentes empregados.

O método resulta em peças mais leves e bem-acabadas que as de fibra de vidro convencionais.

O Cinco é vendido em três ver-sões: Escolar (R$ 169 mil, para 20 estudantes); Executiva (R$ 195 mil, 16 passageiros) e Executiva Plus (R$ 208 mil, 13 passageiros).

No segundo semestre começam as exportações. O primeiro mercado externo a recebê-lo será o Chile.

Em 2017 o Cinco passa a ser envia-do a países que utilizam motores Euro 3 e também para os que adotam mão inglesa, com o volante à direita. A Vo-lare está presente em 25 países.

No Brasil, o Cinco vai concorrer com Fiat Ducato, Iveco Daily, Merce-des-Benz Sprinter e Renault Master. A Volare já estuda uma opção automa-tizada do novo modelo. Mais à frente pode haver opções 4x4 e Furgão.

Por causa da retração de mercado, que reduziu as vendas da Volare em 58% no ano passado e fez baixar sua produção no primeiro trimestre de 2016 em 25%, a fábrica de São Ma-teus está produzindo apenas o Cinco e em um único turno, com capacida-de de dez veículos por dia. Com a re-tomada do mercado e algum investi-mento é possível elevar esse volume para 40 unidades diárias. n

SEÇÃO DE PINTURA garante acabamento típico de automóvel

VERSÃO EXECUTIVA PLUS do Cinco para 13 passageiros

MÁR

IO C

URC

IO

AB39_ONIBUS_[Volare5].indd 34 24/06/2016 21:00:53

Page 35: Revista Automotive Business | edição 39

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

VolareAnuncioCINCO_205x275mm.pdf 1 7/4/16 18:11

Page 36: Revista Automotive Business | edição 39

INDÚSTRIA 4.0

36 • AutomotiveBUSINESS

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA É RÁPIDA E MODIFICA O ECOSSISTEMA EMPRESARIAL

FOTO

S: L

UIS

PRA

DO

SETOR AUTOMOTIVO

PEDRO KUTNEY

A indústria automotiva mundial se encontra no limiar de um estágio de transformação profunda, que muda a relação com seus clientes e fornecedores e transfor-

ma a maneira de desenvolver, fazer e vender seus produtos, hoje vistos na forma de veículos conectados em rede móvel de dados, com introdução de siste-mas automáticos e direção autônoma. Ao mesmo tempo em que esse novo ecossistema desafia empresas tradi-cionais e lentas para promover mu-danças em seu modelo de negócios, também significa que existem novas oportunidades de mercado que pode-rão ser aproveitadas pelas montadoras que adotarem uma postura de lideran-ça nesse processo. Essa foi a principal mensagem de Ricardo Bacellar, diretor de relacionamento com o setor auto-motivo da consultoria KPMG, em pa-lestra durante o workshop Indústria 4.0 e a Revolução Automotiva, rea-lizado em São Paulo por Automotive Business dia 2 de maio.

Na mesma linha, Paulo Cardamone, diretor da Bright Consulting, avalia que as empresas do setor automotivo precisam “olhar o futuro, para voltar ao presente e tomar decisões para influenciar esse futuro”. Ele aponta que existe uma revolução tecnológica do automóvel em curso

que está transformando a indústria rapidamente, com exigências cada vez maiores de aumento de seguran-ça, mais conectividade e redução do consumo e emissões. Isso também muda a relação com os consumido-res, cada vez mais conectados, que exigem o aumento das relações vir-tuais. “Nesse cenário, as montadoras têm de reduzir as margens e man-ter os preços, mas também podem aproveitar novas fontes de receita que surgem com o tráfego de da-dos”, pontua.

Bacellar alerta que não se trata de exercício de futurologia, mas de realidade atual, à qual a indústria precisa se adaptar rapidamente,

EM EBULIÇÃO

INDÚSTRIA 4.0

BACELLAR, DA KPMG: indústria precisa se adaptar rapidamente

AB39_INDUSTRIA-4-0.indd 36 25/06/2016 10:53:39

Page 37: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 37

PAULO CARDAMONE, diretor, Bright Consulting

sob o risco de ficar para trás e per-der clientes e faturamento. “É pre-ciso estar preparado para as trans-formações e mudar, mas um passo em falso pode custar muito caro. Um exemplo são as empresas de telecomunicações, que não apro-veitaram diretamente inovações que surgiram em seu meio, como Facebook ou Whatsapp”, diz o con-sultor. “Os ciclos de renovação ho-je são mais curtos e constantes. É como um smartphone, que fornece o máximo de inovação em todo o seu tempo de vida. Os automóveis também precisam seguir essa velo-cidade evolutiva para conquistar o novo consumidor”, avalia.

NOVA LÓGICA DOS NEGÓCIOS PODE FAZER PAÍS FICAR PARA TRÁS OU GANHAR COMPETITIVIDADE

BRASIL PATINA PARA ENCONTRAR SEU PAPEL NA ATUAL REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

RODRIGO CUSTÓDIO, diretor da Roland Berger

E stá em curso no mundo uma nova revolução indus-trial que já está mudando a lógica do desenvolvimen-

to e dos sistemas de produção e que afeta em cheio o setor automotivo. A denominada Indústria 4.0 – ou ma-nufatura avançada – veio para ficar e será realidade den-

tro do escopo da mobilidade. Esse foi o tema central do workshop A Indústria 4.0 e a Revolução Automotiva.

Para Rodrigo Custódio, diretor da consultoria Roland Berger, esse processo de transformação acontece em rit-mo acelerado e terá como resultado mudanças disrup-

ESTAMOS ATRASADOS NA AUTOMAÇÃO, MAS A INDÚSTRIA 4.0 NÃO SERÁ MAIS UM MODELO QUE IMPORTAREMOS DE FORA

AS MONTADORAS TÊM DE REDUZIR AS MARGENS E MANTER OS PREÇOS, MAS TAMBÉM PODEM APROVEITAR NOVAS FONTES DE RECEITA QUE SURGEM COM O TRÁFEGO DE DADOS

AB39_INDUSTRIA-4-0.indd 37 25/06/2016 10:53:43

Page 38: Revista Automotive Business | edição 39

38 • AutomotiveBUSINESS

INDÚSTRIA 4.0

tivas em contraste com as habituais evoluções graduais. Ele avalia que há oportunidades para que os países ocupem posições de destaque nes-se novo contexto, que reúne internet das coisas, automação, softwares, análise de dados nas fábricas e em toda a cadeia produtiva, incluindo logística e armazenamento. Com es-ses recursos são formadas redes que integram empresas, linhas de monta-gem, homens e máquinas. Com tudo conectado, robôs de uma linha de produção podem trabalhar com ma-nutenções preditivas automatizadas, por exemplo. Os ganhos atingem toda a cadeia logística que, em rede, ganha expressivos índices de eficiên-cia. Um dos principais objetivos de trabalhar com a nova plataforma é a produtividade.

Enquanto na Alemanha essa evo-lução está baseada na participa-ção impressionante de robôs nas linhas de montagem (são mais de 400 mil), no Brasil o caminho ainda não está claro. “Estamos atrasados na automação, mas a Indústria 4.0 não será mais um modelo que im-portaremos de fora. Ela vai exigir muita ação para que cheguemos a um formato próprio, com conheci-

mento desenvolvido localmente. O Brasil pode dar um salto ou perder o bonde”, avalia.

Kai Probst, diretor de desenvolvi-mento de negócios da divisão digital da T-Systems, concorda. No evento ele citou que cada empresa e merca-do chegarão ao seu modelo ideal. “A Indústria 4.0 pressupõe que a gente abra a cabeça, não feche a atuação em busca de uma solução única. Não é destruir o antigo, mas pensar em como evoluir e adaptar para a nova realidade”, observa.

CAMINHOS PARA O BRASILSegundo Rogério Albuquerque, exe-cutivo de vendas para o setor auto-motivo da Siemens PLM, no caso do Brasil, além de diferentes modelos de negócio, vale as empresas se de-bruçarem no universo digital, uma vez que ele ajuda a simular sistemas de manufatura, entre outras situa-ções, para definir o que será feito na realidade do chão de fábrica. “É fato que existem iniciativas no Brasil, as montadoras estão mais empenhadas neste sentido, mas quando olhamos para tiers 2 ou 3, a realidade ainda é bem trágica em se tratando desse tipo de modernização”, alerta.

De acordo com Ivar Berntz, sócio--diretor da Deloitte, um dos grandes desafios que a indústria nacional en-contrará será formar e contratar mul-tiprofissionais que atendam as novas necessidades para lidar com a manu-fatura avançada. Em uma pesquisa da Deloitte realizada com 550 execu-tivos de 40 países sobre os principais fatores alavancadores da competiti-vidade, o primeiro item que aparece na lista por importância é “talento”, seguido por “custos”. “Produtividade e força de trabalho” aparecem como

ROGÉRIO ALBUQUERQUE, executivo de vendas da Siemens PLM

KAI PROBST, diretor de negócios da divisão digital da T-Systems

O MUNDO DIGITAL TRANSFORMA ATITUDES E SUA HIPERCOMPLEXIDADE DESAFIA VELHOS PARADIGMASMIGUEL DUARTE, sócio-diretor da Ernest & Young

AB39_INDUSTRIA-4-0.indd 38 05/07/2016 11:10:25

Page 39: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 39

A base de parceiros e fornecedo-res da cadeia produtiva do se-

tor automotivo se movimenta para atender as necessidades impostas pelo avanço da Indústria 4.0. O tom da nova era para as fábricas de veí-culos será ditado por maior coopera-ção entre as empresas de autopeças, concorrentes e montadoras, que te-rão relacionamento mais próximo do que meras relações comerciais. Outro pilar importante é o aumento do peso da área de tecnologia da informação dentro das companhias. Estas foram as principais conclusões apresentadas em debate durante o workshop.

“Vai surgir o que eu chamo de ‘co-opetição’, uma mistura de competi-ção com cooperação”, acredita José Rizzo Hahn, presidente da Pollux Au-tomotion, ao falar da linha cada vez mais tênue que diferencia um con-

FORNECEDORES DE AUTOPEÇAS E SERVIÇOS SE ADAPTAM À NOVA ERA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO É ÁREA CADA VEZ MAIS RELEVANTE NA CADEIA PRODUTIVA

corrente e um parceiro. O executivo aponta que há duas vertentes de In-dústria 4.0. A primeira, alemã, tem a automação e o aumento do uso de robôs nas fábricas como base. “É um sistema mais conservador, muito pla-nejado e organizado, que conta com a participação do governo e da aca-demia”, esclarece.

A outra vertente é a vista nos Estados Unidos, onde a revolu-ção da indústria está concentrada em softwares e no empreendedo-rismo, com grande participação de jovens e startups na oferta de solu-ções. Para Hahn, o Brasil terá de en-contrar um caminho no meio desse contexto. O importante, ele enfati-za, é correr atrás de um formato ade-quado. “É suicídio deixar de pensar na Indústria 4.0”, avisa, lembrando que as transformações acontecem em ritmo acelerado. O executivo de-

fende que as empresas devem inves-tir em tecnologia da informação ao ampliar seus times com profissionais dessa área ou manter internamente especialistas no assunto, muitas ve-zes terceirizados.

Besaliel Botelho, presidente da Bosch, concorda. Ele conta que há crescente preocupação com os pro-fissionais que atuarão nessa indús-tria. “O homem continuará a ter pa-pel essencial, mas com outras com-petências, mais especializado.” Pa-ra o executivo, a inteligência usada em processos produtivos comuns é muito diferente da necessária para a Indústria 4.0.

Hahn lembra que o processo de transformação para o novo mode-lo deve vir acompanhado de consoli-dação na cadeia de fornecedores au-tomotivos. No longo prazo ele apon-ta que a tendência é por diminuição

terceiro item para esses CEOs ouvi-dos pela consultoria internacional.

Já para Miguel Duarte, sócio-di-retor da Ernest & Young, “o mundo digital transforma atitudes e sua hi-percomplexidade desafia velhos pa-radigmas”. Com essa constatação ele define que há caminhos táteis e possíveis para diferentes mercados, valendo-se de planejamento. “Auto-móvel e mobilidade não significam a mesma coisa e o impacto dessa rup-tura é o que está provocando uma mudança de paradigmas”, afirma.

Duarte cita exemplos que mostram outra face das montadoras, que já mergulham no mundo novo da era

digital, como o da General Motors que comprou recentemente a Lyft por US$ 500 milhões. A empresa que opera nos Estados Unidos é especializada em transporte privado e de compar-tilhamento de veículos – concorrente do Uber, este último já conhecido no Brasil. Ele lembra também da Ford que lançou no Texas, nos Estados Unidos, um programa piloto de leasing com-partilhado, no qual grupos de três a seis pessoas têm a posse comum do mes-mo carro, dedicado a consumidores que não precisam de um veículo em tempo integral, mas que gostariam de dispor do carro em algumas ocasiões. (Giovanna Riato e Sueli Reis)

IVAR BERNTZ, sócio-diretor da Deloitte

AB39_INDUSTRIA-4-0.indd 39 25/06/2016 10:53:51

Page 40: Revista Automotive Business | edição 39

40 • AutomotiveBUSINESS

INDÚSTRIA 4.0

VW CRIA SEU MODELO DE REVOLUÇÃO INDUSTRIALNOVOS PROJETOS PARA AS QUATRO FÁBRICAS NO PAÍS NASCEM ANTES NO MUNDO DIGITAL

A pesar de ainda estar engatinhando no que se refere à quarta revolução indus-

trial, denominada Indústria 4.0, o Brasil já conta com exemplos de manufatura avan-çada, que consiste em linhas de produção inteligentes com flexibilidade, gerenciamento eficiente, ergonomia e integração digital com fornecedores. No workshop A Indústria 4.0 e a Revolução Automotiva, realizado por Automotive Business dia 2 de maio, em São Paulo, o diretor de manufatura da Volkswagen do Brasil, Celso Placeres, apresentou as ações que a empresa adota em busca dessa nova era da industrialização.

“O conceito de Indústria 4.0 busca não só produtividade e redução de custo, mas trazer benefícios também para o cliente, que procura um produto cada vez mais personalizado, diferenciado e que atenda seus requisitos”, ressalta. Para isso, a empresa vem se adequando a uma nova maneira de produzir no Brasil com base em uma manufatura que converse o tempo todo com as carteiras de pedidos.

Desde 2008 os novos projetos para as quatro fábricas da empresa no Brasil – Anchieta, São Carlos, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) – já nascem de um modelo digital. Isso significa que antes de entrar em produção, tanto a linha de montagem quanto o novo produto foram concebidos no mundo virtual, por meio de softwares de simulação em ambiente 3D. “Isso é fundamental para elevar a produtividade e a qualidade, além de garantir nossa participação em projetos

globais, manter nosso conhecimento técnico e aumentar nossa competitividade”, ressalta Placeres.

A Volkswagen investiu R$ 31 milhões entre 2006 e 2015 com a aquisição de softwares, hardwares e também em treinamento para profissionais começarem a lidar aqui com a nova realidade da Indústria 4.0. Segundo Placeres, os investimentos deram novo ar de modernização e flexibilidade às unidades, em

especial a de São Carlos, que se preparou já sob os conceitos da revolução industrial para a introdução dos novos motores EA 211.

“Garantimos um índice de 99% de acerto nos projetos”, afirma. Ele acrescenta que outro exemplo foi o investimento de R$ 427 milhões que a Volkswagen aplicou na unidade de Taubaté para a modernização da área de pintura entre 2012 e 2013. Na ocasião, a empresa contou com 52 fornecedores para os quais pediu que entregassem antes seus projetos em formato totalmente digital.

Apesar de contar com bons exemplos de manufatura inteligente, Placeres concorda que ainda há alguma dificuldade na cadeia de fornecedores em adotar novos processos, embora defenda as parcerias para dar continuidade à revolução que a VW vive em suas fábricas. “Nem todos têm recursos para investir em novos processos, especialmente quando olhamos fornecedores de segundo e terceiro níveis na cadeia”, pondera. (Sueli Reis) n

do número de fornecedores de auto-peças, com fusões em busca de solu-ções mais eficientes e flexíveis para os clientes. A ideia é gerar valor. Outra in-fluência é a chegada de novos players ao mercado. “A Tesla, por exemplo, já vai muito bem nos Estados Unidos”, aponta, destacando o sucesso da jo-vem fabricante de carros elétricos.

De mãos dadas com a indústria 4.0 está a evolução dos produtos e da co-nectividade dos veículos. Os executi-

vos que participaram do debate fazem coro ao falar de uma tendência que ganha espaço rapidamente: a cus-tomização em massa. A ideia é que, com fábricas flexíveis e conectividade, as companhias entendam o desejo dos consumidores e possam oferecer produtos únicos e adequados, mes-mo que fabricados em série.

Wilson Bricio, presidente da ZF América do Sul, destaca que as em-presas têm de romper a inércia para

que consigam superar a crise atual e se preparar para entregar a inovação que o cliente pede e a solução que os parceiros da cadeia produtiva preci-sam. “Temos de manter o radar sem-pre ligado: ver onde estão a tecnolo-gia e a necessidade e fazer o match. Não podemos ter vergonha de bus-car parceiros e pedir ajuda”, explica, dando sinais de que já trabalha den-tro da nova lógica da colaboração. (Giovanna Riato)

AB39_INDUSTRIA-4-0.indd 40 25/06/2016 10:53:52

Page 41: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 41 22/06/2016 16:33:32

Page 42: Revista Automotive Business | edição 39

42 • AutomotiveBUSINESS

A indústria automotiva passa por processo intenso de transformação e, para acompanhar esse movimen-to, as áreas de recursos humanos precisam evoluir

também. Esta é a conclusão de Ivan Witt, diretor de RH e de compras da Caoa. “Temos de sair do modo de relações trabalhistas para ser agentes de transformação”, afirmou o executivo em palestra no IV Fórum de RH na Indústria Au-tomobilística, realizado por Automotive Business dia 16 de maio em São Paulo, no Milenium Centro de Convenções.

Como caminho para a mudança, ele sinaliza a neces-sidade de manter transparência total nas relações sin-dicais e com os funcionários. A solução, segundo Witt, é mostrar a transformação que a indústria automotiva enfrenta e fazer com que os trabalhadores acompanhem todos os desafios. “As pessoas já não querem comprar automóvel como antes. Há alguns anos o principal de-

sejo de consumo de jovens que acabavam de se formar na universidade era um carro. Hoje a preferência é por um bom smartphone”, aponta. Para ele, os sindicatos e funcionários também têm de entender as mudanças.

A fórmula para trabalhar nesse novo cenário, de acordo com Witt, é inovar. Para ele, é papel do RH fazer com que a inovação integre a cultura da empresa. “O profissional dessa área precisa sair um pouco da sua operação, ver o que acontece ao redor e implementar a inovação. Caso contrário ficaremos obsoletos muito rápido”, defende. Ele lembra que, ao ficar focada apenas na parte operacional, em cumprir a legislação, a área de RH despreza parte im-portante de seu potencial. “A CLT é de 1930 e a inovação bate à nossa porta”, lembra. Para o executivo, o profissio-nal do amanhã é flexível, conectado, ligado ao negócio e um ativista, ou agente de transformação.

GIOVANNA RIATO

ESPECIALISTA EM RECURSOS HUMANOS DIZ QUE RH DEVE ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA

FÓRUM DE RH

AGENTE DE

FOTO

S: L

UIS

PRA

DO

TRANSFORMAÇÃO

AB39_[FORUM RH]_v2.indd 42 04/07/2016 13:45:29

Page 43: Revista Automotive Business | edição 39

Reconhecimentoe conquista EatonA Eaton é premiada pela Mercedes-Benz como empresa deExcelência Operacional em Qualidade e Responsabilidade Ambiental.

Estamos orgulhosos por termos sido premiados pela Mercedes-Benz pelo nosso comprometimento em atender as suas necessidades, pela con�abilidade dos nossos produtos, busca do melhor desempenho, busca dos melhores processos produtivos, excelência em qualidade e por nossa jornada na responsabilidade ambiental. Nossa busca e comprometimento são contínuos.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

EATON_ANUNCIO_PREMIO_20,5X27,5cm_2.pdf 1 31/05/2016 11:25:55

Page 44: Revista Automotive Business | edição 39

44 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DE RH

AUTOPEÇAS DEMITEM 50 MIL EM DOIS ANOS

A fetada diretamente pela crise econômica que derrubou a pro-

dução de veículos no País, a indús-tria nacional de autopeças já demitiu mais de 50 mil trabalhadores nos últimos dois anos e assim perdeu cerca de um quarto de sua força de trabalho. Foram 19 mil demissões somente em 2014, o maior número de desligamentos desde 1998, que fizeram o setor encerrar o ano com o menor contingente desde 2009. Mas 2015 foi ainda pior, somando outros 30 mil cortes. Com o aprofundamen-to da queda das vendas, reduções adicionais de pessoal são esperadas este ano e podem fazer o total de empregados nos fornecedores de componentes cair abaixo das 170 mil pessoas pela primeira vez nesta déca-da. Esse resumo da situação crítica do emprego nas fábricas do segmen-to foi apresentado por Fernando Tou-rinho, diretor de recursos humanos da Bosch, que coordenou o painel de diretores de RH das empresas de au-topeças durante o IV Fórum de RH na Indústria Automobilística.

Tourinho destacou que o setor pre-

cisa agora de mais mecanismos de flexibilização da produção para evitar demissões. “Houve avanços na legis-lação, como a criação do PPE (Pro-grama de Proteção ao Emprego), que nem sequer existia um ano atrás, mas existem muitas limitações e di-ficuldades para adotar o programa, que hoje parece insuficiente diante do cenário de incerteza atual”, disse.

Para os participantes do painel existem duas grandes dificuldades em adotar o PPE nas empresas. A primeira é a falta de previsibilidade sobre quando o mercado vai se re-cuperar, pois ao aderir ao programa de redução da jornada de trabalho e salários as empresas se comprome-tem a manter estabilidade no empre-go aos afetados por mais seis meses após o término do período. A outra preocupação é sobre receber a parte do governo, que cobre com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) até 50% da remuneração reduzida dos trabalhadores. “Recebemos a primei-ra parcela, mas a segunda ficou atra-sada”, contou Edson Carvalho, dire-tor de RH da Valeo, que em dezem-

bro passado adotou o PPE em sua fábrica de Itatiba (SP) com redução de 20% da carga horária. “Mas agora vamos cancelar o programa e voltar ao ritmo normal. Não deveremos de-mitir na unidade porque já fizemos ajustes anteriores”, explica.

Outros fabricantes de autopeças não quiseram adotar o PPE. “Não aderimos por falta de previsibilidade do mercado e também porque já an-

tecipávamos que haveria alguma dificuldade em receber os recursos do governo”, disse Sandra Mariani, diretora financeira (CFO) e de RH

da Navistar Mercosul, fabricante dos motores MWM e dos caminhões Inter-national.

A ZF também preferiu não adotar o PPE por falta de previsibilidade do mercado. “Atuamos principalmente com o fornecimento para a indústria de caminhões e ônibus e este merca-do foi duramente afetado pela crise, sem nenhum sinal de recuperação. Por isso usamos alternativas como antecipação de férias e até transferên-cias de pessoal para outras unidades nos Estados Unidos e Alemanha, pa-ra evitar ao máximo perder talentos”, conta o diretor de RH Marcel Oliveira.

Ana Carolina Gonçalves, diretora de RH da TRW – comprada pela ZF há cerca de dois anos –, afirma que na planta de Limeira (SP) não foi neces-sário adotar o PPE porque existiam di-ferenças entre as linhas de produção, algumas com aumento do ritmo por causa do fornecimento para novos veículos, enquanto outras que for-neciam para modelos mais antigos tiveram cortes. “Reduzimos muito o quadro e fizemos tudo que foi possível para não demitir, como férias e trans-ferências.” (Pedro Kutney)

APÓS PERDER UM QUARTO DA FORÇA DE TRABALHO, EMPRESAS BUSCAM ESTABILIDADE

PAINEL COM DIRETORES DE RH de empresas de autopeças discute as dificuldades do emprego no setor

AB39_[FORUM RH].indd 44 25/06/2016 12:09:28

Page 45: Revista Automotive Business | edição 39
Page 46: Revista Automotive Business | edição 39

46 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DE RH

INOVAÇÃO PASSA A SER URGÊNCIA TAMBÉM NO RHISVOR RELATA A EXPERIÊNCIA NO GRUPO FCA PARA A INOVAÇÃO DO CONHECIMENTO

I novação é o fator-chave de ordem no cenário mundial em diferentes aspectos, tanto no que diz respeito a

produto quanto em toda a sua cadeia e ciclo de vida, mas o conceito também é um dos principais mecanis-mos para a evolução de uma empresa enquanto orga-nização de pessoas, resumiu Márcia Lúcia Andrade dos Anjos Naves, superintendente da universidade corpora-tiva Isvor, em palestra durante o IV Fórum de RH na Indústria Automobilística.

“Inovação deixou de ser uma palavrinha da moda e pas-sou a ser urgência na busca pelo resultado do negócio”, afirma. “Economicamente, sabemos que o mundo vive em ondas, mas por trás dela há uma muito maior e que diz respeito a mudanças de conceitos, analogias e metáforas. A pergunta a fazer é: “Como empresa, estamos preparados

para tais mudanças?’ Acredito que o setor automotivo já está vivendo isso”, analisa Márcia “Antes, o futuro chegava a cavalo. Hoje vem por wireless”, ilustra ao falar sobre a velo-cidade das transformações globais na sociedade.

Ela apresentou o exemplo do Grupo FCA Fiat Chrysler Automobiles, que tem o Isvor como uma das divisões de negócio e cujo objetivo é acelerar o proces-so de desenvolvimento de competências para atender os desafios dentro da empresa. No Brasil, em sua sede localizada em Betim (MG), próxima à fábrica da Fiat, a unidade já funciona há 20 anos e tem atualmente 376 profissionais que utilizam diferentes metodologias pa-ra desenvolver seu público-alvo: funcionários da Fiat e CNH Industrial, mas também os interessados de outras companhias. (Sueli Reis) n

TOYOTA TRAZ EXEMPLO DE POLÍTICA SUSTENTÁVEL

I nspirada na ideia de que toda proposta e ação têm de ser boas

para as próximas gerações, a Toyo-ta adotou um conceito de cultura corporativa baseada em princípios de melhorias contínuas a partir do relacionamento entre as pessoas. Denominada Toyota Way, a política sustentável criada em 2001 parte dos 12 princípios da visão global da companhia, que inclui desde o com-promisso com a qualidade, futuro da mobilidade e inovação constante até respeito ao planeta e formas mais se-guras de transportar pessoas.

Segundo Roberto Yanagizawa, di-retor de RH corporativo da Toyota do Brasil, o Toyota Way pode ser consi-derado o DNA da montadora, pregan-do que o nível de qualidade – de pro-dutos e processos gestores – deve ser igual em todo o mundo. Ele explica que essa cultura corporativa tem dois grandes pilares: “O de melhoria con-

tínua, com ações que convidam o empregado a trazer e propor a ino-vação; e o respeito pelas pessoas, que enaltece a capacidade individual trabalhando o coletivo a fim de criar o espírito de confiança mútua.”

A partir de sequências e métodos definidos, há duas maneiras de con-cretizar esses aspectos: o TPS (Toyo-ta Production System), que adota as técnicas kaizen, conjunto de ações cujo objetivo é eliminar situações indesejadas e resolver problemas; e o TBP (Toyota Business Practices), voltado aos empregados das áreas administrativas e de liderança, cujo

treinamento visa ao aprimoramento das suas competências a partir da solução de problemas. Por estes meios a empresa esta-belece padrões e iden-tifica anormalidades, gerando a capacidade de corrigir problemas e criar novos padrões.

Embora o conceito do Toyota Way seja bastan-

te disseminado na companhia, Yanagi-zawa revela que o processo no Brasil exige maior atenção à sua aplicação: “Aqui temos uma enorme variação cultural pela multidescendência e pa-ra aplicar as palavras do Toyota Way é necessário voltar-se para as próprias histórias, porque ensinar é um ciclo infinito de transmitir conhecimento e experiências de vida a alguém, de orientar sobre o caminho a seguir.”

MONTADORA CRIA CONCEITO DE PRÁTICAS CONTÍNUAS PARA MELHORIAS DE PROCESSOS GESTORES

ROBERTO YANAGIZAWA, diretor de RH da Toyota do Brasil

AB39_[FORUM RH].indd 46 25/06/2016 12:10:00

Page 47: Revista Automotive Business | edição 39

Cin

to d

e se

gura

nça

salv

a vi

das.

EUROPEUMADEIN BRASIL

EUROPEUFABRICADONO BRASIL

Os Caminhões DAF possuem garantia total no primeiro ano sem limite de quilometragem. Para o segundo ano, a garantia não tem limite de quilometragem e é limitada ao trem de força (motor, caixa de transmissão e eixo traseiro). Os Caminhões DAF também contam com o DAF ASSISTANCE, serviço de assistência técnica emergencial 24 horas. O serviço é gratuito para caminhões no primeiro ano de garantia e pode ser acionado pelo telefone 0800 703 3360.

“ NUNCA DEU MANUTENÇÃO.” Leonel Iaroz, motorista Transprimo

“O VEÍCULO NÃO PARA.”

Gilmar Henrique Ferreyra, frotistaInova Logística

TRUCKS | PARTS | FINANCE

DRIVEN BY QUALITY

WWW.DAFCAMINHOES.COM.BR

QUEM CONHECE, SÓ VÊ LADO BOM.

A DAF tem um caminhão perfeito para o seu negócio. Visite uma de nossas concessionárias e encontre o seu.

1323.1.1-An._Rev._Automotive_Business_20,5x27,5_AF.indd 1 6/15/16 10:35 AM

Page 48: Revista Automotive Business | edição 39

48 • AutomotiveBUSINESS

INAUGURAÇÃO

LINHA DE MONTAGEM COMEÇA A OPERAR EM RITMO LENTO COM O EVOQUE

FOTO

S: R

OG

ERIO

LO

REN

ZON

I / S

TUD

IO 3

X

JAGUAR LAND ROVER ABRE A FÁBRICA BRASILEIRA

PEDRO KUTNEY | DE ITATIAIA (RJ)

D ois anos e meio após anun-ciar investimento de R$ 750 milhões para construir sua

primeira unidade industrial própria fora do Reino Unido, a Jaguar Land Rover (JLR) inaugurou oficialmente na terça-feira, 14, sua linha de montagem brasileira em Itatiaia – a quarta planta de veículos na região sul-fluminense, que já conta com MAN, PSA Peugeot Citroën e Nissan. Instalada no belo ce-

nário emoldurado pela cadeia de mon-tanhas das Agulhas Negras, a primeira fabricante britânica a fazer automóveis na América Latina é a última da leva de marcas premium a fixar operação local depois que o governo brasileiro criou, em 2012, o Inovar-Auto.

Construída em pouco mais de um ano em terreno de 60 mil metros quadrados, é uma operação ainda pe-quena, com capacidade para montar

24 mil unidades/ano, credenciada no regime especial do Inovar-Auto, que permite a instalação de plantas de bai-xo volume que trabalham com maior quantidade de componentes importa-dos – Audi, BMW e Mercedes-Benz já operam da mesma maneira no Brasil.

De início, só a linha de montagem final de Itatiaia está operacional em enorme área com muitos espaços ociosos de 600 metros quadrados,

AB39_JAGUAR_[LandRover].indd 48 25/06/2016 12:12:05

Page 49: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 49 22/06/2016 16:37:03

Page 50: Revista Automotive Business | edição 39

INAUGURAÇÃO

50 • AutomotiveBUSINESS

ROG

ERIO

LO

REN

ZON

I / S

TUD

IO 3

X

mostrando que as ambições futuras são bem maiores do que o lento ritmo inicial de produção de apenas um veículo por hora em um único turno de oito horas de segunda a sexta--feira. A capacidade é bem maior, de nove unidades/hora. “Claro que planejamos a fábrica pensando em pelo menos mais cinco anos adiante, quando esperamos que o mercado brasileiro volte a crescer, aí podere-mos aproveitar todo o potencial que instalamos aqui”, afirma Frank Wit-temann, presidente da JLR América Latina e Caribe.

Com a demanda retraída, não foi dado prazo para que as áreas de soldagem e pintura entrem em ope-ração, embora já exista espaço su-ficiente para isso. No momento, as carrocerias chegam da Inglaterra ar-madas e pintadas, em sistema de kits SKD. Ao caminhar pelos 150 metros de comprimento da linha de monta-gem brasileira da JLR, fica nítida a grande quantidade de componentes importados usada na produção do Range Rover Evoque, o primeiro Land Rover nacionalizado, a quem o Dis-covery Sport deve se juntar até o fim de julho. Por enquanto, já são com-prados no Brasil vidros da Pilkington, bancos e baterias da Johnson Con-

trols, escapamentos da Benteler, que também faz a montagem do conjunto motor e seus periféricos, radiador e suspensão – parte do serviço é feita na vizinha unidade da Benteler em Porto Real e a finalização no interior da fábrica da JLR em Itatiaia.

OPERAÇÃO IMPORTANTEApesar da modesta operação inicial em um mercado retraído, a JLR ga-rante que este é um passo importante em sua estratégia mundial. “Seguimos o princípio que a produção deve se-guir o mercado. A abertura de novas instalações no Brasil representa o mais recente marco na nossa expansão glo-bal”, afirmou Wolfgang Stadler, diretor--executivo de manufatura global da JLR, que tem seis plantas no Reino Unido, uma joint venture com a Chery para produção na China e outra linha de montagem na Índia com a empresa controladora Tata Motors, que com-prou a JLR da Ford em 2007.

“Este é um mercado importante pa-ra nós, porque lideramos aqui um ter-ço das vendas de SUVs premium. Não estamos preocupados com os altos e baixos da economia porque quando fazemos um investimento dessa mag-nitude olhamos para os próximos 20 a 30 anos”, destaca Stadler.

A pequena operação industrial brasileira da JLR foi viabilizada pela concessão de incentivos tributários. A montagem local também evita o pa-gamento de imposto de importação de 35% de dois modelos Land Rover que respondem por 70% de suas ven-das no mercado brasileiro, o Range Rover Evoque e o Discovery Sport. Mais recentemente, também foram concedidos pelo governo federal ex--tarifários, com redução da alíquota de importação para 2%, de importan-tes itens importados usados na pro-dução, incluindo os motores.

Não serão reduzidos os preços dos veículos montados em Itatiaia em re-lação aos importados. A ideia é usar a nacionalização para reduzir a exposi-ção cambial e compensar com a re-dução de impostos já obtida a depre-ciação do real, que torna mais caros os componentes importados. Mesmo com preços que giram acima dos R$ 200 mil, a meta é assegurar a lide-rança de vendas de SUVs de luxo no mercado brasileiro, onde um a cada três modelos vendidos no segmento é Land Rover. Ao menos por enquanto as exportações estão fora dos planos. A fábrica é flexível, tem ambas as mar-cas do grupo, Jaguar e Land Rover, estampadas na entrada, pode fazer outros modelos, mas no momento não há planos para expandir o portfó-lio montado no Brasil.

MERCADO PROMISSORApesar de as vendas da Land Rover no Brasil terem caído 6,5% de 2014 para 2015, com 8,8 mil emplacamentos, com nova queda de 8% anotada de janeiro a maio deste ano na compara-ção com o mesmo período de 2015, com pouco mais de 3 mil unidades vendidas, os negócios acabaram sen-do compensados pelo crescimento acima de 70% nas vendas da Jaguar este ano, mas com volume ainda mo-desto de 224 carros. n

DE INÍCIO, só a linha de montagem final está operacional

AB39_JAGUAR_[LandRover].indd 50 25/06/2016 12:15:25

Page 51: Revista Automotive Business | edição 39
Page 52: Revista Automotive Business | edição 39

52 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | CADERNO ESPECIAL

MATERIAIS FERROSOS DOMINAM A FABRICAÇÃO DOS VEÍCULOS ATUAIS, ENQUANTO SUSTENTABILIDADE E RECICLAGEM SÃO PALAVRAS

DE ORDEM NA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA MUNDIAL

RICARDO PANESSA

A indústria automotiva continua fortemente baseada na cultu-ra do aço. Esse material ainda

predomina na construção da grande maioria dos veículos, mas sustenta-bilidade, respeito ao meio ambiente e reciclagem estão cada vez mais se tornando palavras-chave na indús-tria automobilística de hoje. Tecno-logias para melhorar o desempenho dos motores e diminuir o peso dos veículos vêm resultando no emprego crescente de alumínio, termoplás-ticos, polímeros de alta resistência e outros materiais alternativos nos projetos automotivos.

Em contrapartida ao avanço do

inteiramente de alumínio reduz o peso em 40% em comparação a uma simi-lar de aço. Hoje no Brasil o alumínio soma pouco mais de 70 kg (em mé-dia) por veículo, com tendência de crescimento gradativo. A Europa já utiliza o dobro desse peso e os Esta-dos Unidos quase o triplo.

POLÍMEROS E PLÁSTICOS Segundo o engenheiro Francisco Satkunas, conselheiro da SAE Brasil, os políme-ros vêm crescendo muito em aplica-ções nos veículos. Há um predomínio do plástico rígido (polipropileno) em para-choques, painéis de instrumen-tos e molduras laterais. Convivendo com os plásticos oriundos do petróleo

FRANCISCO SATKUNAS, conselheiro da SAE Brasil

LEO

LAR

A

DIV

ULG

AÇÃO

/ S

AE

OS VEÍCULOS MODERNOS E A MATÉRIA-PRIMA DO FUTURO

alumínio e dos polímeros, as aciarias desenvolvem aços de alta resistência e mais leves, conhecidos como HSS (High Strength Steel) e UHSS (Ultra Strenght Steel). No Brasil esses itens já correspondem a cerca de 20% na média dos aços empregados nas car-rocerias. O tradicional aço inoxidável é usado mais nos sistemas de exaustão e escapamento.

O alumínio apresenta cada vez mais aplicações e seu uso se torna cada dia mais acentuado. Apesar de mais caro que o aço, é mais leve, melhor condu-

tor de calor e reciclável, entre outras vantagens. Dados da SAE Brasil, a sociedade dos engenheiros da mo-

bilidade, indicam que uma carroceria

LINHA DE MONTAGEM DA FIAT EM BETIM (MG) utiliza diferentes materiais renováveis

AB39_INSUMOS_[Abre].indd 52 25/06/2016 12:18:51

Page 53: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 53

STU

DIO

CER

RIAD

EILD

O S

ILVA

surgem materiais ecologicamente cor-retos como matérias-primas sustentá-veis obtidas a partir da cana-de-açúcar, ainda em estágio prematuro.

A indústria de plásticos faz interes-santes combinações de resinas com materiais naturais, como fibras diver-sas e até palha de arroz calcinada que torna os painéis mais leves, podem ser pintados e cromados, têm preço razoá-vel na reposição e ainda podem ser facil-mente reparados.

A Ford destaca-se como grande incentivadora do uso de materiais naturais e a empresa Plascar tem de-senvolvido aqui no País combinações de plásticos e outros materiais, como o woodstock, resultado de madeira triturada com polipropileno. Segundo o departamento de engenharia expe-rimental da Ford Brasil, os materiais mais utilizados pela montadora são principalmente poliméricos de alta performance combinados com fibras naturais (de coco ou sisal) e espumas de PU com óleos vegetais. Há também peças com matriz polimérica reciclada. Ao lado desses materiais são utilizados

aços de ultra alta resistência, como os ligados ao boro, martensíticos e dual phase, que diminuem o peso e con-sumo de combustível e aumentam a segurança dos passageiros.

O Grupo FCA também utiliza diver-sos materiais renováveis nos automó-veis que produz em todo o mundo. Um deles é o Ecomold, nome comer-cial para uma mistura de fibra de juta e polipropileno, usada no acabamen-to do painel do Uno e das portas do Renegade. “Todos os veículos pro-duzidos em Betim têm bancos feitos com 5% da espuma derivada de óleo de soja. O Uno e Palio empregam woodstock na fabricação dos painéis de porta e tampa do porta-malas”, explica o analista de engenharia de produto da FCA, Júlio Souza.

OUTROS MATERIAIS Os vidros continuam sendo utilizados em larga escala, mas vêm sendo substi-tuídos pelos plásticos em algumas apli-cações. Os elastômeros, ou borrachas, ainda predominam nos pneumáticos mas já se combinam com novos mate-riais ecologicamente amistosos, como sílica de palha calcinada. O poliuretano expandido é utilizado nos estofamentos. As tintas tiveram grande evolução com base aquosa. Os selantes e juntas líqui-

das reduzem o peso das tradicionais juntas sólidas. O magnésio já é utili-zado em conjunto com o alumínio. O lítio é a bola da vez no que diz respei-

to à produção de baterias. A ferrita tem

preço mais competitivo do que o lítio. Os catalisadores usam metais especiais como platina, paládio e ródio.

IMPRESSÃO 3DPara Celso Morassi, supervisor de modelação de design workshop da FCA, a impressão 3D já deixou de ser ficção, embora ainda esteja longe de ser aplicada para produções em esca-la. Implantada há pouco mais de dois anos no Polo de Pesquisa e Desenvol-vimento Giovanni Agnelli, na fábrica da FCA em Betim (MG), a impressora 3D é capaz de imprimir em 12 horas um modelo que, antes, pelos processos tradicionais, poderia demorar alguns dias para ficar pronto. O modelo é im-presso com grande precisão em náilon altamente resistente e leve, que pode ser livremente lixado e pintado. O re-sultado é uma peça em tamanho real visualmente idêntica à original que se-rá produzida.

“Exceto para veículos de muito bai-xo volume e para alguns componentes muito específicos que não justificam ferramental, não vemos no futuro pró-ximo o uso extensivo dessa tecnologia aqui no País”, afirma Satkunas. “En-tretanto, a prototipagem com auxílio de impressoras 3D pode ser uma fer-ramenta extraordinária, caminhando lado a lado com a realidade virtual e a técnica de elementos finitos. Isso tudo traz enorme economia de custo e de pessoal, além de dar maior velocidade aos projetos”, finaliza.

JÚLIO SOUZA, analista de engenharia do produto na FCA

FIAT UNO, com parte do painel em destaque, onde é aplicada a resina Ecomold

AB39_INSUMOS_[Abre].indd 53 25/06/2016 12:19:00

Page 54: Revista Automotive Business | edição 39

54 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | AÇO

INDÚSTRIA DEVE USAR CADA VEZ MAIS MATERIAIS DE ALTA RESISTÊNCIA E PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO A

QUENTE EM BUSCA DE LEVEZA E SEGURANÇA

GIOVANNA RIATO

A té mesmo em pleno olho do furacão, com a crise que acertou em cheio as

vendas de veículos, o caminho para o uso de aço no setor automotivo é de evolução tecnológica. Essa é a opinião de André Munari, geren-te geral de vendas para o segmen-to da ArcelorMittal Tubarão: “Ainda não temos elementos suficientes para projetar uma recuperação de mercado em volume, mas consi-deramos irreversível a tendência de inovação tecnológica para redução de peso e melhoria de performan-ce em segurança.”

O executivo aponta que, entre as tendências, estão matérias e pro-cessos que facilitem a estampagem independentemente do design da peça. É a chamada conformabilida-de. Além disso, ele destaca que há busca cada vez mais intensa por au-mento da resistência mecânica que permita redução de peso das carro-cerias com melhor desempenho em segurança veicular. “Duas grandezas antagônicas no passado são atual-mente atingíveis com aços de alta resistência”, conta.

Munari calcula que atualmente o uso desse tipo de material tem partici-pação de 6% a 8% no Brasil. A expec-tativa dele é que esse porcentual au-mente para 10% nos próximos cinco anos, impulsionado pela legislação e

regulamentações do Inovar-Auto, que impõe melhoria da eficiência energé-tica dos carros. O programa já esti-mulou os negócios de aços de alta re-sistência para a companhia. Entre os exemplos estão o desenvolvimento de soluções com o Usibor e o Ductibor em peças veiculares estruturais. A Ar-celorMittal vem trabalhando também com outras possibilidades, como o Fortiform, aço de terceira geração es-tampado a frio que promete aumento de resistência mecânica e redução da ordem de 10% no peso.

Frederico Hirota, gerente de de-senvolvimento de produto da Ben-teler, concorda que a evolução tec-

nológica dos materiais metálicos no carro é um caminho sem volta. “Além da legislação, as pessoas es-tão cada vez mais preocupadas com segurança e eficiência. Elas estão vendo os resultados do Latin NCAP e querendo carros melhores”, avalia. Por causa disso, o executivo também aposta que crescerá o uso de aços de alta resistência no País. Para ele, outra evolução é a conformação a quente, o hot stamping, usado atual-mente em poucos componentes.

“Essa tecnologia permite redução de massa do veículo e aumento da segurança, com possibilidade de me-lhorar a absorção de energia em caso de colisão. Muitos ainda não sabem, mas podemos chegar também a uma redução de custos em alguns casos”, conta. A aposta na solução é tão gran-de que a Benteler deve instalar mais uma linha de conformação a quente no Brasil além das duas que já tem.

EXEMPLOS DAS MONTADORASAo desenvolver o HR-V, a Honda precisou abrir mão dos aços de alta resistência usados no carro vendi-do no Brasil, diferentemente do que acontece com a versão oferecida nos Estados Unidos. “Na época do projeto não tínhamos muita oferta dos forne-cedores no Brasil. Então, decidimos adaptar”, esclarece André Ramos, gerente de pesquisa e desenvolvimen-

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA À VISTA

ANDRÉ MUNARI, da ArcelorMittal, aponta tendência por materiais e processos que facilitem a estampagem

DIV

ULG

AÇÃO

/ A

RCEL

ORM

ITTA

L

AB39_INSUMOS_[Acos].indd 54 25/06/2016 12:23:39

Page 55: Revista Automotive Business | edição 39

DIV

ULG

AÇÃO

to da Honda. Ele admite que o carro ganhou algum peso, mas ainda assim foi menos do que o esperado, já que a empresa investiu em menores es-pessuras. “Também conseguimos um bom padrão de segurança, com cinco estrelas no Latin NCAP”, conclui.

A Volkswagen destaca o caso do Golf, modelo global montado des-de o ano passado na planta de São José dos Pinhais (PR). “Fizemos um esforço muito grande para reduzir peso, porque 25% do consumo de combustível de um carro vem daí”, calcula Pedro Almeida, gerente de desenvolvimento da companhia. O executivo conta que uma série de inovações foi incorporada ao mo-delo, com uso intenso de aços de ultra-alta resistência, além de con-formação a quente.

Outra solução foi a laminação fle-xível, que permite ter aço de várias espessuras em uma só chapa. O reforço da coluna B, por exemplo, ficou dois quilos mais leve com a técnica. Combinadas, as tecnolo-gias permitiram chegar a um car-

ro mais de 100 quilos mais leve do que a geração anterior, apesar do alto volume de equipamentos, co-mo os nove airbags incorporados no Golf 7. “Reduzimos custos com aumento da qualidade e da segu-rança”, assegura Almeida. n

AB39_INSUMOS_[Acos].indd 55 01/07/2016 10:09:03

Page 56: Revista Automotive Business | edição 39

56 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | PLÁSTICOS

EM PLENA CRISE, A INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS AUTOMOTIVOS ENCONTRA OPORTUNIDADES GRAÇAS À BUSCA CONSTANTE

DAS MONTADORAS POR VEÍCULOS MAIS LEVES

ALEXANDRE AKASHI

F ornecedores garantem: o uso do plástico na indústria auto-motiva tem sido alavancado

mundialmente pela busca por peças mais leves e, ao mesmo tempo, com menor complexidade de produção e custos reduzidos. “No Brasil não é diferente”, garante Carla Camilo, chefe de produto da área de políme-ros acrílicos da Evonik América do Sul. A companhia é uma das líderes mundiais em especialidades quími-cas e fornece produtos para aplica-ções automotivas como plásticos de alto desempenho. “O mercado automotivo é um dos segmentos de grande importância para os nossos negócios”, diz a executiva, desta-

cando que 2016 tem se apresentado bastante desafiador.

Scott Fallon, diretor global auto-motivo da Sabic, concorda com a estratégia de manter o ânimo mes-mo na crise. Ele comenta que novas regulamentações para a segurança, economia de combustível e emissões têm guiado as necessidades de so-luções e recursos materiais. “Assim, continuamos comprometidos em ajudar nossos clientes a lidar com es-ses desafios”, diz. Terceira maior em-presa química do mundo, a Sabic tem a indústria automotiva como um segmento estratégico. “Somos um dos principais fornecedores para esse mercado, com políme-ros diferenciados e termoplásticos especiais e compostos, como poli-propileno e policarbonato”, explica.

INOVAR-AUTOOs desenvolvimentos da indústria de plásticos estão, assim, alinhados às necessidades das montadoras, que este ano devem apresentar ao gover-no os primeiros resultados de eficiên-cia energética do programa Inovar--Auto. “Temos visto ainda mais foco na redução de peso em nosso tra-balho com as montadoras e cadeia de fornecedores e isso certamente é

favorável para os negócios”, afirma Fallon. O executivo comenta que a pedido da Fiat Chrysler Automobi-les (FCA), a empresa desenvolveu

um reforço de piso para o Jeep Rene-

CARLA CAMILO, da Evonik, destaca investimentos em pesquisa e desenvolvimento para driblar a crise

SCOTT FALLON, da Sabic, aponta a necessidade de trabalhar ao lado dos clientes para criar soluções

ALEX

SIL

VA

DIV

ULG

AÇÃO

/ S

ABIC

CARRO PESO-PENA

gade com solução híbrida plástico--metal. “O componente tem flanges de metal e geometria em colmeia de plástico feito com a resina Noryl GTX, uma fórmula que tem baixa densidade mas resistência ao impac-to”, diz. Segundo o executivo, a peça substitui várias outras feitas de aço e garante até 45% de redução de peso.

Já a Evonik desenvolveu um com-posto especial para moldagem de ja-nelas automotivas, para substituir o vi-dro convencional. À base de Plexiglas e Acrylite, o novo produto confere alta resistência à radiação ultravioleta e a intempéries, além de suportar impac-to até 30 vezes maior que o vidro e ser reciclável ao fim da vida útil. n

AB39_INSUMOS_[Plasticos].indd 56 25/06/2016 12:31:36

Page 57: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 57 22/06/2016 16:42:21

Page 58: Revista Automotive Business | edição 39

58 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | ALUMÍNIO

APESAR DISSO, MONTADORAS NÃO DEIXAM O BRASIL DE FORA AO ADERIR ÀS NOVAS APLICAÇÕES

SUELI REIS

Éfato que a adoção do alumínio em veículos continua crescente, tanto em escala global quanto

no âmbito nacional. Apesar disso, a substituição de materiais consolida-dos, como o aço, ainda esbarra no fator custo, principalmente aqui no Brasil. É preciso lembrar também que características do mercado acabam por direcionar as preferên-cias dos clientes.

“No fundo sempre tem uma de-manda do consumidor: se fazemos carros mais baratos é para atingir es-se consumidor; se fazemos um carro excelente em consumo, é para o con-sumidor que quer isso. Esse é o drive da nossa indústria”, afirma Ricardo Al-buquerque, supervisor de arquitetura de veículos e sistemas da Ford.

Ronaldo Jogi Ito, supervisor de projetos e de P&D na Aisin Automo-tive, reforça que o custo ainda é fator limitante: “Nos veículos compactos o uso é mais complicado. A presença do alumínio tem sido mais relevante nos médios e SUVs”, comenta. “Para competir, a indústria brasileira preci-sa investir em alta performance do alumínio”, aponta.

O QUE VEM POR AÍApesar de todo o cenário desafia-dor – dos empecilhos do custo e do mercado em baixa – as montado-ras têm aderido às novas ondas de aplicação do material. Edison Mar-celo Serbino, consultor do centro tec-

nológico de materiais da Volkswagen, indica que a suspensão deve receber as próximas novidades em alumínio, embora aponte outras possibilidades. “Acredito que a nanotecnologia é uma saída. Em 5 anos, deveremos ter surpresas fantásticas neste sentido, inclusive no Brasil, onde já existem pesquisas a respeito”, afirma.

Outras tendências também vêm sendo antecipadas por alguns mo-delos aqui no País, desta vez em para-choques e capô, caso do Jeep Renegade, cujos para-choques são de alumínio, lembra Giuliano Michel, gerente de novos produtos, mercado e inovação da CBA, responsável pelo fornecimento ao Grupo FCA. O exe-cutivo conta que, impulsionada pelos próximos lançamentos, a CBA inseriu

recentemente em seu portfólio ligas estruturais de alumínio de alta resis-tência. “A partir desse material, estare-mos presentes nas novas gerações de modelos com lançamentos previstos para este segundo semestre”, revela.

Michel reafirma que o custo do insumo é fator determinante em al-guns casos, mas o ganho com o processo industrial, muito mais sim-plificado quando comparado com o aço, compensa na balança final. “Além disso, o alumínio tem o atra-tivo da segurança: com sua caracte-rística mecânica de alta capacidade de absorção de energia gerada por impactos, impede a transmissão dessa força para o resto da estrutura, garantindo proteção em níveis exce-lentes”, conclui. n

PISC

O D

EL G

AISO

SUPERAR A BARREIRA DO CUSTO AINDA É DESAFIO

PRODUÇÃO DE ALUMÍNIO pela CBA no município de Alumínio (SP)

AB39_INSUMOS_[Aluminio].indd 58 25/06/2016 12:32:52

Page 59: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 59 22/06/2016 16:46:31

Page 60: Revista Automotive Business | edição 39

60 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | VIDROS

INDÚSTRIA DE VIDROS SOFRE COM A CONTRAÇÃO DAS VENDAS, MAS APOSTA QUE ISSO PODE MUDAR EM BREVE

ALEXANDRE AKASHI

A Pilkington trabalha conti-nuamente em projetos que visam atender as demandas

de aumento de eficiência energética com redução da espessura dos vidros e oferta de produtos inovadores que possam substituir componentes de maior peso no veículo. “A expec-tativa para 2016 era inicialmente de pequena queda na comparação com 2015, mas essa perspecti-va não está se concretizando, com retração muito acentuada e sem perspectivas de melhora no curto prazo”, afirma Fabricio Kameyama, diretor comercial da divisão Automo-tive OE da Pilkington Brasil.

Kameyama comenta que em 2015 o resultado da empresa acompanhou o ritmo de toda a indústria automoti-va, com redução acentuada dos vo-lumes de vendas e custos acima dos projetados em razão da alta do dólar e da escalada da inflação. “Investimen-tos futuros serão feitos em virtude da melhora de algumas linhas de produ-ção, já que, com a queda de merca-do, temos capacida-de instalada para a retomada da indústria no longo prazo”, diz.

Enquanto isso, pa-ra contornar a queda drástica dos negó-cios no mercado do-méstico, a Pilkington enxerga na exporta-ção uma alternativa. “Estamos trabalhan-do fortemente pa-ra compensar uma

parte do volume perdido localmen-te. Esperamos aumentar ainda mais nosso mix de vendas de 2016 para o mercado externo, mas grande parte desse volume representa exportação para empresas do mesmo grupo, o que ajuda apenas na diluição dos custos fixos”, afirma.

PANORAMA TECNOLÓGICOSegundo o executivo da Pilkington, há perspectiva de melhora, uma vez que a empresa está bem próxima de fechar o primeiro contrato para for-

necer uma nova tec-nologia, que traz ilu-minação de LED in-tegrada nos vidros. Segundo a fabrican-te, a inovação per-mite simplificar todo

o conjunto de componentes de luzes e até a eliminar alguns deles. É possí-vel, por exem-plo, simplificar os chicotes elé-tricos e a capa plástica de pro-teção da luz de freio. “Como se trata de um pro-

duto pioneiro, estamos nos certifi-cando de que todos os testes e pro-cessos apresentem a mesma confia-bilidade dos produtos que já fornece-mos às montadoras”, afirma.

Além disso, ainda há uma série de tecnologias que já são utilizadas em mercados maduros como Esta-dos Unidos, Europa e Japão, mas no Brasil atualmente só existem nos segmentos premium de mercado, onde os baixos volumes ainda são uma barreira para localizar a produ-ção. “O Japão busca inovação nos vidros relacionada às funções de controle solar, de temperatura e pro-teção aos raios UV, além da projeção de informações no para-brisa com o head-up display, enquanto na Euro-pa existe bastante interesse em câ-meras, sensores, vidros com design arrojado e a adaptação para o futu-ro com o carro autônomo, mesmo interesse apresentado nos Estados Unidos, inclusive com empresas fora do meio automotivo investindo pesa-do nessa tecnologia, como Google, entre outras”, explica Kameyama. n

KAMEYAMA, da Pilkington, admite que desempenho do mercado frustrou expectativas

MERCADO EM MARCHA LENTA

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO /

PIL

KIN

GTO

N

FÁBRICA DA PILKINGTON em Caçapava (SP) tem capacidade instalada para acompanhar recuperação das vendas

AB39_INSUMOS_[Vidro].indd 60 25/06/2016 12:42:50

Page 61: Revista Automotive Business | edição 39

0

5

25

75

95

100

Anuncio Institucional MRA_1.7.2016_FINAL

sexta-feira, 1 de julho de 2016 17:08:55

Page 62: Revista Automotive Business | edição 39

62 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | BORRACHA

MUDANÇA DE GOVERNO, MERCADO DE REPOSIÇÃO E EXPORTAÇÕES ALENTAM INDÚSTRIAS DO SETOR

MÁRIO CURCIO

F abricantes de componentes de borracha e de matérias-primas para esse segmento alimen-

tam alguma esperança para o setor a partir das trocas de comando ocor-ridas no governo. “Acreditamos que vamos melhorar em médio prazo”, afirma o presidente da Produflex, Edgar Marreiros.

“A mudança era necessária, mas se não ocorrerem ajustes fiscais e uma reestruturação da economia, não veremos grandes alterações”, diz Jair Zanandrea, diretor comercial da Zanaflex, empresa que fornece compostos técnicos de borracha.

“Nossa expectativa é positiva e apostamos na retomada gradual da economia. Os desafios na esfera fe-deral são enormes e exigem atuação precisa e rápida”, afirma a gerente

de negócios da Evonik, Camila Pe-cerini. A empresa é fornecedora de matérias-primas para a indústria de transformação de borracha, incluin-do fabricantes de pneus.

Este ano a Evonik vai inaugurar no Brasil a primeira unidade de produ-ção de sílicas de alta dispersão da América do Sul. O produto é usado principalmente em pneus de baixa resistência ao rolamento.

Como fornecedora de matérias--primas também para solados e outros artefatos de borracha, a Evo-nik tem seu desempenho atrelado aos resultados desses segmentos no mercado nacional. “Em alguns deles é parcialmente compensado pelo aumento das exportações. No setor automotivo, apesar da queda registrada no volume de pneus no-

DIV

ULG

AÇÃO

/ Z

ANAF

LEX

ESPERANÇA DE RECUPERAÇÃO

vos (vendidos para as montadoras), o desempenho do mercado de repo-sição ajuda a diminuir a queda das vendas”, recorda Camila.

Marreiros, que também preside o Sindibor, relatava antes do fecha-mento de maio um quadro mais crí-tico: “A queda no mercado está em 23% em relação a 2015 e em 38% ante 2014.” De acordo com o exe-cutivo, as exportações tiveram um crescimento da ordem de 3% em relação a 2015, “insignificante para gerar expectativa”. O Sindibor é a entidade que reúne fabricantes de artefatos de borracha no Estado de São Paulo.

Ainda de acordo com Marreiros, o setor de borrachas fechou 15% das vagas ao demitir 7,8 mil dos 52 mil trabalhadores. Na Zanaflex os cortes foram mais acentuados: “Reduzimos o quadro de funcionários em 37%”, revela Zanandrea, que teve de en-

cerrar a produção de um dos três turnos de trabalho. “Outras áreas como logística de materiais (rece-

bimento e expedição) e controle de qualidade também foram ajustadas conforme a demanda”, diz.

De acordo com o executivo, em 2014 a queda nas vendas físicas foi de 11,9% e em 2015 se acen-tuou para 33,2%. Para a Zanaflex, o mercado de reposição recuou com menor intensidade. No caso das ex-portações, Zanandrea acredita num cenário pouco melhor do que Mar-reiros e nota por seus clientes que o mercado externo tem ajudado na recuperação de volumes.n

MÁQUINA produz composto à base de borracha natural com SBR

AB39_INSUMOS_[Borracha].indd 62 25/06/2016 12:44:29

Page 63: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 63

MATERIAIS | PNEUS

FABRICANTES SE PREPARAM PARA A ADOÇÃO DO SELO DO INMETRO A PARTIR DE 27 DE OUTUBRO

MÁRIO CURCIO

A indústria de pneus começa a aplicar o selo do Institu-to Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em todos os componentes produzidos ou importados a partir de 27 de outubro. O item atribui notas de A a G nos quesitos resistência ao rolamento e frenagem em piso molhado, além de informar o nível de ruído de passa-gem, medido fora do veículo.

Fabricantes, distribuidores e lojistas terão prazos razoáveis para lidar com estoques até que em abril de 2018 todos os itens no varejo tenham a eti-queta. “Apoiamos o selo porque ele trará ao consumidor uma conscien-tização maior”, afirma Alberto Mayer, presidente Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).

“Por ser alemã, a Continental viveu a implantação do programa na Europa e traz seu know-how para a adoção no Brasil. Traçamos uma estratégia para que até outubro nossa linha esteja ade-quada à nova regulamentação”, diz o diretor-superintendente da Continental

Pneus Mercosul, Renato Sarzano.A Goodyear, outra fabricante ouvi-

da, também está pronta: “A estrutura no Brasil foi qualificada para atender às exigências e todos os testes relacio-nados à etiquetagem serão feitos no Brasil”, garante o diretor-presidente da Goodyear Brasil, Henry Dumortier.

As melhores notas obtidas por um pneu estão ligadas à atualização da indústria local e da matéria-prima uti-lizada nos pneus “verdes”, que conci-liam boa aderência e baixa resistên-cia ao rolamento, colaborando com aumento da segurança e a redução de consumo e emissões: “Em razão do programa Inovar-Auto, que prevê aumento da eficiência energética dos automóveis, a indústria de pneus se modernizou para atender às monta-doras”, recorda Mayer.

MOMENTO DIFÍCILPor causa da retração no mercado de veículos, os fabricantes de pneus já haviam demitido nos primeiros me-ses do ano 1,5 mil de um total de 30

mil funcionários. “No acumulado até abril produzimos 1,5 milhão de pneus a menos que no mesmo período de 2015”, diz Mayer. Num ano em que até o segmento de reposição vem re-cuando, ocorre um esforço extra para as exportações: “Elas tiveram alta de 23,2%”, comemora Mayer, especial-mente pelo restabelecimento com a Argentina.

“Há um grande esforço em aumen-tar as vendas no exterior, sobretudo para a América Latina. A fábrica da Continental em Camaçari (BA) nas-ceu com a dupla vocação de abaste-cer o mercado interno e externo, em particular os mercados do Nafta e da América Latina”, diz Sarzano.

O executivo recorda, contudo, que os elevados custos operacionais e tributários limitam a competitividade no exterior. E a desvalorização cam-bial também, porque a produção brasileira depende de muitos insu-mos importados. n

MÁR

IO C

URC

IOM

ÁRIO

CU

RCIO

ETIQUETA OBRIGATÓRIA

RENATO SARZANO, diretor-superintendente da

Continental Pneus Mercosul

TESTE DA GOODYEAR, em Americana (SP)

AB39_INSUMOS_[Pneus].indd 63 25/06/2016 12:46:44

Page 64: Revista Automotive Business | edição 39

64 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | TINTAS

MONTADORAS ESTUDAM AS NOVIDADES NA ÁREA DE PINTURA E SUA RELEVÂNCIA PARA O BRASIL

SUELI REIS

A pós o ano 2000, as áreas de pintura das montadoras instaladas no Brasil começa-

ram a ganhar maior relevância nos planos das empresas, em parte para acompanhar as novas tendências que surgiram no exterior. Com isso, as cabines receberam investimentos para tornar-se mais eficientes em um movimento não tanto tecnológico, mas de adequação dos processos de aplicação, como a adoção de robôs, por exemplo. Mas essa evolução não parou: com o início das operações de novas fábricas, o País está alinhado com o que há de mais moderno no mundo em ciclos de pintura.

“A fábrica da Jeep em Pernambuco foi a primeira do Grupo FCA a adotar o processo primerless”, lem-bra Luiz Fernando Mioto, gerente-geral automotivo para América do Sul da PPG. O processo elimina a aplicação do primer, geran-do economia no consumo de materiais e de energia. “A partir do sucesso veri-ficado pela montadora na planta de Goiana, a compa-nhia utilizará o mesmo pro-cesso em uma nova fábrica na China”, conta.

O executivo elenca parte das novidades que podem chegar ao Brasil, como a etapa insonorizante, para

isolamento acústico, que consiste em revestimento pulverizável à base de água, que pode substituir o pro-cesso tradicional feito com manta asfáltica. “Além de ser amigável ao meio ambiente, é totalmente apli-cável por robô, reduzindo custo em material e mão de obra”, enfatiza. Na Europa, empresas como Audi, FCA e o Grupo PSA já utilizam desse artifício, além de Chrysler, nos Esta-dos Unidos.

DIV

ULG

AÇÃO

/ P

PG

INOVAR ALÉM DAS CORES

Outra novidade é o revestimen-to de proteção de alta resistência à abrasão para caçambas de picapes aplicado na fábrica, que também vem sendo adotado pela Nissan norte-americana e pela Volkswa-gen na Europa. Esta última já usa o processo também em sua planta argentina para modelos destinados ao mercado europeu. “No Brasil há um movimento no sentido de testar a viabilidade do produto na Fiat To-

ro”, revela.O executivo aponta ainda

que com a chegada de mar-cas como a própria Jeep, BMW ou Mercedes-Benz, que figuram em patamares premium, as montadoras têm buscado pacotes tecno-lógicos mais avançados: “O segmento automotivo está logicamente em um ano di-fícil, mas essas oportunida-des nos ajudam a atravessar este período de turbulência de forma mais atenuada. As novas tecnologias que chegaram nos últimos anos permitem aplicar um maior valor agregado não só pelo processo em si, mas tam-bém pela nossa capacidade de desenvolvimento. Com o primerless, por exemplo,

estamos vendendo mais do que no ano passado. A boa notícia é que os novos negócios continu-

am crescendo.” n

LUIZ FERNANDO MIOTO, gerente-geral automotivo para América do Sul da PPG

AB39_INSUMOS_[Tintas].indd 64 25/06/2016 12:54:23

Page 65: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 65

MATERIAIS | FIBRAS NATURAIS

PARA ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, AS MONTADORAS RECORRERAM À REDUÇÃO DE PESO. BOM PARA A INDÚSTRIA DE FIBRAS NATURAIS, QUE GARANTIU ATÉ O INÍCIO DESTE ANO BONS RESULTADOS GRAÇAS A NOVOS PROJETOS

ALEXANDRE AKASHI

A pesar da crise, fornecedores de componentes de fibras naturais para o mercado auto-

motivo não têm do que reclamar. “O Inovar-auto está sendo um grande impulsionador do uso de fibras natu-rais em componentes automotivos, pois a utilização dessa tecnologia permite uma expressiva redução de peso das peças e melhora na eficiên-cia energética dos veículos”, afirma José Carlos Ricciardi, diretor indus-trial da DPA Moldados.

Criada em 1998 com objetivo de atender à indústria automobilística, a DPA Moldados é uma empresa 100% brasileira, voltada ao desenvolvimen-to e produção de peças moldadas para acabamento interno, dutos de ar e isoladores termoacústicos para automóveis e caminhões. “Nos últi-mos dois anos, desenvolvemos no-vos produtos em substituição a tec-nologias importadas e de alto custo”, comenta Ricciardi.

Entre os projetos de que a DPA Moldados participou, ele destaca a nacionalização do teto do Kia Bongo, a substituição do woodstock (polipro-pileno mais madeira) no acabamento central das portas do Jeep Renegade (para reduzir peso), os insertos de pai-nel de instrumentos do Fiat Uno e a nacionalização da peça estrutural do cargo box do Fiat Mobi, em substitui-ção à tecnologia que seria importada.

“Há outros produtos em desenvolvi-mento visando à substituição de im-portação, em lançamentos que não podem ser divulgados”, afirma.

Com tudo isso, 2016 tem sido um bom período para a empresa. “Nos primeiros três meses tivemos um vo-lume de produção semelhante ao de 2015. Foi um bom primeiro trimes-tre”, afirma Ricciardi. Porém, o execu-tivo comenta que após abril o cenário mudou. “Passamos a sofrer também com a queda das vendas dos itens por nós produzidos”, revela.

Para o segundo semestre, Ricciardi acredita em queda no faturamento, uma vez que a empresa acompanha o mercado das montadoras, e isso prejudicará investimentos. “Os inves-timentos necessários para ganhos de produtividade foram postergados”, diz o diretor ao comentar que a empresa

tem política contínua de aportes em novos produtos e processos, na esca-la de 3% a 5% do faturamento.

ALTERNATIVASComo forma de expandir negócios, a DPA Moldados tem trabalhado o mercado externo, com objetivo de homologar os conceitos patenteados pela empresa, para que sejam empre-gados nos projetos das montadoras no exterior. “Estamos desenvolvendo parceiro para produção utilizando os conceitos que estamos homologando e desta forma termos uma participa-ção nestes mercados. Estes traba-lhos podem gerar frutos aos nossos fornecedores de fibras naturais com a exportação e também alavancarão faturamento para empresas locais na fabricação de ferramentais para a pro-dução”, afirma Ricciardi. n

DIV

ULG

AÇÃO

/ D

PA M

OLD

ADO

S

LEVE RESISTÊNCIA

AB39_INSUMOS_[Fibras].indd 65 25/06/2016 13:01:21

Page 66: Revista Automotive Business | edição 39

OS MELHORES DE 2016PRÊMIO REI

O voto dos leitores e participantes dos eventos de Automotive Business apontou os vencedores em 13 categorias

da sexta edição do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação. A grande revelação foi a Mercedes-Benz, que foi eleita a empresa do ano e teve ainda selecionados Philipp Schiemer, presidente, como executivo de montadora, e o Actros, como caminhão do ano. A FCA também emplacou três troféus: veículo leve, marketing e propaganda e manufatura e logística. Os 65 finalistas do Prêmio REI 2016 haviam sido selecionados por 22 jurados convidados por Automotive Business, que analisaram mais de 200 cases focados na indústria automobilística, relativos ao período compreendido entre 1o de fevereiro de 2015 e 1o de fevereiro de 2016. A entrega dos troféus aos vencedores ocorreu dia 15 de junho, em festa promovida no bufê Dell’Orso, em Moema, São Paulo (SP). Os finalistas e os eleitos são apresentados nas páginas seguintes.

MERCEDES-BENZ É A EMPRESA DO ANOMONTADORA VENCEU TAMBÉM NAS CATEGORIAS PROFISSIONAL DO ANO, COM PHILIPP SCHIEMER, E COMERCIAL PESADO, COM O ACTROS. A FCA FOI OUTRO DESTAQUE, LEVANDO OS TÍTULOS DE VEÍCULO LEVE (RENEGADE), MARKETING E PROPAGANDA E MANUFATURA E LOGÍSTICA

PROFISSIONAIS DA MERCEDES-BENZ receberam três troféus no Prêmio REI 2016

FOTO

S: L

UIS

PRA

DO

66 • AutomotiveBUSINESS

AB39_PREMIO REI.indd 66 25/06/2016 13:20:34

Page 67: Revista Automotive Business | edição 39

EMPRESA DO ANO

MERCEDES-BENZ60 ANOS DE BRASIL – MOVENDO O FUTURO

No ano em que completa 60 anos, a Mercedes-Benz do Brasil construiu uma relação sólida com o País e os brasileiros. Nos últimos dois anos a empresa anunciou investimento de R$ 730

milhões para modernização e ampliação de suas fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG), que produzem caminhões e ônibus. Com isso, o aporte chega a R$ 3,2

bilhões aplicados no período de 2010 a 2018 – o maior já realizado no segmento de veículos comerciais no Brasil. Na divisão de automóveis premium, a Mercedes-Benz investiu R$ 500

milhões na construção de sua nova fábrica em Iracemápolis (SP), de onde já sai o Classe C e sairá o GLA. Com a nova unidade, a Mercedes-Benz será a única empresa do setor automotivo

a produzir na América Latina caminhões, ônibus, vans e automóveis.

FINALISTAS BMW Construção e implementação da

fábrica de Araquari, em Santa Catarina FCA Liderança e investimento no Brasil HONDA Crescimento recorde em 2015 HYUNDAI MOTOR Ano de conquistas MERCEDES-BENZ 60 anos de Brasil – movendo o futuro

FÁBRICA DA MERCEDES-BENZ, em São Bernardo do Campo, SP, com o símbolo dos 60 anos no topo do edifício principal

LUIZ CARLOS SENRA, gerente executivo de vendas, Carlos Daroit, gerente de tecnologia, e Mauro de Mello Franco, gerente de marketing, com Paulo Braga, editor de Automotive Business (segundo da esquerda para a direita)

PROFISSIONAIS DA BOSCH E COSAN/MOBIL prestigiaram a entrega dos troféus aos vencedores do Prêmio REI na edição 2016, patrocinada pela Cosan/Mobil

PAULO BRAGA, editor de Automotive

Business, entre Kai Hohmann, gerente

executivo de powertrain, e José Loureiro,

gerente executivo de desenvolvimento do

veículo completo, da Volkswagen

PAULO BRAGA, editor de Automotive

Business, e Gleide Souza, diretora

de relações governamentais do

BMW Group

RAFAEL BONATO, gerente de contas corporativas da Cosan/Mobil, e Paulo Butori, ex-presidente do Sindipeças

FLAVIA PIOVACARI, consultora, entre Gino Montanari, diretor de P&D da Magneti Marelli Powertrain, e Olivier Philippot, presidente da Magneti Marelli Mercosul

AutomotiveBUSINESS • 67

AB39_PREMIO REI.indd 67 25/06/2016 13:21:04

Page 68: Revista Automotive Business | edição 39

68 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

PROFISSIONAL DE MONTADORA

PHILIPP SCHIEMER, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a

América Latina

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

PAULO BUTORISINDIPEÇASO engenheiro Paulo Butori foi presidente, várias vezes reeleito, do Sindipeças e da Abipeças. Durante sua gestão, mudanças profundas foram experimentadas pelo setor de autopeças, que se desnacionalizou e passou a enfrentar a concorrência internacional de mercados maiores e economicamente mais poderosos. Com inteligência de líder e experiência de empresário “muito nacional”, como gosta de brincar, num contraponto a “multinacional”, ajudou as empresas associadas de médio e pequeno portes a atravessar duras transformações e mostrou aos fabricantes de capital estrangeiro que era necessário trabalhar pelo fortalecimento de toda a cadeia. “O gigante não fica em pé se seus pés de barro estiverem quebrados.” Os “pés de barro” a que Butori se refere são as empresas de segundo e terceiro níveis na produção de autopeças. Paulo Butori conseguiu manter os associados do Sindipeças sempre unidos, projetou o setor e concluiu seu mandato em março deste ano.

FINALISTAS

DELFIM CALIXTO Presidente regional da Divisão Automotive Aftermarket da Bosch América Latina

LOURENÇO ORICCHIO Diretor-geral da Sabó Américas MARCO RANGELI Presidente da FPT Industrial PAULO BUTORI Ex-presidente do Sindipeças WILSON BRICIO Presidente da ZF América do Sul

PAULO BUTORI, ex-presidente do Sindipeças – Sindicato Nacional da Indústria de Componentes

para Veículos Automotores

PHILIPP SCHIEMERMERCEDES-BENZHá três anos como presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina, Philipp Schiemer trouxe importantes novidades para o mercado brasileiro. Entre as iniciativas estão o lançamento de 40 inovações no portfólio de caminhões, o aumento da participação dos ônibus da marca em projetos de mobilidade urbana e a ampliação da oferta de serviços de pós-venda com foco nas necessidades dos clientes. Schiemer anunciou, ainda, em apenas um ano e meio de sua gestão, importantes investimentos para o setor de veículos comerciais, como também a construção da fábrica de automóveis premium em Iracemápolis (SP), já inaugurada. Os resultados mostram que, sob seu comando, a Mercedes-Benz liderou as vendas de veículos comerciais no Brasil, com quase 33 mil caminhões, ônibus e vans comercializados em 2015. No segmento de automóveis premium, a empresa bateu recorde de vendas também em 2015, atingindo mais de 17 mil unidades, volume 47% maior que o registrado em 2014.

FINALISTAS

ISSAO MIZOGUCHI Presidente da Honda South America JOERG HOFMANN Presidente da Audi do Brasil PHILIPP SCHIEMER Presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO

para a América Latina ROBERTO CORTES Presidente e CEO da MAN Latin America STEFAN KETTER Presidente da FCA América Latina

AB39_PREMIO REI.indd 68 25/06/2016 13:21:14

Page 69: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 69

OS MELHORES DE 2016

VEÍCULO LEVE

ROGÉRIO VILLAÇA, diretor da Jeep para a América Latina

COMERCIAL PESADO

MERCEDES-BENZCAVALO MECÂNICO ACTROS DE 510 CV E CÂMBIO AUTOMATIZADO

O cavalo mecânico Actros, já com acesso a 100% do Finame, inicia 2016 fazendo mais sucesso no mercado brasileiro de caminhões. Os veículos passam a oferecer o novo motor nacional OM 460 de 13 litros com potência de até 510 cv, câmbio automatizado otimizado para as condições das estradas brasileiras, eixos sem redução nos cubos e freios a tambor, tudo para incrementar a produtividade e reduzir o consumo de combustível e o custo de manutenção do veículo. Os novos

tanques de alumínio de 1.080 litros, que garantem a maior autonomia do mercado, e o novo modelo com suspensão metálica asseguram que o veículo esteja preparado para qualquer tipo de aplicação. O conforto do motorista também foi priorizado com a introdução de uma nova cama,

climatizador e um novo painel totalmente interativo.

FINALISTAS

DAF CAMINHÕES CF85 IVECO Chassi 170S28 MAN LATIN AMERICA Constellation 30.330 V-Tronic MERCEDES-BENZ Cavalo mecânico Actros SCANIA Cavalo mecânico 8x2

ROBERTO LEONCINI, vice-presidente de vendas e marketing

da Mercedes-Benz do Brasil

JEEP RENEGADEFCA

Grande sucesso de vendas em um ano sem muitos acontecimentos para celebrar, o Jeep Renegade vem frequentando a lista dos dez automóveis mais vendidos no país e catapultou a Jeep para a nona posição

no ranking de marcas com mais emplacamentos. O SUV compacto produzido na nova fábrica da FCA em Pernambuco chegou com uma série de novidades para o segmento. A maior delas, o fato de não derivar

de nenhum carro de passeio, o que dá o tom de sua autenticidade e faz o Jeep chamar muita atenção nas ruas. Ele foi o primeiro carro nacional a obter cinco estrelas no teste do Latin NCAP e continua sendo o único da categoria com opção de motor diesel (2.0 Multijet turbo de 170 cv) e tração 4x4 com reduzida, entre ou-tros equipamentos típicos para o uso off-road. Outras inovações são o câmbio automático de nove marchas (só na versão diesel), o freio de estacionamento eletrônico e as duas opções de teto solar – um panorâmico, outro removível. As versões de preço mais acessível contam com motor 1.8 flex de 132 cv, acoplado a trans-

missão manual de cinco marchas ou automática de seis.

FINALISTAS

BMW X3 Nacional

FORD Focus Fastback HONDA HR-V FCA/JEEP Renegade VOLKSWAGEN UP! TSI

AB39_PREMIO REI.indd 69 25/06/2016 13:21:27

Page 70: Revista Automotive Business | edição 39

70 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI OS MELHORES DE 2016

MARKETING E PROPAGANDA

FÁBIO LOPES, assessor de imprensa institucional da FCA

VEÍCULO PRODUZIDO na fábrica da Fiat em Betim (MG)

recebe a identificação

MANUFATURA E LOGÍSTICA

FCA40 ANOS DA PLANTA DA FIATA fábrica da Fiat em Betim, MG, completa, em 9 de julho, 40 anos. A data vem coroar um intenso processo de modernização da planta, considerada a 2a maior do mundo em capacidade produtiva e a 1a da América Latina. Os investimentos são de R$ 7 bilhões entre 2010 e 2016. Modernizar-se sem interromper a produção de 16 modelos em quatro linhas de montagem fez a FCA desenvolver know-how para realizar simultaneamente grandes mudanças de processos, incorporação de novas tecnologias e um robusto programa para desenvolvimento de pessoas. Robôs estão sendo inseridos na linha de produção, trazendo tecnologia de ponta e mais precisão. O número de robôs passou de 238 em 2013 para quase mil em 2016. A fábrica terá novo prédio para pintura, com equipamentos modernos e mais produtivos e início de operação em 2016. A pintura vai acontecer ao longo dos quatro andares, que totalizam 88 mil m2. Outro desafio foi fazer da fábrica uma referência em gestão ambiental, alcançado com o “Aterro Zero” o pioneirismo na ISO 50001 (eficiência energética) e o recorde de 99,4% de reúso de água.

FINALISTAS

CNH INDUSTRIAL Gestão antecipada com minimock-up 3D e simulações FCA 40 anos da planta da Fiat MAN LATIN AMERICA Smart Feeding PSA PEUGEOT CITROËN Nova logística traz uma revolução nos fluxos e processos ZF Programa de desenvolvimento de fornecedores

FCARELANÇAMENTO DA MARCA JEEP NO BRASILPara relançar a marca Jeep no País, a FCA deu início no Salão do Automóvel de 2014 a um planejamento de ações integradas de comunicação. A estratégia foi criar uma campanha utilizando paisagens e músicas brasileiras para retomar a identificação do País com a marca. O primeiro filme, chamado Poema, teve mais de 1,2 milhão de visualizações no YouTube. Em fevereiro de 2015 foi lançado o filme Nome, com versões de 1 minuto (3,4 milhões de visualizações no YouTube) e 30 segundos (quase 7 milhões de visualizações). Um aplicativo foi oferecido nas redes sociais para que cada pessoa pudesse fazer o próprio filme. Em março entrou no ar a campanha My Brazil (7,8 milhões de visualizações). Pela primeira vez no País uma marca automotiva ficou entre os três vídeos mais assistidos no YouTube. A campanha chegou ao ápice com os eventos de lançamento do Renegade, no fim de março, e da inauguração do Polo Automotivo Jeep, no fim de abril. O resultado pôde ser visto nos dois meses seguintes, quando todas as unidades do Renegade que chegaram às lojas foram vendidas.

FINALISTAS

FCA Relançamento da marca Jeep no Brasil GKN Valorização da marca por programas estudantis HONDA HR-V, a revolução na sua garagem HYUNDAI MOTOR 2015, o ano da superação MITSUBISHI MOTORS New Outlander 2016

AB39_PREMIO REI.indd 70 25/06/2016 13:21:38

Page 71: Revista Automotive Business | edição 39

Faça revisões em seu veículo regularmente.

Advanced-PFISomar tecnologias faz toda diferença na redução de consumo e emissões

Advanced-PFI é o sistema que combina as tecnologias DECOS, Twin

Injection, PFI scavenging e injeção com válvula aberta (OVI) para você

ter resultados que fazem a diferença: melhor performance do motor,

até 12% de redução no consumo de combustível e até 20% menos

emissões. Para somar ainda mais benefícios, o sistema Advanced-PFI

atende às exigências do programa Inovar-Auto para conteúdo local.

www.bosch-mobility-solutions.com.br

5324-An_A-PFI_Rev_SAE_205x275.indd 1 02/12/15 15:31

Page 72: Revista Automotive Business | edição 39

72 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

GINO MONTANARI, diretor de pesquisa e desenvolvimento da

Magneti Marelli Powertrain, e OLIVIER PHILIPPOT, presidente da Magneti

Marelli para o Mercosul

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

As coordenadoras de projetos da Fundação Toyota do Brasil,

DENISE GOTO, ELAINE MARQUES e THAIS GUEDES, junto ao presidente

da entidade, RICARDO BASTOS

TOYOTAPROJETO EDUCACIONAL TRAZ ECONOMIA DE ÁGUA E ENERGIARealizado desde 2008 em Indaiatuba (SP) e, mais recentemente, em Guaíba (RS) e Sorocaba (SP), o projeto Ambientação desenvolve estudantes e comunidades usando ferramentas de solução de problemas socioambientais, com base em práticas industriais, o Toyota Business Practices. A metodologia pode ser aplicada em qualquer área. Entre os benefícios estão menor custo e a economia de recursos naturais (energia e água) nas cidades onde a montadora atua. A ação já envolveu mais de 415 mil pessoas, entre alunos, professores e servidores públicos, que agem como multiplicadores para a comunidade. Em 2015, em Indaiatuba, as 46 escolas municipais reduziram 25% do consumo de água. Já em Sorocaba (SP), o Zoológico Quinzinho de Barros reduziu gastos pela metade. Em Guaíba (RS), 18 escolas participantes registraram uma economia de 15% na energia e 34% em água. Também foram implementados 100% do gerenciamento de resíduos em todas as unidades. Desde 2011, a Toyota do Brasil já contratou sete jovens participantes do projeto Ambientação para o programa Menor Aprendiz.

FINALISTAS

CUMMINS BRASIL Projeto de Gota em Gota para captação da água da chuva

FCA Empoderamento feminino com o Cooperárvore

HONDA Redução nas emissões de CO2 supera 7 mil toneladas PIRELLI Primeiro pneu fabricado no Brasil com ecoetiqueta TOYOTA Projeto educacional traz economia de água e energia

MAGNETI MARELLI POWERTRAINPRIMEIRO LABORATÓRIO PARA ANÁLISE DE EMISSÕES DE VEÍCULOS HÍBRIDOS E 4X4A Magneti Marelli demostra a sua preocupação com a inovação e com a oferta de soluções pioneiras aos seus clientes ao anunciar novidades relacionadas ao Centro Tecnológico instalado na unidade Powertrain, em Hortolândia (SP). O espaço, que já contava com laboratórios de emissões (veículos e motos) e de motores, recebe agora espaço de 618 m² para aumentar a capacidade de atendimento no que diz respeito aos veículos 4x4 e híbridos, tornando-se o primeiro da América Latina a atender esse tipo de especificidade. A iniciativa busca atender as legislações nacionais e internacionais. O investimento no novo laboratório foi de R$ 16 milhões. O novo espaço conta com tecnologia de última geração, constituído de analisadores, sistemas de amostragem e dinamômetros de chassi para atender o desenvolvimento de programas como os de transportes híbridos, além de outras fontes de matriz energética, em veículos de até 5,4 toneladas. Desde 2010 a empresa vem investindo na atualização tecnológica dos laboratórios para ensaios de veículos e motores e na implementação do laboratório para motos.

FINALISTAS

AXALTA Pintura altos sólidos para a Ford Brasil BORGWARNER Primeiro turbo para carro de passeio flex no Brasil DELPHI Novas soluções de conectividade automotiva MAGNETI MARELLI POWERTRAIN Primeiro laboratório para análise de emissões de

veículos híbridos e 4x4 NEW HOLLAND Forrageira comprova bom rendimento na colheita de

plantações energéticas de eucalipto

AB39_PREMIO REI.indd 72 25/06/2016 13:23:20

Page 73: Revista Automotive Business | edição 39

AutomotiveBUSINESS • 73

OS MELHORES DE 2016

AUTOPEÇAS

CARLA MALTEMPI, chefe de marketing, e GERSON FINI, vice-presidente da Divisão

de Sistemas a Gasolina da Bosch América Latina

POWERTRAIN

VOLKSWAGENNOVO MOTOR 1.0 TSI TOTAL FLEX

O motor 1.0 TSI Total Flex da família EA211 é o mais moderno fabricado pela Volkswagen no Brasil, oferecendo excelentes resultados de desempenho e consumo de combustível para sua

categoria. Produzido em São Carlos (SP), é o primeiro motor com injeção direta, turbocompressor e flexível feito no Brasil. A sigla TSI representa injeção direta de combustível, combinada ao

turbocompressor, que permite o downsizing. A potência máxima é de 101 cv (74 kW) a 5.000 rpm, com gasolina, e de 105 cv (77 kW) à mesma rotação, com etanol. O torque máximo é de 16,8

kgf.m, com gasolina ou etanol, disponíveis já a partir de apenas 1.500 rpm. O valor é próximo do entregue por motores maiores. Combinado ao baixo peso do Up! (951 kg), o motor TSI colabora

para que o modelo tenha eficiência energética sem precedentes, consagrando-se como o mais econômico entre todos os equipados com motor flexível avaliados no Programa Brasileiro de

Etiquetagem Veicular do Inmetro, obtendo a classificação A, com a marca de 1,44 MJ/km.

FINALISTAS

DELPHI 30 milhões de bicos injetores produzidos no Brasil FPT INDUSTRIAL Motor 10,3 litros, leve e com materiais nobres para

elevar a eficiência MITSUBISHI MOTORS Outlander PHEV NISSAN Motor de três cilindros com mais economia e

desempenho VOLKSWAGEN Novo motor 1.0 TSI Total Flex

BOSCHE-CLUTCH: SISTEMA ACIONA ELETRONICAMENTE A EMBREAGEM

A Bosch, por ser uma empresa de vanguarda, está sempre buscando oferecer soluções automotivas integradas que visam a tornar o presente e o futuro da mobilidade ainda mais seguros, limpo,s eficientes

e confortáveis. Neste sentido, a empresa apresenta ao mercado a tecnologia e-Clutch: electronic Clutch System. O sistema aciona eletronicamente a embreagem, além de proporcionar mais conforto ao usuário,

possibilitando ainda a economia de combustível, que pode chegar a um índice de até 5% em um circuito misto entre cidade e estrada. Com o e-Clutch, a operação da embreagem é eletronica e a troca da marcha

é realizada de forma manual. Assim, o sistema apresenta características de conforto similares às de um câmbio automático.

FINALISTAS

AETHRA Unidade de protótipos e desenvolvimento de produtos

BOSCH E-Clutch, sistema que aciona eletronicamente a embreagem

GESTAMP Novos conceitos em aços de estampagem a quente para estruturas veiculares

MAHLE METAL LEVE Camisas com níquel - maior controle térmico e maior eficiência THYSSENKRUPP Eixos de comando integrados à tampa do cabeçote

JOSÉ LOUREIRO, gerente executivo de desenvolvimento do veículo completo, e KAI HOHMANN,

gerente executivo de powertrain da Volkswagen

AB39_PREMIO REI.indd 73 13/07/2016 11:37:02

Page 74: Revista Automotive Business | edição 39

74 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI OS MELHORES DE 2016

INSUMOS

BMWCONNECTEDDRIVEO BMW ConnectedDrive possui as funcionalidades mais avançadas do mercado brasileiro em termos de conectividade. A solução oferece mais conveniência e conforto, segurança e entretenimento para os clientes BMW, transformando completamente a experiência a bordo. Os veículos com o ConnectedDrive são equipados com um SIMCard embutido, responsável por conectá-los à internet. Algumas funcionalidades que podem ser destacadas são: 1) Chamada de Emergência Inteligente sem a necessidade de pareamento de aparelhos móveis; 2) Concierge: serviço exclusivo 24 horas por dia para pesquisar pontos de interesse, programação de cinema, restaurantes; 3) informações de trânsito em tempo real; 4) BMW Remote: o cliente tem acesso ao status de alguns sistemas do veículo e também pode acionar algumas funções como trancar portas e ligar o ar-condicionado.

FINALISTAS BMW Sistema Connecteddrive FLEXYS SISTEMAS E FEEDER INDUSTRIAL Gestão sistêmica da produção e qualidade MWM MOTORES DIESEL Software de otimização de produção e logística NISSAN Central multimídia traz tablet ao painel de March e

Versa SMARTTECHL Revolução no desenvolvimento de produtos plásticos

GLEIDE SOUZA, diretora de relações governamentais do

BMW Group Brasil

CARLOS DAROIT, gerente de tecnologia, MAURO DE MELLO FRANCO, gerente de marketing, e LUIZ CARLOS SENRA, gerente executivo de vendas da Gerdau

Aços Especiais

GERDAU AÇOS ESPECIAISAÇO MICROLIGADO PARA PINO-BOLA DO SISTEMA DE DIREÇÃOO processo de fabricação do pino-bola do sistema de direção baseia-se no circuito “forjamento a frio + têmpera + revenimento + endireitamento + medição de empeno + inspeção + usinagem”. Este fluxo ocorre em regra com aços como o DIN 41Cr4, com temperabilidade capaz de adquirir as propriedades mecânicas necessárias à peça pelas transformações de fases oriundas do tratamento térmico. Porém, esse mecanismo gera um nível de tensões que ocasiona o empenamento do pino, sendo necessário um processo de desempeno das peças nem sempre eficaz. A inovação proposta pela Gerdau é o uso de aço microligado, que combina outros mecanismos de endurecimento para garantia das propriedades mecânicas que dispensam o tratamento térmico e, por consequência, o desempeno do produto. Com o novo processo tem-se a redução de energia elétrica e efluentes (oriundos do tratamento) que levam a uma redução de custos em torno de 25% e uma queda no lead time de produção de até 50%.

FINALISTAS ARCELORMITTAL Aços de alta resistência produzidos no Brasil EVONIK PMMA especial para janelas automotivas GERDAU AÇOS ESPECIAIS Aço microligado para pino-bola do

sistema de direção SABIC Reforço do assoalho híbrido plástico-metal USIMINAS Aço para conformação a quente com

revestimento zinco-ferro

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

AB39_PREMIO REI.indd 74 25/06/2016 13:23:41

Page 75: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 75 22/06/2016 16:55:34

Page 76: Revista Automotive Business | edição 39

_Anuncio_Fechamento.indd 76 25/06/2016 11:06:25