revista automotive business - edição 27

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OS REIS DE 2014 O PRÊMIO REI APONTOU OS MELHORES CASES DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA, ELEITOS PELOS LEITORES DE AUTOMOTIVE BUSINESS. OS CONCORRENTES, EM 14 CATEGORIAS, FORAM PREVIAMENTE SELECIONADOS POR UM JÚRI DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS DO SETOR ROBERTO CORTES CEO da MAN LA Profissional de Montadora PAULO BUTORI Presidente do Sindipeças Profissional de Autopeças •NISSAN LANÇA O MARCH PRODUZIDO EM RESENDE •TENDÊNCIAS NA ÁREA DE MATERIAIS AUTOMOTIVOS •OS DESTAQUES DO FÓRUM DE AUTOMOTIVE BUSINESS JUNHO DE 2014 ANO 6 • NÚMERO 27 FIAT AUTOMÓVEIS Empresa do Ano

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Revista Automotive Business - edição 27

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Page 1: Revista Automotive Business - edição 27

OS REIS DE 2014O PRÊMIO REI APONTOU OS MELHORES CASES DE EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA, ELEITOS PELOS

LEITORES DE AUTOMOTIVE BUSINESS. OS CONCORRENTES, EM 14 CATEGORIAS, FORAM PREVIAMENTE SELECIONADOS

POR UM JÚRI DE PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS DO SETOR

ROBERTO CORTESCEO da MAN LA

Profissional de Montadora

PAULO BUTORIPresidente do SindipeçasProfissional de Autopeças

• NISSAN LANÇA O MARCH PRODUZIDO EM RESENDE

• TENDÊNCIAS NA ÁREA DE MATERIAIS AUTOMOTIVOS

• OS DESTAQUES DO FÓRUM DE AUTOMOTIVE BUSINESS

JUNHO DE 2014 ANO 6 • NÚMERO 27

FIAT AUTOMÓVEISEmpresa do Ano

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4 • AutomotiveBUSINESS

ÍNDICEÍNDICE

OS MELHORES DE 2014

ROBERTO CORTES, CEO DA MAN LATIN AMERICA, exibe os troféus de Profissional de Montadora, Comercial Pesado e Manufatura e Logística recebidos do Prêmio REI 2014

46CAPA | PRÊMIO REI

Incentivo à excelência e à inovação na indústria automobilística, o PRÊMIO REI apontou a Fiat Automóveis a empresa do ano, Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America, o profissional de montadora e Paulo Butori, presidente do Sindipeças, o profissional de autopeças. Juntamente com outros 11 REIs de 2014, eles foram escolhidos por um júri e pelos leitores e participantes de eventos de Automotive Business

RROCCEAAMttrt ofddeCCoMMrrerRRE

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8 FERNANDO CALMON ALTA RODA Eficiência energética

10 NO PORTAL

14 NEGÓCIOS

38 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO IPHONE INTEGRADO AOS CARROS Carplay replica recursos do celular

40 CARREIRA ERODES BERBETZ NA MERCEDES Profissional trabalhava na Volvo

42 LANÇAMENTO A REESTREIA DO MARCH Carro é montado em Resende (RJ)

68 GLOBALIZAÇÃO BRASIL É ESSENCIAL PARA LIFAN País pode ter fábrica da chinesa

71 FÓRUM DE RH FLEXIBILIDADE DA JORNADA Autopeças em defesa do emprego

76 FÓRUM AUTOMOTIVE BUSINESS INOVAR-AUTO NÃO DÁ CONTA O caminho para ser competitivo

84 INOVAÇÃO MAIS QUE INOVAR, PAÍS COPIA As lições da Ford F-150

86 MATERIAIS 86 Plásticos 88 Aço 89 Alumínio 90 Vidros 91 Borracha 92 Tintas/Pintura

56 SUPRIMENTOS HONDA RECONHECE FORNECEDORES 18 empresas receberam prêmio

58 QUALITAS AWARDS FIAT DESTACA PARCEIRAS Empenho pela qualidade

62 SUPPLIER AWARDS PSA PREMIA FORNECEDORES Usiminas levou troféu especial

66 SUPPLIERS CONFERENCE MAXION WHEELS FOI A MELHOR Toyota entregou 40 prêmios

94 TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES MERCADO EM BAIXA Incertezas prevalecem no segmento

AutomotiveBUSINESS • 5

Page 6: Revista Automotive Business - edição 27

6 • AutomotiveBUSINESS

EDITORIAL

Paulo Ricardo [email protected]

REVISTA

www.automotivebusiness.com.br

Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda.

Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes

de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,

empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico.

DiretoresMaria Theresa de Borthole Braga

Paula Braga PradoPaulo Ricardo Braga

Editor ResponsávelPaulo Ricardo Braga

(Jornalista, MTPS 8858)

Editora-AssistenteGiovanna Riato

RedaçãoCamila Franco, Mário Curcio, Pedro Kutney e

Sueli Reis

Editor de Notícias do PortalPedro Kutney

Colaboradores desta ediçãoAlexandre Akashi, Edileuza Soares, Fernando

Neves, Leandro Alves, Luciana Duarte e Rodrigo Lara

Ricardo Alves de SouzaRS Oficina de Arte

Estúdio Luis Prado

PublicidadeCarina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves

Atendimento ao leitorPatrícia Pedroso

WebTV Marcos Ambroselli

Comunicação e eventos

Carolina Piovacari

ImpressãoMargraf

Distribuição

MTLOG

Administração, redação e publicidadeAv. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema,

04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888

[email protected]

Não têm sido muitas as oportunidades para comemoração na atual conjuntura do inquieto mercado automotivo, que tem dificuldade para

ensaiar a recuperação. A entrega dos troféus aos vencedores do Prêmio REI, em 14 categorias, fugiu a essa regra e foi uma festa agradável, reunindo em São Paulo, dia 11 de junho, no Espaço 011, representantes dos 70 finalistas que tiveram seus cases selecionados pelos 23 jurados na primeira fase. R-E-I são as iniciais de Reconhecimento, de Excelência e de Inovação, bases do prêmio de Automotive Business que identificam o propósito de destacar as boas realizações de profissionais e empresas da indústria automobilística.

Os REIs, escolhidos por meio de um processo transparente, iniciado com o trabalho de um júri especializado para a pré-qualificação dos candidatos, vão reinar por um ano como os melhores em suas categorias. Os eleitos, apresentados na matéria de capa desta edição, são encabeçados pela Fiat Automóveis (empresa do ano), Roberto Cortes (profissional de montadora) e Paulo Butori (profissional de autopeças).

Para encontrar os REIs, Automotive Business lança a missão de procurar pessoas e empresas capazes de mudar o jogo, fazer a diferença, provocar mudança e agregar valor efetivo. Sabemos que em um mercado cada vez mais competitivo só vão sobreviver as empresas que primarem pela inovação e se comprometerem com a busca da excelência. Para garantir a lisura e independência do processo, os diretores de Automotive Business não participaram do júri e não votaram. E não há interesses comerciais atrelados ao Prêmio REI, para que os eleitos sejam soberanos.

Outras premiações mereceram também espaço nesta edição, retratando o esforço das montadoras para reconhecer seus melhores parceiros na cadeia de suprimentos. Foi o caso do Qualitas Awards (Fiat), Supplier Awards (PSA Peugeot Citroën), Suppliers Conference (Toyota) e do Prêmio Honda. Destacamos também os temas mais importantes do V Fórum da Indústria Automobilística e do II Fórum de RH, de Automotive Business.

Apresentamos os planos da Lifan para o Brasil, em matéria especial preparada pela jornalista Giovanna Riato, que foi a Jiuzhai, na China, conhecer as linhas de produção da montadora chinesa. A repórter Camila Franco revela ainda as estratégias da Nissan com o lançamento do March fabricado em Resende, RJ.

Em caderno especial, mostramos as inovações e tendências na área de materiais, englobando plásticos, aço, alumínio, vidros, borracha e tintas.

Até a próxima edição.

EXCELÊNCIA E INOVAÇÃO

Page 7: Revista Automotive Business - edição 27

mobil.cosan.com

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Todas as marcas utilizadas neste material são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation ou uma de suas subsidiárias, utilizadas por Cosan Lubrificantes e Especialidades S.A., ou uma de suas subsidiárias, sob licença.

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Page 8: Revista Automotive Business - edição 27

8 • AutomotiveBUSINESS

LUIS

PRA

DO

FERNANDO CALMON é jornalista especializado na

indústria automobilística [email protected]

Leia a coluna Alta Roda também no portal

Automotive Business.

PATROCINADORAS

pelo menos o primeiro nível do desafio adicional, o que inclui custos de difícil repasse ao preço final de venda. Indicativo disso foram “escaramuças” iniciadas com o Renault Clio, em 2012. Em seguida, o VW Up!, com seu motor de 3 cilindros, passou à frente nas configurações que incluem ar-condicionado e direção eletroassistida.

Semana passada, antes mesmo do início de vendas do Ka previsto para agosto próximo, a Ford anunciou que o seu compacto, também tricilíndrico, alcançou a melhor média absoluta até agora: 8,9 km/l, etanol e 13 km/l, gasolina na cidade, e de 10,4 km/l, etanol e 15,1 km/l, gasolina na estrada. Sua eficiência energética é de 1,56 MJ (megajoule)/km, o que leva em conta as diferenças químicas entre etanol e gasolina. Deve-se ressaltar que os números incluem ar-condicionado e direção de assistência elétrica.

Em programas desse alcance pode existir alguma controvérsia, no caso, o enquadramento pelo porte dos veículos. Optou-se pela área projetada no solo (largura x comprimento) e a massa. Criaram-se, assim, cinco categorias para modelos de passageiros e sete categorias especiais, de esportivo

a minivan. Quanto ao ar-condicionado, não é ligado durante os testes em dinamômetro, mas a sua influência é computada previamente por uma penalidade fixa. Provavelmente, o Inmetro incluirá, depois de 2017, o equipamento em funcionamento para estimular sistemas eficientes como compressor de geometria variável.

O instituto não mudou – nem poderia, no momento – o ciclo de medição, como ocorreu na Europa, para considerar a função desliga-liga motor, que em cidade melhora o consumo, em especial nos congestionamentos. Veículos híbridos são os que mais se beneficiam por ciclos sem ajustes. Europa está atrasada quanto à correção de resultados para o “mundo real”, o que Brasil e EUA já fazem.

O PBEV inclui ainda dados de emissões de gases reguladas e de efeito estufa (CO2 fóssil). Hoje, 36% dos modelos participantes precisam vir de fábrica com a etiqueta nos carros em exposição nas lojas. Mas até 2017, aos poucos, todos os veículos de todas as marcas terão de afixá-las. Compradores poderão assim valorizar veículos mais eficientes.

Se existe um programa governamental que deu certo, com

(quase) unanimidade do ponto de vista técnico, é o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Embora estudos tenham se iniciado bem antes, o programa coordenado pelo Inmetro estreou em 2009 com apenas cinco marcas: Chevrolet, Fiat, Honda, Kia e Volkswagen. No ano passado, como reflexo das exigências do regime Inovar-Auto, 35 marcas haviam aderido, inclusive importadas sem plano de produção local.

Única “desistente”, por enquanto, é a Chevrolet, mas até 2017 todas as marcas participarão inclusive por causa de sanções financeiras previstas no regime. A meta compulsória, em relação a 2012, é melhorar a eficiência energética em 12%, o que significa, na prática, diminuição de consumo em 13,6%, sempre considerada a média dos modelos à venda de cada fabricante. Há dois objetivos voluntários: redução de 18,2% e 23,1%. Nestes casos, a empresa receberá um bônus de 1% e 2% do IPI, respectivamente, apenas entre 2017 e 2020.

Acredita-se que a maioria das fábricas tentará atingir

ALTA RODA FERNANDO CALMON

VALORIZAR A EFICIÊNCIA

Page 9: Revista Automotive Business - edição 27

Ônibus Volvo. qualidade de vida no transportewww.volvo.com.br/onibus

Vel

ocid

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Faça as contas. Um Volvo soma produtividade ao seu negócio.

Page 10: Revista Automotive Business - edição 27

10 • AutomotiveBUSINESS

AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR

EXCLUSIVO REDES SOCIAISQUEM É QUEMA ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/quemquem.aspx

ESTATÍSTICASAcompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor.automotivebusiness.com.br/estatisticas.aspx

TWITTERSiga o Portal AB na rede social e acompanhe os links e novidades postados pela nossa equipe.@automotiveb

PINTERESTAcompanhe os painéis com as principais novidades do Portal, Revista e AB webTV.pinterest.com/automotiveb

MOBILE WEBSITEFormato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet.m.automotivebusiness.com.br

WEB TV

BRASIL PERDE O POSTO DE 4º MAIORLevantamentos das consultorias Focus2move e Jato Dynamics recém-divulgados apontam

que o Brasil perdeu o posto de quarto maior mercado de veículos leves para a Alemanha em abril. Enquanto as nossas vendas caíram 11,7% no mês, para 279,7 mil unidades, as da Alemanha diminuíram menos da metade, 3,6%, para 292,1 mil unidades. No acumulado do quadrimestre, contudo, o Brasil manteve-se como o quarto maior.

PORTAL | AUTOMOTIVE BUSINESS

ENTREVISTAESPECIALMULHERES AUTOMOTIVAS

www.automotivebusiness.com.br/abtv

NISSAN TERÁ ESTÚDIO DE DESIGN NO BRASILO País ganhou um novo estúdio de design automotivo: a Nissan instala em sua

recém-inaugurada fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, o Nissan Design America Rio (NDA-R). O estúdio satélite terá como principal tarefa pesquisar preferências e necessidades do consumidor brasileiro. Os estudos influenciarão a criação e desenhos dos próximos veículos a ser fabricados pela Nissan não só aqui, mas também pelo mundo.

CONSUMIDOR ESTÁ MENOS SATISFEITOO consumidor está menos satisfeito com a indústria automobilística. É o que aponta o

Índice Nacional de Satisfação do Consumidor (INSC), medido pela ESPM, considerando somente as quatro marcas líderes de mercado: Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford. Segundo o estudo, a satisfação dos consumidores com as quatro caiu 7,1 pontos porcentuais em maio na comparação com abril, passando de 73,2% para 66,1%.

Confira os detalhes da cerimônia de entrega e conheça os vencedores do PRÊMIO REI 2014

A portuguesa ALEXANDRA ALMEIDA fala do desafio de dirigir a área de qualidade,

meio ambiente e segurança da Freudenberg-NOK no Brasil

CARLOS GOMES, presidente da PSA Peugeot Citroën América Latina, explica o plano global

de recuperação da companhia

Page 11: Revista Automotive Business - edição 27

Novas respostas para a mobilidade

do futuro.

A linha de produtos do Grupo Continental é desenvolvida e atualizada de acordo com as tendências mundiais do mercado automotivo. Com engenharia e produção nacional, é parte do nosso dia a dia a constante busca de novas e inovadoras tecnologias que contribuam para a economia de combustível, conforto e segurança dos veículos, assim, colaborando para um futuro mais sustentável e transformando em realidade hoje a mobilidade do amanhã.

www.continental-automotive.com.br

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14 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

Francesco abbruzzesi, diretor geral da Citroën do Brasil, explicando que a companhia, que pretende vender 60 mil carros no Brasil em 2014, prioriza a rentabilidade, não o volume de vendas

Sabe como dizemoS lá na itália? no Si mangia market Share. então não SomoS maníacoS por market Share

São paUlo aproVa Lei De incenTiVoelétricoS e híbridoS

PonTo De VisTa

A primeira iniciativa para tornar viável a venda de elétricos e híbridos no Brasil ocorreu em São Paulo. Foi aprovada a Lei Municipal 15.997, que prevê a devolução de até

50% do valor do IPVA ao proprietário de carros com as tecnologias. A medida também autoriza a liberação do rodízio municipal para esses veículos. A legislação de São Paulo pode estimular a adoção de políticas semelhantes em outras cidades brasileiras. Há ainda expectativa em torno da definição de uma política do governo federal que incentive elétricos e híbridos no País.

P esquisa financiada pela Fundação Mapfre apurou que 20% dos brasileiros já sofreram algum acidente de trânsito em que uma pessoa foi morta ou ferida. O índice sobe para 47% quando a pergunta abrange o

círculo familiar do entrevistado. O estudo ouviu 1.419 pessoas maiores de 18 anos de diversos municípios.

20% Dos brasiLeiros Já Se enVolVeram em acidenteS

SegUrança

14-36-NEGOCIOS.indd 14 27/06/2014 21:30:31

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NEGÓCIOS

TRIBUTOS

DESONERAÇÃO DA FOLHA AGORA É PERMANENTE

A desoneração da folha de pagamentos que duraria apenas até o próximo 31 de dezembro será agora permanente. A medida afeta 56

setores, entre eles as fabricantes de autopeças e encarroçadoras de ônibus. A redução dos tributos era um dos principais pleitos para aumentar a competitividade da cadeia produtiva nacional, que tem elevado custo de mão de obra. Com a medida, empresas que contribuem ao INSS com 20% da folha salarial passarão a pagar 1% a 2% do faturamento.

“A desoneração da folha será permanente daqui para frente para todos esses setores que são integrados a ela: uma boa parte da indústria, uma parte do serviço e uma parte do comércio varejista. Ao longo do tempo, não este ano, mas para os próximos anos, novos setores serão incorporados, dando mais competitividade a toda a estrutura produtiva brasileira”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

16 BUSINESS

MAXION WHEELS CONSTRUIRÁ NOVA FÁBRICA NO BRASIL

RODAS DE ALUMÍNIO

A Maxion Wheels terá uma segunda fábrica de rodas de alumínio no Brasil no complexo

industrial que mantém em Limeira (SP). A companhia já produz ali rodas de aço para veículos leves. O investimento não foi revelado, mas a expectativa é de

inaugurar a primeira fase da nova unidade no segundo semestre de 2015, quando terá capacidade produtiva para 800 mil peças por ano. A segunda fase, ainda sem prazo definido, deverá alcançar capacidade para 2 milhões de rodas por ano.

PARCERIA

BRASIL E ARGENTINA PRORROGAM ACORDO AUTOMOTIVO

O s governos brasileiro e argentino chegaram

a um entendimento sobre a prorrogação do Acordo sobre a Política Automotiva Comum. Foi retomado o sistema “flex” na proporção de 1,5. Com isso, para cada dólar importado em veículos da Argentina, o Brasil poderá vender US$ 1,50 ao país vizinho. O acerto vale de 1º de julho de 2014 a 30 de junho de 2015. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aponta que essa proporção está dentro dos níveis históricos. “A definição do porcentual garante previsibilidade e fluidez no comércio bilateral, além de assegurar margem de conforto para a indústria brasileira”, aponta comunicado divulgado pelo MDIC.

GUIDO MANTEGA, ministro da Fazenda

Page 17: Revista Automotive Business - edição 27

www.coventya.com.br

UNIDADE SULCaxias do Sul - RSTelefone: (54) [email protected]

UNIDADE SUDESTESão Paulo - SPTelefone: (11) [email protected]

UNIDADE INTERIORSumaré - SPTelefone: (19) [email protected]

Beyond the Surface

Ecologicamente correta

Suporte técnico mundial

3 unidades no Brasil

Alta tecnologia química

Constante inovação de processos

Foco em Pesquisa e Desenvolvimento

A constante inovação é uma das forças do Grupo COVENTYA, que fundamenta-se no desenvolvimento de processos de alta tecnologia e ambientalmente corretos. O grande objetivo da equipe mundial de P&D é assegurar soluções e processos que venham a garantir a parceria ideal para um negócio de sucesso.

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18 BUSINESS

NEGÓCIOS

MATO GROSSO DO SUL RECEBEU A 1ª TRANSEXPO

COMERCIAIS

D e 23 a 25 de maio ocorreu em Campo Grande (MS) a primeira edição da TransExpo,

feira internacional do transporte de carga. A “Fenatranzinha” reuniu cerca de 30 empresas da região, que tem uma das mais expressivas demandas por transporte de carga do País. “Todo o mês partem de nosso Estado cerca de 30 mil carretas. Destas,

23 mil vão para os portos de Santos e Paranaguá carregando soja, farelo de soja ou milho”, afirma Cláudio Cavol, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Mato Grosso do Sul (Setlog MS). Em 2014, as empresas da região devem comprar de 5 mil a 6 mil extrapesados e volume semelhante de implementos. (Mário Curcio)

AUDI Q3 CHEGA AO BRASIL NA VERSÃO RS

310 CV

A s concessionárias Audi começam a vender no Brasil o RS Q3, o primeiro da linha esportiva RS para a

família Q. O modelo tem preço sugerido de R$ 273,6 mil e é equipado com motor 2.5 de cinco cilindros e 310 cv de potência. Segundo a fabricante, ele acelera de zero a 100 km/h em 5,5 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h.

O câmbio escolhido pela Audi foi o automatizado S Tronic de dupla embreagem e sete velocidades. As marchas podem ser trocadas de modo automático ou manual, pela alavanca ou por aletas atrás do volante. O RS Q3 também traz controle eletrônico de largada, que permite arrancadas mais rápidas, sem perda de tempo pela patinagem das rodas. A tração do modelo é integral permanente.

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20 BUSINESS

NEGÓCIOS

GM CRIA PRÊMIO DE SUSTENTABILIDADE PARA A REDE

DISTRIBUIÇÃO

A General Motors passará a reconhecer anualmente

as ações de sustentabilidade em sua rede de distribuição. A companhia entregou o primeiro Prêmio de Sustentabilidade para Concessionárias Chevrolet. Segundo a companhia, o objetivo maior é “difundir e estimular a aplicação prática de ações baseadas nos princípios da sustentabilidade, gerando, assim, benefício para os concessionários e para toda a comunidade”, conforme aponta Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil (foto). A companhia elegeu três entre sete trabalhos finalistas. Foram levados em conta critérios como inovação e relevância para o negócio.

D epois do difícil início de ano, as vendas de

caminhões enfim mostraram reação. Em maio os emplacamentos cresceram 16,8% na comparação com abril. Foram negociados 12,7 mil veículos. “Maio foi o primeiro mês inteiro sob as normas atuais para o financiamento de veículos”, explica o presidente da entidade, Luiz Moan, referindo-se à liberação do Finame Simplificado, que ocorreu durante o mês de abril.

CAMINHÕES

FINAME SIMPLIFICADO ACELERA VENDAS

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22 BUSINESS

NEGÓCIOS

A importância atual do Brasil para as montadoras às vezes se

mede por fatos como este: apenas dois meses depois do lançamento na Europa, o Brasil já recebia a terceira geração do Mini. Neste primeiro momento ele está à venda em três versões: Mini Cooper, com motor 1.5 de 136 cv; Cooper S, com um 2.0 de 192 cv; e Cooper S Top, também com 192 cv. Os preços vão de R$ 89.950 a R$ 124.950.

As primeiras opções da nova carroceria são todas do hatch de três portas. “De todos os carros que venderemos em 2014, 70,2% serão

LANÇAMENTO

MINI: AVANÇOS NA TERCEIRA GERAÇÃOdo Cooper S”, afirma a diretora da Mini, Nina Dragone. Somadas todas as carrocerias e versões, a empresa espera vender 2,8 mil unidades este ano, o que significaria crescimento de mais de 80% sobre 2013. Entre agosto e novembro chegarão a opção Exclusive do Cooper S e o Mini One, carro de entrada, com motor 1.2 turbo de 102 cv e câmbio manual de seis marchas.

Na aparência, as diferenças da nova geração para a anterior são sutis e estão nos desenhos de grade, para-choques, rodas, faróis e lanternas. Mas o projeto é todo novo.

A carroceria mede agora 3,82 metros, está quase 10 centímetros maior. A distância entre eixos aumentou em 2,8 cm. O Mini também ficou mais largo em 2,6 cm. A altura, porém, aumentou menos de 1 cm.

As novas medidas resultaram em aumento do conforto interno. Outro ganho importante foi na capacidade do porta-malas, que passou de 160 para 211 litros. O tanque de gasolina comporta agora 44 litros, 10% a mais. Apesar das dimensões maiores, a Mini conseguiu redução de cinco a dez quilos no peso total do modelo, conforme a versão. (Mário Curcio)

MÁR

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Mobil 1.

LÍDER MUNDIAL EM LUBRIFICANTES 100% SINTÉTICOS.

mobil.cosan.com

Mobil, Mobil 1 e o ícone 1 são marcas ou marcas registradas da Exxon Mobil Corporation

uma de suas subsidiárias, sob licença. Outras marcas ou nomes de produtos utilizados neste material são de propriedade de seus respectivos donos.

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24 BUSINESS

NEGÓCIOS

A Volvo Cars já vende no Brasil a linha 60 T5 Drive-E, agora equipada com um motor 2.0 turbo de quatro

cilindros e 245 cv. O propulsor é mais econômico, compacto, potente e trabalha acoplado a uma nova transmissão automática de oito marchas. Com este powertrain, os utilitários esportivos XC60 custam agora entre R$ 162.950 (versão T5 Dynamic) e R$ 193.950 (T5 R-Design). O sedã S60 T5 parte agora de R$ 157.950. A station wagon V60 T5 Drive-E tem preço inicial de R$ 162.950.

O trabalho mais intenso da Volvo continua sobre o utilitário esportivo: “O XC60 está bem posicionado entre modelos maiores e menores (das marcas rivais) e

concorrerá com Range Rover Evoque, Audi Q3 e Q5, por exemplo”, afirma o CEO da Volvo Cars do Brasil, Luís Rezende.

O executivo prevê para este ano de cerca de 3 mil carros Volvo emplacados. No mix atual da Volvo, 65% das vendas são do utilitário esportivo XC60. O hatch V40 responde por 25% e a dupla S60/V60 (sedã e perua) pelos 10% restantes. A chegada este ano da versão Cross Country pode fazer a linha V40 subir dos atuais 25% para 27%. “Provavelmente avançaria sobre a participação do XC60”, estima o gerente de produto e preço, André Bassetto. (Mário Curcio)

VOLVO RENOVA MOTOR E CÂMBIO DA LINHA 60 T5

PRODUÇÃO

XC60 DRIVE-E tem motor 2.0 a gasolina de 245 cv

Page 25: Revista Automotive Business - edição 27

INOVAR-AUTO|CERTIFICAÇÃO|TECNOLOGIAS|QUALIDADE|TRIBUTOS|PD&I|INCENTIVOS

Cenários, tendências e armadilhas que as empresas enfrentarão com o avanço da legislação. Saiba, neste workshop, o que muda nas áreas tributária, de relações trabalhistas, de qualidade e de operações - e as implicações nas atividades de planejamento e produção

Neste fórum você entenderá como profissionais e empresas da indústria automobilística reagem aos avanços e novas fórmulas do marketing na era digital e encontrará respostas para definir estratégias. Compreenderá, também, novos conceitos em produto, operações e gestão na indústria automobilística. Você conhecerá as implicações das ferramentas digitais no ambiente de negócios e comunicação e saberá como definir os próximos passos para enfrentar a revolução do marketing ante forte inovação e competição. Você já está pronto para enfrentar um mundo digital repleto de fórmulas desafiadoras?

Coloque na agenda estes eventoswww.automotivebusiness.com.br - [email protected] - Tel. 11 5095-8888

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26 BUSINESS

NEGÓCIOS

HONDA FAZ AJUSTES NO CIVIC PARA MANTER A LIDERANÇAP ara tentar segurar a liderança

entre os sedãs médios, a Honda fez pequenas mudanças na linha Civic. As revendas começam a receber as novas versões LXS 1.8, a partir de R$ 65.890, e LXR 2.0, por R$ 75 mil. Na primeira, a mudança mais importante foi a entrada do sistema FlexOne de partida a frio, em que o combustível é pré-aquecido antes de ser injetado. Até a versão 2014, o motor 1.8 do Civic ainda utilizava o tanquinho de gasolina para partida a

frio. Apesar do ganho tecnológico, ele não teve aumento de preço.

A versão LXR 2.0, intermediária (que responde por 60% das vendas da linha Civic), recebeu mudanças na grade dianteira, na abertura do para-choque e no farol auxiliar, que troca o formato oval pelo circular. A traseira permanece igualzinha. Já as rodas de liga leva passam de 16 a 17 polegadas. “Vamos seguramente fechar o primeiro semestre na frente. Queremos terminar o ano também

em primeiro”, afirma o supervisor de relações públicas da Honda, Alfredo Guedes Júnior.

Pelas mudanças que o Civic LXR recebeu, a Honda elevou seu preço em R$ 510. Em novembro, o topo de linha EXR ganhará a nova dianteira e as rodas de 17 polegadas, mais alterações na central multimídia. A fábrica de Sumaré está concentrada na produção do novo Fit neste momento e por isso o EXR terá as mudanças mais tarde. (Mário Curcio)

SEDÃ

VERSÃO LXR ganhou nova grade dianteira, rodas de 17 polegadas e painel em dois tons em vez de três

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28 BUSINESS

NEGÓCIOS

PREMIUM

A família Sprinter, da Mercedes-Benz, ficou maior. A companhia lançou uma versão mais luxuosa com

foco no transporte de altos executivos. A versão 9+1 leva nove pessoas além do motorista com conforto e bom espaço interno. Com preço sugerido de R$ 139.628, o modelo sai de fábrica com ampla lista de equipamentos, como bancos de couro reclináveis, volante multifuncional com ajustes de altura e

profundidade, ar-condicionado, vidros elétricos e rodas de liga leve.

Seu motor é o mesmo Euro 5 de 146 cavalos de potência da gama Sprinter, que leva a tecnologia BlueEfficiency para redução do consumo de combustível. Diante de fase aquecida dos negócios de turismo no Brasil, a Mercedes-Benz espera vender entre 300 e 350 unidades da 9+1 apenas este ano. (Camila Franco)

MERCEDES-BENZ LANÇA SPRINTER DE LUXO

A SPRINTER 9+1 sai de fábrica inclusive com bancos de couro

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30 BUSINESS

NEGÓCIOS

PNEUS

CONTINENTAL DOBRARÁ PRODUÇÃO EM CAMAÇARI

A té 2017, a Continental dobrará a produção de pneus para caminhões e ônibus em sua fábrica de Camaçari (BA). A informação foi divulgada pelo diretor superintendente para o Mercosul, Renato Sarzano. “Devemos

divulgar o valor (do investimento) no início de 2015, mas o plano começará em 2014. Será um investimento em aumento de maquinário”, afirma Sarzano. Atualmente, a empresa produz na Bahia 60 mil pneus de caminhões e ônibus por mês. “Temos hoje cerca de 6% deste mercado de pneus para carga. Queremos passar para cerca de 9% até o fim de 2017.” (Mário Curcio)

E nquanto o mercado brasileiro de veículos acumula queda, a

Toyota vive situação descolada da realidade, com vendas aquecidas e duas fábricas bem ocupadas, como nunca aconteceu antes em sua história de mais de 50 anos no Brasil. “Sei que estamos vivendo em uma ilha no meio da crise”, reconhece Luiz Carlos Andrade Jr., vice-presidente da montadora no País.

Segundo ele, a empresa trabalha com projeção total de 3,67 milhões de unidades vendidas no mercado brasileiro este ano, o que significaria retração de 2,6% na comparação com 2013. Mesmo assim, o executivo estima que a Toyota encerre 2014 no campo positivo. “Deveremos crescer, mas pouco, até por causa da limitação de capacidade de produção”, diz.

Andrade se refere principalmente à fábrica de Sorocaba (SP), inaugurada em agosto de 2012 para produzir o Etios (hatch e sedã), que colocou a marca japonesa no

CRESCIMENTO

TOYOTA VIVE ILHA DE PROSPERIDADE NO BRASIL

segmento de compactos no País, onde estão concentradas mais de 70% das vendas. “Estamos trabalhando no topo da capacidade lá”, admite Koji Kondo, presidente da Toyota do Brasil. A planta foi projetada para fazer 65 mil carros por ano em dois turnos. Com o aumento da demanda pelo Etios, tem sido normal a convocação de

trabalho em horas extras em alguns dias da semana e aos sábados.

“Para adotar o terceiro turno precisaríamos contratar mais 400 pessoas”, diz Kondo, deixando nas entrelinhas que pretende adiar essa decisão pelo maior tempo possível, para evitar o risco de ter excedente de mão de obra em caso de retração maior do mercado. (Pedro Kutney)

ETIOS na fábrica de Sorocaba (SP): produção em ritmo acelerado

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32 BUSINESS

NEGÓCIOS

O Grupo Caoa abriu a primeira concessionária conceito Flagship Hyundai no Brasil. A revenda fica na Avenida

Sumaré, onde já havia uma Caoa Hyundai, mas o espaço de 1,8 mil metros quadrados foi todo reformulado. Ele segue um modelo só encontrado em duas outras concessionárias Hyundai, uma na China e outra na Rússia.

Em Seul, na Coreia do Sul, também há um espaço desse tipo, mas este tem apenas o conceito, não comercializa os carros: “Aqui serão vendidos entre 100 e 120 carros por mês”, afirma o diretor de marketing, rede e pós-venda, Anselmo Borgheti. “A região é favorável aos modelos Santa Fe e Azera. Em volume, porém, o primeiro deverá ser o ix35”, estima Borgheti.

Assim como outras lojas que vendem a linha Hyundai importada mais os veículos montados pela Caoa em Goiás (Tucson, ix35 e HR), essa concessionária não oferece os modelos HB20. Segundo Borgheti, o Grupo Caoa tem 94 concessionárias Hyundai para modelos importados ou goianos e outras 30 revendas dedicadas somente aos modelos HB20, HB20X e HB20S, montados em Piracicaba (SP). (Mário Curcio)

FLAGSHIP HYUNDAI

GRUPO CAOA INAUGURA CONCESSIONÁRIA CONCEITO

D o programa de investimentos na América Latina que

soma R$ 108 milhões este ano e envolve 250 projetos, valor pouco maior do que os R$ 104 milhões investidos em 2013, a maior parte será aplicada pela Robert Bosch na produção no Brasil de diversos componentes e sistemas. A principal motivação vem do câmbio desfavorável às importações, após período de desvalorização do real, e da política industrial do governo para o setor automotivo, o Inovar-

Auto, que concede incentivos fiscais para as montadoras que compram mais peças nacionais, além de investir em aumento de eficiência energética.

“A desvalorização cambial aumenta a importância de produzir localmente para reduzir o custo das importações”, explica Besaliel Botelho, presidente da Bosch Brasil e América Latina. “Com a tendência de produção de plataformas globais de veículos, muitos projetos novos precisam de sistemas desenvolvidos

globalmente, que passam a ser fabricados aqui”, acrescenta. Com relação às encomendas provocadas pelo Inovar-Auto, o executivo afirma que o programa ainda não trouxe aumentos efetivos de vendas, mas garante para 2016 a compra de sistemas e componentes para cumprir metas de eficiência energética .“As montadoras estão plenamente cientes de que precisam melhorar a qualidade de seus produtos aqui.” (Pedro Kutney)

INVESTIMENTOS

BOSCH QUER AUMENTAR NACIONALIZAÇÃO

MÁR

IO C

URC

IO

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34 BUSINESS

NEGÓCIOS

COMPONENTES

NISSAN COLOCA EM OPERAÇÃO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃOC erca de dois meses após

inaugurar sua fábrica em Resende (RJ), a Nissan abriu amplo centro de armazenamento e distribuição de peças de reposição, fruto de R$ 70 milhões em investimentos. O galpão de 16,4 mil metros quadrados fica vizinho à planta e foi arrendado da FM Logistic, empresa contratada para fazer toda a operação de recebimento, estocagem e expedição. Os 82 empregados contratados, parte da Nissan e parte da FM, fazem o controle e movimentação de 681 mil partes diferentes.

“Com este novo centro melhoramos a qualidade de atendimento aos nossos clientes e temos maior sinergia com a fábrica”, explica Tai Kawasaki, diretor de pós-venda da Nissan Brasil. Segundo ele, agora há

A nova fábrica que a TMD Friction começou a construir em Salto (SP), com investimento de R$ 142 milhões,

já prevê o fornecimento de pastilhas e lonas de freio para novos clientes, principalmente montadoras de origem asiática que a empresa ainda não atende no Brasil, apesar de fazer parte do grupo japonês Nisshinbo. “Com esses novos contratos que estamos negociando (para fornecimento original e mercado de reposição), a partir de 2017 ou 2018 deveremos aumentar em 85% nosso faturamento no País”, informa Edilson Jaquetto, diretor de negócios de equipamentos originais (OE).

Por causa da necessidade de aumentar a produção, a TMD vai transferir totalmente suas operações de Indaiatuba (SP), onde funciona há 39 anos, para Salto, a 15 quilômetros de distância. A mudança será gradual e por um período de um ano as duas plantas vão trabalhar simultaneamente, “para evitar qualquer interrupção de fornecimento aos clientes”, destaca Jaquetto. A transferência começa a ser feita no segundo semestre de 2015, quando a nova unidade inicia a produção, e segue até o segundo semestre de 2016, com a desativação total da planta antiga. (Pedro Kutney)

AUTOPEÇAS

TMD FRICTION CRESCE COM MERCADO DE REPOSIÇÃO E NEWCOMERS

espaço 50% maior de estocagem em relação aos dois armazéns somados que a empresa mantinha até agora no Brasil, um em São José dos Pinhais, onde ainda

compartilha linha de montagem com a sócia Renault, e outro em Jundiaí (SP). Com isso, o tempo de estoque aumentou de quatro para seis meses. (Pedro Kutney)

Page 35: Revista Automotive Business - edição 27

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Page 36: Revista Automotive Business - edição 27

36 BUSINESS

NEGÓCIOS

A Citroën começa a vender a linha 2015 do C3, C3 Picasso

e Aircross (foto). A companhia agregou novos equipamentos aos modelos, mas com a preocupação de evitar grandes reajustes nos preços. Na linha 2015 o C3 ganhou três versões novas. A Attraction 1.5 Flex passa a ser a segunda mais barata da gama com itens como vidros elétricos nas quatro portas e LEDs diurnos. A Exclusive 1.5 Flex pretende tornar mais acessíveis equipamentos que antes só eram de série no topo da gama, como acendimento automático dos faróis. A versão Tendance 1.6 Flex BVA é a

LINHA 2015

CITROËN APRESENTA NOVOS C3, C3 PICASSO E AIRCROSS

uma opção mais barata para quem quer o modelo equipado com o câmbio automático de quatro marchas, a partir de R$ 49.990.

Outra novidade da linha está na versão mais completa, a Exclusive 1.6 Flex BVA, disponível agora apenas com câmbio automático. “Estamos mantendo o compromisso de garantir a competitividade, apesar do aumento do IPI”, destaca Gustavo Rotto, responsável pela área de produto da marca.

Enquanto o C3 manteve a aparência externa, o Aircross ganhou alterações estéticas. O

modelo passa a ter faróis com máscara negra e acabamento na cor grafite, em substituição ao cromado da geração anterior do carro. O carro tem ainda uma nova opção de cor: branco perolizado.

A gama do C3 Picasso recebeu equipamentos e nova nomenclatura. A versão de entrada ganha o nome de Origine 1.5 e tem preço a partir de R$ 46.890. O carro passa a contar com vidros elétricos traseiros de série, além dos equipamentos já disponíveis na geração anterior, como ar-condicionado e retrovisores elétricos.

AIRCROSS recebeu faróis com máscara negra e acabamento grafite em vez de cromado

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Feira Líder Mundial da Indústria Automotiva

de 16 a 20. 9. 2014

“Truck Competence”, “Alternative Drive Technologies” e “Car Wash City” – são apenas três das principais áreas de

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38 • AutomotiveBUSINESS

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

CARPLAY PROMETE REPLICAR FUNCIONALIDADES DO SMARTPHONE

As tecnologias revolucionárias criadas por Steve Jobs, o gê-nio da Apple, chegam aos car-

ros. Convencida de que os painéis dos veículos são ideais para replicar de for-ma inteligente, divertida e segura as apli-cações dos fãs da marca, que não des-grudam de seus celulares, a fabricante lançou o CarPlay, integrando os siste-mas multimídia dos carros com funcio-nalidades do smartphone da maçã.

O CarPlay é um versão do sistema operacional iOS, que roda em iPhone e iPad, projetada para carros. Conside-rada a principal novidade apresentada por Tim Cook, CEO da Apple, desde a morte de Jobs, a tecnologia foi atra-ções no Salão de Automóvel de Ge-nebra, na Suíça, em março, lançada em veículos da Ferrari, Mercedes-Benz e Volvo. Em breve, o software estará também em modelos da BMW, Ford, General Motors, Honda, Hyundai, Ja-

guar, Kia, Mitsubishi, Nissan, PSA Peu-geot Citroën, Subaru, Suzuki e Toyota.

Um dos apelos do CarPlay é per-mitir que usuários de iPhone utilizem seu smartphone para acessar informa-ções, aplicações de entretenimento e comunicação no carro de forma se-gura. A plataforma se baseia no siste-ma Siri da fabricante para ser acionada sem distrações por comandos de voz, com botões, localizados no volante.

Para usar o CarPlay, os usuários precisam ter iPhone 5s, iPhone 5c ou iPhone 5. Ele se conecta com o sis-tema multimídia do carro e exibe no painel aplicações do celular, possibi-litando ligações telefônicas, uso de mapas para traçar roteiros e ditar e ouvir mensagens de textos, além de tocar música. A tecnologia também suporta aplicativos de áudio de tercei-ros, como Spotify e iHeartRadio.

“O CarPlay foi projetado desde o

início para fornecer aos motoristas uma experiência incrível, usando o seu iPhone no carro”, explica Greg Joswiak, vice-presidente de marketing do iPhone e iOS da Apple. Ele observa que os usuários de smartphone que-rem sempre o seu conteúdo na pon-ta dos dedos e que a nova tecnolo-gia vem para atender esse desejo, en-quanto eles estiverem na estrada.

O Google, dono do sistema opera-cional Android, e a Microsoft, detento-ra do Windows Phone, seguem a tri-lha da Apple para conquistar um lugar nos carros. Essa movimentação não ocorre à toa. Estudos do Gartner esti-mam que em 2014 será vendido 1,3 bilhão de smartphones ao redor do mundo, ante 968 milhões em 2013, o que aguça empresas de TI e monta-doras para que muitas das aplicações desses dispositivos possam ser aces-sadas nos veículos de forma segura.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

APPLE INTEGRA IPHONE AOS CARROS

Não é só a BMW que está apostando na computação na nuvem e em Big Data. Brian

Droessler, vice-presidente de software e solu-ções de conectividade da Continental Automo-tive Systems, defende uso de cloud computing para aumentar a produtividade do setor e prestar melhores serviços aos consumidores.

Durante a conferência anual Pulse 2014 da IBM sobre cloud computing, realizada em fevereiro em Las Vegas (EUA), Droessler destacou que a Conti-nental investe em serviços em nuvem para ajudar a indústria a entregar carros mais seguros e con-

fortáveis. Na ocasião ele ressaltou que novas tec-nologias como a Internet das Coisas vão mudar radicalmente a forma como o setor projeta, entre-ga e cuida da manutenção dos veículos.

O executivo destacou que a nuvem pode integrar todo o “ecossistema” para envio e recebimento de informações dos carros em tempo real, o que vai acelerar a tomada de decisão em caso de falha ou acidentes. Droessler reconhece que essa viagem tecnológica depende de uma série de fatores para ganhar massa crítica e disse que o setor precisa dar os primeiros passos e endereçar essas questões.

INTEGRAÇÃO DO “ECOSSISTEMA” NA NUVEM

EDILEUZA SOARES

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CARREIRA

40 • AutomotiveBUSINESS

Erodes Berbetz tem mais de 25 anos de experiência com a

cadeia de suprimentos automotiva. Ingressou na Volvo em 1988. Passou por diversas posições na empresa e agora parte para desafio ainda maior como diretor de compras da Mercedes-Benz. Ele conta o que espera pela frente.

AUTOMOTIVE BUSINESS – Quando começou no novo cargo e por que decidiu se unir ao time da Mercedes-Benz do Brasil? ERODES BERBETZ – Estou há dois meses na Mercedes. Vários motivos me levaram a esta escolha. Um deles foi o emocional. Tenho um carinho muito grande pela marca, desde a

AB – A Mercedes pretende conquistar a liderança de mercado. Como a área de compras pode ajudar? EB – Mais importante do que a liderança de mercado é a de satisfação dos clientes. Compras tem de traduzir esta necessidade para os fornecedores, sempre buscando inovação, custo competitivo, qualidade e flexibilidade. Minha equipe (de cerca de 100 pessoas) e eu estaremos muito próximos dos fornecedores. E uma das ferramentas desta aproximação continuará sendo o Prêmio Interação, que reconhece anualmente iniciativas de sucesso de nossos parceiros. Nosso lema será manter as parcerias de longo tempo cada vez mais próximas da Mercedes para juntos atendermos os anseios dos consumidores.

CAMILA FRANCO

FLÁVIO PADOVAN NA DIREÇÃO DA SUBARU Flávio Padovan, que se desligou da presidência da Jaguar Land Rover para a América Latina e Caribe em março, é o novo diretor geral da marca Subaru, do Grupo Caoa. No período de 2012 a 2013, Padovan também foi presidente da Abeiva, agora Abeifa, associação de fabricantes e importadores.

VW TEM NOVO VP DE VENDAS E MARKETING Ralf Berckhan, anteriormente diretor do grupo na Polônia, assume o cargo no lugar de Jutta Dierks, que se aposentará. Berckhan é administrador de empresas e ingressou na VW em 1987. Já teve passagens por diversas lideranças na Alemanha, México, República Tcheca e Espanha.

EXECUTIVOS

ERODES BERBETZ: “TRABALHO MAIS ABRANGENTE NA MERCEDES”

infância, quando meu pai trabalhava como representante comercial no Paraná. Já pelo racional, foi a excelente oportunidade de expansão de carreira. O momento que estava vivendo, tanto profissional como pessoalmente, me levou a esta escolha. O convite veio em janeiro e tudo fluiu muito rápido.

AB – Quais são os seus novos desafios? EB – O trabalho será muito mais abrangente. O portfólio da Mercedes é amplo, atende desde leves até extrapesados. Além disso, darei suporte à produção e vendas de ônibus, de carros e de agregados, o que é bastante complexo. A Mercedes tem uma sólida base de fornecedores e uma forte interação com eles. O desafio será mantê-la.

Page 41: Revista Automotive Business - edição 27

• Tendências globais em Qualidade

• Cenário da Qualidade na cadeia automotiva brasileira e no mundo

• O aftermarket no Brasil e exterior

Realização

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Page 42: Revista Automotive Business - edição 27

42 • AutomotiveBUSINESS

LANÇAMENTO

MARCH produzido na unidade de Resende (RJ), onde é feito também o motor 1.6

NISSAN ESPERA VENDER 3,5 MIL UNIDADES POR MÊS, CONCORRENDO COM HB20 E ETIOS

NEW MARCH, AGORA BRASILEIRO E COMPETITIVO

CAMILA FRANCO | de Resende (RJ)

A Nissan lançou seu primeiro produto montado na fábri-ca recém-inaugurada em

Resende (RJ): o New March, hatch compacto que competirá com Hyundai HB20 e Toyota Etios, mas que promete se diferenciar ao entregar qualidade e amplo pacote de itens a preço acessível.

O valor do New March já con-firma que a briga será acirrada no segmento, que representou 45% das vendas em 2013. A versão de entrada, a 1.0 Conforto, sai por R$ 32.990 e vem com ar-condicio-nado, banco do motorista com re-gulagem de altura, direção elétrica, airbags frontais, pneus nacionais com maior aderência e freios ABS com distribuição eletrônica da for-

ça de frenagem (EBD) e assistente de frenagem (BA).

A mais completa, 1.6 SL, é ven-dida por R$ 42.990, acrescida de ar-condicionado digital automáti-co, acabamento em preto do pai-nel, câmera de ré com imagem in-tegrada ao display do rádio, rodas de liga leve de aro 16, além de sis-tema de navegação com GPS.

A Nissan espera emplacar ini-cialmente 3,5 mil unidades do hatch por mês. “Do total ven-dido, 50% deverão ser de mo-delos 1.0 e os outros 50%, de 1.6. A versão topo de linha, 1.6 SL, deverá corresponder a 20% do total emplacado”, diz Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan do Brasil.

MODERNO Com a expectativa de ser o pri-meiro automóvel de jovens brasi-leiros, o New March mudou tanto no visual quanto no conteúdo. No design, porém, as alterações fo-ram mais sutis. A frente está um pouco mais agressiva, mas a tra-seira continua a mesma. Alguns detalhes chamam mais aten-ção no exterior, como o aerofó-lio com LEDs, maçanetas croma-das e as rodas de 16 polegadas de liga leve na versão top. No in-terior foram adotados novos ma-teriais no painel, novo formato do volante e três diferentes tipos de acabamento para os bancos, ago-ra mais acolhedores com espuma de alta densidade, apesar de con-

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Bosch e BMW Group1º lugar na categoria Powertrain do Prêmio REI

Bosch e BMW Group juntas no desenvolvimento do 1º veículo turbo fl ex com

injeção direta do mercado. O novo propulsor da BMW é um 2.0 com turbo

compressor e injeção direta de combustível, projetado para o uso fl exível

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Page 44: Revista Automotive Business - edição 27

44 • AutomotiveBUSINESS

NISSAN QUER FORNECEDORES MAIS PRÓXIMOS

O New March começa a ser produzido no País com 60% de peças nacionais, mas

a meta da Nissan é que 80% delas sejam fei-tas por aqui em até dois anos. Atualmente, a fabricante conta com seis parceiros japoneses instalados no seu complexo industrial: Sanolt (tubos de freio e de combustível), Calsonic Kansei (cockpit), Mitsui (corte de chapas), Ta-chi S (bancos), Yorozo (suspensões dianteira e traseira) e Kinugawa (guarnições de portas). A MA, que já completou 13 anos de existência,

com instalações em Porto Real (RJ), próximo à fá-brica da Nissan e da também cliente PSA Peugeot Citroën, fornece à montadora japonesa com-ponentes estampados, soldados e produzidos por roll forming, utilizados pelo New March. Se-gundo Wesley Custódio, diretor de produção da Nissan em Resende, RJ, mais empresas deve-rão se fixar em breve na área de 2,7 milhões de metros quadrados da fábrica da Nissan, que em junho atinge sua capacidade máxima de 270 March feitos diariamente.

tinuarem pequenos. Fora isso, o hatch cresceu. Está 47 mm mais longo e 10 mm mais largo, mas ainda não acomoda cinco pesso-as com conforto, o que não seria problema para o seu público-alvo.

O conteúdo diferenciado é o que poderá atrair jovens. Na ver-são mais completa, o New March

tem navegador com sistema Nis-san Conecty, que, inédito no Brasil, permite o acesso a redes sociais e ao bluetooth para compartilhar músicas e fazer ligações.

O motor flex 1.0 de 16 vál-vulas, que segundo a fabrican-te tem 74 cavalos de potência e vai de 0 a 100 km/h em 13,8 se-

gundos, continua a ser montado pela Aliança Renault-Nissan em São José dos Pinhais (PR). O 1.6, também de 16 válvulas e flex, agora é feito no próprio comple-xo de Resende (RJ). Sua potên-cia, de acordo com a fabricante, é de 111 cavalos e chega aos 100 km/h em 9,5 segundos. Ambos os propulsores são classificados com nota A pelo Programa Brasi-leiro de Etiquetagem do Inmetro.

No quesito dirigibilidade, o que mudou no New March foi a sus-pensão. Uma vez acertada para receber pneus de 16 polegadas, ela permite que a direção com assistência elétrica responda mais firmemente em altas veloci-dades, trazendo mais segurança ao motorista. Segundo a Nissan, esta direção contribuiu para um consumo 5% menor do veículo. Outro ponto positivo é o raio de giro, de 4,5 m, que permite ma-nobrar com mais facilidade.

AEROFÓLIO com LEDs e rodas aro 16” são itens de série na versão 1.6 SL

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PRÊMIO REI

C om o voto dos leitores da revista e da newsletter Automotive Business e dos participantes do V Fórum da Indústria Automobilística (28 de

abril) e II Fórum de RH (19 de maio), a Fiat foi apontada como empresa do ano de 2014 no setor automotivo, em eleição promovida pelo Prêmio REI – Reconhecimento à Excelência e Inovação. Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America, foi apontado o profissional do ano de montadora e Paulo Butori, presidente do Sindipeças, o profissional de autopeças. Os troféus foram entregues em cerimônia realizada no Espaço 011, dia 11 de junho, em São Paulo. Na ocasião foram revelados também os ven-cedores em outras 11 categorias, que são apresentados nas páginas seguintes.

Destacar o desempenho e as realizações de profissio-nais e empresas da indústria automobilística constitui o objetivo do Prêmio REI, promovido por Automotive Business. A quarta edição da iniciativa, que desafiou empresas e profissionais a defender cases relevantes do período compreendido entre 1o de fevereiro de 2013 e

1o de fevereiro de 2014, teve duas fases de votação. Na primeira fase da eleição, 23 jurados avaliaram os cases e escolheram cinco finalistas em cada uma das 14 cate-gorias, perfazendo um total de 70 finalistas entre os 275 cases submetidos à organização do prêmio.

Os cases foram depois submetidos ao voto eletrônico de cerca de 40 mil leitores da revista e newsletter Auto-motive Business e também dos participantes inscritos nos dois fóruns. Os leitores receberam instruções para votar eletronicamente, diretamente no portal, ou devol-ver a cédula encartada na edição número 26 da revista Automotive Business. Os participantes dos fóruns utili-zaram cédulas impressas na eleição.

Paula Braga Prado, diretora de Automotive Business e coordenadora executiva do Prêmio REI, assegura que o Prêmio REI valoriza empresas e profissionais graças à lisura no processo de escolha primária e eleição. “O júri é independente e soberano, o que dá total credibilidade à premiação”, afirma. Os profissionais de Automotive Business não participaram da votação.

FIAT É A EMPRESA DO ANOROBERTO CORTES, CEO DA MAN LA, É O PROFISSIONAL DE

MONTADORA E PAULO BUTORI, PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS, O PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

OS REIS DE 2014EMPRESA DO ANOFIAT AUTOMÓVEIS

PROFISSIONAL DE MONTADORAROBERTO CORTES, CEO DA MAN LA

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇASPAULO BUTORI, PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS

VEÍCULO LEVEHYUNDAI MOTOR BRASIL

COMERCIAL PESADOMAN LA

MARKETING E PROPAGANDAFIAT AUTOMÓVEIS

MANUFATURA E LOGÍSTICAMAN LA

EO DA MAN LA É

ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIAFORD

SUSTENTABILIDADE E RESPONS. SOCIOAMBIENTALHONDA

AUTOPEÇASBOSCH E BMW

SISTEMISTAMAGNETI MARELLI

POWERTRAINVOLKSWAGEN

INSUMOSDUPONT

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARECNH INDUSTRIAL

Page 47: Revista Automotive Business - edição 27

FÁBIO SANZ, gerente de contas,

SANDRO BRITO, diretor comercial,

RICARDO MUSSA, presidente, e

CARLOS DE SORDI, gerente de contas

corporativas, representantes da

Cosan Lubrificantes

ROBERTO CORTES, CEO da MAN Latin America, com os troféus de Profissional de Montadora, Veículo Comercial e Manufatura e Logística

O PRÊMIO REI, que teve o patrocínio da Mobil/Cosan, elegeu os melhores cases da indústria automobilística sob o ponto de vista da excelência e da inovação

AUTOMOTIVE BUSINESS recepcionou os

finalistas do Prêmio REI 2014 no Espaço 011,

em São Paulo, para entrega de troféus aos

vencedores nas 14 categorias

WILLIAM LEE, presidente da Hyundai Motor Brasil, recebeu o troféu na categoria

Veículo Leve, atribuído ao HB 20S

FÁBSANRICCARcorpCos

WILLIAM LEE presidente da Hyundai

RLPC

O PRÊMIO REI, que teve o patrocínio dMobil/Co l

em São Paulo, p

vencedores nas 14 categorias

Page 48: Revista Automotive Business - edição 27

48 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

EMPRESA DO ANO

PROFISSIONAL DE MONTADORA

FIAT AUTOMÓVEIS12 ANOS DE LIDERANÇA A Fiat conquistou em 2013 a liderança no mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves pela 12ª vez, com 96 mil unidades à frente do segundo colocado e mais de 113 mil unidades de vantagem em relação ao terceiro colocado. Foram 762.980 unidades vendidas no ano passado, o que representou 21,3% de market share. Entre os dez modelos mais vendidos no Brasil, quatro foram da marca Fiat: Uno, Palio, Siena e Strada.

FINALISTASAETHRA – Novos investimentos e empreendedorismoFIAT – 12 anos de liderança FORD – Pioneirismo em carros globais e da engenharia brasileira MAN – Líder hoje e de olho no futuro VOLKSWAGEN – Uma nova era para a empresa

ROBERTO CORTESCEO DA MAN LA Em 2013, Roberto Cortes arquitetou uma nova estratégia de sucesso para suas marcas de caminhões (VW Caminhões e MAN), comandando o maior lançamento de cavalos mecânicos da MAN e assegurando uma oferta completa para garantir a sustentabilidade da liderança. É o único latino-americano entre os presidentes do grupo de veículos comerciais da Volkswagen e primeiro brasileiro a comandar uma operação da VW no País. Investiu na tecnologia híbrida e diesel de cana e inaugurou o Parque de Fornecedores em Resende, RJ, junto à fábrica.

FINALISTASLÉLIO RAMOS – Diretor comercial da Fiat AutomóveisLUIZ MOAN – Presidente da Anfavea ROBERTO CORTES – CEO da MAN LA ROBERTO LEONCINI – Diretor-geral da Scania do Brasil*STEVEN ARMSTRONG – Presidente da Ford América do Sul

FÁBIO LOPES, especialista sênior de comunicação, ELISA SARTI, assessora

de imprensa, e ROBERTO BARALDI, gerente de

comunicação, receberam o troféu de Empresa do Ano em

nome da Fiat Automóveis

ROBERTO CORTES, CEO da MAN Latin America, recebeu os troféus Profissional de Montadora de 2014, Comercial

Pesado e Manufatura e Logística

*Desligou-se da Scania em abril de 2014

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AutomotiveBUSINESS • 49

OS MELHORES DE 2014

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

VEÍCULO LEVE

HYUNDAI MOTOR BRASILHB 20S

Equipada com eficiente motor 1.0 bicombustível de três cilindros e 80 cv quando abastecido com etanol, a versão mais barata tem bom pacote de equipamentos,

como ar-condicionado, direção assistida, computador de bordo, controle remoto de travamento na chave tipo canivete, acionamento elétrico dos vidros e airbags frontais.

É também oferecido com motor 1.6 de quatro cilindros e 128 cv com etanol (o mais potente da categoria). O HB20S tem linhas mais modernas do que os concorrentes.

Fazem diferença o motor com bloco e cabeçote de alumínio.

FINALISTASFORD – New Fiesta Hatch

FORD – Novo Focus HYUNDAI BRASIL – HB 20S

VOLKSWAGEN – Up!VOLKSWAGEN – Novo Golf

PAULO BUTORIPRESIDENTE DO SINDIPEÇAS

Ao tomar posse de seu sétimo mandato como presidente do Sindipeças, a entidade que representa os fabricantes de autopeças no Brasil, Butori se

manteve firme na defesa da cadeia produtiva nacional. O dirigente luta por uma política industrial que beneficie não só as montadoras, mas também os fornecedores de autopeças e componentes de menor porte, fragilizados pelo aumento do volume de importações. Em 2013, teve importante participação na definição da regulamentação do rastreamento da origem das autopeças,

medida do Inovar-Auto para conter importações.

FINALISTASARNALDO IEZZI JR. – Diretor geral da BorgWarner

BESALIEL BOTELHO – Presidente da Bosch para o BrasilPAULO BUTORI – Presidente do SindipeçasPIETRO SPORTELLI – Presidente da Aethra

SILVIO BARROS – Vice-presidente e diretor geral da Meritor América do Sul

ELIAS MUFAREJ, conselheiro do

Sindipeças, recebeu o troféu de Profissional de Autopeças conferido a Paulo Butori, presidente

do Sindipeças

MIN KYONG HWAN, diretor de planejamento, RP e treinamento da Hyundai

Motor Brasil, e WILLIAM LEE, presidente e CEO da Hyundai Motor Brasil, com o troféu de

Veículo Leve de 2014, atribuído ao Hyundai HB 20S

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50 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

50 • AutomotiveBUSINESS

COMERCIAL PESADO

MARKETING E PROPAGANDA

MAN LA24.280 V-TRONICO Constellation 24.280, caminhão mais vendido do Brasil, chega com mais uma opção: a transmissão automatizada V-Tronic, combinada ao exclusivo sistema de eixo automatizado Smart Ratio. A tecnologia, desenvolvida pela engenharia da MAN Latin America em Resende (RJ), torna possível aproveitar ao máximo as duas relações do eixo e multiplicar o potencial da caixa. As vantagens operacionais são muitas, uma vez que o câmbio automatizado garante melhor consumo médio de combustível, além de conforto e facilidade de condução ao motorista.

FINALISTASFORD – Cargo 2842IVECO – Iveco Hi-WayMAN – 24.280 V-TronicMERCEDES-BENZ – ActrosSCANIA – Scania R 440

FIAT AUTOMÓVEISVEM PRA RUAA campanha foi um dos grandes marcos da Fiat em 2013. Criada para comemorar a liderança da empresa no mercado brasileiro e a celebração por conta dos eventos esportivos que ocorrem no Brasil, a campanha convidou os brasileiros a festejar nas ruas com a Fiat. O jingle foi um grande sucesso nas rádios e na internet e ganhou notoriedade ao se tornar o hino da população brasileira em momento único da história do País. A campanha foi indicada como uma das mais importantes do ano por veículos brasileiros especializados em marketing.

FINALISTASFIAT – Vem pra RuaFORD – Campanha Fusion Grand PrixMITSUBISHI – Mitsubishi ASX – Polvo PEUGEOT – Corrida Maluca RENAULT – Acredite, é o Logan!

ROBERTO CORTES, CEO da MAN Latin America, recebeu os troféus Profissional de Montadora de 2014, Comercial

Pesado e Manufatura e Logística

MIRELLY ROSA, supervisora de contas da Leo Burnett, com o troféu da categoria Marketing e Propaganda,

obtido com a campanha Vem pra Rua, criada pela agência

para a Fiat Automóveis

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AutomotiveBUSINESS • 51

OS MELHORES DE 2014

MANUFATURA E LOGÍSTICA

ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

MAN LAAPLICAÇÃO DE AÇOS AVANÇADOS DE ALTA RESISTÊNCIA PARA

REDUÇÃO DE PESO E AUMENTO DA COMPETITIVIDADEPara garantir liderança de mercado, atender novas exigências, atingir as metas de

redução de consumo e emissões de gases, a MAN propõe o uso de aços avançados de alta resistência nas carrocerias dos caminhões. A empresa concluiu que uma

redução de até 10% no peso das carrocerias gera potencial de redução de custo de até R$ 800 mil/ano. Estudos relatam que essa redução de peso pode baixar em até

8% o consumo do veículo e que um abatimento de 100 kg pode resultar em até 12,5 g/km a menos de CO2.

FINALISTASFORD – Renovação da fábrica de SBC para

produção do seu primeiro veículo global, o New Fiesta Hatch GKN – Mapeamento da cadeia de valor estendido aos fornecedores

MAN – Aplicação de aços avançados de alta resistência para redução de peso e aumento da competitividade

METRO-SHACMAN – Um caminhão em seis meses VOLKSWAGEN – Produção do Up! em Taubaté

FORDEMPRESA DESENVOLVE O PRIMEIRO MOTOR FLEX COM INJEÇÃO

DIRETA DE COMBUSTÍVEL DO MUNDOA Ford tem-se destacado pelo investimento em motores inovadores, de alta eficiência,

baixo consumo e emissões. Exemplo é o Duratec 2.0 Direct Flex, primeiro motor do mundo com essa tecnologia para uso com etanol e gasolina, desenvolvida especial-

mente para o Brasil. A injeção direta de combustível flex do motor do Novo Focus otimiza o rendimento do motor para o aproveitamento máximo de energia, com eficiência e economia. O propulsor foi desenvolvido pela engenharia brasileira.

FINALISTASBOSCH E BMW – Desenvolvimento do 1o veículo premium

turbo flex com injeção direta do mercado BOSCH E VOLKSWAGEN – Controle adaptativo de

distância e velocidade BOSCH – Motorcycle Stability Control

FORD – Empresa desenvolve o primeiro motor flex com injeção direta de combustível do mundo

VOLKSWAGEN – Up!: o melhor da engenharia Volkswagen em uma construção compacta e eficiente

ROBERTO CORTES, CEO da MAN Latin America, recebeu os troféus Profissional de Montadora de 2014, Comercial

Pesado e Manufatura e Logística

LUIZ MORRONI, gerente de

engenharia da Ford, com o troféu

da categoria Engenharia, Inovação e Tecnologia, conferido ao

motor Duratec 2.0 Direct Flex

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52 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

AUTOPEÇAS

HONDASUSTENTABILIDADE COM REDUÇÃO NA EMISSÃO DE CO2 E AUTOSSUFICIÊNCIA NA ENERGIA ELÉTRICA CONSUMIDA PELA PLANTA DE SUMARÉ, SPEm 2011 o grupo Honda estabeleceu metas para redução das emissões: “Diminuir as emissões atmosféricas de CO2 em 30% até 2020, tomando como base o ano de 2000”. A Honda Automóveis desenvolveu estudos e decidiu substituir energia elétrica convencional por uma de fonte renovável. Foi iniciada a construção de um parque eólico no Rio Grande do Sul, que permitirá fornecer 100% da energia elétrica consumida na unidade fabril de Sumaré, SP. A iniciativa inédita permitirá superar a meta estabelecida pela matriz em mais de 29% já em 2015.

FINALISTASDELPHI – 10 anos de projeto de educação ambiental e marca de 100.000 alunos participantesFIAT – Eficiência energética – ISO 50001HONDA – Sustentabilidade com redução na emissão de CO2 e autossuficiência na energia elétrica consumida pela planta de Sumaré, SPNISSAN – Instituto Nissan – O Brasil sai na frentePIRELLI – Sol para produzir pneus

BOSCH E BMWDESENVOLVIMENTO DO PRIMEIRO VEÍCULO TURBO FLEX COM INJEÇÃO DIRETAO know-how e pioneirismo no desenvolvimento da tecnologia flex fuel da Bosch está presente no modelo 320i ActiveFlex da BMW que, além de ser o precursor da montadora no universo dos bicombustíveis, é o primeiro veículo premium turbo flex do mundo equipado com sistema de injeção direta. Para o desenvolvimento e preparo dos componentes para uso específico com o etanol, a equipe de engenheiros da Bosch, na Alemanha, contou com a expertise do time brasileiro com mais de dez anos de experiência no desenvolvimento da tecnologia flex.

FINALISTASBOSCH E BMW – Desenvolvimento do primeiro veículo turbo flex com injeção diretaBOSCH – Motorcycle Stability ControlDELPHI – Sistema de partida a frio para dois lançamentos em 2014NGK DO BRASIL – Tecnologia utilizada em velas Iridium para carros e motos mais acessíveisSABÓ – Eficiência energética

ARTHUR SIGNORINI, gerente de sustentabilidade, e CELSO

SHINOHARA, gerente geral de planejamento industrial da Honda

Automóveis do Brasil e da Honda South America, com o troféu da categoria Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental, conquistado com a

campanha de redução de emissão de CO2 e autossuficiência em energia elétrica pela planta de Sumaré (SP)

BESALIEL BOTELHO, presidente da Bosch para a América Latina,

e GLEIDE SOUZA, diretora de assuntos governamentais da BMW Brasil, com os troféus da

categoria Autopeças, obtidos com o desenvolvimento do primeiro veículo

turbo flex com injeção direta

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AutomotiveBUSINESS • 53

OS MELHORES DE 2014

SISTEMISTA

POWERTRAIN

MAGNETI MARELLICOMEMORAÇÃO DOS 10 ANOS DO LANÇAMENTO DA TECNOLOGIA FLEX E

CONSOLIDAÇÃO DO CÂMBIO AUTOMATIZADO NO MERCADO NACIONAL 2013 consolidou ainda mais a Magneti Marelli com uma das principais sistemistas

no cenário automotivo nacional. A empresa comemorou os dez anos do lançamento da pioneira tecnologia flexfuel, que revolucionou o mercado automobilístico

brasileiro e alcançou a marca de mais de 10 milhões de SFS (Software Flexfuel System) comercializados, detendo cerca de 45% de participação no mercado. Outra

tecnologia pioneira da sistemista, também consagrada no Brasil, é o câmbio automatizado Free Choice.

FINALISTASBORGWARNER – BorgWarner transpõe dificuldades do setor e investe

R$ 70 milhões na construção de nova fábrica BOSCH E BMW – Desenvolvimento do primeiro veículo turbo flex

com injeção direta do mercadoCONTINENTAL – Empresa inicia produção de ABS e inaugura primeira pista

de testes para sistemas de freios eletrônicos no BrasilDELPHI – Delphi traz produção de condensadores de alta eficiência para o Brasil

MAGNETI MARELLI – Comemoração dos 10 anos do lançamento da tecnologia flex e consolidação do câmbio automatizado no mercado nacional

VOLKSWAGENNOVA GERAÇÃO DE MOTORES 1.0 DE 3 CILINDROS TOTAL FLEX

É o motor mais moderno fabricado pela Volkswagen no Brasil, no que se refere ao processo produtivo e recursos. Montado em São Carlos (SP), é o primeiro 1.0 flexível

a dispensar tanque auxiliar para partida e o motor 1.0 mais potente feito no Brasil, com até 82 cv de potência (etanol). Com menor peso (bloco e cabeçote de alumínio)

e soluções inovadoras nessa faixa de cilindrada e o baixo atrito, o motor foi desta-que no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do Inmetro, obtendo A entre os

automóveis equipados com ar-condicionado e direção assistida.

FINALISTASBOSCH E BMW – Desenvolvimento do

primeiro veículo premium turbo flex com injeção direta FIAT – Primeiro motor Multiair flexível – Fiat 500

FORD – Motor Duratec 2.0 direct flex com injeção direta MAHLE – Nova unidade de potência para o Inovar-Auto

VOLKSWAGEN – Nova geração de motores 1.0 de 3 cilindros Total Flex

HELGE BERGMANN, gerente executivo de

desenvolvimento do produto na Volkswagen do Brasil, com o troféu na categoria

Powertrain, atribuído ao motor 1.0 de 3 cilindros da marca

GINO MONTANARI, diretor de pesquisa e desenvolvimento,

e EDISON LINO DUARTE, presidente da Magneti Marelli Mercosul, receberam o troféu na categoria Sistemista, pelos

10 anos da tecnologia flex e consolidação do câmbio

automatizado

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54 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI OS MELHORES DE 2014

INSUMOS

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

DUPONTNYLON DE ALTO DESEMPENHO REDUZ PESO E PERMITE INTEGRAÇÃO DE COMPONENTES EM TANQUE DO INTERCOOLER (CAC)A DuPont Performance Polymers, em colaboração com a Plásticos Maradei e Behr Brasil, desenvolveu um inovador tanque de plástico do intercooler, responsável pela refrigeração do ar quente gerado pelo turbo de compressão, para veículos pesados. O polímero escolhido foi o DuPont Zytel Plus, nylon de alto desempenho que possui excelente resistência à termoxidação em ar quente, resistência química e ótimas propriedades mecânicas em altas temperaturas.

FINALISTASABAL – Carroceria 100% de alumínio para transporte de carga seca ARCELORMITTAL BRASIL – Desenvolvimento e produção do aço Usibor no Brasil.ARTECOLA – Ecofibra Automotive, ideal para os objetivos da indústriaDUPONT – Nylon de alto desempenho reduz peso e permite integração de componentes em tanque do intercooler TEKSID – De olho no Inovar-Auto e eficiência energética, Teksid aposta na tecnologia do alumínio

CNH INDUSTRIALCNH TEM A ÚLTIMA PALAVRA EM AGRICULTURA DE PRECISÃOOs produtores rurais não estão atrás apenas de uma máquina robusta e eficiente, mas também de soluções embarcadas. Por isso, a CNH Industrial oferece serviços e soluções para transformar os negócios de seus clientes. Duas dessas ferramentas são o Advanced Farming Systems e o Precision Land Management, tecnologias que podem ser usadas além do cultivo de grãos, colaborando em praticamente todos os setores agrícolas. Ambas foram desenvolvidas para otimizar o tempo de trabalho, em janelas curtas e períodos críticos.

FINALISTASCNH INDUSTRIAL – CNH tem a última palavra em agricultura de precisão FIAT – Fiat Live Store MAN – Tecnologia da informação e software PIRELLI – Novo software reduz em 50% o tempo de abastecimento das lojas de pneus VOLKSWAGEN – Fábrica digital

PEDRO NOGUEIRA (desenvolvimento de projetos) e

ROGÉRIO COLUCCI (gerente de marketing), com o troféu da categoria Insumos, recebido pela DuPont com

a utilização de nylon de alto desempenho

MAURÍCIO GOUVEIA, vice-presidente de peças e serviços da CNH Industrial América Latina, recebeu o

troféu na categoria Tecnologia da Informação e Software, obtido pelo programa da

CNH no campo da agricultura de precisão

Page 55: Revista Automotive Business - edição 27

A NSK acaba de receber da Moto Honda o prêmio de performance no fornecimento de rolamentos, o que destaca nosso trabalho entre os melhores fornecedores de 2013. Para conquistar esse reconhecimento, foram mais de 6 milhões de rolamentos entregues à Moto Honda no Brasil.

Obrigado, Honda, pela confiança em nossos produtos. Conte conosco para superar também os próximos desafios.

Qualidade premiada made in Brasil.

CATÁLOGO AUTOMOTIVO

Acesse a página da NSK no facebook e peça o seu.www.facebook.com/nskbrasil

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Page 56: Revista Automotive Business - edição 27

56 • AutomotiveBUSINESS

CADEIA DE SUPRIMENTOS

HONDA RECONHECE FORNECEDORES

A Honda realizou dia 16 de abril o 16o Encontro de Fornecedo-res no qual premiou as empre-

sas que apresentaram o melhor de-sempenho durante o ano passado. Na cerimônia de entrega, realizada nas dependências da fábrica de automó-veis em Sumaré (SP), a montadora aproveitou o evento para debater as-suntos relevantes com seus parceiros. O tema do encontro foi “Agilidade em localizar, desenvolver para competir”, em consonância com os investimen-tos no centro de pesquisa e desenvol-vimento e com o conceito One Floor, direcionados ao fortalecimento dos

18 EMPRESAS RECEBERAM O MÉRITO DE MELHOR DESEMPENHO EM TRÊS CATEGORIAS

negócios e à velocidade no desenvol-vimento de novos produtos.

Os fornecedores foram premiados em três categorias: QCDD (Quali-dade, Custo, Entrega e Desenvolvi-mento, na sigla em inglês), com 16 empresas reconhecidas; VA e Loca-lização (a sigla VA significa análise de valor, utilizada para o fornece-dor propor melhorias e redução de custos das peças fornecidas), com uma empresa premiada; e, por fim, a categoria Divisão de Peças, com um fornecedor premiado. A Maxion Wheels destacou-se como fornece-dora de rodas de aço (Fumagalli) e

PREMIADOS - AUTOMÓVEIS PREMIADOS - MOTOS

alumínio (Hayes Lemmerz) para a li-nha de veículos da Honda.

A Moto Honda também premiou seus fornecedores no dia 6 de maio. Na Divisão de Produção de Fornece-dores os principais atributos analisados foram: participação nos principais mo-delos; introdução de novas tecnologias e processos; qualidade e entrega con-troladas; atividades para manter a altu-ra de custo com base em dezembro de 2009. Na Divisão de Peças os atributos considerados foram atendimento de itens iniciais; atendimento de pedidos urgentes PI’s; atendimento de itens de-sativados; e redução de custo.

Categoria QCDD AdexAisinBasf CatalisadoresBentelerCascoCorprintGKNGoodyearHonda LockMaxion Fumagalli

Maxion HayesNGKPirelliSNR NTNStanleyYutaka

Categoria VA e Localização Denso

Categoria Divisão de Peças Continental

Produção de Fornecedores Aços da AmazôniaGKT-BKeihinNachiNew OldanyNGKFCCNSKComponel

Peças Freudenberg-NOK

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58 • AutomotiveBUSINESS

QUALITAS AWARDS

FIAT DESTACA EMPRESAS DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

MONTADORA PEDE EMPENHO CONTÍNUO PELA QUALIDADE DURANTE ENCONTRO DE FORNECEDORES

P edindo mais qualidade aos fornecedores, a Fiat Chrysler América Latina premiou as

26 melhores empresas de sua ca-deia de suprimentos localizadas no Brasil, Argentina e Venezuela na 25a edição do Qualitas Awards, em evento realizado em Belo Horizonte (MG) no dia 15 de abril.

Como ocorre todos os anos des-de 1989, a premiação em sete ca-tegorias destacou o desempenho em qualidade, inovação, competi-tividade e nível de serviço durante

2013. Três fornecedores ganharam o Qualitas 5 Estrelas, por terem conquistado o prêmio por cinco anos consecutivos.

O tema principal do evento deste ano foi a necessidade de ampliar a qualidade dos produtos e serviços. Para Osias Galantine, diretor de compras do grupo Fiat Chrysler na América Latina, esse é o caminho para a empresa continuar conquis-tando o consumidor. “Só com exce-lência podemos avançar e manter o alto nível nesse mercado altamente

competitivo e exigente que é o se-tor automotivo”, disse em seu dis-curso na cerimônia de premiação.

“É mais de um quarto de século valorizando o desempenho, a inova-ção e, principalmente, a qualidade. Acreditamos que a nossa parceria é o que faz a diferença no mercado brasileiro”, disse durante a cerimô-nia de premiação Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat Chrysler para a América Latina. Galantine foi na mesma direção: “Foi com uma parceria forte e saudável com todos

QUALITAS AWARDS teve sua 25ª edição em Belo Horizonte (MG)

Page 59: Revista Automotive Business - edição 27

Primeiro sistema de aperto eletrônico

nacional

Brasil, um dos maiores produtores de veículos do mundo, agora conta

também com seu própriosistema de aperto eletrônico

Para mais informações:www.mshimizu.com.br

os nossos fornecedores que a Fiat conseguiu crescer ao longo dos anos e se tornar líder do mercado brasileiro de automóveis e comer-ciais leves por 12 anos”, afirmou.

O diretor de compras ressaltou que é importante a busca de qua-lificação e que a empresa não vai aceitar nível baixo de peças e servi-ços. “Queremos maior proatividade dos nossos fornecedores, desde os sistemistas, passando pelo tier 2, tier 3, chegando até as matérias--primas”, explicou. “Por isso, é im-prescindível trabalharmos sempre com os melhores fornecedores em nível de excelência global.”

MANUFATURA GLOBALNo ano passado, a Fiat Chrysler estendeu para os fornecedores

BELINI: “Nossa parceria é que faz a diferença no mercado brasileiro

Page 60: Revista Automotive Business - edição 27

60 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO FIAT | QUALITAS AWARDS

FORNECEDORES PREMIADOS

QUALITAS 5 ESTRELAS NGK Sumidenso Pirelli

MATERIAIS METÁLICOS E POWERTRAIN

Continental Parafusos Litens Allevard Federal Mogul Budai Elring Klinger Magna Cosma Metalkraft Sturam Argentina

MATERIAIS QUÍMICOS Saint-Gobain • Pirelli • 3M TI Automotive

MATERIAIS ELÉTRICOS NGK Chris Cintos Sumidenso Denso Argentina Audiovox Venezuela

MATERIAIS INDIRETOS (CAPEX E SERVIÇOS)

Leo Burnett Agência Click LJU M. Shimizu

LOGÍSTICA Sadi Saritur K Line

OTIMIZAÇÃO DO VALOR DO PRODUTO

Continental ContiTech Mopar NGK

latino-americanos o seu progra-ma de manufatura global, o World Class Manufacturing (WCM), aplica-do na fábrica de Betim (MG) des-de 2007. Ao todo, 37 empresas da cadeia de suprimentos na Améri-ca Latina adotaram o WCM e este ano o número cresceu para 70. Em todo o mundo, 300 plantas de fornecedores já aplicam a metodo-logia, que conta com a assessoria de especialistas do próprio grupo Fiat Chrysler. O foco é buscar efici-ência de equipamentos, redução de desperdícios, aumento de produti-vidade, melhoria de qualidade nos produtos e processos e o aumento da performance operacional dos sistemas de produção.

“Trata-se de um sinal anima-dor de que cresce a consciência do valor da manufatura enxuta na ampliação da qualidade e da com-petitividade”, comemorou Belini. “Nossos fornecedores têm de estar comprometidos e inseridos nesse processo. Nossos padrões devem ser os mesmos, nossa integração deve ser maior.”

GALANTINE sugere maior proatividade de todos os integrantes da cadeia

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Prêmio de ReconhecimentoQualidade, Inovação e Performance.

TI Automotive recebeu o Prêmio Qualitas 2013 da Fiat

America Latina.

Para se tornar um fornecedor reconhecido e premiado, é necessário muito trabalho e dedicação. É por isso que a TI Automotive tem orgulho em receber o Prêmio Qualitas 2013 da Fiat América Latina referente ao desempenho em Qualidade, Inovação, Competitividade e Serviço.

Obrigado ao time da TI Automotive de Juatuba pela dedicação nos últimos 18 anos, fornecendo para a Fiat as linhas de Freio e Combustível. Agradecemos também a Fiat pelo reconhecimento de nossos esforços, ao mesmo tempo, parabenizamos a Fiat pela contínua liderança de mercado.

Para se tornar um fornecedor reconhecido e premiado, é necessário muito trabalho e dedicação É por isso que a TI Automotive tem orgulho em receber

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62 • AutomotiveBUSINESS

SUPPLIER AWARDS

FORAM RECONHECIDAS 11 EMPRESAS QUE ABASTECEM BRASIL E ARGENTINA

PSA PEUGEOT CITROËN PREMIA FORNECEDORES

PEDRO KUTNEY

C om a promessa de aumen-tar o índice de nacionaliza-ção de peças no Mercosul

de 58% para 80% até 2018 e elevar as compras de seus 350 fornecedo-res diretos na região dos atuais R$ 3 bilhões para R$ 4,5 bilhões, a PSA Peugeot Citroën premiou as 11 me-lhores empresas de sua cadeia de

suprimentos, que abastecem suas fábricas no Brasil e na Argentina. Na cerimônia do Supplier Awards Latin America 2014, realizada dia 8 de maio na sede da empresa em São Paulo, as fabricantes de autopeças foram reconhecidas pelo desem-penho de 2013 em seis categorias, de acordo com os mesmos critérios

globais do grupo, e também foi con-cedido um prêmio especial do júri.

Na categoria Excelência Industrial foi premiado o desempenho admi-nistrativo e industrial da brasileira Mahle, fornecedora de pistões e bronzinas para os motores da PSA fa-bricados no Mercosul, e da argentina Ferrosider, que fabrica partes estam-

CARLOS GOMES, presidente da PSA Peugeot Citroën: desafio de nacionalizar 80% das peças até 2018

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Job: 21575-066 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 21575-066-Renault-Inst-15-ANOS-AN-REV-AutomotiveBusiness-20.5X27.5_pag001.pdfRegistro: 149663 -- Data: 18:26:33 27/06/2014

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64 • AutomotiveBUSINESS

SUPPLIER AWARDS

padas e soldadas para carrocerias. Ambas não apresentaram problemas de qualidade nem de garantia.

Para premiar pela Qualidade, a PSA levou em conta o desempenho no desenvolvimento de produtos, fornecimento e satisfação do clien-te. Duas brasileiras apresentaram índices de defeitos abaixo das me-tas especificadas pela PSA: a Tre-ves, fornecedora de revestimentos e isolantes acústicos e térmicos, com menos de 3 ppm (defeitos por mi-lhão de partes); e a Leoni, com zero ppm nos cabos e chicotes elétricos.

Por Inovação Técnica foi premia-

da a Michelin, pelo desenvolvimen-to e fornecimento no Mercosul dos chamados pneus verdes. Na catego-ria Logística a argentina Indústrias Pedro Bucciero atendeu 100% das entregas de peças estampadas pa-ra a fábrica de El Palomar. A outra premiada foi a Pioneer, de Manaus (AM), que atendeu no tempo dese-jado 99,7% dos pedidos de sistemas de som para os carros.

Também foram reconhecidas as empresas que tiveram o melhor de-sempenho em Serviços e Peças de Reposição, medido pelo nível de excelência na taxa de serviço, com

absoluto respeito nas entregas. As premiadas na categoria foram a bra-sileira Johnson Controls (baterias) e a argentina Total (fluidos e lubrifi-cantes). Ambas atenderam a 100% dos pedidos.

A Faticad, da Argentina, foi reconhe-cida na categoria Equipamentos In-dustriais pelo fornecimento da roboti-zação de linhas de produção da fábrica da PSA em Porto Real, no Brasil.

Por fim, o Prêmio Especial do Júri foi concedido à Usiminas, pela contribuição e acompanhamento à política da PSA na América Latina no suprimento de aço.

OS FORNECEDORES foram reconhecidos em seis categorias e a Usiminas ficou com o Prêmio Especial do Júri

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66 • AutomotiveBUSINESS

SUPPLIERS CONFERENCE

PARA TOYOTA, MAXION WHEELS FOI A MELHOR

A Toyota premiou os seus melhores fornecedores de 2013 em três categorias: qualidade, logística e

custo. No total, 40 empresas foram reconhecidas du-rante a Suppliers Conference da montadora dia 23 de abril. Em cada categoria, a premiação é dividida em dois níveis: Excelência, para quem excede as metas propostas, e Certificado, para aqueles fornecedores que atingiram os objetivos.

MONTADORA RECONHECEU OS PRINCIPAIS FORNECEDORES NO PAÍS

MELHOR FORNECEDORA empresa destacada como melhor fornecedora foi a MAXION WHEELS, Divisão de Rodas de Aço e Alumínio da Iochpe Maxion, que obteve avaliação máxima nos critérios de qualidade, logística e custos. Valter Sales, diretor comercial da divisão de rodas leves da Maxion Wheels, observa que a empresa equipa Etios, Corolla e Hilux no Brasil. Ele explica que a avaliação do melhor fornecedor do ano pela Toyota leva em conta a performance combinada, segundo os conceitos adotados na avaliação. “Entre todos os parceiros comerciais da montadora apresentamos o melhor desempenho nos três quesitos principais em 2013. Este é um reconhecimento expressivo para nossa empresa”. Ele enfatiza que a Maxion Wheels, por meio do suprimento de rodas de aço e alumínio, em conjunto, detém a maior parcela do mercado de rodas para a indústria automobilística no mundo.

QUALIDADE Excelência

Fornecedores que não registraram nenhum defeito nas peças entregues e não estiveram envolvidos em nenhuma campanha de recall:

3M, ALLEVARD, BASF, CESTARI, DANA, DELGA, DELPHI, GKN, NGK, NSK, PIONNER, PIRELLI, THYSSENKRUPP, TYCO

Empresas que tiveram, no máximo, 15 deméritos para cada 1 milhão de peças entregues:

ASSOCIATED SPRING, BOSCH, BUDAI, ENERTEC, HENKEL, JEDAL, MAHLE, MUELLER, PANASONIC, RASSINI, SANKO, SCHRADER, SUMIDENSO, TECNOTUBO, TRBR, TRW, YAZAKI, ZF

LOGÍSTICA Excelência

Fornecedores que entregaram todas as peças no dia e horário marcados, sem atraso no milk run, sem nenhuma divergência do que havia sido encomendado, além de ter sido classificado no nível Certificado da categoria por dois anos consecutivos:

NGK, TYCO

LOGÍSTICA

Concedido às empresas que entregaram todas as peças encomendadas, podendo ter alguma divergência entre o acordado e o cumprido:

ASSOCIATED SPRING, CASCO, CESTARI, COBRA, DELGA, DELPHI, REGALI, SANKO, SUMIDENSO, TECNOTUBO, THYSSENKRUPP, ZF

CUSTOS Excelência

Empresas que conseguiram reduzir em 3% ou mais os preços das peças fornecidas e/ou contribuíram para a redução de custos com os próprios esforços, excedendo as expectativas da Toyota:

AISIN, RASSINI

Fornecedores que conseguiram reduzir em até 3% os preços das peças fornecidas atendendo às expectativas da Toyota:

ABC, ELDORADO, JCI

VALTER SALES, diretor de vendas e marketing da Maxion Wheels; STEVE ST. ANGELO, CEO da Toyota para a América Latina e Caribe; e DONALD POLK, presidente da Maxion Wheels Américas

MONTADORA reconheceu o desempenho das parceiras na

cadeia de suprimentos

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68 • AutomotiveBUSINESS

GLOBALIZAÇÃO

GIOVANNA RIATO, de Jiuzhai (China)

PAÍS PODERÁ RECEBER FÁBRICA DA MARCA CHINESA NO FUTURO

A globalização dos negócios será um dos pontos centrais da estratégica da Lifan Motors

para os próximos anos. O recado foi dado pela companhia durante a sua 3a Convenção de Distribuidores, realizada dia 4 de junho em Jiuzhai, China. Nesse contexto o Brasil surge como um mercado que precisa ser mais bem trabalhado.

A Lifan assumiu a operação brasi-leira em 2012, tomando as rédeas do negócio até então comandado pelo

Grupo Effa. Depois de arrumar a casa, a empresa concentra esforços agora em se firmar no País, tornando a marca mais forte. “É muito impor-tante que o Brasil conheça melhor a Lifan”, enfatiza Yin Mingshaw, CEO e fundador da companhia.

Passos importantes deste proces-so serão dados em 2014, quando a empresa vai lançar dois produtos. O primeiro é o sedã 530. A outra novi-dade é a picape Foison. Os mode-los darão força à rede de 40 conces-

sionárias, que hoje enfrenta desafio de vender apenas um modelo, o uti-litário compacto X60. Todos os veí-culos disponíveis no mercado nacio-nal são montados na planta da Lifan em San José, no Uruguai, em regi-me CKD a partir de kits importados da China. Essa é a porta para que os modelos cheguem ao mercado bra-sileiro sem pagar imposto de impor-tação de 35% ou o adicional de 30 pontos no IPI, o que é essencial para garantir a oferta de carros com nível elevado de equipamentos por preço competitivo.

A operação segue o Protocolo 70, acordo comercial entre Brasil e Uru-guai que impõe metas de aumento do conteúdo regional dos veículos até o índice de 60%. Para alcançar este nível a companhia pretende lo-calizar a produção de motores.

PRODUÇÃO NACIONAL A planta uruguaia foi comprada do Grupo Effa e passou por uma série

BRASIL É ESSENCIAL PARA OS NEGÓCIOS DA LIFAN

530 chega ao Brasil para brigar no segmento de sedãs compactos

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AutomotiveBUSINESS • 69

de adaptações. Inicialmente, o obje-tivo era concentrar ali investimentos e fazer da unidade o principal cen-tro de produção da Lifan na América do Sul. Os planos, no entanto, pare-cem ter mudado.

Mingshaw já admite a possibili-dade de fabricar veículos no Bra-sil. “Assim que alcançarmos plena capacidade produtiva no Uruguai, certamente vamos considerar esta opção.” Apesar do interesse da companhia, o plano de uma fábrica nacional só poderá ter alguma evo-lução no médio prazo. Por enquanto a empresa tem montado em torno de 10 mil veículos por ano no Uru-guai, cerca de metade do potencial de 20 mil/ano.

Os lançamentos previstos para 2014 vão contribuir fortemente para elevar o aproveitamento da planta. A operação tem a montagem des-tinada predominantemente ao Bra-sil, mas atende também o mercado doméstico uruguaio e a Argentina.

LANÇAMENTOS NO BRASILA marca chinesa começa a vender em julho o sedã 530. Antes disso a companhia deve iniciar a distribuição da picape Foison, que atenderá a de-manda por comerciais leves. Mais um reforço ao portfólio virá em 2015 com o crossover X50, ainda sem data definida para o lançamento.

O 530 disputará espaço entre os sedãs compactos com modelos como Fiat Siena, Volkswagen Voya-ge, Chevrolet Classic, Renault Logan e JAC J3 Turin. A categoria respon-de por parcela expressiva do mer-cado nacional, com mais de meio milhão de veículos emplacados em 2013. A ideia é manter o apelo tí-pico dos carros chineses ao ofere-cer ampla lista de equipamentos de série com preço competitivo. O car-ro chegará com motor 1.5 que de-senvolve até 105 cv. Itens como ar-

condicionado, direção elétrica, rádio com CD player e freios a disco nas quatro rodas virão de fábrica.

Automotive Business rodou com o 530 dentro da fábrica da Lifan em Chongqing, na China. O carro mos-tra que a montadora realmente subiu um degrau em qualidade, com res-postas mais precisas do câmbio e da direção e melhor isolamento acústi-co na comparação com modelos da geração anterior, como o 320. Ainda assim, alguns descuidos continuam passando. Um exemplo é um parafu-

so aparente atrás do volante.Depois de alguns meses de atra-

so, a picape Foison é outra novida-de a abastecer a rede de distribuição da Lifan no Brasil. O modelo deve-ria ter chegado ao mercado nacio-nal no fim de 2013, mas precisou de mais tempo do que o esperado para a homologação dos itens de segu-rança agora obrigatórios no País: airbags e freios ABS. A companhia garante que a espera acabou. Se-gundo a Lifan, as unidades já estão em processo de faturamento para a rede de distribuição.

Equipado com motor 1.3, o mode-lo atende a uma demanda crescente no País por transporte em centros ur-banos que têm regras cada vez mais apertadas para a circulação de veícu-los de carga. Um nicho promissor na visão da empresa é o de food trucks. A legislação que regulamenta os veí-culos para a venda de refeições em São Paulo (SP) pode inspirar medi-das semelhantes em outras cidades brasileiras. Assim como os outros Li-fan vendidos no mercado nacional, a Foison é montada no Uruguai. A planta deve fabricar cerca de 2 mil unidades do modelo este ano.

YIN MINGSHAW, CEO e fundador da companhia

LIFAN X50 deve vir ao Brasil em 2015

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70 • AutomotiveBUSINESS

GLOBALIZAÇÃO

AMBIÇÃO CHINESA

Os planos da Lifan seguem os anseios da indústria automotiva chinesa. Durante a convenção de con-cessionários da companhia, Dong Yang, representante da associação dos fabricantes de veículos do

país, entidade equivalente à brasileira Anfavea, apontou que as marcas locais precisam ganhar competi-tividade para enfrentar as fabricantes globais.

O especialista acredita que o mercado doméstico chinês tem potencial para dobrar de tamanho. Ele não deu um prazo para que o crescimento aconteça, mas, se a estimativa estiver correta, as vendas de veículos na China passariam da espantosa marca de 40 milhões de unidades. Para o executivo, apesar da forte expansão dos últimos anos, o país ainda tem demanda reprimida. “Temos 200 carros para cada mil pessoas. É uma proporção baixa.”

O dirigente enfatizou a necessidade de as montadoras nacionais, como a Lifan, aproveitarem o gran-de potencial não apenas para explorar o mercado, mas para avançar tecnologicamente. “Precisamos nos transformar em inovadores. As marcas domésticas respondem hoje por cerca de metade das vendas. A competição é desigual e precisamos melhorar para que estas companhias cresçam”, avalia.

Yang reconheceu que até agora as marcas domésticas falharam na redução da emissão de poluentes, mas enfatizou que é o momento de mudar isso. Ele recomenda que as empresas fortaleçam investimen-tos em pesquisa e desenvolvimento e se internacionalizem.

PRESENÇA MUNDIAL Paralelamente ao desenvolvimento dos negócios no Brasil, a Lifan con-duz uma forte investida global em países da África e Leste Europeu. Estes mercados são abastecidos por 16 fábricas da companhia na Chi-na e outras seis operações interna-cionais aos moldes da que a empre-sa tem na América do Sul. Em 2013 o faturamento com a exportação de veículos montados cresceu 53%. As vendas internacionais somaram 60 mil unidades e chegaram a mais de 50 países.

Segundo Mingshaw, a Lifan em-prega 20 mil pessoas e alcançou fa-turamento de cerca de US$ 4,1 bi-lhões no ano passado. O montante pode ser pouco expressivo se com-parado a montadoras já estabeleci-das globalmente, como Volkswagen e Toyota, mas é bastante significati-vo se for levado em conta que é re-sultado de uma empresa com me-nos de dez anos de experiência como fabricante de automóveis.

Além da globalização, o CEO da

companhia considera a inovação e o esforço para conquistar boa repu-tação ingredientes importantes para acelerar o crescimento dos negócios nos próximos anos. “Esse tripé é o nosso DNA. É ele que vai garantir a nossa competitividade”, defende.

Recentemente, o grupo chinês concluiu investimento próximo de US$ 100 milhões na construção de centro de pesquisa e desenvolvimen-

to em sua sede em Chongqing. Entre 2014 e 2017 a organização planeja, a partir de três plataformas, lançar mo-delos para atender a todos os prin-cipais segmentos, como utilitários esportivos, sedãs e crossovers. Para acompanhar as ambições de cresci-mento da fabricante chinesa, a capa-cidade produtiva global vai saltar de 360 mil unidades por ano para 500 mil veículos/ano neste período.

CENTRO DE P&D DA LIFAN, em Chongqing, foi construído com investimento de quase US$ 100 milhões

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O s fornecedores de autope-ças defendem a proposta de redução da jornada de

trabalho com uso do seguro-desem-prego para pagar parte dos salários, nos moldes do sistema utilizado atu-almente na Alemanha, em que o go-verno subsidia de 60% (para solteiros) a 80% (casados) das horas não tra-balhadas e a empresa paga somente o período efetivamente trabalhado. “Seria uma medida inteligente, pois evita remunerar quem já está desem-pregado. Isso preserva os empregos e a arrecadação de impostos, porque o consumo não cai”, defendeu Adil-

son Sigarini, conselheiro e diretor de relações trabalhistas do Sindipeças e diretor de RH da ThyssenKrupp.

Sigarini falou sobre a proposta, também defendida pela associação dos fabricantes de veículos, a Anfa-vea, durante o painel “A Visão das Autopeças”, parte da programação do II Fórum RH na Indústria Auto-mobilística, realizado por Automo-tive Business no dia 19 de maio, em São Paulo. Os outros quatro partici-pantes do mesmo painel de debates também defenderam a medida co-mo ideal no momento atual de re-tração dos negócios, acompanhada

pela queda das vendas de veículos no País, detonando no setor pro-cessos de demissão, férias coletivas, suspensão temporária de contratos de trabalho e programas de desliga-mento voluntário.

O conselheiro do Sindipeças ex-plicou que, pelo modelo em vigor na Alemanha, apenas parte do pa-gamento das horas não trabalhadas tem subsídio do governo, a empresa continua a bancar a maior parte dos salários, calculado sobre as horas efetivamente trabalhadas, e o empre-gado tem pequena redução salarial. “É um contrato coletivo monitorado

AUTOPEÇAS DEFENDEM FLEXIBILIDADE DA JORNADA

PEDRO KUTNEY

REDUÇÃO DE HORAS COM SUBSÍDIO DO GOVERNO PRESERVARIA EMPREGOS

FÓRUM DE RH

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72 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DE RH

e homologado pelo ministério do tra-balho alemão. Normalmente, a jor-nada é reduzida em torno de 30%”, disse. A suspensão temporária de contratos de trabalho, os layoffs, que ocorrem no Brasil hoje, deixa o fun-cionário fora da linha de produção por até cinco meses. Ele passa a ter o salário complementado pelo seguro desemprego e deve frequentar cur-sos de qualificação. “A pessoa já fica na iminência da demissão e reduz os seus gastos, o consumo cai”, lembra Sigarini.

“Toda forma de preservação de empregos é bem-vinda, para evi-tar demissões e recontratações. O modelo alemão é bom. O layoff no Brasil é muito burocrático, deve ser aplicado individualmente, cada funcionário precisa se inscrever para receber o seguro”, avaliou durante o painel Marco Galluzzi, vice-presidente de RH da Continental Brasil.

“Seria tranquilo criar mais esta ‘bolsa’. No cenário atual de sobe e desce de encomendas, é impossível criar uma política de recursos huma-nos se a todo momento você precisa demitir gente, depois corre para con-tratar”, disse Paulo Borba, diretor de RH da Navistar/MWM International.

Para Simone Eichenberger, dire-tora de RH da Eaton, mais do que bem-vinda, a flexibilização da jorna-da é imprescindível neste momento: “Os picos e vales da economia estão machucando muito a indústria. O desgaste é enorme depois de 300 ou 400 demissões. Por isso a flexibilida-de é imprescindível para evitar isso, mas os sindicatos devem ajudar, pois existem os a favor e os que estão contra”, resumiu.

Fernando Tourinho, diretor de RH

da Robert Bosch, vai na mesma li-nha: “Precisamos flexibilizar os cus-tos. Não dá para ter o mesmo gas-to ganhando menos como agora”, disse. “Muitos entendem a palavra flexibilização como perda de direitos, mas trata-se apenas de buscar alter-nativas para preservar empregos”, observou Sigarini.

REMUNERAÇÃOZuca Palladino, diretor associado da divisão de Top Management do Gru-po Page, apresentou o resultado de recente pesquisa com executivos e empresas, apontando grande dife-rença entre o que as empresas enten-dem que devem oferecer em relação ao que os profissionais valorizam ao avaliar um projeto. O executivo tratou também de remuneração no nível executivo e as tendências e impactos dos novos pacotes salariais no setor automotivo.

Renata Wright, gerente executiva da divisão especializada da Page em recrutar profissionais de RH, analisou as melhores práticas e tendências dentro das estruturas de RH, levando em consideração os tamanhos das empresas e o novo papel do RH no atual cenário da economia.

ZUCA PALLADINO, diretor associado da divisão de Top Management do GRUPO PAGE

PAINEL DE AUTOPEÇAS: empresas explicam a flexibilidade da jornalda de trabalho

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AutomotiveBUSINESS • 73

COMPETITIVIDADE É DESAFIO

O crescimento demográfico em ritmo reduzido, a falta de mão de obra e os salários altos ameaçam

a competitividade na indústria automobilística. A opi-nião é do sociólogo e especialista em relações de tra-balho José Pastore, que participou do II Fórum RH na Indústria Automobilística. “Implantar a automação para reduzir custos, elevar a produtividade, diminuir tempo e melhorar a qualidade seria o caminho para vencer esse desafio”, avalia.

Na opinião do especialista, atualmente as empre-sas brasileiras são forçadas a elevar salários para reter mão de obra qualificada. “A redução na oferta de pes-soas ou de profissionais mais experientes, acima de 60 anos de idade, que deixam a cada ano os postos de trabalho, contribuiu para essa decisão nas organi-zações”, destacou.

É preciso se preparar para a retomada do crescimen-to e a tecnologia será crucial para suprir a falta de mão

LEIS TRABALHISTAS OBSOLETAS E FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA AMEAÇAM O SETOR AUTOMOTIVO

RELAÇÕES TRABALHISTAS

LUCIANA DUARTE

de obra no País. “A entrada de novas tecnologias pro-voca uma polarização dos empregos e renda mas, por outro lado, ganha quem chega ao topo e perde quem fica na base da pirâmide”, analisou.

101 PROPOSTASPara Alexandre Furlan, presidente do conselho de re-lações do trabalho da Confederação Nacional da In-dústria (CNI), o sistema trabalhista do País está bem longe de atender às necessidades da sociedade brasi-leira contemporânea. “Além de obsoleto, ele está estru-turado sobre um regime legalista rígido e com pouco espaço para negociação. A regulação tem pouca cone-xão com a realidade produtiva”, pondera.

Às vésperas de a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) completar 70 anos, o dirigente e também empre-sário apresentou soluções em 101 propostas, prepara-das pelos representantes de federações ligadas à CNI para modernizar a CLT.

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74 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DE RH

LIÇÕES DAS MELHORES EMPRESAS PARA TRABALHAR

B oa comunicação interna, cola-boradores com nível elevado de

escolaridade e baixa rotatividade de funcionários. Estas são algumas das características comuns das compa-nhias com os índices mais elevados de satisfação entre os funcionários. A conclusão é do estudo As Melho-res Empresas para Você Trabalhar, realizado anualmente pela Fundação Instituto de Administração (FIA), da FEA/USP, e publicado na revista Vo-cê S/A. A coordenadora da pesquisa, Fabiana Favorini, participou do II Fó-rum RH na Indústria Automobilística, promovido por Automotive Busi-ness dia 19 de maio em São Paulo.

Ela apontou que o Google liderou o ranking das 150 melhores companhias de 2013. Apareceram ainda no levanta-mento Volvo, Renault e CNH Industrial. Para chegar à conclusão a pesquisa reuniu entrevistas com funcionários das 446 empresas inscritas, além de informações fornecidas pelas próprias organizações. “O objetivo é criar um

FABIANA FAVORINI aponta RH como área estratégica nas empresas

LUIZ LANDÍNEZ, diretor de RH da GENERAL MOTORS

PATRÍCIA MOLINO, sócia líder da área People & Change, da KPMG

PESSOAL

PESQUISA APONTA O CAMINHO PARA QUEM QUER MELHORAR O AMBIENTE CORPORATIVO

benchmark das melhores práticas de recursos humanos”, aponta. Entre os aspectos avaliados estão a identifica-ção dos colaboradores com a compa-nhia, satisfação e motivação, liderança, aprendizado e desenvolvimento.

Fabiana aponta ter constatado que a rotatividade dos funcionários entre as 150 melhores empresas para trabalhar gira em torno de 20%. O mesmo indi-cador sobe para cerca de 50% nas ou-tras companhias. Outra característica é o salário médio maior, próximo de R$ 2.995, ante R$ 2.623 nas organizações de fora do ranking. “Há ainda uma di-ferença no aspecto educacional. Entre as melhores é visível a maior participa-ção de colaboradores com nível alto de escolaridade”, enfatiza.

O levantamento detectou ainda que as melhores empresas para trabalhar dão grande atenção à comunicação interna e fazem questão de esclarecer aos funcionários suas estratégias e re-sultados. Das 150 empresas listadas no ranking, 87% incorporam suges-

tões dos funcionários, 89% subsidiam cursos e 82% fazem ações para me-lhorar o ambiente de trabalho.

A pesquisadora garante que o in-vestimento em recursos humanos tem reflexo direto no desempenho destas empresas no mercado. “A rentabilidade é melhor entre essas companhias”, assegura Fabiana.

Na abertura do fórum, Ivan Witt, diretor da Steer RH, demonstrou que a realidade na contratação de pessoal pela indústria automobilísti-ca tem mudado significativamente. “Os novatos preferem trabalhar no setor financeiro e outros segmentos em que as empresas oferecem um ambiente de trabalho mais moder-no, desafiador, com melhor remune-ração”, observou. Para ele, passou o tempo em que os engenheiros recém-formados faziam fila à espera de um contrato em empresas de au-topeças e montadoras.

Patrícia Molino, sócia líder da área People & Change, da KPMG, avaliou

GIOVANNA RIATO

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AutomotiveBUSINESS • 75

O IMPACTO DO E-SOCIAL

A agilidade na declaração de dados, sem que as empresas tenham de inflar seu quadro de pessoal,

está entre os principais desafios da indústria automobi-lística nos próximos meses. “O número de informações mandatórias exigidas pelo Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (E-Social) ultrapassa 130 itens para cada empregador”, disse Carlos Alberto Antonaglia, sócio--diretor da Ernst Young (E&Y) na área de Auditoria e Consultoria, durante o II Fórum RH na Indústria Auto-mobilística, promovido por Automotive Business dia 19 de maio, em São Paulo (SP).

Segundo o consultor, hoje boa parte das informações processadas no setor de RH das empresas está descen-tralizada. “De 30% a 40% dos dados estão arquivados em mais de um departamento”, observa. Para ele, a digitalização das informações dos empregadores exige, além de investimentos mínimos em tecnologia e recur-sos humanos, integração entre os departamentos jurí-

dico, financeiro, fiscal, TI e de segurança do trabalho.Na visão de Leonardo Biar, responsável por serviços

na área de trabalho e segurança social da E&Y, o go-verno não preparou as empresas brasileiras para essa evolução. A maioria não está pronta para atender as exigências do E-Social e sente dificuldade para se inte-grar ao mundo digital. “O caminho para o sucesso na implantação da ferramenta é cada empresa criar um grupo multidisciplinar envolvendo todas as áreas na unificação correta dos dados”, aconselha.

Além de unificar os envios de informações do empre-gador, o E-Social promete transformar as relações traba-lhistas no Brasil. A novidade vai simplificar o cumprimen-to das obrigações principais e acessórias para redução de custos e da informalidade. O programa também tem como objetivo garantir os direitos trabalhistas e previden-ciários e aprimorar a qualidade de informações da segu-ridade social. E, claro, aumentar a arrecadação ao reduzir inadimplência, sonegação, erros e fraudes. (L.D.)

MAIS DE 130 INFORMAÇÕES DO EMPREGADOR SERÃO DIGITALIZADAS

LEGISLAÇÃO

LEONARDO BIAR e CARLOS ALBERTO ANTONAGLIA,

da Ernst Young

os avanços das mídias digitais na comunicação, seleção de pessoal e treinamento, advertindo para os ris-cos associados ao uso inadequado de ferramentas digitais.

GENERAL MOTORSApesar de não figurar no ranking das 150 melhores empresas para traba-lhar organizado pela FIA, a General Motors concorda que a área de re-cursos humanos é essencial para o sucesso do negócio. Luiz Landínez, diretor de RH e relações trabalhistas

da GM América do Sul, aponta que a divisão não deve ser tratada de forma isolada, mas precisa estar completa-mente integrada. “Será muito bom se os profissionais de RH puderem acumular experiência em outras áre-as. Eles precisam entender do negó-cio”, enfatiza.

O diretor defende que entre os principais papéis da área de recursos humanos estão garantir que o negó-cio da empresa se mantenha viável, desenvolver líderes, atrair e reter ta-lentos. Landínez revela que, como

parte da estratégia da empresa para enfrentar a crise de competitividade que afeta as fábricas brasileiras, a área teve sucesso em negociações trabalhistas que garantiram acordo que prevê manutenção dos salários atuais com correção da inflação ou pequenos aumentos para os próxi-mos três anos. “Decidimos abrir os nossos resultados financeiros para o sindicato e mostrar que não podería-mos dar grandes aumentos”, conta, lembrando que esta não é uma práti-ca comum entre as montadoras.

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76 • AutomotiveBUSINESS

V FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

ENCONTRO DEBATEU FRAGILIDADES DO PROGRAMA E O CAMINHO PARA O SETOR SER COMPETITIVO

O V Fórum da Indústria Automobilística, pro-movido por Automotive Business dia 28 de abril no Golden Hall do WTC, em São Paulo,

repetiu o sucesso da edição de 2013, reunindo 880 par-ticipantes para avaliar o impacto do Inovar-Auto no setor automotivo e os cenários para a cadeia de suprimentos e produção. O programa do evento reuniu palestras,

debates, feira de tecnologia com 35 expositores e dois workshops – um voltado para divulgação de oportuni-dades nos polos automotivos e parques tecnológicos e outro para estimuar o networking entre os participantes do fórum e uma centena de representantes das áreas de compras e engenharia de montadoras.

Em painel de debates, o consultor David Wong, diretor

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INOVAR-AUTO SOZINHO NÃO DÁ CONTA

DO RECADO

FERNANDO NEVES, PAULO RICARDO BRAGA E RODRIGO LARA

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O FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA consolidou-se como o principal evento do gênero no setor, reunindo palestras, debates, feira de tecnologia e workshops para networking

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AutomotiveBUSINESS • 77

da AT Kearney, definiu que o Inovar--Auto sozinho não é suficiente para desenvolver a indústria e disparou: “Não há política industrial, fiscal, econômica, energética e de forma-ção industrial”. Ele assegura que o ambiente atual no Brasil não é favo-rável aos negócios: “Hoje o jogo é outro, não é mais para quem produz 2 milhões de veículos ao ano. O País precisa estar preparado para enfren-tar a concorrência no patamar de 5 milhões a 6 milhões de veículos.” O consultor recomendou ao setor auto-motivo e ao governo que não percam de vista a meta de tornar as linhas de produção brasileiras capacitadas à exportação.

Ao lado de Wong estiveram presen-tes no painel “Opinião dos consulto-res: a caminho do Inovar Auto 2” o diretor geral da IHS Automotive, Pau-lo Cardamone, e o sócio-diretor da Roland Berger, Stephan Keese. Car-damone assinalou que no Inovar-Auto só há certeza da data para elevação da eficiência energética dos veículos: 2017. “Não fez, pagará multa”, recor-dou. Ele assegurou que essa medi-da não irá tornar o veículo brasileiro competitivo porque ainda persistem as questões relativas ao custo Brasil, como carga tributária, preço de maté-ria-prima e mão de obra.

Keese criticou o novo regime automotivo porque o programa foi desenvolvido isolando o mercado brasileiro sem inseri-lo no contex-to mundial. “Com o Inovar-Auto o governo tratou o Brasil como uma ilha em um mundo global”, ponde-rou. Para o consultor, a atual capa-cidade instalada da indústria é in-suficiente para criar uma cadeia de valor que possa fazer o setor viver de modo independente do merca-do mundial. O diretor da Roland Berger destaca que o mercado do-méstico em 2014 evolui em ritmo mais lento, mas observa que uma

AutomotiveBUSINESS • 77

provável queda no consumo inter-no de veículos não deve ser motivo para pânico.

ANFAVEAEm sua participação no fórum, o pre-sidente da Anfavea, Luiz Moan, reite-rou a importância das exportações para a saúde da indústria automotiva brasileira e enfatizou a necessidade de ocorrerem ganhos de produtivida-de e competitividade

“Hoje temos produtos melhores,

mas há muitos desafios para reduzir custos, ampliar as exportações e dar vazão à capacidade produtiva da in-dústria brasileira.” A Anfavea estima que entre 2017 e 2018 o setor auto-motivo brasileiro terá capacidade pa-ra montar 6 milhões de veículos ao ano. “A ampliação das exportações ajudaria a evitar excedentes produti-vos, já que o consumo interno não deve chegar a esse patamar ao mes-mo tempo”, afirmou.

Ele atribuiu parte considerável da

ARTURO PIÑEIRO, presidente da BMW do Brasil, MICHAEL KUESTER, diretor executivo comercial da DAF Caminhões, e TARCÍSIO TELLES, vice-presidente industrial da JAC Motors.

LUIZ MOAN, presidente da Anfavea

TEMOS PRODUTOS MELHORES, MAS HÁ MUITOS DESAFIOS PARA REDUZIR CUSTOS, AMPLIAR AS EXPORTAÇÕES E DAR VAZÃO À CAPACIDADE PRODUTIVA

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V FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

queda nas exportações brasileiras à retração do mercado argentino, res-ponsável por quase 80% das vendas externas de veículos brasileiros. Mo-an também definiu que o Inovar-Auto vem rendendo frutos para autopeças: “O setor contabilizou avanço de 7% no faturamento”, disse, defendendo a criação de um sistema de rastreamen-to de autopeças como forma de incen-tivar a produção local e trazer ganhos de tecnologia para o País. O dirigente assinalou que em 2015 devemos ver os primeiros efeitos na qualidade dos automóveis feitos aqui, em decorrên-cia do novo regime automotivo.

Moan esclareceu que o incentivo do governo para carros elétricos e híbridos no mercado local ainda de-manda estudos. “Antes de criarmos incentivos para veículos do gênero, temos de definir qual é a matriz ener-gética ideal para o Brasil. Só assim podemos construir programas sus-tentáveis”, explicou.

No painel de encerramento do fó-rum, Automotive Business recebeu Arturo Piñeiro, presidente da BMW do Brasil, Michael Kuester, diretor executivo comercial da DAF Cami-nhões, e Tarcísio Telles, vice-presi-dente industrial da JAC Motors, ava-

liando a evolução de suas operações no País. Enquanto a DAF Caminhões já iniciou a produção dos caminhões XF 105, em Ponta Grossa, no Para-ná, onde investiu R$ 320 milhões, a BMW pretende inaugurar sua linha de montagem em Araquari (SC) no fim de 2014, com aporte de 200 milhões e capacidade para 32 mil unidades/ano (Séries 1 e 3, X1, X3 e Mini Countryman). A JAC Motors postergou o início de sua operação em Camaçari (BA) para meados de 2015, com investimento de R$ 1 bi-lhão visando à produção anual de até 100 mil carros.

PAULO CARDAMONE (IHS Automotive) e STEPHAN KEESE (Roland Berger)

FALTA POLÍTICA INDUSTRIAL E O AMBIENTE ATUAL NO BRASIL NÃO É FAVORÁVEL AOS NEGÓCIOS. É PRECISO TER EM VISTA A META DE EXPORTAR

DAVID WONG (AT Kearney)

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AutomotiveBUSINESS • 79

PROJEÇÕES APONTAM ESTABILIDADE DO MERCADO

PERÍODO DE ACOMODAÇÃO DO SETOR DEVE DURAR DE 3 A 5 ANOS, PREVÊ ECONOMISTA DO BRADESCO

O ano de 2014 consolidará um novo período para a indústria automotiva: o de acomoda-ção. Este foi o cenário previsto diante da conjuntura macroeconômica apresentada por

Fabiana D’Atri, coordenadora do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Brasdes-co, durante o V Fórum da Indústria Automobilística. Para ela, a indústria automobilística nacional mostrará um resultado diferente da média dos últimos anos. Ocorrerá um desempenho mais ponderado e contido, tendência que deve permanecer entre os próximos três a cinco anos.

Fabiana mostrou que as vendas do setor automotivo devem se elevar em tímido 0,5% com relação a 2013, mas considera a possibilidade de 0,5 ponto a mais ou a menos como margem de erro. Entre os principais desafios escalados, o que mais pesará para a indústria automotiva é a dificuldade das exportações, tão dependentes da Argentina.

O câmbio projetado pelo Bradesco deve fechar 2014 em R$ 2,40 e R$ 2,45 em 2015, com ten-dência de alta nos próximos anos. A maior preocupação está na inflação: o índice deve encerrar o ano em 6,3%, muito próximo do teto, de 6,5%. “Projetamos alta de até 12% da Selic para 2015”, pontua. O avanço esperado para o PIB este ano é de 2,1%.

DESAFIOS PARA EQUACIONAR A MOBILIDADECARROS AUTÔNOMOS E COMUNICAÇÃO ENTRE VEÍCULOS SÃO

PARTE DA FÓRMULA DA MERCEDES-BENZ

P hilipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil, demons-

trou em palestra durante o V Fórum da Indústria Automobilística o arsenal de novas tecnologias da empresa no desenvolvimento de soluções para minimizar os entraves à mobilidade e para conceber a próxima geração de automóveis e veículos comerciais.

“Já temos o primeiro Classe S au-tônomo, que conduz as pessoas ao destino praticamente sem interferên-cia do condutor. O aperfeiçoamento de aplicativos para celular, que in-formam o trajeto e as condições de trânsito à frente com trocas de men-sagem entre os usuários, já se con-cretiza e a Mercedes-Benz trabalha no intercâmbio de informações entre

(Sueli Reis)

os veículos em tempo real, permitin-do que o motorista tome decisões mais rapidamente”, explicou.

Outras iniciativas que facilitam a vida do cliente e ajudam na mobi-lidade já estão ganhando adeptos na Europa. É o caso do Car2Go, serviço de locação de carro feito exclusivamente pelo smartphone. O cliente cadastrado aluga um ve-ículo elétrico (no caso um Smart), sem intermediários e pelo dispo-sitivo eletrônico é capaz de abrir a porta do veículo e dar a partida. O serviço para veículos da marca está disponível em 23 cidades de sete países da Europa.

No Brasil, a Mercedes-Benz traba-lha em outras frentes: tecnologias

limpas. A intenção é produzir no País o primeiro ônibus com sistema limpo de propulsão. “Trabalhamos no pri-meiro ônibus articulado do Brasil to-talmente elétrico, movido a baterias, e também em ônibus híbrido”, disse o presidente da Mercedes-Benz.“O futuro indica a utilização de um mix de tecnologias, por isso temos um projeto muito interessante de um motor diesel-gás para ônibus urbano. Ofereceremos opções para todo tipo de aplicação.” Solução mais de curto prazo, na visão de Schiemer, é automatizar todas as transmissões de seus veículos comerciais. “A transmissão automatizada reduz em 6% o consumo de combustível”, justifica. (Leandro Alves)

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80 • AutomotiveBUSINESS

V FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

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AUTOPEÇAS: SALVAÇÃO ESTÁ NA COMPETITIVIDADE

SETOR ESPERA PELA IMPLANTAÇÃO DA RASTREABILIDADE

L etícia Costa, diretora da Prada Assessoria, e Paulo Butori, pre-

sidente do Sindipeças, entidade dos fabricantes de autopeças, foram unânimes em painel de debates do Fórum da Indústria Automobilística: o principal entrave para o setor é a falta de competitividade. Para eles, o Inovar-Auto ajuda o segmento, mas apenas partes da cadeia produtiva são beneficiadas pelas normas.

“Há um erro quando se pensa em medidas de curto prazo, com o único intuito de aumentar o consumo. Há falta de incentivos em médio e longo prazos e sem uma visão da indústria como um todo fica difícil evoluir”, destacou Letícia. O faturamento real da indústria de autopeças vem cain-do desde 2010, quando somou R$ 86,3 bilhões. A previsão para 2014 é de pouco mais de R$ 71 bilhões.

Outro problema apontado foi o

crescimento da capacidade ociosa, que passou de 17,6% em 2010 pa-ra 31,9% em 2013. Houve também queda nos investimentos do setor de US$ 2,1 bilhões (R$ 4,7 bilhões) em 2010 para US$ 1,9 bilhão (R$ 4,2 bi-lhões) em 2013.

“Uma série de fatores cria barreiras à competitividade. O principal deles é a alta carga tributária, mas ques-tões como custo trabalhista e alto custo das matérias-primas são en-traves relevantes”, disse. Ao mesmo tempo, as importações geram um desequilíbrio no setor, cuja balança comercial apresentou saldo negativo superior a US$ 10 bilhões em 2013. Nesse cenário há pouco investimen-to em pesquisa e desenvolvimento, já que as empresas consideram um risco elevado tomar tal iniciativa.

Butori diz que um conjunto de pro-blemas causa dificuldades no setor.

Ele citou o câmbio, que atrapalha as exportações, excesso de tributos, custo da mão de obra, baixa pro-dutividade, baixo investimento em pesquisas e desenvolvimento e inse-gurança jurídica e burocrática. Nesse último quesito, a crítica foi em dire-ção ao Inovar-Auto, que carece de clareza na sua formulação, afetando especialmente pequenas e médias empresas.

A rastreabilidade de componen-tes, que altera a forma como o setor compra peças e estabelece novas regras para toda a cadeia de supri-mentos, deveria ter entrado em vigor em fevereiro. Não há, contudo, uma data concreta para que passe a valer. “Hoje não dá para dizer que a ras-treabilidade é algo complexo e difícil de colocar em funcionamento. Ela já pode ser implantada, basta ser regu-lamentada”, pondera o dirigente.

LETÍCIA COSTA (Prada Assessoria) e PAULO BUTORI (Sindipeças)

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AutomotiveBUSINESS • 81

RENOVAÇÃO DE FROTA É UMA DAS APOSTAS DO SETOR

CAMINHÕES: EXPECTATIVA DA RETOMADA

O vilão na queda das vendas de ca-minhões, que recuaram 14,4%

no primeiro quadrimestre em relação a igual período de 2013, foi a demora na adequação das condições do Finame PSI, que travou os negócios. Os con-vidados do painel de debates setorial, promovido durante o Fórum da Indús-tria Automobilística, não esconderam o descontentamento com a evolução dos negócios, mas anteciparam uma reviravolta com a simplificação dos processos do Finame.

Eles não concordaram, porém, sobre o tamanho do mercado este ano. As projeções variaram, refletindo otimismo reservado, pois com Copa do Mundo e eleições tudo poderá acontecer até dezembro. Gilson Mansur, diretor de vendas e marketing de caminhões da Mercedes-Benz, alinhou-se à consulto-ria Carcon Automotive, que projeta 140 mil caminhões negociados em 2014.

O calendário de 2014 influencia a projeção do diretor comercial da Iveco América Latina, Alcides Cavalcanti: “É um ano de incertezas na política e eco-nomia, que vão influenciar no desem-penho do setor. Esperamos um mer-cado de 142 mil a 145 mil unidades.”

Para a Ford Caminhões, apesar da queda nas vendas no início do ano, o mercado vai registrar recuperação que irá equiparar o volume a 2013: “Prefiro manter o otimismo. E a si-nalização de recuperação das vendas em abril mostra um mercado de 145 mil a 150 mil unidades este ano”, ponderou Guy Rodriguez, diretor de operações da montadora.

Já Scania e Volvo, que cresceram bastante em 2013 por causa do aque-cimento das vendas de extrapesados trazido pela safra recorde de grãos, mantêm o foco no segmento e acre-ditam que o mercado continuará atra-

ente. Para Bernardo Fedalto, diretor de vendas da Volvo, há um ambiente de negócios interessante no Brasil, mesmo com um possível encolhi-mento do mercado em 2014: “O ano começou mais imprevisível do que imaginávamos. Por isso esperamos uma queda de 12% nos segmentos de pesados e extrapesados. É uma queda significativa, porém trata-se de um mercado razoável para todos os competidores.”

Eronildo Santos, diretor de ven-das da Scania, afirmou que o foco é a manutenção dos resultados: “Viemos de uma situação positiva em 2013, com a liderança e 32% de participação nos extrapesados e uma presença histórica nos semipe-sados. Trabalhamos para manter es-ses números, por isso acreditamos numa retração de 5% no mercado total em 2014.” (Leandro Alves)

RUY

HIZ

ATU

GU

ALCIDES CAVALCANTI (Iveco), BERNARDO FEDALTO (Volvo), ERONILDO SANTOS (Scania), GILSON MANSUR (Mercedes),

GUY RODRIGUES (Ford) e RICARDO ALOUCHE (MAN L.A.)

Page 82: Revista Automotive Business - edição 27

82 • AutomotiveBUSINESS

V FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

EFEITOS DO INOVAR-AUTO AINDA NÃO SÃO CONCRETOS NA NACIONALIZAÇÃO

A CADEIA DE SUPRIMENTOS EM XEQUE

P ouco mais de um ano após o lan-çamento do Inovar-Auto, a per-

cepção da indústria de autopeças é de que os novos negócios que resul-tariam na produção local e substitui-ção de peças estrangeiras ainda não se concretizaram. Esse foi um dos fo-cos do debate entre os representan-tes de compras das quatro maiores montadoras do mercado nacional durante o V Fórum da Indústria Au-tomobilística. Participaram do debate Patrícia Libretti, diretora de compras produtivas da General Motors Amé-rica do Sul; Edvaldo Picolo, gerente executivo de compras da Volkswa-gen do Brasil; João Pimentel, diretor de compras Ford América do Sul; e Osias Galantine, diretor de compras da Fiat Chrysler América do Sul.

Em pesquisa realizada em tempo real no painel “Localizar ou importar: a cadeia de suprimentos em xeque”, a maior parte do público indicou que as compras das montadoras em sua cadeia de fornecedores instalada no País não cresceram.

Galantine garante que importar não é a melhor solução. “É uma ope-ração complexa, que só vale a pena quando não há escala para produzir localmente”, afirma. Mas há soluções palpáveis na indústria, como con-tratos de longo prazo. No caso da Fiat, esse acordo assegura uma fatia substancial, algo como um mínimo de 70% de fornecimento. “Temos 12 a 15 fornecedores de componentes essenciais classificados como par-ceiros da empresa.” A escolha des-ses parceiros exige a participação em um processo de qualificação no qual a montadora avalia qualidade,

pessoal e custos do fornecedor. Uma vez aprovado, esse fornecedor passa a ter em mãos um contrato de longo prazo, cuja validade não foi revelada.

Em recente evento da montadora com seus futuros fornecedores para a fábrica de Goiana (PE), Galanti-ne exortou as empresas a participar da iniciativa da Fiat. “Quem chega primeiro bebe água mais fresca”, afirma.

Pimentel, da Ford, conta que a di-reção elétrica, incorporada aos mo-delos da marca no País, é montada no Brasil, porém ainda utiliza compo-nentes importados pela TRW. “Esta-mos trabalhando com o fornecedor para reduzir isso”, diz.

Patrícia Libretti explica que há atu-almente um programa de naciona-

lização adotado pela montadora e que está em curso há mais de dois anos. O processo inclui um projeto de parceria, à semelhança da Fiat, no qual os fornecedores teriam em suas mãos contratos de longo prazo.

Picolo revela não haver resposta das empresas da cadeia de supri-mentos quando a montadora anuncia seus investimentos. “Vamos aplicar R$ 10 bilhões até 2018 e é importan-te contar com produtividade”, diz. “A indústria não pode ver o curto prazo. Esperar para investir quando o contra-to estiver na mão não funciona”, diz.

As importações de componentes de Ford e VW oscilam entre 15% e 20% de suas compras. As da Fiat seriam menores, cerca de 7%. As da GM não foram reveladas.

PATRÍCIA LIBRETTI (GM), OSIAS GALANTINE (Fiat-Chrysler), JOÃO PIMENTEL (Ford) e EDVALDO PICOLO (VW).

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84 • AutomotiveBUSINESS

INOVAÇÃO

ESPERAVA-SE MAIOR CONTUNDÊNCIA DA ENGENHARIA BRASILEIRA COM O INOVAR-AUTO. AINDA SE TRABALHA MAIS PARA

A TROPICALIZAÇÃO DO QUE PARA A INOVAÇÃO

LEANDRO ALVES

Na edição anterior, Automotive Business decifrou em maté-ria de capa como a indús-

tria encara o futuro da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e da Inova-ção. A constatação é que empre-sas, não importa o porte nem a origem, patinam na hora de inter-pretar as fronteiras entre o P, o D e o I, os pilares do Inovar-Auto. Resultado: a indústria brasileira perdeu a capacidade ou o interes-se de inovar e as fabricantes vão seguir tendências que vêm de fora.

Por outro lado, no início de 2014, nem otimistas nem céticos acreditaram no que agora está sendo considerada a maior revo-lução de um produto na história recente: a Ford inovou para valer na F-150 atualizada com a produ-ção de caçamba e cabine de alu-mínio, até então material leve e de alta resistência pouco utilizado na carroceria dos veículos porque é

FORD F-150: lições sobre inovação em materiais e processos

BRASIL NÃO INOVA. COPIA

complicado encontrar processos para armar com eficiência e quali-dade partes grandes, como lateral e teto. De uma tacada só a F 150 ficou 318 quilos mais leve com o corpo de alumínio, sem perder a robustez da qual é referência no segmento. De quebra, a Ford re-gistrou mais de 100 patentes para a nova geração de sua picape líder de vendas nos Estados Unidos.

“Isso sim podemos chamar de Inovação, com I maiúsculo”, co-memora Francisco Satkunas, con-sultor para a indústria automotiva e especialista em tendências. Mas a receita para chegar a um resul-tado tão relevante passa necessa-riamente por etapas que no Brasil são simplesmente ignoradas e só ganham impulso quando o gover-no sinaliza com algum tipo de sub-sídio: “O foco é proteger o market share aqui. Então, qualquer inves-timento em P&D, que lá fora é fei-to em parceria com universidades, dificilmente vai ocorrer como uma

política de longo prazo”, explica. A última grande inovação brasileira foi a tecnologia flexfuel, que no ano passado comemorou dez anos de sua chegada no País.

Assumindo essa paralisia por conta de processos e custos que impediram a indústria brasileira de inovar, o que teremos em um futuro próximo é mais do mesmo: a tendência de downsizing, como já vemos na aplicação de motores três cilindros, mais compactos e eficientes, o uso de pneus de bai-xo atrito, a aplicação de plásticos mais leves e resistentes. E, timida-mente, a utilização de aços de ul-trarresistência, quando for vanta-joso à indústria.

Engana-se quem acredita que não há oportunidades para inovar ou mergulhar em P&D no Brasil. O uso de plásticos mais leves e resistentes é a grande aposta da indústria, com fornecedores es-pecialistas e componentes à base de fibras vegetais.

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86 BUSINESS

MATERIAIS | PLÁSTICO

É TEMPO DE CONSOLIDAR O SETOR, QUE PRETENDE DOBRAR A PARTICIPAÇÃO NO AUTOMÓVEL. E PARA ISSO VALE TUDO:

FIBRAS VEGETAIS, MATERIAIS RECICLADOS... ATÉ DISPENSAR O FORNECEDOR DESSES COMPONENTES

LEANDRO ALVES

No horizonte da indústria de transformação brasileira, as oportunidades que o setor

automotivo apresenta para os trans-formadores de materiais plásticos é dos mais promissores. Hoje um veículo nacional recebe em média 15% de componentes plásticos, muito aquém dos 30% de automó-veis similares montados na Europa. Assim, ainda há muito o que desen-volver localmente para atingir padrões globais, o que é uma ótima notícia.

Para a Abiplast, Associação Brasi-leira da Indústria do Plástico, este é o momento de consolidar um setor

competitivo, aumentando sua pro-dutividade. “Temos de compor a produção para a indústria automoti-va com outros setores”, enfatiza Jo-sé Ricardo Roriz Coelho, presidente da Abiplast.

A equação para atingir padrões globais, segundo Roriz, passa por uma série de condições estruturan-tes: “Trabalhamos para alcançar custos mais baixos de produção utilizando tecnologia de ponta, mas também precisamos contar com de-soneração no setor, além de linhas de financiamento adequadas.”

Numa ponta dessa cadeia estão os produtores de matéria-prima

atirando com sucesso para todos os lados. Além dos plás-

ticos de engenharia que vêm substituindo em muitos casos aço

e vidro, diversos re-fugos de polímeros

estão sendo reciclados para a apli-cação automotiva. E há ainda o uso de fibras vegetais em aplicações de plásticos de performance. O Brasil tem grande chance de liderar as ino-vações nessa área, diversificando as opções para o mercado.

“Em um futuro próximo espera-mos oferecer 40% de nossos pro-dutos automotivos oriundos de fon-te renovável, natural ou reciclável”, aponta Suzana Kupidlowski, gerente de marketing automotivo da Rhodia no Brasil. Atualmente, o setor auto-motivo representa 60% dos negócios da Rhodia no País.

JOSÉ RICARDO RORIZ COELHO, presidente da Abiplast

A HORA E A VEZ DOS RECICLÁVEIS

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e vidro, diversos fugos de políme

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NISSAN FAZ AS PEÇAS MAIORESA produtividade e a qualidade do produto que sai da fábrica de Resende, RJ, são controladas com lupa pelos engenheiros da Nissan. É quase que um mantra, repetido pelos funcionários à exaus-tão. Assim, a montadora decidiu, ao construir sua primeira fábrica no Brasil, produzir ela mesma as maiores peças plásticas utilizadas no New March: os para-choques. “Descobrimos que um deslize do

fornecedor pode comprometer o desempenho da fábrica e a qualidade do produto”, explica Wesley Custódio, diretor de produção da fábrica da Nissan no Brasil. Durante a entrevista ele repetiu mais de 20 vezes as palavras qualidade e produtividade.

Fazendo em casa, seguindo padrões globais, quase ao lado da linha de montagem, os estoques são suficientes para a produção diária. Além da eliminação da logística de transporte do fornecedor até a fábrica. Outra iniciativa é a participação do fornecedor de plásticos do cockpit, a Calso-nic Kansei, ao lado da linha. “A agilidade que temos com essa parceria, além do controle e do relacionamento mais próximo com os fornecedo-res, faz diferença na qualidade”, observa Custódio.

A parceria do fornecedor de ma-téria-prima com seus clientes é um caminho para diluir investimentos em pesquisa e inovação. Assim faz a Rhodia, compartilhando softwares de ponta para diminuir o tempo de de-senvolvimento e testes. Este modelo já produziu um coletor de admissão injetado com poliamida proveniente de reciclagem química de refugo de fiação têxtil com a Magneti Marelli. “A eficiência energética do motor é um fator importante no Inovar-Auto. De-senvolvemos soluções para reduzir o peso dos componentes com materiais tão resistentes e eficientes quanto os tradicionalmente utilizados”, enfatiza Suzana. “Temos como exemplo o res-

tritor de torque, de eficiência compro-vada, substituindo o metal por com-postos plásticos”, ressalta Suzana.

O segmento está tão aquecido que a tradicionalíssima Röchling, su-perconservadora no capítulo inves-timentos, acaba de inaugurar uma fábrica em Itupeva, SP, para produzir o primeiro coletor de admissão feito no Brasil de polipropileno (PP). Os alemães apostam na nacionalização da matéria-prima, na redução de peso em 15% contra a poliamida, na grande resistência ao calor e no custo menor para conquistar outras fabricantes além da Volkswagen, que equipa Up!, Fox, Gol e Saveiro com o coletor feito de PP.

NEW MARCH: para-choque produzido pela própria Nissan, em Resende (RJ)

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88 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | AÇO

SIDERÚRGICAS QUEREM COMPROVAR PARA MONTADORAS A COMPETITIVIDADE DO INSUMO

CAMILA FRANCO

O aço de alta resistência tem ganhado importância no setor automotivo por aten-

der o tripé alta segurança, massa reduzida e baixo custo produtivo. O avanço do insumo ainda é lento, porém, notório. Segundo Jesse Paegle, gerente de pesquisa e desen-volvimento da Gestamp, o insumo tem hoje de 8% a 35% de participa-ção nos novos carros. O Volkswa-

gen Up! é exemplo. Sua carroceria, fabricada com cinco tipos diferentes desse aço, além de mais leve (910 a 958 quilos) ganhou nota máxima do Latin NCAP.

No portfólio da Gestamp, do total de aços produzidos, 25% a 30% são de alta resistência. “Há cinco anos não chegávamos nem a 10%”, aponta Paegle. Ele diz que ainda há barreiras comerciais, mas aposta que a conso-lidação deste material deverá aconte-cer a partir dos próximos cinco anos.

O desafio para siderúrgicas, por ora, é comunicar às montadoras as melhores tecnologias para a produ-ção das peças metálicas. Paegle ex-plica: “É importante que as empre-sas saibam que o parque industrial investiu em modernos processos de transformação e alcançou um grau importante e autossuficiente de qua-lidade e fornecimento.”

Entre os processos mais usados,

segundo Paegle, estão o roll forming (de conformação a frio) e o hot stam-ping (a quente). “A combinação das duas tecnologias pode ser bastante interessante para aumentar a se-gurança veicular sem impactar nos custos. O hot stamping é mais usado no cockpit porque é possível moldar peças com geometria bastante com-plexa. Mas o roll forming é também vantajoso ao reduzir em até 30% o peso dos componentes e em até 15% o custo das peças.”

A Benteler também aposta em tec-nologias de última geração. Frederico Hirota, gerente técnico, diz que a par-tir do ano que vem a empresa con-seguirá estampar quatro peças de até 1,80 m em uma mesma batida.

Na CSN, Usiminas, Tata Steel e ArcelorMittal uma das principais preocupações está na definição das melhores propriedades do aço a fim de evitar a corrosão. A ArcelorMittal, que investe US$ 15 milhões para a produção nacional de aço de alta re-sistência, é detentora da patente do alumínio-silício (AlSi) desenvolvido para peças estruturais críticas. Mas as demais empresas esperam que a tecnologia passe a ser compartilhada em breve.

A ArcelorMittal, segundo o gerente de vendas André Munari, prevê um aumento dos atuais 6% para 25% na utilização de aços de alta resistência pelos veículos brasileiros até 2025, acompanhando a tendência da in-dústria automotiva global.

EVOLUÇÃO RESISTENTE

TUPY: ESPAÇO PARA O FERRO

Apesar do avanço do aço de alta resistência e do alumínio, a Tupy, que produz componentes de ferro fundido e usinado, aposta no aumento

geral da demanda por peças nacionais para garantir sua participação no mercado. Fernando Cestari de Rizzo, vice-presidente de negócios auto-motivos da Tupy, diz que o Inovar-Auto tem estimulado a concretização de novas parcerias. Uma delas foi com a Ford. A Tupy fornece o bloco de ferro-grafite para o Novo Ka, que, apesar de ser dez quilos mais pesado do que o bloco de alumínio do Volkswagen Up!, tem paredes finas e resisten-tes. Este tipo de ferro retém mais calor e, assim, proporciona melhor efici-ência térmica para o carro, hoje o mais econômico entre os compactos.

Page 89: Revista Automotive Business - edição 27

AutomotiveBUSINESS • 89

MATERIAIS | ALUMÍNIO

ABAL ESPERA POR AVANÇO FUTURO TAMBÉM DOS LAMINADOS

CAMILA FRANCO

A pós um ano do Inovar-Auto, regime que estimula a melho-ria da eficiência energética

dos veículos, a indústria do alumí-nio mostra os primeiros indícios de aceleração. O insumo é solicitado por ser leve, contribuir para redução do peso dos veículos e, consequen-temente, das emissões.

Previsão do Sindipeças, sindicato que reúne fabricantes de autopeças, aponta que o alumínio deverá con-quistar participação principalmente em sistemas de powertrain. A de-manda atual de 250 mil blocos de motores de alumínio (a capacidade é de 300 mil unidades) tende a passar para 2 milhões de unidades nos pró-ximos cinco anos.

Entre os novos motores de alu-mínio que surgiram no mercado recentemente, destacam-se o três cilindros da Volkswagen (EA 211 1.0) que equipa o Fox Bluemotion e o Up! e o quatro cilindros 1.6 de Gol Rally e Saveiro Cross; além do motor Sig-ma dos Ford New Fiesta e Focus. A Fiat prepara motor 1.0 três-cilindros, também com bloco e cabeçote de alumínio, fornecido pela Teksid, fun-dição que pertence ao grupo e que investiu R$ 250 milhões na expansão das suas instalações em Betim (MG).

“Nesse um ano do Inovar-Auto tivemos salto significante na área de fundidos e já ficou provado que a tendência é de avanço. Projeções da Nemak, especializada em com-ponentes de alumínio, mostram que 2% dos blocos eram feitos com esse material na América do Sul em 2000. Este número saltará para 49% em

INOVAÇÃO DOS FUNDIDOS

2015 e deve chegar a 61% em 2020”, comemora Ayrton Filleti, engenheiro metalurgista e diretor técnico da Abal (Associação Brasileira do Alumínio).

Filleti reconhece que o uso do alumínio ainda está aquém da média mundial, de 119 quilos do material por veículo fabricado. Por aqui, um automóvel tem cerca de 50 quilos de alumínio. Nos Estados Unidos, o volume chega a 159 qui-los. Na Europa são 139 quilos e na China, 105 quilos.

Mas o engenheiro da Abal acredi-ta que, assim como tem acontecido com os motores, as peças planas tendem a passar em futuro breve pelo mesmo processo de nacio-nalização. Uma das empresas que comprovam a tendência é a Nove-lis, que participou do desenvolvi-

mento de laminados para Jaguar Land Rover, BMW e Mercedes-Benz.

Segundo Roberta Soares, direto-ra de estratégia e desenvolvimento da Novelis, a empresa investiu até julho do ano passado US$ 340 mi-lhões para dobrar suas operações de laminados de alumínio em Pin-damonhangaba (SP), em resposta à crescente demanda por produtos na América do Sul. “Ao longo dos próximos cinco anos, esperamos que o consumo de laminados no setor automotivo cresça mais de 25% ao ano globalmente. Entre três e cinco anos, teremos no Brasil carros com partes estruturais, co-mo capô, portas ou para-lamas de alumínio, principalmente nos mo-delos de maior peso, como SUVs e picapes.”

Fonte: Nemak

DEMANDA DE BLOCOS DE MOTOR NA AMÉRICA DO SUL

100%

98%

1,8

2000

2%

94%

2,6

2005

6%

89%

3,6

2010

11%

51%

4,1

2015

49%

39%

4,9

2020

61%

75%

50%

25%

0%

(MILHÕES DE UNIDADES)

ALUMÍNIO FERRO FUNDIDO

Page 90: Revista Automotive Business - edição 27

90 BUSINESS

MATERIAIS | VIDROS

DEPOIS DE INVESTIR EM CAPACIDADE PRODUTIVA, FABRICANTES AGUARDAM REAQUECIMENTO DO MERCADO

ALEXANDRE AKASHI

O m e r c a d o automotivo b r a s i l e i r o

andou de lado em 2013, ao registrar recuo de 1% nas vendas sobre 2012, interrompendo assim um período de nove anos de crescimen-to contínuo, em que os licenciamentos foram multiplicados por 2,66 no perío-do de 2003 a 2012. A nova realidade prejudica os investimentos realiza-dos pelos fabricantes de vidros auto-motivos, que enxergavam céu azul e viram a queda de vendas atrapalhar seus planos e resultados.

“Tivemos um primeiro quadrimes-tre fraco em volume, principalmente se compararmos ao ano de 2013, que apresentou um primeiro semes-tre forte em vendas e produção”, diz o diretor comercial e de serviços ao clien-te para a América do Sul da Pilkington, Fabrício Kameyama.

O executivo comenta que a empre-sa realizou investimento de mais de R$ 100 milhões nas novas linhas de laminados e temperados na planta de Caçapava, interior de São Paulo, para aumentar a capacidade produ-tiva já instalada nessa unidade. “Não teremos o retorno sobre os aportes realizados nos últimos anos para atender a demanda planejada, a não ser que o mercado volte a crescer

num ritmo mais acelerado e consis-tente”, afirma.

A Pilkington, porém, não está mui-to otimista, ao contrário da Anfavea, que acredita em crescimento de ven-das de 1% em 2014 sobre o resulta-do de 2013. “Nossas previsões para o fim de 2014 apresentam queda em relação a 2013 e esperamos que o recuo seja mínimo para não impactar ainda mais os resultados da região, já que temos operações também na Argentina, outro mercado que está em baixa no ramo automotivo”, co-menta Kameyama.

Quem também concluiu investi-mentos foi a japonesa AGC Vidros, que iniciou as operações da primeira fábrica no Brasil, em Guaratinguetá (SP), em outubro do ano passado. O aporte financeiro nessa nova planta, que tem capacidade produtiva de 500 mil conjuntos por ano (para-bri-sas, vidros laterais e traseiros), foi de

300 milhões de euros.

TECNOLOGIACom o Inovar-Auto, as montadoras têm ace-lerado o desenvolvi-mento de tecnologias para tornar os veícu-los mais eficientes e, portanto, consumir menos combustível.

Uma das formas de se conseguir isso é pela redução do pe-

so dos componentes.“Para os próximos

anos esperamos maior foco nos quesitos que envolvam redução de peso de materiais, como vidros me-nos espessos”, comenta Kameya-ma. Além disso, para o executivo, os vidros da próxima geração tam-bém deverão apresentar recursos de controle solar, conforto acústico e itens de aparência como para-brisas e tetos panorâmicos. “Estamos de-senvolvendo um vidro traseiro com o brake light de LED embutido, melhorando a estética e reduzindo o custo final do conjunto para as montadoras”, revela.

Com os cenários atuais, os próxi-mos investimentos dos fabricantes de vidros tendem a ser mais seleti-vos. “Para o futuro esperamos aplica-ções mais em função de novas tec-nologias e produtos especiais, que venham a se desenvolver na região, do que propriamente aumento de capacidade”, observa Kameyama.

HORA DE REPENSAR

LINHA DE PRODUÇÃO de para-brisas na fábrica da Pilkington em Caçapava (SP)

Page 91: Revista Automotive Business - edição 27

AutomotiveBUSINESS • 91

MATERIAIS | BORRACHA

COMPONENTES DE BORRACHA TÊM DE RESISTIR A CONDIÇÕES CADA VEZ MAIS CRÍTICAS

MÁRIO CURCIO

ADERÊNCIA É SÓ UM DETALHE

no caso das correias houve avanço também nas fibras empregadas, al-godão, náilon e aramida.

A fornecedora de químicos Evonik resume os desafios gerados pela in-dústria automotiva: “Cada autopeça tem requisitos próprios e todos são muito demandantes”, diz o diretor de negócios, Ralf Ahlemeyer. Além de altas temperaturas e agressão química, as peças de borracha têm de resistir a deformações. Entre ou-tros itens, a Evonik fornece no Brasil antioxidantes e antiozonantes fabri-cados pela Addivant, que evitam de-gradação por calor e flexão.

Dos avanços obtidos na área da borracha, um dos des-taques é o emprego da sílica nos

A o a ano, os fabricantes de autopeças à base de borra-cha vencem novas etapas

para torná-las mais resistentes a altas temperaturas e degradação causada por lubrificantes, por exemplo. Esses avanços já permitem que uma correia sincronizadora trabalhe em contato com o óleo do motor: “A tecnologia é utilizada nos motores VW EA 211 de três e quatro cilindros e também no Ford Sigma. É uma tendência daqui para a frente porque é mais silen-ciosa, mais leve e gera menos atrito que uma corrente metálica, trazendo aumento de potência com redução de consumo e emissões”, afirma o diretor de engenharia de aplicação e desenvolvimento da Gates South America, Ivo Paganini.

Ele recorda que antigas correias com cloroprene na composição não suportavam mais de 100 graus Célsius e duravam entre 60 mil e 80 mil quilômetros. “No fim dos anos 1990, com a entrada do EPDM (Borracha com Etileno--Propileno-Dieno), consegui-mos correias mais duráveis. Hoje elas podem ser utilizadas por 240 mil quilômetros”, diz Paganini.

Os avanços obtidos na área química é que permitem es-ses saltos. “O que se conse-gue é melhorar a composi-ção da borracha para uma ou outra característica pela adição de antiozonantes, antioxidantes... Aí se defi-ne o seu (ponto) ótimo na produção.” Ele recorda que

pneus: “Há cerca de 20 anos surgia a necessidade de empregar sílica em borrachas que não pudessem ser pretas, como aquelas presentes em máquinas de descascar arroz”, re-corda Ahlemeyer.

Hoje cresce a utilização desse com-ponente em substituição ao negro de fumo na composição dos pneus. Associada ao silano, um agente aco-plante, a sílica é essencial à produção de pneus mais modernos porque re-duz a resistência ao rolamento.

CORREIAS sincronizadoras de borracha já operam em contato com o óleo do motor

Page 92: Revista Automotive Business - edição 27

92 • AutomotiveBUSINESS

MATERIAIS | TINTAS & PINTURA

NOVOS MATERIAIS E PROCESSOS PERMITEM REDUZIR TEMPO DE SECAGEM, BAIXANDO CONSUMO DE GÁS E ENERGIA ELÉTRICA

MÁRIO CURCIO

Forçadas por redução de custos e de emissões de poluentes, as montadoras e indústrias de

tintas chegaram a avanços impor-tantes, eliminando até mesmo etapas de pinturas tradicionais. Isso resultou em economia de material, tempo e energia. Esses benefícios são claros para a Nissan em sua nova fábrica de Resende (RJ), inau-gurada com o March.

Os ganhos foram obtidos pelo pro-cesso three wet, em que a aplicação da base e do verniz é feita logo em seguida à do primer, o que torna o processo mais curto e reduz o con-sumo de energia. Os robôs utilizam cartuchos para a pintura a fim de di-minuir a perda de material, reduzin-

do também a emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs). O uso de água como base na pintura também é essencial. Apenas o verniz emprega solvente tradicional.

“A redução de emissão de solven-tes voláteis é de aproximadamente 50%; o consumo de gás baixa em 30% e o de energia elétrica, em torno de 15%”, afirma o diretor de produ-ção da Nissan, Wesley Custódio.

A fabricante de tintas Axalta (pro-nuncia-se Eczalta) recorda que o uso de tintas à base d’água não é algo re-cente no País: “A Volkswagen come-çou a utilizá-las na inauguração da fábrica de São José dos Pinhais”, diz o diretor de produtos da Axalta para a América Latina, José Guindalini. Em dezembro de 2013 a unidade para-naense da VW fez 15 anos.

Guindalini cita avanços importan-tes como a redução do tempo de cura e das temperaturas para seca-gem. “Nos novos sistemas troca-se a etapa de estufa do primer pelo hea-ted flash, que submete a carroceria de seis a sete minutos a 80 graus Célsius. No processo convencional seriam gastos 40 minutos em tem-peratura de 160 ºC”, diz o executivo.

Na Volkswagen de Taubaté, onde uma nova seção de pintura recebeu quase R$ 430 milhões em investi-

mento, o avanço foi além: “Lá o próprio primer foi eliminado. A VW aplica a ‘tinta anticorrosiva’, a cor e

o verniz”, diz o executivo.

Da Basf, o gerente de vendas e as-sistência de tintas automotivas para a América do Sul, Donizeti Chagas, ci-ta como inovação o Cathoguard 800, tecnologia que melhora a penetração de material nas cavidades e partes ocas. Aplicado por imersão, ele re-sulta em proteção mais eficiente das bordas e tem melhor distribuição por camada. “Os resultados são menor consumo (de material) e melhor apa-rência, que irá contribuir para o bom acabamento”, afirma Chagas.

EFICIÊNCIA QUE VEM DA PINTURA

CORES: TENDÊNCIA

Tanto Basf como Axalta mencio-nam o espaço ganho pelo

bran co na indústria automotiva. “Sua popularidade veio de carros de luxo da BMW, Volkswagen, Audi e Mercedes. É algo que ficou bem caracterizado nos últimos dois anos”, diz o gerente de negócios automotivos da Axalta, Tikashi Arita. “De 2005 para 2013, o bran-co saltou de 15% para 33% na preferência do consumidor”, afir-ma Guindalini, da Basf. Ele ocupou sobretudo o espaço do azul, cuja participação nesse mesmo período caiu de 15% para 1,7%, de acordo com a Basf. Para ambos os fabri-cantes de tinhas, os tons de cinza e prata vêm em segundo lugar e o preto em terceiro.

OPERAÇÃO de pintura na fábrica da Nissan em Resende, RJ

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TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES

INCERTEZAS E VOLUMES EM QUEDA NÃO DEIXAM LUGAR PARA OTIMISMO

MERCADO EM BAIXAALEXANDRE AKASHI

O segmento de tratamento de superfícies de compo-nentes automotivos vive

tempos difíceis no Brasil. “2014 vem se mostrando um ano delica-do para o resultado comercial de várias empresas”, afirma o geren-te de marketing da SurTec do Brasil, Douglas de Brito Bandeira. “O volume de negócios caiu”, diz. Segundo o executivo, o recuo no mercado interno e crises como a da Argentina deixaram a sua influ-ência. “Com as eleições no final do ano tudo fica imerso em uma grande névoa de insegurança”, afirma, enfatizando que não acre-dita em crescimento em 2014.

O fraco desempenho das ven-das de veículos nos primeiros meses de 2014 também tem atrapalhado os planos na Steel-coat, que presta serviços de trata-

mento de superfícies para empre-sas do setor automotivo desde 2007 e hoje conta com unidades em São Bernardo do Campo (SP) e em Taubaté (SP), para atender

clientes como Volkswagen, Ford, Honda, PSA Peugeot Citroën e sistemistas.

“Estimamos fechar 2014 com redução de 5% a 10% em relação aos números de 2013, devido ao menor nível de produção de nos-sos clientes”, afirma o diretor co-mercial da Steelcoat, Eduardo Samir Aoun. Para ele, a produ-ção de veículos deve recuar em relação a 2013. “Isso afeta dire-

tamente a indústria de trata-mento de superfícies, com me-nos peças a serem pintadas”, diz. O executivo, que inicia pro-

jetos de nanotecnologia, destaca o investimento em nova unida-de no complexo da Fiat em Goia-na (PE). “Além disso, estimamos abrir novas unidades no período de 2015-2017”, revela.

Na Coventya, a saída é diver-sificar negócios. “Nossos negó-cios estão concentrados em ou-tros mercados, aliviando a queda gerada pelo mercado automoti-vo”, afirma o gerente da Coven-tya, Raul Arcon Grobel, que ho-mologa novas tecnologias junto às montadoras. Há cerca de dois anos, a empresa lançou a linha Ecoline, que trouxe avanço de 15% nos negócios da empresa. “Há conscientização ambiental em nosso segmento, favorecen-do essa linha”, observa. No ano passado a Coventya inaugurou fábrica em Caxias do Sul (RS), elevando a capacidade produtiva e gerando ganhos logísticos.

RAUL ARCON GROBEL, da Coventya: a saída é a diversificação de negócios

LINHA DE ECOAT da Steelcoat, que projeta queda do mercado em 2014

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