revista automotive business - edição 32

92
Automotive Automotive O DESAFIO DE CHEGAR À LIDERANÇA COM O RENEGADE ABRIL DE 2015 ANO 7 • NÚMERO 32 SÉRGIO FERREIRA, DIRETOR DA MARCA NO BRASIL, TEM COMO TRUNFOS PARA AVANÇAR NO DISPUTADO SEGMENTO DE SUVs A NOVA FÁBRICA EM PERNAMBUCO, A EXPANSÃO DA REDE E O LANÇAMENTO DO JEEP RENEGADE COM PREÇO A PARTIR DE R$ 69.900 •ELETRÔNICA AMPLIA HORIZONTE DOS AUTOMÓVEIS BRASILEIROS •65 BOAS INICIATIVAS DO SETOR DISPUTAM O PRÊMIO REI 2015 •FÓRUM AVALIA A RETOMADA DOS NEGÓCIOS NA INDÚSTRIA JEEP

Upload: automotive-business

Post on 21-Jul-2016

231 views

Category:

Documents


8 download

DESCRIPTION

Revista Automotive Business - edição 32

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveAutomotiveO DESAFIO DE

CHEGAR À LIDERANÇA COM O RENEGADE

ABRIL DE 2015 ANO 7 • NÚMERO 32

SÉRGIO FERREIRA, DIRETOR DA MARCA NO BRASIL, TEM COMO TRUNFOS PARA AVANÇAR NO DISPUTADO SEGMENTO DE SUVs

A NOVA FÁBRICA EM PERNAMBUCO, A EXPANSÃO DA REDE E O LANÇAMENTO DO JEEP RENEGADE

COM PREÇO A PARTIR DE R$ 69.900

• ELETRÔNICA AMPLIA HORIZONTE DOS AUTOMÓVEIS BRASILEIROS

• 65 BOAS INICIATIVAS DO SETOR DISPUTAM O PRÊMIO REI 2015

• FÓRUM AVALIA A RETOMADA DOS NEGÓCIOS NA INDÚSTRIA

JEEP

01_CAPA.indd 1 16/04/2015 19:06:11

Page 2: Revista Automotive Business - edição 32

grup

oz.c

om

.br

Tecnologia de Vanguarda

q ua n d o o f u t u r o p r e c i s a d e s o l u ç õ e s , e l a s n a s c e m c o m i d e i a s .

A maneira de pensar o mundo está sempre em transformação,

exigindo soluções diferenciadas. A ideia que nos move é

construir, com a nossa tecnologia, um futuro cada vez melhor

para o nosso país e para o mundo.

Se b

eber

não

dir

ija.

a fca encontrou esse futuro em Goiana-pe. parabéns, fca, pela grandeza de sua nova fábrica!

15_013_ADR_AH_005_15_CRI_automotive_inauguração_Fiat.indd 1 17/04/15 14:49duplaaethra.indd 2 23/04/2015 10:08:14

Page 3: Revista Automotive Business - edição 32

grup

oz.c

om

.br

Tecnologia de Vanguarda

q ua n d o o f u t u r o p r e c i s a d e s o l u ç õ e s , e l a s n a s c e m c o m i d e i a s .

A maneira de pensar o mundo está sempre em transformação,

exigindo soluções diferenciadas. A ideia que nos move é

construir, com a nossa tecnologia, um futuro cada vez melhor

para o nosso país e para o mundo.

Se b

eber

não

dir

ija.

a fca encontrou esse futuro em Goiana-pe. parabéns, fca, pela grandeza de sua nova fábrica!

15_013_ADR_AH_005_15_CRI_automotive_inauguração_Fiat.indd 1 17/04/15 14:49duplaaethra.indd 3 23/04/2015 10:08:14

Page 4: Revista Automotive Business - edição 32

4 • AutomotiveBUSINESS

ÍNDICE

50 CAPA | JEEP

MAR

CO

S C

AMAR

GO

A Fiat Chrysler já vende o Renegade montado na fábrica de Goiana, PE, e amplia a rede de concessionárias Jeep para disputar o mercado onde estão os nacionais Ford EcoSport, Renault Duster, Peugeot 2008 e Honda HR-V

É APOSTA PARA CHEGAR À LIDERANÇA

34 PREMIAÇÃO HYUNDAI ELEGE MELHORES PARCEIROS Maxion Wheels foi a empresa do ano

36 HONDA MONTADORA PREMIA FORNECEDORES 26 empresas receberam troféus

ÍNDICE

RENEGADE

8 FERNANDO CALMON ALTA RODA Renegade, o abre-alas

12 NO PORTAL

16 CARREIRA

20 NEGÓCIOS

33 RECONHECIMENTO CUMMINS DESTACA MAHLE E SANDVIK Empresas foram as melhores de 2014

DIV

ULG

AÇÃO

\ C

UM

MIN

S

DIV

ULG

AÇÃO

\ H

YUN

DAI

04-05_INDICE.indd 4 16/04/2015 19:00:15

Page 5: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 5

38 AFTERMARKET A REAÇÃO À QUEDA DO ZER0-KM Automec apontou crescimento

42 ELETRÔNICA EXPANDINDO HORIZONTES Novas perspectivas para o carro

46 LANÇAMENTO HR-V NA ONDA DOS SUVS Honda quer vender 50 mil unidades

48 MERCADO BRASIL NA ESTRATÉGIA DA BMW Fabricante quer crescer no País

56 PEUGEOT 2008 ENTRA NA BRIGA DOS SUVS Preço parte de R$ 67.190

58 FÓRUM A RETOMADA DOS NEGÓCIOS Encontro teve 861 participantes

66 LUXO AUDI: OTIMISMO NO BRASIL Montadora avança no mercado

68 PRÊMIO REI 65 FINALISTAS DISPUTAM TROFÉUS Vencedores serão conhecidos em junho

68 ARTIGO ELETRÔNICA: O PONTO DA VIRADA O Brasil como polo de produção

90 RENAULT DUSTER MAIS COMPETITIVO Marca renova o utilitário esportivo

MAR

CIO

SH

AFFE

R

DIV

ULG

AÇÃO

\ H

ON

DA

DIV

ULG

AÇÃO

\ R

ENAU

LT

04-05_INDICE.indd 5 16/04/2015 19:00:23

Page 6: Revista Automotive Business - edição 32

6 • AutomotiveBUSINESS

www.automotivebusiness.com.br

Editada por Automotive Business, empresa associada à All Right! Comunicação Ltda.

Tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes

de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,

empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico.

DiretoresMaria Theresa de Borthole Braga

Paula Braga PradoPaulo Ricardo Braga

Editor ResponsávelPaulo Ricardo Braga

(Jornalista, MTPS 8858)

Editora-AssistenteGiovanna Riato

RedaçãoMário Curcio, Pedro Kutney, Sueli Reis e

Victor François

Editor de Notícias do PortalPedro Kutney

Colaboradores desta ediçãoAlexandre Akashi, Gustavo Henrique Ruffo e

Rodrigo Lara

Design gráficoRicardo Alves de Souza e

Josy Angélica(RS Oficina de Arte)

Fotografia

Estúdio Luis Prado

PublicidadeCarina Costa, Greice Ribeiro, Monalisa Naves

Atendimento ao leitorPatrícia Pedroso

WebTV Marcos Ambroselli

Comunicação e eventos

Carolina Piovacari

ImpressãoMargraf

Distribuição

Treelog

Administração, redação e publicidadeAv. Iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema,

04082-001, São Paulo, SP, tel. 11 5095-8888

[email protected]

“É a fábrica da Jeep”, diz o pessoal da pequena cidade de Goiana, em Pernambuco, referindo-se ao multibilionário complexo automotivo da

Fiat Chrysler que começa a ganhar contornos definitivos. A afirmação popular revela a estratégia da montadora ao tomar a decisão de fincar bandeira em território inexplorado pela indústria automobilística. Enquanto o polo automotivo amadurecia, reunindo fornecedores, centro de desenvolvimento, campo de provas e uma possível planta de motores, desenhava-se também a opção pela marca Jeep. A tradição local do nome Jeep ganhou força, alimentada pela experiência internacional com a aposta na marca, que triplicou as vendas para quase 1 milhão de unidades/ano depois que a Fiat iniciou a compra da Chrysler.

Os projetos da Jeep no Brasil são ambiciosos. Na apresentação do Renegade, no Rio de Janeiro, em março, sem nenhuma modéstia, o diretor-geral da Jeep América Latina, Sérgio Ferreira, avisou que pretende liderar o segmento de SUVs no País, alicerçado por uma rede que terá duas centenas de lojas até o fim de 2015. A tarefa não será fácil, apesar das surpreendentes qualidades do Renegade. O veículo terá de desbancar o EcoSport, que vendeu 54 mil unidades em 2014, o Duster e enfrentar os recém-lançados Honda HR-V e o Peugeot 2008, igualmente bem recebidos pelo mercado.

Pedro Kutney, editor do portal Automotive Business, testou e aprovou o Renegade no lançamento. Ele observa que há duas variações bem diferentes – a diesel, com motor turbodiesel de 170 cavalos, surpreendente, e a do motor flex de 132 cavalos, mais mansa e sem as qualificações de off road da primeira. As outras impressões do jornalista você vai conhecer nesta edição e também na publicação especial de junho que estamos preparando sobre o polo automotivo da Fiat Chrysler em Pernambuco.

Nesta revista você vai saber também o que ocorreu no VI Fórum da Indústria Automobilística, que espantou a crise e recebeu 861 participantes no Golden Hall do WTC, em São Paulo. O evento, com 70 marcas patrocinadoras e apoiadoras, teve como destaques uma feira de tecnologia e workshops que colocaram frente a frente os participantes e uma centena de profissionais das áreas de compras e engenharia das montadoras.

Confira o caderno especial que revela os 65 finalistas do V Prêmio REI, que estão sendo submetidos à votação dos participantes de nossos fóruns e leitores das revistas e portal Automotive Business para escolha dos vencedores. Os troféus aos eleitos serão entregues em junho.

Boa leitura e até a próxima edição.

É A JEEP

REVISTA

Paulo Ricardo [email protected]

EDITORIAL

Filiada ao

06_EDITORIAL_EXPED.indd 6 16/04/2015 19:20:06

Page 7: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Anuncio_PS_Cosan_20,5x27,5cm_vfcv.indd 2 4/17/15 11:10 AM_Anuncio_Fechamento.indd 7 17/04/2015 23:31:53

Page 8: Revista Automotive Business - edição 32

8 • AutomotiveBUSINESS

LUIS

PRA

DO

FERNANDO CALMON é jornalista especializado na

indústria automobilística [email protected]

Leia a coluna Alta Roda também no portal

Automotive Business

PATROCINADORAS

produzido em uma fábri-ca inteiramente nova, em Goiana (PE), com investi-mentos pesados, longe de alguns fornecedores e ain-da à espera de investimen-tos atrasados em infraes-trutura, o utilitário espor-te compacto da Jeep tem preços bastante competi-tivos, em especial ante o EcoSport e o recém-lança-do HR-V.

O preço inicial de 69.900 na versão Sport já o coloca em posição pri-vilegiada e dentro de dois meses terá versão despo-jada por R$ 66.900. A in-termediária Longitude, de tração dianteira como a primeira, custa R$ 80.900 e traz câmbio automáti-co de seis marchas. Todos os modelos a diesel nesse segmento, por legislação, devem ter tração nas qua-tro rodas, o que encarece bastante, além de não se encontrar combustível S-10 em todos os postos. No outro extremo se coloca a Trailhawk (2 L, 170 cv e im-pressionantes 35,7 kgfm) por R$ 116.900 que de-ve ter participação quase simbólica.

Cerca de 80% das ven-das serão mesmo com motor flex de 1,75 L que manteve potência de 132 cv, mas teve ligeiro aumento de torque para bons 19,1 kgfm e em giro mais bai-xo. Em torno de metade do mix inicial está previs-

ta com câmbio automáti-co e aí começam alguns pontos fracos. Pela robus-tez do projeto este SUV pe-sa 1.432 kg e suas acele-rações são relativamente modestas. Fábrica informa 0 a 100 km/h em 11,5 s, mas dá a impressão de fi-car acima de 13 s (câmbio manual o deixa mais ágil).

Versão a diesel, com 250 kg extras em razão do motor, sistema de tra-ção e equipamentos, ace-lera de 0 a 100 km/h em 9,9 s (segundo o fabrican-te). Porém, o que se desta-ca é a 120 km/h o motor sussurrar a pouco menos de 2.000 rpm. Em uso fo-ra de estrada o Renegade impressiona pela capaci-dade de vencer obstáculos sem ser desconfortável. Nos congestionamentos o rival HR-V tem a vantagem do freio de estacionamen-to elétrico de aplicação au-tomática e liberação ao to-que no acelerador, sempre muito conveniente.

Porta-malas do Rene-gade é limitado, apenas 260 litros, menor que al-guns hatches compactos. No entanto perde por pou-co para o EcoSport (com estepe fixado na tampa) e por muito para os 437 litros do HR-V. Entre estes três modelos o Jeep é o mais cotado para liderar, mas a Ford deve reagir e a Hon-da brigará para-choque a para-choque.

Íntegro. Se fosse o caso de usar uma só palavra para definir o Jeep Re-

negade, esta é sob medi-da. Adjetivo de largo espec-tro cobre desde sua fideli-dade ao estilo e conceitos da marca até sensação ver-dadeira de robustez quan-do se exige dele fora de es-trada. Surpreende ainda o acabamento interno e a longa lista de equipamen-tos e opções inéditas.

Trata-se do primei-ro SUV a diesel abai-xo da barreira simbóli-ca de R$ 100.000 (exatos R$ 99.900) com tração 4x4 não permanente, blo-queio central do diferen-cial, modo virtual de re-duzida e caixa de câmbio automática de nove mar-chas. Suspensão inde-pendente nas quatro ro-das, freio de estaciona-mento elétrico e contro-le de trajetória (ESC) com-põem itens de série. Entre os opcionais se destacam o inédito (entre carros na-cionais) sistema de assis-tência eletrônica para es-tacionar e dois tetos sola-res de compósito de fibra de vidro (o dianteiro, elétri-co) destacáveis para guar-dar no porta-malas.

Em termos de seguran-ça, o Renegade deverá ob-ter nota máxima porque estruturalmente é igual ao produzido na Itália. Aqui pode ter também até se-te bolsas de ar. Apesar de

ALTA RODA

RENEGADE: O ABRE-ALAS

08_09_ALTA RODA_[Fernando Calmon]_v2.indd 8 16/04/2015 19:25:38

Page 9: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 9

FERNANDO CALMON

CONFORME comentado pela Coluna, a consolidação mundial ainda não terminou. Uma possível fusão entre Peugeot Citroën e FCA (Fiat Chrysler Automobiles) era especulada há tempos. O presidente do grupo francês, o português Carlos Tavares, admitiu abertura a negociações logo que superar a fase atual de recuperação financeira.

RENAULT garante: Logan e Sandero continuarão a ser fabricados em São José dos Pinhais (PR). Parte da produção será transferida para a Argentina pela complicada situação cambial e econômica do país vizinho. A marca francesa (ainda) não confirma, mas se dá como certo o compacto de baixo custo, sucessor do Clio, na fábrica paranaense.

SPIN Activ surgiu de pesquisas sobre atratividade do estepe fixado na tampa traseira. Para evitar danos involuntários em outros veículos, em manobras de ré, o sensor de distância é de série. De fato, indispensável no uso cotidiano. Retrovisão fica algo prejudicada e o peso extra do robusto sistema de suporte exige muito do motor de 1,8 L/108 cv, em especial com câmbio automático.

CRISE econômica do País não desanimou a Rolls-Royce. Decidiu importar seu modelo mais em

RODA VIVA

JEEP RENEGADE SPORT: preço parte de R$ 69.900

conta, o Ghost Series II. Há um interessado em pagar R$ 2,9 milhões. Subsidiária da BMW, a centenária marca inglesa oferece duas opções de entre-eixos (3,2 m e 3,46 m). Como cresce agora em todo o mundo, por que não aqui em longo prazo?

MAIS uma prova da descentralização no mercado brasileiro. Em 2004 São Paulo respondia por um terço dos veículos novos vendidos. Uma década depois, em 2014, o Estado representou 26% do total. Tendência é cair para 25% ou menos.

MERCADO em franca recessão diminuiu um pouco a pressa por lançamentos inéditos no segmento de picapes, menos afetado que o de automóveis. Dois fabricantes atrasaram em alguns meses o início de produção. Picape média para uma tonelada da Fiat (ainda sem nome) ficou para outubro e a compacta de quatro portas Renault Oroch para novembro. Vendas, um mês depois.

ATUALIZAÇÕES de estilo,

centradas na parte frontal, deram rejuvenescida no Nissan chamado agora de Novo Versa, a partir de R$ 41.990. Trata-se de sedã anabolizado (ao jeito de Cobalt, Grand Siena e Logan) com espaço no banco traseiro de fato surpreendente. Passa a contar

com o motor de 3 cilindros/1 L/77 cv: vai muito bem no hatch March, mas nem tanto no Versa que é mais pesado por ser maior. Motor de 1,6 L/111 cv supre potência faltante por apenas R$ 1.500 extras.

PORSCHE produziu em 2014 o recorde de quase 200.000 unidades. Crescimento

fantástico, pois há duas décadas vendia apenas 30.000 carros/ano. Natural, portanto, instalação em meados deste ano de uma filial no Brasil em joint venture com o atual importador Stuttgart Sportcar. Este tem feito bom trabalho, porém há necessidade de fôlego financeiro para expansões.

GOVERNO não ampliará valor máximo de R$ 70.000 para retirada de imposto nos automóveis de câmbio automático destinados a pessoas com deficiências motoras. Assim, modelos médios compactos tendem a sair desse mercado. Civic, por exemplo, já está fora. Corolla se mantém no limite, mas com aumentos de custos inevitáveis também sairá. Restarão apenas compactos. n

DIV

ULG

AÇÃO

-FC

A \

MAR

CO

S C

AMAR

GO

08_09_ALTA RODA_[Fernando Calmon]_v2.indd 9 16/04/2015 19:25:40

Page 10: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 10 17/04/2015 10:54:45

Page 11: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 11 17/04/2015 10:54:46

Page 12: Revista Automotive Business - edição 32

12 • AutomotiveBUSINESS

AS NOVIDADES QUE VOCÊ ENCONTRA EM WWW.AUTOMOTIVEBUSINESS.COM.BR

EXCLUSIVO REDES SOCIAISQUEM É QUEMA ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/quemquem.aspx

ESTATÍSTICASAcompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor.automotivebusiness.com.br/estatisticas.aspx

LINKEDIN – Notícias, análises e a programação da ABTV agora são postadas diariamente na plataforma profissional.

TWITTER – Siga o Portal AB na rede social e veja os links e novidades postados pela nossa equipe. @automotiveb

PINTEREST – Acompanhe os painéis com as principais novidades do Portal, Revista e AB webTV.pinterest.com/automotiveb

MOBILE WEBSITE Formato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet.m.automotivebusiness.com.br

WEB TV

VENDAS DE VEÍCULOS IMPORTADOS PATINAMO segmento de veículos importados ampliou em 19,9% as vendas

em março na comparação com fevereiro, ao emplacar pouco mais de 6,9 mil unidades, segundo dados da Abeifa, associação dos importadores e fabricantes de veículos. Ainda assim, o primeiro trimestre de 2015 registrou queda de 21,8% na comparação ao mesmo período de 2014.

PORTAL | AUTOMOTIVE BUSINESS

NOTICIÁRIOENTREVISTA90 SEGUNDOS

www.automotivebusiness.com.br/abtv

COBERTURA COMPLETA DO VI FÓRUMMaior encontro de líderes do setor automotivo, o VI Fórum da Indústria

Automobilística reuniu 861 profissionais no dia 6 de abril. A cobertura completa do evento, com reportagens e entrevistas em vídeo, está no ar no Portal AB. Confira.

GOODYEAR COMEÇA A VENDER NOVA LINHA DE PNEUSA Goodyear passa a oferecer em sua rede a

linha de pneus EfficientGrip SUV, voltada a utilitários esportivos e picapes. Haverá ao todo 12 medidas, a ser lançadas até agosto. A primeira delas, 205/60 R16, já é equipamento de série do novo Peugeot 2008. A produção ocorre em Americana (SP).

LUIS CARLOS PIMENTA, presidente da Volvo Bus para a América Latina,

comemora o segundo melhor ano da companhia na região

Confira em um minuto e meio a opinião de executivos da indústria

automotiva sobre o cenário para os negócios em 2015

BALANÇO SEMANAL Um resumo dos acontecimentos mais importantes

do setor automotivo

12_PORTAL-AB.indd 12 16/04/2015 20:05:27

Page 13: Revista Automotive Business - edição 32

INSCREVA-SE JÁ!Tel. 11 5095-8888 www.automotivebusiness.com.br

PATROCÍNIO MASTER PATROCÍNIO APOIO

ASSESSORIA DE IMPRENSA

PROGRAMAA Retomada dos NegóciosLuiz Moan Yabiku Junior, Presidente da Anfavea Forecast para a Indústria AutomobilísticaProjeções para o mercado de leves e pesados O Desempenho do Setor de AutopeçasOs novos cenários para as empresas de autopeças Competitividade em AutopeçasConvidadas: empresas de autopeças A Evolução da Cadeia de SuprimentosConvidados: diretores de compras de montadoras

Insights para o Planejamento 2016Análise conjuntural. O clima político e macroeconômico Cenários para a EconomiaAs previsões para a economia e os desafios do crescimento O Ponto de Vista dos PesadosA recuperação da indústria de caminhões e ônibus A Equação do Planejamento para as Empresas do Setor AutomotivoLetícia Costa, Sócia-Diretora, Prada Assessoria

ANUNCIO2.indd 1 22/04/2015 16:53:03

Page 14: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 14 17/04/2015 11:56:27

Page 15: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 15 17/04/2015 11:56:28

Page 16: Revista Automotive Business - edição 32

CARREIRA

AUTOMOTIVE BUSINESS – Por que decidiu deixar a Mini na Argentina para vir comandá-la no Brasil?JULIAN NEGRI: Tive a possibilidade de mudar após mais de 10 anos na Argentina e de ter passado pelo comando da Mini e na BMW Motorrad. Vejo o Brasil como um mercado com muito potencial e o mais importante da América do Sul.

AB – Quais são seus desafios ao assumir uma marca premium no mercado em retração?JN– Estou chegando da Argentina, que apresenta restrições ainda maiores, com problemas de câmbio e importações. Não há nenhuma grande barreira para a

Mini no Brasil e seguiremos com nossos planos de expansão da rede. Pretendemos manter os bons resultados de 2014.

AB – E suas perspectivas para o futuro?JN – A Mini é um sucesso no Brasil e apresentou bom crescimento nos últimos anos, alcançando recordes. Para curto e médio prazos queremos incrementar o portfólio, aumentar o número de concessionárias e ganhar market share. O segmento premium é o menos afetado em turbulências como a atual e consegue se blindar. Assim, focaremos esforços em aumentar nossa visibilidade. n

JORGE PORTUGAL (foto 1) é o novo vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen no Brasil. O executivo argentino de 49 anos substitui Ralf-Jochen Berckhan, que retorna à Alemanha por motivos pessoais.

O presidente da Renault do Brasil, OLIVIER MURGUET (foto 2), assume o cargo de vice-presidente sênior e presidente do conselho da região Américas, no lugar de Denis Barbier, que retorna para a França em novas funções.

A Volvo Cars Brasil tem como novo diretor de marketing e relações públicas LEANDRO TEIXEIRA (foto 3), que já atuou na área em empresas como Unilever, Pepsico e Ambev.

RICARDO BARION (foto 4) foi contratado pela Iveco como novo diretor de marketing no lugar de Christian Gonzalez, que foi designado diretor de marketing da Case IH.

CARLOS SANTIAGO (foto 5) é o novo diretor de produção de caminhões da Mercedes-Benz no Brasil. O executivo responderá pelas fábricas de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). Seu antecessor, André Luiz Moreira, deixa a empresa após dez anos.

A Dana contrata EDUARDO BUCHAIM (foto 6) como diretor de vendas de produtos para veículos comerciais na América do Sul. Ele já trabalhou em empresas como SKF, Plásticos Mueller e Dayco.

EXECUTIVOS

OS DESAFIOS DE JULIAN NEGRI NA MINI BRASIL

O executivo assumiu em 2015 a diretoria da Mini no mercado

nacional após atuar pela marca por 11 anos na Argentina. Com experiência em outras empresas do Grupo BMW, ele conta os desafios que terá no Brasil diante do setor em retração.

16_CARREIRAS.indd 16 16/04/2015 20:39:42

Page 17: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 17 18/04/2015 08:28:23

Page 18: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Job: 2015-Chrysler-Abril -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 34657-014-ChryslerFCA-AF-Jeep-FabricaBrasil-41x27.5_pag001.pdfRegistro: 165773 -- Data: 11:34:14 17/04/2015_Anuncio_Fechamento.indd 18 17/04/2015 23:33:49

Page 19: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Job: 2015-Chrysler-Abril -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 34657-014-ChryslerFCA-AF-Jeep-FabricaBrasil-41x27.5_pag001.pdfRegistro: 165773 -- Data: 11:34:14 17/04/2015

_Anuncio_Fechamento.indd 19 17/04/2015 23:33:50

Page 20: Revista Automotive Business - edição 32

20 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

Crise é algo que passa longe do setor automotivo

PONTO DE VISTA

Depois de 16 meses de trabalho, a Honda terminou a construção civil de sua nova fábrica em Itirapina (SP), que tem inauguração prevista para o fim de

2015. A planta, segunda da companhia no Brasil para automóveis, produzirá o Fit. A unidade recebe investimento de R$ 1 bilhão e dobrará o potencial produtivo da montadora no Brasil para 240 mil carros por ano.

LIDERANÇA

DIV

ULG

AÇÃO

\ R

ENAU

LTG

ROUP

DIV

ULG

AÇÃO

\ H

ON

DA

ARMANDO MONTEIRO, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em declaração otimista justificada por ele pelo tamanho e potencial do mercado interno

O franco-brasileiro Carlos Ghosn,

CEO mundial da Renault, teve seus ganhos anuais reajustados para US$ 7,8 milhões. O valor é mais que o dobro do registrado em 2013, de US$ 2,9 milhões. O montante inclui salário-base anual (este inalterado) de US$ 1,33 milhão mais bônus e remunerações de ações. O pacote foi aprovado pelo conselho de administração. A montadora afirma que o aumento no salário do CEO está relacionado à melhoria do desempenho da fabricante no ano passado. Em 2014 houve aumento de três vezes no lucro anual, indo a US$ 2 bilhões.

CARLOS GHOSN TEM SALÁRIO REAJUSTADO

NOVA UNIDADE

HONDA CONCLUI CONSTRUÇÃO EM ITIRAPINA (SP)

PROJEÇÃO

Diante da forte contração das vendas, a Anfavea decidiu revisar as expectativas para 2015. A companhia, que em janeiro anunciou que o mercado se manteria estável

na comparação com 2014, espera agora queda de 13,2% nos emplacamentos, para pouco mais de 3 milhões de veículos. A maior contração deve acontecer no segmento de pesados, com redução de 31,5%, para 113 mil caminhões e ônibus. A expectativa para a produção também ficou bem menor. As fábricas brasileiras deverão reduzir em 10% o ritmo, para 2,83 milhões de unidades. Será a primeira vez desde 2007 que o nível de produção ficará abaixo dos 3 milhões de veículos.

A única variação positiva deve acontecer nas exportações. Por enquanto a Anfavea trabalha com a expectativa de que os volumes cresçam 1,1% e alcancem 338 mil veículos. Ainda assim, a entidade pretende revisar para cima esta expectativa por causa da renegociação de acordos automotivos importantes, como o com o México e, em breve, o com a Argentina.

VENDAS DEVEM DIMINUIR 13,2% EM 2015

20-32_NEGOCIOS.indd 20 16/04/2015 21:04:14

Page 21: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 21 17/04/2015 23:35:28

Page 22: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 22183-059 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 22183-059-RENAULT-INST-AN--REV-AutoBusiness-41x27.5_pag001.pdfRegistro: 166038 -- Data: 16:47:35 22/04/2015

duplarenault.indd 2 23/04/2015 10:09:06

Page 23: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 22183-059 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 22183-059-RENAULT-INST-AN--REV-AutoBusiness-41x27.5_pag001.pdfRegistro: 166038 -- Data: 16:47:35 22/04/2015

duplarenault.indd 3 23/04/2015 10:09:06

Page 24: Revista Automotive Business - edição 32

NEGÓCIOS

24 • AutomotiveBUSINESS

No último mês de março a JAC Motors comemorou quatro

anos desde o dia em que abriu as portas de suas 50 primeiras concessionárias simultaneamente. A data foi completada em momento difícil para a companhia, que ainda espera financiamento de R$ 120 milhões aprovado pela Desenbahia para começar a construção de sua fábrica em Camaçari (BA). Com o atraso da planta local, as vendas também patinam. Em 2011, ano de sua estreia no mercado nacional, a marca chinesa vendeu 23,7 mil carros. Em 2014 o volume de emplacamentos caiu para apenas 7,9 mil.

ANIVERSÁRIO

JAC COMPLETA 4 ANOS NO BRASIL

CADEIA PRODUTIVA

BORGHETTI MANTÉM OTIMISMO PARA 2015

Gerson Ribeiro, gerente comercial e de marketing da Borghetti Turbos, empresa de capital nacional

de São Marcos (RS) especializada em turbos e conhecida pela marca Master Power, não compartilha do pessimismo de grande parte das empresas de autopeças. Com um portfólio voltado em 95% para o segmento de reposição, ele tem a expectativa de repetir em 2015 o volume de vendas obtido em 2014, da ordem de 10 mil a 12 mil equipamentos por mês, o que garante uma participação expressiva no setor, que tem a presença de BorgWarner, Garrett, Mahle e Holset, entre outros concorrentes. “Haverá algum sacrifício da rentabilidade”, reconhece, lembrando no entanto que as exportações estão sendo favorecidas pela desvalorização do real. As vendas ao exterior representam 35% da produção da Master Power, que atende clientes em mais de cinquenta países.

Com foco na criação de seu 12o centro de pes-

quisa e desenvolvimento no mundo, a Arcelor Mittal inves-tirá US$ 20 milhões no Brasil até 2019. O empreendimento será instalado no comple-xo da companhia em Vitória (ES). O objetivo é alcançar ali inovações em aço para a indústria automotiva, energia, construção civil, máquinas e linha branca.

INVESTIMENTO

ARCELOR MITTAL APLICA US$ 20 MILHÕES EM PESQUISA

VALD

IR B

EN

STU

DIO

CER

RI \

JAC

MO

TORS

\ D

IVU

LGAÇ

ÃO

20-32_NEGOCIOS.indd 24 16/04/2015 21:05:53

Page 25: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

ECONOMIA E EFICIÊNCIA PARA CHEGAR MAIS LONGE.

Saiba mais em www.vmetais.com.br

A Votorantim Metais CBA é uma das maiores produtoras

de alumínio da América Latina, com ampla participação em

diversos segmentos, sendo grande parceira no fornecimento

para o mercado automotivo: de caminhões e estruturas de

ônibus a rodas, folhas para trocadores de calor e juntas

de vedação. A qualidade, a leveza e a durabilidade do nosso

alumínio garantem maior economia, desempenho e eficiência a

veículos de todos os portes em todo o continente americano.

CBA1656100_Metais_An_Sabo_210x297mm_PORT.indd 1 1/22/15 12:12 PM

_Anuncio_Fechamento.indd 25 17/04/2015 23:54:41

Page 26: Revista Automotive Business - edição 32

26 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

MOTORES

CUMMINS ESPERA QUEDA NA PRODUÇÃO EM 2015

A Cummins tem expectativas pouco animadoras para os negócios este ano. A companhia espera queda

de 16,8% na produção de propulsores em sua fábrica em Guarulhos (SP), para 45 mil unidades. O executivo admite que o mercado brasileiro decepcionou no início de 2015. Diante do enfraquecimento do mercado, a utilização da capacidade instalada na fábrica de motores brasileira da companhia está em apenas 40%. “Infelizmente, não temos clareza de que haverá recuperação em breve. Mas mantemos a esperança: pior do que está não dá para ficar”, avalia Luiz Afonso Pasquotto, presidente da companhia para a América do Sul. (Giovanna Riato)

SÃO BERNARDO REBORN

TOYOTA CONCLUI APORTE DE R$ 19 MILHÕESA Toyota concluiu fase inicial do projeto São Bernardo

Reborn, para revitalização da fábrica de São Bernar-do do Campo (SP). Foram investidos R$ 19 milhões nas mudanças. A unidade do ABC foi a primeira da Toyota fora do Japão e iniciou as operações em 1962. O projeto

inclui a implantação do terceiro turno no setor de forjaria, que passará a produzir bielas e virabrequins para abaste-cer a futura planta de Porto Feliz (SP), cuja inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2016. Lá serão fabricados os motores 1.3 e 1.5 do Etios.

DIV

ULG

AÇÃO

\ T

OYO

TA

DIV

ULG

AÇÃO

\ C

UM

MIN

S

20-32_NEGOCIOS.indd 26 16/04/2015 21:06:27

Page 27: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:51:34

Page 28: Revista Automotive Business - edição 32

28 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

UTILITÁRIO

RENAULT, NISSAN E MERCEDES-BENZ FARÃO PICAPE JUNTAS

LANÇAMENTO

MERCEDES TRAZ NOVAS VERSÕES DO MODELO GLAA Mercedes-Benz ampliou a lista de versões do

pequeno utilitário esportivo GLA, que com isso passará de 22% para 35% do mix de vendas da marca no Brasil. A principal novidade está no motor 2.0 a gasolina de 211 cavalos instalado nos GLA 250 Vision e Sport, que têm preços sugeridos de R$ 171,9 mil e R$ 189,9 mil. Outro destaque é a nova opção GLA 200 Style, que se tornou a versão de entrada. Tem tabela de R$ 128,9 mil.

Além da Classe C, o GLA também será montado em Itirapina (SP) a partir de 2016. Ao contrário do que ocorre com a divisão de caminhões e chassis para ônibus da marca, que teve queda de 55% no primeiro trimestre, a área de automóveis vive um grande período: “Batemos nosso recorde em março em vendas no atacado, com 1.953 carros repassados às concessionárias”, comemora o gerente de vendas e marketing Dirlei Dias. (Mário Curcio)

MAL

AGRI

NE

AUTOPEÇAS

SINDIPEÇAS PREVÊ ANO DIFÍCILNeste ano devem se agravar ainda mais os proble-

mas enfrentados pela cadeia de autopeças insta-lada no Brasil. A expectativa é do Sindipeças, entidade que representa o setor e revisou para baixo a projeção de faturamento de seus 500 associados. A previsão é que as receitas alcancem R$ 67,9 bilhões em 2015, montante 11,5% menor do que o registrado no ano passado. A volta do crescimento deve acontecer ape-nas em 2016, quando a expectativa é de alta de 4,2% no faturamento, para R$ 70,8 bilhões.

A previsão feita para 2015 inclui aumento da importância das exportações, que devem representar 11,8% das receitas. No ano passado essa participação era de 9,5%. O déficit da balança comercial tende a ficar menor, da ordem de US$ 7,23 bilhões contra o saldo negativo de US$ 9 bilhões do ano passado. O investimento estimado para o setor também será afetado. Está previsto aporte de US$ 830 milhões pelas empresas do segmento em 2015, o menor valor dos últimos cinco anos.

SETOR DE AUTOPEÇAS PROJEÇÕES 2015Faturamento de R$ 67,9 bilhões (-11,5%)

VENDAS ÀS MONTADORAS R$ 43,4 bilhões

REPOSIÇÃO R$ 13 bilhõesEXPORTAÇÕES R$ 8,55 bilhõesBALANÇA COMERCIAL - US$ 7,23 bilhõesINVESTIMENTO US$ 830 milhões

EMPREGOS 177,2 mil (- 9%)Fonte: Sindipeças

Anúncio oficial do governo argentino aponta que a Nissan terá fábrica própria no país, dentro do complexo de Santa Isabel, da sócia Renault, em Córdoba. O plano é produzir picapes médias de uma tonelada de três

marcas sobre uma mesma plataforma. A Nissan é a primeira delas, que fornecerá a base da Frontier aos outros dois sócios no empreendimento: Renault e Mercedes-Benz - que em 2010 firmou um acordo de parceria com a aliança franco-nipônica. O investimento inicial é de US$ 600 milhões.

20-32_NEGOCIOS.indd 28 16/04/2015 21:07:19

Page 29: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 29

CAMINHÕES

O tombo das vendas de caminhões no primeiro trimestre de 2015 teve impacto mais forte em algumas fabricantes do que em outras. Mesmo diante da contração de 36,1% do mercado total, para 19,3 mil

unidades entre janeiro e março, a Ford abocanhou expressivos 6 pontos porcentuais de market share na comparação entre os primeiros trimestres de 2014 e 2015. A maior presença nos segmentos de semileves e de leves foi a grande responsável pelo bom resultado da marca. Outra empresa que alcançou bons resultados mesmo no mercado adverso foi a MAN. Depois de ter sua liderança ameaçada em 2014 pela expansão dos negócios da Mercedes-Benz, a companhia abocanhou 2 pontos porcentuais de participação de mercado no primeiro trimestre de 2015 e respondeu por 29,5% do total de caminhões vendidos no Brasil.

FORD E MAN FORTALECEM PRESENÇA

INVESTIMENTO

PPG INAUGURA FÁBRICA DE E-COAT EM SUMARÉ

A fabricante de tintas PPG inaugurou em Sumaré (SP) uma unidade dedicada à produção de

e-coat, base anticorrosiva aplicada em automóveis e vários outros produtos industrializados. Com 65 mil metros quadrados, a nova área é a sexta dentro de um complexo de 500 mil metros quadrados. Consumiu R$ 100 milhões e irá substituir importações do México e da Espanha.

“Além da indústria automotiva, forneceremos para o setor industrial, que inclui máquinas agrícolas e de construção como Case, John Deere e Caterpillar... Enfim, todos os fabricantes desse segmento são nossos clientes”, afirma o diretor-geral da PPG, Carlos Santa Cruz. A produção vai suprir o mercado local e a Argentina. Nos últimos três anos, a PPG investiu R$ 200 milhões no Brasil, que é a segunda maior operação da empresa na América Latina, atrás somente do México. (Mário Curcio)

FÁBRICA

CATALISADORES BASF FAZEM 15 ANOS EM INDAIATUBA

A Basf comemorou 15 anos de sua fábrica de catalisadores em Indaiatuba (SP). A unidade

começou com duas linhas de produção e tem cinco atualmente. O número de trabalhadores passou de 20 para 100. Do ano 2000 para cá foram produzidos mais de 14 milhões de catalisadores. A planta teve importante ampliação em 2008 na seção de produtos para veículos a gasolina e flex. Houve outra em 2010, quando surgiu uma nova área para componentes da linha diesel.

Como ocorre com o segmento automotivo, a unidade vive o período de retração: “Estamos usando cerca de 60% de nossa capacidade produtiva”, afirma o vice-presidente sênior para a América do Sul, Antônio Lacerda. “Estamos trabalhando com a premissa de que nosso mercado voltará a crescer. Pode levar 12, 18 ou 24 meses, mas o crescimento da produção será retomado”, conclui. (Mário Curcio)

DIV

ULG

AÇÃO

\ B

ASF

MÁR

IO C

URC

IO

20-32_NEGOCIOS.indd 29 18/04/2015 10:42:26

Page 30: Revista Automotive Business - edição 32

30 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

ZERO EMISSÃO

BYD CONCLUI TESTES DE ÔNIBUS ELÉTRICO NA COLÔMBIA

A BYD, empresa chinesa especializada em veículos elétricos, conclui os testes de um ônibus elétri-

co em Medelín, na Colômbia, por meio do programa que prevê a introdução de tecnologia limpa no mu-nicípio. As avaliações foram feitas em parceria com a operadora de ônibus Mega Plus e a empresa de energia EPM. Até o momento, os veículos elétricos da BYD são utilizados em mais de 110 cidades em 35 países por todo o mundo. No Brasil, a empresa man-tém intenção de construir fábrica para a produção de ônibus elétricos e baterias.

PARQUE DE SOROCABA

SCANIA E POLI-USP INAUGURAM CENTRO DE P&D

A Scania inaugurou em abril laboratório de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em parceria com a Escola

Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). O empreendimento fica no Parque Tecnológico de Sorocaba, no interior de São Paulo. A cooperação entre a companhia e a instituição foi firmada em 2013 e conta com investimento de R$ 6 milhões da montadora, o maior já feito pela companhia na área de pesquisa no Brasil. Parte deste montante foi destinada à construção do centro de P&D.

O objetivo da cooperação é estudar o fluxo de ar em motores diesel e buscar redução de consumo de combustível e, consequentemente, da emissão de poluentes. A Scania não detalha em qual veículo a novidade pode ser implementada quando o programa for concluído, mas garante que a intenção é colocar em uso assim que possível. “A tecnologia poderá ser aplicada em qualquer tipo de motor, tanto Euro 5 quando Euro 6. O que descobrirmos será implementado globalmente”, explica o presidente da companhia para a América Latina, Per Olov Svedlund.

Além de realizar o aporte em P&D, a companhia concluiu investimento de R$ 96 milhões em um novo prédio de montagem e pintura de cabines com alto grau de automação no complexo industrial de São Bernardo do Campo (SP). Com 8 mil metros quadrados, a estrutura é inspirada nas linhas da montadora na Suécia e na Holanda. (Giovanna Riato)

DIV

ULG

AÇÃO

- SC

ANIA

\ E

MER

SON

FER

RAZ

FUSÃO

A maior empresa química da China, a ChemChina, anun-ciou a compra da Pirelli em um negócio acordado em

t 7,1 bilhões entre a empresa e a fabricante de pneus italia-na. A transação é a maior compra de uma empresa italiana por outra de origem chinesa, mas ainda está sujeita às apro-vações das autoridades reguladoras de mercado.

PIRELLI SERÁ COMPRADA POR GRUPO CHINÊS

20-32_NEGOCIOS.indd 30 16/04/2015 21:07:58

Page 31: Revista Automotive Business - edição 32

BALANÇO

LOCADORAS DOBRARAM FATURAMENTO EM 2014A Abla, Associação Brasileira

das Locadoras de Automóveis, calcula que o setor mais do que dobrou o faturamento no ano passado, indo para R$ 14,72 bilhões. A frota atual em circulação no setor é de 733 mil veículos, sendo que 60% são carros 1.0. Segundo o diretor de relações institucionais da Abla, Paulo Gaba Jr., as empresas do segmento têm 25,9 milhões de usuários no País. A associação indica que o Gol, da Volkswagen, foi o modelo mais procurado pelos frotistas no ano passado. (Victor François)

Após registrar queda nas vendas no primeiro bimestre, o segmen-

to de veículos usados voltou a cres-cer: os negócios subiram 2,2% no acumulado dos três primeiros meses do ano quando comparados com igual período do ano passado, para 2,41 milhões de unidades, segundo dados divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações das concessionárias.

MERCADO DE USADOS RETOMA CRESCIMENTO

REVENDA

WAG

NER

MAL

AGRI

NE

www.balluff.com.brBahia (71) 3040.1663Espírito Santo (27) 3441.0024Minas Gerais (31) 3508.8368

Paraná (41) 3513.3700Pernambuco (71) 3040.1663Rio de Janeiro (21) 3512.0095

Rio Grande do Sul (51) 3361.2497São Paulo Capital (11) 2394-2203São Paulo Interior (19) 3876.9999

Conceito chave em programas como INOVAR AUTO e Lean Manufacturing, a rastreabilidade é hoje tema central nos projetos de melhoria nos processos fabris da indústria automotiva.

A Balluff fornece sistemas de Rastreabilidade Industrial para as principais autopeças e montadoras no Brasil e no Mundo. Uma gama de produtos concebida e aprimorada dentro de mercado automotivo que incluí Sensores de Visão e uma extensa linha de RFID, garantindo velocidade, confi abilidade, fl exibilidade, qualida-de e economia ao processo de fabricação.

RASTREABILIDADE EMPROCESSOS INDUSTRIAIS

20-32_NEGOCIOS.indd 31 17/04/2015 23:41:24

Page 32: Revista Automotive Business - edição 32

32 • AutomotiveBUSINESS

RECONHECIMENTO

MAHLE E SANDVIK FICARAM COM O PRÊMIOMELHOR DOS MELHORES DE 2014

CUMMINS DESTACA FORNECEDORES

A III Conferência Nacional de Fornecedores Cummins re-alizada no Hotel Marriot, em

Guarulhos (SP), reuniu as unidades de negócios dos segmentos de mo-tores Diesel, componentes e grupos geradores. O objetivo do evento foi compartilhar com os parceiros da ca-deia de suprimentos as iniciativas da empresa e as perspectivas para o fu-turo. Foram também homenageados e premiados na ocasião os melhores fornecedores de 2014.

Com a presença de Luis Afonso Pasquotto, presidente da compa-nhia para a América do Sul e vice--presidente da Cummins Inc., e Tim Millwood, líder global de compras da Cummins Inc., o encontro destacou o papel fundamental da base de su-primentos para o desenvolvimento da organização.

As premiações foram divididas em

três categorias: Prêmios Corporati-vos, Prêmios por Unidade de Negó-cio e Melhor dos Melhores entre os fornecedores diretos e indiretos. A categoria Prêmios Corporativos re-conheceu quatro empresas que se destacaram em Desenvolvimento de Novos Produtos; Transformação na Cadeia de Suprimentos; Seis Sigma e Diversidade.

O fornecedor do ano em De-senvolvimento de Novos Produtos foi a Metalúrgica Riosulense, que se distinguiu no programa de lan-çamentos da Cummins. A Santos Brasil Participações sobressaiu-se no processo de melhorias no su-pply chain, ficando com o prêmio corporativo Transformação na Ca-deia de Suprimentos.

O parceiro que melhor desen-volveu a metodologia Seis Sigma e realizou projetos de destaque junto

RECONHECIMENTO ocorreu durante o encontro da cadeia de suprimentos

à Cummins foi a Voss, que obte-ve o prêmio pertinente. A Emaus, fornecedora do ano em Diversida-de, destacou-se entre as micro e pequenas empresas, empresas de propriedade de mulheres, filantró-picas e aquelas cujos proprietários são portadores de necessidade e habilidade especiais.

Já as premiações por Unidades de Negócio elegeram os fornecedores do ano para a Unidade de Motores, Geradores e Componentes, que en-volve Cummins Filtration, Cummins Turbo Technologies e Cummins Emission Solutions. A Mahle Mogi, Inescap e Johnson Matthey foram apontadas as Melhores do Ano em Motores, Geradores e Componentes.

Os prêmios da categoria Melhor dos Melhores destinados aos fornecedores diretos e indiretos ficaram com a Mahle e Sandvik, respectivamente.

32_PREMIO_[CUMMINS].indd 32 18/04/2015 10:53:25

Page 33: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

da agricultura de precisÃo para o mundo conectado e mÓvel.

A Stara, fabricante de máquinas e equipamentos para a agroindústria, migrou para o Enterprise Resource Planning (ERP) da SAP, integrou suas bases de informações e minerou mais de 20 anos de dados legados para construir um sistema sólido de gestão, que acelera a tomada de decisões de horas para minutos. Com o backoffice em ordem, a companhia investiu em mobilidade, com um aplicativo para tablet que, conectado à internet, acelera o atendimento e suporte ao cliente de dias em horas. Tudo isso com o apoio da T-Systems.

www.t-systems.com.br

Isso é #ZeroDistance

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

anuncio_abr_t-systems.pdf 06/04/2015 13:31:54

_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:57:16

Page 34: Revista Automotive Business - edição 32

34 • AutomotiveBUSINESS

PREMIAÇÃO

A Hyundai realizou a segunda edição do Prêmio Fornecedo-res do Ano no Brasil com a

premiação dos melhores parceiros de 2014 durante seminário que a mon-tadora promoveu em 26 de fevereiro no complexo industrial de Piracicaba (SP), sede da marca coreana no País e onde é montada a família HB20.

Com base no conceito QCDM (Qualidade, Competitividade, En-trega e Gerenciamento), a empresa avaliou e escolheu os melhores for-necedores em sete categorias, com o objetivo de estimular a obtenção de melhores resultados.

“A Hyundai não mede esforços pa-ra cultivar uma relação comercial de parceria e reciprocidade, estimulando a busca de maior eficiência a todo o momento, tanto em qualidade como em baixo custo. O desempenho de nossa cadeia de suprimentos é fun-damental para a competitividade da própria Hyundai”, enfatizou William Lee, presidente da Hyundai Motor Brasil, durante o evento. O executi-vo também ressaltou que todas as iniciativas para a nacionalização de componentes em conformidade com o Inovar-Auto serão sempre estimu-ladas e valorizadas pela montadora.

MAXION, A MELHORO destaque da premiação foi pa-ra a Maxion Wheels, fabricante de rodas automotivas, que venceu co-mo melhor fornecedora por atingir

MAXION WHEELS RECEBEU TROFÉU DE DESTAQUE COMO EMPRESA DO ANO

a maior pontuação na maioria das sete categorias, com desempenho superior em qualidade, entrega e gestão de negócios.

A parceria entre Maxion Wheels e Hyundai teve início em meados de 2012, com a produção das rodas de aço e alumínio para atender a demanda do modelo HB20. Des-de então a aproximação avançou e hoje quatro modelos de alumínio e outros dois de rodas de aço são produzidos para equipar veículos da montadora.

“Os veículos da marca Hyundai tor-naram-se desejo de consumo do bra-sileiro, que se encantou com o design arrojado e moderno proposto pela fabricante coreana”, afirma Valter Sa-les, diretor de vendas e marketing da Maxion Wheels, manifestando orgu-lho pelo destaque recebido, com base nos produtos e serviços das plantas de Limeira, Guarulhos e Santo André. “A premiação sinaliza que a cultura pela melhoria contínua e busca pela competitividade em rodas é nosso grande legado”, observa.

H Melhor Fornecedor Geral: MAXION WHEELS (rodas) H Qualidade: MAHLE METAL LEVE (filtros) H Competitividade: DONGWON BRASIL

(molduras de portas e janelas)H Entrega: PIRELLI (pneus) H Gestão do Negócio: GRUPO ANTOLIN TRIMTEC

(revestimentos internos)

H Excelência em Compras: AXALTA COATING

SYSTEMS (sistemas de pintura)

H Excelência em Serviços Aduaneiros: ECOPORTO

(logística portuária)

H Excelência em Serviços de Integração Industrial:

GRUPO JSL (logística)

HYUNDAI ELEGE MELHORES PARCEIROS

VENCEDORAS DO PRÊMIO FORNECEDORES DO ANO HYUNDAI

VALTER SALES, da Maxion Wheels (no centro), levou o prêmio de melhor fornecedor

34_PREMIO_[HYUNDAI].indd 34 18/04/2015 10:54:08

Page 35: Revista Automotive Business - edição 32

maxionhyundai.indd 1 22/04/2015 16:18:41

Page 36: Revista Automotive Business - edição 32

PREMIAÇÃO | HONDA

MONTADORA PREMIA MELHORES FORNECEDORES

A Honda premiou seus melho-res parceiros da cadeia de su-primento pelo desempenho

apresentado durante 2014. O reco-nhecimento ocorreu durante o 17o Encontro com Fornecedores, realizado dia 7 de abril no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Automóveis da empresa, em Sumaré (SP). A entrega dos prêmios foi conduzida por Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America, e Roberto Akiyama, vice-pre-sidente da Honda Automóveis.

NOVO HR-VA Honda aproveitou o encontro com os representantes de seus parceiros de negócios para agradecer o empenho de todos os envolvidos no projeto de desenvolvimento do HR-V, novo SUV da marca lançado em 20 de março no Brasil. O HR-V, que faz parte da nova safra de SUVs compactos que come-çam a ser fabricados no Brasil este ano, é o quarto modelo a ser montado pela

26 EMPRESAS SÃO DESTAQUE E RECEBEM TROFÉU EM SETE CATEGORIAS

Honda no Brasil, na planta de Sumaré (SP). O veículo aproveita muitos com-ponentes dos outros modelos brasilei-ros da marca japonesa, como a base mecânica do Fit/City, o motor 1.8 do Civic e a transmissão automática CVT.

Segundo Mizoguchi, o HR-V chega com cerca de 60% de nacionalização e muitas peças foram reprojetadas para melhor adaptação à realidade brasileira (leia matéria a respeito nas páginas 46 e 47 desta edição).

CATEGORIASComo destaque na reunião com os fornecedores a montadora pre-miou 26 empresas por sua exce-lência em sete categorias distintas: Desenvolvimento de novos pro-dutos, Qualidade, Atendimento, Atendimento à divisão de autope-ças, Custos, Desenvolvimento no projeto de nacionalização BR100 e Programa de redução de CO2 e Sustentabilidade.

EMPRESAS PREMIADAS ITAESBRA INDÚSTRIA

MECÂNICA

NITTO DENKO

NTN-SNR

JSP

BS (BRIDGESTONE)

YACHIYO

ALPINE

YUTAKA

MAXION WHEELS

BLEISTAHL

BASF CATALISADORES

NGK

MITSUBA

WEIDPLAS

AXALTA

YAZAKI

STANLEY

SUMIDENSO

G-KTB

SAINT GOBAIN

MICHELIN

TS TECH

PANASONIC BUDAI

36 • AutomotiveBUSINESS

36_PREMIO_HONDA.indd 36 18/04/2015 10:52:58

Page 37: Revista Automotive Business - edição 32

maxionhonda.indd 1 22/04/2015 16:08:06

Page 38: Revista Automotive Business - edição 32

38 • AutomotiveBUSINESS

NA AUTOMEC, PROJEÇÃO FOI DE CRESCIMENTO DO PÓS-VENDA NOS NEGÓCIOS

PEDRO KUTNEY

REPOSIÇÃOREAGE AO TOMBO DOZERO-QUILÔMETRO

A julgar pela exuberância da 12a Automec, que de 7 a 11 de abril reuniu 1,2 mil marcas nacionais e in-ternacionais de autopeças que ocuparam com seus

estandes 78 mil metros quadrados do Anhembi, em São Paulo, o cenário é de expansão dos negócios no mercado de reposição automotiva, capaz de compensar ao menos em parte a retração profunda das compras das montado-ras de veículos este ano. “O aftermarket vai revigorar sua força com a expansão da frota brasileira, que hoje já atin-ge 45 milhões de veículos. Se não vamos comprar carros novos, vamos ter de consertar o que temos e isso aquece o segmento”, afirmou durante a cerimônia de abertura do evento Paulo Butori, presidente do Sindipeças, entidade que agrega cerca de 500 fabricantes de autopeças no País.

Com o recuo nas vendas de veículos zero-quilômetro

e a consequente queda nas vendas de componentes às montadoras, o mercado de reposição ganha importância crescente nas receitas das fábricas de autopeças. “Até o fim dos anos 1990 a reposição representava cerca de 20% do faturamento das empresas do setor, mas nos anos 2000 esse porcentual caiu para menos de 15%. Nos últimos dois anos o aftermarket voltou a ganhar relevância e deve passar dos 20% outra vez nos próximos anos”, compara Butori.

Segundo o mais recente levantamento do Sindipeças, de 2013 para 2014 a reposição passou de 14,5% (porcentual que ficou quase inalterado desde 2010) para 17% do fatu-ramento das empresas associadas. A projeção da entidade é que esse índice chegue a 19,2% já em 2015 e se repi-ta em 2016. Um estudo encomendado pelo Sindipeças à consultoria Roland Berger revela que as vendas de todos os

FOTO

S: M

ARC

IO S

HAF

FER

AFTERMARKET

38-40_[AUTOMEC].indd 38 16/04/2015 21:28:15

Page 39: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 39

fabricantes de peças ao pós-venda de veículos totalizaram R$ 23,1 bilhões em 2014 e até 2020 a perspectiva é de R$ 30 bilhões. Somando toda a cadeia, incluindo distribuidores ataca-distas e varejistas, o giro financeiro do segmento somou R$ 104 bilhões no ano passado – o número é similar aos R$ 106 bilhões computados por um estudo do Instituto Brasileiro de Pla-nejamento Tributário.

EXPECTATIVA Segundo o estudo da Roland Berger, a frota brasileira deve crescer ao ritmo de 3% ao ano, mas a fatia de veículos com 3 a 15 anos de uso, a parte mais relevante para o aftermarket, cresce em ritmo mais rápido, de 5,6% por ano. “Se o mercado de veículos novos recuar 200 mil ou 300 mil unidades este ano, a maioria desses carros que deixaram de ser vendidos representa um usado que ficou com o consumi-dor e vai precisar de mais manuten-ção, puxando as vendas de peças de reposição”, avalia Butori.

Para ele, como a maioria dos mer-cados sul-americanos também passa

pela mesma situação de queda nas vendas de veículos novos, as exporta-ções de peças para reposição devem crescer, pois o Brasil tem a maior base de produção de componentes da região.”

“Vemos sim um cenário de cresci-mento das vendas neste e nos próxi-mos anos”, afirma Gerson Ribeiro, ge-rente comercial da Master Power, que atualmente fabrica turbocompresso-res em São Marcos (RS) exclusiva-mente para o mercado de reposição.

Para as empresas que já atuavam com força maior no aftermarket, a perspectiva também é de aquecimento dos negócios, mas com avanço mais comedido. “Sempre equilibramos em meio a meio as receitas entre OEM (vendas às montadoras) e IAM (repo-sição). É muito difícil que todos os mercados subam ou caiam ao mesmo tempo e por isso estamos mantendo nosso ritmo de crescimento de 10% ao ano”, conta Nelson Bastos, diretor de vendas e marketing da ZEN, fabricante de polias, tensionadores e impulsores de partida de Brusque (SC). “O que cresce mais são as exportações, que

MARGARETE GANDINI, diretora do Departamento de Equipamentos de Transporte do MDIC, prestigiou a abertura da Automec

NELSON BASTOS, diretor de vendas e marketing da ZEN

ESTAMOS MANTENDO O

NOSSO RITMO DE CRESCIMENTO DE

10% AO ANO

38-40_[AUTOMEC].indd 39 16/04/2015 21:28:17

Page 40: Revista Automotive Business - edição 32

40 • AutomotiveBUSINESS

AFTERMARKET

40 • AutomotiveBUSINESS

com o dólar mais favorável já aumen-taram de 50% para 60% o nosso fatu-ramento”, acrescenta.

“Não vemos exatamente uma ex-plosão dos negócios na reposição, mas um crescimento moderado, porque sempre dividimos em 50-50% nossas vendas entre aftermarket e montadoras”, concorda Marcus Vini-cius Pereira da Silva, diretor de after-market da Sabó, que produz juntas em São Paulo e retentores em Mogi- Mirim (SP) – além de ter unidades nos Estados Unidos, Europa e China como sócio minoritário da Kako.

Com somente 15% a 20% do fatura-mento obtido no mercado doméstico, a Sabó é das poucas empresas brasi-leiras de autopeças que têm números externos tão robustos a mostrar. Com forte processo de internacionalização que começou ainda nos anos 1990,

a fabricante de juntas e retentores fin-cou raízes além das fronteiras no País e suas exportações seguem em alta, independentemente da cotação do dólar. “Conseguimos competir graças aos fortes investimentos em tecnolo-gia e produtividade que fizemos nos últimos”, explica Lourenço Oricchio, diretor-geral da Sabó Américas. Embora a perspectiva seja de avanço do faturamento no mercado de repo-sição, não será suficiente para com-pensar todas as perdas do setor de autopeças no País. “A compensação é parcial. As receitas do aftermarket sempre crescem porcentualmente em momentos de queda das com-pras das montadoras, mas não são suficientes para cobrir todos os au-mentos de custos que tivemos”, con-trapõe Besaliel Botelho, presidente da Bosch América do Sul.

RANDON UNE FORÇAS NA REPOSIÇÃOGRUPO FORMA O SEGUNDO MAIOR DISTRIBUIDOR DO AFTERMARKET NO PAÍS

A s seis empresas fabricantes de autopeças controla-das pelo grupo Randon (Suspensys, Fras-le, Master,

Jost, Controil e Castertech) uniram forças na reposição automotiva, formando o segundo maior distribuidor de componentes no aftermarket brasileiro, com fatura-mento que somou R$ 357 milhões em 2014 e expec-tativa de chegar a R$ 400 milhões este ano. “Estamos desafiados a buscar mais mercado para esses negó-

cios. Já faz cerca de dois anos que começamos a juntar forças do grupo no seg-mento. Hoje essa união atinge to-dos os nossos 13 escritórios regio-nais, que faturam qualquer produto das seis marcas para mais de 13

mil empresas no País”, enumera Luis Antonio Oselame, diretor que hoje comanda as atividades da Suspensys e Castertech, mas que também já passou por quase to-das as unidades da Randon.

O executivo informa que metade do faturamento do grupo hoje vem das empresas de autopeças e os outros 50% são gerados pela Randon Implementos. “Como o grupo já tem 30% de participação no segmento de re-bocados, fica difícil crescer além disso. Por isso o futuro da expansão da Randon está nas autopeças, onde ainda há espaço para avançar”, explica Oselame. E o merca-do de reposição vem ganhando importância para o ne-gócio, em vista do tombo de cerca de 30% nas vendas para montadoras em 2014, que fez o lucro do grupo cair em relação a 2013.

“Passamos por um momento agudo de crise, prin-cipalmente no segmento de caminhões, nosso maior cliente, que já acumula queda das vendas de 40% este ano. Mas acreditamos que essa situação não vai perdu-rar”, avalia Pedro Ferro, diretor à frente das operações da Fras-le, Master e Jost. n

CONSEGUIMOS COMPETIR GRAÇAS

AOS FORTES INVESTIMENTOS

EM TECNOLOGIA E PRODUTIVIDADE

LOURENÇO ORICCHIO, diretor-geral da Sabó Américas

38-40_[AUTOMEC].indd 40 16/04/2015 21:28:19

Page 41: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

6064D - Anuncios MAHLE Jundiai 205x275mm.pdf 1 4/17/15 12:10

_Anuncio_Fechamento.indd 41 17/04/2015 23:43:06

Page 42: Revista Automotive Business - edição 32

42 • AutomotiveBUSINESS

ELETRÔNICA

O primeiro carro híbrido do mundo, o Lohner Porsche Mixte, é de 1900. O avô do

GPS, o Hoffman Road Indicator, é de 1909. O ABS é criação de 1929. Estes três exemplos reafirmam a máxima de que a eletrônica, na maior parte das vezes, só ajudou a colocar em prática, de maneira robusta e confiável, ideias que já têm alguma idade. Mas a contri-buição da eletrônica não se limita às boas sacadas do passado. Ela também permite sonhar com coisas inteiramen-te novas, como veículos interconecta-

dos e autônomos, que muitas fábricas prometem para o fim desta década. Ou até antes disso.

“A eletrônica teve uma grande ex-pansão nos últimos anos. Na aplicação automotiva, ela já está presente em muitos sistemas do carro. Num futuro breve haverá uma intensificação dos controles eletrônicos, chegando, sem dúvida, aos carros de entrada, até mes-mo os chamados básicos. A tendência é o investimento na conectividade e nos sistemas de auxílio ao motorista com o objetivo de garantir maior segu-

EXPANDINDO

A ELETRÔNICA VIABILIZOU IDEIAS ANTIGAS E CRIOU PERSPECTIVAS INTEIRAMENTE NOVAS PARA

O AUTOMÓVEL, COMO A AUTONOMIA

GUSTAVO HENRIQUE RUFFO

OS HORIZONTES

rança, atuando preventivamente para evitar acidentes”, diz Gustavo Schia-votelo, gerente da área de Elétrica/Eletrônica da Ford. Ricardo Bacellar, diretor de relacionamento da KPMG no Brasil para o setor automotivo, complementa: “Vivemos uma etapa evolutiva em que a eletrônica ganhou espaço nos veículos de maneira silen-ciosa, pois seus benefícios não eram tão facilmente percebidos pelos usuá-rios. Hoje estamos em um estágio em que a eletrônica já mostra mais a sua cara, tanto que justifica investimentos adicionais por parte dos consumidores em GPS, kit multimídia, espelhamento de celular, sistemas keyless, etc.”

De fato, os modelos atuais têm ele-trônica em praticamente todos os seus sistemas: freios (ABS e EBD), direção (EPS), câmbios (automatizados de dupla embreagem, CVT e mesmo os automáticos), segurança (airbags e sistemas de controle de estabilidade e tração), motores (injeção eletrônica, direta, gerenciamento e controle de sistemas híbridos), entretenimento e até no ar-condicionado. “Na Magneti Marelli baseamos nossos desenvol-vimentos em três pilares: segurança, conectividade e sustentabilidade. Em segurança, além dos sistemas direta-mente envolvidos com o assunto, tam-

42-44_ELETRONICA.indd 42 16/04/2015 21:38:35

Page 43: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Do motor à transmissão e ao chassi, nossos engenheiros analisam sistemas automotivos de forma completa. As ideias extraídas a partir dessa análise são traduzidas em produtos inovadores, criados através do trabalho em parceria com nossos clientes. Em tudo que fazemos nosso objetivo principal é aumentar a performance, a segurança e a economia dos automóveis de hoje em dia.Nossa habilidade de responder rapidamente a requerimentos específi cos é o que nos faz um renomado parceiro da indústria automotiva, mas é nosso conhecimento em sistemas que nos torna bem sucedidos. E é por isso que trabalhamos em soluções completas que atendam as necessidades dos clientes e superem os desafi os de mobilidade do futuro.

Faça revisões em seuveículo regularmente

Soluções Completas Schaeffl erConectadas pela Inovação

Para conhecer melhor nossos produtos etecnologias, acesse:www.schaeffl er.com.br

8114_04_B_tarjaG_Anuncio_campanhaOEM2015__205mmx275mm_5mmsangria_revista_Automotive_Business_02042015.indd 1 09/04/2015 10:22:27_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:56:25

Page 44: Revista Automotive Business - edição 32

44 • AutomotiveBUSINESS

ELETRÔNICA

bém pensamos, por exemplo, que as telas sensíveis ao toque são um fator de distração. E elas devem ser insta-ladas em local adequado, ter coman-dos no volante e por voz, para facili-tar o manuseio, e também devem vir acompanhadas de sistemas que mo-nitorem quem está em volta do carro como uma forma de compensação. A conectividade não tem a ver apenas com entretenimento, mas sim com o fato de que se gasta muito tempo no trânsito. Com isso, ela ajuda a adiantar o expediente, fazendo do veículo uma parte do escritório. Por fim, a susten-tabilidade, no Brasil, tem muito a ver com o Inovar-Auto, que passou a exi-gir eficiência energética”, diz Ricardo Takahira, gerente de novos negócios

da Unidade Sistemas Eletrônicos da Magneti Marelli.

De acordo com Fábio Ferreira, ge-rente de engenharia da divisão Siste-mas a Gasolina da Robert Bosch Amé-rica Latina, existem hoje três grandes tendências de desenvolvimento da eletrônica. “A primeira delas é a eletri-ficação, seja com veículos elétricos e a exigência de gerenciamento da carga, seja com os híbridos, que demandam a integração dos sistemas com com-bustível e dos elétricos. A segunda é o acesso do carro à internet, que não se limita aos serviços e informações atual-mente disponíveis, mas pode também evoluir para diagnóstico remoto de defeitos no carro. A terceira é a auto-mação do automóvel. Desde sistemas

de autonomia relativa, como os que estacionam sem ajuda do motorista, até os completos, em que ele se dirige sozinho.”

Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat, concorda. “A eletrônica deve ga-nhar espaço nos periféricos do veículo. Entretenimento, conexão com inter-net, conexão com as concessionárias, com os órgãos de trânsito... Vale lem-brar, porém, que cada mercado irá di-tar essa demanda, que vai variar de um país para outro. A direção autônoma é um bom exemplo do ponto de vista técnico, mas cada mercado deverá responder questões ligadas à legisla-ção, perfil do consumidor, infraestrutu-ra viária e outros pontos ainda não es-clarecidos sobre o carro autônomo.” n

INTERNET DAS COISAS E DO COMPORTAMENTOJá existe até uma divisão temporal para a conexão

do automóvel à internet, segundo Ricardo Bacellar, diretor da KPMG. “Logo se consolidará a fase Internet of Things (Internet das Coisas), na qual, além do que já temos disponível, a eletrônica, somada aos recursos de telecomunicações, definitivamente tomará conta do carro para nós. Imagine a indústria automobilística tirando o máximo proveito do acesso a todos os dados de telemetria dos nossos veículos para potencializar uma infinidade de serviços a ser explorados no pós-venda. Neste momento

já estaremos migrando para outra etapa, a Internet of Behavior (Internet do Comportamento), na qual não só poderemos tirar mais proveito do nosso tempo a bordo para interagir com o universo móvel, mas também para que ele interaja conosco. Imagine o potencial de negócios a ser explorado pelo mercado em geral (varejo, alimentação, vestuário e entretenimento, entre outras coisas) ao dispor de um canal efetivo de comunicação com motoristas disponíveis dos quais ele saiba a exata localização, o rumo e, principalmente, os interesses.”

FÁBIO FERREIRA, gerente de engenharia da Bosch

RICARDO BACELLAR, diretor de relacionamento da KPMG

GUSTAVO SCHIAVOTELO, gerente da área de Elétrica/Eletrônica da Ford

RICARDO DILSER, assessor técnico da Fiat

42-44_ELETRONICA.indd 44 18/04/2015 12:26:28

Page 45: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:49:53

Page 46: Revista Automotive Business - edição 32

46 • AutomotiveBUSINESS

CARRO MISTURA CONCEITOS DE MINIVAN, SEDÃ, CUPÊ E UTILITÁRIO ESPORTIVO. HONDA ESPERA VENDER 50 MIL EM 2015

PEDRO KUTNEY

M acio como um sedã, espa-çoso como uma minivan, aerodinâmico como um

cupê, robusto e elevado como em um utilitário esportivo. Esses foram os ingredientes misturados pela Honda na receita do HR-V, cuja sigla, em tradução livre do inglês, significa algo como “veículo de quadril alto”. Ele é o primeiro da nova safra de SUVs compactos que começam a ser fabricados no Brasil este ano, segmento que represen-

LANÇAMENTO

SURFA NA NOVA ONDA DOS SUVs

HR-V

COM 60% DE NACIONALIZAÇÃO, o HR-V utiliza o motor 1.8 de 139 cavalos do Civic e a transmissão CVT usada no Fit e City

ta a mais nova onda do mercado brasileiro, que a Honda começou a surfar em abril.

O carro é o quarto a ser montado pela Honda no Brasil, na fábrica de Sumaré (SP), e também começou a ser produzido na Argentina. O HR-V compartilha muitos dos componen-tes dos outros modelos brasileiros da marca, como a base mecânica do Fit/City, a transmissão automática já utilizada nestes dois e o motor 1.8 de 139 cavalos do Civic. “O HR-V já

nasce com cerca de 60% de nacio-nalização. É fruto de um processo que começou há três anos, quando decidimos fazer um centro de desen-volvimento em Sumaré, para agregar valor aos veículos que produzimos no País”, afirma Issao Mizoguchi, presi-dente da Honda South America.

Muito segura da fidelidade que conquistou dos clientes brasileiros, a marca japonesa espera, em nove meses de vendas, emplacar 50 mil HR-V em 2015. O número é ambi-

46-47_HONDA_[HRV].indd 46 16/04/2015 21:45:55

Page 47: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 47

cioso para um veículo com preços variando entre R$ 70 mil e R$ 88,7 mil. E a Honda espera vender a maioria deles, 46%, justamente pelo maior valor, e outros 42% pelo segundo maior. Para se ter ideia do tamanho dessa ambi-ção, o líder do segmento por aqui, o Ford EcoSport, que custa um pou-co menos, no ano passado intei-ro emplacou 54,2 mil unidades. A julgar pelo grande volume de interessados que o HR-V atraiu às concessionárias nas primei-ras semanas de abril, parece que a Honda está certa.

Para dar conta da demanda espe-rada, a Honda já encomendou 7 mil unidades que serão produzidas na Argentina até o fim de 2015, pois a fábrica de Sumaré (SP) só teria capa-cidade para montar 43 mil este ano. Operando em dois turnos, a planta do interior paulista já produziu em

BOAS QUALIDADES, MAS SEM DESEMPENHO ESPORTIVOO Honda HR-V é um carro confortável e agradável

de dirigir. Não tem desempenho esportivo, as acelerações são um pouco lentas, mas suficientes para rodar na cidade ou estrada com economia e segurança. Embora tenha a aparência robusta de um utilitário esportivo, o HR-V é o que pode se chamar de “jipe do asfalto”, pois não tem capacidades fora-de-estrada. Para evitar aumentar muito o preço, não está prevista a oferta de versões com tração integral.

Das quatro opções disponíveis do HR-V, somente a topo de linha EXL (R$ 88,7 mil) tem disponível a central multimídia com tela tátil de 7 polegadas, que reúne controles do sistema de som, conexão e navegação GPS Garmin, que inclui atualização de trânsito em tempo real por ondas de FM. Outra funcionalidade do sistema é a conexão com smartphone por cabo HDMI, ou sem fio por WiFi ou Bluetooth, que replica na tela informações e imagens que estão no celular. Este talvez seja o maior pecado do HR-V: as opções de entrada e intermediária LX e EX não têm navegador GPS nem como opcional.

À parte esse deslize, todas as versões do HR-V são bastante completas: LX, EX e EXL vêm com direção elétrica, controle eletrônico de estabilidade, freio de estacionamento eletrônico, sistema de áudio com tocador de CD e entradas USB e auxiliar, conexão com celular controlada no volante, câmera de ré e ar-condicionado (digital só na EXL).

Só a opção mais barata LX MT (R$ 69,9 mil) tem câmbio manual de seis marchas. Na prática, porém, essa versão só existe na tabela. A Honda estima que só 1% das vendas será do HR-V mais pobre. E calcula que o HR-V mais barato com câmbio automático, o LX CVT (R$ 75,4 mil) responderá por 11% dos emplacamentos. Para a versão intermediária EX CVT (R$ 80,4 mil) a montadora espera 42% das compras e a mais cara, a EXL CVT (R$ 88,7 mil), deverá representar 46% dos negócios. Isso significa que 88% das vendas do HR-V serão das opções mais caras. Se os cálculos da Honda estiverem certos, é a prova inconteste de que este é mesmo o segmento da vez no mercado brasileiro. n

2014 cerca de 20 mil unidades aci-ma do seu potencial máximo de 120 mil/ano. Só no início de 2016, quan-do a produção do Fit for transferi-da para a nova unidade de Itirapina (SP), Sumaré terá alguma folga para fazer mais HR-V.

OS PREÇOS VARIAM ENTRE R$ 70 MIL E R$ 88,7 MIL e a

Honda espera que 46% das vendas correspondam ao maior valor

46-47_HONDA_[HRV].indd 47 16/04/2015 21:46:07

Page 48: Revista Automotive Business - edição 32

48 • AutomotiveBUSINESS

MERCADO

APESAR DO MERCADO EM QUEDA DAS VENDAS, FABRICANTE REAFIRMA APOSTA DE CRESCER NO PAÍS

PEDRO KUTNEY, DE MUNIQUE (ALEMANHA)

A contração das vendas no mer-cado brasileiro já chegou tam-bém ao segmento de carros

mais caros de marcas de prestígio, que até agora vinha passando imune pelas quedas dos últimos dois anos. “Sentimos o vento de proa no Brasil, mas o País continua sendo um mer-cado grande e estratégico para nós”, destacou Ian Robertson, membro da diretoria executiva do Grupo BMW responsável por vendas e marketing. Foi ele o executivo da companhia que, em 2012, veio anunciar oficial-mente à presidente Dilma Rousseff o investimento de t 200 milhões para

BRASILCONTINUA ESTRATÉGICO

PARA A BMW

construir a fábrica da BMW com ca-pacidade inicial para montar até 32 mil unidades/ano em Araquari (SC). “Fizemos o investimento porque acreditamos no potencial de cres-cimento e rentabilidade do merca-do de automóveis premium no País (hoje de menos de 2% das vendas totais), ainda muito pequeno quando comparamos com 30% na Alemanha ou 15% nos Estados Unidos. Essa fa-tia chega a 10% mesmo em países parecidos”, compara.

Em 2014 a BMW conseguiu man-ter suas vendas no campo positivo, mas em ritmo mais lento do que vi-

nha registrando. Foram emplacados 15 mil carros BMW no ano passado, com crescimento de 7% sobre 2013. Contudo, no primeiro bimestre de 2015 o resultado virou para o campo negativo: as pouco mais de 2 mil uni-dades vendidas representaram declí-nio de quase 12% em comparação com o mesmo período de 2014.

Nesse cenário, a primeira fábrica da BMW na América do Sul começou a operar sua linha de montagem final em setembro passado e deve inaugu-rar os setores de soldagem de carro-cerias e pintura até setembro próximo. A unidade foi planejada para montar

BMW 328I ACTIVE FLEX, primeiro veículo produzido na fábrica da marca em Araquari, SC

48-49_MERCADO_[BMW].indd 48 16/04/2015 21:51:54

Page 49: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 49

cinco modelos diferentes, os BMW Série 3, X1 e Série 1 já em produção, além do X3 e Mini Countryman, que entram em linha nos próximos me-ses. Robertson garante que, mesmo com a operação de pequena escala de produção para padrões mundiais, a planta brasileira será rentável.

Sobre a perspectiva do mercado brasileiro em 2015, o executivo afir-ma: “Ainda é cedo para dizer, não vemos crescimento no momento, mas isso não muda em nada nos-sos planos para o País. Claro que não esperamos utilizar toda nossa capacidade de 32 mil agora, mas a tendência é que ela seja atingida rapidamente, assim que a economia se recuperar no Brasil. Já tivemos exemplos disso em países como Ín-dia e Rússia”, avalia.

“Todos os investimentos do grupo são muito conservadores e de longo prazo, olhamos para 20 a 30 anos à frente. Investimos no Brasil porque é um mercado de tremendo potencial, onde vemos mais possibilidades (de crescimento) do que riscos”, afir-ma outro membro do board, Peter Schwarzenbauer, responsável pelas marcas Mini, BMW Motorrad (motos) e Rolls-Royce e pelo pós-venda na di-

MARCA REGISTRA RECORDE EM 2014G lobalmente, após registrar recordes de vendas,

faturamento e lucros em 2014, o Grupo BMW projeta mais um ano de avanço dos negócios em 2015, entre 5% e 9%. “Tivemos o nosso quinto ano seguido de expansão e agora vemos possibilidades para conquista de novos clientes e crescimento sustentável”, disse Robert Reithofer, presidente mundial da companhia, ao apresentar os resultados da empresa em março.

O Grupo BMW conseguiu colher bons números no ano passado em todos os mercados do mundo onde atua. Pela primeira vez, as vendas de automóveis da empresa superaram a marca de 2 milhões de unidades.

Foram 2,12 milhões das três marcas do grupo, BMW (1,8 milhão, +9,5%), Mini (302 mil, -0,9%) e Rolls-Royce (4 mil, +12%), em expansão geral de 7,9% sobre 2013.

Com isso, o faturamento cresceu 5,7%, para t 80,4 bilhões, com margem operacional de 9,6% sobre as vendas e robusto lucro líquido de t 5,8 bilhões, em alta de 9,2% ante o exercício anterior. O desempenho recorde garantirá este ano o maior dividendo já pago aos acionistas do grupo, de t 2,90 por ação ordinária, com pagamento total de t 1,9 bilhão, em alta de 33% sobre o ano passado. n

retoria executiva do Grupo BMW. Se-gundo ele, todo o investimento feito na fábrica brasileira vem do saudável e sólido caixa próprio da empresa, que não costuma recorrer a bancos para se financiar. “Essa é uma das vantagens que temos, podemos in-vestir e esperar. Uma fábrica leva em torno de cinco a dez anos para dar retornos.”

NACIONALIZAÇÃO “Existe atualmente um movimento de volatilidade maior do que vimos em outros tempos, que está afetando mer-cados em todo o mundo, como Rús-sia e até na China”, destaca Robertson. “Temos de nos adaptar a isso porque é a ordem do dia. Nesse cenário com-pensamos as grandes variações cam-biais com produção local. É o que es-tamos fazendo no Brasil”, acrescenta.

Segundo Robertson, com as varia-ções cambiais que ocorrem no País, nacionalizar o maior número possível de componentes não é só uma obri-gação para abater impostos confor-me as regras do Inovar-Auto: “Essa é também uma necessidade nossa. Tudo o que não seja fácil de importar temos de comprar no local onde pro-duzimos”, afirma.

SENTIMOS O VENTO DE PROA NO

BRASIL, MAS O PAÍS CONTINUA SENDO UM MERCADO GRANDE E

ESTRATÉGICO PARA NÓS

IAN ROBERTSON, diretor executivo do Grupo BMW responsável

por vendas e marketing

48-49_MERCADO_[BMW].indd 49 16/04/2015 21:51:56

Page 50: Revista Automotive Business - edição 32

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

50 • AutomotiveBUSINESS

RENEGADE CHEGA PARA FAZER A JEEP SUBIR A RAMPAMODELO LIDERA OS PLANOS DE CRESCIMENTO DA MARCA E INAUGURA A PRIMEIRA FÁBRICA DA FCA APÓS A FUSÃO ENTRE FIAT E CHRYSLER

PEDRO KUTNEY | DO RIO DE JANEIROFOTOMONTAGEM: LUIS PRADO

O RENEGADE DIESEL É UM

OCEANO AZUL PARA NÓS, ONDE

NAVEGAMOS SOZINHOS,

SEM CONCORRÊNCIA NO BRASIL

NESSE TAMANHO DE VEÍCULO SÉRGIO FERREIRA, diretor-geral da Jeep América Latina

50-55_MATCAPA_[JeepRenegade].indd 50 16/04/2015 22:06:56

Page 51: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 51

MAR

CO

S C

AMAR

GO

“Q ueremos liderar o segmento de SUVs no País.” Assim, dire-

to e sem modéstia, Sérgio Ferreira, diretor-geral da Jeep América Latina, confia na ambição da marca com seu primeiro produto fabricado no Brasil, o utilitário esportivo compacto Renega-de, lançado no início de abril na rede de 120 concessionárias da marca em todo o País. O plano, acompanhan-do o tamanho da cobiça, é chegar a 200 lojas até o fim de 2015. O carro começou a ser produzido em série em março na cidade pernambucana de Goiana, inaugurando a primeira fábri-ca do grupo FCA construída após a fusão da Fiat com a Chrysler.

Embora Ferreira não revele o volu-me esperado para ser o número um dessa faixa do mercado brasileiro, atualmente é necessário vender mais de 50 mil unidades/ano, já que o líder Ford EcoSport registrou 54 mil em

2014. Nessa direção, mesmo antes do lançamento, o Renegade recebeu pré-encomendas de 25 mil interessa-dos inscritos no site da empresa, que para isso tiveram de colocar lá formas

de contato. “Isso demonstra o inte-resse real que o Renegade gerou no público brasileiro desde sua primeira exibição, no Salão do Automóvel de São Paulo (em outubro de 2014), e nos deixa confiantes em um bom de-sempenho”, afirma o executivo.

Para se ter ideia da importância do Renegade na estratégia de crescimen-to, nas contas de Ferreira o mais novo SUV do mercado brasileiro deverá re-presentar por aqui 96% das vendas da Jeep em 2015. A marca já é respon-sável por 90% dos emplacamentos do grupo Chrysler no Brasil, que também vende Dodge, Ram e Chrysler. Hoje o preço médio de carros Jeep vendidos no País é de R$ 180 mil. Com a che-gada do Renegade, o ticket de entrada cai a menos da metade, pois o modelo tem tabela entre R$ 69,9 mil e R$ 116,9 mil, atraindo mais e novos consumi-dores. “Sinalizamos que nos tornamos mais acessíveis, mas não populares”,

ASSIM COMO SEUS CONCORRENTES,

O RENEGADE TRANSITA EM FAIXA

SUPERIOR DE RENDA NO BRASIL, ONDE O MERCADO FOI MENOS AFETADO

PELA REDUÇÃO DA DEMANDA

50-55_MATCAPA_[JeepRenegade].indd 51 16/04/2015 22:07:17

Page 52: Revista Automotive Business - edição 32

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

52 • AutomotiveBUSINESS

informa o diretor. “Vamos atrair com-pradores de outras marcas de SUVs, mas também de sedãs e outros tipos de carro na mesma faixa de preço.”

FAIXA SUPERIORAssim como seus concorrentes, o Renegade transita em faixa superior de renda no Brasil, onde o mercado foi menos afetado pela redução da demanda. Por isso mesmo os fabri-cantes pesam a mão nos preços. A versão de entrada Sport começa em R$ 69,9 mil, equipada com motor flex 1.8 de 132 cavalos (usando etanol) e câmbio manual, e chega a R$ 116,9 mil no topo de linha Trailhawk, com motor 2.0 turbodiesel de 170 cavalos, tração 4x4 e transmissão automática de nove velocidades. Para junho es-tá prometida uma versão de entrada mais barata, por R$ 66,9 mil.

Enquanto a queda das vendas de carros zero-quilômetro no Brasil es-barra em 20% no primeiro trimestre do ano, a perspectiva para o segmento de SUVs compactos é de crescimento de 50%, com a adição de novos modelos que praticamente dobra o número de concorrentes nessa fatia do mercado.

O Renegade será vendido em três versões: Sport, Longitude e Trailha-wk, com duas opções de motorização para todas elas, 1.8 flex ou 2.0 diesel. Há três tipos de transmissão – manual de cinco marchas ou automática de seis para o 1.8 flex; e automática de

O RENEGADE É OFERECIDO NAS VERSÕES

SPORT, LONGITUDE E TRAILHAWK, COM

DUAS OPÇÕES DE MOTORIZAÇÃO PARA

TODAS ELAS, 1.8 FLEX (CÂMBIO MANUAL

OU AUTOMÁTICO) OU 2.0 DIESEL

(TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA)

nove para o 2.0. A expectativa é que 22% das vendas sejam das versões turbodiesel 4x4 e que os 78% restan-tes correspondam à opção 1.8 4x2. “Baseamos essa projeção no interes-se demonstrado pelas pessoas que vi-ram o carro no Salão do Automóvel e se inscreveram como interessadas na compra”, diz Ferreira.

Usando a mesma base de dados, ele estima que a versão mais vendida deverá ser a intermediária Longitude 1.8 flex. “Mas é importante lembrar que a fábrica tem total flexibilidade para mudar o mix a qualquer momen-to para atender a demanda.”

COMPLETOO Renegade cobra seu preço, mas é bastante completo desde a versão mais simples. O acabamento interno está acima da média nacional: painel e portas têm revestimentos emborra-chados, suaves ao toque, e o volante é revestido em couro sintético. Todas as opções vêm de série com sistema de som, ar-condicionado, acionamen-to elétrico de vidros, faróis de xênon, freio de estacionamento elétrico, travas e retrovisores e direção elétrica. Além dos airbags frontais e freios com ABS obrigatórios por lei, o Jeep também traz de fábrica o sistema eletrônico de controle de estabilidade e tração ESC.

O sistema multimídia, que integra som com seis alto-falantes, navegação GPS, comando por voz e conexão com

FOTO

S: M

ARC

OS

CAM

ARG

O

50-55_MATCAPA_[JeepRenegade].indd 52 16/04/2015 22:07:44

Page 53: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 53

celular, está disponível como opcional na versão Sport e vem de série nas de-mais. Opcionalmente, no Renegade Longitude e Trailhawk é possível trocar a tela tátil de 5 polegadas por outra maior, de 6,5 polegadas. Nas duas versões mais caras também pode-se instalar o sistema de áudio Beats, da Apple, com nove falantes e potência de 506 watts. Existem, ao todo, 60 com-binações de opcionais e 71 acessórios.

O Jeep Renegade tem qualidades como produto e bom número de con-cessionárias para disputar o cada vez mais populoso segmento de SUVs compactos no Brasil. A marca tam-bém não economiza em propaganda e publicidade – como muitos brasi-leiros já constataram em revistas, jor-nais, internet e seus aparelhos de TV. As inserções começaram meses antes

do lançamento de fato, em campanha que já pode ser considerada uma das maiores do ano. Em todo o mundo, a Jeep investe verba estimada em R$ 4,5 bilhões – incluindo também o desen-volvimento do projeto – para lançar o modelo em diversos países.

Não se sabe, entretanto, o quanto

esse mercado pode ser elástico pa-ra acomodar, nessa faixa de preços, todos que querem uma fatia dele. O certo é que clientes terão de vir de outras preferências para sustentar tamanha ambição de vendas dos competidores que estão chegando à mesma praia.

MAR

CO

S C

AMAR

GO

Anuncio 1/2 pagina ABRIL1.indd 1 15/04/15 14:5050-55_MATCAPA_[JeepRenegade].indd 53 17/04/2015 10:33:26

Page 54: Revista Automotive Business - edição 32

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES

54 • AutomotiveBUSINESS

PREÇOS VARIAM DE R$ 69,9 MIL A R$ 116,9 MILDevido à variedade de versões e opções, os preços do Jeep Renegade têm

um amplo espectro, de R$ 47 mil entre a versão mais barata e a mais ca-ra. Em todos os valores sugeridos (veja abaixo) não estão incluídos opcionais como teto solar, monitor de pressão dos pneus, airbags laterais, de cortina e para os joelhos, tomada de 127 volts, sensor de ponto cego e sistema de es-tacionamento automático, que podem fazer o valor passar dos R$ 130 mil.

• Sport 1.8 Flex manual: R$ 69.900• Sport 1.8 Flex automática 6: R$ 75.900• Longitude 1.8 Flex automática 6: R$ 80.900• Sport 2.0 Turbodiesel automática 9: R$ 99.900• Longitude 2.0 Turbodiesel automática 9: R$ 109.900• Trailhawk 2.0 Turbodiesel automática 9: R$ 116.900

DOIS CARROS EM UMÉ EXPRESSIVA A DIFERENÇA DE COMPORTAMENTO DOS MODELOS EQUIPADOS COM O MOTOR DIESEL IMPORTADO DE 170 CAVALOS E COM O 1.8 E.TORQ EVO FLEX DE 132 CAVALOS

Dependendo da motorização es-colhida, diesel ou flex, o Jeep

Renegade tem comportamento dinâ-mico e economia bastante distintos. São dois carros bem diferentes entre si, apesar de terem acabamento e padrão de equipamentos parecidos.

A versão diesel é a mais potente e econômica do mercado no segmento de SUVs compactos. Os 170 cavalos do motor turbinado Euro 5, importa-do da Itália, empurram o Renegade de 0 a 100 km/h em menos de 10 se-gundos, chegando à máxima de 190 km/h. Tudo com vibrações e ruídos muito baixos – nem se nota que é um motor diesel. O sistema de injeção direta common rail também vem im-portado, mas foi ajustado pelo forne-cedor (Bosch) no Brasil para trabalhar com o combustível nacional.

O modelo com motor turbodiesel tem o conjunto do powertrain dos mais sofisticados disponíveis no Brasil: todas as três versões de acabamento

são vendidas com tração 4x4 eletrôni-ca e câmbio automático de nove ve-locidades da ZF – o mesmo já usado pelo irmão (bem) maior Cherokee.

A transmissão esticada faz o motor girar a apenas 1.000 rpm a 120 km/h – quase como se estivesse em ponto--morto. Com isso, o carro oferece a maior autonomia de sua categoria, cerca de 900 km. Rodando por uma rodovia bastante travada entre Niterói e Maricá, próxima do Rio de Janeiro, o marcador instantâneo de consumo mostrou entre 11 e 12 km/l. A eco-nomia, contudo, não chega a com-pensar o preço bem mais elevado da motorização diesel sobre a flex.

O Renegade 4x4 também tem a maior capacidade fora-de-estrada en-tre seus concorrentes, fazendo jus ao legado da Jeep, marca que se notabi-lizou justamente por essa qualidade. O carro usa o mesmo sistema Jeep Select-Terrain já presente em seus irmãos maiores, como o Cherokee,

que tem quatro opções de tração nas quatro rodas, dependendo do tipo de terreno: automática, lama, areia, neve e pedras. Também vem com contro-le eletrônico automático de freios e tração para descidas íngremes – o motorista simplesmente tira os pés de acelerador e freios e deixa a inteligên-cia artificial fazer o resto.

“O Renegade diesel é um oceano azul para nós, onde navegamos so-zinhos, sem concorrência no Brasil nesse tamanho de veículo”, diz Sérgio Ferreira, diretor-geral da Jeep Améri-ca Latina. A legislação brasileira pro-íbe motorização diesel para veículos leves sem tração 4x4 e o Renegade está nessa brecha legal. Contudo, a diferença de R$ 24 mil entre as ver-sões automáticas mais baratas tur-bodiesel e flex reduz drasticamente o número de consumidores em um dos lados. A Jeep trabalha com a estimati-va, baseda nas pré-encomendas feitas via internet, de que 22% dos carros vendidos serão diesel e os equipados com motor bicombustível gasolina--etanol ficarão com 78% do mix.

E.TORQ EVOJá a versão 1.8 flex usa o motor E.TorQ da Fiat, que passou por al-gumas modificações para garantir torque maior (em torno de 18 kgfm, com 90% disponíveis a partir de 1.500 rpm) e por isso ganhou a ter-minologia E.torQ Evo. A potência de 132 cavalos, contudo, permaneceu a mesma. Aí o Renegade se transforma em outro carro, um SUV urbano bem mais lento, sem capacidades offroad.

Sem opção de motorização maior ou turbinada, a engenharia da FCA

50-55_MATCAPA_[JeepRenegade].indd 54 16/04/2015 22:08:50

Page 55: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 55

JEEP PUXA EXPANSÃO GLOBAL DA FCAQUANDO A FIAT INICIOU A COMPRA DA CHRYSLER ERAM VENDIDOS 330 MIL VEÍCULOS JEEP. HOJE ESSE NÚMERO TRIPLICOU.

Escolha natural para ser a marca mais global da FCA, a Jeep é a que tem mais tradição e imagem para

liderar a expansão mundial da companhia criada em 2014 pela fusão total entre Fiat e Chrysler. E esse cres-cimento já começou de forma acelerada. Em 2009, quando a Fiat deu início ao processo de compra do Grupo Chrysler, foram vendidos 330 mil veículos Jeep em todo o mundo, número que já encostou em 1 mi-lhão em 2014 e está planejado para chegar a quase 2 milhões até 2018.

Nessa estratégia, a Jeep é a marca do grupo que tem o maior volume de lançamentos previstos para os próxi-mos anos, assim como terá expressiva adição produtiva global, com três novas plantas que entram em operação este ano. A fábrica brasileira de Goiana (PE), que come-çou a produzir o Renegade, é a primeira delas, acrescen-tando potencial de 250 mil unidades/ano. Na fábrica da China serão mais 500 mil/ano e na Índia outros 250 mil. Ou seja, em 2015 a Jeep ganha capacidade adicional para produzir mais 1 milhão de veículos por ano.

“Como se vê, os mercados emergentes terão par-

ticipação expressiva na estratégia de crescimento da Jeep no mundo”, diz Sergio Ferreira, diretor geral da Jeep América Latina. O Renegade puxa essa lista co-mo primeiro carro realmente global do grupo. O design foi criado nos Estados Unidos, o projeto de engenharia foi desenvolvido na Itália, onde o carro começou a ser fabricado e tem filas de espera de clientes na Europa e Estados Unidos.

A produção no Brasil, iniciada agora, deverá abas-tecer também outros países latino-americanos e al-guns africanos. China deve se contentar com o próprio e enorme mercado doméstico e Índia poderá exportar para Oriente Médio e Ásia.

No Brasil os planos são ambiciosos. A chegada do Renegade provocou a abertura de 70 concessioná-rias que vão trabalhar exclusivamente com veículos Je-ep. Elas se juntam a 50 que vendem outras marcas da Chrysler, como Dodge e Ram. Com isso a Jeep come-ça o ano com 120 lojas no País, com plano de chegar a 200 até o fim de 2015 para vender mais de 50 mil uni-dades/ano em um primeiro momento. n

no Brasil precisou trabalhar com o que tinha: o motor 1.8 bicombustí-vel, produzido pela Fiat desde 2010 na fábrica de motores de Campo Largo (PR), que equipa os modelos Punto, Linea e Bravo no País.

Curiosamente, trata-se de um pro-jeto Chrysler, grupo ao qual pertence a marca Jeep. A fábrica paranaense e seus projetos foram comprados pela empresa italiana em 2008 da Tritec, uma associação extinta da BMW com a também extinta DaimlerChrysler, que até 2007 fazia no Brasil motores para modelos Chrysler e Mini. Muitos anos mais tarde, o antigo motor volta a se encontrar com seu criador original em um dos primeiros carros da agora FCA.

Na prática, porém, o reencontro não é dos mais felizes. Apesar do re-trabalho feito no motor para elevar

levemente em 0,2 kgfm o torque, não foi o bastante para puxar com agilida-de os 1.432 kg do Renegade. Apesar do tamanho reduzido em relação aos outros irmãos da família, o carro foi projetado para ser um Jeep legítimo, com robustez fora-de-estrada garanti-da. Por isso ficou pesado para os 132 cavalos sob o capô. Com a transmis-são automática de seis velocidades, o Renegade demora um pouco a reagir ao acelerador. Com câmbio manual de cinco marchas a performance é melhor. Seja como for, para uso urba-

no, sem grandes arroubos automobi-lísticos, é o suficiente.

Para coisa melhor do que isso um turbocompressor cairia bem, poden-do até reduzir a capacidade volumé-trica do motor para 1,6 litro com ganhos de potência e consumo. O consolo é que a FCA fez coisa pior na Europa, onde vende o carro com motor e.TorQ a gasolina 1.6 de 110 cavalos. Em compensação, não co-meteu o mesmo atrevimento dos Es-tados Unidos, onde a motorização é de 2,5 litros.

MAR

CO

S C

AMAR

GO

50-55_MATCAPA_[JeepRenegade].indd 55 16/04/2015 22:09:14

Page 56: Revista Automotive Business - edição 32

56 • AutomotiveBUSINESS

PEUGEOT

MONTADORA INVESTIU R$ 400 MILHÕES NA PRODUÇÃO DO CARRO

ENTRA NA BRIGA DOS SUVs

A Peugeot começa a vender no Brasil o modelo 2008, um carro que poderá responder por 30%

das vendas da marca no Brasil. Com dois motores e cinco versões, ele tem preços entre R$ 67.190 e R$ 79.590. “Sua produção no País custou R$ 400 milhões, utilizados no desenvolvimento para o mercado local e adequações na fábrica de Porto Real (RJ)”, afirma o diretor do Grupo PSA para a América Latina, Carlos Gomes. O carro compar-tilha plataforma com o hatch 208 e tem índice de nacionalização de 80%.

FOTO

: PED

RO B

ICU

DO

De acordo com a engenheira res-ponsável pelo projeto, Maria Célia Zican, o desenvolvimento para a pro-dução das grandes partes metálicas da carroceria como laterais, tampa traseira, capô e para-lamas levou um bom tempo. Os componentes são fornecidos pela Magnetto.

“Outras peças estão em processo de nacionalização”, diz a engenheira. Componentes eletrônicos como a tela sensível ao toque permanecerão importados. Os dois motores são 1.6 flex e dotados de sistema de partida a

frio que dispensa o tanquinho de ga-solina. Um deles é produzido dentro da fábrica PSA Peugeot Citroën de Porto Real, tem 122 cavalos e utiliza câmbio automático de quatro mar-chas ou manual de cinco.

O outro, THP, vem da França com turbo, injeção direta de combustível e produz até 173 cavalos. Sua trans-missão é manual de cinco velocida-des. O 2008 é o primeiro Peugeot a usar a versão bicombustível do THP. No Grupo PSA, ele estreou no Citroën C4 Lounge em 2014.

2008A PEUGEOT ESPERA VENDER MIL UNIDADES POR

MÊS DO 2008, concorrendo com Ford EcoSport, Renault

Duster e os recém-lançados Honda HR-V e Jeep Renegade

MÁRIO CURCIO

56-57_[PEUGEOT-2008].indd 56 16/04/2015 22:18:13

Page 57: Revista Automotive Business - edição 32

O novo carro ajudará a Peugeot a recuperar parte das vendas, em queda desde 2011: “Es-peramos vender mil unidades do modelo por mês”, estima o diretor de marketing, Frederico Battaglia. Embora chamado de crossover pela montadora, o novato vai concorrer com Ford EcoSport, Renault Duster e outros dois utili-tários esportivos nacionais recém-lançados, o Honda HR-V e o Jeep Renegade. Também es-tão no segmento o mexicano Chevrolet Tracker e os chineses Chery Tiggo e Lifan X60 (este úl-timo montado no Uruguai).

Battaglia e o diretor-geral da Peugeot do Brasil, Miguel Figari, preferiram não dizer na direção de qual ou quais deles a montadora vai apontar o 2008. Battaglia admite, porém, que a versão mais vendida será a Griffe 1.6 automática, tabelada em R$ 74.990. O novo Peugeot tem três anos de garantia e revisões com preços predeterminados, que variam de R$ 372 a R$ 992, conforme a quilometragem rodada e a motorização. n

MUDANÇAS NA REDED urante a apresentação do carro, o diretor-geral da montadora

no Brasil, Miguel Figari, abordou as mudanças pelas quais a rede está passando. “Começamos um plano de reestruturação em outubro de 2014, que vai até dezembro de 2015. No fim do ano teremos 120 concessionárias”, afirma. Ele e Battaglia expli-cam que esse número aumentará em duas unidades apenas, já que hoje são 118 lojas, mas a renovação implicará o fechamento e reabertura de 20 lojas já existentes em outros pontos.

“Mudamos o foco de nossos produtos. Não temos mais a li-nha 207 (...) Teremos uma rede rentável sem grandes volumes”, afirma Figari. Segundo ele, a intenção é mostrar a Peugeot como uma marca “premium”, de carros mais completos e sofisticados. E as revendas terão de transmitir essa ideia.

“Hoje não há um padrão, mas as concessionárias já passam por um plano de renovação interna, externa e de pós-venda, até porque as oficinas precisaram de mudanças com a chegada do 2008. As alterações incluem a troca do tom de azul e também um novo leão”, conclui o diretor-geral.

FLOW − THERMAL − STRESS − EMAG − ELECTROCHEMISTRY − CASTING − OPTIMIZATION REACTING CHEMISTRY − VIBRO-ACOUSTICS − MULTIDISCIPLINARY CO-SIMULATION

DISCOVER BETTER DESIGNS. FASTER.

[email protected]

+55 (11) 2729 8255

WORKSHOP – SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL NA INDÚSTRIA DA MOBILIDADE - 14 MAY 2015FOR MORE INFORMATION: WWW.CD-ADAPCO.COM/WORKSHOPS

Automotive business advert may 2015.indd 1 16/04/2015 14:2256-57_[PEUGEOT-2008].indd 57 17/04/2015 10:35:28

Page 58: Revista Automotive Business - edição 32

58 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

OS CENÁRIOS PARA O SETOR AUTOMOTIVO DEVEM MELHORAR EM 2016, MAS A RECUPERAÇÃO SÓ VIRÁ EM 2017. ENQUANTO ISSO, AS EMPRESAS APOSTARÃO NAS

EXPORTAÇÕES E NO AFTERMARKET

D riblando a crise instalada entre as empresas do se-tor automotivo, o VI Fórum da Indústria Automo-bilística repetiu o sucesso das edições anteriores,

reunindo 861 participantes no Golden Hall do World Trade Center, em São Paulo, no dia 6 de abril. O evento promo-vido por Automotive Business, maior do gênero no País, evidenciou e discutiu as dificuldades que os fabricantes de veículos e autopeças enfrentarão em direção à retomada

dos negócios, prevista para 2017, depois de uma tímida evolução em 2016. Um dos destaques do fórum foram dois workshops, que promoveram o encontro entre pro-fissionais de autopeças e uma centena de representantes das áreas de compras e engenharia das montadoras e de secretarias de Estados que possuem polos automotivos.

No entender da maioria dos palestrantes e debatedores presentes ao evento, este ano o mercado de veículos le-

58 • AutomotiveBUSINESS

A RETOMADA DOS

NEGÓCIOS

ENCONTRO recebeu 861 profissionais do setor automotivo FO

TOS:

RU

Y H

IZA

58-65_FORUM-AB.indd 58 18/04/2015 11:39:25

Page 59: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 59AutomotiveBUSINESS • 59

ves e comerciais pesados contabiliza-rá vendas no patamar de 2,8 milhões a 2,9 milhões de unidades, embora a projeção da Carcon Automotive, em-presa especializada em forecast, seja mais otimista, antecipando o empla-camento de até 3,08 milhões de veí-culos. A Anfavea, entidade represen-tante das montadoras, estima vendas totais este ano de 3,04 milhões de veículos (queda de 13,2% em relação a 2014), para uma produção de 2,83 milhões de unidades (recuo de 10% ante o ano passado).

O presidente da Anfavea, Luiz Mo-an, que abriu o programa de pales-tras do fórum, reconheceu as dificul-

dades enfrentadas pelas associadas, mas disse apostar na recuperação da confiança nos rumos da economia para justificar previsões razoavelmen-te otimistas. Ele acredita também em um avanço de 1,1% nas exportações, para 338 mil unidades, e revela que o programa de renovação de frotas de caminhões deve avançar.

Carlos Eugênio Dutra, diretor de planejamento e estratégia de produ-tos da Fiat Chrysler Automobiles dei-xou claro em sua palestra que a Jeep ocupa lugar de destaque dentro do grupo ítalo-americano e ganha fábri-ca em Pernambuco, que já produz o Renegade, modelo criado para com-petir no efervescente segmento de SUVs compactos. Já com relação aos produtos da FCA na região, duas das novidades já são relativamente conhe-cidas: uma picape média e um veículo compacto com vocação urbana. Os outros produtos apontam para um sedã, que substituiria o Linea, e, pos-sivelmente, o Fiat 500X, que compar-tilha a plataforma small wide com o

Renegade. Dutra, no entanto, negou todas essas possibilidades.

Segundo a consultora Letícia Cos-ta, diretora da Prada Assessoria, a in-dústria não aprendeu com crises an-teriores para se fortalecer agora. Para ela, o momento atual é mais grave do que a recessão vivida em 2008 e

LETÍCIA COSTA, diretora da Prada Assessoria

A INDÚSTRIA NÃO APRENDEU

COM CRISES ANTERIORES PARA SE FORTALECER AGORA

MOAN: aposta nas exportações e

renovação de frotas

DUTRA: Jeep ocupa lugar de destaque entre as marcas da Fiat Chrysler

58-65_FORUM-AB.indd 59 18/04/2015 11:39:32

Page 60: Revista Automotive Business - edição 32

60 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

“É HORA DE EXPORTAR”, DIZ PAULO BUTORIO PRESIDENTE DO SINDIPEÇAS AFIRMA QUE AS AUTOPEÇAS BRASILEIRAS VOLTAM A SER COMPETITIVAS NO CENÁRIO INTERNACIONAL

D iante do atual cenário econômico e com ven-

das de veículos novos capen-gando, o setor de autopeças deve mirar nas exportações e no pós-venda para contor-nar a crise. Esta é a opinião do presidente do Sindipeças, Paulo Butori, que participou do VI Fórum da Indústria Au-tomobilística em painel de de-bates, juntamente com David Wong, diretor da A.T. Kearney, e Maurício Muramoto, diretor da Deloitte. “É momento de tentar exportar, com a relação cambial mais favorável”, disse. Ele observou também que as empresas devem investir na busca de produtividade.

Sobre a questão da ociosidade, Butori comentou que o nível provavelmente ficará acima de 40%, caso o mer-cado permaneça como está. “Em 2016 a tendência é

diminuir, se o câmbio ajudar”, observa. Para o dirigente, o programa Inovar-Auto não trouxe até agora nenhum benefício ao setor de autopeças. “Com a rastreabilidade e o compromisso de compras localizadas, nos próxi-mos dois anos pode ser que a iniciativa do governo aju-de um pouco”, disse. (Alexandre Akashi)

2009. “Nos últimos dez anos o Brasil se preocupou mais em fazer crescer o consumo e as vendas internas do que em entrar efetivamente no mer-cado global”, advertiu.

A consultora acredita que, ape-sar de a crise de confiança do con-sumidor e do empresariado abalar o setor, o País não deve proteger as empresas e blindar o mercado, mas focar no aumento da competi-tividade. Letícia criticou a evolução do Inovar-Auto, mas ressalvou que é fundamental manter as regras do programa. E questionou se a indús-tria quer continuar tendo um gran-de e protegido mercado interno ou se vai, finalmente, ser um relevante player no cenário global.

70 empresas patrocinaram ou apoiaram o FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA. Delas, 30 participaram da feira de tecnologia como expositoras

MURAMOTO, Butori e Wong: exportações e pós-venda ajudam

58-65_FORUM-AB.indd 60 18/04/2015 11:39:36

Page 61: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 61

58-65_FORUM-AB.indd 61 18/04/2015 11:39:37

Page 62: Revista Automotive Business - edição 32

62 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

A umentar o índice de nacionaliza-ção dos veículos produzidos no

Brasil é uma meta permanente, con-cordaram os executivos de compras das montadoras que participaram do painel A Nova Dinâmica da Cadeia de Suprimentos, durante o VI Fórum da Indústria Automobilística. A sessão de debates reuniu Edvaldo Picolo, gerente executivo de suprimentos da Volkswagen para a América do Sul, Erodes Berbetz, diretor de compras da Mercedes-Benz do Brasil, João Pi-mentel, diretor de compras da Ford

NACIONALIZAÇÃO DEPENDE DE

COMPETITIVIDADEPARA MONTADORAS COMPRAREM LOCALMENTE,

FORNECEDORES PRECISAM OFERECER MAIS

América do Sul, e Stephan Keese, consultor e diretor da Roland Berger.

Diante do dólar em alta e início efetivo da rastreabilidade de autope-ças, os executivos de compras e o consultor da Roland Berger admiti-ram que existem oportunidades para fornecedores localmente, mas com restrições. “A busca é por parceiros mais estáveis, de longo prazo e que adicionem valor”, disse Keese.

“Queremos localizar”, afirmou Pico-lo, da Volkswagen. “O conteúdo local exige das empresas esforço em de-

senvolvimento”, completou, ao infor-mar que este ano a montadora deve comprar R$ 11 bilhões em autopeças, o mesmo volume do ano passado. O executivo acrescentou que o índice de nacionalização dos produtos da mon-tadora está situado entre 80% a 85% e há oportunidades para avanços.

Berbetz confirmou que 75% a 80% das compras da Mercedes-Benz são realizadas no Brasil. “Antes da rastre-abilidade já fazíamos um controle do que é comprado no País e nesses seis primeiros meses de testes confirma-mos que nosso controle é eficiente”, afirmou, explicando que o volume de compras para este ano será inferior ao de 2014, por conta da retração do mercado. De acordo com o executi-vo, a empresa está de portas abertas para fornecedores locais. “É impor-tante que o fornecedor venha com competitividade”, ressalvou.

João Pimentel, da Ford, comentou que este ano irá comprar 5% a 10% menos. Apesar disso, tem expectativa de ganhar market share com o novo Ka e as picapes da Série F. Ele re-velou que a Ford tem utilizado como estratégia a comunização de compo-nentes para gerar escala e conseguir comprar localmente: “Queremos ter o máximo possível de peças do lado da fábrica, mas o fornecedor precisa ser competitivo”. (Alexandre Akashi)

KEESE, Pimentel, Berbetz e Picolo analisaram a cadeia de suprimentos

58-65_FORUM-AB.indd 62 18/04/2015 11:39:41

Page 63: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 63

MERCADO EM QUEDA, NOVATOS EM ALTANOVOS FABRICANTES MANTÊM PREVISÕES DE CRESCIMENTO EM CENÁRIO ADVERSO

B oa parte das novas fábricas mantém previsão de crescimento, ainda que o mercado tenha pers-

pectiva inversa, de queda. Nissan e Toyota falam em avanço acima de 10% para 2015. A BMW, confiante no crescimento do mercado premium, também es-pera avançar, especialmente quando sua fábrica de Araquari (SC) estiver em plena operação, até o fim deste ano. Tudo em um cenário de estimativa de queda de 10% a 15% no total de vendas.

Na avaliação de Vitor Klizas, diretor-geral da consultoria IHS Automotive, que participou do pai-nel A Evolução dos Empreendimentos, apesar do cenário de contração de vendas, é preciso lembrar que o Brasil continua a ser um dos maiores mer-cados automotivos do mundo e isso justifica os inves-timentos, mesmo que no curto prazo as novas fábricas provoquem excesso de capacidade que já encosta nos 50% este ano. As projeções da IHS consideram a volta do crescimento das vendas de veículos no País a partir de 2016, mas ainda em ritmo tímido, em torno de 2%. “O mercado brasileiro só deve voltar a superar 3,7 mi-lhões de unidades depois de 2018”, projetou.

A Chery Brasil, que começou a produzir este ano em Jacareí (SP), é a única chinesa que efetivamen-te concretizou a promessa de ter fábrica no País até o momento, mas também foi a primeira das novatas a enfrentar uma greve. “Este é um momento em que precisamos de entendimento”, explicou Luis Cury, vice--presidente.

Mas esse não é o único problema que a chinesa en-frenta. “A desvalorização do real diante do dólar nos prejudicou enormemente. Nós prevíamos ter de atingir uma nacionalização de componentes de 70% em cerca de dois anos, mas o câmbio obrigou essa localização a acontecer agora para que nos mantenhamos competi-tivos. Hoje essa é a prioridade número um”, destacou. A alta do dólar também impedirá a chegada da nova geração do QQ ainda neste semestre. “A necessidade de aumentar a taxa de nacionalização dos carros vai atrasá-lo”, pondera Cury, prevendo o lançamento para depois de setembro.

A grande queixa dos executivos, mais do que o au-mento do dólar, é a volatilidade da moeda. “Não saber com que taxa trabalhar é o que mais atrapalha”, ava-

liou Cury. Luiz Carlos Andrade Júnior, vice-presidente executivo da Toyota, complementou: “Até podemos ter uma boa taxa de nacionalização, mas isso não ajuda nada se os nossos fornecedores estiverem suscetíveis a essa volatilidade.”

Maior nacionalização também está nos planos do Grupo Caoa, que monta veículos Hyundai em Anápo-lis (GO), incluindo o minicaminhão HR e os SUVs Tuc-son e ix35. No segundo semestre está prevista a volta da produção do caminhão médio HD, desta vez com maior conteúdo local, incluindo o motor comprado no Brasil da FPT, o que vai garantir mais de 60% de itens nacionais em peso e valor, o suficiente para habi-litar ao financiamento com taxas atrativas do BNDES Finame. “Já temos um índice médio de nacionaliza-ção de 62% nos veículos que fazemos em Anápolis e conversamos com fornecedores para aumentar esse porcentual”, informa Antonio Maciel Neto, presidente do Grupo Caoa.

As exportações, apontadas como salvação, es-pecialmente agora com o real depreciado, não são uma solução tão simples. “É preciso ter produtos pensados para os mercados a atingir, coisa de mé-dio a longo prazo”, disse Ronaldo Znidarsis, vice--presidente de vendas e marketing da Nissan. “Se eu pudesse pedir algo ao governo, seria para que ele estabeleça novos acordos comerciais com parceiros relevantes, a fim de incentivar as exportações”, afir-mou Arturo Piñeiro, presidente da BMW do Brasil. (Gustavo Henrique Ruffo e Pedro Kutney)

CURI, Znidarsis, Maciel, Klizas, Andrade e Piñeiro: nacionalização é uma preocupação comum

58-65_FORUM-AB.indd 63 18/04/2015 11:39:43

Page 64: Revista Automotive Business - edição 32

64 • AutomotiveBUSINESS

FÓRUM DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA

2015 pode ser mais do que apenas um ano difícil. Segundo Octavio de Barros, economista-chefe e diretor do Departamento de Pesqui-

sas e Estudos Econômicos do Bradesco, existe a chance de ele ser também o ano de criação de uma nova plataforma de crescimento da economia do Brasil, que recupere a confiança necessária para investimentos. Foi essa a ideia central da palestra As perspectivas da Economia, durante o VI Fórum da Indústria Au-tomobilística. “Em menos de 40 dias, a nova equipe econômica já foi capaz de reverter um modelo econômico que perdurava há quatro anos. Foi isso o que fez a Standard & Poors não reduzir o rating da economia brasileira e dar a ela o benefício da dúvida”, analisou.

O conselho de Barros é que as empresas, especialmente as indústrias, refaçam seus planos estratégicos. E a desvalorização do real diante do dólar deve ser o me-lhor caminho para isso. “A indústria automotiva, por exemplo, terá dois a três anos de ajustes e sofrerá um enxugamento, sem dúvida nenhuma. Hoje ela já enfren-ta estoques elevados e capacidade ociosa. Uma saída para isso será uma orien-tação exportadora, mas isso leva tempo. É preciso recuperar mercados, preparar produtos adequados a cada um deles e voltar a vender para o mercado externo.” (Gustavo Henrique Ruffo)

CAMINHÕES: OTIMISMO, APESAR DO TOMBOMESMO EM ANO DIFÍCIL, CRESCIMENTO SERÁ GRADATIVO, APONTAM FABRICANTES

O ano de 2015 está difícil, mas o período de quedas já passou. Es-

se foi praticamente um consenso entre os executivos das principais fabricantes de caminhões que participaram do pai-nel Pesados – a Volta do Crescimento: Antonio Baltar, gerente de marketing e vendas da Ford Caminhões; Bernar-do Fedalto, diretor de vendas de cami-nhões da Volvo do Brasil; Marco Borba, vice-presidente da Iveco Latin Ame-rica; Mathias Carlbaum, diretor-geral de operações da Scania Brasil; Ricar-do Alouche, vice-presidente de ven-

das, marketing e pós-vendas da MAN Latin America; e Roberto Leoncini, vice-presidente de marketing, vendas e pós-vendas de caminhões e ônibus da Mercedes-Benz do Brasil.

Após um ano de retomada em 2013 (154,5 mil unidades), o seg-mento de caminhões enfrentou uma queda considerável nas vendas em 2014 (137 mil unidades), número que tende a piorar em 2015 (94 mil unidades, segundo previsão da Car-con Automotive). “O que vemos é que há uma crise de confiança na

economia em geral. Os clientes es-tão adiando suas compras”, avaliou Antonio Baltar, da Ford.

“Quem precisava renovar ou am-pliar sua frota já fez isso nos últimos anos, o que faz com que estejamos em um momento de acomodação do mercado”, afirmou Marco Borba, da Iveco. Ainda assim, a fabricante se encontra em um ciclo pesado de investimentos, que contempla R$ 650 milhões a ser gastos na área de pes-quisa e desenvolvimento e na nacio-nalização de produtos.

UMA NOVA PLATAFORMA DE CRESCIMENTOCENÁRIO É DE OPORTUNIDADE DE VIRAR O JOGO EM 2015, APOSTA OCTAVIO DE BARROS

OCTAVIO DE BARROS, diretor do Bradesco

58-65_FORUM-AB.indd 64 18/04/2015 11:39:45

Page 65: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 65

PARTICIPANTES DO FÓRUM ADMITEM CRISE NO SETOR62,3% DOS PRESENTES AO EVENTO DISCORDARAM DA OPINIÃO DO MDIC

O s participantes do VI Fórum da Indústria Automobi-lística demonstraram opinião contrária à do minis-

tro Armando Monteiro, do MDIC, que recentemente ga-rantiu não haver crise no setor automotivo. “É algo que passa longe”, disse ele. Para 62,3% da plateia do evento, no entanto, o setor vive uma crise intensa, como apontou uma pesquisa eletrônica em tempo real. Outros 36,8% opinaram que a crise existe, mas é moderada. E apenas 0,9% respondeu que não há crise.

Somente 5,6% do auditório disse que a retomada dos negócios ocorrerá a partir do segundo semestre,

enquanto 38,3% acreditaram que o cenário vai melho-rar em 2016 e outros 45,6% apostaram em um avanço apenas em 2017. Para 10,6%, a retomada chegará de-pois de 2017.

A pesquisa revelou que a desvalorização do real foi desfavorável para as empresas de 62% dos participantes do fórum, ante 24,6% que admitiram efeito favorável e 13,4% que afirmaram que a variação cambial não trouxe efeitos positivos ou negativos. Para 76,2% dos presentes, a inflação de 2015 ficará entre 6% e 9%, enquanto outros 20,8% acreditam que a variação estará acima de 9%. n

Líder de mercado em 2014, a MAN já previa uma retração desde o ano passado. “Com a Copa do Mundo e as eleições, já imaginávamos que 2014 seria um ano difícil, mas aca-bou sendo um pouco mais. O que fugiu um pouco do previsto foi a re-tomada do mercado, que está demo-rando para ocorrer. Nesse ritmo, o resultado de 2015 tende a ser ainda pior, uma vez que já estamos em abril e cada vez há menos meses para re-cuperar o prejuízo no ano”, lamentou Ricardo Alouche, da MAN.

A principal estratégia das marcas para manter suas posições ou avan-çar nessa disputa diz respeito ao rela-cionamento com os clientes. “Market share é reconhecimento e passa por entender o que o cliente precisa e ajudá-lo a ser mais produtivo e fatu-rar mais. Ao fazermos isso, ampliar nossa participação é uma consequ-ência”, garantiu Roberto Leoncini, da Mercedes-Benz.

RECUPERAÇÃOEntre as soluções discutidas durante o painel de debates está o programa de renovação da frota, que também ajudaria a tirar caminhões muito ve-lhos, poluentes e inseguros das ruas.

Essa medida, aliada à ampliação da oferta de crédito, poderia ajudar a di-minuir os efeitos da crise, concorda-ram os executivos.

Apesar do mau momento – que ge-ra desafios às fabricantes no que diz respeito às vendas e à manutenção de seus funcionários –, os investimentos no País estão mantidos, o que mostra que há, sim, otimismo para o médio prazo. A MAN se encontra em um ci-clo de investimentos de R$ 1 bilhão, iniciado em 2012 e com término

previsto para 2016. A Mercedes-Benz também está na mesma situação, com R$ 730 milhões sendo gastos entre 2014 e 2015. Volvo (US$ 500 milhões entre 2013 e 2015) e Scania (R$ 100 milhões anualmente) tam-bém apostam no País.

Entre as empresas que já iniciaram suas operações e as que estão por vir estão a DAF, a Foton Aumark, a Me-tro-Shacman e a Sinotruk. Somados seus investimentos, os aportes pas-sam de R$ 1 bilhão. (Rodrigo Lara)

LEONCINI, Alouche, Carlbaum, Borba, Baltar e Fedalto: à espera da retomada

58-65_FORUM-AB.indd 65 18/04/2015 11:39:50

Page 66: Revista Automotive Business - edição 32

66 • AutomotiveBUSINESS

LUXO

A confiança da Audi em voltar a fabricar automóveis no Brasil não foi abalada nem mesmo

pela mudança do cenário da econo-mia nacional. Durante a conferência anual da montadora em sua matriz, na cidade de Ingolstadt, Alemanha, o CEO Rupert Stadler apontou que foi no País que a companhia regis-trou o maior crescimento porcentu-al de vendas em 2014. Com evolu-ção de 86,6% sobre 2013, foram entregues 12,4 mil carros da marca nacionalmente. O bom resultado

SUSTENTA OTIMISMO NO BRASIL

COMPANHIA ACREDITA QUE O MERCADO INTERNO DE CARROS DE LUXO ALCANÇARÁ 150 MIL UNIDADES POR ANO

aconteceu mesmo diante da contra-ção de 7,1% do mercado total.

O volume ainda é pequeno, mas em seu retorno como fabricante na-cional a Audi pretende tirar proveito do grande potencial de expansão das vendas do segmento premium localmente. Martin Sander, vice--presidente da companhia para as Américas, acredita que a deman-da por automóveis de luxo no País pode chegar a 150 mil unidades por ano em 2020. Em 2014 foram emplacados localmente perto de 50 mil carros do segmento, com cerca de 1,5% de participação no merca-do nacional.

Para o executivo, a categoria avança com certa independência da instabilidade econômica. Sander avalia que, até então, o segmento premium era subdesenvolvido no País. “Enquanto no Brasil a catego-ria não responde nem por 2% das vendas, na Alemanha a participação

é de 20%”, analisa. Segundo ele, o porcentual nacional também é significativamente inferior ao re-gistrado em outros países emer-

AUDI

GIOVANNA RIATO, DE INGOLSTADT (ALEMANHA)

gentes, como Rússia e China. Para o executivo, o potencial de

expansão justifica o início da ope-ração das fábricas de marcas de luxo no País. A Audi deve começar a trabalhar em sua linha de mon-tagem brasileira, em São José dos Pinhais (PR), entre setembro e ou-tubro de 2015. O primeiro carro a sair da planta, compartilhada com a Volkswagen, será o A3 sedã. No próximo ano começa a ser feito ali o Q3. Além de retomar a produção local, a empresa aumentará a co-bertura da rede de concessionárias, que deve chegar a 50 casas até o fim do ano e a 67 em 2017.

LOCALIZAÇÃO NECESSÁRIAA nacionalização de alguns mode-los da marca acompanha o movi-mento das concorrentes do seg-mento. A BMW começou a fabricar automóveis em Araquari (SC) em 2014. Já a Mercedes-Benz trabalha na construção de planta em Irace-mápolis (SP), que deve iniciar as ati-vidades em 2016. No mesmo ano a Jaguar Land Rover dará início à

STADLER, CEO da companhia, destaca o crescimento das vendas da Audi no Brasil

66-67_[AUDI].indd 66 16/04/2015 22:34:05

Page 67: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 67

PLANO GLOBALO Brasil é um dos pilares do fortalecimento da

presença global da Audi. Em 2014 a fabricante alcançou recorde de vendas, com 1,74 milhão de carros. O objetivo é chegar a outro volume histórico este ano, com o emplacamento de 2 milhões de veículos mundialmente. “Queremos crescer mais do que o mercado global, com expansão em todas as regiões”, diz Stadler.

A boa perspectiva é sustentada apesar de a empresa reconhecer que o cenário ainda não é de estabilidade para este ano. “As condições gerais para a indústria automobilística permanecem desafiadoras. Embora a economia global tenha crescido 2,7%, a situação de várias regiões importantes permanece desigual”, afirma o executivo.

No médio e longo prazo, a Audi pretende sustentar sua expansão em robustos investimentos globais. Serão aplicados t 24 bilhões até 2019. Deste total, 80% irão para as áreas de inovação e desenvolvimento de produtos. Para este ano está programado o lançamento

mundial dos novos Q7, R8 e A4. Em 2017 deve chegar aos principais mercados o A8 com direção autônoma, importante salto tecnológico da companhia. O modelo rodará de forma independente em situações específicas, como em rodovias. O condutor assumirá o volante caso o sistema não tenha autonomia para administrar a situação.

Todas as montadoras avançam em projetos para a chegada de modelos autônomos. O anúncio da Audi é uma resposta ao plano da Mercedes-Benz de começar a vender carros com a tecnologia em 2020. A companhia informa que as primeiras unidades deverão chegar ao mercado com preço elevado, mas, à medida que o volume de produção crescer, os custos ficarão menores. O investimento da Audi nos próximos anos também dará conta de ampliar a gama de produtos dos atuais 52 para 60 modelos.

AUDI EM NÚMEROSRESULTADOS DE 2014

1,74 MILHÃO DE CARROS VENDIDOS NO MUNDO

12,4 MIL EMPLACAMENTOS NO BRASIL

t 5,99

BILHÕES DE FATURAMENTO, 7,8% MAIOR QUE O DE 2013t53,78

BILHÕES DE LUCRO OPERACIONAL, EM EXPANSÃO DE 12,5%

t4,42 BILHÕES DE LUCRO LÍQUIDO, COM ALTA DE 10,3%

produção em Itatiaia (RJ). “Temos ainda vantagem competitiva de ter sinergias na operação local com a Volkswagen”, afirma Sander, que espera alcançar em 2020 a capaci-dade máxima da planta, de 26 mil carros por ano.

A Audi pretende alcançar a li-derança nacional nas vendas de carros premium, posição ocupada hoje pela BMW. A evolução recente do desempenho da companhia no Brasil mostra que este não é um objetivo tão distante. Em 2013 a Audi ocupava a quarta posição no segmento de luxo, atrás de BMW, Mercedes-Benz e Land Rover. Em 2014 a companhia já avançou para a segunda colocação. Este ano a marca alcançou a liderança da ca-tegoria em fevereiro. “Não sei se fecharemos o ano assim, mas isso não é o mais importante. Temos a base para um negócio de sucesso no Brasil”, ressalta Sander. n

AUDI entregou mais de 1,7 milhão de carros no mundo em 2014

66-67_[AUDI].indd 67 16/04/2015 22:34:09

Page 68: Revista Automotive Business - edição 32

68 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

65 FINALISTAS DISPUTAM

PRÊMIO REI 2015ESCOLHA DOS VENCEDORES SERÁ FEITA PELOS LEITORES DE

AUTOMOTIVE BUSINESS E PARTICIPANTES DE FÓRUNS

Conhecidos os 65 cases finalistas do Prêmio REI – Reconhecimento à Excelên-cia e Inovação, já está em curso a segunda etapa para escolha dos vencedores dessa iniciativa, que tem como objetivo apontar os melhores empreendimentos

da indústria automobilística no período compreendido entre 1o de fevereiro de 2014 e 1o de fevereiro de 2015.

Automotive Business, promotora do prêmio, recebeu cases em 13 categorias, que foram submetidos à apreciação de um júri constituído de 19 profissionais experientes na indústria automobilística. Foram escolhidos, nessa seleção primária, cinco cases em cada categoria, que estão descritos em www.automotivebusiness.com.br.

Nenhuma taxa é cobrada das empresas que concorrem ao Prêmio REI e os profissionais de Automotive Business não participam do processo de seleção, garantindo total indepen-dência ao empreendimento.

ELEIÇÃOO case vencedor, entre os cinco finalistas, será esco-

lhido por meio de eleição entre os leitores da revista e da newsletter Automotive Business. Os leitores da revista recebem uma cédula impressa com senha para votar ele-tronicamente no mesmo hotsite especial que será utiliza-do pelos leitores da newsletter para votar.

Os participantes do VI Fórum da Indústria Automobi-lística (6 de abril) e III Fórum de RH (18 de maio) rece-bem cédulas para votação do Prêmio REI 2015 durante

a realização dos eventos. Os votos serão somados aos apurados no hotsite e aos gerados pelas cédulas encarta-das na revista Automotive Business.

Automotive Business realizará uma cerimônia para a entrega dos troféus aos finalistas e aos vencedores. A festa ocorrerá dia 10 de junho e os resultados finais serão publicados no portal, na newsletter e na revista Automoti-ve Business. Haverá também cobertura da ABTV, divul-gada no portal AB e no YouTube.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 68 16/04/2015 23:05:27

Page 69: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 69

JURADOS DO PRÊMIO REI

AGENDA DO PRÊMIO REI 2015 CATEGORIAS DO PRÊMIO REI 2015

ALBERTO LIMENAProDeal

ANGELO MORINOConsultor

ARNALDO PELLIZZAROABI Consultoria

CARLOS CAMPOSPrime Action

FÁBIO PEAKE BRAGASAE Brasil

FLÁVIA PIOVACARIConsultora

FRANCISCO SATKUNASConsultor

FRANCISCO TRIVELLATOTrivellato Inform. & Estratégias

JEANNETTE GALBINSKISetec Consultoria

JULIAN SEMPLECarcon Automotive

1. EMPRESA DO ANO

2. PROFISSIONAL DE MONTADORA

3. PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

4. VEÍCULO LEVE

5. COMERCIAL PESADO

6. MARKETING E PROPAGANDA

7. MANUFATURA E LOGÍSTICA

8. ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

9. SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE

SOCIOAMBIENTAL

10. AUTOPEÇAS

11. POWERTRAIN

12. INSUMOS

13. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

• ENVIO DE SUGESTÕES 20 de fevereiro Recebimento dos cases

• ANÚNCIO DOS INDICADOS NA PRIMEIRA FASE (FINALISTAS) 16 de março

• FASE DE VOTAÇÃO POPULAR De 1o de abril a 1o de junho Votação eletrônica

6 de abril Votação com cédulas no VI Fórum da Indústria Automobilística

18 de maio Votação com cédulas no III Fórum de RH na Indústria Automobilística

• DIVULGAÇÃO DOS VENCEDORES E ENTREGA DOS TROFÉUS 10 de junho de 2015

LUIZ SÉRGIO ALVARENGASindirepa

MARCOS AMATUCCIESPM

MÁRIO GUITTIIQA

MAURÍCIO MURAMOTOConsultor

MOACIR RICCIConsultor

PAULO CARDAMONEBright

PAULO GARBOSSAADK

STEPHAN KEESERoland Berger

VALTER PIERACCIANIPier

68-86_PREMIO-REI_3.indd 69 16/04/2015 23:05:28

Page 70: Revista Automotive Business - edição 32

70 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

EMPRESA DO ANO

BMWVEÍCULOS PREMIUM MADE IN BRAZILPrimeira fabricante de veículos premium a iniciar produção no Brasil, a BMW inaugurou em outubro de 2014 planta em Araquari (SC), fruto de investimento de t 200 milhões. Ali serão feitos modelos das marcas BMW e Mini. A operação tem potencial para 32 mil carros por ano. O modelo fabricado inicialmente pela companhia no Brasil foi o Série 3 320i Active Flex, primeiro bicombustível etanol-gasolina da montadora e o primeiro flex turbinado do mundo.

CAOAEM 35 ANOS, CONQUISTAS E DIVERSIDADEEm 2014, a Caoa comemorou 35 anos. O Grupo comercializa a linha de importados Hyundai e Subaru, além de ser o maior distribuidor da linha HB20, da Hyundai Motor do Brasil e de possuir a maior rede de concessionárias da marca Ford na América Latina. A Caoa apontou alta de 4% em 2014, para 57.425 unidades, e atingiu a produção de 20 mil unidades do ix35 Flex.

FIAT CHRYSLER AUTOMOBILESFCA EXPANDE OPERAÇÕES E INVESTE EM PRODUTOS INOVADORESO grupo Fiat adotou o nome de Fiat Chrysler Automobiles (FCA) em 2014 e passou a expandir as atividades no País para abrigar também as marcas do grupo Chrysler. A empresa abre a nova fábrica, em Goiana, PE, e reforça a identidade da marca Jeep, que tem o inovador SUV Renegade como primeiro produto da marca a ser montado em Pernambuco. Até o fim de 2016, a FCA lançará no País quatro modelos Fiat e dois Jeep fabricados localmente.

FORD EM 2014, LINHA 100% GLOBAL NO BRASIL E RESULTADOS EXPRESSIVOSCom o lançamento do Novo Ka, a Ford se tornou a primeira montadora a oferecer uma linha de produtos 100% globais no País. O Novo EcoSport, o New Fiesta Hatch, o Focus Hatch e o Fusion têm bom desempenho de vendas em seus segmentos de mercado. Já no terceiro mês de vendas, o Novo Ka cumpriu o objetivo de ter vendas na casa de cinco dígitos. Em janeiro, o Novo Ka atingiu 50.000 unidades comercializadas no varejo, cinco meses após o lançamento.

HYUNDAI MOTORINOVAÇÃO SE TRADUZ EM CRESCIMENTO EM 2014Em 2014, a Hyundai Motor Brasil alcançou 300 mil unidades vendidas com o HB20, que encerrou o ano entre os cinco veículos de passeio mais emplacados. Parceira au-tomotiva exclusiva da Copa do Mundo Fifa, a Hyundai manteve a produção com seus 2.700 colaboradores e encerrou 2014 com 179.724 HB20 vendidos, anotando 14% de crescimento em vendas em relação a 2013, em mercado que caiu 7%.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 70 16/04/2015 23:05:31

Page 71: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 71

PROFISSIONAL DE MONTADORA

CLEDORVINO BELINIPRESIDENTE DA FIAT CHRYSLER AUTOMOBILES AMÉRICA LATINA

Belini destacou-se em 2014 pelo comando decisivo das operações que levam a FCA a novos patamares de desempenho no País, com investimentos significativos na fábrica de Betim. A marca consolidou a liderança de vendas no Brasil e Belini comandou a volta das operações da Jeep ao Brasil, com investimento de mais de R$ 7 bilhões no Polo Automotivo Jeep de Goiana, em Pernambuco, que já produz o Jeep Renegade.

PHILIPP SCHIEMERPRESIDENTE DA MERCEDES-BENZ DO BRASIL

Também CEO para a América Latina, Philipp Schiemer lançou 40 inovações no portfólio de caminhões, elevou a participação dos ônibus da marca em projetos de mobilidade ur-bana e ampliou a oferta de serviços de pós-venda. Anunciou importantes investimentos para veículos comerciais e a construção da fábrica de automóveis premium em Iracemá-polis (SP), que será inaugurada em 2016.

ROBERTO CORTESPRESIDENTE E CEO DA MAN LATIN AMERICA

Roberto Cortes mais uma vez mostrou sua visão de negócio tomando ações preventivas antes da retração do mercado, ajustando o volume de produção à demanda de ven-das sem traumas ou conflitos. Antecipando-se às dificuldades, garantiu uma conquista histórica: um acordo sindical para redução da jornada de trabalho e a negociação de diversos benefícios em 2015, sem desgaste com a sua força de trabalho.

VILMAR FISTAROLPRESIDENTE DA CNH INDUSTRIAL

Vilmar Fistarol assumiu o desafio de liderar no Brasil uma companhia com atuação diversificada, coordenar as diretorias e a sinergia de seis marcas e gerenciar uma ampla estrutura de colaboradores dividida entre as sete fábricas brasileiras da companhia. Com mais 24 anos de experiência profissional no setor industrial, foi responsável mundial pela área de compras da Fiat Chrysler e Head of Group Purchasing Fiat/Chrysler para a América Latina. É membro do Conselho Sênior da SAE Brasil.

WILLIAM LEEPRESIDENTE DA HYUNDAI MOTOR BRASIL

William Lee tem entre suas conquistas o sucesso do HB20, que encerrou 2014 co-mo o quinto veículo mais vendido e, em janeiro de 2015, alcançou a quarta posição no ranking. Celebrou 300 mil HB20 vendidos em dois anos e mais de 20 prêmios da imprensa especializada. O executivo liderou ações sociais, promocionais e de engaja-mento de clientes, colaboradores e fãs durante a Copa do Mundo, da qual a marca foi patrocinadora oficial. A Hyundai encerrou 2014 com 14% de aumento em vendas, num mercado que recuou 7%.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 71 16/04/2015 23:05:37

Page 72: Revista Automotive Business - edição 32

72 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

PROFISSIONAL DE AUTOPEÇAS

JOSÉ EDUARDO LUZZIPRESIDENTE DA MWM INTERNATIONALDiante da instabilidade econômica e da retração no mercado veicular brasileiro, José Eduardo Luzzi, presidente da MWM International, foi além do mercado automotivo e encontrou na diversificação oportunidades de elevar os volumes de motores. A compa-nhia intensificou os investimentos nos segmentos fora de estrada e na antecipação dos motores emissionados MAR 1. Em 2014 foram apresentados 22 novos projetos e em 2015 serão 33 lançamentos, um aumento de 50%.

LUIS AFONSO PASQUOTTOPRESIDENTE DA CUMMINS AMÉRICA DO SULLidera as unidades de negócio no continente sul-americano e construiu um excelente time de liderança, mantendo a empresa à frente em mercados como o de motores diesel para caminhões no Brasil e o de geração de energia. Conquistou contratos importantes para as divisões de componentes e anunciou a nacionalização de dois novos motores que são sucessos nos segmentos de caminhões e ônibus. Fortaleceu investimentos em distribuição e aftermarket.

PAULO BUTORIPRESIDENTE DO SINDIPEÇASEm seu sétimo mandato como presidente do Sindipeças, permaneceu firme na defesa do setor e comemorou grande conquista: em 2014 enfim foi publicada a regulamenta-ção do aspecto mais importante do Inovar-Auto para a cadeia produtiva, o rastreamento da origem das autopeças. Mantém representados pela mesma entidade fabricantes de todos os portes e diferentes origens de capital. Busca fortalecimento das empresas me-nores, de capital nacional.

PIETRO SPORTELLIPRESIDENTE DO GRUPO AETHRATeve 2014 como um dos anos mais vitoriosos e de maior destaque de sua já consagrada carreira como industrial e empresário. Consolidou a aquisição e a integração da Flamma Automotiva, adquirida da Usiminas. Foi um dos quatro finalistas do Prêmio AutoData e também agraciado com a honraria máxima de Industrial do Ano, pela Federação das Indústrias de Minas Gerais.

WILSON BRICIOPRESIDENTE DA ZF AMÉRICA DO SULAumentou o portfólio de produtos locais, antecipando-se às demandas cada vez mais competitivas do mercado de caminhões pesados e extrapesados. Anunciou em 2014 a nacionalização da transmissão automatizada AS Tronic e iniciou a produção do novo eixo agrícola TSA 09. Foi o artífice de grandes mudanças nas fábricas da ZF no Brasil, visando a uma gestão mais eficiente com reflexos diretos nos negócios. Em janeiro foi eleito presidente da VDI-Brasil.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 72 16/04/2015 23:05:40

Page 73: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 73

VEÍCULO LEVE

FIATUNO

Ainda que a aparência tenha mudado pouco, o Uno trouxe inovações importantes em seu modelo 2015. O câmbio Dualogic eletrônico, acionado por botões, em vez de por alavanca, e o sistema Start-Stop na versão Evolution são as mais dignas de nota. Com isso, o Uno se torna o primeiro veículo fabricado no Brasil a contar com o sistema de economia de combustível, disponível, por ora, para o motor 1.4 de 88 cv com etanol.

FORD KA

O novo modelo de entrada da Ford só conservou o nome. A carroceria é de quatro por-tas, o motor 1.0 é de três cilindros e a plataforma é a mesma do New Fiesta, a moderna B Global. Eis a receita que a empresa adotou para transformar o Ka em um de seus maiores sucessos no Brasil em toda a história. Além do moderno motor 1.0 flex de 85 cv com etanol, ele também conta com o motor 1.5 Sigma, de 110 cv, também com o combustível vegetal.

FORD KA+

Não foram apenas duas portas a mais que o Ford Ka ganhou em sua nova geração. Um porta-malas saliente também entrou no pacote de renovação, dando origem ao sedã Ka+. Equipado com os mesmos motores do hatchback, ele tem a vantagem de oferecer 445 litros de volume de porta-malas, ou 188 litros a mais que o do Ka, que dispõe de 257 litros.

TOYOTA COROLLA

Com estilo mais ousado e espaço interno bem mais generoso que o do modelo anterior, com distância entre eixos de 2,70 m, o Corolla em terceira geração teve outro melho-ramento digno de nota. Em vez do câmbio automático de quatro marchas, ele passou a usar um CVT que simula sete delas, de respostas muito mais rápidas e condizentes com o excelente motor 2.0 flex de 154 cv. O 1.8 de 144 cv também foi beneficiado pela atualização.

VOLKSWAGEN UP!

A aposta da Volkswagen para seu novo carro de entrada chegou ao mercado com cre-denciais importantes. Submetido ao Latin NCAP, ele ganhou cinco estrelas, mesma pontuação do sedã Jetta. Também é equipado com o bom motor 1.0 de três cilindros EA211, que gera 82 cv, e foi o primeiro 1.0 a oferecer a opção de câmbio automatizado.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 73 16/04/2015 23:05:43

Page 74: Revista Automotive Business - edição 32

74 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

COMERCIAL PESADO

FORDA VOLTA DA SÉRIE FUm dos grandes desafios da Ford Caminhões em 2014 foi reintroduzir a linha mais tradicional do Brasil, a Série F, com modernidade e novos atributos para o segmento de leves e semileves. O sucesso foi imediato: em poucos meses no mercado, foi a principal responsável por elevar a participação da Ford Caminhões novamente ao patamar de 18%. A Nova Série F foi desenvolvida pela engenharia da Ford para o Brasil.

MANCONSTELLATION 25.420 V-TRONIC É O CAVALO-MECÂNICO MAIS VENDIDO DA MANNo primeiro ano de vendas, o veículo assumiu a liderança entre os cavalos-mecânicos da marca. Fatores como a lei do descanso do motorista e falta de profissionais qualificados alteraram o perfil do segmento. Percebendo essa mudança, a MAN lançou o veículo, para atender clientes que procuravam por alternativas mais potentes, com velocidades médias mais elevadas e boa relação custo-benefício.

MERCEDES-BENZ ACTROS 2646 6X4 TRAZ EFICIÊNCIA PARA O TRANSPORTE DE CARGASCom acesso a 100% do Finame, o Actros 2646 6x4 é considerado pela Mercedes a me-lhor e mais rentável opção para o transporte rodoviário de longas distâncias. É o único da categoria a oferecer cabine com piso totalmente plano. O extrapesado conta com avançada tecnologia de segurança, referência em sistemas de prevenção de acidentes, com confiabilidade e durabilidade. O motor BlueTec 5 de 6 cilindros e 455 cv de potên-cia assegura ótima performance.

SCANIAP 310 8X2 INOVA COM CÂMBIO AUTOMATIZADO DE SÉRIEA Scania revolucionou a categoria semipesados, criou a faixa 8x2 e de forma pioneira trouxe cabine com mais tecnologia, confortável e com leito, suspensão a ar, quarto eixo original e balança digital no painel. Em 2014, inovou oferecendo câmbio automatizado de série, o Opticruise. Virou tendência. Resultado: aumento de vendas em 26,6% na comparação com 2013. É a marca que mais cresce na categoria.

VOLVONOVA LINHA F LEVA SETOR DE TRANSPORTES PARA A ERA DIGITALA Volvo lançou a nova linha F, levando o transporte de cargas para a era digital, com novo design e cabine 1 m3 maior. O novo FH, considerado pela marca o mais moderno do mundo, é até 8% mais econômico que a geração anterior. Sai de fábrica preparado para o I-See, que reconhece estradas por onde já passou, e o My Truck, aplicativo para smartphones para acesso remoto a informações sobre o veículo.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 74 16/04/2015 23:05:54

Page 75: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 75

MARKETING E PROPAGANDA

AUDISALÃO DOS SONHOS

No Salão do Automóvel de 2014, a Audi do Brasil realizou o sonho de visitantes: um test drive em um circuito externo de 3 km com toda a sua linha superesportiva, incluindo o R8, A3 Sportback e-tron e o A8 L, este escolhido para oferecer “Um dia de presidente”: o modelo foi colocado à disposição com motorista. Dois batedores com motos Ducati seguiam o A8 L, enfeitado com bandeiras do Brasil e da Alemanha.

HYUNDAI MOTORO SUCESSO DA CAMPANHA DA COPA DO MUNDO

A montadora aproveitou a Copa do Mundo para se conectar com os brasileiros. Entrou para o Guinness com a maior shadow art do mundo: a sombra de um jogador, de 20 metros, projetada em um prédio em São Paulo. Lançou a Hexagarantia, que elevou de 5 para 6 anos a garantia dos veículos adquiridos até o fim da Copa. A marca cresceu 5% em awareness e 14% em vendas, subindo de 5,3% para 7,6% em market share.

MERCEDES-BENZ (AUTOMÓVEIS)NOVO CLASSE C: O CLÁSSICO GANHA TOQUE DE REBELDIA

O Classe C, líder da marca em vendas, será o primeiro veículo nacional produzido em Iracemápolis (SP). A nova geração representa um marco em design, inovação e tecno-logia, atraindo novos e mais jovens clientes. No vídeo promocional, a música clássica remete à história e ao glamour do Classe C. A mudança para o rock sugere revolução na forma de enxergar esse ícone. “Novo Classe C. Inovação de Tirar o fôlego”: https://www.youtube.com/watch?v=5eKra635ktA.

MERCEDES-BENZ (CAMINHÕES)RITMOS DO BRASIL

A campanha comunicou a nacionalização do Actros, aproximando a marca do cami-nhoneiro. O vídeo “SambActros”, no YouTube, aproveitou a proximidade do carnaval e mostrou que o “alemão” aprendeu a sambar e passou a atender as necessidades específicas dos frotistas brasileiros, financiado via Finame. Houve mais de 1,3 milhão de visualizações. “Ritmos do Brasil”: https://www.youtube.com/watch?v=ti94KXBXDkc

VOLKSWAGENTUDO NELE É UP!

Na campanha publicitária do Up!, o filme “Have fun” é embalado por uma versão espe-cial da música “Girls just want to have fun”, de Cyndi Lauper, na qual a palavra “girls” é substituída pelos personagens que se divertem a bordo do carro. A ideia da campanha foi mostrar que há um Up! para cada pessoa e destacar diferenciais do carro. A cam-panha, criada pela AlmapBBDO, contemplou filme, hotsite, mídia impressa, mobiliário urbano e spot de rádio.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 75 16/04/2015 23:06:00

Page 76: Revista Automotive Business - edição 32

76 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

MANUFATURA E LOGÍSTICA

BORGWARNERAUTOMATIZAÇÃO NA PRODUÇÃO DE TURBOS PARA CARROS DE PASSEIO FLEXA BorgWarner inovou com o downsizing e também modernizou boa parte da sua fábrica para produzir turbos para carros de passeio flex. A implantação de um novo maquinário elevou em 50% a capacidade de produção da unidade, aumentando a produtividade e a segurança para os operadores, com mais precisão na confecção dos componentes.

CHERYO DESAFIO LOGÍSTICO DE IMPLANTAR FÁBRICA EM TEMPO RECORDEDepois de acertar com o MDIC o projeto de implantação da fábrica no Brasil, a Chery enfrentou o desafio logístico de construir a unidade em Jacareí (SP) em tempo recorde, trazendo equipamentos indispensáveis da Alemanha, Espanha, Estados Unidos e China e recrutando pessoal especializado. O projeto foi cumprido à risca, com tecnologias de ponta, incluindo maquinário de medição tridimensional e implantação de pintura à base de água, totalmente robotizada.

FORDO ESTADO DA ARTE NA PRODUÇÃO DE MOTORESA fábrica de motores da Ford em Camaçari (BA) produz o motor 1.0 de três cilindros flex do Novo Ka trazendo o estado da arte em produção, desde o bloco e o cabeçote usinados até a montagem final. Todos os equipamentos são conectados via wifi a uma central de gerenciamento, com o monitoramento on-line da produção, da qualidade e da manutenção. O sistema de qualidade inclui a rastreabilidade de 100% das estações, gerando um histórico de produção de cada item do motor.

MERCEDES-BENZLINHA FLEXÍVEL PARA SOLDAGEM DE CABINES DE CAMINHÕES O desafio do projeto, em Juiz de Fora, MG, foi implantar a linha para as cabines Accelo e Actros, prevendo incorporação futura de mais três modelos com a linha em produção; e ampliações e flexibilidade total do mix de produção, com maior produtividade em re-lação à instalação de São Bernardo do Campo, SP. A instalação para 40 mil cabines/ano está concluída e atende plenamente às premissas do projeto.

NISSANMODERNIDADE E SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO O Complexo Industrial de Resende, RJ, é um dos mais modernos da empresa no mun-do e conta com 88 robôs e transporte dos automóveis por Automatic Guided Vehicles (AGVs). Na montagem há quatro portais de verificação da qualidade de componentes em 100% dos motores. O foco é fabricar no Brasil produtos com toda a tecnologia e qualidade japonesa da Nissan.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 76 16/04/2015 23:06:03

Page 77: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Elegemos confiança, segurança e tecnologia para desenvolver um produto inovador.Agora seu voto será nossa maior recompensa.

Vote em: automotivebusiness.com.br/premiorei2015

Um novo conceito em plaqueta vazada para pastilhas de freio a disco para veículos pesados. O design com estrutura reforçada confere mais resistência ao produto e garante uma parada segura ao veículo. Assista ao vídeo e saiba mais sobre a Matrixx.

Faça

revi

sões

em

seu

veí

culo

regu

larm

ente

.

Finalista do Prêmio ReI na categoria AutoPeçAs

com a pastilha matrixx.

anuncio final.indd 1 3/30/15 5:20 PM_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:52:43

Page 78: Revista Automotive Business - edição 32

78 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

ENGENHARIA, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

AETHRAAUTOMAÇÃO DE LINHA DE PRENSA DE ESTAMPAGEM PARA GRANDES PEÇASVisando elevar sua capacidade produtiva, a Flamma Automotiva (do Grupo Aethra) im-plementou a automação em sua principal linha de prensas de 2 mil toneladas, com tec-nologia inovadora de robots ceiling mounted, instalados em consoles superiores com o sétimo eixo atuando como Pathfinder, deslizando linearmente no fluxo da linha. A aposta dobrou a capacidade de produção, sem necessidade de investimento em novas linhas.

AXALTA COATING E FORDINTRODUÇÃO DO E-COAT AQUAEC 4027Problema enfrentado: mercado competitivo nos campos de qualidade, produtividade e responsabilidade ambiental, demandando produtos diferenciados. Solução: iniciar um processo de feedover (reposição) simultâneo nas plantas da Ford com o novo produto AquaECtm 4027, com redução do consumo de energia; economia de gás e água; me-nos material, resultando em menos peso adicionado no veículo final; e menor emissão de CO2.

BOSCHMENOR CÂMERA DE VÍDEO ESTÉREO DO MUNDOA câmera de vídeo estéreo da Bosch é uma tecnologia de ponta que faz uma gravação tridimensional completa à frente do veículo, tornando possíveis diversas funções. Como uma solução de sensor único e menor do mundo, oferece aos fabricantes baixo custo e alto desempenho para todas as classes de veículos, a fim de reduzir o número de aci-dentes de trânsito.

CONTINENTALFREIOS ABS PARA MOTOS DE BAIXA CILINDRADAA Continental desenvolveu em 2014 um sistema de freio ABS sob medida para motoci-cletas de baixa cilindrada, que representam aproximadamente 90% das vendas no Brasil. Hoje, no País, este item de segurança está restrito a motos de média e alta cilindradas. Para a empresa, o principal objetivo do sistema ABS nas motos de baixa cilindrada é aumentar a segurança, evitando acidentes e mortes no trânsito.

FIAT AUTOMÓVEISSTART-STOP FLEX E NACIONAL O Novo Uno 2015 foi o primeiro carro nacional a utilizar o Start-Stop e o primeiro do mundo a equipar um motor flex. Uma redução de até 20% no consumo de combustível pode ser verificada com o sistema ligado. Ocorre redução na emissão de gases e não há o ruído característico do motor na marcha lenta. Todo o sistema de partida do carro foi reformulado, desde o motor de arranque até o gerenciamento eletrônico do novo equipamento.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 78 16/04/2015 23:07:46

Page 79: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

MWM no Prêmio REI

clubedodiesel.com.br mwm.com.br

Contamos com seu apoio e seu voto na categoria:

• Soluções personalizadas para cada cliente.• Mais de 4 milhões de motores produzidos desde 1953.• Centro de Criação e Desenvolvimento.• Mais de 500 pontos de distribuição.• Exportação para mais de 30 países.• 3 unidades industriais (São Paulo - SP, Canoas - RS, Jesus Maria - Argentina).

Veicular • Industrial • Agrícola • Geração de Energia • Marítimo Produtor de motores

Exportador

Profissionalde Autopeças

MWM70315-0033_AnMWM_REI2015_205x275.indd 1 30/03/15 16:01

_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:54:48

Page 80: Revista Automotive Business - edição 32

80 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

BORGWARNERCERTIFICAÇÃO GREEN BUILDING A BorgWarner foi a primeira indústria de autopeças no Brasil a receber o certificado Leed (Leadership in Energy and Environmental Design). Seguindo os novos conceitos do Leed, foi possível obter economia de 43% no uso de água das torneiras, 50% em jardina-gem e 50% nos sanitários. A BorgWarner, que contribui com seus projetos de downsizing para redução de emissões, tornou-se a primeira empresa a submeter um projeto com vários prédios num mesmo local.

DELPHIPROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTALA Delphi promove nas unidades da empresa na América do Sul o projeto de educação ambiental Semana do Meio Ambiente, para conscientizar funcionários da empresa e alu-nos de escolas públicas e particulares, das cidades onde atua, sobre problemas ambien-tais e incentivar práticas ambientalmente amigáveis. Os participantes tornam as lições hábitos diários e influenciam familiares e amigos a agir da mesma forma.

FIAT AUTOMÓVEISÁRVORE DA VIDA COMPLETA DEZ ANOSO projeto Árvore da Vida reflete o papel social da Fiat Automóveis para o desenvolvimen-to local inclusivo do Jardim Teresópolis, em frente à fábrica de Betim (MG). Em 2014, o programa completou dez anos com ações socioeducativas, fortalecimento da comu-nidade e geração de trabalho e renda. Em 2014 a empresa convidou moradores, poder público e parceiros para desenhar a visão de futuro compartilhada do território para os próximos dez anos.

HONDAPROGRAMA GREEN DEALEREm 2003 a empresa iniciou ação que evitasse impactos ambientais no pós-venda, com a criação do Green Dealer, certificação às concessionárias de motocicletas e automóveis que destinam 100% dos resíduos gerados de forma correta e eficiente. Desde a implan-tação do programa já foram reciclados 1,36 tonelada de pneus, 662.527 baterias, 15,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos e 45,8 milhões de litros de óleo, lubrificantes e combustíveis.

MARCOPOLOINCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHOO Programa de Inclusão Envolver alcançou ótimos resultados na inclusão de pessoas com deficiência no quadro de funcionários da Marcopolo. Um dos motivos do sucesso do projeto é o engajamento dos diferentes profissionais da empresa na inserção e de-senvolvimento das pessoas com deficiência. Hoje há 373 colaboradores com deficiência na Marcopolo, em Caxias do Sul (RS), e 96 na Marcopolo Rio, em Duque de Caxias (RJ).

68-86_PREMIO-REI_3.indd 80 16/04/2015 23:08:09

Page 81: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:53:56

Page 82: Revista Automotive Business - edição 32

82 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

AUTOPEÇAS

BOSCH E VOLKSWAGENCONTROLE DE TRAÇÃO PARA VEÍCULOS COM ABSO controle de tração M-ABS auxilia o motorista a arrancar ou acelerar o veículo, pelo gerenciamento eletrônico do torque do motor. O M-ABS utiliza os próprios sensores de velocidade e a central eletrônica do módulo ABS. É uma solução apropriada para o mer-cado brasileiro, pois proporciona um nível a mais de segurança e utiliza hardware ABS já existente nos veículos. Esta função até então só era encontrada em veículos com ESP (controle eletrônico de estabilidade).

FRAS-LEMATRIXX – UM NOVO CONCEITO EM PASTILHAS PARA FREIO A DISCOO conceito revolucionário Matrixx, de plaqueta para pastilhas de freio a disco, para co-merciais pesados, traz resistência estrutural aliada ao formato leve. Há redução de até 25% no peso total da pastilha, permitindo aumento na capacidade de carga do veículo; redução do custo por quilômetro rodado e transferência de calor entre a pastilha e o sistema de freio, além da diminuição do ruído e vibração.

MAGNETI MARELLIPEDALEIRA HÍBRIDA, MAIS UM PRODUTO PIONEIROA pedaleira híbrida, aperfeiçoada em 2014, depois de cinco anos do primeiro forneci-mento de sistemas semelhantes, contabiliza 92% da produção diária do componente na fábrica de Itaúna, MG. O produto, que combina componentes metálicos e plásticos no conjunto onde são montados os pedais de freio, acelerador e embreagem, assegura ganho de até 37% no peso em comparação a um 100% metálico, além de apresentar menor custo de produção e investimento em ferramentais.

MAHLE METAL LEVESISTEMA DE PARTIDA A FRIO ELETRÔNICO E AUTOCONTROLÁVEL PARA VEÍCULOS FLEXSistemas de partida a frio tradicionais de injeção de gasolina estão sendo substituídos por sistemas de aquecimento que, apesar da vantagem de eliminar o duplo abasteci-mento, demandam elevado consumo de energia e complexo controle eletrônico. O novo conceito de partida a frio suplanta estas dificuldades com semicondutores sensíveis a temperatura e dissipador de calor, que melhora a troca térmica, torna a temperatura do combustível homogênea e melhora o desempenho na partida a frio com menor consu-mo de energia e redução de até 40% de emissões de poluentes.

MERITORNOVA GERAÇÃO DE EIXOS INTELIGENTES PARA CAMINHÕES PESADOSRedução de peso e durabilidade de rolamentos e do par coroa-pinhão são características no projeto dos novos eixos 17X e 18X, para pesados, que tiveram também simplificado o processo de fabricação, com soldagem a laser na união da caixa de engrenagens saté-lites à coroa, eliminando a junta aparafusada. O diferencial é selado para toda a sua vida útil. Essa solução inovadora é única no País. Os eixos 17X e 18X oferecem ainda controle automático e inteligente do nível de óleo lubrificante.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 82 16/04/2015 23:08:31

Page 83: Revista Automotive Business - edição 32

MAIS DO QUE O SEU VOTO, NOSSO MAIOR PRÊMIO

É O SEU RECONHECIMENTO.

• Vilmar Fistarol – Presidente da CNH Industrial Profissional de montadora

• Telemetria para máquinas de construção – CNH Industrial Tecnologia da Informação e Software

Finalistas do Prêmio REI 2015

AG R I C U LT U R A | T R A N S P O R T E | CO N S T R U Ç ÃO | E N E R G I A

Para votar, acesse www.automotivebusiness.com.br.

Page 84: Revista Automotive Business - edição 32

84 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

POWERTRAIN

BOSCHSTART-STOP EQUIPA MOTOR FLEX NACIONALA tecnologia Start-Stop da Bosch equipa pela primeira vez um carro nacional, o Novo Uno 2015. O sistema ajuda a economizar até 20% de combustível, dependendo do tra-jeto, além de diminuir a emissão de poluentes e reduzir a poluição sonora. O sistema desliga o motor automaticamente e o religa, reconhecendo o desejo do motorista por meio do acionamento do pedal da embreagem. O Start-Stop do Novo Uno é similar ao existente na Europa.

FORD MOTOR FORD 1.0 12V TIVCT FLEXO motor 1.0 12V TiVCT Flex de três cilindros do Novo Ford Ka é um dos principais responsáveis pelo sucesso do carro. Além de ser o mais potente, com 85/80 cv, é o mais econômico da categoria, com Selo de Eficiência Energética do Conpet. Inovando no conceito de downsizing, traz tecnologias como duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, sistema eletrônico de partida a frio Ford Easy Start, sistema de arrefecimento em dois estágios e correia primária com funcionamento em óleo, que reduz o coeficiente de atrito e dispensa manutenção.

MAGNETI MARELLINOVA GERAÇÃO DO CÂMBIO AUTOMATIZADO FREE CHOICEA Magneti Marelli desenvolveu no País uma nova geração de centralinas eletrônicas de controle do câmbio automatizado Free Choice. Com microprocessador mais potente (melhorando a atuação do sistema e deixando a troca de marchas mais rápida e preci-sa), a terceira geração do câmbio automatizado da Magneti Marelli é dotada de acelerô-metro, que permite gravar as condições da rua que o veículo está percorrendo. A nova geração do Free Choice já equipa o Novo Uno.

MANCERTIFICAÇÃO DOS MOTORES MAN D08 PARA USO DE DIESEL DE CANA PUROA Lei n° 14.933/09, conhecida como a Lei da Mudança Climática, exigirá a redução no uso de combustíveis fósseis a cada ano, chegando a 100% em 2017, em todos os ôni-bus do sistema de transporte público no município de São Paulo. Com a certificação da linha de motores MAN D08 para uso de diesel de cana puro é apresentada uma solução tecnicamente viável para o cumprimento dessa lei. Beneficiam-se também os clientes com objetivos estratégicos de redução de emissões de CO2.

VOLKSWAGENNOVA GERAÇÃO DE MOTORES 1.6 MSI, DA FAMÍLIA EA211 O motor EA211 1.6 MSI, de 120 cv com etanol, é um dos mais modernos fabricados pela Volkswagen no Brasil em São Carlos (SP). Conta com sistema de partida a frio, duplo circuito de arrefecimento e coletor de escape integrado. Possui bloco e cabeçote feitos de alumínio (com um ganho de cerca de 15 kg no peso), quatro válvulas por cilin-dro e duplo comando de válvulas, sendo o de admissão variável.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 84 16/04/2015 23:08:58

Page 85: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 85

INSUMOS

ARTECOLA QUÍMICAADESIVO ESTRUTURAL, MODERNA UNIÃO PARA A INDÚSTRIA

AUTOMOBILÍSTICAMetal com metal, metal com plástico, metal com fibra de vidro, plástico com plástico e outras diferentes formas de união. É o fim de soldas, parafusos, clipes, rebites, resíduos, rebarbas, corrosão, desperdício. Tudo isso é possível com adesivos estruturais, adotados pela Artecola Química pela parceria com a AEC Polymers, do Grupo Arkema, da França, para o fornecimento exclusivo dos produtos em toda a América Latina.

FLEXTRONICSQ-PRIME - TECNOLOGIA E FLEXIBILIDADE PARA A ELETRÔNICA AUTOMOTIVA

Os circuitos/módulos eletrônicos utilizam o Printed Circuit Board, normalmente rígido. A Flextronics (Multek) oferece uma placa inovadora, flexível e com tecnologia de dissipa-ção de calor diferenciada. Muito usada no segmente de iluminação LED, oferece cerca de 70% de redução de componentes, 40% de alívio no peso e 30% de diminuição no custo. Isso tudo pela substituição, em uma superfície curva, de vários PCBs interconec-tados por apenas um Q-Prime.

GESTAMPNOVAS SOLUÇÕES PARA CARROCERIAS COM AÇOS DE ALTA RESISTÊNCIA

A Gestamp construiu um plano de desenvolvimento de aços de alta resistência que passaram a ser especificados pelas montadoras e idealizou, em parceria com a SAE, o Primeiro Brasil CarBody, evento que contou com a participação de todas as montadoras instaladas no Brasil para apresentação das soluções em aços disponíveis localmente. O evento terá edição anual. Um plano de desenvolvimento nas autopeças e fabricantes de aço somado a um fórum para difundir os resultados destes desenvolvimentos às monta-doras maximizou as especificações de aços de alta resistência.

USIMINASDESENVOLVIMENTO DO AÇO DUAL PHASE 1000

A Usiminas desenvolveu o aço DP1000, produto de alto valor agregado que só ela produz no Brasil. Com microestrutura ferrita/martensita tradicional, esse aço apresenta excelen-te desempenho na conformação de peças envolvendo estiramento. Mais recentemente, foi solicitado o desenvolvimento desse aço incorporando a propriedade de expansão de furos. Foram então lançados dois novos produtos: um com expansão de furo entre 20% e 50% e outro com expansão superior a 50%.

VOTORANTIM METAISUSO DE ALUMÍNIO NA PRODUÇÃO DE SEMIRREBOQUE TIPO SILO

Foi realizado o projeto e confecção de um semirreboque tipo silo para transporte de carga a granel, mais leve e com maior capacidade de carga, utilizando novas ligas de alumínio. Esse desenvolvimento em alumínio, inédito no Brasil, garantiu acréscimo de 6 m3 na capacidade volumétrica do tanque, com redução do peso total do implemento em 6,4 toneladas, possibilitando um acréscimo de 6 t no transporte de óxido de alumínio (34 t contra 28 t no implemento similar, em aço).

68-86_PREMIO-REI_3.indd 85 16/04/2015 23:09:01

Page 86: Revista Automotive Business - edição 32

86 • AutomotiveBUSINESS

PRÊMIO REI

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E SOFTWARE

CNH INDUSTRIALTELEMETRIA PARA MÁQUINAS DE CONSTRUÇÃOA telemetria foi desenvolvida para coletar e transmitir, para um servidor remoto, dados de máquinas de construção em operação. A tecnologia permite monitorar, rastrear, medir desempenho e eficiência, tempo de parada de máquina, realizar diagnóstico e registrar eletronicamente o histórico das máquinas da Case e New Holland, à distância. A teleme-tria pode ser aplicada em qualquer máquina agrícola e caminhão.

GOODYEARAPLICATIVOS PARA O MERCADO DE PNEUS DE CAMINHÕES E ÔNIBUSPara ajudar o cliente na decisão de compra, a Goodyear lançou os primeiros aplicativos voltados para o mercado de pneus de caminhões e ônibus. Disponíveis para Android e iOS, os apps trazem informações e calculadoras para pneus comerciais. Primeira ini-ciativa do gênero, os aplicativos auxiliam os donos de frotas e usuários na escolha dos pneus de acordo com o tipo de utilização e perfil da frota, e na simulação online dos ganhos em quilometragem, carga transportada ou volume de passageiros, utilizando dados reais da frota.

NISSANNISSANCONNECTO New March foi o primeiro veículo produzido no País a oferecer conectividade com as principais redes sociais, como Facebook e Google, introduzindo no Brasil a plataforma global NissanConnect, que permite a conectividade de aplicativos de smartphones com o carro, funcionando com Android ou iOS. O pacote de serviço do NissanConnect é gratuito para os primeiros três anos. A plataforma é homologada pelo Denatran e não oferece riscos à segurança dos ocupantes, pois bloqueia o uso quando o veículo está em movimento.

TEKSIDINOVAÇÃO A SERVIÇO DA MEDICINA DO TRABALHOPara agilizar processos e integrar dados da área de saúde ocupacional com as áreas de departamento pessoal e engenharia de segurança, a área de TI da Teksid desenvolveu software específico e diferenciado para atender não apenas todos os processos da me-dicina do trabalho mas também os atendimentos de urgência, eletivos e aqueles relacio-nados aos programas de qualidade de vida. O software, que proporcionou o armazena-mento de dados em base segura e de fácil acesso, foi planejado de forma a atender aos requisitos legais do E-social.

VIRTUALCAESOFTWARE PARA ANÁLISE DE REDUÇÃO DE MASSA DE COMPONENTES A VirtualCAE avançou em 2014 no desenvolvimento de software nacional empregado em análise de redução de massa de componentes automotivos. Como um dos objetivos, a empresa Virtual.PYXIS está sendo estabelecida na Alemanha (Hannover) e nos Estados Unidos (Chicago) para buscar oportunidades relacionadas a engenharia de software vol-tado para otimização estrutural. A empresa também irá fornecer serviços de engenharia de otimização topológica voltado para o setor automotivo.

68-86_PREMIO-REI_3.indd 86 16/04/2015 23:09:03

Page 87: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Anuncio 20,5 x 27,5 cm_SAIDA_07.04.15.pdf 1 07/04/2015 11:13:46

_Anuncio_Fechamento.indd 3 17/04/2015 09:55:35

Page 88: Revista Automotive Business - edição 32

88 • AutomotiveBUSINESS

ARTIGO | ALEXANDRE PICARELLI

O que faz com que um produto, um serviço ou mesmo atitudes virem moda da noite para

o dia? Que tipo de mudança faz, por exemplo, com que livros desconhecidos se transformem em best-sellers? Ou o que explica o aumento do consumo de cigarros entre os adolescentes, apesar da campanha antitabagista? Essas são perguntas que o livro “O ponto da virada”, de Malcoln Gladwell, tenta responder. Fazendo um paralelo com a indústria automobilística, o ponto da virada da eletrônica embarcada já aconteceu em diversos países. Mas será que podemos afirmar isso também para o Brasil?

Pesquisas da Prime Research com jornalistas especializados em todo o mundo mostram que as maiores tendências do mercado automotivo são: eficiência energética; conectividade; materiais (leves); carros com novas fontes de energia; e design.

Em regiões desenvolvidas, como a Europa, pode-se notar que essas tendências já são realidade. Certamente o ponto da virada ocorreu por lá há pelo menos 20 anos. Pressões governamentais exigiram itens de segurança nos carros europeus já na década de 90, como ABS (mais recentemente ESP) e airbag. Essas exigências provocaram nos consumidores engajados a busca por novas tecnologias de segurança, incluindo

câmera de ré, Adas (Advanced Driver Assistance System), sensores de fadiga e de pressão dos pneus, entre outros. Da mesma maneira ocorreu com produtos relacionados à eficiência energética e redução de emissão, entre eles direção elétrica (EPS), downsize de motores e motores turbo, injeção direta, módulos de controle da bomba de combustível, etc.

Segundo dados da Frost & Sullivan, o conteúdo eletrônico em um carro vem crescendo anualmente 15% nos últimos seis anos e chegará a U$S 2.500 em 2020. Também mostram que em 2015 mais de 15 OEMs e 10 Tier-1 esperam implementar aplicações em V2X na Europa e que o lançamento de carros autônomos é esperado para daqui a cinco anos.

Esses dados globais e da Europa mostram que o fator impulsionador principal é, na verdade, uma soma entre normas estabelecidas pelos governos e consumidores engajados em novas tecnologias de comunicação e no impacto ambiental de seus carros.

Aparentemente, o impulsionador no Brasil é exatamente o mesmo. Observando o mercado brasileiro dez anos no passado, tecnologias hoje obrigatórias, como ABS e airbags, eram apenas vistas em carros importados. Atualmente, pode-se encontrar em carros nacionais diversos itens eletrônicos,

DADOS DA FROST

& SULLIVAN

INDICAM QUE

O CONTEÚDO

ELETRÔNICO

NOS CARROS

VEM CRESCENDO

ANUALMENTE

15% NOS

ÚLTIMOS SEIS

ANOS E CHEGARÁ

A US$ 2.500 EM

2020

ELETRÔNICA AUTOMOTIVA:

O PONTO DA VIRADA PARA O BRASIL?

88-89_[ARTIGO-[Alexandre Picarelli].indd 88 17/04/2015 11:53:25

Page 89: Revista Automotive Business - edição 32

AutomotiveBUSINESS • 89

ALEXANDRE PICARELLIé business development senior manager da Flextronics Automotive

como sistemas de conectividade com Bluetooth e comando de voz, multimídias com display touchscreen, direção elétrica, sensores e câmeras de ré, entre outros. Estas tecnologias mais recentemente também estão incluídas em plataformas de entrada como o Ford KA, Fiat Novo Uno, Chevrolet Onix, Nissan March e VW Up!, mostrando assim o engajamento dos consumidores locais em novas tecnologias.

A eletrônica automotiva é a grande tendência no Brasil e já faz parte de nossa realidade; sua integração na cadeia de suprimentos local está em desenvolvimento, ainda com grande potencial a ser explorado. Poucos são os fornecedores instalados no Brasil, como a Flextronics, com infraestrutura preparada para fabricar produtos de tendência como os já citados anteriormente.

Com o Inovar Auto as expectativas de incentivos para o desenvolvimento desse segmento localmente são grandes e aos poucos seus efeitos estão sendo notados. Exigências governamentais em itens de segurança (airbag e ABS), somadas aos requisitos do Inovar-Auto, como etiquetagem veicular (EPS, downsize de motores, brushless, etc) e P&D local,

evoluem de acordo com a tendência da eletrônica. Ainda ficam pendentes outras ações do governo no que diz respeito ao incentivo para produção local, como para os novos produtos exigidos, nos quais ainda se encontram reduções de imposto de importação para ECUs e módulos eletrônicos com origem mexicana e até mesmo asiática.

Existe ainda um grande potencial no que se refere a pesquisa e desenvolvimento local – até o momento não se vê uma aproximação entre este requisito e o parque tecnológico de P&D instalado no Brasil. São raras as pessoas e empresas que atuam na indústria automobilística brasileira que conhecem institutos de desenvolvimento, como o FIT (Flextronics Instituto de Tecnologia), capazes de desenvolver hardware e software localmente, fazendo uso das capacidades construídas nos anos 1990 e 2000 baseadas nos requisitos das Leis do Bem e informática.

Está claro que o ponto da virada para a eletrônica automotiva já ocorreu e, usando a grande infraestrutura de manufatura e P&D existente, o Brasil tem tudo para tornar-se um polo global de produção e inovação tecnológica neste segmento. n

MÓDULO de controle (ao lado) e sistema de conectividade (acima)

88-89_[ARTIGO-[Alexandre Picarelli].indd 89 17/04/2015 11:53:33

Page 90: Revista Automotive Business - edição 32

90 • AutomotiveBUSINESS

A Renault tratou de defen-der seu espaço no nicho de mercado que mais cresce

em volume de clientes e concorren-tes no Brasil, o de SUVs, segmento que representou 10,3% das vendas totais de carros no País em 2014. Sem dar previsões de vendas nem arriscar uma projeção para o novo Duster, a francesa é bastante reti-cente quanto à retração geral de negócios em que chega o novo utilitário. “Com o mercado do jeito que está não há como passar uma previsão, mas a meta com o novo carro é manter o market share que a versão anterior teve em 2014”, afirma Bruno Hohmann, diretor de marketing da companhia.

O Duster foi o segundo mais ven-dido no ano passado, com 36,2% de participação, e ficou atrás apenas do Ford EcoSport. Somente no último trimestre do ano passado o utilitário

UTILITÁRIO CHEGA RENOVADO PARA CONTINUAR NA BRIGA PELO SEGMENTO DOS SUVS

VICTOR FRANÇOIS

da Renault ultrapassou o arquirrival. O modelo precisou ser submetido a uma renovação para continuar lu-tando no segmento que conta, além do EcoSport, com os recém-chega-dos Jeep Renegade, Honda HR-V e Peugeot 2008, todos fabricados no País. As novas armas do utilitário são melhor acabamento interno, diminuição dos ruídos na cabine e modernização das linhas exteriores e do conjunto óptico.

A versão antiga emplacou 48,8 mil unidades no acumulado de 2014 e se manteve como o 18o carro mais vendido do ano, pouco abaixo do modelo da Ford. Já no acumulado do primeiro trimestre de 2015 o SUV da Renault caiu para a 23a posição e emplacou 7.883 unidades, nível inferior às 10.786 do mesmo período do ano anterior, quando era o 16o no ranking.

Para alterar essa situação, Hoh-

mann reforça que a marca preten-de sustentar o carro como o SUV nacional mais em conta. “Manten-do o Duster com preços atrativos perante os concorrentes cria-se um patamar superior dentro do seg-mento, onde a Renault ainda não atua”, indicou o executivo, deixan-do entender que a montadora pode trazer um novo utilitário para brigar com os concorrentes de preços mais altos.

Os principais competidores custam a partir de R$ 66,2 mil (EcoSport) e chegam a R$ 116,8 mil (Renegade). A versão de entrada da antiga geração do Duster (R$ 59,6 mil, segundo ta-bela do Datafolha), não foi renova-da pela marca. A nova versão mais em conta, que agora começa em R$ 62.990, é mil reais mais barata do que a opção antiga equivalente. A configuração topo de linha custa R$ 78.490. n

RENAULT

MAIS COMPETITIVODUSTER

90_DUSTER.indd 90 16/04/2015 23:28:03

Page 91: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

No

trâns

ito s

omos

todo

s pe

dest

res. É a minha vez!

Sim, eu sei!

Nós fazemos veículos inteligentes.Como um dos principais fornecedores mundiais para a indústria automotiva, desenvolvemos soluções que se tornam tendências em inovação para conforto, segurança veicular e respeito ao meio ambiente. “Always On” é a nossa visão de veículos do futuro, em que o Grupo Continental está presente como o principal parceiro dos motoristas, desenvolvendo produtos altamente tecnológicos, que deixam suas vidas mais fáceis, já que nossa inteligência no gerenciamento de informações está sempre focada em entender as pessoas, suas necessidades, preferências e anseios.

www.continental-automotive.com

CNT-0029-14_205x275_af03.indd 1 11/04/14 15:44_Anuncio_Fechamento.indd 91 17/04/2015 23:52:00

Page 92: Revista Automotive Business - edição 32

Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

A marca mais vendida e mais lembrada domercado brasileiro.

O mais avançadocentro tecnológico da América Latina.

Mais de 250 amortecedoresvendidos por minuto no mundo.

Presença nasprincipais montadoras.

Amortecedores Cofap. Tecnologias inspiradas na mais avançada e eficiente máquina que existe.

Faça revisões em seu veículo regularmente.

Af An Automotive Bussines Amortec 20.5x27.5.indd 1 19/03/15 14:13_Anuncio_Fechamento.indd 92 17/04/2015 23:24:29