revista automotive business - edição 29

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Automotive Automotive OUTUBRO DE 2014 ANO 6 • NÚMERO 29 SERVIÇOS: CORRIDA PELA COMPETITIVIDADE NA DISPUTA PELA PREFERÊNCIA DAS MONTADORAS, O QUE VALE MAIS É A OFERTA DE BONS PREÇOS, UM SISTEMA SÓLIDO DE QUALIDADE E CERTEZA DE ENTREGA •BMW COMEÇA A MONTAR NA FÁBRICA DE ARAQUARI •RECALL: QUEM, AFINAL, FICA COM O PREJUÍZO? •IAA MOSTROU FUTURO DO CAMINHÃO EM HANNOVER OUTUBRO 2014 • ANO 6 • NÚMERO 29

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Revista Automotive Business - edição 29

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AutomotiveAutomotiveOUTUBRO de 2014 anO 6 • númeRO 29

SERVIÇOS: CORRIDA PELA COMPETITIVIDADE

Na disputa pela preferêNcia das moNtadoras, o que vale mais é a oferta de boNs preços, um sistema sólido de qualidade e certeza de eNtrega

• bmW começa a moNtar Na fÁbrica de araquari

• recall: quem, afiNal, fica com o preJuÍzo?

• iaa mostrou futuro do camiNHÃo em HaNNover

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Job: 22009-030 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 22009-030-RENAULT-INST-AN-REV-AutomotiveBusiness-51x27.5_pag001.pdfRegistro: 156837 -- Data: 19:29:06 17/10/2014

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Job: 22009-030 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 22009-030-RENAULT-INST-AN-REV-AutomotiveBusiness-51x27.5_pag001.pdfRegistro: 156837 -- Data: 19:29:06 17/10/2014

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4 • AutomotiveBUSINESS

índiceíndice

54 CAPA

luis

pra

do

Fornecedores disputam preferência das montadoras com preços competitivos, boa qualidade e certeza de entrega

SERVIÇOS:CORRIDA PELA COMPETITIVIDADE

26 MÁQUINAS AGRÍCOLAS TENDÊNCIA DE MELHORA Boa expectativa para fim do ano

28 IMPLEMENTOS MERCADO EM BAIXA Aposta na renovação da frota

índice

16 NEGÓCIOS

8 FERNANDO CALMON ALTA RODA A guerra dos aditivos

10 NO PORTAL

12 CARREIRA

14 PRÊMIO TOP SUPPLIER DESTACA FORNECEDORES Ford reconhece melhores parceiros

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36 RECALL QUEM PAGA A CONTA? Acerto entre montadora e fornecedor

40 CAMINHÕES DAF PROCURA SEU ESPAÇO

O avanço da operação

44 AUTOMECHANIKA BUSCA DO MERCADO GLOBAL Sindipeças e Apex lideraram iniciativa

46 IAA 2014 HANNOVER MOSTROU O FUTURO Eficiência, conectividade e automação

50 INAUGURAÇÃO BMW INAUGURA FÁBRICA As estratégias da montadora

AutomotiveBUSINESS • 5

54 SERVIÇOS 56 Consultoria 58 Engenharia 59 Testes e simulações 60 Automação 61 Logística 62 Tecnologia da informação 64 Financeiras 65 Certificação

66 COBIÇA COMPRAS PREMIUM Atrações automotivas

30 FÓRUM IQA O DESAFIO DA QUALIDADE Em busca de novos patamares

32 WORKSHOP DESAFIOS DA LEGISLAÇÃO O impacto da rastreabilidade

34 MARKETING AUTOMOTIVO OBESIDADE NA INFORMAÇÃO Solução passa pelo foco no cliente

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6 • AutomotiveBUSINESS

editorialrevista

www.automotivebusiness.com.br

editada por Automotive Business, empresa associada à all right! Comunicação Ltda.

tiragem de 12.000 exemplares, com distribuição direta a executivos de fabricantes

de veículos, autopeças, distribuidores, entidades setoriais, governo, consultorias,

empresas de engenharia, transporte e logística e setor acadêmico.

DiretoresMaria theresa de Borthole Braga

Paula Braga PradoPaulo ricardo Braga

Editor ResponsávelPaulo ricardo Braga

(Jornalista, MtPs 8858)

Editora-AssistenteGiovanna riato

RedaçãoCamila Franco, Mário Curcio,

Pedro Kutney e sueli reis

Editor de Notícias do PortalPedro Kutney

Colaboradores desta ediçãoalexandre akashi, Camila Waddington,

edileuza soares, Gustavo ruffo e tatiana Carvalho

Design gráficoricardo alves de souza e

Josy angélica

Fotografia estúdio Luis Prado

PublicidadeCarina Costa, Greice ribeiro, Monalisa Naves

Atendimento ao leitorPatrícia Pedroso

WebTV Marcos ambroselli

Comunicação e eventos

Carolina Piovacari

ImpressãoMargraf

Distribuição

MtLOG

Administração, redação e publicidadeav. iraí, 393, conjs. 51 a 53, Moema,

04082-001, são Paulo, sP, tel. 11 5095-8888

[email protected]

o valor dos serviços

afinal, quem paga a conta do recall promovido pela indústria automobilística? O jornalista Gustavo ruffo foi conferir essa questão

e chegou à conclusão de que, após a campanha, na hora de apurar responsabilidades, a montadora poderá cobrar do fornecedor da peça defeituosa parte do valor gasto em todo o processo ou “até mesmo espetar nele a conta toda”.

ele descobriu, também, um fato alarmante: dos 461 chamados para reparos em automóveis desde 1998, apenas 28 foram considerados concluídos, ou 6%, e há explicações como o fato de o consumidor não voltar à concessionária para manutenção, a ineficácia da campanha de chamamento e a troca de propriedade do veículo.

serviços de valor no âmbito da indústria automobilística são também analisados nesta edição, como matéria de capa, passando pela consultoria, engenharia, testes e simulações, automação, logística, tecnologia da informação, crédito e certificação.

Outro destaque desta edição, além do caderno de serviços, é a cobertura de eventos do setor, como os três recentes promovidos por Automotive Business no Centro de Convenções Milenium, em são Paulo, com casa cheia: Fórum da Qualidade (em parceria com o iQa), Workshop Legislação e Fórum de Marketing. Fomos conferir também as novidades do salão de Paris, do iaa (em Hannover) e automechanika (em Frankfurt). as atrações do salão de são Paulo terão cobertura no Portal Automotive Business.

Nossa reportagem revisitou a planta da DaF Caminhões, em Ponta Grossa, Pr, e acompanhou a inauguração da fábrica da BMW, em araquari, sC, marca premium que se antecipa aos empreendimentos da Mercedes-Benz (iracemápolis), audi (são José dos Pinhais, Pr) e Jaguar Land rover (itatiaia, rJ), todos em curso.

até a próxima edição.

Paulo ricardo [email protected]

editorial

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

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8 • AutomotiveBUSINESS

luis

pra

do

Fernando Calmon é jornalista especializado na

indústria automobilística [email protected]

Leia a coluna Alta Roda também no portal

Automotive Business

patrocinadoras

do ano resolveu estimular a melhoria relativa de consumo/autonomia entre etanol e gasolina em motores flex porque a indústria se acomodou e hoje mal consegue manter a paridade esperada de 70%. A nova lei sinaliza apenas que “poderá” haver abatimento de imposto para veículos que alcançarem relação acima de 75%.

Com a tendência de aplicação de turbocompressor, particularmente ótimo em motores flex por aproveitar bem melhor as características químicas do etanol, não seria difícil atingir a meta, embora a custo maior. Mas sem saber em quanto cairia o imposto e se o incentivo é por versão, modelo ou média de tudo que produz, nenhuma fábrica vai se mexer. Algumas estão até contrariadas, em especial as que por pura miopia têm motores flex sofríveis ao usar etanol.

No recente Seminário Internacional de Combustíveis, organizado pela AEA em São Paulo, ficou explícita a discórdia entre governo, agência reguladora (ANP) e Petrobras, responsável, na prática, por toda a gasolina vendida no País. Em dezembro de 2009 se decidiu que em janeiro de 2014 só existiria gasolina

aditivada, como na maioria dos países com grandes frotas. Isso não ocorreu e sim um adiamento para julho de 2015. Ou seja, uma finge que regulamenta e outra finge que não entende.

De qualquer forma, a atual gasolina S50 (50 ppm de enxofre), de melhor qualidade e obrigatória desde 1º de janeiro último, evoluirá dentro de menos de um ano (se não houver outro atraso) graças a aditivos detergentes e dispersantes para limpar e manter limpos injetores, válvulas, câmaras de combustão e coletores. No seminário se discutiu a qualidade mínima desses aditivos, os riscos de uso em excesso, a descontaminação das estruturas de transporte e como o mercado reagirá a 100% de gasolina aditivada.

As distribuidoras deverão se preparar para uma guerra de comunicação ainda maior em meados do próximo ano. Há aditivos específicos de redução de atrito entre pistões e cilindros, com potencial de discreta melhora de desempenho e até de consumo, que se somam aos aditivos detergentes-dispersantes. Cada uma terá de convencer o consumidor que a sua gasolina é superior à do concorrente.

política de combustíveis no Brasil continua

errática e com alto grau de improvisação. Exemplo mais recente é a lei já aprovada que autoriza o aumento do teor de etanol anidro de 25% para 27,5%, desde que testes comprovem viabilidade técnica. Uma lei condicional! Não seria mais lógico primeiro fazer todas as avaliações e, se aprovada a nova mistura, então encaminhar projeto de lei ao Congresso Nacional? Na realidade, apenas jogada eleitoreira.

Motores modernos têm condição de lidar com esse aumento de mistura sem problema de partida a frio ou falhas de aceleração. Os testes conduzidos pela Petrobras deverão indicar isso, mas ninguém deu atenção aos motores antigos com carburador ou injeções de combustível de primeira geração. Além disso, o consumo pode aumentar marginalmente. A gasolina padrão para limites de emissões e metas de eficiência energética previstas no Inovar-Auto contém apenas 22% de etanol. Com 25% o motorista já perde um pouco em consumo e com 27,5%, mais ainda.

O governo tem feito trapalhadas. Em meados

ALTA RODA

GUERRA DOS ADITIVOS

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AutomotiveBUSINESS • 9

FERnAnDO CAlmOn

DEMOROU só nove meses para VW confir-mar acordo com sindi-cato de metalúrgicos de São Bernardo do Cam-po (SP) e repor 900 em-pregos que se foram com a Kombi. Novo Jetta se-rá produzido no segun-do trimestre de 2015, em operações um pouco além de montar kits im-portados e motor/câm-bio nacionais. Baseado no Golf 6, não precisava ficar no Paraná, de onde sairá Golf 7.

CHEVROLET S10 entrou na era do mo-tor flex e injeção direta etanol/gasolina. Embo-ra por preço mais bai-xo o anterior 2,4-L/147 cv (etanol) de injeção in-direta permaneça, a no-va unidade ganhou bas-tante em potência espe-cífica. Agora são ótimos 206 cv/27,3 kgfm (eta-nol) para 2,5 L. Preços: R$ 86.400 a R$ 103.700 (4x4). Mais em que conta versões Diesel.

FALTA pouco para Ja-guar Land Rover con-firmar produtos da sua nova fábrica de Itatiaia (RJ). Escolha natural é o sucessor do Freelan-der, Discovery Sport, que estreou no Salão do Automóvel de Paris. Nos planos também o Jaguar XE, novo rival

do Série 3 e do Classe C. Falta decisão sobre o Evo-que, Land Rover mais ven-dido no País.

PRESSIONADA por cota de apenas 3.000 veí-culos importados por ano, Volvo e sua proprietária chinesa Geely estudam ter fábrica no Brasil. Ambas negam, mas talvez não ha-ja alternativa para concor-rer em um mercado que, apesar de queda recente, estará entre os quatro ou cinco maiores do mundo no fim desta década.

CÂMBIO automatizado de uma embreagem, pelo preço mais baixo, tende a se firmar. No VW Up! já re-presenta em torno de 20% das versões em que a op-ção é oferecida. No pesado trânsito urbano, com pe-quena adaptação no mo-do de dirigir, o up! automa-tizado passa marchas sem grandes incômodos. Mas não tem conforto de auto-mático, claro.

AINDA no capítulo das trapalhadas, é inacredi-tável o governo estimular apenas modelos híbridos que não carregam bateria em tomada. Os puramen-te elétricos também fica-ram de fora do corte no imposto de importação. São carros bem mais ca-ros e, assim, de vendas li-mitadas, sem risco de so-brecarregar a rede elétrica.

MERCEDES-BENZ GLA, agora importado e nacional em 2016, desta-ca-se pelo estilo esportivo ante outros SUVs compac-tos. Motor turbo 1,6l/156 cv dá conta do recado, mas ideal seria potência algo maior. Materiais in-ternos, de primeira linha, contrastam com ausência de ar-condicionado auto-mático e GPS para o pre-ço de R$ 132.900. Versão completa sa lta para R$ 149.900.

NOVA geração do Hon-da City ganhou espaço in-

terno (na frente e atrás), além de equipamentos como câmera de ré re-gulável em três ângulos. Melhorou o vão de aces-so ao generoso porta--malas de 536 l. Câmbio automático CVT agora tem sete marchas virtu-ais e hastes no volante, mas o motor 1,5 L/116 cv vai melhor no Fit. Preços continuam bem puxados: R$ 53.900 a R$ 69.000.

MITSUBISHI Ou-tlander terá no início de 2015 versão híbri-da plugável em toma-da. Diferencia-se por soluções técnicas bri-lhantes. A começar pe-los dois motores elétri-cos (um para cada ei-xo) que permitem tra-ção 4x4 gerenciável de forma automática sem o peso dos componen-tes mecânicos. Estes motores trabalham em série e em paralelo ao de combustão.

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RODA VIVA

merCedes-benz gla destaca-se pelo estilo esportivo. Motor turbo de 156 cv dá conta do recado

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10 • AutomotiveBUSINESS

As novidAdes que você encontrA em www.automotivebusiness.com.br

EXCLUSIVO REDES SOCIAISQUEM É QUEMA ferramenta exclusiva e gratuita traz os contatos de quem comanda o setor automotivo. automotivebusiness.com.br/quemquem.aspx

ESTATÍSTICASAcompanhe a evolução das estatísticas das principais organizações do setor.automotivebusiness.com.br/estatisticas.aspx

TWITTERsiga o Portal AB na rede social e acompanhe os links e novidades postados pela nossa equipe.@automotiveb

PINTERESTAcompanhe os painéis com as principais novidades do Portal, revista e AB webtv.pinterest.com/automotiveb

MOBILE WEBSITEFormato leve e adequado para quem acompanha as notícias pelo smartphone ou tablet.m.automotivebusiness.com.br

WEB TV

HONDA CONCLUI RENOVAÇÃO DA LINHA COM O CITYdepois de lançar no Brasil as novas gerações do Fit e

do civic a Honda apresenta o city reestilizado. o modelo global chega ao Brasil com a missão de superar as expectativas dos consumidores e retomar o patamar de vendas que o carro tinha antes de a sua produção desacelerar para a chegada da nova versão, entre 3 mil e 4 mil unidades por mês. são quatro versões, todas equipadas com motor 1.5 i-vtec 16v de até 116 cv. os preços começam agora em r$ 53.900.

portal | Automotive Business

NOTICIáRIOENTREVISTAENTREVISTA

www.automotivebusiness.com.br/abtv

SHINERAY PROMETE FáBRICA DE MOTOS PARA DEZEMBROA shineray agendou para dezembro a inauguração de sua primeira fábrica no

Brasil – e também a primeira fora da china, localizada na cidade de cabo de santo Agostinho (Pe). construída com investimento de r$ 130 milhões, a unidade está situada em terreno de 156 mil metros quadrados. “os equipamentos já estão montados e no momento aguardamos a inspeção do inmetro para liberação da numeração de chassis brasileira”, assegura Paulo Perez, diretor executivo da shineray.

SCHMALL, DA VW, SÓ PREVÊ CRESCIMENTO EM 2016Para thomas schmall, presidente da volkswagen do Brasil, o tombo

no mercado interno de veículos este ano já está dado: espera-se recuo das vendas de 8% a 10%. Para 2015 a expectativa é de estagnação, com números iguais ao deste ano. A volta do crescimento só é esperada para 2016. “Ainda existe muito potencial, 50% dos brasileiros não têm carro. mas é necessário fazer ajustes para a economia voltar a crescer”, avaliou.

mAurício murAmoto, da deloitte, traça novo perfil do

consumidor brasileiro

vilmAr FistArol, da cnH industrial, espera recuperação do mercado em 2015

Balanço semanal dos acontecimentos mais importantes do setor automotivo

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

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CARREIRA

J orge Mussi, diretor de pós-vendas, passa a acumular a diretoria de

assuntos governamentais e conta que um de seus principais desafios será discutir metas de eficiência energética

AUTOMOTIVE BUSINESS – Por que a Volvo Cars só agora criou a diretoria de assuntos governamentais? Cogita produzir no Brasil?JORGE MUSSI – Chegamos a um ponto nas discussões do setor em que nenhuma marca pode deixar de ser individualmente representada, ainda que existam Abeifa e Anfavea. Esta área é importante agora principalmente devido aos requerimentos técnicos discutidos com maior frequência entre governo

e indústria por causa do Inovar-Auto. Um dos principais desafios será acompanhar as metas de eficiência energética às quais os participantes do programa estão sujeitos. Não temos planos para produção local.

AB – Quais serão as suas responsabilidades? JM – Serei responsável pelo relacionamento com vários órgãos. Entre os assuntos principais estão homologação de produtos e certificação de componentes. Participaremos de discussões da indústria com o governo que envolvam os interesses da Volvo.

AB – Quais foram as suas vitórias em três anos no pós-venda da

VOLVO CARS: PRÓXIMA DO GOVERNO PARA ATENDER O INOVAR-AUTOCAMILA FRANCO

FIAT CHRYSLER – Antonio Filosa (foto 1), assume a diretoria de compras para América Latina. Está no lugar de Osias Galantine (foto 2), agora responsável pelas compras da CNH Industrial, holding de veículos industriais do Grupo Fiat. NISSAN – Contratou José Luiz Vendramini (foto 3), como diretor comercial. Tem experiência em vendas, desenvolvimento de rede, qualidade ao consumidor e pós-venda. Arnaud Charpentier (foto 4) é o novo diretor de marketing no lugar de Murilo Moreno, que saiu da empresa. Dirigia a área de qualidade ao consumidor e desenvolvimento de rede desde janeiro.

RENAULT – Marcus Vinicius Aguiar (foto 5) é o novo diretor de relações institucionais, governamentais e de responsabilidade social empresarial. Foi chefe de serviço técnico, legislativo e normativo da Fiat Chrysler América Latina.

CAOA – Para aumentar as autopeças nacionais dos veículos de Anápolis (GO), a empresa contratou Ivan Witt (foto 6), como diretor de compras. Cuidará das aquisições da fábrica e da rede de concessionárias.

VALEO SERVICE – Divisão dedicada ao mercado de reposição anuncia seu novo diretor-geral para o Brasil: Fernando Ribeiro (foto 7) assume, acumulando o cargo também na América do Sul.

EXECUTIVOS

Volvo? E como será conciliar as duas diretorias?JM – Fomos a primeira marca premium a implementar serviços nunca antes oferecidos aos clientes deste segmento, como o One Hour Stop, que faz 80% dos reparos do automóvel dentro de uma hora com o acompanhamento do cliente. Também introduzimos a infraestrutura necessária para o Volvo on Call, que oferece serviço de segurança, conveniência, comunicação e controle do carro por meio de aplicativo para smartphones e tablets e de uma central de atendimento 24 horas interligada ao veículo. As duas áreas em certos pontos são complementares e por isso teremos uma eficiência maior combinando-as. n

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

Kostal, a única empresa a receber por TRÊS

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Receber da FORD do Brasil, o “Prêmio Top Supplier 2014” como melhor fornecedor na Categoria Elétrica e Mecanismos da América do Sul é a prova do reconhecimento dos constantes investimentos em qualidade e tecnologia que a Kostal vem fazendo ao longo dos anos. O nosso comprometimento vai além de oferecer uma ampla gama de produtos, serviços e a excelência no resultado custo-benefício. Trabalhamos sempre para exceder as expectativas do cliente, aliado as melhores práticas e com o desenvolvimento sustentável.

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14 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

Durante o encontro anual com os principais fornecedores da América

do Sul, quando foram apresentados os resultados da empresa na região e alinhadas as novas metas e estratégias, a Ford entregou o Prêmio Top Supplier 2014 aos seus melhores parceiros que se destacaram pelo desempenho em 2013 e 2014. A escolha dos fornecedores foi feita com base em uma avaliação em que são considerados quesitos como qualidade, custo, entrega e relacionamento comercial.

A 13a edição do Prêmio Top Supplier da Ford contou com a presença de Steven Armstrong, presidente da

MONTADORA RECONHECEU OS MELHORES DA AMÉRICA DO SUL EM 13 CATEGORIAS

O PrêmiO TOP SuPPlier 2014 da FOrd:

• INTERIOR E ACABAMENTOS Treves Argentina

• ELÉTRICA E MECANISMOS Kostal Eletromecânica

• CHASSIS Pirelli Neumaticos Argentina

• BODY & EXTERIOR SMR Automotive Brasil

• RAW MATERIAL & ESTAMPADOS Basf Argentina

• POWERTRAIN/PTI ZF Sachs

• POWERTRAIN/PTC Elring Klinger do Brasil

TOP SuPPlier DESTACA FORNECEDORES

VENCEDORES

• SERVIÇO AO CLIENTE – PEÇAS E ACESSÓRIOS Quimica True SACIF

• CAMINHÕES Indebras

• SERVIÇOS Servicios Compass de Argentina

• MATERIAL INDUSTRIAL Braunco

• MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Prodismo

• TRANSPORTES Penske Logistics do Brasil

PRÊMIO FORD

Ford América do Sul, Hau Thai-Tang, vice-presidente global de compras, Amit Singhi, diretor de finanças da América do Sul, Félix Guillen, diretor de operações e manufatura, e João Pimentel, diretor de compras da América do Sul, entre outros executivos.

“Além de premiar nossos melhores fornecedores, o evento é parte do nosso processo de comunicação e transparência com nossos parceiros. Revimos nossos planos e o que estamos fazendo para melhorar nossa competitividade na região”, disse João Pimentel.

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

VOCÊ JÁ VIU A PENSKE NAS PISTAS DE CORRIDA. AQUI ESTÁ O QUE VOCÊ

AINDA NÃO VIU.

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16 • AutomotiveBUSINESS

NEGÓCIOS

Fábricas

MERCEDES-BENZ aPLicará r$ 730 MiLHÕEs NO brasiL

VilMaR FiStaRol, presidente da CNH Industrial, ao falar das expectativas para 2015

VEjO Muita NOtícia NEgatiVa. a situaçãO é dura, Mas

NãO é EssE dEsastrE tOdO. dEPOis dEssE MOMENtO

cOMPLicadO dE quEda das VENdas, acrEditO quE

VaMOs rEcONstruir O MErcadO NO PróxiMO aNO

A Mercedes-Benz anunciou novo plano de investimento para a operação brasileira. O pacote soma R$ 730 milhões, que serão gastos até

2015 nas duas fábricas da marca. A sexagenária planta de São Bernardo do Campo (SP) receberá R$ 500 milhões para modernizar e ampliar as instalações. Os outros R$ 230 milhões serão destinados à unidade de Juiz de Fora (MG), que hoje monta os modelos Acelo e Actros e, a partir de 2016, passará a soldar e pintar as cabines de todos os modelos montados no País. A produção do Acelo será transferida para a unidade de São Bernardo do Campo.

“Precisávamos aumentar as sinergias entre as duas fábricas. Há cerca de um ano começamos a estudar isso e decidimos que a melhor maneira seria transferir para Juiz de Fora toda a produção de cabines, pois é uma planta moderna que tem o estado da arte para a armação (soldagem) e pintura”, disse Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil. Em 2010 a Mercedes-Benz anunciou R$ 1,5 bilhão. Em 2012 foi definido novo investimento, de R$ 1 bilhão, que inclui o processo de nacionalização do Actros produzido na planta mineira. Somados, os aportes da companhia no Brasil chegam a R$ 3,23 bilhões.

PoNto DE ViSta

MErcadO

QUatRo GRaNDES PErdEM EsPaçO NO brasiLNos últimos dez anos as quatro maiores montadoras instaladas localmente – Fiat, Volkswagen, General Motors

e Ford, por ordem de volume de vendas – perderam 15,8 pontos de participação no mercado. A conclusão é de estudo da consultoria Jato Dynamics. Em 2004 estas companhias respondiam por 81,6% das vendas no País, número que recuou para 65,8% em 2014, considerando apenas veículos leves. Em movimento oposto, Hyundai, Renault e as japonesas Toyota, Honda e Nissan ganharam 14,2 pontos de participação nesse período.

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18 • AutomotiveBUSINESS

negócios

A Audi é uma das empresas cujo valor teve crescimento expressivo este ano sobre 2013, considerando as 100 marcas mais valiosas do mundo.

A informação é do relatório Best Global Brands, organizado pela Interbrand. O valor da montadora alemã chegou a US$ 9,83 bilhões, 27% acima do verificado na avaliação anterior. Com isso a empresa subiu da 51a posição do ranking para a 45a. O Top 100, liderado por empresas dos ramos de tecnologia, bebidas, serviços e negócios, com a Apple em primeiro lugar, seguida por Google e Coca-Cola, traz 16 montadoras.

Marcas

VALOR DA AUDI FOI O QUE MaIs crEscEU

BEsT GLOBaL BraNDsMarcas mais valiosas entre as montadoras

MARCA VALOR VALORIZAÇÃO SOBRE 2013

TOyOTA Us$ 42,3 bilhões 20%MeRceDes-Benz Us$ 34,3 bilhões 8%BMW Us$ 34,2 bilhões 7%HOnDA Us$ 21,6 bilhões 17%VOLksWAgen Us$ 13,7 bilhões 23%FORD Us$ 10,8 bilhões 18%HyUnDAI Us$ 10,4 bilhões 16%AUDI Us$ 9,8 bilhões 27%nIssAn Us$ 7,6 bilhões 23%PORscHe Us$ 7,1 bilhões 11%cATeRPILLAR Us$ 6,8 bilhões -4%kIA Us$ 5,3 bilhões 15%JOHn DeeRe Us$ 5,1 bilhões 5%cHeVROLeT Us$ 5 bilhões 10%HARLey-DAVIDsOn Us$ 4,7 bilhões 13%

LAnD ROVeR Us$ 4,4 bilhões Nova no ranking

aUTOpEças

BOscH prONTa para Os prÓXIMOs 60 aNOsEm novembro de 2014

a Bosch comemora 60 anos de operação no Brasil e desenha a estratégia para crescer baseada em investimentos em produtividade com foco em inovação. Só neste ano cerca de R$ 100 milhões estão sendo aplicados em todas as divisões, mais fortemente na automotiva, que responde por 70% dos negócios da Bosch no País. Nos últimos dez anos, mais de R$ 1 bilhão garantiu a continuidade da evolução das tecnologias e linhas de produção para atender a demanda do mercado doméstico.

Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina, acredita que, apesar dos tempos mais difíceis que o setor vivencia, o mercado brasileiro dobrou de volume e com isso veio a necessidade de atender com mais eficiência e a um custo menor a necessidade local. “Acredito que 2015 será tão difícil quanto 2014, em termos de vendas e mercado, mas quando se faz investimento, a visão é sempre de longo prazo”, afirma. A maior parte dos investimentos da Bosch no Brasil está destinada à nacionalização de componentes e conjuntos que vão ajudar as montadoras a se prepar para o Inovar-Auto. (Sueli Reis)

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20 • AutomotiveBUSINESS

negócios

Segue em banho-maria o plano da General Motors de fazer novo

carro popular no Brasil. “Viabilizar um veículo de entrada não é fácil. É um segmento que representa cerca de 30% das vendas e queremos ter uma fórmula ganhadora. Ainda estamos estudando”, admite Santiago Chamorro, presidente da GM Brasil. “Não quer dizer que estamos renunciando ao segmento. Devemos continuar com Celta e Classic por mais um par de anos”, revela. Segundo ele, no programa de investimento de R$ 6,5 bilhões para o período 2014-2018, anunciado recentemente pela companhia, não está contemplado o novo carro popular. (Pedro Kutney)

Carro popular

GM aDIa NoVo MoDElo DE ENTraDa

Com o rastreamento da origem das autopeças regulamentado,

o que permitirá verificar o conteúdo local dos carros brasileiros, montadoras vão atrás de garantir a localização de componentes. Nos próximos três anos a Ford pretende trazer US$ 1 bilhão em compras para a América do Sul. A ideia é dar preferência às empresas que já compõem sua base de fornecedores. A General Motor também vai adicionar às aquisições locais valor equivalente, de US$ 1 bilhão, mas a intenção é realizar isso até o fim deste ano.

CoMpras

loCalIZaÇÃo para aTENDEr INOVAR-AUTO

INVEsTIMENTo

AISIN CoNsTrÓI NoVa FÁBrICa

A japonesa Aisin vai aplicar R$ 140 milhões na

construção de mais uma planta no Brasil. O prédio produtivo será instalado dentro do complexo industrial da companhia em Itu (SP), onde já são feitos componentes para carroceria. A

partir de 2016 serão produzidos ali componentes para motores, com capacidade para equipar 220 mil veículos por ano. Do total aplicado na planta, R$ 90 milhões irão para a construção do galpão e R$ 50 milhões para os novos equipamentos usados na fabricação. O aporte é parte de um pacote de R$ 340 milhões que a organização tem programado para o Brasil. Os componentes serão construídos com tecnologia de injeção de alumínio die casting. O objetivo é alcançar redução de peso para que as peças ajudem as montadoras a atingir metas de eficiência energética propostas pelo Inovar-Auto. Takeshi Osada, diretor-presidente da companhia para o País, adiantou ainda o projeto de fazer na unidade componentes para freios e sistemas de transmissão manual, em 2015 e 2016, respectivamente. (Giovanna Riato)

SUceSSOR dO celTA ainda está em estudo

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

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22 • AutomotiveBUSINESS

negócios

A s fabricantes de autopeças enfim têm motivo para manter

o otimismo acerca do Inovar-Auto, novo regime automotivo que entrou em vigor no início de 2013. Paulo Butori, presidente do Sindipeças, reconhece que o programa pode trazer resultados positivos. Depois de quase dois anos de vigência, enfim foram regulamentados aspectos que dizem respeito ao rastreamento do conteúdo dos carros para garantir o índice de nacionalização. As normas foram estabelecidas pela Portaria 257 de 23 de setembro. Segundo o executivo, a legislação saiu de acordo com o acertado entre as entidades que representam a cadeia produtiva e o governo. “Assisto hoje situação diferente dos últimos

anos, quando importávamos muitos automóveis. O Inovar-Auto teve a qualidade de frear esse processo e

as empresas começaram a trazer fábricas para o Brasil”, declarou. (Giovanna Riato)

AssistA à entrevistA com

PAulo Butori, do sindiPeçAs

AutopeçAs

SINDIPEÇAS CoMeMoRA RAstReABILIDADe

LAnçAMento

S10 FLEX está MAIs potente

A linha 2015 da Chevrolet S10 chega ao mercado com o motor flexível mais poten-

te do mercado para o segmento de picapes. O modelo ganhou versão com o propulsor 2.5 Ecotec de quatro cilindros, comando de válvulas variável, injeção direta de combustível e até 206 cavalos quando abastecido com etanol. Dessa forma, a S10 supera em apenas um cavalo a po-tência da Mitsubishi L200 Triton HPE. O novo propulsor está nas versões LT e LTZ da picape Chevrolet. A opção mais em conta, LS, manteve o 2.4 Flexpower com até 147 cv.

Apesar de a retração econômica ter repercutido em queda na produção de autoveículos no Brasil, a ArcelorMittal

mantém o aporte de US$ 75 milhões anunciado nos últimos 12 meses para o País. A garantia é do CEO Lou Schorsch: “O Brasil é um mercado muito importante para nós, mesmo que sua economia esteja em período de recessão. Continuamos otimistas e comprometidos com os nossos investimentos, pois vão gerar resultados muito importantes a longo prazo.” Do total, US$ 15 milhões estão sendo aplicados na planta de Vega, na cidade de São Francisco do Sul (SC), para fabricação do aço de alta resistência Usibor, desenvolvido pela Arcelor para a indústria automobilística. Para a mesma unidade estão sendo destinados mais US$ 17 milhões no projeto Vega Light, que consiste em aumentar a capacidade de produção de laminados a frio para 1,6 milhão de toneladas a partir de 2015, além de preparar a planta para futuras expansões. Os cerca de US$ 40 milhões restantes serão injetados na unidade de Sabará (MG). (Camila Franco)

ARCeLoRMIttAL

OTIMISTA MesMo CoM MeRCADo eM QueDA

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AutomotiveBUSINESS • 23

RetoRno

MAHINDRA VoLtA A VenDeR utILItáRIoA Mahinda retoma as vendas de seu utilitário no

Brasil, o Scorpio, agora chamado de M.O.V., sigla para Mahindra Off Road Vehicle. O modelo enfim recebeu motor adequado ao Proconve P7 e tem 120 cavalos. O preço é um tanto alto, R$ 97,9 mil. “Estamos mudando nosso enfoque. Não dava para vendê-lo como um SUV. Esse segmento tem carros com desenho mais atual. Queremos o público que gosta de aventura e quer um jipe para passear com a família”, afirma Álvaro Sandre, novo diretor comercial da Bramont, empresa que monta os produtos Mahindra e as motos Benelli no Brasil. Bastante equipado, o jipe tem direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores com acionamento elétrico, piloto automático, regulagem para o facho dos faróis e volante ajustável em altura. (Mário Curcio)

sALão De pARIs

FABRICANTES MAntÊM ApostA no BRAsILo Salão do Automóvel de Paris ocorreu de 4 a 19 de outubro na capital francesa sem apresentar grandes

novidades para o Brasil. Ainda assim, algumas empresas sustentaram a aposta no mercado local mesmo diante da contração das vendas este ano. Uma delas foi a Renault. Jérôme Stoll, diretor mundial de vendas e marketing da companhia, destacou a estratégia para o País. “Para aumentarmos nossa participação de mercado, que hoje é de 7%, vamos complementar a linha de produtos no Brasil e na Argentina. O ideal é que possamos atingir 10% (de market share)”, contou.

O executivo assegura que a companhia mantém investimentos no País apesar do momento desafiador. “Anos complicados e oscilações são sempre esperados. Não mudamos nossos planos porque tudo é planejado com muita antecedência e sabemos que é possível que haja períodos de crise. Já passamos por isso antes. Temos confiança de que será apenas uma fase.”

A Fiat Chrysler, que tem no Brasil um de seus principais mercados, também reforçou a importância do País para os negócios. “O Brasil é único, difícil de entender, mas todos querem estar lá”, admitiu Virgilio Cerutti, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da organização. “O custo para produzir no País é alto, a legislação é complicada de aplicar, mas tem uma possibilidade de demanda enorme. O País ainda tem muito o que crescer e o consumidor é um otimista: sempre acredita que tudo vai dar certo”, avalia. (Tatiana Carvalho)

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24 • AutomotiveBUSINESS

negócios

EvEnto

CONGRESSO SAE: EnGEnHARIA tEntA DRIBLAR REtRAÇÃo

O 23o Congresso SAE Brasil, que ocorreu entre 30 de

setembro e 2 de outubro em São Paulo (SP), evidenciou o efeito da retração dos negócios no mercado brasileiro, mas ainda assim manteve o brilho com a aposta das empresas no País e os avanços tecnológicos atraídos pelo Inovar-Auto. “Apesar da desaceleração no ano causada pela Copa do Mundo, a SAE Brasil continua confiante no mercado brasileiro. É um momento importante para a engenharia veicular”, destacou Ricardo Reimer, presidente da entidade, na abertura do congresso.

O evento manteve o prestígio e fez jus ao tema “Construindo a Mobilidade Inteligente nos Veículos do Futuro.” As empresas que decidiram participar da mostra mesmo diante das incertezas do mercado se empenharam para mostrar o que têm de mais recente e adequado ao Inovar-Auto. “O Brasil é um dos grandes players globais”, lembrou Daniel Hancock, presidente da SAE Internacional. A declaração do executivo parece

MOSTRA TECNOLÓGICA

Apesar de o presidente da SAE ter amenizado as dificuldades que o setor automotivo enfrenta no Brasil, foi notável a redução do tamanho da

mostra tecnológica. Grandes sistemistas que tradicionalmente participam da feira decidiram não expor este ano. Foram 63 empresas participantes, 17 painéis e debates e 144 trabalhos técnicos inscritos. Em 2012 a mostra contava com 80 companhias apresentando produtos e soluções.

Ainda assim, a feira que ocorre simultaneamente ao congresso também acompanhou o clima de aposta no futuro do mercado brasileiro. A Magneti Marelli destacou em seu estande a utilização de novos materiais nos com-ponentes para diminuir o peso. Um exemplo de aplicação é em um corpo de borboleta, que cai de 700 gramas quando construído em alumínio, para 400 gramas com o uso de plásticos.

A Novelis, especializada em alumínio laminado, também participou da mos-tra. A companhia já fornece para a indústria automotiva, mas ainda não tem participação em peças estruturais. “Por enquanto nossos componentes estão em defletores de calor e radiadores, mas queremos aumentar a presença. É por isso que estamos aqui”, explica Gabriela Cassíola, da área comercial.

Um destaque da mostra que certamente ajudou a elevar a autoestima da en-genharia brasileira é o Carina (Carro Robótico Inteligente para Navegação Autô-noma), desenvolvido pela USP de São Carlos a partir de um Fiat Palio Weekend. O projeto tem a liderança do professor Denis Wolf e circula em testes de forma autônoma em velocidades até 40 quilômetros por hora. (Giovanna Riato)

traduzir a sensação de muitas companhias que participaram do evento e pensam em soluções para

driblar a crise atual com a certeza de que o futuro do mercado brasileiro valerá o esforço.

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Caminhões

VOLVO TRaZ nOVa GeRaÇÃO Da Linha FEm ano de mercado retraído no

Brasil, a Volvo faz manobra um tanto quanto ousada. A companhia lança no País a nova geração da linha F, que inclui os caminhões FH, FM e FMX, e chega com incremento no preço de expressivos 20%. Os modelos fabricados na planta de Curitiba (PR) agora estão alinhados à família vendida na Europa, apresentada pela primeira vez no Salão de Hannover, na Alemanha, em 2012.

O aumento da tabela é maior até do que o feito quando foi lançada a geração com motorização Euro 5, em 2011. Nessa época a companhia anunciou que os preços subiriam até 12%. Este ano, que teve queda nas

vendas totais de caminhões de 13,9% de janeiro a setembro, a Volvo é a única a lançar nova linha de produtos. “O mercado está menor, mas temos de nos esforçar para conquistar participação até mesmo nesse cenário”, justifica Bernardo Fedalto, diretor comercial de caminhões da companhia no Brasil. “O custo inicial ficou maior, mas o operacional é menor. Não somos conhecidos por oferecer o caminhão mais barato do mercado, mas por garantir o custo da tonelada por quilômetro mais competitivo”, diz Fedalto.

A nova geração é o que os executivos da companhia chamam de “melhor Volvo de todos os tempos”.

Os caminhões têm design frontal e a cabine totalmente renovados. O trem-de-força recebeu uma série de mudanças para garantir eficiência.

Medições da marca apontam que o consumo de combustível diminuiu 8% na nova linha. Os motores oferecidos para o FH mantêm potências de 420 a 540 cavalos. Para o FM, além do propulsor de 370 cv já disponível na geração anterior, há opção pela versão com 380 cv. O modelo off road FMX também tem oferta mais ampla de motores. Agora as potências variam de 380 a 540 cv. A companhia melhorou também o freio motor para acompanhar as mudanças. (Giovanna Riato)

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26 • AutomotiveBUSINESS

MÁQUINAS AGRÍCOLAS

SUELI REIS

T endência de melhora das vendas internas: este é o cená-rio esperado pelas fabricantes

de máquinas agrícolas e rodoviárias para o último trimestre do ano. Após um primeiro semestre amargo, com queda expressiva de 20% sobre a primeira metade de 2013, as empre-sas verificaram crescimento, ainda que modesto, no terceiro trimestre do ano quando comparado aos três meses imediatamente anteriores. O período entre julho e setembro também foi o melhor do ano até agora em volume: o mercado inter-no consumiu 19,5 mil equipamentos novos, enquanto em cada um dos dois trimestres anteriores o máximo atingido não passou de 18,2 mil.

Contudo, mesmo que o ritmo pou-co mais acelerado dos negócios seja

confirmado no fim do ano, este fator não altera a projeção de retração de 12% ante o ano passado, com algo próximo a 73 mil equipamentos agrí-colas e rodoviários, de acordo com as previsões da Anfavea, revisadas no início do segundo semestre.

“No fim de 2013 já prevíamos que o desempenho daquele ano não se repetiria neste: alcançamos o recorde de 83 mil máquinas. Não há nenhum indicativo de problema ou redução de demanda para os três últimos meses do ano, mas acreditamos em um vo-lume próximo ao de 2012 (70,1 mil unidades)”, afirma Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea, que responde pelo segmento de má-quinas.

A executiva, que também é dire-tora de assuntos governamentais da

AGCO, grupo que reúne as marcas Massey Ferguson e Valtra, acrescen-ta que a dificuldade de mercado não é exclusiva do Brasil, o que também dificulta as exportações. Apesar disso, ela informa que a Argentina melhorou o fluxo de compra: “A nossa expecta-tiva é de que haja um bom volume de embarques totais até o fim de dezem-bro, mais como efeito do mercado argentino, que acelerou os processos de importação, mas isso não vai re-cuperar a perda já estimada em 10% para o ano.”

Acompanhando a desaceleração das vendas internas e externas, a pro-dução de 2014 ficará pelo menos 13% abaixo da registrada em 2013, aposta a entidade. Vale lembrar que no ano passado o setor bateu recorde, com a montagem de 100 mil máquinas. n

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ação

ANFAVEA PROJETA ACELERAÇÃO, MAS DESEMPENHO POSITIVO NÃO MUDA EXPECTATIVA DE QUEDA PARA O ANO

FaBRiCaNTES ESPERaM PElo MELHOR TRIMESTRE DE 2014

DIFICULDADES de mercado não são exclusivas do Brasil, o que prejudica as exportações

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

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28 • AutomotiveBUSINESS

implementos

GIOVANNA RIATO

SETOR ADMINISTRA QUEDA DAS VENDAS EM 2014 E ESPERA POLÍTICA

PARA REJUVENESCER A FROTA

RENOVAÇÃO PODE CRIAR MERCADO ExTRA DE 20 MIL

UNIDADES POR ANO

Os fabricantes de imple-mentos devem fechar 2014 com tombo nas ven-

das. A Anfir, associação que repre-senta as empresas do setor, estima que a baixa fique entre 12% e 13% na comparação com o resultado do ano passado, para perto de 154 mil equipamentos. Se concretizado, o número não será fraco, já que a redução acontecerá sobre base de comparação robusta de 2013, ano recorde para o setor. Ainda assim, a entidade aponta que há potencial para melhorar.

Para a entidade, a principal ferra-menta a fim de alcançar resultados mais significativos é a definição de um programa de renovação da frota de veículos. Uma série de entidades que representam os setores interes-sados em uma política do gênero entregou ao governo federal docu-mento que indica medidas capazes de impulsionar o rejuvenescimento da frota. O presidente da Anfir, Al-cides Braga, conta que, apesar de

AlcIdEs BRAGA, presidente da Anfir: “Renovação de frota está fadada a ser implementada e traz benefícios para todos os envolvidos”

nada ter sido aprovado ainda, as ne-gociações evoluem em ritmo acele-rado. “Depois de muito debate che-gamos a um formato extremamente

seguro para o programa, muito vi-ável, solucionando o problema da dificuldade de acesso ao crédito de grande parte dos carreteiros, que impede o investimento deles em bens mais novos”, define.

O dirigente avalia que o programa está “fadado a ser implementado”, já que traz benefícios para todos os envolvidos, incluindo o gover-no. Braga espera que a política seja aprovada em 2015. Se isso ocorrer, a Anfir estima que haverá impulso para acrescentar a venda de 10 mil implementos no mercado do próxi-mo ano. “O programa vai começar devagar, mas quando estiver em plena carga poderemos ter mercado adicional de 20 mil unidades anu-ais”, projeta.

RESULTADOSMesmo antes de o governo anun-ciar estímulos para a renovação da frota de caminhões e de implemen-tos, a Anfir evita fazer análise alar-mante da atual contração do mer-cado. Braga admite que as vendas estão lentas, mas lembra que o ano deve fechar em patamar bem aci-ma da média histórica do setor, que é de 55 mil unidades da linha pesa-da, de reboques e semirreboques. De janeiro a setembro a queda nos negócios foi de 11%, para total de 116,9 mil equipamentos.

A maior contração aconteceu justamente nas vendas da linha pe-sada, que diminuíram 17,8%, para 42 mil unidades. Na linha leve os emplacamentos somaram 74,9 mil equipamentos, com redução de 6,6%. “Precisamos considerar tam-bém a parada dos pedidos de finan-ciamento ao BNDES a partir de 21 de novembro”, aponta o executivo. Segundo ele, a interrupção opera-cional será feita para que o banco consiga analisar todos os proces-sos antes do fim do ano. n

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TECNOLOGIAS INOVADORAS DA ZF FAZEM O MUNDO GIRAR COM MAIS EFICIÊNCIA

Pessoas viajam em busca de seus objetivos. Seja indo para a casa, o trabalho, a escola ou o clube, diversos destinos são alcançados por diferentes meios de transporte. A ZF não se limita a enxergar a conservação dos recursos naturais, o aumento da segurança e a conveniência como requisitos fundamentais para quem viaja. Mas também os vê como uma oportunidade de criar soluções inovadoras e sustentáveis. Como uma das principais fornecedoras mundiais de sistemas de transmissão e tecnologia de chassis, a ZF faz parte – e é isto que nos impulsiona – deste desenvolvimento. Nosso objetivo é muito mais que criar produtos inovadores e eficientes. É melhorar a qualidade de vida e ajudar a moldar o futuro de forma sustentável.

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30 • AutomotiveBUSINESS

O Inovar-Auto garantirá no-vo patamar de qualidade aos carros brasileiros. Es-

sa é a aposta das montadoras que, por meio da Anfavea, defenderam o regime automotivo e sua con-tinuidade durante o II Fórum da Qualidade Automotiva, promo-vido pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) em parceria com Automotive Business, dia 15 de setembro, em São Paulo. Ro-gério Rezende, vice-presidente da Anfavea, entidade dos fabricantes de veículos, ressaltou que quali-dade é o caminho para a compe-titividade e advertiu que, sozinho, o Inovar-Auto não resolverá todos os problemas – é preciso equacio-nar questões como produtividade, mão de obra, matéria-prima, logís-tica, insumos e tributação.

A representante do governo no evento do IQA, Margarete Gandini,

O DESAFIO DA QUALIDADE

GIOVANNA RIATO E SUELI REIS

ANFAVEA E GOVERNO DEFENDEM POLÍTICA PARA ALCANÇAR PATAMAR INTERNACIONAL

FÓRUM IQA

FóRUm evidenciou que qualidade é o caminho para a competitividade

coordenadora geral do Departamen-to de Indústrias de Equipamentos de Transporte do Ministério do De-senvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior (MDIC), reforçou que o objetivo do Inovar-Auto é a elevação do patamar tecnológico do produto brasileiro e, por consequência, de sua qualidade. Já Alfredo Lobo, dire-tor da Divisão de Avaliação da Con-formidade, do Inmetro, destacou no fórum a importância da certificação de componentes automotivos no aftermarket.

REESTRUTURAÇÃOEquacionar produtividade dentro de todos os requisitos necessários para não pecar na qualidade ainda é um dos grandes desafios enfren-tados pela cadeia automobilística brasileira, que carece de reestru-turação em todos os níveis. Assim concordaram os painelistas Martin

Bodewig, diretor da consultoria Roland Berger – para quem a qua-lidade nas empresas deve ser vista com os olhos do cliente –, e Letícia Costa, diretora da Prada Assesso-ria, que revelou um cenário pouco positivo, com o Brasil automotivo situado em um patamar baixo de competitividade e qualidade.

“O País apresenta um desempe-nho de qualidade insatisfatório, es-tagnado, com índices de avaliação que só caíram nos últimos quatro anos, quando não se observou ne-nhum progresso”, enfatizou Letícia, citando pesquisa da JD Power, so-bre satisfação do cliente com seus veículos, considerando proprietários com 12 a 36 meses após a compra. Numa escala de zero a mil, o Brasil recuou de 736 pontos em 2011 para 731 este ano, enquanto Inglaterra e Alemanha atingiram patamares de 772 e 788 pontos, respectivamente.

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QUALIDADE COMO DIFERENCIAL

N ão restam dúvidas sobre a necessidade de investir em qualidade no setor de veículos. A busca por melhorias, no entanto, pode ir além e representar um diferencial para o cliente. Richard Schwarzwald, diretor de quali-

dade assegurada da Volkswagen, lembrou do exemplo da Apple no setor de tecnologia, que alcançou posição de destaque por oferecer alta qualidade e elevar a percepção de valor pelo consumidor.

Na opinião dele, este é o desafio da indústria automotiva: superar os parâmetros para entregar o que chama de qualidade total. O executivo da Volkswagen lembrou que uma pesquisa do Sindipeças apontou que o custo da falta de qualidade na cadeia produtiva chega a R$ 5,6 bilhões por ano – o equivalente a cerca de R$ 1,5 mil por veículo, montante que poderia ser convertido para agregar tecnologia ao carro ou até mesmo garantir um bom desconto para o consumidor.

Na Fiat Chrysler Automobiles a qualidade é vista como parte da cultura da companhia. Amin Alidina, diretor da área para a América Latina, explicou que a busca para oferecer o melhor tem de estar no coração e na alma da em-presa. “Sem isso nenhuma metodologia de produção é bem-sucedida”, garantiu. A montadora destacou iniciativas como a oferta de treinamento para funcionários dos fornecedores, incluindo cursos técnicos, universitários e de pós-graduação.

As questões da qualidade na cadeia de produção foram debatidas no Fórum da Qualidade em painel de debates coordenado por Ingo Pelikan, presidente do IQA, com a participação de Bruno Neri, gerente da qualidade corpo-rativa da Bosch; Cristiane Paixão, diretora da qualidade na Fiat Chrysler do Brasil; Flávio Mateus, diretor executivo da Schaeffler, e Leandro Siqueira, diretor da qualidade da MAN. n

ALFREDO LObO: destaque para a importância da certificação no aftermarket

mARGARETE GANDINI: inovar-auto pretende

elevar patamar tecnológico e qualidade

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WORKSHOP | Desafios Da LegisLação

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WORKSHOP DE AUTOMOTIVE BUSINESS DEBATEU AS NOVIDADES NA

LEGISLAÇÃO SETORIAL

COMEÇA A RASTREABILIDADE

D ois anos após a publicação do decreto que regulamentou o Inovar-Auto, política industrial direcionada a forçar o desenvolvimento local do setor automotivo brasileiro, finalmente parece estar quase tudo pronto para o

início das operações do sistema de rastreabilidade de autopeças, que funciona desde 1o de outubro em fase de testes.

A medida é considerada pelos fabricantes de peças fundamental para au-mentar de forma real o uso de componentes nacionais nos veículos produzi-dos no Brasil, pois irá deduzir da base de cálculo de incentivos do Inovar-Auto a porção importada das peças usadas na produção, o que em tese deve au-mentar a busca por fornecedores locais, para elevar ao máximo o desconto

permitido de até 30 pontos porcentu-ais do imposto sobre produtos indus-trializados (IPI) aplicado sobre todos os veículos vendidos hoje no País.

“Bom ou ruim, não importa nesse momento. O importante é que algo finalmente vai começar”, destacou David Wong, diretor da consultoria AT Kearney, durante o II Workshop Os Novos Desafios da Legislação Automotiva, promovido por Auto-motive Business dia 8 de setembro, em São Paulo.

EFICIÊNCIADesde a introdução do Inovar-Auto, há quase dois anos, a soma dos investimentos em tecnologias de aumento de eficiência energética e controle de emissões de CO2 saltou de R$ 1,9 bilhão para R$ 5 bilhões. O cálculo foi mostrado por Vitor Klizas, diretor da consultoria IHS Automotive.

“Dois por cento de IPI é muito di-nheiro, a montadora não pode abrir mão disso”, afirmou Klizas sobre a ne-cessidade de aportes da indústria para atingir e superar as metas do progra-ma de eficiência energética criado pelo governo, para assim ganhar o incenti-vo fiscal extra. “Hoje, nossos parâme-tros são semelhantes aos do Japão. Se não baixarem nos próximos anos, só poderemos vender nossos carros den-tro de uma ilha chamada Brasil.”

RECICLAGEMO Brasil perderá exportações caso continue a desviar de políticas de ins-peção e reciclagem veicular. A aná-lise foi feita por Paulo Cardamone, chief strategy officer da Bright Con-sultoria e Gestão e consultor executi-vo da IHS Automotive.

Cardamone explica que países da União Europeia já pensam na recicla-gem desde a concepção dos veícu-los. “Eles exigem que os automóveis produzidos a partir de 2016 tenham

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woRkShop ocorreu no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo

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o mínimo de substâncias nocivas à saúde e meio ambiente justamente para que se enquadrem nos padrões de reciclagem. Os nossos veículos, ainda distantes desta realidade, po-dem ser barrados se não estiverem adequados às necessidades desses mercados”, alerta o executivo.

PD & INOVAÇÃOBruno Bragazza, gerente de inovação e propriedade intelectual da Bosch Amé-rica Latina, apontou: “Falta divulgação maciça dos programas de incentivos fiscais, em especial para pequenas empresas, como tiers 2,3 e 4, que não têm áreas especializadas em P&D. O volume e a intensidade de utilização dos instrumentos está bem abaixo do

sistema de prestação de contas ao fisco por meio de plataformas digi-tais, instituídas pela Receita Federal nos âmbitos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), traz uma nova realidade às empresas no que diz respeito ao envio de seus dados tributários: o aumento na complexi-dade da declaração das informações e dos custos que a implementação do processo digital pode trazer.

“A implantação do SPED exige re-pensar todos os processos, não só de apuração dos tributos, que muda o tempo todo, no caso do setor auto-motivo com o IPI, mas no que tange à rastreabilidade de todas as infor-mações, observando metodologia e prazos”, observou. n

que seria necessário para o desenvolvi-mento tecnológico do Brasil.”

Bragazza conta que foi constituído um grupo com participação do Sin-dipeças, sindicato das autopeças, da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, e da AEA, que represen-ta os engenheiros automotivos, pa-ra apontar por meio de um manual técnico, que deveria ser lançado este ano, o que poderá ser considerado pesquisa, engenharia, desenvolvi-mento e inovação dentro do Inovar--Auto, garantindo abatimento fiscal.

SPEDAlexandre Querquilli, sócio-diretor da Deloitte, alertou que a exigência de estruturação e modernização do

RECICLAGEM SERá

DECISIVA PARA

ExPORTAÇÃO

SPED TRAz NOVA

REALIDADE àS

EMPRESAS

2% DE IPI ESTIMULAM

EfICIêNCIA

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34 • AutomotiveBUSINESS

Fórum de marketing automotivo

EXCESSO DEVE SER COMBATIDO COM COMUNICAÇÃO MAIS FOCADA NO CLIENTE

D urante o Fórum O Marketing Automotivo Encara a Era Digital, realizado por Automotive Business no dia 29 de setembro, em São Paulo, Andrea

Russo, diretora do Grupo Troiano de Branding, usou o termo “obesidade” para mostrar que o abuso de alguns canais de comunicação pode gerar desperdício de tempo e dinheiro: “Todos os dias são gerados 2,5 quintilhões de bytes”, advertiu.

“Descobrir o que está por trás do que os consumido-res dizem e acessar conteúdos mais profundos do seu inconsciente é essencial para que as marcas criem cone-xões poderosas com eles”, afirmou. Essas conexões são os insights, que terão papéis como alimentar a alma da marca e revelar verdades e necessidades do consumidor. Andrea recordou que os insights em regra são simples e por isso têm muita força.

mudanÇaAdequar-se às novas tecnologias midiáticas, principal-mente redes sociais, e saber traduzir seus bilhões de dados gerados a cada segundo para transformá-los em soluções palpáveis e tangíveis com foco no consumidor é um dos grandes desafios atuais para o profissional de

marketing. Esta é a conclusão a que chegou Gil Giar-delli, professor de pós-graduação da ESPM e CEO da Gaia Creative.

Em sua apresentação no fórum, Gil declarou que o mundo corporativo vive o momento em que saem o B2B e o B2C para a entrada do H2H (human to human).

moBiLeRenata Bokel, vice-presidente de planejamento da Isobar, ressaltou que a evolução da tecnologia de mídias é um caminho sem volta: “Pesquisa de 2011 revela que para três em cada cinco entrevistados a internet passou a ser tão necessária quanto água ou comida e 75% afirmaram não saber sobreviver sem a internet”, observou.

“Hoje temos pessoas mimadas pelas tecnologias mo-bile: você tem o mundo à sua mão, vai ao banco, vê a previsão do tempo, analisa a situação do trânsito. Então inovar hoje é muito mais desafiador para as marcas. Você tem de antecipar o que as novas gerações precisam. Por isso, as marcas devem mudar drasticamente seu papel.”

Fabio Madia, diretor de planejamento e atendimento da MadiaMundoMarketing, defendeu que se torna ca-da vez mais desafiadora a tarefa de planejar, já que os

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OBESIDADE NAINFORMAÇÃO

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AutomotiveBUSINESS • 35AutomotiveBUSINESS • 35

Renault: pRimeiRa loja é a inteRnet“Somos um povo social e

gostamos de carro.” As-sim, Bruno Hohmann, diretor de marketing da Renault do Brasil, explica a decisão da montado-ra de fortalecer a presença nas redes sociais da web. “Fomos a primeira montadora, em 2012, a abrir um canal de atendimen-to nas redes sociais. Mantemos uma equipe especializada e bem treinada para lidar com esse con-sumidor e responder suas per-guntas de forma rápida e preci-sa”, destacou o executivo durante sua apresentação no II Fórum de Marketing Automotivo, revelando que hoje a primeira loja da marca no País é a internet.

Como a Hyundai ganHou a CopaSe a seleção brasileira de fu-

tebol decepcionou, a Hyun-dai tirou máximo proveito como patrocinadora oficial da Fifa na Copa do Mundo do Brasil. “Tí-nhamos uma imagem premium e um produto bem-sucedido, o HB20. O que fizemos foi intensi-ficar ações para aumentar expo-sição e vendas”, explicou Cássio Pagliarini, diretor de marketing da Hyundai Motors Brasil. Uma das ações casadas com a Copa foi a criação da Hexagarantia. “Enquanto as vendas do merca-do brasileiro recuaram 7,2% até julho, as nossas cresceram 5,9%. Vendemos 8 mil carros a mais no período da Copa”, afirmou.

negócios são cada vez mais impre-visíveis, com mudanças no cenário e no perfil e hábitos do consumi-dor. Nesse contexto o especialista defende que as empresas invistam em qualidade, não em quantida-de na comunicação na internet. O uso de aplicativos mobile é outro caminho promissor: a tecnologia já têm 1,2 bilhão de usuários no mundo e movimentou US$ 30 bi-lhões em 2013.

merCadoPatrícia Pessoa, gerente de marketing de relacionamento e redes sociais Fiat Automóveis, ressaltou as campanhas que colocam em destaque a marca, especialmente a Fiat Live Store, que oferece ao consumidor a oportuni-dade de, pela internet, conhecer de-talhes e interagir com os veículos da marca. Ela revela que a experiência on-line atrai uma série de clientes pa-ra as concessionárias físicas da mar-ca, com alto potencial para negócios.

A consultoria Deloitte apontou no fórum que o País tem um dos índices mais altos de intenção de compra de carros: 83% dos consumidores brasileiros pretendem comprar um veículo nos próximos cinco anos. O levantamento global com 23 mil con-sumidores (2 mil aqui) de 19 países mostra que nos mercados emergen-tes vivem as pessoas mais propensas à compra de automóveis novos.

Segundo Maurício Muramoto, dire-tor da consultoria, o resultado revela mais a intenção do que uma deci-são de compra, que normalmente é afetada por questões como custo e renda. “O preço alto é o maior impe-ditivo, veículos mais baratos são os maiores motivadores”, destacou.

PuBLiCidadeO diretor de planejamento da agên-cia Leo Burnett, Tiago Lara, apontou que não basta mais fazer comerciais para a TV. “O trabalho tem de ser vis-

to como uma parceria comercial. A agência deve estar ao lado do clien-te desde o nascimento do produto”, afirmou, citando como exemplo a campanha de lançamento do Uno em 2011, quando a montadora que-ria substituir seu carro de entrada por outro modelo capaz de atender expectativas de vários tipos de con-sumidor pelas diferentes combina-ções de acessórios, cores, versões de acabamento e motores.

ANdReA RussO: em busca de insights no Big Data

GIl GIARdellI: a hora do human to human

ReNAtA BOkel: internet tão necessária quanto alimentos

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36 • AutomotiveBUSINESS

RECALL

GUSTAVO HENRIQUE RUFFO

ALÉM DA APURAÇÃO DE RESPONSABILIDADES, CONTRATOS AJUDAM A DETERMINAR SE A DESPESA COM OS REPAROS FICA

PARA A MONTADORA OU FORNECEDOR

O aumento do número de recalls em automóveis no Brasil é visto, por muitos,

como algo negativo. Ele seria decor-rente de uma queda nos controles de qualidade, motivada pelo aumento acelerado de produção que o cres-cimento de mercado impôs. Mas a verdade é que se deveria cele-brar o fato de fabricantes assumi-rem responsabilidade por defeitos em seus produtos. Especialmente porque quem assume o erro paga o conserto. Pelo menos em relação

ao cliente. Mas e quando a falha é do fornecedor? Nossa reportagem mostra que, ainda que o bom senso coloque o culpado pela falha como aquele que vai bancar as despesas, a conta ainda pode continuar nas mãos da montadora.

A legislação brasileira determina que a responsabilidade pelo recall seja sempre do fabricante do produ-to final. Segundo o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), isso ocorre porque a mar-ca deste produto “é mais facilmente

identificável pelos consumidores”. A conta, em um primeiro momento, será sempre de quem entrega o veí-culo ao cliente. A razão é a neces-sidade de providências urgentes, já que a premissa das convocações é o risco à segurança dos usuários do produto.

A obrigatoriedade foi estabelecida em 1990, com o Código de Defesa do Consumidor. Mesmo assim, o pri-meiro recall automotivo no Brasil só aconteceu em 1998, realizado pela Mercedes-Benz. Antes disso, a maior

QUEM PAGA A CONTA?

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parte das montadoras fazia o chama-do “recall branco”. Ele consistia em informar o defeito apenas à rede au-torizada, por meio de boletins técni-cos, e reparar, em muitos casos, só os veículos de clientes que reclama-vam do defeito. Muitas vítimas des-sas falhas, ainda hoje, são relaciona-das às más condições das vias ou a imperícia, imprudência ou negligên-cia dos motoristas.

RESPONSABILIDADEPosteriormente à campanha, na hora de apurar responsabilidades, a mon-tadora poderá cobrar do fornece-dor da peça defeituosa parte do va-lor gasto em todo o processo ou até mesmo espetar nele a conta toda. A situação em que isso fica mais cla-ro é se for provado que houve má--fé no fornecimento, com mudan-ças propositais de especificação. E o prejuízo pode ser grande, já que o recall envolve muito mais custos do que apenas a troca do elemen-to problemático. Entram na conta a mão de obra, o frete e a armazena-gem das peças, a investigação do de-feito e, principalmente, a divulgação do problema aos consumidores afe-tados, que deve ser feita por conta-to direto (carta, e-mail ou telefone) e também por artigos publicitários a ser veiculados em meios impressos, rádio e televisão.

Para que se determine a responsa-bilidade sobre o problema, uma sé-rie de fatores entra na discussão. “O recall pode acontecer por diferen-tes motivos, como projeto, processo do fornecedor ou processo da mon-tadora”, diz Carlos Henrique Ferrei-ra, diretor de comunicação da Re-nault do Brasil. “Já tivemos casos em que, por uma queda de energia na rua do fornecedor, o tratamento tér-mico de algumas peças não foi fei-to corretamente. Não foi culpa dele. Com isso, assumimos os custos inte-gralmente.”

Na Fiat, a mudança de especifi-cação de peça que citamos como exemplo seria motivo de sobra para cobrar integralmente do fornece-dor os custos pela campanha. Ou-tras empresas, como a GM, tratam a questão com muito mais cuidado. Questionada sobre as mesmas situ-ações, a companhia diz que o trata-mento dos casos dependerá, prin-

cipalmente, do que o contrato de fornecimento dispõe. Se houver no contrato a previsão de uma margem de peças fora do especificado, por exemplo, a montadora assumirá to-dos os custos. Muitos contratos de-vem trazer esse tipo de salvaguarda, mas a GM não informa detalhes so-bre isso.

A Honda faz a mesma ressalva em relação a cláusulas contratuais, mas sem pisar tanto em ovos. “So-mos responsáveis pelos custos de divulgação do recall no Brasil, bem como pelo ressarcimento à nossa rede de concessionárias dos valo-res relativos aos reparos executa-dos. O posterior repasse de custos da Honda para o fornecedor da peça será definido com base nos termos do contrato estabelecido e também na determinação das res-ponsabilidades pelo defeito”, diz Rodrigo Castelli, supervisor de Se-gurança do Produto da Honda.

A Takata deve registrar prejuízo extraordinário de US$ 440 milhões no trimestre abril a junho, o primeiro do ano fis-cal da companhia. A perda é consequência da série de recalls causada por um defeito de fabricação em airba-

gs produzidos pela fabricante. Estimativa da Reuters aponta que o número de veículos convocados nos últimos cin-co anos em decorrência do problema já passa de 12 milhões.

Toyota, Honda, BMW, Chevrolet e Nissan estão entre as empresas que precisaram anunciar recall pela falha no componente, que pode não se inflar adequadamente e causar lesões nos ocupantes ou até mesmo incêndio no interior do veículo. A fornecedora do airbag ainda estuda o tamanho do prejuízo gerado pelo problema.

TakaTa: perda de US$ 440 milhõeS com recallSDEFEITO EM AIRBAGS DA FABRICANTE MOTIVOU A CONVOCAÇÃO DE 12 MILHÕES DE CARROS

Em 2000, A Gm REAlIzOU O mAIOR RECAll dO PAíS: foram chamadas 1.060.110 unidades do Chevrolet Corsa (foto) fabricadas entre 1994 e 1999, além de 2.627 unidades do Chevrolet Tigra. A fixação do cinto de segurança podia se desprender em acidentes

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38 • AutomotiveBUSINESS

RECALL

SÓ 6% de coNclUSÃoD os 461 recalls

de veículos convocados no Bra-sil desde 1998, ape-nas 28 foram con-siderados concluí-dos. Isso dá uma ta-xa de conclusão de chamados de ape-nas 6,07% nestes 16 anos. E há expli-cação: um recall só pode ser encerrado e arquivado depois de 100% das uni-dades afetadas pe-lo problema serem corrigidas.

A explicação de Yuri Rodrigues, dire-tor de qualidade to-tal ao consumidor da Nissan para a América Latina, re-sume o que os demais fabricantes também apontam como causa da falta de encerramento das campanhas: “Normalmente não temos 100% dos veículos repara-dos em uma campanha de recall. Há três razões prin-cipais. A primeira é que muitos clientes jamais levam seus automóveis de volta à concessionária para manu-tenção. Alguns veículos, inclusive, já passaram por vá-rios donos distintos, sendo de difícil rastreabilidade o proprietário atual do carro quando iniciada a campa-nha. A segunda é que, mesmo que as campanhas de recall sejam lançadas em grandes veículos de mídia e enviemos cartas individuais aos consumidores, muitos deles podem ignorá-las. Por fim, unidades envolvidas em campanhas po-dem, potencialmen-te, ter sido furtadas ou sinistradas”.

Carros que fazem revisões regulares e estão incluídos em recalls devem neces-sariamente passar

pelo reparo de segurança antes da execução de qual-quer outro serviço, mas mesmo marcas com maior fi-delidade à rede, como Toyota e Honda, têm recalls que continuam abertos. Questionadas sobre quantas campanhas ainda estão sem conclusão, as duas mar-cas não comentaram o assunto. A falta de estatísticas oficiais de veículos que saíram de circulação por per-da total, roubo ou assemelhados só torna a situação ainda mais difícil de controlar.

No mesmo grupo dos automóveis, o dos chamados produtos automotores, segundo o DPDC, estão cami-nhões e ônibus. Teoricamente, por integrarem frotas, estes produtos deveriam ter índices de encerramento de campanhas muito mais altos do que os dos carros,

mas não é bem as-sim. Das 24 já con-vocadas para cami-nhões, apenas duas foram encerradas, ou cerca de 8,3%. Das seis efetuadas para ônibus, nenhu-ma foi concluída. n

FOnTe: DepArTAmenTO De prOTeçãO e DeFesA DO COnsumiDOr (DpDC)

AutOmOtORES AtIvOS ARquIvADOS tOtALAutomóveis 433 28 461Caminhões 22 2 24Ônibus 6 0 6Total 461 30 491

RECALLS FEITOS NO BRASIL DESDE 1998

um problema no miolo da ignição de 219 unidades fez a Ford convocar o NOVO KA para reparos. O defeito pode causar desligamento do carro em movimento

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DAF BUSCA SEU ESPAÇO NO BRASIL

APÓS UM ANO DE PRODUÇÃO EM PONTA GROSSA, PR, MERCADO IMPEDE AVANÇO MAIOR

PEDRO KUTNEY, de Ponta Grossa (PR)

E m 2011, quando anunciou in-vestimento de US$ 320 milhões para construir sua fábrica de

caminhões DAF no Brasil, o Grupo Paccar certamente vislumbrava ce-nário bem mais promissor para o mercado brasileiro em 2014, quan-do completa seu primeiro ano de produção em Ponta Grossa, no Para-ná, ainda em ritmo lento de apenas duas unidades montadas por dia. Um ano atrás, ao iniciar a operação ainda com a planta em fase final de construção, o objetivo era produzir 2,5 mil cavalos mecânicos XF 105 este ano, mas mal se chegará a 400. “Houve demora na regulamentação do Finame (linha de crédito do BNDES para compra de bens de capital com juros subsidiados) e es-

tamos abaixo do esperado. Mas com 90 mil caminhões pesados vendidos este ano (ante 104 mil em 2013) ainda será um bom mercado. O im-portante é que viemos para ficar e acreditamos no potencial futuro do País”, destaca Marco Antonio Davila, presidente da DAF Brasil.

A projeção é fabricar de 1,2 mil a 1,4 mil caminhões em 2015. “Espe-ro assim conquistar nosso primeiro ponto porcentual do mercado, com cerca de 1% das vendas de pesados no País”, estima Davila. Para isso, a linha XF ganhará novas opções ain-da no primeiro trimestre, com intro-dução de um terceiro motor de 510 cavalos (ao lado dos já disponíveis de 410 e 460 cavalos), configuração de tração 4x2 (além das 6x2 e 6x4) e

estreia da cabine de teto alto Super Space Cab, a mais ampla do merca-do, com altura para uma pessoa de 1,8 metro ficar de pé e espaço para dois dormirem no beliche traseiro. A intermediária Space Cab e a básica Comfort Cab seguem em linha. O modelo semipesado da DAF, o CF, também já foi homologado para o mercado brasileiro e deve ser lança-do em 2015, em data a ser definida.

DISTRIBUIÇÃOAté o momento, a DAF fechou con-tratos com 15 grupos que já abriram 20 concessionárias, com aportes que somam R$ 200 milhões, segundo a empresa. Esses mesmos distribui-dores já se comprometeram a abrir mais 40 lojas nos próximos anos. Até

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Linhas de montagem de chassi e cabine dos caminhões DAF em Ponta Grossa, PR: quase tudo chega pronto dos fornecedores

o fim de 2015 a meta é chegar a 40 revendedores e a 100 em 2019. “Por trás de um bom produto precisamos de um bom concessionário”, enfatiza Michael Kuester, diretor comercial da DAF Brasil.

A DAF inaugura no País um modelo em que três famílias de componentes serão distribuídas à rede: as peças ge-nuínas Paccar (para motores) e DAF

P rojetada para produzir até 10 mil caminhões por ano, a fábrica da DAF em Ponta Grossa opera há um

ano. Por enquanto, 200 empregados diretos dão conta da linha de montagem, centro de peças, engenharia e administração. A expectativa é no futuro próximo empregar 600 pessoas.

A primeira fábrica da DAF fora da Europa segue modelo oposto ao da matriz, que tem produção bastante verticalizada, com fabricação própria de eixos, chassis e motores. No caso brasileiro, foi montado um tipo de sistema modular externo, em que só a linha de montagem final fica em Ponta Grossa e quase tudo chega pronto dos fornecedores.

A linha de montagem do chassi tem 384 metros de extensão e já recebe o quadro pronto da Metalsa,

que solda e pinta as longarinas na também paranaense Campo Largo. Na planta de Ponta Grossa são agregados ao chassi diversos componentes feitos no Brasil, como eixos tratores da Meritor e dianteiros da Dana, além da quinta roda da Jost (Randon). O motor chega pronto da Holanda, mas tem bloco de ferro-grafite fundido em Santa Catarina pela Tupy. A transmissão é fornecida no Brasil pela ZF, mas a caixa automatizada AS Tronic ainda vem da Alemanha e só será nacionalizada pela ZF a partir do ano que vem.

Em paralelo, em uma linha de 192 metros, é feita a montagem final da cabine, que chega soldada e pintada de Pouso Alegre (MG), onde o serviço é executado pela Flamma (antiga Automotiva Usiminas, comprada e rebatizada no ano passado pela Aethra).

A FÁBRICA E SEUS FORNECEDORES

ESPERO CONQUISTAR NOSSO PRIMEIRO

PONTO PORCENTUAL DO MERCADO EM

2015, COM CERCA DE 1% DAS VENDAS DE

PESADOS NO PAÍS

e as universais TRP (de Truck/Trailler Repair Parts), que podem ser vendidas para qualquer marca de caminhão ou implemento. Com 60 linhas de produ-tos TRP, é uma forma de aumentar as fontes de receita dos concessionários e atrair novos clientes para dentro das lo-jas, que ao comprar partes de reposição para sua frota acabam considerando a possibilidade de levar um DAF. n

marco antonio daviLa, presidente da DAF Brasil

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

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AUTOMECHANIKA 2014

E mpresas brasileiras passaram quase despercebidas em meio ao gigantismo da maior feira de

autopeças do mundo, a Automecha-nika, que em setembro recebeu 140 mil visitantes para ver 4.631 expo-sitores de 71 países. Eles ocupa-ram 305 mil metros quadrados dos 11 pavilhões do imenso centro de exposições da Messe Frankfurt, na Alemanha. Apenas 34 companhias do Brasil tiveram estande no evento e 15 estiveram agrupadas no espa-ço coletivo organizado pelo Sindipe-ças e pela Apex, a agência brasileira de promoção de comércio exte-rior, como ocorreu nas últimas sete

AUTOPEÇAS BRASILEIRAS BUSCAM MERCADO GLOBAL

edições do evento. Foram poucos participantes, mas que representam bons exemplos de como superar a crônica falta de competitividade do País para exportar. Todas têm algo em comum: persistência para manter os clientes externos e inves-timentos constantes em qualidade e desenvolvimento de produtos de valor agregado mais alto, cujo preço é um dos fatores, não o todo.

“Não é uma fórmula simples. Man-ter presença forte no exterior exige escala, persistência e muita qualida-de”, avalia Rogério Luiz Ragazzon, di-retor comercial da Fras-le, com sede em Caxias do Sul (RS), que em 2013

teve 34% das receitas de R$ 1 bilhão geradas no exterior, US$ 170 milhões com exportações de lonas e pastilhas de freio para mais de 100 países e US$ 60 milhões com vendas de suas subsidiárias estrangeiras.

OUSADIA Coragem de perder dinheiro em momentos de câmbio desfavorável, foco nos clientes que trazem mais rentabilidade (aftermarket) e investi-mento em produtos de maior valor agregado também fazem parte da receita para se manter no mercado internacional da ZEN Indústria Meta-lúrgica, de Brusque (SC), outra das raras fabricantes brasileiras de auto-peças que montaram estande pró-prio na Messe Frankfurt este ano. E não foi só isso: sua polia OAD para alternador entrou para o seleto clube de três finalistas da categoria Partes & Componentes do Prêmio de Ino-vação da Automechanika 2014. Após atingir alta rotação, a OAD deixa de oferecer resistência, roda livremente, o que traz economia de combustível e redução de vibração.

“Nossas exportações aumentaram a partir de 2000 por causa do câm-bio favorável e de investimentos na qualidade dos produtos. Depois des-se período bancamos nosso prejuízo quando o dólar estava abaixo de R$ 2 e mantivemos o portfólio mesmo com margem reduzida, para conti-nuar exportando”, contou Gilberto

EXPOSITORES NA MAIOR FEIRA MUNDIAL DO SETOR MANTÊM COMPETITIVIDADE NO EXTERIOR

PEDRO KUTNEY, de Frankfurt (Alemanha)

Presença brasileira na AUTOmEchANIKA

2014: estande coletivo do SINDIPEÇAS, ZEN E

FRAS-LE

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Heinzelmann, presidente da ZEN. A empresa exporta seus impulsores de partida e polias para mais de 60 paí-ses, quase tudo para o mercado de reposição, que responde por metade das vendas totais – os outros 50% são peças fornecidas para sistemis-tas no Brasil, como Bosch, Remy, Valeo e Denso.

CONFIANÇACom investimento relativamente bai-xo para ganhar exposição na Auto-mechanika, em torno de t 7 mil por empresa, o estande coletivo do Sindi-peças tem boa relação custo/resulta-do. “Confiança é uma das principais qualidades percebidas pelos clien-tes das autopeças brasileiras, por isso decidimos reforçar isso”, disse Maurício Manfré, gestor de projetos setoriais da ApexBrasil, ao explicar o slogan escolhido para a participação na feira: “Brasil autoparts, trusted partners”, ou “parceiros confiáveis”. A mensagem foi colocada no corre-dor de acesso da Messe e também está nas laterais de 100 táxis que cir-culam em Frankfurt. “O Brasil perde em preço, mas ganha em qualidade, temos de vender isso.”

O espaço coletivo na Messe tam-bém abrigou empresas que já têm desenvoltura no mercado internacio-nal. “É um investimento não muito alto, com subsídio da Apex, que nos garante boa exposição internacio-nal”, diz Thiago Ventura, gestor de negócios internacionais da Brosol, de Campinas (SP), que participa pela quarta vez da feira e já exporta para o aftermarket de cerca de 20 países, que compram de 10% a 15% de sua produção de bombas d’água, de óleo e combustível.

“Esta é a melhor feira para fomen-tar exportações”, disse Ricardo Letti Borghetti, diretor comercial da fabri-cante dos turbocompressores Master Power, de São Marcos (RS), que par-

ticipa pela sexta vez como expositor na Automechanika. A Master Power atua exclusivamente no aftermarket com o fornecimento de 650 aplica-ções de turbos para motores diesel.

A Metalpó participou pela primeira vez do espaço coletivo do Sindipeças na

Automechanika. “É uma forma de nos aproximarmos mais da associação e de clientes que já temos aqui na Alema-nha”, explica Marcelo Lobo Peçanha, diretor de relações institucionais e mer-cado da empresa quem tem sua prin-cipal fábrica instalada em São Paulo. n

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46 • AutomotiveBUSINESS

IAA 2014

E ficiência, conectividade e muita automação. Foram estes os vetores globais que guiaram os

projetos e as inovações dos veícu-los comerciais apresentados na 65a edição do maior salão mundial do segmento, o IAA Nutzfahzeuge, reali-zado em setembro em Hannover, Alemanha. “Tivemos aqui 322 lança-mentos globais de produtos. Embo-ra o IAA seja focado nos novos cami-nhões, ônibus e vans, existe grande valor agregado gerado pelos forne-

cedores: eles apresentaram a maior parte das novidades, 226, e ocupa-ram 70% dos 265 mil metros quadra-dos da área de exposição”, desta-cou Matthias Wissmann, presidente da associação alemã de fabricantes de veículos e autopeças, a VDA, que organiza o evento.

No que diz respeito à eficiência energética, boa parte dos ganhos é conhecida, veio com a adoção obri-gatória da motorização Euro 6 para todos os veículos diesel na Europa a

partir de janeiro de 2015. Compara-das com os veículos Euro 5, as emis-sões de óxido nitroso (NOx) são 80% menores e as de particulados caíram praticamente dois terços.

Wissmann avalia que a indústria atingiu uma espécie de teto tecno-lógico e, ao menos por enquanto, é difícil obter novos avanços. Ele afir-ma que, de agora em diante, novas reduções de consumo poderão ser atingidas por melhorias na aerodinâ-mica dos veículos, uso de materiais

SALÃO DE HANNOVER MOSTROU O FUTURO

FEIRA DE VEÍCULOS COMERCIAIS FOCOU NA EFICIÊNCIA, CONECTIVIDADE E AUTOMAÇÃO

IAA: caminhões mais eficientes

PEDRO KUTNEY, De Hannover (Alemanha)

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e componentes mais leves e trei-namento de motoristas. O dirigen-te também chama a atenção para a “bem-vinda” tendência de aumentar o comprimento das composições, para levar mais carga com um só ca-minhão.

Outra tendência apresentada por todos os grandes fabricantes no sen-tido de melhorar a eficiência é a ado-ção de transmissões automatizadas de dupla embreagem, com marchas altas muito longas. Na prática, as trocas são tão rápidas, sem buracos, que não há necessidade de acele-rar para recuperar torque após cada engate de marcha. Com aceleração constante, a economia aumenta.

ELETRIFICAÇÃOUma das respostas a esse desafio de reduzir ainda mais o consumo é a crescente eletrificação dos veículos comerciais. Quase todos os estan-des da Hannover Messe tiveram algo a mostrar nesse sentido, fossem fa-

bricantes, fossem fornecedores. An-tes restrito a furgões urbanos de en-tregas e alguns ônibus de transporte público de grandes cidades, o trem--de-força elétrico começa a ganhar papel de destaque também nos pe-sados de longo curso.

Essa foi a aposta de um dos maio-res fornecedores do segmento, a ZF, que este ano apresentou em Hanno-ver seu módulo elétrico híbrido no Innovation Truck, um protótipo ex-trapesado que puxa um bitrem com 25 metros de comprimento e 40 to-neladas de carga. É a primeira vez que a hibridização elétrica é aplicada em um modelo deste porte, com um motor elétrico de 160 cavalos aco-plado ao câmbio que funciona em paralelo à propulsão diesel. Dentro dos espaços apertados para carga e descarga, o caminhão se movimen-ta somente com a força do motor elétrico e ainda pode ser pilotado de fora da cabine, por meio de um ta-blet na mão do motorista.

VISÃO fUTURISTA: caminhão autônomo da mercedes-benz tem painel de lED no lugar dos faróis

mANObRAS NA PONTA DOS DEDOS: sistema da zF pode dirigir o caminhão com um tablet fora da cabine

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IAA 2014

CONECTIVIDADE Outro foco importante deste IAA foi a conectividade, que entre outras van-tagens abre caminho para maior au-tomação dos veículos, com grande uso de sistemas avançados de assis-tência, incluindo a direção autôno-ma, em que o motorista pode deixar a condução a cargo de um compu-tador em certas circunstâncias.

Foi o que fez a Mercedes-Benz com o protótipo batizado Futu-re Truck 2025, o primeiro cami-nhão do mundo com direção autô-noma apresentado ao público. Mais do que uma visão do futuro daqui a dez anos, trata-se de tecnologia real, pronta para uso, à espera de legisla-ção que regule direitos e responsabi-lidades de uma máquina que toma decisões por si só.

BRASILEm meio aos 2.066 expositores de 45 países em Hannover este ano, pouco se falou do Brasil. Apesar de ser o primeiro ou segundo maior mercado de várias marcas euro-peias de caminhões e abrigar seis fabricantes da Europa, o País rece-beu atenção insignificante no even-to, a não ser pelos lamentos de al-

guns executivos das empresas que estão surpresos e decepcionados com a queda das vendas do merca-do brasileiro.

A única representação do Brasil no evento foram dois caminhões e um ônibus com a marca Volkswagen ex-postos na feira pela MAN Latin Ame-rica dentro do estande da MAN, que comprou a operação em 2009. Des-de 2006 os modelos feitos em Re-

sende (RJ) marcam presença na fei-ra alemã. Agora eles representam uma divisão da MAN (hoje também integrante do Grupo VW). A maior novidade foi o Volksbus 18.280 com o primeiro motor preparado para ro-dar com 100% de diesel de cana, o MAN D08 de 280 cavalos montado no Brasil pela MWM. O chassi rece-beu carroceria urbana da Marcopo-lo, a Viale BRS com piso baixo, feita para rodar em corredores de ônibus.

“A MAN é a única empresa presen-te no IAA que mostrou caminhões e ônibus produzidos no Brasil”, desta-cou Roberto Cortes, CEO da MAN Latin America. “É uma empresa com sede no Brasil, mas com grandes as-pirações internacionais”, afirma Cor-tes. É por meio de seu braço latino--americano, com fábrica brasileira e linhas de montagem adicionais no México e na África do Sul, que a fabri-cante alemã chega a todos os países da região, África e Oriente Médio. n

mAN LA: caminhões volkswagen foram os únicos representantes do brasil em Hannover

DE mOTORISTA A gESTOR: o caminhão autônomo da mercedes-benz deixa o condutor livre para outras tarefas durante o trajeto

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INAUGURAÇÃO

PEDRO KUTNEY, de Araquari (SC)

SÓ FUNCIONA A LINHA DE MONTAGEM FINAL; SOLDA E PINTURA FICAM PARA 2015

A BMW tornou-se uma monta-dora brasileira de automóveis desde o começo de outubro,

com o início da operação da linha de montagem da fábrica de Araquari, no norte de Santa Catarina, a primeira unidade industrial da empresa alemã no Brasil e na América do Sul. Dois anos após anunciar o investimen-to de 200 milhões de euros na plan-ta, todas as paredes já estão erguidas, os componentes estão no estoque (a maioria importada da Alemanha, in-cluindo carrocerias já pintadas) e os primeiros sedãs 320i Active Flex na-cionais começam a ser encaminha-dos para a rede de concessionárias. As áreas de soldagem e pintura só en-tram em operação daqui a um ano.

“Só conseguimos cumprir todos os prazos até agora porque tivemos forte apoio do governo”, afirmou

Gerald Degen, diretor da fábrica, em seu discurso na cerimônia que mar-cou o início da produção, dia 9 de outubro. Ele mostrou centenas de documentos que o empreendimen-to precisou obter antes de começar a terraplanagem, em abril de 2013. “Eram 50 que viraram 150 licenças diferentes, incluindo Ibama, Fatma, Funai, Eletrosul, Selesc, Autopista”, citou. Entre outras dificuldades, foi necessário elevar a área do terreno de 1,5 milhão de metros quadrados em 3 metros e aterrar um brejo que existia no local. Também foi preci-so puxar uma rede elétrica de 5 km para abastecer a planta. Os pró-ximos 12 meses serão dedicados ao acabamento da construção e à ins-talação do maquinário de armação de carrocerias (soldagem) e do se-tor de pintura.

BMW COMEÇA A PRODUZIR EM ARAQUARI

A FÁBRICA conta com 450 empregados, que devem chegar a 1,3 mil em 2016

O 320i ACTIvE FlEx nacional começa a ser enviado para as concessionárias

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INAUGURAÇÃO

Só uma das duas linhas de monta-gem entrou em operação para fazer duas versões do sedã Série 3, mas a outra, bem ao lado, está em fase final de implantação e começa a montar o crossover X1 a partir de novembro. Depois vêm o hatch Série 1, o outro crossover X3 e, por último, já no fim de 2015, o Mini Countryman (mar-ca que também pertence ao Grupo BMW). “Duas linhas vão fazer cinco carros”, destacou Ludwig Willisch, presidente do BMW Group Americas.

A fábrica conta com 450 empre-gados, que devem chegar a 1,3 mil até 2016 quando todas as áreas es-tiverem operando. A linha em Ara-quari é curta e a maior parte das operações é feita de forma manu-al. No fim, todos os carros passam por um dinamômetro e depois ro-dam em uma pista de testes dinâ-micos. A maior parte da área é ocu-pada pelo estoque, com milhares de caixas cheias de componentes para uso na montagem.

NACIONALIZAÇÃOPor enquanto, o nível de utilização de componentes nacionais é bas-tante baixo. Os bancos já estão sen-do fornecidos localmente pela Lear. A Benteler fornece algumas partes

IPI, conforme prevê a legislação do Inovar-Auto.

Com capacidade máxima de pro-dução de 32 mil unidades/ano, a BMW se beneficia do regime especial do Inovar-Auto destinado a fabrican-tes de baixo volume, até 37 mil/ano com investimento mínimo de R$ 17 mil por unidade produzida, por isso poderá até 2017 multiplicar o valor das compras nacionais por 1,3, tor-nando mais fácil o abatimento des-se valor dos 30 pontos do IPI. Contu-do, isso traz também o problema de baixa escala, com maior dificuldade de encontrar fornecedores para volu-mes pequenos, o que obriga a em-presa a importar mais componentes.

“O regime é bom para que as fabri-cantes de carros premium possam se instalar no Brasil, mas claro que se o mercado responder bem poderemos

do powertrain, como eixos, e faz a montagem de tudo, integrando mo-tor e câmbio importados ao con-junto mecânico em uma área adja-cente à linha de produção. Nem os pneus são nacionais – normalmen-te são os primeiros itens a ser com-prados no local de produção, mas os usados pela BMW têm tecnologia run flat, continuam a rodar mesmo depois de furados, e não estão dis-poníveis no País.

“Teremos nacionalização em tor-no de 25% neste início e chegare-mos aos 30% até o ano que vem, após incluirmos a soldagem e pin-tura nessa conta”, diz Arturo Piñei-ro, presidente do Grupo BMW Bra-sil, referindo-se na verdade ao valor de compras de fornecedores instala-dos no Brasil em valor suficiente para abater até 30 pontos porcentuais do

O PATAMAR DE

NACIONALIZAÇÃO

CHEGARÁ A 30%

EM 2015, COM

A ATIVAÇÃO DA

SOLDAGEM E PINTURA

Arturo Piñeiro,presidente do Grupo BMW Brasil

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fazer ampliações e passar a exportar para países da América do Sul”, ex-plica Gleide Souza, diretora de rela-ções governamentais e institucionais da BMW Brasil. Segundo Piñeiro, no entanto, a exportação ainda é uma meta distante, para depois de 2018. “A capacidade inicial da fábrica foi projetada só para atender ao merca-do brasileiro. Só quando isso aconte-cer é que poderemos pensar em am-pliações e exportações.”

Com volume tão alto de compo-nentes importados, não haverá altera-ção nos preços dos BMW fabricados no Brasil, que seguem iguais à tabe-la atual. “É preciso considerar que são carros que já vendemos com o des-conto de IPI previsto no Inovar-Auto”, informa Piñeiro. Contudo, ele não co-loca na conta os 35% de imposto de

importação que deixam de ser pagos e têm influência nos demais tributos, pois todos os outros, IPI, ICMS e PIS/Cofins, são aplicados em cascata. Ao que tudo indica, será mais uma dife-rença que entrará na conta para com-pensar o infindável custo Brasil.

A BMW segue com seu projeto de

expansão da rede. Hoje a marca tem 43 concessionárias e deverá chegar a 46 até o fim do ano. A meta é alcan-çar 70 lojas em 2017. Existem, ain-da, 32 pontos de venda da Mini. To-dos os modelos e versões que não serão produzidos em Araquari conti-nuarão a ser importados. n

A cApAcidAde inicial da fábrica foi projetada para atender o mercado brasileiro

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SERVIÇOS | caderno especial

Consultoria 56Engenharia 58

Testes e Simulações 59Automação 60

61 Logística62 Tecnologia da informação64 Financeiras65 Certificação

SERVIÇOS: corrida pela coMpeTiTiVidadeMonTadoras BUscaM eFiciÊncia e redUÇÃo de cUsTos

O PONTO DE VISTA DOS FORNECEDORES

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por problemas de infraestrutura do País, pela escassez de mão de obra especializada e pelo risco do roubo de cargas. Por causa desses fatores a área é a que absorve a maior parcela do total aplicado pela companhia na compra de serviços.

Erodes Berbetz, diretor de com-pras da Mercedes-Benz, enfatiza que justamente por ser a área que enfren-ta as maiores dificuldades, a logística

A procura das montadoras de veículos por serviços de boa qualidade e preços competi-

tivos é tão incessante quanto a bus-ca por fornecedores de autopeças e componentes que tenham essas mesmas características. Na Ford es-sa área absorve cerca de 15% do to-tal investido em compras pela orga-nização. Assim como ocorre com as empresas que entregam autopeças, a preferência da fabricante de veícu-los é aproveitar ao máximo a base de fornecedores, evitando fechar con-tratos com novos parceiros se não for realmente necessário.

“O principal desafio é escolher em-presas que ofereçam preços compe-titivos aliados a um sistema sólido de qualidade e a um compromisso sério de entrega”, explica João Pimen-tel, diretor de compras da Ford. O executivo aponta que a organização analisa cada novo contrato de forma criteriosa em parceria com a área da empresa que precisa do serviço para minimizar riscos.

GARGALOSPimentel avalia que o principal gar-galo está na área de logística, afetada

conta com os parceiros mais eficien-tes, habituados a driblar uma série de desafios. “É uma grande vocação no País”, destaca.

De forma geral o executivo ponde-ra que o setor de serviços brasileiro tem “parceiros bem estabelecidos, mas alguns precisam se desenvol-ver. A inflação alta também tem impactado o segmento”. Pimentel percebe ainda a escalada dos pre-ços. Segundo ele, há subida signi-ficativa dos custos em serviços de manutenção, limpeza e segurança para o setor.

O diretor da Ford avalia o setor de tecnologia da informação como um dos pontos fortes na oferta de servi-ços no Brasil. Segundo ele, a quali-dade da oferta e dos equipamentos é equivalente à encontrada em for-necedores globais. “Vale destacar os sistemas de rastreamento e monito-ramento no transporte de peças que ajudam a evitar o roubo de cargas. Outro exemplo são as empresas que oferecem tecnologia em automação e evoluíram muito nos últimos anos, principalmente em qualidade de mão de obra”, destaca. n

ERODES BERBETZ, diretor de compras da Mercedes-Benz

JOÃO PIMENTEL, diretor de compras da Ford

O DESAFIO É ESCOLHER

EMPRESAS COM PREÇOS

COMPETITIVOS ALIADOS A

UM COMPROMISSO

SÉRIO DE ENTREGA

DE FORMA GERAL, O

SETOR DE SERVIÇOS

TEM PARCEIROS BEM

ESTABELECIDOS, MAS

ALGUNS PRECISAM

SE DESENVOLVER

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56 • AutomotiveBUSINESS

SERVIÇOS | CONSULTORIA

CAMILA FRANCO

RETRAÇÃO DO MERCADO TRAZ OPORTUNIDADE PARA

ESTUDOS ESTRATÉGICOS

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DRIBLANDO A CRISE

e m c enário pouco positivo para as vendas de veículos, as con-sultorias acompanham de perto

o desempenho do setor e estão aptas a formular estratégias em períodos de recessão. Mas como ficam seus ser-viços com baixa verba dos clientes? Maurício Muramoto, diretor da Deloit-te, conta que a procura é mantida, vis-to que as fabricantes de veículos e de autopeças precisam de soluções para elevar a eficiência das operações e re-duzir custos, minimizando o impacto nos resultados financeiros.

Segundo Stepahn Keese, diretor da Roland Berger, as consultorias po-dem ir bem com economia aquecida

e também durante crises. “Isso vai depender da forma como estão po-sicionadas no mercado. Ganhamos participação, com aumento de 20% na demanda este ano, com o fortale-cimento de nossa marca. Serviços es-tratégicos sempre serão procurados.”

Na análise de David Wong, diretor na AT Kearney, os serviços não au-mentam ou diminuem. “O que muda é o escopo do trabalho. Há procura por análises estratégicas que gerem mais rentabilidade e eficiência.” O executivo menciona a expertise inter-nacional como um dos fatores-chave, pois ajuda a trabalhar metas e iniciati-vas com aderência nas matrizes.

Também levam vantagens as con-sultorias mais flexíveis. “A AT Kear-ney procura diversificar sua gama de clientes. Quando está difícil no setor automotivo, parte para outros seg-mentos, como os de logística e de bens de construção”, avalia.

Muramoto comenta que a Deloit-te tem tido sucesso com um leque de opções – das que geram resultados imediatos até as mais complexas, que envolvem fusões e aquisições. Mas as medidas estratégicas de longo prazo, se-gundo ele, acabam ficando em segundo plano durante a retração.

Como tendência, segundo os con-sultores, fabricantes de autopeças de médio e pequeno portes priorizam soluções de curto prazo, independente-

mente das vendas. “Elas aproveitam o capital para resolver problemas pontu-ais. Estão ocupadas com atividades ope-racionais e não têm tempo nem dinheiro extra para traçar planos estratégicos”, diz Wong.

Mas esta realidade está mudando. “Existe uma ideia de que as consul-torias são extremamente onerosas. Muito desta percepção já se alterou. Muitos empresários podem se surpre-ender com o quanto nossos serviços são acessíveis”, comenta Muramoto.

Keese acredita que 2015 será me-lhor para as consultorias, após cená-rio político definido e novos rumos para a economia. n

DAvID WONg, diretor na aT Kearney

MAuRíCIO MuRAMOtO, diretor da deloitte

StEphAN KEESE, diretor da roland Berger

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58 • AutomotiveBUSINESS

SERVIÇOS | ENGENHARIA

MÁRIO CURCIO

MOMENTO VIVIDO PELA INDÚSTRIA DIVIDE EMPRESAS ESPECIALIZADAS

à ESPERA DENOVAS DEMANDAS

C om o mercado em queda, mas novas demandas ba-tendo à porta em razão do

programa Inovar-Auto, as empresas de engenharia revelam opiniões di-vergentes sobre o momento atual e a geração de novos negócios tanto pelo programa do governo como pelas fábricas de veículos já instala-das ou que se instalam no Brasil.

“Nossa empresa está a todo o va-por. Estamos trabalhando em novos projetos. Atuamos para novas mon-tadoras em engenharia de produto e em engenharia de manufatura”, afirma Martin Vollmer, diretor-presi-dente da Edag, companhia especia-lizada em desenvolvimento de veícu-los e otimização de processos, entre outros serviços oferecidos.

“O Inovar-Auto já nos trouxe ser-viços em nacionalização de produ-tos”, diz o executivo. “Nossa dúvida é em relação àquilo que ocorrerá em 2015”, pondera Vollmer, que teme a menor frequência de novos projetos.

AUTOPEÇASEspecializada em softwares para es-tamparia e em suporte a essa área, a Autoform vê com certa cautela o momento para os negócios: “O Ino-var-Auto poderia nos auxiliar em relação às fabricantes de autope-ças, mas hoje elas passam por um

momento difícil”, diz o gerente-geral da empresa, Fábio Vieira.

O executivo revela que a Autoform continua num bom ritmo de desen-volvimento e recorda que a retração do mercado também traz algumas oportunidades: “A crise gera a ne-cessidade de ser competitivo”, recor-da Vieira ao citar um dos módulos oferecidos pela Autoform, capaz de elaborar estimativa de custo de pro-dução da peça estampada e também do desenvolvimento do ferramental. A companhia tem como clientes as 20 maiores montadoras. No Brasil, Vieira cita as quatro grandes (Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen) e também a PSA Peugeot Citroën.

RETRAÇÃOSobre o programa do governo, o country manager da Semcon, Fabrí-cio Campos, informa: “O Inovar-Auto ainda não nos trouxe clientes novos, mas temos perspectivas para 2015. Campos se queixa do momento atual e dos reflexos da retração do merca-do automotivo: “Mesmo trabalhando com projetos, este ano foi ruim, com demanda pequena.”

Fundada em 1980, a Semcon atua em diversas áreas, em projetos de eletroeletrônica, powertrain, chassi e engenharia avançada (CAD e DMU). No Brasil a empresa opera desde 2004 por intermédio da IVM, adquiri-da pela Semcon em 2007. n

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MARtIN VOllMER, diretor-presidente da Edag

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SERVIÇOS | testes e simulações

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aEeXPeCtatiVa De aVaNçO NA DEMANDAFORNeCeDORes De sOFtWaRes e seRViçOs De teCNOlOGia COmPutaCiONal aiNDa aGuaRDam CResCimeNtO eXPRessiVO

D ois anos depois do lançamen-to do Inovar-Auto, os fornece-dores de testes e simulações

para a indústria automotiva ainda esperam pela concretização de um esperado aumento explosivo na de-manda de serviços. “Há um ano e meio tínhamos uma expectativa boa, mas nada ocorreu”, afirma Leandro Garbin, diretor comercial da Virtu-

alCAE. “Este ano será igual a 2013. Não temos perspectivas de cresci-mento. Esperamos que 2015 seja melhor, apesar das incertezas”, diz.

Na Autodesk Brasil a situação é um pouco diferente. “Registramos aumento na procura recente por al-gumas empresas do setor automoti-vo interessadas em nossas soluções de simulação e planejamento de pro-dução e layout fabril, por conta de in-vestimentos das montadoras no País, boa parte pelo programa Inovar-Au-to”, comenta Raul Arozi, especialista técnico da empresa. “As empresas que já utilizam produtos nossos em simulação, principalmente o Auto-desk MoldFlow, estão renovando a assinatura de software”, diz.

Na Smarttech, que acaba de inau-gurar um centro de apoio ao desen-volvimento de projetos de engenha-ria em Holambra, SP, 2014 tem sido razoável na venda de softwares, mas muito bom em serviços. “Agora com o TechCenter, registramos taxa de crescimento acelerado em serviços. E muito otimistas”, afirma Ricardo Nogueira, diretor-geral das opera-ções de serviços. Ele, porém, está cauteloso em relação a 2015: “Não será um ano fácil, mas acredito que será bom. Essa é a nossa aposta.”

INVESTIMENTOSNogueira acaba de finalizar investi-mento de R$ 5 milhões no TechCen-ter, que abriga a administração, os departamentos de engenharia, es-paço de treinamento e laboratórios, além de uma pista de teste de ruído de passagem para máquinas rodovi-árias ou agrícolas e automóveis.

A VirtualCAE acaba de lançar o Virtual.PYXIS, software de otimiza-ção estrutural que se integra aos programas de design e tem como função reduzir massa dos com-ponentes. “Adquirimos o projeto de mestrado de um aluno da USP, contratamos mais dois doutores e desenvolvemos nosso próprio có-digo”, afirma Leandro Garbin, da VirtualCAE, que está abrindo escri-tórios em Chicago e na Alemanha e estima um mercado potencial de cerca de t 200 milhões. n

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esPeRamOs que 2015 seja melhOR

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LEANDro GArbiN, diretor comercial da virtualCaE

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ALEXANDrE AKASHi

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SERVIÇOS | AUTOMAÇÃO

MÁRIO CURCIO

A produção de veículos no acu-mulado até setembro já havia recuado 16,8% no Brasil no

confronto com o mesmo período de 2013 e trouxe consequências negati-vas para as empresas especializadas em automação, mas as demandas relacionadas ao programa Inovar-Au-to devem ocorrer, independentemen-te do comportamento da indústria.

Essa é a percepção de Icaru Sakuyoshi, diretor da Motoman, que fornece sistemas robotizados de sol-da sobretudo para produtores de au-topeças tiers 1 e 2. “Os investimen-tos das fabricantes de componentes tiveram redução proporcional ao mercado, estão sendo adiados, mas irão acontecer, terão de acontecer”, afirma Sakuyoshi.

Segundo o executivo, as consul-tas à Motoman costumam ocorrer à medida que novos projetos sur-gem no Brasil, mas os desdobra-mentos do Inovar-Auto ainda não são perceptíveis como uma “inje-ção de ânimo”. O mesmo vale para os anúncios de novas fábricas. “A nova unidade da Honda em Itirapi-

na (SP) gerou negócios, mas para a matriz da Motoman no Japão”, recorda o diretor da empresa. Seu exemplo refere-se à segunda plan-ta para automóveis da Honda no Brasil, onde investe R$ 1 bilhão para produzir até 120 mil carros por ano, mesma capacidade insta-lada de Sumaré (SP).

RETRAÇÃO ATuAl NA INDÚSTRIA AuTOMOBIlÍSTICA NÃO IMPEDIRÁ MuDANÇAS NECESSÁRIAS

PRODUÇÃO EM QUEDA APENAS ADIA DECISõES

MERCADOSituação semelhante é vivida pela Nachi. “Este ano havia muitos proje-tos abertos, mas cerca de 50% en-traram em ‘hold’ tanto no setor auto-motivo como na linha branca”, revela o engenheiro de aplicação da Nachi, Felipe Saikawa.

A empresa também fornece equi-pamentos para os tiers 1 e 2. Sobre as novas montadoras, ele recorda que o robô Nachi utilizado na linha de pro-dução da Chery de Jacareí (SP) tam-bém foi adquirido fora do Brasil, mas pondera: “Eles têm perspectiva de

usar mais robôs no futuro.” No Bra-sil, a maior cliente dos robôs Nachi, segundo Saikawa, é a Toyota, que “continua comprando”.Especializada em sistemas de ins-

peção de qualidade e rastreabilidade, a Cognex vive um momento diferente: “Estamos com tendência de melhora até o fim do ano. Nossos negócios têm-se mantido em alta desde 2011. Historicamente, os números da em-presa no Brasil são muito bons”, afir-ma o engenheiro de vendas sênior Domingos Mancinelli.

O executivo vê bons desdobramen-tos a partir do Inovar-Auto, já que seus produtos permitem o controle de cada etapa da produção. Os equipamentos são desenhados para inspeção de qualidade. Acompanham a sequência de montagem, itens e subitens. Man-cinelli recorda que a melhora obtida nos processos produtivos também permite ganhos em eficiência. n

RObô MOtOMAn realiza solda por arco elétrico em um componente automotivo

In-SIght 7000, da Cognex, substitui olhar humano nas inspeções de qualidade

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SERVIÇOS | LOGÍSTICA

CAMILA WADDINGTON

EM ANO DE RETRAÇÃO, EXPECTATIVA PARA 2015 AINDA É DE INCERTEZA

ELASTICIDADE E UMA PITADA DE BOM SENSO

D i versificação de atividades e nichos econômicos tem si-do uma das estratégias ado-

tadas por empresas ligadas à indús-tria automobilística nos últimos anos para mitigar os efeitos colaterais de uma eventual crise, como a que afe-tou o setor este ano. Entre as que par-tilham essa visão de negócio a Veloce é um bom exemplo em meio às di-versas fornecedoras de serviços logís-ticos. Poucas, no entanto, são tão fo-cadas: com 85% de sua movimenta-ção condicionada às marés das fabri-cantes de veículos – montadoras co-mo Toyota, Volkswagen, GM e Honda, bem como muitos de seus fornecedo-

res –, a Veloce teve de correr atrás pa-ra não perder terreno nem receita.

Tal dependência, no entanto, não se revela incômoda para Paulo Guedes, presidente da organização. “Desde o começo de nossas ativida-des tivemos essa intrínseca integra-ção com o segmento automotivo, em que sedimentamos a Veloce. Somos especialistas nesta área. E, por es-ta mesma razão, sempre buscamos clientes em outros setores da indús-tria ou em operações diferenciadas, de forma a não sentirmos tanto as in-tempéries.” Muito em virtude da re-tração concomitante da produção ar-gentina, país no qual a operadora vi-

PAuLO GuEDES, presidente da organização Veloce

VINíCIuS FALCãO, diretor de desenvolvimento de negócios da Ceva

nha desenvolvendo intenso trabalho, de onde cerca de 40% das carretas enviadas retornam ao Brasil carrega-das de embalagens dos parceiros au-tomotivos, a relação com empresas de outros setores se fortaleceu.

Guedes se refere não somente a em-presas de outros segmentos, gigan-tes como Nestlé, Procter&Gamble, Unilever e Accor, mas também do pró-prio setor automotivo. O executivo ci-ta, por exemplo, Goodyear, Valeo, JCI, entre outras, cuja participação na car-teira de clientes da Veloce aumentou algo entre 10% e 15% em volume mo-vimentado este ano, na mesma toada dos dois anos anteriores.

AJUSTES NECESSÁRIOSA participação da indústria automo-bilística também é expressiva na Ceva Logistics. O Grupo anunciou fatura-mento global de US$ 8,5 bilhões no ano passado. Cerca de 28% deste to-tal é representado pelo setor automo-tivo. Ainda assim, Vinícius Falcão, di-retor de desenvolvimento de negó-cios dos setores automotivo e indus-trial da Ceva, não se intimida e reco-nhece: “É uma característica históri-ca do setor sofrer com oscilações de volume. Tomando como base nossa experiência e a realidade deste seg-mento, a estratégia da Ceva tem co-mo pilar o planejamento da demanda mantido à risca, com foco na otimi-zação da capacidade instalada.”

Desse modo, a companhia enten-de ser possível reduzir eventuais im-pactos ocasionados pela redução de volumes, sem perder produtividade, rentabilidade ou mesmo fôlego para retomar o ritmo a qualquer instante. Para 2015, tanto Guedes, da Veloce, quanto Falcão, da Ceva, concordam no tom moderado: será um ano de ajustes. Visibilidade para novos negó-cios e, sobretudo, parcimônia, guia-rão ambas as companhias em mais um ano de incertezas. n

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SERVIÇOS | TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

EDILEUZA SOARES

A queda nas vendas de carros no Brasil leva a indústria automotiva a olhar para

dentro de casa e ajustar proces-sos visando a aprimorar a gestão dos negócios. Esses solavancos têm feito com que as fabricantes recorram mais aos fornecedores de tecnologia da informação (TI) em busca de medidas para cortar custos e melhorar a sua eficiên-cia operacional. Há uma demanda

maior por soluções para automação de sistemas e controles mais preci-sos em toda a cadeia do setor.

Entre os serviços buscados para corte de custos está o outsourcing da infraestrutura de TI. “Temos visto um movimento maior do setor au-tomotivo para terceirização de data centers. Muitos têm data centers ob-soletos e avaliam o que vale mais a pena: reformar ou transferi-lo para um provedor de serviços”, constata

Camilo Rubim, vice-presidente pa-ra a área automotiva da T-Systems Brasil, que tem 50% de sua receita na indústria automobilística originá-ria de clientes como Volkswagen, Mercedes, Toyota, GM e Renault.

Segundo Rubim, a T-Systems tem sido procurada também por em-presas automotivas interessadas na adoção de serviços de TI em cloud computing. “Se a empresa sabe que daqui a seis meses vai ter um grande volume de processamento, ela não precisa investir na compra de hardware novo, podendo alocar esse recurso e, se precisar dar fé-rias coletivas ou reduzir o consumo, pagará somente pelo que utilizar”, explica. Outra solução demandada pelo setor é a de Data Recovery Plan (DRP), site de backup para garantir a continuidade de negócios em caso de incidentes.

Carlos Wagner dos Santos, presi-dente da Sintel, empresa brasileira que atua com serviços para geren-ciar a cadeia de suprimento do setor automotivo, observa que os ambien-tes das montadoras estão ficando cada vez mais críticos, obrigando as companhias a investir mais em TI. “Existe uma demanda da indústria

INDÚSTRIA ALIA-SE A TI PARA GANHAR

EFICIÊNCIA OPERACIONALDESACELERAÇÃO DO SETOR FAZ EMPRESAS INVESTIREM

MAIS EM AUTOMATIZAÇÃO DE PROCESSOS PARA AFINAR A GESTÃO DOS NEGÓCIOS

CAmILO RUbIm, vice-presidente da T-Systems

TEMOS VISTO UM MOVIMENTO MAIOR DO SETOR AUTOMOTIVO PARA TERCEIRIZAÇÃO DE DATA CENTERS. MUITOS TÊM DATA CENTERS ObSOLETOS

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SERVIÇOS MAIS SOFISTICADOSOutra prestadora de serviços de TI que tem recebido mais solicitações da indústria automotiva é a Stefa-nini, que atende fabricantes como Fiat, Volkswagen, Renault e GM. Com a TI se tornando o core dos ne-gócios das montadoras e os carros cada vez mais digitais, Vinícius Fon-tes, gerente executivo de inovação da companhia, informa que ocorre uma busca de soluções mais sofis-ticadas para dispositivos móveis e outras aplicações para ficarem mais próximas do cliente.

O aumento da contratação de ser-viços de TI pela indústria automotiva é percebido também pela Simpress, empresa de outsourcing de impres-são e que atende companhias como

por soluções para reduzir custos e melhorar a eficiência operacional, o que abre oportunidade para entrar-mos nos processos de negócios dos nossos clientes”, explica o executivo.

Com mais de 27 anos de atuação no setor, a Sintel começou entre-gando plataforma de Electronic Da-ta Interchange (EDI) para integração de informações entre montadora e fornecedores. Depois, ampliou suas soluções e conecta hoje mais de 700 clientes da área, entre os quais 55 dos 80 players globais.

O aumento da competição, com a chegada de novos players, traz outros desafios para o setor, avalia André Felipe, diretor de marketing da Siemens PLM Software. “As com-panhias precisam melhorar a produ-tividade, ser mais eficientes, produ-zir carros em menos tempo e com mais TI embarcada”, diz o executivo.

Alberto Claro, diretor da consul-toria Accenture, acrescenta que o setor está contratando mais serviços de TI, principalmente para atender as tendências do carro conectado e renovar sistemas existentes.

VINíCIUS FONTES, gerente executivo de inovação da Stefanini

ANDRé FELIpE, diretor de marketing da Siemens PlM Software

CARLOS WAgNER DOS SANTOS, presidente da Sintel

ExISTE UMA DEMANDA DA INDúSTRIA PARA REDUZIR CUSTOS E MELHORAR A EFICIÊNCIA OPERACIONAL

Toyota, Renault e Volkswagen. Pau-lo Theophilo, diretor de marketing, destaca que um dos serviços mais contratados no momento pelo setor é a digitalização de documentos pa-ra eliminar o uso de papel, principal-mente na fábrica, onde as consultas a manuais e outras informações es-tão sendo feitas por tablets. n

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SERVIÇOS | FINANCEIRAS

SUELI REIS

BANCOS DE MONTADORAS DRIBLAM QUEDA DE MERCADO E AUMENTAM PARTICIPAÇÃO NAS VENDAS DAS MARCAS

JOGO DE CINTURA

E m tempos de crise, as monta-doras são obrigadas a aumen-tar os esforços para manter a

saúde dos negócios. Neste embate, os bancos de montadoras ganha-ram papel fundamental para atrair clientes a partir de sua flexibilidade e capacidade de apresentar ofertas mais sedutoras.

“Há dois anos o consumidor vem aprendendo mais sobre a importân-cia da taxa na compra, que é sem dúvida um fator determinante. E hoje o banco de montadora é o que cumpre melhor esse papel”, afir-ma Décio Carbonari, presidente da Anef, associação que reúne os ban-cos das montadoras.

Os números atualizados até agos-

to mostram que a taxa de juros praticada pelas associadas ficou em média 0,34% menor do que as de bancos de varejo, considerando CDC para pessoa física, a mesma média mantida durante os meses de maio, junho e julho. Uma pesquisa do Banco Central também referente a agosto revelou que, das dez me-lhores taxas de juros para aquisição de veículos novos, sete provêm de bancos de montadoras.

ESFORÇOSEntre janeiro e agosto, a participa-ção dos bancos nas vendas totais de veículos leves novos chegou a 65%, superando todo o ano de 2013, quando essa participação fechou em 53%. No caso do Ban-co Volkswagen, do qual Carbonari também é presidente, a participa-ção chega a 70% das vendas totais da marca no varejo para pessoas físicas. “Dois terços desses clientes chegam sem carta de crédito; no fim, a venda dependerá muito mais do seu diferencial, de poder oferecer a melhor condição.”

A diversificação do portfólio tam-bém ajuda a enfrentar períodos com ritmo de negócios mais lentos. Caso do Banco Mercedes-Benz, que aten-de tanto os clientes do automóvel de luxo com os da van ou cami-

nhão: “De 2006 até agora, exceto em 2009, percebemos que quando um setor está em crise sempre tem outro que compensa. Isso tem ga-rantido nosso crescimento de dois dígitos ao ano, sem comprometer a carteira”, afirma Angel Martinez, di-retor comercial.

A instituição também revisou to-dos os processos de atendimento focados no cliente, além de fomen-tar um forte trabalho de prospecção desde 2013. “É como apostar na loteria: pode dar certo, pode não dar. O resultado é que até agosto o volume de novos negócios no ano cresceu 16,7%”, justifica. n

DÉCIO CARBONARI, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef)

ANGEL MARTINEZ, diretor comercial do Banco Mercedes-Benz

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SERVIÇOS | CERTIFICAÇÃO

GIOVANNA RIATO

VALIDAÇÃO DE AUTOPEÇAS E COMPONENTES ESTIMULA QUALIDADE E LIVRE CONCORRÊNCIA

O consumidor e as empre-sas que atuam no merca-do de reposição automo-

tiva contam com aliada importante: a certificação compulsória de au-topeças e componentes. O progra-ma começou em 2008 e pretende proteger o consumidor de compo-nentes fora de conformidade, que ofereçam risco à segurança, saúde ou meio ambiente. A legislação tem o poder de regular o mercado, já que inibe a concorrência desleal de partes e peças importadas da Ásia, por exemplo. Além disso, eleva o nível dos produtos feitos no Brasil, tornando-os mais competitivos.

“O processo de certificação não deixa de ser um aculturamento da sociedade, que precisa passar a exigir os componentes com o selo do Inmetro, mas há um longo pe-ríodo de amadurecimento das coi-sas até que as pessoas percebam os benefícios”, avalia Mario Guitti, superintendente do IQA, Instituto da Qualidade Automotiva. Ele ex-plica que o processo começa com a sugestão por entidades do setor automotivo no sentido de que um componente receba o selo.

O Inmetro, responsável por ela-borar o plano de conformidade para cada produto, avalia se é possível desenvolver o trabalho para aquela autopeça. Em caso positivo, é aber-ta consulta pública para que as enti-dades envolvidas possam participar e opinar sobre quais devem ser os

critérios. Organizações como Anfa-vea, Sindipeças e IQA podem sina-lizar aspectos importantes a serem levados em conta na formulação das regras de conformidade. Depois de definido, o plano é divulgado por meio de portarias, que estabelecem ainda prazos para que os compo-nentes passem a receber o selo do Inmetro. A ideia é determinar os re-quisitos mínimos que as autopeças precisam atender.

O programa só afeta o aftermarket porque o segmento de autopeças originais tem dinâmica diferente e já precisa atender a uma série de requisitos de qualidade impostos

GARANTIA DE SEGURANÇA

pelas montadoras. “No mercado de reposição, os itens têm de ser selecionados de acordo com vários aspectos, como influência na saúde, segurança, meio ambiente, relações de mercado e até mesmo impacto na balança comercial”, explica Guit-ti. Segundo ele, diversos motivos podem estimular as entidades do setor a sugerir a certificação com-pulsória ao Inmetro. Entre eles está a oferta de produtos com baixa qua-lidade e a prática de concorrência desleal, com a venda de itens abaixo do preço de custo para conquista de mercado.

“Os programas de certificação são altamente benéficos, inibem a pirataria, a falsificação e criam me-canismo para privilegiar bons produ-tos e fabricantes. É um disciplinador para que todos atuem de forma jus-ta”, defende o especialista do IQA. No setor automotivo o programa já abrange 16 tipos de componentes. A lista inclui buzinas, lâmpadas, ba-terias, barras de direção, vidros e até capacetes de motocicletas e Arla 32, agente de ureia usado em veículos a diesel com tecnologia SCR.

Guitti explica que o comitê res-ponsável pela certificação da qua-lidade no setor de reposição auto-motiva é bastante atuante e, além de trabalhar constantemente para que novas certificações sejam feitas, busca também a atualização e aper-feiçoamento dos programas que já estão em vigor. n

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MARIO GUITTI, superintendente do IQA, Instituto da Qualidade Automotiva

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cobiça

COMPRAS PREMIUM

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66 • AutomotiveBUSINESS

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Job: 2014-Iveco-Junho -- Empresa: Leo Burnett -- Arquivo: 29773-044-Iveco-Tector-Vaca-AutoBusiness-410x275_pag001.pdfRegistro: 149294 -- Data: 11:18:40 16/06/2014

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Magneti Marelli e o Novo Uno 2015: inovação e tecnologia de ponta ao alcance de todos.

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