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O Evangelizador Ano XXI - nº 238 - Novembro-Dezembro/2016 Paróquia São Benedito - Bauru/SP “HOJE, NA CIDADE DE DAVI, LHES NASCEU O SALVADOR QUE É CRISTO, O SENHOR.” LC 2,11 Editorial Caríssimos irmãos e irmãs, filhas e filhos devotos de São Benedito: Fim de ano é tempo de balanços. É momento de avaliar o que foi bom e o que não foi bom; o que queremos repetir no ano seguinte e o que queremos e podemos corrigir, mudar, converter. Avaliações são importantes para melhorar nossas ações. Então o fim do ano civil e o final de cada ciclo da liturgia da Igreja nos ajudam a perguntar-nos: Que obras praticamos este ano? O que fiz de bom por mim, pela minha família, pela minha comunidade de fé? O que pesa mais na balança, as obras boas ou más? Para nos ajudar neste exame de consciência, precisamos ir além de tudo o que é material para perceber o real valor que tenho dado às coisas, às pessoas, a Deus e à Igreja; deixemos, portanto, que o Espírito Santo de Deus, neste tempo propício para tal, que é fim do ano e o advento de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos ilumine. Esta época do ano também é época de visitas... onde as famílias se visitam, os amigos se visitam, as crianças esperam a visita do papai Noel, e todos somos convidados a esperar a visita do dono da festa, do motivo de tantos preparativos: Jesus. Por falar em preparativos, eles são muitos, não é mesmo? Porém, durante as quatro semanas que antecedem esta importante festa do nascimento de Nosso Senhor, Sua Igreja nos prepara espiritualmente através da liturgia diária para recebermos tão ilustre visitante. De fato, cabe a cada cristão acolher não só a todas as pessoas com amor e carinho, mas, principalmente, o Menino Deus que vem ao nosso encontro para nos visitar. Esperemos, filhos amados, com fé, esperança e caridade por este feliz momento no nascimento do Cristo, não somente na celebração litúrgica, mas em nosso coração, em nosso lar. Também agradeço a cada um de vocês por caminharmos juntos neste ano; a você que assumiu sua Igreja com fé e dedicação, com seu dízimo e com seu trabalho. Deus ama quem é generoso em tudo e com todos! Por fim, para que o Reino de Deus seja uma realidade entre nós e cresçamos com ele, vamos convidar Jesus para fazer parte da nossa família consanguínea, e também da nossa família de São Benedito. Amém! Padre Gustavo H. Crepaldi – Pároco Paróquia de São Benedito

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O EvangelizadorAno XXI - nº 238 - Novembro-Dezembro/2016 Paróquia São Benedito - Bauru/SP

“HOJE, NA CIDADE DE DAVI, LHES NASCEU O SALVADOR QUE É CRISTO, O SENHOR.” LC 2,11

Editorial

Caríssimos irmãos e irmãs, � lhas e � lhos devotos de São Benedito:

Fim de ano é tempo de balanços. É momento de avaliar o que foi bom e o que não foi bom; o que queremos repetir no ano seguinte e o que queremos e podemos corrigir, mudar, converter.

Avaliações são importantes para melhorar nossas ações. Então o � m do ano civil e o � nal de cada ciclo da liturgia da Igreja nos ajudam a perguntar-nos: Que obras praticamos este ano? O que � z de bom por mim, pela minha família, pela minha comunidade de fé? O que pesa mais na balança, as obras boas ou más?

Para nos ajudar neste exame de consciência, precisamos ir além de tudo o que é material para perceber o real valor que tenho dado às coisas, às pessoas, a Deus e à Igreja; deixemos, portanto, que o Espírito Santo de Deus, neste tempo propício para tal, que é � m do ano e o advento de Nosso Senhor Jesus Cristo, nos ilumine.

Esta época do ano também é época de visitas... onde as famílias se visitam, os amigos se visitam, as crianças esperam a visita do papai Noel, e todos somos convidados a esperar a visita do dono da festa, do motivo de tantos preparativos: Jesus.

Por falar em preparativos, eles são muitos, não é mesmo? Porém, durante as quatro semanas que antecedem esta importante festa do nascimento de Nosso Senhor, Sua Igreja nos prepara espiritualmente através da liturgia diária para

recebermos tão ilustre visitante. De fato, cabe a cada cristão acolher não só a todas as pessoas com amor e carinho, mas, principalmente, o Menino Deus que vem ao nosso encontro para nos visitar.

Esperemos, � lhos amados, com fé, esperança e caridade por este feliz momento no nascimento do Cristo, não somente na celebração litúrgica, mas em nosso coração, em nosso lar.

Também agradeço a cada um de vocês por caminharmos juntos neste ano; a você que assumiu sua Igreja com fé e dedicação, com seu dízimo e com seu trabalho. Deus ama quem é generoso em tudo e com todos!

Por � m, para que o Reino de Deus seja uma realidade entre nós e cresçamos com ele, vamos convidar Jesus para fazer parte da nossa família consanguínea, e também da nossa família de São Benedito. Amém!

Padre Gustavo H. Crepaldi –

Pároco Paróquia de

São Benedito

Padre Gustavo H. Crepaldi –

Pároco Paróquia de

De 3ª à 6ª feira: 8h - 12h / 13h - 17hSábado: das 8h às 12h

SEGUNDA-FEIRA À SEXTA: 7h na Capela N. S. Penha;Primeira SEXTA-FEIRA: 15h na matriz, Missa do Sagrado Coração;Segundo DOMINGO: 15h na matriz, Missa da Misericórdia;Quarta TERÇA-FEIRA: 20h na matriz, Missa Carismática pela Ressurreição e Paz nas Famílias;SÁBADO: 18h na matriz;DOMINGO: 7h, às 10h e às 19h na matriz2º domingo do mês: Missa dos Dizimistas /4º domingo do mês: Missa das Capelinhas e logo após, Adoração ao Santíssimo;SÁBADO: 19h30 na Capela N. Sra. Penha – Rua Siqueira Campos, 4-85 – Vl. Souto;DOMINGO: 8h30 na Capela N. Sra. de Lourdes – Rua Carlos de Campos, 14-46 – Vl. Giunta.

QUARTAS-FEIRAS: 20h na Capela N. S. Penha, Terço dos homens;Primeiro DOMINGO: 18h na Matriz, Terço dos Arautos do Evangelho;Primeira TERÇA-FEIRA: 19h30 na Capela N. S. da Penha, Adoração ao Santíssimo;Terceira TERÇA-FEIRA: 19h30 na Capela N. S. de Lourdes, Adoração ao Santíssimo.

Horário de atendimentoda secretaria paroquial

Horário das Missas

Terço e Adoração

02 de Novembro:Finados – a Cremação

Sabemos que a vida humana é um dom precioso, pois somos “imagem e semelhança” (Gn 1,26) do Senhor, cabendo-nos a responsabilidade e o dever de cuidar bem tanto de nossa própria vida como da do próximo, preocupando-nos tanto em relação ao aspecto corporal (ou material): a saúde, e

espiritual. O apóstolo Paulo já nos recomendava isso, pois “somos templo do Espírito Santo” (cf. 1Cor 6,19): Deus habita cada pessoa; a vida é dom divino, assim como o corpo.

E por Deus morar em nós, devemos ter apreço pela vida e pelo corpo. Mesmo, após a morte, deve se manifestar o cuidado com a pessoa. A Sagrada Escritura expressa a dignidade e o respeito pelo corpo da pessoa, manifestado desde o Antigo Testamento: “os homens eram colocados em sepulturas” (Gn 23,4) – Abraão quis para a esposa “a melhor sepultura” (23,6); no Novo Testamento, “Jesus foi colocado num sepulcro novo de José de Arimateia” (Lc 23.51-53).

Todos nós, mais cedo ou mais tarde, vamos nos defrontar com a morte. É natural, então, que manifestemos aos nossos familiares o desejo de ser sepultado ou cremado.

Pode surgir, então, a dúvida: um católico pode ser cremado?Em relação a esse assunto, o Papa Francisco, recentemente, se manifestou

e o Vaticano proclamou as regras para a cremação de católicos em uma instrução da Congregação para a Doutrina da Fé:

- é proibida a conservação das cinzas do morto em casa, não permitindo que se tornem “lembranças comemorativas”;

- as “cinzas do defunto devem ser mantidas em um lugar sacro, ou seja, nos cemitérios (exceção apenas para casos que envolvam circunstâncias graves e excepcionais, subjugadas à condições culturais de caráter local);

- nessas exceções, no entanto, as cinzas não podem se dividir entre os membros da família, devendo seguir corretamente as condições adequadas de conservação;

- essas cinzas não podem se tornar “lembranças comemorativas” e “objetos de joalheria”, ou seja, colocar as cinzas em adereços como colares (recordar o ente querido);

- a Congregação para a Doutrina da Fé também proíbe espalhar as cinzas no mar, no ar, na terra ou qualquer outro local, visando evitar equívoco de ordem panteísta, naturalista ou niilista;

- a Igreja negará a realização de funeral, se o morto expressou, em vida, o desejo de ser cremado por motivos contrários à fé cristã, objetivando a não permissão de ritos com concepções erradas sobre a morte, como: anulação de� nitiva da pessoa, fusão com a mãe natureza ou universo, etapa no processo de reencarnação, libertação de� nitiva da prisão do corpo;

- a preferência é pelo sepultamento dos corpos, mesmo que considerem que a cremação não é por si só a negação da fé cristã.

A Santa Sé permite a cremação desde 1963, desde que não seja ato de contestação da fé (negação da fé na ressurreição dos mortos). Reconhece que há casos em que até é necessária: alguma doença grave do falecido, ter morrido fora de seu país e a família não dispor de condições para o translado do corpo, forte desejo do morto. “Não tem razões doutrinárias para impedi-la, já que não atinge a alma, não impede a ressurreição do corpo por Deus. Porém, ainda prefere o sepultamento, pois tal prática demonstra uma consideração maior pelos mortos”.

Pascom São Benedito

Finados – a Cremação

um dom precioso, pois somos “imagem e semelhança” (Gn 1,26) do Senhor, cabendo-nos a responsabilidade e o dever de cuidar bem tanto de nossa

espiritual. O apóstolo Paulo já nos recomendava isso, pois “somos templo do Espírito

Imaculada ConceiçãoNo dia 08 de dezembro, comemoramos a Imaculada Conceição de

Nossa Senhora, a Rainha de Todos os Santos. O que significa “Imaculada Conceição”?“Conceição” quer dizer “concepção”, o ato de ser concebido, gerado

no seio de uma mulher. “Imaculada” é igual a “sem mancha”.Essa expressão referindo-se à Nossa Senhora não está relacionada à

pureza imaculada da concepção de Jesus por Maria (Jesus não nasceu da relação de sua mãe com um homem, mas sim por obra do Espírito Santo), não sendo, portanto, por causa da “virgindade de Maria” que a Igreja lhe concede esse título.

Refere-se esse título à concepção de Maria no seio de sua mãe. Embora sua concepção não tenha sido virginal como a de Jesus, pois foi gerada, como todos nós, pela relação conjugal de um homem e uma mulher (São Joaquim e Santa Ana), ela recebeu um dom de Deus, um privilégio super especial: sua existência, desde o início, livre do pecado original.

Isso porque, no plano de Deus, seria a mãe de Jesus Cristo, o Salvador. Foi salva do pecado pela Graça que Cristo, seu filho, viria a merecer com sua paixão e morte. A força do Espírito Santo, oferecida por Cristo a todos, a capacitou a agradar a Deus. Assim, “nunca esteve separada de Deus e, consciente de Sua existência, confirmou com um “SIM” a sua vontade de Lhe pertencer e obedecer a seus mandamentos” (João A. Mac Dowell, S.J.).

O reconhecimento desta verdade pela Igreja é muito antigo. Um grande número de padres e doutores da Igreja oriental, quando se referiam à Maria, já usavam expressões como: “cheia de graça”, “lírio da inocência”, “mais pura que os anjos”.

No entanto, a Igreja do ocidente, embora amasse muito a Virgem Maria, demonstrava certa dificuldade para aceitar o mistério da Imaculada Conceição.

Em 1304, o Papa Bento IX realizou, na Universidade de Paris, uma assembleia com os mais eminentes doutores em Teologia para discutirem as questões sobre a Imaculada Conceição. O franciscano João Duns Escoto, enfim, solucionou o problema mostrando a conveniência de Deus ter

preservado Maria do pecado original, pois seria a mãe de Seu Filho, e que seria possível para a Onipotência Divina essa preservação, antecipando os frutos da redenção de seu próprio filho. Logo, essa doutrina foi colocada no calendário romano.

Assim, o Papa Pio IX (recorrendo, primordialmente, à afirmação de Gênesis (3,15) - onde Deus diz: Eu porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a dela – e segundo esta profecia, seria preciso “uma mulher sem pecado” para gerar Cristo, reconciliador do homem com Deus) proclamou o dogma da Imaculada Conceição.

No dia 08 de dezembro de 1854, através da bula “Ineffabilis Deus” do Papa Pio IX, a Igreja reconheceu oficialmente e declarou como dogma: “Maria isenta do pecado original”.

Em 1858, em sua aparição em Lourdes, a própria Virgem Maria confirmou esse dogma, dizendo à Santa Bernadette e a todos nós: “Eu sou a Imaculada Conceição”.

Pascom –São Benedito

Oração à Imaculada Conceição

Virgem Santíssima, que fostes concebida sem o pecado original e por isto merecestes o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo Gabriel vos saudou com as belas palavras:

Ave Maria, cheia de graça; nós vos pedimos que nos alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que vos chamamos de Mãe, atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos vossos.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós.Amém.

O culto que prestamos a Maria, Mãe de Jesus e sua explicação bíblica (Parte 3 - Última)

6) Por que se crê na intercessão de Maria?Interceder signi� ca, neste caso, colocar-se como

mediador entre duas pessoas, para favorecer uma das partes. A Bíblia ordena que “oremos uns pelos outros” (Tg 5,16).

Já no livro do Êxodo, temos a imagem de Moisés que tantas vezes intercede pelo povo. “Quando ele ora, com as mãos erguidas ao céu, os Israelitas vencem” (Ex 17). Muitas vezes ele pede a Deus que perdoe o pecado do seu povo.

Na Bíblia temos muitos exemplos de pessoas que intercedem junto a Jesus: a mulher Cananéia que pede a cura de sua � lha (Mt 15,28), o centurião romano que pede a cura de seu servo (Lc 7,2) e a própria intercessão de Maria nas Bodas de Caná (Jo 2). Além disso, os apóstolos recebem do Senhor o dom do Espírito Santo para perdoar os pecados. Em nome de Jesus, os apóstolos realizam numerosos milagres, conforme podemos ver por todo o livro dos Atos dos Apóstolos.

No entanto, a Bíblia diz que “há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem que Se entregou para resgatar a todos” (1Tm 2, 5-6). Parece uma contradição? Não, pois todos os milagres se referem à pessoa de Jesus,a quem os Apóstolos, a Virgem Maria e todo o povo de Deus pedem. Ele é e sempre será a fonte de todas as graças. Mas alguém poderia perguntar: mas quem morreu (como os Santos) também podem pedir a Jesus? Podem os mortos rezar pelos vivos?

Vejamos o que diz o livro do Apocalipse: “Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando tu, que és o Senhor, o Santo, o Verdadeiro, � carás sem fazer justiça e sem vingar o nosso sangue contra os habitantes da terra?

Foi então dada a cada um deles uma veste branca, e foi-lhes dito que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos companheiros de serviço e

irmãos que estavam com eles para ser mortos” (Ap 6,9) e “Então um dos Anciãos falou comigo e perguntou-me:

Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por isso, estão diante do trono de Deus e o servem, dia e noite, no seu templo.

Aquele que está sentado no trono os abrigará em sua tenda. Já não terão fome, nem sede, nem o sol ou calor algum os abrasará, porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os levará às fontes das águas vivas; e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos” (Ap 7,13-16). Os mártires do cristianismo clamam a Deus.

Na segunda passagem � ca claro que os santos, mesmo depois da morte, servem a Deus dia e noite. Como pode isso? “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada?

Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao

matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.

Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm 8, 35-39)

Padre Marcio J. CattacheVigário Paroquial – São

Benedito

se completasse o número dos companheiros de serviço e matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.

que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm 8, 35-39)

Conhecendo a Igreja: você conhece o ano litúrgico?Para preservar da melhor forma

possível a obra de Jesus Cristo, a Igreja desenvolveu, ao longo dos séculos, um calendário próprio que rege toda as suas celebrações. É o chamado tempo litúrgico.

Existe um ciclo de três anos: A, B e C. A cada ano revezam-se as leituras dominicais. Exemplo: em 2002, celebramos o ano A; em 2003, celebramos o ano B; em 2004 o ano C; em 2005, retomamos o ano A. Já os dias da semana alternam-se entre os anos pares e anos ímpares durante o tempo comum. Os “tempos fortes” (Advento, Natal, Páscoa, Quaresma, festas e solenidades dos santos) têm leituras e orações próprias para cada dia.

1- ADVENTO: O advento abre o ano litúrgico, nos preparando para a vinda do Senhor. Tem um duplo sentido: nos prepara para celebrar sua vinda primeira, no Natal, e para sua vinda futura e de� nitiva no � m dos tempos.

É composto de quatro domingos anteriores ao Natal. Sua cor litúrgica é o roxo. Obs.: No dia 8 de dezembro, celebramos a festa de Nossa Senhora, a Imaculada Conceição. Nas festas de Nossa Senhora, usa-se o branco ou o azul.

2- NATAL: Neste período, celebramos o Natal do Senhor (24 de dezembro, missa da véspera ou do galo e 25, a missa do dia), Nossa Senhora Mãe de Deus (1º de Janeiro) e nos domingos seguintes ao Natal, a Sagrada Família, a Epifania (Domingo de Reis) e, no último domingo deste tempo, o Batismo do Senhor, que recorda o início de sua vida pública. Sua cor litúrgica é o branco ou dourado.

3- QUARESMA: Tem duração de quarenta dias: inicia-se na Quarta-

Feira de Cinzas (dia de jejum e abstinência) e termina com o início da Semana Santa. Uma das recordações são os quarenta anos de caminhada do povo de Deus rumo à terra prometida e os quarenta dias e quarenta noites em que Jesus jejuou (e foi tentado pelo demônio) no deserto.

É um tempo de renovação espiritual, de arrependimento, de penitência, de perdão, de muita oração. Sua cor litúrgica é o roxo. (No Brasil, a CNBB aproveita esse período para desenvolver a Campanha da Fraternidade, com o objetivo de aprofundar

a evangelização entre os � éis). No Domingo de Ramos celebra-se a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém (cor litúrgica: vermelha), iniciando-se a Semana Santa.

4- TRÍDUO PASCAL: São três dias que antecedem a Páscoa. São as celebrações mais importantes de todo o Ano Litúrgico.

Quinta-Feira Santa: neste dia comemora-se a Última Ceia de Jesus (instituição do Sacramento da Eucaristia e do Sacerdócio), estabelecendo com o povo a Nova Aliança, por meio do seu Sacrifício. Foi, neste dia, que Jesus lavou os pés dos apóstolos, demonstrando humildade e amor.

A cor litúrgica do dia é o roxo, porém na celebração da Missa do Crisma (bênção e consagração dos Santos Óleos) e da Missa da Ceia do Senhor, a cor litúrgica é o branco. (Por motivos pastorais, a Missa do Crisma é celebrada na noite de quarta- feira em nossa Catedral).

Após a missa, o Santíssimo é transladado, isto é levado para um lugar à parte, e representa a saída de Jesus para o Horto das Oliveiras e sua prisão.

Sexta-Feira Santa: celebramos a Paixão e Morte de Jesus Cristo, numa cerimônia muito especial, ocorrendo uma Adoração à Santa Cruz, às 15:00 horas. É o único dia do ano em que não há Celebrações Eucarísticas (missas). Sua cor litúrgica é o vermelho. À Noite, ocorre a procissão com a imagens do Senhor Morto e de Nossa Senhora das Dores (cor roxa).

Sábado Santo: neste dia, à noite, ocorre a cerimônia mais importante de toda a liturgia : a Vigília Pascal – reunidos em todo o mundo, os Cristãos comemoram a Ressurreição de Jesus Cristo, triunfando sobre a morte. Acende-se o Círio Pascal simbolizando a luz de Cristo; a cor litúrgica dessa grande solenidade é o branco ou dourado.

5- PÁSCOA: É um longo período litúrgico: são os cinquenta dias entre o

Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes. No hemisfério sul, a Páscoa acontece no 1º Domingo de Lua Cheia

do outono (representando fertilidade). No Antigo Testamento, Páscoa signi� ca a passagem de Moisés, com todo o povo hebreu, ao retirar-se do Egito e libertar-se da escravidão. Jesus ao ressuscitar “passou”

da morte para vida, da escuridão à luz. No Tempo Pascal celebra-se a Festa

da Ascensão de Jesus ao céu (no Brasil, é o 7º Domingo da Páscoa). A cor litúrgica desse tempo é o branco ou o dourado.

O Tempo Pascal encerra-se com o Domingo de Pentecostes (Dom do Espírito Santo aos apóstolos, primórdios da Igreja e sua missão; a cor dessa festa é o vermelho). Na diocese de Bauru, esta festa tem especial signi� cado, pois nossa Diocese é dedicada ao Espírito Santo.

Há missa festiva na catedral.6- TEMPO COMUM: Abrange 34

domingos, divididos em duas partes. A primeira parte inicia-se depois

da solenidade do Batismo do Senhor e prolonga-se até a terça-feira antes da quarta-feira de cinzas. A segunda parte começa na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e vai até o sábado antes do 1º Domingo do Advento.

Padre Marcio CattacheVigário Paroquial São Benedito

Feira de Cinzas (dia de jejum e abstinência) e termina com o início da Semana Santa. Uma das recordações são os quarenta anos de caminhada do povo de Deus rumo à terra prometida e os quarenta dias e quarenta noites em

da morte para vida, da escuridão à luz.

Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes. No hemisfério sul, a Páscoa acontece no 1º Domingo de Lua Cheia

Festas e solenidadesMarcam dias especiais para a Igreja

Natal: 25 de dezembro.Epifania do Senhor: Dia de Reis- 6 de Janeiro (comemora-se no 1º domingo após).Conversão de São Paulo: 25 de JaneiroSão José: 19 de março.Ceia do Senhor: Quinta-Feira Santa.Paixão e Morte de Jesus: Sexta-Feira Santa.Páscoa da Ressurreição: Domingo de Páscoa.Ascensão: 7º domingo após a Páscoa.Pentecostes: 50 dias após a Páscoa.Santíssima Trindade: 10º domingo do tempo comum.Corpus Christi: Quinta-Feira após a festa da Santíssima Trindade.São João Batista: 24 de Junho.São Pedro e São Paulo: 29 de Junho (Comemora-se no domingo seguinte).Assunção de Nossa Senhora: 15 de Agosto. (Comemora-se no domingo seguinte).Nossa Senhora Aparecida: 12 de outubro.Todos os Santos: 1º domingo de Novembro.Finados: 2 de Novembro.Imaculada Conceição: 08 de dezembro.Cristo Rei: Último domingo do Tempo Comum

EXPEDIENTE: Pároco: Pe. Gustavo Henrique Crepaldi · Jornalista Responsável: Sérgio Purini - MTB 32587 · Conselho Editorial: Pastoral da Comunicação da comunidade de São Benedito · Impressão: Superia Grá� ca - Tel.: (14) 3100-2002 · Tiragem: 1.300 exemplares · Endereço Paroquial: Pça. Epitácio Pessoa, 3-80 - Vila Falcão - Bauru/ SP - CEP 17050-750 - Tel.: (14) 3223-3034 · E-mail: [email protected] · Site: www.paroquiasaobeneditobauru.org.br · Artigos e fotos para publicação, favor enviar até o dia 15 de cada mês para o e-mail: [email protected]

Programação de Final de Ano da Paróquia São Benedito

Momentos da Missa de Natal de 2015

08/12 - quinta-feira, 18h30 Matriz - Missa da Solenidade da Imaculada Conceição.16/12 - sexta-feira, 19h30 – Con� ssões na Matriz, com diversos padres.23/12 - sexta-feira, 7h - Missa de aniversário de ordenação sacerdotal do Padre Márcio Catache (11 anos), na Capela N. S. da Penha.24/12 - sábado, 20h - Missa de véspera de Natal na Matriz.25/12 - domingo, 08h30 - Missa de Natal. Capela Nossa Senhora de Lourdes10h - Missa de Natal na Capela N. Senhora da Penha.19h - Missa de Natal na Matriz.Não haverá missa às 7h e às 10h na Matriz.26/12 - segunda-feira, 20h - Missa de Ação de Graças pelo 8º ano de ordenação sacerdotal de nosso pároco, padre Gustavo H. Crepaldi, na Matriz.30/12 - sexta-feira, 20h - Missa da Sagrada Família na Matriz.31/12 - sábado, 20h - Missa de véspera de Ano Novo na Matriz.01/01 - domingo, 08h30 – Missa de Ano Novo, Capela N. S. de Lourdes.10h – Missa de Ano Novo, Capela N. S. da Penha.19h – Missa de Ano Novo, na Matriz.Não haverá missa às 7h e às 10h na Matriz.