modelos de politicas publicas 1 - multiplos fluxos_iii

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Modelos de Politicas Públicas 1

–Múltiplos Fluxos

Disciplina: Modelos de Analises em Politicas

PúblicasProf. Paulo CalmonSessão 4 – 03/04/2012

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Roteiro da apresentação

• Introdução, contextualização e visão geral domodelo e o Garbage Can;

• Três fluxos do modelo;

• Atores do modelo;

• Crítica, atualização do modelo, Conclusão.

Aplicação empírica no Brasil.

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Introdução, contextualização e visão

geral do modelo e o Garbage Can

Parte de Fabio – até o slide 7.

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Modelo de Múltiplos Fluxos – Multiple

Stream Model –

Desenvolvido por John Kingdon, em 2003

Busca responder à questão: por que algunsproblemas se tornam importantes para umgoverno?

Como uma idéia se insere no conjunto depreocupações dos formuladores de politicas,transformando-se em uma Politica Pública?

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Politicas Públicas são formadas por quatro

processos:• O estabelecimento de uma agenda de Politicas

Públicas;

•

A consideração de alternativas para aformulação de Politicas Públicas, a partir dasquais as escolhas serão realizadas;

•

A escolha dominante entre o conjunto dealternativas disponiveis;

• A implementação da decisão.

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Modelo de Multiple Streams enfoca os

dois primeiros processos:

• Formação da agenda – agenda setting

• Alternativas para a formulação das politicas

– policy formulation

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• Agenda governamental: composta por temas

que despertam a atenção e o interesse dosformuladores de politicas.

• Agenda decisional: subconjunto da agenda

governamental que contempla questõesprontas para uma decisão ativa dosformuladores de politicas, ou seja, estãoprestes a se tornarem politicas ( policies)

• Agendas especializadas: refletem a naturezasetorial da formulação de politicas públicas.

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Para Kingdon, as mudanças nas agendas

governamentais resultam da convergênciade três fluxos: Parte de Lúcia até o slide

16.

• Problemas – problems

• Soluções ou alternativas – policies

• Politicas - politics

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Primeiro Fluxo - problemas

• O modelo busca analisar de que forma as

questões são reconhecidas como

problemas e porque passam a ocupar a

agenda governamental.

• Distinção entre problemas e questões

(conditions). 9



Mecanismos que despertam a atenção

dos formuladores de politicas:

• Indicadores

• Eventos, crises e símbolos

• Feedback das ações governamentais

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• Contudo, a transformação de questões

em problemas não é automática.

•

São construções sociais e envolvem ainterpretação e a percepção dos

formuladores de politicas.• Trata-se de uma etapa fundamental na

estratégia politica. 11



Segundo Fluxo – policy stream

• Conjunto de alternativas e soluções, nãonecessariamente relacionados à percepção deproblemas especificos.

• Não há um paralelismo, entre problemas esoluções.

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O autor adota analogia com o processo biológicode seleção natural:

Caldo primitivo - ideias geradas emcomunidades ( policy communities), quecompartilham preocupações em areasespecificas ( policy areas);

Caldo primitivo de politicas – policy primeval

soup

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No processo de seleção de idéias nascomunidades de politicas, destacam-se

• A difusão de novas idéias nas comunidades depoliticas – soften up;

• Efeito multiplicador – bandwagon

Se não há consenso, há o reconhecimento darelevância das propostas.

A persuasão e a difusão das idéias assumem umpapel importante neste modelo.

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Terceiro Fluxo – politics stream

• Três elementos exercem influência sobre a

agenda governamental:

• I – Clima ou humor nacional (national mood)

• II – Forças politicas organizadas, exercidas por

grupos de pressão

• III – Mudanças no governo (turnover )

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Policy windows: Se configuram a partir daconvergência dos três fluxos, com maior peso

para o fluxo de problemas e para o fluxopolitico.

Destaque para os empreendedores de politicas

– policy entrepreneurs: hábeis negociadores /

conexões politicas/ atentos às janelas de

oportunidades. 16

Mudanças na agenda decisória: resultamda associação da junção dos fluxos

(coupling) + policy windows.



Atores no modelo

Parte final: terceiro colega

Atores visíveis: influentes na decisão da

agenda governamental .

Participantes invisíveis: presentes nas

comunidades que formam as idéias e as

fazem circular.17



Atores no processo de definição da agendae formulação de políticas públicas

•

No modelo dos múltiplos fluxos, os atores deuma política pública dividem-se entre osgovernamentais e os não governamentais

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Governamentais:

• O Presidente exerce um papel dominante naformação da agenda, quando explicita umaprioridade, porque faz com que o assunto

tome mais tempo e energia do que se tivesseingressado na agenda de outra forma.

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Governamentais:

• Isso se explica pelos recursos que o Presidentedispõe como a visibilidade pública, o poder deveto e de fazer indicações e pela unicidade do

Executivo, que mesmo não sendo absoluta, émuito maior que a existente no Legislativo.Ainda assim, é preciso considerar que a

agenda presidencial está sujeita ainterferência de eventos externos.

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Governamentais:

• Aos gestores de políticas públicas indicadospelo presidente, ainda que sejam difusores deidéias que não são suas, caberia o papel de

“elevar” demandas ao status de políticaspúblicas. É importante destacar que a posiçãodo Presidente normalmente prevalece, caso

seus indicados pensem de forma diferente,até porque há muita rotatividade edescontinuidades desses atores indicados .

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Governamentais:

• Por sua vez, os servidores de carreira ouburocratas tendem a realizar atividadesdeterminantes para a continuidade das

políticas públicas. Embora, muitas vezes,resistam a implementar decisões novas ou ainterromper atividades habituais, podem ter

um importante papel na especificação dealternativas de uma determinada agenda.

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Governamentais:

• Seus principais recursos são a estabilidade noserviço, que permite o desenvolvimento deum conhecimento especializado e as relações

que eles estabelecem com grupos de podercomo o Congresso e os grupos de pressão

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Governamentais:

• O Poder Legislativo, representado em nívelfederal, por senadores e deputados, éconsiderado tão importante, quanto a

administração, no processo de formulação daspolíticas públicas. Sua importância está tantona formação da agenda, quanto na

especificação das alternativas.

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Governamentais:

• No caso da esfera Estadual, o Governador e aCâmara Legislativa talvez não tenham tantainfluência quanto o Presidente e o Congresso,

mas são atores importantes porque tambémbuscam satisfazer seus eleitores e ganharpoder político

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Governamentais:

• Ainda no Legislativo, o staff, que é o corpotécnico e de assessores do Congresso, possuisua importância, principalmente na

formulação de alternativas para as políticaspúblicas que entram na agenda, além dedefinir boa parte das formas de encaminhá-

las.

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Não Governamentais:

• Entre os atores não governamentais influentesestão os grupos de interesse e os acadêmicos.Algumas questões podem ser consideradas

pelo governo, quando grupos de interesse seintegram a um debate já existente e essesterão mais peso, quando um tema está para

ser votado no Congresso ou na Câmara

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• A mídia aparece como um grupo poucoinfluente no processo de formação de políticaspúblicas a razão para a pouca influência é

atribuída ao pouco tempo em que as questõespermanecem em pauta na mídia

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• Os atores relacionados com o processoeleitoral, como os partidos políticos e ascampanhas dos candidatos, também afetam a

agenda de políticas públicas. Mesmo nãosendo um momento preponderante noprocesso, as eleições podem trazer novos

atores com outros interesses edirecionamentos ao debate sobre políticaspúblicas

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• a opinião pública pode ter impacto na agendade políticas públicas tanto promovendodeterminadas propostas, como bloqueando

outras, mas há limites para essa influência. Oautor conclui que há grupos de atores maisvisíveis e grupos escondidos no ciclo das

políticas públicas

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Crítica (Zahariadis?), atualização do

modelo, Conclusão.

Aplicação empírica no Brasil

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